Língua Portuguesa

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Língua Portuguesa
Língua Portuguesa
CEL: Dott.ssa Amélia Eunice Albuquerque de Moura Tavares
A música como reflexo de culturas
Da lista de danças e géneros musicais que se segue assinala quais são, na tua opinião,
aqueles ritmos que têm origem nos países lusófonos.
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Tango
Samba
Tarraxinha
Bolero
Kuduro
Kizomba
Merengue
Funana
Polka
Capoeira
Semba
Rumba
Sungura
Salsa
Rap
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Cúmbia
Forró
Dança do Vira
Chachacha
Morna
Pauliteiros de Miranda
Ranchera
Mambo
Corridinho
Bailinho da Madeira
Fandango
Maxixe
Rock-and-Roll
Lambada
Lundu
Eis algumas informações sobre algumas danças tradicionais portuguesas,
brasileiras, angolanas e cabo-verdianas.
Corridinho – É uma das danças tradicionais de maior expressão na região portuguesa do
Algarve. É dançada aos pares (as raparigas por dentro e os rapazes por fora). Giram no
mesmo lugar movendo os pés de forma rápida. Apesar de ser no Algarve que atinge maior
notoriedade, também na Estremadura faz parte do folclore local.
Bailinho da Madeira – É a dança típica mais conhecida da ilha da Madeira. É
acompanhada pelo brinquinho, um instrumento típico do folclore da ilha, composto por um
conjunto de bonecos de madeira vestidos com trajes característicos da região e
acompanhados por castanholas penduradas numa cana movimentada na vertical.
Fandango – Esta é uma dança com grande difusão na região portuguesa do Ribatejo. É uma
espécie de sedução em que o homem gira em torno da mulher, cantando e gritando de forma
entusiástica. Por vezes a dança é realizada por dois homens que “competem” um contra o
outro, frente a frente, sapateando o melhor que podem.
Pauliteiros de Miranda – Dança típica da região portuguesa de Trás-os-Montes. Um grupo
de homens vestidos com trajes típicos enfrentam-se uns aos outros com palotes. A dança
evolui com o som ritmado dos palotes a baterem e os movimentos dos intervenientes. Nestas
“danças-combates” não entram mulheres. Normalmente é uma dança acompanhada pela
gaita-de-foles (ou gaita galega).
Dança do Vira – O Vira é uma dança tradicional da região do Minho, sendo considerada
uma das mais antigas, populares e características danças tradicionais de Portugal.
Normalmente é dançado por vários pares em roda, evoluindo no sentido anti-horário
(contrário ao sentido dos ponteiros do relógio). Rapazes e raparigas vão ao centro da roda e
batem com os pés e com os braços levantados. O nome desta dança deriva do verbo “virar”
porque são os seus movimentos característicos. Os passos são acompanhados por cantos que
falam sobre aspetos da vida do campo e dos relacionamentos amorosos.
Maxixe – É um tipo de dança de salão brasileira que teve a sua origem no Rio de Janeiro na
década de 1870, mais ou menos quando o Tango também dava os seus primeiros passos na
Argentina e no Uruguai, do qual acabou por sofrer algumas influências.
Lundu – Lundu ou Lundum é um género musical que chegou ao Brasil através dos escravos
de Angola. Da África, o Lundu herdou a base rítmica e o seu aspeto lascivo evidenciado
pela umbigada e outros gestos que imitam o ato sexual. Este ritmo afro-brasileiro também
herdou da Europa características típicas das danças ibéricas como o estalar dos dedos e a
melodia e harmonia.
Samba – Nasceu da mistura de estilos musicais de origem africana e brasileira. O Samba é
tocado com instrumentos de percussão acompanhados pelo cavaquinho. Geralmente as letras
dos sambas cantam a vida e o quotidiano de quem mora nas cidades, com destaque para as
populações pobres.
Lambada – É um género musical que nasceu no Estado do Pará (norte do Brasil) nos anos
80, influenciado pela Cúmbia (música típica da Colômbia) e pelo Merengue (típico da
República Dominicana). A Lambada tem na Polka (música tradicional da República Checa)
a sua referência principal para o passo básico.
Capoeira – Esta é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, desporto,
cultura popular e música. No século XVI Portugal tinha um dos maiores impérios coloniais
da Europa mas necessitava de mão-de-obra para colonizá-lo. No início, os colonos
portugueses no Brasil tentaram capturar e escravizar os povos indígenas, mas revelou-se
impraticável. A solução foi o tráfico de escravos africanos (provenientes do Sudão, Angola,
Congo e Moçambique). Naquele período a principal atividade económica colonial era o
cultivo da cana-de-açúcar. O escravo, vivendo em condições humilhantes e desumanas, era
forçado a trabalhar até à exaustão, frequentemente sofrendo castigos e punições físicas. Foi
neste contexto que nasceu a Capoeira. Mais do que uma técnica de combate surgiu como
uma esperança de liberdade e de sobrevivência àquele ambiente hostil. Uma característica
que distingue a Capoeira da maioria das outras artes marciais é a sua musicalidade. Os
praticantes desta arte marcial brasileira aprendem não apenas a lutar e a jogar mas também a
tocar os instrumentos musicais e a cantar.
Kuduro – É um género musical que surgiu em Angola e tornou-se também um tipo de
dança. O ritmo disseminou-se por Portugal e chegou ao Brasil fazendo muito sucesso, em
especial pelo ritmo alegre e pelas letras em português. O Kuduro é muito influenciado pelo
Reggae e pelo Rap, com textos cheios de humor e erotismo.
Kizomba – É um género musical e de dança originário de Angola. O Kizomba é uma
mescla de ritmos, uma dança plena de sensualidade que propicia verdadeira cumplicidade e
empatia com o par.
Semba – É um dos estilos musicais angolanos mais populares. A palavra “semba” significa
“umbigada” em kimbundu (língua africana falada no noroeste de Angola). Esta é uma dança
que se caracteriza por movimentos que implicam o encontro do corpo do homem com o
corpo da mulher: o homem segura a senhora pela cintura e puxa-a para si.
Morna – É um género musical e de dança de Cabo Verde. Tradicionalmente tocada com
instrumentos acústicos, a Morna reflete a realidade do povo de Cabo Verde, o romantismo
dos seus trovadores e o amor à terra. Cesária Évora foi a artista que mais deu a conhecer a
Morna ao mundo. Este género musical trata-se de um símbolo nacional do mesmo modo que
o Tango para a Argentina, a Rumba para Cuba o Bossa-Nova para o Brasil. Alguns géneros
musicais de Cabo Verde podem ser mais ou menos apreciados pelos nativos conforme a
idade do ouvinte, a época, o gosto pessoal, mas a Morna é o único género que consegue ser
transversal a todos os grupos etários. É também o único género que sempre gozou de mais
prestígio e de um carácter mais “nobre” em Cabo Verde.