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www.luteranos.com.br JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 17 LUTERANO JOREV JORNAL EVANGÉLICO LUTERANO - IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA NO BRASIL - ANO 37 - OUTUBRO - Nº 711 Lema: Velhinhos e velhinhas sentarão nas praças de Jerusalém e as praças ficarão cheias de meninos e meninas brincando. Zacarias 8.4-5 Tema: No poder do Espírito, proclamamos a reconciliação Tempo de criança 4 13 XXVI Concílio Esperança renovada 11 Lugar de criança 2 2 Editorial O canto que faz a diferença! Música... Combinação expressiva de sons com o poder de harmonizar o espírito... Linguagem da alma... Forma de arte presente em todas as civilizações conhecidas... Conceitos não faltam, mas todos dizem respeito ao efeito sublime que um conjunto de notas, ritmos e melodias é capaz de provocar. Assim iniciamos as páginas centrais da edição de junho/2008 do Jorev Luterano, na qual apresentamos a música como importante instrumento de missão e destacamos quatro membros da nossa Igreja que diariamente fazem missão por meio da música. Um das ações foi o projeto Reavivar o canto nas Comunidades, mantido pela Fundação ISAEC e organizado por Hanny Taeschner, Presidente da entidade. Totalizando 15 CDs, esta iniciativa, que contemplou canções do HPD 1 e 2, a OASE, as crianças, os corais e o Natal, Jorev Luterano está chegando ao seu final, mas a meta de haver um CD dos hinos luteranos em cada lar dos membros da nossa Igreja nunca deve terminar, pois, conforme a Presidente da Fundação, além de uma boa prédica, não existe nada melhor e que faça crescer e desenvolver os trabalhos na Igreja que CARTAS Irmãos em Cristo IECLB Jornal da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil www.luteranos.com.br PASTOR PRESIDENTE P. DR. WALTER ALTMANN SECRETÁRIO GERAL P. DR. NESTOR FRIEDRICH JORNALISTA LETÍCIA MONTANET-REG. PROF.: 10925 COMERCIAL JUCIANE WILSMANN CARTAS - SUGESTÕES DE PAUTA ARTIGOS - ANÚNCIOS FAMILIARES E ANÚNCIOS COMERCIAIS RUA SENHOR DOS PASSOS, 202/3 90.020-180 - PORTO ALEGRE/RS FONE: (51) 3284.5400 FAX: (51) 3284.5419 E-MAIL: [email protected] SECRETARIA GERAL - IECLB FONE: (51) 3221.3433 ASSINATURA ANUAL - 11 EDIÇÕES R$ 18,00 _______________________________________ Proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo desta edição sem a prévia e formal autorização da Redação do Jorev Luterano. o incentivo à música e ao canto. Apoiar a música na Igreja é fazer missão, por isso, neste Natal o Jorev vai presentear os primeiros 300 novos assinantes do jornal com um CD da coleção Reavivar o canto nas Comunidades. Não é sorteio! Não é concurso! Basta assinar e ganhar!! Não espere mais para ter acesso a esta ferramenta ímpar de integração, fortalecimento e motivação de lideranças e Comunidades que é o Jorev e ainda ganhar um CD com os mais belos hinos da nossa Igreja. Assine já e garanta o seu CD, pois a promoção Jorev - Reavivando o canto nas Comunidades vai só até o dia 30 de dezembro de 2008!! Leia a matéria sobre a Isaec e o projeto Reavivar o canto nas Comunidades na Editoria Geral, página 12. Assine o Jorev e preencha a sua vida com música! Quero parabenizar os responsáveis pela editoração deste conceituado jornal, pelos ricos conteúdos apresentados, sendo um espaço aberto para as Comunidades, Presbíteros, lideranças e membros que aplicam os seus dons a serviço no Reino de Deus, parabenizando ainda este espaço concedido aos leitores, como também o espaço Gente Luterana. O Jornal Evangélico Luterano tem um papel importante em divulgar as importantes Mensagens da Presidência, que não tem oportunidade de conhecer todos os colaboradores das Comunidades e Paróquias, que são a base da IECLB, que sem ela esta não existiria, divulgando ainda as principais atividades das Comunidades, Paróquias, Sínodos e demais Instituições da nossa amada IECLB. As matérias veiculadas têm sido objetivas e esclarecedoras, especificamente Fé Luterana. Parabenizo os Pastores que ocupam este importante espaço, trazendo relevantes informações sobre a Reforma e a doutrina luterana. A partir do Batismo, todos somos missionários por excelência, sendo de fundamental importância compartilhar estas importantes informações com os nossos irmãos na fé, tornandonos multiplicadores da nossa rica fé e doutrina luterana, sendo cooperadores dos projetos da IECLB na educação continuada aos membros luteranos. Também são importantes as informações sobre as Assembléias Sinodais e a estrutura administrativa do Concílio da IECLB, que será realizado este ano, dando transparência às deliberações dos mesmos aos membros das Comunidades. As colunas Jurídico e Financeiro Responde são de fundamental importância aos Presbitérios, que são, na realidade, gestores das Comunidades, Paróquias e instituições na esfera da nossa Igreja, devendo estes cumprir as complexas leis de nosso Pais, evitando transtornos administrativos e jurídicos nas mesmas. Finalizando, quero parabenizar o CAPA (Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor), que completa 30 anos de importantes trabalhos sociais desenvolvidos nos cinco núcleos, orientando os pequenos agricultores, os promovendo na economia rural e no agronegócio, sendo grato a Deus por todos que tem colaborado nestes importantes projetos em andamento. Wainer Quitzau Indaiatuba/SP Diário da redação Luterprev comemora 15 anos e olha o futuro Fundada em 1º de outubro de 1993, por decisão do 18° Concílio da Igreja, realizado em 1992, na cidade de Pelotas/RS, A Luterprev Previdência Complementar, uma entidade que tem como missão prover renda às pessoas, alcançou seu debut no mercado de previdência complementar no Brasil ao comemorar os seus 15 anos de existência em evento solene no Hotel Plaza San Rafael, em Porto Alegre/RS. Aberta ao mercado e ofertando suas soluções para todos os brasileiros, atualmente a companhia administra R$ 45 milhões em reservas e tem como meta alcançar o seu primeiro bilhão em 2028. Ao longo da sua operação, que, efetivamente, começou em 1997, apoiou e tem apoiado fortemente a teologia e pedagogia luterana por meio de patrocínios e da participação direta em eventos da IECLB e da Rede Sinodal de Educação. Desde a sua concepção, os associados fundadores que representam as instituições evangélico-luteranas têm assegurado assento em seu Conselho Deliberativo. Pessoas oriundas das mais diversas partes do país ajudam a construir e consolidar esta entidade sem fins lucrativos à semelhança de organizações congêneres no estrangeiro. A experiência tem sido bem-sucedida e segue-se firme no norte escolhido. A gestão da entidade é profissionalizada e os resultados são partilhados entre os associados. A partir de 2008, a Luterprev começou a sua internacionalização com a oferta de planos nas Américas a todos os luteranos não residentes no Brasil. Nesse sentido, há conversações em andamento com a Federação Luterana Mundial (FLM), com sede na Suíça, e com a Thrivent Financial for Lutherans, nos EUA. Esta expansão busca solidificar posição no competitivo mercado brasileiro de previdência complementar, dominado por companhias ligadas a bancos. Nesse contexto, a Luterprev apresenta uma alternativa eficiente e condizente com os valores e a visão teológica da IECLB. Parabéns Luterprev! Capa Festividade do Projeto Ação Encontro. Leia matérias sobre as crianças nas Editorias ‘Fé Luterana’ (p. 11) e ‘Comportamento’ (p. 13). JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 Curtas Flor da Esperança Com muita alegria e gratidão a Deus, o grupo da terceira idade Flor da Esperança, de Igrejinha/RS, festejou o seu 20 º aniversário de fundação no dia 26 de abril. Como um departamento da Comunidade local, o grupo caminhou durante estes anos proporcionando momentos de muita confraternização, alegria e amizade. Além dos encontros semanais, são promovidos aos 115 participantes atuais passeios, festas, comemorações de datas religiosas, como Páscoa, Pentecostes, Advento e Natal, retiro anual na serra ou na praia, grupo de danças, coralzinho da ‘saudade’, estudos bíblicos, ginástica, caminhadas, etc. Em seu aniversário, o grupo lembra com saudades os participantes que já partiram e convida os idosos da Comunidade a participarem deste encontro de lazer e alegria. ______.....______ É tempo de abraçar! Este foi o tema do Dia da Igreja promovido pelo Sínodo Nordeste Gaúcho, reunindo mais de 6 mil pessoas na ExpoGramado, em Gramado/ RS, no domingo, dia 1º de junho. Toda a celebração foi traduzida para a LIBRAS (linguagem de sinais), demonstrando o cuidado e o abraço inclusivo da Igreja nas pessoas portadoras de necessidade especiais, simbolizado pela mensagem baseada em Eclesiastes 3.1-8: O abraço é a linguagem do corpo que demonstra acolhimento. Também se abraça com um olhar e com um peito aberto a aconchegar. A participação das mais de 150 vozes do Grande Coral e da Orquestra de Jovens de Ivoti/RS também emocionou a todos. Após a celebração, a programação do Dia da Igreja teve continuidade com diversas apresentações artísticas de teatro e música e com os espaços temáticos da Tenda de Juventude, o Espaço da Criança e a Exposição Luterana. Lutero, o filme O curso de Filosofia do Departamento de Ciências Humanas da Universidade de Santa Cruz (UNISC) promoveu o 3º Ciclo de Cinema e Filosofia, realizado de 10 a 27 de junho, em um programa voltado ao estudantado e aberto para a comunidade. OGA terá sede própria Com sede itinerante por quase dez décadas, a Obra Gustavo Adolfo (OGA), que, desde 1910, está a serviço do trabalho missionário e diaconal da IECLB, lançou, no dia 17 de julho, a pedra angular da sua sede própria, na subida do Morro do Espelho, em São Leopoldo/RS, com celebração conduzida pelo Presidente da OGA, P. em. Rolf Droste, e pelo Secretário Executivo da entidade, P. Rui Bernhard. Sobe Tempo de criança: proteção da infância e inclusão dos pequenos na vida da Igreja Desce O mercantilismo envolvido no Dia da Criança - que não ensina valores morais, apenas materiais Ofertas Nacionais Com o objetivo de realizar sessões completas de filmes com temáticas religiosas, foram apresentados seis filmes, entre os quais estava Lutero, comentado pelo Pastor da IECLB Martim Reusch, convidado a fazer uma exposição sobre o tema A compreensão do homem na teologia luterana. O filme Lutero e a temática apresentada despertaram a atenção dos Professores e estudantes universitários, oportunizando um interessante debate. “No diálogo com os Professores coordenadores do Ciclo se estabeleceu uma interação muito boa que poderá ser retomada futuramente”, afirmou o P. Martim. ______.....______ Não à violência No dia 16 de julho, lideradas pela Presidente da Comunidade Evangélica Luterana local, Rosemari das Graças Kern, mulheres da cidade de Curitibanos/SC saíram às ruas em uma manifestação de repúdio à violência contra as mulheres. Rosemari, que já vem realizando outras atividades de conscientização sobre a temática, chamou as mulheres para saírem às ruas, batendo panelas e exibindo cartazes de protesto, manifestando a indignação diante dos três estupros que aconteceram em menos de dez dias na cidade. Entre as vítimas dessa forma cruel de força usada contra mulheres e crianças, está uma menina de apenas 10 anos. Prestigiaram o evento os participantes do Encontro Nacional dos Representantes da OGA, reunidos de 16 a 18 de julho, o Pastor Presidente da IECLB, Dr. Walter Altmann, o Pastor 1º Vice-Presidente, P. Homero Pinto, o Secretário Geral da IECLB, P. Dr. Nestor Friedrich, os Pastores Sinodais Enos Heidemann, do Sínodo Rio dos Sinos, e Altemir Labes, do Sínodo Nordeste Gaúcho, os ex-Presidentes da OGA Arteno Spellmeier e Johannes Hasenack, representantes das instituições do Morro do Espelho e grande número de amigos da entidade. ______.....______ Avenida Martin Luther A Comunidade de Balneário Camboriú/SC homenageou Martin Luther, eleito uma das dez personalidades mais importantes de todos os tempos, de uma forma muito especial, encaminhando um pedido junto à Prefeitura para que a nova via pública que está em fase de execução e passará em frente à Igreja local tivesse o nome do Reformador. A Câmara de Vereadores da cidade aprovou por unanimidade a reivindicação e o Prefeito, Rubens Spernau, sancionou a Lei 1865 no dia 17 de julho. Na primeira fase, com uma extensão que deve estar em torno de 3 quilômetros e localizada no Bairro das Nações, a Avenida Martin Luther, poderá chegar a 5 quilômetros com o futuro prolongamento, tornando-se uma artéria importante para escoar o fluxo de veículos em direção a Itajaí/SC e à BR-101. 19 de outubro 23º Domingo após Pentecostes Projeto apoiado pelo Fundo de Missão no Sínodo da Amazônia Geralmente, é assim: de acordo com o que se semeia e cultiva será também o resultado da colheita, mas certo é que se colhem frutos da semente que foi plantada. Como Igreja, semeamos a Palavra de Deus e entre os frutos visíveis aos nossos olhos estão as Comunidades de fé. Assim tem sido ao longo da história e não foi diferente na região amazônica. Muitas sementes foram lançadas na forma de investimentos missionários e inúmeras Comunidades de confissão luterana se estabeleceram. No entanto, a migração continua neste vasto e diferenciado contexto marcado por reservas ambientais, extrativistas e indígenas e também inúmeras pequenas Comunidades, praticamente isoladas, que desejam e clamam por uma presença maior da Igreja Luterana, presença que pode fazer a diferença num pluralismo religioso, vivenciando o Evangelho de forma integral e contextualizada. Neste propósito, o Sínodo da Amazônia está implementando o Projeto de Missão Sinodal e, para isso, necessita também de recursos externos, de irmãos da IECLB e parcerias do exterior. 3 3 4 Atualidade Estrela está de braços abertos para receber o XXVI Concílio Geral da IECLB e também tem seu remunidade e as plenárias, as câmaras, enpresentante no Consefim, o Concílio acontecerá nas dependênlho da Igreja. Foi numa cias do Colégio. Lá também será armada reunião do Conselho da uma tenda para os cultos durante o Igreja que o seu ViceConcílio, inclusive o de encerramento. Presidente, Otávio Schüler, membro da De que maneira o Concílio vai estar Comunidade de Estrela, inserido na vida da Comunidade? foi perguntado se o A exemplo do Sínodo, vários deparConcílio poderia acontamentos da Comunidade estão envoltecer no Vale do Taquari. vidos diretamente na preparação do Alguns dias depois, o Concílio. OASE e Terceira Idade estão Vice-Presidente perencarregados de preparar a alimenguntou ao Presidente da tação. As diretorias da Paróquia e da Colégio Martin Luther, onde acontecerá o XXVI Concílio da IECLB Comunidade O que você Comunidade, juntamente com represen2008 é o ano, outubro é o mês, 15 a 19 são os acha de nós sediarmos o XXVI Concílio? Ao tantes do Sínodo e do Colégio Martin dias e o local escolhido é a cidade gaúcha de Estrela. que respondeu o Presidente Será uma Luther, estão na organização do evento. O evento? XXVI Concílio da IECLB. Para honra e uma alegria para a Os membros da Comuesclarecer dúvidas dos nossos leitores, apresentar nossa Paróquia! Desde nidade e da sociedade as instâncias participantes e explicar as decisões então, estamos trabaestrelense já estão saenvolvidas neste importante processo para a nossa lhando para sediar o bendo que o órgão deIgreja, desde a edição de julho o Jorev dedica as Concílio e acolher a todos liberativo máximo da suas páginas centrais à XXVI edição do Concílio. da melhor maneira posIECLB acontecerá em Agora, para que os membros já entrem ‘no clima’ sível. Estrela, em outubro. do Concílio, conversamos com os Pastores da Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Quais são as expecAlém das plenárias, Estrela, P. Gilciney Tetzner e Pa. Ângela Ulrich, tativas para o evento? cultos e refeições, hapara saber como estão os preparativos para mais São grandes! Estaverá atrações para os uma edição deste que é o órgão deliberativo mos empolgados na preparticipantes, como máximo da nossa Igreja. paração do Concílio e, apresentações de talensobretudo, felizes por tos locais e atividades Por que a Paróquia de Estrela se poder contar com o turísticas? ofereceu para sediar o Concílio 2008? apoio do Sínodo e uma Templo da Comunidade de Estrela/RS A agenda do ConcíA Paróquia Evangélica de Estrela, parceria com o Colégio lio é bastante extensa e, assim como muitas Paróquias, sente-se Martin Luther. Na Comunidade de com isso, tem-se pouco tempo para ouhonrada em participar da vida da IECLB Estrela, não há estrutura física suficiente tras atividades. Mesmo assim, pedimos e auxiliá-la em tudo que for solicitada. para o evento, por isso o Concílio aconteuma noite livre para vivermos algo bem Seus membros são atuantes em várias cerá no Colégio e na Comunidade. O culto específico da nossa Paróquia e da nossa comissões e depar-tamentos do Sínodo de abertura e as refeições serão na Cocidade. Estamos pensando em uma janta típica com apresentações culturais reconhecidas internacionalmente. Queremos oferecer um passeio turístico na região para que os visitantes ecumênicos se integrem e conheçam a nossa localidade. Alguma mensagem especial aos Delegados e autoridades que participarão do Concílio? Aos Delegados, autoridades e convidados do Concílio manifestamos a nossa grande alegria em recebê-los em Estrela. Todos poderão ver a parede do altar da nossa Comunidade. Ela é formada por muitas pedras de diferentes cores, formas e tamanhos que, juntas, formam um belo mosaico. No centro, há uma cruz. Esta parede simboliza a própria Comunidade, que é composta por muitas pessoas de diferentes raças, pensamentos ou que simplesmente são diferentes umas das outras. No entanto, no centro está o nosso Deus e ele faz de nós Comunidade. Todos que vierem para o Concílio farão parte desta parede, ou seja, desta Comunidade e, por isso, serão recebidos como se estivessem em sua própria casa. Sejam bem-vindos! Pastora Ângela Ulrich e Pastor Gilciney Tetzner A família de Jesus Teria sido Jesus um filho desnaturado? Uma leitura rápida da parte final do capítulo três do Evangelho de Marcos poderia ser a resposta afirmativa para a nossa pergunta. Os irmãos e a mãe estavam à procura de Jesus. Como estava no meio da multidão, eles pediram que alguém o chamasse A tua mãe, os teus irmãos e as tuas irmãs estão lá fora e te procuram. A resposta revela um Jesus pouco afeito à sua família. Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos? Percorrendo os olhos sobre os que estavam ao seu redor, arrematou: Meus irmãos e minha mãe são todos os que fizerem a vontade de Deus. Não só a resposta ríspida de Jesus nos deixa perplexo. A ausência do pai nesta história é um outro fato inquietante. Será que José era um pai ausente? Estaria ocupado demais em sua marcenaria? A ausência do filho era preocupação de mãe, irmã e irmãos e não de pai! Não temos respostas para esta pergunta. De qualquer forma, ela me recordou o drama de crianças pobres numa escola de educação infantil. Estava próximo o Dia dos Pais. As Professoras preparavam uma surpresa para os pais, mas algumas crianças não se interessaram pelo assunto. Elas não queriam preparar nada para os pais. Como uma Professora estava acostumada com a ausência dos pais na vida dos seus estudantes, logo percebeu algo estranho e mudou a forma de tratar o assunto. Quem não quisesse que o seu pai viesse até a escola, poderia vir acompanhado de um tio, padrinho, avô ou alguém outro. Com isto, todas as crianças se envolveram na confecção de lembranças para o Dia dos Pais. Sendo os laços de fé mais fortes que os de sangue a fraternidade se faz presente Tanto a história de Jesus quanto esta me trazem à lembrança o filme Central do Brasil, de Walter Salles, que mostra a arte imitando a vida. Josué vive com a mãe, à espera do seu pai. Não sabendo escrever, pedem auxílio para Dora, Professora aposentada que complementa a sua renda escrevendo cartas para pessoas pobres e analfabetas, cobrando por este trabalho, que é jogado no lixo em sua casa. O menino Josué quer conhecer o pai, que mora no nordeste, de onde veio na barriga da mãe. De Jesus, pai de Josué, a mãe fala mal e bem. O descuido apronta mais uma para Josué e a sua mãe morre atropelada depois de pedir que Dora escrevesse uma carta ao pai dizendo que Josué queria muito vê-lo. Órfão de pai vivo e mãe morta, Josué é conduzido por Dora até o interior do nordeste. Após uma viagem difícil, não encontram o pai, que havia viajado para o Rio em busca de Josué e da sua mãe. Assim, conduzido por quem o vendera inicialmente para traficantes de órgãos e, posteriormente, acolhido pelos irmãos, encontra um lar. Na busca da casa paterna, encontra uma família fraterna, depois de acolhido e conduzido por uma estranha, que também fora abandonada pelo pai. Tais exemplos nos mostram que, sendo os laços de fé mais fortes que os de sangue, a fraternidade se faz presente. Surge, então, a família de Jesus, que não exclui aquela dos laços de sangue. P. Dr. Oneide Bobsin Pastor da IECLB e Reitor da Faculdades EST Presidência JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 A vocação da graça Não troco a minha Igreja por nenhuma outra. Fiquei animado ao ouvir essa frase do nosso irmão luterano na casa em que vive em Cristalândia/ TO. Mesmo sem uma Comunidade da qual possa participar, debilitado com a sua saúde, insucesso na agricultura, evoca aquilo que já vivera e aprendera para se manter na fé. Sua frase foi o prelúdio de uma significativa celebração na próxima estação da nossa visitação aos estados do Maranhão, Pará e Tocantins, em Lagoa da Confusão. Aqui, além dos irmãos luteranos, o Bispo Diocesano, o Pároco local da Igreja Católica, o Pastor da Assembléia de Deus e o Reverendo da Igreja Anglicana participaram da celebração eucarística. Ali, repetira-se o que, especialmente no mês da Reforma, anunciamos e precisamos: a graça de Deus nos justifica, rompe barreiras, reúne irmãos e comunida- des cristãs e capacita para o dia-a-dia no mundo. Daí, brota a consciência que nossa justiça não está na realidade concreta, mas na esperança. Deus não quer de nós outra coisa senão uma fé autêntica e ingênua, além de firme confiança, fidúcia e esperança. Em recente Não troco a minha Igreja por nenhuma outra pronunciamento, a Presidência da IECLB reiterou que ‘não devemos permitir que os interesses econômicofinanceiros que hoje determinam o processo de globalização sujeitem também a nossa fé a uma visão estreita de prosperidade individual e material’. Somos, como cristãos e como IECLB, vocacionados a viver daquela graça AGENDA DA PRESIDÊNCIA OUTUBRO 7-11/10 Hermannsburg/Alemanha OMEL - Consulta com igrejas parceiras P. Dalcido Gaulke manifesta na obra de Jesus Cristo por nós e que, ao mesmo tempo, nos chama e capacita para a Missão de Deus, nossa paixão! Também não troco a minha Igreja por nenhuma outra, ciente que a Igreja verdadeira sempre foi uma cidade deserta, que muitas vezes fugiu da cruz e do sofrimento, segundo Lutero, o tesouro mais precioso da Igreja. Igreja de Cristo só pode ser chamada, com razão, a Igreja que segue seu Senhor em todos os pontos. Quais? Respondamos em conjunto, lembrando o apóstolo: a minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza (2 Coríntios 12.9). Carlos Möller Pastor 2º Vice-Presidente da IECLB IECLB divulga posição sobre prosperidade Em agosto, a IECLB divulgou um posicionamento oficial sobre o tema ‘Prosperidade’. Dividido em cinco itens (1. Prosperidade: uma promessa divina, 2. Nem toda prosperidade representa bênção divina, 3. Entraves à prosperidade, 4. Limites e finalidade da prosperidade e 5. Considerações sobre a ‘doutrina da prosperidade’), o documento foi preparado para a Presidência pelo Pastor e Professor Dr. Uwe Wegner e recebeu o aval do Pastor Presidente, Dr. Walter Altmann. Na Bíblia, a prosperidade é uma promessa divina, externada de diversas maneiras e em diferentes épocas da vida do povo de Deus. Comumente, vem ligada a verbos como prosperar, aumentar, multiplicar e crescer. Pela prosperidade suplicam os fiéis, e a fartura é o que Deus assegura estar reservado para as pessoas que o temem e guardam a sua lei, respectivamente os seus mandamentos, analisa o documento. No entanto, fica claro que não se trata unicamente de fartura e abundância em dinheiro ou bens de consumo. A prosperidade prometida por Deus abrange todas as esferas da existência e as bênçãos são para a vida na cidade e no campo. Por ser a prosperidade uma bênção divina em sentido amplo, é natural que a Bíblia, enfatize também a sua dimensão espiritual, destacando o crescimento da Igreja e da palavra de Deus ou apontando para a necessidade de crescer e aumentar no amor, na fé, no conhecimento de Jesus e nas ações de graça”, reflete o posicionamento da IECLB. Para a Palavra de Deus, as dificuldades revelam não só falta de justiça e retidão, mas também de misericórdia e sensibilidade Jesus entendeu claramente que, se ao invés da injustiça, fosse buscado com prioridade o Reino de Deus e a sua justiça, também os necessitados haveriam de prosperar, pois não lhes faltaria mais comida, bebida e vestimenta. Os entraves colocados à prosperidade do povo de Deus explicam por que em países com tanta riqueza, como a Palestina da época de Jesus (e o Brasil da atualidade), existe tanta pobreza. 10-12/10 Assunção/Paraguai Grupo de Trabalho CMI - CLAI P. Walter Altmann 15/10 Estrela/RS Reunião da Diretoria do CI P. Walter Altmann P. Homero Pinto P. Carlos Möller 15-19/10 Estrela/RS 26º Concílio da Igreja P. Walter Altmann P. Homero Pinto P. Carlos Möller 30/10-1/11 Wenningsen/Alemanha Conferência da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD) com igrejas parceiras P. Walter Altmann P. Nestor Friedrich Otávio Schüler Matrimônio e Sexualidade A Presidência da IECLB estará lançando, brevemente, a publicação Matrimônio, Família e Sexualidade Humana, organizada pela Federação Luterana Mundial (FLM). A idéia surgiu a partir de intensos debates que ocorreram na 10 a Assembléia da FLM, em 2003, sobre Justiça e Cura nas Famílias. A publicação identifica uma base luterana para abordar o assunto e sugere diretrizes e proce- dimentos na promoção de um diálogo respeitoso sobre o tema. Enfoque Gospel entrevista Pastor Presidente Juventude Evangélica em movimento O Pastor Presidente da IECLB, Dr. W a l t e r Altmann, é o entrevistado especial da edição 68 da Revista Enfoque Gospel, com grande circulação no mundo evangélico. Além de responder sobre os desafios e dificuldades do ecumenismo, como moderador do Conselho Mundial A JE da Comunidade Martin Luther, em Curitiba/PR, fez um grande movimento com a Campanha de Missão, elaborando e distribuindo de Igrejas (CMI), P. Altmann conta um pouco da sua trajetória ministerial e pessoal. A entrevista marca também a oportunidade de esclarecimento público de arbitrárias acusações sobre supostas conexões políticas do P. Altmann, publicado em artigo de 2006, originalmente em inglês e posteriormente distribuído em português, com o título de ‘Fantasmas Soviéticos Assombram o CMI’. Leia o texto na íntegra na versão digital: http://www.revistaenfoque.com.br/ index.php?edicao=84&materia=1103> 5 cofrinhos recicláveis. De acordo com a Pastora Adriane Sossmeier, a iniciativa “foi muito legal e teve ótima aceitação”. A Campanha teve encerramento oficial, em todo o país, no dia 30 de setembro. 6 6 Ministério Promovendo o ecumenismo e o avivamento da Comunidade conselho da Missão Criança na Comunidade, um projeto que visa a pensar a missão comunitária desde a mais tenra idade. Talvez, este seja o projeto que nos ajude na busca por um maior avivamento, o processo que une a Comunidade. Reinoldo Glück Neumann, 42 anos, natural da cidade de Lapa/PR, é casado com Gilmarise Lélia e pai de dois filhos, Gabrielly e Henrique. Na IECLB, atuou nas Paróquias de Porto União/SC, Três Passos/RS e Santo Ângelo/RS. Desde setembro de 2004, está exercendo o pastorado na Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Santa Maria/RS, formada pela Sede (Centro) e três Pontos de Pregação: Camobi, Itaara e Parque Pinheiro Machado. Na Comunidade de Santa Maria, quais são as suas atividades? Cultos dominicais, Ensino Confirmatório, OASE, Grupo de Casais, Presbitério, Círculos de Estudos, Visitação, seminários de formação (Presbíteros e novos membros), Missão Criança e Culto infantil, que conta com o meu apoio. No momento, estamos trabalhando na formação do Qual é o espaço para a missão na sua atuação pastoral? Não existe atuação pastoral que não seja de missão, pois a missão está sempre acontecendo. Apenas algumas frentes tendem a ser mais missionárias. Penso, por exemplo, no trabalho com casais, há longos anos desenvolvido na IECLB e há alguns anos na Comunidade. Nesta atividade, procuramos olhar para a caminhada familiar como um todo. Se não nos ocuparmos com esta questão, continuaremos a reclamar da ausência dos nossos filhos nas atividades comunitárias. Tendo em vista esta perspectiva familiar, estamos nos preocupando com o envolvimento das crianças. O Batismo atinge um papel preponderante em todo e qualquer trabalho que busque o incremento comunitário da missão, que, aliás, é Deus e precisa ser a nossa paixão. Outra frente de missão é a visitação, que auxilia em muito a caminhada comunitária, pois aproxima Obreiro e membros. Quais são as maiores dificuldades encontradas na sua atividade na Comunidade? A maior dificuldade em Santa Maria está no trabalho com os jovens. Como acontece em grande parte das nossas Comunidades, também aqui a pergunta é pela presença dos nossos jovens: Por onde eles andam? O que fazer para conseguir motivá-los à participação? Temos, ainda, a problemática de uma ‘cidade grande’, com muitas ofertas e pela qual passam muitas pessoas que não fixam residência, caso dos estudantes universitários e dos funcionários públicos, como os militares. Congregar os membros da Comunidade em torno de certas atividades tem sido difícil. Parece que o básico (culto, OASE, Casais Reencontristas, Culto Infantil e Ensino Confirmatório) já é suficiente. Da mesma forma, quais são as maiores alegrias do pastorado? Alegrias existem sempre que o trabalho é feito com amor, apesar dos contratempos. Nesta região, é animadora a hospitalidade do povo. As pessoas recebem muito bem e se alegram com pequenos gestos e contatos. A motivação para alguns eventos faz com que muitos participem. Há uma percepção forte da necessidade de definir formas de atuação junto à sociedade, mesmo que existam dificuldades em implantar projetos. Notase um envolvimento maior das pessoas nas atividades comunitárias e uma sede por descobrir sempre mais. Um fato também importante é que aqueles que se dispõem a assumir cargos e funções na Comunidade o fazem com uma responsabilidade imensa. Ecumenismo O ecumenismo tem sido uma das ênfases da trajetória da Comunidade de Santa Maria. Aqui, há um grupo denominado FEIC (Fraternidade Ecumênica de Igrejas Cristãs), já em atividade há mais de 20 anos, que tem sido um espaço de reflexão a respeito do caminhar lado a lado das igrejas cristãs. Atualmente, coordeno este grupo, que nos permite participar de manifestos ligados à busca pela vivência da paz, celebrações especiais, como DMO, cursos de Teologia para leigos, entre outros. Temos como responsabilidade a preparação e condução das celebrações da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos em nossa cidade. Nas religiões e na sociedade de uma forma geral, o ecumenismo permite um pensar conjunto da responsabilidade cristã, buscando colocar lado a lado, e não frente a frente, no sentido do confronto, pessoas que possuem tradições religiosas diferentes, mas que acreditam ser possível construir uma realidade nova. Ao fazer isso, é possível perceber que temos muito em comum para auxiliar na construção de uma sociedade mais justa, que busca uma cultura de paz. Neste cenário, a IECLB ocupa um papel de destaque no movimento ecumênico brasileiro. Foi a partir da iniciativa da IECLB, em conjunto com círculos católicos romanos, que floresceu o ecumenismo no Brasil. Além disso, podemos observar a caminhada da IECLB em todos os âmbitos da sociedade brasileira em que se requer a presença da Igreja de forma ecumênica. A IECLB, sem dúvida, ocupa posição de vanguarda no ecumenismo, sendo em todo ele peça fundamental em sua promoção. Sinais de transformação Todos os vales serão aterrados e todos os morros e montes serão aplanados. Os caminhos serão endireitados e as estradas esburacadas serão consertadas. E todos verão a salvação que Deus dá (Lucas 3.5-6). João Batista já anunciava a mensagem de consolo para todos nós. Logo depois veio Jesus e mostrou na prática o que João já havia anunciado: a salvação para todos, ou seja, a vida completa para todas as pessoas, pois Ele zelava pela dignidade das pessoas. A partir do Batismo, fomos chamados para continuar a missão de Jesus aqui na terra e uma das formas de fazermos parte dessa missão é olhar ao nosso redor e ver as barreiras que dificultam a passagem das pessoas com deficiência. Para isso, não precisamos ir longe. Muitas das nossas Comunidades ainda preservam belas escadarias na sua entrada, o que impossibilita que um cadeirante ou até mesmo uma pessoa idosa com dificuldade de mobilidade consiga ter acesso. Sendo assim, como podemos dizer que somos Igreja acolhedora, Igreja para todos. Será que podemos cantar Aqui você tem lugar? Aplainar o caminho significa eliminar barreiras que impedem o acesso à casa de Deus. Somos egoístas quando não facilitamos a entrada do nosso irmão na casa do seu próprio pai. É bem verdade que, talvez, não consigamos consertar todos os buracos da estrada, mas po- demos demonstrar gestos de acolhida, respeito e consideração para com os nossos irmãos. Nesse sentido, gostaria de falar sobre alguns pequenos grandes sinais que vêm acontecendo aqui, na Paróquia de Buriti, em Santo Ângelo/RS. No início deste ano, foi construída uma rampa na entrada da Comunidade de Buriti e, logo depois, foi também construída uma na Casa Pastoral, numa das entradas que dá acesso à Secretaria. Essas rampas irão facilitar a entrada não só para as pessoas com deficiências, mas também para os idosos com dificuldade de locomoção, pois alguém já disse um dia pelo caminho onde passa uma pessoa com deficiência todos podem passam melhor. Como disse, esses são alguns pequenos sinais que nós, como Igreja, podemos fazer. É dever de todos nós lutar por um mundo mais acolhedor e com menos barreiras. Candidata a Diácona Sônia M. Duarte Hining JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 7 7 Presbitério Cada um deve sempre fazer a sua parte Quais são as características da Comunidade de Hulha Negra? É interior do Estado, os membros moram bem distantes uns dos outros e não se encontram com muita freqüência. Na maioria, os moradores da região são Agricultores e Agropecuaristas. É difícil promover atividades por aqui, pois as pessoas estão sempre muito ocupadas com o trabalho e todos os dias têm atividades. O que é feito para atrair os membros para as atividades da Igreja? Temos cultos uma ou duas vezes por mês e também tentamos incentivar encontros de famílias e estudos bíblicos, mas a freqüência é muito pequena. Também temos a Juventude Evangélica, que se reúne no sábado à noite e a OASE, com encontros mensais. Quais são as suas atividades como Presidente da Comunidade de Hulha Negra? Principalmente participar dos cultos, realizados nos domingos pela manhã, representando o Presbitério. Além disso, auxiliar nos preparativos de festas especiais, como Dia dos Pais, Dia das Mães e aniversário do nosso templo, que, no segundo domingo de novembro, comemora 31 anos. Também estamos trabalhando em dois projetos especiais: um segundo pastorado e a criação de outra Paróquia, pois o nosso Pastor, P. Varno Senger, mora em Dom Pedrito/RS e as Comunidades têm mais de 100 quilômetros de distância entre si, Hugo Leitzke, 64 anos, nascido em Hulha Negra/RS, é casado com Dalila. O casal tem cinco filhos: Carlos Antônio, Alexandre, Jonas, Tomótio e Elisa Beatriz. Na IECLB, Hugo é Presidente da Comunidade de Hulha Negra e Vice-Presidente da Paróquia Fronteira Oeste, formada pelas Comunidades Hulha Negra, Bagé, Jaguarão Chico e Dom Pedrito. tornando muito difícil a atividade pastoral e o atendimento dos membros. Quais são os desafios presentes na região? Financeiros e geográficos. Os financeiros referemse à contribuição dos membros. Aqui, a contribuição é livre. Há membros que contribuem com 1000 reais por ano, mas temos também os que contribuem com 100 reais, 50 reais e os que não contribuem ou fazem uma pequena doação por ocasião de um Batismo. É bastante difícil... Sobre a questão geográfica, estamos situados na ponta do Sínodo, fora da ‘rota de acesso’. As Comunidades se sentem afastadas do Sínodo e não só geograficamente, mas esperamos que o segundo pastorado dê conta desta questão das distâncias entre as Comunidades e consiga trazer os membros para a vida na Igreja. Neste cenário, como funciona a renovação de cargos no Presbitério? Na nossa Paróquia, não temos mais que 200 famílias. Na Comunidade de Bagé, por exemplo, são apenas 18 membros e, na sua maioria, são viúvas. Em Jaguarão Chico, são apenas três anos de Comunidade. No interior, as pessoas estão dispersas e tudo é mais difícil. O resultado é que o nosso Presbitério é formado sempre pelas mesmas pessoas. Apenas nos revezamos nos cargos. Diante das dificuldades, qual é a sua razão para participar do Presbitério? Desde solteiro, sempre participei do Presbitério e fui ativo na Comunidade. Também é uma questão de necessidade, pois alguém tem que tomar a iniciativa. Todos querem a Igreja com as suas portas abertas, mas poucos tomam a frente deste trabalho. Além disso, tem a satisfação, pois gosto de trabalhar, fazer parte da Igreja e cada um deve fazer a sua parte. Às vezes, desanimo, mas, no final, vale a pena. Se eu desistir, outros vão desistir também e a coisa vai esmorecer... Esta dedicação à causa é parte do ser luterano? Sou luterano não só por tradição, mas por afinidade. Gosto e concordo com a forma como a IECLB conduz os assuntos e as atividades. A nossa Igreja pode não ser a única certa, mas nós pensamos que o que a IECLB faz está certo e o formato é correto. É por isso que a IECLB é uma Igreja tão respeitada. Financeiro Responde - Documentação II Documentos e procedimentos importantes a serem observados pelas Diretorias Procedimentos retenções sobre a folha (se tiver) e a subsistência pastoral foram efetuadas. Conferência dos materiais que a entidade possui, inclusive o estado dos mesmos (cálices, estoque de velas, quadros, bancos da Igreja, enfim todos os materiais). -Averiguar se tudo isso consta na contabilidade. -Verificar se os impostos/ contribuições sobre os imóveis estão pagos e/ou se foi encaminhada a isenção junto as setor público (IPTU). -Solicitar as Certidões Negativas: CND da Receita Federal, Previdência Social, FGTS, Fazenda Estadual e conferir a situação dos Alvarás. -Solicitar a apresentação das contas e, se necessário, convocar o profissional da contabilidade. -Verificar se as alterações de estatuto, atas e demais registros foram feitas quando necessário junto ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas. -Conferir se os pagamentos, as -Acompanhar a evolução da contabilidade e ficar atento às alterações. -Cuidar da imagem da entidade. -Conferir/confeccionar os termos do trabalho voluntário (se necessário). -Enviar ao Sínodo a prestação de contas do exercício anterior bem como a ata em que consta a aprovação pelo Conselho Fiscal. -Zelar pela correta aplicação dos recursos e a conservação dos patrimônios. -Conservar e guardar em segurança todos os documentos para atender a todas as finalidades (históricas, jurídicas, fiscais, contábeis, etc.). -Proceder o registro, em ata, tanto de quem entra quanto de quem sai, em caso de transição de Diretorias, de como deixou ou de como encontrou tudo, em relação aos documentos, estrutura, recursos humanos e financeiros. Obs.: a parte inicial deste artigo foi publicada na edição de agosto /2008. Amauri Ludwig Secretário Executivo de Finanças da IECLB Indicadores Financeiros UPM Setembro/2008 = 2,3956% Índice Agosto/2008 = 0,33% Acumulado do ano = 6,51% JOREV LUTERANO SETEMBRO 08 9 8 UNIDADE 10 10 Mulheres Tenho orgulho em afirmar que sou luterana e faço parte da OASE O que é feito para buscar soludevido à idade avançada. Depois, o cionar dificuldades como esta? projeto estendeu-se para todos os Como Coordenadora Paroquial membros da nossa Comunidade da OASE, faço o possível para acima de 80 anos. No aniversário do deixar nossas OASEs satisfeitas. A idoso, parabenizamos com um cada dois meses, nos encontramos, cartão e uma vela confeccionados falamos sobre nossas deficiências e pelo Projeto Alegria Esperança, que nossa programação. Neste ano, a nossa Paróquia mantém. Na realizamos o Seminário A OASE que seqüência, cantamos dois hinos, é lida Cura, tendo como palestrante o P. Seminário da OASE realizado em maio uma mensagem de ânimo, rezamos Orlando Schmidt, muito feliz em sob o tema ‘OASE que cura’. o Pai Nosso e cantamos Parabéns. Qual é o foco do seu trabalho com mulheres no suas colocações. Este é o dia em que todas as mulheres Também cantamos em alemão, pois todos falam Sínodo Centro-Campanha-Sul? de OASE e convidadas tiram tempo para cantar, alemão. Até decorei o Pai Nosso em alemão, pois, Sou Vice-Presidente da OASE Sinodal e, em nosso almoçar e, na parte da tarde, fazer uma avaliação do muitas vezes, toda homenagem é em alemão. Então, trabalho, sempre incentivamos as mulheres a encontro. Sugiro que todas as OASEs do nosso Sínodo conversamos com o aniversariante, sabemos como convidarem outras mulheres que ainda não fazem organizem este dia em suas Paróquias, porque é ele está e se não lhe falta nada. Muitas vezes, a parte da OASE para que participem e compensador e fortalecedor. Tenho homenagem da nossa OASE é a única que o idoso sejam voluntárias em algum trabalho orgulho em afirmar Faço parte de uma recebe. comunitário como uma forma de OASE e tenho orgulho de ser evangélica doação. Há um campo muito grande luterana ou protestante, como quiserem. As famílias dos idosos aprovam a iniciativa? a ser trabalhado. É necessário que Com maior prazer e alegria, fazemos este De que maneira a OASE local mais pessoas doem seu tempo por trabalho, que deixa marcas, pois muitos filhos destes trabalha a missão? causas justas, isso é ser cristão, é ser idosos retornaram para Comunidade justamente Há oito anos, a OASE Paroquial Comunidade, é ser Igreja. É só ter boa devido a esta ação. Para mim, isto é missão, uma vez promove o Chá do Dom, sempre vontade e fé em Deus. que visitamos em torno 160 idosos por ano somente realizado em na Comunidade do Centro, de Santa Um destes formatos de ‘doar-se’ é a Muitas vezes, a homenagem da OASE é uma ComuniCruz, onde tudo começou. Há dias em visitação? que temos dois a três idosos a única que o idoso recebe no aniversário dade em forma Em nossa Paróquia, em Santa de rodízio para aniversariantes. Fica o incentivo Cruz do Sul, temos o grupo de visitadoras de que todas as mulheres da OASE para todas as Comunidades e OASEs. hospitais. As visitas são semanais e os visitados conheçam e ajudem o Chá do Dom. Não é difícil, basta querer. Na chuva, fazem parte da nossa Igreja. Se há outras religiões Cada participante da OASE fabrica nos temporais e no frio, lá estamos presentes no quarto, conversamos, levando palavras o seu dom, em forma de trabalhos levando a nossa alegria para os de apoio. Este trabalho, coordenado pelo Deparmanuais, plantas, bordados ou aniversariantes, dizendo a eles que tamento de Diaconia da nossa Paróquia, é gratificante alimentação, como tortas, bolalembramos deles, pois eles têm muito para ambas as partes. Somos, aproximadamente, 15 chas, salgados e pães, que, no dia, é As idosas homenageadas têm uma a nos ensinar. No fim, nos apegamos visitadoras e há sempre em torno de 15 a 20 pacientes vendido para as presentes. O lucro verdadeira paixão pela OASE a eles e eles a nós. Os idosos esperam em cada hospital. é doado para entidades carentes da nossa cidade ou o nosso retorno todos os anos, com muita alegria. Há Igreja juntamente com o valor das rifas. O maior os que não querem e avisam, mas logo vão dizendo Quais são as características das suas atividades junto prêmio é o envolvimento com todas as mulheres, que que a razão se deve aos seus corações fracos para às mulheres? convidam amigas e vizinhas para participar, tomar tanta emoção. Nós acreditamos. As Paróquias são muito distantes um gostoso chá com deliciosos umas das outras. Quanto às mulheres, quitutes e comprar rifas e dons. As cantoras atumuitas trabalham e, assim, não têm ais são membros da OASE Centro: tempo disponível. Somos conservaComo funciona o trabalho Gudron Norma doras e temos nossas famílias para especial da OASE realizado com Jandrey, Elfi atender também. A nossa Igreja deveidosos? Roedel, Coorderia colocar pessoas especializadas Iniciei este trabalho com idosos nadora Paroquial para divulgar estes trabalhos, com paacima de 80 anos há oito anos, da OASE em lestras e cursos, empolgando a OASE quando era Presidente da nossa Santa Cruz do Sul/ Cantoras que praticamente iniciaram local. Nós, as Diretorias das OASEs, as homenagens aos idosos: da esquerda OASE. Primeiramente, a idéia era RS e Vice-Presitemos dificuldades, mas buscamos para a direita, Lory Keller, Marguit ver como estavam as nossas dente da OASE fazer esta divulgação em jantares, chás Schiemann, Marli Fiegenbaum, Rovena idosas da OASE Centro, que já não Sinodal, Marguit Schiemann, e Lory Keller, atual Presidente da OASE Centro e eventos da Comunidade. conseguiam mais participar Kahmann e Elfi Roedel Elfi Roedel, 55 anos, natural de Blumenau/SC, casada com Haroldo Roedel, é mãe de Denise, André Henrique e Heloísa. Na IECLB, é Coordenadora Paroquial da OASE em Santa Cruz do Sul/RS e VicePresidente da OASE Sinodal. JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 11 11 Fé Luterana ECC com espaço especial para crianças Na sociedade, 12 de outubro é o Dia da Criança, geralmente comemorado com presentes e passeios especiais. Na Igreja, qual é o espaço da criança e qual é o grande presente que podemos dar a elas e, consequentemente, a nós mesmos como Comunidade? É sobre essa temática, Educação Cristã Contínua (ECC), dividida nos tópicos ‘Criança na abordagem bíblico-teológica’, ‘Espaço específico da criança na Comunidade’, ‘Educação cristã na família’ e ‘Criança no culto da Comunidade’, que convidamos para refletir a Pa. Mara Parlow, com graduação em Teologia, licenciatura em Ciências, mestrado em Teologia: Educação Cristã e doutorado em Religião e Educação, atualmente exercendo o pastorado na Paróquia de São Sepé, além de contribuir na formação de Professores de Ensino Religioso, concentrando-se em temas como religião e educação, gênero, direitos de mulheres e crianças, ensino e pesquisa. Faz parte também a Pastora Sandra Kamien Tehzy, Bacharel em Teologia pela EST, integrante da Coordenação Sinodal do Trabalho com Crianças do Sínodo Nordeste Gaúcho, mestranda em Teologia, na área de Religião e Educação no IEPG e atuando na Paróquia de Portão/RS. Participa, ainda, a Catequista Monika Maier, Professora de Música nas séries iniciais e estudante de Pedagogia. Finaliza a Catequista Nilve Gabe Kempin, formada pela 1ª turma do antigo IEC, atuante como voluntária na Comunidade Evangélica de Ibirubá/RS. Foto de Deus Corpo de Cristo Pastora Mara Parlow Pastora Sandra Kamien Tehzy Tem foto de Deus?, indagou Catarina, após sua mãe dizerlhe que Deus é bom e está em todos os lugares. Situações como essa são comuns quando as crianças têm oportunidade de vivência da sua fé e denotam o quanto elas têm dificuldade para entender conceitos abstratos. No entanto, antes disso, perguntas como a de Catarina nos levam a valorizar experiências e exemplos concretos e a buscar histórias e figuras bíblicas que tornem a espiritualidade algo ‘perceptível’, compreensível – e isso não apenas do ponto de vista cognitivo. Perguntar e ter curiosidade, dentre outras características inerentes ao ‘ser criança’ (ou ao ‘ser como criança’), recebem pouco valor em nossa sociedade e em nossas Comunidades. Contudo, isso não está de acordo com o Evangelho. Nosso Mestre, Senhor e Salvador Jesus Cristo apontou a criança como o ser humano de referência (Chamando uma criança colocou-a no meio - Mateus 18.2), percebeu o seu protagonismo (Eis aí um menino com cinco pães de cevada e dois peixinhos – A multiplicação dos pães, conforme João 6.9) e demonstrou que o fazer perguntas – de modo simples, direto e, nem por isso, desrespeitoso – pode ser a chave para a nossa dinâmica de vida. No modo de Jesus relacionar-se com as crianças e referenciálas, podemos revisar também a nossa vida comunitária e de fé: existe aí um lugar para questionamentos e curiosidades? Há lugar para a autenticidade nas relações e para a ‘ignorância’ (= ignorar algo e não saber tudo)? Para refletir, leia Mateus 18.1-5 Refletir sobre o espaço da criança na Comunidade é refletir sobre nossas compreensões de Comunidade e ‘o lugar’ das pessoas dentro dela. Um espaço físico para as crianças nas Comunidades sempre foi anseio e luta dos envolvidos no trabalho com crianças, pois propicia sentimento de aceitação e acolhimento. Um espaço específico, adequado às características e necessidades de cada grupo é importante para o desenvolvimento de qualquer atividade e também reflete o valor atribuído a cada grupo na organização comunitária. O espaço da criança na Comunidade não se restringe ao local físico, que ainda não é uma realidade em muitos lugares, mas diz respeito à valorização da sua presença como fundamental para a riqueza da diversidade que compõe o ‘corpo de Cristo’. Nesta metáfora do corpo, usada pelo apóstolo Paulo para explicar a vida comunitária, ele estabelece uma relação de interdependência e igualdade de valor entre todos os membros, sem a qual o corpo não é corpo. A idéia de corpo não dilui as individualidades nem as especificidades, mas as inter-relaciona, pois são geradoras da diversidade essencial ao corpo, unidas pela compartilhada experiência em Cristo, da qual fazem parte todas as pessoas, inclusive as crianças. Assim, o espaço da criança ‘é todo’ o espaço comunitário! Não apenas nas bonitas apresentações em datas especiais. Que possamos refletir e planejar os espaços comunitários de forma que nossas crianças reconheçam não só a sua ‘salinha’ como seu espaço, mas toda a Comunidade! Para refletir, leia 1Coríntios 12.12-27 Bons pais e bons filhos Interesse e amor pela Igreja Catequista Monika Maier Catequista Nilve Gabe Kempin Muitas vezes, nos perguntamos sobre a tarefa de educar nossos filhos na fé em Deus. Ensinar orações, canções, incentivar a busca por sites e leituras com conteúdo cristão, agradecer a Deus pelas refeições, participar das atividades na Comunidade, orar em conjunto, será que isso é suficiente? Perguntei ao nosso filho Tiago, de 10 anos, como responderia a essa pergunta. Ele listou algumas sugestões práticas: Não dar todos os presentes que os filhos pedem. Tem muitos brinquedos e jogos que não ensinam coisa boa! Ficar mais tempo com os filhos é importante. Além disso, ensinar a comer direito, não deixar comida no prato, não falar palavrões, não bater e ser sociável. Dar livros educativos também, enfim, ensinar o que Deus falou. São ações do dia-a-dia. Afinal, o que é a fé senão a vivência concreta daquilo que Deus nos pede? À medida que Tiago construía a lista, fomos avaliando essas ações em nossa própria família. Nem sempre conseguimos contar histórias antes de dormir ou conversar sobre as descobertas do dia, mas a presença de respeito, diálogo e interação, tem nos ajudado a construir uma relação de afeto e segurança. Bons hábitos e boa convivência expressos no respeito com as pessoas e com as dádivas de Deus são maneiras de viver a fé em Deus. Alimentos saudáveis, brinquedos educativos, jogos pedagógicos e distribuição das tarefas da casa são tão importantes quanto ensinar orações, canções ou histórias bíblicas. São ações que marcam nossa experiência de vida e formação como pessoas éticas. Que Deus renove em nós a cada manhã a disposição para sermos bons pais e bons filhos. Para refletir, leia Mateus 19.13-15 Ouvimos muitas reclamações e preocupações de pessoas a respeito da ausência de crianças e jovens nas celebrações das Comunidades. Pensemos: que espaço proporcionamos às crianças e jovens para que eles gostem de participar nos cultos? Será que ficar sentado nos bancos, apenas ouvindo, durante uma hora ou mais, faz nossas crianças quererem voltar ao culto? Certamente, em grande parte das nossas Comunidades ainda acontece o culto ‘tradicional’, no qual linguagem e forma de celebrar são pensadas para adultos. Também são freqüentes as atividades por faixa etária, pois cada idade tem interesses específicos, mas não será esse um momento que possibilita reunir e integrar o ‘corpo de Cristo’ para celebrar em conjunto? Há algum tempo, estamos ‘experimentando’ incluir as crianças nas celebrações da nossa Comunidade. Começamos devagar. Aos poucos, fomos incluindo as crianças na liturgia, nos cantos e na mensagem. Planejamos o culto procurando usar uma linguagem mais simples, símbolos e recursos que auxiliem as crianças a entender o tema e os momentos litúrgicos. Não estamos experimentando de qualquer forma, mas a partir do chamado e convite de Deus deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraceis. Pensamos que o culto é um bom momento para (re)aproximar os membros do corpo de Cristo: procuramos sempre, de alguma forma, envolver os familiares das crianças e demais membros presentes na celebração. Assim, acreditamos ser possível desenvolver nas crianças, jovens e adultos mais interesse e amor por sua Comunidade e Igreja. Para refletir leia 1Pedro 2.1-5a 12 Geral Promoção Jorev - Reavivando o canto nas Comunidades Criada em 25 de setembro de 1977 para administrar a área de comunicação da IECLB, a Fundação Isaec (Instituição Sinodal de Assistência, Educação e Cultura), além das emissoras da Rádio União, presente em diversas cidades brasileiras, também era proprietária da Gravadora Isaec, na época uma das melhores do país. Tempos difíceis vieram para a Fundação e, para sobreviver financeiramente, a Gravadora Isaec foi obrigada a fugir da sua proposta original e sobrou pouco espaço para priorizar os hinos luteranos. Assim que as condições permitiram, a Fundação resolveu preencher esta lacuna e, há cinco anos, começou um projeto chamado Reavivar o canto nas Comunidades, Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec voltando-se totalmente ao serviço missionário luterano por meio da divulgação dos seus belos hinos. Totalizando 15 CDs, este projeto, que contemplou canções do HPD 1 e 2, a OASE, as crianças, os corais e o Natal, está chegando ao seu final. “O projeto de haver um CD dos hinos em cada lar luterano nunca deve terminar, pois membros luteranos e não luteranos já deram os mais diversos testemunhos das conseqüências positivas destas músicas em suas vidas, o nosso hinário HPD 1 voltou a ser mais usado e os membros se fortaleceram no canto e na fé nos cultos nas Igrejas onde os CDs foram adquiridos. Além de uma boa prédica, não existe nada melhor e que faça crescer e desenvolver os trabalhos na Igreja que o incentivo à música e ao canto”, entusiasma-se Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec. Ao cantarmos, sentiremos mais esperança, consolo, fé e alegria nos nossos corações. Estaremos cada vez mais fortalecidos para enfrentarmos o dia-a-dia das nossas vidas. O canto ajuda o membro a participar mais ativamente da vida na sua Paróquia, afirma Hanny Taeschner, Presidente da Fundação Isaec. O Jorev Luterano concorda e apóia esta iniciativa, por isso, neste Natal, em parceria com a Fundação ISAEC, vai presentear os primeiros 300 novos assinantes do jornal com um CD da coleção Reavivar o canto nas Comunidades. Não é sorteio! Não é concurso! Basta assinar e ganhar!! Não espere mais para ter acesso a esta ferramenta ímpar de integração, fortalecimento e motivação de lideranças e Comunidades que é o Jorev e ainda ganhar um CD com os mais belos hinos da nossa Igreja. Assine já e garanta o seu CD, pois a promoção Jorev Reavivando o canto nas Comunidades vai só até o dia 30 de dezembro de 2008!! Para que o leitor possa conhecer um pouco mais sobre a história de alguns hinos presentes nos CDs da coleção Reavivar o Canto nas Comunidades, vamos contar a história de três importantes hinos da nossa Igreja. Hino 97 - Deus é castelo forte e bom Hino 174 - Por tua mão me guia Hino 286 – Obrigado Pai celeste O mais importante hino da Igreja luterana é Deus é castelo forte e bom, escrito por Martin Luther na noite do dia 15 de abril de 1521, na cidade de Oppenheim, uma noite antes de sua histórica viagem a Worms, onde deveria se responsabilizar perante as maiores autoridades da igreja e do Estado pela sua tentativa de reforma. Foi no ano de 1862 que o Pastor da Igreja de Belém, em Berlim, na Alemanha, recebeu de uma moça da cidade de Riga uma coletânea de poemas. Entre eles, estava Por tua mão me guia, que revela, além da beleza da linguagem poética, a expressão de fé da moça, sempre muito doente, Julie von Hausmann, (1826-1901), que escreveu uma carta ao Pastor de Berlim Se apenas um coração se alegrar com a minha fraca tentativa de expressar a minha fé, isto seria uma benção tão grande que me faria cantar e louvar a vida inteira, e o hino Por tua mão me guia alcançou esta graça, pois, em pouco tempo passou a ser cantado em todo o mundo luterano. No ano de 1977, saindo de Blumenau às 5 horas da manhã para mais uma rotineira viagem de trabalho, o representante comercial Alfons Butzke se dirigiu ao sul catarinense. Ao chegar perto de Laguna, avistou uma paisagem deslumbrante: o nascer do sol brilhando no mar. Em apenas uma noite, ele conseguiu colocar no papel todo o sofrimento e a angústia que sentia e assim surgiram as emocionantes estrofes do hino Deus é Castelo Forte e Bom. Em pouco tempo cantado em toda a Alemanha, se transforma em hino dos luteranos. Seu coração se emocionou e, sem hesitar, parou o carro ao lado da estrada, começou a escrever tudo o que sentia e assim nasceu um dos hinos de agradecimento mais cantados na nossa Igreja nos últimos 30 anos, Obrigado Pai Celeste. Conaje Grito da juventude Kátlin Franciele Dickel Membro do Conaje e estudante de Teologia – Educação Cristã Gislaine Rodrigues Estudante de Teologia – Pastorado Saímos de lugares diferentes para nos encontrarmos em um congresso que reuniu mais de 600 jovens. Chegamos ao congresso transbordando de alegria, disposição, curiosidade, conhecimento e com muitas experiências para compartilhar. Passamos cinco dias convivendo, partilhando, colocando nossos dons e nossa energia a serviço de Deus e do próximo. Saímos de lá com energia, amor, alegria, conhecimento e esperança renovados. Gritamos. Mostramos a nossa cara para o mundo. Foi isso o que os jovens do 19º Congresso Nacional da Juventude Evangélica e o 5º Fest’Art provocaram na noite do dia 23 de julho nas ruas da cidade de Santa Maria de Jetibá/ES. Caminhamos pela avenida principal da cidade, louvamos a Deus com muito fervor. Jovens de vários lugares, com diferentes histórias, sonhos, planos, medos, dúvidas e anseios expressaram a sua fé, a sua denúncia e a sua gratidão com cantos, frases de efeito e faixas apresentadas durante a caminhada. A caminhada pela avenida emocionou as pessoas, encheu o coração dos jovens com alegria, força, esperança e atitude. Conseguimos mostrar que, juntos, podemos fazer a diferença no mundo. Todos se envolveram por um mesmo objetivo: mostrar que o jovem está ativo na sociedade, é a presença de Deus no mundo. Gritamos e pulamos, mostrando a todos que fazemos parte da Igreja, que lutamos por melhores condições de vida para toda a criação e que temos consciência de que somos a presença de Deus no mundo. Comportamento JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 13 A violência que se esconde - II mas com um convite ao esclarecimento, à reflexão e, como não pode deixar de ser, à ação! A quem a criança costuma recorrer em caso de violência? A tendência da criança é não contar para ninguém, ou seja, não recorrer. Quando a violência parte de uma pessoa da família, que deveria protegê-la, a criança fica confusa e em silêncio. Muitas Os adultos devem ser defensores natos de crianças e adolescentes vezes, a avó, uma tia ou madrinha que demonstra amor pela Infelizmente, a violência contra a criança criança recebe a sua queixa ou percebe é muito mais comum que imaginamos. Ao os indicativos que ela está sofrendo contrário do que parece, não está restrita às violência. classes menos favorecidas. Os principais responsáveis pelas agressões são os homens. O que acontece quando a criança Não temos investimentos governamentais conta que está sofrendo violência? satisfatórios em políticas públicas que Em muitos casos, a violência física protejam crianças e adolescentes. A violência, geralmente causa uma reação imediata muitas vezes, acontece dentro de casa e vem e violenta contra o agressor. Alguns justamente de quem deveria proteger a criança. pais fazem denuncia aos órgãos Essas são algumas das informações sobre a competentes quando estes estão triste realidade de violência contra a criança e disponíveis. O mais difícil é o caso de ao adolescente no nosso país, uma calamidade abuso sexual. Há relatos que muitas social que deve ser abraçada por todos nós, mulheres sabem do abuso, mas ficam pois ‘cada adulto responsável deve ser um caladas com medo da reação do defensor nato de crianças e adolescentes companheiro. Nestas situações, a vítimas de violência de qualquer espécie’, como criança fica sem alternativas e afirma o P. Carlos Eduardo Muller Bock em depende do olhar atento de outros nossa entrevista publicada em duas partes: a familiares. A sociedade falha, pois a primeira na edição de julho e a parte final mulher também violentada não tem agora, em outubro, mês das crianças. É a nossa para onde ir com seus filhos. forma de homenageá-las, não com presentes, Qual é o procedimento quando a criança fala para o educador que está sofrendo abuso? É difícil uma criança contar. Ela começa a emitir sinais. Se os educadores, Professores, cuidadores são qualificados e sabem da importância de serem vigilantes, perceberão e farão a denúncia ao Conselho Tutelar, Promotoria ou Juizado da Infância e Juventude. A primeira atitude é acreditar na criança, pois ela tende a falar a verdade. Se a violência é praticada dentro da família, ela se torna um drama para a criança. Ela não sabe a quem recorrer. Cada adulto responsável deve ser um defensor nato de crianças e adolescentes vítimas de violência de qualquer espécie. Existe alguma entidade que possibilite a denúncia anônima? Se há no município o Conselho Tutelar instituído, deve-se recorrer a este órgão. Algumas cidades contam com um serviço público chamado Sentinela, que, além de tratar das vítimas, pode fazer encaminhamentos para solucionar problemas. Certas cidades têm um Disque Denúncia. Também há um serviço nacional gratuito e sigiloso que recebe denúncias de violência e encaminha para os órgãos competentes no município. É só discar o número 100. Quais são os procedimentos para proteger a criança e punir os agressores? Em caso de confirmação da denúncia, o Conselho Tutelar tomará providências para colocar a criança em segurança. O afastamento da criança do lar é legal, mas avalio como uma deficiência da lei. É mais fácil tirar a criança da presença do agressor que retirar o agressor da proximidade da vítima e o maior sofrimento continua sendo da criança, que termina num abrigo para receber a segurança necessária. A punição aos agressores está prevista em lei. Como todo o regime penal brasileiro, as penalidades são muito brandas. Em pouco tempo, dependendo da situação, o agressor estará em liberdade. P. Carlos Eduardo Muller Bock, natural de Cruz Alta/RS, é Bacharel em Teologia pela Escola Superior de Teologia da IECLB e pós-graduado pelo Instituto Ecumênico de PósGraduação, em São Leopoldo/RS. Trabalhou durante seis anos em Jaraguá do Sul/SC como Pastor e, desde 1994, está em Novo Hamburgo/RS como Pastor na Comunidade Evangélica da Floresta Imperial. Em 1998, assumiu a Direção Geral da Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (ABEFI), que possui quatro unidades de trabalho na área educacional e de assistência social. Desde 1999, é Conselheiro Municipal do Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente de Novo Hamburgo (CMDCA/NH). Atualmente, no segundo mandato, é o Presidente da entidade. O trabalho com crianças e adolescentes no CMDCA/NH e na ABEFI O trabalho no Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente de Novo Hamburgo (CMDCA/NH) é voluntário e a participação na Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente faz parte do planejamento estratégico da Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (ABEFI). No CMDCA, temos a tarefa de formular políticas públicas na área da defesa dos diretos de crianças e adolescentes. Administramos o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, que capta recursos para as ONGs e projetos do CMDCA. Além disso, há muitas outras tarefas como as relações com instituições do poder executivo, judiciário, legislativo, fiscalização do trabalho e organização de eleições dos Conselheiros Tutelares e o estímulo ao fortalecimento da Rede de Proteção. Em Novo Hamburgo, o principal desafio é unir todos os entes envolvidos com o sistema de proteção. Isto significa que, quando uma criança chegar ao Posto de Saúde com sinais de violência, toda a rede de proteção será acionada para que ela receba os cuidados necessários e o agressor seja punido na forma da lei. Ao mesmo tempo, trabalhamos na educação da população para uma cultura de paz. Já na ABEFI, o que mais exige dedicação é a execução do planejamento de gestão estratégica e a busca de recursos financeiros. O que mais traz satisfação é o fato de ser um trabalho dirigido a crianças e adolescentes. A grande maioria vive em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, atendemos diariamente 493 crianças e adolescentes: o trabalho é diário e implica em educação e assistência social e é complexo, porque precisa de profissionais capacitados. Servimos em torno de 22 mil refeições por mês. Saber que uma criança está segura, bem-alimentada e sorrindo, porque fazemos o que é bom para ela, não tem preço, por isso a satisfação de fazer este trabalho, no qual exercito a minha cidadania, a minha fé em Deus e uma característica da nossa fé luterana: o compromisso diaconal e social. O nosso lema bíblico na ABEFI é 1 João 3.16-18. Cito o versículo 18 que diz Meus filhinhos, o nosso amor não deve ser somente de palavras e de conversa. Deve ser um amor verdadeiro, que se mostra por meio de ações. A prática da ABEFI pode ser replicada em todos os lugares onde a IECLB está. A Igreja pode aprender tendo entidades ou grupos com uma participação ativa na sociedade, pois a Igreja tem a função de buscar o lugar para ser o sal da terra, responsabilidade que Jesus lhe legou. Ele interagiu com toda a sociedade da sua época e a Igreja precisa fazer o mesmo sob pena de falhar na missão dada pelo seu Senhor. 14 Deutscheseite Schöpfung oder Urknall? Vor kurzem stand in der Zeitschrift VEJA (25.Juni 2008) ein langer und gut illustrierter Artikel, der viele Leser verunsichert haben dürfte. Der Artikel fasst das zusammen, was die Atomwissenschaftler und die Astronomen in den letzten Jahrzehnten erforscht haben. Er legt dar, dass sie entdeckt haben: Das Weltall iat vor etwa 13 Milliarden (dreizehn tausend Millionen) Jahren aus einem winzigen, unvorstellbar konzentrierten Energiebündel, tausend mal kleiner als ein Atomkern, entstanden . Man hat diese „Singularität“ dann den Big Bang, den grossen Knall oder den Urknall genannt. In Bruchteilen von Sekunden habe sich diese ungeheure Energie entladen, sich dann in Atome und immer komplexere Gebilde verwandelt, sei gewissermassen explodiert.. Zeit und Raum entstanden erst mit dem Knall, und nach zwölf Milliarden Jahren steht nun die Welt so da, wie wir sie kennen... Heute ist man dabei, in einem ungeheuer grossen, unterirdischen Laboratorium an der schweizerfranzösischen Grenze dem Geheimnis der Materie und ein wenig auch dem Urknall auf die Spur zu kommen.Man möchte die „Gottespartikel“ finden, die gewissermassen Gott ersetzt, die uns erklärt, wie alles entstehen konnte – ohne Gott, wohlgemerkt! Christen sind nicht gegen neue Erkenntnisse der Wisssenschaft. Daran hat man sich schon einmal die Finger verbrannt, als man nicht wahrhaben wollte, dass die Erde eine Kugel ist und sich um die Sonne dreht. Tatsachen sind Tatsachen.. Je mehr Fakten der Schöpfung wir erkennen, desto grösser wird uns der Schöpfer. Christen sind nur gegen eine ungläubige Deutung von Tatsachen. Und darum geht es uns hier. Es fing an mit dem amerikanischen Astronomen Edwin Hubble, nach dem später das berühmte Raumteleskop benannt wurde. Er stellte schon 1929 fest, dass sich alle Galaxien ständig voneinander entfernen. Nun liess man den Film der Weltentstehung sozusagen rückwärts laufen. Wenn sich heute alles voneinander entfernt, muss es einmal zusammengewesen sein, in einem kleinen Punkt, wie man folgerte... Die Theorie vom Urknall folgte dann auf dem Fuss. Mit ein wenig Ironie könnte man nun ja auch vom Menschen selbst sagen: Wenn ein Kind wächst, entfernen sich alle seine Teile voneinander. Lassen wir dann auch diesen Film rückwärts laufen – so kommen wir auch zu einem kleinen Punkt. Also – dieser Punkt muss einmal explodiert sein, und das Resultat war dann der Mensch.... Wir sehen, dass die Wissenschaft wieder eimal „recht“ hat. Der Mensch war wirklich einmal ein kleiner Punkt, eine befruchtete Eizelle, kleiner als ein Stecknadelkopf! Aber was dann folgte, war eben keine Explosion, zufällig und chaotisch, sondern es war ein geordnetes und gezieltes Wachstum. Es war das Wunder eines wachsenden Menshen, der fühlt, denkt, leidet und liebt. Es gibt keine Partikel, die Gott ersetzen könnte.Es ist alles Sein Wunder. Es gibt keine Erklärung des Lebens oder auch der Materie und der Natur ohne Gott. Wie Gott die Welt erschaffen hat, das sollen die Wissenschaftler ruhig zu ergründen suchen. Sie sollen nur nicht blind dafür sein, dass er sie erschaffen hat. Es gibt eine Blindheit für das Wunder der Schöpfung, eine Blindheit, die man Unglauben nennt. Wann wird die Wissenschaft von dieser Blindheit geheilt werden? Wir könnten heute die Erde in ein Paradies verwandeln, wenn wir unser Wissen und Können als Gottesgabe einsetzten.Vor dem Paradies, das die heutige Wissenschaft baut, beginnt es uns langsam zu grauen. Sie hat nur den Knall gehört, sie hörte nicht, wie Gott sprach: Es werde! Das könnte wieder zu einem Knall führen – wie bei Hiroshima, am 6. August 1945! Gott bewahre uns davor! Pfarrer Lindolfo Weingärtner Bei dem Namen gerufen Isabella, fünf Jahre alt, stirbt, als sie vom sechsten Stock eines Hochhauses hinuntergeworfen wird. Der Name dieses Mädchens wurde landweit bekannt. João Roberto ist gerade mal drei Jahre alt, als er getötet wird. Polizisten haben auf das Auto, in dem er saß, mehrmals geschossen. Als die Mutter des Jungen sagt, João Roberto habe einen Namen und er solle nicht eine weitere Ziffer in der Gewaltstatistik Brasiliens werden, spricht sie auch für die vielen Kinder, die täglich Opfer von Gewalt werden und namenlos in einer Statistik verschwinden. Das Recht eines Kindes auf einen Namen bedeutet auch das Recht auf die Zuwendung eines Erwachsenen und eines Staates. Es hat ein Recht auf eine friedvolle und hilfsbereite Umgebung, wo es den Wert seines Namens in der Welt lernen kann. Doch die Gewalt gegen Kinder ist allgegenwärtig und längst einem jeden nah. Sie trägt ebenfalls viele Namen: körperliche Angriffe, seelische Verletzungen, Hunger, sexueller Missbrauch, mangelnde medizinische Versorgung, Beschimpfung. Und auch Überforderung. Bestimmt gewinnt der Name der Eltern an gesellschaftlicher Anerkennung, wenn sie sein Kind zum Sprachkurs, zum Sporttraining, zur Nachhilfe und danach noch zum Computerkurs schickt. Täglich, jahrelang. Die meisten Erwachsenen mögen darin nur die nötige Vorbereitung auf den zukünftigen Wettbewerb des Lebens sehen. Aber ist es nicht auch eine Art von Gewalt gegen Kinder wenn sie nicht einfach mehr Kind sein dürfen, nicht mit anderen spielen und ihre Welt erkunden dürfen? Namenlose Kinder tauchen im Elend der billigen Arbeitswelt auf und gehen dort unter, sei es in Backsteinfabriken, im Tabakanbau oder mit Schubkarren voller aufgesammeltem Altpapier. Und dass manche zu Hause noch von frustrierten Erwachsenen verletzt werden, ist keine Seltenheit. Arbeit statt Schule und Schläge anstatt Zuwendung. Diesen Kindern wird jegliche Chance, eine bessere Zukunft zu haben, geraubt und sie werden zur gesellschaftlichen Anonymität verdammt. Vielmehr ist das immer noch ungelöste soziale Problem ein Verbrechen, das vielen kleinen Verbrechen den Boden bereitet. Der Staat steht in der Pflicht, keine Frage. Viele politische und gesellschaftliche Probleme tragen zur Gewalt gegen Kinder bei. Aber man muss im gleichen Atemzug daran erinnern, dass die Hand gegen ein Kind zu erheben immer noch die Entscheidung eines Einzelnen ist und das hat keine Entschuldigung. Die Erwachsenen, insbesondere die Eltern, tragen immer eine Verantwortung für jedes Kind. In einer Welt, wo Kinder Angst vor Gewalt spüren müssen, hat besonders die christliche Gemeinde den Auftrag, nach der Liebe Gottes zu handeln und alle Art von Gewalt zu bekämpfen und nach gemeinsamen Lösungen dafür zu suchen. Jesus hat sich den Kindern zugewendet, ihnen Raum gegeben und sich Zeit für sie genommen. So sollen auch wir handeln. Denn die Kinder sollen von dem Gott erfahren, der sagt: „Fürchte dich nicht, denn ich habe dich erlöst; ich habe dich bei deinem Namen gerufen; du bist mein!“ Theologe Jaime Jung Compartilhar JOREV LUTERANO OUTUBRO 2008 15 Anúncios Comunitários Neste espaço, a Comunidade pode compartilhar os momentos significativos da vida cristã, como Nascimento, Batismo, Confirmação, Benção Matrimonial, Encontros Familiares, Bodas e Sepultamento. Entre em contato conosco! Lembrança de falecimento Falecimento Comunicamos o falecimento de O esposo, Arnoldo Gustavo Frantz, os filhos, Gisela Feuerharmel e Milton Frantz, e suas famílias, com grande pesar e imensa saudade, lembram o falecimento de ELMA KEMPL KROESSIN ocorrido no dia 30 de março de 2008, no hospital de NãoMe-Toque/RS, aos 85 anos, 9 meses e 8 dias. Nascida no dia 22 de junho de 1922, em Nova Petrópolis/RS, filha de Henrique e Ema Kemp Doenner, Elma casou-se, no dia 1º de setembro de 1945, com Gustavo Kroessin, no município de Tapera/RS, que a antecedeu na morte no dia 15 de outubro de 1977. Elma deixou enlutados Mercedes e Oscar Graebin, Elga e Eloi Elly, Evanise e Erni De Walle, 9 netos e 9 bisnetos. Os familiares agradecem o apoio recebido da Comunidade Evangélica de Arroio Bonito Não-Me-Toque, dos vizinhos, da Pastora e dos parentes, que prestaram as suas últimas homenagens com coroas de flores. A todos, o nosso muito obrigado. Falecimento Gott der Herr rief zu sich, am 17.Juli unsere geliebte Mutter, Groâmutter und Urgroâmutter ELMIRA SCHWINGEL, Geb. GAUSMANN Unsere Liebe wurde am 30.Dezember 1919 in Canabarro, Teutônia geboren, als Tochter von Hermann Gausmann und Leopoldine Koefender. Sie wurde getauft und konfirmiert inder Erlöser-Evangelische Luterische Kirche, in derselbe Kirche hatte sie sich verheiratet am 11.Januar 1936 mit Otto Schwingel. Er ging sie im Tote voraus vor 24 Jahre. Diese Ehe wurde mit zwei Töchter gesegnet. Sie erreichte as Alter von 88 Jahre, 7 Monaten und 13 Tagen. Sie hinterlies im Trauer, 2 Töchter, 2 Schwiegersöhne, 6 Enkel, 7 Urenkel und weitere Verwanten. Die Familie dankt herzlich allen Nachbarn und Freunde, führ ihre teilnahme, den Chören, die Pharrerin und alle die Blumen und Kränzen brachten. „Nun aberr bleibt: Glaube, Hoffnung und Liebe, diese drei; aber die Liebe ist die gröâte unter ihnen. (1.Korinther 13.13) Im Namen der Hinterbliebenen: Helga und Harry Schneider; Sigrid und Helio Wiebusch. Falecimento Irmãs, cunhado, sobrinhos, ainda consternados, cumprem o dever de participar o falecimento da querida e sempre lembrada RESEDA WENDPAP (Sedy) ocorrido em sua residência, às 2h30 do dia 23 de abril de 2008 acontecendo os atos de encomendação e sepultamento no mesmo dia, junto ao Cemitério Panambi – Cidade. Com saudades, Ilse Matheis e família Erica Wisch e família Thusnelda e Ottomar Klos e família Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre. Hebreus 13.8 Falecimento Com pesar e saudades, os familiares de ANNY HERTA NORMANN participam o seu falecimento, ocorrido no dia 31 de janeiro de 2008, em Porto Alegre/RS, alcançando a idade de 78 anos. A família enlutada agradece a todas as pessoas que estiveram ao seu lado durante o longo período que durou a sua enfermidade. Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. João 11.25 NORMA FRANTZ ocorrido no dia 20 de dezembro de 2007. Quis Deus eu ela partisse no período do ano que mais gostava: a época do Advento. Nascida no dia 3 de janeiro de 1922, em Augusto Pestana/ RS, casou-se com Gustavo Frantz em 30 de novembro de 1946, com quem transferiu residência para Santo Ângelo em 1956. A partir desta data, sempre participou ativamente da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Santo Ângelo, auxiliou como organista nos cultos, fez parte do coral da OASE e foi uma das fundadoras do grupo de OASE do bairro Oliveira, o qual freqüentou até falecer. Cantar era uma das suas alegrias, por esse motivo fazia parte do coral da Comunidade, do coral Municipal e do grupo de canto em alemão. Esposo, filhos, genro, nora, netos e bisnetos jamais esquecerão o seu amor pela família, seus exemplos de bondade, solidariedade e compaixão. Falecimento Com profundo pesar, participamos o falecimento da nossa querida mãe, sogra, avó e bisavó ERICKA KUHN 28.9.1921 – 5.5.2008 nascida em 28 de setembro de 1921, em Invernadinha, município de Não-Me-Toque/RS, filha de Albino Luiz Christiano Neuls e Elisabeth Surkamp, e falecida no dia 5 de maio de 2008, no Hospital Municipal de Victor Graeff/RS. Em 9 de janeiro de 1943, casou-se com Walter Kuhn, que a antecedeu na morte, em 22 de setembro de 1955. O casal foi abençoado com 6 filhas e 2 filhos. Ericka Kuhn deixa enlutados 6 filhas, 2 filhos, 5 genros, 2 noras, 27 netos, 27 bisnetos, 5 irmãs, 5 cunhadas e 4 cunhados. Sensibilizada, a família agradece a todos que prestaram a sua última homenagem, aos corais e lembra o apoio recebido dos Pastores de Ernestina e Victor Graeff. Buscamos consolo nas palavras Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará. Salmo 37.5 16º ENCONTRO DA FAMÍLIA SCHENKEL Data: 19 de outubro de 2008 Local: Comunidade Evangélica de Linha São Paulo – Não Me Toque/RS Contatos: Nelson Schenkel – 54 3503.0347 / 54 9982.5263 André Schenkel (à noite) – 54 3332.1176 ([email protected]) Marlene Raber ([email protected]) 16 16 Gente Luterana O Sínodo Centro-Campanha-Sul, formado por 27 Paróquias, 125 Comunidades e 15 mil famílias-membro, cuja ênfase missionária é formação de lideranças leigas, diálogo com movimentos populares, formação contínua de Obreiros, busca de membros afastados, sacerdócio geral de todos os crentes como base da missão, incentivo da solidariedade entre Comunidades, acompanhamento de Obreiros e planejamento participativo, está representado nesta Editoria por nossa gente luterana Oscar Luiz Stumm e Anete Jackisch Valores luteranos Aqui você tem lugar Oscar Luiz Stumm, 53 anos, natural de Santa Cruz do Sul/RS, casado há 30 anos com Ione Teresinha, é pai de Fernando Edgar e Júlia Carolina. Pertencente à Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Vera Cruz, Paróquia Martin Luther, Oscar afirma que a sua fé se manifesta no dia-a-dia de diversas maneiras, desde as suas orações e intercessões até em ações para proporcionar o bem às pessoas necessitadas. Na IECLB, a caminhada de Oscar já tem mais de 20 anos. “Já fui 2º Tesoureiro da Comunidade e Presidente da Paróquia Martin Luther. Hoje, exerço as funções de Presidente Não consigo me imaginar em outra Igreja do Conselho Sinodal do Sínodo Centro-Campanha-Sul, Tesoureiro da Paróquia e 2º Tesoureiro da Comunidade. Minha esposa, Ione, e eu coordenamos o Grupo de Casais Reencontristas de Vera Cruz e somos representantes dos Casais Reencontristas em nível Sinodal”, relaciona. Formado em Técnico em Contabi- lidade, funcionário Público Estadual exercendo as funções de Assistente Administrativo e Financeiro da Escola Estadual de Ensino Médio Vera Cruz, o Presidente do Conselho Sinodal entende que as suas responsabilidades são grandes, pois responde legalmente pela entidade, mas desde que passou a participar do Grupo de Casais Reencontristas, há 21 anos, não se separou mais da Igreja. “Este encontro nos abriu janelas que estavam fechadas. Não consigo me imaginar em outra Igreja”, revela. Os desafios de ser IECLB no Sínodo Centro-Campanha-Sul são consideráveis. “Nosso Sínodo é bastante grande. Os desafios maiores encontram-se nas regiões da Campanha. Por ser uma região de grande extensão territorial, tudo fica mais difícil. As Comunidades são pequenas e enfrentam muitas vezes dificuldades financeiras e administrativas, mas temos nos empenhado em dar condições de funcionamento a estas Comunidades para que elas continuem o seu trabalho de propagar a palavra do Senhor”, conta Oscar. Para a IECLB, o Presbítero deseja uma Igreja forte, propagadora da palavra de Deus, uma Igreja que lute contra todos os tipos de discriminação, uma Igreja pregadora da ética, da fé, da moral e dos bons costumes “Quero ver aquelas ovelhas que se desgarraram do rebanho voltarem para o lugar de onde nunca deveriam de ter saído. Como diz o tema do ano de 1998, Aqui você tem lugar”. Anete Jackisch, 42 anos, nascida em Sinimbu/RS, é mãe de Leila e Leonardo. Membro na Comunidade de Sinimbu, Anete é uma luterana ‘de berço’ que nas suas atividades procura tratar a todos com respeito e educação, seguindo os preceitos do ser luterano. Na IECLB, participa ativamente das atividades da Comunidade e busca fazer parte de encontros que possibilitem maior conhecimento da tarefa de ser luterano em casa, no trabalho e na Comunidade. “A fé me motiva sempre, pois a caminhada é difícil e procuro levar os valores sempre nas minhas tarefas diárias”, explica. Formada no Magistério e Professora de séries iniciais, Anete trabalha com Culto Infantil (CI) desde 1993 “O trabalho com as crianças na escola ajuda nas atividades do Culto Infantil e vice-versa”. Como parte do Conselho Sinodal de Educação Cristã Contínua, a Professora conta que as crianças participam das atividades na Comunidade com seus pais. “Também temos um espaço especial para a realização das atividades do CI, no qual, além de aprender ‘coisas sobre Deus’, como elas dizem, há momentos de mú- sicas, cantos, brincadeiras e jogos. Cada vez mais se quer aproximar a criança da Igreja. Para isso, é necessário que ela sinta que faz parte do espaço que freqüenta, por isso tão importante é a tarefa de transformar a Igreja em um espaço para todos”, destaca. Desta forma, ressalta a Professora, a criança saberá se conduzir no caminho certo, que ela aprendeu na Igreja. No Conselho Sinodal de Música e Liturgia do Sínodo Centro Campanha-Sul, suas principais responsabilidades são participar dos encontros para aprender novos hinos e transmitir este conhecimento às Comunidades, além de ajudar na elaboração de programas para encontros de corais, escolha de músicas, encontros de instrumentistas entre outros. “A música é fundamental para a nossa vida. Os cultos e os encontros de CI se tornam mais alegres quando a música está presente. Não só nos cultos, mas em casa, na escola ou em qualquer outro lugar”, opina Anete. Quero continuar atuante e motivando outras pessoas A motivação de Anete para participar das atividades ligadas à IECLB está na sua convicção que cada um de nós deve dar um pouco mais de si em favor do próximo. “Gosto de estar fazendo parte de alguma coisa e fazendo a diferença”, comemora. Para a IECLB, o sonho da Professora Anete é que a Igreja se fortaleça, que as pessoas não desanimem diante de obstáculos e que se consiga realizar os planos de transformar a nossa Igreja em um espaço para todos “Quero continuar atuante e motivar outras pessoas a participar”.
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