São Vicente de Paulo

Transcrição

São Vicente de Paulo
Revista do Hospital
São Vicente de Paulo
Ano 3 • Número 9 • Jan/Fev 2013
EXERCÍCIOS
FíSiCOS
O que você
precisa saber
antes de
começar
CRIANÇAS
EM CASA
Previna
acidentes
domésticos
CIRURGIA
PLÁSTICA
Faça sua escolha
com segurança
Informativo bimestral do Hospital São Vicente de Paulo
Pesquisa e inovação
no combate à dengue
Um iluminado
2013!
Fiocruz firma parceria pioneira
para o controle da doença no país
Caros amigos,
O ano de 2012 marcou a história do HSVP pela perda inestimável da Irmã Mathilde, fundadora desse hospital e grande
exemplo de ser humano. Por outro lado, foi também um período em que o HSVP passou por novos processos e superou
grandes desafios. Nosso crescimento real de 17% nos deu a certeza de que aprimoramos ainda mais a forma de atender
as pessoas e lidar com elas, e de usar a tecnologia em favor da saúde. O profissionalismo e a responsabilidade de todos
os nossos colaboradores reforçaram a boa imagem do HSVP no mercado carioca, além de manter presente em nossa
rotina os fortes valores vicentinos. Não por acaso, esta edição está recheada de reportagens positivas, que destacam a
importância da solidariedade e do respeito ao meio ambiente. Reflexões fundamentais, especialmente em uma época em
que o consumismo vazio e exacerbado causa graves prejuízos à vida no planeta Terra.
Responsabilidade é palavra de ordem. Não apenas no plano coletivo, mas também na vida pessoal. Por isso, nossa matéria de capa traz conselhos importantes para quem deseja submeter-se a uma cirurgia plástica. Como orientam nossos
especialistas, é fundamental conhecer a unidade de saúde, os profissionais e as informações que cercam o ato cirúrgico.
Da mesma forma, para sair do sedentarismo e ingressar em uma atividade física regular, também é necessário consultar
um profissional especializado para receber conselhos e orientações mais adequados à sua saúde.
Nessa época, com a chegada de um novo ano, nosso desejo de paz e fraternidade se amplia. Como muito bem citou
Irmã Josefa em sua entrevista, “com solidariedade e atitudes semelhantes poderemos contagiar as pessoas a nossa volta
e, somente assim, conseguiremos que 2013 se apresente triunfante e radiante para todos nós”. Esse é também meu
desejo a todos.
Irmã Marinete Tibério – Diretora Executiva
SUMÁRIO
Personalidade - Paulo Gadelha, presidente da Fiocruz
Exercícios físicos e sedentarismo
Férias saudáveis
Menopausa e terapia de reposição hormonal
Brasil é referência em cirurgia plástica
Consumo consciente
Emagrecimento
Cirurgia segura
Entrevista - Dr. Acyr Cunha (cirurgião pediátrico)
HSVP é 100% certificado pela ABNT
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EXPEDIENTE
3
4,5
6,7
8,9
10,11
12,13
14
15
16,17
19
Hospital São Vicente de Paulo - Rua Dr. Satamini, 333 Tijuca - Rio de Janeiro - RJ - Tel.: 21 2563-2121.
FUNDADO EM 1930 pelas Filhas da Caridade de São Vicente de
Paulo.
Diretoria Médica: Eliane Castelo Branco (CRM: 52 28752-5).
Conselho Administrativo: Ir. Marinete Tiberio, Ir. Custódia
Gomes de Queiroz, Ir. Maria das Dores da Silva e Ir. Ercília de Jesus
Bendine.
Conselho Editorial: Irmã Custódia Gomes de Queiroz Diretora de Enfermagem; Irmã Ercília de Jesus Bendine - Diretora
da Qualidade; Eliane Castelo Branco - Diretora Médica; Irmã
Marinete Tibério - CEO do HSVP; Martha Lima - Gerente de
Hospitalidade; Olga Oliveira - Gerente de Suprimentos; Vanderlei
Timbó - Coordenador de Qualidade.
Edição: Simone Beja.
TEXTOS: Andrea Mazilão e Regina Castro.
DIAGRAMAÇÃO: Eduardo Samaruga.
APOIO EDITORIAL: Claudia Bluvol e Wilson Agostinho.
Impressão: Arte Criação
O
verão é a estação do ano que registra
a maior incidência de casos de dengue.
Só no ano passado, a doença fez mais
de 482 vítimas fatais. No primeiro semestre de
2012, foram registrados cerca de 431mil casos,
sendo a maior parte na Região Sudeste. Mas acaba de surgir uma nova esperança para o controle
da doença e das sucessivas epidemias que afetam
o Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por
meio de sua mais antiga unidade de pesquisa, o
Instituto Oswaldo Cruz, firmou uma parceria com
cientistas da Universidade Monash, na Austrália,
para desenvolver e aplicar em território nacional
uma técnica inovadora de combate à dengue.
Os pesquisadores australianos descobriram que uma bactéria presente em 70% dos
mosquitos, chamada Wolbachia, bloqueia a
multiplicação do vírus da dengue no mosquito
Aedes aegypti, de forma natural e autossustentável. A nova estratégia de pesquisa faz parte
do projeto Eliminar a Dengue: Desafio Brasil,
que, por sua vez, integra o esforço internacional, sem fins lucrativos, do programa Eliminate
Dengue: Our Challenge (Eliminar a Dengue:
Nosso Desafio), que testa o método na Austrália, no Vietnã, na Indonésia e, agora, no Brasil.
De acordo com o presidente da Fiocruz, Paulo
Gadelha, no Brasil, o estudo está em sua primeira fase, que se restringe ao ambiente de
laboratório. Atualmente, informa ele, o foco é
o cruzamento dos mosquitos com a Wolbachia
e outros da mesma espécie. A previsão é construir, ainda em 2013, no campus da Fiocruz,
uma estrutura de gaiola, de grandes proporções, onde serão realizadas as análises intermediárias. Somente em 2014, ocorrerá o teste
de soltura dos mosquitos com Wolbachia em
localidades predeterminadas, de acordo com
dados entomológicos de cada região.
Revista do HSVP: Como estão os estudos?
Paulo Gadelha: Até o momento, os estudos
comprovaram dois aspectos fundamentais. O
primeiro é que, em ambiente de laboratório,
a Wolbachia é capaz de bloquear o vírus da
dengue no mosquito. O segundo é que os
mosquitos com Wolbachia conseguem facilmente predominar em populações locais. Na
atual fase, a estratégia será testada em países
endêmicos, como Brasil, Vietnã e Indonésia, a
fim de se verificar a viabilidade da estratégia
entre populações locais de mosquitos.
Revista do HSVP: Como a população poderá contribuir para o sucesso do projeto?
Paulo Gadelha: A partir da definição das localidades, os moradores serão informados
com todo o detalhamento necessário e serão
conclamados a aderir ao projeto. Contamos
com uma equipe especialmente treinada para
esse trabalho de engajamento comunitário.
Com a aprovação das autoridades regulatórias e o consentimento dos moradores das
localidades selecionadas, deveremos realizar
os primeiros testes de campo com soltura dos
mosquitos em maio de 2014, ou seja, em
época fora do pico de casos.
Revista do HSVP: Como será a avaliação do
projeto?
Paulo Gadelha: Após a soltura dos mosquitos com Wolbachia, a viabilidade do projeto
será avaliada e as localidades serão monitoradas por vários meses. O objetivo é verificar se esses mosquitos com Wolbachia
conseguirão se estabelecer na natureza. Nas fases seguintes, será
avaliado o impacto sobre
a incidência de dengue.
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pneumologia e cardiologia, entre outros. “Utilizamos recursos voltados para eletrotermoterapia,
laserterapia, ultrassom, ondas curtas, TENS, crioterapia e cinesioterapia respiratória e motora, entre
outros”, afirma Marcus Sena.
CUIDADOS COM O CORAÇÃO
Exercícios Físicos
E Sedentarismo
A medida certa para “malhar” com saúde
O
novo ano chega, reforçando as promessas de uma vida mais saudável. Para
quem está acima do peso e/ou quer
manter a saúde na pauta de 2013, alimentação
equilibrada e exercícios físicos são itens de primeira necessidade. Mas como sair do sedentarismo sem correr riscos? Quais são as doenças preexistentes que exigem cuidados especiais? Quais
os exercícios adequados ao seu estilo de vida e à
sua faixa etária? Para Marcus Sena, fisioterapeuta
do HSVP, muitas pessoas recorrem às academias
e praticam atividades físicas sem a devida orientação, com o único objetivo de conquistar – a
qualquer preço – o corpo sarado. “Elas colocam
em risco a própria saúde. O bom senso deve prevalecer sempre”, destaca.
O fisioterapeuta orienta que, antes de iniciar alguma atividade física regular, é fundamental a realização de uma consulta médica para que, após a
avaliação de exames, a pessoa saiba sua real condição física e o programa de exercício mais adequado, que deve levar em consideração a interação
entre o estilo de vida e o tipo de condicionamento desejado, de acordo com o perfil de cada um.
Para os sedentários, informa Marcus Sena, o mais
indicado são caminhadas, alongamentos, natação
e exercícios relaxantes, como ioga, hidroginásti-
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ca e tai chi chuan. Já os obesos devem começar
devagar, com caminhadas leves até chegar a uma
hora por dia: a intensidade deve ser aumentada aos
poucos, até que a pessoa consiga correr. O ideal
para gestantes, por exemplo, são os exercícios de
baixo impacto, com caminhadas leves, natação,
hidroginástica, ioga e tai chi chuan. Na terceira idade, são recomendados alongamento, musculação
direcionada com peso, hidroginástica, tai chi chuan,
pilates e dança. O melhor para as crianças e jovens
é escolher o que mais lhes agrada, caso não haja
restrições médicas, de acordo com a aptidão física
e o condicionamento individual.
“Quanto à musculação, o fisioterapeuta faz um
alerta: “Quando iniciada cedo demais, pode trazer
sérios danos ao desenvolvimento. Ela pode ser feita
a partir dos 12 anos, desde que bem supervisionada e sem pretensão de ganhar musculatura, tendo
como principais objetivos ganhar condicionamento
cardiovascular, flexibilidade e habilidades motoras.”
Coordenado pela fisioterapeuta Irmã Maria das
Dores da Silva, o Serviço de Fisioterapia do HSVP
conta com uma equipe formada por 20 fisioterapeutas, que atuam de acordo com a especialidade
de cada unidade. A área oferece serviços para tratamento em terapia intensiva, geriatria, tráumato-ortopedia, neurologia, neonatologia, pediatria,
O coração merece atenção especial. Por isso,
orienta Mario Ségio Pereira, cardiologista do HSVP,
que, quando alguém decide começar a se exercitar, deve, como primeira medida, consultar um clínico geral ou um cardiologista. Nessa consulta, é
fundamental conhecer a história familiar e clínica,
pregressa e atual, do paciente, focando, principalmente, casos de parentes com história de morte súbita e/ou perda de consciência, sobretudo durante
a prática desportiva ou esforços. Após a avaliação
clínica inicial, o especialista pode decidir quais exames solicitar, visando a uma segurança maior para
a liberação de atividade física adequada.
“O exame físico também poderá fornecer informações importantes, como o nível da pressão arterial e se há arritmia e sopros cardíacos. A atividade
física regular previne ou melhora recuperação das
doenças coronarianas, hipertensão arterial, derrame, doença arterial periférica, obesidade, diabetes
do tipo II, osteoporose, osteoartrose, cânceres de
cólon, mama, próstata e pulmão, ansiedade e depressão. Portanto, sempre vale a pena, ou melhor,
nunca é tarde para praticar exercícios”, ressalta ele.
De acordo com o médico, existem, no entanto, algumas doenças que contraindicam a prática
desportiva, como infecções ou febre de etiologia
obscura, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, angina instável, arritmias cardíacas não
controladas, pericardite ou miocardite agudas,
bloqueio atrioventricular de alto grau (se não estiver com marca-passo definitivo). “Além dessas,
lesões valvares mitral e aórtica severas (sem
tratamento adequado), insuficiência cardíaca
descompensada, hipertensão arterial e diabetes descompensada, problemas ortopédicos e neurológicos graves também representam risco ao praticante”, informa.
trote, bicicleta e natação – por, no mínimo, 30
minutos, 5 a 6 vezes por semana, que podem estar associados a outras atividades. “O treino aeróbio tem de ser incluído. Obviamente, entre não
fazer nada e praticar hidroginástica, por exemplo,
é melhor praticar apenas a hidroginástica. Mas,
sem a associação do exercício aeróbico, o treino
sempre será incompleto no que se refere ao benefício cardiopulmonar”, explica.
Para o especialista, a maioria das pessoas
sabe que é arriscado praticar exercícios sem a
avaliação de um profissional, assim como tem
conhecimento de que gordura, sal e álcool em
excesso, além de, cigarro, obesidade e diabetes associados a excesso de peso, são nocivos
à saúde. Mas esse conhecimento nem sempre
se reflete em uma mudança de comportamento.
“Estamos vendo, inclusive na imprensa leiga, o
número alarmante de obesos e diabéticos. Em
nossos consultórios, a maioria quase absoluta
dos diabéticos são obesos. E esses pacientes
nada fazem para mudar essa situação. Vemos as
academias cheias, nossas ruas lotadas de caminhantes e corredores, mas esse número ainda é
pequeno. Em meu consultório e na prática de realização de teste ergométrico, uma ínfima parcela da população pratica a verdadeira atividade física, com
disciplina, regularidade e a
inclusão do exercício aeróbio. A maioria nada faz, ou
se engana, achando ser suficiente praticar apenas ioga,
pilates ou hidroginástica,
duas vezes por semana ou
mesmo o futebol de final
de semana.”
EXERCÍCIOS AERÓBICOS
são indispensáveis
O cardiologista destaca, ainda, que qualquer
programa de atividade física deve incluir o exercício aeróbico – caminhada vigorosa, corrida ou
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Férias Saudáveis
Todo cuidado é muito....
necessário para evitar acidentes
Dr. Alberto Chacur (CRM 52 33777-2)
Pediatra, chefe da Pediatria do HSVP. É orientador de Pediatria na Pós-Graduação da Universidade
Federal Fluminense (UFF) e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
C
om a chegada das férias das crianças, é haja um adulto supervisionando, orientando e
preciso garantir diversão com seguran- cuidando dela o tempo todo.
ça, a fim de evitar imprevistos que podem acabar com os tão esperados dias de des- Segurança dentro de casa
canso e brincadeira. Geralmente, os acidentes
Em casa, existem ações que podem minimiaumentam nesses meses porque uma grande
zar
– e muito – os riscos de acidentes. A entraparcela fica sem uma atividade direcionada
da
de
crianças na cozinha - principalmente se
e sem um adulto supervisionando. Na escola,
no
local
estiverem sendo preparados alimentos
professores e inspetores se encarregam dessas
quentes
e a proximidade de situações em que
tarefas. Já durante o período de descanso escohaja
risco
de fogo e chama, por exemplo, delar, toda a rotina muda e a garotada corre para
vem
ser
evitadas.
É importante ressaltar ainda
a diversão. Embora esses momentos de folga
que produtos químisejam muito importantes, é necessário “Nos meses de férias, a criançada cos e tóxicos, como
medicamentos, arque, ao programáquer é aproveitar. para os pais,
tigos de limpeza,
-los, os pais pensem
a
época
é
também
sinônimo
de
material inflamável
também na prevenpreocupação
em
dobro.”
e venenos, devem
ção de acidentes.
ser armazenados em
No Brasil, os chacompartimentos
altos,
de
preferência
trancados,
mados acidentes domésticos são a principal
totalmente
fora
do
alcance
das
crianças.
Tamcausa evitável de morte de crianças com menos
bém
as
escadas
e
lajes
devem
ter
acesso
resde 13 anos. Anualmente, são registradas cerca
trito.
Já
as
tomadas
têm
que
ser
protegidas
ea
de cinco mil mortes e 137 mil hospitalizações
fiação
elétrica
não
pode
ficar
exposta
em
locais
devido a quedas, arranhões e traumas, sendo
que a maioria desses episódios ocorre dentro onde elas circulem.
Da mesma forma, em relação à liberdade,
de casa. Em janeiro e julho, há um aumento
os
responsáveis
devem se preocupar com os exnos prontos-socorros dos atendimentos à popucessos.
Principalmente
os relacionados ao abuso
lação infantil por quedas, trânsito, intoxicações
do
tempo
destinado
aos
aparelhos de televisão,
e queimaduras.
videogame
ou
internet.
Passar mais de quatro
Nos meses de férias, a criançada quer é
horas
em
uma
dessas
atividades
tem várias imaproveitar. No entanto, para os pais, a época
plicações,
como
a
obesidade.
Aliás,
manter o
é também sinônimo de preocupação em dobro.
cuidado
com
a
alimentação
é
fundamental.
Portanto, como durante todo o ano, é preciso
Uma vez no carro, a cadeirinha de criança
ter muita atenção com os ambientes nos quais
é
imprescindível:
seja o veículo dos pais, tios,
a criança brinca, assim como nos agentes deavós,
amigos
ou
de quem estiver ao volante.
sencadeadores de acidentes. Alguns cuidados
Isso
deve
ocorrer
mesmo
nos pequenos trajetos.
são fundamentais para a prevenção. A criança
É
bom
lembrar
que
o
uso
de cinto de segurannão deve ficar sozinha. É bom ter sempre em
ça
é
obrigatório
e
que
os
pequenos devem ser
mente que ela é curiosa, não reconhece o peritransportados
sempre
no
banco
traseiro.
go e não tem medo. Por isso, é primordial que
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Nas brincadeiras ao ar livre
No parquinho, os pais devem ficar atentos a
aspectos como verificar se os brinquedos estão em
bom estado, com, no máximo, 1,5 m de altura e um
piso que amorteça a queda. São muito comuns acidentes nesses locais em razão da má conservação.
Em relação a brincadeiras como soltar pipas e
jogar bola, só devem ser permitidas em locais seguros e longe do trânsito e dos fios de alta tensão.
Também é necessário garantir que a criança, ao
andar de bicicleta, patins ou skate, utilize roupas
adequadas e tenha proteção apropriada, como
capacete, joelheiras e cotoveleiras. Essas atividades devem ocorrer em locais próprios e seguros.
Se a proposta é que a criança comece a praticar
algum esporte, ela deve antes passar por um exame médico completo. Por outro lado, o responsável
precisa averiguar se o treinador está capacitado a
realizar primeiros socorros em caso de acidente.
Deixe com esse profissional informações úteis para
casos de emergência: telefone para contato, endereço e qualquer informação médica que possa ser
importante no trato com as crianças.
Desidratação
Outra questão que merece cuidado é a desidratação. As atenções para esse problema devem ser
redobradas principalmente nas férias de verão. Para
que a criança não fique desidratada, garanta que ela
está ingerindo bastante líquido. Principalmente na
praia e antes, durante e depois da prática esportiva.
Quando a opção for colônia de férias ou acampamentos, é indicado que se faça uma investigação
para verificar quais os cuidados adotados para prevenir acidentes e se os monitores são capacitados
para os primeiros socorros. Os pais também não
devem deixar de averiguar a quantidade máxima de
crianças - que não deve passar de 15 por monitor.
Como agir em caso de acidente
Se, apesar desses cuidados, ocorrer algum acidente, é preciso saber agir rápido e com eficiência
até a chegada do socorro médico ou até que se possa levar a criança a uma emergência. Em primeiro
lugar, é necessário tentar manter a calma e colocar
em prática os procedimentos iniciais a serem tomados quando os acidentes ocorrem em casa.
Em casos de choque, se a criança estiver presa
à corrente elétrica, como uma tomada, é preciso
desconectá-la com cuidado, usando um isolante,
como uma madeira – pode ser um cabo de vassoura. A seguir, ela deve ser colocada deitada e
com pescoço estirado. Chame o socorro médico.
Quanto a queimaduras, a área queimada deve
ser lavada com água limpa e fresca. Se houver pedaços de roupa no local, corte e tire. Não coloque substâncias, como pasta de dente, porque podem piorar
a situação. Leve a criança para o pronto-socorro.
Se a criança sofrer corte, não assopre o local
porque pode contaminá-lo: comprima-o com um
pano limpo. Caso haja grande sangramento, faça
um torniquete acima do corte. Limpe com água
limpa e fresca. Não coloque nenhuma substância
em cima e leve a criança ao pronto-socorro.
Evite mexer e locomover a criança se ela tiver
uma fratura, pois pode piorar o problema. O mais
indicado é chamar o socorro médico. Na fratura de
braço, posicione a criança de forma a sentir o mínimo de dor possível e a leve ao pronto-socorro.
Tenha sempre em mente: prevenir é sempre o
melhor caminho.
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Menopausa e Terapia de
Reposição Hormonal
Especialistas apontam o melhor caminho
para a saúde da mulher nessa fase da vida
A
menopausa, uma importante fase da vida
de toda mulher, é motivo ainda de muitas
dúvidas e angústias. Segundo a Sociedade
Brasileira do Climatério, 75% dos mais de 11
milhões de brasileiras com idade entre 45 e 64
anos sofrem com os efeitos do climatério - entre
elas, 8% fazem o tratamento com hormônios. No
entanto, ainda existe atualmente um grande debate em torno da terapia de reposição
hormonal (TRH). Enquanto cardiologistas, ginecologistas e mastologistas discutem os prós e contras desse tipo de tratamento,
pesquisas no mundo inteiro
ora apontam para resultados benéficos, ora atestam
que a TRH agrava os riscos
de doença, como o câncer
de mama.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) define
a menopausa como a
interrupção da menstruação devido ao
término da produção
de hormônios femininos e fim da ovulação. Segundo Marco
Antônio Gouveia Vieira, ginecologista do
HSVP, a diferença entre
menopausa e climatério
é que a primeira é a parada definitiva da menstruação e o segundo é
uma síndrome, com vários
eventos. Longe de marcar
o fim da sexualidade e
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representar problemas de saúde, destaca o médico, a menopausa pode ter seus sintomas tratados e
controlados com a terapia de reposição hormonal
(TRP). Portanto, garante o especialista, “ninguém
precisa sofrer”.
“A TRH consiste em uma medicação com
hormônios femininos. As mulheres que têm útero
podem utilizar a combinação de estrógeno (estrogênio) e progesterona, uma vez que o estrógeno isolado pode causar câncer de útero.
Já para as mulheres que retiraram o útero,
a orientação é que se faça reposição hormonal somente com o estrógeno. A
TRH pode ajudar
também a mulher
a evitar a falta de libido,
uma queixa
comum na
menopausa. Outro
importante
problema
que pode afetar a mulher nessa fase
da vida é a osteoporose. Nesse caso, recomenda-se fazer
a reposição (quando possível),
tomar cálcio, vitamina D e sol,
assim como praticar exercícios
físicos. O uso de alendronatos,
substância que previne perda óssea, caso não se possa fazer a TRH,
também é indicado”, orienta o Dr.
Marco Antônio.
O ginecologista ressalta que
a TRH é indicada para todas as
mulheres com sintomas que comprometem sua
qualidade de vida - desde que sejam avaliadas
as situações em que a reposição pode tornar-se
danosa e agressiva. Trata-se, enfatiza o especialista, de uma questão de avaliação custo/benefício. Ele exemplifica que essa terapia é contraindicada para mulheres que sofrem de doença
hepática ou renal grave, infarto do miocárdio,
acidente vascular cerebral, câncer de mama
(também na história familiar), câncer urogenital,
diabetes descompensadas e hipertensão arterial
não controlada, entre outras doenças.
“Para esses casos, são indicados o uso de
fitoterápicos, a prática de exercícios físicos e
dietas alimentares. Há ainda os chamados serms, moduladores seletivos de receptor de estrógeno, que atuam como o hormônio em certos tecidos, mas não produzem nenhum efeito
danoso em outros, como na mama ou na camada que reveste o útero. O importante é que
a mulher pode e deve viver com plenitude o
climatério e a menopausa. Para isso, existem
algumas dicas básicas, como fazer exercícios físicos, cuidar da alimentação, ter relacionamento afetivo, psíquico e amoroso bem estimulado,
evitar estresse e ter sempre alguma ocupação
agradável”, destaca o Dr. Marco Antônio.
TRH e problemas cardíacos
Paralelamente, Aristarco Siqueira, cardiologista do HSVP, fala da relação entre problemas cardíacos e a terapia de reposição
hormonal. O especialista informa
que o risco de desenvolver cardiopatia isquêmica – um problema
que envolve acúmulo de
colesterol, cálcio
e outras células dentro
das artérias
– aumenta
com a chegada da menopausa. De acordo com ele,
os outros fatores de
risco de doença coronária – que tendem a
piorar com a idade – são
a hipertensão arterial e o
alto nível de colesterol LDL.
No que se refere à TRH como forma de prevenção de doenças cardíacas, o Dr. Aristarco destaca que, atualmente, sabe-se que esse
tipo de tratamento não reduz esses riscos.
Pelo contrário, pontua o médico, caso seja iniciada em uma idade mais avançada, a TRH
pode aumentar as probabilidades de infarto
do miocárdio ou mesmo de acidente vascular
cerebral. Em razão disso, orienta, ela deve ser
ministrada apenas para controlar os sintomas
da menopausa.
“Hoje o consenso aprovado pela Sociedade
Brasileira de Cardiologia não recomenda o uso
rotineiro da TRH como forma de prevenir cardiopatia isquêmica, mas apenas para controlar
os sintomas da menopausa, desde que feita de
maneira cautelosa e sob supervisão continuada. É importante acentuar também que mulheres que apresentam hipertensão antes do início
da menopausa têm uma probabilidade maior
de desenvolver doenças cardíacas mais tarde”,
diz o Dr. Aristarco.
Já a mastologista Joyce Ribeiro, do HSVP,
observa que a reposição hormonal sempre foi o
principal tratamento para os sintomas causados
pela menopausa. No entanto, o que parecia inicialmente uma excelente noticia, diz a médica, virou alvo de numerosos estudos que mostraram, a
partir de 2002, um aumento do número de casos
de câncer de mama nas mulheres que usavam a
TRH, principalmente nas que se submetiam a esse
tratamento por mais de cinco anos.
Por outro lado, um estudo realizado recentemente, informa a mastologista, mostrou uma
discreta redução na taxa de câncer de mama
com o uso de estrogênio isoladamente. Entretanto, diz a mastologista, é importante frisar que
essa pesquisa utilizou apenas um tipo de estrogênio e não isenta do risco de doenças cardiovasculares. A Dra. Joyce ressalta ainda que a
TRH é contraindicada para pacientes com história pessoal e/ou familiar de câncer de mama.
Além disso, de acordo com a especialista, pode
aumentar a incidência dessa doença, principalmente se usada por mais de cinco anos - assim
como acelerar o seu aparecimento em mulheres que já têm predisposição ou alguma lesão
precursora. Portanto, afirmou, cabe à paciente
e os seus médicos, ginecologista e mastologista,
após esclarecimento de riscos e benefícios, decidir a real indicação da reposição.
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Ao centro, o especialista Mário
Galvão, ladeado pelos cirurgiões
de sua equipe: Dr. Marcos Paulo
M. Galvão (direita) e Dr. Marcelo
Moreira Cardoso
Brasil é referência em
cirurgias plásticas
Mas paciente deve estar atento à qualificação do
profissional e da unidade médica
C
erca de 700 mil cirurgias plásticas são
realizadas, anualmente, em todo o território nacional. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP),
desse total, 80% representam intervenções no
sexo feminino e 20% no masculino. Isso faz
com que o Brasil seja o segundo país do mundo
em número de cirurgias, ficando atrás apenas
dos EUA. Entretanto, como destaca o secretário
geral da SBCP, Dênis Calazans, não é apenas
essa estatística que nos coloca em posição de
destaque, mas, fundamentalmente, o reconhecimento científico do Brasil pela comunidade
médica internacional: “O Brasil é um celeiro de
ciência na cirurgia plástica”, afirma.
Com a chegada do verão, assim como nos
meses de junho e julho, muitas pessoas aproveitam para fazer a tão sonhada cirurgia plástica. A escolha do profissional e do local para a
realização da cirurgia são os primeiros passos
para um resultado seguro e bem-sucedido. “Deve-se escolher um
profissional portador de título
de especialista em cirurgia
plástica, membro da SBCP.
Além disso, o estabelecimento médico onde ocorrerá a cirurgia plástica deve
ter um suporte de assistência,
tanto humana quanto estrutural, para situações por
vezes imprevisíveis em
medicina. Não menos
relevante é buscar profissionais com alguma
referência”, destaca
Calazans.
UMA REFERÊNCIA NO RIO
DE JANEIRO
O Serviço de Cirurgia Plástica do HSVP é reconhecido como um polo de qualidade, concentrando acomodações, tecnologia e profissionais
de grande experiência. Esse é o caso, por exemplo, das equipes lideradas pelos cirurgiões Mário
Galvão e Mônica Resano. Atuando há 24 anos
com cirurgia plástica e cirurgia de mão, a médica Mônica Resano foi também coordenadora do
Centro Cirúrgico e gerente médica do HSVP, somando 13 anos em gestão no hospital.
Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica há 20 anos, a especialista, ao longo de sua carreira, vivenciou igualmente a cirurgia reparadora e a cirurgia estética. “Posso dizer
que ambas são igualmente importantes, pois promovem modificações radicais, não só no aspecto
físico como também no psicológico dos pacientes, refletindo-se diretamente em seu modo de
viver. São procedimentos transformadores, cujos
resultados geralmente melhoram a autoestima e
a qualidade de vida do paciente.”
O mesmo ocorre, segundo a especialista,
em relação aos resultados cirúrgicos esperados.
“Eles provêm de uma combinação de técnica e
habilidade do cirurgião, mas também das condições particulares do paciente. Assim, pessoas
excessivamente críticas com sua imagem tendem
a esperar resultados impossíveis”, destaca a Dra,
Mônica, reforçando que uma boa relação médico-paciente é fundamental para a satisfação com
o resultado da cirurgia estética.
Ícone da cirurgia plástica no Brasil e no exterior, o cirurgião Mário Galvão acumula 42 anos
de profissão. Formado na Inglaterra - onde fez três
anos de especialização em cirurgia geral e sete em
plástica, participou de numerosas cirurgias reparadoras em ex-combatentes da Segunda Guerra,
tornando-se expertise em microcirurgias - procedimento para corrigir grandes defeitos, no qual
se transplantam tecidos e órgãos de uma parte
do corpo para outra. Suas inovadoras técnicas de
cirurgia plástica foram publicadas em periódicos
científicos de todo o mundo. Entre elas, estão a
mamoplastia e as técnicas de reconstrução facial.
No Brasil, em 1981, o Dr. Mário Galvão implantou a área de microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Atuando no HSVP há 31
anos, o especialista lidera, atualmente, uma equipe formada pelos cirurgiões Marcelo Moreira e
Marcos Galvão. “Além de cirurgias
plásticas, realizamos, no HSVP, cirurgias reparadoras em pacientes
com câncer de pele. Fazemos,
ainda, reconstrução de mama
e de defeitos congênitos, entre
outros procedimentos, assim
como microcirurgias”, afirma,
completando: “Posso garantir
que a cirurgia plástica estética é tão importante quanto
a reparadora. Muitas vezes,
uma pequena ruga faz uma
grande diferença na vida
de um paciente.”
Sua segurança é saúde
Antes de uma cirurgia, é necessária uma investigação médica completa, que
inclua testes diagnósticos. Parte dessa investigação inclui:
• História médica completa, doenças, cirurgias anteriores e presença ou não
de alguma complicação;
• Existência de algum tipo de alergia e tipo de reação às anestesias anteriores;
• Medicação de uso regular, vitaminas, suplementos de ervas, álcool, tabagismo e outras drogas;
• Anticoncepcionais orais.
Recomendações cirúrgicas são bastante importantes, como:
• Parar de fumar;
• Suspender certas medicações que poderiam aumentar o risco de sangramento.
Como será feita a cirurgia? Onde?
No dia da cirurgia, não se esqueça do jejum:
• Não ingerir alimentos, bebidas ou quaisquer líquidos.
O correto seguimento das medidas pós-operatórias é fundamental para o sucesso
da cirurgia. Lembre-se ainda de seguir as recomendações relacionadas aos curativos em casa e não se exponha ao sol.
Fonte: site oficial da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).
Dra. Mônica Resano
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Consumo
Consciente:
o caminho para um mundo melhor
Foto: Odervan Santiago
N
esta época em que “ter” é mais valoriza- UMA NOVA CULTURA QUE
do do que “ser”, consumir é sinônimo de VALORIZE O CONSUMO
bem-estar, status e felicidade. O consumo
CONSCIENTE
desenfreado de produtos ou serviços desnecessários para a sobrevivência humana não leva em
“Todos os produtos demandam matériaconsideração os valores individuais, mas somente -prima e energia para existir e o planeta Terra
as aparências. Essa multiplicação do supérfluo - é um só. Se todos os habitantes consumissem
que contribui para o processo de degradação das como um norte-americano ou um europeu,
relações sociais e do meio ambiente - conduz ao seriam necessários mais quatro planetas Terra
desperdício do uso de recursos naturais e energé- para atender a essa demanda. Alguns estudos
ticos e agrava os problerevelam que a capamas de geração e pro“Todas as pessoas podem
cidade de o planeta
cessamento de lixo. Do
ajudar a tornar este mundo suprir as nossas atuais
ponto de vista cultural e
necessidades de mamenos poluído. Nenhum
econômico, aprofunda
téria-prima e energia
os processos de exploesbanjamento é aceitável.
já está defasada em
ração do trabalho e cria
Meio ambiente é sinônimo de 20%. Portanto, impõeirracionalidades como a
-se como condição de
cuidado, de consciência”
indústria bélica. Represobrevivência rever os
senta, enfim, um tipo
atuais padrões de consumo da humanidade,
de comportamento e de ideologia que especialmente da parcela mais abastada da
alimenta o processo de degradação sociedade”, afirma André.
entre sociedade e natureza.
O ambientalista frisa a importância da refleEditor-chefe do programa Cida- xão sobre a urgência de uma nova cultura bades e Soluções, da Globo News, o seada no consumo consciente: “diferente dessa
escritor e jornalista André Trigueiro sociedade do consumo egoísta, individualista,
alerta que estamos passando por de cada um por si e, talvez, Deus por todos”. A
uma crise ambiental sem preceden- diferença entre consumo e consumismo, explica
tes na história do planeta. Segundo André, é que o primeiro é favorável à vida, é
ele, quem se deixa levar pelos ape- necessário, é bom. No consumismo, explica o
los da publicidade na direção do jornalista, existe uma aquisição exagerada de
consumo compulsivo, irracional produtos supérfluos. Há desperdício, há excese irresponsável acelera a so, há ostentação.
exaustão dos recursos
Ocorre que, no planeta, os recursos são fininaturais não renová- tos e nós precisamos fazer bom uso deles para
veis, que são fun- que não haja desperdício. “Leva-se para casa
damentais à vida. também um pedaço da natureza, de matéria-
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 12
Editor-chefe do programa Cidades e Soluções (Globo
News) e comentarista da Rádio CBN, o escritor e
jornalista André Trigueiro é também o apresentador do
programa Sustentável (TV Globo)
-prima, de energia. A sociedade de escassez
significa conflitos, guerras, disputa. Em um raio
de 100 metros ao seu redor, não só no Rio de
Janeiro, mas também no mundo, você encontra
alguém que passa por privações de ordem material”, observa.
Outra questão que merece destaque, diz André, é a ilusão de que bens materiais trazem felicidade e paz. É achar que acumular é o caminho
da felicidade. “Não há mais tempo a perder. Ao
fim de um período de um ano, a gente já explorou mais de 30% do que a Terra é capaz de
suportar em termos de modelo de energia.” Por
outro lado, de acordo om o Banco Mundial, informa o jornalista, atualmente, cerca de 20% da
humanidade consome 80% dos recursos.
FAZENDO A SUA PARTE
“Todas as pessoas podem ajudar a tornar este
mundo menos poluído. Nenhum esbanjamento é
aceitável. Meio ambiente é sinônimo de cuidado, de consciência. Sejamos cuidadosos com a
nossa casa. Ela oferece o suficiente para todos.
Os físicos quânticos explicam que o universo se
divide em redes de fenômenos que interagem e se
comunicam o tempo todo, numa relação de interdependência. Estamos todos plugados na teia da
vida, num universo onde não existe neutralidade:
influenciamos o todo com nossas ações ou omissões. Que sejamos, então, ativos e conscientes
na construção de um mundo melhor e mais justo.
Um mundo sustentável.”, conclui o jornalista.
Uma visão católica do consumismo
Ao relacionar a questão do consumo e consumismo com a visão espiritual, a Irmã Josefa
Lima, coordenadora da Pastoral da Saúde do
HSVP, afirma que atualmente é possível perceber, com muita clareza, que a sociedade
encontra-se gravemente transformada. O ser
humano, frisa ela, vive em meio a uma mudança radical de conduta, que é fruto da inversão dos valores humanitários fundamentais
e da indiferença à religiosidade.
“As resoluções e transformações das últimas
décadas, como a situação sociocultural, econômica, sociopolítica, ecológica e religiosa no
Brasil, levaram a Igreja a traçar as Diretrizes Gerais de Ação Evangelizadora para o período de
2011 a 2015, que ressaltam, entre outros aspectos, o diálogo, o testemunho de comunhão e
o combate ao consumismo, afirma.”
Com essas diretrizes gerais, diz a Irmã Josefa, espera-se que o homem mude de atitude
e se volte para Deus, “o único capaz de preencher o vazio interior que domina o ser humano,
criado à sua imagem e semelhança”. A alma,
observa a coordenadora da Pastoral, sente uma
atração profunda por este Criador Onipotente,
que é capaz de preencher os anseios consumistas, fruto da solidão provocada pela ausência
ou pelo vazio da presença de Deus.
“A sociedade, a raça
humana, está se transformando, porque não está
pensando em Deus. O
consumismo não é outra
coisa senão esse vazio
que, por sua vez, representa a própria procura
por Deus. Com solidariedade e outros valores
e atitudes semelhantes,
poderemos contagiar
as pessoas à nossa
volta. E, somente assim,
conseguiremos que
um novo
ano se
apresente
triunfante,
esplêndido,
radiante,
para nós e
para todos
ao nosso redor,
iluminando o
planeta Terra.”
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Emagrecimento
O milagre da vez
Ó
leo de coco? Chá verde? Quitosana?
Semente de chia? É sempre a mesma
panaceia. A cada ano, a indústria farmacêutica lança no mercado uma nova fórmula
milagrosa para garantir a silhueta dos sonhos. E
a resposta de uma grande parcela da população,
ávida por emagrecer, sem fazer esforço e com rapidez, é sempre a mesma: uma corrida às farmácias ou às lojas de produtos naturais para adquirir
a novidade. Mas até que ponto esses produtos
são eficazes e confiáveis?
“Grande parte dos produtos que promete
emagrecimento “natural, rápido e sem efeitos
colaterais” é produzida por laboratórios desconhecidos, sem a devida comprovação científica
de sua eficácia. Muitos produtos, até, funcionam
como placebos, ou seja, drogas que não têm
efeito direto sobre os sintomas”, afirma Ana Belsito, endocrinologista do HSVP. Por motivos como
esse, a especialista alerta que, antes de adquirir
esses produtos, o consumidor deve checar o laboratório produtor e verificar se há o registro da
Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Atualmente, há uma grande legião de consumidores que acredita que, “se bem não faz, mal também não há de fazer”. Ledo engano. Os chamados
“produtos naturais” podem, sim, causar efeitos colaterais. Para exemplificar, a Dra. Ana Belsito cita a erva
pata-de-vaca, que pode ocasionar hepatotoxicidade. “Vários outros também causam diarreia, alergia,
náusea e vômito”, garante a endocrinologista.
Segundo a médica, as ervas, embora pareçam inofensivas, têm efeito sacietógeno (promovem uma sensação de saciedade, com o objetivo
de reduzir o consumo alimentar) e laxativo. Geralmente, informa a Dra. Ana Belsito, são ingeridas em forma de chá ou refresco e, com isso,
aumentam a saciedade pela distensão gástrica.
“Dependendo do estado geral do paciente, podem causar indisposição e outros efeitos adversos”, explica.
FALTA COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA
Na prática clínica, algumas substâncias se
mostram positivas para o emagrecimento e a redução da glicemia, como o chá de insulina e o
picolinato de cromo. No entanto, não há ainda
comprovação científica para que elas sejam comercializadas como medicamento específico de
combate à gordura.
Para a especialista, a melhor maneira de emagrecer ainda é a boa e conhecida fórmula de sempre: reeducação alimentar e atividade física. “Somente por meio de uma alimentação equilibrada,
é possível garantir a manutenção do peso, mesmo
sem remédios, de forma prolongada e saudável. A
atividade física regular, por sua vez, melhora o tônus muscular e a flacidez, garantindo uma estética
satisfatória e melhorando o condicionamento
cardiorrespiratório e a massa óssea, garantias
indiscutíveis de um envelhecimento de melhor
qualidade”, conclui.
Dietas milagrosas: coisas que você precisa saber
• Não mude ou consuma qualquer tipo de medicamento sem antes consultar um médico
especialista – endocrinologista;
• O emagrecimento é um processo gradativo
e, se ocorrer de forma rápida, pode ser prejudicial à saúde;
• Muitas vezes, o peso perdido nessas dietas
“milagrosas” não é de gordura, mas de músculos e água;
• Essas dietas podem até trazer algum resultado, porém podem ser desastrosas assim que
abandonadas, causando o famoso “efeito
sanfona”;
• As dietas feitas sem prescrição médica
podem causar desgaste ao organismo;
• Cada pessoa possui suas necessidades nutricionais específicas.
CIRURGIA SEGURA
Tema sempre em pauta no HSVP
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, no mundo, cerca de um milhão
de pessoas morrem, anualmente, durante
ou após procedimentos cirúrgicos e que a metade
dessas mortes poderia ser evitada com a adoção
de barreiras de segurança. Por isso, criou o chamado Protocolo de Cirurgia Segura, que consiste na verificação de informações-chave antes de
etapas específicas de uma intervenção cirúrgica.
Para a superintendente do Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), Maria Manuela Alves
dos Santos, a experiência com os processos de
acreditação internacional, já desenvolvidos nos
hospitais privados do Brasil, mostra que o principal desafio é estabelecer uma cultura coletiva de
segurança, pautada em mecanismos sistematizados e consistentes de controle e verificação das
diversas etapas do processo cirúrgico. “O checklist deve ser adotado e praticado como rotina”,
explica a especialista.
Desde o seu lançamento, em 2008, o protocolo vem sendo adotado pelo HSVP. E como se trata
de uma mudança de comportamento, de um processo educativo, a prática é reforçada por sucessivos treinamentos, envolvendo as equipes médicas
e assistenciais. Em outubro último, o assunto foi o
tema central do II Fórum de Controle de Infecção
do HSVP, que reuniu centenas de participantes no
Centro de Convenções Irmã Mathilde.
Coordenador Médico do Centro Cirúrgico do
HSVP, o médico Péricles Romero de Vasconcellos,
reforça que a rotina na utilização de checklist
contribui efetivamente para a prevenção dos mais
frequentes eventos adversos, que poderiam ocorrer no ambiente cirúrgico. Segundo o médico, a
checagem de informações é feita em diferentes
momentos. “Antes do procedimento anestésico, a
Enfermagem faz a confirmação, com o próprio
paciente, de seu nome, procedimento e local a
ser operado e se há ou não histórico de alergias.
São conferidos, ainda, os exames pré-operatórios
trazidos pelo paciente; os aparelhos de anestesia
e os medicamentos a serem utilizados em sala; se
o paciente foi informado dos detalhes cirúrgicos
e riscos envolvidos, por meio do Termo de Consentimento Informado; entre outras informações.
Todos os serviços do hospital contribuem direta
ou indiretamente na segurança do procedimento
e, portanto, do paciente”, explica.
A verificação das informações continua na
sala de cirurgia. “Ao cirurgião, pergunta-se, por
exemplo, se há aspectos críticos ou procedimentos fora da rotina comunicados à equipe presente.
Ao anestesista, pergunta-se se o paciente possui
alguma especificidade que deverá ser considerada”, enumera o especialista.
PACIENTE PARTICIPA DO CHECKLIST
O coordenador de Qualidade do HSVP, Vanderlei Timbó, observa, ainda, que o paciente tem papel
ativo na redução dos riscos cirúrgicos. Para tanto,
ele precisa estar preparado e orientado corretamente quanto ao procedimento que será realizado
e solicitar a seu médico a aplicação do Termo de
Consentimento Informado. “Além disso, o paciente
deve solicitar que seja retificada sua identificação
(em caso de falha) e dar informações objetivas nas
avaliações que precedem a cirurgia”, orienta.
A infecção hospitalar é outro importante fator
de mortalidade em procedimentos cirúrgicos. No
caso do HSVP, afirma Vanderlei Timbó, a questão
recebe atenção constante, principalmente do Serviço de Higienização e Controle de Infecção Hospitalar (SHCIH), responsável pelo monitoramento
planejamento, educação e aplicação de ações
preventivas e corretivas, destinadas a manter as
taxas de infecção dentro dos padrões preconizados pelas autoridades de saúde.
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
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Dr. Acyr Cunha
Cirurgião Pediátrico
Também em família, o
cirurgião externa o amor que
sente pelas crianças. “Meus
netos são uma grande alegria
na minha vida.”
Dr. Acyr Cunha ladeado
pelos filhos André e Isabel,
também cirurgiões
pediátricos do HSVP
são. Um erro em uma criança é muito mais grave de que em um adulto.
Quatro décadas de cuidado
com a saúde infantil
A
história do cirurgião pediátrico Acyr Cunha
no HSVP é um exemplo do clássico do ditado popular “há males que vêm para o
bem”. O atual chefe do Serviço de Cirurgia Pediátrica do HSVP começou a trabalhar no hospital
em 17 de abril de 1971. Nesse dia, quando atuava em seu consultório particular, uma situação de
emergência mudaria o rumo de sua carreira. Foi
procurado por um amigo médico, cuja filha, de
sete meses de idade, apresentava uma grave hemorragia. Como não conseguiu vaga para internar a criança no hospital onde costumava operar,
o Dr. Acyr aceitou uma indicação para realizar a
cirurgia no HSVP. A partir daí, começava uma trajetória de aprendizado, dedicação e crescimento
profissional que já dura mais de 40 anos.
O médico Acyr Cunha nunca mediu esforços
para fazer o que mais gosta: cuidar de crianças.
Para conquistar esse pequeno paciente e deixá-lo
mais à vontade nos atendimentos, contribuindo
para a realização de um diagnóstico preciso, o
Dr. Acyr lança mão de vários artifícios. “Crianças
têm medo da figura do doutor, vestido de branco
e com estetoscópio na mão. Por isso, faço tudo
para que elas não desconfiem de que sou médico. Falo com elas do mesmo jeito que elas falam entre si. Trato as crianças de igual para igual.
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Com isso, a comunicação fica mais fácil e o tratamento flui melhor”, diz ele, que vem atendendo,
com competência e carinho, as diversas crianças
que passam por suas mãos mês após mês.
Vice-diretor da Associação Movimento Participação Médica e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica (Cipe) e da Sociedade
de Cirurgia Pediátrica do Rio de Janeiro (Ciperj),
Dr. Acyr é também uma referência em cirurgias
relacionadas aos distúrbios sexuais infantis, recebendo pacientes de vários estados do Brasil.
Ciente de sua responsabilidade frente à carreira
escolhida, o médico não se furta ao atendimento
aos mais necessitados e acumula muitas horas de
trabalho também para o serviço social do HSVP.
O amor pela profissão já passou para a segunda geração da família. Os filhos André e
Isabel são também cirurgiões pediátricos e atuam com o Dr. Acyr no HSVP desde 1999, sendo
motivo de orgulho para o médico. Na entrevista a
seguir, ele relembra parte de sua história no hospital e a grande sintonia que sempre existiu entre
ele e as irmãs enfermeiras e a área de saúde, que
realizavam o atendimento hospitalar.
Revista HSVP: Como o senhor decidiu dedicar-se
à cirurgia infantil?
Revista HSVP: O senhor se tornou uma referência
também no tratamento de distúrbios do desenvolvimento sexual infantil. Como isso aconteceu?
Acyr Cunha: Realmente, foi tudo um acaso do
destino. Nunca pensei em trabalhar com crianças. Eu achava que não tinha vocação para cuidar de crianças, que seria difícil entender uma
criança, que não sabe exprimir exatamente o que
sente. Depois, fui percebendo que a criança passa mensagens. Trato as crianças de igual para
igual. Com isso, a comunicação fica mais fácil e
o tratamento flui melhor. É um desafio descobrir
o que não está totalmente exteriorizado. Mas, se
você faz um trabalho de detetive, chega lá. E esse
trabalho de detetive me seduziu.
Revista HSVP: Na prática, qual é o maior desafio
na cirurgia infantil?
AC: Um dos maiores desafios para quem atua
na área é lidar com as estruturas frágeis e delicadas das crianças. Se, por exemplo, você corta
um determinado vaso de um adulto, é relativamente mais fácil emendar. Já na criança, é tudo
miudinho, extremamente difícil. É como consertar um relógio. Você pega aquelas ferramentas
pequeninas e realiza a cirurgia com lupas que
aumentam a imagem em até três vezes. Ou utiliza, na microcirurgia, o microscópio para ter a
imagem ampliada em até 10 vezes. Mesmo com
esses recursos, é fundamental atuar com preci-
AC: Já realizei cirurgias em mais de 200 crianças
com distúrbios de desenvolvimento sexual, como
a genitália ambígua. Cerca de 80% eram pacientes sociais, cuja família não tinha um tostão no
bolso. Mas todos foram atendidos e tratados por
mim e pelo hospital da melhor forma possível. Por
isso, estou aqui há mais de 40 anos e criei raízes.
Nesse sentido, foi muito importante o papel das
irmãs, que sempre atuaram na área médica deste
hospital com competência e dedicação. A perfeita sintonia no trabalho e o respeito mútuo foram
fundamentais. A irmã Rosa Clarizia foi a melhor
psicóloga para pacientes com o distúrbio de desenvolvimento sexual que eu já vi. Já as Irmãs enfermeiras prestaram a melhor assistência possível
a esses pacientes. Irmã Zenóbia Torres, Irmã Mathilde, Irmã Isabel, Irmã Maria das Dores .... Todas
eram as melhores assistentes que poderia ter.
Revista HSVP: Desde o início de sua trajetória no
HSVP o que mais o marcou?
AC: Há duas frases que nunca saíram da minha
memória. A Irmã Mathilde disse uma vez que,
“nesse hospital, o paciente tem o que necessita,
não o que pode pagar”. Já o Dr. Carlos Sá, na
inauguração da ala nova do hospital, construída
no local onde antes era um bosque, disse que “talvez a única justificativa para derrubar um bosque
fosse construir um local para cuidar de vidas”. E é
isso o que fazemos de melhor por aqui, cada dia.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 17
HSVP é 100%
certificado pela ABNT
Por 18 anos consecutivos, a instituição é a única do Rio de
Janeiro a manter selo de qualidade NBR/ISO 9001/2008
Os médicos Luis Antônio de Carvalho, Esmeralci Ferreira e Luis Antônio Almeida Campos foram alguns dos
especialistas externos convidados para a Jornada Multidisciplinar de 2012 pelo coordenador do evento, o
cardiologista Cyro Vargues (da esquerda para a direita)
VII Jornada Multidisciplinar
Em dezembro, médicos de diferentes especialidades e profissionais da saúde tiveram a oportunidade de
debater e se reciclar sobre importantes temas ligados às práticas clínica e cirúrgica. Durante os dois dias
da VII Jornada Multidisciplinar estiveram em pauta o tratamento multidisciplinar do idoso; a radiologia intervencionista e a neurologia no tratamento do Alzheimer, além das principais inovações em oftalmologia,
ortopedia, cardiologia, hemodinâmica e oncologia. Foram destaque as mesas-redondas sobre cirurgias
cardíaca e hemodinâmica, com mediação do coordenador do Serviço de Hemodinâmica do HSVP, o
cardiologista Cyro Vargues, e sobre o panorama da cirurgia oncológica, mediada pelo cirurgião Alemar
Salomão, coordenador do Serviço de Cirurgia Geral da instituição.
Mais de 200 pessoas, profissionais e estudantes, participaram de diferentes momentos do evento, que contou
também com palestrantes externos, como Fábio Meira da Silva, enfermeiro da Amil, que falou sobre reabsorção óssea pós-trauma; a psicóloga Maria Cristina Moraes Perdigão, responsável pelo Serviço de Psicologia do
Hospital de Câncer I/INCA, que abordou os tratamentos oncológicos e seus efeitos entre pacientes, familiares
e equipes de saúde; o médico Luiz Antônio de Carvalho, do Hospital Pró-Cardíaco, que comentou o estágio
atual do implante percutâneo de válvula aórtica no Brasil, além dos médicos Luiz Antônio Almeida Campos
(UERJ/Hospital da Unimed) e Esmeralci Ferreira (UERJ/Clinica Statuscor), que dissertaram sobre a síndrome
coronária aguda, o risco trombótico, o risco hemorrágico, novos antiplaquetários e as guidelines.
Dentro do tema Abordagem Multidisciplinar de Feridas, Marcela Lopes, enfermeira da empresa V.A.C. Therapy, mostrou como funciona o Sistema de Terapia V.A.C./Cicatrização Assistida a Vácuo. “Foi mais um ano de
positiva troca de conhecimentos”, comemorou o Dr. Cyro Vargues, organizador do evento.
Emoção e fé para o conforto dos pacientes
O HSVP promoveu, na tarde do dia 18, sua tradicional Cantata de Natal.
Desde 2009, sempre em dezembro, funcionários, médicos e voluntários da
Pastoral da Saúde percorrem as dependências do hospital cantando músicas sacras e canções natalinas para os pacientes internados, acompanhantes e colaboradores. O coral é regido pelo maestro Márcio Aquino, que
acompanha os cantores durante toda a apresentação. “A cada porta que se
abre para nossas canções, é possível perceber grande emoção. Cantamos
no hospital por cerca de três horas e ensaiamos o ano inteiro para fazer
bonito,” conta a secretária da Pastoral da Saúde, Celeste Barcelos, responsável pelo evento.
Hospital São Vicente de Paulo - pág. 18
D
esde o ano de 1947, a Organização Internacional para Padronização – ISO (do inglês International Organization for Standardization) – credencia serviços e produtos em todo
o mundo, por meio de avaliações que concedem
selos de qualidade. Atualmente, a organização
está presente em mais de 170 países e já definiu
o padrão de qualidade de, pelo menos, 750 mil
organizações públicas e privadas. No Brasil, o
selo ISO é expedido pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e atesta a conformidade
dos serviços prestados com os padrões mundiais
de qualidade.
O Hospital São Vicente de Paulo acaba de receber mais uma renovação ISO 9001/2008, que
é válida por mais 3 anos. Com o selo, o HSVP se
torna o único hospital em todo o estado do Rio
de Janeiro a receber certificação total, válida para
todos os serviços de saúde prestados ao cliente.
Foram analisados os serviços médicos, de enfermagem, laboratoriais e de
imagem, entre outros.
A primeira certificação
veio em 1994 e, desde então, o HSVP vem adquirindo renovações consecutivas
cada triênio. Para Marcelo
Dias, analista de Certificação de Sistemas de
Gestão da ABNT,
a renovação da
certificação ISO
9001/2008 representa uma segurança a mais
para os pacientes
do HSVP, que é o
único hospital no Rio
de Janeiro a manter
renovações ininterruptas desde a primeira aquisição
do selo. “Essa continuidade ainda não é frequente
em outros hospitais brasileiros”, observa.
A CEO do HSVP, Irmã Marinete Tibério, explica
que a renovação do selo é decorrente, também,
dos constantes investimentos em qualidade, tanto
técnica quanto operacional. “Um exemplo disso é
a conclusão da implantação do Tasy no hospital”,
pontua a diretora. O sistema Tasy é uma plataforma que organiza e dinamiza todo o trabalho interno de uma instituição. Ele contempla módulos de
gestão financeira, fluxo de informações internas,
recursos humanos e controle dos processos. Sua
adoção proporcionou mais integração entre os setores do hospital e a agilidade nos processos, refletindo-se também em qualidade para o paciente.
“Ficamos muito felizes por mais essa renovação do ISO, já que ela é fruto de muito trabalho e
empenho de todas as nossas equipes. Esse resultado só reforça a nossa política interna e a postura que divulgamos publicamente: a qualidade
está em nosso DNA”, finaliza a gestora.
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