Ajuste a valor presente adotar ou não adotar?
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Ajuste a valor presente adotar ou não adotar?
Ajuste a valor presente adotar ou não adotar? Por Marco Tanaka Em um curto espaço de tempo, ajustar a valor presente demonstrava algo que seria necessário um grande dispêndio de energia, para definir as taxas de desconto referente, as transações que envolvem os ativos ou passivos em relação ao valor do dinheiro no tempo e as incertezas a ele associado. Certa vez fui surpreendido em uma brincadeira, onde uma pessoa definiu o AVP como a abreviação do tão famoso filme em sua milésima edição: Alien VS Predador, por hora achei um tanto ilógica a brincadeira, por outro lado podemos ter um raciocínio de que o “Alien” seríamos nós contabilistas, onde muitos consideram que o raciocínio que utilizamos quanto à informação contábil é de outro planeta, tirando também alguns tantos outros que ainda consideram o contador como um mal necessário e o “Predador” em questão seria a gestão que reluta em reduzir seus custos sem atentar que a informação contábil é de extrema importância para o planejamento e controle como um todo. Na realidade, esse gasto de energia, onde defino aqui energia = custo, além da confusão gerada entre valor presente e o valor justo ainda permanecem para muitos indivíduos, onde eu mesmo em um curso que participei sobre as normas internacionais especificamente no tópico do AVP, presenciei grande desconforto dentre alguns participantes. É claro que trazer a valor presente tem se a necessidade de se obter, três informações: valor do fluxo futuro, a data deste fluxo e a taxa de desconto. Para muitas entidades encontrar as duas primeiras informações (fluxo futuro e data), já demonstra um forte indício de não optar por adotar o CPC 12 ou IAS 12, IAS 18, etc. o qual trata deste assunto (valor presente), imaginemos agora definir a tal taxa de desconto. Obviamente quando falamos em demonstrar os benefícios decorrentes da informação contábil, devendo-se exceder o custo de produzi-la (Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, item 44), isto trará grande desconforto para algu ns administradores de diversas entidades, uma vez que a visão das empresas é de enxugar seus custos a fim de se obter lucro, aqui retrato que o custo de geração da informação contábil como um todo e não só a questão da decisão de se utilizar o AVP. Como contabilista, penso que não devemos sujeitar a certos pensamentos de gestores que visam o lucro e tão somente o lucro é claro que a informação contábil deve relatar o lucro como uma premissa para tomada de decisão além de certa forma mostrar a saúde operacional da entidade, desde que esta informação seja dotada de procedimentos aplicáveis para tal finalidade. Logicamente ao se adotar o reconhecimento do AVP, isto será caracterizado como mudança de prática contábil, afetando para tanto, os valores retrospectivos as transações a qual houve reconhecimento do AVP, além de demonstrar em nota explicativa com o mínimo de informações claras para que os usuários destas informações consigam ter uma qualidade destas mensurações, não ocorrendo para tanto, confusões do valor divulgado. Ora mais um motivo para muitos não adotarem, ajustar de forma retrospectiva afetando a conta de lucros (ou prejuízos) acumulados e ainda evidenciar a mudança em nota explicativa! Pois é, nós contabilistas ou alguns deles preferem mesmo fazer o básico, registrar o ativo ou passivo e abater os valores quando do seu recebimento ou pagamento. Penso que se alguma transação existe taxa de juros embutida, por racionalidade, com certeza, gostaria de saber destes valores no presente, por um pequeno pensamento: Meu dinheiro vale mais hoje ou no futuro? Ou seja, investir neste tipo de transação com fluxo longo. Qual seria seu verdadeiro impacto? Para muitas entidades estas taxas de juros embutidas têm uma relevância, e este é o ponto, relevância destas transações. A minha sugestão é a seguinte: Arregaçar as mangas, e fazer o correto, disponibilizando a informação mais correta e confiável para os usuários das demonstrações contábeis, querendo ou não você caro leitor pode ser um e logicamente quando houver a necessidade de se utilizar destas informações para investir seu dinheiro adquirido com muito suor, tenho toda a certeza de que vocês de alguma forma se lembrarão deste artigo. Postado dia 22/02/2012 - Fonte: Essência Sobre a Forma