planeamento do treino: da formação ao alto rendimento

Transcrição

planeamento do treino: da formação ao alto rendimento
PLANEAMENTO DO TREINO: DA
FORMAÇÃO AO ALTO RENDIMENTO
António Vasconcelos Raposo
Treinador de Mérito de Natação Pura Desportiva
Formador da Solidariedade Olímpica Internacional
Formador FINA
Formador da Federação Portuguesa de Natação
NÃO PLANEAR É PREPARAR O
CAMINHO PARA O FRACASSO
O que é planear?
3

Planear é antecipar, prever uma sequência lógica
e coerente do desenrolar de tarefas que nos levem
a atingir objetivos previamente definidos.
António Vasconcelos Raposo
Planeamento
4

O planeamento é, pois, o processo que o
treinador possui para poder definir as linhas de
orientação do treino, quer ao longo de vários
anos (plano a longo prazo), quer ao longo de um
ano de treino.
António Vasconcelos Raposo
5
DURAÇÃO E CONTEÚDOS DOS
PLANOS DE TREINO
António Vasconcelos Raposo
Duração dos planos de treino
Plano a longo prazo
Plano a médio prazo
Plano anual
Plano a longo prazo
Critérios organizativos
Fases sensíveis
Treinabilidade
das
capacidades
motoras
Evolução do
rendimento
desportivo
Idades mais
favoráveis aos
melhores
resultados
Caraterísticas
específicas da
modalidade
6
Capacidade de
aprendizagem
motora
Capacidade de
diferenciação e
Controlo
Capacidade de
reacção
Óptica e
auditiva
Capacidade de
Orientação
espacial
Capacidade de
ritmo
Capacidade de
equilíbrio
Resistência
Força geral
Velocidade de
base
Flexibilidade
Capacidade
afectivo cognitiva
Capacidade de
aprendizagem
7
8
9
10
11
12
13
14
15
Modalidades
Inicio do
Treino
Especialização
Idade máximos
resultados
10-12
13-14
18-23
7-8
10-12
20-25
Boxe
13-14
15-16
20-25
Ciclismo
14-15
16-17
21-24
Esgrima
7-8
10-12
20-25
Patinagem
5-6
8-10
16-20
Ginástica – FEM
6-7
10-11
14-18
Ginástica - MASC
6-7
12-14
18-24
Remo
12-14
16-18
22-24
Futebol
10-12
11-13
18-24
Halterofilia
11-13
15-16
21-28
6-8
12-14
22-25
Voleibol
11-12
14-15
20-25
Natação
9-11
12-14
16-24
Atletismo
Basquetebol
Ténis
AS ETAPAS DE FORMAÇÃO DOS ATLETAS
A organização da formação desportiva compreende seis etapas com
objectivos, conteúdos e durações bem distintas.






A etapa da formação de base
A etapa do treino de base
A etapa da especialização
A etapa do alto rendimento
A etapa da manutenção dos resultados
A etapa de destreino e abandono
A
Manutenção Resultados
Alto Rendimento
3º Filtro
Muito
abandono
Treino Especialização
Treino de base
Formação de Base
2º Filtro
1º Filtro
Plano a médio prazo
Plano Estratégio para a preparação dos nadadores candidatos aos mínimos para ao JO 2012
Volume anual
2008-2009
2009-2010
2010-2011
2011-2012
2300 km
2450 km
2750 km
2750 km
Potencia
TREINO ALÁCTICO
TREINO LÁCTICO
TREINO AERÓBIO
6%
Potencia
5%
Capacidade
Capacidade
Potencia
Potencia
14%
14%
Capacidade
Capacidade
Rec Activa
Rec Activa
Potencia
Potencia
80%
76%
Lim Anaer.
60 minutos
80 minutos
Potencia
8%
5%
Capacidade
Capacidade
Potencia
Potencia
18%
77%
Lim Anaer.
TREINO DE FORÇA
Potencia
20%
Capacidade
Capacidade
Rec Activa
Rec Activa
Potencia
Lim Anaer.
90 minutos
72%
Potencia
Lim Anaer.
90 minutos
Plano anual
O Plano ANUAL
18

Trata-se de um plano onde tudo é minuciosamente
organizado e previsto.
António Vasconcelos Raposo
SET
MESES
CALENDÁRIO
PROVAS
Início da
Semana
1
2
3
OUT
4
5
6
7
NOV
8
9
10
11
12
DEZ
13
14
15
16
JAN
17
18
19 20 21
FEV
MAR
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
ABR
MAIO
JUN
32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
JUL
AGO
42 43 44 45 46 47 48 49 50 51
52 53
08-Set
15-Set
22-Set
29-Set
06-Out
13-Out
20-Out
27-Out
03-Nov
10-Nov
17-Nov
24-Nov
01-Dez
08-Dez
15-Dez
22-Dez
29-Dez
05-Jan
12-Jan
19-Jan
26-Jan
02-Fev
09-Fev
16-Fev
23-Fev
01-Mar
08-Mar
15-Mar
22-Mar
29-Mar
05-Abr
12-Abr
19-Abr
26-Abr
03-Mai
10-Mai
17-Mai
24-Mai
31-Mai
07-Jun
14-Jun
21-Jun
28-Jun
05-Jul
12-Jul
19-Jul
26-Jul
DATAS
Microciclos
Nacionais
Internaci
LOCAL
PERIODIZAÇÃO
Periodização
Força
Resistência
Velocidade
Preparação
Geral
Avaliação
1
VOLUME
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19 20 21
22 23 24 25 26 27 28 29 30 31
32 33 34 35 36 37 38 39 40 41
42 43 44 45 46 47 48 49 50 51
52 53
Metodologia da elaboração de um
plano de treino

A elaboração de um plano por forma a ter
sucesso pressupõe o respeito pela etapas
que se sucedem na metodologia da sua
realização
Avaliação do Processo
EXECUÇÃO DO PROGRAMA
Distribuição da carga de treino
Periodização da época
Definição dos meios e métodos
Definição da carga
Definição dos objectivos
Diagnóstico e análise das
condições de treino
condiciones
Metodologia da elaboração
do plano anual de treino
O Diagnóstico



Saber onde estamos
Como estamos
O que temos
• Da modalidade
Diagnóstico
• Do atleta
• Das condições de
treino
Do
diagnóstico
Ao objetivo
Para quem não tem objectivos qualquer caminho serve
?
25
António Vasconcelos Raposo
De
processo
De
Resultado
objetivos
Quanto treinar para alcançar o objetivo?

Definir o VOLUME

Distribuir o volume pelas zonas de INTENSIDADE
O
R
G
A
N
IZ
A
Ç
Ã
OD
AÉ
P
O
C
A
M
acro
cicloI
M
acro
cicloII
M
acro
cicloIII
494km
456km
900km
D
istrib
u
içãod
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o
lu
m
e-1850K
m- p
o
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acro
ciclo
O
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D
A
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A
Z
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a
sd
e
in
te
n
s
id
a
d
e
1
2
3
4
5
1
3
4
k
m7
8
0
k
m6
8
3
k
m1
8
5
k
m6
8
k
m
Selecionar
meios e
métodos
Carga
Objetivos
Diagnóstico
Diagnóstico
Meios e
Métodos de
Treino
Periodização
Carga de
Treino
Objetivos
A Periodização
34

A periodização do treino tem como grande objetivo
SEQUENCIALIZAR e TEMPORALIZAR as atividades,
daí, ser UM PASSO DENTRO do processo de
planeamento
António Vasconcelos Raposo
Razão para se proceder à periodização
35

Está no facto de se saber hoje que nenhum atleta,
ou equipa, pode manter permanentemente um nível
elevado de rendimento desportivo, havendo a
necessidade de se construir, manter e reduzir a sua
capacidade de rendimento

36
A periodização do treino está intimamente ligada à
noção do faseamento da forma desportiva
Desenvolvimento
Fase em que os atletas adquirem uma base geral e específica, com vista a
melhorar o seu rendimento
37
Conservação e elevação
Manutenção e elevação dos níveis adquiridos podendo elevar o rendimento através de
uma adequada gestão da dinâmica da carga
Diminuição do rendimento
Diminuição da capacidade de rendimento pelo recurso a processos controlados
de destreino
Estas fases do processo de treino estão presentes
nos vários modelos
de estruturação da época
FATORES QUE
CONDICIONAM E
DETERMINAM O PROCESSO
DE PERIODIZAR A ÉPOCA
38
39
Os Atletas
• Os atletas não são todos iguais daí
que não poderão estar expostos ao
mesmo modelo de periodização
O calendário
das competições
• As datas das competições mais importantes
determinam o ritmo de desenvolvimento
As condições de
treino
• Podem condicionar a realização de
programas de treino o que afetará o
desenvolvimento do rendimento
António Vasconcelos Raposo
Pensamento atual sobre a periodização

Tendências dos últimos anos:
 Supremacia
da especialização
 As
adaptações a longo prazo
O
método da concentração das cargas
Bases cientificas da periodização do
treino
41

Assentam em dois grupos de fundamentos:

PRIMEIRO GRUPO




As leis da adaptação do organismo ao esforço
Os efeitos dos estímulos de treino no organismo
O heterocronismo da recuperação
SEGUNDO GRUPO

A estrutura temporal e respetiva função
Efeito do
treino
Estímulo
de carga
Adaptação: Quanto
tempo para provocar
novas adaptações?
Efeitos do treino:
Quanto tempo para
perder as adaptações?

Estruturação Cíclica da Época
OS SISTEMAS DE PERIODIZAÇÃO
46

Face ao exposto sobre o calendário das
competições e tomando como referencial os
princípios do treino, encontramos na actualidade
diversos sistemas de periodização:
O
sistema de periodização simples;
 O sistema de periodização dupla;
 O sistema de periodização tripla
S
47
O
N
D
J
F
M
A
M
J
J
A
Modelos Periodização
48
Treino Jovens
Periodização Simples
Inicio da Especialização
Periodização Dupla
Alta Especialização
Periodização Dupla e Tripla
António Vasconcelos Raposo
Modelo Ozolin
A periodização dupla
53

A periodização dupla é normalmente utilizada
numa época com dois momentos com competições
importantes.
Época de Inverno
PPG
PPE
Época de Verão
PC
PPG
PPE
MENOR
MAIOR
MENOR
55
PC
1º MACROCICLO
PPG
PPE
2ºMACROCICLO
PC
P
T
PPG
PPE
MENOR
56
PC
PT
Duplo: predomínio velocidade e potênciaatletismo
A periodização tripla
58


O recurso à periodização tripla é nos dias de hoje cada
vez mais frequente.
A existência de duas ou mesmo três competições
individuais e ou uma coletiva tem sido o argumento para
estruturação da época.
cordo
com
o
modelo
de
Modelos de periodização tripla
experiência do atleta
59
b
b
e
c
e
b
c
e
c
Modelo com cargas para jovens
Modelo
degeral
cargas continuas
Base
específico
competitivo
Competição
principal
Modelos de periodizaçã
Modelos de periodização
Modelos de periodização
I
Volume
Intensidade
Férias
63

A PERIODIZAÇÃO DE ACORDO COM O
TIPO DE CARGA
António Vasconcelos Raposo
Modelos Alto Rendimento
64
Carga
Concentrada
Carga
Acentuada
• Blocos
• ATR
• Blocos
• ATR
• Misto
António Vasconcelos Raposo
Modelo com cargas acentuadas
b
65
e
c
b
e
António Vasconcelos Raposo
c
Competição
principal
Modelo com cargas concentradas
b
66
e
c
b
e
c
b
e
António Vasconcelos Raposo
c
Competição
principal
Carga concentrada modelo em «Blocos»
Realização
Acumulação
Transformação
Efeitos residuais do treino
ATR
Seleção dos modelos de periodização de acordo com a
idade e a experiência do atleta
Dos Modelos menos intensos
para os mais intensos
72
b
e
António Vasconcelos Raposo
c
73
e
b
c
António Vasconcelos Raposo
74
b
e
b
c
António Vasconcelos Raposo
e
c
75
b
b
e
c
e
b
c
António Vasconcelos Raposo
e
c
76
b
b
e
c
e
c
António Vasconcelos Raposo
77
António Vasconcelos Raposo
Modelos de periodização do treino em modalidades de
velocidade
e
b
c
f
r
FM ++
RAE +
V RVmax +++
T
DB
F N 2006
FEx ++
Fcp
Rcp
RAN +
Vmax +++
DE
Vcp
DC
f
r
V
T
Possibilidades de aplicação dos modelos de
periodização em modalidades com longos períodos
de competição
b
e
c
FN
b
e
b
e
c
c
OBRIGADO

BONS TREINOS para MELHORES RESULTADOS

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