Revista 25 - APCD da Saúde

Transcrição

Revista 25 - APCD da Saúde
Cirurgia guiada
digital
precisão no
procedimento
Inflamação
tratamento
endodôntico
contemporâneo
preconceito
idosos
portadores de
doenças mentais
www.apcd-saude.org.br
Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa
São Paulo - SP - CEP 04140-010
Julho | Agosto | Setembro | 2009 | nº 25
Reabilitação
Protética
É possível uma
reabilitação
estética e
funcional sem
a perda ou
desgaste de
estruturas
hígidas?
PCD Saúd
sA
re
Curs
o
e
ção:
Aten tadas.
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Faça ições.
s
n
i cr
2º semest
IMPRESSO
Pode ser aberto pela ECT
| APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
Editorial
expediente
A
se fez presente em várias festividades de outras Regionais e
da APCD Central, como podemos comprovar
nesta edição.
Os cursos e palestras oferecidos pela Regional continuam a todo vapor. Não podemos
deixar de agradecer aos ilustres colaboradores
que enviaram seus artigos para publicação em
nossa revista.
Dr. Sérgio Yunes - Editor
Vários temas são abordados nesta edição,
contemporâneo; Preconceito: idosos portado-
entre os quais: Reabilitação Protética (É possí-
res de doenças mentais; A saúde gengival; Im-
vel uma reabilitação estética e funcional sem
plante de qualidade; Atendimento: Observando
a perda ou desgaste de estruturas hígidas?);
seu paciente - o corpo fala.
Cirurgia guiada digital: precisão no procedimento; Inflamação: tratamento endodôntico
Índice
Desejamos a todos uma boa leitura!
Reabilitação protética............................ 4
Curso de Cirurgia Ortognática............. 17
Cirurgia guiada digital........................... 6
Cursos APCD Saúde - 2º Semestre......... 18
Tratamento endodôntico..................... 10
Whiteness recebe prêmio de design...... 19
Reintervenção em Endodontia............. 11
Observando seu paciente..................... 20
Saúde gengival................................... 12
Humor............................................... 21
Implante de qualidade........................ 13
Regional participativa......................... 22
Idosos com doenças mentais............... 14
Aniversariantes................................... 24
Saúde bucal na terceira idade............. 16
Indicador Profissional......................... 26
12
20
Atendimento
4
Reabilitação
Presidente
Gilberto Machado Coimbra
1º Vice-Presidente
Takashi Yagui
2º Vice-Presidente
Wagner Nascimento Moreno
Assessor da Presidência
Admar Kfouri
Secretária Geral
Arne Aued Guirar Ventura
1º Secretário
Durval Paupério Sério
Tesoureiro Geral
Ossamu Massaoka
1º Tesoureiro
Kunio Shimabukuro
Depto. Assessor de Benefícios
Auro Massatake Minei
Depto. Assessores Científico
Cheng Te Hua
Cidney Hiroaki Cato
Jum Kasawara
Luci Z. Finotti
Depto. Assessor de Comunicações
Luis Ide
Depto. Assessor de Congressos e Feiras
Luis Afonso de Souza Lima
Depto. Assessores Cultural
Sonia Maria Moraes Ceccone
Valsuir José Vezzoni
Depto. Assessores de Defesa de Classe
Elizabeth Aparecida Braga
Helenice Formentin Ikegami
Depto. Assessores E.A.P
Hiroshi Miasiro
Milton de Souza Teixeira
Samuel Cecconi
Depto. Assessores de Esportes
Carlos Teruo Itabashi
Mauricio Fazzura
Depto. Assessores de Patrimônio
Moacyr Nunes Leite Jr.
Paulo Yoshiteru Nagamine
Depto. Assessor de Prevenção
Luiz Carlos Serrano Lima
Nicola Felipe L. Bempensante
Depto. Assessor de Rel. Internacionais
Arnaldo Baptista F. Júnior
Depto. Assessores da Revista e Informática
Sérgio Yunes
Depto. Assessores Social
Julia Uchida
Marta Tashiro
Mauricio Nishimura
Depto. Assessores de Turismo
Ricardo Ugayama
Shindi Nakajima
Jornalista Responsável
Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156
Edição de Arte
Guilherme Gonçalves
Impressão
GT Editora e Gráfica
participação da APCD Saúde
Caso clínico
Capa: Stockxpert
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São Paulo - SP - CEP 04140-010
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Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h
Regional
participativa
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | Caso Clínico
Impactação do segmento posterior
da maxila através de osteotomia para
reabilitação protética
Relato de caso
A
perda prematura dos dentes naturais provoca importantes
alterações, podendo ocasionar desde a migração de dentes até a extrusão do processo alveolar, especialmente em
paciente que não utilizam nenhum tipo de prótese no arco antagonista.
Quando ocorre uma extrusão severa do processo alveolar, a extração
dos dentes torna-se inevitável. Para solucionar o problema, existe a
Figura C - Antes
Figura D - Depois
Figura A - Osteotomia do segmento posterior da maxila
Figura B - Prótese removível confeccionada após cirurgia nos
modelos de gesso para determinar o novo espaço protético
| APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
alternativa de realizar a técnica de impactação da região posterior da
maxila por meio de osteotomia unilateral ou bilateral, para possibilitar
uma futura reabilitação estética e funcional, sem a perda ou desgaste
de estruturas hígidas.
Introdução: Quando o paciente apresenta ausência dos elementos dentários durante um longo período de tempo, não reabilitando
essas regiões frequentemente ocorre extrusão dentária ou extrusão de
todo o segmento ósseo do arco antagonista. A extrusão do segmento
ósseo posterior resulta em uma diminuição do espaço interoclusal que
impossibilita, na maioria das vezes, a reabilitação protética adequada
através de próteses fixas, removíveis ou sobre implantes (SHOEMAN
& SUBRAMANIAN, 1996; RENOUARD & RANGERT, 2001).
A osteotomia segmentar posterior da maxila foi relatada pela
primeira vez por STOKER & EPKER (1974) e tem sido utilizada como
recurso na correção de extrusões severas do processo alveolar, na
presença ou ausência de elementos dentários, quando esta contraindicada à correção através mini-implantes (MEDEIROS, 2001).
RELATO DO CASO CLÍNICO: Paciente M.L.O.L, 31 anos, sexo
feminino, ASA I apresentava dificuldade mastigatória pela ausência
de elementos dentários. Ao exame clínico intra-oral, constataram-se
a ausência dos elementos dentários posteriores, extrusão bilateral
do complexo dento-alveolar, ocasionando diminuição do espaço protético posterior bilateral inferior, inviabilizando a reabilitação protética
(figuras C e E).
Foi solicitado ao ortodontista a instalação de aparelho ortodôntico fixo com esporões cirúrgicos. Após a análise das radiografias
(panorâmica, teleradiografia de perfil e frontal) e com os modelos
montados em relação cêntrica no articulador, foi planejado o tratamento cirúrgico de impactação dos rebordos alveolares posteriores
bilateral de maxila com restabelecimento do espaço adequado para
a reabilitação protética.
A cirurgia de modelo consistiu na impactação dos rebordos
alveolares posteriores de maxila, de modo que uma prótese parcial
removível (PPR) inferior pudesse ser confeccionada com a dimensão
vertical restabelecida. Aos dentes posteriores da PPR, foram colados
bráquetes ortodônticos para a realização do Bloqueio Maxilo Mandibular (BMM), sendo utilizada como guia cirúrgico para o correto
posicionamento dos segmentos osteotomizados durante a cirurgia
(figura B).
A cirurgia foi realizada sob anestesia geral, com a finalidade de
Figura E - Antes
impactar o segmento (figura A). Dessa forma, e referencia para o
quanto seria impactado foi uma prótese removível, confeccionada
após a cirurgia dos modelos. Foram utilizadas placas de fixação do
sistema 2.0 para fixação das osteotomias.
Atualmente a paciente encontra-se reabilitada com uma prótese
parcial removível inferior, satisfazendo todos os requisitos funcionais
e estéticos.
CONCLUSÕES: A osteotomia segmentar posterior da maxila é uma
terapia cirúrgica segura e eficaz que preserva as estruturas dentárias
sadias. O uso desta técnica para restabelecer o espaço protético em
casos de extrusão do processo alveolar e dentário na região posterior
da maxila possui um bom prognóstico (figuras E, F, C e D).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Beltrão GC, Weismann R, Santana Filho M. Osteotomia - Maxila e
Mandíbula fins protéticos-ortodônticos. Rev Odonto Ciênc 1992;
7(14):167-75.
Laboissiére Jr M, Villela H, Bezerra F, Laboissiére M, Diaz L. Ancoragem absoluta utilizando microparafusos ortodônticos: Protocolo para
aplicação clínica (trilogia – Pt2). Implant News 2005; 2:37-46.
Martins CH. Postoperative results of posterior maxillary osteotomy
after long-term immobilization. J Oral Surgery 1980; 38:103.
Renouard F, Rangert B. Fatores de risco dos implantes. São Paulo:
Quintessense, 2001. 176 p.
Shoeman R, Subramanian L. The use of Orthognatic Surgery to facilite Implant Placement: A Case Report. Int J Oral Maxillofac Implants
1996; 11:682-4.
Stoker NG, Epker BN. The posterior maxillary osteotomy: A retrospestive study of treatment results. Int J Oral Surg 1974; 33:153-7.
Stuller CB, Schaberg SJ. Use of the segmented Le Fort I osteotomy to
correct severe extrusion of maxillary posterior teeth or tuberosities.
The Journal Of Prosthetic Dentistry 1983;50:157. 1983.
Gustavo Henrique Motta
Especialista em Cirurgia e Traumatologia
Buco MaxiloFacial; Prof. Cirurgia Avançada
AOL; Prof. Deformidade dentofacial Unip;
Implantodontia; Clínica Privada de Cirurgia
Ortognática
Figura F - Depois
Aluisio Galeano, Octavio Margoni e Marcos Pitta
Especialistas em Cirurgia Ortognática pela Baylor University/EUA
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | Implantodontia
Cirurgia guiada digital em
paciente palato - fendido
O
salto tecnológico acontecido em todas as áreas da
medicina nos últimos anos levou ao desenvolvimento
e à evolução de ferramentas digitais que auxiliam
os cirurgiões-dentistas. Esse progresso ocorre por meio de
planejamentos cirúrgicos virtuais e da criação de guias estereolitografados na implantodontia, entre outras aplicações, como
na prótese dentária e na cirurgia ortognática.
O uso de guias em implantodontia é um procedimento utilizado com freqüência, sejam cirúrgicos, radiográficos, diagnósticos
ou multifuncionais. A criação de guias por intermédio de sistemas
digitais permite mais agilidade e precisão no procedimento.
Além de facilitar e otimizar resultados em casos regulares,
o uso dessas tecnologias pode auxiliar em planejamentos mais
complexos, oferecendo uma qualidade reabilitadora muito interessante. Com o uso do guia é possível, também, selecionar
o número, tamanho e inclinação dos implantes, baseando-se
sempre nas condições anatômicas do paciente e no resultado
protético final pretendido.
No caso descrito abaixo foram utilizadas próteses do tipo
overdentures bimaxilares, sendo que a superior também teria
a função de obturação da fenda palatina. A opção pela prótese
móvel levou em conta a condição financeira do paciente, a disponibilidade óssea e a facilidade de higienização, já que o paciente
tem a coordenação motora diminuída por falanges amputadas.
Por se tratar de um desdentado total, optou-se pelo desenvolvimento de um guia cirúrgico que permitisse um posicionamento
rápido em ambas as arcadas. Sendo assim, o guia foi projetado a
partir de próteses provisórias, com três suportes que permitem o
encaixe entre eles (figura 1). Os locais da instalação dos implantes foram determinados através de tomografia computadorizada e
do software de planejamento virtual Nemotec. Por ser um produto
com características específicas, o guia foi criado com o auxílio
de um engenheiro cadista e por meio de softwares CAD variados,
como Spider e Delcam.
Para a cirurgia aplicou-se anestesia local e cada um dos guias
foi fixado em três pontos diferentes (figuras 2 e 3) através de
parafusos específicos. Foram instalados ainda implantes cônicos
com hexágono externo (Linha Conus HE, Sistema INP, São Paulo),
facilitando a execução das próteses.
| APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
1. Desenho do guia no software CAD
2. Guia superior posicionado com implantes instalados
3. Guia inferior posicionado com implantes instalados
4. Barra-clipe superior
5. Barra-clipe e colchetes inferiores
6. Próteses instaladas
7. Sorriso forçado do paciente
Por se tratar de um caso complexo, optamos por manter os
implantes sepultos pelo período da osseointegração, e, após
cinco meses (tempo indicado devido os implantes superiores),
iniciamos a reabilitação protética. Na prótese superior empregou-se o sistema barra-clipe, utilizando clipe de Hader em três
pontos distintos, conferindo estabilidade em polígono. Já na
arcada inferior utilizou-se um método composto, com barra-clipe
entre os implantes e um sistema de colchetes em cantilever, para
minimizar a movimentação postero-anterior da prótese inferior
(figuras 4 e 5).
Como próteses móveis foram instaladas, o paciente recebeu
orientação sobre todas as técnicas de higiene para preservação
dos implantes, determinações estas, baseadas nas limitações
específicas da pessoa atendida (figuras 6 e 7). Em acompanhamento há 12 meses, o paciente foi submetido a uma única
reposição de clipes e O-rings, além de passar por uma limpeza
profissional nas barras metálicas.
Não há dúvida de que o caso relatado poderia ser reabilitado
utilizando de técnicas convencionais, entretanto, os benefícios
da cirurgia guiada digital são muito superiores. O procedimento
cirúrgico é simplificado (neste caso, para ambas as arcadas, o
tempo total da cirurgia foi de 45 minutos) e agrega previsibilidade
e segurança. Além disso, a obrigatoriedade de fundamentar o
planejamento em um guia tomográfico (baseado na prótese definitiva) faz com que os implantes sejam instalados em posições
adequadas, facilitando a reabilitação protética. É uma técnica em
crescimento constante, de valor acessível e, uma vez avaliado
o custo-benefício pelo profissional, não restam dúvidas que a
técnica será adotada.
Dr. Rogério Gonçalves Velasco
Doutorando em Implantodontia; Mestre em
Medicina/Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Especialista em Prótese Dentária; Especialista
em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial;
Coordenador do curso de Especialização em
Implantodontia do Centro de Estudos e de
Técnicas Odontológicas - www.ceto.com.br
[email protected]
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | Endodontia
Inflamação decorrente do tratamento
endodôntico contemporâneo
Correlações clínico-patológicas
A
idéia deste texto é unir ações clínicas da terapia endodôntica contemporânea com a biologia
e patologia através da análise de conceitos e
técnicas. A Odontologia nos dias de hoje exige um conhecimento e dedicação que vai além da nossa clínica cotidiana.
Precisamos enxergar além da nossa radiografia periapical.
Precisamos entender o principio biológico que está por trás
da técnica de instrumentação que estamos utilizando.
Dessa maneira, conhecer e relembrar os aspectos
histológicos, fisiológicos e morfológicos da região apical
são essenciais para a compreensão dos eventos ocorrem
nesta região.
Primeiramente, devemos saber que existe uma divisão entre canal dentinário e canal cementário. O canal
dentinário é mais longo, inicia-se na câmera pulpar e é
completamente revestido por dentina. Converge no sentido apical até um diâmetro mínimo, no chamado limite
cemento-dentina (CDC). A partir dai, inicia-se um canal com
paredes divergentes, revestidos por cemento, o chamado
canal cementário, abrindo-se no forame apical maior. Esta
porção pode muitas vezes apresentar uma topografia peculiar, lateralmente ao vértice apical.
O canal dentinário apresenta o tecido pulpar propriamente dito: um tecido conjuntivo frouxo com presença de
fibroblastos, odontoblastos, alguns macrófagos, vasos e
nervos. Já o canal cementário é histologicamente uma invaginação do ligamento periodontal, com um tecido conjuntivo
mais fibroso. Enquanto a polpa tem a função primordial de
produzir dentina, o tecido periodontal apical apresenta-se
sem odontoblastos, constituindo-se nos centros nervoso,
| APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
vascular e linfático de todo o periodonto e é considerado
uma área do organismo com altíssima atividade metabólica
e por onde as células inflamatórias e de defesa chegam.
Devemos lembrar que as células inflamatórias chegam a
partir da região apical para buscar o objetivo final da inflamação que é a cura.
No limite CDC encontramos assim mudanças anatômicas
e histológicas importantes para a biologia endodôntica. Deve
ficar entendido que o canal cementário também faz parte da
anatomia do sistema de canais e que precisamos deixá-lo
com um ambiente favorável ao processo de reparo.
Segundo Spironelli-Ramos & Bramante (2005), a
constrição apical não apenas limita a constrição apical,
mas também delineia o ponto onde as células de defesa
orgânica do hospedeiro realmente se apresentam eficazes
contra a progressão de agentes etiológicos bacterianos.
Ainda em 1984, Hession define que o limite apical da obturação deve atingir até o ponto onde a defesa orgânica
possa alcançar, para assim promover e assegurar o saneamento apical e periapical, livre dos agentes irritantes do
interior do canal.
Dessa maneira, saber que o tecido do sistema de canais
é uma invaginação do mesmo tecido mesenquimal que
compõe o ligamento periodontal, existindo uma continuidade entre eles e que o reparo de um depende do reparo do
outro são conceitos e idéias fundamentais para a prática
clínica. Se não tivermos este conhecimento, certamente
estaremos limitando nossas ações.
A condição periapical é essencial e muito importante para
o estabelecimento do limite CDC. A principio, em casos de
polpa vida há uma manutenção espacial de toda região apical,
porém em casos de necrose pulpar a presença de reabsorções faz com que a região fique completamente alterada.
Outra definição importante é a do forame apical. O Forame é uma região espacial por onde o feixe vásculo-nervoso
penetra da região periapical para a cavidade pulpar e é
limitada por uma saída maior (saída foraminal) e uma saída
menor (constrição apical). A sua importância espacial bem
como da sua precisa localização são fundamentais para o
É impossível limpar totalmente o sistema de canais sem
realizar a patência foraminal. Podemos ainda dizer que a
patência irá ainda diminuir a chance de transporte apical,
contribuirá para a manutenção do comprimento de trabalho
e permitirá o uso correto dos localizadores foraminais.
O adequado treinamento, uma excelente técnica e o
domínio da anatomia são essenciais para que o procedimento não desloque material necrótico para a região apical
e promova dor pós-operatória.
Radiografias finais de casos
realizados pelo Dr. Eduardo
Fregnani seguindo os
critérios contemporâneos de
instrumentação e obturação
sucesso da terapia endodôntica. E de tão importante que
esta localização é para a especialidade e pela imprecisão
que os meios clínicos e radiográficos nos oferecem, foram
desenvolvidos equipamentos eletrônicos muito específicos,
os localizadores foraminais.
Outro conceito fundamental para uma endodontia
moderna é a da patência. Patência significa acesso e ela
pode ser do canal, dos túbulos dentinários e também do
forame apical. Uma lima patente é uma lima que atravessa
passivamente o forame apical.
Alem disso, ela previne obstruções e não tem nenhuma
influência no desconforto pós-operatório, sendo o evento
semelhante a injeção intramuscular com agulha descartável. A passagem de um instrumento de pequeno calibre
usado na odontometria e de recapitulação durante a instrumentação, não é um fator importante para a irritação dos
tecidos periapicais. Obviamente que em nível molecular,
vai ocorrer aumento da permeabilidade vascular, chegada
de neutrófilos e liberação de mediadores químicos porém
é um processo rápido, passageiro, resolvido prontamente
pelo nosso sistema de defesa e pode-se dizer que esta
reação inflamatório não tem repercussão clínica.
As técnicas contemporâneas de instrumentação apregoam a limpeza ou até mesmo a ampliação do forame,
visando a eliminação de microorganismo alojados nesta
região mais apical do canal. E mesmo em casos de biopulpectomia onde sob o ponto de vista biológico a limpeza
foraminal não é fundamental, sob o aspecto mecânico a
manutenção do comprimento de trabalho com o emprego
de limas transforaminais que impedem o acumulo de debris
na porção apical, fazem com que a técnica seja a mesma
para qualquer que seja o estado pulpar.
Com a utilização dos sistemas rotatórios, passou-se a
estudar não apenas um degrau apical, mas todo um preparo
dos últimos milímetros apicais vem sendo considerado e
estudado visando uma melhor modelagem e acomodação
do material obturador nesta área que é denominada por
alguns pesquisadores a área de matriz apical.
Terminar o preparo e obturação no ápice ou 1mm aquém
do ápice radicular implica dizer que todo ou praticamente
todo o tecido restante é periodontal que possui alto metabolismo e alto potencial de cicatrização e esse tecido
periodontal mesmo se removido, se regenera, como mostrou Prof. Francisco Souza Filho e Prof. Benatti nas suas
teses na década de 80.
Com o ambiente favorável a inflamação chega em seu
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | Endodontia
objetivo final de cura. A reparação será obtida desde que
não existam microorganismos envolvidos e a formação ou
não de cemento osteóide dependerá principalmente do limite
da obturação. Estando a obturação no limite do canal, o
tecido periapical danificado pela sobre-instrumentação será
renovado por novo tecido conjuntivo que invaginará até as
imediações do material obturador, podendo tornar-se mineralizado devido aos tipos celulares presentes nessa região.
Em decorrência destes procedimentos, ou seja, da
patência e da instrumentação no limite apical, o extravasamento de cimento endodôntico pode surgir como uma
conseqüência. Um dente é sobre-obturado mostra que seu
sistema de canais radiculares foi obturado hermeticamente
e onde um excesso de material sofreu extrusão além do
forame apical. Porém, quando uma obturação é sobreestendida, significa que houve extravasamento de cone e,
portanto, não houve selamento na porção apical.
Os cimentos endodônticos têm como principais objetivos o controle da percolação apical, ter capacidade de
escoamento para as ramificações e melhorar a adaptação
na interface dentina-guta-percha. Os cimentos a base de
óxido de zinco e eugenol são os mais utilizados no mundo
(Pulp Canal Sealer) e possui excelentes propriedades físicas, porém apresentam maior agressividade e potencial
tóxico se houver excesso de eugenol. É sabido que todo
material extravasado no periápice apresenta uma resposta
inflamatória inicial e isto foi demonstrado através de di-
10 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
versos estudos de biocompatibilidade em subcutâneo de
ratos. Porém este cimento extravasado ou será fagocitado
e absorvido ou será encapsulado. A cápsula fibrosa isola o
material, é um sinal de tolerância tecidu al e fator positivo
para a análise dos cimentos endodônticos.
O extravasamento de cimento deve ser evitado simplesmente porque é desnecessário. De qualquer maneira,
a irritação causada no periápice resultará em fenômenos
sub-clínicos e sem conseqüências
importantes para o sucesso do
tratamento endodôntico.
Prof. Dr. Ruy Hizatugu
Especialista em Endodontia e em Biologia
Celular e Livre-Docente em Endodontia
Prof. Dr. Eduardo Fregnani
Especialista em Endodontia, Mestre em Patologia Bucal e Doutor em Ciências
Eventos
Reintervenção em Endodontia
N
o dia 18 de agosto, na Livraria da Vila, nos Jardins (SP),
aconteceu o lançamento do livro “Reintervenção em
Endodontia”(Editora Santos – 1ª edição, R$ 150,00),
dos autores Mário Luis Zuolo, Daniel Kherlakian, José Eduardo de
Mello Jr., Maria Cristina Coelho de Carvalho e Maria Inês Ranazzi
Cabral Fagundes. O coquetel de lançamento contou com a presença de mais de 250 pessoas para a dedicatória.
Em noite concorrida para
a dedicatória dos autores...
...que contou com a presença do
diretor da APCD Saúde, Dr. Hiroshi
Miasiro (camisa branca)
Longa fila para os
cumprimentos aos autores
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 11
Reabilitação
Saúde gengival
Decorrido 4 meses, a colocação de um elemento provisório fora
de suma importância pois esse teve o importante papel de manipular a gengiva através de compressão, nas margens mesial e distal,
durante 60 dias.
No termino do trabalho, o elemento definitivo fora feito metalocerâmica cimentada, sobre implante.
Dente 11 com fratura de raiz e fístula
Provisório sobre implante, elemento 11
Papila mesial e distal conformada através do provisório e perfil do implante
T
emos hoje uma grande necessidade de preservar a saúde
gengival. Em casos da reabilitação odontológica através de
implante ósseo, a papila interdentária tornou-se em alguns
casos, uma grande dificuldade para sua promoção ou preservação.
O clínico deve estar atento as estruturas do periodonto bem como o
espaço que devemos utilizar para um implante.
Muitas vezes estamos atento ao comprimento que podemos
colocar um implante e deixamos sem muita importância o espaço
adjacentes entre os elemento. Poder contar com elemento dentário
adjacente aumenta em muito nossa previsibilidade de uma estética
satisfatória juntamente com o desejo do paciente, que tudo fique o
mais natural possível.
Depois de estabelecermos normas de saúde, devemos estar
muito atento ao modelo de implante a ser utilizado. Implantes de
conexão interna, por exemplo Hexágono interno e com plataforma e
em alguns casos com superfície tratada podem oferecer condições
para que a reabsorção ao redor do implante, na região cervical seja
o menor possível.
A paciente apresentou no consultório com fratura de raiz no
elemento 11, devido a pino intra radicular Flex Post, muito utilizado
no passado.
Antes de fazer a extração do elemento, instalamos aparelho
ortodôntico afim de promover a extrusão do mesmo, durante 60 dias,
para minimizar os efeitos da remodelação óssea após exodontia.
Após a extração do elemento dentário, foi instalado implante
HI cone Morse CAPSA, após 3 meses, pois uma infecção crônica
estava em curso.
12 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
Final - Metalo-cerâmica cimentado sobre implante
Raio-X
implante
elemento
11
Dr. Luís Henrique Vinagre
Cirurgião-dentista; Ministrador e Palestrante;
Graduado pela Faculdade de Odontologia de
Lins; Pós graduado em Implante e Prótese; Secretário Estética APCD 2000 e 2002; Secretário
APCD Pirituba/Perus; Diretor Jornal ABO SP
Implantodontia
Implante de qualidade
A
história de Implantodontia brasileira passou por uma
grande virada na última década. Há cerca de 10 anos,
os implantes dentários eram de origem estrangeira,
o que tornava os procedimentos acessíveis a uma minoria da
população. Com o aumento da expectativa de vida e a crescente
valorização da estética, a necessidade da reabilitação e inclusão
se fez evidente, provocando o desenvolvimento e a adaptação das
empresas a essa nova realidade. No Brasil, que é reconhecido
como o país dos desdentados, a Implantodontia representou a
maior descoberta da Odontologia, como um procedimento eficaz
que permite a devolução de um dente perdido.
No entanto, como em qualquer outro tratamento, é importante
que o paciente tenha conhecimento sobre o material que será
utilizado para a realização do implante, já que este fará parte de
seu organismo pelo princípio da osseointegração. Com a diversificação de marcas disponíveis no mercado, nem sempre o cliente
se preocupa com a qualidade do produto, como por exemplo, se
ele está dentro das normas de fabricação ou possui as licenças
dos órgãos fiscalizadores. Se não houver garantias por parte do
fabricante, o que seria uma solução pode virar um problema ainda
maior. Fraturas dentro do osso e ajustes de fixação de próteses
são alguns inconvenientes, que surgem se forem utilizados materiais inadequados.
Como cliente, converse com o fabricante de sua confiança
sobre a confiabilidade do material que usará em seus pacientes.
Não se engane com promessas milagrosas ou de custo reduzido. Quando vamos ao supermercado, compramos baseados na
confiança que temos em determinada marca. Na Odontologia não
deve ser diferente. Lembre-se que devemos escolher produtos e
tecnologias que atendam as expectativas de nossos clientes.
Dra. Renata Cavassa
Formada pela Univ. Santa Cecília dos Bandeirantes - Santos; Especialista em cirurgia buco
maxilo facial; Atua nas áreas de implantes, prótese sobre implante, próteses convencionais e
estética; Fundadora do projeto social Mereça
um Sorriso, entidade que cuida de crianças com paralisia cerebral
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 13
Odontogeriatria
Os preconceitos no tratamento
com próteses dos idosos portadores
de doenças mentais
A
média de idade do ser humano vem rapidamente aumenatitude incomum na maioria dos idosos usuários deste serviço de
tando em todo o globo, apresentando novos desafios ao
prótese. A idéia primeira sobre a queixa foi, tanto do nosso ponto de
tratamento odontológico, muitas vezes relacionados com
observação quanto da cuidadora, desta ser improcedente, devido ao
os, não raros, problemas neurocognitivos presentes no idoso (CHIAestado mental da paciente. A despeito disto, pedimos para ela repetir
PPELLI et al.¹, 2002).
suas queixas, exigência que ela atendeu prontamente, com mesma
O ideal seria sempre proporcionar saúde juntamente com qualidaexatidão e velocidade anteriormente observadas.
de de vida, uma vez que estão inter-relacionadas (FONSECA; PAÚL³,
Efetuamos logo a seguir um desgaste nas regiões apontadas. A
2007). Infelizmente, a óptica com a qual
muitas vezes a sociedade ocidental
enxerga a velhice pode influenciar na
nossa conduta profissional. Vicente
Faleiros (UCB), em 2008, afirma que
a sociedade crê “que os idosos estão
fora de época, de lugar e, por isso, são
incapazes e vistos como descartáveis”.
Neste mesmo ano, Isolda Günther
(UnB), apregoa que devemos “deixar de
entender a velhice como um momento
de perdas e inutilidade”. Esta visão,
muitas vezes negativa, e partilhada
Paciente sem as próteses totais (vista frontal)
Paciente com as próteses novas (vista frontal)
freqüentemente pelo próprio idoso,
pode ser incrementada se o paciente
geriátrico possuir, ainda, uma doença mental (SPADINI; SOUZA¹º,
paciente, então, ao colocar novamente a PT superior, afirmou que a
2007; GONÇALVES7, 2008). Apresentaremos a seguir um caso clínico
peça tornou-se confortável.
no qual foi observada a aparição de preconceitos tanto por parte da
A mesma faltou nas duas sessões subseqüentes, retornando
equipe odontológica como da cuidadora em relação às observações
apenas em 9, 21 e 28 de janeiro de 2009. Nestas últimas datas, a
externadas pela paciente.
paciente reclamou pontos de incômodo desta vez na PT inferior. A
RELATO DO CASO CLÍNICO - Paciente S.E.D., sexo feminino, raça
reclamação quanto à superior passou apenas à referência que “a de
latina, 63 anos, procurou atendimento odontológico no Centro de
cima junta muito cuspe” (sic).
Referência do Idoso “José Ermírio de Moraes” (CRI – Leste), acompaNeste mesmo mês, encaminhamos S.E.D. para o setor de Psicolonhada de sua irmã e cuidadora D.E.D., almejando confeccionar uma
gia Clínica do CRI – Leste, que constatou, entre outras características
Prótese Total (PT): superior e inferior.
da paciente, desorientação temporo-espacial, atenção e concentração
Na anamnese, a acompanhante relatou que a paciente portava
rebaixadas, embotamento afetivo, percepção delirante, pensamento
esquizofrenia, fazendo inclusive uso contínuo de risperidona, medie discurso desorganizados, ilusões intensas, incoerência ideoverbal,
camento antipsicótico e neuroléptico. A paciente disse estar sem
nos fornecendo o setor acima uma hipótese diagnóstica de esquizousar suas próteses há cerca de dois anos, relato desmentido pela
frenia indiferenciada.
cuidadora, que retificou o lapso de tempo para 25 anos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS - A estigmatização social da loucura
A confecção das PTs (que seriam muco suportadas, o tipo coleva não raro à formação de preconceitos. Não necessariamente um
mumente confeccionado neste local) durou aproximadamente dois
portador de doença mental terá um QI menor do que uma pessoa
meses (de 6/08 a 8/10/2008), quando foram entregues à paciente.
mentalmente saudável no contexto daquela comunidade. Yellowitz¹²
É importante notificar que, durante as consultas, a paciente “falava
(2005) nos aconselha a atentar para o reconhecimento de alterações
sozinha” constantemente.
cognitivas em idosos, e Tibério et al.¹¹ (2006) chegam a sugerir o uso
Na consulta seguinte, realizada uma semana depois, a paciente
de avaliações do nível de depressão ou demência do paciente como
queixou-se que a PT superior estava “machucando”. Ao ser indagaauxílio do plano de tratamento.
da onde seria, retirou-a da boca e apontou com precisão e rapidez
É imprescindível ao Odontogeriatra e para o clínico geral que trata
as regiões de freio labial superior e de bridas laterais superiores,
de idosos o contato com outras áreas. A multidisciplinaridade num
14 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
enfoque interdisciplinar faz-se mister para todos os que trabalham
com Gerontologia, otimizando o resultado final do tratamento (MONTENEGRO et al.7, 2002; DURSO², 2005; PADILHA et al.8, 2006).
A orientação e a troca de informações em relação aos cuidadores
e/ou à família é igualmente importante: eles estão em contato com o
paciente por muito mais tempo do que o cirurgião-dentista. Existem
diversas associações, inclusive no Brasil, que procuram, por meio de
palestras e outras atividades, englobar no tratamento os familiares
de portadores de transtornos mentais (SOARES9, 2008).
Cremos que o cuidado sugerido por Durso² (2005) em relação a
manter-se em contato com outros profissionais é válido, mas também
é importante não desviarmos o foco da nossa capacidade técnica
particular, ou seja, odontológica. Talvez déssemos maior valor às
reclamações de S.E.D., se focalizássemos a PT confeccionada, e não
o comportamento psicossocial da paciente.
Marchini et al.5 (2000) ressaltam a necessidade do acompa-
Paciente sem as próteses em vista lateral
Rev EAP/APCD São José Campos, v.1, n.2, p.14-8, 2000.
MONTENEGRO, F.L.B.; MARCHINI, L.; BRUNETTI, R.F. Aspectos importantes na prótese total para a 3ª. Idade. In: CUNHA, V.P.P.; MARCHINI,
L. Prótese Total Contemporânea em Reabilitação Oral. São Paulo: Ed.
Santos, 2007, p.177-94.
MONTENEGRO, F.L.B.; BRUNETTI, R.F.; MANETTA, C.E. Aspectos psicológicos no atendimento do idoso. In: BRUNETTI, R.F.; MONTENEGRO F.L.B.
Odontogeriatria – Noções de interesse clínico. São Paulo: Artes Médicas,
2002, p.71-84.
PADILHA D.; HILGERT J.B.; HUGO, F. Saúde bucal. In: FREITAS, E.V. et al.
Tratado de Geriatria e Gerontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: GuanabaraKoogan, 2006, p.1189-96.
SOARES, J. Engajamento da família é fundamental. Metrô News, v.7,
n.327, p. 14, 2008.
SPADINI, S.S.; SOUZA, M.C.B.M. A doença mental sob o olhar de pacientes
e familiares. Rev esc enferm USP, v.40, n.1, p.123-7, 2006.
TIBÉRIO, D.; FERRARI, F.L.; SANTOS, M.T.B.R. Instrumentos avaliativos
Paciente com as próteses novas (vista lateral)
nhamento do paciente após a conclusão do tratamento, comumente
negligenciado não só pelos profissionais, mas também pelos pacientes. Lesões na fibromucosa podem ocorrer em usuários de PT,
tornando importante o controle profissional do trabalho, muitas vezes
realizando constantes pequenos ajustes. Aliás, lesões nos tecidos
moles podem ocorrer mesmo em usuários de PTs bem adaptadas
(MONTENEGRO et al.6, 2007).
Finalizando, acreditamos serem a técnica e os conhecimentos
específicos de extrema valia, e se constituem em instrumentos que serão potencializados pela interdisciplinaridade, agindo sinergicamente
no cuidado da saúde global do paciente, na tentativa de proporcionar
uma melhor qualidade de vida.
Vista interna das próteses novas, mostrando
boa fidelidade de ajuste e acabamento
para o atendimento odontológico aos pacientes geriátricos. Rev Assoc
Paul Cir Dent, v.60, n.5, p. 362-5, 2006.
YELLOWITZ, J.A. Cognitive function, aging, and ethical decisions: recognizing change. Dent Clin N Am, v.49, p.389-410, 2005.
“Como publicado na Revista da APCD-EAP,v.8,n.2, Junho 2009,ISSN1517-4611”.
Stefano Frugoli Peixoto
Cirurgião-dentista do CRI-Leste; Especialista em Odontogeriatria; Mestrando em Saúde Coletiva pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAPPELLI, F. et al. Dental needs of the elderly in the 21st century.
General dentistry, v.50, n.4, p.358-63, 2002.
DURSO, S.C. Interaction with other health team members in caring for
elderly patients. Dent Clin N Am, v.49, p.377-88, 2005.
FONSECA, A.M.; PAÚL, C. Saúde e qualidade de vida ao envelhecer:
perdas, ganhos e um paradoxo. Geriatria e Gerontologia, v.2, n.1, p.327, 2008.
GONÇALVES, M.G.M. Um olhar sobre o envelhecimento. Jorn Cons Fed
Psico, v.21, n.91, p. 3, 2008.
MARCHINI, L. et al. Próteses totais: orientações e cuidados posteriores.
Luciana Cassimiro
Psicóloga do CRI-Leste; Gerontóloga; Especializanda em Neuropsicologia
pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo
Fernando Luiz Brunetti Montenegro
Mestre e Doutor FOUSP; Prof. Adjunto UnG; Pesquisador-mentor do Portal do Envelhecimento (PUC-SP) e coordenador Saúde bucal da Ondina
Lobo e CEDPES
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 15
Prevenção
Loretta Humble
Qualidade de vida e saúde
bucal na terceira idade
J
á é sabido por toda a sociedade que está ocorrendo o
aumento da população idosa. Nos últimos 50 anos ocorreu um grande avanço tecnológico e novas descobertas
que buscam desesperadamente maneiras de prolongar a vida das
pessoas e propiciar uma melhor qualidade de vida.
O crescimento da população idosa no Brasil, tem acarretado
um grande impacto, devido à falta de planejamento, de medidas
assistenciais, de formação e capacitação do material humano
necessário. Somado a esses fatores, grande parte de nossos
idosos apresenta, além dos problemas de saúde, problemas
sócio-econômicos.
Mas o que tem a ver isso com a saúde bucal? Tem tudo a ver,
pois a saúde bucal depende de vários fatores, como por exemplo
de políticas públicas adequadas, de investimentos em programas
de saúde direcionados à terceira idade etc.
E investir na saúde na terceira idade, assim como em outras
fases da vida, é de extrema importância, pois a saúde bucal melhora a saúde geral, assim como a estética agradável mantém a
auto-estima e o bom desempenho social.
Dentro de políticas sociais, a prevenção deve ser um direito
de todos e na terceira idade é fundamental no que se refere
a qualidade de vida. E qualidade de vida significa, além de ter
uma qualidade de saúde bucal, ter também qualidade de saúde
geral, qualidade de vida social, qualidade de relacionamentos,
qualidade material, qualidade espiritual, e outras, até chegarmos
à qualidade total, como o objetivo maior de toda a sociedade na
modernidade.
O principal objetivo da prevenção em todas as áreas ligadas
16 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
à medicina é melhorar a qualidade de vida e proporcionar um
envelhecimento saudável. E envelhecer com saúde, disposição e
qualidade de vida, estão envolvidos aspectos não só biológicos,
mas também psicológicos, econômicos, sociais. A boca é um dos
elementos que merecem atenção no processo de envelhecimento,
porque é por meio dela que podemos expressar, através do sorriso, nossos sentimentos de alegria, de sedução. Os dentes irão
representar um papel fundamental nesse aspecto. Um idoso que
tem bons dentes, que tem uma boa mastigação, tem uma melhor
qualidade de vida do que um idoso que apresenta muitas cáries,
devido ter uma higienização incorreta, e acaba comprometendo
sua saúde como todo.
A promoção, prevenção e recuperação da saúde bucal, devem
estar inseridas na rotina de todas as instituições, e em especial
naquelas dos indivíduos da terceira idade, uma vez que a condição
bucal em última instância influencia diretamente a qualidade de
vida, por definir sua capacidade de mastigação, nutrição, fonética e de socialização. E por isso, é importante para o idoso ser
orientado em relação a vários aspectos de sua saúde, como por
exemplo, saber qual a melhor dieta, saber cuidar dos dentes e
gengivas, saber realizar um auto-exame na boca para ver se tem
anormalidades etc. Enfim, realizar a prevenção na terceira idade
é fundamental para ter saúde bucal e a qualidade de vida em
todos os sentidos.
Dr. Marco Tulio Pettinato Pereira
Cirurgião-dentista com especialização em Saúde de Família (UCAM),
Saúde Pública (UNAERP) e Saúde Coletiva (SL Mandic)
Aprendizado
Curso gratuito de Cirurgia Ortognática
Curso realizado em 25 de junho de 2009,
das 8h30 às 17h30. Da esq. p/ dir., Prof.
Dr. Glacio Avolio, Prof. Dr. Octavio Margoni Neto,Dra. Renata Ferreira de Oliveira,
Prof. Dr. Marcos Pitta, Prof. Dr. Gustavo
H. Mota e Prof. Dr. Aluisio Galiano
Cursos APCD Saúde
Cursos APCD Saúde
Maiores Informações
Tel./fax: (11) 5078-7960
E-mail: [email protected]
Site: www.apcd-saude.org.br
2º SEMESTRE
IMPORTANTE
A EAP poderá cancelar os cursos previamente, caso o número
de vagas não sejam preenchidos. Os horários poderão ser
remanejados em função de uma melhor operacionalização.
Curso de Aperfeiçoamento para Clínico
Geral – “Estética e Função Odontológica
baseada em Evidências”
Início: 4 de setembro de 2009
Dia da semana: sextas-feiras
Horário: 17h às 22h
Carga Horária: 190 h/aula
Natureza: teórico / prático
Duração: 10 meses
Dr. Luis Ide
Vagas: 8
Valor: 12 x R$ 250,00 (sócio efetivo)
12 x R$ 125,00 (sócio recém-formado e acadêmico)
Ministrador: Prof. Dr. Luis Ide (Mestre em Periodontia - USP)
Colaboradores: Luiz Carlos Serrano Lima, José Maria de Oliveira
de Castro, Luiz Afonso de Souza Lima, Valsuir José Vezzoni, Alzira
Kyomi Suzuki e professores convidados.
Objetivo: Oferecer conhecimento científico e clínico para planejar
e executar o tratamento. Serão submetidos a treinamentos personalizados para que possam aprender com mais eficiência e com
total segurança. Prepará-los para ter um bom relacionamento ético
e profissional. Orientá-los claramente a importância da Prática
Odontológica Baseada em Evidências, para auxiliar o processo de
decisão, conduzindo a melhores resultados para os pacientes.
Curso de Aperfeiçoamento em Cirurgia Oral
Menor
Início: 2009
Dia da semana: quintas-feiras
Horário: 19h às 22h30
Carga Horária: 62 h/aula
Vagas: 16
Natureza: teórico / prático / demonstrativo
com atendimento de pacientes
Duração: 5 meses
Dr. Glácio
Valor: 5 x R$ 350,00 (sócio efetivo)
5 x R$ 175,00 (sócio recém-formado e acadêmico)
Ministradores: Prof. Dr. Glácio Avólio (Doutor em Ciências pela Escola
Paulista de Medicina – UNIFESP e Mestre em Cirurgia e Traumatologia
18 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
2009
INTERAÇÃO CLÍNICA DE ENDO-DENTÍSTICA
- ATUALIZAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO
Início: fevereiro de 2010
Término: dezembro de 2010
Dia da semana: quartas-feiras
Horário: 19h às 22h
Carga Horária: 132 h/aula
Vagas: 8
Natureza: teórico prático com
atendimento de pacientes
Valor: R$ 350,00
Dr. Maeda
Coordenador: Prof. Dr. Sergio
T. Maeda
Equipe: Profs. Drs. Marcio Braga Lauretti, José Lauriere
H. Guimarães e Adriana Paisano; Profs. MS. Kleber K.T.
Carvalho, Luis Marcos Mansi, Luis Guilherme B. Lauretti
e Sergio Koiti Kamei; Profs. Katia Cristina Pompermayer,
Debora Calvo, Keiji Nishikawa e Marcele Arouca.
Buco Maxilo Facial pela FOUSP); Prof. Dr. Marcelo Marcucci (Doutor
em Ciências pela Escola Paulista de Medicina
– UNIFESP e Mestre em Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial pela FOUSP).
Objetivo: Trata-se de um curso eminentemente prático que visa o desenvolvimento
e aperfeiçoamento do aluno no âmbito da
cirurgia oral menor. Serão abordados aspectos referentes ao diagnóstico, planejamento,
técnica cirúrgica, complicações e terapêutica
Dr. Marcucci
medicamentosa, priorizando o tratamento
cirúrgico dos dentes retidos. O objetivo final é habilitar o aluno no
planejamento e execução da prática cirúrgica nas mais diversas
situações possíveis de ocorrer em consultório.
mercado
Whiteness HP Blue recebe prêmio de design
A
FGM, líder na fabricação de clareadores dentais para a
Amércia Latina, conquistou o Troféu Bronze, prêmio nacional de design do IDEA/Brasil 2009 pelo Whiteness
HP Blue, na categoria embalagem, na quinta-feira 30.
Esta é a segunda edição do International Design Excellence
Award (Idea) realizada no Brasil. O IDEA é o maior prêmio de design
dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo, promovido desde 1980 pela Industrial Designers Society of America (IDSA). Os
premiados no IDEA/Brasil participam de exposições nas principais
capitais brasileiras e nos Estados Unidos. A embalagem foi desenvolvida pela Design Inverso, escritório de design de Joinville.
O Whiteness HP Blue é um clareador dental à base de Peróxido de Hidrogênio de uso profissional nas concentrações 20% e
35%. O novo produto possui Cálcio que minimiza uma possível
desmineralização dental decorrente do clareamento, é aplicado
uma única vez por sessão e dispensa o uso de fontes externas
de aceleração.
A FGM Produtos Odontológicos tem 13 anos de mercado e
é a marca mais vendida no Brasil no segmento de clareadores
dentais com mais de 6 milhões de sorrisos atendidos pela linha
Whiteness. No mercado externo, a empresa exporta para países
da América, Europa e Ásia. A empresa mantém parque fabril de
2.600 metros quadrados, em Joinville, Santa Catarina.
Além dos clareadores dentais, a FGM fabrica ampla linha de
produtos odontológicos, como resinas compostas, pinos de fibra
de vidro, produtos para cimentação, entre outros.
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 19
Atendimento
Observando seu paciente - o corpo fala
C
omo podemos interpretar todos os sentimentos que estão
passando pela cabeça de nosso paciente? Temos alguns
recursos há muito estudados que podemos avaliar melhor
nosso cliente. Qual a sensação que ele está sentido? Como podemos
abordar questões sobre um plano de tratamento e verificar sua reação,
sua aceitação por assim dizer?
Pesquisas revelam o impacto de uma informação ao ouvinte na
linguagem corporal em porcentagem:
• 7% verbal (o que falado ou escrito pelo ouvinte)
• 38% vocal (o tom da voz e as inflexões do ouvinte)
• 55% não verbal (gestos e movimentos)
Vamos a alguns exemplos, que todos nós percebemos e já diagnosticamos, como por exemplo, o medo do cliente ao sentar em uma
cadeira odontológica:
• Paciente mulher segura a bolsa, não larga, não sabe se senta com a
bolsa ou põe num cabide longe do seu alcance - linguagem não verbal:
desconforto; vontade de correr da situação; medo.
• Criança agarrada à mão da mãe, olhar assustado, boca aberta ou
mão na boca - medo, duvida se confia ou não, insegurança.
• Cliente ao entrar na sala de atendimento aperta sua mão com
firmeza, olhos firmes, não desvia olhar, sorri, postura ereta - paciente
sente-se a vontade, tem segurança, está confortável.
• Cliente ao entrar estufa o peito, levanta o nariz, olhar superior
- cliente sente-se superior a você, mantêm-se a distância, precisa ser
convencido do melhor para si.
Todas esta emoções são visíveis e já às presenciamos e sabemos como devemos tratar. Vamos então aprimorar nosso dom da
observação. Na primeira consulta após o exame clínico e exames de
diagnóstico, percebemos nosso cliente ansioso com olhar fixo na nossa
postura. Qualquer levantada de sobrancelha pode parecer espanto
de nossa parte o que pode ser uma má noticia para ele. Temos que
fazê-lo entender nosso raciocínio e nossa seqüência de tratamento
para devolver seu bem-estar, motivo que o trouxe até nós.
Observe a linguagem não verbal do seu cliente:
• Receio: olhar aflito, braços protegendo o peito, corpo inclinado para trás;
• Desconfiança: corpo inclinado ou de lado, sobrancelhas contraídas,
olhar de canto de olho, rosto virado para o lado, mãos seguram seus
pertences, braços cruzados;
• Mutismo: paciente não quer externar seus sentimentos, morde os
lábios, cruza os braços e os joelhos, vira o rosto, cotovelo apóia a
cabeça olha para outro ponto;
• Persuasão: paciente conta sua história, mão expressa ao falar,
corpo inclinado para frente, desencosta da cadeira ao falar, olhar fixo
no interlocutor;
• Firmeza: peito aberto, senta ereto e confortável na cadeira, olhar
atento e aberto;
• Expectativa: cabeça projetada para frente, cotovelos apoiados na
mesa, sorriso nos lábios, peito descoberto mostra o coração, mãos
e braços relaxados.
Podemos fazer uso de um conhecimento
que está no nosso subconsciente e a partir daí
conduzir melhor nossa conduta perante o nosso
parceiro de negócios que é nosso cliente.
Vamos a luta, boa sorte!
Dra. Maria Teresa Ratto
www.clinicamteresaratto.com.br
[email protected]
Doe brinquedos
novos e usados,
em bom estado de
conservação, na sede
da APCD Regional
Saúde. Eles serão
doados para
crianças carentes.
20 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
espaço Aberto
Humor
Especialista
Um português estava com uma tremenda dor de dente e sem dinheiro.
Disseram para ele ir onde tivessem cursos, que o atenderiam quase de graça.
Ele foi, entrou na primeira faculdade que viu e ao ser atendido foi logo falando,
sem perceber que não era um consultório dentário:
- Estou com uma dor de matar no meu canino ESQUERDO.
O aluno sem entender responde:- Ô portuga, aqui é faculdade de DIREITO.
Pô, não sabia que tinha uma faculdade para cada dente.
Para anunciar, pegue já o seu telefone
e converse com o Israel (11) 3477-4156
ou 9263-1935 e faça bons negócios!
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 21
Departamento social
Regional participativa
Veja as fotos dos membros da Regional Saúde em momentos importantes
Arraiá da Odonto na Central
O arraial mais divertido da
Odontologia aconteceu no dia
18 de julho, a partir das 18h30,
na sede da APCD e contou com a
participação de várias regionais da
capital e Grande São Paulo.
Regional participa
de festa no Ipiranga
A APCD Saúde marcou presença
durante as festividades do Núcleo
dos Cirurgiões Dentistas do
Ipiranga. Na ocasião foi servida
uma deliciosa Paella.
22 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
A APCD Regional Saúde
comemorou a chegada do inverno
com a festa do Queijo & Vinho
Os associados da APCD Regional Saúde
comemoraram no dia 13 de junho, com
muito entusiasmo, a chegada do inverno
na capital paulista com muito Queijo
& Vinho na sede da entidade.
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 23
01 TAMARA SILVIA RENNO
02 VITOR LOPES PEDROSA
02 THAIS KURNET
03 CELIA REGINA PINHEIRO CHENG
03 THEREZA CHRISTINA FARIA LIMA
04 MARIA INEZ DE ANDERAUS PRADO ALVES
04 GIULIANE JACKLIN BORTOLI
06 FRANCINE AMBROSI DOS SANTOS
07 ELCE GUERREIRO SPONTON C INOJOSA
07 WALDIRIA DE AVILA E FARIA
07 ROBERTO TADASHI MISUNO
08 CESAR ALBERTO FERREIRA
09 CRISTIANE YUMI KOGA
09 JULIANA DATTI ROQUE
10 ADRIANA DA FONSECA ALVAREZ
10 LUCIANA SIMOES
10 SABRINA FERREIRA
12 MARIA CRISTINA P DE ALENCAR
12 CAMILA ZANCHETTA MUNIZ
12 JORGE LUIZ DE REZENDE
13 HUGO DELGADO DE AGUIAR
14 RUBEN ENRIQUE RUBINIAK
15 MILTON DE SOUZA TEIXEIRA
15 ISABELLA COELHO DE OLIVEIRA
15 MARTA CHAMOUN HAKIM
15 LILIAN KEIKO YAMAMOTO
15 GLAUCIA ARASHIRO
17 ANDREA HAYAKAWA
17 RITA MARIA PORTUGAL DE ALMEIDA
18 VALERIA CAMPASSI REIS GAMBIER
18 ANA CAROLINA DE ASCENÇÃO LIMA
19 NAIARA VALERIO DE OLIVEIRA MORITA
19 AFONSO LUIS PUIG PEREIRA
19 ALEXANDRA SAMPRONHA CHIARASTELLI
19 INDAIA DUQUE FERNANDES
19 TALITA TORINO GUIMARAES
20 MAURICIO NISHIMURA
20 CRISTINA ITO
20 MIRTES TOKEIAMA
20 ANDRE DUARTE DE AZEVEDO MARQUES
20 PATRICIA CIOTTARIELLO
Teod
ora V
laicu
20 CLARISSA FURUTA MORIKIO
20 VANESSA FERRIELLO
20 SUELY GONDO
21 LUCAS ISSAMU TERUYA
22 MELISSA BOSSAN
22 ADILEA VIEIRA DE CARVALHO
24 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009
Aniversariantes de Agosto
Dia
01 CRISTIANE TAKATA
02 MARGARIDA TAVARES BARBOSA
02 ROGERIO KAZUO AKITI
03 MARIA JOSE PEREIRA DE SOUZA
03 MARIANA NATALE DE PAULA PEREIRA
04 JOSE CARLOS MACORIN
04 MASSANORI NISHIOKA
04 MARTA CRISTINA KFOURI DI PILLO
05 LUIZ HIROMITSU SASAKI
05 OSSAMU MASSAOKA
05 MARIA AMALIA DO C R SONNEWEND
05 KARINA TIEME SHIMADA
05 ROGERIO FANTOZZI
05 PATRICIA ROSA SILVA CASTRO
05 JOEL DA COSTA FERRER
05 GRAZIELLA DE JESUS COMENALLI
06 IEDA SANTOS ABREU
06 BEATRIZ DAVANCO BORELLA
06 OSMAR MODENA MOREIRA DE ARAUJO
06 PAULO TONY RUBINATO
08 MARIO DE SOUZA E SILVA
08 ELZA YAEKO KANENOBU
Be
Dia
ta
Aniversariantes de Julho
n
ya
Ja
22 CLAUDIA GASPAROTTI
22 MARCUS AUGUSTO SCALON ANACLETO
23 ANA PAULA HARES PARO FEVERSANI
23 ANA PAULA DE MANINCOR BASILE
24 DEBORAH CALVO
25 MOACYR DA SILVA
25 MARIA FERNANDA DE ARAUJO
25 NILZA PAVANELLI EDO DE OLIVEIRA
25 CYNTIA TIEMI OTA ISHIHARA
26 ANDREA FAUSTINO MANEJA
26 CRISTIANE ONISHI
26 ROSE MARY GONZALES MANSOUIR
27 MARIA CONCEICAO PERES LOBERTO
27 RUBENS INACIO HIRATA
27 MARICELI SERAFINI GONÇALVES NAUM
28 LAURA COVELLO
28 MARIA CRISTINA FUJII DOS SANTOS
29 MARIA CRISTINA MALULY CARDOSO
29 SILVIA HELENA FELIPPELLI CECCHINI
29 SUZYLANE BRAGA ANTUNES
30 MOACYR NUNES LEITE JUNIOR
30 SABRINA TOMIZAWA
31 ANDREA DA FONSECA ALVAREZ
31 ANA PAULA DE OLIVEIRA FUKUSHIMA
ra
he
aniversariantes
APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009 | 25
d
01 RAUF ABBUD
01 IRACI AKEMI SAKASHITA
01 CINTIA FURUSE NUNES
01 PAULO JORGE DA SILVA BONFIM
02 CLARISSA NOEMY YOSHINAGA CHIBA
02 CHANTAL ALTERO BISPO
02 SUENY SAYURI TATIBANA
02 PRISCILA AFIF ABMUSSI
02 CLAUDIA DOS SANTOS COSTA
04 FLAVIO ALVES MOREIRA
04 ROSANGELA MORONI DIAS GRANERO
05 REGINA MITIE MIYAKE
06 MARCIA DE MELLO MENDONCA
cL
eo
Dia
M
Aniversariantes de Setembro
06 HIROSHI MIASIRO JUNIOR
06 TERCIO OBARA
07 DANIEL FALLEIROS NUNZIATA
08 MIRTES HELENA MANGUEIRA DA SILVA DIAS
08 ELAINE PEREIRA
08 ANTONIO ROBERTO VIEIRA SILVA
09 MARIA LUCIA KIMIKO YASUI
09 MAURICIO FAZZURA
09 THAIS MIEKO KUBO
09 CAMILA BASILE MEIRA
09 JULIANA MACHADO MATHEUZ
10 MARCELO GOTARDO
10 LUCIANA ALLEMAND LOPES WESTIN
10 CARLOS NEY XAVIER DE SOUSA NETO
10 CRISTINA MORAGHI DIAS DA SILVA
11 EDUARDO SAKAI
11 DANIELA CRISTINA DE OLIVEIRA NUNES
11 REGINALDO BRUNO DA SILVA
11 SILVIA REGINA NAJAR OSTASKA
14 DURVAL PAUPERIO SERIO
15 FERNANDA DAS DORES DA SILVA
16 MARIANA COELHO CARRARA
17 IZAURA REIKA WASANO
18 JORGE KHADOUR
19 CINTIA MARGARETE SPINA TANAKA
19 LJILJANA ZIVANOVIC FARAH
19 FLAVIA PECORA CARNEIRO FARIA
19 ANDREA DO AMARAL
21 ARNE AUED GUIRAR VENTURA
21 MAUREN RIKA TABATA ARAI
21 CARLA DANIELA PESSINI CAMPOS
22 FABIANE BRAGA MARTINS BARBOSA
22 VICTOR D’ ASCOLA MARTIN
23 SUZELEI IZZO FORGER
23 JULIANA DOMINGUES CABANAS
24 FABIO CAMILO
25 MARIA GORETI NOGUEIRA
25 ELCIO MATTOS BAHIA
25 PATRICK YENDO MINOWA
26 MARIANA BARBARA AKKARI
27 DIRCE RIEKO HOJO
27 VICTOR ANTONIO MONTEIRO SOPHIA
28 YUMI OZAWA SAKAI
28 INGRID DE MELLO RODE
28 REGINA MARIA PULITI
28 RENATA GARGIONE PRADO
28 MAURICIO KATO
28 CAIO VINICIUS BARDI MATAI
29 SILVANA MARIA POSSEBON
30 VANIA CRISTINA FONSECA BAGNATO
30 SUZANA MACEDO DE OLIVEIRA
Ky
m
09 SERGIO YUNES
09 PAULO ROBERTO MIRANDA
10 FLAVIO DE ALMEIDA CUNHA
10 ROSANA NUNES ESPOSO
10 RICARDO PIMENTA D AVILA
11 YUKUO SAHEKI
11 LIZE GABRIELA YOSHINAGA
11 WALTERSON MATHIAS PRADO
11 MICHELE MARTINS SOARES
11 CRISTIANE HITOMI KASHIMA
13 PLINIO GOLONI
13 KUNIO SHIMABUKURO
13 CLARISSA MARIA PESENTE
15 LIVIA LIE SONODA
16 CLAUDIA ERIKO TSUJI
17 LUCIA OGAWA
17 KATIA YUKIE KANO OZEKI
18 MARCOS ERNANI TOMOTANI
19 PATRICIA DUARTE CINELLI VICIANA
20 ANDRE CARNEIRO SCHERTEL
20 ALEXANDRE CAMARA OZAKI
21 MARCIA REGINA SALLES
21 LILIAM BERNARDES MANDIA
22 LUCIA MARIA NEY PIZZOCOLO
26 FEYEZ AYACHE
26 ANDREA DOS SANTOS CARVALHO
27 MILENE MAYUMI AKUTSU
28 RENATA PIVOTTO RODRIGUES
28 VANESSA GONÇALVES
28 MIRIAM OKAMURA
30 MARIO HARUMITSU OTA
30 DENISE SARTORATO SOUBHIE
31 ELLEA LIE NAKANO
Indicador PROFISSIONAL
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NAL Indicador PROFISSIo
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Periodontia
Implantodontia
Prótese
Rua das Glicínias, 49
Tel. (11) 2276-0001 / 2276-4166
Dr. Arnaldo B. Ferreira Jr.
Odontologia Estética
Implantes
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Cj. 83 - CEP 05419-001
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Especialista em Prótese
Dental e Ortopedia
Funcional dos Maxilares
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CEP 04047-001 - Tel. (11) 2577-4599
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Estética Dental (tratamento a laser)
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Cirurgião-Dentista
Rua Lourenço Nunez, 72
Cidade Ademar
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28 | APCD SAÚDE | JUL | AGO |SET | 2009

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