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03 de Dezembro de 2015
GCN na Mídia
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Aldo de Cresci é consultor especial para florestas plantadas do Mapa
Ambiental
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Desmatamento na Amazônia Legal aumentou 16% em um ano, diz ministra
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Imagem da Nasa mostra efeito do desmatamento em Rondônia
Em destaque
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Escassez de água afeta fabricante de celulose
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Exportação de celulose sobe 7,3% em outubro, segundo Ibá
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Saída para crise é a economia de baixo carbono, diz Observatório do Clima
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Governo do Mato Grosso prevê 6 milhões de hectares para manejo florestal sustentável
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Brasil é o 1º a cumprir regras de proteção a florestas, diz ministra
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Brasil recebe "selo" de proteção florestal
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Indústria defende responsabilidades históricas na negociação do acordo do clima
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Investidores pedem compromisso brasileiro contra desmatamento
Empresas
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Eldorado Brasil busca mecânicos de gruas em Água Clara
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Fibria divulga Resumo do Plano de Manejo da Unidade Florestal
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Agregação de valor à celulose traz a Suzano ao mercado de tissue
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Klabin diz que investimento previsto para 2016 é de R$2,5 bi
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Eldorado Brasil prioriza tecnologia na eficiência das florestas
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Fibria: Dividendos de R$ 2 bilhões serão pagos no dia 9
DOCS - 1607466v1
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Klabin avalia construção de duas máquinas
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Exportação deve sustentar ritmo de expansão da Fibria
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Klabin reduz investimento para R$ 2,5 bilhões no próximo ano
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Biorrefinaria pode ser construída em São Paulo
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Fibria quer criar gigante regional de celulose
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Fibria aumenta em 16% previsão de investimentos
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CMPC atinge 90% da capacidade
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Ence para produção na Espanha
Executivo
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Comissão é criada para reduzir gazes do efeito estufa
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Governo estabelece meta pelo clima
Imobiliário
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Minuta de MP autoriza empreendimentos de infraestrutura em terras indígenas
Internacional
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COP21: países vulneráveis a alterações climáticas se aliam para negociações
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COP21 começa hoje com o desafio de chegar a novo acordo climático global
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Ibá mostrará importância do setor florestal na mitigação das mudanças climáticas na
COP21
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Países lançam iniciativa para taxação do carbono
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Índia é crucial para o sucesso da CoP-21
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Financiamento é maior trava a acordo
Judiciário
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Gilmar Mendes rejeita discutir novamente questões de reserva ambiental no AM
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Logística sustentável
DOCS - 1607466v1
GCN na Mídia
Aldo de Cresci é consultor especial para florestas plantadas do Mapa
A nomeação foi feita pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Katia
Abreu, na portaria 530/08 esta semana em Brasília
O advogado Aldo de Cresci é especialista no setor florestal e seu trabalho é reconhecido
mundialmente
“Ministra Katia Abreu nomeia Aldo de Cresci como Consultor Especial para florestas plantadas
por seu notório saber e poder de articulação, nos termos da Portaria 530/08".
O advogado Aldo De Cresci, do escritório Gasparini, De Cresci e Nogueira de Lima Advogados,
foi nomeado Consultor Especial na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas
Plantadas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Fonte: Painel Florestal | 28.11
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Ambiental
DOCS - 1607466v1
Desmatamento na Amazônia Legal aumentou 16% em um ano, diz ministra
O desmatamento na Amazônia Legal aumentou 16% no período de agosto de 2014 a julho de
2015, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Dados anunciados hoje (26)
pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, mostram que, ao todo, foram derrubados
5.831 quilômetros quadrados (km²) de floresta , enquanto na análise 2013-2014 a derrubada
havia sido de 5.012 km².
Amazonas, com aumento de 54% nas derrubadas (769 km² de desmatamento), Rondônia,
com 41% (963 km²) e Mato Grosso, com 40% (1.508 km²) foram os estados que
concentraram o aumento da retirada florestal. O Pará e Tocantins ficaram estáveis, enquanto
Acre, Amapá, Maranhão, e Roraima tiveram queda. Os dados são do Projeto de
Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de
Pesquisas Especiais (Inpe).
Entre agosto de 2014 a julho de 2015, foram derrubados 5.831 km² de florestas da Amazônia
Legal
O Prodes computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares (um hectare
equivale à área de um campo de futebol) onde ocorreu remoção completa da cobertura
florestal – o corte raso. O cálculo da taxa de desmatamento foi obtido após o mapeamento de
96 imagens de satélite.
“Algo que chama atenção é que voltou a aparecer desmatamento com grandes extensões, o
que contradiz tudo o que estamos fazendo, em um ano em que aumentamos em 30% os
esforços de fiscalização federal”, disse a ministra.
Segundo Izabella, os dados são contraditórios com os investimentos de R$ 220 milhões do
governo federal para que os estados da região aplicassem na gestão ambiental. “Este
aumento não está condizente com os recursos que disponibilizamos para estes estados. Não
foram poucos recursos”, frisou a ministra.
O Ministério do Meio Ambiente vai notificar os três estados para que os governos expliquem
se os desmatamentos foram legais ou não. A partir dos relatórios o governo federal deve
DOCS - 1607466v1
analisar como proceder. No caso de Mato Grosso, segundo a ministra, a União “está
investigando todos os processos de suspensão de embargo”.
Apesar de a ministra se dizer "frustrada" com o resultado, a avaliação do Inpe mostra que
essa é a terceira menor taxa de desmatamento na Amazônia Legal desde que o instituto
começou a medi-la, em 1988, no âmbito do Prodes.
Fonte: Agência Brasil | 27.11
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Imagem da Nasa mostra efeito do desmatamento em Rondônia
Fotografias de satélite são de 1975 e 2014; Estado foi um dos que registrou maior
perda de cobertura florestal no último ano
Uma imagem divulgada pela agência espacial norte-americana (Nasa) nesta sexta-feira, 27,
mostra o desmatamento da Floresta Amazônica no Estado de Rondônia, região Norte do
Brasil.
A primeira foto, à esquerda, foi tirada por satélite em 19 de julho de 1975. A segunda, à
direita, em 27 de agosto de 2014.
Imagens mostram desmatamento em Rondônia
No último ano, o Estado foi um dos que registrou maior perda de cobertura florestal, segundo
dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente nesta quinta-feira, 26.
DOCS - 1607466v1
O desmatamento da Amazônia subiu 16% entre agosto do ano passado e julho deste ano, na
comparação com o período de agosto de 2013 a julho de 2014. Foram derrubados 5.831
km².
Fonte: Estadão | 30.11
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Em destaque
Escassez de água afeta fabricante de celulose
Há algum tempo o risco de desabastecimento de água está no foco de atenção da indústria
brasileira de celulose e papel, que utiliza o recurso natural em seu processo produtivo. Tanto
internamente quanto nas mesas de debate da Ibá, associação que representa o setor de base
florestal no país, esse é um assunto recorrente na agenda da indústria. Em 2015, porém, o
risco de escassez de água parece ter colocado as companhias em uma situação de alerta
crescente daqui para a frente.
No evento mais preocupante do ano, a Cenibra, produtora brasileira de celulose de eucalipto
controlada por um consórcio de empresas japonesas, foi obrigada a suspender as operações
em sua fábrica de Belo Oriente (MG), após o rompimento de uma barragem da mineradora
Samarco na região do município de Mariana, no início do mês.
A lama resultante do processo de extração do minério de ferro liberada pelo rompimento da
barragem contaminou as águas do rio Doce, que são usadas pela Cenibra em seu processo
produtivo, restringindo a disponibilidade de recursos hídricos.
A companhia já retomou o processo de captação e tratamento de água do rio Doce, o que
permitiu iniciar o restabelecimento da produção de celulose na linha 2 da fábrica de Belo
Oriente no domingo. Em nota, a Cenibra informou ainda que "outros ajustes estão em
andamento para permitir o aumento do volume de água captada de forma sustentável,
viabilizando as condições necessárias para restabelecer também a operação na linha de
produção 1".
O desastre ambiental também repercutiu nas operações da Fibria em Aracruz, no Espírito
Santo, porém em proporções bem menores. A maior produtora mundial de celulose de
eucalipto suspendeu temporariamente a captação de água do rio Doce, que fornece parte do
recurso usado em seu complexo industrial em Aracruz (ES).
DOCS - 1607466v1
Para contornar a situação e evitar que a produção seja interrompida, a Fibria está utilizando
um reservatório próprio de água, capaz de manter a unidade capixaba em operação por 100
dias. Segundo a companhia, o fechamento das comportas que captam água do rio Doce será
mantido "até que os órgãos competentes recomendem" a reabertura.
Nesses dois casos, a restrição de água não decorreu das mudanças climáticas que têm levado
a indústria a aprimorar a eficiência no uso de recursos hídricos e no tratamento de efluentes.
Na Suzano Papel e Celulose, por exemplo, a seca que atinge o sul da Bahia levou à
antecipação da parada programada para manutenção na linha 1 da fábrica instalada em
Mucuri, na Bahia, prevista originalmente para novembro, em razão da crítica situação do rio
Mucuri.
Conforme a companhia, com o agravamento do cenário, decidiu-se pela antecipação da
parada. Hoje, a fábrica já opera normalmente com as duas linhas. Além de monitorar a vazão
do rio Mucuri, a companhia anunciou investimentos de R$ 100 milhões para expansão e
modernização da estação de tratamento de efluentes da unidade Mucuri, com conclusão
prevista para o primeiro trimestre de 2018.
Também por causa da seca, que é agravada neste ano por causa do fenômeno do El Niño, a
Eldorado Brasil teve de interromper, durante um período de 2014, o escoamento de sua
produção em Três Lagoas (MS) por meio de barcaças que navegam na hidrovia Tietê-Paraná.
À época, a baixa vazão do rio impediu o uso da hidrovia para transporte de produtos, entre
os quais celulose e grãos.
Diante desses acontecimentos e da expectativa de que o El Niño mantenha-se intenso pelo
menos até a primeira metade do ano que vem, os debates sobre gestão de recursos hídricos
na indústria de celulose prometem se manter no topo da agenda.
Fonte: Valor | 27.11
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Exportação de celulose sobe 7,3% em outubro, segundo Ibá
As exportações brasileiras de celulose, considerando-se as fibras curta e longa e pastas de
alto rendimento, se mantiveram em trajetória de alta em outubro, com crescimento de 7,3%
na comparação com o mesmo mês de 2014, para 1,129 milhão de toneladas. Os dados estão
no cenário setorial divulgado pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), que reúne os
produtores de celulose, papel, painéis e pisos de madeira e florestas no país.
DOCS - 1607466v1
Diante desse desempenho, no acumulado dos dez primeiros meses do ano, a alta nas vendas
externas foi de 8,9%, para 9,587 milhões de toneladas.
Conforme o documento, que traz números preliminares, a produção nacional de celulose
recuou 1,2% no mês passado, na mesma base de comparação, para 1,428 milhão de
toneladas. De janeiro a outubro, a expansão no volume produzido foi de 4,6%, para 14,185
milhões de toneladas.
No segmento de papel, a produção local voltou a cair em outubro (-2,7% na comparação
anual), para 852 mil toneladas. No ano até o mês passado, o volume produzido no país
totalizou 8,629 milhões de toneladas, baixa de 0,3%.
As vendas domésticas de papel seguem enfraquecidas, e em outubro caíram 6,5%, para 474
mil toneladas, enquanto as exportações saltaram 22,6%, para 179 mil toneladas. Esse
resultado decorre da estratégia da indústria de destinar maior volume da produção ao
mercado internacional, diante da fraqueza da economia brasileira e do câmbio favorável às
vendas externas.
De janeiro a outubro, as vendas domésticas de papel recuaram 4,1%, para 4,514 milhões de
toneladas, e as exportações cresceram 8,7%, totalizando 1,696 milhão de toneladas.
As importações de papel permanecem em queda acentuada em 2015, segundo a Ibá. Em
outubro, o volume importado caiu 44,1% na comparação com um ano antes, para 66 mil
toneladas e, no acumulado dos dez primeiros meses, a retração foi de 29,7%, para 763 mil
toneladas.
De acordo com a Ibá, as vendas de painéis de madeira no mercado interno continuam a ser
duramente afetadas pela piora do desempenho da construção civil e caíram 23,1% em
outubro, para 518 mil metros cúbicos. As exportações, por sua vez, subiram 63,9%, a 59 mil
metros cúbicos. Nos dez primeiros meses do ano, as vendas domésticas de painéis
mostraram declínio de 10%, para 5,429 milhões de metros cúbicos.
Conforme a associação, de janeiro a outubro, a receita de exportações de celulose, painéis de
madeira e papel totalizou US$ 6,5 bilhões, o equivalente a crescimento de 4,5%. O saldo da
balança comercial do setor de janeiro a outubro avançou para US$ 5,3 bilhões, com alta de
15,3% na comparação com o mesmo período de 2014.
Fonte: Valor | 27.11
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Saída para crise é a economia de baixo carbono, diz Observatório do Clima
DOCS - 1607466v1
Líderes de mais de 190 países começam a discutir amanhã (30), em Paris, um novo acordo
climático global para limitar o aumento da temperatura da Terra a 2 graus Celsius (ºC) até
2100, em relação aos níveis pré-Revolução Industrial. Além de prevenir catástrofes naturais,
uma economia de baixo carbono, que minimize as emissões de gases de efeito estufa, pode
ser a saída para a crise econômica no Brasil, informou o secretário-executivo do Observatório
do Clima, Carlos Rittl.
“Podemos dizer que a saída do vermelho da crise econômica está no verde da energia limpa,
da eliminação do desmatamento, da Agricultura de Baixa emissão de Carbono (ABC), de uma
produção industrial mais eficiente e competitiva e de uma combinação das políticas de clima e
das políticas fiscal, tributaria, energética, agrícola e de resíduos sólidos. A combinação de
várias políticas é fundamental.”
Segundo Carlos Ritti, o olhar estratégico nas mudanças do clima é fator crítico para se pensar
em planos de investimento e no desenvolvimento do país nos próximos anos. “Estudos à
disposição do governo brasileiro indicam que temos capacidade de redução de emissões a
baixo custo, inclusive com opções a custo negativo, ou seja, você implementa ações para
reduzir emissões e aumenta eficiência de determinados setores, com ganhos econômicos.”
Os setores produtivo e empresarial do Brasil também estarão representados na 21ª
Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP 21), que segue até o dia 11 de dezembro, em Paris. De acordo com o secretário, eles
querem trabalhar para que o Brasil tenha um desenvolvimento mais sustentável.
Presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cbdes),
Marina Grossi disse que o mundo empresarial sabe que o caminho é de uma economia de
baixo carbono e que ele está respondendo com novos produtos e serviços.
“Sabemos que só se trabalha com sustentabilidade, que as empresas que sobreviverão são
aquelas inseridas nesse novo raciocínio. Apesar de não estarmos tão preparados, temos de
pensar o tempo todo nessas três variáveis, não só do retorno financeiro, mas do retorno do
capital ambiental e do capital social”, afirmou Marina.
Uma das bandeiras do setor empresarial é a precificação do carbono. Para Marina Grossi, o
valor da tonelada de carbono varia hoje de US$ 1 a US$ 380, uma margem muito grande que
inibe os negócios.
“Qual é o preço que devemos colocar nesse ativo? Quando temos um preço irrisório, isso
estimula a emissão de carbono. O novo acordo precisa dar um horizonte com maior
previsibilidade, de modo que o empresário possa arriscar sabendo que não vai levar um
tombo lá na frente. Se estamos falando que a economia de baixo carbono será uma
realidade, é importante a sinalização do governo nesse sentido, porque ele cria um ambiente
propício onde as empresas podem arriscar”, disse a presidente do Cbdes.
DOCS - 1607466v1
Para o gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), Shelley Carneiro, é preciso também discutir a questão do financiamento
empresarial e de onde virão os recursos para investimentos em tecnologia e inovação. “O
pós-COP 21 será mais importante. Como transformar o acordo em ações que o setor
empresarial possa ajudar e possa se incorporara às necessidades que o mundo está nos
colocando. Isso será uma longa discussão e espero que seja bastante democrática no Brasil.”
Conforme Carneiro, é preciso muito diálogo, tempo, recursos financeiros e treinamento para
que as pessoas estejam aptas para as mudanças. “Temos muitas riquezas que podem ser
preservadas, mas não podem ser através de modificações rápidas e de ideologias que não
levam a nada. Precisamos caminhar com a tecnologia e com o conhecimento. O setor
empresarial está pronto para isso. Ele está querendo dialogar e mostrar suas dificuldades,
mas não para ser criticado sem o mínimo critério.”
Maiores emissores brasileiros
O secretário do Observatório do Clima informou que enfrentar as mudanças climáticas exigirá
um esforço coletivo, "mas alguns setores da economia têm uma contribuição muito grande
para a questão das emissões". Segundo ele, associando a responsabilidade do agronegócio
pelo desmatamento às suas emissões diretas esse é um setor responsável por mais de 60%
das emissões do país. “É um setor que temos oportunidade de ganhos de eficiência, ou seja,
o produtor ganha mais com uma produção mais eficiente e que gera menos emissões.”
O Plano da Agricultura de Baixa emissão de Carbono (ABC) do Brasil é interessante para Rittl.
Entretanto, ele lamenta a redução dos investimentos no Plano Safra deste ano, que é de
apenas 1,6% de todo crédito agrícola. “No ano passado era de 3,3%. Já era pouco e agora
reduziu ainda mais.”
Para Carlos Ritti, o setor de transporte de cargas e de passageiros também é responsável por
emissões importantes de gases no Brasil
DOCS - 1607466v1
Para Ritti, o setor de transporte, de cargas e de passageiros, também é responsável por
emissões importantes no Brasil. Ele sugere a mudança de modais para o transporte de
cargas, como o investimento em ferrovias.
“Temos de investir no transporte público de passageiros nas cidades, além de criar medidas
de eficiência dos motores e mudanças na composição de combustíveis. Usamos muito diesel
no transporte, muito pouco biodiesel. Deixamos de apostar nesse combustível em escala há
muito tempo, desde que descobrimos as grandes reservas do pré-sal. Parece que nossa
passagem para o primeiro mundo havia sido descoberto e isso é um grande engano.”
Carlos Ritti acrescentou que o aumento no consumo de gasolina e as políticas de incentivo à
compras de automó veis nos últimos anos também levaram o país na direção contrária ao
progresso. “O progresso só ocorre com menos carros nas ruas e mais transporte público de
qualidade.”
De acordo com o secretário, no setor industrial, siderurgia e a indústria de cimento são os
setores que mais emitem, mas que também podem ter ganhos de eficiência com alternativas
energéticas para reduzir emissões de gases de efeito estufa.
“Em todos os setores temos oportunidades, basta que haja vontade política e que
entendamos que mudanças climáticas são, de fato, uma agenda de desenvolvimento
vinculada à economia do país e à qualidade de vida de todo o cidadão”, concluiu Rittl.
Fonte: Agência Brasil | 30.11
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Governo do Mato Grosso prevê 6 milhões de hectares para manejo florestal
sustentável
Apesar de estimativas ousadas, o governador Pedro Taques acredita na visão
estratégica e na parceria entre o governo e setor privado para alcançá-las
DOCS - 1607466v1
Governador Pedro Taques (MT) com lideranças da área de meio ambiente
As áreas passiveis de manejos florestais sustentáveis em Mato Grosso deverão saltar de 2,8
milhões de hectares, para 6 milhões. A previsão faz parte do plano de metas do Estado para
a COP-21 e foram apresentadas pela Líder de pasta da Secretaria de Estado e Meio
Ambientes (Sema), Ana Luíza Peterlini, em reunião fechada no fim da última semana, no
palácio do Governo. Participaram do encontro o governador Pedro Taques, Centro das
Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e demais
integrantes da conjuntura público/privado.
Na ocasião, Peterlini ressaltou que Mato Grosso tem uma das maiores áreas territoriais do
país, e que conta com a parceria do setor de base florestal para tornar possível a elevação
das áreas de manejo florestal sustentável, para 6 milhões de hectares.
“Temos uma expansão territorial de 903 milhões de quilômetros quadrados, e somos o
Estado com maior uso de ocupação do solo chegando em 53% da Amazônia, 43% do Cerrado
e ainda 7% do Pantanal. Além disso, temos 60% do território mato-grossense preservado.
Com o apoio de todos, conseguiremos avançar nesse escopo e alcançá-lo até 2020”, destaca
a secretária.
Para a meta de redução do desmatamento em 100% até 2020, a aposta esta na integração
lavoura, pecuária, floresta, que pretende substituir 6 milhões de pastagens de baixa
produtividade em cultivo de alta produtividade. Ana Luíza comenta que esse desafio elevará o
cultivo de grãos, fortalecerá a pecuária e ainda valorizará o cultivo de florestas plantadas.
Segundo ela, esse processo ainda auxiliará na recuperação do solo e, com isso, novas áreas
deixarão de ser abertas, culminando, assim, na contribuição para reduzir o desmatamento
em Mato Grosso.
“Nosso Estado já alcançou 99% de redução de desmatamento e a Sema trabalha para
intensificar estes números, com o apoio do setor publico/privado, cumpriremos a meta de
eliminar o desmatamento e ainda levaremos crescimento para todos os seguimentos
envolvidos”, ressalta Peterlini.
DOCS - 1607466v1
Durante a apresentação, Pedro Taques enfatizou que apesar de Mato Grosso apresentar
estimativas ousadas, acredita na visão estratégica e na parceria entre o governo e setor
privado para alcançá-las. “Sabemos que sozinhos não conseguiremos chegar a lugar algum,
por isso conto com a parceria entre sindicatos, setores produtivos, entre outros. Para nós, as
alianças serão as chaves de alcance a cada objetivo imposto”, finaliza o governador.
COP-21
A Conferência das Partes, realizada pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima será realizada em Paris, entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro.
O encontro reunirá diversos países, e tem como principal objetivo reduzir os impactos
ambientais causados pelo mau uso dos recursos naturais.
Fonte: Painel Florestal | 30.11
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Brasil é o 1º a cumprir regras de proteção a florestas, diz ministra
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou nesta terça-feira que o Brasil é o
primeiro país do mundo a preencher todos os requisitos reconhecidos pela Convenção do
Clima para proteger as florestas.
A ministra deu a informação durante uma reunião plenária da Convenção do Clima (CoP-21),
em Paris, da qual participava o rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, sentado na primeira fila do
auditório.
“A Conferência do Clima vai adotar o REDD+, e o Brasil é o primeiro país que tem
reconhecimento global, validade internacional”, disse a ministra ao Valor.
O REDD+ é um conjunto de decisões que trata da remuneração por redução de emissões
provenientes de desmatamento nos países em desenvolvimento. Foi aprovado no chamado
Marco de Varsóvia, na CoP-19 realizada na Polônia.
Com isso, segundo Izabella Teixeira, o Brasil se habilita a captar mais recursos para proteger
a Amazônia. A ministra lembrou que o Brasil já está fazendo o Fundo Amazônia para
combater o desmatamento. A Noruega desembolsou US$ 1 bilhão desde 2008 e prometeu
para a segunda fase mais US$ 625 milhões. A Alemanha colocará 100 milhões de euros no
fundo.
O REDD+ ainda está em implementação. Para analistas, é fundamental que REDD+ seja
incorporado ao Acordo de Paris para assegurar apoio para esta opção de mitigação antes e
depois de 2020.
DOCS - 1607466v1
Fonte: Valor | 01.12
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Brasil recebe "selo" de proteção florestal
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, anunciou ontem que o Brasil é o
primeiro país do mundo a preencher todos os requisitos reconhecidos pela Convenção do
Clima para proteger as florestas.
A ministra deu a informação em uma reunião plenária da Convenção do Clima em Paris, da
qual participava o rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, sentado na primeira fila do auditório. "A
Conferência do Clima vai adotar o REDD+, e o Brasil é o primeiro país que tem
reconhecimento global, validade internacional" afirmou a ministra ao Valor pouco depois.
Com isso, o Brasil se habilita a captar mais recursos para proteger a Amazônia, adiantou a
ministra.
Ela lembrou que o Brasil já está fazendo o Fundo Amazônia para combater o desmatamento.
A Noruega desembolsou US$ 1 bilhão desde 2008 e prometeu para a segunda fase mais US$
625 milhões. A Alemanha colocará € 100 milhões no fundo.
O REDD+ é um conjunto de decisões que trata da remuneração por redução de emissões por
desmatamento nos países em desenvolvimento. Foi aprovado no chamado Marco de Varsóvia,
na CoP-19, realizada na Polônia. Esse mecanismo está ainda em implementação. Para
analistas, é fundamental que o REDD+ seja incorporado ao Acordo de Paris para assegurar
apoio para esta opção de mitigação antes e depois de 2020.
Fonte: Valor | 02.12
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Indústria defende responsabilidades históricas na negociação do acordo do clima
Em manifesto divulgado hoje (1), a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
(Firjan) destacou a importância da 21ª Conferência das Partes da Convenção das Nações
Unidas sobre Mudança do Clima (COP 21), que acontece até o próximo dia 11 em Paris.
Advertiu, porém, que, para que o novo acordo global atinja seus objetivos, é necessário que
DOCS - 1607466v1
a negociação das propostas apresentadas leve em conta responsabilidades históricas e
circunstâncias específicas de cada nação.
A expectativa é que o novo acordo mantenha o princípio das responsabilidades comuns e
diferenciadas, ressaltou o gerente geral de Meio Ambiente do Sistema Firjan, Luís Augusto
Azevedo. “Não podemos esquecer a participação histórica de cada país, nem os esforços que
os países fizeram até agora. Se colocamos em uma perspectiva dos últimos 20 anos, o Brasil
é o país que mais reduziu emissões”, acrescentou Azevedo, destacando ainda que o setor
industrial colaborou de forma importante para esse resultado.
O histórico de investimentos do Brasil em medidas de controle e energias renováveis e das
medidas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) adotadas pela indústria
devem ser referências na negociação de compromissos nacionais, indica o manifesto.
Luís Augusto Azevedo ressaltou que não só a indústria, mas todos os setores brasileiros,
esperam que a Conferência de Paris ratifique os compromissos que os países estão se
propondo a assumir: “O governo brasileiro fez um esforço muito grande de elencar ações
ambiciosas, desafiadoras, mas possíveis. O setor industrial participou dessa discussão e deu
sua contribuição. Então, se essa conferência assumir como compromissos, de fato, as
propostas que os países estão levando, já será um grande avanço”.
Outra expectativa da indústria nacional se refere aos mecanismos de mercado para
transações de carbono. Azevedo lembrou que o Brasil foi protagonista, durante muitos anos,
no antigo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo: “Acreditamos que se a conferência
conseguir definir mecanismos de mercado para compra e venda de permissões ou de créditos
de carbono, para nós será importante”.
Outro ponto destacado no manifesto diz respeito à definição de mecanismos para a
transferência de recursos financeiros dos países desenvolvidos, para ações de adaptação às
mudanças do clima em países em desenvolvimento. “A chamada economia de baixo carbono
tem de ser um objetivo mundial”, diz Azevedo O Brasil, segundo ele, tem tecnologias
importantes para caminhar na direção da economia de baixo carbono. Um exemplo, é o
programa de combustíveis renováveis, considerado referência em todo o mundo,
Azevedo Ressaltou a necessidade de o país ter capacidade de financiar ou compartilhar
tecnologias inovadoras que proporcionem à indústria brasileira permanecer com sua
competitividade: “É fundamental, para a indústria alcançar mais do que já alcançou e está se
comprometendo a alcançar e que tenha algum tipo de financiamento, de troca de tecnologia.
Isso é fundamental”.
Embora não faça parte da pauta da COP 21, o manifesto mostra preocupação com o
estabelecimento de metas ou limites de emissões por produto por países, de forma isolada,
fora do acordado na Convenção do Clima, porque isso criaria uma barreira não tarifária ao
comércio internacional: “Isso é uma ameaça que sempre está no ar quando se trata de
DOCS - 1607466v1
mudanças climáticas: é países unilateralmente determinarem restrições para o comércio
internacional, baseados em um pretenso perfil de emissões de carbono”.
Segundo Azevedo, os compromissos que devem ser considerados como nacionais devem ser
os que foram encaminhados pelos países. “E devemos tomar muito cuidado para não criar
barreiras não tarifárias ao comércio exterior”. Se um país se acha prejudicado por qualquer
tipo de benefício que outra nação pratica, o fórum adequado para tratar do assunto é a
Organização Mundial do Comércio, afirmou.
Fonte: Agência Brasil | 02.12
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Investidores pedem compromisso brasileiro contra desmatamento
Investidores querem do Brasil garantias de redução de desmatamento ilegal de florestas e
clareza de outras regras, para avançar na possibilidade de usar “green bonds”, títulos de
dívida com alguns atributos adicionais, exigindo que os recursos captados sejam aplicados em
projetos ambientalmente sustentáveis.
O mercado internacional de “green bonds” para projetos relacionados a mudanças climáticas
com custo de capital reduzido vem crescendo. Estima-se que este ano o total emitido alcance
US$ 100 bilhões, comparado a US$ 35 bilhões em 20014 e US$ 11 bilhões em 2011.
Considerando títulos que poderiam ser classificados como “green bonds”, mas oficialmente
não são, o valor estimado do mercado foi de US$ 500 bilhões em 2014.
Uma delegação brasileira, chefiada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reuniuse hoje em Paris com representantes de bancos de desenvolvimento (o alemão KfW, Banco
Mundial,
Banco
Interamericano
de
Desenvolvimento
e
BNDES),
representantes
de
organizações não governamentais ou especializadas (Climate Bonds Institute, Forest Trends,
World Resources Institute) e representantes de governos (Alemanha, Noruega e Reino
Unido).
Segundo a ministra, houve concordância de que o Brasil tem todas as condições de um
“mercado verde”, com foco particular para area florestal, energias renováveis e agricultura de
baixo carbono, além de viabilizar tambem INDC (Contribuição Nacionalmente Determinada
ou, em inglês, Intended Nationally Determined Contribution).
“Uma condição essencial foi o Brasil realmente entregar (o prometido) no combate ao
desmatamento. Oscilações nas taxas de desmatamento não é problema”, acrescentou, Para
ela, o problema está com os Estados na hora de separar o que é desmatamento legal ou
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ilegal. O governo federal vai financiar projetos para os governos estaduais efetuarem esse
monitoramento.
Izabella acrescentou que o Código florestal e o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que deve ser
concluido em maio, “foram considerados determinantes para a clareza e redução de risco do
investidor”.
A reunião tratou muito de “green bonds” para financiar também infraestrutura em projetos de
baixo carbono, para exportação de produtos agrícolas por ferrovias que não elevem as
emissões nem o desmatamento. As discussões vão prosseguir em fevereiro, no Brasil, com a
participação também do Ministério da Fazenda.
Em eventos na Embaixada do Brasil, o governo apresentou as metas de redução de emissões
para os setores de energia e agrícola. Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), Maurício Tolmasquim, o desafio brasileiro é implantar a meta nacional de corte de
emissões e, ao mesmo tempo, manter o crescimento econômico. “O país tem um enorme
potencial em termos de bioenergia e deve investir nisso”, afirmou.
As fontes renováveis correspondem, hoje, a 78% da geração de energia do Brasil, comparado
a 20,3% nos países desenvolvidos.
Conforme Tolmasquim, a necessidade de energia no Brasil vai aumentar duas vezes até
2030. Vai ter alta do consumo no Brasil, mas as emissões de brasileiros em termos per capita
continuarão baixas, com a taxa sendo duas vezes maior na Europa e China e até oito vezes
maior nos Estados Unidos.
A energia hídrica continua crescendo, mas perdeu 10 pontos percentuais nos últimos dez
anos e vai perder mais 10 pontos nos próximos dez anos. Esse espaço será ocupado por
energia solar, eólica, biomassa, segundo ele.
Richard Baron, assessor da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Economico
(OCDE), alertou que o custo da transição para a economia menos carbonizada será maior do
que se gostaria que fosse, em geral.
Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho Mundial de Energia Eólica, sugeriu ao Brasil
acabar com a exigência de conteúdo local na produção de equipamentos para o setor.
Tosmalquin deixou claro que essa política continuará. Ele argumentou que a energia eólica e
solar no Brasil são as mais baratas no mundo, mesmo com conteúdo local, e o que importa
para o consumidor é o preço final.
Já o representante da Embrapa disse mais tarde que o agronegócio brasileiro está reduzindo
as emissões, e que o setor é parte da solução.
Fonte: Valor | 03.12
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Empresas
Eldorado Brasil busca mecânicos de gruas em Água Clara
Os interessados devem se inscrever até sexta-feira, dia 11 de dezembro
Fábrica da Eldorado em Três Lagoas, município vizinho a Água Clara, no Mato Grosso do Sul
A Eldorado Brasil oferece oportunidade de trabalho em Água Clara, no Mato Grosso do Sul,
para mecânicos de gruas. Para participar da seleção é necessário conhecimento em mecânica
de motor a diesel, circuitos hidráulicos, eletroeletrônica (de gruas, máquinas amarelas,
colhedoras). Boa comunicação e relacionamento interpessoal e atitude de ‘dono’ são
características desejadas pela companhia.
Os interessados devem se inscrever até sexta-feira, dia 11 de dezembro, pelo site
www.vagas.com.br/eldoradobrasil. Mais informações pelo telefone (67) 3509 -0701 ou e-mail
[email protected].
Sobre Eldorado Brasil
A Eldorado Brasil, empresa do Grupo J&F, é uma das principais produtoras mundiais de
celulose branqueada de eucalipto, com matéria prima proveniente de florestas plantadas e
certificadas. Com dois anos de operação, já tem presença consolidada no mercado
internacional e ocupa lugar de destaque no setor, pela adoção de tecnologia de ponta e
inovação em toda a cadeia produtiva, o que garante resultados competitivos e sustentáveis.
Sua fábrica em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, tem capacidade nominal de produção de
celulose de 1,7 milhão de toneladas por ano.
Fonte: Painel Florestal | 27.11
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Fibria divulga Resumo do Plano de Manejo da Unidade Florestal
O manejo florestal das plantações de eucalipto da Fibria no estado de Mato Grosso
do Sul é certificado com base nos critérios do FSC®, código de licença (FSCC100704) e do Cerflor
A Fibria reforça sua presença em Três Lagoas (MS)
A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de
eucalipto, divulgou, na última quarta-feira, 25, o Resumo do Plano de Manejo da Florestal
Mato Grosso do Sul.
A publicação apresenta informações de como a empresa realiza o manejo florestal das
plantações de eucalipto, desde a produção de mudas, plantio, colheita, transporte de
madeira, monitoramentos ambientais em áreas de conservação e até empregos gerados.
Com o princípio de melhoria contínua em seus processos, a Fibria utiliza as melhores práticas
de manejo do setor, respeitando o meio ambiente com sua biodiversidade e contribuindo com
o desenvolvimento sustentável das comunidades vizinhas a sua área de atuação.
O manejo florestal das plantações de eucalipto da Fibria no estado de Mato Grosso do Sul é
certificado com base nos critérios do FSC®, código de licença (FSC-C100704) e do Cerflor.
Ambas as certificações asseguram que a madeira utilizada pela Fibria é oriunda de uma
floresta onde o manejo acontece de forma consciente e sustentável, socialmente benéfica,
economicamente viável e que cumpre todas as leis vigentes aplicáveis às atividades
florestais.
Serviço
O Resumo do Plano de Manejo da Florestal Mato Grosso do Sul pode ser acessado por meio
do site www.fibria.com.br em Mídia/Publicações ou em Negócios/Floresta/Manejo Florestal.
Em caso de dúvidas, a comunidade pode utilizar o canal Fale com a Fibria: 0800 642 8162.
Sobre a Fibria
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Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura
atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da
floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a
companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três
Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a
Stora Enso. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que
terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,75 milhão de toneladas de celulose por
ano. A previsão é que a nova fábrica comece a operação no quarto trimestre de 2017. A
companhia possui 967 mil hectares de florestas, sendo 563 mil hectares de florestas
plantadas e 343 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental. A celulose
produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países.
Fonte: Painel Florestal | 27.11
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Agregação de valor à celulose traz a Suzano ao mercado de tissue
Na última semana, a gigante da indústria de papel e celulose, Suzano Papel e
Celulose, anunciou sua entrada no segmento de papel Tissue
Unidade da Suzano em Mucuri (BA).
Segundo informações da Suzano, a entrada no mercado de tissue atende a um dos pilares
estratégicos da empresa, que é investir em negócios adjacentes que agreguem valor à
celulose.
Com duas unidades de produção de bobinas para a conversão em papel higiênico nas cidades
de Mucuri (BA) e Imperatriz (MA), com capacidade de 60 mil toneladas cada, a Suzano se
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propõe a ser o parceiro industrial de players desse segmento, fornecendo os jumbos que
serão convertidos no produto final, garantindo competitividade de custos e de logística.
Com esse projeto, a empresa também busca uma solução definitiva para a monetização dos
seus créditos de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) nesses
estados. Uma das maiores exportadoras terá agora atuação no mercado interno (vendas das
bobinas) para deduzir os créditos gerados no embarque de celulose.
Neste momento, a Suzano vai apenas fornecer as bobinas. Porém, o investimento aprovado
também contempla a possibilidade de, no futuro, a empresa atuar na conversão do produto.
Em relação aos fornecedores de equipamentos, a Suzano ainda não definiu, assim como
também não há planos para produção de Tissue no sudeste do país.
O início das operações das novas unidades está estimado para o 3º trimestre de 2017, em
Imperatriz, e no 4º trimestre de 2017, em Mucuri. O valor do investimento é de R$ 425
milhões.
Fonte: Painel Florestal | 30.11
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Klabin diz que investimento previsto para 2016 é de R$2,5 bi
A Klabin prevê investimentos de 2,5 bilhões de reais para 2016, dos quais 1,8 bilhão de reais
dedicados à conclusão final do Projeto Puma, sua fábrica de celulose no Paraná, que deve
ficar pronto em cerca de 100 dias, afirmaram executivos nesta terça-feira.
A companhia estimou que, após o início do projeto, a participação das exportações vai de 34
para 47 por cento no volume de vendas e de 31 para 43 por cento na receita. O presidente
da Klabin, Fabio Schvartsman, disse que as exportações já deram um salto relevante no
quarto trimestre. "Temos conseguido compensar a fraqueza da economia doméstica", disse
em reunião com analistas e investidores.
Fonte: DCI | 01.12
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Eldorado Brasil prioriza tecnologia na eficiência das florestas
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Iniciativas da empresa garantem aumento de produtividade e competitividade, com
otimização de recursos
Germano Vieira, diretor florestal da Eldorado Brasil
Eficiência operacional e investimento em inovação são dois dos principais fatores que levaram
a Eldorado Brasil a um lugar de destaque no cenário global de celulose. Em menos de três
anos, a empresa atingiu um desempenho excepcional na área Florestal, garantindo o
fornecimento de madeira para produção de 1,7 milhão de toneladas por ano – só nos
primeiros nove meses do ano foram colhidos mais de 4,2 milhões de m³ de eucalipto para
atender à demanda.
A aposta da companhia é otimizar o uso de recursos para redução de custos. Em processo de
diminuição da distância média de suas florestas até a unidade industrial em Três Lagoas
(MS), recentemente a Eldorado encerrou suas atividades de colheita de eucalipto em São
Paulo, o que garantiu uma economia de R$ 3 milhões ao mês só em pedágio e a otimização
de sua estrutura florestal. Atualmente são mais de 200 mil hectares plantados.
“As iniciativas da área impactam positivamente nossos resultados e demonstram nosso
pioneirismo em relação ao mercado. No campo, estamos sempre em busca de inovações com
adoção das melhores tecnologias disponíveis no mercado, além do desenvolvimento interno”,
afirma Germano Vieira, diretor Florestal da companhia.
Para garantir sua competitividade, a Eldorado também aposta na mecanização de todo o
processo florestal, desde a preparação do solo e do plantio até a colheita. Atualmente a
companhia tem 85% de seus processos feitos por máquinas, enquanto a média do setor é de
42%, de acordo com o Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). Além de gerar
economia financeira e garantir aumento de produtividade por hectare plantado, a iniciativa
também beneficia trabalhadores, que são menos expostos a riscos e mais especializados.
Muitas das tecnologias adotadas pela área Florestal foram desenvolvidas dentro da Eldorado
para solucionar os mais variados tipos de problema. Para o transporte de mudas do viveiro
até as frentes de plantio, a área de Desenvolvimento Operacional e Projetos Florestais criou
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um sistema simples e eficiente, substituindo as caixas tradicionalmente utilizadas por
módulos de prateleiras, praticamente dobrando o número de plantas por viagem.
Outro exemplo é o uso de tablets na gestão florestal. Por meio de um aplicativo, é possível
acessar remotamente e de forma integrada informações estratégicas sobre as áreas
plantadas,
substituindo
mapas
e
outros
documentos
impressos.
Entre
os
detalhes
disponibilizados pela solução estão dados coletados pelos drones (ou Vants – veículos aéreos
não tripulados) da empresa e os gerados pelo programa de inteligência artificial (ambas
iniciativas em que a Eldorado também foi pioneira na aplicação em florestas), além da lista
das operações já realizadas em determinado talhão, cuja localização exata é fornecida por
meio do GPS. Tudo fica disponível em modo off-line, possibilitando consulta e navegabilidade
nos dados mesmo sem conexão.
A Eldorado também tem atividades focadas no melhoramento genético de eucalipto visando à
qualidade da madeira para atender a demanda da fábrica de celulose, pesquisando
principalmente melhoramento genético, solos e nutrição, o monitoramento de pragas e
doenças e qualidade da madeira.
Sobre Eldorado Brasil
A Eldorado Brasil, empresa do Grupo J&F, é uma das principais produtoras mundiais de
celulose branqueada de eucalipto, com matéria prima proveniente de florestas plantadas e
certificadas. Com dois anos de operação, já tem presença consolidada no mercado
internacional e ocupa lugar de destaque no setor, pela adoção de tecnologia de ponta e
inovação em toda a cadeia produtiva, o que garante resultados competitivos e sustentáveis.
Sua fábrica em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, tem capacidade nominal de produção de
celulose de 1,7 milhão de toneladas por ano.
Fonte: Painel Florestal | 01.12
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Fibria: Dividendos de R$ 2 bilhões serão pagos no dia 9
Os acionistas da Fibria aprovaram em assembleia realizada hoje o pagamento de dividendos
intermediários de R$ 2 bilhões — equivalentes a R$ 3,62 por ação. Os proventos da Fibria
foram aprovados pelo conselho de administração da companhia em reunião ocorrida em
outubro.
Terão direito aos dividendos os acionistas da empresa até o pregão desta segunda-feira. A
partir de amanhã, as ações são negociadas ex-dividendos.
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Esta é a maior distribuição de proventos desde a constituição, em 2009, da maior produtora
mundial de celulose de eucalipto Neste ano, a Fibria já havia distribuído R$ 149 milhões aos
acionistas, relativos aos resultados do ano passado.
Fonte: Valor | 01.12
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Klabin avalia construção de duas máquinas
O início da operação da primeira fábrica de celulose da Klabin, em março de 2016, deve
dobrar a geração de caixa e elevar sua receita com exportações, afirmaram executivos
ontem, o que também vai permitir a construção de duas novas máquinas de papel.
Em reunião com investidores e analistas, a Klabin previu investimentos de R$ 2,5 bilhões
para 2016, dos quais R$ 1,8 bilhão será dedicado à conclusão do Projeto Puma, no Paraná. O
valor é inferior aos R$ 4,8 bilhões que devem ser investidos em 2015 por conta da fábrica de
celulose.
A companhia estimou que, após o início do projeto, a fatia das exportações subirá de 34%
para 47% no volume de vendas e de 31% 43% na receita. Assim, o presidente da empresa,
Fabio Schvartsman, prevê queda acelerada do endividamento no ano que vem.
A fábrica terá capacidade de produzir 1,1 milhão de toneladas de celulose de fibra curta e 400
mil toneladas de fibra longa ao ano. Devido à curva de aprendizado, em 2016 devem ser
produzidas 850 mil toneladas, na proporção de dois terços de fibra curta e um terço de fibra
longa.
Com a nova produção de celulose, a empresa disse que já teve autorização do Conselho de
Administração para começar estudos de engenharia para uma nova máquina de papel, a
máquina 10, voltada para a exportação de papelcartão a partir de 2018. "Sobre a segunda, a
máquina 11, ainda não está certo se seria de cartões ou outro tipo de papel. Vai depender do
sucesso da máquina 10", disse o executivo.
Segundo ele, apesar da intenção de integrar a produção de celulose com a de papel, a
companhia sempre será vendedora de celulose. "A quantidade produzida é tão grande que,
por maior que seja a vontade de integrar com papel, será impossível em um horizonte
previsível consumir toda a celulose." Ele ressaltou que a China tem acelerado a demanda pela
commodity.
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Fonte: DCI | 02.12
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Exportação deve sustentar ritmo de expansão da Fibria
A Fibria prevê que a demanda global de celulose vá se manter firme em 2016 e aposta em
ritmo de expansão no mínimo igual ao verificado neste ano, sustentado por compras maiores
nos três mercados mundiais de referência - Europa, América do Norte e Ásia - e puxado
principalmente pela celulose de eucalipto, uma especialidade dos produtores brasileiros.
"De um ponto de vista conservador, o mercado deve crescer o mesmo que em 2015", disse
ao Valor o diretor comercial e de logística internacional da companhia, Henri Phillipe Van
Keer. Em linhas gerais, o mercado mundial da matéria-prima tem crescido entre 1 milhão e
1,5 milhão de toneladas a cada um ano e meio, o que permitiu que uma série de novas
fábricas entrasse em operação nos três últimos anos sem impacto significativo nos preços da
commodity.
Só na China, neste ano, a taxa de crescimento em celulose de eucalipto chegou a 19%,
sustentada pelo aumento do consumo interno. Na Europa, a recuperação da demanda pela
matéria-prima permitiu a aplicação, sem dificuldade, dos quatro aumentos de preço
anunciados. Nos Estados Unidos, a retomada da economia tem sustentado vendas superiores
de celulose desde o início do ano.
O consumo crescente de fibra curta, dólar valorizado frente ao real e maior disponibilidade de
celulose para venda, após acordo comercial celebrado com a Klabin que entra em vigor em
2016, devem garantir à Fibria mais um ano de forte desempenho operacional.
A combinação desses fatores, na avaliação de analistas, deve resultar em nova rodada de
forte geração de fluxo de caixa livre, com efeito positivo também na alavancagem financeira
em 2016. Ao fim do terceiro trimestre, a dívida líquida da empresa correspondia a 1,58 vez o
resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) em dólar, ou 2,07
vezes em real. E, a despeito do início dos desembolsos mais pesados relativos à expansão da
fábrica de Três Lagoas (MS), a expectativa dos analistas é a de que a alavancagem fique
abaixo de 2 vezes.
Em 2015, o melhor ano da companhia desde sua constituição em 2009, a Fibria deu o
pontapé em seu plano de expansão, anunciou dividendos extraordinários de R$ 2 bilhões,
garantiu retorno total ao acionista de 105% e seguiu com fôlego para avaliar novas
oportunidades de negócio e uma eventual consolidação da indústria de celulose no país.
Para o próximo ano, a expectativa é a de manutenção desse cenário de eventos combinados e não excludentes -, apesar da volatilidade do câmbio. "A geração de fluxo de caixa livre tem
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de ser maior do que a amortização de dívida", resumiu o diretor Financeiro e de Relações
com Investidores Guilherme Cavalcanti, referindo-se à estratégia financeira implementada.
Com toda sua receita atrelada ao dólar, a Fibria tem 82% de seus custos expressos em reais
e já tem adotado medidas para reduzir o efeito do real desvalorizado.
Um dos pontos de atenção da companhia ao longo do próximo ano será justamente a linha de
custos, que ainda será impactada pelo maior volume de madeira comprada de terceiros. De
acordo com o presidente da Fibria, Marcelo Castelli, o efeito negativo dessas compras vai
começar a cair em 2017. "O custo estrutural da Fibria não é esse [o atual]", afirmou o
executivo.
Hoje, a companhia compra de terceiros entre 35% e 38% da madeira que utiliza, o que
encarece a produção da fibra. Em 2017, essa participação deve recuar a algo entre 15% e
20%. No terceiro trimestre, o custo caixa de produção de celulose, que mede o desembolso
efetivo do produtor para produzir uma tonelada da matéria-prima, foi de R$ 659, com alta de
13% frente ao segundo trimestre. Conforme Castelli, a valorização do dólar explica parte
desse aumento e a companhia se prepara para lançar uma série de medidas de eficiência que
poderá mitigar esse efeito.
Conforme Castelli, a consolidação da indústria de celulose segue no radar da companhia, que
está preparada para uma potencial nova rodada de fusão ou aquisição. "A consolidação é
saudável, mas depende do desejo dos acionistas", ponderou o executivo, acrescentando que
o investimento de R$ 8,7 bilhões na expansão da fábrica de Três Lagoas não atrapalha
eventuais planos nesse sentido. "Hoje a Fibria pode pagar dividendo, investir em expansão e
está preparada para a consolidação", reiterou.
Fonte: Valor | 02.12
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Klabin reduz investimento para R$ 2,5 bilhões no próximo ano
A Klabin, maior produtora brasileira de papéis para embalagens, projeta investir R$ 2,545
bilhões em 2016, montante 47,3% menor do que os R$ 4,828 bilhões que devem ser
desembolsados pela empresa neste ano.
Do total, R$ 1,883 bilhão será destinado à conclusão das obras do Projeto Puma, nova fábrica
de celulose da companhia em Ortigueira, no Paraná, com capacidade de produção de 1,5
milhão de toneladas. Do volume total, 1,1 milhão de toneladas correspondem à celulose de
eucalipto de fibra curta e 400 mil toneladas, fibra longa. Outros investimentos previstos para
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o próximo ano são R$ 567 milhões em manutenção recorrente e R$ 95 milhões em projetos
especiais e expansões menores.
Em evento com acionistas ontem, o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, reafirmou
que o foco da companhia no momento é a conclusão do Projeto Puma. O cronograma das
obras, segundo ele, segue dentro do prazo, com previsão de início no primeiro trimestre de
2016. No primeiro ano em atividade, o Puma deve produzir 850 mil toneladas de celulose.
"Em março, começa a operação de fibra curta e, depois, a fibra longa, porque é importante
estabilizar a primeira linha para evitar interferências. A partir do início de abril, as duas linhas
devem funcionar plenamente. Vamos passar alguns meses ajustando as fábricas e
equipamentos até estabilizar a produção e, a partir daí, fazê-la crescer continuamente",
afirmou.
O executivo também afirmou que, iniciadas as operações na nova unidade do Paraná, a
companhia poderá pensar em outras estratégias de crescimento orgânico. Entre as opções
estão duas novas máquinas de papel cartão, mas que só sairão do papel se ficar comprovado
que há geração de valor ao acionista.
Uma da novas máquinas, a máquina 10 de papel cartão, teria sua produção destinada às
exportações, como já ocorre com boa parte da produção de papel da empresa para contornar
a baixa demanda doméstica. Isso aconteceria porque a Klabin já conta com uma capacidade
instalada suficiente para atender o mercado interno, que continua fraco. Segundo
Schvartsman, a máquina 10 tem uma estimativa inicial de capacidade de 500 mil toneladas
de papel cartão, com provável início das operações em 2018. O projeto de pré-engenharia
para a nova máquina já foi contratado por autorização do conselho de administração da
Klabin, mas orçamentos e cronograma de obras definitivos só devem ocorrer após a
conclusão do Puma. Para a segunda máquina, de número 11, ainda não há estimativas.
"Teremos um crescimento orgânico forte ao longo dos próximos anos, independentemente do
que aconteça com a economia doméstica brasileira. Não vamos crescer se a economia estiver
de um jeito ou de outro ou com o câmbio de um jeito ou de outro. Temos a prerrogativa de
trabalhar o crescimento em qualquer conjuntura", afirmou Schvartsman.
A companhia espera ainda que, com o início do Puma, a participação das exportações no
volume de vendas suba dos atuais 34% para 47%, enquanto a fatia das exportações na
receita de vendas deve ir de 31% para 43%. A estimativa inclui as exportações de celulose
de fibra curta, longa e fluff. A nova unidade também deve dobrar a geração de resultados da
empresa, enquanto a redução do endividamento virá naturalmente, com geração de caixa.
"Prevemos um mercado de celulose bastante firme nos próximos anos, pressionado, porém
firme. Vejo uma pressão sobre preços, mas sem consequências", disse o diretor-geral,
acrescentando que o mercado de destaque ainda tem sido a China.
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Fonte: Valor | 02.12
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Biorrefinaria pode ser construída em São Paulo
A biorrefinaria que a Fibria pretender erguer no Brasil em sociedade com a empresa
americana de biotecnologia Ensyn Corporation poderá ficar em Jacareí (SP) e não em Aracruz
(ES), conforme inicialmente estudado, disse ao Valor o presidente da produtora de celulose,
Marcelo Castelli.
O projeto, que vem sendo desenhado há dois anos, exigirá investimentos de R$ 450 milhões,
divididos igualmente entre a empresa americana, dona de uma tecnologia de produção de
óleo combustível a partir de biomassa, e a companhia brasileira, que tem fábricas nos dois
municípios candidatos ao empreendimento. O projeto deve ser levado à avaliação do
conselho de administração da Fibria no início do ano que vem.
De acordo com o diretor de Estratégia e Novos Negócios da Fibria, Vinícius Nonino, a
possibilidade de transferir o investimento para Jacareí decorre do fato de toda a produção de
bio-óleo da unidade ter como destino o mercado americano e de o município paulista estar
mais próximo do Porto do Santos, que seria usado para escoamento do produto renovável.
"Vamos exportar 100% do bio-óleo para os Estados Unidos, para utilização na geração de
energia e aquecimento", explicou. Além disso, o produto poderá ser co-processado com
petróleo pesado, resultando em diesel e gasolina. Testes para obtenção dos combustíveis
com a substituição de até 5% do petróleo pelo óleo renovável já foram realizados com êxito
em uma refinaria da Petrobras no país.
Fonte: Valor | 02.12
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Fibria quer criar gigante regional de celulose
Empresa vê oportunidades de fusões e aquisições no Brasil e em outros países da
América do Sul
A Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, vê oportunidades de fusões e
aquisições no Brasil e em outros países da América do Sul, de forma a criar uma gigante
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regional do segmento, disse o presidente da empresa, Marcelo Castelli, a investidores na
Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), durante o Fibria Day.
Presidente da Fibria ressaltou a intenção da empresa de crescer em outros áreas, como
biocombustíveis
Por meio de crescimento orgânico e consolidação do setor, Castelli diz que a Fibria poderia
alcançar uma participação de 20% do mercado mundial de celulose de eucalipto, mais que o
dobro do que tem atualmente. "Nossas aspiração é aumentar a presença no mercado.
Fizemos cálculos e se pudermos crescer de forma disciplinada e consolidada para atingir
20%, isso seria uma companhia poderosa", afirmou.
O presidente da empresa ressaltou ainda a intenção da Fibria de crescer em outros áreas,
como biocombustíveis. O objetivo é que, em 2025, a companhia tenha 20% da receita líquida
vindo de novos negócios.
A produtora de celulose prevê investir R$ 2,05 bilhões em 2016, alta de 16,2% ante a
projeção para 2015. O valor não inclui a expansão da fábrica de celulose de Três Lagoas, no
Mato Grosso do Sul.
Batizado de Horizonte 2, o projeto terá investimento total estimado em R$ 8,7 bilhões, ou
US$ 2,2 bilhões. Cerca de 60% desse montante será desembolsado no ano que vem.
Fonte: Estadão | 03.12
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Fibria aumenta em 16% previsão de investimentos
A Fibria, maior produtora mundial de celulose de eucalipto, planeja investir R$ 2,05 bilhões
em 2016, 16% acima dos desembolsos executados neste ano.
Em dólar, porém, os aportes previstos para o próximo ano devem totalizar US$ 516 milhões,
frente a US$ 584 milhões em 2015. Os investimentos estimados para 2016, conforme a
companhia, não incluem valores relativos à expansão da fábrica de Três Lagoas (MS), que vai
receber R$ 8,7 bilhões nos próximos anos. E o projeto, reiterou o presidente da companhia,
Marcelo Castelli, não inviabiliza a participação da Fibria em eventuais movimentos de
consolidação da indústria.
Em apresentação durante o "Fibria Day", o executivo disse que uma nova rodada de
consolidação entre produtores de celulose poderia resultar na constituição de uma grande
fabricante na América do Sul, com participação no mercado de celulose de eucalipto de até
20%, mais do que o dobro da fatia detida atualmente pela companhia. Com essa
musculatura, a "nova" empresa teria melhores condições para formar preços globalmente,
por exemplo.
Questionado sobre potenciais alvos da companhia em um possível lance de fusão ou
aquisição, Castelli destacou que a ação mais racional seria a de formação de um grande
"player" regional. "A consolidação em outras regiões depende da existência de ativos. E não
temos muitos ativos ao redor do mundo", afirmou. No Brasil, acrescentou, a situação
econômica atual é favorável aos exportadores e a maior parte das companhias que produzem
celulose é controlada por famílias que há muitos anos estão nesse mercado. "A consolidação
é uma questão de tempo. A pressão [econômica] é um gatilho, mas não vemos essa pressão
no curto prazo", disse.
Ao iniciar sua apresentação na Bolsa de Nova York, o presidente comemorou a nova fase da
empresa, que deixou para trás uma história de contenção de gastos e endividamento caro e
elevado e, agora, coloca em marcha um novo ciclo de crescimento. "Fizemos a lição de casa e
agora estamos voando alto para a nova fase da Fibria." No passado, reiterou o executivo, a
companhia não tinha condições de fazer múltiplas escolhas como atualmente: além de
investir em expansão, teve caixa suficiente para pagar um dividendo bilionário e permanece
apta, financeiramente, a participar da consolidação do setor. "Nós preferimos isso, mas
também estamos crescendo organicamente", ponderou.
A Fibria anunciou recentemente que vai investir R$ 8,7 bilhões para ampliar a fábrica de Três
Lagoas, o que elevará de 5,3 milhões de toneladas por ano para mais de 7 milhões de
toneladas/ano a capacidade instalada total da companhia. Cerca de 30% do valor do projeto
será custeado pelo caixa da empresa e o custo médio da parcela financiada será de 2% ao
ano.
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Conforme Castelli, o projeto está dentro do prazo previsto e abaixo do orçamento
originalmente estimado. "Preferimos crescer com consolidação, mas essa agenda é dos
acionistas", acrescentou.
Em relação aos investimentos para 2016, o diretor de Finanças e Relações com Investidores
da Fibria, Guilherme Cavalcanti, explicou que o aumento nos desembolsos deve-se sobretudo
ao maior volume de compra de madeira de terceiros, que se reflete nessa conta. O pico de
consumo de madeira de terceiros será alcançado pela companhia em 2016, com retorno aos
níveis de 2012 no fim de 2017.
Fonte: Valor | 03.12
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CMPC atinge 90% da capacidade
A Celulose Riograndense, controlada pela chilena CMPC, vai encerrar o ano operando com
100% da capacidade da fábrica de Guaíba (RS), que em maio foi ampliada de 450 mil para
1,8 milhão de toneladas anuais. No acumulado de 2015, o volume chegará a 1 milhão de
toneladas, disse o presidente da empresa, Walter Lídio Nunes.
Neste início de dezembro o nível de utilização da capacidade está em cerca de 90% e para o
ano que vem, conforme o executivo, a previsão é produzir 1,8 milhão de toneladas e faturar
US$ 1,3 bilhão, pouco mais do que o dobro dos US$ 600 milhões projetados para 2015. A
expansão da fábrica exigiu investimentos de US$ 2,2 bilhões.
Nunes também acredita na estabilidade das cotações da celulose em 2016, mesmo com a
entrada de novas linhas de empresas como a Klabin, em função da demanda crescente nos
mercados europeu, americano e asiático. "Os preços podem oscilar um pouco para mais ou
para menos, mas não vejo um cenário de ruptura", afirmou.
Segundo o presidente, a companhia fará novos investimentos no ano que vem na integração
e melhoria da eficiência das duas unidades industriais da fábrica em Guaíba, além de projetos
ambientais e de ampliação da geração própria de energia. Obras de "desgargalamento" para
expansão da capacidade nominal levarão pelo menos dois anos.
O executivo não informou quanto a Riograndense vai investir no ano que vem, mas garantiu
que "não será pouco". Um dos projetos, a instalação de um terminal de uso privado no porto
fluvial de Pelotas, no sul do Estado, exigirá aportes de R$ 20 milhões e deverá ser concluído
no terceiro trimestre.
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Dos cerca de 140 mil hectares de florestas de eucalipto plantadas pela empresa, 40 mil estão
na região de Pelotas.
Conforme Nunes, de lá será transportada, por hidrovia, 20% da madeira usada pela fábrica,
com um custo 30% menor do que pelo modal rodoviário. A empresa prevê embarcar 1,2
milhão de toneladas da matéria-prima por ano no porto pelotense.
Fonte: Valor | 03.12
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Ence para produção na Espanha
A espanhola Ence suspendeu temporariamente a produção de celulose de eucalipto na fábrica
de Navia, na Espanha, em 30 de novembro, após uma falha na seção de branqueamento da
fibra, segundo comunicado emitido ontem pela companhia. A unidade fabril tem capacidade
de produção de 520 mil toneladas por ano de celulose e a paralisação inesperada vai reduzir
a disponibilidade de estoques, embora medidas "já tenham sido tomadas para evitar rupturas
na cadeia de suprimento". Conforme a Ence, ações adicionais de manutenção serão tomadas
durante esse período de parada inesperada.
Questionado sobre o efeito da notícia no mercado global, o diretor comercial e de logística
internacional da Fibria, Henri Phillippe Van Keer, afirmou que a parada pode amenizar a
pressão por redução nos preços da celulose de eucalipto, sobretudo na China. Os
compradores chineses, disse, estão colocando "muita pressão" para redução das cotações,
valendo-se do fato de que alguns produtores aceitaram conceder mais descontos para
garantir a colocação de sua celulose no mercado asiático.
A Fibria manteve os valores praticados naquele mercado e optou por reduzir os volumes
vendidos ao mercado chinês para não ter de abrir mão de preço. "A Fibria nunca estará fora
do mercado, mas reduziu os volumes exportados para a China porque não concorda com essa
posição de redução de preços, embora tenha sido um pouco flexível com alguns clientes",
disse. A resistência dos chineses teve reflexos nas negociações de preço na Europa,
dificultando a aplicação do último reajuste.
O fechamento da fábrica da Ence, disse o executivo, reforça a percepção de que a posição
dos chineses "não é sustentável", uma vez que os estoques da matéria-prima estão em níveis
baixos e haverá redução na disponibilidade de celulose de mercado. O executivo afirmou que
o otimismo em relação ao mercado global de celulose em 2016 deve-se à expectativa de que
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a demanda adicional vai superar o volume de matéria-prima proveniente de novas fábricas, o
que não ocorria há alguns anos.
Fonte: Valor | 03.12
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Executivo
Comissão é criada para reduzir gazes do efeito estufa
A presidente Dilma Rousseff editou decreto que institui a Comissão Nacional para Redução
das Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes do Desmatamento e da Degradação
Florestal, Conservação dos Estoques de Carbono Florestal, Manejo Sustentável de Florestas e
Aumento de Estoques de Carbono Florestal (REDD+). O Decreto 8.576 está publicado na
edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 27.
Segundo o texto, a comissão será responsável por coordenar, acompanhar e monitorar a
implementação da Estratégia Nacional para REDD+ e por coordenar a elaboração dos
requisitos para o acesso a pagamentos por resultados de políticas e ações de REDD+ no
Brasil, reconhecidos pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Um ato da ministra do Meio Ambiente deverá estabelecer a estratégia. A comissão será
composta por um representante titular e um suplente dos seguintes órgãos: Ministério do
Meio Ambiente, que a presidirá; Casa Civil; Ministério das Relações Exteriores; Ministério da
Fazenda; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação; Ministério do Desenvolvimento Agrário; e Secretaria de Governo da
Presidência da República.
Fonte: Exame | 27.11
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Governo estabelece meta pelo clima
Recuperação de pastagens degradadas faz parte da colaboração do Brasil na
redução de emissões de carbono, diz presidente Dilma na abertura da COP21
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Em vista de uma possível elevação na temperatura média global em 2 ºC até o final do
século, as principais nações estão reunidas em Paris, na França, para debaterem ações de
mitigação nas emissões de carbono. O Brasil se comprometeu em reduzir 43% dos gases do
efeito estufa entre 2005 e 2030 e a melhoria na agropecuária é uma das medidas.
Durante a abertura da 21ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
(COP21), ontem (30), a presidente Dilma Rousseff defendeu a criação de um acordo entre os
países. Sobre o Brasil, ela destacou em seu discurso que "ao longo da última década, as
taxas de desmatamento na Amazônia caíram cerca de 80%", visto que a questão da
derrubada das florestas é uma das principais causas do efeito estufa, ao lado da queima de
combustíveis fósseis.
Até 2030 o objetivo é atingir o desmatamento ilegal zero no País. Entretanto, a área
desmatada chegou a cerca de 5,8 mil quilômetros quadrados em 2014, equivalente ao
tamanho de Brasília (DF).
Para a engenheira agrônoma e coordenadora da Iniciativa de Clima e Agricultura do Instituto
de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Marina Piatto, fica claro o avanço da
fronteira agrícola, que estava no cerrado, em direção aos estados do Norte, invadindo a
Amazônia. "Estados como Rondônia, Pará, Amazonas, que não apareciam como emissores
deste setor na última década, ganham importância. Existem várias fazendas que já estão
usando as práticas de baixas emissões recomendadas, mas o problema é que ainda são
poucas, ainda não ganhou a escala que seria desejável, mas já existe um movimento, já está
acontecendo", explica a especialista.
Medidas
"Nosso desafio é restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas e outros 15
milhões de hectares de pastagens degradadas", declarou a presidente, após citar o programa
Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) entre as medidas já implementadas, além da
ampliação no uso das energias renováveis.
Segundo Marina, outro ponto importante é a utilização de práticas agrícolas como integrar a
floresta, a lavoura e a pecuária, diminuir o uso dos fertilizantes com nitrogênio, a ampliação
do sistema de plantio direto na palha e a intensificação moderada da pecuária de corte - pois
parte dos cases são emitidos pelos bois.
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) apoiou a criação da Coalizão Brasil Clima,
Florestas e Agricultura, oficializada na última terça-feira (24), cujo objetivo é propor políticas
públicas,
ações
e
mecanismos
financeiro/
econômicos
para
estimular
a
agricultura
competitiva e de baixo carbono, incluindo pecuária e florestas plantadas.
Fonte: DCI | 01.12
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Imobiliário
Minuta de MP autoriza empreendimentos de infraestrutura em terras indígenas
O
governo
já
tem
em
mãos
uma
medida
provisória
que
autoriza
o
avanço
de
empreendimentos de infraestrutura em terras indígenas. A minuta de MP prevê uma nova
compensação financeira aos índios pelo uso de suas terras homologadas.
Lideranças da área ambiental rechaçam a iniciativa. O texto também enfrenta forte oposição
da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A compensação equivalerá a 2% sobre o valor das áreas, conforme uma fórmula que
considera o preço estimado da terra definido pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra), multiplicado pelo metro quadrado afetado pela obra. No caso de
usinas hidrelétricas, existe ainda a previsão de que os índios terão 0,6% de participação nos
resultados dos projetos, independentemente de outras compensações vinculadas ao processo
de licenciamento ambiental.
Pela minuta da MP, seria criado um Fundo de Apoio aos Povos Indígenas (Fapi), que receberia
os recursos provenientes das novas compensações financeiras. Esse fundo ficaria responsável
pela distribuição das quantias às comunidades afetadas e seria gerenciado por um comitê
formado por representantes da Caixa Econômica Federal e dos ministérios da Fazenda,
Planejamento e Justiça.
Na avaliação de organizações ambientais, o texto é uma forma de abrir caminho para a
construção da hidrelétrica do Tapajós, no Pará. Também permitiria a instalação de novas
barragens no rio Xingu, onde já está sendo erguida a usina de Belo Monte. Os ambientalistas
prometeram agir contra a medida provisória e deverão denunciá-la na CoP-21, conferência do
clima que ocorre em Paris.
Fonte: Valor | 03.12
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Internacional
COP21: países vulneráveis a alterações climáticas se aliam para negociações
DOCS - 1607466v1
Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe fazem parte dos 43 países do mundo mais
vulneráveis às alterações climáticas e unidos em uma aliança de "pressão e negociações",
disse o especialista guineense sobre clima Viriato Cassamá.
Os três países lusófonos fazem parte da aliança dos Pequenos Estados Insulares em
Desenvolvimento, que representam 28% dos países em desenvolvimento, um quinto do total
de membros da ONU e 5% da população mundial.
Em comum, eles têm também o fato de serem todos "altamente vulneráveis às alterações do
clima", como toda a África, assinalou Cassamá.
O continente sofre devido à "fraca capacidade técnica e financeira para enfrentar os efeitos
devastadores das alterações climáticas", notou o especialista guineense que já está em Paris
para participar da conferência da Organização das Nações Unidas sobre alterações climáticas
(COP21) como assessor do secretário de Estado do Ambiente de Guiné, Seco Cassamá.
Os três países de língua portuguesa estarão do mesmo lado nas negociações, que começam
na segunda-feira (30), com o objetivo de levar os países poluentes a assumirem um
compromisso com metas para a redução de emissões de gases de efeito estufa.
Coordenador de projetos ligados à agricultura, recursos hídricos e mudanças climáticas na
Guiné-Bissau, Viriato Cassamá diz que falta conhecimento a estes países sobre as causas e
consequências dos fenômenos climáticos.
"É preciso fazer um estudo mais aprofundado das vulnerabilidades. É preciso usar modelos
matemáticos, porque grande parte das comunicações que se fazem na África são sobre aquilo
que se vê, os depoimentos históricos. Mas é preciso, na verdade, usar a ciência", defendeu.
A COP21, que ocorrerá entre 30 de novembro e 11 de dezembro, vai reunir em Paris pelo
menos 147 chefes de Estado e de Governo, entre os representantes de 195 países, que
tentarão alcançar um acordo vinculativo sobre a redução de emissões de gases com efeito de
estufa que permita limitar o aquecimento da temperatura média global da atmosfera a 2
graus centígrados acima dos valores registrados antes da revolução industrial.
Fonte: Agência Brasil | 27.11
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COP21 começa hoje com o desafio de chegar a novo acordo climático global
De hoje (30) a 11 de dezembro, representantes de 195 países e da União Europeia se
reúnem, em Paris, para a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança
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do Clima (COP21). O objetivo é chegar a um acordo que reduza a emissão de gases de efeito
estufa que causam o aquecimento global. O Acordo de Paris deve entrar em vigor em 2020,
em substituição ao Protocolo de Quioto, que prevê a redução de emissões de gases poluentes
apenas para países desenvolvidos.
Na avaliação de especialistas, a postura dos principais países emissores de gases de efeito
estufa tem mudado nos últimos anos passando de uma atitude defensiva para um maior
engajamento nas negociações climáticas na busca de soluções para o aquecimento global.
“Essa posição defensiva que bloqueava avanços foi vencida”, disse o coordenador do Sistema
de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, Tasso
Azevedo.
Segundo ele, o posicionamento histórico da China, Índia e dos Estados Unidos era mais
conservador alinhado a um discurso de que não podiam desacelerar o crescimento
econômico. “Todos têm expressado sua preocupação [com a questão climática] e dissociado
do discurso de que não podem reduzir as emissões para não comprometer o crescimento”,
afirmou.
Ao chegar à COP21, a presidenta Dilma Rousseff é recebida pela ministra da Ecologia da
França, Segolene Royal
O diretor do departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações
Exteriores, ministro Raphael Azeredo, considera positivo que os principais atores das
negociações climáticas, como os Estados Unidos, a China, a União Europeia e a Índia, além
do Brasil, tenham apresentado suas Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas
(INDCs) para a Organização das Nações Unidas.
“Estados Unidos e China [os maiores emissores] fizeram uma declaração conjunta [em que
anunciaram metas de redução de emissões em 2014] que já dava um gostinho do que seriam
as respectivas INDCs e isso foi muito importante para o processo multilateral porque eram
dois países que não estavam no Protocolo de Quioto. Eram dois países que certos setores
associavam
como
sendo
reticentes
ao
esforço
eventualmente fora de um acordo”, disse o diplomata.
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multilateral,
que
preferiam
estar
Segundo Tasso Azevedo, os Estados Unidos apresentaram um engajamento maior do que a
China e a Índia, mas insuficiente no longo prazo. “A trajetória das emissões é de queda nos
Estados Unidos, mas dado o histórico do que já emitiu, é insuficiente como contribuição para
chegar aos 2 graus Celsius [limite estabelecido para o aumento da temperatura média da
Terra até 2100]”.
A China, maior emissor mundial, sinalizou em sua INDC que o pico de suas emissões ocorrerá
até 2030. “Como a China é uma economia muito grande, fazer esse movimento [de redução
das emissões] vai gerar muita economia de escala. Se diz que vai entrar na energia eólica ou
solar, causa uma revolução. Ainda que esteja muito longe do que é preciso, aponta para uma
direção que é correta, de fazer movimentos antecipados, o que vai causar revoluções nos
setores [de energia renovável]”, observou Azevedo.
De acordo com Raphael Azeredo, a Índia é um parceiro importante do Brasil dentro do Basic,
que reúne as grandes economias emergentes (África do Sul, Índia, China e Brasil), e do
Grupo dos 77, que congrega os países em desenvolvimento, e é também um importante ator
nas questões relativas ao clima.
“É um país que tem a segunda maior população do mundo e um dos maiores desafios globais
em termos de inclusão social. Sempre foi muito vocal no sentido de que, como não poderia
deixar de ser, a prioridade dele tem que ser a erradicação da pobreza do seu povo. O que é
muito positivo é que a Índia sempre se engajou no processo do clima e continua sendo um
ator participante. Isso prova que é possível conciliar o combate à mudança do clima com o
desenvolvimento sustentável e com a erradicação da pobreza”, completou o diplomata.
Fonte: Agência Brasil | 30.11
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Ibá mostrará importância do setor florestal na mitigação das mudanças climáticas
na COP21
Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Ibá, irá representar o setor florestal na
Conferência das Partes das Nações Unidas e sua importância e contribuição na
mitigação das mudanças climáticas
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Elizabeth de Carvalhaes mostrará como o setor florestal é importante para a preservação
ambiental
A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) está presente na Conferência das Partes das Nações
Unidas para Mudanças Climáticas (COP21), realizada em Paris, França, a partir desta
segunda-feira, 30, levando ao debate a importância e a contribuição do setor florestal na
mitigação das mudanças climáticas.
Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Ibá, participará da conferência demonstrando o
exemplo brasileiro de capacidade de sequestro de carbono e ações como recuperação de
áreas degradadas e reflorestamento por meio das plantações em mosaicos, nas quais as
florestas naturais e plantadas se interligam criando corredores ecológicos.
“As atividades econômicas ligadas à cadeia de produtos florestais, como celulose, painéis de
madeira e pisos laminados, quando apoiadas em manejo florestal sustentável, tornam-se
parte fundamental da chamada economia de baixo carbono”, explica ela. “O setor brasileiro
de árvores plantadas tem grande potencial de contribuição no combate às mudanças
climáticas e no mercado de carbono.”
A executiva lembra que entre as metas do Brasil, estão a recuperação e reflorestamento de
cerca de 30 milhões de hectares, além do incentivo a integração lavoura-pecuária e florestas
em mais 5 milhões de hectares, e tanto as florestas nativas quanto as plantadas têm papel
importante nessas metas.
Elizabeth, que também é presidente do International Council of Forest and Paper Associations
(ICFPA), irá detalhar, em um evento da COP21, os esforços feitos pelo setor mundial de
produtos florestais para mitigar as mudanças climáticas. Os membros do conselho
internacional conseguiram reduzir em 17% a intensidade da emissão dos gases de efeito
estufa (GEE) desde o ano de referência 2004-2005, conforme evidencia o Sustainability
Progress Report 2015 do ICFPA (com dados de 2013).
O ICFPA atua como um fórum global de diálogo, coordenação e cooperação. Juntos, os
membros do ICFPA representam mais de 90% da produção global de papel e mais da metade
da produção global de madeira. Para mais informações, acesse icfpa.org.
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SOBRE A IBÁ
A Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) é a associação responsável pela representação
institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria, junto a seus
principais públicos de interesse. Lançada em abril de 2014, representa 61 empresas e nove
entidades estaduais de produtos originários do cultivo de árvores plantadas - painéis de
madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa -, além dos
produtores independentes de árvores plantadas e investidores institucionais. Saiba mais
emwww.iba.org.
Fonte: Painel Florestal | 01.12
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Países lançam iniciativa para taxação do carbono
Chefes de Estado e de governo de seis países e cerca de 90 multinacionais lançaram ontem
na conferência do clima em Paris uma "coalização para a liderança na tarifação do carbono".
"O movimento em direção ao preço universal do carbono é inevitável", declarou o presidente
francês, François Hollande, ao lado de líderes como a premiê alemã, Angela Merkel, e a
presidente do Chile, Michelle Bachelet.
México, Canadá, Etiópia e o Estado americano da Califórnia integram também a coalizão,
além ONGs.
"O objetivo é fixar progressivamente, na maioria dos países, um preço do carbono e em um
nível suficientemente elevado para encorajar os melhores comportamentos", disse Hollande.
A ideia é favorecer investimentos em tecnologias mais limpas.
"Mesmo que não haja indicação, no acordo da CoP-21, de uma trajetória em relação aos
preços do carbono, é certo que devemos mostrar essa perspectiva", destacou o presidente
francês, se referindo a mecanismos que podem ser implementados e permitirão fixar os
valores, como tributos ou normas sobre as emissões de CO2.
Segundo ele, a tarifação universal do carbono deve ser organizada para evitar diferenças
entre regiões do mundo. As disparidades alterariam "as regras da competição internacional".
A tarifação da poluição causada pelo carbono tem sido apontada como elemento fundamental
na luta contra as mudanças climáticas. Hoje, cerca de 40 países e 23 cidades, além de alguns
Estados e regiões no mundo, já fixaram ou estão prestes a determinar um preço do carbono
por meio de programas e mecanismos que cobrem em torno de 12% das emissões mundiais
de gases de efeito estufa.
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Na França, a lei de transição energética prevê um aumento considerável do preço da tonelada
de carbono, segundo Hollande. O valor atual, de € 15, deverá dobrar até 2017 e chegar a €
100 em 2030.
Segundo ele, a Europa aperfeiçoará seu mercado de carbono "tendo, ao mesmo tempo, o
cuidado de evitar que os países mais virtuosos se tornem menos concorrenciais". Para
Merkel, a iniciativa "é muito importante" e "o mundo todo deve participar". Para ela, é preciso
definir as variáveis para a tarifação, a fim de evitar impacto sobre o crescimento econômico.
Fonte: Valor | 01.12
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Índia é crucial para o sucesso da CoP-21
As primeiras linhas do discurso do presidente Narendra Modi na abertura da CoP-21, em
Paris, ilustram o paradoxo indiano: "Nos próximos dias, vamos decidir o futuro do planeta.
Fazemos isso quando as consequências da era industrial, impulsionadas pelos combustíveis
fósseis são evidentes, especialmente na vida dos pobres". Modi deixou claro seu recado: "Os
prósperos ainda têm uma forte pegada de carbono e bilhões de pessoas na base da pirâmide
do desenvolvimento estão buscando espaço para crescer".
Na sequência, protagonizou um dos eventos mais estelares da CoP-21, o lançamento da
Aliança Solar Internacional, iniciativa que reúne 120 países para impulsionar a energia solar
no mundo em desenvolvimento, com investimentos estimados em US$ 1 trilhão até 2030.
A Índia chegou a Paris sabendo que há quem queira carimbar o país como o vilão do acordo,
se algo der errado ao fim da CoP-21. No mês passado, no encontro do G-20, o país se opôs à
ideia de colocar, na declaração final do encontro, o compromisso de descarbonizar as
economias neste século, ideia que quer se retomar no acordo de Paris. Ficou sendo o país que
bloqueou a declaração do G-20.
Em Paris, os movimentos indianos têm sido observados com lupa. Trata-se de uma economia
de US$ 1 trilhão e o país com o maior contingente de pobres do mundo. A Índia é, ao mesmo
tempo, movida a carvão e com um programa gigante de geração de energia solar. É o
terceiro maior emissor de gases-estufa do mundo, mas com uma das menores taxas globais
de emissão per capita. Tem 1,25 bilhão de pessoas, mas 400 milhões não têm energia
elétrica.
"Descarbonização é uma palavra nova nas negociações e não tem o apoio de todos", disse ao
Valor o chefe da delegação indiana, Susheel Kumar.
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As reservas de carvão do país dão para os próximos 200 anos. Ao mesmo tempo, no plano
indiano de cortar emissões, a intenção é de chegar a 170 gigawatts de energias renováveis
em 2022, sendo 100 GW só de energia solar, 60 GW de eólica e 10 GW de biogás. Para se ter
uma ideia, a usina de Belo Monte terá capacidade de gerar 12 GW.
Abhishek Pratap, analista do Greenpeace explica a narrativa indiana, oscilante entre carvão e
energia solar: "A Índia busca liderar os países do Terceiro Mundo". No governo indiano, o
sentimento seria de que hoje as negociações de clima estão polarizadas entre Estados Unidos
e China.
"A Índia está em situação ambivalente. Há paradoxos óbvios", diz Joydeep Gupta, diretor dos
websites The Third Pole e India Climate Dialogue. "É impossível para a Índia prover
eletricidade para 400 milhões de pessoas sem continuar a usar carvão", diz Gupta. "Carvão
não é a escolha favorita de ninguém, mas como fazer se não há outras opções?"
Nas negociações de clima, a Índia defende o conceito de "Justiça Climática". É assim: os
países ricos se desenvolveram à base de combustíveis fósseis e se hoje há pouco espaço na
atmosfera para mais gases-estufa sem se colocar o planeta todo em perigo, o espaço que
resta deve ser usado por quem ainda tem que se desenvolver.
Considerada a grande população pobre indiana, as emissões do país tendem a ser muito
altas, se o desenvolvimento for regado a carvão. Para o governo indiano, cabe aos países
ricos cortar bastante suas emissões e financiar, com tecnologias limpas e baratas, o
desenvolvimento dos outros.
Como os EUA, a Índia não apoiava um acordo "legally binding". "O governo será cobrado pelo
Parlamento se aprovar responsabilidades para o país sem que venham acompanhadas da
promessa dos países ricos de financiamento ou apoio tecnológico", diz uma fonte.
"A Índia é ator central neste debate. Suas emissões são grandes e podem crescer, mas é o
país mais pobre do planeta.
Temos que ter algum equilíbrio na forma de lidar com ela", defende Tim Gore, da Oxfam.
"Não se trata de apontar o dedo para a Índia, mas apoiar sua transição para o baixo
carbono." As escolhas indianas podem definir o acordo de Paris e o futuro do planeta.
Fonte: Valor | 03.12
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Financiamento é maior trava a acordo
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Em Lima, na conferência das Nações Unidas sobre mudança climática de 2014, o negociador
de um país em desenvolvimento desabafou: "Se eu for jantar hoje com um negociador de um
país rico e ele pagar a conta, é capaz que coloque a despesa na rubrica de financiamento
para mudança do clima. E eu não estou brincando." Um ano depois, na CoP-21, em Paris,
financiamento continua sendo o tema mais difícil sobre a mesa de negociação do que pode
ser o primeiro acordo climático global da história.
Quem pagará a conta e como se fará isso são dois dos temas controversos do capítulo de
finanças que está no rascunho do texto em negociação em Le Bourget. Os países já
concordaram em repartir o bolo das emissões, divulgando nas Nações Unidas metas
voluntárias de cortes de emissões de gases-estufa, as chamadas INDCs. A próxima divisão é
o dinheiro, querem os países desenvolvidos. O problema é que os em desenvolvimento não
concordam.
"Antes apenas os desenvolvidos tinham obrigações de cortar emissões. Com as metas
voluntárias que cada país levou à ONU, isso ficou pulverizado", diz um negociador de um país
em desenvolvimento. "Agora os países desenvolvidos querem dividir a responsabilidade dos
recursos financeiros", continua. "Dinheiro é a próxima fronteira."
Nas 55 páginas do texto-rascunho que negociadores estão discutindo em Paris, o artigo 6,
sobre finanças, deve ficar para "o último segundo da negociação", como definiu ao Valor a
ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira.
Há duas opções sobre quem deve financiar a economia de baixo carbono e ajudar os países
em desenvolvimento a se adaptar aos impactos do clima, explica Mark Lutes, especialista em
finanças do WWF. A primeira, um cardápio oferecido pelos países ricos, tem várias nuances e
uma ideia central: alargar o número de países doadores.
A Convenção do Clima determinou há 23 anos que os países da OCDE (Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) são os únicos responsáveis por providenciar
recursos para combater a mudança do clima, carapuça que essas nações não querem mais
vestir sozinhas. "O mundo mudou desde 1992", costuma argumentar Miguel Arias Cañete, o
principal
negociador
europeu,
coro
entoado
também
por
americanos,
japoneses
e
australianos.
De fato, Qatar, Cingapura, Brunei e Kuait, além de Emirados Árabes, Arábia Saudita e
Bahrein estão hoje no topo dos países mais ricos do mundo e nenhum deles é listado como
desenvolvido nos anexos da Convenção do Clima. Ou seja, não têm obrigações, no regime
climático, como os Estados Unidos ou a Europa, de prover recursos para ajudar os outros. Os
países em desenvolvimento, reunidos no grupo conhecido por G-77 e China, reagem a essa
afirmação. Em outubro em Bonn, em uma das rodadas de negociação do acordo, o G-77 fez
uma declaração onde os países em desenvolvimento se dizem "confrontados com a narrativa
simplista que sugere que o mundo mudou".
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O texto-rascunho do acordo que está sobre a mesa dos negociadores está cheio de trechos
entre colchetes, o que quer dizer que não há consenso entre os países.
No rascunho do acordo, os países ricos dizem que o fluxo financeiro para promover a
economia de baixo carbono deve vir de todos, "de acordo com suas responsabilidades e
capacidades". Essa é a alternativa preferida dos desenvolvidos porque acaba com a divisão
binária de ricos que pagam, e os outros, que recebem, explica Lutes.
A opção mais branda em negociação diz que os países ricos têm que liderar a iniciativa mas
"junto a economias em transição". Há uma opção mais aberta que diz que devem contribuir
os países "em condições de fazer isso".
Os países em desenvolvimento defendem um texto em que a responsabilidade recai sobe os
países desenvolvidos. "Em muitos tópicos do acordo o G-77 e a China não negociam como
um bloco. Mas isso não acontece quando o assunto é finanças", diz Lutes.
No bloco dos países em desenvolvimento há nuances também. Entre os emergentes, a China
anunciou que colocará US$ 3,1 bilhões em cooperação Sul-Sul, prática que o Brasil também
apoia. O Brasil também apoia a ideia de instrumentos de mercado que ajudem a financiar a
adaptação e mitigação de gases-estufa, desde que em base complementar.
Mas países que se alinham em um grupo mais radical da negociação (conhecido por "Like
Minded Group", onde estão Índia, Bangladesh, Síria, Vietnã, Argentina e Cuba, entre outros)
não são flexíveis à ideia de expandir o grupo de quem tem responsabilidades em
financiamento.
Um dos pontos de tensão é verificar se os países ricos cumpriram suas promessas até agora.
"Eu diria que cumpriram muito mal. E agora, no novo acordo, querem expandir os países com
obrigação
de
financiamento,
postura
que
não
gera
boa
vontade
no
mundo
em
desenvolvimento", avalia Lutes.
Em 2009 os países ricos prometeram chegar a 2020 colocando US$ 100 bilhões ao ano, em
ações para cortar emissões ou de adaptação à mudança do clima nos países em
desenvolvimento. Esse dinheiro poderia ser público ou privado, de doação ou empréstimos.
Um relatório recente da OCDE estimou que esse desembolso anual estava em US$ 62 bilhões
em 2014.
No capítulo de finanças, do texto-rascunho, há outro ponto de grande conflito - como
aumentar a escala dos compromissos. Os Estados Unidos não querem falar em números. Para
os países em desenvolvimento a cifra deve partir dos US$ 100 bilhões ao ano, em 2020, e
subir a partir daí. O negociador-chefe do Brasil, José Antonio de Marcondes Soares, diz que
os famosos US$ 100 bilhões são insuficientes e que o Brasil irá propor outro número na CoP21.
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"Seguir com US$ 100 bilhões ao ano, no pós-2020, é o mínimo que se pode esperar", diz
Lutes. As ONGs esperam, também, que existam compromissos numéricos coletivos, dos
países desenvolvidos, a cada cinco anos.
Outro ponto nas entrelinhas do debate em Paris é o argumento dos países desenvolvidos,
cada vez mais forte, da importância dos recursos privados. "As duas fontes de recursos são
importantes", diz Lutes. "Recursos públicos são importantes para financiar a adaptação. Mas
investimentos privados são importantes sempre que se precisa promover grandes mudanças
na economia."
Essa encrenca deve ficar para a segunda semana da CoP-21, quando ocorre o segmento
ministerial.
Fonte: Valor | 03.12
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Judiciário
Gilmar Mendes rejeita discutir novamente questões de reserva ambiental no AM
O ministro Gilmar Mendes, Supremo Tribunal Federal, negou seguimento (julgou inviável)
ao Mandado de Segurança 27.652, impetrado contra decreto da Presidência da República, de
5 de junho de 2008, que criou o Parque Nacional Mapinguari, nos municípios de Canutama e
Lábrea, ambos no Amazonas. Para o relator, a ação tentou rediscutir pontos já decididos pela
corte.
Na ação, movida por proprietários de imóveis rurais nos limites da unidade de conservação, a
legalidade do parque era questionada devido à ausência de projeto específico, de estudos
técnicos adequados, de consulta pública prévia, de plano de manejo e de previsão
orçamentária para eventuais desapropriações.
No MS 27.622, o Plenário do Supremo fixou que há projeto específico e área definida para o
parque e que estudos técnicos e consultas públicas foram feitos adequadamente. O ministro
ressaltou a existência de avisos publicados no Diário Oficial da União e em diversos meios de
comunicação.
Também argumentou que o plano de manejo não é necessário no momento e que a criação
de uma unidade não significa, necessariamente, imediata desapropriação. “Dessa forma,
verifica-se a manifesta ausência de direito líquido e certo, pois todas as alegações são
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contrárias ao entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal quanto ao ato
impugnado”, afirmou o ministro.
Outros casos
Além do MS 27.622, em junho de 2010, o Supremo Tribunal Federal rejeitou outros seis
mandados de segurança (27.623, 27.630, 27.631, 27.632, 27.633 e 27.637). As ações
também foram impetradas por proprietários de imóveis vizinhos ao parque de Mapinguari,
que pediam a suspensão dos efeitos do decreto que criou a reserva por estarem na iminência
de serem desapropriados arbitrariamente de suas terras, sem indenização.
Ao rejeitar os argumentos, o relator dos mandados à época, o ministro aposentado Cezar
Peluso, argumentou que todas as etapas de criação da reserva foram cumpridas e listou os
estudos técnicos e de campo produzidos por pesquisadores. Sobre a desapropriação, o relator
afirmou que a implantação do parque não ocorre apenas com o decreto e com a
desapropriação.
Segundo ele, isso só acontece com a declaração de utilidade pública das áreas privadas
contidas no perímetro, por isso, a criação dessas unidades pode apenas significar limitações
administrativas. Com informações da Assessoria de Imprensa do STF.
MS 27.622
Fonte: Conjur | 02.11
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Logística sustentável
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro lançou na segunda-feira o Plano de Logística
Sustentável. As metas obedecem à Resolução 201, deste ano, do Conselho Nacional de
Justiça, que dispõe sobre a criação e competência de unidades ou núcleos socioambientais
nos órgãos e conselhos do Judiciário. O evento de lançamento coincidiu com a abertura da
Conferência do Clima em Paris (COP 21). Pelo plano, as ações serão implementadas para
garantir sustentabilidade em todas as contratações de compras, obras e serviços.
Fonte: Valor | 02.11
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