nº 26 - abril a junho/2008
Transcrição
BOASNOVAS Hobby Acelera Renato D irigir por 4 mil e 400 km durante 10 dias, em Cup, em Londrina (PR) e Taubaté (SP), porque estaremos velocidade máxima de até 150 km por hora, em envolvidos com a preparação do carro e com treinamentos estradas de chão, enfrentando chuva, lama, sol, específicos para as provas de longa duração dos Sertões”, poeira, travessias de rios, entre outros muitos completa o piloto. Para Renato, o bom do rally de velociobstáculos. Esse é o desafio para junho do piloto e enge- dade é que “você corre contra você mesmo da largada à nheiro Eletrônico, Renato Amaral Rosales, 43 anos, e do chegada. A adrenalina está em cumprir o trajeto, vencendo navegador Carlos Alberto Volpato Filho, mais conhecido obstáculos no menor tempo possível. Isso te obriga a buscar como Betinho Volpato, 31 anos. A dupla, o limite do carro e também do piloto e que este ano estréia na 16ª etapa do navegador”. “Sempre procuro Rally Internacional dos Sertões, tem na Mas não é só com o pé no acelerador bagagem títulos importantes no campe- fazer o melhor de tudo que Renato e Betinho atravessam o País. a cada instante” onato Mitsubishi Cup, como o 1º lugar Paralelamente às disputas, eles desencategoria TR4 (2006) e 1º lugar categoria volvem ações sociais, com distribuição Renato Rosales L200 RS (2007). de materiais escolares, jogos didáticos e Estas vitórias levaram a equipe TERRA SUL Rally Team palestras sobre esportes para crianças de escolas públicas e a ganhar o passaporte para acelerar na categoria L200 instituições de caridade. “Almejamos o desenvolvimento e a RS MASTER 2008, que nada mais é do que o topo da integração social e unimos competição à solidariedade”. Mitsubishi Cup, onde encontram-se os principais pilotos profissionais do rally verde-amarelo. Mas a dupla do Sul do Brasil resolveu apostar no Rally dos Sertões. “Estamos nos dedicando ao Sertões, pois além da conquista de um sonho, fomos escolhidos pelo desempenho em 2006 e 2007 para concorrer pela Mitsubishi. A equipe prepara um carro em São Paulo”, explica Renato, que trabalha na Tractebel Manutenção e Serviços, na TMS-MS. A equipe é composta de um piloto, um navegador (co-piloto) e uma equipe de apoio, composta de mecânicos e especialistas. Na Cup Mitsubishi 2008 Master já ocorreram duas etapas, com a dupla ocupando a quinta colocação do campeonato. “Vamos abrir mão das próximas etapas da O que é a Mitsubishi Cup? ANO 5 • Nº 26 • ABRIL/JUNHO 2008 Lucro líquido é de R$ 391,5 milhões Em entrevista, o presidente Manoel Zaroni Torres conta porque este foi um dos melhores resultados trimestrais, em 10 anos de existência da Tractebel Energia. Página 3 ABRIL/JUNHO 2008 É uma emocionante competição de rally de velocidade que oferece TRÊS categorias, L200 RS Master, L200 RS e TR4 R (todos veículos da Mitsubishi), que tornam a disputa ainda mais acirrada e em condições de igualdade para todos os participantes. 12 O que é o Rally dos Sertões? TRACTEBEL BOAS N O V A S Competição em sua 16ª edição, o Rally Internacional dos Sertões - PLP, será realizada entre os dias 17 e 28 de junho. Com 4.474 quilômetros de desafios, passando por seis estados, a grande novidade da temporada 2008 é que a prova será válida como etapa da Copa do Mundo de Rally Cross-Country para carros e caminhões. Jirau: mais energia para o Brasil Reflorestamento chega a quase 3 mil hectares Página 11 Página Central Palavra do Presidente 2 Manoel Arlindo Zaroni Torres Presidente TRACTEBEL BOAS N O V A S Nova empresa A Tractebel incorporou a empresa CEM (Companhia Energética Meridional), antes controlada pela empresa. A decisão dos acionistas ocorreu na Assembléia Geral Extraordinária – AGE, no dia 28 de março. Controles eficientes A Tractebel Energia foi considerada benchmarking (referência de mercado) no Grupo SUEZ pela confiabilidade dos controles internos que realiza em processos de vendas, recursos humanos, finanças e demais áreas da empresa. Segundo a Diretoria de Controle Interno da SUEZ, um dos fatores que contribuem para esse destaque é a utilização de um elevado percentual de controles automáticos, operados por meio de sistemas, e semi-automáticos, desempenhados parte por seres humanos. Esses processos substituem com vantagens os manuais, executados por pessoas. No Grupo, a média de controles manuais é de 79%, enquanto que na empresa eles correspondem a apenas 28%. Os principais controles da Tractebel e do Grupo são documentados e testados através do Programa CODIS (Control Disclosure Program), originalmente criado para atender à lei norte-americana Sarbanes-Oxley. Projeto Jirau injeta mais energia no Brasil O consórcio Energia Sustentável do Brasil, empresa criada especialmente para o projeto Jirau, venceu, em 19 de maio, o leilão de concessão da hidrelétrica de Jirau, com capacidade instalada de 3.300 MW. Fazem parte do consórcio vencedor as empresas Suez Energy Brasil, do Grupo controlador da Tractebel Energia, com 50,1%; Eletrosul (20%), Chesf (20%) e Camargo Corrêa (9,9%). Este será o maior empreendimento do Grupo SUEZ no Brasil. O leilão teve negociação de 349 milhões de MWh, o que correspondeu a um total negociado de R$ 25 trilhões, e um preço de venda final de R$ 71,37 por MWh. Segundo o presidente do consórcio Energia Sustentável, Victor-Frank Paranhos, o deságio é resultado das otimizações planejadas pelos sócios com base em estudos técnicos, que permitirão a antecipação da geração, menores custos e menores impactos ambientais, resultando em economias com relação ao orçamento original. “Somente as mudanças no projeto original, por exemplo, possibilitarão a redução de R$ 1 bilhão no custo da obra civil”, exemplifica Paranhos. O presidente da Suez Energy Brasil, Maurício Bähr, destacou a estratégia vitoriosa do consórcio no leilão de Jirau. “Os sócios estudaram todos os detalhes do projeto e conseguiram soluções que viabilizam uma rentabilidade adequada ao projeto”, diz Bähr. O executivo confirmou que a participação da Suez no consórcio irá passar para a Tractebel Energia no futuro, já que a empresa é o veículo de investimento da controladora na região. Perfil do empreendimento Da esquerda para a direita: Jerson Kelman, Edison Lobão, Victor-Frank Paranhos e Maurício Bähar Capacidade instalada: 3.300 MW Localização: Rio Madeira Estado: Rondônia Número de turbinas: 44 Consórcio: Energia Sustentável do Brasil, formado pelas empresas SUEZ Energy South América Participações Ltda. (50,1%); Camargo Corrêa Investimentos em Infra-Estrutura S/A (9,9%); Eletrosul Centrais Elétricas S/A (20%) e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf (20%). Opiniões sobre o leilão Expediente Informativo da Tractebel Energia S.A, de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Diretoria Administrativa Supervisão e Coordenação Patrícia Franco Bahry Edição e textos Dfato Comunicação Duda Hamilton e Amanda Ziani fone (48) 3222 5311 [email protected] Jornalista Responsável Duda Hamilton Concepção Gráfica e Editoração Officio Desenho Gráfico (48) 3237 2477 • www.officiocom.com.br “Os leilões das usinas do Madeira confirmam que é possível viabilizar projetos energéticos e de infra-estrutura nas regiões ambientalmente sensíveis de forma sustentável, garantindo a expansão do abastecimento com a conservação do meio ambiente”. “O resultado do leilão de Jirau foi acima das expectativas. O mais importante é a alternância dos competidores no Complexo Hidrelétrico do Madeira e isso é um bom sinal para o exterior, pois a competição assegurada garante investimentos para o Brasil”. Paulo Godoy, presidente da Abdib (Associação Brasileira de Infra-estrutura e Indústria de Base) em entrevista ao Canal Energia, publicada em 19 de maio Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em entrevista à Agência Brasil, publicada em 19 de maio “Esse leilão é o retrato do bom momento da economia brasileira”. “O próximo desafio será emitir as licenças que autorizam o início das obras das usinas de Santo Antônio e Jirau dentro dos prazos previstos pelo governo.” Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, em entrevista à Agência Estado, publicada em 19 de maio Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, em entrevista ao Canal Energia, publicada em 19 de maio TRACTEBEL BOAS N O V A S ABRIL/JUNHO 2008 ABRIL/JUNHO 2008 C om os resultados do fechamento do primeiro trimestre deste ano, já temos bons motivos para comemorar o exercício de 2008. Tivemos um incremento em nosso lucro líquido de 61,7% em relação ao mesmo período do ano passado, correspondente a cerca de R$ 391,5 milhões. Além disso, o ganho do leilão de Jirau, de 3.300 MW de capacidade instalada, pela nossa controladora SUEZ em consórcio com a Eletrosul, CHESF e Camargo Corrêa, representa um expressivo fortalecimento de nosso Grupo no Brasil. A construção acelerada das usinas hidrelétricas São Salvador, de 243,2 MW, e Estreito, cuja participação de nosso Grupo é de 435,56 MW, igualmente contribuem com nosso otimismo em relação ao futuro. Além de estarmos satisfeitos com nossos próprios resultados, vemos com bons olhos as últimas notícias referentes à economia do País, que têm sido veiculadas freqüentemente. A classificação do Brasil como grau de investimento pelas agências de risco Fitch e Standard & Poor’s é muito positiva para o setor elétrico. A ascensão do País ao seleto grupo de nações consideradas confiáveis aos investidores estrangeiros traz diversos benefícios às empresas brasileiras, sobretudo no que diz respeito à abertura de novas fontes de financiamento. Outro fator importante e que muito nos orgulha é o elevado grau de sustentabilidade do setor elétrico brasileiro, cuja matriz energética é a que mais utiliza recursos renováveis no mundo. Enquanto os países desenvolvidos utilizam 14% de fontes renováveis em suas matrizes, o Brasil utiliza 45%. Esses dados motivam a Tractebel Energia em ampliar cada vez mais sua capacidade de geração de energia elétrica por meio de fontes alternativas renováveis, em especial a biomassa. Neste sentido, estamos avaliando diversas possibilidades com o objetivo de atender a necessidade brasileira de diversificar suas fontes de energia elétrica, reduzindo a dependência da hidroeletricidade ao mesmo tempo em que ampliamos nossa capacidade de fornecimento de energia elétrica a nossos clientes. Todo este esforço de crescimento tem sido efetuado rigorosamente dentro dos princípios do desenvolvimento sustentável, atendendo a nossas crenças pessoais e às orientações de nosso controlador. Como exemplo de nosso esforço, destaco a utilização das cinzas provenientes da queima da madeira, na Unidade de Co-geração Lages (UCLA), como forma de adubo natural. Outros resultados importantes foram a geração de um montante significativo de créditos de carbono e o reflorestamento de quase 3 mil hectares no entorno de nossas usinas hidrelétricas nos últimos anos. O cenário atual da economia brasileira e da Tractebel Energia nos tornam cada vez mais confiantes com relação ao bom desempenho de nosso negócio em 2008. Todos esses acontecimentos reforçam nossas expectativas de um futuro promissor e sustentável, especialmente no ano em que completamos uma década de atuação no Brasil. Expansão 11 Ação Social 1º trimestre Realizado há 21 anos no município de Alegrete (RS), o Dança Alegre Alegrete é um dos eventos mais antigos do estado, no gênero. Além disso, é premiado pelo Ministério da Cultura (MINC) com o troféu Mambebe e pertence à Rede Internacional dos Municípios que Dançam. Neste ano, a apresentação de abertura, em 15 de maio, transformou o espaço da Usina Termelétrica Alegrete, da Tractebel Energia, em palco. Pela Lei Rouanet, a Tractebel Energia foi uma das patrocinadoras do evento, inclusive o uniforme da empresa foi o figurino escolhido para a coreografia dos 40 artistas que lá se apresentaram. “Não é dessa combustão corporal que se alimenta a arte? A termelétrica, suas caldeiras, converteram-se assim na grande metáfora da nossa criação”, conta o diretor do espetáculo Décio Antunes. Já a realizadora do evento, Maria Waleska van Helden, disse que este ano quase 6 mil pessoas assistiram, gratuitamente, às manifestações artísticas. Outras tantas participaram de workshops realizados com bailarinos de dentro e fora do estado, uma das marcas do sucesso do Dança Alegre. Nas quatro noites de maio, os passos de dança movimentaram diversos espaços públicos da cidade gaúcha. Cartilha ambiental A Polícia Ambiental de Santa Catarina realiza um trabalho com foco nos cidadãos do futuro e do presente. Desde 2006, o órgão se empenha na conscientização ambiental de crianças e adolescentes da rede pública e privada de ensino. São realizadas palestras e distribuição gratuita de cartilhas com temas relacionados à preservação do meio ambiente ilustrados em quadrinhos. A Tractebel participa, desde o ano passado, dessa ação que abrange de estudantes em alfabetização até o ensino médio. Neste ano, e empresa possibilitou a criação da cartilha Puma, sobre o maior felino encontrado hoje em matas catarinenses, que corre risco de extinção. Fazer o bem ABRIL/JUNHO 2008 Parceiras há quatro anos na realização da Campanha do Agasalho, a Tractebel Energia e a RBS promovem, até 30 de junho, a edição de 2008. Chegou a hora de dar uma olhada nos armários da casa e selecionar algumas peças que já não são mais usadas. Depois é só se dirigir aos pontos de arrecadação distribuídos por todo o Estado. Na capital e região eles estão na Tractebel Energia, no Corpo de Bombeiros, na Uni Yôga, na Rádio Litoral PX, na RBS TV Florianópolis e São José e também no jornal Diário Catarinense. As peças coletadas vão tornar o inverno das famílias carentes, atendidas por entidades cadastradas na campanha, menos rigoroso. Conforme a mensagem do slogan deste ano, doar faz bem, doe também. 10 TRACTEBEL BOAS N O V A S Acerto na estratégia eleva lucro Foi um dos melhores resultados trimestrais em 10 anos de existência da Tractebel Energia. O lucro líquido do primeiro trimestre de 2008 registrou um crescimento de 61,7%, em relação ao ano passado e chegou aos R$ 391,5 milhões, já a receita líquida alcançou R$ 951,6 milhões, 40,9% maior que a do 1º trimestre de 2007. O presidente da maior empresa privada de geração de energia do Brasil, Manoel Zaroni Torres, explica ao Boas Novas os fatores que definiram essa conjuntura. Quais as principais razões deste ótimo desempenho? Qual a estratégia adotada? Zaroni – Em grande parte ocorreu em função da maior disponibilidade de energia para liquidação na CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), combinada com elevados preços no mercado de curto prazo ou spot (PLD), o qual é usado para liquidar as diferenças de energia em relação aos volumes contratados. O atraso no regime de chuvas esperado no início do ano na Região Sudeste, onde estão os grandes reservatórios do sistema, indicou uma perspectiva de deplecionamento progressivo dos reservatórios com aumento substancial do risco de racionamento. Como conseqüência, o PLD disparou nestes primeiros meses do ano, atingindo uma média de R$ 276,00, muito superior aos valores esperados para esta época do ano, e levou também o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a solicitar o despacho de usinas térmicas com custo de geração elevado, mesmo que superiores ao PLD, como é o caso de Alegrete e Arjona operando a diesel. Adicionalmente, a Empresa contabilizou ganhos devido à recuperação de créditos fiscais pagos em anos anteriores, quando indevidamente se contabilizou o reembolso da CDE sobre a compra de carvão como receita e não como recuperação de despesa, como agora foi autorizado pela Aneel. Finalmente, deve-se registrar que o preço médio dos contratos de venda de energia no 1º. trimestre de 2008 foi superior ao preço médio no mesmo período de 2007. Dispúnhamos de uma certa quantidade de energia hidrelétrica para o ano de 2008 e resolvemos alocar um bloco maior no início do ano, num processo conhecido como sazonalização do recurso hidrelétrico, isto porque nossos estudos, baseados em previsões climáticas e análises de risco, indicavam que haveria somente um atraso das chuvas na região Sudeste e não uma seqüência hidrológica crítica. Adicionalmente, prevendo o despacho elevado das térmicas, numa ação coordenada entre as áreas de planejamento e de produção da Empresa, tratamos de adiar uma série de manutenções nas usinas térmicas, principalmente no complexo de J. Lacerda, buscando maximizar a disponibilidade destas usinas, de forma a tirar proveito do PLD elevado. Apesar do risco de quebra pelo atraso de manutenções urgentes, a resposta das usinas foi excelente. Porém, não devemos esperar que este resultado seja multiplicado por quatro para estimar o resultado do exercício, pois, afinal de contas, teremos menos energia para alocar a partir do 2º. Semestre. “Em 2008 vem fazendo diferença a estratégia definida na virada do ano” Manoel Zaroni Torres PLÍNIO BORDIN O que representa isso em termos de valores? A receita líquida de energia atingiu R$ 952 milhões, sendo R$ 188 milhões de créditos na CCEE. O EBITDA ficou em R$ 188 milhões e o lucro líquido em R$ 392 milhões, contando com R$ 76 milhões de recuperação de PIS/COFINS sobre o reembolso dos gastos com aquisição de carvão. O preço médio dos contratos de venda no 1º. trimestre de 2008, líquido de deduções, atingiu R$ 98,86/MWh – 15,5% maior do que o preço médio do mesmo período de 2007, que foi de R$ 85,60/MWh. Dos 3,5 mil MW vendidos, neste ano corrente, 45% foram para as distribuidoras, 21% se destinou a comercializadoras e 34% ficaram com os clientes livres. TRACTEBEL BOAS N O V A S ABRIL/JUNHO 2008 Dança Alegre Alegrete Marco Santierri 3 Créditos de Carbono Destaques Boas vindas ao embaixador Reconhecimento ABRIL/JUNHO 2008 A Tractebel Energia recebeu uma menção honrosa pelo projeto Clima na Tractebel Energia: Gestão Compartilhada, inscrito no Prêmio Ser Humano Oswaldo Checchia 2008, promovido pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em 3 de junho, em São Paulo. O diretor Administrativo, Luciano Andriani representou a empresa na cerimônia desta premiação, que incentiva a valorização dos seres humanos dentro e fora das organizações. 4 TRACTEBEL BOAS N O V A S de Negócios da Ticket; e Luciano Andriani, diretor Administrativo da Tractebel Energia IR Magazine elege Previtali O gerente do DRI Antonio Previtali Jr. foi eleito um dos cinco melhores executivos de Relações com Investidores do Brasil pela IR Magazine, revista especializada com sede em Londres. Essa avaliação é reconhecida globalmente como a mais prestigiosa e precisa sobre os melhores desempenhos da área de RI em empresas abertas. No país, a escolha foi feita por meio do Estudo de Percepção do Investidor, uma sondagem independente conduzida pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas. Foram analisados 340 profissionais de investimentos - analistas e administradores de carteiras – além de 3.600 investidores individuais - atuantes no mercado de ações. 1 2 3 N as negociações da Tractebel Energia com a Bunge Emissions Fund Limited o respeito ao meio ambiente não ficou de fora. Isso porque o produto comercializado foram os créditos de carbono ou as RCEs (Reduções Certificadas de Emissão) gerados pela Unidade de Co-geração Lages (UCLA). A usina produz energia elétrica e vapor com resíduos de madeira das indústrias do planalto catarinense. Com a assinatura dos contratos de compra e venda de Reduções de Emissão (ERPA), foram vendidas 263.672 RCEs geradas pela UCLA e já emitidas pelo UNFCCC, órgão da ONU responsável pela emissão. As RCEs comercializadas com a Bunge equivalem a pouco mais que o montante de RCEs geradas anualmente pela usina. A venda se efetivou através de um processo competitivo, onde participaram mais de 15 potenciais compradores. “A negociação com empresas importantes como a Bunge aliada à obtenção de um bom preço, demonstram a qualidade dos créditos gerados pela UCLA e sua excelente aceitação pelo mercado”, avalia o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Tractebel Energia, Carlos Alberto de Verney Gothe. Para a próxima comercialização de RCEs ainda é necessário verificar a quantidade gerada pela usina entre junho de 2007 e maio deste ano. A verificação, diz Gabriel Mann dos Santos, analista de Desenvolvimento de Projetos, será feita por uma empresa certificadora nos próximos dois meses. O passo seguinte é aguardar um bom momento no mercado. “Buscaremos associar a obtenção de bons preços à realização de receitas no momento mais atrativo para a empresa”, avalia Gabriel. Para este ano, está prevista ainda a entrega de 88 mil das 750 mil RCEs compradas no ano passado pelo Prototype Carbon Fund - fundo de aquisição de créditos de carbono administrado pelo Banco Mundial. A parcela de RCEs já foi gerada e está reservada para ser entregue ao comprador assim que a documentação necessária for apresentada. Em 2006, ano em que iniciou a comercialização de RCEs, a Lages Bioenergética vendeu um montante de 190.000 RCEs à empresa japonesa Chugoku Electric Power Co., Inc. Ao todo os dois contratos somaram 940 mil RCEs, produto que agrega o valor do desenvolvimento sustentável. Geração responsável A Unidade de Co-geração de Lages (UCLA) gera energia elétrica e vapor através da biomassa residual de indústrias madeireiras da região. A usina integra, desde abril de 2006, o rol de empreendimentos registrados pelo MDL (Comitê Executivo do Mecanismo do Desenvolvimento Limpo) da ONU comprometidos em reduzir a emissão de CO2 e outros gases que contribuem para o efeito estufa. Para a comercialização dos créditos de carbono, foi necessário cumprir o processo de registro da usina no MDL e de certificação das reduções de emissão, o que teve o custo de R$ 500 mil. TRACTEBEL BOAS N O V A S ABRIL/JUNHO 2008 P ara dar boas vindas ao embaixador da França no Brasil, Antoine Pouillieute, a diretoria da Tractebel Energia ofereceu um jantar no dia 12 de maio, no Hotel Sofitel da capital catarinense. Estavam presentes no evento além do presidente Manoel Zaroni Torres, os diretores da empresa de energia, Jan Flachet, presidente da Suez Energy South America, controladora da Tractebel Energia, e represen1 Da esq. para dir.: Manoel tantes do governo de Santa Catarina e Arlindo Zaroni Torres, presida prefeitura de Florianópolis. dente da Tractebel Energia Pouillieute conversou com empresáe o embaixador da França rios da Fiesc (Federação das Indústrias no Brasil, Antoine Pouilde SC) e anunciou que Florianópolis lieute • 2 Da esq. para dir.: será uma das cidades a receber o Fórum Jan Flachet , presidente da França-Brasil, no final deste ano. A visiSuez Energy South America ta demonstrou o interesse dos franceses e embaixador • 3 Fréderic no Estado. Na tarde do dia 13 de maio, Besnard, diretor da Aliança o representante francês cumpriu uma Francesa; Francisco Borgoff, agenda de encontros com empresários cônsul honorário da França; de Joinville. Mônica Gomes, gerente Energia para o desenvolvimento limpo 9 Cliente livre Inovação E xistem formas de devolver à natureza parte do inclusive a venda”, conta o gerente da UCLA, Márcio que dela é extraído. Quando as sobras de ma- Daian Neves. Atualmente são produzidas mensalmente cerca de deira utilizadas para gerar energia e vapor se transformam em cinzas que são reaproveitadas 1.200 a 1.500 toneladas de cinzas, que são destinadas como adubo, fecha-se um ciclo. As propriedades naturais ao Complexo Jorge Lacerda, também da Tractebel Enervoltam para o solo e auxiliam no crescimento de novas gia, localizado no município de Capivari de Baixo. Lá, árvores. Esse procedimento é desenvolvido pela Unida- o resíduo é misturado com a cinza pesada do carvão de de Co-geração de Lages e, no dia 9 de abril, recebeu mineral e utilizado para recuperação de áreas degradadas aprovação da FATMA (Fundação de Meio Ambiente de da região sul de Santa Catarina. “Temos como objetivo Santa Catarina) para utilizar seu subproduto - as cinzas doar essas cinzas também para os agricultores e para projetos de reflorestamento na região, por meio de - nas florestas da região de Lages. O processo de autorização teve início em 2006, parceria firmada com a EPAGRI e a Secretaria do Meio quando a Tractebel Energia contratou o professor PHD Ambiente”, diz Neves. em solos pela UFSC (Universidade Federal de A Unidade de Co-Geração de Lages recebeu autorização da Santa Catarina) Jonas Ternes dos Anjos. A Fatma para destinar as cinzas produzidas na unidade a partir de então, foram desenvolvidos estudos florestas da região onde está localizada. relacionados às propriedades químicas da cinza e sua utilização como corretivo e adubo fertilizante de solo. Os principais nutrientes identificados foram - nitrogênio, cálcio e potássio - além de outros dez importantes elementos químicos. A composição deste subproduto provém de elementos presentes na água, no ar e no solo. Em outubro do ano passado, o estudo foi aprimorado em função de novos questionamentos solicitados pela FATMA, sendo novamente apresentado a esta instituição. Com a aprovação pelo órgão ambiental, surgem novas formas e aproveitamento do resíduo. “A Tractebel objetiva cadastrar a cinza de biomassa no Ministério da Agricultura, como um fertilizante natural o que possibilitaria A TKCSA (ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico), maior investimento privado realizado no Brasil nos últimos 10 anos, será cliente e fornecedora da Tractebel Energia. A TKCSA formará, a partir de 2009, um grande complexo que vai fabricar placas de aço para atender, exclusivamente, o mercado internacional. Além da estrutura para produção de aço, será construída uma Unidade Termelétrica - UTE do Atlântico - de potência instalada de 490 MW. A UTE utilizará os gases e o vapor resultantes dos processos siderúrgicos, para geração de energia elétrica. O contrato vai garantir o abastecimento da TKCSA enquanto ela não produzir energia suficiente para atender o seu consumo interno. O gerente de Distribuição de Energia da TKCSA, Fabrício Cesário, explica que a Tractebel foi escolhida porque atende aos requisitos estabelecidos pelo Grupo, principalmente com relação à garantia de fornecimento. “Dentre as consultadas, essa foi a empresa que apresentou a proposta mais criativa, demonstrou grande interesse no negócio e ainda esteve aberta a negociações”. Firmado em março, o contrato entre as duas empresas prevê a venda pela Tractebel de cerca de 30 MW médios por mês a partir de agosto de 2008. No próximo ano, a quantidade aumentará para 110 MW médios por mês e, em 2010, será a vez de a TKCSA vender a energia - de janeiro a dezembro - e acrescentar 190 MW médios por mês para a Tractebel. Segundo o diretor de comercialização e negócios, Miroel Wolowki, a parcela de energia virá em um bom momento para a empresa reforçar seu lastro. “O Cliente e fornecedora da Tractebel, a TKCSA, vai produzir aço e gerar energia contrato representa uma parceria sólida, com uma das maiores empresas do mundo no segmento, com receita bruta acima de 51 bilhões de euros por ano”. Perfil O complexo siderúrgico está em construção em uma área de nove milhões de metros quadrados, no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro e representa um investimento que poderá chegar a 3,7 bilhões de euros. Seu principal acionista é ThyssenKrupp Steel, um dos maiores produtores de aço da Alemanha e do mundo. Essa empresa participa do empreendimento com 90% do total dos recursos, e a Vale, que será responsável pelo fornecimento do minério de ferro, com os restantes 10%. ABRIL/JUNHO 2008 8 Energia para o aço TRACTEBEL BOAS N O V A S TRACTEBEL BOAS N O V A S ABRIL/JUNHO 2008 Utilização de resíduos 5 Meio ambiente reflorestamento garante mais do que espaços verdes e ar puro. Por meio dele é possível auxiliar o controle de processos erosivos, manter as condições hídricas ideais de cada local e minimizar o efeito estufa. Além disso, o plantio de árvores nativas ainda contribui para a preservação de espécies em extinção. Esse processo é realizado em cinco usinas da Tractebel Energia, em quatro estados brasileiros e abrange quase 3 mil hectares. Entre as diversas espécies plantadas nessas unidades estão as frutas Pequi e Cajuzinho do cerrado de Goiás; Pitanga e Araçá de Santa Catarina; as árvores Figueira e Gua- Usinas Hidrelétricas Salto Osório e Salto Santiago Usina Hidrelétrica Cana Brava ABRIL/JUNHO 2008 Nestas duas usinas o trabalho ocorre há três anos e já foram plantadas cerca de 460 hectares nas margens, ilhas dos reservatórios e limites das concessões. As ações também englobam troca de idéias com a comunidade interessada na preservação da mata nativa. “Nas situações em que os proprietários vizinhos às áreas das unidades manifestam interesse em realizar plantios, nós aproveitamos a logística da equipe de implementação de reflorestamento, com fornecimento de mudas e mão de obra para os plantios”, conta o analista de meio ambiente das Unidades de Salto Osório e Salto Santiago, Clóvis Agripino Tosin da Silva. As técnicas e a execução do trabalho são realizadas pela Ambiotech, empresa terceirizada que está contratada até 2010. O investimento para todo o processo das duas unidades fica em torno de R$ 350 mil reais por ano. 6 juvira da divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul; e Cedro e Imbuia do Paraná. Conheça como o reflorestamento ocorre em cada unidade da Tractebel Energia. Na usina Cana Brava, o projeto foi definido com base nos resultados de uma criteriosa avaliação inicial. O estudo possibilitou o conhecimento das características do solo e do clima local, o levantamento de espécies florestais nativas da região e a verificação da disponibilidade de sementes para a produção das mudas. Em novembro de 2007 teve início o trabalho de reflorestamento em cerca de 14,74 hectares. Segundo a técnica ambiental Andréia Ramos Soares, até o final deste ano a unidade terá investido cerca de R$ 142 mil nos processos de reflorestamento. “Essas atividades promovem ainda a geração de empregos na região e subsídios para a conscientização ambiental, por meio das visitas às instalações da usina, onde o tema é exposto”, avalia Soares. Usina Hidrelétrica de Itá Complexo Termelétrico Jorge Lacerda A consciência da importância da mata ciliar também está presente nas ações de meio ambiente da Usina Hidrelétrica Itá. Lá, originou-se o projeto de recuperação da mata com 30 metros de largura em todo o perímetro do reservatório de 760 km. O espaço está localizado entre sete municípios catarinenses e quatro gaúchos, somando um total de 2.226,41 hectares. O analista de meio ambiente da usina, Sérgio Luiz de Souza, conta que o investimento é de cerca de R$ 1 milhão ao ano. “A mata ciliar evita o assoreamento dos rios, a poluição da água e forma uma paisagem mais próxima da natural, portanto, mais harmônica. Alimenta a fauna e participa no controle de endemias através de suas espécies, importantes no controle biológico de pragas ou elos da cadeia alimentar”. Do início do projeto em 2003 até o inverno de 2007 haviam sido plantadas 120 mil mudas. Assim como nas demais unidades da Tractebel Energia, a execução fica a cargo de empresas terceirizadas da região como a Lis Ambiental, para plantio e manutenção, Lago Azul Consultoria para medição e avaliação de campo e a Ambietalis Consultoria para assessoria técnica. Embora a finalização do projeto esteja previsto para 2009, iniciativas como as projeções para comercialização de créditos de carbono são outras sementes que podem germinar nesse projeto. No Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL), o reflorestamento é desenvolvido para recuperar áreas degradadas, a mata ciliar nos dois rios que passam pela propriedade da Tractebel - Tubarão e Capivari - e ainda para formar um cinturão verde no entorno do Complexo. Segundo o engenheiro agrônomo Marcelo Delpizzo Caneschi, cerca de 120 hectares já receberam nova vegetação. Além disso, mais 50 hectares serão destinados ao projeto do Parque Ambiental Jorge Lacerda. “Comparada com outras usinas da empresa a nossa área de plantio pode parecer pequena, mas nosso trabalho de doações de mudas é intenso, principalmente para instituições e comunidades da região”, diz Caneschi. Uma parceria foi firmada com duas associações de rizicultores, sediadas em Tubarão, para recuperação da mata ciliar junto às áreas onde é cultivado arroz. “Repassamos 9 mil mudas de árvores nativas para serem plantadas nesses locais”, conta Caneschi, acrescentando que as espécies são germinadas no horto do Complexo. Atualmente, diz o agrônomo, a empresa conta com uma equipe exclusiva para cuidar destas atividades e investe, anualmente, cerca de R$ 100 mil. TRACTEBEL BOAS N O V A S Confira a diversidade de espécies plantadas Salto Osório e Salto Santiago (PR): Cedro, Ingua, Ipê-roxo, Palmito, Jabuticaba, Pau-marfim, Imbuia, Erva-mate. Itá (RS/SC): Figueira, Esporão de galo, Guajuvira, Guatambu, Canjerana, Caliandras, Laranjeira do mato, entre outras. Cana Brava (GO): Pequi, Cajuzinho do cerrado, Angico, entre outras. Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (SC): Pitanga, Gabiroba, Araçá, Ingá, Ipê Amarelo, Ipê Roxo, Quaresmeira, Aroeira, Jambolão, Goiaba, Jaboticaba, Paineira, Corticeira entre outras. TRACTEBEL BOAS N O V A S ABRIL/JUNHO 2008 O Recuperação da mata nativa 7
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