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Valorizando a Odontologia! Junho de 2016 - Ano 51 - Edição 710 Baixe o aplicativo do APCD Jornal e tenha as informações da área odontológica sempre à mão! www.apcd.org.br facebook.com/apcdcentral twitter.com/apcdcentral APCD - Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas • Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana - CEP 02011-000 - São Paulo - SP • Contato: 0800 770 2120 SIMPÓSIODE REABILITAÇÃOORAL 24 de junho de 2016 O sorriso é um dos principais elementos que compõem a boa aparência. Contudo, muito mais do que beleza, a boca carrega uma importância enorme na saúde sistêmica. Ter todos os dentes com saúde significa mastigar, respirar e se comunicar melhor. Seguindo esse princípio, no dia 24 de junho, no 2º Simpósio de Reabilitação Oral da APCD, ministradores de diferentes especialidades falarão sobre a importância do planejamento do tratamento odontológico no sentido de buscar a harmonia da saúde bucal e recuperar a autoestima e qualidade de vida do indivíduo. Participe! // Página 24 // Luz violeta pode ser utilizada como clareador dental Pesquisa comprava que luz tem energia suficiente para agir da mesma maneira que os géis de peróxido. Leia mais na // Página 04 // Palestras gratuitas Participe das conferências científicas promovidas pelo Conselho Científico da APCD. // Página 22 // Festa Julina No dia 09 de julho, a APCD promove o tradicional arraial da Odontologia. Barracas de comidas e bebidas, e brincadeiras típicas, além da clássica dança da quadrilha estão entre as atrações. // Página 37 // 02 APCD Jornal // Junho 2016 Índice Índice Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - Fundada em 1911 - Gestão 2013-2017 DIRETORIA EXECUTIVA DA APCD CENTRAL - PRESIDENTE: Adriano Albano Forghieri 1º VICE-PRESIDENTE: Juscelino Kojima 2º VICE-PRESIDENTE: Antonio Tadeu Martins SECRETÁRIA-GERAL: Maria Ângela Marmo Fávaro 1ª SECRETÁRIA DA APCD - Arne Aued Aguirar 2º SECRETÁRIO DA APCD - Marcos Jenay Capez TESOUREIRO-GERAL: Pedro Antonio Fernandes 1º TESOUREIRO - Gilberto Gomes 2º TESOUREIRO - Paulo Vianna Mesquita 3º TESOUREIRO - Rodrigo de Andrade Rodrigues ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA - Wilson Chediek ASSESSOR DA PRESIDÊNCIA - Ueide Fernando Fontana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE BENEFÍCIOS - Moacyr Natale Macedo DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO - Luiz Antonio Zamuner DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CONGRESSOS E FEIRAS - Pedro Antonio Fernandes DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE DEFESA DE CLASSE - João Augusto Sant’Anna DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE ESPORTES - Cláudio Darcie DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE PATRIMÔNIOS - Luiz Lincoln Cristino Costa DIRETOR DO DEPARTAMENTO POLÍTICO INSTITUCIONAL - Emil Adib Razuk DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO DE SAÚDE - Helenice Biancalana DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - André Macedo Rossi VICE-DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - Giuliana Martello Rossi SECRETÁRIA DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS GERAIS - Rosilene Costa DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL/CULTURAL - Cláudia Verônica Teizen VICE-DIRETORA DO DEPARTAMENTO SOCIAL/CULTURAL - Suzete Mitsue Kina SECRETÁRIA DO DEPARTAMENTO SOCIAL/ CULTURAL - Adriana de Barros Pinto DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE TÉCNICO EM SAÚDE BUCAL E DE AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL - Edélcio Francisco Anselmo DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE TURISMO - Silvia Regina Sugaya VICE-DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE TURISMO - Leonice Yei Miaira SECRETÁRIO DO DEPARTAMENTO DE TURISMO - Maurílio Silvério COEL - CONSELHO ELEITORAL - PRESIDENTE: Acácio Nogueira Filho SECRETÁRIO: Roberto Shigueru Matsuda COFI - CONSELHO FISCAL - PRESIDENTE: Reinaldo Brito e Dias SECRETÁRIO: Ricardo César Reis CODEL - CONSELHO DELIBERATIVO - PRESIDENTE: Waldyr Romão Junior SECRETÁRIO: Admar Kfouri CORE - CONSELHO DE REGIONAIS - PRESIDENTE: Roberto Miguita 1º VICE-PRESIDENTE: Felipe Bedran 2º VICE-PRESIDENTE: Marcos Antonio Martins SECRETÁRIO: Gilberto Gomes TESOUREIRA: Léa de Oliveira Záccaro COCI - CONSELHO CIENTÍFICO - PRESIDENTE: Aida Sabbagh Haddad VICE-PRESIDENTE: Glaucia de Campos Zelauy COEAPS - CONSELHO DAS EAPS - PRESIDENTE: Liris Silmar Jacintho Pereira VICE-PRESIDENTE: Arne Aued Guirar Ventura CONOGE - CONSELHO NOVA GERAÇÃO - PRESIDENTE: João Humberto Queijo VICE-PRESIDENTE: Enzo Rosetti COA - CONSELHO ACADÊMICO - PRESIDENTE: Rafaela Maiomo Garmes VICE-PRESIDENTE: Fernando Morales Hirata Junho 2016 // APCD Jornal 03 Palavra do Presidente Adriano Albano Forghieri Presidente da APCD [email protected] www.twitter.com/adrianoforghieri EXPEDIENTE Diretor de Comunicação Luiz Zamuner Corpo Editorial Daniela Berci Luiz, Daniel Nuciatelli Pinto de Mello, Irineu Gregnanin Pedron, Maria Isabel Rodrigues, Maria Lucia Z. Varellis, Maria Teresa Q. Ferreira Ratto, Mário Botura, Mauricio Querido, Miguel Haddad, Patrícia L. Amélia Alpiovezza, Wilson Chediek Coordenadora de Comunicação e Jornalista Responsável Mariana Ramos Pantano (Mtb. 62.558) Jornalistas Swellyn França (Mtb. 45.564) Fernanda Carvalho Edição de Arte e Projeto Gráfico Thiago Lemos Palavra do Presidente Assistente de Criação Danilo Fuentes Redação Rua Voluntários da Pátria, 547 - Santana CEP: 02011-000 - São Paulo - SP Telefone: (11) 2223-2553 E-mail: [email protected] Atendimento ao Associado Telefones: (11) 2223-2369 / 2370 / 2371 Impresso na Plural Indústria Gráfica Publicidade Comercial APCD Telefone: (11) 2223-2332 E-mail: [email protected] Periodicidade: Mensal Tiragem nacional: 100 mil exemplares As matérias publicadas passam pelo aval técnico do Corpo Editorial. 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Todos os produtos e serviços estão sujeitos às normas do mercado, do Código de defesa do Consumidor e do CONAR - Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária. Serviços noticiosos: AUN - Agência Universitária de Notícias (USP). 04 APCD Jornal // Junho 2016 Dia a dia em notícia Tuberculose x Odontologia Candidíase oral Por dentro das especialidades Informações importantes para os profissionais da área odontológica Probióticos podem ajudar na prevenção da doença Radiologia Odontológica e Imaginologia: importância para as outras especialidades // Página 10 // // Página 12 // // Página 08 // Estudo constata que luz violeta pode ser utilizada como clareador dental Testes compravam que luz tem energia suficiente para quebrar os pigmentos do dente da mesma maneira que os géis de peróxido // Texto Fernanda Carvalho // O clareamento dental é um procedimento estético cada vez mais utilizado na prática odontológica. A aspiração por dentes mais claros é uma busca comum dos pacientes, que pode ser realizada isoladamente – quando o tratamento requer apenas modificação de cor – ou em associação com outros procedimentos restauradores ou de reposicionamento dental, como o tratamento ortodôntico. A popularização do clareamento dentário ocorre com a publicação de um artigo de Haywood & Heymann, em 1989, que usava 10% de peróxido de carbamida de maneira caseira. Após isso, vários pesquisadores divulgaram seus trabalhos sobre clareamento dental, sem contar que o avanço técnico-cientifico na Odontologia ampliou ainda mais a diversidade de sistemas clareadores e, com isso, novas técnicas, como alternativas e métodos tradicionais foram desenvolvidos, entre eles, o clareamento dental a laser e o com luz violeta. A eficácia do clareamento dental feito apenas com a aplicação de luz violeta foi comprovada através de um estudo desenvolvido pelo pesquisador e pós-doutorado do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, Vitor Hugo Panhóca. A pesquisa será apresentada na International Association Dentist Research (IADR), encontro internacional de pesquisadores em Odontologia, que ocorrerá em junho deste ano, na Coreia do Sul. O trabalho experimental também foi apresentado no 15th Biennial International Photodynamic Association Congress, que reuniu estudantes e pesquisadores da área de biofotônica, no Rio de Janeiro. Em setembro de 2015, o resumo do trabalho foi destaque também na revista científica Photodiagnosis and Photodynamic Therapy. Ao contrário da luz ultravioleta, por exemplo, a violeta é uma luz visível e não ionizante. Isso significa que ela pode ser vista da mesma forma que se enxerga uma luz de lâmpada incandescente ou fluorescente. De acordo com o pesquisador “a luz violeta gerada a partir de LEDs juntamente aos filtros ópticos tem sido aplicada na Odontologia para diagnóstico. Existem dispositivos utilizando luz violeta para diagnóstico de tecidos moles oncológicos não só na Odontologia como na medicina. Esses aparelhos ópticos com luz violeta podem também ser utilizados em Odontologia para se diferenciar material restaurador (por exemplo a resina composta) de esmalte dental, pois ocorre fluorescência diferente destas estruturas.” O especialista segue dizendo que “a luz violeta aparece como um conceito inovador e marcante na ciência odontológica a partir de agora”. Panhóca ressalta ainda que “a ideia da pesquisa usando a luz violeta em clareamento dental foi proposta pelo orientador de pós-doutorado, Vanderlei Bagnato. Existia um protótipo de aparelho para foto clareamento desenvolvido com luz violeta (405nm) em que a eficácia precisava ser avaliada em clareamento dental e eu fui o aluno que realizei os primeiros testes em laboratório com este aparelho para este tipo de tratamento.” O Cirurgião-Dentista completa dizendo que o objetivo inicial da pesquisa era verificar os efeitos Junho 2016 // APCD Jornal da luz violeta com aplicação de gel transparente de peróxido de hidrogênio em comparação com as técnicas já conhecidas na Odontologia. “O que encontramos de diferente em relação ao que já era feito em clareamento dental, é que nos estudos laboratoriais em dentes bovinos o clareamento dental ocorria somente com aplicação de luz violeta”. Inicialmente Panhóca realizou testes laboratoriais experimentais aplicando luz violeta e peróxido de hidrogênio 35% em dentes bovinos manchados com café durante 72 horas, fazendo medição de cor antes e após a irradiação com luz violeta ou aplicação do gel através de um colorímetro. “Pudemos perceber após a obtenção dos resultados medidos com o colorímetro, o qual avalia os componentes RGB (vermelho/verde/azul) de reflexão da luz por parte do dente, que este aparelho mostrou um aumento do componente azul em ambos os tipos de tratamento (gel ou luz violeta).” Após a análise estatística destes resultados o pesquisador observou que estes não tinham diferença significante em porcentagem após medir a cor dos dentes bovinos clareados apenas com peróxido de hidrogênio 35% ou luz violeta. O resultado mostrou então a capacidade da luz violeta em quebrar pigmentos em esmalte com uso apenas da luz e levou os pesquisadores a realizar um experimento in vivo em dentes humanos. “A partir de então, obtivemos aprovação em um comitê de ética para seres humanos na UFSCar e realizamos um experimento em 21 pacientes comparando o uso somente da luz violeta, com o uso de apenas gel clareador e com a aplicação de luz violeta mais gel clareador. Os resultados obtidos foram analisados e mostraram que não houve diferença estatística entre os grupos analisados quanto a porcentagem de clareamento dental”, finaliza. Segundo o especialista, os resultados apresentados mostram a eficácia da luz violeta em obter o clareamento dental sem o uso do gel. “A luz apli- cada em clareamento dental é violeta (405nm) e é visível, não é luz ultravioleta (100-380nm) que é invisível e pode causar danos ao DNA das células. A luz violeta mostrou ter energia suficiente para quebrar as longas cadeias de pigmentos que mancham os dentes e fazem com que a reflexão pelo dente do componente azul da luz seja menor dando a impressão que o dente encontra-se amarelado. Outro resultado muito interessante foi que todos os pacientes tratados com luz violeta não apresentaram sensibilidade dentária, mesmo os que já realizaram clareamento com outras técnicas e apresentavam sensibilidade dolorosa durante e após clareamento dental.” Panhóca destaca ainda que os resultados em clareamento dental com luz violeta encontrados têm sido os mesmos observados pelos pesquisadores: Alessandra Rastelli, da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp/ Araraquara); Fátima Zanin da Universidade Federal da Bahia (UFBA); Aldo Brugnera, da Unicastelo (Campus São Paulo); e Rosane Lizarelli do NILO (Ribeirão Preto). Logo após a descoberta de que o clareamento dental pode ser feito apenas com o uso de luz violeta, Panhóca desenvolveu um equipamento que integra um LED composto pela cor em questão. O aparelho já está sendo comercializado. A proposta é que, a partir desse equipamento, os Cirurgiões-Dentistas possam fazer o clareamento dental em pacientes durante três sessões de trinta minutos, dividas em três semanas. Vitor Panhóca encerra dizendo que a aplicação da luz violeta na Odontologia e na medicina está apenas começando. “Novos estudos para aplicação da luz violeta em saúde já faz parte dos projetos do Grupo de Óptica do IFSC-USP em São Carlos. Em breve poderemos ver várias publicações de pesquisas voltadas para aplicação em saúde na literatura nacional e internacional aplicando-se luz violeta”. 05 06 APCD Jornal // Junho 2016 Células-tronco regenera polpa dentária de rato, mostra pesquisa Sequência de estudos visa avaliar efeitos biológicos da fotobiomodulação em células-tronco da polpa dentária humana // Texto Swellyn França // // Foto Márcia Marques // Uma pesquisa de pós-doutorado realizada no final do ano passado na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (Fousp) pela professora doutora Maria Stella Moreira, que é docente das faculdades de Odontologia Uninove e Unib, conseguiu regenerar por completo a polpa dentária de um rato através de experimentos com células-tronco endógenas do animal. O trabalho faz parte de uma sequência de estudos desenvolvidos no Laboratório de Pesquisas Básicas do departamento de Dentística da Fousp sob a coordenação da professora titular do departamento, Márcia Martins Marques. “Há muitos anos nosso grupo vem trabalhando e publicando estudos em revistas internacionais sobre os efeitos biológicos da terapia de fotobiomodulação em células e tecidos. Mais recentemente, temos enfocado os efeitos desta terapia sobre células-tronco da polpa dentária humana, visando o seu emprego em engenharia tecidual”, salienta Márcia, que é bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq nível 1B e professora convidada da Universidade de Aachen, na Alemanha. Especificamente sobre Buscando um protocolo ortotópico de regeneração pulpar, pesquisadores reconstroem polpa dentária de rato o estudo do pós-doutorado de Stella - auxiliado pelos alunos de Iniciação Científica, Natali Shimabukuro, Giovanna Lopes Carvalho e Aleff Vieira Gois, bolsistas do CNPq -, sua supervisora explica que o trabalho teve por objetivo desenvolver um protocolo ortotópico de regeneração da polpa dentária, ou seja, feita dentro do canal radicular do dente em função na boca do animal. “Na verdade, já existem trabalhos que buscaram a formação de novo tecido dentro de canais radiculares, mas de dentes colocados no dorso de ratos, de forma ectópica. Na boca existem diversos fatores como mastigação entre outros estímulos que certamente são de importância no processo de regeneração pulpar. Mais ainda, em outros trabalhos o tecido formado dentro do canal radicular é de características diversas, como tecido ósseo ou há formação apenas de cemento. Neste trabalho realizado pela aluna de pós-doutorado da Fousp sob minha supervisão, o tecido formado dentro do canal radicular foi caracterizado como pulpar, inclusive houve formação de camada de células muito semelhantes a odontoblastos, que são as células que formam a dentina e só são encontrados em tecido pulpar”, esclarece Márcia. Processo de regeneração Em resumo, conforme a pesquisadora, “a polpa dentária de uma das raízes do molar do rato é removida, enquanto outra raiz tem sua polpa mantida com vitalidade. O canal radicular recebe um tratamento minimamente invasivo que culmina com o uso de uma substância ácida, o EDTA, que libera fatores de crescimento das paredes de dentina e que são indutores de diferenciação de células-tronco em células formadoras de matriz de dentina. A seguir, é provocado um sangramento no ápice dentário. Este sangue preenche o canal radicular e forma um coágulo que funciona como um arcabouço (scaffold) natural”. Márcia continua: “além disso, esse sangue trás para dentro do canal radicular um grande número de células-tronco do próprio animal (endógenas). E neste momento temos os três elementos da engenharia de tecidos, a saber, células-tronco, scaffold e fatores de crescimento. O quarto elemento foi a terapia de fotobiomodulação (terapia a laser)”. Trinta dias depois de todo o processo, o animal é sacrificado e o dente analisado. “Neste momento verificamos a formação de um tecido pulpar regenerado. Na verdade, dos poucos dentes que responderam formando tecido pulpar todos haviam sido submetidos à terapia a laser, enquanto os do grupo controle sem laser não formaram nada dentro do canal”, detalha Márcia. Novo protocolo permite regeneração pulpar com sangue e células-tronco do próprio paciente A professora da Fousp lembra que alguns Cirurgiões-Dentistas já têm usado em seus pacientes uma técnica muito parecida com esta desenvolvida por Stella, conhecida como revascularização da polpa. “No entanto, não se sabe que tipo de tecido é formado no canal destes pacientes. E esta técnica é principalmente relevante quando a polpa perdida que deve ser regenerada é de dentes jovens com raízes não totalmente formadas. Com a utilização do protocolo desenvolvido pela professora Maria Stella Moreira, estes casos podem ser tratados com a utilização dos próprios sangue e células-tronco do paciente e de fatores liberados pela parede de dentina dos canais. Não haverá necessidade de se utilizar fatores de cresci- mento que são muito caros, de células-tronco de outros pacientes que deveriam ser cultivadas em laboratório e nem mesmo de scaffolds sintéticos. Isso porque todo o necessário para a regeneração pulpar seria originado do próprio paciente e estimulado pela terapia de fotobiomodulação, que previne a morte das células no coágulo e as estimulam a migrar, proliferar e se diferenciar em células pulpares”. Márcia resume: “principalmente em casos de perda de vitalidade pulpar de dentes com rizogênese incompleta haveria a possibilidade de formação de uma nova polpa que manteria a vitalidade do dente e, quem sabe, promoveria a finalização da formação da raiz dentária, permitindo que o dente se mantivesse na boca por maior tempo, evitando tratamentos curativos caros e pouco duradouros. Apesar dos achados, ainda há muito que se estudar antes de passarmos desta fase de estudo translacional, ou seja, em animais de laboratório, para chegar aos estudos clínicos e finalmente validar este tratamento para ser utilizado pelo Cirurgião-Dentista em sua rotina clínica em prol de seus pacientes”, finaliza. 08 APCD Jornal // Junho 2016 Pesquisadores comprovam ação de substância produzida por células de gordura para inibir formação óssea Células-tronco mesenquimais de tecido adiposo e medula óssea foram cultivadas em meio osteogênico, adipogênico e de crescimento para avaliar o potencial de diferenciação desses tipos celulares // Texto Fernanda Carvalho // // Foto Rodrigo Paolo Flores Abuná // As células-tronco adultas ou somáticas são uma grande promessa para a reparação e regeneração de tecidos. Atualmente, o interesse dos cientistas e pesquisadores é contínuo na investigação da biologia de células-tronco mesenquimais, tanto em aspectos básicos, quanto no potencial de aplicações terapêuticas. Neste sentido, uma pesquisa desenvolvida na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP-USP) identificou e comprovou a ação de uma substância produzida por células de gordura – o fator de necrose tumoral alfa (TNF-alpha - Tumor Necrosis Factor Alpha) – que reduz a formação de tecido ósseo por inibir a diferenciação de células-tronco em osteoblastos (células que sintetizam os ossos). O estudo foi desenvolvido pelo grupo de pesquisa “Biomateriais para Implantes em Tecido Ósseo” da Forp-USP, certificado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e composto pelos Professores Adalberto Luiz Rosa, Karina Fittipaldi Bombonato Prado, Márcio Mateus Beloti e Paulo Tambasco de Oliveira e publicado no periódico Journal of Cellular Physiology em janeiro de 2016. Os estudos desenvolvidos pelo Grupo são focados em terapias para a regeneração do tecido ósseo e em interações entre tecido ósseo e biomateriais. Os Professores do Grupo são credenciados e orientam alunos de mestrado e doutorado em dois Programas de Pós-Graduação da FORP-USP (Biologia Oral e Odonto- Fotomicrografia de cultura de células-tronco mesenquimais logia (Periodontia), área de concentração Cirurgia Buco-Maxilo-Facial). Procurando a melhor técnica de reparo ósseo, o Cirurgião-Dentista Rodrigo Paolo Flores Abuná, aluno de doutorado em Biologia Oral e autor do artigo, utilizou culturas de células-tronco mesenquimais, que têm capacidade de se transformar em células de diferentes órgãos, inclusive em células de ossos, de duas fontes diferentes: da medula óssea e do tecido adiposo, a gordura do organismo. “Decidimos investigar outras fontes de células-tronco que possuam um potencial maior ou igual ao da medula óssea. Assim, começamos o estudo de células-tronco derivadas de tecido adiposo, estudando primeiro o potencial osteogênico e posteriormente o efeito da intercomunicação entre adipócitos e osteoblastos”, destaca. A pesquisa foi tema da dissertação de mestrado em Biologia Oral de Abuná, que demonstrou que as células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea e de tecido adiposo são uma ferramenta atrativa para a reparação do tecido ósseo. Abuná frisa que um dos resultados relevantes do estudo realizado está relacionado ao potencial osteogênico e adipogênico, “evidenciamos que as células-tronco de tecido adiposo possuem um maior potencial adipogênico, enquanto as da medula óssea têm um maior potencial osteogênico. Outro fato que identificamos é que o TNF-alfa, uma citocina liberada pelos adipócitos derivados de células-tronco de tecido adiposo, é capaz de inibir a diferenciação dos osteoblastos derivados de células-tronco de medula óssea cultivados in vitro”, explica. Segundo o professor e orientador da pesquisa, Márcio Mateus Beloti, do Departamento de Morfologia, Fisiologia e Patologia Básica da Forp-USP, “o potencial osteogênico de células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea e as possíveis aplicações terapêuticas dessas células já eram in- vestigadas pelo grupo há alguns anos.” Além da medula óssea, outros tecidos do organismo como, por exemplo, o adiposo, são fontes para a obtenção de células-tronco mesenquimais. O pesquisador continua: “como as células de ambas as origens, medula óssea e tecido adiposo, podem se diferenciar em osteoblastos, a célula responsável pela formação do tecido ósseo, nosso primeiro objetivo foi comparar o potencial de diferenciação osteoblástica dessas células. Considerando a maior facilidade de obtenção de células do tecido adiposo, este seria uma fonte de células de interesse para estudos envolvendo terapia celular e engenharia de tecidos focados na regeneração óssea”, completa. Beloti ressalta que no estudo foram utilizadas células-tronco derivadas de tecido adiposo, e que essas células, como mencionado anteriormente, têm capacidade de se diferenciar em osteoblastos e adipócitos e apresentam um maior potencial adipogênico comparado ao Junho 2016 // APCD Jornal osteogênico. “Quando diferenciadas em adipócitos, elas sintetizam e secretam o TNF-alfa. Consequentemente é possível especular que adipócitos podem inibir a formação óssea in vivo”. O orientador da pesquisa conta que para a realização dos experimentos, as células-tronco mesenquimais foram obtidas da medula óssea e do tecido adiposo de ratos. “Essas células foram cultivadas em condições que favorecem a diferenciação em osteoblastos e adipócitos e foram avaliados parâmetros relacionados à expressão genotípica e fenotípica dessas células. Adicionalmente, osteoblastos e adipócitos foram cultivados no mesmo ambiente (osteogênico) para observarmos os efeitos de células adiposas sobre a diferenciação osteoblástica”, explica Beloti. O especialista disserta que os resultados mostraram que, embora as células-tronco mesenquimais de ambas as origens sejam capazes de se diferenciar em osteoblastos e adipócitos, as derivadas de medula óssea exibem maior potencial osteogênico enquanto as derivadas de tecido adiposo exibem maior potencial adipogênico, e ainda, adipócitos diferenciados a partir de células-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo inibem a diferenciação osteoblástica de células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea. “Esse processo inibitório se deve à síntese de uma citocina, o TNF-alfa, pelos adipócitos, que é liberada para o meio e atua sobre as células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea, atenuando o processo de diferenciação em osteoblastos”, conclui. De acordo com o pesquisador, o estudo mostrou que há uma “conversa” entre as duas populações celulares – osteoblastos e adipócitos –, e que ela compromete a diferenciação e atividade de osteoblastos, o que pode afetar negativamente a formação de tecido ósseo. “Na Odontologia, os idosos representam uma parcela importante dos pacientes com necessidades de tratamentos envolvendo implantes dentários para reposição de dentes ausentes. Nessa população, verifica-se a substituição de parte da medula óssea por tecido adiposo e, em geral, é a que tem maior probabilidade de não apresentar tecido ósseo em quantidade e com a qualidade adequada para receber implantes”, lembra Beloti. Ele ressalta ainda, que nesse cenário, o desenvolvimento de terapias celulares de regeneração óssea deve considerar que essa é uma população com mais tecido adiposo e o balanço entre tecido ósseo e adiposo é relevante no processo de formação óssea. O pesquisador afirma que o desenvolvimento do estudo pode sim, se desdobrar em outras vertentes. “Vários desdobramentos são possíveis a partir desses achados. Atualmente, nosso grupo de pesquisa vem desenvolvendo um projeto, sob coordenação do professor Adalberto Luiz Rosa, para identificar as assinaturas moleculares de células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea e de tecido adiposo. Ao descobrirmos as diferenças moleculares entre essas células, poderemos direcionar procedimentos de manipulação celular para induzir células derivadas de tecido adiposo a apresentar o mesmo potencial osteogênico daquelas derivadas de medula óssea, tornando-as uma ferramenta terapêutica mais relevante. Além disso, como os resultados obtidos até o momento foram gerados em experimentos in vitro, dentro desse mesmo projeto, estamos comparando o potencial de células-tronco mesenquimais derivadas de medula óssea e de tecido adiposo para regenerar o tecido ósseo em modelo pré-clínico”, finaliza. 09 10 APCD Jornal // Junho 2016 Doenças que acometem as glândulas salivares Núcleo de Pesquisa em Doenças Neoplasicas e Não Neoplásicas das Glândulas Salivares tem como objetivo investigar os diversos aspectos da formação, degeneração e doenças das glândulas salivares e seus impactos na saúde // Texto Fernanda Carvalho // Nos últimos anos, o cuidado aos pacientes das mais diversas áreas e especialidades da saúde vem se tornando multidisciplinar. No âmbito das doenças das glândulas salivares, a necessidade é ainda mais evidente devido a enorme sucessão de doenças que afetam o órgão, abrangendo alterações de áreas específicas do conhecimento. Porém, a compreensão desse tipo de assunto ainda não é totalmente difundida, tornando diagnósticos, exames e manejo dos pacientes ainda mais desafiadores, com impactos importantes não somente na atividade profissional, que assume grandes responsabilidades, mas também na qualidade de vida dos pacientes acometidos. Sendo assim, a Cirurgiã-Dentista, Silvia Vanessa Lourenço, graduada pela Universidade Camilo Castelo Branco, mestre em Experimental Oral Pathology pela University of London, doutorado em Patologia Bucal pela Universidade de São Paulo e atualmente docente da disciplina de Patologia Geral da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), decidiu criar um grupo que pudesse discutir tais assuntos que investigassem os diversos aspectos da formação, degeneração e doenças das glândulas salivares e seus impactos na saúde. Foi assim que nasceu o Núcleo de Pesquisa em Doenças Neoplasicas e Não Neoplásicas das Glândulas Salivares (NAP-Saliva). A pesquisadora conta que o NAP-Saliva “tem como principal objetivo coordenar as linhas de pesquisa e promover a integração de grupos de pesquisa da USP de forma multidis- res menores presentes por toda cavidade oral e orofaringe, podendo também ser encontradas na laringe, traqueia e nasofaringe. “Cerca de 90% da saliva são produzidas pelas glândulas salivares maiores, sendo a restante produzida pelas glândulas salivares da mucosa da boca e faringe”, esclarece. A Cirurgiã-Dentista explica que existem diversas doenças que acometem Existem diversas doenças que acometem as glândulas salivares, podendo ser de natureza tumoral (neoplásica) e não-neoplásica (doenças inflamatórias, virais, bacterianas, degenerativas, entre outras. ciplinar e que atuem nas diferentes facetas do conhecimento na área de estudos básicos e aplicados das glândulas salivares, buscando o desenvolvimento de áreas de pesquisa interdisciplinares e transdisciplinares”. De acordo com Silvia, o sistema das glândulas salivares compreende três pares de glândulas salivares maiores (parótida, submandibular e sublingual) e cerca de 700 a 900 glândulas saliva- as glândulas salivares, podendo ser de natureza tumoral (neoplásica) e não-neoplásica (doenças inflamatórias, virais, bacterianas, degenerativas, entre outras). “No grupo das doenças neoplásicas, tumores benignos e malignos, com distintos comportamentos e repercussões clínicas são descritos. Entretanto, são restritos os avanços na compreensão da biologia tumoral dessas glândulas, principalmente no que tange perspectivas de tratamentos medicamentoso-quimioterápicos adjuvantes baseados em características citogenéticas e moleculares de cada doença. No âmbito das doenças não-neoplásicas, uma das principais repercussões das alterações nas glândulas salivares, consiste da xerostomia, isto é, a sensação subjetiva de boca seca, consequente ou não à diminuição/interrupção da função das glândulas salivares em resposta a diversas causas, que englobam desde alterações psíquicas, medicamentosas, autoimunes, radioterapia, entre outras”, ressalta a especialista. Silvia destaca ainda que o grupo tem como metas fundamentais: “o mapeamento, por meio de estudos epidemiológicos retrospectivos e prospectivos (análise de arquivos e atendimento ambulatorial), da casuística de neoplasias das glândulas salivares, seus aspectos sócio-demográficos e anátomo-patológicos, bem como seguimento do tratamento em suas diversas indicações (cirúrgico e terapias adjuvantes); o mapeamento, por meio de estudos epidemiológicos prospectivos (atendimento ambulatorial), da casuística de doentes com queixa de xerostomia, tendo como base as diversas doenças que afetam a sensação de hidratação da cavidade oral (doenças que alterem a estrutura das glândulas salivares ou não, de forma primária ou secundária); a pesquisa de exames para melhorar a acuidade diagnóstica das lesões neoplásicas e não-neoplásicas das glândulas salivares; o estabelecimento de protocolos universais para o exame de doentes com xerostomia, baseado na experiência clínica e nos exames anatomopatológico, imunofluorescência direta e exames sorológicos específicos complementares; a administração do banco biológico de doenças de glândulas salivares que compreende espécies de tecido congelado de fragmentos de glândulas salivares consideradas normais, de neoplasias de glândulas salivares e de doenças inflamatórias dessas glândulas para utilização em estudos genéticos; o desenvolvimento, baseado em exames de perfil específico da secreção salivar de cada doença, para a criação de saliva artificial na terapia da xerostomia; e por fim, a produção de técnicas e retorno social, que consiste em ações integrativas e multidisciplinares que devolvam à sociedade os conhecimentos gerados pela pesquisa, como centro de referência no apoio a pacientes, integração de alunos do ensino secundário em aulas e estágios na Universidade, esclarecimento dos pacientes e profissionais por meio das redes sociais”. A pesquisadora e coordenadora do NAP-Saliva ressalva que o grupo é composto por muitos pesquisadores que disseminam o conteúdo para a inserção nacional e internacional, afinal, “o NAP-Saliva engloba, além da USP, instituições de relevância nacional e conta ainda com a colaboração de pesquisadores em países da América do Sul e Inglaterra.” A especialista finaliza destacando que “o entendimento da biologia das glândulas salivares, desde seu desenvolvimento até as alterações em doenças é fundamental para que se possam propor novas formas de exames e tratamentos aos pacientes acometidos”. 12 APCD Jornal // Junho 2016 Pesquisa analisa traumas dentários em crianças e jovens Cerca de 1.200 estudantes de escolas públicas com idade entre 6 e 17 anos foram avaliados por meio de exame visual dos dentes permanentes anteriores superiores, medição do overjet e avaliação do selamento labial // Texto Fernanda Carvalho // A Por definição, o traumatismo dentário caracteriza-se como qualquer lesão ao órgão dental, de origem térmica, química ou física, de intensidade e gravidade variáveis e cuja magnitude supera a resistência encontrada nos tecidos ósseos e dentários. Responsáveis pela maioria das urgências no consultório odontológico, os traumatismos dentários podem trazer sérios problemas tanto para o dente que sofreu a lesão quanto para o gene do dente permanente em formação. Uma pesquisa realizada pela Cirurgiã-Dentista, aluna da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, Ana Carolina Correia Laurindo de Cerqueira Neto, e orientada pela docente, Adriana de Jesus Soares, constatou que fatores ligados à oclusão, ou encaixe dos dentes, podem influenciar a ocorrência de traumas dentários em crianças e adolescentes. Especialmente o chamado overjet que é uma sobressaliência ou “trespasse horizontal” dos dentes anteriores superiores. De acordo com a autora do estudo, o overjet é o distanciamento vestibulolingual entre incisivos superiores e inferiores, ou seja, a distância entre a face vestibular do incisivo inferior à face incisal do incisivo superior. “Alguns autores consideram como overjet normal, uma medida igual ou inferior a 3.0 mm, sendo uma medida superior considerada uma maloclusão dentária. Esse desajuste anteroposterior também é chamado de sobressaliência ou trespasse horizontal, é um reflexo da relação esquelética anteroposterior e pode ser alterado pela função anormal dos lábios e da língua”, esclarece a pesquisadora. O perfil das injúrias traumáticas dentárias na Faculdade de Odontologia de Piracicaba iniciou-se em 2001 em conjunto com o Serviço de Atendimento aos Traumatismos Dentários, instituído pelo Profº Francisco José de Souza Filho e coordenado pela orientadora da pesquisa, Adriana de Jesus Soares. Segundo Adriana, “os levantamentos epidemiológicos de saúde bucal que incluem o diagnóstico de traumatismo dentário são escassos, tanto em países em desenvolvimento quanto em países industrializados, se comparados a dados coletados sobre cárie e doença periodontal. No Brasil, somente a partir de 2010, o levantamento epidemiológico da condição de saúde bucal (SBBrasil, 2010) incluiu dados a respeito da prevalência do traumatismo dentário e, embora na aferição da condição dentária os dentes que apresentem lesão traumática sejam codificados (código “T” do índice CPO), há uma nítida perda de informação”, comenta. Adriana de Jesus começou então, com as pesquisa nas escolas públicas de Piracicaba e região, ainda como colaboradora no Serviço de Traumatismos Dentários na área da Endodontia da FOP-Unicamp. Entre 2007 e 2012, cinco examinadores, entre pós-graduandos e estagiários do serviço, participaram de atividades acadêmicas nas escolas e coletaram dados, até que a aluna, Ana Carolina Correia Laurindo de Cerqueira Neto, deu continuidade à coleta de dados entre 2013 e 2014 e tabulou as informações em sua dissertação de mestrado sobre o tema. Ana Carolina conta que a ideia da pesquisa surgiu a partir da necessidade de se conhecer melhor o perfil e detectar as tendências das injúrias traumáticas na cidade de Piracicaba e região, uma vez que existe uma variação de 10,5% a 58,6% de prevalência de trauma dental nos estudos brasileiros. “O principal objetivo foi avaliar a prevalência do traumatismo dentário na dentição permanente dos alunos da rede pública de Piracicaba e região (SP), na faixa etária dos 6 aos 17 anos, já que crianças e jovens, especialmente na faixa dos 12 anos de idade é a população mais afetada, segundo a literatura e também analisar se fatores de risco como overjet acentuado e selamento labial inadequado estavam relacionados com essas ocorrências”. Realização Foram avaliados 1.175 alunos de escolas públicas do ensino fundamental e médio nas cidades de Piracicaba, Americana, Limeira e Campinas no período de junho de 2007 a junho de 2014. A faixa etária dos estudantes era de 6 a 17 anos, sendo 610 do sexo masculino, e 565 do sexo feminino. “Foram encaminhados ofícios aos diretores das escolas, informando sobre a pesquisa, e solicitando permissão para a realização da mesma, durante o horário letivo regular. Após o consentimento dos diretores e coordenadores escolares, foram entregues os termos de consentimento livre e esclarecido (TCLE) que deveriam ser assinados pelos responsáveis em casa e devolvido pelos estudantes no dia do exame”, conta Adriana. Os alunos foram inicialmente entrevistados pelos examinadores, e se investigou a ocorrência de traumatismo dentário, sua etiologia, local e idade em que ocorreu o acidente. Os dados foram registrados em fichas clínicas específicas e as informações coletadas foram organizadas numa planilha, segundo a orientadora da pesquisa. “Para a medição do overjet incisal a criança foi posicionada em máxima intercuspidação e a medida determinada a partir da distância da face vestibular do incisivo inferior à face incisal do incisivo superior, através do auxílio de uma espátula de madeira, cuja sinalização foi realizada por um grafite. As espátulas de madeira contendo a identificação de cada criança (número escolar) foram medidas por meio de um paquímetro Junho 2016 // APCD Jornal digital. Para a verificação do selamento labial foi pedido que a criança fizesse a leitura de um texto mentalmente para que o examinador observasse a posição de seus lábios sem que a mesma percebesse. Sendo o selamento considerado adequado, quando o lábio cobria os incisivos superiores em posição de repouso e sendo considerado inadequado, caso não ocorresse”, explica. O estudo apontou que a prevalência de traumatismo dentário encontrada foi de 13,3% o correspondente a 157 estudantes. “Foram acometidos por lesões traumáticas 92 estudantes do gênero masculino (15%) e 65 do gênero feminino (11%). Esse resultado mostra que não houve diferença estatística na prevalência de traumatismo entre os gêneros. A maioria dos estudos, especialmente os mais antigos, demonstra uma maior prevalência das lesões trau- máticas no gênero masculino, provavelmente por os meninos serem mais ativos e realizarem atividades físicas mais fortes, esportes de contato físico sem a devida proteção, e brincadeiras rudes como lutas e outras, utilizando brinquedos e equipamentos com maior potencial de risco”, destaca Ana Carolina. No entanto, devido ao aumento da participação das meninas nas atividades esportivas e de lazer, e além de estarem cada vez mais expostas a algumas situações em que os meninos também estão, existe a tendência ao aumento de lesões traumáticas no gênero feminino. “Em relação à etiologia, as principais causas de lesões traumáticas relatadas pelos escolares foi a queda da própria altura (45,4%), seguindo-se de lesões provocadas por atividades esportivas (27,2%), principalmente o futebol. O principal local de ocorrência dos acidentes traumáticos, apontados entre os estudantes examinados, foi a própria residência e os dentes mais afetados foram os incisivos centrais superiores, (11 e 21 - 147 dentes). Quanto à avaliação dos fatores clínicos estudados, os alunos que apresentaram medidas de overjet superiores a 3mm foram mais propensos a sofrerem lesões traumáticas dentárias (16,49%), do que os alunos que apresentavam overjet inferior a 3mm (9,79%). Em relação ao tipo de selamento labial, este estudo mostrou que 21,5% dos estudantes apresentaram selamento inadequado. Sendo que 18,9% apresentaram lesões traumáticas”, explica a pesquisadora. Posto isto, a pesquisa mostrou que quanto maior foi a sobresaliência, ou overjet, dos dentes e menos adequado o selamento labial, a ocorrência dos traumas será maior. Ficou comprovado, portanto, que essas caracte- rísticas são fatores de risco para traumas dentários. Além de apontar o overjet e o selamento labial como fatores de risco, a pesquisa fez um panorama de como ocorrem os traumas dentários nessa etapa da vida escolar. “O conhecimento do perfil epidemiológico dos traumatismos dentários na região é importante para se avaliar a extensão das crianças e jovens afetados. Ao se conhecer a etiologia e o local da maioria das ocorrências, podem-se estabelecer programas adequados de prevenção e controle. Os acidentes acontecem principalmente nas residências e escolas, locais onde as crianças participam de atividades esportivas ou de lazer. Os achados deste estudo demonstram a necessidade dos serviços públicos de saúde estarem preparados para promover a prevenção e o tratamento dessas crianças. Ressaltando também a importância do diagnostico 13 e tratamento ortodôntico o quanto antes, além do emprego de programas educativos sobre o trauma dental em ambiente escolar”, observa Adriana. A orientadora da dissertação complementa que o trabalho nas escolas pode ajudar na orientação da família e dos professores quando há um aluno com maior propensão ao trauma “As escolas são consideras ambientes adequados para começar a promoção de saúde oral e prevenção do trauma dental, onde os professores, funcionários, pais e comunidade também estão envolvidos. Portanto, o ambiente escolar associado aos estudos na área de trauma dentário poderá trazer ainda muitos resultados positivos para a comunidade. Assim a universidade associado ao pesquisador pode beneficiar com seus resultados de pesquisa a população”, finaliza. 14 APCD Jornal // Junho 2016 Implantodontia: a especialidade que veio para ficar O mais avançado sistema de prótese fixa da história reabilitadora da Odontologia tem sido aperfeiçoado constantemente // Texto Swellyn França // As primeiras referências sobre implantes dentários datam de 3.216 a.C.; há também relatos de reimplantes feitos pelo “pai da medicina”, Hipócrates (460-355 a.C.) e entre os povos etruscos no século III a.C. Além disso, sabe-se que as primeiras tentativas de implantar dentes nas dinastias egípcias e nas pré-colombianas (maias, astecas, incas) - a.C. até 1.000 d.C. – foram com materiais como pedras preciosas, conchas e dentes de animais ou dentes esculpidos em marfim. Desde então, na busca de substitutos dentais vários materiais foram testados (alumínio, prata, latão, cobre, magnésio, ouro, aço, níquel); porém, diversos desses materiais não obtiveram sucesso clínico. Foi somente em 1969, após 15 anos de investigação clínica e científica, que o sueco, professor Per Ingvar Bränemark publicou diversos estudos sobre a aplicação de implantes osseointegrados. “Em 1977 foi desenvolvido o protocolo de Bränemark composto por cinco ou seis implantes instalados comprovadamente osseointegrados e funcionais por um longo período de tempo. A técnica tem sido aperfeiçoada nos últimos 40 anos por profissionais que criaram o mais avançado sistema de prótese fixa da história reabilitadora da Odontologia”, enaltece o diretor do departamento de Implantodontia do Conselho Científico (Coci) da APCD, Rafael Sihle Cunha, que é especialista em Implantodontia. Mas foi somente em 1982, que as pesquisas com a aplicação de implantes osseointegrados em Odontologia foram divulgadas mundo a fora. “Foi durante a conferência de Toronto que, pela primeira vez, apresentou-se à comunidade científica internacional o conjunto de estudos aplicados nas áreas de ciência básica, cirúrgica, biomateriais e prótese, que levaram os pesquisadores suecos liderados por Bränemark a criar o termo osseointegração”, conta o presidente da Academia Brasileira de Osseointegração (ABROSS), Sérgio Jayme que é um dos pioneiros na Implantodontia, doutor em Reabilitação Oral, mestre em Implantodontia Oral, especialista em Prótese Dentária e pós-graduado em Periodontia. No Brasil, contudo, a era da osseointegração começou apenas em 1987 quando o Cirurgião-Dentista Júlio Cézar Sá Ferreira usou a técnica de Bränemark pela primeira vez no país. O reconhecimento da Implantodontia como especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) ocorreu logo em seguida, em 1990. A Consolidação das Normas para Procedimentos nos Conselhos de Odontologia (Resolução CFO nº 63/2005) define Implantodontia como a especialidade que tem como objetivo a implantação na mandíbula e na maxila, de materiais aloplásticos destinados a suportar próteses unitárias, parciais ou removíveis e próteses totais. “No início do usa das técnicas, as próteses eram mais preocupadas com a osseointegração dos implantes do que com a estética. Mais tarde e com a crescente crença de que este tipo de implante osseointegrável realmente funcionava e tinha sucesso em longo prazo (permitiu que implantes ficassem em função por mais de 25 anos), as pesquisas e os implantodontistas, começaram a exigir das empresas novos componentes protéticos para que se indicasse implantes unitários, agora para pacientes mais jovens que perdiam um ou dois dentes. Hoje, o Brasil está muito adiantado em pesquisas e o mercado brasileiro se destaca no cenário mundial. O mesmo aconteceu com os implantodontias brasileiros”, acrescenta o presidente da Câmara Técnica de Implantodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), especialista e mestre em Implantodontia, Mauricio Querido. As áreas de competência para atuação do especialista em Implantodontia, conforme as normas do CFO incluem: a) diagnóstico das condições das estruturas ósseas dos maxilares; b) diagnóstico das alterações das mucosas bucais, e das estruturas de suporte dos elementos dentários; c) técnicas e procedimentos de laboratório relativos aos diferentes tipos de prótese a serem executadas sobre os implantes; d) técnicas cirúrgicas específicas ou afins nas colocações de implantes; e) manutenção e controle dos implantes; e, f) realização de enxertos ósseos e gengivais e de implantes dentários no complexo maxilo-facial. “Como durante bons anos não existia no Brasil a área de Implantodontia, profissionais de outras especialidades como Cirurgia Buco- Junho 2016 // APCD Jornal maxilofacial, Periodontia e Prótese eram quem faziam as cirurgias e/ ou as próteses sobre os implantes. Com isto, durante estes anos, a Implantodontia agregou novas visões fazendo com que hoje seja uma especialidade em que os profissionais trabalham na reconstrução do processo alveolar, cuidam da parte gengival que tem diretamente ligação com a estética, atuam em pesquisa de novas técnicas, novos materiais e, principalmente, no desenvolvimento de novos componentes e novos implantes para que estes venham agregar maior qualidade e segurança para o tratamento com esta técnica”, relata Maurício. Principais contribuições recentes na área Segundo o presidente da ABROSS, a Implantodontia é uma especialidade que veio para ficar, e é indiscutível sua contribuição na Periodontia, Cirurgia e Prótese. Com os implantes poupamos os dentes naturais de sofrerem desgastes e preparos com brocas para confecções de próteses fixas. “Os implantes são feitos de materiais biocompatíveis, o mais usado é o titânio e na última década começou a ser fabricados também em zircônia, que são indicados para área estética”, aponta Sérgio Jayme. A evolução tecnológica tem ajudado muito nos tratamentos. “Componentes estéticos, conexões cônicas, superfícies tratadas dos implantes, planejamento virtual e fotográfico, planejamento reverso e meios de reabilitação com tecnologia CAD/ CAM são requisitos que o implantodontista precisa conhecer aplicar e atualizar sempre visando atingir e proporcionar ao seu paciente a excelência no tratamento reabilitador”, destaca o diretor do departamento de Implante do Coci da APCD, Rafael. O presidente da Câmara Técnica de Implantodontia do CROSP concorda: “hoje é possível prever uma cirurgia de implante antes mesmo de iniciar a cirurgia. Com a qualidade dos exames de imagem tomográfica, softwares que auxiliam no planejamento localizando a melhor posição tridimensional (altura, posição e angulação) para colocação do implante; isto tudo permite que uma cirurgia de implante seja feita sem um corte e o melhor, permitindo que o nosso paciente saia da clínica com a prótese já instalada, podendo mastigar, sem dor, grandes sangramentos e edemas. Graças a tecnologia a evolução nesta área foi muito importante nesta última década e meia”, afirma Maurício. Desafios e próximos passos em relação à especialidade Para Sergio Jayme, os pacientes estão cada vez mais exigentes em relação à estética e a ativação imediata desses implantes reduzindo o tempo de tratamento. “Assim, a evolução dos biomateriais, fatores de crescimento ósseo e os tratamentos de superfícies de última geração são os próximos passos da especialidade garantindo tratamentos estéticos, funcionais com muita previsibilidade e um menor tempo de tratamento”, considera. Maurício, por sua vez, afirma que os próximos desafios já vêm sendo buscado a um bom tempo. “Que é restabelecer o processo alveolar, sua estrutura, sem grandes enxertias ósseas que levem o paciente 15 a grandes tempos de espera para dar continuidade ao seu tratamento, com menor morbidade. Novos biomateriais, substitutos ósseos vem sendo pesquisados para serem utilizados no lugar dos enxertos autógenos. O osso autógeno é considerado o “gold standard” pela literatura internacional. A busca por um substituto a este osso autógeno é o grande desafio da especialidade no momento. E para isto, muitas pesquisas, muitos investimentos ainda serão necessários para que consigamos chegar lá”. Por fim, Rafael Sihle Cunha acredita que estamos em um momento onde a osseointegração esta mais do que consolidada em relação a sua eficácia junto a reabilitação cerâmica que chega muitas vezes a perfeição. “Porém, acredito que os desafios daqui para frente envolvam além do controle e manutenção da saúde peri-implantar, a harmonia estética ao redor dos implantes reabilitados proteticamente, como por exemplo, a estética vermelha (contorno e volume gengival) alcançando assim um resultado de excelência na arquitetura do sorriso”. 16 APCD Jornal // Junho 2016 ACONTECE NA ABIMO Empresas brasileiras contabilizaram mais de US$ 5 milhões em expectativa de negócios durante feira odontológica em Cingapura Evento abriu oportunidades para o setor odontológico, que somou US$ 634.000 em negócios fechados e consolidou contatos com representantes de 31 países Visando ampliar a participação no mercado externo, empresas associadas à ABIMO e que fazem parte do Projeto Brazilian Health Devices, executado pela entidade em parceria com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), estiveram presentes em Cingapura entre os dias 8 e 10 de abril para participação na Feira e no Congresso Internacional de Odontologia (International Dental Exhibition and Meeting – Idem) e somaram US$ 634.000 em negócios fechados durante a feira. O evento resultou ainda em contatos com 244 representantes de empresas de 31 países, além de US$ 5.800.000 em transações esperadas para os próximos 12 meses. Essa foi a segunda participação da ABIMO na Idem, a primeira foi em 2008. O evento é considerado uma das principais vitrines de negócios na Ásia-Pacífico para inovações globais na área de tecnologia odontológica. O pavilhão brasileiro contou com um espaço de 72 m² e com a participação de sete empresas da área de odontologia: Aditek, Bionnovation, Biodinâmica, Maqui- ra, Nova DFL, Gnatus e TDV. Nos últimos anos, os profissionais de Odontologia da região da Ásia-Pacífico foram os primeiros a adotar tecnologias emergentes em seus laboratórios e consultórios dentários. De acordo com iData Research, o investimento por parte do mercado da Ásia-Pacífico em produtos odontológicos digitais está avaliado em mais de US$ 10 bilhões. “A feira não é tão movimentada com relação ao número de visitantes, mas os stands sempre estavam cheios, ou seja, o número de contatos foi relativamente pequeno com relação ao número de negócios fechados. Isso mostra que os contatos foram muito mais efetivos e que a feira é voltada aos negócios e aos distribuidores, e não somente aos Cirurgiões-Dentistas”, destacou Laísa França, coordenadora de promoção comercial da ABIMO, que ainda acrescentou: “No geral, as impressões das empresas foram muito positivas e todas gostariam de participar na próxima edição”. Durante o evento aconteceram palestras, workshops e mesas-redondas que ofereceram oportunidades para todos os profissionais de Odontologia interagirem uns com os outros, reunindo novos conhecimentos. O ministro da saúde de Cingapura, Gam Kim Yong, visitou o pavilhão brasileiro para prestigiar os produtos e as inovações apresentadas pelas empresas. Além do Brasil, a feira recebeu mais de 500 companhias odontológicas da China, do Japão, da França, da Alemanha, da Itália, da Coreia do Sul, da Suíça, de Taiwan, do Reino Unido e dos Estados Unidos. Associados A empresa TDV Dental participou da feira para a promoção da linha de produtos de maneira geral e com o intuito de prospectar potenciais distribuidores para inserção da marca em novos mercados. “A TDV ainda não possuía uma rede de distribuição muito abrangente nesta região, por isso tomou o evento como oportunidade para solidificação e expansão dos negócios”, destacou Daniel Fernando Batista, analista de comércio exterior da companhia. De maneira geral, a Idem 2016 representou a oportunidade que o setor odontológico necessitava para expandir seus negócios para a Ásia como um todo. Segundo o analista, Cingapura, devido a sua localização estratégica e atuação como hub, conecta os países do continente e é vitrine para inovação, com papel essencial no desenvolvimento das relações comerciais. “Para nós, a Idem foi de grande valor, pois conseguimos prospectar distribuidores de mercados ainda não atendidos pela empresa, os quais, além de fornecer importante feedback a respeito de nossos produtos, nos deram a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a preferência dos consumidores em seus mercados de atua- ção”, disse Batista. As reuniões com distribuidores parceiros da TDV em alguns países da Ásia serviram como termômetro para mensuração de resultados das ações mais recentes e, de acordo com o analista, também contribuíram para o planejamento de novas medidas a serem tomadas para fortalecimento e expansão de negócios. A Nova DFL lançou duas novas resinas, ambas com nanotecnologia: a Natural Shade e a Natural Z, uma resina especial com zircônia. “Já é sabida a importância de Cingapura como hub para a Ásia, principalmente o Sudeste Asiático, mas esse papel se torna cada vez mais evidente dentro de toda a Ásia. Na área de odontologia, não poderia ser diferente, logo, a feira cresce a cada edição e se torna mais importante para os países do Sudeste Asiático e da Ásia de modo geral”, enfatizou Fabio Fonte, chefe de negócios internacionais Ásia e Rússia da Nova DFL. Para ele, outro ponto importante é o público-alvo direcionado para negócios. “Os resultados foram extremamente satisfatórios tendo em vista o foco e a efetividade das pessoas que passaram pelo stand, ou seja, o objetivo maior dos visitantes se equipara com o dos expositores, que é fazer contatos efetivos e negócios”. A empresa já havia participado de outras edições e, como visitante no ano passado, Fonte destaca que a feira evoluiu muito: “creio ser uma tendência cada vez maior ter feiras regionais mais focadas, assim como ocorre com a AEEDC (International Dental Conference & Arab Dental Exhibition), feira odontológica do Oriente Médio e do norte da África”. O pavilhão brasileiro recebeu visitantes de 31 países diferentes: Azerbaijão, Austrália, Bangladesh, Brunei, Camboja, China, Cingapura, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Filipinas, França, Hong Kong, Índia, Indonésia, Israel, Itália, Japão, Kuwait, Malásia, Mongólia, Myanmar, Paquistão, Sri Lanka, Suíça, Tailândia, Taiwan, Turquia, Estados Unidos, Uzbequistão e Vietnã. Mercado De acordo com a balança comercial brasileira, entre janeiro e fevereiro de 2015 o Brasil exportou US$ 33.650 (FOB) em produtos odontológicos para Cingapura. Já nos respectivos meses de 2016, foram US$ 46.143 (FOB). “O mercado de Cingapura é um dos mais expressivos para o BHD, tanto pela feira que realizamos e pelas prospecções como pelo comércio bilateral”, explicou Laísa. O mercado-alvo principal é a Associação de Nações do Sudeste Asiático, um bloco econômico que foi criado em 8 de agosto de 1967 e é composto por dez países do sudeste asiático – Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. Esse bloco tem um acordo de cooperação econômica com a UE (União Europeia), um grande facilitador para a realização de negócios, importação e exportação. 18 APCD Jornal // Junho 2016 Notícias da ABCD Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas EDITORIAL Campanha Sorria para a vida da ABCD ganha o Interior Apenas na cidade de Limeira (região Centro-Leste do Estado de São Paulo), foram programados 12 locais para que a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD) realizasse a Campanha Sorria para a Vida – Boca Saudável, Corpo Saudável 2016. Em conjunto com a vacinação na população da cidade, a ação de prevenção de câncer bucal tinha previsão de atender mil pessoas. É com muita satisfação que nossa entidade vê o interior abrir espaço para receber esse trabalho que tem por objetivo principal o exame de diagnóstico precoce do câncer bucal entre adultos, idosos e jovens, que é o novo perfil sujeito a risco de infecção por HPV e câncer. Temos que pensar no que representa uma ação preventiva como esta, que envolve o município e seus profissionais de saúde, trabalhando em conjunto com a ABCD e tendo também como foco a conscientização da população. Limeira, cidade de cerca de 300 mil habitantes, integra o complexo metropolitano paulista, o maior do Hemisfério Sul, que abriga 300 milhões de habitantes. É este o caminho a ser perseguido: levar informação ao maior número de pessoas, pois uma campanha não se limita à sua execução imediata, mas se estende pelos frutos que dissemina e que acreditamos se instalem na comunidade de forma permanente. Cremos ser esta uma posição firme que a ABCD adotou desde a primeira campanha, realizada em 2014, e que vem sendo seguida por outros movimentos, o que é excelente. Nesta edição de 2016 já temos marcada, até o momento, ações preventivas de diagnóstico precoce de câncer bucal nas cidades de Santo André, Santos, Jundiaí, São Paulo, Jaboticabal, São Roque, Taubaté , Indaiatuba, além de Limeira. Outras localidades estão agendando datas para receber a Sorria para a Vida. A ABCD projetou para este ano a realização de campanhas em 26 locais. Não é difícil imaginar a multiplicação de informações que a Sorria para a Vida vai gerar, e esperamos resultar na necessária conscientização da população que nem sempre tem acesso a dados que mostrem os riscos e a importância da prevenção do câncer bucal. Confiamos que juntos - nossos pares, Cirurgiões-Dentistas voluntários, nossos apoiadores e a comunidade - conquistaremos novas frentes para as ações que irão resgatar uma parte da saúde bucal de grupos da sociedade que hoje estão sob riscos de câncer bucal por falta de informação, de diagnóstico preciso e de tratamento. // Texto Silvio Cecchetto Presidente da ABCD // Silvio Cecchetto Presidente da ABCD [email protected] Prevenção é a arma da Odontologia para os 45 milhões de idosos de 2030 Dados do IBGE de 2015 apontam que 13,6% da população brasileira é formada por idosos, ou seja, hoje 25,3 milhões de pessoas estão na terceira idade, sendo a faixa etária que apresenta o maior crescimento exponencial (em 2010, eram 10 milhões). Estima-se que em 2030, um prazo nem tão longo de apenas 14 anos, 45 milhões de brasileiros farão parte deste grupo, acompanhando os países altamente desenvolvidos. No entanto, de acordo com os odontogeriatras, o País sequer tem estrutura voltada à terceira idade para os dias atuais. Para a faixa etária que mais tem crescido nos últimos 20 anos, os Cirurgiões-Dentistas defendem o caminho da prevenção, que tem ocupado papel imprescindível quando se fala de saúde integral, aí incluída a saúde bucal dos indivíduos. Este conceito tem sido cada vez mais aplicado tanto pela comunidade médica e odontológica quanto pela própria sociedade que está, atualmente, atenta às suas necessidades. Em relação à saúde bucal, os odontogeriatras indicam a prevenção como a arma mais eficaz: escovação e limpeza interdental para evitar cárie e problemas periodontais, que são os casos de maior incidência no grupo de idosos. O câncer bucal é outro risco danoso que incide fortemente na saúde bucal e integral da Melhor Idade, geralmente como resultado de vícios como o alcoolismo e o tabagismo agravados quando consumidos em conjunto. Cigarro, pimentas, alimentos excessivamente ácidos juntam-se à falta de atenção às pequenas lesões bucais, próteses mal adaptadas que ferem as mucosas dia e noite e acabam gerando cânceres que, se não diagnosticados e tratados a tempo, podem ser fatais. “Apesar de a Odongeriatria ser especialidade reconhecida pelo CFO desde 2001, portanto há 15 anos, e haver crescente produção científica sobre o tema, ainda temos sérios problemas de formação e de mercado: poucos cursos têm cadeira da especialidade e esta não consta da grade mínima exigida pelo MEC”, relata o odontogeriatra e professor Fernando Luiz Brunetti Montenegro. Ele destaca ainda que hoje o mercado para atender este público de idosos é bastante reduzido: são 1.600 médicos geriatras e apenas 276 odontogeriatras. Prevenção nas ruas Campanhas preventivas de saúde bucal voltadas a todas as idades, mas que apresentam resultados importantes estão se disseminando nas cidades brasileiras. A Campanha Sorria para Vida, da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD) vem plantando a semente desse conceito em suas ações pelo terceiro ano consecutivo. Em 2014 e 2015 foram atendidas 6.400 pessoas e para 2016 a previsão é de 8 mil serem examinadas. No final deste ano, a Sorria pela Vida deverá contabilizar perto de 15 mil pacientes diagnosticados precocemente, possibilitando exame aprofundado e tratamento, nesse período. “Considerando-se que cinco mil brasileiros/ano perdem a vida devido ao câncer bucal – afirma Silvio Cecchetto, presidente da ABCD -, nossas as campanhas de prevenção nas cidades brasileiras estão cumprindo sua missão de salvar vidas.” // Texto Zaíra Barros/Editabr // Junho 2016 // APCD Jornal 19 Fique por dentro da APCD COCI Centro Técnico Teatro APCD Esportes Confira as palestras científicas gratuitas para o mês de maio Processos seletivos para cursos de TSB e ASB estão abertos Saiba mais sobre os espetáculos programados para maio e junho Veja a programação do Departamento de Esportes da APCD // Página 21 // // Página 24 // // Página 25 // // Página 27 // 7º Congresso de Odontopediatria acontece em agosto, na APCD Pesquisadores e professores de excelência trarão assuntos atuais e de importância da especialidade // Texto Mariana Pantano // Com o tema “A Odontopediatria Contemporânea: Mitos e Evidências”, a APCD em parceria com a APO - Associação Paulista de Odontopediatria, promoverá o 7º Congresso de Odontopediatria APCD-APO - um dos eventos mais relevantes e importantes da área – nos dias 25, 26 e 27 de agosto, na sede da APCD Central. Comemorando 55 anos de existência, a APO reunirá na programação científica pesquisadores e professores de excelência, que trarão assuntos atuais, a fim de estimular discussões, debates e aprimoramento clínico e científico nas áreas integradas à Odontopediatria como, por exemplo, Ortopedia Funcional dos Maxilares, Saúde Pública e Coletiva; além da exposição dos trabalhos científicos. Também haverá a Feira Comercial, espaço em que as empresas do setor trarão produtos de interesse da especialidade e suas áreas afins, e poderão interagir com o público presente no evento. A presidente da APO e uma das assessoras do Congresso, Helenice Biancalana, que também é diretora do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da APCD, relembra que a parceria entre as entidades (APCD e APO) teve início em 1997, “quando então o querido saudoso professor Antônio Carlos Guedes-Pinto foi o organizador e presidente do Primeiro Congresso Paulista de Odontopediatria APO– APCD, onde participaram professores jovens da Odontopediatria da USP com os colegas da APO, com todo apoio logístico da APCD. O segundo Congresso foi realizado em 1999 no Hotel Danúbio, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo, já com uma estrutura um pouco mais elaborada, com um número de participantes relevante para a época, uma média de 450 participantes. E a partir do 3º Congresso de Odontopediatria, a APCD com uma instalação moderna e com todo suporte logístico e infraestrutura do Departamento de Congressos e Feiras, realizou mais um evento da Odontopediatria tendo aproximadamente mais 1000 adesões, e assim chegamos até o 7º Congresso de Odontopediatria APCD-APO. Com esse breve histórico já foi possível perceber a importância da parceria para que os eventos da Odontopediatria Paulista tenham o sucesso e possam trazer professores e pesquisadores renomados e acolhendo um público interessado nas técnicas clínicas baseadas em evidências científicas desfrutando de um espaço com instalações modernas para as apresentações dos ministradores e conforto para o congressista.” A coordenadora científica do evento, Sandra Kalil Bussadori, conta que a grade foi preparada por diferentes expoentes da Odontopediatria visando uma integração e interação de temas atuais e importantes para a especialidade. “Buscamos para cada curso uma sensação de continuidade entre os objetos abordados, enfatizando protocolos pautados em evidências científicas.” Sandra salienta que dentro do tema do Congresso de Odontopediatria “o objetivo é discutir e pensar por meio de nossos palestrantes quais realmente são os mitos que se perpetuam em nossa especialidade e as evidências científicas atuais sobre os temas abordados, otimizando a atuação do odontopediatra”. Avanços e gargalos da Odontopediatria A coordenadora científica acredita que a Odontopediatria tenha entendido a real importância dos procedimentos preventivos, “porém, em relação aos procedimentos minimamente invasivos ainda necessitamos caminhar um pouco e mais ainda, desmistificar alguns procedimentos estéticos em nossa especialidade, como clareamento em pacientes jovens. O gargalo possivelmente seja que o odontopediatra ainda se valorize pouco dentro das diferentes espe- cialidades na Odontologia. Penso que ainda teremos que aprender a nos valorizar mais”. Helenice Biancalana ressalta que, sem dúvida, ao longo das últimas décadas houve uma grande melhoria da saúde bucal das crianças brasileiras, embora a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgada pelo IBGE, mostre que recentemente 55,6% dos brasileiros não vão ao Cirurgião-Dentista regularmente. “A maior parte desse total tem até quatro anos de idade; 77,9% das crianças nessa faixa etária nunca visitaram um Cirurgião-Dentista ou odontopediatra. Este dado ainda é preocupante e mostra que há a necessidade de informarmos melhor essas famílias quanto à importância da atenção precoce em cuidados com o aleitamen- 20 APCD Jornal // Junho 2016 to materno, qualidade dos alimentos para promoção da mastigação, forma adequada para a higienização bucal em cada fase do crescimento de desenvolvimento do bebê, e o quão importante é o envolvimento da família para que todos tenham também uma saúde bucal equilibrada.” Para isso, a presidente da APO defende que é necessário diminuir as desigualdades em saúde bucal, entre as grandes regiões do país, aumentar o acesso da população brasileira aos cuidados odontológicos, sobretudo às ações preventivas e de atenção primária, e expandir a fluoretação da água de abastecimento nas cidades que apresentem piores condições socioeconômicas, promovendo um benefício coletivo de prevenção. “Quando se pensa em ‘Educar em Saúde’ o trabalho é muito abrangente, a criança é depen- dente da família, por isso envolve pais, professores, cuidadores etc. A mudança de hábito, geralmente, não é imediata e menos ainda quando existe um apelo de consumo muito intenso por meio dos inúmeros recursos de mídia, acessados por esse público infantil tão interessado pelos tablets, jogos digitais e tudo o que envolve o mundo digital.” É preciso reconhecer a importância da integração da Odontologia com as demais áreas de saúde na atenção materno-infantil. Para isso é fundamental uma abordagem transdisciplinar e integral. É necessário superar a visão dispersa e fragmentada da saúde e, a partir da integração das diversas áreas que atuam nesse grupo populacional, romper as fronteiras disciplinares para a construção de novo marco teórico e prática clínica que inclua toda a amplitude de conhe- cimento e habilidades para melhorar as condições de saúde da mãe e do bebê. Helenice Bincalana é enfática ao dizer que “os avanços científicos e as necessidades clínicas exigem uma atuação mais específica em determinadas áreas da saúde da criança e do adolescente, sobretudo em ambientes que outrora os Ciurgiões-Dentistas nem sequer eram integrantes da equipe mutiprofissional para as ações integradas em ambiente hospitalar ou até nas intervenções clínicas. A presença e a atuação do odontopediatra em ambiente neonatal são de suma importância, junto aos pediatras, fonoaudiológos, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, na detecção, diagnóstico e condução terapêutica de alterações orofaciais pertinentes ao recém-nascido (frênulo lingual, dentes natais, fissuras labiopalatais etc.), além da atuação materno-infantil com foco no aleitamento materno e seus benefícios relevantes e favoráveis para o crescimento e desenvolvimento craniofacial do bebê. Vale ressaltar ainda, a Odontopediatria educacional aplicada às gestantes e especificamente aos pais após a chegada do recém-nascido. A Odontopediatria Hospitalar é uma competência expoente e urgente, com seus especialistas integrados à equipe multiprofissional nos diagnósticos precoces e tratamentos que dependem das intervenções preventivas e curativas do odontopediatra, como na oncologia e hematologia infantil, etc. A passos largos as pesquisas com células-tronco vêm mostrando um leque de possibilidades em tratamentos de doenças sistêmicas, especialmente as da polpa dos dentes decíduos.” Para finalizar, Helenice as- segura que as evidências cientificas atuais indicam que o tratamento odontológico deve ser feito da forma mais conservadora possível, ou seja, tratamentos baseados na filosofia de mínima intervenção tanto para procedimentos preventivos quanto curativos. Entre eles podemos citar o aprimoramento de materiais restauradores e o melhor entendimento da ação dos materiais preventivos. “Essa abordagem é fundamental e muito importante na Odontopediatria, já que favorece o comportamento cooperador do paciente infantil e diminui o tempo de atendimento clínico.” O Congresso Para saber mais sobre os avanços da especialidade e debater acerca do futuro desta importante área da Odontologia, participe do evento! Confira a programação na página ao lado, e faça sua inscrição. Estamos te esperando. 22 APCD Jornal // Junho 2016 COCI Conferências de Junho - 2016 Departamento de Estética Dental Tema: Modulação hormonal na Odontologia Ministradores: Marco Botelho Data: 02/06/16 Horário: 20h Local: APCD Central Departamento de Dentística Tema: Materiais restauradores autoadesivos: será o fim dossistemas adesivos? Ministrador: Paulo Henrique Perlatti Dalpino Data: 15/06/16 Horário: 20 h Local: APCD Central Departamento de Prótese Bucomaxilofacial e Grupo de Estudos de Odontologia do Esporte. Tema: A Fisioterapia na Odontologia Ministrador: Eduardo Yujiro Abe Data: 20/06/16 Horário: 20 h Local: APCD Central Departamento de Endodontia Tema: Cimentos biocerâmicos em Endodontia Ministrador: Daniel Kherlakian Data: 22/06/16 Horário: 19h Local: APCD Central Departamento de Estética Dental Tema: Endodontia atual e suas inter-relações – blindagem Ministrador: Manoel Eduardo de Lima Machado Data: 29/06/16 Horário: 20h Local: APCD Central Mais informações: (11) 2223-2343/ 2459/ 2223 Local: APCD Central - Rua Voluntários da Pátria, 547 24 APCD Jornal // Junho 2016 SIMPÓSIODE REABILITAÇÃOORAL Ao longo da história da humanidade, o belo tem sido retratado nas suas diferentes formas e com as características próprias de cada época. Os padrões de beleza se modificam com o tempo, e com a evolução dos materiais e técnicas restauradoras, tais como, lentes de contato, plástica gengival e clareamento dental, bem como das formas de prevenção e tra- tamento da cárie dental, a preservação do dente na cavidade bucal tem exigido do profissional habilidades maiores que envolvem conhecimentos específicos para o restabelecimento estético do sorriso. O sorriso é um dos principais elementos que compõem a boa aparência. Contudo, muito mais do que beleza, a boca carrega uma importância enorme na saúde sistêmica. Ter todos os dentes com saúde significa mastigar, respirar e se comunicar melhor. Seguindo esse princípio, no dia 24 de junho, no 2º Simpósio de Reabilitação Oral da APCD, ministradores de diferentes especialidades falarão sobre a importância do planejamento do tratamento odontológico no sentido de buscar a harmonia da saúde bucal e recuperar a autoestima e qualidade de vida do indivíduo. Confira a programação no site www.apcd.org.br/reabilitacaooral e faça sua inscrição! TURISMO Conheça as maravilhas de El Calafate - Argentina De 08 a 12 de outubro de 2016 O pacote terrestre inclui: • 04 noites de hospedagem no Hotel Kapenke, com café da manhã; • Traslados de chegada e saída: Aeroporto/Hotel/Aeroporto; Assistência e seguro viagem. • Preços em USD por pessoa (até 6x sem juros no cartão): Single - USD 979,00; Duplo - USD 649,00. Total dos passeios: USD 358,00 por pessoa (até 3x sem juros no cartão) • Consulte 01 noite opcional em Buenos Aires, na volta. Passeios: • Mini Trekking (recomendado para pessoas de 10 a 65 anos); • Rios Hielo Tour. Condições gerais: os preços do pacote terrestre são por pessoa em USD e deverão ser convertidos em reais (R$) no ato da compra ao câmbio do dia. Os preços da passagem aérea e do pacote terrestre estão sujeitos à alteração sem prévio aviso e disponibilidade. Passagem aérea: valor sob consulta (até 12x sem juros no cartão) Informações: (11) 2223-2385 | Reservas: (11) 3129-4439 Junho 2016 // APCD Jornal 25 APCD promoveu em abril o 2º Simpósio de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial Evento trouxe novidades científicas e tecnológicas e, ainda, debateu diferentes temas de interesse da especialidade. // Texto e foto Fernanda Carvalho // A APCD, exercendo a sua missão de educação continuada, por meio do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, promoveu no dia 29 de abril, 2º Simpósio de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial. O evento reuniu os ministradores renomados para discutir as diversas possibilidades e técnicas de tratamento de fraturas, reconstruções em cirurgias bucomaxilofaciais entre outros assuntos. O ministrador Sylvio Luiz Costa de Moraes, conta que “é um enorme prazer estar na APCD num evento extremamente importante que está sendo promovido pela entidade, em uma iniciativa apoiada pelo Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo- -facial, que é o maior órgão que representa a especialidade em nosso pais”. Marisa Aparecida Cabrini Gabrielli, também ministradora do evento, completa destacando que “é importante o Cirurgião-Dentista, de forma geral, independentemente da sua especialidade, ter conhecimento pelo menos do ponto de vista teórico, do trauma de face”. Para o ministrador André Caroli Rocha, “mesmo que não seja a área de atuação principal, o Cirurgião-Dentista é o profissional que recebe os pacientes e que tem muitas vezes, o papel importante de orientar e encaminhar para profissionais que militam nessa área. É também uma área de interface, em que tanto a Medicina quanto a Odontologia atuam. O diferencial do Cirurgião-Dentista é porque ele está habituado com a reabilitação. Então condutas e técnicas podem facilitar o processo final que é devolver os dentes que o paciente perdeu, ou por um trauma ou por um tumor ou por uma infecção”. Artur Cerri, diretor da EAP APCD, esteve no evento representando o presidente da APCD, Adriano Albano Forghieri, que destacou a importância do Simpósio para a classe odontológica. “O 2º Simpósio de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, em conjunto com o Conselho Científico, proporciona ao associado a possibilidade de ampliação dos seus conhecimentos, através de palestrantes de grande prestígio na área. Outro aspecto relevante é que esses eventos são realizados na casa do Cirurgião-Dentista, que é a APCD”. O Doutor Artur ressalta ainda que “esses tipos de eventos científicos engradecem ainda mais a Odontologia e possibilitam aos associados tomar conhecimento do que existe de mais atual em Cirurgia e Traumatologia. Quero nesta oportunidade parabenizar aos organizadores do Simpósio pela dedicação e profissionalismo. É importante salientar que o associado acompanhe os eventos culturais realizados na APCD, através dos meios de comunicação”, finaliza. Empresas Patrocinadoras do 2º Simpósio de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, as empresas Armazém das Luvas, Colgate, Inbone, Lelo Shop, Quinelato e Unilever, expuseram seus produtos e interagiram com os participantes do evento. 26 APCD Jornal // Junho 2016 3º Simpósio de Implantodontia e Osteologia aconteceu em maio e trouxe o que há de mais atual e moderno na especialidade Ministradores renomados contribuíram para o aprimoramento técnico e científico dos participantes presentes // Texto e foto Fernanda Carvalho // A Implantodontia existe no Brasil há mais de 20 anos, e ocupa um lugar de destaque dentro da Odontologia e no contexto mundial. Amparada na excelência clínica dos Cirurgiões-Dentistas, a área vem apresentando grande crescimento e expansão no país. Prova disto é o aumento de novos especialistas, dos 250 mil Cirurgiões-Dentistas inscritos no CFO (Conselho Federal de Odontologia), 9.151 são especialistas em Implantodontia, contando com uma estimativa de formação de mais dois mil especialistas por ano. Pensando no aprimoramento técnico-científico dos profissionais, a APCD promoveu no dia 20 de maio o 3º Simpósio de Implan- todontia e Osteologia, que contou com a presença de ministradores renomeados a fim de mostrar o que há de mais atual e moderno na especialidade. Wilson Cesar Kamimura Polo, ministrador do evento ressaltou que “é fundamental a realização desse evento, porque agrega muito conhecimento na área para um evento curto, rápido, e que facilita aos colegas – principalmente da nossa metrópole –, se atualizarem. Então normalmente são palestras que vão abordar temas atuais e que são realmente direcionados para a vivência clínica do implantodontista”. O ministrador Roberto Ferrari destaca a importância do evento referente à atualização e reciclagem de conteúdo. “Esses eventos trazem o que está surgindo de moderno e de novo no mercado. Os palestrantes normalmente têm um controle de resultados de procedimentos que vão levar uma segurança maior para o profissional usar os materiais”. Segundo Felipe Moura Araújo, também ministrador do 3º Simpósio de Implantodontia e Osteologia, a realização do evento pela APCD serve para os profissionais estarem sempre em alerta no que se refere a novas tendências no mercado odontológico. Ele completa: “um evento como esse faz com que nós, profissionais que atuamos clinicamente, saiamos um pouco da rotina e comecemos a conhecer novas tendências e técnicas, para ter mais embasamento cientifico”. Já o ministrador Munir Salomão afirma que a importância do Cirurgião-Dentista estar presente é primeiramente a proximidade do profissional com as novas técnicas e com as mudanças que estão ocorrendo. “Temos condições de oferecer aos pacientes, procedimentos menos invasivos, um menor custo e maior rapidez nos procedimentos. Então comparecer em um evento como este só vem a somar, a facilitar a vida do paciente e a nossa também”. Empresas Patrocinadoras do 3º Simpósio de Implantodontia e Osteologia, as empresas Bone Heal, Conexão, Implacil, Impower, Laboratório Renov, Lelo Shop, Oral-B e Voco do Brasil expuseram seus produtos e interagiram com os participantes do evento. Junho 2016 // APCD Jornal TEATRO APCD Confira os espetáculos que marcaram o mês de maio no Teatro APCD Público se diverte com as comédias apresentadas por Rafael Cortez e Octávio Mendes // Texto Fernanda Carvalho // // Fotos Fernanda Carvalho e Swellyn França // No dia 06 de maio, o Teatro APCD recebeu o show “MDB - Com Rafael Cortez e a Banda Pedra Letícia”. O projeto foi criado pelo jornalista, ator, humorista e músico Rafael Cortez que canta e toca violão ao lado da banda de pop-rock, Pedra Letícia, formada por Fabiano Cambota nos vocais, Thiago Sestini na percussão, Pedro Torres na bateria, Kuky Sanchez no baixo e Xiquinho Mendes na guitarra. Pedro Torres ressalta que o projeto MDB surgiu a convite do Rafael no começo de 2014. “Ficamos muito felizes com esse convite, a gente abraçou muito a causa porque somos uma banda que tocamos as nossas próprias músicas e entrar em um projeto de releitura foi uma experiência nova.”!”. Rafael Cortez conta o projeto, chamado Música Divertida Brasileira – MDB é uma brincadeira com MPB. No MDB, as músicas mais engraçadas da MPB são apresentadas em novas versões, dançantes e populares. Tem de tudo: marchinhas de carnaval, Luiz Gonzaga, Sidnei Magal, temas infantis de cantar junto, e muita coisa boa! O humorista destaca ainda que “é um privilégio estar de volta no Teatro APCD, sem contar que esse projeto de todos os filhos que eu tenho, é o mais querido. O MDB é o xodó, e é o trabalho que acho mais legal”. Já no dia 13 de maio, Octávio Mendes estreou o espetáculo de humor “Irmã Selma”, que traz ao palco alguns personagens criados pelo humorista, e que fez muito sucesso na noite paulistana “Terça Insana”, show em que Otávio Mendes foi um dos fundadores. A comédia é um revezamento no palco desses personagens que tratam do cotidiano. “O espetáculo que se chama “Irmã Selma”, que são cinco personagens que eu escrevi, sendo que um não tem nada a ver com o outro, mas, são muito divertidos. Tenho um interesse muito grande pelo lado existencial das pessoas então os personagens que eu escrevo todos eles tem alguma coisa ligado a um lado existencial das pessoas. Enfim, é um espetáculo muito divertido!”, conta o artista. Confira a programação completa do Teatro APCD no site www. apcd.org.br/teatroapcd, e bom divertimento! 27 28 APCD Jornal // Junho 2016 ESPORTES Trekking: equipe II Copa APCD Odonto de Tênis Maizena/APCD No mês de abril, a equipe Maizena/APCD foi a Botucatu disputar a II Taça Brasil de Trekking, que aconteceu no feriado de Tiradentes. A disputa ocorreu em três etapas, sendo uma delas noturna, contra outras 35 equipes divididas em duas categorias. Na primeira etapa, em uma prova onde à contagem precisa de metragem (através dos passos) foi determinante para o resultado final, a equipe da APCD conseguiu um ótimo 3º lugar, que era o objetivo dos integrantes para a primeira prova. Na segunda prova, tivemos muitas “pegadinhas”, a equipe Maizena/ APCD não foi tão bem, resultando em uma 7º colocação. Somente uma vitória na última etapa poderia dar o título à equipe, mas, em uma prova sem aparelhos (apenas com calculadoras simples para cálculo de tempo), com quase 3km dentro de rios com pedras soltas, e com duas calculadoras pifando no meio da prova a equi- Academia pe acabou obtendo novamente um 3º lugar. Com esses resultados, na classificação geral a equipe Maizena/ APCD ficou em 3º lugar, sendo superada apenas pelas equipes Mercenárias/Os Cirqueiras, vice-campeões e pela campeã Feast Wood, equipe mais antiga em atividade no Brasil com mais de 350 provas realizadas. Neste mês de maio tivemos a 3ª etapa da Copa North Brasil, no dia 14 de maio (Prova Noturna), no Camping das Pedras, em Itu, e o Brasileirão de Trekking, no feriado de Corpus Christi, em Atibaia/SP. Horários: segunda a sexta-feira - das 7h às 21h; e sábado - das 8h às 14h. Os alunos mais frequentes na academia no mês de março/2016 foram: Associado / Dependente: Eduardo Colella / Jungiro Takaguti. Associada / Dependente: Lucia S. Y. Takaguti / Celia Ribeiro Esteves. Os alunos mais frequentes na academia no mês de abril/2016 foram: Associado / Dependente: José Manoel F. de Abreu / Jungiro Takaguti. Associada / Dependente: Lucia S. Y. Takaguti/Maria Teresa S. A. Azevedo. X UNIAPCD No dia 07 de maio, realizamos reunião para elaboração da X UNIAPCD. Nosso tradicional evento para acadêmicos de Odontologia. As modalidades para este ano são futsal masculino e feminino, handebol masculino e feminino, e voleibol masculino e feminino. Os jogos serão realizados em agosto e a probabilidade de serem oito universidades participan- Realizamos a III Copa APCD Odonto de Tênis nos dias 14, 15, 21 e 22 de maio, nas quadras de saibro do Esporte Clube Sírio, na Avenida Indianópolis, 1.192 – São Paulo/SP. As finais serão nos dias 04 e 05 de junho. Na próxima edição do APCD Os jogos foram bem disputados, mas com o espírito esportivo em alta, em um ambiente sadio e que proporcionou o encontro e reencontro de colegas da mesma área e de seus familiares. Este é um torneio que envolve a família. Esportes de Aventura: a escalada Pode não parecer, mas dentre os chamados esportes de aventura, a escalada em nosso país aparece como um dos maiores em número praticantes. Essa atividade, derivada do montanhismo, atrai milhares de pessoas para a prática ao ar livre (a chamada escalada outdoor) ou em ginásios e paredes artificiais (a chamada escalada indoor). A escalada tem como objetivo atingir o cume de uma parede rochosa, bloco ou muro artificial de escalada; podendo variar de alguns poucos metros até centenas de metros, tendo ainda uma variação quanto ao grau de dificuldade de cada “via” (caminho que se faz na escalada) tanto no ambiente natural quanto no artificial. Dentro da escalada ainda há algumas variantes, tais como: tes, é grande, o que nos deixa muito felizes, pois estamos trazendo os futuros lideres da Odontologia para conhecer e participar das atividades proporcionadas pela APCD. Jornal, divulgaremos os resultados. Escalada livre: cordas e equipamentos são apenas para segurança; a escalada em si é feita com a força própria do escalador usando pés e mãos. Escalada artificial: o equipamento auxilia a subida do praticante pela rocha. Boulder: subida em pedras e ro- chas pequenas, onde se requer força física em detrimento à resistência. Escalada Solo: Sem nenhum equipamento. É feita apenas por escaladores muito experientes. Como boa parte dos esportes de aventura a escalada requer, além de equipamentos específicos, cursos técnicos para que se possa praticá-la. Em São Paulo temos alguns ginásios onde a diversão é garantida para todas as idades: Casa de Pedra www.casadepedra.com.br Ginásio 90 graus www.90graus.com.br Por: Luciano Andrade Bernardes - Vice-Diretor de Esportes da APCD, Cirurgião Dentista, profissional de Educação Física e Coordenador da Pós-Graduação em Esportes de Aventura – UniFMU. AGENDA DE CURSOS Confira os próximos cursos que preparamos para VOCÊ! Cursos de Atualização TPC/56A24 - IMPLANTODONTIA TOTAL MÓDULO CIRÚRGICO Ministrador: Arnaldo Gaspar de Oliveira Junior e equipe Investimento: associados da APCD - 14x de R$ 450,00 Início: 19/05/2016 Término: 29/06/2017 Realização: quintas-feiras - das 18h às 22h - semanalmente Carga horária: 192h TPC/53A22 - ATUALIZAÇÃO EM ENDODONTIA CONTEMPORÂNEA Ministrador: Marina Tosta e equipe Investimento: associados da APCD - 7x de R$ 700,00 Início: 02/06/2016 Término: 02/12/2016 Realização: quintas-feiras - das 13h às 21h; e sextas-feiras das 9h às 17h - mensalmente Carga horária: 112h TPC/128A23 - ATUALIZAÇÃO EM CLÍNICA ODONTOLÓGICA INTEGRADA Ministrador: Miguel Simão Haddad Filho e equipe Investimento: associados da APCD - 7x de R$ 200,00 Início: 03/05/2016 Término: 01/11/2016 Realização: terças-feiras - das 9h às 17h - semanalmente Carga horária: 116h www.eap.org.br TPL/76A23 – ATUALIZAÇÃO EM PRÓTESE FIXA ESTÉTICA Ministrador: Aonio Genícolo Vieira e José Custódio Feres Vieira Investimento: associados da APCD – 4x de R$ 440,00; Recém-formados – 4x de 220,00 Início: 03/08/2016 Término: 24/11/2016 Realização: quartas-feiras - semanalmente Carga horária: 72h Cursos Gratuitos TEO/56A25 - IMPLANTODONTIA AO ALCANCE DO CLÍNICO GERAL Ministrador: Arnaldo Gaspar de Oliveira Junior Realização: 13/08/2016 - sábado - das 9h às 13h E-nail: [email protected] TPC/120A24 – ATUALIZAÇÃO EM NOVAS TENDÊNCIAS EM ENDODONTIA Ministrador: Manoel Eduardo de Lima Machado e equipe Investimento: associados da APCD - 6x de R$ 500,00 Início: 03/05/2016 Término: 01/11/2016 Realização: terças-feiras - das 9h às 17h - semanalmente Carga horária: 116h TPC/87A23 – ATUALIZAÇÃO EM DENTÍSTICA COM ÊNFASE EM ESTÉTICA Ministrador: Hélio Rui Dutra e equipe Investimento: associados da APCD - 5x de R$ 500,00 Início: 03/08/2016 Término: 14/12/2016 Realização: quartas-feiras - das 8h às 12h - semanalmente Carga horária: 85h TPC/32A23 – ATUALIZAÇÃO EM EXODONTIAS DE TERCEIROS MOLARES E DENTES RETIDOS/ INCLUSOS Ministrador: Luis Fernando Ferrari Bellasalma e equipe Investimento: associados da APCD - 4x de R$ 400,00 Início: 01/08/2016 Término: 28/11/2016 Realização: segundas-feiras - semanalmente Carga horária: 108h Cursos de Imersão IMER/PPR01 - IMERSÃO EM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL - ESTRUTURA METÁLICA MINISTRADOR: JOSÉ ANTÔNIO GONÇALVES - Formado pelo Senac em 1993; titular da cadeira de PPR do Senac, desde 1994; ministrador de cursos de aperfeiçoamento de PPR (Prótese Parcial Removível) no Senac; docente da Uni-Pró Odonto, escola em Feira de Santana. OBJETIVO: Confeccionar uma estrutura metálica para PPR, desde o planejamento até a usinagem PÚBLICO-ALVO: Técnico em Prótese Dentária; Auxiliar de Prótese; Cirurgião-Dentista CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Duplicação de modelos de gesso; Ceroplatia da estrutura; Fundição da estrutura; Usinagem da estrutura. LISTA DE MATERIAIS: Gotejador, espátula, lecron, cubeta, espátula para gesso, placa de Monson, lamparina, lamparina de Hannau, óculos de proteção, lapiseira e avental. Datas: 09, 10 e 11 de junho de 2016 Realização: quinta e sexta-feira - das 8h às 17h; sábado - das 8h às 12h Carga horária: 20 horas Limite de Vagas: 12 alunos Investimento: Efetivos/Recém-formados/Melhor Idade/Associados APCD/ABCD: R$ 600,00 (2x R$ 300,00); Não associados R$ 1.200,00 (2x de R$ 600,00 - somente no cartão de crédito) IMER/56A25 - IMPLANTODONTIA AO ALCANCE DO CLÍNICO GERAL MINISTRADOR: ARNALDO GASPAR JR. Especialista em Implantodontia; exerce a Implantodontia, desde 1989; coordenador dos cursos de atualização em Implantodontia e Prótese sobre Implante, desde 2007 na EAP APCD Central até a presente data. OBJETIVO: Este curso tem como objetivo capacitar o profissional a planejar e a realizar reabilitações através de próteses implanto suportadas. Focando desde o planejamento reverso, reabertura (segundo tempo cirúrgico) até a confecção da prótese (provisória e/ou definitiva). Percebemos uma ampla procura por cursos na área e, ao mesmo tempo, a dificuldade que muitos profissionais apresentam para se deslocarem, e terem também uma agenda flexível por um período de tempo amplo. Como o curso é intensivo e teórico/prático/clínico, concentrado em dois dias, haverá a mescla constante da teoria com a prática proporcionando ao aluno uma compreensão rápida e permanente. O curso é apostilado com resumo prático e o aluno não precisa dispor de nenhum material. O curso fornece todo material. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Apresentação do curso - visão geral da Implantodontia; Componentes protéticos; Hands-on em componentes protéticos; Tipos de próteses; Segundo tempo cirúrgico - por que e como; Hands-on em reabertura; Moldagem em prótese sobre implantes; Hands-on em moldagem; Oclusão em prótese implantossuportada; Sequência protética: Hands-on em sequência protética; Segundo tempo cirúrgico (reabertura) (pacientes); Sequência protética em pacientes; Manutenção em prótese implanto suportada e encerramento do curso. Data: 17 e 18 de junho de 2016 Realização: sexta-feira - das 8h às 22h (com dois intervalos); sábado - das 8h às 13h Carga horária: 17 horas Investimento: Efetivos/Recém-formados/Melhor Idade/Associados APCD/ABCD: R$ 2.500,00 (5x de R$ 500,00); Não associados R$ 5.000,00 (5x de R$ 1.000,00 - somente no cartão de crédito) Cursos de Imersão IMER/120A3 - IMERSÃO EM NOVAS TECNOLOGIAS EM ENDODONTIA MINISTRADOR: MANOEL EDUARDO DE LIMA MACHADO (COORDENADOR) Livre docente em Endodontia (professor associado da USP) e professor convidado da Universidade de Rosário (Argentina), Porto (Portugal), Harvard Dental School of Dental Medicine; ministrador do curso de Endodontia da EAP APCD Central; autor dos livros: “Endodontia da Biologia à Técnica” e “Urgências em Endodontia - Bases Biológicas Clínicas e Sistêmicas”, “Endodontia Vivência e Tecnologia”; e autor de mais de 200 artigos científicos no Brasil e exterior. OBJETIVO DO CURSO: Alta curva de aprendizado - atualizar clínicos e especialistas com novos conceitos e técnicas produtivas de alta performance. PÚBLICO-ALVO: Clínico geral e especialistas que buscam atualização na área de Endodontia. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Discussão sobre sessão única; Instrumentos facilitadores da cirurgia de acesso: Triple Gates, Sx, TA, Ultrassom; Acesso apical com uso de Proglide ou PathFile; Localizadores; Sistemas rotatórios (ProTaper Next); Sistemas reciprocantes (Wave One e Wave One Gold); Ativação sônica e ultrassônica para irrigação; Obturação com técnica do cone único (0.6 e 0.8) e suas variáveis; Apoio: Dentsplay; OBS.: cada participante receberá um kit com os sistemas Wave One e Pathfile, instrumentos manuais sortidos, régua de precisão, seringas e agulhas para irrigação/aspiração, pinça e simulador. Data: 08 e 09 de julho de 2016 Realização: sexta-feira - das 9h às 21h; e sábado - das 8h às 12h Carga horária: 16 horas Limite de vagas: 12 Investimento: Efetivo/Recém-formado/Melhor Idade/Associados da APCD R$ 1.200,00 (2x 600,00); Não associados: R$ 2.400,00 (2x de 1.200,00 - somente no cartão de crédito) TL/26A21H - IMERSÃO EM CIRURGIA PARA LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR MINISTRADOR: HID MIGUEL JR. Doutorando, mestre e especialista em Implantodontia; e coordenador dos cursos de especialização e atualização da Universidade Cruzeiro do Sul e da EAP APCD. E-mail: [email protected] OBJETIVO DE CURSO: Levantamento do seio maxilar atrófico com bio material, pela técnica de janela lateral, em função da altura ganha de osso para posterior instalação de implantes. PÚBLICO-ALVO: Cirurgiões-Dentistas CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Anatomia do seio maxilar; Planejamento e técnica cirúrgica em seio maxilar; Laboratório Hands-On; Discussões de casos clínicos; Cirurgias; Discussão dos casos operados e encerramento. Data: 22, 23 e 24 de junho de 2016 Realização: Quarta-feira (22/06/16) - Teórico e Laboratório (Hands-on); Quinta e Sexta-feira (23 e 24/06/16) – Clínica Cirúrgica Carga horária: 24 horas Investimento: associados da APCD: 6x de R$ 500,00; Não associados: 6x de R$ 1.000,00 IMER/APR01 - IMERSÃO EM ORTODONTIA - APARELHOS REMOVÍVEIS MINISTRADOR: ALESSANDRO DE JESUS SEVERO Formado em Odontologia desde 2001; ministrador de cursos de Técnico em Prótese Dentária na APCD desde 2002; e ministrador de cursos de especialização em Ortodontia. OBJETIVO: Confeccionar aparelhos ortodônticos removíveis do planejamento ao polimento. PÚBLICO-ALVO: Técnico em Prótese Dentária; Auxiliar de Prótese; Cirurgião-Dentista; ASB e TSB. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Confecção de todos os tipos de grampos; Confecção de arcos vestibulares; Adaptação dos grampos e arcos no modelo; Aplicação da resina e seu limite. LISTA DE MATERIAIS: Alicates: Meia cana, Reta 325, 139 universal e torre; Brocas: Maxicut, minicut, carbide 702; Mandril para lixa; Pote para resina com tampa; Lamparina; Lápis dermatográfico; Data: 14, 15 e 16 de julho de 2016 Realização: quinta e sexta-feira - das 8h às 17h; sábado - das 8h às 12h Carga horária: 20 horas Limite de Vagas: 12 alunos Investimento: Efetivos/Recém-formados/Melhor Idade/Associados APCD/ABCD: R$ 600,00 (2x R$ 300,00); Não associados R$ 1.200,00 (2x R$ 600,00 - somente no cartão de crédito) Cursos de Imersão IMER/IMP01 - CURSO DE IMERSÃO EM IMPLANTES IMEDIATOS EM ÁREA ESTÉTICA ASSOCIADA À RECONSTRUÇÃO TECIDUAL MINISTRADOR: WILSON Y. INADA E EQUIPE Mestre em Odontologia; especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial e Periodontia; professor de Cirurgia e Periodontia da Universidade São Francisco Equipe: Ana Lúcia O. Gomes; Rosina H. Varella; André Vilela; Mauricio Ramon Nasr; Walterson M. Prado E-mail: [email protected] OBJETIVO DE CURSO: Habilitar o clínico a realizar os procedimentos mais atuais da Implantodontia associado a modernos conceitos e técnicas na área da reconstrução tecidual estética. PÚBLICO-ALVO: Especialista e clínico geral CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Anatomia e histologia periodontal e peri-implantar; Implantes imediatos; Indicações e plano de tratamento; Biomateriais associados à implantes imediatos; Técnica de confecção de provisórios imediatos em áreas estéticas; Protocolo protético em área estética; Hands-on; Cirurgia ao vivo. Data: 12 e 13 de agosto de 2016 Realização: sexta-feira - das 8h às 17h; sábado - das 8h às 12h Carga horária: 12 horas Natureza: Teórico, Laboratorial (Hands-on) e Clínico Cirúrgico. Investimento: Associados da APCD: R$ 900,00 (3x de R$ 300,00); Não associados: R$ 1.800,00 (3x R$ 600,00) (Somente no cartão de crédito) TL/33A25 - HABILITAÇÃO EM LASERTERAPIA (CFO) + CAPACITAÇÃO EM LASER ONCOLÓGICO (MEC) MINISTRADORA: DAIANE THAIS MENEGUZZO Graduada em Odontologia pela Fousp-SP; Mestre e especialista em Dentística pela Fousp-SP; Doutora pelo Centro de Lasers e Aplicações do IPEN/CNEN, USP; Participou do intercâmbio universitário em laser na Universidade de Aachen, Alemanha. Emails: [email protected] / [email protected] OBJETIVO DO CURSO: Capacitar e habilitar os profissionais em Odontologia na utilização do Laser PÚBLICO-ALVO: Cirurgiões-Dentistas CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: Introdução e Princípios Físicos do Laser e LED; Mecanismos de Ação da Laserterapia; Dosimetria em Laserterapia; Laser na dor orofacial e DTM; Laser para pacientes oncológicos; Aplicabilidades Clínicas da Laserterapia I - II; Laserterapia Sistêmica; PDT (Terapia Fotodinâmica); Laserterapia e PDT na Endodontia; Diagnóstico óptico; Introdução ao Laser de alta potência; Laser de Diodo de alta potência; Laser de Ërbio; Laser de Nd, CO2, Argônio e outros; LED e sua utilização clínica / Clareamento. Realização: 1º Módulo - de 14 à 16/09/2016 | 2º Módulo - de 19 à 21/10/2016 | 3º Módulo - de 23 à 25/11/2016 (quarta à sexta-feira, das 08h às 12h e das 14h às 18h) Carga horária: 72h Investimento: R$ 3.900,00 - 3 x R$1.300,00 para sócios, e R$ 7.800,00 - 3 x R$2.600,00 para não sócios IMER/76A23 - IMERSÃO EM LAMINADOS - LENTE DE CONTATO DENTAL MINISTRADOR: AONIO GENICOLO VIEIRA Especialista em Prótese Dental e Implantodontia; pós-graduado em Implantodontia na Free University of Berlim-Germany; professor de Prótese Fixa da EAP APCD; membro da Câmara Técnica de Implantodontia do CROSP; e autor dos Livros “Sorria com Saúde” e “Sorrir Faz Bem”. E-mail: [email protected] OBJETIVO DO CURSO: Orientar o Cirurgião-Dentista a indicar, planejar, preparar, moldar e cimentar um laminado dental. Serão mostrados vários casos realizados em vídeo nas aulas teóricas e será realizado um caso demonstrativo ao vivo para que não fique nenhuma dúvida a respeito do assunto. Em laboratório serão feitos pelo aluno preparos de facetas laminadas e planejamento e mock-up de um caso clínico. Data: 29 e 30 de setembro de 2016 Realização: quinta e sexta-feira - das 8h às 18h Carga horária: 16 horas Limite de vagas: 24 Natureza do curso: Teórico - Laboratorial - Demonstrativo Investimento: Efetivos / Recém-formados/ Associados da APCD: R$ 2.000; Não associados: R$ 4.000,00 Mais detalhes no site: www.eap.org.br 11 2223-2307 11 2223-2502 Cursos com preços especiais. Faça já sua inscrição. Vagas Limitadas! Junho 2016 // APCD Jornal 35 Acontece CROSP inaugura Casa da Odontologia Paulista No dia 16 de maio, foi inaugurada a Casa da Odontologia Paulista, localizada na subsede do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP, na Avenida Pacaembu, em São Paulo. Com a presença de diversas autoridades, o evento deu início à celebração dos 50 anos do Conselho, que desde 1966 atua na fiscalização da ética e do exercício legal da profissão. “A subsede do CROSP foi totalmente reformada para receber a Casa da Odontologia Paulista. Aqui, ofereceremos vários serviços, sempre com o objetivo de aperfeiçoar a ampliar o contato e a comunicação com a classe odontológica. Temos um auditório para 120 pessoas, sala de reuniões, auditório e no pavimento térreo contaremos com plantão de dúvidas e orientação aos profissionais”, disse o presidente do CROSP, Claudio Miyake, que abriu a solenidade de inauguração da Casa da Odontologia com breve apresentação do projeto. Várias autoridades estiveram presentes na cerimônia, como o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, a primeira-dama do município de São Paulo e coordenadora do programa São Paulo Carinhosa, Ana Estela Haddad, a secretária-adjunta de Saúde do município de São Paulo, Célia Bortoletto, e o coordenador nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Ademir Fratric Bacic, a coordenadora estadual de Saúde Bucal, Maria Fernanda Tricolli, o ex-secretário chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo, Edson Aparecido, e o ex-presidente do Conselho, Emil Adib Razuk. Líderes da Odontologia também estiveram presentes, como o presidente da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas (APCD), Adriano Forghieri, o presidente da Associação Brasileira dos Cirurgiões-Dentistas (ABCD), Silvio Cecchetto, o presidente do Conselho Federal de Odontologia, Ailton Morilhas, o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratório (Abimo), Knud Sorensen, o diretor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) Nacional, Marcelo Januzzi, o presidente da ABO Seção São Paulo, José Silvestre, o tenente coronel do Exército, chefe da Subdivisão de Odontologia do HMASP, Lucas Dias de Moura, e Eduardo Sakai, conselheiro do CFO. Durante a solenidade de inauguração, o governador Geraldo Alckmin conheceu as instalações da Casa da Odontologia Paulista e comentou a importância do projeto. “A Casa é de grande importância para a saúde da população do nosso Estado. A Odontologia brasileira está entre as melhores do mundo e São Paulo se destaca”. Na oportunidade ele ainda parabenizou o CROSP pelos 50 anos. “É uma bela história por que não são 50 dias. É uma história de luta, de trabalho, de desafio, de ciência, de avanços em benefício da qualidade de vida da nossa população. É inegável que a Odontologia paulista deu passos muito significativos neste período”. A primeira-dama do mu- Autoridades durantes descerramento da placa nicípio, Ana Estela Haddad, que também é Cirurgiã-Dentista, se surpreendeu com as instalações. “Estou conhecendo agora depois da reforma e as instalações são muito boas, assim como a proposta do CROSP de oferecer para a classe formação continuada, atualização, esclarecimento de dúvidas. É um trabalho que se complementa muito positivamente com aquilo que é a atribuição do Conselho, que é fiscalizar o exercício profissional”. Os presidentes ABCD e APCD disseram que era uma noite para todos comemorarem já que as entidades sempre atuam em conjunto. “Todos nós ganhamos, afinal é uma casa voltada para todos os nossos colegas”, comentou Cecchetto. “Ficamos contentes por ser uma casa que vai nos prestigiar com conforto e serviços. A informação ao Cirurgião-Dentista, da vida profissional dele, dignifica a classe”, acrescentou Forghieri. Além do evento de descerramento da placa, outras ações serão realizadas ao longo das próximas semanas para apresentar a Casa da Odontologia Paulista aos profissionais da Líderes da Odontologia junto ao covernodador de São Paulo, durante cerimônia saúde bucal. Membros das comissões e câmaras técnicas do Conselho, bem como a diretoria e outras entidades odontológicas também começarão a desenvolver atividades no local como reuniões, seminários, entre outros. A casa - O local oferecerá palestras voltadas à classe odontológica, além de plantões de dúvidas e treinamentos. A Casa da Odontologia Paulista está instalada em um imóvel de 650 metros quadrados de área construída e tem como principal o objetivo de levar informações sobre ética e exercício legal da profissão a cirurgiões-dentistas, técnicos e auxiliares das áreas de Prótese Dentária e Saúde Bucal. O térreo será destinado à área de atendimento, por meio de plantões de dúvidas de diversos assuntos, como orientação empresarial, relacionamento com convênios, aposentadoria, entre outros. O segundo pavimento (mezanino) abrigara área de convivência e sala para reuniões presenciais e teleconferência. Todas as atividades das câmaras técnicas e comissões compostas por profissionais inscritos no CROSP serão realizadas na Casa da Odontologia. O piso superior será composto por auditório com capacidade para 120 pessoas, destinado à realização de palestras, seminários e outras atividades voltadas à classe, além de assembleias gerais do Conselho. 36 APCD Jornal // Junho 2016 Braz Antunes assume destaca importância da participação dos Cirurgiões-Dentistas na política Membro do Conselho Deliberativo (Codel) da Associação Paulista dos Cirurgiões-Dentistas (APCD), Braz Antunes Mattos Neto, assumiu como vereador em Santos, no Litoral de São Paulo, substituindo temporariamente outro legislador na condição de suplente. Braz já exerceu por dois mandatos este mesmo cargo, oportunidade em que pode colaborar para avanços no tratamento da saúde bucal na cidade de Santos e toda Região. Ele também participa de diversas entidades odontológicas de forma muito efetiva. Braz defende que a Odontologia precisa que seus personagens participem mais ativamente da política nacional, disputando e ocupando cargos públicos, para que reais avanços sejam obtidos no setor. Confira entrevista: não tem o hábito de cuidar de sua Saúde Bucal adequadamente. Isso só muda se divulgarmos mais as consequências dessas opções. Cuidar mal da Saúde Bucal, todos sabem, pode causar morte. É nosso dever como Cirurgiões-Dentistas cobrarmos mais divulgação da importância de nossa profissão e só vamos conseguir isso participando do processo político, seja votando, mas principalmente colocando nomes de colegas renomados e respeitados como pleiteantes a cargos públicos. Somos 19% dos dentistas de todo o mundo. Em todo o país temos quase 220 mil dentistas cadastrados. O Brasil é o país com mais Cirurgiões-Dentistas do mundo. Então temos que nos fazer representar em cargos públicos para termos vez e voz em nossas demandas. APCD Jornal - O país vive uma intensa crise política. De que forma o Cirurgião-Dentista pode participar para mudar esse cenário? APCD Jornal - Qual a importância para o Cirurgião-Dentista participar das entidades de classe? Braz Antunes Mattos Neto - A política só muda se participarmos da política. Considero a Odontologia uma classe pouco representada no país. Temos poucos Dentistas deputados. Poucos Vereadores. Precisamos participar para termos os anseios da Odontologia atendidos e para colaborarmos com o país. Veja a Saúde Bucal é um problema grave e nacional. Dados do IBGE divulgados em 2015 apontam que mais da metade da população brasileira não vai ao Dentista regularmente. 55,6% dos brasileiros Braz Antunes Mattos Neto - Muito importante. É lá que começa a participação política. Digo isso com convicção, pois desde estudante estou militando em entidades odontológicas. Sou presidente decano da Associação dos Cirurgiões-Dentistas da Baixada Santista (AcdBS). Sou sócio benemérito e membro do Conselho Fiscal do Sindicato dos Odontologistas de Santos e Região (Sindiodon). Sou diretor do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp) para as regiões de Santos e Registro, abrangendo toda a Baixada e Vale do Ribeira. Sou membro do Con- selho Deliberativo da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas (APCD), membro da Sociedade Paulista de Ortodontia e ainda membro do Conselho Nacional de Representantes da Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD). Todas entidades sérias, bem conduzidas por seus presidentes, onde o Cirurgião-Dentista participa, tem voz, é ouvido e tem suas demandas atendidas. São elas que nos representam como classe e só participando delas que teremos força. Se a Odontologia agir de forma unida, poucas classes conseguirão nos suplantar em número, força e representatividade por todo o país. APCD Jornal - Nas eleições municipais como o Cirurgião-Dentista deve se comportar e participar? Braz Antunes Mattos Neto - Votando, procurar votar em candidatos que representem e que defendam as bandeiras odontológicas, e também se colocando como candidato a prefeito e vereador de suas localidades. A política só muda se as pessoas de bem participarem e a Odontologia só se fará representar quando tivermos colegas ocupando espaços. APCD Jornal - Você foi vereador por dois mandatos em Santos e agora reassumiu como Suplente. Quais trabalhos pela Odontologia que você apresentou que você destaca como relevantes? Braz Antunes Mattos Neto - Diversos. Por exemplo, em Santos, o Cirurgião-Dentista não paga taxa de lixo séptico graças a várias ações que desenvolvemos como vereador. Na Cidade, conseguimos que todas as unidades de saúde tenham espaços específicos para o atendimento Odontológico. Aprovei de forma inédita a Lei do Fio Dental que obriga os estabelecimentos que servem comida a terem dispensores de fio dental nos banheiros à disposição do público. Essa lei foi muito divulgada e gerou legislações semelhantes em diversas cidades brasileiras e até no exterior, como na Espanha e no Japão. Além disso, foi uma oportunidade para esclarecemos que o palito de madeira não serve para limpar os dentes, apenas para manusear alimentos, propagando a Saúde Bucal adequada. Além disso, fizemos leis que envolvem divulgação do Câncer Bucal, que pode matar. Obrigamos, por lei, os atletas da Cidade a apresentarem atestados de Saúde Odontológica. Participamos de diversas lutas de classe, a maioria vitoriosa. Com nossa intervenção, a Prefeitura de Santos realizou diversos concursos públicos na área odontológica contratando vários Dentistas, ASBs, TSBs e Protéticos. Foram dois mandatos a serviço sim da população de Santos, mas tendo como uma das bandeiras, a Odontologia. APCD Jornal - Braz, você colocará seu nome a disposição da população de Santos nas eleições de Outubro deste ano? Braz Antunes Mattos Neto - Pretendo. Sou pré-candidato a vereador em Santos pelo PSD. Quero retomar a bandeira da Odontologia na nossa Cidade. Convido os colegas a fazerem o mesmo. Cada um em sua Cidade. Saiam candidatos. Representem a Odontologia. Só unidos e participando da política vamos conquistar os avanços que todos desejamos para nosso país, e é claro, para a nossa classe. 5° Congresso Interdisciplinar de Disfunção e Temporomandibular e Dor Orofacial O 5° Congresso Interdisciplinar de Disfunção e Temporomandibular e Dor Orofacial, que acontece entre os dias 24 e 25 de junho, no Instituto de Ciência e Tecnologia - Unesp, tem como principal objetivo promover o intercâmbio científico entre as várias especialidades da saúde (Odontologia, Medicina, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e outros) que tratam pacientes com sinais e/ou sintomas de dor ou disfunção na região orofacial. Não perca a oportunidade de se atualizar! Mais informações no site http://cidof.com.br Junho 2016 // APCD Jornal 37 Alesp promove audiência sobre equiparação salarial de cirurgiões-dentistas e médicos do Estado 38 APCD Jornal // Junho 2016 Lançamentos A Anticárie e agente Autoclave Elite17L desenssibilizante dentário Compacta por fora, grande por dentro! Riva Star é a mais recente geração de um sistema de diamino fluoreto de prata (DFP) que leva a Odontologia para outro nível. O sistema contém três componentes poderosos: prata, iodeto e fluoreto que fornecem controle instantâneo de cárie e aliviar a hipersensibilidade dentinária. Ao contrário de outros sistemas de fluoreto de prata, o procedimento patenteado em duas etapas de Riva Star minimiza o risco de manchamento. Ao aplicar a solução de iodeto de potássio sobre o fluoreto de prata, um precipitado branco cremoso o iodeto de prata é formado. Riva Star é um anticárie e dessensibilizante revolucionário, ideal para uso com ionômero de vidro; uma so- Desenvolvida e fabricada no Brasil, proporciona um excelente aproveitamento do espaço interno sem ocupar uma área grande em seu consultório. Seu tanque de 17 litros tem o mesmo diâmetro dos tanques de 21, possibilitando a esterilização de kits cirúrgicos e outros materiais. lução e inovação para a indústria em controle da cárie; e reduz sensibilidade dental dos pacientes. SDI Brasil Industria e Comercio Ltda DDG 0800 7701 735 /3092-7100 [email protected] Universal para procedimentos adesivos diretos e indiretos Único adesivo para todas as técnicas de condicionamento Tetric N-Bond Universal é um adesivo universal de frasco único, fotopolimerizável para procedimentos adesivos diretos e indiretos. 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