Declaração EMAS 2009
Transcrição
Declaração EMAS 2009
VALNOR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, SA DECLARAÇÃO AMBIENTAL 2009 Março de 2010 Aterro Sanitário de Avis Apartado 48 Herdade das Marrãs 7480 Avis Tel: (351) 245 610 040 • Fax: (351) 245 619 003 www.valnor.pt • [email protected] Declaração ambiental – 2009 Índice I. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................3 II. APRESENTAÇÃO DA VALNOR ..................................................................................................7 II. 1. II. 2. II. 3. II. 4. II. 5. II. 6. II. 7. II. 8. III. CONSTITUIÇÃO E OBJECTO .................................................................................................................... 7 MISSÃO ............................................................................................................................................... 7 ACCIONISTAS........................................................................................................................................ 7 INFRA-ESTRUTURAS .............................................................................................................................. 8 EVOLUÇÃO DA VALNOR ....................................................................................................................... 9 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS ......................................................................................................... 10 ORGANIGRAMA ................................................................................................................................... 11 COMUNICAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO ......................................................................................................... 12 ÁREAS DE INTERVENÇÃO .......................................................................................................14 III. 1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) .................................................................................................. 14 III. 2. RECOLHA SELECTIVA .......................................................................................................................... 14 III. 3. ECOPONTOS ....................................................................................................................................... 15 III. 4. VANTAGENS DA RECICLAGEM ................................................................ ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED. III. 5. ÓLEOS ALIMENTARES USADOS ............................................................................................................. 15 III. 6. PONTO DE RECOLHA DE PNEUS USADOS ................................................................................................ 15 III. 7. SUCATA ............................................................................................................................................. 15 III. 8. VEÍCULOS EM FIM DE VIDA (VFV) ......................................................................................................... 15 III. 9. RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉCTRICOS E ELECTRÓNICOS (REEE) .................................................... 16 III. 10. RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO (RCD)................................................................................. 16 III. 11. RESÍDUOS VOLUMOSOS ....................................................................................................................... 16 III. 12. RESÍDUOS URBANOS BIODEGRADÁVEIS (RUB) ...................................................................................... 16 III. 13. OUTROS SERVIÇOS COMPLEMENTARES ................................................................................................. 16 IV. POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL ............................................................17 V. O SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE, SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE SOCIAL .................................................................................................19 V. 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 19 V. 2. ESTRUTURA DE DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO..................................................... 19 V. 3. INTERACÇÃO ENTRE PROCESSOS .......................................................................................................... 20 VI. PRINCIPAIS INDICADORES PRODUTIVOS .............................................................................22 VI. 1. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ............................................................................................................. 22 VI. 2. RESÍDUOS INDUSTRIAIS BANAIS (RIB‟S) ................................................................................................ 22 VI. 3. RESÍDUOS DE TRATAMENTO MECÂNICO DE RSUS .................................................................................. 23 VI. 4. ESTAÇÕES DE TRANSFERÊNCIA ............................................................................................................ 23 VI. 5. RECOLHA SELECTIVA .......................................................................................................................... 24 VI. 6. RECEPÇÃO DE PNEUS USADOS ............................................................................................................ 25 VI. 7. RECOLHA DE ÓLEOS ALIMENTARES USADOS ......................................................................................... 25 VI. 8. DEPOSIÇÃO DE RESÍDUOS INERTES ...................................................................................................... 25 VI. 9. VEÍCULOS EM FIM DE VIDA ................................................................................................................... 26 VI. 10. RECEPÇÃO E DESMANTELAMENTO DE REEE ......................................................................................... 27 VII. ASPECTOS AMBIENTAIS .........................................................................................................28 VII. 1. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE ASPECTOS AMBIENTAIS .......................................................................... 28 VII. 2. ASPECTOS AMBIENTAIS ........................................................................................................................ 31 VIII. DESEMPENHO AMBIENTAL .....................................................................................................37 VIII. 1. MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................................................ 37 VIII. 2. INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL ............................................................................................ 37 IX. OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS .....................................................................................47 IX. 1. ACOMPANHAMENTO DOS OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS DE 2009 ....................................................... 47 IX. 2. OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS PARA 2010 ....................................................................................... 49 X. VERIFICADOR AMBIENTAL ......................................................................................................51 Pág. 2 Declaração ambiental – 2009 I. INTRODUÇÃO A presente Declaração Ambiental constitui um documento de referência da VALNOR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A. no âmbito do seu processo de participação no sistema comunitário de ecogestão e auditoria (EMAS), conforme previsto no Regulamento (CE) nº 761/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Março de 2001. Este documento contém informações sobre o desempenho ambiental da VALNOR, nomeadamente sobre o impacte ambiental das suas actividades e o seu compromisso de melhoria contínua, sendo actualizado anualmente. Os dados apresentados nesta Declaração Ambiental referem-se ao ano de 2008 e às seguintes infra-estruturas: Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos (CIVTRS) de Avis: o Localização: Aterro Sanitário de Avis – Herdade das Marrãs Figueira e Barros 7480 – 352 Avis o Actividades: Recepção e deposição em aterro de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e Resíduos Industriais Banais (RIB); Recolha em contentores, recepção e encaminhamento de Resíduos Inertes (Construção e Demolição); Recolha Selectiva de Ecopontos; Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão e embalagens; Recolha de Óleos Alimentares Usados e produção de biodiesel; Recepção e armazenagem de Pneus; Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV); Recepção e desmantelamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE); Triagem e encaminhamento para valorização de materiais recicláveis. Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos (CIVTRS) de Abrantes o Localização: Aterro Sanitário da Concavada Casal dos Coelheiros 2200 Abrantes o Actividades: Recepção, encaminhamento e deposição em aterro de Resíduos Sólidos Urbanos; Pág. 3 Declaração ambiental – 2009 Recolha Selectiva de Ecopontos; Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão e embalagens; Recolha de Óleos Alimentares Usados; Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis. Estação de Transferência de Portalegre e Estação de Transferência de Inertes o Localização: Monte da Mergulhagem, Estrada da Urra 7300 Portalegre o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recolha em contentores, recepção e triagem e encaminhamento de Resíduos Inertes (Construção e Demolição); Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão e embalagens; Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Estação de Transferência de Castelo de Vide e Estação de Transferência de Inertes o Localização: Zona Industrial de Castelo de Vide 7320 Castelo de Vide o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recolha em contentores, recepção e triagem e encaminhamento de Resíduos Inertes (Construção e Demolição); Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Estação de Transferência e Aterro de Inertes de Ponte de Sôr o Localização: Vale de Açor 7400 Ponte de Sôr o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recolha em contentores, recepção, triagem e deposição em aterro de Resíduos Inertes (Construção e Demolição); Pág. 4 Declaração ambiental – 2009 Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Estação de Transferência de Elvas o Localização: Horta de São Mamede 7350 Elvas o Actividades: Recepção e encaminhamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Ecocentro de Portalegre o Localização: Zona Industrial de Portalegre 7300 Portalegre o Actividades: Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Ecocentro de Abrantes o Localização: Vale de Morenas, Zona Industrial Norte 2200 – 173 Abrantes o Actividades: Recepção e encaminhamento de materiais recicláveis; Recepção e encaminhamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). Aterro de Inertes de Campo Maior o Localização: Herdade da Torre, Nossa Senhora da Expectação 7370 Campo Maior o Actividades: Recolha em contentores, recepção, triagem e deposição em aterro de Resíduos Inertes (Construção e Demolição). Pág. 5 Declaração ambiental – 2009 No decorrer de 2009 a VALNOR prestou serviços de: Recepção, encaminhamento e deposição em aterro de Resíduos Sólidos Urbanos; Recolha em contentores, recepção, triagem e deposição em aterro de Resíduos Inertes (Construção e Demolição); Recolha Selectiva de Ecopontos; Recolha Selectiva porta a porta de papel/ cartão e embalagens; Recepção, triagem e encaminhamento de resíduos recicláveis para valorização; Recolha de Óleos Alimentares Usados e produção de biodiesel; Recepção e armazenagem de Pneus; Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV); Recepção e desmantelamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE). para além de um conjunto de serviços complementares, sem expressão significativa no volume global da actividade da empresa. Caso deseje obter informação adicional sobre as políticas, objectivos e desempenho ambientais da VALNOR poderá visitar a nossa página na Internet em www.valnor.pt, contactar-nos através do email [email protected] ou agendar uma visita às nossas instalações através do número de telefone 245 610 040. Pág. 6 Declaração ambiental – 2009 II. APRESENTAÇÃO DA VALNOR II. 1. Constituição e Objecto A VALNOR – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A. foi constituída em 2001 pelo Decreto – Lei nº 11/2001 de 23 de Janeiro com o objectivo de explorar e gerir o Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Alentejano. A qualidade do trabalho desenvolvido influenciou a tomada de posição de cinco novos municípios que, em finais de 2004, solicitaram a sua integração na VALNOR, passando a área de influência da empresa para cerca de 7.000 Km21 e de aproximadamente 180 mil habitantes2. A VALNOR é hoje uma empresa com forte implantação na sua região, reconhecida e certificada nacional e internacionalmente pela qualidade da sua gestão, pelo seu rigor na atenção às normas que legislam a Protecção do Ambiente, a Segurança e a Saúde do Trabalho, assim como pela prevalência dos princípios do Desenvolvimento Sustentável e da optimização de recursos na evolução da sua actividade. II. 2. Missão A nossa Missão é a criação de um sistema de excelência de valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos, assegurando o bem-estar das populações da nossa área de abrangência numa lógica de melhoria de atendimento às populações e preservação dos ecossistemas. II. 3. Accionistas Os Accionistas da VALNOR S.A. são os municípios de Abrantes, Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavião, Mação, Marvão, Monforte, Nisa, Ponte de Sôr, Portalegre, Sardoal, Sousel e Vila do Rei. Os municípios referidos detêm 49% do capital, sendo os restantes 51% detidos pela Empresa Geral de Fomento S.A. (detida em 100% pela AdP-Águas de Portugal, SGPS, S.A.). 1 Instituto Geográfico Português. Fonte: INE, XIV – Recenseamento Geral da População, resultados definitivos. INE, Estimativas provisórias da população residente para 31.12.2001, aferidas dos resultados dos Censos 2001, ajustados com as taxas de cobertura. 2 Pág. 7 Declaração ambiental – 2009 EGF - 51,00% CM. de Abrantes - 11,34% CM. de Portalegre - 6,93% CM. de Elvas - 6,15% CM. de Ponte Sor - 4,87% CM. de Mação - 2,25% CM. de Campo Maior - 2,23% CM. de Nisa - 2,20% CM. de Sousel - 1,52% CM. de Avis - 1,35% CM. do Gavião - 1,27% CM. do Crato - 1,11% CM. do Sardoal - 1,09% CM. de Marvão - 1,05% CM. de Alter do Chão - 1,02% CM. de Castelo Vide - 1,01% CM. de Fronteira - 0,97% CM. de Arronches - 0,88% CM. de Monforte - 0,88% CM. de Vila de Rei - 0,88% Figura 1 – Estrutura accionista da VALNOR II. 4. Infra-estruturas A figura seguinte representa a distribuição geográfica das infra-estruturas da VALNOR em 20093. Figura 2 – Solução técnica implementada 3 A Central de Compostagem encontra-se em fase de testes e ampliação (2ª fase). Pág. 8 Declaração ambiental – 2009 II. 5. Evolução da VALNOR 2001 Constituição (Janeiro 2001) Início de actividade (Maio 2001) 2002 Encerramento de 22 lixeiras Implementação do sistema de recolha selectiva (400 ecopontos em 14 Municípios) Implementação da Estação de Triagem Construção de 4 Estações de Transferência 2003 Certificação integrada dos sistemas de Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde do Trabalho Reforço do sistema de recolha selectiva com mais 150 ecopontos" Lançamento da Recolha Selectiva Porta-a-Porta 2004 Revalorização e expansão do CIVTRS de Avis (investimento total superior a 4,5 milhões de euros) Construção de uma célula suplementar para deposição de RSU (capacidade 1.000.000 m3) Construção de um Centro Oficinal no CIVTRS de Avis Inauguração das novas instalações técnicas e administrativas no CIVTRS de Avis 2005 Integração dos cinco Municípios que compunham o sistema municipal Amartejo (Abrantes, Gavião, Mação, Sardoal e Vila de Rei) Obtenção da Licença de Exploração do Aterro Sanitário de Avis Obtenção da Licença Ambiental para o CIVTRS de Avis Obtenção do alvará de licenciamento de instalação de parque de sucatas Início da gestão do Ecocentro de Abrantes Início da Recolha Selectiva nos novos Municípios (ex-Amartejo) Instalação de 550 ecopontos Lançamento da recolha de Óleos Alimentares Usados Pág. 9 Declaração ambiental – 2009 2006 Certificação em Responsabilidade Social (SA8000) Validação pelo Instituto do Ambiente do registo EMAS – Sistema Comunitário de Eco-Gestão e Auditoria Obtenção das Licenças de Exploração dos Ecocentros de Portalegre e de Abrantes Obtenção da licença de Exploração dos Aterros de Inertes de Ponte de Sôr e Campo Maior Obtenção da Licença de Exploração e Licenciamento Ambiental para a operação do CIVTRS da Concavada e início da operação. 2007 Instalação da Estação de Desmantelamento para Veículos em Fim de Vida Construção de uma nave de armazenamento de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos Instalação de uma estação de desmantelamento para Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos Construção da Unidade de Biodiesel no CIVTRS de Avis Construção de um centro de desmantelamento Resíduos Volumosos (sucatas, monstros e volumosos) 2008 Instalação da Estação de Desmantelamento para Veículos em Fim de Vida Construção e entrada em funcionamento da Unidade de Triagem Automática de Embalagens Leves (plásticos) integrada da Estação de Triagem da VALNOR Início da exploração da Central de Valorização Orgânica (CVO) Construção de 5 estações de triagem de Resíduos Construção e Demolição 2009 Construção e entrada em funcionamento da Estação de Transferência do CIVTRS de Abrantes Início da operação do sistema de triagem automática de embalagens leves Conclusão da implementação e construção do sistema integrado de triagem tratamento e valorização de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) II. 6. Gestão de recursos humanos A VALNOR é uma empresa cuja produtividade depende em boa parte do empenho das populações, mas também de todos os seus colaboradores, contribuindo, com a sua acção conjunta, para fortalecer a economia e melhorar a qualidade ambiental da região. A VALNOR assume-se como uma empresa de acção estruturante, contribuindo para o desenvolvimento sustentável na sua área de intervenção, não apenas na área ambiental mas também na perspectiva de factor de desenvolvimento e mais valia para a região. Pág. 10 Declaração ambiental – 2009 Ao longo da sua existência a VALNOR tem assumido um papel preponderante na região enquanto entidade geradora de emprego. Partindo de uma situação inicial em 2001 com 22 trabalhadores a VALNOR contava em 31 de Dezembro de 2009 com uma força de trabalho de 139 pessoas. 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 15 15 12 11 10 9 7 Não quadros 124 106 76 66 51 38 27 Total 139 121 88 77 61 47 34 Quadros Tabela 1 – Evolução do emprego criado4 II. 7. Organigrama O organigrama da VALNOR foi estruturado com o objectivo de assegurar uma gestão eficiente das diferentes áreas de intervenção da organização, contendo: uma Direcção de Serviços Técnicos, a qual abrange todos os processos operacionais; uma Direcção de Serviços Administrativos e Financeiros, responsável pela gestão financeira e de recursos humanos; um Departamento da Qualidade, Ambiente e Segurança e Responsabilidade Social, responsável pela gestão do Sistema Integrado de Gestão, pela monitorização ambiental e pela segurança e saúde no trabalho; um Departamento de Sensibilização, Comunicação e Imagem, que assegura a realização das actividades de sensibilização das populações e de comunicação da VALNOR; um Departamento de Controlo de Gestão, com a responsabilidade de elaboração de informação estatística de suporte à decisão. 4 A denominação de quadro refere-se aos colaboradores que desempenham funções de gestão. Os restantes colaboradores pertencem ao não quadro. Pág. 11 Declaração ambiental – 2009 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRADOR DELEGADO Assessor da Administração Departamento da Qual., Amb. e Segur. e Responsab. Social Departamento de Controlo de Gestão Departamento de Sensibil., Comunicação e Imagem DIRECÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS EXPLORAÇÃO DIRECÇÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Apoio Administrativo / Economato MANUTENÇÃO Report Financeiro Departamento de Gestão de Infra-estruturas e Serviços - Pólo Avis Manutenção Departamento de Gestão de Infra-estruturas e Serviços – Aterros Inertes Compras / Armazém Departamento de Gestão de Infra-estruturas e Serviços - Pólo Abrantes VFV Departamento de Gestão de Resíduos Urbanos Biodegradáveis UTV de REEE Gestão de Recursos Humanos e Pessoal Facturação Financiamentos Contabilidade e Tesouraria Figura 3 – Organigrama da VALNOR II. 8. Comunicação e sensibilização A sensibilização das populações, especialmente dos jovens, para a extrema importância da protecção do ambiente é cada vez mais uma obrigação de todas as instituições e, até mesmo, de todos os cidadãos atentos. Uma das formas de proteger o ambiente passa pelo tratamento cuidado e pela valorização, energética e económica, da crescente quantidade de resíduos que todos os dias se produzem: sensibilizar as populações para a temática dos resíduos, nomeadamente para a recolha selectiva e a necessidade de adopção de comportamentos “amigos do ambiente” é uma das mais importantes actividades da VALNOR. Através de iniciativas de comunicação, sensibilização e educação ambiental, a empresa tem conseguido induzir novos comportamentos conforme atestam os crescentes volumes de resíduos depositados selectivamente nos Ecopontos. O sucesso destas iniciativas mede-se, naturalmente, pela acção conjunta da empresa e dos cidadãos, sendo que não é demais felicitar a população pelos óptimos resultados atingidos. II.8.a. Actividades Permanentes Exposição “Aventura pelos Resíduos” "Aventura pelos Resíduos" Variação 2009 3.600 -21,99% 2008 4.615 63,54% 2007 2.822 -67,90% 2006 8.790 2005 5.274 66,67% Tabela 2 – Evolução do número de visitantes da Exposição “Aventura pelos Resíduos” Visitas ao CIVTRS de Avis Apresentações CIVTRS Variação 2009 1.061 30,83% 2008 811 -30,27% 2007 1.163 -40,08% 2006 1.941 2005 1.203 61,35% Tabela 3 – Evolução do número de visitantes do CIVTRS de Avis Pág. 12 Declaração ambiental – 2009 Apresentações externas Apresentações Externas 2009 1.087 Variação 2008 1.107 -1,81% -24,13% 2007 1.459 2006 944 54,56% Tabela 4 – Evolução do número de presenças em apresentações externas Stand Valnor Exibições de falcões / educação ambiental Distribuição de ecopontos especiais: Ecoponto Doméstico, Papelão e Embalão Newsletter «ecoVALOR» Em 2009 foi publicado o número 8 da newsletter ecoVALOR, com uma tiragem de 30.000 exemplares. II.8.b. Balões de Ar Quente Outras Actividades Emissão de materiais de sensibilização Participação em dias comemorativos organizados pelas Câmaras Municipais Produção de um filme institucional sobre a VALNOR Produção de material informativo: o Regras de separação de resíduos o Valorização de Óleos Alimentares Usados o Resíduos de Construção e Demolição Pág. 13 Declaração ambiental – 2009 III. ÁREAS DE INTERVENÇÃO A VALNOR assumiu desde o início da sua constituição o objectivo de constituir na região um sistema integrado de tratamento de todos os resíduos e todas as fileiras. Ao longo dos anos, este objectivo tornou-se uma realidade e a VALNOR tem alargado o seu leque de intervenção, assumindo-se hoje como um sistema de tratamento e valorização de resíduos verdadeiramente integrado, englobando as seguintes fileiras de resíduos: São inúmeras as vantagens da reciclagem, mas a sua acção benéfica mais directa é sobre o Ambiente e a Economia. Através da reciclagem valorizamos matérias-primas que, de outra forma teriam um ciclo de vida mais reduzido e, consequentemente, preservamos os recursos naturais; economizamos energia e reduzimos a quantidade de resíduos que vão para os aterros sanitários, prolongando assim o tempo de vida útil destas estruturas. III. 1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) Por Resíduos Sólido Urbanos (RSU) entende-se todos os materiais sólidos rejeitados no consumo doméstico, quer sejam recicláveis ou não: o seu tratamento e valorização constituem a razão de ser da VALNOR. Os Resíduos Sólidos Urbanos podem ser divididos em duas categorias: os que são separados e colocados nos ecopontos passíveis de serem reciclados e os que não são separados selectivamente. Os que forem colocados nos ecopontos são encaminhados para a Central de Triagem e depois de triados são conduzidos para unidades recicladoras. Os resíduos que são directamente colocados nos caixotes do lixo são conduzidos pelos camiões de recolha indiferenciada para a Central de Valorização Orgânica para serem sujeitos a um tratamento mecânico onde se procede à separação dos Resíduos Biodegradáveis. Estes são sujeitos a um tratamento biológico que os transforma em Composto (adubo natural). Os resíduos não biodegradáveis serão depositados de forma ambientalmente correcta no Aterro Sanitário. III. 2. Recolha Selectiva Reciclar materiais usados traz diversas vantagens ambientais, económicas e sociais: Economia de energia; Minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; Redução da quantidade de Resíduos Sólidos Urbanos depositados em Aterros Sanitários; A reciclagem não só proporciona melhor qualidade de vida para as pessoas, através da melhoria ambiental, como também tem gerado postos de trabalho na área da reciclagem. Na Recolha Selectiva, os resíduos recicláveis são separados por quem os produz e voluntariamente colocados em Ecopontos. Em Portugal, a média de habitantes por Ecoponto é na ordem dos 700: na sua região, a VALNOR atingiu um rácio de um Ecoponto para cada 190 habitantes. Para que o restante processo de Recolha Selectiva funcione adequadamente nos 19 municípios servidos pela VALNOR, a empresa dispõe de uma frota de oito camiões que asseguram a recolha e o transporte dos resíduos depositados para a Central de Triagem, onde os materiais são finalmente triados e posteriormente enviados para valorização. Pág. 14 Declaração ambiental – 2009 A evolução da Recolha Selectiva premeia o contributo e empenho das Autarquias locais que, em perfeita sintonia com a VALNOR têm conseguido uma real sensibilização das populações para uma participação cada vez mais efectiva no cumprimento das metas ambientais da região em que nos inserimos. A recolha selectiva dos Resíduos Sólidos Urbanos é feita separadamente por tipo de material, através de ecopontos e ecocentros e/ou métodos de recolha ao domicílio (porta-aporta). III. 3. Ecopontos domésticos A VALNOR desenvolveu ecopontos específicos, que podem ser solicitados gratuitamente na VALNOR, nas Câmaras Municipais ou Juntas de Freguesia. O Ecoponto Doméstico facilita a separação e acondicionamento dos resíduos destinados à valorização. No Papelão e Embalão podem ser depositados papel e embalagens de plástico e metal, respectivamente. Estes ecopontos são utilizados pelas empresas, estabelecimentos comerciais e instituições públicas. A recolha dos resíduos é feita (porta-a-porta) pela VALNOR e pelas Autarquias. III. 4. Óleos Alimentares Usados Os Óleos Alimentares Usados (OAU) são muito prejudiciais à pureza da água e às estruturas de saneamento (ETAR) quando despejados directamente nas redes de esgoto. A recolha dos OAU, em recipientes próprios para o efeito, é mais uma actividade da VALNOR que beneficia o ambiente, através da recuperação dos OAU, da diminuição das emissões de partículas de carbono e de compostos de enxofre, permitindo, através da sua transformação em Biodiesel, substituir parte da importação de gasóleo e, graças à sua superior capacidade lubrificante, aumentar o tempo de vida útil dos motores. A VALNOR tem actualmente capacidade para a recolha de 200.000 litros de OAU, que representa uma produção de combustível (Biodíesel) de 150.000 litros/ano, usado integralmente nos seus equipamentos. III. 5. Ponto de recolha de pneus usados Os Pneus Usados têm múltiplas formas de valorização, desde a valorização energética, à produção de betume modificado com borracha para pavimentação de estradas, campos de futebol sintéticos ou polidesportivos, pisos para zonas de recreio e lazer e outras utilizações nas indústrias químicas, de borrachas e de plásticos. A VALNOR é o único Ponto de Recolha de Pneus Usados da região, resolvendo deste modo um grave problema ambiental de dispersão de pneus pela paisagem natural. III. 6. Sucata Encontra-se em funcionamento um ponto para a recepção e armazenamento de sucata devidamente licenciado. III. 7. Veículos em Fim de Vida (VFV) Cada vez mais, a produção de veículos observa normas de reaproveitamento quase total dos componentes dos VFV, o que torna mais produtiva a reciclagem. A VALNOR tem condições para a deposição destes resíduos nas suas instalações, de forma a submetê-los a dois tipos de operações: despoluição e reutilização ou reciclagem, sendo um centro licenciado pela VALORCAR. Pág. 15 Declaração ambiental – 2009 III. 8. Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) O aumento da produção de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos tem vindo a tornar problemático o seu destino final, agravado pelo facto de muitos REEE‟s libertarem componentes ou substâncias perigosas para o ambiente quando não devidamente tratadas. Na VALNOR procede-se à recepção, armazenamento, triagem e desmantelamento deste tipo de materiais. III. 9. Resíduos de Construção e Demolição (RCD) Os Resíduos de Construção e Demolição, denominados vulgarmente por entulhos, são resíduos provenientes de obras de construção civil. A VALNOR promove a recolha deste tipo de resíduos através da disponibilização de contentores específicos, encarando-os posteriormente como uma matéria-prima, que sendo aproveitada de forma eficaz é geradora de uma mais-valia económica e ambiental. III. 10. Resíduos volumosos Na Unidade de Resíduos Volumosos faz-se a separação de componentes de colchões, de sofás, mobiliários e outros resíduos que constituem uma mais-valia ambiental após o tratamento a que são sujeitos. III. 11. Resíduos Urbanos Biodegradáveis (RUB) A Central de Valorização Orgânica permite à VALNOR transformar, através de um processo mecânico e biológico, a matéria orgânica resultante dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) em adubo orgânico. O tratamento mecânico consiste em separar a fracção orgânica dos RSU dos materiais passíveis de serem valorizados (papel/ cartão, embalagens, vidro, entre outros) e o tratamento biológico na degradação da matéria orgânica pela acção de microrganismos em condições aeróbias (isto é, na presença de oxigénio), dando origem a uma substância húmica que pode ser utilizada como adubo orgânico. III. 12. Outros serviços complementares A VALNOR presta ainda um conjunto de serviços complementares aos Municípios do sistema: Lavagem de contentores da recolha indiferenciada; Limpeza de fossas e desobstrução de canalizações; Monitorização de lixeiras encerradas, de acordo com o Decreto Lei n.º152/2002, de 23 de Maio; Aluguer e recolha de contentores. Pág. 16 Declaração ambiental – 2009 IV. POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL A Responsabilidade Empresarial, integrando as vertentes Qualidade, Ambiente, Segurança e Responsabilidade Social constituem uma preocupação permanente da VALNOR desde a sua criação, sendo considerado um valor fundamental e sempre presente na sua organização. Deste facto resulta a preocupação permanente de definir claramente as funções e responsabilidades de cada uma das áreas orgânicas, quer na sua relação interna quer na sua relação com todas as suas “partes interessadas”. Assim a VALNOR pretende atingir uma visão de liderança, de prestação de um serviço de Qualidade com respeito pelos aspectos essenciais de ordem social e ambiental, e de valorização de uma actividade que mereça o reconhecimento de todas as “partes interessadas”. Para atingir os objectivos constantes da missão e visão da empresa, o Conselho de Administração definiu a sua Política de Responsabilidade Empresarial, que contempla os seguintes princípios: A importância social da sua actividade é suportada por objectivos, metas e processos relevantes, claramente orientados para as necessidades de clientes, cidadãos, colaboradores, accionistas e outras partes interessadas. A preocupação de organização, simplificação e optimização dos processos e recursos, através de uma gestão transversal, é o suporte da melhoria contínua do desempenho do Sistema Integrado de Gestão, com o objectivo de maior eficiência e qualidade, sempre com a preocupação de redução de custos. Adequação dos recursos humanos e dos meios técnicos à prossecução dos objectivos definidos. O desenvolvimento do conhecimento e a disponibilidade do pleno potencial de todos os colaboradores, ao nível do indivíduo, e através da promoção da formação adequada ao desempenho das actividades atribuídas é condição essencial ao desenvolvimento da Política e da eficiência das operações. A consciencialização dos seus colaboradores dos riscos e impactes da sua actividade e das obrigações individuais em termos de qualidade, ambiente, segurança e saúde do trabalho e responsabilidade social, incentivando o seu envolvimento e participação nas acções de melhoria. Análise da evolução de métodos e tecnologias aplicáveis às suas diferentes áreas de intervenção, com o objectivo de diminuir os impactes ambientais, reduzir os riscos profissionais e aumentar a produtividade. A avaliação periódica da satisfação e necessidades dos clientes, públicos e privados, assim como da população, conjugada com a resposta adequada a áreas de melhoria identificadas, é o objectivo de todos. O cumprimento dos requisitos legais e outros aplicáveis à actividade, em termos ambientais, da segurança e saúde do trabalho e laborais, com uma postura de aposta na prevenção, nomeadamente da poluição, dos incidentes e dos danos para a saúde. A Política do Sistema Integrado de Gestão assumida pelo Conselho de Administração é do conhecimento de todos os colaboradores, e divulgada junto de Pág. 17 Declaração ambiental – 2009 todas as partes interessadas, incentivando-os a aumentar os padrões dos seus serviços. A sensibilização e incentivo da participação da população para as áreas de intervenção da VALNOR. Actuar como elemento dinamizador destes princípios junto dos seus funcionários, fornecedores, clientes e outras partes interessadas. No que se refere à Responsabilidade Social em particular, o Conselho de Administração da VALNOR definiu ainda os seguintes princípios orientares do seu desenvolvimento: Não utilizar e não apoiar a utilização de mão-de-obra infantil; Não se envolver ou apoiar a utilização de trabalho forçado; Proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável, implementando as medidas de prevenção adequadas e assegurando a formação regular dos seus trabalhadores; Respeitar o direito dos funcionários de formarem ou se associarem a sindicatos ou órgãos representativos de sua categoria profissional; Não utilizar práticas disciplinares abusivas ou qualquer tipo de discriminação (raça, classe social, nacionalidade, religião, deficiência, sexo, orientação sexual, associação a sindicato ou afiliação política, ou idade); Cumprir a legislação laboral em vigor, nomeadamente no que se refere ao cumprimento dos horários de trabalho e à remuneração do trabalho suplementar; Assegurar aos seus colaboradores salários que satisfaçam, pelo menos, a padrões mínimos da área de negócio em que está inserida. Avis, 18 de Março de 2009 A ADMINISTRAÇÃO _________________________ Eng.º José João Pinto Rodrigues Pág. 18 Declaração ambiental – 2009 V. O SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE, SEGURANÇA E RESPONSABILIDADE SOCIAL V. 1. Introdução A concepção e implementação de um Sistema Integrado de Gestão que integra as vertentes da Qualidade, do Ambiente, da Segurança e da Responsabilidade Social na VALNOR constituiu uma oportunidade para reforçar o espírito de grupo entre as suas diferentes áreas e simultaneamente aumentar a eficiência dos seus processos internos, na procura da prestação de um melhor serviço aos seus accionistas e população em geral. V. 2. Estrutura de documentação do Sistema Integrado de Gestão O Sistema Integrado de Gestão da VALNOR prevê os seguintes níveis de documentação para representação da sua estrutura organizacional e funcional5: Nível 1 - Estrutura funcional da organização Nível 2 - Estrutura de macroprocessos Nível 3 - Fluxogramas de processo Organigramas Outra documentação de monitorização, manuais) suporte (procedimentos operacionais, planos de Nível 1 Nível 2 Model os Nível 3 Procedimentos / Plano de Controlo / Manuais Específicos Figura 4 – Estrutura da documentação do SIG Para além desta documentação, a VALNOR desenvolveu ainda um Manual de Responsabilidade Empresarial. 5 O SIG da VALNOR foi desenvolvido com base na metodologia BEL - Business Enhancement para representação de uma organização. Pág. 19 Declaração ambiental – 2009 V. 3. Interacção entre processos A estrutura funcional da VALNOR, descreve a forma como as áreas funcionais se interrelacionam, visando dar uma perspectiva geral da actividade da empresa. Resumidamente, o Sistema Integrado de Gestão da VALNOR abrange as seguintes áreas de actividade: Encaminhamento de resíduos, a qual inclui a recepção de resíduos nas estações de transferência, o seu transporte para a Central de Valorização Orgânica (Tratamento Mecânico e Biológico (Compostagem)); Recolha selectiva, a qual inclui: o a recolha dos resíduos nos ecopontos e nos ecocentros, a sua triagem e encaminhamento para reciclagem; o a deposição de resíduos (RSU e RCD´s) em Aterro Recolha de Óleos Alimentares Usados e produção de Biodiesel outras actividades, tais como: o o armazenamento de pneus usados e o seu encaminhamento para reciclagem; o a descontaminação e desmantelamento de Veículos em Fim de Vida; o o armazenamento e tratamento para equipamentos eléctricos e electrónicos; o a gestão de sucatas e volumosos. valorização de resíduos de Em ambos os casos, a prestação do serviço inicia-se pelo planeamento e distribuição do serviço e conclui-se com a emissão de relatórios de acompanhamento e controlo. As áreas funcionais V01 a V07, V23 a V26 e V29 a V35, descrevem a actividade produtiva da VALNOR. Contribuindo para o funcionamento da empresa, mas não interferindo directamente na prestação de serviços, existem outras áreas funcionais que se relacionam com: A orientação estratégica da empresa – a área V22; O desenvolvimento de actividades directamente relacionadas com as áreas produtivas – as áreas V10, V11, V12, V13 e V19; A sensibilização da população para a área de intervenção da VALNOR - a área V08; A disponibilização, circulação e preservação da informação – as áreas V09, V14 e V16; A provisão de recursos – as áreas V15, V17, V18, V27 e V28; A gestão e melhoria do Sistema Integrado suporta a actividade da empresa – áreas V20 e V21. Cada uma destas áreas funcionais é constituída por processos que concretizam o „modus operandi‟ da empresa, referindo-se em seguida, para cada uma, os principais inputs, outputs, referências, registos associados e indicadores, assim como o responsável pelo seu acompanhamento e monitorização. Pág. 20 Declaração ambiental – 2009 Sistema Integrado de Gestão V01 V20 Planeamento/ Controlo do Serviço V08 Sensibilização, Comunicação e Imagem V03 V09 V02 V22 V21 Melhoria do Sistema de Gestão Planeamento e Estratégia Sistema de Documentação V12 V30 Recepção de Resíduos nos CIVTRS V35 Recepção de Resíduos nas ET Legislação, Impactes e Riscos V13 OUTRAS ACTIVIDADES CVO V06 V04 RECOLHA SELECTIVA V10 Gestão da ETL Gestão de RCD‟s Deposição em Aterro Triagem V05 Gestão de DMM Recolha Selectiva V34 Desmantelamento de Veículos em Fim de Vida V29 Gestão de REEE´s Manutenção V14 Gestão Ambiental e SST V33 V24 V11 Recolha Porta a Porta Monitorização Ambiental e de SST Gestão e aluguer de contentores V32 V07 Gestão de Sucatas e Volumosos Reencaminhamento de Materiais OAU e BIODIESEL V25 V26 Gestão de Ecocentros V28 V31 Recolha de Óleos Alimentares Usados V23 Produção de Biodiesel Armazenamento de Pneus Usados Tesouraria V19 Facturação V15 Sistemas de Informação (Informática) V16 V17 Comunicação Interna e Externa Recursos Humanos V18 Compras e Aprovisionamento V27 Contabilidade Figura 5 – Estrutura funcional da VALNOR6 6 Regra de codificação das áreas funcionais: VXX, em que: V – VALNOR / XX – número sequencial. Pág. 21 Declaração ambiental – 2009 VI. PRINCIPAIS INDICADORES PRODUTIVOS VI. 1. Resíduos Sólidos Urbanos Durante o ano de 2009 foram recebidas: – 56.570 toneladas no Aterro de Avis; – 21.471 toneladas no Aterro da Concavada. 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 2009 2008 2007 CIVTRS Avis 2006 2005 CIVTRS Abrantes Gráfico 1 - Deposição de RSU (ton.) VI. 2. Resíduos Industriais Banais (RIB’s) De acordo com a autorização PRES/01, do Senhor Ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, a VALNOR recebeu 8.699 toneladas de RIB‟s no Aterro Sanitário de Avis durante o ano 2009. 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2009 2008 2007 2006 2005 2004 Gráfico 2 – Deposição de RIB‟s (ton) no CIVTRS de Avis Pág. 22 Declaração ambiental – 2009 VI. 3. Resíduos de Tratamento Mecânico de RSUs Durante o ano de 2009 foram recebidas: – 1.117 toneladas no Aterro de Avis; – 103.004 toneladas no Aterro da Concavada. 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 2009 2008 CIVTRS Avis CIVTRS Abrantes Gráfico 3 - Deposição de Resíduos de Tratamento Mecânico de RSU (ton.) em aterro VI. 4. Estações de Transferência Os quantitativos de RSU recebidos nas estações de transferência durante o ano de 2009 foram de 41.478 toneladas. Comparando com os valores recebidos em 2008, verificou-se um decréscimo na ordem dos 7,47 %. 18.000 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide 2009 2008 ET Portalegre 2007 2006 ET Elvas 2005 Gráfico 4 – Deposição de RSU nas Estações de Transferência (ton.) Para transportar as referidas 41.478 toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos das Estações de Transferência para o CIVTRS de Avis foi percorrido um total de 269.432 kms, o que correspondeu a um decréscimo de 32,25%. Pág. 23 Declaração ambiental – 2009 VI. 5. Recolha Selectiva7 Os quantitativos de materiais recolhidos nos ecopontos e na recolha selectiva porta a porta, ao longo dos últimos anos são apresentados na figura seguinte. 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 Vidro Papel e cartão 2009 2008 2007 2006 Embalagens 2005 Gráfico 5 – Quantitativos de recolha selectiva, por fileira, (ton.) Para transportar todos os resíduos recicláveis até à Estação de Triagem no CIVTRS de Avis, foi percorrido um total de 325.669 km na recolha selectiva em ecopontos e um total de 144.698 km na recolha porta a porta. No gráfico seguinte é apresentada a evolução da capitação da recolha selectiva por habitante8, i.e. a quantidade de materiais colocados nos ecopontos por cada habitante. Em 2005 cinco novos Concelhos integraram a VALNOR (Abrantes, Gavião, Mação, Sardoal e Vila de Rei). 30,00 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Vidro Papel e cartão 2009 2008 2007 2006 Embalagens 2005 Gráfico 6 – Evolução da capitação por fileira (Kgs/Hab.ano) Em relação a 2008 constata-se um aumento de 8,01%, na linha da tendência crescente desde 2005. 7 A recolha selectiva no Pólo de Abrantes teve início em Julho de 2005. Considerou-se uma população abrangida pela VALNOR, em 2008, de 174.719 habitantes. Antes da integração a população era de 118.686 habitantes de acordo com os Censos 2001. 8 Pág. 24 Declaração ambiental – 2009 VI. 6. Recepção de Pneus Usados Durante o ano de 2009, foram recepcionadas no CIVTRS de Avis 543 toneladas de pneus usados, o que representou um decréscimo de 11,58 % relativamente a 2008, tendência constante desde o início desta actividade na VALNOR. 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2009 2008 2007 2006 Gráfico 7 – Evolução dos quantitativos de Pneus Usados recepcionados no CIVTRS de Avis (ton) VI. 7. Recolha de Óleos Alimentares Usados9 Os quantitativos de OAU (Óleos Alimentares Usados) recolhidos em 2009 atingiram 113.408 Kgs (78.982 Kgs do Pólo Avis e 34.426 Kgs do Pólo de Abrantes), representando um crescimento de cerca de 10,95 % relativamente a 2008. 90.000 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 Rec. OAU - Avis 2009 Rec. OAU - Abrantes 2008 2007 2006 2005 Gráfico 8 – Evolução dos quantitativos de Óleos Alimentares Usados recolhidos (kg) VI. 8. Deposição de Resíduos Inertes A VALNOR iniciou a operação dos aterros de inertes em conformidade com as licenças de exploração n.º 01/05 referente ao aterro de Ponte de Sôr e n.º 02/05 referente ao aterro de Campo Maior. Com a entrada em funcionamento das Estações de Transferência de RCDs (britagem e crivagem) a VALNOR aumentou significativamente a capacidade instalada na gestão deste tipo de resíduos. 9 A recolha de Óleos Alimentares Usados teve início em Maio de 2005. Pág. 25 Declaração ambiental – 2009 Os quantitativos de resíduos inertes depositados em 2009 foram: – Aterro de Ponte de Sôr: 4.915 toneladas – Aterro de Campo Maior: 2.268 toneladas – ET de RCDs de Castelo de Vide: 1.167 toneladas – ET de RCDs de Portalegre: 1.803 toneladas – ET de RCDs de Avis: 710 toneladas 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 Aterro Campo Maior Aterro Ponte de ET Castelo Vide Sôr 2009 2008 ET Portalegre ET Avis 2007 Gráfico 9 – Evolução dos quantitativos de deposição de RCDs (ton) VI. 9. Veículos em Fim de Vida A VALNOR iniciou em 2008 a operação da sua unidade de recepção e desmantelamento de Veículos em Fim de Vida (VFV), de acordo com a Autorização Prévia Nº. 06/2008/APA. No decorrer de 2009 recebeu 386 veículo e descontaminou 330, aguardando a conclusão do processo de 56 veículos. 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 VFV recepcionados VFV descontaminados 2009 2008 Gráfico 10 – VFV recepcionados e descontaminados em 2008 (unidades) Pág. 26 Declaração ambiental – 2009 VI. 10. Recepção e desmantelamento de REEE De acordo com a Autorização Prévia Nº. 02/2008/APA e Contrato celebrado com a Associação Portuguesa de Gestão de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (AMB3E) no decorrer de 2009 a VALNOR recepcionou: 318.040 kgs de REEE nos seus pontos de recepção; 243.121 kgs na sua Unidade de Tratamento e Valorização (UTV), Quantitativos de recepção de REEE – Pontos de Recepção 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 EC Abrantes EC Portalegre ET Castelo de Vide 2009 ET Elvas ET Ponte de Sôr 2008 Gráfico 11 – REEE recepcionados por local (ton) em 2008 Pág. 27 Declaração ambiental – 2009 VII. ASPECTOS AMBIENTAIS VII. 1. Identificação e avaliação de aspectos ambientais Na análise dos processos da VALNOR são consideradas as diversas actividades desenvolvidas, respectiva frequência e entradas e saídas do processo. São igualmente consideradas as seguintes situações operacionais: Normal – respeitante à rotina operacional. Ocasional – associado a operações ocasionais mas que não representem emergências. Acidente/Emergência – associado a situações de emergência inerentes à actividade e que possam conduzir a impactes negativos no ambiente. A identificação de aspectos e avaliação de impactes ambientais (ou respectiva revisão) é efectuada: Anualmente, como input à definição de objectivos e metas E sempre que for considerado necessário, pelas seguintes situações: o Criação de novas actividades ou serviços; o Alterações legislativas ou regulamentares; o Alterações nos processos; o Utilização de novas matérias primas ou recursos; o Alterações da Política da VALNOR; o Realização de obras nas instalações da VALNOR. Na fase de identificação dos aspectos e impactes ambientais associados a cada processo / actividade, participam os colaboradores directamente intervenientes nesses mesmos processos / actividades, quer através de reuniões / grupos de trabalho, quer através de uma consulta directa no local de trabalho. Os impactes ambientais são então avaliados de acordo com a sua Significância. A “Significância” de um impacte refere-se à importância atribuída a essa alteração do valor do parâmetro ambiental, considerando-se que estes podem ser “Significativos” e “Não Significativos” para o ambiente. Para determinar a significância dos impactes ambientais estes são avaliados através da elaboração de uma matriz (Matriz de Avaliação de Impactes), sendo para tal considerados os quatro seguintes critérios. Frequência – reflecte a frequência com que um impacte pode ocorrer. Abrangência – diz respeito ao nível de alteração do ambiente em termos de área geográfica afectada. Intensidade – avaliada de acordo com a experiência de trabalho e em avaliações técnicas efectuadas por responsáveis de cada área. Atenuação – define os critérios atenuantes em função da eficácia e grau de satisfação das medidas efectuadas para controlar ou minimizar um determinado aspecto ambiental significativo. Pág. 28 Declaração ambiental – 2009 Após a classificação dos impactes quanto a cada um destes critérios, a avaliação é efectuada através da soma dos valores dos quatro critérios. Esta soma traduz a significância relativa de cada um dos impactes, sendo que, quando a soma se situa entre 3 e 10 o impacte é considerado Não Significativo, quando a soma se situa entre 11 e 15 o impacte é considerado Significativo. Quando se verificar uma classificação máxima nos três primeiros critérios, o impacte ambiental respectivo será sempre considerado Significativo, independentemente da atenuação. TOTAL = Frequência + Abrangência + Intensidade +Atenuação Frequência A Frequência de ocorrência de um determinado impacte é classificada numa escala de 1 a 5, de acordo com o quadro seguinte. Frequência Descrição Pontuação Alta Aspectos que se verificam de forma contínua durante a operação da instalação 5 Moderada Aspectos que se verificam várias vezes por mês durante a operação da instalação 3 Baixa Aspectos que se podem verificar pelo menos uma vez por ano durante a operação da instalação 1 Abrangência A Abrangência de um determinado impacte é classificada numa escala de 1 a 5, de acordo com o quadro seguinte. Abrangência Descrição Alta Moderada Baixa Pontuação Afectação para além da área de intervenção (nível nacional) 5 Afectação nas imediações e área de intervenção 3 Afectação nas instalações 1 Intensidade A Intensidade de um determinado impacte é classificada numa escala de 1 a 5, de acordo com o quadro seguinte. Intensidade Pontuação Elevada 5 Moderada 3 Reduzida 1 Pág. 29 Declaração ambiental – 2009 Atenuação A Atenuação de um determinado impacte é classificada numa escala de 0 a -3, de acordo com o quadro seguinte. Atenuação Pontuação Quando os meios de controlo / contenção passam por reorganização de trabalho, intervenção no local (ex: instalação de equipamentos) ou utilização das MTD‟s, com resultados ambientais imediatos e eficazes. -3 Quando as medidas de controlo apresentam resultados positivos e satisfatórios (ex: redução de consumos após estabelecimento de plano de controlo). -2 Quando a medida de atenuação passa por proposta ou elaboração de documentos sem ter sido verificada a sua influência sobre o aspecto ambiental significativo, ou meios de controlo insuficientes para minimizar o efeito do impacte ambiental gerado. -1 Quando a classificação de impacte não é significativa ou quando não existem medidas de atenuação. 0 Relativamente à Significância do Impacte, considera-se que: Resultado Classificação Soma de 11 a 15 Aspecto Ambiental Significativo Soma de 3 a 10 Aspecto Ambiental Não Significativo Posteriormente são definidas as medidas de minimização e controlo dos impactes ambientais significativos, as quais podem incluir: Melhoria – Redução dos impactes, através de acções de melhoria definidas nos Objectivos e Metas. Formação – Redução dos impactes através da disponibilização da adequada formação, sensibilização e aquisição de competências por parte dos trabalhadores. Controlo Operacional – Redução dos impactes, através de medidas de controlo e prevenção, estabelecidas nos procedimentos e instruções de trabalho específicos. Documentação – Redução dos impactes associados às actividades, produtos, serviços e/ou a situações de emergência, através da definição, elaboração e implementação de documentação específica. Resposta a emergência – Redução dos impactes associados a situações de emergência, através da definição e implementação de procedimentos de resposta a emergências. O controlo de impactes poderá igualmente incidir sobre os impactes considerados Não Significativos caso a sua minimização esteja enquadrada nos objectivos da VALNOR como oportunidade de melhoria. Pág. 30 Declaração ambiental – 2009 VII. 2. Aspectos ambientais Em seguida apresentam-se os impactes ambientais negativos e significativos por área funcional e os impactes ambientais positivos. Área Funcional: V02 - Recepção de resíduos nas Estações de Transferência Processo Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Geral Geral Directo Emergência Transbordo da fossa Contaminação do meio Directo Normal Consumo de gasóleo Depleção dos recursos naturais V02-03 Transporte para o Centro de Valorização Aspecto Ambiental Transporte dos resíduos Directo Normal Emissões gasosas - produtos da combustão Impacte Ambiental Controlo dos Impactes Negativos Significativos Controlo dos consumos diários por veículo e por circuito.Implementação/Utilização do OPCIR Diminuição do volume de gases libertados por redução do consumo de gasóleo: Poluição atmosférica - Fonte móvel Controlo dos consumos diários por veículo e por circuito. Implementação/Utilização do OPCIR Área Funcional: V04 – Deposição em aterro Processo Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Normal Emissões gasosas - biogás Normal Produção de efluentes líquidos lixiviado Directo Geral - RSU Geral Directo Emergência Aspecto Ambiental Ocorrência de incêndio (produção de resíduos e efluentes contaminados, libertação de fumos e poeiras) Controlo dos Impactes Negativos Significativos Poluição atmosférica - aumento do V11 - Monitorização Ambiental e de efeito de estufa SST Impacte Ambiental V11 - Monitorização Ambiental e de Impactes associados à gestão da SST. ETAR V12 - Gestão da ETL V14 - 13 Gestão de efluentes Contaminação do meio Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 31 Declaração ambiental – 2009 Área Funcional: V05 – Recolha Selectiva Processo Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Normal Emissões gasosas - produtos da combustão Directo Normal Consumo de gasóleo Deslocar camião entre ecopontos e V05-01 Recolha Transportar em Ecopontos e resíduos até ao Vidrões Centro de Valorização Directo Emergência Aspecto Ambiental Ocorrência de acidente com espalhamento de resíduos, derramamento de óleo ou combustível Impacte Ambiental Poluição atmosférica - Fonte móvel Depleção dos recursos naturais Contaminação do meio Controlo dos Impactes Negativos Significativos Diminuição do volume de gases libertados por redução do consumo de gasóleo: Controlo dos consumos diários por veículo e por circuito. Implementação/Utilização do OPCIR Controlo dos consumos diários por veículo e por circuito. Implementação/Utilização do OPCIR -- Área Funcional: V06 – Triagem Processo Actividades / Local Funcionamento dos equipamentos Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Normal Geral Directo Emergência Geral Aspecto Ambiental Impacte Ambiental Consumo de energia (inclui iluminação) Ocorrência de incêndio (produção de resíduos e efluentes contaminados, libertação de fumos e poeiras) Impactes associados à produção de energia Depleção dos recursos naturais Controlo dos Impactes Negativos Significativos Controlo dos consumos energéticos por instalação Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 32 Declaração ambiental – 2009 Área Funcional: V11 – Monitorização ambiental e de SST Processo Lixeiras (Monitorização e Manutenção) Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Indirecto Normal Indirecto Emergência Ocorrência de contaminação das águas subterrâneas Contaminação do meio Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Emergência Ocorrência de incêndio na lixeira (produção de resíduos e efluentes contaminados, libertação de fumos e poeiras) Contaminação do meio Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Geral Indirecto Aspecto Ambiental Emissões gasosas - biogás Controlo dos Impactes Negativos Significativos Poluição atmosférica - aumento do efeito Plano anual de monitorização das de estufa lixeiras Impacte Ambiental Área Funcional: V12 – Gestão da ETL Processo Actividades / Local Realização de Análises Laboratoriais Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Emergência Geral Geral Directo Normal Aspecto Ambiental Potencial derrame de reagentes laboratoriais Consumo de energia (bombas submersíveis e sistema de adição de reagentes) Controlo dos Impactes Negativos Significativos Cenário de Emergência incluido no Impactes associados à gestão de RIP's Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Impacte Ambiental Impactes associados à produção de energia Controlo das necessidades de bombagem dos efluentes. Funcionamento de acordo com as necessidades. Registo dos caudais elevados. V12 - Gestão da ETL Área Funcional: V13 – Manutenção Processo Actividades / Local Posto de Armazenagem e Geral Abastecimento de Gasolina (Armazenamento) Directo / Indirecto Directo Directo Situação Aspecto Ambiental Operacional Emergência Ruptura e derrame de combustivel Emergência Potencial explosão do tanque Controlo dos Impactes Negativos Significativos Impacte Ambiental Contaminação do meio -- Contaminação do meio -- Pág. 33 Declaração ambiental – 2009 Área Funcional: V24 – Recolha Porta-a-Porta Processo V24-02 Recolha Porta-a-Porta nos estabelecimentos Actividades / Local Deslocar carrinha entre os pontos de recolha (estabelecimentos comerciais, restaurantes, etc) até ao Centro de Valorização Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Normal Aspecto Ambiental Consumo de gasóleo Controlo dos Impactes Negativos Significativos Impacte Ambiental Depleção dos recursos naturais Controlo dos consumos diários por veículo e por circuito. Área Funcional: V26 – Recolha de Óleos Alimentares Usados Processo Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Recolha e armazenamento de óleos alimentares usados Geral Directo Emergência Aspecto Ambiental Derrame de óleos usados alimentares na via pública Impacte Ambiental Contaminação do meio Controlo dos Impactes Negativos Significativos Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Área Funcional: V32 – Gestão de sucatas e volumosos Processo Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional V32-01 Processamento de sucatas / volumosos Plataforma de Triagem de resíduos Directo Emergência Aspecto Ambiental Incêndio nas pilhas de resíduos Impacte Ambiental Contaminação do meio Controlo dos Impactes Negativos Significativos Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Área Funcional: V33 – Gestão e alugues de contentores Processo V33-03 - Colocação de contentores no local V33-04 - Recolha de contentores no local Actividades / Local Geral Directo / Indirecto Directo Situação Operacional Emergência Aspecto Ambiental Ocorrência de acidente com espalhamento de resíduos, derramamento de óleo ou combustível Impacte Ambiental Contaminação do meio Controlo dos Impactes Negativos Significativos Cenário de Emergência incluido no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 34 Declaração ambiental – 2009 Área Funcional: V35 – Central de Valorização Orgânica Processo Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Aparelhos de ar condicionado Funcionamento dos aparelhos de AC Directo Emergência Emissões gasosas - (H)CFC's dos aparelhos de ar condicionado Directo Emergência Consumo de gasóleo Directo Normal Directo Emergência Gerador de emergência Geral da Central de Compostagem Funcionamento do gerador de emergência Funcionamento de máquinas e equipamentos Geral Aspecto Ambiental Impacte Ambiental Consumo de energia (inclui iluminação) Ocorrência de incêndio (produção de resíduos e efluentes contaminados, libertação de fumos e poeiras) Depleção da camada de ozono / efeito de estufa Controlo dos Impactes Negativos Significativos Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Depleção dos recursos naturais Registo dos consumos e das horas de funcionamento Impactes associados à produção de energia Controlo dos consumos energéticos por instalação Contaminação do meio Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Área Funcional: Actividades administrativas (escritório) Processo Centro de Valorização Escritórios Actividades / Local Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Emergência Directo Emergência Geral Aspecto Ambiental Emissões gasosas - Fuga de (H)CFC's contidos em equipamentos de refrigeração Ocorrência de incêndio (produção de resíduos e efluentes contaminados, libertação de fumos e poeiras) Impacte Ambiental Controlo dos Impactes Negativos Significativos Depleção da camada de ozono / efeito de estufa Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Contaminação do meio Cenário de Emergência incluído no Plano de Prevenção e Resposta a Emergências Pág. 35 Declaração ambiental – 2009 Impactes Ambientais Positivos Área Funcional Processo V02 - Recepção de Resíduos na Geral ET Actividades/Local Operação da compactadora Directo / Indirecto Situação Operacional Directo Normal Compactação dos resíduos Aspecto Ambiental Impacte Ambiental Prevenção da poluição (diminuição do numero de cargas a transportar) V04 - Deposição em Aterro V04-03 Colocação de terras de Transportar e espalhar terras de cobertura cobertura na célula Directo Normal Controlo de pragas - barreira de terra sobre os resíduos V31 - Produção de biodiesel V32 - Produção de biodiesel Directo Normal Consumo de resíduos (Óleos alimentares usados) Valorização de resíduos (+) Directo Normal Triagem dos resíduos valorizáveis Valorização de resíduos (+) Directo Ocasional Separação e encaminhamento de resíduos perigosos Operação do equipamento de desmantelamento de colchões Directo Ocasional Triagem dos resíduos valorizáveis Operação da prensa de sucatas Directo Ocasional Diminuição do volume dos resíduos Descontaminação dos VFV Descontaminar os VFV e remover peças valorizáveis Directo Normal Recuperação de resíduos valorizáveis (plásticos, carburador, motor de arranque, etc) V35-01- Recepção de Resíduos na CVO Descarregar resíduos na fossa Directo Normal Consumo de resíduos (RSU's) Directo Ocasional Geral Plataforma de Triagem de resíduos V32-Gestão de Sucatas e Volumosos V34 - Veículos em fim de vida Promoção da saúde pública (+) Prevenção da poluição (+) V32-01 - Processamento de sucatas / volumosos Valorização de resíduos (+) Prevenção da poluição (+) Valorização de resíduos (+) Aumento do tempo de vida útil do aterro (+) V35 - CVO V35-20 - Recepção de material Deslocar e descarregar FV estruturante Consumo de resíduos (madeira) Valorização de resíduos (+) Pág. 36 Declaração ambiental – 2009 VIII. DESEMPENHO AMBIENTAL VIII. 1. Monitorização ambiental Na sequência da aprovação da directiva comunitária 1999/31/CE de 26 de Abril e da sua transposição pelo decreto-lei 152/2002 de 23 de Maio relativo à deposição de resíduos em aterros, bem como da Licença Ambiental n.º 28/2005 e da Licença de Exploração n.º 8/2005/INR do CIVTRS de Avis e da Licença Ambiental do CIVTRS de Abrantes n.º 262/2009 das quais a VALNOR é detentora, tornou-se necessário garantir o cumprimento de vários requisitos, nomeadamente os respeitantes aos processos de monitorização das células dos CIVTRS de Avis e de Abrantes, quer na sua fase de exploração quer na sua fase de encerramento. VIII. 2. Indicadores de desempenho ambiental VIII.2.a. Descargas de águas residuais para águas de superfície Durante o ano de 2009 foram descarregados 251 m3 da ETL do CIVTRS de Avis tendo sido realizadas análises de acordo com as exigências legais, de forma a assegurar a qualidade do efluente tratado descarregado. Neste sentido, convém referir que no CIVTRS de Abrantes, não se efectuam descargas para o meio hídrico, desde que a VALNOR tomou a gestão do CIVTRS de Abrantes. Seguidamente apresenta-se a evolução dos valores registados de caudal de efluente tratado e descarregado em linha de água no CIVTRS de Avis. 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 CIVTRS Avis 2009 2008 2007 Tabela 5 – Caudais de efluente tratado e descarregado (CIVTRS de Avis) É importante salientar uma particularidade do CIVTRS de Avis, que consiste no facto de, durante os meses mais quentes do ano, não ocorrer produção de lixiviados, chegando a ETL a parar de funcionar por ausência de caudal. Esta situação, comprovada desde 2002, é suportada pelos dados de base existentes, verificando-se que, nalguns meses, a evaporação é superior ao caudal gerado. Relativamente às descargas de efluente efectuadas da ETL do CIVTRS de Avis é feito um controlo analítico interno, no laboratório da VALNOR, bem como um controlo externo em laboratório acreditado, de forma a garantir que apenas se efectuam descargas que cumpram os valores limites legais. Pág. 37 Declaração ambiental – 2009 VIII.2.b. Produção de resíduos Como resultado das suas actividades, a VALNOR produz um conjunto de resíduos, os quais são devidamente armazenados nas suas instalações até poderem ser enviados para entidades retomadoras licenciadas para o efeito. Em seguida referem-se, para os resíduos mais significativos, as quantidades produzidas e uma breve explicação sobre a sua origem / natureza. Lixiviados e efluentes Em qualquer zona de deposição de resíduos surgem os designados lixiviados, que atravessam a massa de resíduos sólidos extraindo-lhes os materiais solúveis e em suspensão. Estes efluentes são constituídos pelos líquidos resultantes da decomposição dos resíduos e por águas oriundas de fontes externas, tais como a precipitação. O lixiviado irá escorrer para o fundo do aterro de onde será captada e encaminhada para tratamento numa instalação designada por Estação de Tratamento de Lixiviados (ETL). Devido às alterações que se produzem progressivamente nos resíduos acumulados ao longo da vida do aterro sanitário, as águas lixiviantes produzidas apresentam uma elevada variação, quer em termos quantitativos, quer em termos qualitativos, dependendo de vários factores, nomeadamente condições atmosféricas, natureza dos resíduos, condições de exploração do aterro, natureza dos materiais de cobertura e idade do aterro. Apesar dos lixiviados serem as principais águas residuais num aterro sanitário, existem também as águas de lavagem das instalações e as águas provenientes das instalações sanitárias, igualmente encaminhados para tratamento na ETL. No caso do CIVTRS de Avis, às águas residuais que chegam à ETL acrescem os lixiviados provenientes da antiga lixeira selada, enquadrada no seu perímetro. CIVTRS de Avis Na Tabela seguinte apresentam-se os registos mensais dos caudais dos lixiviados afluentes à ETL do CIVTRS de Avis. O caudal é nulo em alguns meses por ausência de produção de lixiviados. 2004 (m3/mês) 2005 (m3/mês) 2006 (m3/mês) 2007 (m3/mês) 2008 (m3/mês) Janeiro 323 0 817 534 138 Fevereiro 163 0 498 0 158 Março 212 655 948 0 245 Abril 0 897 258 0 259 Maio 158 1364 309 0 237 Junho 257 1695 299 119 236 Julho 0 0 30 481 322 Agosto 0 0 477 499 349 Setembro 0 0 968 587 318 Outubro 0 0 2961 435 372 Novembro 540 0 1643 291 249 Dezembro 318 567 722 318 262 1971 5178 9930 3264 3145 Caudal Total Afluente (m3) Tabela 7 – Evolução do caudal de lixiviado afluente à ETL CIVTRS de Abrantes Não é possível quantificar a produção de lixiviados no CIVTRS de Abrantes por não existir caudalímetro à entrada da ETL. No entanto, a partir do mês de Outubro de 2008, têm sido transportados, para tratamento final na ETL do CIVTRS de Avis. Pág. 38 Declaração ambiental – 2009 Estações de Transferência De acordo com as autorizações prévias nº 10/2002 de 01/07/02; nº 15/2002 de 05/08/02; nº 17/2002 de 02/08/02; e nº 18/2002 de 21/08/02, respectivamente das estações de transferência de Portalegre, Elvas, Ponte Sôr e Castelo de Vide, a VALNOR deve efectuar a caracterização das águas residuais com uma periodicidade mínima anual, e registar o volume do efluente transportado para tratamento. 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide 2009 2008 2007 ET Portalegre 2006 ET Elvas 2005 Gráfico 12 – Lixiviados produzidos nas Estações de Transferência (m3 / ton. RSU) Conforme é possível verificar a partir do gráfico anterior tem-se registado uma evolução positiva deste indicador ao longo dos últimos anos. Os lixiviados produzidos nas Estações de Transferência foram encaminhados para as Estações de Tratamento de Águas Residuais Municipais respectivas de acordo com as correspondentes autorizações emitidas pelas Câmaras Municipais. Refugo da triagem (aspecto ambiental indirecto) O processo de triagem consiste na separação positiva dos materiais recolhidos nos ecopontos, seleccionando-se apenas aqueles que são passíveis de posterior encaminhamento para tratamento ou valorização. Assim, os materiais não seleccionados no decorrer do processo de triagem são devidamente contabilizados e depositados na célula em exploração do CIVTRS de Avis. 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% Papel e cartão 2009 Embalagems e metais 2008 2007 2006 2005 Gráfico 13 – Evolução da taxa de refugo da triagem (%) Pág. 39 Declaração ambiental – 2009 Óleos usados, solventes, absorventes e outros resíduos Os óleos usados são originados nas operações de manutenção dos equipamentos afectos às diferentes áreas de prestação de serviços (viaturas de transporte e de acondicionamento de resíduos) e são adequadamente acondicionados com recurso a um depósito subterrâneo localizado na periferia da oficina do CIVTRS de Avis, e entregues a empresa licenciada para o seu transporte e gestão. 13 02 08 14 06 03 15 02 02 16 01 07 20 01 25 16 01 03 16 02 14 20 01 35 Óleos usados Solventes Absorventes Filtros de óleo Glicerina Pneus usados Equipamento fora de uso Equip. Eléctrico 2009 8.930 288 72 260 20.460 1.260 16 200 2008 5.000 314 170 260 ------8.320 2007 4.300 352 200 300 ------50 2006 5.600 394 250 250 --------- 2005 2.100 540 400 400 --------- Tabela 8 – Encaminhamento de óleos, solventes, absorventes e outros resíduos (Kgs) VIII.2.c. Recursos Águas subterrâneas (captação) CIVTRS de Avis A VALNOR possui três furos para captação de água no CIVTRS de Avis (AC1, AC2 e AC3). CIVTRS de Abrantes10 No CIVTRS de Abrantes existe um furo de captação de água subterrânea, cujo limite de captação, de acordo com a Licença N.º 0067/04 DSMA-DMA, é de 1.000 m3/mês. 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 CIVTRS Avis 2009 CIVTRS Abrantes 2008 2007 2006 2005 Gráfico 14 – Captação de águas subterrâneas (m 3) O aumento significativo do consumo de água no CIVTRS de Avis está relacionado com a operação da Central de Valorização Orgânica. 10 Em 2006 a VALNOR apenas assumiu a operação do CIVTRS de Abrantes em Agosto. Pág. 40 Declaração ambiental – 2009 Consumo de água nas Estações de Transferência A água consumida nas Estações de Transferência provém da rede que abastece a zona onde estão localizadas, com excepção de Ponte de Sôr que é abastecida directamente pelo autotanque da VALNOR com água recolhida por captação no CIVTRS de Avis. 0,25 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide 2009 2008 2007 ET Portalegre 2006 ET Elvas 2005 Gráfico 15 – Consumo de água por tonelada de RSU recebida (m 3 / ton.) Energia eléctrica CIVTRS As operações de deposição de RSU em aterro não consomem energia eléctrica, pois os consumos energéticos resumem-se ao gasóleo dos equipamentos de transporte e compactação. 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 2009 2008 CIVTRS Avis 2007 2006 2005 CIVTRS Abrantes Gráfico 16 – Evolução do consumo de electricidade nos CIVTRS (kWh) 11 Relativamente a 2008 registou-se um aumento significativo do consumo de energia nos dois CIVTRS relacionado com os seguintes factos: 11 CIVTRS de Avis: entrada em funcionamento da Central de Valorização Orgânica (fase de testes) em Novembro de 2008. CIVTRS de Abrantes: entrada em funcionamento da Estação de Transferência de RSUs em Junho de 2009. Os consumos do CIVTRS de Abrantes do ano de 2006 são referentes ao período Agosto e Dezembro. Pág. 41 Declaração ambiental – 2009 Estações de Transferência Nas Estações de Transferência o consumo de energia eléctrica está principalmente relacionado com a actividade de compactação de RSU‟s para posterior transporte para o aterro do CIVTRS de Avis. 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide 2009 2008 2007 ET Portalegre 2006 ET Elvas 2005 Gráfico 17 – Evolução do consumo de electricidade nas Estações de Transferência (kWh)12 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 ET Ponte de Sôr ET Castelo de Vide 2009 2008 2007 ET Portalegre 2006 ET Elvas 2005 Gráfico 18 – Evolução do consumo de electricidade nas ETs (KWh/ton. RSU) Em relação a este indicador é importante destacar que se inverteu a tendência decrescente dos últimos anos. Outras instalações Em 2009 registaram-se ainda os seguintes consumos de electricidade em outras instalações da VALNOR. Ecocentro Portalegre Ecocentro Abrantes Aterro RCDs CM 2009 1.836 1.805 645 2008 6.346 1.666 629 2007 1.945 6.402 550 2006 756 5.214 608 Tabela 9 - Consumos (KWh) de outras instalações 12 Ecocentro de Portalegre (Julho a Dezembro de 2006); Ecocentro de Abrantes (Abril a Dezembro de 2006) Pág. 42 Declaração ambiental – 2009 Combustíveis A VALNOR consome gasóleo principalmente nas suas actividades de transporte de RSU´s entre as Estações de Transferência e na recolha selectiva de ecopontos. Conforme é possível observar nos gráficos apresentados em seguida, a tendência decrescente do consumo de gasóleo (litros/Km e litros / Ton) desde 2005 foi invertida em 2008. 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 RSUs RS e RSPP 2009 2008 2007 2006 Rec. OAU 2005 Gráfico 19 – Evolução do consumo de gasóleo por Km percorrido (Litros / Km) 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 RSUs RS e RSPP 2009 2008 2007 2006 Recolha OAU 2005 Gráfico 20 – Evolução do consumo de gasóleo por tonelada transportada (Litros / Ton.) Pág. 43 Declaração ambiental – 2009 VIII.2.d. Indicadores de estado Emissões para a atmosfera Uma das questões inerentes à deposição de RSU em aterros sanitários é a produção e migração de biogás para a atmosfera que, à semelhança de outros problemas ambientais existentes desde sempre neste tipo de explorações, tem sido alvo de preocupações recentes, de forma a minimizar o seu impacte sobre o ambiente. O biogás surge através de processos biológicos, físicos e químicos. Este gás é maioritariamente composto por metano (CH4), dióxido de carbono (CO2) e por uma diversidade de componentes em quantidades residuais. O Decreto-Lei n.º 152/2002, de 23 de Maio, refere no seu art.º 36º quais os requisitos técnicos para a instalação de aterros sanitários para resíduos não perigosos, onde se enquadra os aterros sanitários da VALNOR. No que se refere ao sistema de drenagem e tratamento de biogás é referido que “o biogás produzido pelos aterros que recebam resíduos biodegradáveis deverá ser captado, tratado e utilizado de forma a reduzir ao mínimo os efeitos negativos ou a deterioração do ambiente e os riscos para a saúde humana. Caso os gases captados não possam ser utilizados para a produção de energia deverão ser queimados em facho.” Um dos principais aspectos para a recuperação do biogás produzido prende-se com o facto dos seus principais componentes (metano e dióxido de carbono) contribuírem para o efeito de estufa. O biogás é também o responsável pela ocorrência de odores no aterro e na sua zona envolvente, devido aos componentes vestigiais do biogás (nomeadamente hidrocarbonetos voláteis e compostos orgânicos voláteis). De referir ainda que quando o biogás é ventilado directamente para a atmosfera não se promove qualquer risco de incêndio e explosão. A situação de incêndio e explosão ocorre apenas quando bolsas de biogás que estão contidas por diferentes razões, de súbito sofrem uma mistura rápida (por rotura dessas bolsas para o exterior) com o ar atingindo uma concentração entre 5 e 15% de volume por rotura da bolsa formada. Assim, a implementação de um sistema de captação e drenagem do biogás diminui a possibilidade de acumulação de biogás em bolsa (no interior da massa de resíduos) pois a desgaseificação que se processa em contínuo diminui essa situação. O volume de biogás produzido num aterro de RSU depende da fracção de matéria orgânica que estes resíduos contêm e da decomposição anaeróbia da mesma, da qual resulta a emissão de biogás. O biogás é constituído essencialmente por dois componentes, metano (CH4) e dióxido de carbono (CO2), contendo ainda componentes vestigiais de outros gases, que quando presentes em elevadas concentrações, como atrás referido, podem apresentar características de toxicidade. Composição do Biogás Intervalo Média Metano (Combustível) CH4 30 – 65% 48% Dióxido de Carbono CO2 30 – 50% 40% Azoto N2 5 – 30% 10% Hidrogénio (Combustível) H2 0 – 3% 1% Oxigénio O2 0 – 5% 0,5% Tabela 12 – Principais componentes do biogás Pág. 44 Declaração ambiental – 2009 Em conformidade com o disposto no Decreto Lei n.º152/2002, de 23 de Maio, bem como na Licença Ambiental n.º 28/2005 e na Licença de Exploração n.º 8/2005/INR do CIVTRS de Avis e na Licença Ambiental do CIVTRS de Abrantes n.º 262/2009 é mensalmente realizada a monitorização das emissões de gases no CIVTRS - CH4, CO2 e O2 nos respectivos drenos verticais do sistema de captação de biogás. Analisando os registos de biogás das células, quer do CIVTRS de Avis, quer do CIVTRS de Abrantes, constata-se que os valores registados são, na generalidade, inferiores aos valores considerados médios apontados na bibliografia, á excepção dos valores de Azoto (N2), que se apresentam bastante superiores. Águas subterrâneas Em 2009 a VALNOR efectuou a monitorização das águas subterrâneas, a partir de piezómetros existentes a montante e a jusante das células do CIVTRS de Avis e da célula do CIVTRS de Abrantes, com o objectivo de verificar a existência de alguma contaminação potencialmente relacionada com o aterro sanitário. Na tabela seguinte apresentam-se os piezómetros analisados mensalmente: CIVTRS de Avis CIVTRS de Abrantes Célula Inicial Nova Célula Piezómetro 1 Jusante Montante Montante Piezómetro 2 Jusante Montante Jusante Piezómetro 3 Montante Jusante Jusante Jusante Montante Piezómetro 4 Piezómetro 5 Montante Piezómetro 6 Montante Tabela 13 – Piezómetros monitorizados em 2008 Uma vez que não existem normas que estabeleçam limites para a qualidade mínima de águas subterrâneas, os parâmetros analisados são comparados com a situação de referência (parâmetros analisados antes da exploração da célula do aterro) de forma a perceber se existe algum tipo de contaminação provocada pela deposição de resíduos. É de referir que no geral, os parâmetros do CIVTRS de Abrantes apresentam valores semelhantes a montante e jusante, e sem grandes diferenças dos valores de referência. Relativamente à nova célula do CIVTRS de Avis, devido à recente exploração da mesma, os valores mantêm-se semelhantes aos valores de referência. Quanto à célula inicial do CIVTRS de Avis, verificam-se alguns valores acima dos valores de referência, no entanto, é de salientar que as diferenças entre os parâmetros analisados a montante e a jusante são pouco significativas pelo que é possível concluir que não se fez sentir grande influência da exploração da célula, podendo ser resultado das características e especificidades do terreno. Medição de Ruído para o Exterior Relativamente ao ruído externo, de acordo com a Licença Ambiental do CIVTRS n.º 28/2005, foi realizado um estudo de medição de ruído para o exterior, na envolvente do CIVTRS (instalação da VALNOR com maiores níveis de ruído), do qual se constatou que são cumpridos todos os requisitos legais. Pág. 45 Declaração ambiental – 2009 Por outro lado, é possível concluir que o nível de incomodidade, por ruído externo, para a população não atinge valores significativos nas restantes instalações (Estações de Transferência, Ecocentros e Aterro da Concavada) face à distância dos aglomerados populacionais mais próximos – zonas sensíveis. O facto dos carros de transporte de resíduos e recolha selectiva cumprirem os valores limites exigidos no Decreto-Lei n.º 49/2001 de 13 de Fevereiro, garante a não incomodidade sonora para a população na sua passagem pelos aglomerados populacionais. Pág. 46 Declaração ambiental – 2009 IX. OBJECTIVOS E METAS AMBIENTAIS IX. 1. Acompanhamento dos objectivos e metas ambientais de 2009 Em seguida referem-se as metas e objectivos ambientais estabelecidos pela VALNOR para 2009 e correspondente informação sobre o seu grau de realização. Cumprir as directivas Comunitárias no que diz respeito à valorização orgânica dos resíduos Meta: Retirar 50% dos Resíduos Urbanos Biodegradáveis dos Resíduos Sólidos Urbanos recepcionados. Acções desenvolvidas: Foi concluída a 2ª fase da Central de Valorização Orgânica em Avis e iniciada a sua operação. Conclusão: Este objectivo foi alcançado. Minimizar os impactes paisagísticos do aterro Meta: Requalificar as zonas da envolvente da célula 1 do CIVTRS de Avis Acções desenvolvidas: Foi efectuada a recuperação dos taludes da célula 1. No decorrer de 2010 ainda serão depositados resíduos na célula 1. Conclusão: Este objectivo transitou para 2011 Diminuir os impactes ambientais relativos à emissão de poluentes atmosféricos (CH4 ) Meta: Diminuir as emissões de biogás para a atmosfera. Acções desenvolvidas: Foi efectuada a recuperação dos taludes da célula 1. No decorrer de 2010 ainda serão depositados resíduos na célula 1. Conclusão: Este objectivo transitou para 2011 Desviar RUBs de aterro Meta: Aumentar em 15.000 toneladas / ano a capacidade de tratamento de RUBs Pág. 47 Declaração ambiental – 2009 Acções desenvolvidas: Foi lançado o concurso para instalação de uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton. / ano de RUBs, sendo de salientar que o valor inicialmente previsto era de 15.000 ton. / ano. A viabilidade da instalação de uma unidade de vermicompostagem será analisada após a instalação da central de digestão anaeróbia. Conclusão: O prazo de concretização deste objectivo mantém-se para 2013. Assegurar o tratamento integral de todos os resíduos da zona de abrangência Meta: Instalar uma célula de RIBs. Acções desenvolvidas: A VALNOR obteve a autorização do Concedente em 16 de Março de 2009. Conclusão: Este objectivo foi parcialmente alcançado. A sua conclusão está prevista para 2011. Dotar a VALNOR de unidades de produção de energia a partir de fontes renováveis Meta: Instalar 20 a 40 MW de capacidade de produção de energia a partir de fontes renováveis Acções desenvolvidas: Foi lançado o concurso para instalação de uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton. / ano de RUBs, sendo de salientar que o valor inicialmente previsto era de 15.000 ton. / ano. Foram acrescentadas novas acções relacionadas com esta meta, nomeadamente a instalação de centrais de microgeração solar nas unidades da VALNOR com contadores de baixa tensão. Conclusão: Mantém-se o prazo de concretização inicialmente previsto: 2012 Assegurar o cumprimento dos VLEs da descarga em meio hídrico (CIVTRS Avis) Meta: Cumprir os Valores Limite de Emissão (VLE) em todas as descargas. Acções desenvolvidas: Foi instalado o sistema de tratamento através de osmose inversa. Foi iniciada a instalação da ETAR compacta para tratamento de águas residuais. Conclusão: Este objectivo foi parcialmente alcançado, estando prevista a sua conclusão para o 1º semestre de 2010. Pág. 48 Declaração ambiental – 2009 IX. 2. Objectivos e metas ambientais para 2010 Em seguida referem-se as metas e objectivos ambientais estabelecidos pela VALNOR para 2010. Minimizar os impactes paisagísticos do aterro Meta: Requalificar as zonas da envolvente da célula 1 do CIVTRS de Avis. Acções a desenvolver: Efectuar a selagem e recuperação paisagística da célula 1 do CIVTRS de Avis. Prazo de concretização: 2010 Diminuir os impactes ambientais relativos à emissão de poluentes atmosféricos (CH4 ) Meta: Diminuir as emissões de biogás para a atmosfera. Acções a desenvolver: Selar a célula 1 do CIVTRS de Avis. Instalar um sistema de queima de biogás na célula inicial do CIVTRS de Avis. Avaliar possibilidade de valorização energética. Prazo de concretização: 2011 Desviar RUBs de aterro Meta: Aumentar em 30.000 toneladas / ano a capacidade de tratamento de RUBs. Acções a desenvolver: Instalar uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton./ano de RUBs. Instalar uma unidade de vermicompostagem - produção de 5.000 ton./ano de húmos e líquidos húmicos. Prazo de concretização: 2013 Assegurar o tratamento integral de todos os resíduos da zona de abrangência Meta: Instalar uma célula de RIBs. Acções a desenvolver: Construir e licenciar 1 célula de RIBs: 250.000 m3 com horizonte de vida de 15 anos. Prazo de concretização: 2011 Pág. 49 Declaração ambiental – 2009 Dotar a VALNOR de unidades de produção de energia a partir de fontes renováveis Meta: Instalar 20 a 40 MW de capacidade de produção de energia a partir de fontes renováveis. Acções a desenvolver: Instalar uma unidade de digestão anaeróbia para 25.000 ton./ano de RUBs (10 MW). Instalar uma central fotovoltaica. Instalar um sistema de valorização de biogás para a 1ª célula do CIVTRS de Avis. Instalar um sistema de valorização de biogás para a 1ª célula do CIVTRS de Avis. Instalar um sistema de valorização de biogás no CIVTRS de Abrantes. Prazo de concretização: 2012 Assegurar o cumprimento dos VLEs da descarga em meio hídrico (CIVTRS Avis) Meta: Cumprir os Valores Limite de Emissão (VLE) em todas as descargas Acções a desenvolver: Concluir a instalação de uma ETAR compacta para tratamento de águas residuais Prazo de concretização: 2010 Assegurar o encaminhamento dos rejeitados para valorização Meta: Garantir a valorização final de 30% dos resíduos recebidos. Acções a desenvolver: Construir uma unidade de produção de Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR) Prazo de concretização: 2012 Aumentar a capacidade do sistema de recolha de óleos alimentares usados Meta: Cumprir as metas estabelecidas no Decreto-Lei n.º 267/2009, de 29 de Setembro Acções a desenvolver: Adquirir e colocar 250 oleões Adquirir 1 veículo de recolha de oleões Prazo de concretização: 2010 Pág. 50 Declaração ambiental – 2009 X. VERIFICADOR AMBIENTAL Número da acreditação: Verificador: Data de validação da Declaração: Pág. 51 Declaração ambiental – 2009 Amigos para a vida. Herdade das Marrãs 7480 Avis Tel: (351) 245 610 040 • Fax: (351) 245 619 003 www.valnor.pt • [email protected]