Festival de cinema em língua portuguesa arranca hoje em

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Festival de cinema em língua portuguesa arranca hoje em
Festival de cinema em língua portuguesa arranca hoje em Lisboa
12/06/22 14:48
Festival de cinema em língua portuguesa arranca hoje em Lisboa
Publicado por Roni Nunes
Quarta, 09 Maio 2012 18:57
TUDO TEM UM VALOR
NÃO IMPORTA O
MODELO
Relógios Armani
Teclados Roland
A PARTIR DE
A PARTIR DE
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! 120
FESTIN decorre de 9 a 16 de maio
A terceira edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa
realiza-se entre os dias 9 e 16 de maio, com sessões sempre no cinema São Jorge.
Em competição serão exibidos 12 filmes e no último dia serão entregues os
prémios para Melhor Longa e Melhor Curta-Metragem. A atriz Barbara Paz,
esposa de Hector Babenco, cineasta homenageado, presidirá a sessão de
abertura – uma vez que o realizador, por motivos de doença, cancelou a sua
deslocação a Lisboa.
Realizado por Toniko Melo, “VIPs”, o novo trabalho do ator Wagner Moura
(“Tropa de Elite”), é o filme de abertura e conta a história de um rapaz que
especializa-se em transformar-se em outra pessoa – até conseguir um grande
golpe: passar por um grande empresário da área da aviação. Baseado em fatos
reais.
A participação portuguesa, num ano difícil, salva-se por duas produções
independentes, “Além de Ti”, de João Marco, e “E Amanhã”, de Bruno Cativo.
São ambos trabalhos com uma temática de cunho existencial, onde as questões
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afetivas têm um papel de relevo. Filmados com poucos recursos e sem quaisquer
subsídios estatais, vale a pena conferir o resultado deste esforço.
“E Amanhã”
“Clara di Sabura”, da Guiné- Bissau, de José Lopes, é o representante africano.
Rodado nas ruas de Bissau, é uma espécie de drama moral dirigido aos jovens que
conta a história de uma adolescente que prefere andar pelas ruas da cidade sem se
preocupar com o futuro.
Os outros nove filmes em competição são brasileiros – onde a pujança da produção
contrasta com a dos outros países lusos. De espaços diversos – dos pampas
gaúchos a Recife, das paisagens naturais aos aglomerados urbanos – também
passa por temáticas várias – relacionamentos, violência, espiritualidade, música,
arte.
Um dos destaques é o novo trabalho de João Jardim, que comparece com
“Amor?”, depois do grande sucesso internacional de “Lixo Extraordinário”
(prémios em Sundance, Berlim e uma indicação ao Oscar de Melhor
Documentário), que co-dirigiu. Antes deste, “Janela da Alma”, um documento
bastante original, havia levado 140 mil pessoas ao cinema no Brasil. O seu mais
recente trabalho mistura ficção e documentário ancorados nos conceitos de
amor/violência.
Outro que permite uma grande expetativa é “Febre do Rato”, novo trabalho
de Cláudio Assis, realizador de um dos melhores filmes brasileiros dos últimos
anos, “Amarelo Manga”. Premiado em Roterdão, “Febre do Rato” retoma o
universo suburbano de Recife – trazendo outra vez o grande Matheus
Nachtergaele como um dos atores principais.
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“Febre do Rato”
“Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha” retoma a história da
personagem de um dos grandes clássicos do cinema brasileiro, “O Bandido da
Luz Vermelha” (1968), de Rogério Sganzerla. O próprio realizador dirigiria esta
sequela, que já tinha escrito, quando faleceu. Helena Ignjez, sua esposa, e Ícaro
Martins, assinam a direção do filme. Personagem real, o verdadeiro “bandido da
luz vermelho” faleceu em 1998 apenas quatro meses depois de sair da prisão após
cumprir uma pena de 30 anos por homicídios e assaltos. O filme, no entanto, dá
outra versão a esta história de um dos mais famosos criminosos brasileiros. O
papel principal é desempenhado por Ney Matogrosso.
A tradição das temáticas sociais no cinema brasileiro marca presença com
“Trampolim do Forte”, filme de João Rodrigo Mattos, que já foi assistente
de Manoel de Oliveira e Kaurismaki. A obra debruça-se sobre vida das crianças
que brincam no Porto da Barra de Salvador, na Bahia. Para além do tema, busca
uma comunicação com o grande público através de uma linguagem acessível.
Na linha do cinema independente, “Teus Olhos Meus” é outro daqueles filmes
feito sem dinheiro, com atores a trabalhar à borla e filmagens nas casas dos
amigos. Trata da relação entre um músico aventureiro e errante que tem a sorte
de encontrar um produtor musical quando já não tinha nada. Já recebeu prémios
em Los Angeles e São Paulo. O elenco tem nomes importantes, como Paloma
Duarte, e a direção musical coube a Maria Gadú, que este mês se apresenta em
Portugal.
Igualmente filmado sem grandes recursos, “O Guri”, de Zeca Brito, traz imagens
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dos pampas gaúchos. Com um pé no fantástico, mistura um período da história do
sul do Brasil com as lendas de lobisomens.
“O Guri”
Num universo mais romântico, “Amores Imperfeitos”, primeira longa-metragem
de Márcio Lemos, é uma espécie de “Antes do Amanhecer”, um “road movie
urbano” pelas ruas de São Paulo - descrevendo o reencontro de um casal dez anos
de se terem apaixonado.
O Brasil, terra onde a ciência ainda não tomou o lugar de deus, gosta muito de
filmes que misturam as duas coisas – como demonstra as grandes bilheteiras
atingidas por filmes ligados ao espiritismo. O FESTin mostra o mais recente, “As
Mães de Chico Xavier” (de Glauber Filho e Helder Gomes) – para além de “A
Antropóloga” (Zeca Nunes Pires), onde o binómio ciência/sobrenatural é
mesmo o tema central.
O filme de encerramento, “Amanhã Nunca Mais”, marca a estreia nas longas de
ficção do publicitário e argumentista televisivoTadeu Jungle. Todo ele passado
numa única noite, é uma comédia com tons de pesadelo, com direito à ação
vertiginosa pelas ruas de São Paulo. Foi lançado no Brasil no final de 2011 obteve
uma receção calorosa por parte dos críticos.
Fora da competição, o FESTin dá oportunidade para conhecer ou rever alguns dos
grandes clássicos do cinema brasileiro – nas homenagens a Jardel Filho e Hector
Babenco. “Terra em Transe”, de Glauber Rocha”, ou “Macunaíma” são alguns
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dos títulos. JáBabenco, o mais importante nome da cinematografia brasileira,
comparece com obras-primas como “Pixote – A Lei do Mais Fraco” e “Lúcio
Flávio – o Passageiro da Agonia”, além de “O Rei da Noite” e um dos
destaques da sua obra mais recente, “Carandiru”.
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