Revista 21 - APCD da Saúde

Transcrição

Revista 21 - APCD da Saúde
Sensibilidade pós-operatória
Para entender a sensibilidade É
necessário abordar os aspectos
relacionados à própria adesão
Laser
Laser de baixa intensidade
ou laser de baixa potência.
O que são essas variantes?
Analgesia
Uma vitória da
Odontologia
Brasileira
Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas
REGIONAL SAÚDE
www.apcd-saude.org.br
Rua Rondinha, 54 - C. Inglesa
São Paulo - SP - CEP 04140-010
julho | Agosto | SETEMBRO | 2008 | nº 21
Prevenção:
Dentistas,
cuidem-se!
A Ortodontia
como meio de
melhorar a
qualidade de vida
Participe,
Atualize-se:
Cursos e
palestras 2008
IMPRESSO
Pode ser aberto pela ECT
| APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
Editorial
expediente
Índice
Dr. Sérgio Yunes
Editor
Quero ainda chamar a atenção de todos
para a importância da atualização profissional
e convidá-los a participar dos nossos cursos e
palestras. A programação científica encontrase disponível em nossa revista e no site www.
apcd-saude.org.br.
Boa leitura!
Laserterapia.......................................... 4
Fragmentos cerâmicos........................ 18
Sedação consciente................................ 8
Aniversariantes................................... 22
Sensibilidade pós-operatória.................. 6
Ortodontia em adultos........................ 10
Implantologia..................................... 14
Cursos............................................... 16
8
10
Festa Julina, Queijo & Vinho............... 20
Prevenção.......................................... 24
Humor, Culinária................................ 25
Indicador Profissional......................... 26
18
Tratamentos
Presidente
Gilberto Machado Coimbra
1º Vice-Presidente
Takashi Yagui
2º Vice-Presidente
Wagner Nascimento Moreno
Secretária Geral
Arne Aued Guirar Ventura
1º Secretário
Durval Paupério Sério
Tesoureiro Geral
Ossamu Massaoka
1º Tesoureiro
Kunio Shimabokuro
Depto. Assessor de Rel. Internacionais
Admar Kfouri
Depto. Assessores E.A.P.
Milton de Souza Teixeira
Samuel Cecconi
Depto. Assessor de Benefícios
Auro Massatake Minei
Depto. Assessores Científico
Cheng Te Hua
Luci Finotti
Depto. Assessor de Comunicações
Moacyr Nunes Leite
Depto. Assessores de Congressos e Feiras
Luis Ide
Luis Afonso de Souza Lima
Depto. Assessores de Defesa de Classe
Helenice Formentin Ikegami
Elizabeth Aparecida Braga
Depto. Assessores de Esportes
Carlos Teruo Itabashi
Mauricio Fazura
Depto. Assessores de Patrimônio
Paulo Nagamine
Shindi Nakajima
Depto. Assessores de Turismo
Ricardo Ugayama
Arnaldo Baptista Ferreira Junior
Depto. Assessores de Cultural
Sonia Maria Moraes Ceccone
Depto. de Prevenção
Nicola Bempensante
Depto. Assessores Social
Julia Uchida
Mauricio Nishimura
Depto. Assessor de Tecnologia e Informação
Sérgio Yunes
Depto. Assessores da Presidência
Valsuir José Vessoni
Admar Kfouri
Depto. Assessor Cultural
Marta Tashiro
Jornalista Responsável
Israel Correia de Lima (Mtb 14.204) - Tel. 3477-4156
Edição de Arte
Guilherme Gonçalves
Impressão
GT Editora e Gráfica
C
om a posse da nova diretoria, assumi a direção da revista O Sorriso, e
quero agradecer aos meus colegas,
em especial ao presidente Dr. Gilberto Machado
Coimbra, pela confiança em mim depositada.
Aproveito também para expressar a minha alegria em fazer parte dessa diretoria.
Quero dizer a todos que faremos o possível para tornar nossa revista o mais interativa
possível. Para isso colocamos um novo e-mail
à disposição dos colegas (apcd_saude@yahoo.
com.br) para sugestões e críticas, pois queremos um periódico sempre melhor.
As mudanças previstas poderão ser confirmadas já nesta edição, com a publicação de um
número maior de artigos científicos de renomados especialistas, versando sobre laserterapia,
sensibilidade pós-operatória, analgesia consciente por óxido nitroso e oxigênio, tratamento
ortodôntico em adultos, ginástica laboral, sem
esquecermos dos momentos de lazer, com a
realização da nossa Festa do Queijo & Vinho.
Ortodontia
Rua Rondinha, 54 - Chácara Inglesa
São Paulo - SP - CEP 04140-010
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Atendimento: 2ª a 6ª das 9h às 18h
analgesia
Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas
REGIONAL SAÚDE
Modernizar,
simplificar, agilizar
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Tecnologia
Laserterapia
Laser de baixa intensidade ou laser de baixa potência.
O que são essas variantes?
A
palavra laser é um acrônimo (do grego, acro significa
ponta; extremidade; nomos significa lei). Acrônimo
por definição significa: “palavra formada pela inicial
ou por mais de uma letra de cada um dos segmentos sucessivos
de uma locução”, Houaiss, (2001). É um acrônimo com origem
na língua inglesa que significa: Light Amplification by Stimulated
Emission of Radiation, cuja tradução seria: “amplificação de luz
por emissão estimulada de radiação”. Esta radiação é do tipo
eletromagnética não ionizante, sendo uma fonte luminosa com
características bastante específicas.
São justamente as características especiais desse tipo de luz
que lhe confere propriedades terapêuticas importantes e permite
que seja utilizada em cirurgias com vantagens em relação ao bisturi
convencional. As radiações ópticas produzidas pelos diversos tipos
de laseres têm basicamente as mesmas características, pois são
geradas através do mesmo princípio, entretanto, pode-se trabalhar
com o laser buscando resultados clínicos bastante específicos,
pois, o que determina sua interação com o tecido biológico é a
densidade de potência óptica do sistema, e seu comprimento
de onda.
Inicialmente os laseres eram classificados segundo o tipo de
equipamento que se dispunha no mercado. Atualmente propomos
uma classificação baseada na interação do laser com o tecido alvo
em questão. A célula tem um limiar de sobrevivência, baseado no
tipo de tecido onde está localizada e em seu estado fisiológico.
Quando trabalhamos com o laser respeitando esse limiar, oferecemos à célula uma baixa intensidade de energia, e trabalhamos
com o laser operando em baixa densidade de potência (figura 1).
Daí a utilização dos termos “laser de baixa potência” ou “laser de
baixa intensidade de energia”. Internacionalmente, até a década
de 90, a utilização desse tipo de laser era conhecida como Low
Power Laser (LPL), Low Energy-Level Laser Therapy (LLLT) e Low
Intensity Laser Therapy (LILT).
Entretanto, com o mesmo laser, podemos trabalhar de formas
distintas, buscando interações teciduais bastante específicas. A
primeira delas é quando oferecemos densidade de energia baixa, mas suficientemente alta para que a célula alvo a utilize de
maneira a estimular sua membrana, ou suas organelas. Dessa
forma, estaremos induzindo essa célula à biomodulação, ou seja,
ela procurará restabelecer o estado de normalidade na região
afetada. A partir de 1996, Ohshiro e Calderhead, passaram a
| APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
chamar esse tipo de terapia como Laser Therapy, que passou
a ser aceita como terminologia internacional para esse tipo de
tratamento com laser. Também no Brasil, as primeiras publicações
adotando a terminologia “Laserterapia” começaram a aparecer
(Almeida-Lopes, 1997, 1999), e o laser empregado para tanto
(laser de baixa intensidade), passou a ser conhecido como laser
terapêutico. Sua principal indicação são todos os quadros patológicos onde se pretenda lograr melhor qualidade e maior rapidez
no processo reparacional (quadros de pós-operatório, reparação
de tecido mole, ósseo e nervoso), quadros de edema instalado
(onde se busca uma mediação do processo inflamatório), ou nos
quadros de dor (crônica e aguda).
Podemos, ainda, trabalhar com o laser operando em um nível
de intensidade de energia extramamente baixo, que não ocorra o
estímulo em organelas ou membranas celulares (figura 2). A potência emitida seria comparada a de um apontador laser, utilizado
em salas de aula. A finalidade clínica desse tipo de aparato seria a
utilização em diagnóstico de cáries incipientes e células tumorais,
entre outras lesões. Esse laser não é capaz de produzir efeitos
terapêuticos, nem alterar o tecido macroscopicamente, então o
conhecemos simplesmente como Laser de Diagnóstico.
Quando, ao contrário, aplicamos uma densidade de energia
tão alta, a ponto dessa energia causar dano térmico e ultrapassar o limiar de sobrevivência da célula, levando-a a uma lise, e
consequentemente à sua morte, estaremos utilizando o laser
com finalidade cirúrgica. Esse laser estará operando em alta
intensidade de energia ou em alta densidade de potência (figura
2). Com esse tipo de aparato podemos destruir o tecido, removendo cáries, fazendo incisões, excisões ou vaporizações. A isso
denominamos Laser Cirurgia, e para tanto, utilizamos os diversos
tipos de Laser Cirúrgico (laser de CO2, Nd:YAG, Er:YAG, ErCr:YSGG,
diodo, argônio, entre outros).
A propósito, por que adotamos o plural laseres e não lasers?
Porque a palavra laser já foi incorporada ao vocabulário português
e esta presente em todos os seus dicionários. Como é um substantivo em português, terminado em r, seu plural é constituído
utilizando-se a terminação “es”. Portanto, o plural de laser passa
a ser laseres, como os demais substantivos assim terminados. Se
adotarmos o plural em inglês, lasers, devemos escrevê-lo sempre
em itálico, padrão adotado em nossa língua quando se escreve
palavra estrangeira.
Figura 1. Gráfico
esquemático da interação do laser com o
tecido biológico
Figura 2. Interação
do laser com o
tecido biológico
Profa. Dra. Luciana Almeida Lopes
Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela USP de São Carlos;
mestre em Engenharia Biomédica pelo IP&D, UniVAP – SP; coordenadora
do Núcleo de Pesquisa e Ensino de Fototerapia nas Ciências da Saúde
– NuPEn, São Carlos-SP; pesquisadora colaboradora do Laboratório de
Eletro-Termo-Foto-Terapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar);
professora colaboradora do curso de Maestria em Cirugia y Láser da
Faculdade de Medicina da Universitat Rovira i Virgili, Réus – Espanha;
professora colaboradora do curso de Maestria en Odontología Láser do
Instituto Mexicano de Tecnologia Biomédica, Monterrey – México.
E-mail: [email protected]
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Clínica
Entendendo a sensibilidade
pós-operatória
A
odontologia restauradora com finalidade estética, a
qual também poderíamos denominar de odontologia
adesiva, ganhou impulso definitivo a partir dos anos
90, com o desenvolvimento de sistemas adesivos mais eficientes
e trabalhos de avaliação longitudinal da duração das restaurações
em resina composta, tanto para dentes anteriores como posteriores. No entanto, ainda que a durabilidade e a previsibilidade das
restaurações adesivas tenham sido efetivamente comprovadas,
ganhando adeptos entre os profissionais da odontologia e, em
especial, na população, ansiosa por soluções esteticamente confortáveis, alguns problemas relacionados a esses procedimentos
ganharam vulto, entre eles, o nosso tema de hoje: a sensibilidade
pós-operatória.
| APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
Para se entender os mecanismos que podem levar à sensibilidade após um procedimento adesivo, temos que, inicialmente,
abordar os aspectos relacionados à própria adesão em si. Existem
no mercado inúmeros sistemas adesivos disponíveis ao clínico
e que convivem entre si dentro do mesmo consultório. Para uma
compreensão melhor e mais atual, vamos nos ater aos sistemas
adesivos da quarta geração em diante. O adesivo de quarta
geração possui o condicionamento ácido por 15 segundos, tanto
em esmalte como em dentina – a aplicação do primer (molécula
facilitadora da penetração do adesivo) em frasco separado e a
subseqüente aplicação do agente adesivo propriamente dito,
também em frasco separado, com a fotoativação deste último.
Os adesivos de quinta geração diferem de seus antecessores por
apresentarem um frasco único contendo o primer e o adesivo,
mantendo o condicionamento da estrutura dental por 15 segundos.
Essa geração de adesivos é, ainda hoje, a mais utilizada e a mais
previsível entre os sistemas de adesão ao alcance do clínico. Mais
recentemente surgiu uma nova geração de adesivos, constituída
por um primer ácido que deve ser aplicado sobre a estrutura dental
por 20 segundos e, sem lavar, apenas secar suavemente, é aplicado o agente de união e subseqüente fotoativação. Os resultados
atuais mostram ser esse sistema mais eficiente em dentina do
que em esmalte, sofrendo, atualmente, algumas limitações quanto
à sua indicação de uso.
Independente do sistema empregado, o princípio da adesão é
o embricamento químico-mecânico do agente de união à estrutura
dental. O condicionamento ácido possibilita a descalcificação das
estruturas mineralizadas, expondo a malha de fibras colágenas
na dentina, que serão embebidas pelo agente de união e, após a
fotoativação, vão formar uma região denominada camada híbrida,
responsável tanto pela retenção do material restaurador como,
principalmente, pelo vedamento dos túbulos dentinários e seu
isolamento do meio exterior.
Ainda que todo esse processo seja realizado dentro das
normas técnicas preconizadas e seguindo as especificações dos
fabricantes para os diferentes materiais empregados, existem
inúmeros relatos de casos de sensibilidade imediata e mediata
após procedimentos adesivos, sejam eles restaurações diretas ou
indiretas. Para melhor compreensão, apresentamos, a seguir, fato-
res que podem ser associados ao aparecimento dessa incômoda
situação tanto para os pacientes como para os profissionais.
1. Preparo cavitário: O desgaste das estruturas dentais mineralizadas com instrumentos diamantados sob alta rotação requer
abundante refrigeração por causa da grande quantidade de calor
gerado nesse processo. Outro fator é a qualidade de corte dos
instrumentos rotatórios, que devem estar afiados, facilitando o
desgaste e diminuindo o tempo de preparo das cavidades.
2. Condicionamento e formação da camada híbrida: Nesta
etapa do processo adesivo podemos citar: o tempo excessivo
de permanência do ácido, em especial em cavidades profundas;
o condicionamento indevido da região cervical, principalmente
em cavidades proximais em dentes vizinhos; a desidratação da
dentina condicionada, o que provoca colabamento das fibras e,
conseqüentemente, dificuldades para a penetração do primer e
do adesivo, levando, em último caso, à deficiência no vedamento
dos túbulos dentinários abertos pelo ácido condicionador; tempo
insuficiente de exposição da dentina condicionada ao adesivo,
tempo este que varia de acordo com o solvente (água, álcool ou
acetona), tempo de manipulação do frasco – quanto mais próximo
do final do frasco, maior a chance do primer ter se volatilizado e,
com isso, ver diminuída a capacidade de penetração do adesivo –,
e que os fabricantes citam como 20 segundos antes da ativação
por luz; fotoativação inadequada do adesivo, onde deve haver
incidência de luz por, pelo menos, 20 segundos, para converter a
maior parte dos monômeros em polímeros. Faço aqui um parêntese para lembrar que inúmeros trabalhos mostram o potencial
inflamatório dos monômeros não polimerizados em contato com os
prolongamentos dos odontoblastos nos túbulos, levando à morte
celular e à necessidade de substituição desses odontoblastos por
células indiferenciadas da polpa. O término do estoque dessas
células totipotentes leva ao colapso do tecido pulpar, resultando
numa necrose asséptica. Para concluir esse item, podemos, ainda,
citar a contaminação por fluidos (sangue, saliva, exsudato), o que
também compromete enormemente a capacidade de vedamento
da camada híbrida.
3. Inserção e fotoativação da resina composta: A polimerização das resinas compostas gera uma contração que, se não
pode ser evitada, seus efeitos na formação de estresse sobre a
união adesiva podem ser minimizados. Dessa forma, a inserção
de pequenas porções de material está indicada, o que evitaria o
aprisionamento de bolhas de ar e a união de paredes opostas.
Ainda nesse tópico, deve-se atentar para a polimerização indevida
da resina pela luz do refletor ou pela luz natural do ambiente, o que
resultaria numa resina porosa e mal acomodada na cavidade; e,
finalmente, a ativação correta da massa de material restaurador
com o tempo preconizado pelo fabricante para cada material, e
ainda mais. Luz demais não faz mal!
4. Escultura e acabamento: Ao término da inserção, escultura
e polimerização do material, deve-se atentar para os ajustes oclusais em Máxima Intercuspidação Central (MIC) e nos movimentos
mastigatórios (lateralidade e protrusão), nas guias de desoclusão
e no acabamento, alisamento e polimento das resinas compostas.
Recomenda-se, ainda, a utilização de um agente selante de superfície após esse acabamento, com a devida fotoativação desse
agente e, por conseqüência, de toda a restauração.
Espero que essas informações, mais do que referência, sirvam de reflexão sobre a prática clínica, possibilitando a redução
daqueles casos em que a sensibilidade pós-operatória compromete o trabalho realizado, a saúde do paciente e até a relação de
confiança profissional-paciente, tão importante para a evolução
profissional.
Dr. George Luiz Strozberg
Especialista em Dentística Restauradora pela EAP - APCD Central (SP);
ministrador no Curso de Especialização em Dentística Restauradora
no Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia
- Cetao (SP); ministrador no Curso de Aperfeiçoamento de Odontologia
Estética para o Clínico Geral no Centro de Estudos, Treinamento e Aperfeiçoamento em Odontologia - Cetao (SP).
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Analgesia
A sedação consciente no Brasil
Uma vitória da Odontologia Brasileira
N
este primeiro artigo vamos apresentar um
resumo da mobilização que vem sendo
realizada pela implantação da técnica de
Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio no
Brasil. É importante que todos saibamos a luta que foi,
e ainda é, travada para que todos os dentistas do Brasil
tenham direito ao uso dessa técnica.
Comparemos a trajetória da Analgesia Odontológica
a uma estrada.
Primeiro ela era “uma estrada de terra” cheia de
buracos e, a partir de duas matérias históricas publicadas no jornal da APCD, recebeu as primeiras placas de
sinalização, as quais despertaram a atenção da classe:
Aplicação de gás diminui a ansiedade do paciente - setembro de 2000; e Sedação consciente por óxido nitroso
e oxigênio; uma realidade na Odontologia brasileira - fevereiro de 2002.
A partir de então, a “estrada” passou por um vertiginoso processo de “pavimentação”:
✦ a revogação de uma portaria da Vigilância Sanitária
do estado de São Paulo - a CVS, de 11 de junho de 2003
| APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
- que impedia ao dentista paulista o uso da técnica; a
criação da Abasco em setembro de 2003; a realização
do fórum do CFO em março de 2004 no Rio de Janeiro;
a publicação da Portaria CFO-051, em 30/04/2004, que
normatizou a técnica para a Odontologia brasileira.
E quando toda a Odontologia estava em paz, já deixando a estrada pavimentada e pensando a voar em
“Céu de Brigadeiro”, cai uma nova “bomba”, abrindo
uma cratera momentânea em nossa “estrada”:
✦ a publicação da equivocada portaria da Vigilância
Sanitária de São Paulo (n. 126, de 09 de setembro de
2005) que instituía erroneamente uma série de exigências aos dentistas paulistas. Imediatamente a Abasco
mobilizou o CRO-SP, a APCD e a ABCD e, após a 2ª reunião com o secretário adjunto de Estado, Dr. Ricardo
Oliva, enviou o Of./Abasco 336-18/11/2005 solicitando
posicionamento a respeito da Suspensão da Portaria e
recebeu da Secretaria de Segurança o Ofício GS723621/11/2005 suspendendo a aplicação da Portaria.
Em pauta: a técnica de analgesia e sedação consciente por óxido nitroso e oxigênio é liberada para uso
ambulatorial no Brasil, Estados Unidos, França, Alemanha, Noruega, Suécia, Suíça, Japão e inúmeros outros
países sem uma única intercorrência ou óbito, o que lhe
confere altíssimo grau de segurança, potencializado pelo
alto nível dos dentistas analgesistas brasileiros.
Justiça: a mobilização do Dr. Emil Razuk, presidente
do CRO-SP, do Dr. Luciano Artioli, presidente da ABCD,
e do Dr. Raphael Baldacci, presidente do Conselho Deliberativo da ABCD, foi fundamental para o êxito dessa
defesa dos direitos do dentista paulista e brasileiro.
Os nomes passam, mas a Odontologia continua: recomendo que entrem no site da Abasco e se cadastrem
para ajudar a manter as conquistas para nós dentistas
e para nossos pacientes.
Dr. João Roberto Ferreira da Rosa
Presidente da Associação Brasileira de Analgesia Inalatória
e Sedação Consciente – Abasco por Óxido Nitroso e Oxigênio em Odontologia; implantologista oral; usuário da técnica em clínica particular desde
1988; ministrador de cursos e conferências na área de óxido nitroso e
oxigênio desde 1992; periodontista; professor da FDCTO-USP de 1990
a 1997; professor responsável pelo primeiro Curso de Habilitação em
Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela Universidade
Ibirapuera (Unib); professor responsável pelo Curso de Habilitação em
Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela APCD-Distrital
Vila Mariana; professor responsável pelo Curso de Habilitação em
Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela Universidade
de Cuiabá/MT (Unic); professor responsável pelo Curso de Habilitação
em Analgesia Consciente por Óxido Nitroso e Oxigênio pela Abasco;
publicou vários artigos sobre a referida técnica.
E-mail: [email protected]
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | Ortodontia
Tratamento ortodôntico
em adultos
V
ivemos numa realidade em que notamos, dia após dia, o
aumento da proporção de idosos na população mundial.
No último meio século, a expectativa de vida aumentou
em 20 anos1. Esse aumento tem impacto direto na Odontologia,
uma vez que, juntamente com o envelhecimento, esses indivíduos
também têm preservado os dentes naturais.
Um estudo realizado pelo Instituto Americano de Pesquisa
Craniofacial e Dentária mostrou que a consciência da possibilidade
de manter os dentes por toda a vida fez com que os indivíduos
cuidassem melhor dos seus dentes2. Neste estudo foi revelado que
a quantidade de indivíduos desdentados na faixa etária de 55 a
64 anos diminuiu 60% desde 1960. Essa melhora na qualidade da
saúde bucal foi também possível graças às evoluções nos métodos
preventivos proporcionadas pela tecnologia odontológica e à maior
conscientização populacional.
Com a preservação dos dentes naturais na cavidade bucal
aumenta também a porcentagem de pacientes adultos susceptíveis
à colocação de aparelho fixo para corrigir más oclusões dentárias.
Um reflexo disso é o estudo realizado em 19973, em que se
verificou um aumento da ordem de 800% de pacientes adultos
na clínica ortodôntica entre as décadas de 70 e 90. Também a
Ortodontia contribuiu para o aumento de pacientes adultos com
aparelho ortodôntico na boca, uma vez que estudos científicos
permitiram maior conhecimento acerca da movimentação dentária
e o desenvolvimento de materiais de alta tecnologia que permitem
a movimentação de dentes, mesmo em condições periodontais
desfavoráveis.
O aumento do interesse dos ortodontistas pelo paciente adulto, assim como dos pacientes adultos pelo tratamento, pode ser
atribuído a algumas razões4: 1) melhora das técnicas de instalação
10 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
dos aparelhos; 2) controle mais sofisticado e bem-sucedido dos
sintomas associados à disfunção na articulação; 3) controle mais
efetivo das discrepâncias esqueléticas dos maxilares, utilizando
técnicas de cirurgia ortognática; 4) aumento do interesse dos pacientes e dentistas restauradores pelo tratamento dos problemas
de mutilação dental utilizando movimentação dentária e próteses
fixas em vez de removíveis; e 5) redução da vulnerabilidade ao
colapso periodontal como resultado da melhora da relação dentária
e da função oclusal.
Além dos motivos mencionados, ainda há o aspecto do interesse pela melhora estética do sorriso. A Organização Mundial de
Saúde estabelece como conceito de saúde, universalmente aceito,
que o completo bem-estar físico, mental e social do ser humano e a
percepção da aparência, principalmente da face, afeta a saúde mental e o comportamento social, com implicações significativas nas
áreas da educação e profissional, bem como na vida afetiva5.
Já ficou demonstrado que algumas más oclusões, como
grandes apinhamentos, espaçamentos e discrepâncias evidentes
no relacionamento maxilomandibular, afetam negativamente a
auto-imagem dos indivíduos, e o tratamento ortodôntico mostrou
melhorar, significativamente, a auto-estima dos pacientes6,7.
Além dos benefícios psicológicos, sabe-se que a correção
da má oclusão melhora a qualidade do tratamento periodontal e
restaurador8. É, portanto, notório o favorecimento que a Ortodontia
propicia aos indivíduos adultos, em qualquer faixa etária, sob vários
aspectos. A idade não deve representar uma limitação à intervenção
com aparelhos ortodônticos, já que em condições periodontais saudáveis o processo de remodelação alveolar ocorre fisiologicamente,
sem perdas significativas das estruturas de suporte dental.
Já no início do século passado encontramos relatos de movi-
mentação dentária com ortodontia em pacientes com idades acima
de 40 anos9,10. No entanto, a literatura, até poucos anos atrás,
referenciou esse assunto de forma negativa, desencorajando os
ortodontistas a se interessarem pelo público adulto. Entretanto,
apesar de a idade não ser um fator determinante e, em condições
saudáveis, a ortodontia em adultos ser favorável, é importante
ponderar em que momento, efetivamente, está indicado o aparelho
ortodôntico para esses pacientes. Seria mesmo vantajoso tratar
qualquer tipo de má oclusão detectada, assim como realizamos
em pacientes jovens.
Primeiro é importante levar em consideração que determinados
relacionamentos interdentários, embora não corretos do ponto de
vista conceitual, estão funcionais, exercendo as funções articulares
como preservação da saúde e integridade periodontal. Por mais
eficiente que seja o tratamento ortodôntico, qualquer movimentação
dentária remove o equilíbrio existente e, quanto maior a movimentação, maior o risco de recidiva.
Além disso, temos que considerar que pacientes adultos são
mais susceptíveis à doença periodontal e que, mesmo em indivíduos saudáveis, a capacidade de regeneração e renovação celular
não se compara à de um jovem11. Isso posto, parece lógico imaginar
que, em se tratando de adultos, quanto menos pudermos intervir
e quanto mais localizada puder ser a abordagem do tratamento,
maior será a preservação periodontal obtida. Esse aspecto é
particularmente interessante nos indivíduos que já apresentaram
doença periodontal e que, portanto, apresentam seqüelas como
suporte ósseo alveolar reduzido. Nesses casos, ao selecionarmos criteriosamente os dentes que farão parte da mecânica de
movimentação, estaremos possibilitando que os demais sejam
“poupados” de um processo de remodelação alveolar que poderia
culminar em perda de inserção ainda maior. Adicionado a isso,
há o problema de que dentes comprometidos periodontalmente
têm menor resistência à movimentação e portanto, apresentam
maior tendência de inclinação ante a força ortodôntica mesmo de
baixa intensidade, e a complexidade das regras de biomecânica
na movimentação ortodôntica nos faz refletir sobre a coerência de
tratar qualquer problema oclusal que caracterize uma má oclusão
em pacientes adultos.
Assim, seguindo um conceito estabelecido no capítulo de um
livro editado em 1993, sobre tratamento ortodôntico em adultos12,
caracterizamos a má oclusão de pacientes adultos em patológica
ou fisiológica, referindo-se, respectivamente, à má oclusão, danosa
à oclusão do paciente, e àquela que, embora conceitualmente
incorreta, está equilibrada, sem comprometimento estético e
funcional.
Neste trabalho, a autora definiu que, mesmo quando os dentes
estão conceitualmente em má posição, se o paciente conseguir
manter controle de placa adequado, se as forças oclusais estiverem dentro de um limite de tolerância fisiológico do mecanismo de
suporte e se o paciente apresenta função sem contatos prematuros
ou deslocamentos funcionais, então esta oclusão deve ser considerada fisiológica, e o tratamento ortodôntico só estaria indicado
se houvesse queixa do paciente para melhorar a estética.
Seguindo este preceito, temos que diferenciar, no momento
do diagnóstico, a má oclusão fisiológica, que não necessita de
intervenção, da patológica, que exige correção. Agindo dessa forma,
contemplamos os fatores biológicos que pedem uma abordagem
localizada, com tratamento direcionado somente às áreas oclusais
patológicas que estejam prejudicando o paciente do ponto de vista
funcional e/ou estético.
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 11
Ortodontia
A abordagem de tratamento somente do que está patológico e
da queixa principal do paciente faz com que o tratamento ortodôntico de adultos seja mais conservador e simplificado em relação ao
do adolescente e, portanto, menos abrangente e mais localizado.
Nesse contexto, o objetivo do tratamento de adultos se restringe
a facilitar procedimentos restauradores com a movimentação de
dentes para um posicionamento mais favorável, melhorar a saúde
periodontal, reduzindo as áreas de acúmulo de placa bacteriana e
adequando o contorno ósseo alveolar, bem como estabelecer uma
relação raiz/coroa favorável, de forma que a força mastigatória seja
transmitida ao longo eixo do dente, evitando traumas oclusais12.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO
Adolescente
Adulto
1. Tratar qualquer tipo de má oclusão
2. Objetivo: 6 chaves de oclusão de Andrews
3. Tratamento Construtor
1. Tratar somente o problema (queixa
principal + oclusão patológica)
2. Objetivo: Oclusão fisiológica e estética
3. Tratamento Restaurador
Quadro – Objetivos diferenciais do tratamento
ortodôntico para adolescentes e adultos
Assim, conceitualmente, o tratamento de pacientes adolescentes caracteriza-se por ser uma abordagem construtora, ou seja,
construímos a oclusão dos jovens, realizamos movimentações
extensas e guiamos o crescimento, porque assim é permitido, o
adolescente está em crescimento e permite que participemos da
“construção” de sua oclusão.
O tratamento de pacientes adultos caracteriza-se por uma abordagem restauradora, ou seja, “restauramos” a oclusão, movimentando apenas dentes ou grupos de dentes que necessitam alterar
o posicionamento para devolver a saúde periodontal e dar contorno
estético ao sorriso, pois a estrutura óssea está definida e a função
estabelecida, e devemos contar com as adaptações já realizadas
pela natureza, com certeza, mais estáveis e funcionais, pois foram
construídas pela própria função e genética do indivíduo.
Dentro dessa abordagem, freqüentemente o aparelho ortodôntico no adulto é parcial, com dentes não colados, mantidos fora da
mecânica, assim como com fios segmentados para simplificação
de tratamento. A obtenção de espaço, quando necessária, em geral
é realizada com o recurso de desgastes interproximais ou, ainda,
com a extração de um incisivo inferior nos casos de apinhamentos
ântero-inferiores, o que permite preservar os dentes posteriores
de um tratamento convencional, com extração de pré-molares,
tracionamento anterior, sem falar na necessidade dos mecanismos
de ancoragem.
12 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
Bibliografia:
1. Belisário R. Mundo envelhecido, país envelhecido 2002 Sept [citado
2006 Feb 10]; disponível na URL: http://www.comciencia.br/reportagens/
envelhecimento/texto/env16.htm
2. Oral health for adults [fact sheets]. Centers for disease control and
prevention 2004 [citado 2004 Oct 4]. Disponível na URL:
http://www.cdc.gov/OralHealth/factsheets/adult.htm
3. Gottlieb EL, Nelson AH, Vogels DS. JCO orthodontic practice study. Part
I Trends, J Clin Orthodont 1997 Oct; 31(10):675-84.
4. Vanarsdall RL, Musich DR. Tratamento em adultos. In: Graber TM,
Vanarsdall RL, editores. Ortodontia: Princípios e técnicas atuais. 3. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 754-825.
5. Berscheid E, Gangestad S. The social psychological implications of facial
physical attractiveness, Clin Plast Surg 1982 Jul; 9(3):289-96.
6. Helen S, Kreiborg S, Solow B. Psychological implications of malocclusions: a 15 year follow-up study in 30-year-old Danes, Amer J Orthodont
Dentofac Orthop 1985 Feb; 87(2):110-8.
7. Varela M, Garcia-Gamba JE. Impact of orthodontics on the psychologic
profile of adults patients: a prospective study, Amer J Orthodont Dentofac
Orthop 1995 Aug; 108(2):142-8.
8. Buttke TM, Proffit WR. Referring adult patients for orthodontic treatment.
J Am Dent Assoc 1999 Jan; 130(1):73-9.
9. Kingsley NW apud Graber TM, Vanarsdall RL, editores. Ortodontia:
Princípios e técnicas atuais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2000. p.754.
10. Case C. apud Graber TM, Vanarsdall RL, editores. Ortodontia: Princípios e
técnicas atuais. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p.754.
11. Williams S, Melsen B, Agerbaek N, Asboe V. The orthodontic treatment
of malocclusion in patients with previous periodontal disease J Orthod
1982 Oct; 9(4): 178-84.
12. Tulloch CJF. Adjunctive treatment for adults. In: PROFFIT WR, editor.
Contemporary orthodontics. 2a ed. St. Louis: Mosby, 1993. p.554-84.
Dra. Liliana Ávila Maltagliati
Doutora em Ortodontia e Odontologia em Saúde Coletiva pela Universidade de São Paulo (2000); mestre em Ortodontia e Odontologia em Saúde
Coletiva pela Universidade de São Paulo (1997); graduada pela Faculdade
de Odontologia de Bauru – Universidade de São Paulo (1991).
E-mail: [email protected]
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 13
Implantologia
A realidade e o
futuro da Implantologia
A
Odontologia brasileira, de um modo geral, vem ocupando um lugar de destaque no contexto mundial.
Investimento e comprometimento profissional cada
vez maiores vêm nos colocando em um lugar de destaque no
time de profissionais do ramo. Um bom exemplo disso é a Conferência Mundial da Nobel Biocare em Las Vegas, realizada no ano
passado, que reuniu 8000 participantes de todo o mundo. Entre
os palestrantes estava um grupo de brasileiros formado por mim,
pelo Dr. Adauto de Freitas Jr., Dra. Andrea Cury, Dr. Dario Adolfi,
Dr. José Cícero Dinato e pelo Dr. Carlos Eduardo Francischone, o
que mostra quanto vem aumentando o número de ministradores
brasileiros no exterior.
A despeito das grandes disparidades sociais que testemunhamos em nosso País, a cada dia a Odontologia vem se tornando
mais harmonizada com as novas soluções clínicas disponíveis no
mercado. Cada vez mais a Implantodontia vai sendo inserida no
âmbito da graduação. Cursos de especialização, atualização, de
mestrado e doutorado com alta qualidade clínica e científica são
oferecidos à classe odontológica.
A implantologia oral ainda é uma especialidade que exige muita
agilidade dentro de um conceito científico de novos desenvolvimentos. Os produtos devem passar por diferentes fases no processo de
investigação: estudos in vitro, in vivo, estudos experimentais e estudos de curta e longa duração com grupos controlados de pacientes
são características importantes e que envolvem altos custos.
A tecnologia aplicada aos implantes parece ser inesgotável;
porém, a melhor tecnologia e as mudanças conceituais com relação
à curva de aprendizado da especialidade como um todo ainda são
produzidas fora de nossas fronteiras. No entanto, como em todas as
especialidades, na implantologia temos um gradiente de situações
clínicas. Em relação ao implantodontista brasileiro, ele está cada vez
melhor situado, em razão de sua grande experiência clínica, e cada
vez menos distante no que se refere ao atual conhecimento científico
e à prática odontológica. O importante é o entendimento da mecânica
de obtenção do conhecimento. A formação do profissional aliada à
participação constante em congressos e cursos, assim como o acesso
à literatura, são fatores determinantes na evolução do especialista.
Infelizmente, para a maior parte de nossa população, os custos
de implantes são muito elevados quando comparados à maioria
da população dos EUA ou da Europa. Principalmente por se tratar
de um trabalho de ponta, baseado em detalhes, o que, sem dúvida, eleva o valor a ser pago. Mas está claro que o valor agregado
representa maior custo final.
14 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
Dr. Adauto de Freitas Jr.
Dra. Andrea Cury
Dr. Dario Adolfi
Dr. José Cícero Dinato
Dr. Carlos Eduardo Francischone
(in memorian)
Há possibilidade, porém, de utilização de outros materiais que
não o titânio em implantes. A literatura é clara no emprego de
biocerâmicas como a hidroxiapatita de cálcio. Um outro exemplo
é o uso de zircônia, que vem sendo profundamente estudada
em relação a diferentes aspectos como fratura, microestrutura,
macroestrutura e biocompatibilidade.
Em relação às perspectivas futuras e tendências, eu ficaria muito feliz com a diminuição do número total de implantes realizados,
pois a melhor Odontologia é aquela que auxilia seus pacientes a
preservarem os dentes e as estruturas que os suportam. Já em
relação à Implantologia como especialidade, vejo uma tendência
ao emprego de metodologias menos invasivas, que auxiliam a
uma maior manutenção das estruturas biológicas, instalações
de implantes sem a abertura de retalhos mucoperiosteais. Neste
contexto, cirurgias guiadas e, conseqüentemente, navegação
cirúrgica são aspectos a serem acompanhados para a formação
do profissional do futuro.
Dr. Mario Groisman
Mestre em Periodontia pela Universidade de Lund (Suécia); especialista
em Implantodontia; professor de Implantologia Oral da São Leopoldo
Mandic (Campinas); consultor Internacional da Nobel Biocare
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 15
Cursos APCD Saúde
Cursos APCD Saúde
2008
Maiores Informações
Telefax: (11) 5078-7960
[email protected]
www.apcd-saude.org.br
Curso de Ortopedia Básico da Ortopedia
Funcional dos Maxilares
Coordenador: Prof. Dr. Auro M. Minei
Professores: Dra. Maria Regina de Campos Brandão,
Dr. Eduardo Sakai e Dra. Arne Guirar Ventura.
Início: março de 2009
Dia da semana: terças-feiras
Horário: 20h às 23h
Carga Horária: 190h/aula
Natureza: teórico/prático/laboratorial
Duração: 4 meses
Vagas: 21
Programa: Histórico da O.F.M.; Princípios Fundamentais da
O.F.M.; Leis Planas de Desenvolvimento; Tipos de Aparelhos;
Casuísticas-Bimler, Planas, SNs; Diagnóstico Gnatostático
Sintomatológico Planas; Análise de Bimler; Confecção de
Aparelhos Planas e Bimler (confecção de pistas indiretas do aparelho
de Planas. Técnica Dr. Minei).
16 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
Curso Básico
de Acupuntura
Ministrador: Dr. Robson Campos Gutierre :vice-presidente
da World Federation of Chinese Medicine Societies, Beijing
– China (2004 a 2007); mestre e doutorando em ciências
pelo Departamento de Morfologia e Genética da Escola
Paulista de Medicina; diretor geral do Primeiro Conselho
do Journal of World Chinese Medicine.
Início: 26 de setembro de 2008
Período: sextas-feiras
Horário: 8h às 12h
Carga Horária: 48h/aula
Vagas: 20
Natureza: teórico/prático
Duração: 2 meses e meio
Valor: 3 x R$ 290,00 (sócio efetivo)
3 x R$ 145,00 (sócio recém-formado)
Objetivo do curso:
- Fornecer as bases teórico-práticas para a utilização da
acupuntura auricular como método terapêutico
- Compreender as bases da acupuntura sistêmica
- Entender o contexto medicina chinesa/acupuntura e sua
utilidade como técnica complementar aos métodos terapêuticos ocidentais
Programação:
- Histórico da medicina tradicional chinesa/acupuntura.
- Interação medicina tradicional chinesa e métodos terapêuticos ocidentais
- Bases da legislação brasileira
- Compreendendo os termos Tui-na, Shiatsu, Do-in, Qigong,
Auriculomedicina, Fitoterapia, etc
- Bases teóricas da acupuntura
- Diagnóstico sindrômico energético em acupuntura
- Diferenciação das síndromes energéticas
- A acupuntura auricular como terapêutica
- Tecnologia em acupuntura auricular
- Bases da acupuntura sistêmica
Obs: Todas as aulas terão atividades práticas e teóricas.
CICLO DE ATUALIZAÇÃO
Cirurgia Ortognática
e Cirurgia da ATM
na Atualidade: Uma
Visão para Clínicos e
Ortodontistas
Ministrador: Dr. Gustavo Motta - Especialista em Cirurgia e
Traumatologia Buco Maxilo Facial. Prof. do Curso de Deformidade Facial da Universidade Paulista-UNIP. Prof. de Cirurgia
avançada da AOL. Membro da Equipe de Cirurgia Ortognática
juntamente com os Drs. Aluisio Galeano, Marcos César Pitta
e Octavio Margoni (Fellow da Baylor College of Dentistry da
Baylor University Medical Center, Dallas U.S.A.). Cirurgião
membro do corpo clínico do Hospital Albert Einstein e
Hospital São Luiz.
Data: 09/09/2008
Horário: 20h
Acupuntura - Legislação,
Indicações e Fundamentos
Ministrador: Dr. Robson Campos Gutierre
Vice-Pesidente da Federação Mundial das Sociedades de
Medicina Chinesa - Pequim/China; Mestre e Doutorando
em Ciências pela Escola Paulista de Medicina.
Data: 16/09/2008 - Horário: 20h
Uma forma
de ver a
Oclusão
Palestras Gratuitas
Terças-feiras - 20h
Procedimentos Atuais
para Alcançar os Objetivos
da Terapia Endodôntica
Ministrador: Dr. José Eduardo de Mello Junior - Especialista
e Mestre em Endodontia, Professor do curso de Especializaçao em Endodontia da APCD-JP, professor do curso de
Endodontia APCD Central.
Data: 23/09/2008
Horário: 20h
Fraturas Radiculares Considerações Clínicas
Ministrador: Dr. Sergio Maeda
Especialista, Mestre e Doutor em
Endodontia pela FOB – USP.
Data: 30/09/2008
Horário: 20h
Ministradores: Dr. Milton de Souza Teixeira: ex-Professor assistente da Disciplina
de Anatomia da Unesp de São Jose dos Campos; ex-Instrutor de Cirurgia da FOUSP;
Diretor da EAP Saúde; Membro do Curso de Oclusão e Reabilitação Oral da EAP de São
Bernardo do Campo. Dr. Paulo Fortes: Especialista em Protese Dental; Responsavel
pelo Curso de Oclusão e Reabilitação Oral da EAP de São Bernardo do Campo.
Natureza: apresentação de casos clínicos
Data: 07/10/2008 - Horário: 20h
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 17
Tratamento
Fragmentos cerâmicos
Figura 1a: Aspecto inicial do paciente em repouso
Figura 1b: Aspecto inicial do paciente sorrindo
Figura 1c: Vista lateral inicial
Figura 2: Aspecto inicial intrabucal mostrando que
não existe grande desgaste dental
Figura 3: Enceramento diagnóstico
Figura 5: Remoção de espículas de esmalte dental
com um IADR 2135
U
m paciente do sexo masculino, 30 anos, procurou
tratamento estético relatando que quando sorria
não mostrava os dentes (figuras 1a, 1b, 1c). Ao
realizarmos exame clínico notamos que os dentes anteriores superiores estavam íntegros, sem grandes desgastes (figura 2).
Planejamento - Foi sugerido um aumento incisal de canino a canino utilizando fragmentos cerâmicos, preservando
assim a integridade dos elementos dentais, o que resultou
em uma considerável melhora estética.
Iniciamos o tratamento realizando um encerameto de
diagnóstico para mostrarmos ao paciente quanto suas bordas
incisais poderiam ser aumentadas (figura 3).
Para o paciente ter uma noção mais precisa do futuro
tratamento, realizamos sobre o modelo encerado uma placa
de silicone transparente, a qual serviu de guia para levarmos uma resina composta para teste sobre o tecido dental,
mostrando ao paciente um novo recontorno dos dentes
anteriores.
Preparo dental - O preparo dos elementos dentais é
muito simples, primeiro é feito o alisamento incisal sem
maiores desgastes dentais, ou seja, apenas removemos
espículas de esmalte sem suporte (figura 5).
Em seguida, com um instrumento abrasivo diamantado
18 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
esférico realizamos uma leve demarcação na região mediana
da borda incisal para servir de guia durante a cimentação dos
fragmentos, auxiliando no assentamento da peça (figura 6).
Moldagem - Como não necessitamos de fio para afastamento gengival, a moldagem é um procedimento muito
simples, que deve ser realizado com uma silicone de adição
(figura 7).
Material para confecção dos fragmentos - A cerâmica
utilizada foi o e.max ceram (Ivoclar/Vivadent), um material
à base de fluorapatita que apresenta excelente estética
(figura 8).
Realizamos o teste de adaptação e cor dos nossos fragmentos para então seguirmos para o próximo passo.
Cimentação - A cimentação engloba 3 passos: preparo da
peça, preparo do dente e a cimentação propriamente dita.
1. Preparo da peça: após limparmos bem nosso fragmento com bolinhas de algodão embebidas em álcool, devemos
realizar o condicionamento da porcelana com ácido fluorídrico
a 5% durante 20 segundos (figura 9), criando assim retenções micromecânicas na estrutura. (Cuidado! Cada cerâmica
dental tem seu tempo correto de condicionamento com ácido
fluorídrico, em caso de dúvida sobre qual material cerâmico
foi utilizado, entre em contato com seu técnico.)
Figura 6: Demarcação incisal com IADR esférico,
servirá de guia facilitando posicionamento de
fragmento durante cimentação
Figura 8: Vista frontal dos fragmentos sobre
modelo de gesso (TPD José Vagner Fereira, Laboratório Vagner)
Figura 7: Aspecto aproximado de molde realizado
com silicone de adição, observe as guias de orientação na região incisal
a intrabucal do
Figura 15: Vist
Após esse procedimento, lavamos bem e secamos o
fragmento para então aplicarmos o agente de união silano,
que deve ser aplicado sobre a estrutura condicionada. Deixamos secar.
2. Preparo do dente: Primeiro realizamos a profilaxia do
elemento dental com taça de borracha, pedra-pomes e água,
depois friccionamos com bolinhas de algodão embebidas em
um detergente aniônico.
Em seguida, realizamos o condicionamento com ácido
fosfórico a 35% durante 15 segundos, lavamos e secamos,
então aplicamos uma fina camada de adesivo dentário de
frasco único e fotoativamos. (Cuidado! Se tiver polimerizado
uma camada muito espessa de adesivo dentário, isso poderá
levar a uma desadaptação da peça. Caso sinta-se inseguro
nesse passo, utilize um adesivo dual, eliminando assim esse
problema.)
3. Cimentação propriamente dita: Com a peça e o dente
já preparados podemos partir para o passo final. Selecionamos um cimento resinoso na cor escolhida (apenas a pasta
base que é a fotoativada) – podemos também utilizar uma
resina composta do tipo flow –, aplicamos uma fina camada
de adesivo dentário na peça e não fotoativamos, levamos o
cimento resinoso escolhido na superfície interna do fragmen-
caso finalizado
to e o colocamos em posição para a cimentação, podemos
remover o excesso de cimento com um pincel seco, para
então realizarmos a fotopolimerização.
Na figura 15, podemos observar o caso finalizado. Agora
sim é possível notar as bordas incisais dos dentes anteriores
melhorando consideravelmente a estética do sorriso.
Prof. Dr. Guilherme Martinelli Garone
Mestre em Dentística pela Universidade de São Paulo (USP-SP); especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Fundecto (USP-SP);
professor de Dentística Restauradora da Universidade Cidade de São
Paulo (Unicid); professor do Curso de Dentística Estética e Soluções
Estéticas em Dentes Anteriores da Fundecto (USP-SP).
José Vagner Ferreira
Técnico em prótese dentária.
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 19
Departamento social
Festa Julina e Queijo & Vinho
reúnem associados da Regional
O evento contou com a
presença marcante dos
associados da Regional.
20 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
O encontro serviu para
degustação de queijos,
vinhos e para colocar
a conversa em dia.
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 21
aniversariantes
Aniversariantes de Julho
01...... TAMARA SILVIA RENNO
02...... VITOR LOPES PEDROSA
02...... THAIS KURNET
03...... CELIA REGINA PINHEIRO CHENG
03...... THEREZA CHRISTINA FARIA LIMA
04...... MARIA INEZ DE ANDERAUS PRADO ALVES
04...... GIULIANE JACKLIN BORTOLI
06...... FRANCINE AMBROSI DOS SANTOS
07...... ELCE GUERREIRO SPONTON C INOJOSA
07...... WALDIRIA DE AVILA E FARIA
07...... ROBERTO TADASHI MISUNO
08...... CESAR ALBERTO FERREIRA
09...... CRISTIANE YUMI KOGA
09...... JULIANA DATTI ROQUE
10...... ADRIANA DA FONSECA ALVAREZ
10...... LUCIANA SIMOES
10...... SABRINA FERREIRA
12...... MARIA CRISTINA P DE ALENCAR
12...... CAMILA ZANCHETTA MUNIZ
12...... JORGE LUIZ DE REZENDE
13...... HUGO DELGADO DE AGUIAR
14...... RUBEN ENRIQUE RUBINIAK
15...... MILTON DE SOUZA TEIXEIRA
15...... ISABELLA COELHO DE OLIVEIRA
15...... MARTA CHAMOUN HAKIM
15...... LILIAN KEIKO YAMAMOTO
15...... GLAUCIA ARASHIRO
17...... ANDREA HAYAKAWA
17...... RITA MARIA PORTUGAL DE ALMEIDA
18...... VALERIA CAMPASSI REIS GAMBIER
18...... ANA CAROLINA DE ASCENÇÃO LIMA
19...... NAIARA VALERIO DE OLIVEIRA MORITA
19...... AFONSO LUIS PUIG PEREIRA
19...... ALEXANDRA SAMPRONHA CHIARASTELLI
19...... INDAIA DUQUE FERNANDES
19...... TALITA TORINO GUIMARAES
20...... MAURICIO NISHIMURA
20...... CRISTINA ITO
20...... MIRTES TOKEIAMA
20...... ANDRE DUARTE DE AZEVEDO MARQUES
20...... PATRICIA CIOTTARIELLO
20...... CLARISSA FURUTA MORIKIO
20...... VANESSA FERRIELLO
20...... SUELY GONDO
21...... LUCAS ISSAMU TERUYA
22...... MELISSA BOSSAN
22...... ADILEA VIEIRA DE CARVALHO
22 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
22...... CLAUDIA GASPAROTTI
22...... MARCUS AUGUSTO SCALON ANACLETO
23...... ANA PAULA HARES PARO FEVERSANI
23...... ANA PAULA DE MANINCOR BASILE
24...... DEBORAH CALVO
25...... MOACYR DA SILVA
25...... MARIA FERNANDA DE ARAUJO
25...... NILZA PAVANELLI EDO DE OLIVEIRA
25...... CYNTIA TIEMI OTA ISHIHARA
26...... ANDREA FAUSTINO MANEJA
26...... CRISTIANE ONISHI
26...... ROSE MARY GONZALES MANSOUIR
27...... MARIA CONCEICAO PERES LOBERTO
27...... RUBENS INACIO HIRATA
27...... MARICELI SERAFINI GONÇALVES NAUM
28...... LAURA COVELLO
28...... MARIA CRISTINA FUJII DOS SANTOS
29...... MARIA CRISTINA MALULY CARDOSO
29...... SILVIA HELENA FELIPPELLI CECCHINI
29...... SUZYLANE BRAGA ANTUNES
30...... MOACYR NUNES LEITE JUNIOR
30...... SABRINA TOMIZAWA
31...... ANDREA DA FONSECA ALVAREZ
31...... ANA PAULA DE OLIVEIRA FUKUSHIMA
Aniversariantes de Agosto
01...... CRISTIANE TAKATA
02...... MARGARIDA TAVARES BARBOSA
02...... ROGERIO KAZUO AKITI
03...... MARIA JOSE PEREIRA DE SOUZA
03...... MARIANA NATALE DE PAULA PEREIRA
04...... JOSE CARLOS MACORIN
04...... MASSANORI NISHIOKA
04...... MARTA CRISTINA KFOURI DI PILLO
05...... LUIZ HIROMITSU SASAKI
05...... OSSAMU MASSAOKA
05...... MARIA AMALIA DO C R SONNEWEND
05...... KARINA TIEME SHIMADA
05...... ROGERIO FANTOZZI
05...... PATRICIA ROSA SILVA CASTRO
05...... JOEL DA COSTA FERRER
05...... GRAZIELLA DE JESUS COMENALLI
06...... IEDA SANTOS ABREU
06...... BEATRIZ DAVANCO BORELLA
06...... OSMAR MODENA MOREIRA DE ARAUJO
06...... PAULO TONY RUBINATO
08...... MARIO DE SOUZA E SILVA
08...... ELZA YAEKO KANENOBU
09...... SERGIO YUNES
09...... PAULO ROBERTO MIRANDA
10...... FLAVIO DE ALMEIDA CUNHA
10...... ROSANA NUNES ESPOSO
10...... RICARDO PIMENTA D AVILA
11...... YUKUO SAHEKI
11...... LIZE GABRIELA YOSHINAGA
11...... WALTERSON MATHIAS PRADO
11...... MICHELE MARTINS SOARES
11...... CRISTIANE HITOMI KASHIMA
13...... PLINIO GOLONI
13...... KUNIO SHIMABUKURO
13...... CLARISSA MARIA PESENTE
15...... LIVIA LIE SONODA
16...... CLAUDIA ERIKO TSUJI
17...... LUCIA OGAWA
17...... KATIA YUKIE KANO OZEKI
18...... MARCOS ERNANI TOMOTANI
19...... PATRICIA DUARTE CINELLI VICIANA
20...... ANDRE CARNEIRO SCHERTEL
20...... ALEXANDRE CAMARA OZAKI
21...... MARCIA REGINA SALLES
21...... LILIAM BERNARDES MANDIA
22...... LUCIA MARIA NEY PIZZOCOLO
26...... FEYEZ AYACHE
26...... ANDREA DOS SANTOS CARVALHO
27...... MILENE MAYUMI AKUTSU
28...... RENATA PIVOTTO RODRIGUES
28...... VANESSA GONÇALVES
28...... MIRIAM OKAMURA
30...... MARIO HARUMITSU OTA
30...... DENISE SARTORATO SOUBHIE
31...... ELLEA LIE NAKANO
Aniversariantes de setembro
01...... RAUF ABBUD
01...... IRACI AKEMI SAKASHITA
01...... CINTIA FURUSE NUNES
01...... PAULO JORGE DA SILVA BONFIM
02...... CLARISSA NOEMY YOSHINAGA CHIBA
02...... CHANTAL ALTERO BISPO
02...... SUENY SAYURI TATIBANA
02...... PRISCILA AFIF ABMUSSI
02...... CLAUDIA DOS SANTOS COSTA
04...... FLAVIO ALVES MOREIRA
04...... ROSANGELA MORONI DIAS GRANERO
05...... REGINA MITIE MIYAKE
06...... MARCIA DE MELLO MENDONCA
06...... HIROSHI MIASIRO JUNIOR
06...... TERCIO OBARA
07...... DANIEL FALLEIROS NUNZIATA
08...... MIRTES HELENA MANGUEIRA DA SILVA DIAS
08...... ELAINE PEREIRA
08...... ANTONIO ROBERTO VIEIRA SILVA
09...... MARIA LUCIA KIMIKO YASUI
09...... MAURICIO FAZZURA
09...... THAIS MIEKO KUBO
09...... CAMILA BASILE MEIRA
09...... JULIANA MACHADO MATHEUZ
10...... MARCELO GOTARDO
10...... LUCIANA ALLEMAND LOPES WESTIN
10...... CARLOS NEY XAVIER DE SOUSA NETO
10...... CRISTINA MORAGHI DIAS DA SILVA
11...... EDUARDO SAKAI
11...... DANIELA CRISTINA DE OLIVEIRA NUNES
11...... REGINALDO BRUNO DA SILVA
11...... SILVIA REGINA NAJAR OSTASKA
14...... DURVAL PAUPERIO SERIO
15...... FERNANDA DAS DORES DA SILVA
16...... MARIANA COELHO CARRARA
17...... IZAURA REIKA WASANO
18...... JORGE KHADOUR
19...... CINTIA MARGARETE SPINA TANAKA
19...... LJILJANA ZIVANOVIC FARAH
19...... FLAVIA PECORA CARNEIRO FARIA
19...... ANDREA DO AMARAL
21...... ARNE AUED GUIRAR VENTURA
21...... MAUREN RIKA TABATA ARAI
21...... CARLA DANIELA PESSINI CAMPOS
22...... FABIANE BRAGA MARTINS BARBOSA
22...... VICTOR D’ ASCOLA MARTIN
23...... SUZELEI IZZO FORGER
23...... JULIANA DOMINGUES CABANAS
24...... FABIO CAMILO
25...... MARIA GORETI NOGUEIRA
25...... ELCIO MATTOS BAHIA
25...... PATRICK YENDO MINOWA
26...... MARIANA BARBARA AKKARI
27...... DIRCE RIEKO HOJO
27...... VICTOR ANTONIO MONTEIRO SOPHIA
28...... YUMI OZAWA SAKAI
28...... INGRID DE MELLO RODE
28...... REGINA MARIA PULITI
28...... RENATA GARGIONE PRADO
28...... MAURICIO KATO
28...... CAIO VINICIUS BARDI MATAI
29...... SILVANA MARIA POSSEBON
30...... VANIA CRISTINA FONSECA BAGNATO
30...... SUZANA MACEDO DE OLIVEIRA
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 23
Prevenção
Dentistas,
cuidem-se!
N
unca é demais enfatizar a
importância do alongamento
em nosso dia-a-dia cada vez
mais agitado. A ginástica laboral se faz
necessária, principalmente naquelas
profissões em que a postura incorreta, e
mantida por um longo período, acarreta
uma maior sobrecarga, afetando alguns
grupos musculares. Os cirurgiões-dentistas
e odontólogos, com jornadas de até 12
horas, devem incorporar em seu dia-a-dia
a prática da ginástica laboral, aliviando
assim as dores e tensões acarretadas
pela má postura durante o atendimento
aos pacientes.
É verdade que sabemos de tudo isso,
lemos muito sobre o assunto, mas pouco
ou quase nada aplicamos efetivamente em
nossas vidas. Precisamos parar e pensar:
O que estamos fazendo realmente de bom
para nós e até que ponto estamos nos respeitando como seres humanos? É claro que
é importante termos uma agenda cheia de
pacientes, pois isso implica uma situação
financeira satisfatória. Mas, quanto isso
nos custará no futuro? Essa consciência
corporal e respeito por nós mesmos é o
que devemos verdadeiramente buscar, ou
seja, o equilíbrio emocional graças à saúde
das faculdades físicas e psíquicas. Um corpo saudável trabalha mais e reclama muito
menos, e isso se reflete até na melhoria
dos relacionamentos interpessoais.
Por que fazer alongamento?
- para reduzir as tensões musculares;
- para beneficiar a coordenação, pois os
movimentos se tornam mais soltos;
- para prevenir lesões e, em alguns
casos, corrigir erros posturais como cifose,
lordose etc.;
- para preparar o corpo para alguma
atividade de maior desgaste;
- para ativar a circulação;
- para lubrificar as articulações; e
- para desenvolver consciência
corporal.
A ginástica laboral visa, principalmente,
a prevenção e a conscientização corporal,
prevenindo doenças osteomusculares,
aliviando as tensões e promovendo uma
maior integração no local de trabalho.
Não precisamos estar com dor para
começarmos a nos preocupar com tudo
isso, portanto, nada melhor do que prevenir. A prática de exercícios de 15 ou 10
minutos todos os dias promove um grande
bem-estar, garantindo aos profissionais
um descanso ao corpo, diminuindo as
patologias e os casos de LER (Lesão por
Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).
Não existe uma regra. A ginástica laboral pode ser feita a qualquer momento
e quantas vezes forem necessárias, pois
precisamos aprender a ouvir nosso corpo e
a respeitá-lo. É o nosso maior patrimônio,
e muitas vezes só valorizamos quando
nos deparamos com o perigo de perdêlo ou com a dor que nos impossibilita
de trabalhar feliz. Você que está atento
a tudo isso, procure, a partir de agora,
entre um paciente e outro, ou mesmo na
presença de seu paciente, exercitar seu
corpo, alongando e relaxando, sem medo
ou vergonha. De repente, seu paciente se
sentirá motivado a alongar também, pois
ele pode estar necessitando de um relaxamento para aliviar a tensão de permanecer
sentado numa cadeira de dentista.
LEMBREM-SE, as mudanças dependem
de nós mesmos, e sempre é tempo de
COMEÇAR OU RECOMEÇAR.
Profa. Eliane Latterza
Professora de educação física e pedagoga da Escola Especializada Schwester Heine, da Pediatria do Hospital A. C. Camargo
de São Paulo.
E-mail: [email protected]
24 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008
espaço Aberto
Humor
O Dentista no Inferno
Um Dentista desceu aos portões do inferno e foi admitido.
Mal havia chegado, já estava insatisfeito com o baixo nível de higiene do inferno.
Logo começou a fazer projetos e várias ações para coibir aquele caos.
Pouco tempo depois já não havia no inferno o insuportável mau hálito nas pessoas.
Ninguém mais reclamava de dores de dente, os banheiros tinham escovódromos, e, por conseguinte, estavam mais limpos e
cheirosos. O dentista era um cara muito popular por lá.
Um dia, Deus chamou o diabo ao telefone e perguntou, ironicamente:
- E então, como estão as coisas aí embaixo?
E o diabo respondeu:
- Uma maravilha! Agora aqui todos se beijam, sorriem uns aos outros, não existem desdentados, as pessoas estão mais felizes... se alimentando melhor... isso sem falar no que o nosso Dentista está planejando para breve!
Do outro lado da linha, surpreso, Deus exclamou:
- O quê!?! Vocês têm um Dentista aí? Isso foi um engano!
Dentistas nunca vão para o inferno. Mande-o subir aqui, imediatamente!
O diabo respondeu:
- Sem possibilidade! Eu gostei de ter um dentista e continuarei mantendo-o aqui.
Deus, já mais irritado, fala em tom de ameaça:
- Mande-o para cá, agora, ou tomarei as medidas legais necessárias.
Eis que o diabo soltou uma gargalhada:
- Hahahaha...! Onde você vai arrumar um advogado? Estão todos aqui.
Culinária
Peixe Tropical
Ingredientes
1/2 quilo de filé de peixe (pescada, badejo, linguado)
4 colheres (sopa) de vinho branco seco
1 lata de creme de leite
1 manga média picada
Modo de Preparo
Em um recipiente refratário, coloque os filés e tempere com o vinho e sal a gosto e deixe descansar por 10 minutos. Cubra com papel de alumínio e leve
ao forno médio-alto (200°C), pré-aquecido, por 20 minutos. Enquanto isso, bata no liquidificador o creme de leite, a manga e tempere com sal a gosto.
Retire o papel de alumínio do peixe, escorra o excesso de líquido, cubra com o creme de manga e deixe por mais 10 minutos no forno. Sirva a seguir.
Dicas
- Se desejar, tempere os filés de peixe com pimenta do reino moída a gosto;
- Polvilhe os filés com cebolinha verde picada antes de cobri-los com o creme de manga.
Rendimento
5 porções
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 25
Indicador PROFISSIONAL
icador PROFISSIONAL INd
dor PROFISSIONAL indica
PROFISSIONAL indicador
FISSIONAL indicador pro
SIONAL indicador profis
NAL Indicador PROFISSIo
Indicador PROFISSIONAL
icador PROFISSIONAL INd
dor PROFISSIONAL indica
PROFISSIONAL indicador
FISSIONAL indicador pro
SIONAL indicador profis
NAL Indicador PROFISSIo
Indicador PROFISSIONAL
Dr. Admar Kfouri
Periodontia
Implantodontia
Prótese
Rua das Glicínias, 49
Tel. (11) 2276-0001 / 2276-4166
Dr. Arnaldo B. Ferreira Jr.
Odontologia Estética
Implantes
Rua Joaquim de Almeida, 478
Planalto Paulista
Tel. (11) 5583 -3005 / 2577-0812
[email protected]
Dra. Arne Aued Guirar Ventura
CROSP 15.186
Ortopedia Funcional dos Maxilares /
Ortodontia
Av. Pedroso de Moraes, 677
Cj. 83 - CEP 05419-001
Tel: (11) 3032-6892
[email protected]
Dr. Auro Massatake Minei
Clínica Geral
Especialista em Prótese
Dental e Ortopedia
Funcional dos Maxilares
Av. Sen. Casemiro da Rocha, 693
CEP 04047-001 - Tel. (11) 2577-4599
[email protected]
Dr. Carlos Teruo Itabashi
Cirurgião-Dentista
Rua Lourenço Nunes, 72
Tel. (11) 5564-7057
Dr. Cheng Te Hua
CROSP 21421
Cirurgião-Dentista
Rua Santa Cruz, 1838
CEP 04122-002 - Vila Gumercindo
Tel. (11) 5062-0380
Fax (11) 5063-3757
Dra. Claudia Bosquê Schneider
Crefito 11747-F
Fisioterapia em DTM / DOF / RPG
Mobilização Articular
Av. Cursino, 422 - V. Gumercindo
Av. Ibirapuera, 2907 - Sl. 415
Tel. (11) 5061-1841
Dr. Durval Paupério Sério
Endodontista
Rua Rio Grande, 785
CEP 04018-002 - Vila Mariana
Tel. (11) 5579-1108
26 | APCD SAÚDE | Jul SET
2008
| Ago
|SET | 2008
Dra. Helenice Formentin
Ikegami - CROSP 25639
Cirurgiã-Dentista
Rua Padre Raposo, 171 - Moóca
CEP 03118-000 - SP - Tel. (11) 38817399 / 2698-5443 / 9846-4905
[email protected]
[email protected]
Dr. Luci Finotti
CROSP 21700
Periodontia / Implantadontia /
Cirurgia Plástica / Periodontal/
Estética Dental (tratamento a laser)
Av. Prof. Noé de Azevedo,
208 - Cj. 22 (Metrô V. Mariana)
Tel. (11) 5572-5605
Dra. Luciana Kfouri
CROSP 58635
Endodontia
Rua das Glicínias, 49 - Vila Mariana
CEP 04048-050
Tel. (11) 276-0001 / 276-4166
Dr. Luis Ide - CROSP 20811
Periodontia
Implantodontia
R. Afonso Celso, 1.173
CEP 04119-061 - Vila Mariana
Tel. (11) 5589-3269
Dr. Luiz Afonso Souza Lima
Cirurgião-Dentista
Rua José Antonio Coelho Lima, 281
Paraíso - CEP 04011-060
Tel. (11) 5572-9445
Dr. Luiz Carlos Serrano Lima
CROSP 20445
Ortodontia /
Odontologia Estética
Rua Pedro de Toledo, 897
CEP 04039-032 - V. Clementino
Tel. (11) 5083-5690
Dr. Maurício Bento da Silva
CRO 60.980
Cirurgia Buco Maxilo Facial
Rua Vergueiro, 2045 - Cj. 507/510
São Paulo - SP
Tel. (11) 5579-5172
[email protected]
Dr. Mauricio Fazzura - CROSP 52126
Ortodontia / Clínica Geral
R. Ramon Penharrubia, 130 - Cj. 303
- Paraíso - Tel. (11) 3285-0973
Av. Cupecê, 6062 - Bl. 04 - Sl. 02
Jd. Miriam - Tel. (11) 5623-7632 /
6856-0717
Dr. Mauricio Nishimura
CROSP 14862
Cirurgião-Dentista
Rua Napoleão de Barros, 599
Vila Clementino
Tel. (11) 5571-0031 / 5572-4481
[email protected]
Dr. Nicola F. Bempensante
Cirurgião-Dentista
Rua Augusta, 2192
CEP 01412-000 - Jardins
Tel. (11) 3082-5275
[email protected]
Dr. Samuel Moraes Cecconi
CROSP 74351
Ortopedia Funcional dos Maxilares /
Clínica Geral
Rua Santa Cruz, 690 - Vila Mariana
CEP 04122-000 - Tel. (11) 5579-6262
[email protected]
Dr. Sergio T. Maeda
CROSP 8256
Endodontia
Cirurgia Parendodôntica
Av. Iraí, 393 - Cj. 12 - Moema
CEP 04082-001 - Tel. (11) 5543-3985
[email protected]
Dr. Sergio Yunes - CROSP 20563
Ortodontista
Av. Prof. Noé de Azevedo, 208 - Cj. 73
(Metrô Vila Mariana)
Tel. (11) 5083-6943 / 9684-5765
[email protected]
Dra. Sônia Maria Moraes Cecconi
CROSP 12998
Pacientes com necessidades especiais
/ Odontopediatria
Rua Santa Cruz, 690
CEP 04122-000 - Vila Mariana
Tel. (11) 5579-6262
Dr. Takashi Yagui
CROSP 20637
Cirurgião-Dentista
Rua Lourenço Nunez, 72
Cidade Ademar
Tel. (11) 5562-3765
APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008 | 27
28 | APCD SAÚDE | Jul | Ago |SET | 2008

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