primeiro congresso nacional de bibliotecas escolares
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primeiro congresso nacional de bibliotecas escolares
PRIMEIRO CONGRESSO NACIONAL DE BIBLIOTECAS ESCOLARES Doc. 7667 ORGANIZADORES Fundação Germán Sánchez Ruipérez, 2006 INTRODUÇÃO Durante os dias 18, 19 e 20 de outubro de 2006 celebrou-se, no auditório do Colégio Fonseca da cidade de Salamanca, o Primeiro Congresso Nacional de Bibliotecas Escolares, cujo comitê presidido pela Rainha, Dona Sofía. O congresso foi organizado pela Junta de Castilla y León e pela Fundação Germán Sánchez Ruipérez. O encontro reuniu a instituições e pessoas com capacidade para induzir, fazer colocações e desenvolver atuações que possam produzir avanços reais na implantação das bibliotecas escolares em nosso país, com a intenção de sensibilizar a todos os setores implicados – políticos, educativos e sociais – na necessidade de progredir no desenvolvimento da biblioteca escolar. Pretendeu, ao mesmo tempo, impulsionar o diálogo e a cooperação entre as diferentes administrações, para trabalhar – no futuro – no estabelecimento de mecanismos que permitam harmonizar as políticas de desenvolvimento das bibliotecas escolares e estimular a criação de estruturas de trabalho cooperativo, que gerem sinergias e favoreçam o intercâmbio de experiências. CONTEÚDOS O Congresso contou com a participação de especialistas nacionais e internacionais pertencentes a âmbitos profissionais diversos. Ao longo das três jornadas, as sessões organizaram-se em torno de conferências, apresentações de projetos e debates. Os principais conteúdos foram desenvolvidos em três módulos centrais a partir da exposição de experiências e de um debate posterior entre especialistas na matéria. Os temas abordados foram: 1. A Biblioteca Escolar no contexto do sistema educativo, desde a consideração deste espaço como ferramenta para a qualidade da educação, que contribui à correção de desigualdades e ao desenvolvimento de capacidades necessárias para desenvolver-se na sociedade da informação e do conhecimento. 2. Programas institucionais para o desenvolvimento e melhora das Bibliotecas Escolares, em torno de planos e projetos de amplo alcance tutelados pela administração pública e com a participação de diversas instituições. Este epígrafe também tratou sobre os recursos humanos associados à gestão e ao uso da biblioteca. 3. Estruturas de trabalho cooperativo, em referência às redes de Bibliotecas Escolares e a constituição e funcionamento de organismos de coordenação e de centros de recursos compartilhados. PROGRAMA A conferência de apertura do Congresso esteve a cargo do escritor Fernando Savater, catedrático de Filosofia da Universidade Complutense de Madri. Posteriormente, deu-se a mesa de debate sobre “O marco político e educativo para o desenvolvimento das bibliotecas escolares”, na qual intervieram Alejandro Tiana, secretário de Estado da Educação; Eugenio Nasarre, porta-voz da Educação do Partido Popular no Congresso dos Deputados; Vicente Rivière, subdiretor geral das Relações com as Administrações Públicas, do Ministério da Educação e Ciência e Lourdes Álvarez, diretora do I.E.S. Arca Real, de Valladolid. Atuou como moderador Mauricio Santos, presidente da Associação Nacional de Editores de Livros e Materiais Escolares (ANELE). Na jornada vespertina, desenvolvida em torno a “A biblioteca escolar no contexto do sistema educativo”, apresentaram suas experiências Lourense H. Das, diretora regional da Europa para a International Association of School Librarianship (IASL) e Antonio Tejero, diretor do Colégio Público Miralvalle, de Plasencia. A seguir, no painel de debate de especialistas, que foi moderado por Inés Miret consultora especialista em projetos educativos e culturais - intervieram Isabel Solé, titular do Departamento de Psicologia Evolutiva e da Educação, da Universidade de Barcelona; Guillermo Castán, docente responsável da biblioteca escolar do I.E.S. Fray Luis de León, de Salamanca, e Rosa Piquín, docente responsável da biblioteca escolar do C.P. Pablo Iglesias, de Astúrias. A jornada concluiu com um debate geral sobre os temas abordados. A segunda jornada do Congresso se iniciou com a conferência de apertura a cargo de Francisco Jarauta, catedrático de Filosofia da Universidade de Múrcia, e a apresentação do programa “É livro” por Victoriano Colodrón, do Centro Espanhol de Direitos Reprográficos (CEDRO). Sob o lema “Programas institucionais de bibliotecas escolares” apresentaram-se as experiências de Mónica Baró, diretora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Universidade de Barcelona e Max Butlen, diretor adjunto do Institut National de Recherche Pédagogique (INRP), do Ministère de l’Education Nationale, de Lyon. O painel de debate de especialistas da sessão matutina – o qual foi moderado por Teresa Mañá, professora do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Universidade de Barcelona -, contou com a participação de José García Guerrero, coordenador do Plano Provincial de Bibliotecas Escolares de Málaga; Melquíades Álvarez, docente, membro da Associação de Bibliotecários Escolares de Canárias e María Antonia del Burgo, responsável do Plano de melhora de Bibliotecas Escolares do Governo de Navarra. Pela tarde, a jornada se desenvolveu em torno ao tema “Estruturas de colaboração. Redes de Bibliotecas Escolares”. Apresentaram suas experiências Ana Bela Pereira Martins, membro do Gabinete Coordenador da Rede de Bibliotecas Escolares, de Portugal e Kathy Lemaire, diretora da School Library Association (SLA), do Reino Unido. O painel de debate de especialistas, moderado por José Antonio Merlo, professor de Biblioteconomia e Documentação da Universidade de Salamanca, esteve integrado por José Antonio Camacho, docente, assessor de bibliotecas escolares; Nuria Ventura, chefe de Coordenação e Serviços Bibliotecários do Serviço de Bibliotecas Públicas da Deputação de Barcelona e Vicente Rivière, subdiretor geral de Relações com as Administrações Públicas do MEC. Para concluir, celebrou-se um debate geral. A terceira jornada do Congresso se iniciou com um painel de debate, onde participaram representantes de Conselhos de Educação de quatro comunidades autônomas, o qual foi moderado por Antonio Basanta, vice-presidente executivo e diretor geral da Fundação Germán Sánchez Ruipérez. Intervieram Javier Serna García, diretor geral de Planejamento e Ordenação Educativa da Junta de Castilla y León; Carmen Macarro, chefe de serviços de Planos e Programas Educativos da Junta de Andalucía; Rafael Ángel Bosch Sans, diretor geral de Planejamento e Centros das Ilhas Baleares e María José Pérez Marino, diretora geral de Ordenação e Inovação Educativa da Junta de Galícia. Ao meio-dia apresentaram-se as Conclusões do encontro, depois do qual, o filósofo e escritor José Antonio Marina teve a seu cargo a conferência de fechamento do Primeiro Congresso Nacional de Bibliotecas Escolares. CONCLUSÕES Este congresso, organizado pelo Conselho de Educação da Junta de Castilla y León e a Fundação Germán Sánchez Ruipérez, é um elo na corrente de foros dedicados à biblioteca escolar. O Congresso recolhe e assume as conclusões do Encontro Nacional sobre Bibliotecas Escolares realizado em Madri em 1997 e as recomendações do relatório de situação sobre as bibliotecas escolares na Espanha, elaborado pelo Instituto Idea e pela Fundação Germán Sánchez Ruipérez. Ainda reconhecendo os sintomas de mudança produzidos e um maior interesse das diferentes administrações públicas em relação à biblioteca escolar, constatamos que a situação das bibliotecas escolares continua sendo muito deficitária em relação com os países do entorno. Neste sentido, reafirma-se a necessidade de implantar e generalizar em todos os centros educativos de ensino não universitário um modelo de biblioteca escolar de acordo com exigências de formação colocadas pela sociedade atual, plenamente integrado no projeto educativo e curricular do centro e que fomente métodos ativos de ensino e aprendizagem. Tendo em conta as considerações formuladas pelos moderadores dos diferentes painéis de debate de especialistas, manifestamos: EM RELAÇÃO À BIBLIOTECA ESCOLAR NO CONTEXTO DO SISTEMA EDUCATIVO: • Que a entrada em vigência da nova Lei Orgânica de Educação exige das administrações públicas competentes o desenvolvimento normativo necessário para a implantação das bibliotecas escolares na realidade de todos e cada um dos centros educativos não universitários. • Que é um projeto que há de implicar a toda a comunidade escolar: docentes, alunos e famílias, e deve desenvolver-se com o compromisso das equipes diretivas. • Que é um elemento de inovação imprescindível para a promoção de hábitos de leitura sólidos, peça fundamental para o projeto pedagógico e didático do centro, assim como, ferramenta de integração que favorece a igualdade de oportunidades. EM RELAÇÃO COM OS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS DE BIBLIOTECAS ESCOLARES: • Insta-se às administrações públicas competentes em matéria educativa a criar a figura do responsável da biblioteca escolar, o qual deve ter as competências pedagógicas e documentares que lhe permitam trabalhar conjuntamente com o claustro de professores e contar com a dedicação horária suficiente para desenvolver suas funções. • Constata-se a utilidade de dispor de estudos que analisem a situação global das bibliotecas escolares e seu impacto positivo nos resultados acadêmicos. • Enfatiza-se a utilidade dos projetos que tenham uma continuidade e uma avaliação permanente dos resultados. NAS SESSÕES DEDICADAS AS ESTRUTURAS DE COLABORAÇÃO E REDES DE BIBLIOTECAS ESCOLARES: • Destaca-se que a configuração de redes de bibliotecas escolares potencia a riqueza de recursos de informação, a qualificação profissional, a qualidade dos serviços e o intercâmbio de boas práticas. • Solicita-se às administrações públicas, a criação de centros de apoio que dêem serviços técnicos, formativos e documentares às bibliotecas das redes. • Insiste-se na necessidade de manter a colaboração entre as bibliotecas escolares e as bibliotecas públicas. Salamanca, 20 de outubro de 2006.
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