A Região Selar
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A Região Selar
Lesões Intra-Cranianas Classificação IMERSÃO EM ENDOCRINOLOGIA PEDIÁTRICA HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE 08 de Abril 2006 • TUMORES INTRAINTRA-CRANIANOS REPERCUSSÃO ENDÓ ENDÓCRINA UNIFESP • • Adriana A. Siviero-Miachon Setor de Endocrinologia Pediátrica Instituto de Oncologia Pediátrica IOP/GRAACC - UNIFESP/EPM UNIFESP TUMORES – Selares – Extra-selares CISTOS – Rathke´s – Aracnóide – Dermóide – Epidermóide DIVERSAS ? – Vasculares – Infecções – Infiltração – Granuloma células gigantes [email protected] Tumores Classificação Tumores SNC Crianças e Adolescentes TUMORES NEUROEPITELIAIS adenomas meningiomas • NEUROEPITELIAIS • Nervos periféricos • Meninges Glioblastoma multiforme pinealoblastomas Meduloblastomas • Metástases astrocitomas 18% 1% • Hematopoiéticos outros 1% 31% hamartomas Astrocitoma anaplá anaplásico EMBRIONÁ EMBRIONÁRIOS • Selares hipofisários 1% Astrocitoma baixobaixo-grau • Linfomas • Germinativos UNIFESP ASTROCÍ ASTROCÍTICOS 2% germinativos pineal Tumores neuroectodé neuroectodérmicos primitivos (PNETs) PNETs) gliomas/ópticos 9% PNETs 5% Tumor Terató Teratóide / rabdó rabdóide atí atípico ependimomas UNIFESP EPENDIMAIS 7% craniofaringiomas 5% meduloblastomas 14% 6% Ependimomas de vá vários subtipos Fonte: Instituto de Oncologia Pediá Pediátrica – UNIFESP/EPM 2002/03 World Health Organization (WHO) Tumores Localização vs Sintomas A Região Selar LOCALIZAÇÃO SINAIS & SINTOMAS Hiperfagia, regulação temperatura, Supratentorial Hipertensão intra-craniana (III ventrículo) controle ciclo sono-vigília Quiasma óptico Hipotálamo Perda visual, déficit hormonal, hormonal alterações comportamento Glândula pineal Movimentos oculares anormais Deficiência hipófise anterior Hemisférico Sinais neurológicos focais, convulsões (GH < LH-FSH < TSH, ACTH) Alterações visuais UNIFESP Tronco cerebral Meduloblastoma Ataxia, alterações marcha, hipertensão intra-craniana (IV ventrículo), disfunção nervos cranianos QUIASMA ÓPTICO HIPÓ HIPÓFISE Puberdade precoce Infratentorial Cerebelar HIPOTÁ HIPOTÁLAMO Diabetes insipidus UNIFESP Hiperprolactinemia 1 Tumores Selares Sintomas Compressivos • • UNIFESP Possibilidades Terapêuticas • CIRURGIA • QUIMIOTERAPIA • RADIOTERAPIA PERDA VISUAL Relação entre sela, nervo e quiasma óptico – cranial – cranioespinhal CEFALÉIA Obstrução liquórica e hipertensão intra-craniana (III ventrículo) UNIFESP Sela normal • Aumento sobrevida câncer infantil • Seqüelas ENDÓCRINAS 95% tumores linha média supratentoriais Tumor Muirhead et al. 2002 Craniofaringiomas Sinais e Sintomas Craniofaringiomas Características 5-10% tumores cerebrais crianças • • • • • • • Disfunção hipotalâmico-hipofisária 5-14 anos Menina = menino Alteração visual Papiledema Atrofia nervo óptico Retardo crescimento Retardo puberal TH Bolsa de Rathke UNIFESP UNIFESP Compressão não invasão Craniofaringiomas Imagem UNIFESP Craniofaringiomas Ressonância Magnética RX simples Alargamento sela Deficiência GH Hipotireoidismo Hipocortisolismo Hipogonadismo Diabetes insipidus UNIFESP Tomografia Componente cístico - 85% Calcificações - 75% 2 Craniofaringiomas Tratamento Craniofaringiomas Síndrome Metabólica APÓS CIRURGIA • Cirurgia • Catéter de Ommaya (císticos) – Bleomicina – Alfa-interferon (IFN-alfa) • Obesidade • Aumento adiposidade abdominal • Resistência insulínica • Dislipidemia • Radioterapia LESÃO HIPOTALÂMICA • Recidiva freqüente (90%) EFEITOS TARDIOS UNIFESP UNIFESP Obesidade Pan-hipopituitarismo • Obesidade • Deficiência de GH “Growth without GH” Srinivasan et al. 2004 Diferencial Cisto de Bolsa Rathke IFN-Alfa • • • • UNIFESP Tumores císticos Boa eficácia Baixa neurotoxicidade Menos seqüelas endócrinas??? • Achado necrópsia Cirurgia/Bleomicina n=9 Alfa-IFN n=10 Tempo (meses) pós-tratamento: 17.2 ± 10 Tempo (meses) pós-tratamento: 8.1 ± 7.6 PRÉ PÓS PRÉ PÓS Idade (anos) 9.4 ± 4.4 12.4 ± 4.2 10.4 ± 4.6 11.5 ± 4.7 Z IMC (dp) 0.3 ± 1.8 1.2 ± 0.9 0.3 ± 1.0 0.5 ± 1.2 Z P/I (dp) -0.6 ± 1.4 -0.05 ± 1.2 -0.6 ± 1.08 -0.4 ± 1.4 Z E/I (dp) -1.1 ± 0.9* -2.2 ± 0.9* -1.2 ± 1.2 -1.4 ± 1.3 • Sintomas compressivos: – Visuais – Diabetes insipidus – Hipopituitarismo • Anatomia patológica UNIFESP *p=0.05 Cavalheiro et al.; TostaTosta-Hernandez et al. 2005 Cistos Sinais & Sintomas Gliomas/Astrocitomas Características 50% tumores na infância Hipotálamo - quiasma óptico Epidermóide UNIFESP Dermóide UNIFESP ÓPTICOS - Neurofibromatose Aracnóide 3 Astrocitoma Pilocítico Sintomas Endócrinos Astrocitoma Pilocítico Puberdade Precoce • CIRURGIA e QUIMIOTERAPIA • M3P2 • IC = 4a; IO = 4a10m • IC = 5a6m; IO = 7a • LH = 27 mUI/mL • FSH = 17.8 mUI/Ml • Recidiva: 6a2m e 7a2m • Análogo GnRH TH Astrocitoma pilocí pilocítico suprasupra-selar PUBERDADE PRECOCE, PRECOCE deficiência de GH, UNIFESP UNIFESP diabetes insipidus, retardo puberal Gliomas/Astrocitomas Tratamento Glioma Hipotalâmico Síndrome Diencefálica • Ressecção total não possível • Anorexia • Tratamento adjuvante se sintomático • Caquexia/Edema • Nistagmo • Atrofia óptica • Estável ou regressão • Vômitos – Quimioterapia: • Diabetes insipidus • Vincristina & carboplatina • Temozolomida (Temodal®) UNIFESP UNIFESP • Hipogonadismo – Radioterapia Hamartoma Hipotalâmico Características Germinativos • Muito freqüentes nas estruturas da linha média - PINEAL • O segundo tumor mais comum na região supraselar • Tecido neuronal normal • Produção fatores hipotalâmicos (GnRH) – Germinomas • Disfunção hipotalâmica – Teratomas – Carcinomas embrionários – Coriocarcinomas UNIFESP • • Baixa estatura UNIFESP Marcadores tumorais • Diferencial com gangliocitoma (invasivo) Germinoma pineal 4 Hamartoma Hipotalâmico Sinais e Sintomas Hamartoma Hipotalâmico Imagem Puberdade precoce e crise gelá gelástica Aná Análogo GnRH IC = 2 anos IO = 6 anos P3G3 Texto = 173 ng/dL ng/dL LH = 3.6 mUI/mL mUI/mL FSH = 1.6 mUI/mL mUI/mL TH UNIFESP UNIFESP Ressonância magné magnética Meduloblastomas Características Adenomas Hipofisários Tumor malí malígno mais comum em crianç crianças • Pouco freqüentes na infância • 86% produtores de prolactina e ACTH Tumores produtores de GH & prolactina • UNIFESP UNIFESP Meduloblastomas Tratamento • Hidrocefalia por compressão e invasão IV ventrículo • Irritabilidade • Queda rendimento escolar • Cefaléia • Vômitos • Ataxia • Nistagmo • Paralisia nervos cranianos Fossa posterior 5-9 anos Ependimomas SEQUELAS ENDÓ ENDÓCRINAS • 9% tumores pediátricos • Pico: < 6 anos RADIOTERAPIA QUIMIOTERAPIA CRANIOESPINHAL 54Gy • Epitélio ependimal ventrículos e medula espinhal (NF II) Hipotireoidismo 1á 1ário Vincristina • Tratamento: TUMOR DE TIREÓ TIREÓIDE Cisplatina Déficit GH Ciclofosfamida Puberdade precoce CCNU CIRURGIA UNIFESP – Ressecção – Quimioterapia UNIFESP – Radioterapia 54Gy (CRANIAL) Falência gonadal 5 Tratamento Efeitos Tardios Tumores Selares Impacto Doença & Tratamento 93% 75% • • • • Radioterapia • Baixa Estatura Hipotálamo/Hipófise Tireóide Gônadas Crescimento Ósseo • Hipotireoidismo 75% 71% 56% 55% • Retardo Puberal • Pan-hipopituitarismo • Tumor de Tireóide • Puberdade Precoce Quimioterapia UNIFESP 5% • Infertilidade • Gônadas • Produção de GH UNIFESP • Osteoporose DI Deficiência Deficiência TSH ACTH Deficiência GH Deficiência Gn Puberdade Baixa precoce velocidade de crescimento Muirhead et al. 2002 Tumores Extra-selares Radioterapia é a vilã... Tumores Extra-selares Impacto Radioterapia 60% 28% 17% 13% 7% 3% UNIFESP UNIFESP Hipotireoidismo Deficiência TSH Deficiência GH Hipogonadismo Puberdade Baixa velocidade precoce de crescimento primário SEM ENDOCRINOPATIA (%) ENDOCRINOPATIA (%) DÉFICIT CRESCIMENTO (%) CIRURGIA ISOLADA 96 4 0 QUIMIOTERAPIA ISOLADA (QT) 100 0 1 RADIOTERAPIA ISOLADA (RXT) 56 44 11 RXT + QT 42 58 7 RXT ESPINHAL 44 56 12 Muirhead et al. 2002 Muirhead et al. 2002 Radiação Risco Endocrinopatia QUESTÕES IMPORTANTES • Avaliação dos efeitos tardios Dose Inferior a 24 Gy Superior a 24 Gy Antecipação da Puberdade Deficiência de GH • Reposição de hormônio de crescimento: quando iniciar? • Custo e benefício vs recorrência Risco de Diminuição do Estirão Puberal UNIFESP Deficiência Hipofisária Múltipla Antecipação Puberal • Interrupção da puberdade UNIFESP • Integração social [email protected] 6