Eli Lilly and Company Respostas para nossos acionistas – 2005

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Eli Lilly and Company Respostas para nossos acionistas – 2005
Eli Lilly and Company
Respostas para nossos acionistas – 2005
1
M E N S AG E M AO S AC I O N I S TA S
Sidney Taurel
CEO e Presidente do Conselho da Eli Lilly & Co.
Preparados para o futuro
As intensas pressões no setor farmacêutico que tenho discutido
aqui nos últimos anos continuaram implacáveis em 2005.
Há vários fatores a considerar.
Em primeiro lugar, as entidades pagadoras no mundo
inteiro estão enfrentando o problema dos custos de programas
de saúde em geral e, em particular, dos medicamentos. Na
União Européia e no Japão, as populações de idosos estão
levando os orçamentos de cuidados com a saúde até os seus
últimos limites e os governos estão criando normas que
congelem os preços e limitem o acesso a medicamentos
inovadores.
Nos EUA, a pressão exercida sobre as entidades
pagadoras – empregadores, órgãos estaduais ou o governo
federal – é intensa. A nova Lei de Modernização do Medicare
afetará profundamente a maneira como os medicamentos são
pagos nos EUA. A partir de janeiro, o Medicare passará pela
primeira vez a fornecer cobertura por medicamentos vendidos
sob receita médica para mais de 42 milhões de deficientes
ou pessoas com mais de 65 anos de idade. Como resultado,
a porcentagem de medicamentos da Lilly pagos por órgãos
federais ou estaduais nos EUA subirá de 33% para cerca
de 50%. Embora possamos ver alguns modestos benefícios
imediatos como resultados dessa lei, antecipamos, a longo
prazo, uma contínua pressão sobre nossos preços.
2
Em segundo lugar, devido à associação de alguns
antidepressivos com pensamentos suicidas, bem como à
retirada de Vioxx® do mercado, as preocupações da imprensa e
dos políticos com a segurança estão superando qualquer senso
de equilíbrio em relação à eficácia – e isso, por sua vez, faz com
que os órgãos de regulamentação sejam ainda mais cuidadosos.
Por exemplo, em 2005 a FDA exigiu 60 avisos com retângulo
preto em rótulos de caixas de medicamentos – quase o triplo
dos 21 requeridos em 2003.
Em terceiro lugar, esses desafios se apresentam durante
um período em que o setor está enfrentando dificuldades
para conseguir produzir novos medicamentos. Por exemplo,
no período de cinco anos entre 2001 e 2005, a FDA aprovou
cerca de 40% menos entidades moleculares do que nos cinco
anos anteriores. Além disso, nesta década, o setor perderá a
exclusividade de patentes em produtos com vendas no valor
de cerca de US$ 100 bilhões. Como resultado, os índices de
crescimento de vendas farmacêuticas globais caíram dos
sólidos dois dígitos do final da década de 1990 para um único
dígito atualmente e no futuro próximo.
Neste ambiente de negócios, a Lilly alcançou um índice
de receita por ação de US$ 2,87, um aumento de 11% em
relação a 2004 e superior ao crescimento médio de 7% em
RPA (resultado por ação) das grandes empresas farmacêuticas
como um todo. (Para obter a conciliação de nosso lucro por
ação ajustado ao LPA (lucro por ação) de US$ 1,81 oficialmente
reportado, veja a página 1.) Esse desempenho é resultado de
um crescimento de 6% em vendas, controle disciplinado de
despesas e aumento de produtividade.
Além disso, em 2005 ultrapassamos grandes
incertezas – várias delas relacionadas a Zyprexa®, nosso
produto mais vendido. O tribunal federal de justiça de
Indianópolis confirmou enfaticamente a validade de nossa
patente de Zyprexa e foi anunciada a proposta de um acordo
sobre a maior parte de nosso litígio de responsabilidade
deste importante produto nos EUA. O estudo CATIE – uma
importante comparação de antipsicóticos efetuada pelo
National Institute of Mental Health (Instituto Nacional de
Saúde Mental) concluiu que pacientes do estudo medicados
com Zyprexa apresentam maior probabilidade de continuar a
tomar o medicamento do que pacientes medicados com outros
antipsicóticos, e menor probabilidade de serem hospitalizados
em função de recaídas. Além disso, após uma série de
inspeções de nossas unidades de manufatura no mundo
inteiro, a FDA aprovou com convicção nossas melhoras em
manufatura e qualidade.
Foco em inovação produz resultados
A Lilly tem se distinguido entre as concorrentes pela
estratégia baseada em inovação implementada durante a última
década. Decidimos permanecer independentes; ser a empresa do
setor com maior investimento em P&D para produzir um fluxo
contínuo de produtos inovadores; desenvolver as capacidades
Cymbalta, Strattera, Alimta, Forteo, Xigris,
Cialis,Symbyax, Byetta e Yentreve –
aumentaram em 67% em relação a 2004 e
totalizam agora US$ 2,6 bilhões, ou 18% das
vendas líquidas, comparadas com $1,5 bilhão,
ou 11%, em 2004. As vendas líquidas
combinadas de Gemzar,Humalog, Evista e
Actos aumentaram 7%, para $4,1 bilhões,
e representam 28% das vendas. As vendas de
Zyprexa declinaram em 5% em 2005.
Lilly foi considerada a mais alta do setor em pesquisa efetuada
entre executivos e analistas do setor especializados em empresas
farmacêuticas pela revista Pharmaceutical Executive.
$15.000–
$12.000–
$9.000–
$6.000–
Produtos mais recentes
Cymbalta, Strattera, Alimta, Forteo, Xigris, Cialis, Symbyax, Byetta,
e Yentreve
$3.000–
Outros produtos já estabelecidos
Gemzar, Humalog, Evista e Actos
Zyprexa
Prozac/Sarafem/Prozac Semanal
Outros
$0–
01 02 03 04 05
necessárias para produzir e lançar eficazmente esses produtos
no mercado no mundo inteiro; e aumentar nossas capacidades
e recursos por meio de parcerias.
Criamos uma das organizações de P&D mais produtivas
do setor farmacêutico. Nos últimos quatro anos, enquanto
muitos de nossos concorrentes enfrentavam dificuldades
para produzir inovação, lançamos nove novos produtos. Eles
são responsáveis por uma parte crescente de nossas vendas
– de 11% em 2004 para 18% em 2005. Atualmente, estamos
preparando uma outra geração de moléculas promissoras para
o mercado (leia a resposta à segunda pergunta, na página 4) e
reabastecendo nossa linha de medicamentos em estágios iniciais
de desenvolvimento, a uma velocidade incomparável.
E, diferentemente da maioria de nossos concorrentes, não temos
nenhum vencimento importante de patentes nesta década.
Nossa solidez no desenvolvimento de medicamentos
“biotécnicos” de moléculas grandes e pequenas também
distingue a Lilly da maioria das outras empresas farmacêuticas.
Nossos oito bioprodutos atualmente no mercado tornam a Lilly
uma das principais empresas biotécnicas do mundo inteiro e
estamos estudando em ensaios clínicos 11 extensões de linha e
candidatos a medicamentos com moléculas grandes.
O estabelecimento de parcerias nos permite adicionar
seletivamente moléculas, capacidades e condições de criar valor
adicional. Por exemplo, quatro de nossos produtos atualmente
no mercado são resultado de parcerias, o mesmo acontecendo
com dois compostos em estágio final de desenvolvimento. Além
disso, nosso Office of Alliance Management (Setor de Gestão
de Alianças) tornou a Lilly uma parceira muito procurada.
As empresas biotécnicas que participaram de uma respeitada
pesquisa efetuada pela IBM classificaram a Lilly como a melhor
empresa, devido à sua capacidade de estabelecer parcerias.
Também estamos trabalhando incessantemente para
solidificar nossa reputação de empresa que não apenas
apresenta produtos inovadores e conhecimento e experiência
clínica e médica, mas também é confiável e fidedigna, e ouve
e responde ativamente as necessidades dos clientes e da
sociedade. Uma de nossas respostas à desconfiança do público
quanto aos dados das empresas farmacêuticas relativos a
medicamentos foi a criação do primeiro registro on-line de
ensaios clínicos de nosso setor – o que resultou em destaques à
transparência e liderança da Lilly efetuados pelo New York Times
e pela revista In Vivo. Ações como essa (veja mais a esse respeito
na página 12) estão entre as razões pelas quais a reputação da
A estratégia correta para o futuro
Embora muitos aspectos de nosso ambiente de negócios
permaneçam incertos, as chaves para o sucesso estão claras.
Os vencedores serão as empresas que consistentemente
lançarem medicamentos inovadores valorizados pelos
pacientes, fornecedores e entidades pagadoras, e continuamente
aumentarem sua produtividade e flexibilidade.
Essas são as áreas que a Lilly está focalizando agora e
acredito firmemente que nossa comprovada estratégia é a
melhor base para nos adaptarmos e sermos bem sucedidos nesse
novo ambiente.
Nosso foco estratégico em inovação oferece a plataforma da
qual impulsionaremos os avanços revolucionários das ciências
biológicas. Já começamos a trabalhar no desenvolvimento
de “terapia personalizada”, por meio da aplicação de novas
ferramentas e tecnologias, como a farmacogenômica e os
biomarcadores – os indicadores biológicos – tais como nível de
açúcar no sangue de diabéticos – que indicam a presença de
determinadas doenças. 90% dos nossas moléculas candidatas a
estudos clínicos estão associadas a marcadores biológicos. Nossa
meta final é conseguir fornecer aos pacientes o medicamento
certo, na dose certa, no momento certo. As terapias
personalizadas oferecerão tratamentos mais eficazes para os
pacientes, ferramentas mais poderosas para os médicos e darão
às entidades pagadoras o valor que estas almejam.
O estabelecimento desse novo modelo levará vários
anos. Para investir nessa transformação, devemos aumentar
substancialmente a produtividade de nosso modelo de negócios
atual. Assim, por exemplo, estabelecemos a meta de, até o final
da década, reduzir em um terço o investimento que fazemos
para lançar um medicamento no mercado – de US$ 1,2 bilhão
por nova entidade molecular para US$ 800 milhões. Entre
as várias ferramentas que estamos usando para atingir essa
meta, o uso de biomarcadores tem nos ajudado a identificar
as moléculas com maior chance de sucesso, o que nos permite
tomar melhores decisões sobre quais devemos desenvolver.
Também estamos agilizando e aperfeiçoando o processo de
ensaios clínicos – a parte mais dispendiosa e demorada da
produção de novos medicamentos.
Em outubro de 2004, começamos a aplicar, em nossas
operações globais, o programa Six Sigma – uma metodologia
cujo emprego tem produzido melhoras sustentáveis em
produtividade sustentável e benefícios para os clientes em
uma ampla variedade de empresas e setores. No final de 2006,
esperamos completar 1600 projetos em nossas afiliadas de
vendas e marketing, unidades de produção, operações de P&D
e áreas administrativas.
Atualmente estimamos que esses projetos proporcionarão
o total de US$ 250 milhões em benefícios no ano de 2006.
Em 2007, esperamos que o valor dos benefícios seja superior
a US$ 500 milhões. Além desses benefícios financeiros diretos,
muito de nossos projetos proporcionarão benefícios indiretos,
por meio do aumento da produtividade em processos de
negócios já existentes.
Em conjunto, esses esforços nos permitirão liberar recursos
para que possamos continuar a investir em capacidades críticas
de vendas e marketing, além de tecnologias de P&D; agilizar
o processo de descoberta, desenvolvimento e fornecimento de
produtos inovadores; aprimorar nossas interações com clientes
3
M E N S AG E M AO S AC I O N I S TA S
LANÇAMENTO DE NOVE PRODUTOS DESDE O
VENCIMENTO DA PATENTE DE PROZAC NOS EUA
CONSTITUEM A BASE DE NOSSO CRESCIMENTO
EM VENDAS (milhões de dólares)
M E N S AG E M AO S AC I O N I S TA S
no mundo inteiro; e aumentar nossa receita com uma parte do
total de benefícios.
O Six Sigma é apenas uma das ferramentas que estamos
utilizando para aumentar a produtividade e reduzir nossa
estrutura de custos. Desde que instituímos o congelamento de
contratações em julho de 2004, a Lilly reduziu seu corpo de
funcionários em 3.400, ou mais de 7%. Como nossa posição é
diferente da de alguns de nossos concorrentes, conseguimos tais
resultados sem dispensa de funcionários e sem a conseqüente
perda de motivação e compromisso com a empresa. Estamos
também subcontratando terceiros para a realização de tarefas
que possam ser efetuadas a menor custo e qualidade equiparável
ou melhor. Por exemplo, 20% de nossos químicos estão na
China e cerca de 40% de nossos serviços de tecnologia da
informação são efetuados por fornecedores subcontratados.
Essas providências acelerarão o nosso avanço.
Como resultado, em 2005 nossa produtividade – medida
pelo índice de renda operacional ajustada por funcionário da
Lilly – aumentou em 15%.
À medida que nos concentramos em reduzir nossa
estrutura de custos e aumentar nossa flexibilidade, as razões
para estabelecer parcerias permanecem convincentes.
Continuaremos a reforçar nossas capacidades essenciais
e, simultaneamente, a estabelecer parcerias para acessar
inovação, tecnologia, talento e especialização, bem como para
compartilhar riscos e reduzir custos em nossa cadeia de valor.
Liderança em uma nova era
Para acelerar nossa energia e enfatizar a implementação
durante essa fase de mudança, em outubro o conselho
administrativo nomeou o Dr. John Lechleiter para o cargo de
Presidente e Diretor Executivo de Operações das Lilly. John
ingressou na Lilly em 1979 e é detentor de um doutorado em
Química Orgânica pela Universidade de Harvard. Tem ocupado
importantes cargos na empresa por mais de duas décadas. Ele
focalizárá os esforços de nossos funcionários nas necessidades
de nossos clientes, procurará maximizar o potencial comercial
dos resultados de P&D da Lilly, aumentar a produtividade em
toda a empresa e ajudar-nos a produzir resultados sólidos.
No final de abril, Charlie Golden se aposentará de seu
cargo de vice-presidente executivo e diretor financeiro. Durante
o exercício de seu cargo, Charlie usou sua ampla experiência de
negócios e sólido julgamento para ajudar a determinar o rumo
da empresa; entre suas muitas contribuições, está o papel que
desempenhou em fortalecer a excelente reputação da empresa
em termos de transparência, controles internos e relações com
os investidores.
Nosso novo Diretor Financeiro será Derica Rice, que
ocupa o cargo de vice-presidente e auditor da empresa
desde 2003. Nos seus quinze anos de carreira, Derica tem-se
destacado em importantes cargos administrativos de crescente
responsabilidade nas áreas financeira e de gerenciamento geral
nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Com enormes incertezas já superadas, uma comprovada
estratégia que é a correta para nosso desafiante setor de
negócios, sólida liderança e sem vencimento de patentes nesta
década, a Lilly está posicionada para solidificar seu crescimento
nos próximos anos. Terei uma grande satisfação em mantê-los
informados sobre nosso progresso.
4
Perguntas e respostas
P: A Lilly pode acelerar o desempenho de vendas de
Cymbalta? Que outros produtos podem aumentar nossos
índices de vendas?
®
R: Cymbalta já foi aprovado em vários países para o tratamento
de transtorno depressivo maior (MDD, ou major depressive
disorder), e para dor neuropática periférica relacionada a
diabetes (DPNP ou diabetic peripheral neuropathic pain).
Em 2005 – seu primeiro ano completo no mercado norteamericano – o total de vendas atingiu US$ 680 milhões.
Estamos enfatizando simultaneamente a consciência de
que Cymbalta é um tratamento eficaz para os sintomas físicos e
emocionais de depressão e uma terapia de primeira linha para o
grupo de pacientes que sofrem de transtorno depressivo maior.
No final de 2005, nossa campanha “Depression Hurts” (depressão
dói), dirigida diretamente ao consumidor dos EUA, levou mais
de 1 milhão de pessoas a visitar pela primeira vez nosso site na
Internet, www.depressionhurts.com
Também estamos trabalhando para maximizar o papel de
Cymbalta no tratamento de DPNP, que atualmente compreende
entre 15% e 20% das receitas vendidas nos Estados Unidos.
Estamos transmitindo nossa mensagem combinada sobre
transtorno depressivo maior a mais clínicos gerais.
Além disso, Cymbalta também está conseguindo ótimos
resultados iniciais em outros países, onde trabalhamos em
conjunto com a Boehringer Ingelheim. Em 2006, vamos lançar
Cymbalta para tratamento de MDD em 18 países, e para o
tratamento de DPNP em 19 países.
Também prosseguimos com nosso plano de apresentar
Cymbalta para o tratamento do transtorno de ansiedade
generalizada (GAD, ou generalized anxiety disorder). Como a
depressão, GAD está associada de perto com a dor e representa
uma grande oportunidade de expandir o papel de Cymbalta em
tratamentos relacionados à saúde mental. Também continuamos
a fazer progresso na indicação do medicamento para fibromialgia,
que está no estágio de estudos de Fase III.
Além de Cymbalta, esperamos que Byetta®, Forteo® e Alimta®
entre nossos produtos mais novos, além de Humalog®, nos ajudem
a manter um sólido crescimento de índice de vendas.
P: O senhor poderia nos dar uma idéia geral dos
produtos da Lilly que se encontram em estágio final
de desenvolvimento?
R: Temos várias moléculas muito promissoras em estágio
de ensaios clínicos de Fase III. Já apresentamos à FDA nossa
solicitação de comercializar Arxxant™. Se aprovado, esse será
o primeiro tratamento farmacêutico de retinopatia diabética
não proliferativa moderada ou grave – uma complicação
microvascular associada a diabetes, que pode causar perda
de visão ou, eventualmente, a cegueira. Além disso, estamos
estudando Arxxant para o tratamento de outras complicações
graves de diabetes.
Em colaboração com a Sankyo, também estamos trabalhando
no desenvolvimento de prasugrel para o tratamento de síndromes
coronarianas agudas. Estamos comparando a efetividade dessa
molécula com a do medicamento cardiovascular clopidogrem
em um estudo pareado “head-to-head” de Fase III. O objetivo
desse estudo é verificar se prasugrel – um inibidor de plaquetas
que previne a formação de coágulos e as complicações
decorrentes dos mesmos – é mais eficaz na redução de óbitos,
ataques do coração e derrames em pacientes de alto risco que
P: Que impacto do custeio de medicamentos pelo
Medicare terá nos negócios da Lilly?
R: Acreditamos que o novo custeio de medicamento, apesar
de suas complexidades, pode ajudar praticamente todos os
idosos e pessoas com deficiências e oferece mais benefícios
para os que têm mais necessidades. Estamos nos preparando
para essa mudança desde o início de 2004, e, na minha opinião,
estamos muito bem preparados estamos muito bem preparados.
Nossa equipe de B2B reforçou nossa conexão com os órgãos
responsáveis pelos pagamentos e treinamos nossa equipe de
vendas e de apoio para operar nesse novo ambiente.
Apesar de muitas incertezas, como a porcentagem de idosos
que se inscreverão efetivamente no programa, achamos que
vamos obter uma vantagem modesta a curto prazo. No entanto,
também esperamos que a natureza altamente competitiva de
nosso mercado exerça pressão no uso de medicamentos e nos
preços dos mesmos.
P: Com a vigilância cada vez maior em termos
de segurança dos medicamentos, o que a Lilly está
fazendo para reforçar a importância de uma avaliação
adequada de risco/benefício?
R: A maior parte de nossa pesquisa e desenvolvimento – que
compreende, em média, cerca de oito anos de estudo clínico
em milhares de pacientes, a um custo de mais de US$ 1 bilhão
por produto comercializado – concentra-se em assegurar a
segurança e eficácia dos medicamentos. Durante a etapa de
desenvolvimento, analisamos cuidadosamente todos os nossos
dados clínicos e avaliamos os efeitos observados em ensaios
clínicos, normalmente comparados ao emprego de placebo,
com os efeitos colaterais. É comum consultarmos especialistas
externos, que possam fornecer um ponto de vista independente
do perfil de risco-benefício de um medicamento em potencial.
Ao lançarmos nossos produtos, fornecermos aos médicos
que receitarão o medicamento informações muito importantes
no que se refere à eficácia e segurança. Apontamos não apenas
os benefícios, mas também os efeitos colaterais, para que o
profissional de saúde possa fazer uma escolha bem-informada
para seus pacientes.
Após o lançamento do medicamento no mercado,
monitoramos cuidadosamente qualquer ocorrência de
eventos de reações adversas e reclamações sobre o produto no
mundo inteiro e comunicamos esses eventos às autoridades
regulamentares conforme as exigências da lei. Com base em tal
análise, atualizamos o rótulo dos produtos, conforme necessário,
para fornecer informações novas importantes aos médicos que
receitam os medicamentos.
Fornecemos informações aos consumidores por meio de
nosso site empresarial, sites de produtos e centros de chamadas
nos EUA e em muitas outras afiliadas.
Mudanças no conselho de administração
Finalmente, quero apontar algumas mudanças em nossa equipe
administrativa desde minha última comunicação.
Em, abril de 2005, o Dr. Steven Berring se aposentou, após
servir 22 anos como membro do Conselho de Administração.
Sentiremos falta de sua firme liderança e inabalável dedicação
à empresa.
Sir John Rose, diretor executivo do Rolls Royce Group desde
1996, também pediu demissão de nosso conselho, no ano
passado, para dedicar-se mais à sua família e suas obrigações na
Rolls Royce. Sentiremos falta da liderança de Sir John e de sua
perspectiva internacional.
A partir de 30 de abril, Charlie Golden se aposentará do
conselho administrativo e de seu cargo na empresa.
Em 2005, tivemos o prazer de dar as boas-vindas a três
novos membros de nosso conselho administrativo, J.Michael
Cook, antigo CEO e diretor executivo da Deloitte and Touche
LLP, é um renomado especialista em padrões de contabilidade
e administração corporativa e membro do Accounting Hall
of Fame. Erik Fyrwald é vice-presidente de grupos da DuPont
Agriculture & Nutrition. Sua experiência e liderança de mais
de 20 anos na DuPont, uma empresa dedicada à inovação,
contribuirão significativamente para a meta da Lilly de
oferecer melhores produtos de saúde para pacientes.
E o Dr. John Lechleiter também passou a ser membro do
conselho administrativo ao se tornar Presidente e DiretorExecutivo de Operações das Lilly.
Pelo Conselho de Administração,
Sidney Taurel
CEO e Presidente do Conselho da Eli Lilly & Co.
5
M E N S AG E M AO S AC I O N I S TA S
estejam sendo submetidos a procedimentos de colocação de
stents (tubo inserido nas artérias para desobstruí-las e manter a
passagem do sangue aberta).
Enzaustaurina está sendo estudada como agente anticâncer
administrado oralmente uma única vez por dia. Ela tem
como alvo uma enzima que está relacionada ao controle da
sobrevivência de células de tumores e à inibição de angiogênese,
que é a proliferação de vasos sangüíneos necessária para
sustentar o crescimento de tumores. Sua principal indicação é o
tratamento de glioblastomas – tumores cerebrais que estão entre
os tipos mais malignos de câncer. Também estamos estudando
enzastaurina no tratamento de linfoma não-Hodgkin e outros
tumores.
A parceria Lilly-Alkermes está fazendo substancial progresso
com uma formulação e dispositivo de insulina inalável, que,
em nossa opinião, se aprovada, será mais conveniente para os
pacientes do que Exubera, que foi recentemente aprovada. Em
2005, iniciamos um programa clínico abrangente de Fase III
para confirmar a eficácia e segurança de nossa insulina inalável.
Também estamos estudando arzoxifena – nosso modulador
seletivo dos receptores de estrogênio de próxima geração – para
a prevenção e tratamento de osteoporose e redução de risco de
câncer de mama em mulheres na fase de pós-menopausa.
Com base em nosso conhecimento e experiência nessa classe
de medicamentos, criamos uma estrutura molecular mais
potente e biodisponível do que Evista®.
Contemplando o futuro mais distante, estamos
renovando nossa linha de produtos nos primeiros estágios
de desenvolvimento, procurando moléculas e capacidades
interessantes entre outros fabricantes e adotando novas
ferramentas. Por exemplo, as tecnologias de engenharia
molecular que adquirimos da Applied Molecular Evolution nos
dão poderosas novas capacidades de personalizar anticorpos e
proteínas para produzir melhores medicamentos.
PORTFÓLIO E PRODUTOS EM PROCESSO
DE DESENVOLVIMENTO
Inovação na Lilly: portfólio e pipeline
Principais produtos lançados no mercado (As datas indicam o ano do primeiro lançamento global)
2005
Byetta
2004
Cymbalta
®
para diabetes de tipo 2
(desenvolvida em conjunto com a Amylin Pharmaceuticals, Inc.,e comercializada em
conjunto com a Amylin nos EUA).
®
Alimta
®
para transtorno depressivo maior
para dor devida a neuropatia periférica diabética (2004)
(comercializado em conjunto com a Quintiles Transnational Corp. nos EUA e com a
Boehringer Ingelheim em todos os outros países, exceto o Japão)
para mesotelioma pleural maligno
para tratamento de segunda linha de câncer de pulmão de células
não-pequenas (2004)
Symbyax
para depressão bipolar
Yentreve®
para incontinência urinária devida a esforço físico (aprovada e lançada
em outros países que não os EUA)
Cialis®
para disfunção erétil
(desenvolvido pela Lilly ICOS em regime de joint venture com a ICOS Corp.;
comercializado em conjunto com a Lilly ICOS na América do Norte e Europa,
e pela Lilly em outros países)
Strattera®
para déficit de atenção por hiperatividade apresentado por crianças,
adolescentes e adultos
2002
Forteo®
para o tratamento de osteoporose em mulheres em fase de pós-menopausa
que apresentem alto risco de fraturas
2001
Xigris®
para adultos acometidos de sepse grave que apresentem alto risco de vida
1999
Actos®
para diabetes tipo 2
(desenvolvido pela Takeda Chemical Industries, Ltd., e comercializado em
conjunto com a Takeda)
1998
Evista®
para a prevenção de osteoporose em mulheres em fase de pós-menopausa
para o tratamento de osteoporose em mulheres na fase de pós-menopausa (1999)
1996
Zyprexa
®
2003
®
para esquizofrenia
para a fase maníaca aguda do transtorno bipolar (2000)
®
®
comprimido Zyprexa Zydis (2000)
para tratamento regular de esquizofrenia (2001)
como terapia combinada com lítio ou valproato, para o tratamento de mania
bipolar aguda (2002)
para tratamento regular do transtorno bipolar (2003)
Formulação intramuscular de efeito rápido (2004)
®
grânulos de Zyprexa (2004; lançado apenas no Japão)
Humalog
para o tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2
®
misturas de Humalog (1999)
®
Humalog Mix 50/50 (1999)
Gemzar
para câncer pulmonar de células não-pequenas
para câncer de pâncreas (1996)
para câncer na bexiga (1999; aprovada e lançada em outros países que não os EUA)
para câncer de mama metastático (2003)
para recorrência de câncer dos ovários (2004, em análise nos EUA)
®
1995
6
®
para prevenção de complicações cardíacas isquêmicas em pacientes submetidos
a intervenção coronariana, como, por exemplo, angioplastia
para angina instável associada com procedimento de stent (1997).
(desenvolvido pela Centocor e comercializado pela Lilly, exceto no Japão)
1987
Humatrope®
para baixo crescimento causado por deficiência pediátrica do hormônio
do crescimento
para terapia de reposição em deficiência adulta de hormônio
do crescimento (1995)
para baixa estatura causada pela síndrome de Turner (1997)
para baixa estatura idiopática (2003)
1983
Humulin
para o tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2
®
PORTFÓLIO E PRODUTOS EM PROCESSO
DE DESENVOLVIMENTO
ReoPro®
Novas aplicações de medicamentos encaminhadas para análise da FDA (U.S. Food and Drug Administration)
Arxxant™ (ruboxistaurina)
para retinopatia diabética
Moléculas em estágios finais de pesquisa
Prasugrel
para síndrome coronariana aguda
(desenvolvida em conjunto com a Sankyo Co., Ltd.)
Enzastaurin
para glioblastoma, um tipo de tumor cerebral, e linfoma não-Hodgkin
Insulina inalável
para o tratamento de diabetes tipo 1 e tipo 2
(desenvolvida em conjunto com a Alkermes, Inc.)
Arzoxifene
para prevenção e tratamento de osteoporose e para a redução do risco de câncer
de mama em mulheres em fase de pós-menopausa
Moléculas em estágio intermediário de pesquisa
Pruvanserin
(antagonista 5-HT2A)
para insônia
Compostos de Receptor Ativado por Proliferador do Peroxissoma:
Alfa agonista PPAR
para reduzir a progressão da aterosclerose
(LY518674)
Gama agonista PPAR
(Naveglitazar)
para diabetes tipo 2
Inibidor de Fator XA
para prevenção e tratamento de eventos trombóticos arteriais e venosos
Composto antiobesidade
para reduzir o apetite e o comportamento aditivo em pacientes obesos
Inibidor de secretase gama
para retardar a progressão da doença de Alzheimer
Todas as informações são válidas em: 20 de fevereiro de 2006. A procura de novos medicamentos é arriscada e incerta, e não há garantias.
As barreiras científicas e regulamentadoras que ainda devem ser ultrapassadas podem fazer com que um composto em determinado
estágio de desenvolvimento se atrase ou até deixe de ser lançado no mercado.
7
Eli Lilly and Company
Lilly Corporate Center
Indianapolis, Indiana 46285 EUA
www.lilly.com

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