PIBIC - PIBITI - Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação
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PIBIC - PIBITI - Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação
1 PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E INOVAÇÃO PRÓ-REITOR CARLOS HENRIQUE ALMEIDA ALVES CHEFE DO DEPARTAMENTO DE PESQUISA E INOVAÇÃO JOSÉ GINALDO DA SILVA JUNIOR COORDENADORA DO NÚCLEO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA DANIELE GOMES DE LYRA ORGANIZADOR LUCAS DE MELO SILVA CAPA GILTON JOSÉ FERREIRA DA SILVA 2 SUMÁRIO PIBIC (Des) alinhamento estratégico entre a tecnologia da informação e os planos de saúde das secretarias municipais de Alagoas .......................................................................................... 13 “Se cruzam pela mesma rua, olhando-se com a mesma dor”: drogas e violência no cotidiano das famílias de periferia e de áreas nobres da cidade de Maceió .......................................... 14 A escolarização dos cortadores de cana de São Miguel dos Campos: precarização do trabalho e ideologia na manutenção do poder local ............................................................................ 15 A construção de material didático concreto no laboratório de biologia como instrumento facilitador do aprendizado de anatomia comparada no curso de licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal de Alagoas, Campus – Maceió .............................................. 16 A construção de material didático com madeira de reflorestamento como instrumento facilitador do aprendizado ensino médio técnico-integrado do Instituto Federal de Alagoas, Campus – Maceió ................................................................................................................... 17 A evasão na educação profissional: um estudo sobre o abandono de matrículas na primeira década do curso superior de Tecnologia em Design de Interiores do IFAL ............................ 18 A música alagoana dos festivais universitários da UFAL durante o período militar ............... 19 Acompanhamento dos alunos do IFAL campus Marechal Deodoro ingressos no programa de auxílio alimentação ano 2013 para diagnóstico nutricional e avaliação de hábitos alimentares ............................................................................................................................ 20 Adequação da norma à diversidade linguística do leitor de jornal ........................................ 21 Analfabetismo cibernético: suas implicações no ensino público ........................................... 23 Análise e comparação da qualidade microbiológica, físico-química e sensorial de diferentes bebidas lácteas comercializadas no estado de Alagoas ......................................................... 23 Análise da influência cultural no modo de produção de queijo manteiga em Major Izidoro AL ........................................................................................................................................... 25 Análise do espaço e dos fluxos de produção de bebida láctea, queijo coalho e doce de leite no setor de agroindústria do IFAL - campus Satuba ............................................................... 26 Antropologia do ensinar: uma perspectiva teórico-metodológica de experiências do cotidiano docente na EPT ....................................................................................................................... 27 Antropologia do aprender do artesão alagoano: seus saberes e seus fazeres ....................... 27 Antropologia do ensinar: uma perspectiva teórico-metodológica de experiências do cotidiano 3 docente na EPT ....................................................................................................................... 28 Aplicação de um Business Process Management System (BPMS) para automação de processos em organizações de saúde .................................................................................... 29 Arapiraca: entre o tradicional e o moderno ........................................................................... 31 As crises cíclicas de uma economia de mercado e a degradação ambiental .......................... 32 Avaliação da eficiência da remoção de cor e da carga de DQO em águas residuárias usando biopolímeros como adsorventes ............................................................................................ 35 Avaliação da qualidade da bacia hidrográfica do rio Mundaú (trecho São José da Laje – Rio Largo/AL) através de parâmetros físicos e químicos .............................................................. 36 Avaliação das propriedades químicas e biológicas das sementes de abelmoschus esculentus l. .............................................................................................................................................. 38 Avaliação comparativa dos espaços de produção do leite, da ordenha à recepção nas pequenas queijarias do município de Major Izidoro com o manual de boas práticas ........... 38 Avaliação da qualidade das águas do rio São Francisco com vistas a usos urbanos .............. 40 Avaliação da qualidade e indicadores das reações de escurecimento do açúcar bruto produzido e exportado pelo estado de alagoas, antes e após seu armazenamento no porto de Maceió ............................................................................................................................... 41 Avaliação de plantas de cobertura do solo para fins de plantio direto no estado de Alagoas ................................................................................................................................... 42 Avaliação do desempenho agronômico de populações de milho alagoano em diferentes densidades de semeadura no município de Piranhas/AL ....................................................... 43 Avaliação e acompanhamento para diagnóstico nutricional e pesquisa de hábitos alimentares dos alunos ingressos no programa de auxílio alimentação/programa de alimentação e nutrição escolar do IFAL - Campus Maceió / Ano 2013 .......................................................... 44 Avaliação química e biológica das sementes de linum usitatissimum l .................................. 45 Avaliação sobre o conhecimento e utilização de extratos de plantas no controle de pragas e doenças dos agricultores no município de Santana do Ipanema-AL ...................................... 45 Banco de sementes de plantas daninhas em diferentes sistemas de colheita da cana-deaçúcar ..................................................................................................................................... 47 Características de hábitat e o uso do solo são bons descritores da comunidade de macroinvertebrados bentônicos em riachos da bacia do Rio Jacarecica? .............................. 49 Caracterização de bactérias diazotróficas endofíticas em plantas de cana-de-açúcar cultivadas no estado de Alagoas ............................................................................................ 50 4 Caracterização físico-química e microbiológica de queijo mussarela comercializado em feiras livres na região agreste alagoana ........................................................................................... 51 Cidadania e juventude: um olhar sobre os estudantes do IF-Maceió – AL ............................ 52 Classe de universalidade do processo de conservação da paridade ...................................... 52 Coleta, caracterização, avaliação e conservação de acessos de mangabeira ......................... 53 Comparação da aplicação de uma ferramenta pedagógica para o planejamento dos estudos na perspectiva de melhoria do desempenho acadêmico dos alunos do IFAL – câmpus Maragogi ................................................................................................................................ 54 Concepções sobre a educação inclusiva ................................................................................. 56 Cordel é festa no sertão: um estudo cultural dos cordelistas presentes no sertão alagoano ................................................................................................................................. 57 Crescimento e rendimento de variedades sorgo sob diferentes tipos de adubação ............. 58 Criação de borboletas em cativeiro no laboratório de biologia do Instituto Federal de Alagoas para uso em aulas práticas dos 3º anos no campus Maceió do Instituto Federal de Alagoas ................................................................................................................................... 59 Criando ambientes 3d para jogos utilizando o unity .............................................................. 59 Descrição e avaliação das dificuldades de matematica existentes entre os candidatos que fizeram o concurso para professsores de matematica do IFAL nos últimos cinco anos e como o IFAL poderá sanar este problema de formação ................................................................... 61 Desempenho de ovinos em confinamento, alimentados com silagem de casca de maracujá sob níveis crescentes de leveduras (saccharomyces cerevisiae) para enriquecimento protéico .................................................................................................................................. 61 Desenvolvimento de mapas de risco no IFAL – Campus Maceió, visando acesso seguro e conscientizado em laboratórios de máquinas operatrizes no bloco de mecânica ................. 63 Design de interior brasileiro: caracterização imagética do século XXI a partir de periódicos especializados ........................................................................................................................ 64 Detecção de doenças na cultura dos citros no assentamento Dom Hélder Câmara, em Murici – AL ......................................................................................................................................... 65 Diagnóstico da saúde dos alunos do campus Palmeira dos Índios do Instituto Federal de Alagoas ................................................................................................................................... 66 Educação física no ensino médio: as representações de professores e alunos de Palmeira dos Índios ...................................................................................................................................... 67 5 Eficiência de genótipos de batata-doce (ipomoea batatas l.(lam)) submetidos a diferentes tipos de fertilidade do solo no município de Piranhas/Alagoas ............................................. 68 Elaboração de diagnóstico socioeconômico do corpo docente e discente da rede pública de ensino do município de Marechal Deodoro objetivando auxiliar o IFAL na elaboração de suas políticas educacionais ............................................................................................................ 69 Elaboração de material didático para o desenvolvimento de um ensino transdisciplinar de química ................................................................................................................................... 70 Elaboração e uso de experimentos de física com materiais recicláveis: o impacto na relação ensino-aprendizagem ............................................................................................................. 72 Enriquecimento proteico da silagem de casca de maracujá sob níveis crescentes de leveduras (saccharomyces cerevisiae) .................................................................................................... 73 Ensino de história: o currículo do IFAL, o ensino médio e o ENEM ........................................ 74 Esporte e atividade física em Palmeira dos Índios: as representações da população ............ 75 Estudo de caso: motivos e causas da evasão dos alunos do IFAL- Campus Maragogi na percepção docente ................................................................................................................. 77 Estudo de viabilidade econômica e financeira de um edifício garagem na cidade de Maceió situado no bairro do Farol ...................................................................................................... 80 Estudo químico quântico da degradação oxidativa de agrotóxicos ........................................ 80 Estudos de cultura material: história dos ornamentos arquitetônicos de Penedo (18221945) ...................................................................................................................................... 81 Estudos eletroquímicos de composto de interesse biológico e da interação com ciclodextrina via eletroquímica e espectroscopia ........................................................................................ 82 Etnocentrismo, hibridismo e identidades culturais: uma análise dos estilos musicais apreciados pelos alunos do ensino médio de Arapiraca ........................................................ 83 Exercícios físicos e ginástica laboral para técnicos em eletrotécnica ..................................... 83 Fitossociologia e estrutura da comunidade arbórea do parque municipal de Maceió .......... 84 Fly-spy: monitoramento de instalações educacionais utilizando VANT’s ............................... 85 Gestão de resíduos pós-consumo de cartuchos de impressoras e reaproveitamento das partículas de ouro que se encontram na fita plástica para obtenção de nanopartículas ....... 85 Gestão de resíduos sólidos no município de Pilar, Alagoas .................................................... 86 Glossário dos principais estilos decorativos em design, séculos XX e XXI .............................. 86 6 Granitos: características e aplicações em interiores .............................................................. 87 Guia de leituras essenciais em design .................................................................................... 89 Implicações pedagógicas do ensino-aprendizagem de língua portuguesa através dos gêneros textuais ................................................................................................................................... 90 Incidência de casos HIV positivos detectados em uma unidade de saúde de Maceió/AL ..... 91 Influência da adubação verde na produtividade e nutrição do milho em cultivo intercalar em Piranhas – AL .......................................................................................................................... 92 Influência do sulfito na produção de glicerol durante a fermentação etanólica realizada pela saccharomyces cerevisiae ...................................................................................................... 93 Interfaces gráficas para o software abc autismo .................................................................... 93 Interferência de plantas daninhas na cultura do rabanete .................................................... 95 Intervenção paisagística: revitalização e criação de área de lazer no açude goiti, Palmeira dos Índios – AL .............................................................................................................................. 95 Introdução, avaliação e seleção de genótipos de batata-doce em Maragogi ........................ 96 Iogurte produzido com leite em pó reconstituído: avaliação físico-química, microbiológica e sensorial ................................................................................................................................. 97 Jogos eletrônicos com fins educacionais ................................................................................ 98 Jogos eletrônicos de simulação e processos cognitivos – investigando a percepção dos estudantes do IFAL ................................................................................................................. 99 Leitura e produção de textos no ensino técnico e tecnológico ............................................ 100 Levantamento pedológico ultra-detalhado do IFAL - Campus Maragogi ............................. 101 Levantamento fitossociológico de plantas daninhas nos períodos de interferência na cultura do rabanete .......................................................................................................................... 102 Ludicidade e trabalho: alienação ou pertencimento? .......................................................... 102 Mapeamento de casos de corrosão em usinas de produção de açucar e álcool ................. 103 Mapeamento dos fatores de risco dos servidores do Instituto Federal de Alagoas ............ 105 Margem de comercialização e transmissão de preços da tilápia nos municípios de Porto Real do Colégio e Penedo – Alagoas ............................................................................................ 107 Margem de comercialização e transmissão de preços do tambaqui (colossoma macropomum) em Porto Real do Colégio e Penedo, Alagoas .............................................. 108 7 Mármores: características e aplicações em interiores ......................................................... 108 Materiais lúdicos como principais ferramentas no ensino de física ..................................... 109 Mulheres do campo: uma análise das relações de poder no Assentamento Flor do BosqueMessias – Alagoas ................................................................................................................ 109 Neoclassicismo: a essência do clássico na arquitetura da cidade de penedo ...................... 111 Novas tecnologias e ensino: o uso do ambiente moodle como ferramenta à prática de leitura e ensino de literatura na escola municipal Benício Barbosa na cidade de São José da Laje – AL ......................................................................................................................................... 111 O cálculo da área de um terreno para plantio: um estudo sobre a diversidade de métodos teóricos e práticos ................................................................................................................ 112 O ensino da literatura durante o ensino médio ................................................................... 113 O potencial do turismo histórico no litoral norte alagoano ................................................. 114 O turismo cultural em Marechal Deodoro – AL: potencialidades e desafios para o desenvolvimento local ......................................................................................................... 115 Os impactos da extensão rural pública no desenvolvimento socioeconômico de Maragogi/AL: uma análise sociológica ........................................................................................................ 116 Os conhecimentos matemáticos e a formação do pedagogo: reflexões sobre o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental ......................................................... 117 Otimização e comparativo da determinação de dextrana no açúcar por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) ....................................................................................................... 117 Perfil dos guias de turismo atuantes no estado de Alagoas ................................................. 118 Perfil profissional e mercado de trabalho para profissionais de TI ...................................... 118 Plantas medicinais utilizadas em áreas de assentamentos rurais do município de São Luiz do Quitunde – AL ...................................................................................................................... 118 Política para a juventude: as nuances do ensino médio integrado no Instituto Federal de Alagoas ................................................................................................................................. 119 Práticas urbanísticas e politicas públicas em Palmeira dos Índios – AL ................................ 121 Preservação do patrimônio moderno: as ueps da Igreja do Bonfim e Capela do hospital do açúcar e seus ambientes internos ........................................................................................ 122 Prevalência da co-infecção HIV/tuberculose em pacientes atendidos em uma unidade de referência de Maceió/AL ...................................................................................................... 123 Produção de leite fermentado com aproveitamento de soro de leite bovino ..................... 124 8 Projeto riacho doce .............................................................................................................. 125 Propriedades emergentes de sistemas dinâmicos biológicos: um estudo acerca de estratégias alimentares utilizando armadilhas ....................................................................................... 127 Resíduos agroindustriais para produção de mudas de sabiá ............................................... 128 Sequestro de carbono e nitrogênio total do solo em diferentes sistemas de colheita de canade-açúcar no estado de Alagoas .......................................................................................... 129 Simulação 3D: criação de curtas-metragens sobre acidentes no trabalho para capacitação de trabalhadores e tecnicos em segurança do trabalho ........................................................... 130 Sistema plantio direto de hortaliças sob manejo agroecológico no estado de Alagoas ....... 131 Teeteto de Platão: elementos para investigar a questão do saber ....................................... 132 Teores de nutrientes e produtividade do feijão caupi em função da fonte e doses de n no município de piranhas – AL .................................................................................................. 134 Trabalho, ideologia e meio ambiente: uma análise sociológica dos limites e possibilidades do “ecologicamente correto” a partir da perspectiva dos docentes de Marechal Deodoro ..... 134 Um estudo discursivo do perfil dos alunos ingressos no curso técnico em agroindústria do Instituto Federal de Alagoas, Campus Satuba ...................................................................... 136 Uréia e óxido de cálcio como aditivos na ensilagem de cana-de-açúcar ............................. 138 PIBITI ABC autismo: um software para auxiliar na alfabetização de crianças com autismo ........... 140 Adequação do processo tecnológico, caracterização e análises do queijo mascarpone ...... 141 Análise da incorporação de fibras de coco em blocos de concreto ...................................... 142 Análise dos efeitos da temperatura de secagem nas propriedades mecânicas de nanocompositos poliméricos biodegradáveis produzidos com carboximetilcelulose e argilas minerais ................................................................................................................................ 142 Aplicação da arquitetura orientada a serviços (soa) na integração de sistemas de informação em saúde pública ................................................................................................................. 144 Aplicação de polimeros superabsorventes como impermeabilizantes na construção civil ....................................................................................................................................... 147 Automação de uma torre de craqueamento térmico de biodiesel ...................................... 148 Automação residencial de baixo custo utilizando a tecnologia DTMF ................................. 149 9 Avaliação do comportamento do material Tetra Pak como impermeabilizante sustentável ........................................................................................................................... 150 Avaliação e análise de viabilidade de redes mesh comunitárias para inclusão-digital através de telecomunicação humanitária e acesso à internet .......................................................... 151 Biologia reprodutiva de espécies vegetais, encontradas na caatinga do município de Santana do Ipanema, com potencial apícola ..................................................................................... 151 Caracterização de tijolos solo-cimento fabricados com solo de Palmeira dos Índios e cinzas do bagaço de cana-de-açúcar .................................................................................................... 152 Carregador de baterias para embarcações usando as energias solar e eólica ..................... 155 Comparação dos diferentes pré-tratamentos na produção de bioetanol a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar ................................................................................................. 156 Comparação entre diversos métodos de processamento do queijo mussarela: análise microbiológica e sensorial .................................................................................................... 157 Conchas de sururu (mytella falcata) como fonte alternativa de cálcio em dietas de tilápias do nilo (oreochromis niloticus) ................................................................................................. 159 Da recepção à gerência: saberes (dos) profissionais na hotelaria alagoana ........................ 160 Desenvolvimento de processo tecnológico para obtenção de etanol de segunda geração a partir da casca do maracujá ................................................................................................. 162 Desenvolvimento de um controlador universal para sistemas de rastreamento solar ........ 163 Desenvolvimento de aplicações educativas para TV-Digital interativa com NCL/LUA .......... 164 Desenvolvimento de dispositivo fotônico para identificação de cédulas em criminalística ........................................................................................................................ 164 Desenvolvimento de dispositivo fotônico para monitoramento de metais pesados em água ...................................................................................................................................... 165 Desenvolvimento de instrumento de avaliação da estimativa perceptomotora utilizando computação pervasiva ......................................................................................................... 166 Desenvolvimento de microbomba a vácuo com autosampler de baixo custo para um biosensor SPR ....................................................................................................................... 166 Desenvolvimento de sensores biomiméticos a base de polímeros impressos para monitoramento de antimaláricos ......................................................................................... 171 Desenvolvimento de software para a viabilização do consumo consciente da água ........... 171 10 Desenvolvimento de um modelo de simulação do protocolo dccp para o simulador de redes omnet++ ............................................................................................................................... 173 Desenvolvimento de um sistema de recomendação para dispositivos móveis ................... 174 Digestibilidade da farinha do resíduo do filetamento de camarão para o tambaqui (colossoma macropomum) ..................................................................................................................... 174 DISEV - Dispositivo de Identificação Sonora Externa Veicular .............................................. 175 Eficiências hidráulicas: soluções para uma edificação sustentável ...................................... 177 Elaboração de queijo coalho defumado condimentado ...................................................... 178 Estudo da substituição do cimento pela cal na fabricação de tijolos solo- cimento ............ 179 Estudo da viabilidade de produção de concreto de pós-reativos utilizando materiais encontrados no estado de alagoas ....................................................................................... 180 Estudo de indicadores de qualidade e desenvolvimento de dispositivo para detecção de substâncias adulterantes no leite ......................................................................................... 181 GPI-FAPRAME – Gestão de Propriedade Intelectual e a Fábrica de Prototipação Rápida e Manufatura de Eletrônicos ................................................................................................... 183 Hemobank: um aplicativo mobile para acompanhamento de bancos de sangue e doações para a hemorrede de Alagoas .............................................................................................. 184 Monitor de sinais biológicos multi-paramétrico portátil e de baixo custo ........................... 185 O planeta água e as medidas para racionar o consumo: uma modelagem sobre gastos diários ................................................................................................................................... 191 O potencial do turismo histórico no litoral norte alagoano ................................................. 192 Obtenção de bioetanol de segunda geração a partir do bagaço e casca de laranja, e sua viabilidade ............................................................................................................................ 194 Preparação e caracterização de nanofibras de nanocompósitos de zno/pva e zno/polianilina/pva para potências aplicação em curativos ................................................ 194 Produção da cartilha: “a banana como alimento e fonte de renda” .................................... 196 Quantificação de biogás produzido a partir de diferentes composições de dejetos e resíduos agropecuários ....................................................................................................................... 197 Redução da sua carga poluidora do solo de leite por meio de tratamento ......................... 197 Riso e sátira social: a imagem do negro nas poesias de Gregório de Matos ........................ 198 Robô eco-sustentável para aplicação em robótica educativa .............................................. 199 11 ROTAUT: um jogo para auxiliar na aprendizagem da rotina da criança autista ................... 199 SAT – Serviço de Apoio ao Turista ........................................................................................ 201 Seleção de sementes com potencial para a produção de biojóias no município de Murici/AL .............................................................................................................................. 202 Sistema de controle de água: em busca do equilíbrio do consumo ..................................... 203 Sistema de geração de energia através da captação de ondas eletromagnéticas de rádio ..................................................................................................................................... 203 Sistema inteligente anti-furto RFID para rastreamento e análise forense ........................... 204 Tipos de acionamento de circuitos para harmonizar o consumo de energia com a automação no IFAL - Campus Palmeira dos Índios .................................................................................. 205 Utilização de adsorventes na remoção de fármacos em efluente sintético: estudo adsortivo, cinético e termodinâmico .................................................................................................... 206 12 (DES) ALINHAMENTO ESTRATÉGICO ENTRE A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E OS PLANOS DE SAÚDE DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE ALAGOAS AUTOR (A): MARCÍLIO FERREIRA DE SOUZA JÚNIOR As prefeituras municipais procuram oferecer qualidade de vida diferenciada aos seus cidadãos utilizando também os seus recursos disponíveis da tecnologia da informação e comunicação (TIC) e respectivos planos municipais. Conforme explicam Rezende e Firmino (2011), para minimizar os impactos sociais pertinentes, são exigidas formas diferenciadas de gerir o município que demandam competências inexoráveis dos gestores municipais nas suas ações cotidianas e estratégicas. O papel das TICs (incluindo os sistemas de informação) deve ser compreendido e principalmente planejado em consonância com as atividades das Prefeituras. De certo, as cidades brasileiras estão passando por mudanças profundas nas suas administrações que poderão garantir um futuro de desenvolvimento equilibrado, bem como universalizar o direito a moradia digna em ambiente saudável para todos os seus cidadãos. No âmbito da gestão pública municipal, o Plano Plurianual (PPA) é exigido pela Constituição Federal (Artigo 165) e estabelece o sistema orçamentário regulado por três leis: a Lei do Plano Plurianual; a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO); e a Lei Orçamentária Anual (LOA) (VAINER, ALBUQUERQUE e GARSON, 2005). O PPA, de periodicidade quadrienal e avançando um ano no governo posterior à sua aprovação, é um instrumento do planejamento municipal que estabelece os objetivos, as estratégias e as ações da administração municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, bem como para as relativas aos programas de duração continuada. Dele derivam a LDO e a LOA. Por sua vez, o Plano Plurianual Municipal (PPAM) é uma peça administrativa de planejamento do município e da prefeitura, de médio prazo, para conduzir efetivamente o orçamento e os gastos públicos municipais durante sua vigência, manter o patrimônio público e também elaborar investimentos coerentes com as receitas e despesas municipais. Dentro do contexto do PPAM se insere o Plano Municipal de Saúde (PMS) que é um documento de intenções políticas, de diagnóstico, de estratégias, de prioridades e de metas que obedecem as diretrizes definidas na política de saúde regional. Este plano é elaborado por técnicos das secretarias estadual e municipais de saúde e são discutidos e aprovados pelos respectivos conselhos. O presente projeto tem como objetivo analisar se as tecnologias da informação e comunicação (TIC) estão estrategicamente alinhadas como instrumento importante para apoiar os problemas de saúde e, portanto, atender aos anseios da gestão e da sociedade no Estado de Alagoas. Para tanto, o método científico empregará uma pesquisa documental que examinará os documentos dos planos de saúde dos 102 municípios das regiões de Alagoas. O alinhamento entre as TICs e os planos municipais de saúde pode constituir-se a partir das relações verticais, horizontais, transversais, dinâmicas e sinérgicas das funções municipais e dos recursos da TIC. Portanto, o alinhamento pode promover o ajuste ou a adequação operacional e estratégica das tecnologias disponíveis de todo município, como uma ferramenta de gestão municipal contemplada pelos conceitos de qualidade, produtividade, efetividade, perenidade, inteligência competitiva e inteligência municipal (HENDERSON e VENKATRAMAN, 1993; BOAR, 1993; REZENDE, 2004). É nesta problemática que este projeto pretende aportar contribuições. 13 “SE CRUZAM PELA MESMA RUA, OLHANDO-SE COM A MESMA DOR”: DROGAS E VIOLÊNCIA NO COTIDIANO DAS FAMÍLIAS DE PERIFERIA E DE ÁREAS NOBRES DA CIDADE DE MACEIÓ. AUTOR (A): SOLANGE ENOI MELO DE RESENDE Em recente pesquisa de mestrado que gerou a dissertação Dois Infinitos Se Estreitando Num Abraço Insano: as drogas e a violência no cotidiano dos jovens de escolas públicas e particulares em Maceió, discutiu-se sobre a inserção das drogas e da violência na juventude alagoana da cidade de Maceió. Nessa pesquisa, refletimos sobre os jovens, inserindo-os nos graves problemas presentes na contemporaneidade e identificando fatores, dentre outros, que promovem vivências específicas nessa categoria, tais como: a pobreza que assola o mundo; a árdua tarefa de se inserir no mercado de trabalho; as exigências atreladas à falta de educação e de preparo profissional que tanto encontramos na modernidade; a ausência de perspectiva de futuro; os graves conflitos e confrontos no campo étnico, racial, religioso e econômico que tomam contam do nosso dia-a-dia; a impunidade reinante; a falta de confiança nas instituições sociais criadas para manter um controle sobre a sociedade; enfim, aspectos da nossa juventude relacionados à sua inserção e sociabilidade ou ao seu contrário. Também na contemporaneidade, podemos perceber um aumento da presença das drogas com um extraordinário poder de interferência na vida dos indivíduos, especialmente na juventude. Esse fenômeno se enraizou de forma alarmante nos dias atuais, levando-nos a crer que esse é um fator poderoso a influir no cotidiano dos jovens. Essa interferência não se limita, acreditamos, àqueles que se envolvem diretamente com o consumo de psicotrópicos; trabalhamos com a perspectiva de que todos, de uma forma geral, usuários ou não, podem sofrer os efeitos produzidos pela grande oferta desses produtos na atualidade. Dentre os vários efeitos sociais produzidos pela forte presença das drogas, destacamos a violência como um dos principais. Devido à intensidade da oferta e procura dessas substâncias, as ações criminosas transformaram-se em atos corriqueiros, levando-nos a pensar numa nítida relação entre a circulação desses produtos e a violência. Esses dois fatores conjugados, este é o nosso ponto de vista, possuem uma capacidade extraordinária de interferência na vida dos indivíduos, principalmente os mais jovens. Foi sobre essas intervenções na juventude que refletimos, problematizando-as. Nessa pesquisa, trabalhamos com as drogas lícitas e ilícitas, pois acreditamos que ambas desencadeiam na sociedade problemas sobre os quais é preciso que haja algumas reflexões. E nessas reflexões deve ser considerado o fato de que ambos os tipos fazem parte de estruturas capitalistas que visam lucros gigantescos, sendo por isso difícil a extinção dos problemas originados a partir delas no interior de um sistema econômico que tem como meta a busca por lucro. Sobre as drogas ilícitas, atentamos, principalmente, para o tráfico de drogas, acreditando ser um dos maiores males que a sociedade enfrenta atualmente. É uma forma de empreendimento que gera lucros altos e rápidos (Souza, 2002), sendo uma das vertentes do crime organizado. 14 Entretanto, essa mesma atividade tem produzido efeito contrário, transformando-se em uma alternativa de renda para muitos que não conseguem obter ganhos pelas vias de mercado e pela produção tradicional, dispondo-se a correr os riscos que essa atividade proporciona (Resende, 2001). Entre as drogas lícitas destacamos, principalmente, o álcool como uma ameaça à segurança das pessoas. O abuso no consumo dessa substância tem sido responsável, entre outras coisas, por acidentes de trânsito e por atos de violência associados a episódios de embriaguez. Percebemos, também, que ele é a droga mais consumida e permissiva, devido à sua livre comercialização (Abramovay e Castro, 2005). O cenário sobre que nos debruçamos para refletir sobre a vivência dos jovens foi composto por escolas públicas e particulares da cidade de Maceió, levando-nos a verificar, principalmente, os efeitos sociais produzidos por essa realidade nessa faixa etária. Verificamos que o consumo dessas substâncias ultrapassa qualquer perspectiva de classe, gênero, cor, etc, encontrando, entretanto, variações na forma de uso e consequências. Entretanto, o fato de essas substâncias circularem em diversos setores da sociedade não significou a visualização dos efeitos de forma igualitária. Identificamos sim a existência de uma parcela pobre, geralmente negra, sofrendo de forma mais gritante com a forma como essas substâncias circulam, sofrendo, especialmente, pela sua relação mais direta com o tráfico, com a estigmatização e punição. Se, na pesquisa mencionada anteriormente, demos atenção à percepção do jovem sobre os fenômenos das drogas e da violência, direcionando-nos para as escolas pretendemos, agora, ampliar nossas reflexões sobre essa categoria, dirigindo-nos ao campo familiar, entendendo as famílias como elemento importante na vivência juvenil. É a família, geralmente, o primeiro grupo social com que nós seres humanos mantemos contato. Ela é responsável por parte das transmissões dos valores sociais introduzidos nas mentes humanas. Nesse sentido, o foco da nossa atenção na pesquisa que pretendemos realiza agora será as famílias, focalizando as mães que tiveram ou têm filhos envolvidos com drogas. Pretendemos com isso mostrar as influências e consequências, no campo familiar da relação juventude e drogas. Realizaremos uma análise comparativa das percepções das mães que vivenciam ou vivenciaram essa experiência em contextos de renda diferenciados inseridas nos bairros de periferia e em bairros da chamada área nobre da cidade de Maceió Entendemos com isso que podemos encontrar semelhanças, mas, principalmente diferenciações importantes a partir da inserção em contextos de renda diferenciados. Nesse sentido, as histórias que pretendemos estudar e relatar são os dramas vivenciados pelas mães que têm ou tiveram filhos envolvidos com drogas, mostrando suas angústias, dando voz a elas para relatarem suas experiências de vida a partir do envolvimento dos seus filhos com o consumo de drogas e, muitas vezes, com o tráfico dessas substâncias. A ESCOLARIZAÇÃO DOS CORTADORES DE CANA DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS: PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E IDEOLOGIA NA MANUTENÇÃO DO PODER LOCAL AUTOR (A): RENALVO CAVALCANTE SILVA 15 O presente projeto de pesquisa tem por objetivo compreender o que leva às precárias condições de escolaridade dos cortadores de cana de São Miguel dos Campos que, forçosamente, estão atreladas a extenuantes e degradantes relações de trabalho, cuja exposição a elementos ligados a problemas socioeconômicos e, por conseguinte, a exploração de sua força de trabalho afeta de forma eminente seu desempenho escolar, assim como provoca déficits cognitivos que causam prejuízos que dificilmente serão sanados ao longo da vida desses trabalhadores. Em contrapartida a tudo isso, no setor sucroalcooleiro vem se ampliando a presença de máquinas que ao mesmo tempo em que reduz as condições precárias de trabalho, amplia em maior proporção o desemprego entre esta categoria de trabalhadores e consequentemente não oportuniza as condições econômicas mínimas necessárias para que os filhos dos trabalhadores ou os próprios trabalhadores possam se dedicar ao estudo. Dessa forma, as exigências do atual mercado capitalista, embora não ofereça as condições objetivas reais, exige da classe trabalhadora determinados conhecimentos que os possibilitem uma rara oportunidade dentro do trabalho formal. Cabe lembrar que os conhecimentos ofertados pelas instituições de ensino dentro desta lógica mercantil segue o arcabouço ideológico que os afasta de toda e qualquer ação que eleve essas subjetividades a uma formação plena, crítica e/ou intelectual, mas tão somente se propõe a uma formação unilateral que produz e reproduz as condições impostas pela classe que domina e que retroage a formação dos trabalhadores a capacidades cognitivas flexíveis e que se adequam a chamada por alguns estudiosos de reestruturação produtiva. O projeto de pesquisa em questão pretende demonstrar, a partir de uma análise criteriosa, que as políticas impetradas pelo Estado de nada adiantam se não houver ações concretas que eliminem a conditio sine qua non que perpetua as relações de trabalho na sociedade capitalista, pois, se não for assim, a educação institucional limita-se a inspiração de indivíduos heterônimos que só aumenta a impossibilidade de transformação social, mantendo um estado de coisas cada vez mais mortificante na sociedade, que conflui ainda mais na miséria de cidades como São Miguel dos Campos, que apesar de esta cidade apresentar, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma renda per capita de mais de R$ 10.000,00 por mês, evidencia uma contraditória distribuição de renda numa das regiões mais industrializadas do Estado de Alagoas, mas que está estigmatizada por fortes traços de pobreza e descaso do poder político e econômico local. A CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO CONCRETO NO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DO APRENDIZADO DE ANATOMIA COMPARADA NO CURSO DE LICENCIATURA EM CIENCIAS BIOLOGICAS DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS, CAMPUS – MACEIÓ. AUTOR (A): EBENÉZER BERNARDES CORREIA SILVA A educação tem evoluído ao longo da história mundial. O Brasil é um dos países que mais gastam com educação quando se leva em conta o percentual de orçamento destinado para esse fim, mas a qualidade de ensino é ainda uma das piores do mundo. Observamos que as nações com maior desenvolvimento econômico têm na educação 16 uma de suas bases, pois quanto mais qualificada a população mais avanços científicotecnológicos serão criados e utilizados no desenvolvimento do país. Para que existam avanços na economia de um país é necessário educar sua população proporcionando uma educação/qualificação voltada para o mercado de trabalho. Com esse objetivo, o Governo Federal tem investido em alfabetização e no aumento da escolarização de crianças, jovens e adultos e para este fim tem criado programas de incentivo, como projovem, proeja, UAB, entre outros. Há também incentivo aos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF’s) que passam a oferecer além da qualificação para o trabalho a nível técnico integrado ao Ensino Médio, cursos de graduação e licenciaturas. Esses cursos de licenciatura visam especialmente qualificar professores que já atuam em sala de aula e não possuem ainda diplomas de curso superior de licenciatura. Entre esses cursos, os das áreas das ciências são os mais procurados, pois a carência desses profissionais é a maior dentre todas as áreas da educação. As IFES estão engajadas na formação de professores e procuram fazer uma educação inclusiva, tendo em vista que mais de 50% das vagas são preenchidas por alunos da rede pública de ensino básico fundamental e o acompanhamento social é realizado por assistentes sociais, nutricionistas e pedagogos, desde o momento que o aluno realiza sua matrícula até a sua formatura no curso de licenciatura. Essas instituições possuem ainda um baixo índice de evasão escolar, e possuem convênios com grandes empresas para a realização de estágios, que muitas vezes é revertido em emprego formal. O ensino das ciências, e especialmente das ciências da natureza na educação básica é, atualmente, alvo de discussões acadêmicas que indicam a importância da transmissão do conhecimento de forma abrangente e útil às novas gerações. A Biologia é, então, uma das áreas do conhecimento mais importantes para a reflexão e a tomada de atitudes da vida no planeta Terra. É também uma das disciplinas da Educação Básica com grande carência de professores graduados e capacitados para o seu ensino. A região nordeste é uma das regiões brasileiras mais afetadas pela falta de capacitação, embora abrigue grandes biomas, como Mata Atlântica, Manguezal e Caatinga, essenciais à manutenção do equilíbrio global. Para tomarmos uma posição estratégica nas aulas de Biologia é preciso que professor e aluno formem um só elo de participação à prática científica porque, sendo a Biologia, o Estudo da Vida, nada mais fascinante que ela. É necessário criar, levar a teoria à prática, não se bitolar num conteúdo programático, que muitas vezes não condiz com a realidade. O mutilamento de conteúdos resiste a uma deformação científica, tornando acéfalo o conhecimento lógico e real. O estudante de Licenciatura em Ciências Biológicas necessita ser preparado para se tornar facilitador de aprendizado, pois será ele o professor de educação básica do futuro. A CONSTRUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO COM MADEIRA DE REFLORESTAMENTO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR DO APRENDIZADO ENSINO MÉDIO TÉCNICO-INTEGRADO DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS, CAMPUS – MACEIÓ. AUTOR (A): MARIA LUZENITA WAGNER MALLMANN A educação tem evoluído ao longo da história mundial. O Brasil é um dos países que 17 mais gastam com educação quando se leva em conta o percentual de orçamento destinado para esse fim, mas a qualidade de ensino é ainda uma das piores do mundo. Observamos que as nações com maior desenvolvimento econômico têm na educação uma de suas bases, pois quanto mais qualificada a população mais avanços científicotecnológicos serão criados e utilizados no desenvolvimento do país. Para que existam avanços na economia de um país é necessário educar sua população proporcionando uma educação/qualificação voltada para o mercado de trabalho. Com esse objetivo, o Governo Federal tem investido em alfabetização e no aumento da escolarização de crianças, jovens e adultos e para este fim tem criado programas de incentivo, como projovem, proeja, UAB, entre outros. Há também incentivo aos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IF’s) que passam a oferecer além da qualificação para o trabalho a nível técnico integrado ao Ensino Médio, cursos de graduação e licenciaturas. As IFES estão engajadas na formação de professores e procuram fazer uma educação inclusiva, tendo em vista que mais de 50% das vagas são preenchidas por alunos da rede pública de ensino básico fundamental e o acompanhamento social é realizado por assistentes sociais, nutricionistas e pedagogos, desde o momento que o aluno realiza sua matrícula até a sua formatura no curso de licenciatura. Essas instituições possuem ainda um baixo índice de evasão escolar, e possuem convênios com grandes empresas para a realização de estágios, que muitas vezes é revertido em emprego formal. O ensino das ciências, e especialmente das ciências da natureza na educação básica é, atualmente, alvo de discussões acadêmicas que indicam a importância da transmissão do conhecimento de forma abrangente e útil às novas gerações. A Biologia é, então, uma das áreas do conhecimento mais importantes para a reflexão e a tomada de atitudes da vida no planeta Terra. É também uma das disciplinas da Educação Básica com grande carência de professores graduados e capacitados para o seu ensino. A região nordeste é uma das regiões brasileiras mais afetadas pela falta de capacitação, embora abrigue grandes biomas, como Mata Atlântica, Manguezal e Caatinga, essenciais à manutenção do equilíbrio global. Para tomarmos uma posição estratégica nas aulas de Biologia é preciso que professor e aluno formem um só elo de participação à prática científica porque, sendo a Biologia, o Estudo da Vida, nada mais fascinante que ela. É necessário criar, levar a teoria à prática, não se bitolar num conteúdo programático, que muitas vezes não condiz com a realidade. O mutilamento de conteúdos resiste a uma deformação científica, tornando acéfalo o conhecimento lógico e real. A EVASÃO NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: UM ESTUDO SOBRE O ABANDONO DE MATRÍCULAS NA PRIMEIRA DÉCADA DO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE INTERIORES DO IF AL AUTOR (A): LUÍS ANTONIO COSTA SILVA O curso Superior Tecnológico de Design de Interiores do IF AL foi criado em 2001, com a primeira turma iniciada em 2001.2, passando pelo reconhecimento em 2005.2 e pósreconhecimento em 2012.1. Durante os processos de reconhecimento e pós-reconhecimento algumas questões vieram à tona como, por exemplo, a evasão. A evasão reflete diretamente 18 na necessidade de novas diretrizes como a alteração na matriz, a metodologia de ensino, a relação professor aluno, a avaliação e o espaço físico, dentre outros. Reconhecemos que Escolher é um processo complexo, que tem implicações nas esferas afetiva, cognitiva, motora e sócio histórica. Escolher não é um ato isolado, é um ato que põe em movimento um processo de mudanças que se operam no presente, porém articula uma temporalidade singular ao sujeito que escolhe. [...] Necessita de referências e parâmetros que estão ancorados na anterioridade das marcas e crenças e as expectativas implicam o porvir. [...] As escolhas compõem a história do sujeito e sua forma singular de negociar com os conflitos e se posicionar na conjuntura do laço social (CAVALLET, apud ANDRADE, 2009, p.62). Entendendo esta condição e a pesquisa pretende averiguar a evasão que ocorreu no curso Tecnológico de Design de Interiores do IF AL durante sua primeira década, considerando a relação entre as condições na oferta, matriz, metodologia de ensino, quadro de professores, avaliação, espaço físico, e a opção dos alunos em abandonar o curso partindo do princípio das suas escolhas, do seu contexto sócio histórico, afetivo, motor e cognitivo. Discutir o problema vai levantar possíveis soluções, para aperfeiçoar o curso e atender uma nova geração cujo tempo e os recursos tecnológicos exigem novos parâmetros e adaptação do ensino. A MÚSICA ALAGOANA DOS FESTIVAIS UNIVERSITÁRIOS DA UFAL DURANTE O PERÍODO MILITAR AUTOR (A): LEONARDO STEFANO F. D. DE ARECIPPO Entre os anos de 1964 e 1985, o Brasil vive um dos períodos políticos mais obscuros de sua história. O Governo Militar priva de direitos civis importantes setores da sociedade. Mesmo assim, o período também apresenta “grande fertilidade [na] produção cultural brasileira” (COELHO, 1989, p.1). Vive-se a era dos festivais, da Bossa Nova, da Tropicália e até da “rebeldia em tom de pilhéria” (CARMO, 2000, p. 35) representada pelo rock da Jovem Guarda. Na esteira – e por influência - desses acontecimentos, existem, no citado período, registros de atividades culturais em todo o país, incluindo a Região Nordeste. Em Alagoas, existem grupos artísticos e culturais em atividade; no caso específico de Maceió, a presença de Festivais Universitários promovidos pelos DCEs (Diretórios Centrais de Estudantes) da UFAL (Universidade Federal de Alagoas) e nos moldes dos anos 1960s e 1970s da Rede Record (MELO, 2003, pass.) fizeram surgir gerações inteiras de compositores, letristas, instrumentistas e intérpretes que traduzem o que há de mais proeminente na música alagoana no novo milênio: entre esses nomes estão Eliezer Setton, Ricardo Motta, Júnior Almeida, Mácleim Carneiro, etc. No entanto, as informações sobre as referidas atividades culturais em Alagoas não vão muito além de relatos individuais, em entrevistas dadas por quem viveu aquele período ou através de notas de jornais. Praticamente inexistem documentos, mesmo nos arquivos dos atuais Diretórios Centrais de Estudantes - DCEs - da UFAL, referentes àquele período da história cultural alagoana. Se as novas gerações de dirigentes dos Centros Acadêmicos e da Direção Central do DCE parecem desconhecer a existência daqueles efervescentes festivais 19 de música, um importante momento vivido pela música popular em Alagoas o daqueles Festivais de Música, parece estar relegado ao esquecimento, e essa perda de memória empobrece a cultura alagoana, na qual se inclui a cidade de Marechal Deodoro. ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS DO IFAL CAMPUS MARECHAL DEODORO INGRESSOS NO PROGRAMA DE AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO ANO 2013 PARA DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL E AVALIAÇÃO DE HÁBITOS ALIMENTARES AUTOR (A): LUANA CAROLINA M. P. RIBEIRO No Brasil a concretização do direito humano universal a alimentação e nutrição, são mantidas sob a responsabilidade do Ministério da Saúde; no qual em 1999 homologou a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). Com o objetivo de contribuir com o conjunto de políticas do governo do qual deriva do princípio de que o acesso à alimentação adequada, suficiente e segura, é um direito humano constituído por lei (BRASIL 2003). De acordo com o PNAN para garantir a segurança alimentar e nutricional a toda população, a responsabilidade deve ser compartilhada por outros setores governamentais e pela sociedade como todo. Esse conceito fica explícito ao avaliar as diretrizes do PNAN que vem sendo implementadas além do setor da saúde, alcançando ações em parcerias com outros setores governamentais e não governamentais como: educação continuada dos profissionais de saúde com ênfase naqueles envolvidos na educação básica, inserção dos componentes alimentares e nutrição à saúde de grupos populacionais específicos, programas de prevenção e controle de carências nutricionais, ações e projetos de abordagem da desnutrição infantil no âmbito do SUS, e saúde do escolar, em parceria com o Ministério da saúde e Ministério da Educação. (CONSEA 2004). O Instituto Federal de Alagoas, conforme Resolução Nº 22/CS, de 8 de agosto de 2011, que regulamenta a Política de Assistência Estudantil do IFAL, dispõe de Programas assistências, incluindo dentre estes, o auxílio alimentação e o Programa de Nutrição e Alimentação Escolar – PANES (Anexo 2), o qual garante a oferta de refeições que atendam às necessidades nutricionais durante o período letivo, assim como a realização de Educação Nutricional para contribuir com o rendimento escolar. Além de garantir uma alimentação adequada, este programa institucional do IFAL, visa garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes, sendo sua maioria na faixa etária de 14 a 19 anos, caracterizada por adolescentes. A proposta é o incentivo dentro no espaço escolar; como ambiente para educação nutricional e promoção da alimentação adequada contribuindo para a formação de hábitos alimentares saudáveis, bem como prevenção dos agravos nutricionais e/ou doenças carenciais. Segundo PELEGRINE 2008, o controle do crescimento e do estado nutricional em crianças e adolescentes tem sido caracterizado como um importante componente da saúde materna e infantil. Por isso para monitorar o crescimento físico, na área clínica e de saúde pública, são utilizadas medidas antropométricas de peso corporal e estatura, as quais apresentam aceitação internacional para detectar a qualidade social, econômica e política do ambiente. 20 Assim estudar os níveis de saúde de uma determinada população, no sentido de enfatizar a prevenção primária, deve ser uma prioridade em saúde pública. No qual o eixo estratégico a promoção da alimentação saudável garante qualidade de vida a esta população. Entre outras prioridades em uma escola está, a implementação de políticas, com o objetivo de promover medidas concretas para educação alimentar saudável. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2007). Desta forma o presente trabalho tem como objetivo investigar o estado nutricional, e hábitos alimentares dos usuários do auxílio alimentação/PANES ingressos no IFAL – campus Marechal Deodoro no de 2013. ADEQUAÇÃO DA NORMA À DIVERSIDADE LINGUÍSTICA DO LEITOR DE JORNAL AUTOR (A): MARIA APARECIDA SILVA Nas últimas décadas, a dicotomia oralidade x escrita vem sendo o alvo de muitos pesquisadores, que, em geral, discutem o ensino da língua materna quanto à oralidade. Essa variedade linguística possui uma diversidade de formas não aceitáveis na escrita, a qual se baseia em normas, determinando o que é certo e errado na linguagem. Ao se abordar o que é correto e incorreto na linguagem, normalmente, entende-se como correto o que está de acordo com a norma-padrão culta, e incorreto, o que rompe com essa norma. Reconhece-se que é necessário haver uma norma-padrão para o texto escrito, não em linguagem dita culta, mas em padrões acessíveis a todo falante. Modernamente, as discussões acontecem na defesa da existência de um contínuo entre produções orais e escritas. Para Perini (1991, p. 86-8), a linguagem técnica e jornalística deveria fundamentar a gramática normativa por apresentar uma uniformidade, caracterizando um portuguêspadrão, diferentemente dos textos literários, em que se encontram variedades coloquiais e até mesmo pessoais. O texto jornalístico, inclusive, já vem sendo utilizado com muita frequência em sala de aula e “funciona como exemplo de uma linguagem comum, despojada e facilmente compreensível, que vem atualizando-se continuamente. Já não há mais lugar na imprensa contemporânea para um purismo linguístico que se afasta do leitor comum, medianamente escolarizado” (Preti, 1999, p. 53). Linguistas como Perini (1991), Possenti (1996), Preti (1999), Bagno (1999), Antunes (2003), entre outros, consideram que toda língua tem sua gramática; consequentemente, quem fala uma língua conhece a sua gramática, não necessariamente as normas prescritas, que, para esses estudiosos, está desatualizada, distante da linguagem usada pela maioria dos falantes e restrita a um pequeno grupo; consideram-na rígida e autoritária em seus preceitos. De fato, ao traçar exclusivamente normas, o que a leva a classificar-se como normativa, essa gramática – por não poder prever raciocínios diferenciados dos seus compendiadores, ou por não querer isso – impõe a vontade de um único emissor, visto por Martinet (1971, p. 3) como “purista conservador”. À época do surgimento da imprensa, o âmbito da escolarização era bem reduzido e centrava-se em pessoas cujo poder econômico as colocava como pertencentes a uma elite 21 social, ou seja, à camada culta de uma sociedade. Assim, os textos escritos, como os jornais, voltavam-se a esse tipo de leitor, com uma linguagem baseada em padrões que caracterizam a chamada língua culta. Com a evolução da tecnologia, outros meios de comunicação surgiram, como a televisão, por exemplo, atingindo um público de diversas camadas sociais, em linguagem acessível a esse público. Dessa forma, o jornal estaria sendo preterido por outros veículos de comunicação. Talvez esse fato possa ser considerado como justificativa à pretensão de o texto jornalístico procurar intermediar a língua culta com a linguagem popular. Pelo menos essa é a preocupação do jornal Folha de S. Paulo, quando sentencia, por meio do Novo manual de redação (1992, p. 47): “deve [o texto] estar redigido em nível intermediário, ou seja, utilizar-se das formas mais simples admitidas pela norma culta da língua”. Segundo Preti (1999, p. 53), na leitura dos grandes periódicos das grandes comunidades urbanas, observa-se que a linguagem verbal tem passado por mudanças que refletem a constante busca de uma aproximação com seus leitores. E nesse processo, a influência da oralidade, a incidência do discurso coloquial se fazem sentir, desde os editoriais até as seções de mais fácil leitura, como a de esportes, a de música moderna, a de humor. Diz, ainda, Preti, que “o universo temático do jornal é um campo aberto para as variações linguísticas. A combinação da linguagem culta e da coloquial, a alternância de seu uso, conforme os vários contextos, permite aos jornais veicular as notícias e a própria ideologia que norteia a seleção e a análise dos fatos, atingindo, com eficácia, os mais variados tipos de leitor”. Embora o texto jornalístico procure adaptar a linguagem para atender aos seus diferentes leitores, aproximando a fala da escrita, baseia-se na gramática normativa, que representa a norma culta-padrão, por meio dos manuais de redação, que concentram os assuntos mais propensos a violações à norma. É possível que, nessa tentativa de aproximação da norma à diversidade linguística do público leitor, os jornalistas violem certas regras, comuns na linguagem usual, que, em verdade, podem representar as transformações que se veem necessárias na norma- padrão. Baseando-se nessa hipótese, de que há, nos textos jornalísticos, a quebra de uma norma gramatical específica ou de uma regra que está em decadência de uso, procurar- se-á justificá-la não como violação, mas como uma forma de adequação da norma à diversidade linguística do leitor de jornal. Um exemplo de estrutura pouquissimamente usada em nossa língua e que é possível ser encontrada em textos escritos encontra-se na regência verbal, que Bagno (1999, p. 33) assim descreve: “O professor pode mandar o aluno copiar quinhentas mil vezes a frase: “Assisti ao filme”. Quando esse mesmo aluno puser o pé fora da sala de aula, ele vai dizer ao colega: “Ainda não assisti o filme do Zorro”!” Porque a gramática brasileira (grifo do Autor) não sente a necessidade daquela preposição a, que era exigida na norma clássica literária, cem anos atrás [...] É um esforço árduo e inútil [...] tentar impor uma regra que não encontra justificativa na gramática intuitiva do falante”. A proposta desta pesquisa centra-se em encontrar gramaticalidade em construções próprias da língua popular, que possam ter sustentação nas teorias linguísticas. Não se propõe absorver todas as expressões coloquiais e torná-las as formas padrões da língua, ou, 22 então, abolir a norma-padrão. Procura-se acompanhar a evolução da língua, mas não esquecendo que é necessária uma norma para que haja uma uniformização, essencial ao ato da comunicação. ANALFABETISMO CIBERNÉTICO: SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO PÚBLICO AUTOR (A): SANTE BRAGA DIAS SCALDAFERRI O início de um novo milênio, a sociedade moderna sofre profundas mudanças e transformações impulsionadas pelos avanços e inovações no desenvolvimento tecnológico em diversas áreas (GREGIO, 2005). Atualmente é plausível achar um computador nos mais diversos contextos: escolar, empresarial e doméstico. Não se pode mais escapar desse fato tecnológico. As escolas carecem de passar por modificações frente a essa “nova tecnologia” e assim estabelecer uma aprendizagem inovadora que leve o individuo a se sentir como um ser globalizado capaz de interatuar e concorrer com equidade na procura da sua aspiração profissional. Essa reconfiguração pela via da tecnologia ficou patente na transformação da maioria, se não todos, dos setores da sociedade, nesses dez últimos anos. Emprego, educação, saúde, bem estar, políticas, lazer e diversão, todos, hoje em dia, ocorrem de maneiras e em lugares que seriam inimagináveis umas gerações atrás e, muitas vezes têm a tecnologia em seu cerne. Naturalmente, deveríamos ser cautelosos antes de ver uma transformação total de sociedade nessas evoluções. Muitos desses desenvolvimentos “on-line” reproduzem, mais do que substituem, práticas e atividades que existem “off-line” (WOOLGAR, 2002). A metodologia de ensino na educação por meio dos artifícios da tecnologia ainda é bastante questionada nos dias atuais. Muitas redes de ensino outrora inseriram em seu currículo o ensino da informática com o ensejo da modernidade. Com o decorrer do tempo, algumas redes de ensino, percebendo a potencialidade do uso da tecnologia, implementaram a Informática educacional em seus currículos, que, além de propiciar o contato social com o computador incluía como finalidade o emprego dessa ferramenta como instrumento de apoio às matérias e aos teores instruídos. A educação pública no Brasil não está evoluindo com o advento da informática o que acarreta mais uma nova classe de analfabetos na sociedade: o analfabeto cibernético. O intuito deste trabalho é apontar soluções pedagógicas práticas para otimizar a utilização dos laboratórios de informática das escolas públicas, visando solucionar as principais dificuldades encontradas. ANÁLISE E COMPARAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA, FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE DIFERENTES BEBIDAS LÁCTEAS COMERCIALIZADAS NO ESTADO DE ALAGOAS AUTOR (A): ADEMAR DA SILVA PAULINO 23 As mudanças no comércio de gêneros alimentícios e a crescente exigência do consumidor por alimentos que apresentem, além da alta qualidade sensorial e nutricional, benefícios associados à saúde, aumentam a demanda de novos produtos que possam atender a estas exigências do mercado (BASTIANI, 2009). Entre os atributos dos alimentos que têm preocupado os consumidores, destacam- se o teor e o tipo de gordura. O consumo de alimentos com baixo teor de gordura reduz o risco de vários tipos de doenças, tais como a obesidade, a hipertensão, a apoplexia cerebral e doenças cardíacas coronárias (SANDOVAL-CASTILLA et al., 2004; YOO et al., 2007). Na indústria de alimentos, a formulação de alimentos sem a adição de gorduras constitui um grande desafio, pois a gordura apresenta várias propriedades que afetam textura, aparência, sabor e aroma (GONZÁLEZ-TOMÁSA et al., 2008). Assim, diversos produtos têm sido avaliados como substitutos da gordura nas formulações. Entre eles, o soro de queijo, um subproduto da indústria de laticínios, tem despertado o interesse de vários pesquisadores em todo o mundo pela sua potencialidade nutricional, funcional e econômica. Na forma de concentrado proteico vem sendo aplicado pela indústria de alimentos em produtos dietéticos, modificando as propriedades de textura (ANTUNES; CAZETTO; BOLINI, 2004) e melhorando as propriedades nutricionais e funcionais, principalmente, pelo teor de aminoácidos sulfurados presentes (SINHÁ et al., 2007; SMITHERS, 2008). O soro de queijo é um líquido opaco, amarelo esverdeado e que contém aproximadamente 55% dos sólidos existentes no leite integral original, representando em torno de 80 a 90% do volume de leite utilizado na fabricação de queijo. Possui uma Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) entre 30.000 e 60.000 mg de O2 L-1 e, em média, cada tonelada de soro não tratado despejado por dia equivale à poluição diária de cerca de 470 pessoas (ANDRADE; MARTINS, 2002). É um resíduo de alto valor biológico e baixo valor comercial, que causa um grande impacto ambiental quando descartado sem o devido tratamento. Dessa forma, o reaproveitamento do soro líquido, além de contribuir para a melhoria do meio ambiente, pode proporcionar ganhos às indústrias (MATOS, 2009). A utilização de soro de queijo, na forma de concentrado proteico, na elaboração de bebidas lácteas constitui um modo racional de aproveitamento desse produto secundário que, além das características nutricionais, é capaz de conferir propriedades tecnológicas desejáveis e adequadas em aplicações específicas (BASTIANI, 2009). A combinação de um alimento suplementado com proteínas e fermentado por microrganismos probióticos pode gerar um produto com propriedades tecnológicas e funcionais que atendam demandas por produtos saudáveis (SILVA; ABREU; ASSUMPÇÃO, 2012). Estudos mostram que o soro de queijo, na forma de concentrado proteico, apresenta capacidade emulsificante, geleificante e de retenção de água, adequada viscosidade e adesividade, retêm e incorpora gordura, facilitam o batimento, a formação de espuma e aeração, realçam a cor, o sabor e a textura (REGESTER et al., 1996; SODINI; MONTELLA; TONG, 2005). A incorporação de biopolímeros, especialmente proteínas e hidrocolóides, representa uma das estratégias mais comuns utilizados para estabilizar emulsões alimentares (MCCLEMENTS, 2007; DICKINSON, 2009). As proteínas do soro apresentam uma grande variedade de utilizações em alimentos, devido às suas propriedades de solubilidade, de viscosidade, de retenção de água, de gelificação e de emulsificação (HUFFMAN, 1996). Os hidrocolóides têm sido amplamente 24 utilizados na estabilização estrutural de produtos lácteos fermentados (KOKSOY; KILIC, 2004), geralmente atuam através do aumento da viscosidade ou formando uma rede de gel dentro da fase de dispersão; atrasando assim os processos de instabilidade e agem como uma estruturação, espessamento e agente estabilizante no meio aquoso (MCCLEMENTS, 2007; DICKINSON, 2009). O amido, um dos agentes espessantes mais amplamente utilizados na indústria, pode melhorar as características de determinados alimentos em relação à sinérese e a consistência (MALI et al., 2003). A carboximetilcelulose (CMC) está sendo utilizada como uma alternativa ao amido nos produtos alimentares devido às suas vantagens tecnológicas e nutricionais (BAYARRI; CHULIÁ;COSTELL, 2010). ANÁLISE DA INFLUÊNCIA CULTURAL NO MODO DE PRODUÇÃO DE QUEIJO MANTEIGA EM MAJOR IZIDORO -AL AUTOR (A): ARIADNE AGUIAR VITÓRIO MENDONÇA Segundo a Enciclopédia municípios de Alagoas 2012 a cidade de Major Izidoro é uma das mais conhecidas da Bacia Leiteira do estado e recebe grande número de visitantes por ocasião de suas festividades. Major Izidoro é o maior produtor de derivados de leite de Alagoas e por isso o município é conhecido como a “Capital do Leite”. Através da Associação Comercial e do Projeto Empreender, o município tornou-se o centro do Arranjo Produtivo Local (APL) formado por cerca de 67 queijarias de localidades vizinhas. De acordo com o Sebrae, somente em Major Isidoro, 58 delas são informais (Enciclopédia municípios de Alagoas 2012). A produção de queijo artesanal é considerada, na atualidade, como uma estratégia de reprodução social e econômica sob a responsabilidade dos agricultores familiares. Inserida no mercado informal, por não cumprir a legislação vigente, elaborada em meados do século passado, tendo em vista a incipiente industrialização brasileira e incompatível à pequena produção (MENEZES 2011). Os queijos artesanais estão enraizados na história da vida de homens e mulheres que compartilham a mesma identidade cultural (MENEZES 2011). Nas últimas décadas, tem-se discutido a necessidade da criação de normativas direcionadas ao setor artesanal na escala nacional e estadual. Tal fato está relacionado à necessidade de revalorizar a cultura queijeira, agregar valor à produção e oferecer alimentos “seguros” (MENEZES 2011). Na região nordeste do Brasil, um dos queijos mais consumidos e com grande aceitação é o queijo de manteiga, também conhecido como requeijão do sertão, requeijão do nordeste e requeijão do norte. O queijo de manteiga tem sido uma das opções mais utilizadas para aproveitamento de leite nas fazendas situadas longe dos centros consumidores e laticínios. É um produto que apresenta fabricação simples e valor nutritivo indiscutível. Porém, seu processamento, na maioria dos casos, ainda é artesanal apresentando deficiências tecnológicas durante as fases de fabricação, no armazenamento e na distribuição (CAVALCANTE; COSTA,2005). Como exemplo, pode-se citar a região do sertão nordestino, onde se situa a cidade de Major Izidoro que, por ter uma cultura voltada para os derivados do leite, deveria apresentar bons padrões de higiene e maior valorização do queijo Manteiga, mas infelizmente, ainda 25 deixam a desejar no aspecto de informações sobre este assuntos. Portanto se verifica a importância de estudar esta região do Semiárido Nordestino. ANÁLISE DO ESPAÇO E DOS FLUXOS DE PRODUÇÃO DE BEBIDA LÁCTEA, QUEIJO COALHO E DOCE DE LEITE NO SETOR DE AGROINDÚSTRIA DO IFAL - CAMPUS SATUBA. AUTOR (A): ARIADNE AGUIAR VITÓRIO MENDONÇA A análise do espaço de produção de uma agroindústria guarda em si, elementos que fazem parte de uma multidisciplinaridade de atuações. Nesta pesquisa, o espaço será abordado enquanto estrutura física que dá suporte as atividades de produção de derivados do leite. Incluem-se nessa abordagem, os equipamentos e a espacialidade do uso, a depender do tipo de produto fabricado. Essa espacialidade implica em um dos pontos que interferem na segurança alimentar, ao gerar, por exemplo, cruzamento de fluxos, que podem levar a contaminação do produto ou matéria prima. Nesse aspecto, pode-se solucionar os riscos de contaminação a partir de uma relocação de equipamentos e mobiliário existente na agroindústria. O parâmetro utilizado para a análise será a legislação específica, na tentativa de responder ao questionamento: o espaço e a forma como se dá o processo de fabricação de derivados de leite está ou não, de acordo com o que é estabelecido para a produção de alimento seguro? É importante colocar que apenas a conformidade com esses elementos não conduzem ao alimento seguro, pois se faz necessário outros que interferem na qualidade do produto, como a análise físico – química e microbiológica do leite. O espaço de produção, alvo dessa pesquisa, faz parte do prédio destinado às aulas práticas dos cursos técnicos em agropecuária e agroindústria e do curso tecnológico em laticínios. Neste espaço, além do beneficiamento do leite cru são elaborados derivados do leite como queijos, bebida láctea e doce. A matéria prima, o leite, utilizado para essa produção é oriunda do plantel de bovinos do IFAL, campus Satuba, ficando o setor de ordenha próximo à agroindústria. A ordenha manual tem sido realizada duas vezes ao dia e o leite destinado ao Setor de Agroindústria onde é beneficiado, processado ou armazenado sob refrigeração. No entanto, para que haja um ambiente favorável para a produção dos derivados lácteas é necessário que o mesmo esteja de acordo com as legislações específicas. Neste sentido, de acordo com SIMIÃO et al.(2009), a área construída deverá ser compatível com a capacidade do estabelecimento e tipo de equipamento, sendo as dependências orientadas de tal modo que os raios solares, o vento e a chuva não prejudiquem os trabalhos industriais. Além de contar com alguns requisitos que fazem todo o diferencial na instalação do setor de produção, como por exemplo, o pé direito, piso, teto, parede, janelas, portas, abastecimento de água e vapor e as instalações de laboratórios. Ainda de acordo com SIMIÃO et al . (2009), o estabelecimento destinado ao recebimento de matéria prima para a elaboração e fabricação de produtos derivados do leite deverá possuir instalações e equipamentos para atender às necessidades tecnológicas de fabricação de cada produto. 26 Sendo assim, a produção do queijo coalho, doce de leite e a bebida láctea deverá ter dependências próprias, como sala de embalagem, sala para higienização das caixas plásticas, local de estocagem e equipamentos necessários cada processo de produção. ANTROPOLOGIA DO ENSINAR: UMA PERSPECTIVA TEÓRICO-METODOLÓGICA DE EXPERIÊNCIAS DO COTIDIANO DOCENTE NA EPT AUTOR (A): ADRIANA PAULA QUIXABEIRA R. S. O. SANTOS O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica tem como inspiração inicial a trama tecida no contexto do Curso Técnico Integrado em Artesanato, na modalidade Proeja, ofertado no Campus Maceió do IFAL. No tear a renda, no tecer em tramas, há uma rede de conhecimentos práticos que, dentro de um processo de criação singular do artesão alagoano, liga-se a uma rede de conhecimentos científicos e profissionais de professores arquitetos que compõem o grupo de professores do referido curso. No Estado são muitas as manifestações culturais e o artesão tem um campo de trabalho extremamente vasto, com expressiva produção na cerâmica, na cestaria, na madeira, no couro, nos metais, rendas e bordados, no coco e nas cabaças, na tecelagem e outros materiais. Muitos desses trabalhos são desconhecidos do ponto de vista técnico mesmo para profissionais com formação superior. O professor da EPT ensina para uma profissão. No caso os alunos na sua maioria já exercem a profissão de artesão. Nesse sentido, o projeto do curso foi bem contextualizado ao perceber que: Observando o marco regulatório da educação profissional técnica de nível médio, a organização curricular do Curso Técnico de Nível Médio em Artesanato é composta de um núcleo comum integrando os componentes curriculares das áreas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, Matemática, todas contemplando as suas Tecnologias; uma parte diversificada constituída por componentes curriculares que possibilitem a compreensão das relações que perpassam a vida social e produtiva e sua articulação com os conhecimentos acadêmicos; e a formação profissional composta por componentes curriculares específicos da área de Design (2008, p. 12). Entre linhas, costuras e bordados, tecemos a ideia de pensar uma Antropologia do Aprender a partir de uma prática consolidada no sujeito que busca uma teoria que se entrecruze e articule seu fazer e seu saber. Essa ideia deu origem a um outro projeto intitulado ANTROPOLOGIA DO APRENDER DO ARTESÃO ALAGOANO: SEUS SABERES E SEUS FAZERES. 27 AUTOR (A): ADRIANA PAULA QUIXABEIRA R. S. O. SANTOS O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica tem como inspiração o tear, a renda, o tecer em tramas, além do pintar, do colar, do customizar, entre outros, dentro de um processo de criação singularmente desenvolvido pelo artesão alagoano. No Estado são muitas as manifestações culturais e o artesão tem um campo de trabalho extremamente vasto, com expressiva produção na cerâmica, na cestaria, na madeira, no couro, nos metais, rendas e bordados, no coco e nas cabaças, na tecelagem e outros materiais. Entre linhas, costuras e bordados, tecemos a ideia de pensar uma Antropologia do Aprender a partir de uma prática consolidada no sujeito que busca uma teoria que se entrecruze e articule seu fazer e seu saber. A proposta do projeto ANTROPOLOGIA DO APRENDER DO ARTESÃO ALAGOANO: seus saberes e seus fazeres, tem no Curso Técnico Integrado em Artesanato do Campus Maceió, na modalidade PROEJA, o lócus de pesquisa, que visa inicialmente identificar no cotidiano de aprendizagem dos alunos do Programa de Jovens e Adultos que saberes e fazeres culturalmente trazidos e postos em sala de aula e nos espaços de interação pelos alunos e como são articulados pelos professores. Como a costura é movimento, como o tear é movimento intenso, também o movimento de mobilização de conhecimentos teóricos realizados pelos professores será objeto de preocupação dos pesquisadores, porém em outro projeto, considerando a necessidade de construção teórica sobre uma Antropologia do Ensinar, como artefato pedagógico a ser, no estudo em questão, articulado como saber prático dos alunos-artesãos do curso. Assim, nessa dualidade inicial a proposta desta pesquisa PIBIC possui também como objetivo orientar o aluno bolsista na utilização do método etnográfico no desenvolvimento de pesquisas qualitativas por compreendermos que a etnografia forma o pesquisador. A utilização do método etnográfico na Educação Profissional e Tecnológica não reflete a cultura dominante da pesquisa neste campo, contudo, considerando o objeto de estudo proposto saberes e fazeres do artesão –, este se coloca como um interessante aliado na compreensão das aprendizagens de jovens e adultos que procuram por sua formação profissional junto a instituições da Rede Federal. ANTROPOLOGIA DO ENSINAR: UMA PERSPECTIVA TEÓRICO-METODOLÓGICA DE EXPERIÊNCIAS DO COTIDIANO DOCENTE NA EPT AUTOR (A): ADRIANA PAULA QUIXABEIRA R. S. O. SANTOS O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científica tem como inspiração inicial a trama tecida no contexto do Curso Técnico Integrado em Artesanato, na modalidade Proeja, ofertado no Campus Maceió do IFAL. No tear a renda, no tecer em tramas, há uma rede de conhecimentos práticos que, dentro de um processo de criação singular do artesão alagoano, liga-se a uma rede de conhecimentos científicos e profissionais de professores arquitetos que compõem o grupo 28 de professores do referido curso. No Estado são muitas as manifestações culturais e o artesão tem um campo de trabalho extremamente vasto, com expressiva produção na cerâmica, na cestaria, na madeira, no couro, nos metais, rendas e bordados, no coco e nas cabaças, na tecelagem e outros materiais. Muitos desses trabalhos são desconhecidos do ponto de vista técnico mesmo para profissionais com formação superior. O professor da EPT ensina para uma profissão. No caso os alunos na sua maioria já exercem a profissão de artesão. Nesse sentido, o projeto do curso foi bem contextualizado ao perceber que: Observando o marco regulatório da educação profissional técnica de nível médio, a organização curricular do Curso Técnico de Nível Médio em Artesanato é composta de um núcleo comum integrando os componentes curriculares das áreas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e Ciências da Natureza, Matemática, todas contemplando as suas Tecnologias; uma parte diversificada constituída por componentes curriculares que possibilitem a compreensão das relações que perpassam a vida social e produtiva e sua articulação com os conhecimentos acadêmicos; e a formação profissional composta por componentes curriculares específicos da área de Design (2008, p. 12). Entre linhas, costuras e bordados, tecemos a ideia de pensar uma Antropologia do Aprender a partir de uma prática consolidada no sujeito que busca uma teoria que se entrecruze e articule seu fazer e seu saber. Essa ideia deu origem a um outro projeto intitulado ANTROPOLOGIA DO APRENDER DO ARTESÃO ALAGOANO: seus saberes e seus fazeres. Como a costura é movimento, como o tear é movimento intenso, o movimento de mobilização de conhecimentos teóricos realizados pelos professores é objeto de preocupação dos pesquisadores, considerando a necessidade de construção teórica sobre uma Antropologia do Ensinar, como artefato pedagógico desenvolvido pelo professor para ensinar para uma profissão que não é a sua. Assim, esta pesquisa PIBIC possui também como objetivo orientar o aluno bolsista na utilização do método etnográfico no desenvolvimento de pesquisas qualitativas por compreendermos que a etnografia forma o pesquisador. A utilização do método etnográfico na Educação Profissional e Tecnológica não reflete a cultura dominante da pesquisa neste campo, contudo, considerando o objeto de estudo proposto – saberes e fazeres do artesão –, este se coloca como um interessante aliado na compreensão da mobilização de múltiplos saberes pelos professores e sua recontextualização a partir das aprendizagens de jovens e adultos que procuram por sua formação profissional junto a instituições da Rede Federal. APLICAÇÃO DE UM BUSINESS PROCESS MANAGEMENT SYSTEM (BPMS) PARA AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE AUTOR (A): MARCÍLIO FERREIRA DE SOUZA JÚNIOR As organizações possuem atividades que se relacionam e de diversas maneiras entregam produtos e/ou serviços a vários interessados. Todo produto ou serviço principal ou 29 secundário oferecido por uma empresa é necessariamente o resultado de um conjunto de atividades, onde a cadeia dessas atividades buscando atingir os objetivos organizacionais são denominado de processo de negócio (WESKE, 2007). Processo, no conceito de Harrington (1993), é qualquer atividade que recebe uma entrada, agrega-lhe valor, utilizando-se de recursos da organização, gerando uma saída para um cliente interno ou externo. Um processo gera resultados com vistas a atingir um ou mais objetivos da organização. Logo, o conceito de processo de negócio passou a ser usado para designar a menor unidade de uma empresa que ainda preserva um objetivo nos quais os processos e recursos que o compõem são organizados para este fim. A empresa passou a ser reconhecida como a combinação de diversos processos de negócios nos quais possuem diversas atividades menores que compõem um processo por mais simples que seja (GEORGES, 2007). Os processos são disparados por eventos específicos e apresentam um ou mais resultados que podem conduzir ao término do processo ou a transferência de controle para outro processo. Processos são compostos por várias tarefas ou atividades inter-relacionadas que solucionam uma questão específica (ABPMP, 2009). Diante da necessidade de se utilizar um método mais eficaz para gerenciar esse processos, o conceito de Business Process Management (BPM) ou Gerenciamento de Processos de Negócio é uma abordagem disciplinada para identificar, desenhar, executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar processos de negócios automatizados ou não, para alcançar os resultados pretendidos, consistentes e alinhados com as metas estratégicas de uma organização (ABPMP, 2009). Adotar BPM significa, portanto, aplicar métodos e técnicas para modelar, implantar, monitorar e melhorar continuamente os processos, visando alcançar uma maior agilidade operacional, maior confiabilidade, redução de custos e, principalmente, alinhamento aos objetivos empresariais (Rede Gestão, 2008). É neste cenário que se insere o presente projeto de pesquisa, através da aplicação de uma ferramenta de Business Process Management System (BPMS) em processos de organizações de saúde, possuindo como estudo de caso a Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas (SESAU). A crescente demanda por cuidados de saúde, o crescimento nos custos, as restrições de recursos e as evidências nas variações na prática clínica tem levado a um maior interesse em medir e melhorar a qualidade da prestação de serviços de saúde (CAMPBELL, 2000). Com o advento do conceito de BPM, os processos são diagramados e assim são facilmente identificáveis e entendíveis, tanto os processos como as atividades que os compõem dentro de uma organização de saúde. Diante da necessidade de se utilizar uma ferramenta para a modelagem dos processos de negócio, este projeto utilizará o Business Process Modeling Notation (BPMN) como uma notação gráfica para representar os fluxos de processos a serem mapeados na SESAU. A simbologia utilizada permite a especificação dos fluxos num nível de detalhamento próximo da complexidade de um ambiente real. Trata-se de uma notação que facilita a comunicação entre analistas e usuários, bem como as análises necessárias para a preparação da versão inicial do processo ou melhorias a serem realizadas (Rede Gestão, 2008). Por outro lado, para permitir a automação dos processos o projeto adotará ferramentas de Business Process Management Systems (BPMS), que são sistemas que automatizam a gestão de processos de negócio tanto na execução, como no controle e também no monitoramento. O quadro abaixo resume as principais ferramentas de BPMS 30 atuais. Portanto, BPMS é uma categoria de software usada para apoiar a implantação e a execução dos processos sob a ótica de BPM. Desta forma, permite o mapeamento dos processos ponta-a-ponta, desenho dos fluxos e formulários eletrônicos, regras de negócio, monitoramento em tempo real das atividades através de métricas preestabelecidas e alertas para a gestão. Um BPMS pode ser implantado numa organização interagindo com sistemas existentes ou independente destes. Essa ferramenta compreende uma camada de alto nível que orienta a execução do processo integrando aplicações e/ou tarefas manuais. ARAPIRACA: ENTRE O TRADICIONAL E O MODERNO AUTOR (A): MARCÍLIO FERREIRA DE SOUZA JÚNIOR Alagoas, como um Estado encantador pela sua diversidade cultural, e atraente pelas opções turísticas, (belas praias, dentre outras belezas naturais, cidades históricas, manifestações folclóricas), que representam a memória desses lugares. Diante desta situação, trazendo essa realidade para a cidade de Arapiraca, situada no agreste Alagoano, o presente projeto viabiliza uma perspectiva de estudar os possíveis pontos de referência do patrimônio cultural (material e imaterial) desta cidade. Até então reconhecida como a cidade do fumo, que recebe este nome por ter como a principal atividade econômica a produção fumageira até a primeira década do século XX. Sendo assim, pretendemos realizar exposições de fotografias da cidade, promover debates em escolas públicas e privadas da região, participação em eventos, com intuito de despertar o interesse da comunidade pelo patrimônio local. O objetivo maior deste trabalho é identificar em algumas áreas da cidade 31 manifestações culturais, assim como construções que retratem a evolução histórica desde sua fundação até os dias atuais da mesma (museus, edifícios civis e religiosos, praças, ruas etc.). Sendo assim o trabalho consiste numa divulgação desses lugares respaldado na legislação municipal para que a população tenha conhecimento e possa usufruir de forma sustentável. AS CRISES CÍCLICAS DE UMA ECONOMIA DE MERCADO E A DEGRADAÇÃO AMBIENTAL AUTOR (A): ZILAS NOGUEIRA DE QUEIROZ Atualmente muito se tem discutido acerca da degradação do meio ambiente. Há uma preocupação generalizada com relação ao futuro dos recursos naturais e, portanto da própria vida. Governos, ONGs, cientistas e a sociedade em geral vêm buscando compreender as causas, consequências e soluções para o processo de devastação ambiental observado nas últimas décadas do século passado e que não dá sinais de desaceleração neste início do novo milênio. Este processo de devastação, acentuada nos últimos anos e que ameaça a vida humana e mesmo a existência da vida em geral, será aqui tratado com o termo: “crise ambiental”. Não obstante este tema tomar uma posição de destaque nas discussões científicas acreditamos que as análises desenvolvidas por ecologistas, sociólogos, economistas etc. ainda não são suficientemente críticas e não investigam a raiz mais profunda do conjunto de questões relativas à utilização predatória do meio ambiente. Quase sempre as pesquisas nesta área giram em torno de determinações éticas, políticas, administrativas e técnicas do problema. A nosso ver o que deve ser colocado em primeiro plano são as determinações econômicas da crise ambiental. Neste sentido tentaremos em nossa pesquisa recolocar o problema da devastação do meio ambiente e, consequentemente das catástrofes naturais que assolam o mundo atual, sob um novo ponto de vista. Para tanto seremos levados, necessariamente, a priorizar duas questões que nortearão nosso estudo: 1) seria possível compatibilizar a lógica imanente do capitalismo com o desenvolvimento econômico ecologicamente sustentável? e 2) A superação da crise ambiental teria como ponto de partida novas concepções éticas, políticas, ou novos conceitos e novas práticas administrativas? Em outras palavras, resposta à crise encontrar-seia prioritariamente na esfera da subjetividade (planejamento, decisão política, valores morais, etc.)? Até hoje grande parte das discussões e propostas acerca das causas e soluções para o atual processo de degradação ambiental têm enfatizado esse conjunto de fatores que se encontram em uma dimensão meramente subjetiva. Assim, as causas do uso predatório dos recursos naturais, bem como as soluções para tal problema vêm sendo apontadas como uma questão que depende exclusivamente de um melhor planejamento em relação ao uso de tais recursos, de uma postura mais responsável e ética face ao meio ambiente, de uma busca pela conscientização dos cidadãos, de uma classe política que esteja preocupada na preservação ambiental, etc. 32 No entanto, verificamos que desde os últimos trinta anos do século passado até os cinco primeiros do atual estas tentativas, de explicar e propor soluções com base subjetivista, têm se mostrado ineficazes no sentido de estabelecer um consumo mais racional dos recursos naturais, sobretudo os não renováveis. Não podemos, entretanto, desmerecer os movimentos ecológicos e nem as lutas por conquistas imediatas, que acreditamos ser da maior importância. O que queremos suscitar são as seguintes questões: por que a sociedade (através dos movimentos ecológicos e das representações políticas) não conseguiu apontar teórica e praticamente para uma solução definitiva para a crise ambiental, que vem se arrastando por todo o século XX e adentra o XXI com força total? Por que não resolver logo este problema se é do interesse de todos os seres humanos a preservação da própria vida? Nossa hipótese é a de que as análises e reflexões a respeito da crise ambiental devem ser deslocadas da centralidade do sujeito para a centralidade dialética da objetividade. Desta forma, entendemos que o ponto de partida para compreensão e intervenção eficaz nesta complexa realidade de crise ambiental deve ser a objetividade social, que tem em sua base as relações econômicas, e não a subjetividade plasmada em questões éticomorais e políticas. Importante ressaltar aqui que não há desprezo ao papel da subjetividade na consubstanciação da realidade objetiva. Endentemo-la como elemento indispensável para construção do mundo real. Mas, não suficiente e nem mesmo prioritário. Assim, podemos afirmar que a realidade social (que é estruturada na relação homem/natureza), não obstante ser produto da práxis, está submetida a certas leis e tendências de desenvolvimento. Em outras palavras, há uma lógica objetiva que não pode ser superada apenas pela vontade (subjetividade) individual ou mesmo coletiva. O que sugerimos é que ao examinar os problemas ecológicos, as questões morais e políticas (que estão no âmbito da vontade) não devem ser os eixos centrais de análise. Devemos, antes de tudo, nos esforçar na apreensão das leis imanentes que regem o funcionamento da formação social em que se passam as questões ambientais em exame. E, em um próximo passo, relacionar tais leis aos problemas ecológicos que estamos investigando para, só então, verificar os possíveis condicionantes morais e políticos. Quando lançamos nossa atenção sobre o mundo contemporâneo e buscamos compreender seus princípios estruturantes constatamos que desde os anos 70 ele passa por um período de crise crônica, no interior da qual todas as estruturas sociais são atingidas. A vida cotidiana dos seres humanos torna-se a cada ano mais instável, insegura e estranhada. Em sua história o capitalismo sempre foi acometido por crises. Contudo, muitos indícios nos levam a crer que a atual crise afeta as próprias estruturas do sistema. Se observarmos o desempenho da economia mundial no fim do século XX perceberemos que há indicativos que fortalecem esta interpretação. Vejamos alguns exemplos: o PIB mundial caiu de 5% em 1970 para aproximadamente 2% em 1999. Se verificarmos o G-7 constataremos uma queda de 6% em 1960 para 1% em 2000. O caso do Japão especificamente é ainda pior. De 10% em1962 o PIB japonês caiu para 2% em 2000. Já os EUA tiveram uma queda de 4% em 1960 para 2% em 2000. Além disso, a constatação de um acúmulo de capacidade ociosa industrial bem como da queda na produtividade nos últimos trinta anos leva-nos a concluir que; ...o movimento econômico que vem dos finais dos anos 1960, passando pelos anos 1970, até os dias atuais, quando a crise ganha mais corpo e profundidade, não é um movimento 33 composto de várias crises cíclicas de superprodução, mas o de uma única e monumental crise de superprodução que acabou soldando-se com uma também monumental crise financeira para constituir-se numa única, prolongada e universal crise estrutural (CARVALHO, 2003:44). Em face desta crise de dimensões globais o capitalismo tenta reagir reorganizando suas estruturas básicas. Contudo, a chamada reestruturação produtiva do capital intensificou a lógica destrutiva da formação social capitalista. Assim, verificamos que; O capital, no uso crescente do incremento tecnológico como modalidade para aumentar a produtividade, também necessariamente implica crises, exploração, pobreza, desemprego, destruição do meio ambiente e da natureza, entre tantas formas destrutivas. (CARCHETI, apud ANTUNES, 1999:34) Podemos, então, concluir que a ordem sócio metabólica do capital, ao reorganizar a produção, na tentativa de superar a trajetória descendente que vem traçando desde os anos 70, produz riquezas em uma quantidade jamais vista. Mas, de outro lado, produz o seu oposto (miséria, destruição do meio ambiente, desemprego) em escala globalizada. Como já citamos anteriormente o modo de produção capitalista sempre foi acometido por crises cíclicas. Estas podem ser apontadas como elementos de uma lei social própria de uma economia dominada pelas relações de capital. As crises em si, porém, não são uma exclusividade do capitalismo. Mas, se observarmos as formas precedentes de intercambio produtivo entre os homens e o mundo natural constataremos que este intercâmbio era predominantemente orientado pela produção para o uso (MÉSZÁROS, 2000:8). Neste momento, em que o valor de uso predominava sobre o valor de troca, as crises econômicas tinham em sua raiz a baixa produtividade do trabalho. Ou seja, por um fenômeno natural ou por uma guerra, por exemplo, os homens eram submetidos à fome, à penúria social. Desta forma, antes da revolução industrial as crises eram provocadas pela subprodução de valores de uso. Já as crises no sistema capitalista são provocadas pela superprodução de valores de troca. “Hoje, nas crises capitalistas, tem-se fome, subnutrição e penúria social, a exemplo do Nordeste (brasileiro), em meio à abundância (superprodução) de viveres, bens ou mercadorias.” (XAVIER, 2000:5, grifo nosso) Esta superprodução de mercadorias que não encontram compradores teria como consequência a queda da taxa de lucro e necessariamente a crise econômica, que serviria como elemento de recuperação destas taxas. Assim, as crises no capitalismo apresentam-se como formas de ajuste da oferta de mercadorias, pois esta se expande seguindo leis distintas da demanda, ou do poder de compra do consumidor final. O que explica, em última instância, a constante irrupção das crises é a tendência decrescente da taxa de lucro. Esta queda tendencial da taxa de lucros acontece por causa de um constante crescimento da composição orgânica do capital. Ou seja, à medida que o capital variável vai sendo substituído pelo capital constante há, também, uma diminuição da parte do trabalho que aparece como mais-valia. Mas, é necessário ressaltar aqui o fato de que existem contra-tendências que podem diminuir e mesmo neutralizar, em certas circunstâncias, a queda da taxa de lucro. 34 Um dos fatores decisivos para o movimento contrário à tendência de queda é o aumento da exploração do trabalho. Outro é a redução da oferta de produtos via redução de investimentos, produção e estoques. Mas, para que esta redução da demanda não redunde em lucros ainda menores é fundamental que a circulação de mercadorias se dê de forma cada vez mais dinâmica. Assim, a vida útil dos produtos vem diminuindo de forma constante. Os produtos são produzidos para durarem cada vez menos. Outro fator que funciona como contra-tendência apontado por Arcary (2003) é o barateamento dos alimentos e “matérias primas, que estão na base da cadeia produtiva das mercadorias que são indispensáveis à sobrevivência dos trabalhadores, e decisivas para a definição do salário médio”. (pag.11) Existem, ainda, outros fatores que atuam como tendências contrárias ao constante declínio da taxa de lucro. Mas, estes três citados são os mais importantes para nossa pesquisa que se concentrará na análise aprofundada destes elementos que pressionam a recuperação da taxa de lucro, pois acreditamos que além de atuarem como “forças contrárias” à uma lei própria da economia capitalista o aumento da exploração do trabalho, a taxa de uso decrescente das mercadorias e a redução constante dos preços dos alimentos e matérias primas (por meio do aumento desordenado da produção) atuam juntas para o aprofundamento da crise ambiental. A partir desta ideia tentaremos relacionar o aumento da emissão de dióxido de carbono na atmosfera, o crescente desmatamento, o esgotamento do solo, das fontes hídricas, e dos recursos naturais não renováveis com os fatores que atuam na busca de recuperação das taxas de lucro, em períodos de crise. No desenvolvimento da pesquisa tentaremos responder as questões aqui levantadas na intenção de ampliar o debate teórico e contribuir para a formulação de propostas reais que venham mitigar a degradação ambiental a curto prazo e a longo prazo possam apontar para uma solução definitiva que não crie empecilhos para o desenvolvimento humano e que, de outro lado, possa preservar os recursos naturais. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DA REMOÇÃO DE COR E DA CARGA DE DQO EM ÁGUAS RESIDUÁRIAS USANDO BIOPOLÍMEROS COMO ADSORVENTES AUTOR (A): IARA BARROS VALENTIM O presente projeto propõe a remoção de poluentes a partir de águas residuárias, por exemplo a vinhaça, provenientes da indústria local, apresentando assim relevância científica, social e regional. O aluno inserido neste projeto terá maior contato com a metodologia científica e aplicará os conceitos adquiridos em sala de aula como em processo químico, operações unitárias, físico-química aplicada e química ambiental no desenvolvimento do mesmo, assim comtemplando tanto os cursos Técnico de Açúcar e Álcool quanto o Técnico de Meio Ambiente. Além disso, este aluno desenvolverá a extensão no momento em que se conscientiza da importância do aproveitamento de resíduos, por exemplo o bagaço de canade-açúcar como adsorvente, preservando assim o meio ambiente e ajudando a comunidade local. Esse resíduo com tratamento adequado poderá ser utilizado no futuro em filtros de 35 uso doméstico. Isso contemplaria a realização de pesquisa aplicada, estimulando o desenvolvimento de soluções técnica e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade. Os objetivos gerais desse projeto relacionam-se ao aproveitamento da quitosana e bagaço de cana-de-açúcar como adsorventes de baixo custo na remoção da cor e da carga de DQO (demanda química de oxigênio) em águas residuárias sintéticas e industriais. Os efluentes sintéticos serão preparadas no laboratório utilizando corantes têxteis e os efluentes industriais, como a vinhaça, serão obtidos do setor sucroalcooleiro local. Pela primeira vez, o Instituto Federal de Alagoas campus Penedo está participando de um processo seletivo de projetos de pesquisa para os Programas de IC-IFAL nesta área de conhecimento, pois o Campus está entrando no seu terceiro ano de existência e só agora possui infraestrutura mínima para a realização das atividades experimentais em laboratório. O proponente deste trabalho possui cooperação com o Laboratório de Eletroquímica da Universidade Federal de Alagoas-LEQUI no Instituto de Química e Biotecnologia na área de Química Analítica Ambiental/Novos Materiais cuja líder é a Profa. Dra. Marília de Oliveira Fonseca Goulart e, ainda, possui interação com Profa. Dra. Selêude Wanderley da Nóbrega que atua na linha de pesquisa de tratamento de efluentes e também é membro do curso de Mestrado em Recursos Hídricos e Saneamento da UFAL. Portanto, este projeto possui forte interesse científico com relevância social e regional, com o aproveitamento de rejeitos da indústria local minimizando impactos ambientais. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MUNDAÚ (TRECHO SÃO JOSÉ DA LAJE – RIO LARGO/AL) ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS AUTOR (A): ANA PAULA AQUINO BENIGNO A água, parte integrante do planeta Terra e componente fundamental da dinâmica da natureza é um recurso natural precioso e insubstituível aos seres vivos. A ela atribui-se a responsabilidade de participar e dinamizar todos os ciclos ecológicos, além de sustentar a vida dos seres vivos terrestres, pois sem esse bem, a vida na Terra seria impossível (TUNDISI, 2003). A água doce que é utilizada, principalmente, para o desenvolvimento de atividades humanas, tais como pesca, banho, consumo e irrigação, provêm de lagos, lagoas, rios e reservas subterrâneas. Assim, é de suma necessidade e importância o permanente monitoramento, visando manter a qualidade desse bem natural, assegurando sua proteção, o combate à poluição. O mundo contemporâneo está vivenciando um quadro de mudanças políticas associado à necessidade de construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A gestão democrática da água, um bem de uso comum do povo, está no centro de discussões que visam estabelecer os rumos da modernização de um país no cenário de um mundo globalizado (MACHADO, 2003). Segundo Machado (2003), a água, por ser um bem absolutamente necessário à sobrevivência dos seres vivos, atrai para as margens dos mananciais, o estabelecimento de agrupamentos humanos, coletividades, comunidades, cidades e nações que dependem desse recurso natural para a sua existência e para satisfazer suas necessidades econômicas e 36 sociais. Inúmeras famílias buscam os benefícios que esses corpos d’água podem oferecer, tais como: abastecimento para consumo, irrigação, fonte de recursos pesqueiros. Por outro lado, estes mananciais recebem um enorme contingente de descarga de resíduos tóxicos e esgotos (RABELO, 2000). Assim, com um desordenado crescimento urbano, sem uma real disciplina de ocupação e uso do solo e água, as aglomerações urbanas têm se tornado um grande problema social e econômico. Além disso, o cenário nordestino carente de rios perenes caracteriza-se pela irregularidade temporal e espacial do regime pluviométrico. Os solos são rasos apresentando baixa capacidade de retenção de umidade e a incidência solar é elevada (FUNASA, 2007). Esses fatores associados contribuem para a escassez de água limitando o desenvolvimento socioeconômico da região. Além disso, diversas atividades comerciais e industriais desenvolvidas nas proximidades dos mananciais contribuem para a descarga de rejeitos nas áreas de preservação, acelerando processos de degradação desses recursos naturais, requerendo programas especiais de saneamento básico. Um eficiente gerenciamento do uso e a proteção da qualidade das águas devem ser promovidos, a fim de garantir a manutenção dos suprimentos hídricos de nossa região. Além disso, a administração dos recursos hídricos deve envolver uma política de manutenção dos suprimentos de água: proteção das áreas de abastecimento dos lençóis de água e da vegetação circunvizinha; controle do desperdício, incentivo ao reuso da água em processos de irrigação, emprego da microirrigação (método do gotejamento), reciclagem de água industrial. Além disso, deve-se garantir a qualidade da água: redução ou proibição de despejos (industriais, de mineração, domésticos), controle do escoamento de resíduos provenientes da agricultura (resíduos animais, fertilizantes e pesticidas). A administração dos suprimentos hídricos deve também, proteger e conservar a qualidade da água: estabelecimento de padrões de qualidade, regulamentação dos lançamentos de dejetos em solos e águas, monitoramento da obediência às leis ambientais referentes aos sistemas públicos de suprimentos de água. O homem, a fim de assegurar o fornecimento e promover a conservação da qualidade da água, deve colocar-se como um ser participativo no processo de intervenção, proteção, controle e gerenciamento dos fatores que a degradam, priorizando atitudes que evitem o desperdício e procedimentos que conduzam à reciclagem e ao reuso desse precioso bem renovável, mas não inesgotável. Nesse contexto, a caracterização física e química dos recursos hídricos é de fundamental importância para a compreensão da dinâmica do ambiente aquático e do metabolismo da matéria viva presente, bem como para o estabelecimento de programas com fins de conservação e utilização racional desses ecossistemas. O presente estudo tendo como base a caracterização de parâmetros físicos e químicos da Bacia Hidrográfica do Rio Mundaú (trecho São José da Laje – Rio Largo/AL), através de análises físicas e químicas de amostras deste manancial contribuindo desse modo, com a avaliação e divulgação dos resultados encontrados, colaborando ainda com futuros programas que venham a utilizar racionalmente esses ecossistemas. Será utilizada como diretriz de atuação, a determinação de parâmetros físicos e químicos, dentre os quais serão analisados: a temperatura, o pH, a condutividade, o dióxido de carbono livre (volumetria ácido-base), a presença de cloretos (volumetria de precipitação através do Método de Mohr), a alcalinidade total (volumetria ácido-base), cálcio, magnésio e a dureza total (volumetria de formação de complexos com EDTA), nitrito 37 (espectrofotometria), nitrato (espectrofotometria), oxigênio dissolvido – OD (volumetria) e sulfato (gravimetria). Será efetuada ainda a análise dos metais ferro, alumínio e cromo através da técnica de Espectrometria de Absorção Molecular. A avaliação dos resultados será baseada nas legislações vigentes: a Resolução CONAMA no 357/05 que dispõe sobre a classificação dos corpos d’água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento e estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e a Portaria N.º 518/04 que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DAS SEMENTES DE ABELMOSCHUS ESCULENTUS L. AUTOR (A): JOSÉ ADONIAS ALVES DE FRANÇA O quiabo, cujo nome científico é o Abelmoschus esculentus L. é uma planta perene oriunda da África e faz parte da dieta em várias partes do mundo (Sheu, 2012). Beneficia o sistema digestivo devido a alta concentração de polissacarídeos e microelementos. Numerosos estudo têm explorado os efeitos dos polímeros de carboidratos extraídos deste vegetal em diferentes partes do sistema imune (Mizuno, 1995). Algumas atividades biológicas das sementes são relatadas na literatura, tais como anticâncer, infecção microbiana, hipoglicemia, constipação, retenção urinária e inflamação (Soares, 2012). Historicamente, o uso de plantas com propriedades medicinais é universal, no entanto, muitas comunidades ainda utilizam algumas plantas somente como alimentação comum por não conhecerem os benefícios do seu uso. Segundo Balbach, Alfons, As Hortaliças na Medicina Doméstica, A Edificação no Lar, em 100 gramas de quiabo estão agrupados: 850 U.I. de vitamina A; 130 µg de vitamina B1 (Tiamina); 75 µg de vitamina B2 (riboflavina); 0,70 mg ou de vitamina B3 (niacina) ou de vitamina B5 (ácido pantoténico) — não especificado devido à incongruência da fonte — e 25,80 mg de vitamina C (ácido ascórbico). Além disso, contém 40,00 kcal (calorias) (em 100 gramas); 89,60% de água; 7,40 % de hidratos de carbono; 1,80% de proteínas; 0,20% de gorduras e 1,00% de sais. AVALIAÇÃO COMPARATIVA DOS ESPAÇOS DE PRODUÇÃO DO LEITE, DA ORDENHA À RECEPÇÃO NAS PEQUENAS QUEIJARIAS DO MUNICÍPIO DE MAJOR IZIDORO COM O MANUAL DE BOAS PRÁTICAS AUTOR (A): ARIADNE AGUIAR VITÓRIO MENDONÇA O leite ao ser sintetizado e secretado nos alvéolos da glândula mamária é estéril, mas ao ser retirado, manuseado e armazenado pode se contaminar com microrganismos originários do interior da glândula mamária, da superfície das tetas e do úbere, de utensílios, 38 como os equipamentos de ordenha e de armazenamento e de várias fontes do ambiente prejudicando a qualidade do leite (BRITO, 2001). Por isso, o produtor tem o seu leite submetido a testes de avaliação, para verificar a sua qualidade. São efetuadas análises, conforme as normas vigentes, visando garantir produtos com o menor risco possível. Os espaços relativos à produção do leite são importantes agentes que colaboram na obtenção da melhoria da qualidade do leite, a partir da interação do ambiente e da forma como o trabalhador usa esse mesmo ambiente com o produto. Essa interação é vista, sob o ponto da legislação como componentes da infraestrutura a serem cumpridos para se obter um produto seguro, incluindo também a recomendação de que durante o processo evite-se a contaminação pelo ar, pelos materiais dos equipamentos que ficam em contato com o produto, a forma adequada do transporte, etc. No município de Major Izidoro é comum a presença de queijarias artesanais que são mantidas graças a presença de uma grande quantidade de pequenos produtores de leite, que possuem menos de 10 cabeças de gado. O objeto dessa pesquisa visa à análise desses elementos de infraestrutura nos espaços de obtenção do leite, como forma de diagnosticar a realidade local. O uso desse diagnóstico pode torna-se importante ferramenta na proposição de políticas públicas e na busca pela sustentabilidade econômica e social, somando a esses, a preservação cultural da sociedade produtora de leite. É necessário entender o contexto em que esses espaços são montados, a formação da região que hoje forma a Bacia Leiteira de Alagoas (BLA). Essa comparação da forma de obter o leite no local e a forma como é disposta na legislação, na utilização das Boas Práticas de Fabricação é o objeto desta pesquisa. “O município de Major Izidoro é o centro da bacia leiteira alagoana, não somente pela sua posição geográfica, mas por deter a fina nata dos melhores produtores de leite, os quais são mais preparados tecnicamente e com paradigmas avançados, sendo os principais responsáveis pela visibilidade e evolução da atividade em todo território alagoano (AMARAL, 2007, p. )”. O município possui muitos laticínios e queijarias de pequeno porte, cuja maioria não possui condições adequar-se as normas vigentes para a produção, o que acarreta em seu fechamento, porém esses laticínios e queijarias de pequeno porte tem grande importância na área social, econômica e cultural. A sua produção proporciona a revalorização do rural e a manutenção da identidade cultural uma vez que absorve o leite produzido pelos agricultores familiares e demais produtores locais, inserindo-os no mercado. Promove a geração de trabalho na área de produção e na comercialização dos derivados de leite possibilitando maior circulação do capital e a redução do êxodo rural (MENEZES, 2006). A má qualidade do leite cru e por consequência, dos leites pasteurizados e esterilizados, assim como de derivados, está relacionada a fatores como deficiências no manejo e higiene da ordenha, índices elevados de mastite, manutenção e desinfecção inadequadas dos equipamentos, refrigeração ineficiente ou inexistente e mão de obra desqualificada, entre outros (SANTANA et al.,2001). A produção de leite apresenta grande expressão econômica, sendo ela uma das que mais empregam no meio rural do Brasil . No entanto, as pequenas propriedades leiteiras possuem dificuldades para se estabelecerem, diante das exigências impostas pelo mercado (PEDRICO, 2009). Já que a grande maioria não possui condições financeiras para tal. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2007), a produção de leite no Brasil cresceu 69,4% no período compreendido entre os anos de 1990 e 2005, 39 passando de um volume total de 14,5 bilhões para 24,6 bilhões de litro/ano pode ser considerada como um dos pilares da produção agropecuária nacional, tendo importante inserção nas diferentes regiões do Brasil (BRASIL JR., 2003). AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO COM VISTAS A USOS URBANOS AUTOR (A): SELMA THAÍS BRUNO DA SILVA O lançamento de esgotos domésticos ou industriais danifica a qualidade de água de mananciais, reduzindo a possibilidade de utilização destas. Especialmente nas regiões mais urbanas situadas às margens do rio São Francisco é possível observar o lançamento difuso de esgotos domésticos oriundos das cidades, e lançamentos pontuais, principalmente, de restaurantes. Tais observações podem contribuir para degradar a qualidades de suas águas, e requerer a necessidade de tratamento de suas águas inclusive para usos urbanos considerados não potáveis, tais como, descarga de sanitários, irrigação de áreas verdes, uso em sistema de combate a incêndios, limpeza de vias públicas, alguns usos industriais e outros. Hespanhol (2008) considera as seguintes atividades como urbanas não potáveis: - construção civil, na lavagem de agregados, preparação e cura de concreto, controle de poeira e compactação do solo; - sistemas de proteção de incêndio; - fins ornamentais aquáticos, como fontes, chafarizes, espelhos d’água e etc; - descarga sanitária em banheiros públicos e em edifícios residenciais e comerciais, públicos e privados; - lavagem de ruas em espaços destinados à feiras livres; - lavagem e desobstrução de redes coletoras de esgotos e galerias de águas pluviais; - irrigação de áreas verdes com restrição de acesso ao público, como praças, jardins, cemitérios, canteiros, etc. O Quadro 1 mostra a concentração dos parâmetros recomendados pela USEPA para uso urbano não potável de efluentes, que se aplica a irrigação (campos de golfe, parques, áreas verdes de cemitérios), lavagem de veículos, descarga de banheiro, em sistemas de proteção contra incêndios, condicionadores de ar, e outros usos com semelhante acesso ou exposição de água. 40 Para o enquadramento de corpos d’água superficiais, como o rio São Francisco, será utilizada a Resolução CONAMA Nº 357/05 como referência. Esta dispõe sobre a classificação e dá diretrizes para o enquadramento dos corpos d'águas superficiais, estabelecendo padrões de qualidade de águas, classes e usos para qual se destinam. De acordo com a Resolução CONAMA 357/05 para as atividades de pesca e aquicultura em água doce, as águas destinadas a essa utilização devem possuir os seguintes padrões de qualidade: pH: 6 a 9; turbidez: ≤ 100 UT; DBO ≤ 5 mg/L; OD ≥ 5 mg/L; SDT ≤ 500 mg/L; Fósforo Total: ≤ 0,05 mg/L; Nitrogênio Amoniacal: 3,7 mg/L N para pH ≤ 7,5, 2 mg/L N para 7,5 < pH ≤ 8, 1 mg/L N para 8 < pH ≤ 8,5 e 0,5 para pH > 8,5; Cloretos: ≤ 250 mg/L; E.Coli e CT: ≤ 1000 NMP/100 mL. Aquino, Gradvohl e Santos (2007) apontam que a possibilidade de bactérias atingirem o músculo de peixes, ocorre apenas quando o cultivo é realizado em meio líquido com concentração maior que 104 a 105 NMP/100 mL de coliformes termotolerantes e Salmonella. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E INDICADORES DAS REAÇÕES DE ESCURECIMENTO DO AÇÚCAR BRUTO PRODUZIDO E EXPORTADO PELO ESTADO DE ALAGOAS, ANTES E APÓS SEU ARMAZENAMENTO NO PORTO DE MACEIÓ AUTOR (A): CELSO SILVA CALDAS Os problemas acarretados pelo escurecimento do açúcar bruto durante seu armazenamento repercutem negativamente sobre a sua comercialização, causando prejuízos financeiros aos produtores e ao país. Com o intuito de obter maior conhecimento sobre os compostos envolvidos nas reações de escurecimento e avaliar a influência do tempo de armazenamento sobre a qualidade do açúcar e indicadores deste fenômeno, esta pesquisa será realizada. O material estudado serão amostras de açúcar bruto produzido por Unidades Industriais do estado de Alagoas e coletadas no Porto de Maceió durante o recebimento do açúcar no terminal açucareiro, e no momento dos embarques para exportação. As amostras serão avaliadas quanto aos parâmetros físico-químicos de qualidade e precursores do escurecimento, por métodos oficiais validados. Com os resultados será possível avaliar a qualidade do açúcar recebido e exportado pelo Porto de Maceió, além de identificar os 41 precursores e as reações de escurecimento ocorridas durante seu armazenamento, além de estabelecer relações matemáticas que permitam prever o aumento de cor. AVALIAÇÃO DE PLANTAS DE COBERTURA DO SOLO PARA FINS DE PLANTIO DIRETO NO ESTADO DE ALAGOAS AUTOR (A): AVALIAÇÃO DE PLANTAS Atualmente a sustentabilidade e suas dimensões ambientais, econômicas e sociais são o grande desafio atual da humanidade, sendo um modelo de desenvolvimento em formação (SARANDÓN et al., 2006). Um aspecto importante da agricultura sustentável está relacionado à adoção de práticas de manejo conservacionista do solo. O sistema plantio direto (SPD) vem sendo apontado como um sistema capaz de se enquadrar no conceito de sustentabilidade (DAROLT, 2000). Esse sistema caracteriza-se pela semeadura ou plantio em solo não revolvido, coberto pela palhada da cultura anterior (ALCOVER, 1976; ALTIERE, 1987). Sendo, portanto, uma alternativa econômica e ecologicamente viável para a produção agrícola em ambiente tropical. O sistema de cultivo influencia diretamente os aspectos químicos, físicos e biológicos do solo. Assim, considerando a suscetibilidade dos solos tropicais a processos de erosão devido aos baixos teores de matéria orgânica, as práticas de plantio direto e cobertura morta são fundamentais. Para Gonçalves et al. (2000) o sucesso do plantio direto depende da produção de fitomassa e a manutenção da cobertura na superfície do solo é fundamental para o sistema. O tempo de permanência da cobertura morta na superfície do solo, após o manejo das espécies, é determinado pela velocidade de decomposição dos resíduos vegetais. Quanto mais rápida ela for, maior a velocidade de liberação de nutrientes, e menor a proteção oferecida ao solo. Segundo Alvarenga et al. (2001) a quantidade e a qualidade da palha sobre a superfície do solo dependem do sistema de rotação adotado e, em grande parte, do tipo de planta de cobertura e do manejo que lhe é dado. Primeiramente, deve-se selecionar aquelas espécies com maior potencial para as condições locais, tomando-se por base a rapidez com que se estabelecem e as suas produções de fitomassa. Quanto mais rápido o estabelecimento, maiores os benefícios físicos advindos da cobertura na proteção do solo e na supressão de plantas daninhas. A maior produção de fitomassa indica maior oferta de palha sobre o solo, podendo, ainda, dar uma ideia sobre a reciclagem de nutrientes, desde que se conheça o padrão de extração de nutrientes pela espécie selecionada (ALVARENGA et al., 2001). As plantas de cobertura devem possibilitar um fácil manejo com a camada de palha formada, oferecendo pequena resistência aos componentes de corte das semeadoras, de tal modo que o plantio subseqüente possa ser realizado sem dificuldades operacionais. A quantidade de palha sobre o solo e a uniformidade da sua distribuição podem servir de referência para uma avaliação preliminar sobre as condições nas quais o SPD está se desenvolvendo (ALVARENGA et al., 2001). Segundo Tivelli, Purquerio e Kano (2010) as plantas da família leguminosa são amplamente divulgadas para serem utilizadas na adubação verde. Contudo, outras plantas 42 de diferentes famílias botânicas podem ser utilizadas para essa finalidade. Atualmente há uma ênfase no uso de diferentes espécies da antiga família das gramíneas (poáceas), as quais possuem uma melhor adaptação ao solo e clima das diferentes regiões do Brasil, como o milheto e o sorgo. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AGRONÔMICO DE POPULAÇÕES DE MILHO ALAGOANO EM DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA NO MUNICÍPIO DE PIRANHAS/AL AUTOR (A): JOSÉ PEDRO DA SILVA A cultura do milho (Zea mays L.) possui grande importância para a economia da região semiárida, sendo utilizada tanto na alimentação humana como animal, principalmente na criação de aves e suínos da região. A produção alagoana não atende a demanda do estado, sendo necessária a importação do produto. A produção do milho na região agreste e semiárida são feitas basicamente a partir de sementes crioulas, selecionadas e produzidas pelos próprios produtores locais e sem a adoção de tecnologias apropriadas. Dentre os diversos fatores que influenciam na produtividade da cultura, a busca pelo melhor arranjo na distribuição das plantas de milho e uma melhor densidade de plantas é de grande importância, pois plantas espaçadas de forma equidistante competem minimamente por nutrientes, luz e outros fatores (SANGOI, 2000). Entre as vantagens potenciais da utilização de espaçamentos mais estreitos, pode ser citado o aumento do rendimento de grãos, em função de uma distribuição mais equidistante de plantas na área, aumentando sua eficiência de utilização da luz solar, água e nutrientes, melhor controle de plantas daninhas, devido ao fechamento mais rápido dos espaços disponíveis, consequente redução da erosão, melhor qualidade do plantio por meio da menor velocidade de rotação dos sistemas de distribuição de sementes e maximização da utilização de plantadoras, uma vez que diferentes culturas, como, por exemplo, o milho, poderá ser plantado com o mesmo espaçamento, permitindo maior praticidade e ganho de tempo. Tem sido também mencionado que os espaçamentos entre linhas reduzidos permitem melhor distribuição da palhada de milho sobre a superfície do solo, após a colheita, favorecendo o sistema de plantio direto (CRUZ e FILHO, 2008). Avaliar genótipos de milho em diferentes densidades de semeadura se faz necessário, uma vez que os genótipos disponíveis no estado de Alagoas são cultivados em espaçamentos mais amplos. Isso favorece a adoção de um arranjo que permite distribuir mais uniformemente as plantas na área, proporcionando assim, o aumento de produtividade (ALVAREZ et al., 2006). O município de Piranhas, inserido na região semiárida do Estado de Alagoas, apesar de ter em suas dependências parte da Usina Hidrelétrica de Xingó, apresenta sérios problemas socioambientais, devido à falta de oportunidades de emprego e renda, bem como a falta de investimentos no setor agrícola, que responde por apenas 7% do PIB. Esta realidade pode ser modificada quando práticas alternativas de geração de renda possam ser incorporadas na região, por isso, a cultura do milho é tão importante para o desenvolvimento local. Com os resultados obtidos neste trabalho, espera-se contribuir com o aumento da 43 produção e da produtividade de milho no sertão alagoano, recomendando o plantio de cultivares adaptadas aos municípios da região semiárida para cultivo em média e grande densidade de semeadura (50, 62 e 83 mil plantas/ha), o que acarretará no aumento da produtividade da região. AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO PARA DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL E PESQUISA DE HÁBITOS ALIMENTARES DOS ALUNOS INGRESSOS NO PROGRAMA DE AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO/PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR DO IFAL - CAMPUS MACEIÓ/ANO 2013 AUTOR (A): ANGELA DE GUADALUPE SILVA CORREIA No Brasil a concretização do direito humano universal a alimentação e nutrição, são mantidas sob a responsabilidade do Ministério da Saúde; no qual em 1999 homologou a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). Com o objetivo de contribuir com o conjunto de políticas do governo do qual deriva do princípio de que o acesso à alimentação adequada, suficiente e segura, é um direito humano constituído por lei (BRASIL 2003). De acordo com o PNAN para garantir a segurança alimentar e nutricional a toda população, a responsabilidade deve ser compartilhada por outros setores governamentais e pela sociedade como todo. Esse conceito fica explícito ao avaliar as diretrizes do PNAN que vem sendo implementada, além do setor da saúde, alcançando ações em parcerias com outros setores governamentais e não governamentais como: educação continuada dos profissionais de saúde com ênfase naqueles envolvidos na educação básica, inserção dos componentes alimentares e nutrição à saúde de grupos populacionais específicos, programas de prevenção e controle de carências nutricionais, ações e projetos de abordagem da desnutrição infantil no âmbito do SUS, e saúde do escolar, em parceria com o Ministério da saúde e Ministério da Educação. (CONSEA 2004). O Instituto Federal de Alagoas, conforme Resolução Nº 22/CS, de 8 de agosto de 2011, que regulamenta a Política de Assistência Estudantil do IFAL, dispõe de Programas assistências, incluindo dentre estes, o auxílio alimentação e o Programa de Nutrição e Alimentação Escolar – PANES (Anexo 2), o qual garante a oferta de refeições que atendam às necessidades nutricionais durante o período letivo, assim como a realização de Educação Nutricional para contribuir com o rendimento escolar. Além de garantir uma alimentação adequada, este programa institucional do IFAL, visa garantir a segurança alimentar e nutricional dos estudantes, sendo sua maioria na faixa etária de 14 a 19 anos, caracterizada por adolescentes. A proposta é o incentivo dentro do espaço escolar; como ambiente para educação nutricional e promoção da alimentação adequada contribuindo para a formação de hábitos alimentares saudáveis, bem como prevenção dos agravos nutricionais e/ou doenças carências. Segundo PELEGRINE 2008, o controle do crescimento e do estado nutricional em crianças e adolescentes tem sido caracterizado como um importante componente da saúde materna e infantil. Por isso para monitorar o crescimento físico, na área clínica e de saúde pública, são utilizadas medidas antropométricas de peso corporal e estatura, as quais 44 apresentam aceitação internacional para detectar a qualidade social, econômica e política do ambiente. Assim estudar os níveis de saúde de uma determinada população, no sentido de enfatizar a prevenção primária, deve ser uma prioridade em saúde pública. No qual o eixo estratégico a promoção da alimentação saudável garante qualidade de vida a esta população. Entre outras prioridades em uma Instituição de ensino deve-se incentivar a implementação de políticas, com o objetivo de promover medidas concretas para educação alimentar saudável. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2007). Desta forma o presente trabalho tem como objetivo investigar o estado nutricional, e hábitos alimentares dos usuários do bolsa auxílio alimentação e do PANES ingressos no IFAL campus Maceió no ano de 2013. AVALIAÇÃO QUÍMICA E BIOLÓGICA DAS SEMENTES DE LINUM USITATISSIMUM L AUTOR (A): JOSÉ ADONIAS ALVES DE FRANÇA A semente de linhaça cujo nome científico é Linum usitatissimum L é muito aplicada para diversos fins alimentícia devido a sua alta capacidade nutritiva, é uma potencial fonte de energia por ser uma oleaginosa. Muitos trabalhos na literatura são patentes, o que torna muito mais atraente o interesse científico que se pode explorar desta espécie. O povoado do (Sítio Marruá) da cidade de Piranhas Alagoas/Al, utiliza estas sementes para fazer um produto de uso muito comum na região, e é conhecido popularmente como um produto medicinal, que combate dor de cabeça e tardia a hipertensão. Warrand mostrou que estas sementes possuem um grande grau de polissacarídeos neutros e que podem ser utilizados para alimentação de animais (Warrand, et all, 2005). Alguns estudos envolvendo antioxidantes utilizando as sementes mostram importância pois eles têm importantes efeitos na expressão de genes envolvidos no status antioxidante, o qual pode melhorar a saúde animal e a reprodução. Além disso, os antioxidantes podem contribuir na diminuição da incidência de oxidação espontânea no leite enriquecido com ácidos graxos poli-insaturados. Os vegetais são potentes antioxidantes e a semente de linhaça é a mais rica fonte de lignanas vegetais. As lignanas presentes na semente de linhaça são convertidas em lignanas mamíferas, enterolactona e enterodiol (Petit, 2009). Trabalhos realizados com ratos mostraram que o consumo de linhaça, seja como grão cru, assado ou óleo, possui atividade biológica em ratos, destacando-se por reduzir os níveis de glicose, triglicerídeos e colesterol. Além disso, o consumo do grão de linhaça aumentou significativamente o volume do bolo fecal e a excreção de lipídeos nas fezes (Marques, 2011). Estudos in vivo mostraram que a linhaça pode ser utilizada como fonte de proteínas em crescimento de ratos, mostrando assim seu alto valor nutritivo (Soares, 2009). AVALIAÇÃO SOBRE O CONHECIMENTO E UTILIZAÇÃO DE EXTRATOS DE PLANTAS NO CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS DOS AGRICULTORES NO MUNICÍPIO DE SANTANA DO IPANEMA-AL 45 AUTOR (A): IZABEL VIEIRA DE SOUZA O crescimento da população mundial levou ao aumento de demandas de produção de alimentos (CARLINI; GROSSI-DE-SÁ, 2002). Para satisfazer essa demanda, uma revolução verde, datada da década de 1960, levou a agricultura a se caracterizar como monoculturas extensivas e de grande utilização de fertilizantes químicos sintéticos e agrotóxicos (MENEZES, 2005). Apesar da utilização dessas substâncias terem contribuído para o aumento da produção agrícola, trouxe também muitos males. O uso incorreto e indiscriminado durante várias décadas levou ao acúmulo de resíduos tóxicos em alimentos, contaminação da água e do solo, intoxicação de produtores rurais, aparecimento de pragas resistentes, o interrompimento do sistema de controle biológico por inimigos naturais, ocasionando surtos de insetos-praga, entre muitos outros problemas (KIM et al., 2003; COSTA et al., 2004; MENEZES, 2005). Desde a Idade Antiga, o homem vem utilizando plantas com propriedades inseticidas, com mais de 2000 espécies de plantas conhecidas. O uso desses produtos naturais no manejo de pragas (GUERRA, 1985), é uma alternativa mais rentável que está ao alcance dos produtores, o que pode evitar prejuízos e eliminar riscos à saúde (SOUZA, 2004; LEÃO, 1996). Os inseticidas botânicos foram muito populares e importantes entre as décadas de 30 e 40 sendo o Brasil, grande produtor e exportador destes produtos, como as substâncias piretro, rotenona e nicotina, que apresentam maior segurança no uso agrícola e menor impacto ambiental (MENEZES, 2005). Porém, os inseticidas naturais foram gradativamente substituídos pelos sintéticos, pois apresentavam problemas como variações na eficiência, devido a diferenças na concentração do ingrediente ativo entre plantas e baixo efeito residual, que obrigava a se fazer várias aplicações em períodos curtos (COSTA et al., 2004). Ultimamente o interesse pelos produtos botânicos para o controle de pragas tem aumentado. Substâncias com menores riscos à saúde humana e ao ambiente vêm sendo avaliadas, fato este somado à demanda crescente por produtos alimentícios saudáveis e isentos de resíduos de agrotóxicos (KIM et al., 2003; MENEZES, 2005). Felizmente, são inúmeras as plantas possuidoras de atividade inseticida, e muitas precisam ser estudadas e introduzidas quando possível nas propriedades agrícolas como forma alternativa de controle de pragas (MENEZES, 2005). Inseticidas botânicos são compostos resultantes do metabolismo secundário das plantas, que compõe a própria defesa química contra os insetos herbívoros (KIM et al., 2003). Os princípios ativos inseticidas podem derivar de toda a planta ou partes dela, podem ser o próprio material vegetal, normalmente, moído até ser reduzido a pó, ou produtos derivados por extração aquosa ou com solventes orgânicos (MENEZES, 2005). Os extratos de plantas inseticidas vêm sendo estudados como uma alternativa no manejo integrado de pragas. Segundo Gallo et al. (2002) o uso de extratos vegetais tem por objetivo em reduzir o crescimento populacional de pragas. Algumas substâncias botânicas têm atividade inseticida conhecida, tais como, piretrinas, rotenona, nicotina, cevadina, veratridina, rianodina, quassinoides, azadiractina e biopesticidas voláteis (ISMAN, 2000). Dos compostos naturais comprovadamente bioativos, destacam o piretro, extraído do crisântemo (Chrysanthemum cinerariafolium Trev. - Asteraceae), a nicotina proveniente de plantas de fumo (Nicotiana tabacum L. - Solanaceae), a rotenona, extraída de Derris spp. e Lonchocarpus spp. (Fabaceae) e a azadiractina, isolada do nim (Azadirachta indica A. Juss. 46 Meliaceae) (LAGUNES; RODRÍGUEZ, 1989). Entre as plantas utilizadas, o nim, Azadirachta indica se destaca pela eficiência de seus extratos com compostos que controlam insetos, nematóides, fungos, bactérias e algumas viroses (MARTINEZ, 2002). É considerada uma das espécies de plantas inseticida mais importante devido á sua atividade sistêmica, eficiência em baixas concentrações e baixa toxicidade a mamíferos (GALLO et al., 2002). Embora estas estratégias propiciem benefícios como a diminuição de pragas e doenças, normalmente a maioria dos agricultores não tem acesso a essas informações sobre os efeitos das plantas com ação inseticida, o preparo de extratos e o manejo das aplicações. Entre os motivos da carência de conhecimentos pode citar que o acervo bibliográfico a respeito das plantas inseticidas praticamente ficou estacionado desde os anos 40, e também a falta de assistência técnica especializada para orientação correta, sobre a importância dessas plantas no manejo de controle de pragas (MORAES; FLECHTMANN, 2008). BANCO DE SEMENTES DE PLANTAS DANINHAS EM DIFERENTES SISTEMAS DE COLHEITA DA CANA-DE-AÇÚCAR AUTOR (A): MARIA LAUSANNE DAMASCENO A cana-de-açúcar é principal cultura agrícola do estado de Alagoas, que apresenta produtividades médias muito aquém do potencial produtivo. Um dos fatores que mais limitam a produtividade dessa cultura é a interferência das plantas daninhas, considerando que essas surgem espontaneamente nas lavouras e as espécies predominantes variam dependendo do manejo adotado. Com isso, objetivou-se com este trabalho avaliar a dinâmica do banco de sementes das plantas daninhas nos ecossistemas de cana crua e cana queimada. Estudando o potencial de redução da produtividade da cana-de-açúcar e da qualidade do caldo em resposta à interferência de uma comunidade de plantas daninhas com predomínio de Ipomoea hederifolia, Silva et al. (2009) avaliaram que o potencial de redução do número final de colmos e de produtividade foi de 34% e 46%, respectivamente. Com o aumento do período de convivência com a comunidade infestante, houve antecipação do processo de maturação dos colmos, cujo caldo tendeu a apresentar maior valor de açúcar total recuperável (ATR). Com a redução de produtividade devido à interferência, o valor de ATR ha-1 tendeu a ser negativamente afetado. No entanto, esse período pode variar dependendo de alguns fatores, como observado por Kuva et al. (2003), que a cultura da cana-de-açúcar conviveu com a comunidade infestante (Brachiaria decumbens e Panicum maximum) até 74 dias após o plantio sem sofrer redução significativa na produtividade, determinando-se o Período Anterior a Interferência (PAI). O período de controle para garantir a produtividade foi de 74 até 127 DAP, definindo o Período Crítico de Prevenção da Interferência (PCPI). Com a soma desses períodos obtém-se o Período Total de Prevenção da interferência (PTPI), que é o período, a partir do qual, a emergência das espécies daninhas não causam danos na produtividade da cultura. Em outro trabalho, com infestação de tiririca (Cyperus rotundus), observou-se menor período de interferência, em que a cana-de-açúcar suportou um pequeno período de 47 convivência inicial, de zero aos 41 dias após o plantio, sem sofrer interferência significativa de diminuição da produção (PAI). No entanto, o controle da tiririca até os 22 dias após o plantio da cana-de-açúcar foi suficiente para assegurar a produção (PTPI). Demonstrando que as espécies daninhas podem interferir na cultura de forma diferenciada. Vale ressaltar que o grau de interferência entre as plantas cultivadas e as plantas daninhas depende de vários outros fatores relacionados à comunidade infestante (composição específica, densidade e distribuição) e à própria cultura (cultivar, espaçamento entre sulcos e densidade de plantio). A interação desses fatores que vai determinar o grau de interferência e os períodos em que as plantas daninhas mais causaram danos a cultura, que pode ser alterado pelas condições edáficas e climáticas e pelos tratos culturais (PITELLI, 1985). A utilização de práticas culturais que beneficiam a cultura em detrimento das espécies daninhas é conhecida como controle cultural, que pode ser utilizado no manejo das plantas daninhas em canaviais, com a utilização de cultivares, densidade e arranjo de plantas, plantio em época adequada entre outras práticas que aumentam o desenvolvimento da cultura. Também, podem-se realizar práticas que reduzam a infestação das plantas daninhas, como a adubação verde, rotação de culturas, deixar uma camada de palha da cultura durante a colheita entre outras práticas (SILVA; SILVA, 2007). No ecossistema de cultivo da cana-de-açúcar há grande diversidade de plantas daninhas, considerando que as espécies da família Poaceae, mesma família da cultura, geralmente estão presentes em grande proporção (OLIVEIRA; FREITAS, 2008), essas apresentam semelhança morfofisiológicas com a cultura e podem exercer grande competitividade. Kuva et al. (2003) observaram perda de produtividade de 1 tonelada ha-1 de colmos de cana-de-açúcar para cada 3,70 g m-2 de matéria seca acumulada por Brachiaria decumbens. Uma das formas de verificar a eficiência dos métodos de controle das plantas daninhas e prever quais as espécies predominantes em uma área é realizar o levantamento do banco de sementes do solo, cuja quantidade é bastante variável. Os solos agrícolas possuem banco de sementes de plantas daninhas cuja quantidade varia de dezenas a centenas de milhões de sementes por hectare, as quais são dotadas de mecanismos para detectar o tempo e o local apropriado para a germinação (GUIMARÃES et al., 2002). Esses bancos mantém o fluxo de emergência das plantas daninhas ao longo do tempo. Com a avaliação do banco de sementes pode-se verificar a eficiência de um método de controle ou manejo das plantas daninhas, como verificado por Monqueiro et al. (2011), em que o banco de sementes das plantas daninhas foi alterado conforme o manejo adotado nas áreas, como o sistema de colheita de cana-de-açúcar. No sistema de cana crua há acúmulo de palhada sobre o solo, que pode atuar como supressor da germinação de algumas espécies de plantas daninhas, alterando o estabelecimento das populações das plantas daninhas, e a produção de sementes. Em talhão com colheita de cana crua há menor potencial de infestação de plantas daninhas em relação ao talhão com cana queimada, principalmente de monocotiledôneas, no entanto, algumas espécies de eudicotiledôneas podem tornar-se importantes competidoras no ecossistema de cana crua, como as do gênero Ipomoea (MONQUEIRO et al., 2008). O banco de sementes de espécies daninhas fornece informações das sementes que estão presentes no solo.Com esse conhecimento pode-se propor uma estratégia de manejo em diferentes sistemas de colheita da cana-de-açúcar, para favorecer o desenvolvimento da 48 cultura e reduzir o crescimento, o nível de infestação e a densidade das plantas daninhas em futuros plantios. CARACTERÍSTICAS DE HÁBITAT E O USO DO SOLO SÃO BONS DESCRITORES DA COMUNIDADE DE MACROINVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM RIACHOS DA BACIA DO RIO JACARECICA? AUTOR (A): RENATO DE MEI ROMERO A utilização dos ecossistemas pelas populações humanas tem aumentado rapidamente, sendo a principal causa da extinção de espécies e degradação dos habitats no planeta (Vitousek et al. 1997). O crescimento desordenado das atividades como a industrialização, a urbanização, e a expansão das fronteiras agrícolas, ocorridas todas praticamente nas últimas décadas, afetam diretamente os ecossistemas aquáticos, que passaram a sofrer severos impactos (Freire et al. 2008). Estes distúrbios têm gerado grandes preocupações principalmente em relação à disponibilidade e à qualidade dos recursos hídricos ofertados (Callisto et al. 2001). A região costeira de Alagoas e suas bacias hidrográficas são exemplos destes fenômenos, Maceió possui cerca de 930 mil habitantes (IBGE, 2010), que utilizam água de algumas bacias hidrográficas entre elas a bacia costeira do Rio Jacarecica que drena uma área habitada por cerca de 140 mil pessoas (IBGE, 2000).diretamente relacionadas a qualidade dos recursos hídricos para sanar suas necessidades mais básicas. Esta região de mata atlântica também detém uma enorme biodiversidade que vem sofrendo um processo acelerado de degradação. O uso inadequado do solo pela monocultura canavieira, aliado ao inchaço populacional, a falta de serviços básicos de saneamento, a crescente instalação de complexos industriais, estruturas de suporte logístico, bem como a implantação de refinarias e dutos para transporte de óleo, gás e produtos químicos e também as próprias atividades turísticas não planejadas trazem um profundo e duradouro impacto a esta área (ANA, 2004). A classificação do uso de solo em uma bacia hidrográfica é ferramenta fundamental para se planejar e gerir uma bacia hidrográfica assim como a caracterização física, química e biológica dos hábitats aquáticos é peça fundamental no entendimento da saúde dos ecossistemas humanos (Karr, 1999). A integração entre estes atributos é fundamental para o entendimento dos processos de restauração e monitoramento da de ambientes aquáticos (Melles, et al. 2012). Uma forma de mitigar e até mesmo controlar os impactos causados pelas sociedades humanas nos ambientes aquáticos são as atividades de biomonitoramento ambiental. Neste tipo de abordagem atributos referentes as espécies, populações ou comunidades biológicas são utilizados na construção de índices de qualidade ambiental que irão se contrapor as características espaciais em macro e meso escala. A vanguarda da resolução dos problemas socioambientais gerados pela má gestão dos recursos hídricos é o desenvolvimento de metodologias e diagnóstico eficientes sobre a qualidade do ambiente, que devem garantir a utilização da água de forma a satisfazer as necessidades básicas humanas e a preservação dos ecossistemas (CNUMAD, 1992). A avaliação de impactos ambientais em corpos d’água interiores brasileiros é 49 historicamente focada na qualidade da água, cujos critérios são exclusivamente baseados em fatores físicos e químicos (Brasil 2005). Estes tipos de informação são relativamente caros e referem-se apenas ao instante de tempo em que a amostra foi coletada (Plafkin et al. 1989). Como efeito disso não são capazes de detectar a ocorrência de eventos contínuos, nem de fornecer a indicação de alterações da natureza física no ambiente, tais como modificações na complexidade do hábitat dos corpos hídricos (Baptista 2008). O uso de parâmetros biológicos para medir a qualidade da água se baseia nas respostas dos organismos em relação ao meio onde vivem (Buss et al. 2003). A biota aquática reage aos estímulos ambientais as quais estão submetidas, sejam elas perturbações de origem artificial ou natural e pode refletir impactos no nível de paisagem. Atualmente diferentes programas e estudos de monitoramento ambiental são empregados por órgãos governamentais em todo o mundo (ex. Norris & Norris 1995, Karr 1999, Barbour et al. 1999, Karr & Chu 2000, Barbosa et al. 2001, Calisto et al. 2004, Roche et al. 2010). Alguns destes programas apresentam características particulares, tais como a presença/ausência de algum táxon na bioindicação, já outros utilizam um conjunto de atributos ecológicos da comunidade, formando índices com métricas pré-estabelecidas, a exemplo do BMWP (Biological Monitoring Working Party score system, Balloch 1976) e do IBI (Integrity biotic índex, Karr 1981). Dentre outros atributos a serem investigados no nível de paisagem pode-se destacar: densidade de drenagem, o uso do solo e sua taxa de ocupação. Podemos definir atributos internos dos corpos d´água como sua vazão, tipo de substrato, profundidade, temperatura, turbidez de suas águas e a quantidade de oxigênio dissolvido nela. Já dentro das comunidades biológicas se destacam os atributos como a riqueza (número de espécies ou famílias), abundância, índices de diversidade e a densidade de determinados táxons ou grupos tróficos nas amostragens (Baptista et al. 2007). A junção destes parâmetros contribui na formação de índices que são capazes de fornecer informações sobre regiões que necessitam de maior fiscalização/proteção e também servem para avaliar o quanto instrumentos de conservação (e.g., leis, programas de recuperação ambiental) estão produzindo resultados positivos ou mesmo indicar áreas prioritárias para conservação. Dentre os componentes da biodiversidade aquática o grupo dos macro invertebrados bentônicos se destaca, pois foram diversas vezes testados e apresentam os melhores resultados como indicadores da qualidade da água (Resh & Rosenberg 1994; Kerans & Karr 1994; Barbour et al. 1999; Callisto et al. 2002). Eles são considerados bons indicadores, pois seus representantes possuem um ciclo de vida relativamente longo, fornecendo informações sobre grandes períodos de tempo. A riqueza de táxons encontrados em riachos oferece um amplo espectro de respostas as condições ambientais e mesmo em rios de pequenas dimensões, a fauna pode ser extremamente rica, a coleta dos exemplares também é relativamente simples, de baixo custo e não afeta adversamente o ambiente; e a identificação ao menos ao nível de família é fácil de ser ensinada (Plafkin et al. 1989; Monteiro et al. 2008). CARACTERIZAÇÃO DE BACTÉRIAS DIAZOTRÓFICAS ENDOFÍTICAS EM PLANTAS DE CANA-DEAÇÚCAR CULTIVADAS NO ESTADO DE ALAGOAS 50 AUTOR (A): PAULO MARCOS FERNANDES BOA SORTE O estudo com bactérias fixadoras de nitrogênio (diazotróficas) em plantas não leguminosas, como a cana-de-açúcar tem ganhado cada vez mais destaque, devido aos resultados promissores e aos benefícios econômicos e ambientais proporcionados por estes microrganismos. O presente trabalho propõe isolar bactérias diazotróficas endofíticas em diferentes variedades de plantas de cana-de-açúcar cultivadas no estado de Alagoas. O projeto propõe avaliar canaviais em diferentes regiões (Zona da mata e sertão). Busca-se identificar novos solados de bactérias diazotróficas endofíticas com potencial para a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e a solubilização de fosfatos. Futuramente estes estudos podem contribuir para indicação de um inoculante para a cultura da cana-de-açúcar no estado de alagoas, com objetivo de reduzir às adubações nitrogenadas nesta cultura. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MUSSARELA COMERCIALIZADO EM FEIRAS LIVRES NA REGIÃO AGRESTE ALAGOANA AUTOR (A): ELAINE CRISTINA CUNHA BORGES DE LIMA O queijo é um produto bastante popular, que tem como principal matéria-prima o leite (RODRIGUES et al, 2011). O queijo mussarela encontra-se entre os queijos mais consumidos do Brasil, por ser um produto bastante utilizado em receitas caseiras e o grande consumo de pizza (ETGES, 2011). O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Queijo Mussarela (1997) caracteriza o queijo mussarela como o produto obtido por filagem de uma massa acidificadaproduto intermediário obtido por coagulação de leite por meio de coalho e/ou enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácticas específicas. Luna (2009) relata em seu estudo que os queijos são produtos bastante susceptíveis a contaminação devido a sua rica composição de nutrientes, podendo apresentar contaminações por microrganismos inclusive patogênicos. Coutinho (2007) menciona que a grande variedade de produtos e a diversidade nos preços são os fatores que destacam e viabilizam as feiras livres como principal canal de comercialização. Porém, ainda de acordo com Coutinho (2007), as feiras livres apresentam problemas como: falta de higiene, má estrutura das barracas, comercialização de produtos não permitidos, falta de segurança e desorganização; e que todos esses fatores comprometem tanto a sobrevivência da feira como a qualidade do produto, colocando em risco a saúde do consumidor. Do ponto de vista da saúde pública, o consumidor deve ter ao seu alcance alimentos de boa qualidade, dentro dos padrões pré-estabelecidos, não só em valores nutritivos como também em condições higiênicos sanitárias, que propiciem segurança para saúde dos mesmos (CASTRO et al. 2012). Decorrente da falta de fiscalização muitos alimentos são comercializados de forma inadequada propiciando a contaminação do produto. A comercialização desses produtos em desacordo com os padrões de qualidade pode promover a ocorrência de casos e de surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA), aumentando a preocupação com as 51 características microbiológicas do produto (FONSECA et al. 2009). Etges (2011) enfatiza que as diferentes vias que propiciam à contaminação do queijo mussarela tornam de suma importância a análise microbiológica desses alimentos, como forma de avaliar os perigos que podem representar para saúde do consumidor. CIDADANIA E JUVENTUDE: UM OLHAR SOBRE OS ESTUDANTES DO IF-MACEIÓ – AL AUTOR (A): JOSÉ DE OLIVEIRA JUNIOR No Brasil existem cerca de 16.990.8701 habitantes na faixa etária entre 15 e 19 anos. Na cidade de Maceió registra-se, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o quantitativo de 83.840 jovens. São pessoas com alto potencial de participação na vida produtiva, cultural, social e política do país. Este alto índice de jovens, fez com que no ano de 2005 fosse criada a Secretária Nacional da Juventude e o Conselho Nacional de Juventude, vinculado à Presidência da República, desse modo, sua importância ficou atrelada a incorporação das manifestações participativas e aos interesses dessa significativa parcela da população nacional. No contexto atual da sociedade brasileira existem milhões de jovens ainda distantes de serem reconhecidos (as) como sujeitos de direitos e incluídos ativamente no processo democrático e frentes de trabalho. De acordo com estudos realizados pelo IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), – relatório divulgado em 2005 - uma definição do que vem a ser juventude em determinado momento histórico pelo intermédio do recorte etário é, talvez, a maneira mais simples de tentar circunscrever sujeitos cujas experiências se caracterizam por serem diversas e desiguais. Ainda que para fins de pesquisa, legislação e definição de políticas públicas seja possível estabelecer como sendo jovens aqueles (as) que se encontram em torno de determinado corte de idade, deve-se ter em conta a inadequação conceitual de se articular um só campo de representações que seja unificador dos sentidos do que venha a ser a “juventude”. (IBASE, 2005, p. 07). Pierre Bourdieu (1983, p. 112) afirma que “juventude é apenas uma palavra”, isso quando não se pensa em buscar compreendê-la como uma categoria em permanente construção social e histórica. Nesse sentido, realizar uma investigação sobre cidadania e juventude em contexto específico como na cidade de Maceió e, particularmente, no Instituto Federal de Alagoas (IFAL), campus Maceió, é buscar a compreensão de como se realiza a interlocução da juventude na perspectiva da cidadania no cenário que envolve a globalização e planetarização. CLASSE DE UNIVERSALIDADE DO PROCESSO DE CONSERVAÇÃO DA PARIDADE AUTOR (A): CARLOS ARGOLO PEREIRA ALVES 52 A classe de Universalidade de Conservação da Paridade (PC), engloba transições de fase que ocorre no processo de difusão e reação da forma: A → (n + 1)A , Criação de Partículas2A → Ø , Aniquilação de Partículas Combinado com a difusão de partículas simples, onde n é par e é o numero de partículas criadas. O quadro essencial e que este processo conserva o número de partículas módulo 2. Este modelo foi resolvido anteriormente em 1995 por Dexin Zhong e Daniel ben- Avraham, e os resultados apresentaram expoentes críticos com valores significantemente diferentes da classe de percolação direcionada (DP). Foi estabelecido assim que as transições de PC são uma nova classe de universalidade. As propriedade de relação na fase subcrítica diferem significante mente do comportamento padrão da percolação direcionada (DP). A densidade de partículas em DP decaem exponencialmente e em modelos de preservação da paridade ela decaem em leis de potências porque neste caso este decaimento é governado pelo processo de aniquilação 2A → Ø. COLETA, CARACTERIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE ACESSOS DE MANGABEIRA AUTOR (A) MARCELO CAVALCANTE A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes), pertencente à família Apocynaceae, é uma espécie frutífera originada do Brasil, presente nos ecossistemas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica (Donadio et al., 2002). A espécie H. speciosa apresenta seis variedades [H. speciosa var. speciosa; H. speciosa var. maximilliani A. DC.; H. speciosa var. cuyabensis Malme; H. speciosa var. lundii A. DC.; H. speciosa var. gardberi (A. DC.) Muell. Arg.; e H. speciosa var. pubescens (Nees. et Martius) Muell. Arg.] que se diferenciam por alguns caracteres botânicos, principalmente em relação a folha e a flor (Janick & Paull, 2008). Trata-se de uma espécie perene, de porte médio (2 a 10 m de altura), dotado de copa irregular, tronco tortuoso, ramificado, galhos lisos e avermelhados (Soares et al., 2006). As folhas são opostas e simples, ovais ou lanceoladas, pecioladas, pilosas ou glabras e brilhantes (Pereira et al., 2006). As flores apresentam coloração branca, são campanuladas, hipocrateriformes, em que o tubo floral é longo e estreito (Ganga et al., 2009). Apesar de as flores serem hermafroditas, a mangabeira é uma espécie alógama, apresentando o fenômeno de auto incompatibilidade (Schlindwein, 2008), de modo que os insetos são essenciais para que haja a polinização e a frutificação. A mangaba é um fruto tipo baga, elipsoide ou arredondada, variando de 2 a 6 cm. O exocarpo é amarelo, com manchas avermelhadas, polpa doce (17,2º Brix, segundo Souza et al., 2007), contendo entre 2 a 15 sementes. Estas, por sua vez, são recalcitrantes, processo fisiológico que dificulta a conservação, devido ao elevado teor de umidade da semente, imprimindo uma curta longevidade ao embrião, sendo, por isso, necessário que o plantio seja realizado logo após a extração da polpa (Barros et al., 2010). A mangabeira é tolerante ao fogo, ocorrendo naturalmente em solos ácidos, arenosos, marginais para fins agrícolas (Pereira et al., 2006), podendo sua sobrevivência estar associada a geometria e a profundidade do sistema radicular pivotante, a taxa de crescimento, a densidade e ao comprimento dos pêlos radiculares. Segundo Zangaro et al. 53 (2007), estas são características indicadoras de dependência da espécie às micorrizas arbusculares, fato observado por Costa et al. (2005) e Cardoso Filho et al. (2008) em mudas, pelo maior crescimento da parte aérea e das raízes, além do maior acúmulo de fósforo, quando plântulas de mangabeira foram inoculadas com fungos nativos (Acaulospora longula, Glomus clarum, Gigaspora albida e Paraglomus sp.). Na região Nordeste, a primeira frutificação da mangabeira ocorre de três a cinco anos após o plantio, podendo a produção ser antecipada utilizando o método de enxertia (Pereira et al., 2002). Produzindo duas safras por ano (Pereira et al., 2006), em 2010, das 722 toneladas da fruta comercializadas no Brasil (IBGE, 2010), 99,9% esteve concentrada na região Nordeste, com destaque para Sergipe (55,5%), Bahia (19,7%), Paraíba (13,7%), Rio Grande do Norte (6,1%) e Alagoas (4,6%). Diferente de outros Estados, em que grande parte da produção é puramente extrativista, trabalhos desenvolvidos pela Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (EMEPA-PB) selecionaram, com êxito, genótipos de mangabeira mais produtivos (RT-09, RT-14 e NF-07), aumentando a área com pomares comerciais e a lucratividade dos produtores. Apesar dessa iniciativa, para que haja continuidade no processo de seleção, deve-se haver a manutenção da variabilidade genética dentro e entre as populações. Estimativas realizadas por Costa et al. (2011), Moura et al. (2011), Freitas et al. (2012), Martins et al. (2012) e Silva et. al. (2012) revelaram a existência de variabilidade genética, de alta magnitude, entre acessos de mangabeiras de diferentes Estados. Porém, populações naturais estão sendo perdidas definitivamente por ações antrópicas, de modo que medidas efetivas devem ser implementadas em curto prazo, visando proteger o germoplasma nativo para, com isso, preservar genes potenciais que poderão ser incorporados em Programas de Melhoramento Genético. Acrescenta-se ainda que a conservação da biodiversidade da mangabeira auxiliará na sustentabilidade dos ecossistemas, por ser uma espécie-chave, ou seja, várias espécies da fauna brasileira encontram na mangabeira uma fonte de nutrientes (direta ou indiretamente), contribuindo para a manutenção do ciclo de vida. COMPARAÇÃO DA APLICAÇÃO DE UMA FERRAMENTA PEDAGÓGICA PARA O PLANEJAMENTO DOS ESTUDOS NA PERSPECTIVA DE MELHORIA DO DESEMPENHO ACADÊMICO DOS ALUNOS DO IFAL – CÂMPUS MARAGOGI AUTOR (A): LUCIELMA SEMIÃO DA SILVA O litoral Norte de Alagoas é composto por dez municípios: Paripueira, Barra de Santo Antônio, São Luiz de Quitunde, Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Japaratinga, Porto Calvo e Maragogi, com uma população de, aproximadamente, 238.000 habitantes. Essa região foi formada a partir da exploração da cana-de-açúcar, sendo marcada pelo latifúndio e pelo trabalho no campo. O Instituto Federal de Alagoas Campus Maragogi tem como objetivo promover o desenvolvimento local, democratizando o conhecimento através da relação teoria-prática, contribuindo para que as pessoas possam permanecer nos seus locais de origem e transforme o seu meio. Contudo, o baixo desempenho acadêmico dos alunos é um fator preocupante que requer o desenvolvimento de ações sistematizadas de intervenção visando contribuir para a 54 superação de tais dificuldades que por hora compromete o processo ensino- aprendizagem. Os alunos são residentes de várias cidades vizinhas (Porto Calvo, Japaratinga, Matriz de Camaragibe, Porto de Pedras, São Luiz do Quitunde e São José da Coroa Grande), o que culmina na falta de assiduidade devido a problemas com o transporte. Outro fator que contribui para o baixo desempenho dos alunos é a dificuldade de elaborar e interpretar ideais e um baixo nível de conhecimento, pois em sua maioria são egressos de escolas públicas municipais ou estaduais, onde conviviam com a ausência de professores na sala de aula reduzindo o conteúdo proposto para aquela série, acarretando sérios problemas de aprendizagem. Nesse contexto faz-se imperioso o desenvolvimento de ações que auxilie os discentes com a organização do tempo de estudos extraclasse para tentar minimizar essas lacunas. Para efetivar essa pesquisa visa-se sistematizar uma investigação sobre o elemento tempo em relação ao processo de aprendizagem, tendo como pressuposto a organização pessoal dos alunos por meio da efetivação de um cronograma de estudos extraclasse específico elaborado, direcionado e acompanhado pelo setor pedagógico do campus, através do qual os discentes que apresentam rendimento escolar abaixo da média são direcionados a executar essa ferramenta pedagógica utilizada na perspectiva da melhoria do desempenho acadêmico dos mesmos. A ferramenta pedagógica consiste em um cronograma de estudos que abrange os diversos componentes curriculares da série/ano organizado observando o horário oposto ao dos estudos em sala de aula e o aproveitamento significativo do tempo com o intuito de orientar os alunos na organização dos estudos, haja vista que as aulas não esgotam os assuntos e, portanto mais que simplesmente executar regularmente seus trabalhos em sala eles precisam dedicar parte significativa de seu tempo aos estudos, pois conforme afirma Pozo (2002) “a aprendizagem sempre requer prática e esforço” tendo em vista problematizar as dificuldades e viabilizar a superação das mesmas. A ferramenta pedagógica de orientação para os estudos foi elaborada pela Pedagoga do Campus Cristiane Simões no ano de 2011, pois até então nas reuniões pedagógicas, os docentes questionavam o baixo desempenho dos alunos e apontavam a falta de uma orientação de estudos como um dos fatores que contribuía para uma quantidade significativa de notas abaixo da média. Então foi disponibilizado pelo professor de Filosofia Tiago Landim um material para o setor pedagógico com o tema “Aprender a aprender”, que serviu como base para a elaboração da ferramenta pedagógica de orientação para os estudos que após elaborada, foi distribuída aos alunos do Campus, com algumas orientações da Pedagoga de como organizar melhor os estudos. A mesma consta de 12 dicas para melhorar o desempenho escolar e uma sugestão de como distribuir o tempo para cada disciplina de estudo semanalmente, tendo em vista ajudá-los na organização do tempo de estudos, bem como estimulá-los e esclarecê-los da importância de estudar em casa diariamente como estratégia fundamental para aprimorar a aprendizagem. No entanto apesar da ferramenta já está sendo trabalhada desde 2011, não foi realizado um trabalho de acompanhamento aos alunos para efetivar o uso do material. Deste modo a pesquisa será uma forma sistematizada de acompanhar efetivamente os estudantes na sistematização desse material e auxiliá-los mediante as possíveis dificuldades que encontrarão para lograr êxito na aplicação da ferramenta. Para tanto a pesquisa será desenvolvida com um grupo de oitenta (80) alunos dos 1ºs anos dos cursos de Agroecologia e Hospedagem que apresentam baixo rendimento escolar. Os discentes serão divididos em dois grupos de 40 indivíduos, sendo que um grupo vai 55 sistematizar o uso da ferramenta pedagógica (cronograma de estudos) enquanto que o outro não a utilizará. Com efeito, ocorrerá o acompanhamento periódico dos grupos, bem como será evocada a coparticipação das famílias dos alunos do grupo que utilizará a ferramenta pedagógica no apoio do desenvolvimento desta, para que sejam também seus entusiastas. Outrossim, haverá a análise e comparação dos resultados entre os grupos durante e ao fim de cada bimestre letivo, considerando a participação e desenvolvimento nas aulas e as notas obtidas nos diferentes componentes curriculares, relacionando o desempenho escolar dos membros do grupo que utilizou a ferramenta em relação aos alunos do grupo que não a efetivou. CONCEPÇÕES SOBRE A EDUCAÇÃO INCLUSIVA AUTOR (A): MÁRCIA RAFAELLA G. S. VIANA A inclusão da pessoa com deficiência é um tema de grande relevância já que promove, segundo Ferreira (2007), a participação das minorias sociais em ambientes antes reservados apenas àqueles que se enquadravam nos ideários preestabelecidos e perversos de força, beleza, riqueza, juventude, produtividade e perfeição. Assim sendo, o tema “[...] vem ganhando espaço cada vez maior em debates e discussões que explicitam a necessidade de a escola atender às diferenças intrínsecas à condição humana” (SILVEIRA e NEVES, 2006, p. 79). Todas as vezes que são feitas referências à Educação Inclusiva são suscitados os mais variados sentimentos: desde incertezas e angústias até entusiasmos e paixões. Esses sentimentos antagônicos, segundo Souza (2005) são perfeitamente compreensíveis tanto por estarmos inseridos em uma sociedade que mantém cristalizadas concepções tradicionais e preconceituosas, quanto pela “novidade desafiadora” proposta pela Educação Inclusiva. Complementando, SILVA e ARANHA (2005) afirmam que: [...] a mudança de um sistema educacional, que se caracterizou tradicionalmente por ser excludente e segregatório, para um sistema educacional que se comprometa efetivamente a responder, com qualidade e eficiência, às necessidades educacionais de todos, inclusive às dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, exige um processo complexo de transformação tanto do pensar educacional, como da prática cotidiana do ensino (p. 374). Segundo FERREIRA (2007), a história das tentativas de mudanças Pedagógicas: [...] tem centrado a inovação educacional na reforma de métodos, técnicas e programas, deixando intocadas as práticas, a estrutura da instituição, as relações escolares, as posturas profissionais, os tempos e espaços onde se processa a educação do aluno e, ainda, os rituais que dão concretude aos conteúdos intelectuais e formativos da escola (p.545). Ainda que inicialmente as pessoas mudem seu discurso na direção do politicamente esperado e considerado correto, Silva e Aranha (2005) observam que, não raro, as mesmas continuam mantendo um padrão de comportamento tradicional e conservador, que destoa da proposta inovadora da educação inclusiva. Inúmeras críticas são feitas à proposta de Educação Inclusiva no Brasil. São comuns os questionamentos referentes à escola regular, 56 sua infra -estrutura física e o despreparo de recursos humanos (TESSARO et al., 2005). A política educacional, não respondendo às demandas históricas (condições de trabalho dos professores, questão salarial, carga horária de trabalho, reconhecimento social desse profissional, além do número excessivo de alunos por sala de aula, da desmotivação docente e do pouco apoio dos gestores educacionais), faz crer “que basta a ‘boa vontade’ dos professores para que os problemas educacionais se resolvam” (MICHELS, 2006, p.414). O grande desafio proposto pela inclusão de alunos com deficiência nas escolas regulares em nosso país, segundo BEYER (2005), dependerá de um esforço coletivo que envolva os próprios alunos, os professores, as equipes diretivas e pedagógicas, os funcionários e os gestores do projeto político-pedagógico. As mudanças operacionais necessárias para que as escolas se tornem inclusivas de fato só acontecerão: [...] quando as instituições reconhecerem suas responsabilidades com cada aluno, abolindo as discriminações e as preferências, oferecendo ao professor melhores condições de atuarem na inclusão do aluno com necessidades educacionais especiais. Isto envolve capacitação, conscientização da comunidade escolar sobre deficiências e deficientes, material pedagógico, adaptação curricular, apoio técnico, entre outros (SOUZA, 2005, p. 98). Observa-se, a partir dessas ponderações, que é longa a distância que separa a educação praticada hoje daquela proposta pelos defensores da inclusão. Silva e Aranha (2005) entendem que, embora seja evidente o aumento no número de matrículas de alunos com deficiência em classes regulares do ensino comum, a mera inserção desses alunos não configura, por si só, uma prática inclusiva de ensino. Na mesma linha, Santos (2001 apud Tessaro et al., 2005) aponta que ainda hoje, erroneamente, muitos entendem a inclusão como a simples prática de colocar pessoas com deficiência estudando com outras que não possuem qualquer deficiência. Entretanto, embora não se possa ainda afirmar que todas as iniciativas de inclusão no país sejam exatamente processos de inclusão vitoriosos, também não se pode negar que, “[...] a educação inclusiva é algo que vem se efetivando, mesmo que a duras penas, buscando superar toda uma história de isolamento, discriminação e preconceito” (TESSARO et al., 2005, p. 107). CORDEL É FESTA NO SERTÃO: UM ESTUDO CULTURAL DOS CORDELISTAS PRESENTES NO SERTÃO ALAGOANO AUTOR (A): HERBERT NUNES DE ALMEIDA SANTOS O projeto de pesquisa objetiva a observação da rica presença dos cordelistas no sertão alagoano. Observaremos como esses poetas conseguem transformar seus textos sobre a literatura de cordel como fonte de informação cultural, crítica e sátira social e de costumes. Nosso projeto busca uma contextualização do cordel alagoano no cenário da cultura popular sertaneja, e visa apresentar como esta linha cultural tão rica; consegue interagir com as culturas de massa e erudita. Observamos que essa comunicação utilizada torna-se uma excelente forma de transmissão e interação entre as diferentes gerações culturais. Nessa diversidade de expressões culturais, a literatura popular tem ocupado um importante destaque, principalmente quando se pensa na diversidade literária e as 57 peculiaridades populares que ela assume. Com forte presença no nordeste, o cordel, nascido em terras europeias, hoje possui traços notadamente brasileiros. Por trazer em seus folhetos temas como paródias, sátiras, e, muitas vezes, romances, faz desta literatura um permissivo espaço de estudo cultural e literário. Utilizando-se de uma linguagem acessível e cheia de ritmo; a literatura de cordel tem por característica facilitar a transmissão e assimilação de seu conteúdo por parte dos leitores e/ou ouvintes. Com isso, observamos que suas características nos permitem utilizá-la como um importante recurso para o registro cultural, assim como para o ensino e propagação desta literatura. CRESCIMENTO E RENDIMENTO DE VARIEDADES SORGO SOB DIFERENTES TIPOS DE ADUBAÇÃO AUTOR (A): GILBERTO DA CRUZ GOUVEIA NETO Aproximadamente 54% da região Nordeste do Brasil encontra-se inserida na região semiárida, com uma extensão de 969.589,4 km2. A precipitação pluvial na maior parte dessa região varia de 300 a 700 mm anuais, fazendo com que o clima seja um fator determinante da produção de forragem (Brasil, 2008). Dentre as diversas espécies de gramíneas utilizadas para a produção de silagem, as culturas do milho (Zea mays L.) e do sorgo (Sorghum bicolor, L. Moench) têm sido consideradas como as espécies mais adaptadas para essa finalidade (Zago, 1991). O milho, utilizado com esse propósito, é a forrageira mais usada em virtude do seu alto valor nutritivo e da boa produção de massa por unidade de área cultivada. No entanto quando comparado ao sorgo, seu uso para produção de silagem tem sido muito discutido, uma vez que a cultura é sensível às variações de temperatura e de regime hídrico e também por seu uso intenso na alimentação humana (Bezerra et al., 1993). A cultura do sorgo destaca-se como promissora para a alimentação animal, pois além de não competir com produtos destinados ao consumo humano é considerado uma extraordinária fonte de energia, de grande utilidade em regiões quentes e secas, onde o homem não consegue boa produtividade de grãos ou de forragem cultivando outras espécies. Além disto, após a colheita da cultura original, a planta do sorgo possibilita a rebrota se as condições de fertilidade, temperatura e umidade no solo forem favoráveis (Zago, 1991). Por suas características produtivas e nutritivas, o sorgo é uma alternativa para a produção de silagens e de grãos para formulação de rações balanceadas. Nos últimos anos, essa cultura tem se destacado principalmente em regiões onde os períodos de estiagem ocorrem com frequência, limitando a produção de forragens (Rodrigues, 2000). Contudo, ainda há necessidade de pesquisas relacionadas a outros fatores limitantes ao desenvolvimento dessa cultura, entre os quais a nutrição. Portanto, verifica-se a necessidade de conhecimentos técnicos mais acurados sobre a nutrição do sorgo na região Nordeste do Brasil, possibilitando a expansão de seu uso e maior diversificação de variedades. 58 CRIAÇÃO DE BORBOLETAS EM CATIVEIRO NO LABORATÓRIO DE BIOLOGIA DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS PARA USO EM AULAS PRÁTICAS DOS 3º ANOS NO CAMPUS MACEIÓ DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS AUTOR (A): MARIA LUZENITA WAGNER MALLMANN O ensino das ciências, e especialmente das ciências da natureza na educação básica é, atualmente, alvo de discussões acadêmicas que indicam a importância da transmissão do conhecimento de forma abrangente e útil às novas gerações. A Biologia é, então, uma das áreas do conhecimento mais importantes para a reflexão e a tomada de atitudes da vida no planeta Terra. É também uma das disciplinas da Educação Básica com grande carência de professores graduados e capacitados para o seu ensino. A região nordeste é uma das regiões brasileiras mais afetadas pela falta de capacitação, embora abrigue grandes biomas, como Mata Atlântica, Manguezal e Caatinga, essenciais à manutenção do equilíbrio global. Para tomarmos uma posição estratégica nas aulas de Biologia é preciso que professor e aluno formem um só elo de participação à prática científica porque, sendo a Biologia, o Estudo da Vida, nada mais fascinante que ela. É necessário criar, levar a teoria à prática, não se bitolar num conteúdo programático, que muitas vezes não condiz com a realidade. O mutilamento de conteúdos resiste a uma deformação científica, tornando acéfalo o conhecimento lógico e real. As borboletas são insetos que atraem a atenção das pessoas por sua beleza, ampla variedade de formas, tamanhos, cores e considerados por muitos como símbolo de renovação e transformação. Outro fator importante é o ciclo de vida do animal que é curto e sua importância para a natureza pois, assim como as formigas, as borboletas são ótimas polinizadoras. As borboletas fazem parte da família dos insetos pertencentes à ordem dos Lepidópteros, termo que significa literalmente “asas em escamas” e suas cores podem ser variadas, cores fortes, outras vezes suaves, com aspecto metálico e brilhoso e como a maioria dos insetos, a borboleta têm o esqueleto por fora do corpo, chamado exoesqueleto, que não apenas forma a estrutura de suporte, mas também revestem todo o corpo do animal, impedindo a perda de água, protegendo da desidratação total e das pressões ambientais. As borboletas tem hábito diurno de vida, podendo voar até 20 km/h e apesar de passar por quatro fases de vida, em apenas duas dessas fases elas precisam de alimento. Quando estão na fase larval e na fase adulta. As larvas de borboletas são tipicamente folhívoras – consomem folhas das plantas hospedeiras, utilizando a mandíbula para mastigar o alimento. Quando adultas, consomem alimentos fluídos, como o néctar das flores ou o suco dos frutos maduros que caem das árvores, e usam o tubo chamado de tromba. CRIANDO AMBIENTES 3D PARA JOGOS UTILIZANDO O UNITY AUTOR (A): MONICA XIMENES CARNEIRO DA CUNHA Nas últimas décadas surgiu uma nova categoria denominada de jogos sérios que vem 59 do inglês seriuos game. Estes jogos têm como diferencial uma temática e objetivo bem definido, cujo foco principal é o conteúdo e, em segundo plano, o divertimento (CASTILHO, 2010). Tais jogos possuem conceito bem definido, conteúdo e desenho, pois é o formato que garante que o propósito será atingido e o conteúdo transmitido. Tais aspectos aliados ao desafio, exercício das habilidades, competição e sensação de progresso, oferecem subsídios para um jogo sério bem sucedido (CRUZ, 2008). Essa categoria de jogos tem uma ampla aplicabilidade em diversas áreas, sem que o processo seja maçante ou tedioso, exemplos: venda, publicidade, marketing, aprendizado, simulação, saúde, educação, treinamento, dentre outras. Alguns exemplos de jogos sérios que estão no mercado, segundo levantamento de Savi e Ulbricht (2008), vão da área médica à política. Um dos exemplos na área de educação é o simulador de física, elaborado por um professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Na área médica, com a nomenclatura health games, um bom exemplo é o jogo Re-Misson, cuja temática é uma batalha contra o câncer, onde a heroína combate infecções e informa a outra personagem com função de médico a situação do organismo, fazendo com que o paciente na vida real fique informado acerca do tratamento a que esta sendo submetido. Outro exemplo de jogos sérios é a atuação em questões políticas e sociais, como o jogo Global Conflicts: Palestine, que apresenta ao jogador os dois lados da guerra, numa verdadeira aula lúdica de história. No plano educacional, a finalidade dos jogos sérios é promover a união entre o lúdico e o caráter afetivo nos ambientes de ensino (DANTAS, 2011). Savi e Ulbricht (2008) elencaram vários benefícios que os jogos trazem para aprendizagem, tais como: efeito motivador, facilitador do aprendizado, desenvolvimento de habilidades cognitivas, aprendizado por descoberta e socialização. A fábrica de software do IFAL – Campus Maceió pretende enveredar pela fabricação de games. O projeto piloto tem sido o jogo ROTAUT, que visa auxiliar na rotina das crianças com autismo. Esse projeto teve início em 2012, quando foram realizados os levantamentos e especificações que compõem o Game Design. No entanto, falta adquirir know-how na utilização de ferramentas que propiciam a modelagem de ambientes 3D para os jogos. Assim sendo, esse projeto de pesquisa propõe o aprendizado e utilização do Unity para criação de alguns ambientes 3D que podem compor o jogo ROTAUT, bem como podem compor outros jogos a serem propostos pela fábrica de software. O motor de jogos Unity 3D possui uma interface bastante simples e amigável que objetiva facilitar o desenvolvimento de jogos de diversos gêneros e outros sistemas de visualização. Sua área de trabalho é composta de várias janelas chamadas views, cada uma com um propósito específico. Unity3D é baseada em um modelo mais moderno para a arquitetura de objetos de jogo baseado em composição. Nesse modelo, um objeto de jogo especificado através da composição de várias funcionalidades, que são agregadas (ou removidas). Cada funcionalidade é implementada por um componente (classe que herda de um componente básico). Esse container genérico é denominado Game Object e funciona como um repositório de funcionalidades, ou mais especificamente, componentes (PASSOS; SILVA JR, 2009). A presente proposta engloba a aprendizagem desses e de outros componentes do Unity 3D para utilização na elaboração de interfaces gráficas para o jogo ROTAUT. 60 DESCRIÇÃO E AVALIAÇÃO DAS DIFICULDADES DE MATEMATICA EXISTENTES ENTRE OS CANDIDATOS QUE FIZERAM O CONCURSO PARA PROFESSSORES DE MATEMATICA DO IFAL NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS E COMO O IFAL PODERÁ SANAR ESTE PROBLEMA DE FORMAÇÃO AUTOR (A): GIVALDO OLIVEIRA DOS SANTOS A educação escolar é uma política pública endereçada à constituição da cidadania. Quando se trata de professores a educação está cuidando do desenvolvimento dela mesma, para que possa continuar contribuindo para a medicina, a engenharia, as artes e todas as atividades que exigem preparação escolar formal, além de sua finalidade de constituição de cidadania. No futuro o país vai precisar de bons professores, que substituam os hoje existentes. Essa necessidade deverá expressar-se num fluxo que a médio prazo vai repor integralmente o plantel docente hoje existente. Toda e qualquer melhoria na formação desse fluxo de mais de um milhão e meio de professores vai representar um ensino melhor para dezenas de milhões de alunos durante os 25 que durarem a carreira de cada geração de professores. No futuro, a boa qualidade dos professores pode eliminar os custos de organização dos grandes empreendimentos de capacitação ou educação continuada destinada a ensinar àqueles que, se tivessem aprendido a aprender, poderiam ser um auto gestor de sua própria atualização profissional. Com professores bem preparados a educação continuada poderia ser quase que inteiramente realizada na escola, sem a parafernália dos grandes encontros de massa, que os tornam eventos de interesse maior para a hotelaria do que para a educação. Os cursos de licenciaturas são absolutamente essenciais pela importância que têm na formação inicial do docente. Por ser espaço privilegiado de desenvolvimento de pedagogias apropriadas às especificidades da educação básica, a licenciatura, especialmente em matemática, deverá eleger o desenvolvimento da reflexão pedagógica sobre a prática docente nesta área, o fortalecimento do elo teoria/prática, a reflexão sobre a profissão, as relações de trabalho e de poder nas instituições escolares e a responsabilidade dos professores, dentre outros aspectos, como os elementos balizadores na implementação do processo de formação. Ensinar é por excelência uma atividade relacional: para coexistir, comunicar, trabalhar com os outros é necessário enfrentar a diferença e o conflito. Acolher e respeitar a diversidade e tirar proveito dela para melhorar sua prática, aprender a conviver com a resistência, os conflitos e os limites de sua influência fazem parte da aprendizagem necessária de ser professor. Mas ensinar é também uma atividade altamente indeterminada ou altamente determinada por fatores que escapam ao controle de quem ensina. O projeto educativo e a ação cotidiana, a intenção e o resultado na sala de aula, na escola, no sistema e na política educacional, sempre guardarão alguma distância, maior ou menor. Ensinar, portanto exige aprender a inquietar-se e a indignar-se com o fracasso sem deixar destruir-se por ele. DESEMPENHO DE OVINOS EM CONFINAMENTO, ALIMENTADOS COM SILAGEM DE CASCA 61 DE MARACUJÁ SOB NÍVEIS CRESCENTES DE LEVEDURAS (SACCHAROMYCES CEREVISIAE) PARA ENRIQUECIMENTO PROTÉICO AUTOR (A): JOSÉ HARLISSON DE ARAUJO FERRO O Brasil é o maior produtor de maracujá do mundo com aproximadamente 920 mil toneladas ao ano (IBGE, 2012). A fabricação de sucos, polpas, doces, sorvetes etc., gera uma quantidade de resíduo entre 65 e 70% do total da fruta (Neiva Jr., 2007), dos quais aproximadamente 90% é casca, que pode ser muito bem empregada na alimentação de animais, especialmente para ruminantes. O aproveitamento de resíduos de frutas para alimentação animal é uma prática bastante conhecida e muito aplicada por pequenos produtores rurais, principalmente no período de estiagem, devido à escassez de forragem. No entanto, pouco se sabe a respeito do manejo alimentar e tecnologias de armazenamento destes resíduos. Por conseguinte, os criadores utilizam estes alimentos sem critérios quantitativos ou qualitativos. A importância da racionalidade no uso dos alimentos, bem como o conhecimento da combinação ideal entre eles, tem orientado e exigido maiores conhecimentos de valor nutricional (EUCLIDES FILHO, 2004). Estudos recentes têm comprovado que o aproveitamento de resíduos agroindustriais possibilita substituir determinados ingredientes da ração, ou mesmo realiza a sua complementação, favorecendo o desempenho dos animais, além de reduzir os custos de produção. Santos et al. (2009) constataram que a casca do maracujá assemelha-se ao milho quanto ao teor de proteína bruta e possui teores de fibra em detergente neutro e ácido que não deprimem o consumo por ruminantes, o que mostra seu potencial como alimento para animais. A digestibilidade aparente e o consumo de resíduos de maracujá como alimento exclusivo para carneiros foram avaliados por Lousada Junior et al. (2005), os quais encontraram 60% de digestibilidade da matéria seca e consumo de 3,5% do peso vivo. Os mesmos autores avaliaram também a composição bromatológica e verificaram teores médios de proteína bruta, fibra em detergente neutro e fibra em detergente ácido de 12,4; 56,2 e 49,0%, respectivamente. Segundo Neiva et al. (2006), a adição do subproduto desidratado do maracujá ao capim elefante, no momento da ensilagem, elevou o valor nutritivo das silagens. Siqueira et al. (1999) avaliaram o uso da silagem de maracujá em substituição à silagem de milho e concluíram que não houve diminuição da conversão alimentar em bovinos confinados, além de terem obtido ganho de peso médio de 1,4 kg/animal/dia ao consumir a quantidade de 2% de matéria seca em relação ao peso vivo do animal. A casca do maracujá in natura contém em torno de 10% de proteína bruta, fator este que proporciona um moderado desempenho de animais para engorda, por isso, necessita ser misturada a outros alimentos que elevem o nível proteico. Prática essa que tende a onerar os custos da criação, pois os concentrados proteicos são reconhecidamente mais caros. Desta forma, tem se buscado o enriquecimento proteico através da fermentação semissólida (FSS), utilizando-se leveduras (Saccharomyces cerevisiae) que se multiplicam facilmente em substratos ricos em carboidratos. Esses organismos são constituídos por 45% de proteínas, altamente digeríveis, que aumentam os valores de proteína bruta (PB) através do processo de bioconversão. Oliveira (2007) constatou que a casca do maracujá inoculada 62 com Saccharomyces cerevisiae, à concentração de 3%, elevou o valor de 8% para 19% de proteína bruta, um aumento de 137%. Equiparando-se, neste aspecto, a uma ração comercial de excelente qualidade. Além do incremento dos constituintes nutricionais, a ensilagem da casca do maracujá é muito importante para que se possa garantir a manutenção da qualidade do alimento e sua disponibilidade ao longo do período de entressafra. A silagem de maracujá apresenta cor amarelada e cheiro típico da fruta. Segundo Reis (1994) o material ensilado também pode ser facilmente compactado, devido a sua elevada densidade, o que favorece o processo fermentativo e, consequentemente, melhora a qualidade desta silagem. Assim, propõe-se através do presente trabalho a realização de uma pesquisa onde serão testadas diferentes concentrações de Saccharomyces cerevisiae na silagem de casca de maracujá, através do processo de fermentação semissólida. Realizar-se-ão análises bromatológicas e avaliações de desempenho de carcaça em ovinos da raça Santa Inês, alimentados com silagens bioconvertidas em sistema de confinamento. Os dados serão submetidos à análise de variância, teste de médias (dados bromatológicos) e análises de regressão (desempenho de ovinos), através do software estatístico Sisvar, 5.0. DESENVOLVIMENTO DE MAPAS DE RISCO NO IFAL- CAMPUS MACEIÓ, VISANDO ACESSO SEGURO E CONSCIENTIZADO EM LABORATÓRIOS DE MÁQUINAS OPERATRIZES NO BLOCO DE MECÂNICA AUTOR (A): BEROALDO RODRIGUES DOS SANTOS Com o avanço da industrialização, tornaram-se necessárias medidas preventivas que fornecessem ao trabalhador informações e meios de minimizar, ou mesmo evitar, os acidentes decorrentes a sua função em seu ambiente de trabalho. Em 1994 foi criada a primeira legislação que determinava a criação de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA, onde seriam a partir dessas comissões que começariam o desenvolvimento de métodos contra acidente no trabalho, feitos por dados adquiridos pelos próprios trabalhadores. Um dos métodos de prevenção desenvolvido pelas CIPA’S é a elaboração dos mapas de riscos, que tem por objetivo deixar evidentes os riscos aos quais os trabalhadores estariam expostos no local de trabalho, sendo expressos graficamente por círculos de tamanhos e cores de acordo com o grau e tipo de risco citado. O mapa de risco deve ser fixado em local de fácil visibilidade ao trabalhador e a todos que nesse local transita. Através da portaria nº 05 de 17de agosto de 1992,a elaboração de mapas de riscos torna-se obrigatória para empresas que possuem grau de risco e número de trabalhadores que necessitem de uma CIPA constituída. Essa elaboração é feita pela CIPA com ajuda do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do trabalho) responsável pela segurança do trabalhador dentro da empresa. De acordo com a NBR 14280 item 2.4, acidente impessoal é aquele que ocorre independentemente que ocorra vítimas ou lesão física, e não podendo ser caracterizado como agente direto de possível lesão pessoal, mas podendo sim ser causador inicial. Ao definir acidente pessoal no item 2.5, a NBR considera como acidente pessoal aquele 63 causador de lesões físicas em suas vítimas. Para que sejam evitados danos pessoais, perda de materiais, ou pelo menos de tempo de trabalho, o mapa de risco aparece como alternativa prática, segura e eficaz para orientar o trabalhador e evitar consequentemente um acidente. O desenvolvimento dessa ferramenta de prevenção dentro do Instituto Federal de Alagoas- Campus Maceió, enseja a construção de barreiras que impeça a ocorrência acidentes pessoais e impessoais, dentro do ambiente de trabalho e ensino. DESIGN DE INTERIOR BRASILEIRO: CARACTERIZAÇÃO IMAGÉTICA DO SÉCULO XXI A PARTIR DE PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS AUTOR (A): PATRICIA SOARES LINS A presente pesquisa se propõe a organizar e sistematizar conteúdos e imagens publicados em periódicos que integram o acervo do NPDesign relacionados ao design de interiores para garantir maior dinâmica de conteúdos em sala de aula, no âmbito da comunidade escolar, grupo de pesquisa e professores. A meta dessa metodologia possibilita o debate teórico interdisciplinar sobre as características pertinentes aos ambientes internos em cada período, tendo como foco o século XXI. Todos os periódicos que serão utilizados na pesquisa são provenientes de doação já efetuadas por professores e alunos. A evolução do design está vinculada à própria história do capitalismo; permite pensar sobre os rumos da indústria, dos ambientes internos, mudanças socioambientais, sócioespaciais e sobre o design como forma de comunicação contemporânea. A caracterização imagética deste século possibilitará a discussão sobre o interior e seu cotidiano, sobre o estilo contemporâneo, e poderá ser utilizada como fonte de pesquisa em diversas abordagens (psicológicas, filosóficas, antropológicas, sociológicas, históricas). Ao organizar e sistematizar conteúdos e imagens publicados em periódicos relacionados ao design de interiores, este projeto objetiva facilitar pesquisas e estudos de professores e alunos, garantir maior conexão entre professores e alunos e difundir a linguagem científica a partir da catalogação de forma normatizada, seguindo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A proposta da pesquisa é propiciar o pensamento crítico entre imagens e fatos históricos. Nesse sentido, a proposta desse projeto é colaborar com a prática de professores e estudantes e gerar diálogos locais e também ampliados em outras instituições e esferas da virtualidade. Entende-se que para caracterizar um ambiente faz-se necessário compreender determinado período, fatos históricos, socioculturais, tecnologia utilizada, materiais e estilos de roupas, mobiliário, produtos industriais, etc. Toda essa complexa rede material e ideológica inclui valores e interesses, conexão entre a produção dos ambientes internos e o contexto geral da cultura vigente. Dessa forma, a pesquisa viabilizará um banco de imagens gerador de reflexões, confirmações e indagações e sistematização dos dados coletados nos periódicos, visualizando já projetos futuros com discussões teóricas de maior vulto sobre a contemporaneidade. 64 DETECÇÃO DE DOENÇAS NA CULTURA DOS CITROS NO ASSENTAMENTO DOM HÉLDER CÂMARA, EM MURICI – AL AUTOR (A): JULIANA PAIVA CARNAÚBA RAMOS O gênero Citrus sp. pertence à família Rutaceae, e está no grupo das frutas cítricas onde correspondem a 70% do grupo, com destaque para a laranja doce (Citrus sinensis), tangerina (Citrus reticulata), limões (Citrus limon) e limas (Citrus aurantiifolia) (BAUSHER et al., 2006). As árvores de citros dão origem a frutos de diferentes formas e tamanhos, que em geral são ricos em sabor, fragrância e suco. Possuem cor que varia entre o amarelo e laranja, são compostos de casca conhecida como flavedo ou epicarpo, onde se concentram as glândulas de óleos essenciais que dão ao fruto seu odor característico, possuem um mesocarpo ou albedo, grosso e esponjoso que se une ao epicarpo, e a sua polpa é dividida em compartimentos individuais ricos em suco (UNCTAD, 2009). O Brasil destaca-se como o maior produtor e exportador de suco de laranja concentrado. Responde por 50% de todo suco de laranja produzido no mundo e exporta 98% da sua produção. Com isso, obtém uma participação de 85% no mercado mundial, atividade esta que gera para o país uma significativa fonte de renda, com muitos empregos diretos e indiretos (NEVES et al., 2010). Em vários estados brasileiros a citricultura está incluída entre as principais atividades econômicas, sendo em seu conjunto responsável por uma contribuição significativa para o PIB agrícola e para a pauta de exportações, além de participar intensamente na geração de emprego no meio rural e urbano. O Estado de São Paulo é responsável por aproximadamente 80% da produção brasileira e a região Nordeste responde por 8,6% da produção nacional com destaque para os Estados da Bahia e Sergipe, como o 2º e 3º produtores nacionais, respectivamente. O Estado de Alagoas possui cerca de 1500 propriedades que cultivam citros, sendo o terceiro maior produtor de laranja do Nordeste. O Centro citrícola alagoano está concentrado nas microrregiões Quilombo dos Palmares e Mata Alagoana. O potencial citrícola alagoano é ressaltado pelos aspectos climáticos, fator que se traduz em grande facilitador para o cultivo e também pela tradição da cultura da laranja lima, cujos frutos apresentam excelente qualidade, com potencial para competir com os produzidos de outras regiões (ADEAL, 2010). A cultura de citros é constantemente ameaçada por inúmeros problemas fitossanitários causando danos irreversíveis na planta, ameaçando a qualidade de frutos e podendo levar às erradicações completas de pomares, configurando risco potencial de inviabilidade técnica e econômica da produção. Sendo assim, a cultura é acometida por diversas doenças, dentre as quais podem ser destacadas: cancro cítrico, leprose, clorose variegada dos citros (CVC), morte súbita dos citros (MSC), pinta-preta, greening ou huanglongbing (HLB) e tristeza (MATTOS et al. 2005). No entanto, estas doenças não têm ocorrência no estado de Alagoas (ADEAL, 2010). Po outro lado, outras doenças acometem a cultura dos citros com ocorrência em Alagoas, limitando sua produção e onerando custos ao produtor. Destacam-se a Gomose (Phytophthora spp.) Podridão floral (Colletotrichum 65 acutatum), verrugose (Elsinoe fawcetti), Melanose (Diaporthe citri), mancha graxa (Mycosphaerella citri), dentre outras (ADEAL, 2010). DIAGNÓSTICO DA SAÚDE DOS ALUNOS DO CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS AUTOR (A): EMANUELLE TEIXEIRA GAIA A adolescência compreende o período da vida que se estende dos 10 aos 19 anos (WHO, 1995) e se caracteriza por alterações morfológicas, fisiológicas, psicológicas e sociais intensas e complexas, onde a nutrição exerce um papel fundamental (SUÁREZ & ARGUILLES, 1986). A avaliação do estado nutricional, na adolescência, é especialmente importante porque permite monitorar a evolução das modificações do crescimento, visto que durante a fase de crescimento o indivíduo pode estar sujeito tanto aos déficits nutricionais quanto aos excessos (ALBANO & SOUZA, 2001). O excesso de alimentação durante o período da adolescência pode contribuir para o aparecimento da obesidade, que está associada a outras morbidades, como diabetes mellitus, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial, que podem persistir até a idade adulta (MAHAN & ESCOTT-STUMP, 2002). Na adolescência, dentre os fatores de risco para sobrepeso e obesidade destacam-se o sedentarismo, o consumo excessivo de alimentos densamente calóricos e de gorduras, a omissão de refeições e os horários irregulares para as mesmas (DIETZ, 1998). As mudanças evidenciadas nas últimas décadas no perfil da população, conhecidas como processo de transição nutricional, caracterizam-se pela queda da desnutrição e pelo aumento das taxas de sobrepeso e obesidade em todas as idades, associados ao sedentarismo e às mudanças nos padrões alimentares da população, como também às mudanças sociais, econômicas e demográficas decorrentes do processo de desenvolvimento do país (IBGE, 1990; ESCODA, 2002). O consumo de álcool e outras drogas, bem como o tabagismo, também constituem fatores de risco à saúde, pois essas substâncias psicoativas atuam diretamente no processo saúde-doença e estão relacionadas com o estilo de vida do indivíduo, com o meio ao qual está inserido e com os fatores socioeconômicos. O álcool é uma substância tóxica que pode contribuir para ocorrência de algumas doenças, como: hipertensão arterial, hipertrigliceridemia, diabetes não-insulinodependente, câncer, hepatopatia, encefalopatia, pancreatite, problemas psicossociais e comportamentais. O álcool é uma substância tóxica que pode contribuir para ocorrência de algumas doenças, como: hipertensão arterial, hipertrigliceridemia, diabetes não insulinodependente, câncer, hepatopatia, encefalopatia, pancreatite, problemas psicossociais e comportamentais (Mello, Pinto & Botelho, 2001; STIPP, 2013). Pereira e Rhutinéia (2010) realizaram um trabalho de pesquisa, onde concluíram existir uma possível associação entre as cardiopatias e as doenças periodontais. Especificando a associação da gengivite com a insuficiência cardíaca e a periodontite com a angina pectoris. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico que pode estar limitado à 66 gengiva (gengivite) ou estender-se aos tecidos de suporte dentário (periodontite). As bactérias presentes no sulco gengival podem atingir a corrente sanguínea através da vascularização gengival e serem coadjuvantes de duas importantes enfermidades sistêmicas, a arteriosclerose e a infecção pulmonar, segundo Scannapieco. A ocorrência de sangramento gengival associado à presença de placa bacteriana é um sinal clínico de gengivite; e sabendo que tal condição pode predispor esses alunos a desenvolverem ou progredirem a doença periodontal, que por sua vez pode lentamente evoluir para um processo de destruição dos tecidos de suporte dentário, com perdas dentárias, podendo até provocar complicações cardíacas, convém fazer um levantamento do índice de sangramento gengival dos alunos, para avaliar a presença de futuros fatores de risco para doenças cardíacas ao atingirem a idade adulta ou senil. Dessa forma, ações de promoção à saúde são oportunas na fase da adolescência e devem ser prioridade em saúde pública. Estratégias de intervenções primária e secundária devem ser desenvolvidas por setores públicos, privados e organizações não-governamentais (ONGs) visando melhorar as condições de saúde, especialmente nesse período de crescimento (COLE et al., 2000). EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: AS REPRESENTAÇÕES DE PROFESSORES E ALUNOS DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS AUTOR (A): MAURÍCIO RICARDY BATISTA RAMOS A Educação Física é componente curricular obrigatório da Educação Básica (BRASIL, 1996). Sendo uma área de conhecimento e tema de estudos há diferentes tendências que a entendem de forma particular. Os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física (PCN’s) trazem sugestões de como as aulas devem funcionar, mostrando para os professores que seus ensinamentos devem ter uma base conceitual, procedimental e atitudinal. Dentro da base conceitual, os PCN's evidenciaram a inclusão de conteúdos sobre regras, tática e alguns dados históricos das modalidades esportivas, que somados levam os alunos a refletirem sobre temas transversais ligados à área: ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência e outros (BRASIL, 1998; SILVA, 2007). Na atual LDB, aos docentes de Educação Física é atribuída a mesma responsabilidade educacional dos demais professores, todavia, posturas voltadas para a preparação física com o fim em si mesma, ou seja, para o condicionamento físico, apenas, têm colaborado para um certo desprestígio dos profissionais da área. Ramos & Lima (2013) afirmam que os conteúdos para o ensino médio são discutíveis. Muitos professores utilizam a afirmação dos PCN’s de que “no ensino médio os conteúdos devem ser aprofundados, tendo-se como base aqueles aprendidos no ensino fundamental”, e se utilizam dos esportes como norteadores das aulas. Alguns outros buscam a saúde, a qualidade de vida e os temas transversais para montar a estrutura pedagógica da disciplina. Os conhecimentos advindos do senso comum e os conhecimentos experienciais dão origem às representações sociais, que nada mais são que os sentidos atribuídos pelas pessoas a algum objeto, a algum assunto ou mesmo a alguma informação. Para que haja 67 representação é necessário que exista o sujeito e o objeto. A Educação Física tem forte representação negativa na sociedade exatamente por causa de seu histórico nacional, onde os professionais da área não definiam os conteúdos para a disciplina e a utilizavam apenas como recreação, treinamento militar ou como forma de higiene. Nesse sentido, esse estudo pretende identificar e interpretar as representações sociais de alunos e professores do ensino público estadual do município de Palmeira dos Índios acerca da educação física do ensino médio, com a finalidade de elaborar uma proposta pedagógica para essas escolas, levando-se em consideração todos os sentidos atribuídos por professores e alunos, com auxílio da literatura básica da área. A proposta deve favorecer o aspecto educacional da Educação Física, visando a uma educação humanizante, inclusiva e de qualidade. A Educação Física Escolar auxilia o aluno no seu desenvolvimento físico, social e cognitivo: “estudos comprovam que a prática de atividade física colabora com o desenvolvimento de outras habilidades, ajudando a se concentrar, nos relacionamentos, na liderança e nas ações cognitivas, sendo ainda uma disciplina que favorece a qualidade de vida para que os alunos possam frequentar as demais disciplinas (JORNALISMO PORTAL, 2010). EFICIÊNCIA DE GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE (Ipomoea batatas L.(Lam)) SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE FERTILIDADE DO SOLO NO MUNICÍPIO DE PIRANHAS/ALAGOAS AUTOR (A): JOSÉ PEDRO DA SILVA O homem cultiva atualmente, aproximadamente cerca de três mil espécies de plantas. Entre essas, 150 espécies vegetais são consideradas de grande valor econômico no mercado internacional. Mas, no meio dessas 150 espécies, apenas doze são tidas fundamentais, porque sem elas as regiões mais pobres da Terra padeceriam de uma fome ainda mais profunda do que passam hoje em dia, onde entre essas, encontra-se a batatadoce, fonte de renda e alimentação para muitos estados da federação (BARRERA, 1989). A batata-doce (Ipomoea batatas (L.) Lam.) é uma cultura rústica por produzir em áreas com baixa fertilidade. Segundo SILVA et al. (2004), é uma espécie dicotiledônea pertencente à família botânica Convolvulacea, que agrupa aproximadamente 50 gêneros e mais de 1.000 espécies, sendo originária das Américas Central e do Sul. No Brasil é produzida em todos os estados Segundo as informações da FAO (2006), a batata-doce é considerada uma hortaliça de estimável valor nutritivo, sendo atualmente um alimento consumido em quase todo mundo, principalmente pela população mais pobre. No Brasil, a batata-doce é cultivada, praticamente, em todas as localidades e principalmente como cultura de segurança alimentar em pequenas propriedades rurais. Em 2006, os dados do IBGE apontaram o Nordeste (19.381 ha), o Sul (18.768 ha) e o Sudeste (5.635 ha) como as regiões que tem as maiores áreas de produção de batata-doce. Na Região Nordeste, esta cultura tem grande importância social, por ser fonte de alimento energético e ser auxiliar na geração de emprego e na fixação do homem no campo (SANTOS et al., 2006). De acordo com IBGE (2006), a região concentra 49,3% da área colhida de batata-doce do país com uma produção de 187.611t e produtividade de 9,00 t.ha-1, 68 sendo a Paraíba o maior produtor nordestino e o segundo nacional, com produção de 50.049 t em uma área colhida de 6.028 ha, e produtividade de 8,30 t.ha -1 que está abaixo das médias nacional e regional. A cultura da batata-doce, apesar de sua importância para o Brasil são poucos os trabalhos de pesquisa, visando selecionar e recomendar cultivares para diferentes regiões do país, sendo esse um dos principais problemas enfrentados pelos produtores, em destaque os municípios localizados na região Nordeste, em especial na região agreste e semiárida de alagoas. A batata-doce, por apresentar sistema radicular muito ramificado torna mais eficiente a absorção de nutrientes, fazendo com que a cultura possua alta capacidade de exploração da fertilidade do solo, em especial a adubação orgânica. Isso leva ao seu rápido esgotamento, o que induz os produtores a cultivá-la preferencialmente em áreas novas, quando há maior disponibilidade de micronutrientes, responsáveis pelos maiores aumentos da produtividade de raízes comerciais (SILVA; LOPES e MAGALHÃES, 2002). As exigências minerais da cultura da batata-doce, em ordem decrescente, são: potássio, nitrogênio, fósforo, cálcio e magnésio (MIRANDA et al., 1995). A batata-doce é uma planta muito tolerante às variações de acidez no solo. Pode crescer e produzir bem em solos com pH de 4,5 a 7,5, mas o nível está entre 5,6 a 6,5 (MIRANDA et al., 1995). Além disso, o solo deve ser preferencialmente, arenoso, bem drenado, sem presença de alumínio tóxico. Os solos arenosos facilitam o crescimento lateral das raízes, evitando a formação de batatas tortas e também facilita a colheita, permitindo o arranquio com menor índices de danos (SILVA et al., 2004). Essas características são típicas dos solos do semiárido. A partir dessas informações, os clones que apresentarem os melhores desempenhos no ensaio de produção e avaliação serão multiplicados, para posteriormente serem disponibilizados aos produtores do agreste e semiárido alagoano. Dessa forma, espera-se uma maior produtividade e melhor qualidade dos tubérculos e que sejam capazes de reduzir os custos de produção e conferir sustentabilidade econômica e ambiental a economia desta tuberosa no Estado de Alagoas, com destaque para sertaneja, além de contribuir para melhorar os índices zootécnicos na região e colocar à disposição dos pequenos agricultores clones de batata-doce produtivos, adaptados e de alto valor nutritivo para uso na alimentação humana. ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO DO CORPO DOCENTE E DISCENTE DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO MUNICÍPIO DE MARECHAL DEODORO OBJETIVANDO AUXILIAR O IFAL NA ELABORAÇÃO DE SUAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS AUTOR (A): FABIANO DUARTE MACHADO O projeto aqui descrito visa uma maior interação, tanto das circunvizinhanças do IFAL (câmpus Marechal Deodoro), como da própria comunidade acadêmica. Objetivando o levantamento de dados e informações fundamentais para a criação de novas e possíveis modalidades de cursos para o desenvolvimento local, especialmente no campo da educação, levando em consideração as condições socioeconômicas do publico alvo, objeto desta 69 pesquisa. Vale ressaltar que o surgimento e desenvolvimento deste projeto ocorre em conformidade com as diretrizes propostas na Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008, art. 6º e 7º, que trata da criação dos Institutos Federais, reafirmando o caráter de envolvimento e interação com a comunidade externa do campus de Marechal Deodoro, pois, propomos um enriquecimento do know-how (do saber fazer) da mesma, como também da comunidade acadêmica do IFAL. Assim também em conformidade com o PDI do IFAL 2009-2013, “realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvimento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus benefícios à comunidade;”. O interesse em fomentar uma troca de informações também esta ligada a importância de fornecer dados atualizados sobre o desempenho dos cursos em andamento no IFAL câmpus Marechal Deodoro, e que assim possam auxiliar na caracterização da comunidade atendida pela referida instituição de ensino. Para assim incentivar como também propor, com maior embasamento, o surgimento de novos cursos melhor adaptados às condições reais, atendendo assim às necessidades da população no que se refere ao envolvimento da mesma com o desenvolvimento da cidade. Por fim, visa impulsionar os acadêmicos do IFAL a um maior envolvimento com a sociedade, estimulando um rompimento com os limites do câmpus e um abarcamento da comunidade exterior promovendo assim uma integração de saberes que por sua vez será responsável pelo funcionamento mais prático do instituto. ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM ENSINO TRANSDISCIPLINAR DE QUÍMICA AUTOR (A): TÂMARA MORAES BASTOS A disciplina química sempre foi vista como sendo uma matéria difícil e complicada, desafiando muitos alunos para que chegassem ao nível mínimo de compreensão, e comumente nos deparamos com um ensino em que o aluno é forçado a decorar fórmulas e conceitos apresentados pelo professor de acordo com uma sequência logicamente organizados nos livros didáticos. Infelizmente, os conhecimentos químicos na maioria das vezes são ensinados pelos professores de forma isolada, sem a preocupação em criar conexões com as situações do cotidiano do aluno, dando a impressão de que determinados conhecimentos parece não servir para nada. Sobre o ensino de química desenvolvido nas escolas Lutfi (1988) afirma ser um ensino limitado a “(...) decorar nomes e fórmulas, decorar regras e nomenclaturas, classificar, fazer cálculos (as célebres regras de três), informações em grande número (...) pouca preocupação em estabelecer relação entre elas” (LUTFI, 1988, p.13). Desenvolver um ensino de química de forma fragmentada, isolada, muitas vezes impede que o aluno perceba a importância da disciplina em sua vida, não identificando o quanto aqueles conhecimentos estão inseridos no cotidiano, “os currículos tradicionais trabalhados nas escolas ao se preocuparem com os aspectos puramente formais da química, fazem com que seja ensinado um grande número de conceitos que, tratados de maneira descontextualizada, não permite ao aluno perceber as relações entre a química e as 70 questões do dia-a-dia (Bastos, 2003, p.22). Dessa forma, o aluno passa a aprender apenas de forma memorística, não favorecendo a construção de uma aprendizagem com significados, fundamental para se compreender mais claramente os fenômenos e aprender a agir com mais cidadania e menos ignorância, e dando condições para que se concretize uma educação transformadora e exercendo seu verdadeiro papel de formar integralmente o aluno. Esse reducionismo tem feito a escola perder cada vez mais a função de formadora de cidadãos críticos, conhecedores da realidade social de seu país e dispostos a transformá-la (...). Assim, muitas vezes tem sido privilegiada a memorização de regras, a resolução de exercícios numéricos e o estudo sumário de extensos programas, em detrimento da compreensão conceitual precisa e do entendimento de suas relações com os diversos campos do conhecimento (SANTOS, 2003, p.7). Os Parâmetros Curriculares Nacionais-PCNs, no Brasil a abordagem da química escolar continua praticamente a mesma, priorizando as informações desligadas da realidade vivida pelos alunos e pelos professores. “Enfatiza-se por demais propriedades periódicas, tais como eletronegatividade, raio atômico, potencial de ionização, em detrimento de conteúdos significativos sobre os próprios elementos químicos, como a ocorrência, métodos de preparação, propriedades, aplicações e as correlações entre esses assuntos” (BRASIL, 1999, p.64). Segundo indica os PCNs, o ensino de química deve possibilitar habilidades e competências no aluno para a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas, de modo a permitir no aluno, a construção de uma visão de mundo mais articulada e menos fragmentada. Baseado na experimentação e na observação, o paradigma cartesiano teve como fim conseguir o conhecimento, a verdade absoluta, e para isso, segundo a teoria era necessário dissociar o sujeito do objeto. Segundo Morin (2007), trata-se de um paradigma que ao separar o sujeito pensante (ego cogitans) e a coisa entendida (res extensa), isto é filosofia e ciência e permitiu os maiores progressos ao conhecimento científico e à reflexão filosófica, porém, suas conseqüências nocivas últimas só começaram a se revelar no século XX. Segundo Behrens (2008) a sociedade do conhecimento demanda repensar a educação, a prática pedagógica dos professores de modo a pensar na formação de cidadãos para agir com responsabilidade, e nessa perspectiva, os processos ensino aprendizagem convergem para o preparo da comunidade acadêmica no sentido de refletir, analisar e buscar construir projetos pedagógicos críticos, reflexivos e transformadores que levem à formação do ser humano, com uma visão de mundo mais igualitária, solidária, justa e fraterna. Zabala (2002), fazendo uma reflexão sobre os conteúdos de aprendizagem, esclarece que o aluno não tem disposição de aprender quando não percebe a utilidade dos conhecimentos que estão sendo ensinados, ou não mostram relação nenhuma com atividades da vida diária, nem dão resposta ás necessidades pessoais, terminando por configurar-se como algo abstrato. Para isso, vemos o quanto é fundamental trabalhar um ensino de química numa perspectiva transdisciplinar, procurando mostrar ao aluno as relações que existem entre os conhecimentos químicos e os diversos conhecimentos, para uma visão global, integral, holística, Delors (1999) afirma tratar-se de “uma educação que deve ter em conta as múltiplas facetas- físicas, intelectuais, estéticas, emocionais e espirituais- da personalidade 71 humana e tender, assim, para a realização deste sonho eterno: um ser humano perfeitamente realizado, vivendo no mundo em harmonia (DELORS, 1999, p.245). Para Morin (2009) quanto mais multidimensionais se tornarem os problemas vividos pela sociedade e a incapacidade do homem para pensá-lo em uma dimensionalidade; quanto mais globais se tornam os problemas, menor nossa capacidade de resolvê-los, assim, segundo o autor, tomados de inconsciência e irresponsabilidade, nos tornamos incapazes de encarar o contexto e complexo planetários, ou seja, de se construir um pensamento transdisciplinar. O desenvolvimento de um pensar transdisciplinar pode levar o homem a melhor compreender os aspectos tão complexos em que se encontra a sociedade, e com isso encontrar a saída para a complexidade dos problemas atuais. Ao se trabalhar o conteúdo numa perspectiva transdisciplinar, dá-se condições para que o aluno possa enxergar a rede que existe entre os diversos conhecimentos, suas interrelações, e isso permite ao aluno a compreender melhor sua realidade, fazer novos questionamentos, buscar novas soluções para os problemas reais, recuperando assim, “a autêntica educação, mobilizando as atitudes e os valores dos alunos, elementos básicos para a potencialização de uma personalidade autônoma, crítica e solidária” (YUS, 1998, p.18). Nesse sentido, foi elaborado o documento construtivo da transdisciplinaridade querecebeu o nome de carta da transdisciplinaridade elaborada pela UNESCO em 19941. Segundo Zabala (2002) a perspectiva transdisciplinar, supõe uma integração global dentro de um sistema totalizador, o que, segundo o autor, favorece uma unidade interpretativa, construindo uma ciência que explica a realidade sem parcelamento. A transdisciplinaridade, compreende a racionalidade e a não- racionalidade, propõese à compreensão humana ampliada (...). Para tantos, nos métodos, é preciso articular as Ciências exatas, biológicas e humanas, as artes, a Filosofia e as tradições. Assim, sem dúvida, realço a importância da construção do conhecimento por meio da metodologia científica, alimentando a curiosidade, a capacidade de questionar e de ir em busca de respostas que tenham a legitimidade, confiabilidade (ARNT, 2010, p.113). Diante da necessidade de desenvolver um ensino de química voltado para perspectiva transdisciplinar, cujos conteúdos possam dialogar com os diversos conhecimentos, de modo a gerar uma aprendizagem com mais significados para o aluno, nosso projeto tem como objetivo Este projeto tem como objetivo geral desenvolver um material didático complementar para o ensino de química, na perspectiva transdisciplinar, para ser trabalhado com alunos do nível médio. A construção desse material didático terá como base o estudo dos conteúdos de química, interligados a temas de pesquisa de interesse social, tais como: lixo, alimentação, drogas, alcoolismo, entre outros. Acreditamos ser um material didático que ao ser trabalhado nas escolas, durante as aulas de química, ajudará ao aluno na construção de uma aprendizagem transdisciplinar, permitindo que este perceba as relações existentes entre os conhecimentos químicos e o cotidiano, capacitando o aluno na tomada de decisões e no seu desenvolvimento como pessoa humana e como cidadão. ELABORAÇÃO E USO DE EXPERIMENTOS DE FÍSICA COM MATERIAIS RECICLÁVEIS: O IMPACTO NA RELAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM 72 AUTOR (A): ANA PAULA PERDIGÃO PRAXEDES A física é a ciência que estuda os componentes do universo, das forças que interagem entre si e de seus efeitos. Ela tem como objetivo desvendar os mistérios da natureza e entender a relação dos humanos com o universo e o mundo. Como outras ciências a física esta dividida em: física teórica, física experimental e física aplicada. “Na física experimental aulas práticas no ambiente de laboratório podem despertar a curiosidade e o interesse do aluno, visto que a estrutura do mesmo pode facilitar a observação de fenômenos estudados em aulas teóricas. Neste caso, o conhecimento é testado e argumentado. Além disso, nessas aulas, os alunos têm a oportunidade de interagir com as montagens de instrumentos específicos que normalmente eles não têm contato em um ambiente com um caráter mais informal do que o ambiente da sala de aula.” (BORGES, 2002). As aulas práticas podem ajudar no desenvolvimento de conceitos científicos, além de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo e como desenvolver soluções para problemas complexos. As aulas práticas servem de estratégia e podem auxiliar o professor a retomar um assunto já abordado, construindo com seus alunos uma nova visão sobre um mesmo tema. Quando compreende um conteúdo trabalhado em sala de aula, o aluno amplia sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e isso pode gerar discussões durante as aulas fazendo com que os alunos exponham suas ideias, desenvolvendo assim a capacidade de argumentação e crítica dos mesmos. ENRIQUECIMENTO PROTEICO DA SILAGEM DE CASCA DE MARACUJÁ SOB NÍVEIS CRESCENTES DE LEVEDURAS (SACCHAROMYCES CEREVISIAE) AUTOR (A): JONAS DOS SANTOS SOUSA O Brasil é o maior produtor e também o maior consumidor mundial de maracujá, com uma produção de mais de 920 mil toneladas por ano (IBGE, 2010). Segundo Faleiro et al. (2005), a produção brasileira representa mais de 70% da produção mundial. O maracujá é usado principalmente na alimentação humana, sendo comercializado principalmente na forma in natura e posteriormente utilizado no preparo de sucos, doces, geleias, sorvetes e licores (RUGGIERO, 1998). Também é utilizado pelas indústrias alimentícias, farmacêuticas e de cosméticos, isso graças ao elevado valor nutritivo dos frutos, ricos em cálcio, fósforo, vitaminas A e C, e à presença de substâncias como a passiflorina e a maracugina, usadas como calmante. A casca do maracujá é rica em pectina, niacina (vitamina B3), ferro, cálcio e fósforo (CÓRDOVA et al., 2005). Estudos recentes têm comprovado que o aproveitamento da casca do maracujá possibilita substituir determinados ingredientes da ração animal, ou mesmo realiza a sua complementação, favorecendo o desempenho dos animais, além de reduzir os custos de produção. Santos et al. (2009) constataram que a casca do maracujá assemelha-se ao milho quanto ao teor de proteína bruta e possui teores de fibra em detergente neutro e ácido que não deprimem o consumo por ruminantes, o que mostra seu potencial como 73 alimento para animais. A digestibilidade aparente e o consumo de resíduos de maracujá como alimento exclusivo para carneiros foram avaliados por Lousada Junior et al. (2005), os quais encontraram 60% de digestibilidade da matéria seca e consumo de 3,5% do peso vivo. A casca do maracujá compõe a maior proporção do fruto, embora existam variedades com cascas mais finas, tem-se observado pelas indústrias que apenas 1/3 do fruto é composto por polpa, sendo o restante descartado como resíduo. Na tentativa de minimizar os desperdícios da produção e industrialização, alguns pesquisadores já iniciaram trabalhos de enriquecimento proteico da casca do maracujá, mas na literatura ainda são escassas informações que possam orientar os criadores como dispor estes resíduos para os animais. O processo de enriquecimento proteico em rejeitos agroindustriais utilizando microrganismo pode ser realizado através de uma fermentação (cultivo) semissólida, que possibilita a utilização desses rejeitos como substrato. Segundo Viniegra-González (1998) a fermentação semissólida apresenta diversas vantagens, quando comparada ao processo de fermentação submersa, devido aos seus aspectos físico-químicos, especialmente sua reduzida atividade de água, o que torna o processo mais produtivo, além de requerer baixo investimento e praticamente não produzir resíduos. Segundo Oliveira (2007), é possível dobrar a quantidade de proteína bruta da casca do maracujá triturada, fazendo-se a inoculação de 3% de fermento biológico (Saccharomyces cerevisiae) e controlando a temperatura de 34 °C, por 48 horas, através da fermentação semissólida. Para Procreatin (2006), a utilização da levedura nas dietas dos animais resulta em interações benéficas entre a microflora, o intestino e o sistema imunológico na defesa contra os desafios antigênicos. A levedura tem como propriedade melhorar significativamente os índices zootécnicos dos animais por se tratar de uma ótima fonte de proteína (COPYRIGHT, 2005). As leveduras vivas através da capacidade de adsorverem bactérias gram negativas, impedir a ligação destas bactérias às vilosidades da mucosa intestinal e de estimulação do sistema imunológico, promovem um trato intestinal saudável com benefícios como: melhora a digestão dos alimentos; aumentam o crescimento e a resistência às doenças; melhora a pele e a pelagem; reduz a incidência de diarréias; e diminui a produção de gases (PROCREATIN, 2006). A casca do maracujá contém mais de 80% de umidade, portanto, exige um grande cuidado na sua conservação. E uma das formas mais econômicas de se armazenar este subproduto é através da confecção de silos. Reis et al. (2001) verificaram que a densidade da casca de maracujá promove fácil compactação, o que favorece o processo fermentativo da silagem. Além disso, tem 69,26% de digestibilidade aparente da matéria seca e 87,34% de digestibilidade da proteína bruta. Assim, objetivando aprimorar a utilização de resíduo agroindustrial para alimentação de ruminantes, propõe-se neste projeto a realização de um trabalho para enriquecimento proteico da casca do maracujá ensilada, através da inoculação com Saccharomyces cerevisiae em cinco concentrações, 0, 2, 4, 6 e 8%. ENSINO DE HISTÓRIA: O CURRÍCULO DO IFAL, O ENSINO MÉDIO E O ENEM AUTOR (A): ANA LUIZA ARAÚJO PORTO 74 O Ensino de História tem se consolidado como um profícuo campo de pesquisa nas últimas três décadas, sobretudo pela redemocratização da vida política brasileira. No entanto, as pesquisas têm pensado tradicionalmente as séries finais do ensino fundamental e muito timidamente as séries iniciais do ensino fundamental. O ensino médio é um campo ainda por se descortinar para os estudos sobre o ensino de História no Brasil. Movido no passado pela dualidade entre situar-se em fase de passagem para o ensino superior ou meio de acesso ao mercado trabalho, o ensino médio se configurava claramente num projeto que separava de modo muito demarcado um ensino para a elite e um ensino para os filhos da classe trabalhadora. Com a redemocratização da cena política brasileira no fim dos anos de 1980, com a consequente promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996 e o advento do conceito de Educação Básica que inclui o ensino médio como fase final da Educação Básica e o entende como fase primordial na formação de adolescentes, jovens e adultos, as pesquisas sobre o ensino de História nesta modalidade de ensino tornam-se mais do que urgentes, sobretudo pela implantação do Exame Nacional do Ensino Médio criado em 1998 e que tem ganhado novo fôlego com a adesão das universidades públicas federais nos últimos anos e também pela promulgação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio de 2012. O projeto que ora apresento se situa num campo de reflexão que tem a confluência de diversas áreas do conhecimento das chamadas Ciências Humanas, e teria como locação principal a área do ensino de História, ou seja, de como os saberes específicos do campo da História cristalizados no chamado currículo de História de nível médio se relacionam e se articulam com o Ensino Médio de modo geral, com o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e também com o currículo de História do Instituto Federal de Alagoas, no chamado Ensino Médio Integrado. Ele virá a dar uma contribuição para os debates acerca do ensino das Ciências Humanas no Instituo Federal de Alagoas, como também servir como base e ponto de partida para as discussões acerca da reformulação da matriz curricular de História no âmbito do IFAL, visto que temos uma matriz curricular que precisa ser reformulada em função das novas demandas que se põe para o Ensino Médio quando da promulgação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio ocorrida em 2012. ESPORTE E ATIVIDADE FÍSICA EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS: AS REPRESENTAÇÕES DA POPULAÇÃO AUTOR (A): MAURÍCIO RICARDY BATISTA RAMOS O comportamento humano é alvo de estudo da psicologia social, pesquisando como o homem externa seus pensamentos, ri, chora, age, sente dor. As ciências sociais interferem nestes estudos mostrando que o homem é um ser ativo e não apenas fruto de meras observações. As informações passadas de geração a geração, além das vivências particulares ou coletivas farão com que o homem analise situações e obtenha conhecimento, nascendo assim as representações sociais, que nada mais são que conhecimentos advindos do senso comum e dos conhecimentos experenciais. A prática de atividades físicas, dentre elas os esportes contribui para a formação de 75 corpos esbeltos – objetivo dos adolescentes – além de prevenir doenças e fazer com que seus praticantes tenham uma vida saudável – objetivo de adultos e idosos. A década de setenta foi o auge dos esportes, já que o futebol brasileiro foi campeão da copa do mundo e houve grande euforia da população. As modalidades esportivas, objetivando resultados e excluindo os menos habilidosos, passaram a ser o conteúdo principal das aulas de Educação Física, de acordo com Darido (2005). Esse contexto pode explicar as várias formas de representação do esporte pelas pessoas: fonte de saúde, atividade utilizada para lazer e recreação, forma rápida de se conquistar físico perfeito e meio de conseguir ascensão social – caso dos jogadores de futebol, onde muitos largam o estudo para se dedicar à profissão. Apesar dessas representações adentrarem nas escolas, elas não vêm contribuindo para a prática de atividades físicas. A prática de atividades e exercícios físicos é sempre recomendada, seja por médicos, professores de educação física ou mesmo por pessoas que já sentem os benefícios adquiridos com tais atitudes. De acordo com o Inquérito Domiciliar sobre Comportamentos de Risco e Morbidade Referida de Doenças e Agravos não Transmissíveis, a prática de atividades físicas regulares reduz o risco de mortes prematuras, doenças do coração, acidente vascular cerebral, câncer de cólon e mama e diabetes tipo II. Frisam ainda a importância da prática regular das atividades em pelo menos três dias na semana. Em conversas informais com profissionais de Unidades de Saúde da Família – USF do município de Palmeira dos Índios, verificou-se que o índice de pessoas acima de 40 anos portadoras de diabetes e hipertensão vem crescendo dia-a-dia. O fato é diagnosticado através das consultas clínicas, exames laboratoriais e posteriormente através dos testes glicêmicos e aferição da pressão arterial. Quando perguntado aos portadores os possíveis motivos para essas doenças eles alegam problemas familiares, correria na vida e no trabalho e principalmente a falta de prática de exercícios físicos, como simples caminhadas. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente 5,8% da população a partir dos 18 anos tem diabetes tipo 2, o que equivale a 7,6 milhões de pessoas, e aparecem 500 novos casos todos os dias. As estimativas revelam que mais de 10 milhões sofrem com essa doença, cujos fatores determinantes são a obesidade e sedentarismo. Sendo o diabetes a maior causa de amputações não-traumáticas de membros inferiores, e segunda causa de cegueira e primeira de diálise renal. Para minimizar a situação todos os anos no dia mundial da diabetes a Secretaria Municipal da Saúde de Palmeira dos Índios, junto a NUPS, NASF e alunas do curso de Enfermagem do Centro de Estudos Superiores de Maceió – CESMAC (Unidade Palmeira dos Índios) realizam um evento com a população, realizando: teste de glicemia capilar, aferição de pressão arterial, avaliação antropométrica, orientação nutricional e distribuição de panfletos educativos. Recentemente um censo feito entre o período de 2011 a setembro de 2012 mostra Palmeira dos Índios com o maior número de casos de diabetes tipo 2 e o oitavo maior do estado com casos de diabéticos/hipertensos. Números agravantes que preocupam a população. A Prefeitura Municipal de Palmeira dos Índios, através da Secretaria de Saúde realiza projetos de atividades físicas, visando à saúde e à qualidade de vida da população. Dentre eles, destacam-se: Projeto Programa Saúde e Lazer na Praça - uma das metas do projeto é diminuir a incidência de hipertensão arterial, sedentarismo, colesterol alto, 76 controlar a diabetes, entre outros. As atividades físicas são de alongamento acompanhado de exercícios de baixo e médio impacto, culminando com um relaxamento para evitar dores após as aulas. Inclusive no ano de 2012 o movimento ganhou o reconhecimento com o selo UNICEF por promover a ação contra diabetes e hipertensão. Projeto Verão mais Saudável - o evento tem como objetivo estimular a prática de atividade física e de lazer entre visitantes e moradores do município. São oferecidas aulas de ginástica, orientação nutricional, teste de glicemia, aferição de pressão arterial, palestra, simulação do SAMU e campanhas nas Unidades Básicas de Saúde. Projeto de Futsal com meninos da Cafurna - acontece no ginásio do Centro Educacional Cristo Redentor nas tardes de sábado, o projeto visa a ensinar a modalidade de futsal aos meninos da Cafurna. Projeto Mais Educação - acontece com crianças de escolas públicas do município e leva atividades esportivas no contra turno escolar e nos finais de semana. Projeto Segundo Tempo – tem também o objetivo de levar esportes e atividades físicas para crianças e adolescentes no horário contrário ao das aulas. O estudo pretende interpretar as representações da população a cerca das atividades físicas e dos esportes, com intuito de identificar qual o conhecimento que está sendo adquirido através dessas práticas, bem como apresentar propostas ao poder público para melhoramento dos espaços, ou mesmo construção de novos (caso necessário) de acordo com essas representações. ESTUDO DE CASO: MOTIVOS E CAUSAS DA EVASÃO DOS ALUNOS DO IFAL-CÂMPUS MARAGOGI NA PERCEPÇÃO DOCENTE AUTOR (A): CRISTIANE SIMÕES SANTOS O litoral Norte de Alagoas é composto por dez municípios: Paripueira, Barra de Santo Antônio, São Luiz de Quitunde, Matriz de Camaragibe, Passo de Camaragibe, São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Japaratinga, Porto Calvo e Maragogi, com uma população de, aproximadamente, 238.000 habitantes. Essa região foi formada a partir da exploração da cana de-açúcar, sendo marcada pelo latifúndio e pelo trabalho no campo. Atualmente, o norte alagoano tem sido contemplado com um amplo programa de reforma agrária, sendo uma das maiores do Brasil em número de assentamentos. A fim de superar o passado de concentração de terra e renda, cooperativas agrícolas têm ajudado a implantar e desenvolver a agricultura familiar. Por outro lado, as belezas naturais que a região dispõe, especialmente nos municípios que pertencem ao Pólo Costa dos Corais, têm proporcionado o desenvolvimento do mercado de turismo, cujo potencial é incontestável. Com a proposta do Governo Federal de aproximar a Educação Profissional das populações distantes dos grandes centros, foi que nasceu a ideia de se implantar um Campus 77 nesta região. A cidade de Maragogi, por meio da Prefeitura, assinou um termo de compromisso com o IFAL/MEC garantindo a construção de mais um Campus do IFAL. Com a exigência do Governo Federal de que os novos Campi deveriam funcionar ainda em 2010, foi firmado um convênio entre o IFAL, a Prefeitura de Maragogi e a Fundação Costa dos Corais – FUNDEC, para utilização de parte do prédio da referida Fundação como sede provisória do Campus Maragogi. Em 23 de agosto de 2010, foi realizado o primeiro processo seletivo, por meio de sorteio público, com um total de 562 inscritos, sendo que 190 candidatos disputaram as 80 vagas do Curso Técnico Integrado em Agroecologia e 372 candidatos concorreram as 80 vagas do Curso Técnico Integrado em Hospedagem. Os cursos ofertados têm duração de 4 anos e foram implantados de forma estratégica dadas as características econômicas da região e as possibilidades de incrementar seus arranjos produtivos. O início das atividades acadêmicas do campus do Instituto Federal de Alagoas no município de Maragogi ocorreu em 13 de setembro de 2010. Na ocasião, foram iniciadas turmas de dois cursos técnicos integrados: Agroecologia e Hospedagem. Tais cursos foram propostos para atender às necessidades do mercado produtivo local, onde predomina a produção agrícola e o turismo. O Instituto Federal de Alagoas Campus Maragogi tem como objetivo promover o desenvolvimento local, democratizando o conhecimento através da relação teoria-prática, contribuindo para que as pessoas possam permanecer nos seus locais de origem e transforme o seu meio. O alto índice de evasão no Instituto Federal de Alagoas/Campus Maragogi, perpetua a cultura da exclusão impedindo o desenvolvimento local e a permanência dos nativos. Os alunos são residentes de várias cidades vizinhas (Porto Calvo, Japaratinga, Matriz de Camaragibe, Porto de Pedras e São José da Coroa Grande, São Luiz), o que culmina numa evasão e falta de assiduidade dos alunos por falta de transporte, algumas prefeituras terceirizaram o transporte escolar que nem sempre é de qualidade, causando uma indefinição quanto à presença dos alunos nas aulas. Outro fator que contribui para o baixo desempenho dos alunos, é que alguns frequentam o ensino médio em outra escola. Houve um índice alto de desistência dos alunos, como consta na Tabela Comparativa do desempenho acadêmico entre os alunos de 2010 e 2011, devido à dificuldade de elaborar e interpretar ideais e um baixo nível de conhecimento, pois em sua maioria são egressos de escolas públicas municipais ou estaduais, onde conviviam com a ausência de professores na sala de aula reduzindo o conteúdo proposto para aquela série. Alguns alunos que já concluíram o ensino médio, aumentaram as estatísticas dos alunos desistentes por vários motivos, citamos como os principais: a falta de base e o desinteresse pelo curso. Em 2010, os alunos apresentaram um índice de 51,3% de evasão, bem superior ao índice de aprovação, o que caracteriza um dado preocupante para a Instituição, uma vez que esses alunos tiveram o interesse inicial de seguir seus estudos ou incorporar novos conhecimentos buscando uma instituição de ensino, porém fator(es) contribuíram para que os alunos desistissem de seguir os estudos antes de concluir o ano letivo determinado em calendário escolar. Nas turmas de 2011, houve uma queda no índice de evasão, porém o índice apresentado ainda é alto para os objetivos da Instituição, no entanto podemos perceber que a redução do índice foi fruto de um trabalho da equipe de gestão, pedagógica e docente. 78 É notório que a educação tornou-se um vetor estratégico para o desenvolvimento sustentável e equitativo. Além disso, o grau de escolaridade constitui-se um dos principais fatores que determinam o nível de empregabilidade dos indivíduos. O ensino médio tecnológico, mecanismo que oportuniza o aluno se ingressar em uma educação profissionalizante, está sendo convocado a repensar e a transformar seus vínculos com a sociedade. Mas, existem diversos fatores que precisam ser corrigidos e outros eliminados para que as pessoas possam ter mais acesso à escola e, sobretudo poder concluir seus estudos. Cabe a escola a contribuição efetiva de formar o cidadão capaz de transformar-se a si próprio e o seu meio. Educar para cidadania deve significar, na realidade, o desenvolvimento de uma práxis na educação da cidadania, Muraro (2010). “... é preciso que a educação esteja em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos, adaptada ao fim a que se persegue permitir ao homem chegar a ser sujeito, constituir-se como pessoa, transformar o mundo e estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história...” Paulo Freire apud Mizukami (1986). O Instituto tem como objetivo assegurar o direito de todos a uma educação de qualidade, desenvolvendo habilidades, atitudes, autonomia, independência e criatividade dos indivíduos. Partindo desse pressuposto, vislumbramos um eixo norteador integrando Educação Profissional -Trabalho - Desenvolvimento Local. 79 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA DE UM EDIFÍCIO GARAGEM NA CIDADE DE MACEIÓ SITUADO NO BAIRRO DO FAROL AUTOR (A): UZIEL RIBEIRO LIMEIRA Atualmente, a construção civil, principalmente no Brasil, está se especializando cada vez mais. Em contrapartida há uma grande lacuna quando se fala em planejamento de obras, são poucas as empresas que utilizam dessa importante ferramenta em suas obras. Os empreendimentos no setor imobiliário não podem ser fundamentados em dados e métodos empíricos, não basta apenas dispor de dinheiro em caixa e um local apropriado para a construção para que se tenha um investimento seguro e rentável no ramo imobiliário. Hoje antes do investimento é de suma importância um planejamento do mesmo, dentro desse planejamento uma das etapas primordiais é o estudo de viabilidade econômica e financeira. Esse estudo é essencial principalmente para grandes empreendimentos, tendo em vista que o ramo da construção civil deve ser o mais exato possível, e com um estudo especifico e detalhado o risco de que um projeto não der certo diminui muito. Segundo Pires (2004, pg. 3), Saber o que lançar, quando lançar, onde lançar e os caminhos que levam aos recursos necessários à execução dos empreendimentos como um todo, é indispensável para o empreendedor que almeja sucesso. Dentro desses parâmetros será desenvolvido um trabalho de pesquisa que mostrará se é viável economicamente e financeiramente construir e manter um edifício garagem na cidade de Maceió, no bairro do farol. ESTUDO QUÍMICO QUÂNTICO DA DEGRADAÇÃO OXIDATIVA DE AGROTÓXICOS AUTOR (A): JOACY VICENTE FERREIRA Este projeto baseia-se no estudo químico quântico da degradação oxidativa dos agrotóxicos: endosulfan, paraquat, aletrina, resmetrina e cipermetrina Através da utilização de métodos computacionais, foi realizado análise de orbital molecular e cálculos de cargas atômicas, para identificação dos possíveis locais de oxidação nos agrotóxicos. Nos dias atuais, a preocupação com o meio ambiente tem sido um tema de grande interesse e discussão por toda a sociedade. É grande o número de produtos sintéticos, muitas vezes tóxicos que são lançados no meio ambiente, sem a preocupação devida dos riscos que esses produtos podem trazer. Como exemplo, desses produtos, temos os agrotóxicos, que tem sido cada vez mais utilizado, com o principal objetivo de manter a produtividade de alimentos. Segundo o Decreto Federal Brasileiro no. 4.074, de 4 de janeiro de 2002, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. Os agrotóxicos são classificados em acaricidas, bactericidas, fungicidas, herbicidas, 80 inseticidas, nematicidas, raticidas, vermífugos, entre outros, de acordo com as pragas que controlam. Do ponto de vista da toxicidade os agrotóxicos podem ser classificados em: I – extremamente tóxico; II – altamente tóxico; III – medianamente tóxico; IV – pouco tóxico. O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos, esse mercado movimenta valores da ordem de três bilhões de dólares (ARMAS et al., 2005). O consumo de agrotóxicos no país é bastante significativo nos cultivos de soja, citros, cana de açúcar, hortaliças (tomate e batata), arroz, algodão, cereais, café, milho e frutas, sendo que as culturas responsáveis pelo maior consumo desse produto são as de soja, milho e cana-de-açúcar. Mesmo com o reconhecido benefício que a utilização de agrotóxicos traz, seu uso excessivo e intensivo tem um papel determinante na contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas. Outro problema é que resíduos de agrotóxicos podem ficar nos alimentos, que são na sua maioria, potencialmente tóxicos ao homem, podendo causar efeitos adversos ao sistema nervoso central, ter ação imunodepressora, ser cancerígeno, entre outros males (PERREIRA, 2011). Uma das preocupações dos cientistas que estudam a exposição a essas substâncias é o desenvolvimento de processos capazes de degradar estes poluentes. Sendo assim, a oxidação pode ser uma forma de transformar moléculas ambientalmente indesejáveis em outras moléculas menos tóxicas, de maneira que possam ser mais facilmente assimiladas no meio ambiente. Diante do que foi exposto, pretendemos nesse projeto utilizar a química computacional através dos métodos de química quântica para estudar a degradação e propor um mecanismo de oxidação dos agrotóxicos: endosulfan, paraquat, aletrina, resmetrina e cipermetrina. ESTUDOS DE CULTURA MATERIAL: HISTÓRIA DOS ORNAMENTOS ARQUITETÔNICOS DE PENEDO (1822-1945) AUTOR (A): ANTÔNIO JOSÉ DE SOUZA LUNA Por que trabalhar um novo catalogo sobre os Ornamentos Arquitetônicos de Penedo? Porque constatamos que, neste projeto teremos um maior aprofundamento sobre os Ornatos que até então fascinou seus avaliadores. São muitos os Ornatos que esta cidade histórica apresenta todos consagrados à preservação e que é objeto de pesquisa deste projeto. Sendo assim, esse novo catálogo busca atender as expectativas dos estudantes e público em geral elaborando um panorama comparado dos grandes estilos arquitetônicos dentro de um período que vai de 1822 a 1945. Inicialmente apresenta uma estreita relação entre patrimônio cultural material e o resgate da memória, visando contribuir para o desenvolvimento local numa perspectiva sustentável. Nesse sentido, a análise contextual e das fotografias nos permite recolocar a questão do preservar como um fator que suscite repercussões posteriores. Devido ao crescimento de interesse sobre o patrimônio cultural material, tornou-se alvo de acirradas discussões sobre os novos usos e formas de apropriação física e simbólica dos bens culturais urbanos, tendo como suporte empírico a ação dos órgãos públicos na 81 defesa desses patrimônios sejam do Estado de Alagoas ou do Brasil, assim como os internacionais. Portanto, o objetivo maior é de contribuir para a inclusão de uma educação patrimonial como uma ferramenta adequada de desenvolvimento social e preservação, promovendo uma divulgação de um Catálogo Ilustrativo sobre a História dos Ornamentos Arquitetônicos de Penedo, tanto em fólio como virtual. Vale salientar que muito desse conteúdo apresentado aqui tem suas origens em um minicurso de férias sobre Patrimônio Histórico e Cultural, realizado no Campus de Arapiraca IFAL, no período de 16 a 28/01/2012. O debate e as reflexões dos alunos instigaram a busca de mais conhecimentos sobre o assunto. ESTUDOS ELETROQUÍMICOS DE COMPOSTO DE INTERESSE BIOLÓGICO E DA INTERAÇÃO COM CICLODEXTRINA VIA ELETROQUÍMICA E ESPECTROSCOPIA AUTOR (A): ANTONIO ALBUQUERQUE DE SOUZA No processo de desenvolvimento de fármacos é fundamental o entendimento dos mecanismos de ação, através da identificação dos possíveis alvos celulares ou intermediários responsáveis pelo efeito desejado. Assim, o conhecimento das espécies geradas via processo redox é de estrema relevância na compreensão desses mecanismo (Garrido et al., 2011). Nesse sentido, a eletroquímica é um método padrão para o estudo das reações redox e a literatura dispõe de vasto material sobre técnicas eletroquímicas aplicadas em biologia (Bard & Faulkner, 1990; Hillard et. al, 2008). As reações biológicas se assemelham as eletroquímicas, no tocante aos processos de transferência de elétrons (TE): a natureza heterogênea (interface eletrodo-solução, enzima-solução); onde os processos podem ocorrer tanto em meio aquoso quanto não-aquoso, em temperaturas similares (Dryhurst et al., 1977). Um outro parâmentro importante na expressão da atividade biológica de fármacos é a lipofilicidade, expresso como log P, coeficiente de partição (Valderrama et al., 2009). Assim, uma vez que insolubilidade acarreta limitações às aplicações farmacêuticas, estudos da interação de fármacos com ciclodextrinas, formando complexos de inclusão, podem ser realizadas através de técnicas esletroquímicos e espectroscópicas (Ferreira et al., 2010; Yang et al., 2004; Venturini et al., 2008). O presente projeto propõe a realização de estudos eletroquímicos de compostos de interesse biológico, quinonas e nitroaromáticos, buscando-se correlacionar os parâmetros eletroquímicos obtidos com as respectivas atividades biológicas apresentadas. Com objetivo de aumentar a solubilidade dos compostos em estudo, será investigada por métodos eletroquímicos e espectroscópicos, a formação de complexos de inclusão com ciclodextrina. Desta forma, este trabalho será executado mediante vínculo de colaboração que o proponente mantém com o laboratório de Eletroquímica do Instituto de Química/UFAL, onde as amostras para estudos serão fornecidas pela Profª. Drª. Marília Oliveira Fonseca Goulart (IQB/UFAL). 82 ETNOCENTRISMO, HIBRIDISMO E IDENTIDADES CULTURAIS: UMA ANÁLISE DOS ESTILOS MUSICAIS APRECIADOS PELOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DE ARAPIRACA. AUTOR (A): SANTE BRAGA DIAS SCALDAFERRI No mundo globalizado de hoje, onde se tem grande facilidade para obter informações, podemos encontrar vários estilos musicais espalhados pelo mundo, contudo, os jovens estão no meio de uma crise de identidade, ou seja, não sabem a que cultura pertence, às vezes não sabem a historia de sua própria cultura, perde sua identidade, sua essência. No caso do etnocentrismo, segundo Willian G. Summer, as pessoas tem grande dificuldade para aceitar as diversidades em uma sociedade ou entre sociedades diferentes, ou seja, se julgam superiores e acreditam que apenas sua cultura é “correta” e olham com desprezo para as demais culturas. Com esta visão essas pessoas podem se tornar egocêntricas, preconceituosas, sem querer conhecer novas culturas por considerar-se o centro do mundo. Já no hibridismo, segundo Néstor G. Canclini, por ter mais contato com diversas culturas, através do radio, televisão e internet, as pessoas passam a respeitá-las e a gostar dessas culturas, sua cultura permanece ativa, mas coexistem com essas culturas hibridas que estão presentes no nosso dia a dia, como a música. Às vezes por conviver bastante com outras culturas as pessoas adotam como sua e acabam entrando em uma crise de identidade. EXERCÍCIOS FÍSICOS E GINÁSTICA LABORAL PARA TÉCNICOS EM ELETROTÉCNICA AUTOR (A): MAURÍCIO RICARDY BATISTA RAMOS Eletrotécnica é um ramo da Engenharia Elétrica que estuda o uso de circuitos formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de gerar, transmitir, distribuir e armazenar energia elétrica. As usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas, solares e, ainda, as linhas de transmissão, transformadores e instalações elétricas, de uma maneira geral, são de interesse dessa área. O Curso Técnico em Eletrotécnica capacita o aluno para planejar e executar a manutenção de equipamentos e instalações eletroeletrônicas industriais, observando normas técnicas e de segurança. A formação propõe o uso eficiente da energia elétrica, como base no desenvolvimento de projetos e edificações que funcionem em baixa tensão. O Instituto Federal de Alagoas – Campus Palmeira dos Índios oferta tal curso, formando mão de obra para o crescente mercado elétrico alagoano e brasileiro, sendo um curso de nível médio integrado, no qual os alunos têm aulas das disciplinas comuns do ensino médio além das disciplinas específicas da área técnica do curso. “A Educação Física é componente curricular obrigatório da educação básica” (BRASIL, 1996). Seguindo o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, as turmas de primeiro e segundos anos têm aulas da disciplina, totalizando 160 (cento e sessenta) horas/aula durante o curso. 83 Em pesquisa realizada na mesma instituição de ensino, Ramos & Marques (2013) sugerem que práticas corporais alternativas, como Ginástica Laboral, sejam introduzidas na proposta pedagógica da disciplina de Educação Física para os cursos técnicos ofertados no IFAL – Informática, Edificações e Eletrotécnica, a fim de ensinar formas de prevenção de lesões musculares aos futuros profissionais da área. Oliveira (2006, p. 11) afirma que “a ginástica laboral, que visa a promoção da saúde e melhora das condições de trabalho, além da preparação biopsicossocial dos participantes, contribui para a melhoria do relacionamento interpessoal, na redução do absenteísmo e dos acidentes de trabalho, bem como aumenta a produtividade”. Seminários apresentados pelos alunos do segundo ano de eletrotécnica evidenciaram que os profissionais são acometidos por problemas musculares e ósseos, decorrentes dá má postura de trabalho, da falta de fortalecimento muscular localizada, nos grupos musculares mais exigidos e ainda pela falta de simples alongamentos antes da jornada de trabalho, o que causa desconfortos e câimbras musculares. A partir dos resultados obtidos com os seminários e da busca frustrada por literatura especializada que evidencie atividades físicas específicas para profissionais técnicos em eletrotécnica, surgiu a motivação desse estudo, que pretende elaborar uma cartilha com exercícios físicos e ginástica laboral para profissionais ligados à essa área. FITOSSOCIOLOGIA E ESTRUTURA DA COMUNIDADE ARBÓREA DO PARQUE MUNICIPAL DE MACEIÓ AUTOR (A): MERYLANE PORTO DA SILVA LUZ Uma das consequências mais relevantes do atual ritmo de desmatamento das florestas tropicais é a crescente fragmentação de suas áreas remanescentes. No Estado de Alagoas a maior parte da Mata Atlântica é formada por pequenos fragmentos florestais, mesmo aqueles legalmente instituídos como unidades de conservação ou nas áreas legalmente protegidas. Como as áreas de florestas contínuas são cada vez menores, avaliar as consequências da fragmentação e a qualidade ecológica dos fragmentos é um dos objetivos mais urgentes em conservação (TONHASCA-Jr, 2005). Áreas de florestas pequenas e isoladas tendem a ser mais acessíveis e, consequentemente, mais vulneráveis à ações predatórias. É o caso do Parque Municipal de Maceió, instituído pela Lei Municipal nº 2.514 de 27 de julho de 1978, um fragmento de Mata Atlântica, “caracterizado como floresta ombrófila secundária com trechos em diversos estágios sucessionais” (AUTO, 1998). Situado no bairro de Bebedouro é formado por uma área de 82 hectares de mata contínua com a Área de Preservação Permanente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), perfazendo uma área de 137 hectares de mata urbana, que sofre forte pressão das áreas favelizadas do entorno, o que sugere a existência de efeitos de borda, com possível influência sobre a comunidade arbórea. Sabe-se que a insuficiência de informações constitui um grande entrave às práticas de manejo desta área. Portanto, é necessária a realização de estudos fitossociológicos que revelem o estado em que se encontra a floresta a fim de subsidiar futuros projetos de intervenção. Os principais objetivos deste trabalho são: 1) caracterizar a 84 fitossociologia da comunidade arbórea do Parque Municipal de Maceió; e 2) contribuir para um maior conhecimento da formação florestal em questão. Para o levantamento fitossociológico e a caracterização da comunidade arbórea, serão definidas 20 parcelas 10x10m, distribuídas sistematicamente, com um espaçamento de 50 m entre uma e outra. Todos os indivíduos vivos com diâmetro à altura do peito (DAP, medido a 1,30 m de altura) superior a 10 cm serão identificados, mapeados, terão seu DAP medido. Estes dados serão armazenados em banco de dados e a partir daí serão calculados os parâmetros fitossociológicos normalmente utilizados para análises de comunidades florestais com o auxílio do software FITOPAC 2 versão 2.1. (Software desenvolvido por G.J. Shepherd). FLY-SPY: MONITORAMENTO DE INSTALAÇÕES EDUCACIONAIS UTILIZANDO VANTS AUTOR (A): RAFAEL THYAGO ANTONELLO Este projeto visa a aplicação de veículo aéreos não tripulados (VANTs) na área de monitoramento educacional. VANTs são pequenos veículos aéreos, sem tripulação, controlados por controle remoto ou de algum modo autônomos. Em um primeiro momento eles foram idealizados para fins militares em cenários de perigo real a seres humanos. Por exemplo, na área de inteligência militar, apoio e monitoramento da infantaria, controle de mísseis, acesso a lugares inóspitos, entre outros. Hoje em dia, a utilização de VANTs é bem mais ampla, estendendo-se para o campo de aplicações civis. Nesse cenário podemos citar: pesquisa ambiental remota, monitoração e certificação de poluição, monitoramento atmosférico [Golçalves et. al, 2006], gerenciamento de queimadas em florestas, monitoramento de trânsito, monitoração de fronteira, oceanografia, agricultura [Medeiros, 2006] e aplicações de pesca. Atualmente a tecnologia de VANTs já se tornou matura o suficiente para ser utilizada para fins civis e comerciais, alavancando o número de pesquisas e consequentemente produtos na área. No Brasil, a uso de VANTs começou na década de 80, durante o projeto Acauã desenvolvido pelo Centro Técnico Áreoespacial (CTA). Hoje em dia sua utilização é voltada principalmente para atividades agrícolas, vigilância e controle de recursos. De olho nesse tipo de tecnologia, esse projeto de pesquisa propõe a utilização de VANTs no monitoramento de um ambiente educacional visando evitar a dispersão não autorizada de alunos durante o período de aula. GESTÃO DE RESÍDUOS PÓS-CONSUMO DE CARTUCHOS DE IMPRESSORAS E REAPROVEITAMENTO DAS PARTÍCULAS DE OURO QUE SE ENCONTRAM NA FITA PLÁSTICA PARA OBTENÇÃO DE NANOPARTÍCULAS AUTOR (A): LUIS CARLOS FERREIRA DE OLIVEIRA A preocupação da população com respeito aos produtos químicos está centrada normalmente em sua potencialidade em causar câncer. Resíduos gerados seja ele em 85 laboratório ou em casa mesmo, não deixa de ser um poluente que dependendo desse tipo de resíduo pode durar anos, sem contar com sua poluição no meio. Com o aumento do lixo eletroeletrônico está sendo gerado a uma velocidade impressionante em todo mundo faz com que diferentes soluções devam ser desenvolvidas para cada tipo desse resíduo. Logo após o esgotamento do cartucho de tinta de impressoras laser e jato de tinta, esses cartuchos são muitas vezes reutilizados para reuso, mais esse ciclo é limitado pela queima de pelo menos um circuito que leva a tinta do reservatório até o ponto de contato com o papel. Depois do uso normalmente o cartucho é descartado no lixo comum. Propõe-se neste projeto atividades de pesquisas no qual consistirá em um reaproveitamento das partículas de ouro que se encontra na lâmina (ou fita) que comanda o processo de transporte da tinta, por meio de uma lixiviação ácida com água régia e posterior separação dos componentes solúveis por meio de extração por solventes orgânicos para síntese das nanopartículas de ouro. GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE PILAR, ALAGOAS AUTOR (A): AFRÂNIO JORGE BARBOSA CAMPOS Estudos apontam o crescente uso de materiais que causam um grande impacto ambiental ao longo de toda a sua cadeia produtiva. Este inclui ocupação de terras, extração de matérias-primas, produção e transporte de materiais, construção de edifícios e geração e disposição de resíduos sólidos, e isto tem gerado uma busca por novas tecnologias, as quais atendam as necessidades e exigências em prol da melhoria da qualidade de vida da população. Considerando que essas exigências apontam cada vez mais para alternativas que visem à redução, reutilização e reciclagem desses produtos de modo que causem menores impactos ambientais. Segundo Fonseca (1999) esse problema se relaciona diretamente com o crescimento constante da população, exigindo mais produção de alimentos e industrialização de matérias-primas, transformando-as em produtos industrializados, contribuindo, assim, para os aumentos dos resíduos sólidos, com consequências desastrosas para o meio ambiente e para a qualidade de vida. Isto pode ser viabilizado pela criação de um sistema eficiente de gestão municipal, incluindo a coleta seletiva no ambiente populacional e em canteiros de obra, além da oficialização de áreas adequadas para a disposição e reciclagem dos resíduos. O estudo para uma melhor aplicação e destinação desses resíduos é pouco explorado no meio científico, o presente trabalho apresenta um estudo a respeito dessa investigação no ambiente populacional e da construção civil. GLOSSÁRIO DOS PRINCIPAIS ESTILOS DECORATIVOS EM DESIGN, SÉCULOS XX E XXI AUTOR (A): PATRICIA SOARES LINS A presente pesquisa se propõe a organizar e sistematizar conteúdos e imagens 86 relacionados aos estilos decorativos no campo do design, tema importante para a área de design de interiores, de modo a garantir maior dinâmica de conteúdos em sala de aula entre professores e alunos, no âmbito da comunidade escolar e grupo de pesquisa. Além de debate teórico interdisciplinar sobre as características dos estilos decorativos e suas relações com espaços, tempos, técnicas e culturas. A caracterização imagética de cada estilo e sua organização em forma de glossário possibilita a discussão sobre o interior e seu cotidiano e poderá ser utilizada como fonte de pesquisa em diversas abordagens (psicológicas, filosóficas, antropológicas, sociológicas e históricas). Dessa forma, a pesquisa disponibilizará material impresso e digital em forma de glossário que ajudará não somente aos professores mas, principalmente, aos alunos, em reflexões direcionadas à apreensão de conteúdos e fixação das características de cada estilo decorativo. GRANITOS: CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES EM INTERIORES AUTOR (A): MIQUELINA RODRIGUES DOS SANTOS CASTRO Os granitos, assim como os mármores, são pedras ornamentais extraídas da natureza e muito utilizadas na construção civil e em projeto de interiores (Figura 1). São compostas por vários minerais como a mica, quartzo e feldspato. Cerca de 9 milhões de toneladas de pedras naturais, principalmente mármores e granitos, são extraídas das jazidas brasileiras anualmente, sendo reconhecidas e valorizadas mundialmente pela sua geodiversidade (MEDEIROS: MUNIZ, 2012). Diferenciam-se de muitos materiais por permitir uma vasta utilização como revestimento de pisos e paredes, mesas, bancadas, divisórias, prateleiras, entre outros (Figura 2). 87 É considerado nobre por ser uma pedra natural, possuir grande resistência e pelo seu aspecto visual (padrão de cores e formas heterogêneas). Possui densidade de 2.300Kg/m³ e condutividade térmica de 3W/m.k aproximadamente (LAMBERTS; PEREIRA; DUTRA, 1997). Distingue-se do mármore por ser menos poroso e por possuir coloração mais escura como preto, verde, graduações de cinza, vermelho, entre outros (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2002). São alguns exemplos: Granito Preto São Gabriel, Verde Ubatuba, Cinza Andorinha, 88 Verde Bambu, Preto Absoluto, Rosa Iracema, Branco Polar. Segundo Rosso (2013) os mármores e os granitos são os dois principais grupos de rochas ornamentais, entretanto, possuem diferentes composições minerais, resistência à abrasão e aos ataques químicos, itens determinantes para a escolha do produto no projeto. Existe uma grande variedade desse material e, por isso, o conhecimento de suas características e aplicações é um fator relevante para o profissional de design de interiores. Entretanto, a dificuldade de se encontrar livros técnicos para ampliar o conhecimento do aluno sobre esses produtos limita a sua formação. Visando contribuir para a formação dos alunos do Curso Superior Tecnológico em Design de Interiores do Instituto Federal de Alagoas, Campus Maceió, essa pesquisa tem como objetivo elaborar uma apostila técnica sobre o produto mármore que auxiliará nas aulas da disciplina Materiais de Composição e Revestimento deste Instituto e servirá como uma importante fonte de pesquisa para os alunos ao longo do curso. GUIA DE LEITURAS ESSENCIAIS EM DESIGN AUTOR (A): ROSSANA VIANA GAIA Esta pesquisa é de ordem aplicada e suas investigações teóricas terão como meta elaborar um Guia de Leituras Essenciais em Design que sirva de base teórica para os estudantes que ingressam no Curso Superior em Design de Interiores (IFAL, Campus Maceió). O presente estudo resulta de investigações desenvolvidas com as professoras Patrícia Soares Lins e Áurea Raposo, no âmbito do Núcleo de Pesquisa em Design (NPDesign), nos últimos sete anos. A proposta da investigação é organizar, sistematizar e compartilhar saberes já consolidados no campo design, com foco no design de interiores, bem como informações sobre conteúdos científicos produzidos no âmbito do curso, tais como artigos científicos produzidos pelos professores que integram o Grupo de Pesquisa Design e Estudos Interdisciplinares, assim como outros textos disponíveis no mercado editorial e em ambientes virtuais institucionais. A meta do trabalho é proporcionar ao estudante um guia basilar de leituras que possa orientá-lo ao longo do curso, através da difusão de informações essenciais para a história do design. A proposta toma por base a ementa da disciplina História do Design de modo a garantir suporte aos estudantes para ampliarem seus conhecimentos. A proposta de sumário apresentará os seguintes conteúdos, já devidamente sistematizados: A sistematização desses dados é algo processual cujas reflexões são oriundas da fase de surgimento do Grupo de Pesquisa Design e Estudos Interdisciplinares (IFAL/CNPq), em 2006. Nesse sentido, construiuse um conhecimento que, passado o período inicial, requer esforço intelectual no sentido de intercambiar as informações não somente com alunos e professores do próprio curso, mas também com um público maior que envolve alunos e professores de outras instituições, bem como um público diverso que tenha interesse nessas temáticas ou intenção futura de cursar Design de Interiores. 89 IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS DO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA PORTUGUESA ATRAVÉS DOS GÊNEROS TEXTUAIS AUTOR (A): FÁBIO JOSÉ DOS SANTOS Historicamente, o ensino de Língua Portuguesa nas escolas tem sido marcado pela manutenção de um enfoque estritamente gramatical, com o objetivo de apreender a metalinguagem em diferentes níveis de análise linguística (fonético-fonológico, morfológico, sintático e semântico). Tal perspectiva ainda encontra força nas escolas, apesar das contribuições trazidas pelas pesquisas linguísticas (Cf. entre outros, ANTUNES, 2003 e 2007) e, ainda, pelos textos legais que regem – ou deveriam reger – o trabalho nas salas de aula de português. Os PCN, por exemplo, insistem na ideia de que ensinar a língua portuguesa é, antes de mais nada, desenvolver a competência comunicativa dos usuários dessa língua, favorecendo seu uso, com eficiência, nas mais variadas situações de leitura/escuta e produção/fala, em diferentes situações de interação e de nível da linguagem. É assim que os PCN sugerem apontam para a necessidade de se desenvolver um trabalho com A língua situada no emaranhado das relações humanas, nas quais o aluno está presente e mergulhado. Não a língua divorciada do contexto social vivido. Sendo ela dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza, mesmo em situação escolar. (BRASIL, 1999: 35) A aprendizagem de regras e nomenclaturas gramaticais, como um fim em si mesmo, é incapaz de promover esse tipo de aprendizagem. É preciso dizer, ainda, que a abordagem que considera a língua como fenômeno social já tem sido enfaticamente alimentada por alguns instrumentos nacionais de avaliação, como é o caso do Enem e da Prova Brasil, os quais apresentam questões cujo enfoque recai sobre a funcionalidade da língua/linguagem em contextos reais de comunicação. Diferentemente da abordagem tradicionalmente adotada nas aulas de português, um enfoque metodológico centrado no texto – que deveria constituir o objeto do ensino na referida disciplina – redimensiona o olhar sobre a linguagem, concebendo-a como ferramenta de ação e transformação da sociedade, capaz de interferir no processo de formação do sujeito cidadão, e, também, desperta no aluno a necessidade de se valorizarem, para além da gramática, os conhecimentos de mundo e sociointeracionais como instâncias de saber imprescindíveis para um desempenho linguístico satisfatório (Cf. KOCH, 2009) Dessa forma, é preciso considerar o texto como objeto do ensino de Língua Portuguesa. E mais: é necessário proceder a um tratamento didático do trabalho com o texto, considerando os modos de seu funcionamento na vida social, levando em conta seus usos em situações específicas de interação. Assim, o trabalho com o texto supõe uma abordagem que privilegie o estudo dos chamados gêneros textuais, definidos por Bakhtin (1997: 279) como “tipos relativamente de enunciados” que decorrem das necessidades inerentes a cada “esfera da atividade humana”. Os gêneros textuais, formas recorrentes em que os textos se materializam, estão presentes em todas as situações de uso da língua, tanto na oralidade quanto na escrita. De fato, para Marcuschi (2008: 154), é impossível não se 90 comunicar verbalmente por algum gênero, assim como é impossível não se comunicar verbalmente por algum texto. Isso porque toda a manifestação verbal se dá sempre por meio de textos realizados em algum gênero. Em outros termos, a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual. É exatamente devido a essa ubiquidade dos gêneros textuais nas várias situações de interação que Lopes (2011: 71) defende: Um dos méritos do trabalho pedagógico com os gêneros discursivos [...] é o fato de proporcionar o desenvolvimento da autonomia do aluno no processo de leitura e produção textual como uma consequência do domínio do funcionamento da linguagem em situações de comunicação, uma vez que é por meio dos gêneros discursivos que as práticas de linguagem incorporam-se às atividades dos alunos. Nesta pesquisa, discutiremos sobre a importância do trabalho com os gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa. Para tanto, investigaremos como ocorre, nas atividades de leitura, produção e reflexão linguística, a abordagem dos gêneros textuais numa turma de terceiro ano do ensino técnico integrado ao nível médio no Instituto Federal de Alagoas. A escolha dessa escola se deve ao fato de o Ifal constituir o campo de trabalho do professor orientador desta pesquisa, em cujas aulas serão coletados os materiais para estudo, bem como porque é nessa instituição que estuda a aluna candidata à bolsa. INCIDÊNCIA DE CASOS HIV POSITIVOS DETECTADOS EM UMA UNIDADE DE SÁUDE DE MACEIÓ/AL AUTOR (A): DANIELLE DOS SANTOS TAVARES PEREIRA A SIDA/AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), um retrovirus da família Lentiviridae, isolado na França por Barré-Sinoussi e colaboradores em 1983. Foram identificados dois tipos diferentes deste vírus, conhecidos como HIV tipo 1 (HIV-1) e HIV tipo 2 (HIV-2) (RIBEIRO et al., 2009). No Brasil, o tipo mais incidente é o HIV-1 (DUARTE et al., 2001). A transmissão do HIV envolve a exposição a fluidos corporais, como: sangue, esperma e líquido cefalorraquidiano, lágrima, saliva, leite materno, colostro, urina e secreções vaginais oriundos de pessoas infectadas (PEREIRA & NASCIMENTO, 2004). A detecção sorológica do HIV pode ser aferida por meio de testes que pesquisem anticorpos ou antígenos. Os testes sorológicos são amplamente utilizados nos programas de saúde pública devido à simplicidade de sua aplicação, elevada sensibilidade, especificidade e baixo custo, em comparação aos métodos de detecção moleculares (SHARON, 2000). O aspecto negativo da aplicação do teste sorológico é a ocorrência da “janela imunológica” que compreende pelo menos 45 dias entre a data em que o indivíduo se infectou pelo vírus da AIDS e o momento em que serão detectados anticorpos anti-HIV no sangue do mesmo (TRENCH, 2013). Se um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Portanto, é recomendado esperar mais 30 dias e fazer o teste novamente. As consequências clínicas da infecção por HIV englobam um espectro que varia da síndrome aguda associada à infecção primária, passando por um estágio assintomático 91 prolongado e por fim a doença avançada. À exceção dos indivíduos que não têm progressão da doença em longo prazo (menos de 5 % dos casos), a doença causada por HIV progride inexoravelmente, mesmo durante o estágio de latência clínica (SANTOS, 2005). INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO VERDE NA PRODUTIVIDADE E NUTRIÇÃO DO MILHO EM CULTIVO INTERCALAR EM PIRANHAS – AL AUTOR (A): ALTANYS SILVA CALHEIROS A região semiárida é caracterizada por prolongados períodos de estiagem e elevada evapotranspiração devido ao seu clima quente e seco, resultando em um balanço hídrico negativo na maioria dos meses do ano e índice de aridez elevado. Esta condição compromete grandemente a produção agrícola nessas regiões sem a utilização de técnicas de irrigação, além de dificultar o acúmulo de material orgânico sobre o solo, limitando a disponibilização de nutrientes para as culturas, principalmente o N, decorrentes da ciclagem de nutrientes no solo. Concomitantemente a essa problemática das regiões semiáridas à agricultura, o manejo inadequado das terras agrícolas associados às práticas de queima de restos culturais, tem contribuído para a degradação do terreno, especialmente por reduzir, ainda mais, o seu teor de matéria orgânica. A matéria orgânica do solo, originária em sua maior parte da vegetação e de seus resíduos, exerce ação protetora contra a desagregação das partículas do solo, além de melhorar suas propriedades física, químicas e biológicas. Existem diversas formas de se manter ou elevar o teor de matéria orgânica do solo, entretanto, a utilização de plantas destinadas à adubação verde tem sido uma das mais utilizadas tanto em pequenas, quanto em médias e grandes propriedades. A adubação verde consiste no cultivo de plantas, principalmente leguminosas, devido ao fato de incorporarem grandes quantidades de N ao solo, por meio de fixação biológica do nitrogênio atmosférico (FBN), com o objetivo de incorporá-las futuramente ao solo, visando a disponibilização de N para as culturas agrícolas subsequentes. Outro aspecto importante da utilização de leguminosas é o fornecimento de substrato orgânico e mineral para os microrganismos do solo, contribuindo assim, para a melhoria da qualidade biológica do mesmo. A prática da adubação verde em cultivos consorciados com a cultura do milho pode tornar-se ainda mais vantajosa, especialmente nas pequenas propriedades rurais, onde a colheita do milho se faz manualmente, devendo-se estar atento aos efeitos da competição destes adubos verdes na produtividade da cultura e no rendimento dos tratos culturais. Uma forma de minimizar esta competição é a utilização de adubos verdes que apresentem pequena taxa de crescimento inicial ou, para os que têm crescimento inicial rápido, semeálos quando as plantas de milho alcançarem cerca de 60 cm de altura, minimizando ou anulando os efeitos competitivos dos adubos verdes com a cultura do milho. Ante ao exposto, o presente trabalho, visa avaliar a viabilidade da semeadura de adubos verdes na entrelinha do milho e a influência do cultivo intercalar dessas leguminosas sobre o estado nutricional e a produção de grãos da cultura, no Município de Piranhas, situada no alto sertão alagoano. 92 INFLUÊNCIA DO SULFITO NA PRODUÇÃO DE GLICEROL DURANTE A FERMENTAÇÃO ETANÓLICA REALIZADA PELA SACCHAROMYCES CEREVISIAE AUTOR (A): ANTONIO ALBUQUERQUE DE SOUZA A produção e o uso do etanol combustível no Brasil, desde 1975, constituem o mais importante programa de combustível comercial renovável implementado no mundo até hoje. Esse sucesso hoje reconhecido, aliado ao interesse crescente na substituição de derivados de petróleo, na redução de emissões de gases poluentes e na mitigação do efeito estufa, tem provocado uma intensa demanda de informações sobre o programa (Unica, 2007). O etanol esta em expansão por ser um combustível ainda barato, renovável e cujo emprego como alternativa para a matriz energética mundial está em fase de crescimento. A tendência de aumento da produção de etanol no Brasil ocorre por vários fatores, como o aumento da frota de carros bicombustíveis (demanda interna), Protocolo de Quioto (demanda externa) e aumento do peço do petróleo, entre outras (Mendonça, 2009). Desta forma, diante da importância econômica do etanol, o conhecimento dos parâmetros que interferem na atividade da levedura Sacchamyces cerevisiae durante do processo de fermentação alcoólica é fundamental para o controle de perdas, bem como para estimativas da eficiência do processo fermentativo dos açucares presentes no mosto. Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a interferência de sulfito no mosto para produção de glicerol como um subproduto da fermentação conduzida pela Saccharomyces cerevisiae, e avaliar o efeito negativo no rendimento fermentativo. INTERFACES GRÁFICAS PARA O SOFTWARE ABC AUTISMO AUTOR (A): MONICA XIMENES CARNEIRO DA CUNHA A construção de um software não é restrita ao seu código-fonte, existe uma parte muito importante que é a interface gráfica (PEREIRA; ESCOBAR, 2011). Em se tratando da criação de um software para indivíduos com autismo, é necessário um cuidado especial na elaboração das interfaces e sequência de conteúdos, com o objetivo de tornar as operações satisfatórias e eficientes para o usuário. Para isso, é preciso que o design de interfaces conheça e conviva com o seu público-alvo, a fim de modelar as interfaces de acordo com as suas necessidades específicas. O autismo é um transtorno do desenvolvimento de causas neurobiológicas, definido de acordo com critérios eminentemente clínicos, que envolvem déficits qualitativos na interação social, atraso e déficit de linguagem e comunicação, bem como comportamentos, atividades ou interesses restritos, repetitivos e estereotipados (SCHWARTZMAN, 2011). Além disso, os autistas possuem um déficit na capacidade de estabelecer representações dos estados mentais das outras pessoas, além de déficits de atenção, organização e 93 processamento, que impedem a compreensão de regras e padrões de linguagem. Embora seja inegavelmente comprovada a existência de uma base biológica na etiologia do autismo, até o momento não foi possível encontrar um padrão neurológico específico da disfunção psicológica, sendo atribuído o autismo a uma diversidade de fatores, que vão desde o genético às condições ambientais. No nível comportamental, os estudos centram nos padrões de comportamentos repetitivos com diferenciação entre graus leve ao grave, que por sua vez mostram fortes déficits nas áreas de comunicação, socialização e imaginação (PASSERINO, 2005). As primeiras pesquisas comportamentais enfocando a criança com autismo foram realizadas por Ferster e DeMyer, no início dos anos 60, em laboratório, cuja contribuição foi explicitar, de forma concreta, a aplicabilidade dos princípios de aprendizagem ao estudo de crianças com distúrbios de desenvolvimento a partir de adequações ambientais que provocavam alterações no comportamento dessas crianças (ORRU, 2008). As muitas pesquisas publicadas a partir da década de 60 relataram diversos programas de intervenção que apresentavam os princípios da teoria de aprendizagem como aplicáveis não apenas a comportamentos simples, mas também a outros de natureza mais complexa e clinicamente significantes (ORRU, 2008). Na abordagem comportamental os procedimentos para o trabalho com autistas compreendem a avaliação comportamental, treino de repertórios de apoio, verbais e perceptivo-motores, treino em interação social, comportamento verbal e comportamentos acadêmicos, tendo como objetivo a redução de comportamentos excessivos e a ampliação da atenção do sujeito. As técnicas baseadas na abordagem comportamental, amplamente utilizadas no tratamento do autismo e cientificamente comprovadas, são: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com déficits relacionados à Comunicação (TEACCH) e Análise Aplicada do Comportamento (ABA). O TEACCH foi criado em 1964, na Universidade da Carolina do Norte (EUA), por Eric Shopler e colaboradores, através de um projeto de pesquisa que procurou questionar a prática clínica daquela época, na sociedade americana, em que se acreditava que o autismo tinha uma causa emocional e deveria ser tratado através dos princípios da psicanálise. Suas bases teóricas são o behaviorismo e a psicolingüística (KNEE; SAMPAIO; ATHERINO, 2009). A valorização das descrições de comportamentos observáveis, a utilização de programas de aprendizado passo a passo e o uso de esquemas de reforçamento de condutas socialmente apropriadas, evidenciam as influências comportamentais (DE LEON; OSÓRIO, 2011). É exatamente nesse programa, o TEACCH, que o software ABC Autismo se baseia. O software foi especificado e prototipado em 2012 e os próximos passos são a criação das interfaces que propiciarão o aprendizado passo a passo, com fins de alfabetização da criança com autismo, bem como da codificação do software. Este projeto consiste em elaborar as diferentes interfaces para cada um dos tipos de atividades do software ABC Autismo, que exigem todo um desenho esquemático, um jogo de cores, sons e esquemas de reforçamento apropriados, de acordo com as necessidades da pessoa com autismo. Lembrando que o apoio visual suporta toda a metodologia TEACCH porque a criança precisa entender o que a tarefa propõe sem instruções verbais ou enunciados, uma vez que muitas delas não possui linguagem verbal nem qualquer préhabilidade ou habilidade de leitura e escrita propriamente ditas. As interfaces para as atividades educativas serão construídas usando recursos como 94 letras, sílabas, palavras simples, desenhos, fotografias, cenários, sons e animações, com diferentes propósitos alfabetizatórios, facilitando a identificação do conteúdo e desenvolvendo a memorização, pois esta é uma habilidade do autista. Propõe-se a criação de um ambiente agradável, com interfaces desenhadas para funcionar em modo sensível ao toque, “Touch Screen”, com particular cuidado para as dimensões dos objetos, localização, dicas para aprendizagem sem erros etc. INTERFERÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO RABANETE AUTOR (A): JOSÉ ANTONIO DA SILVA MADALENA No Brasil são produzidas e consumidas mais de 70 espécies de hortaliças. Em virtude dessa grande diversidade de espécies, o manejo das plantas daninhas é relativamente complexo, por apresentar problemas específicos em relação aos métodos de controle dentro dos diferentes sistemas de produção (PEREIRA, 2004). A competição entre plantas é um processo importante tanto em comunidades naturais quanto em ambientes agrícolas. A presença de plantas daninhas em culturas olerícolas pode interferir no processo produtivo, competindo pelos recursos do meio, principalmente água, luz e nutrientes, liberando substâncias alelopáticas, atuando como hospedeiros de pragas e doenças e interferindo nas práticas de colheita. Assim, qualquer planta daninha que se estabeleça na cultura vai usar parte dos fatores de produção, podendo causar reduções de produtividade. O grau de interferência de plantas daninhas em culturas, depende de fatores ligados à própria cultura, à comunidade infestante, ao ambiente e ao período em que elas convivem. Os períodos que descrevem a interferência das plantas daninhas em culturas podem, didaticamente, serem definidos em: Período Anterior a Interferência (PAI), Período Total de Prevenção a Interferência (PTPI) e Período Crítico de Prevenção a Interferência (PCPI). Para o desenvolvimento de estratégias de manejo das invasoras torna-se importante conhecer os períodos de interferência no processo produtivo das culturas olerícolas. Devido a falta de literatura para as olerícolas e principalmente para a cultura do rabanete, esse trabalho se propões a realizar esse estudo, que será um referencial para cultura a devido a falta de informações nesta área. INTERVENÇÃO PAISAGÍSTICA: REVITALIZAÇÃO E CRIAÇÃO DE ÁREA DE LAZER NO AÇUDE GOÍTI, PALMEIRA DOS ÍNDIOS-AL AUTOR (A): ROBERTO FERNANDES DA CONCEIÇÃO Palmeira dos Índios é uma cidade do agreste de Alagoas com uma população de mais de 70.000 habitantes, segundo dados do IBGE e possui uma área de 452,70km² (censo 2010). A cidade, atualmente, não dispõe de áreas urbanas que permitam tais condições a sua população. 95 O Açude Goiti é um lago artificial localizado numa área urbana e que constitui uma importante referencia para a população. Possui uma excelente área ao seu redor que atualmente não é utilizada na forma como foi concebida. Suas margens estão cheias de lixo, dejetos humanos e são hoje redutos de usuários de drogas, pichadores e moradores de rua, o que torna o local poluído visualmente e por inúmeros objetos. Segundo Dacach (1975, p. 26), ao tratar do assunto “poluição humana é a que decorre da presença do homem e de suas atividades”. A ausência de cestos coletores de lixo no entorno do lago artificial juntamente com a falta de consciência e educação ambiental da população, sobretudo dos jovens que por ali transitam e frequentam os bares dos arredores ou estabelecimentos comerciais e de tantos outros indivíduos que circulam próximo às margens, acabam por para poluir o açude do Goiti que já recebe boa parte dos efluentes da cidade. Muitas latas de cerveja, refrigerantes, garrafas plásticas, copos e objetos de variada natureza denunciam a origem destes poluentes. Este projeto irá propor um projeto de intervenção paisagística e de mobiliário urbano, construção de benfeitorias, recuperação do corpo hídrico a fim de transformar o Açude Goiti num espaço de lazer para a população. INTRODUÇÃO, AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE BATATA-DOCE EM MARAGOGI AUTOR (A): MARCELO CAVALCANTE A batata-doce (Ipomoea batatas L. Lam.), originada da América Central, provavelmente do México (Srisuwan et al., 2006), é um tubérculo cultivado em todo o mundo (Bovell-Benjamin, 2007), sendo introduzido no Brasil no século XVI (Austin, 1987), onde é produzido em vários Estados, devido sua adaptação às condições edafoclimáticas das regiões. Por isso, o Brasil é considerado um dos centros de biodiversidade desta espécie, devido à ampla variação genética existente (Ritschel et al., 1998), observada não só nas 96 raízes (peso, largura, comprimento, formato, cor), mas também na parte aérea (comprimento das hastes, cor, formato e número das folhas) (Veasey et al., 2007; Cavalcante et al., 2008; Moulin et al., 2012). Segundo a FAO (2011b), a China detém 76% da produção mundial de batata-doce (75,5 milhões de megagramas, Mg). O Brasil, com 544.820 Mg (0,55% da produção mundial), ocupa o 18º lugar, sendo o 1º colocado no Continente Latino-Americano, com mais de 43.800 ha e produtividade média de 12,4 Mg/ha. Neste cenário, os Estados que mais se destacam, segundo o IBGE (2011), são o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba. O Estado de Alagoas, com área plantada de 1.833 ha e produtividade média de 8,9 Mg/há é o 7º colocado da Região Nordeste, com predominância da agricultura familiar. Pelo alto teor de carboidrato das raízes (72,8 g/100 g), é um alimento de significativo valor energético (105 kcal/100 g cozida) (Pinheiro et al., 2005). A vitamina A, presente na concentração média de 0,25 mg/100 g, não é suficiente para atender a necessidade diária de crianças e de adultos (0,4 e 0,9 mg/100 g, respectivamente). No Nordeste, 16 a 55% das crianças apresentaram dosagem de vitamina A no sangue abaixo de 20 µg/dL, caracterizando situação de carência endêmica (PNAN, 2013). Por isso, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, cujo objetivo é erradicar a deficiência desta vitamina em crianças de 6 a 59 meses. Esta limitação poderá ser superada se a batatadoce de polpa alaranjada for incluída na dieta, devido ao alto teor de β-caroteno (11,5 mg/100 g), o qual, no corpo humano, pode ser metabolicamente transformado em Vitamina A. Segundo Bovell-Benjamin (2007), o consumo de 100 g deste tubérculo supre a necessidade de vitamina A. Acrescenta-se que as práticas agronômicas adotadas para os cultivares de polpa alaranjada são iguais aos de polpa branca, sem acréscimo nos custos de produção, podendo ser uma alternativa à cenoura, principal hortaliça fonte de β-caroteno. Além das raízes, os brotos in natura podem ser utilizados na alimentação humana com propriedades anti-oxidativas e antimutangênicas (Islam et al., 2009). Já as raízes não comerciais e as ramas podem ser utilizadas na alimentação animal, tanto in natura quanto processada. Segundo Viana et al. (2011), a silagem das ramas apresentaram teores proteicos (11%), energéticos (61%) e perfil fermentativo adequados para a alimentação de ruminantes. Na indústria, após transformada em amido ou farinha, a batata doce pode ser utilizada nos mesmos processos e com o mesmo destino da mandioca (Silva et al., 2004). A batata-doce também pode ser uma alternativa para produção de etanol (Pavlak et al., 2011), principalmente nos locais com solos de média-baixa fertilidade, onde a cana-de-açúcar apresenta resultados desfavoráveis. Isto pelo fato de a batata-doce ser uma espécie rústica, tolerante à seca e de fácil propagação e cultivo (Cavalcante et al., 2009). Na seleção de genótipos superiores, com maior produtividade e tolerantes aos insetos-praga e doenças, o emprego de modelos biométricos, tais como parâmetros genotípicos, são importantes, pois são determinantes não somente na seleção, mas também na escolha de métodos de melhoramento mais adequados à cultura, além de permitir inferências sobre a predição de ganhos com a seleção (Cruz & Regazzi, 2004). IOGURTE PRODUZIDO COM LEITE EM PÓ RECONSTITUÍDO: AVALIAÇÃO FÍSICO-QUIMICA MICROBIOLOGICA E SENSORIAL 97 AUTOR (A): ÂNGELA FROEHLICH O leite é um produto bastante consumido pela população, especialmente pela faixa etária infantil, bem como pelas pessoas de mais idade. Por ser rico em nutrientes merece cuidados especiais por ser altamente perecível, devido ao seu teor elevado de água e constituintes. Para ser empregado no processamento do iogurte, o leite deve ser de boa procedência e qualidade, além de ser tratado termicamente a fim de eliminar microrganismos patogênicos bem como preservar suas características organolépticas que interferirão no produto final (Veisseyre, 1988). O iogurte é um leite coagulado por fermentação láctica devido a ação de Lactobacilus bulgaricus e Streptococcus thermophilus, que vivem em simbiose, com ou sem adição de leite em pó, e que está presente na dieta alimentar desde os tempos mais remotos sendo popularmente conhecido como coalhada búlgara (Tamime et al, 1991). É preparado por quase todos os povos da Europa oriental (Turquia, Bulgária, Sérvia, Grécia, România) e Arábia, onde constitui um alimento corrente e popular desde épocas remotas, como leite de grande digestibilidade, apresenta paladar ótimo e tem um aroma peculiar e agradável (Behmer, l991). Como todos os produtos de origem animal, o iogurte deve ter carga de microrganismos controlada para não causar danos à saúde pública. Por isso a produção deste derivado do leite exige uma série de condições, desde seu processamento até sua comercialização. A produção de iogurte exige uma série de condições, desde seu processamento até sua comercialização, para que tenha assegurada sua qualidade tanto sanitária, quanto organoléptica (Saboya et al., 1997 apud Martin, 2002). Produtos lácteos, como o iogurte, podem causar diversos surtos de doenças, devido à presença de contaminantes (Costa et al., 2002). A indústria de laticínios está em crescimento econômico acelerado nos últimos anos e a matéria prima (leite fluido) regula o mercado, por isso, alternativas são necessárias para os períodos do ano em que a produção de leite é menor. Iogurtes podem apresentar formulações diferentes, como por exemplo, serem preparados com uma parte de leite em pó reconstituído devido a falta de leite fluído na entre safra. JOGOS ELETRÔNICOS COM FINS EDUCACIONAIS AUTOR (A): CÍCERO JULIÃO DA SILVA JUNIOR Jogos são fascinantes para pessoas de qualquer idade. Sua utilização em ambientes educacionais não é algo novo. Mas em tempos recentes, graças ao grandioso avanço tecnológico, sua inserção tem tomado maiores proporções. O presente projeto visa o desenvolvimento de jogos específicos para ambientes educacionais. As abordagens em sala de aula possuem eficiências variadas, cada uma com sua aplicação. A utilização de jogos tem se mostrado de grande utilidade, pois une o caminho do aprendizado com algo interessante para o mundo do estudante. Experiências ao redor do mundo mostram como a utilização de jogos em ambientes de aprendizado podem aumentar 98 o rendimento escolar, das mais diversas forma. JOGOS ELETRÔNICOS DE SIMULAÇÃO E PROCESSOS COGNITIVOS – INVESTIGANDO A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DO IFAL AUTOR (A): ELAINE DOS REIS SOEIRA Apesar de o videogame existir desde a década de 70, foi entre as décadas de 80 e 90 que se registra a sua primeira expansão em larga escala. No Brasil, o segundo momento de expansão ocorre no final da década de 90, quando tem início a popularização dos computadores pessoais e da Internet, já que é possível jogar diretamente do computador, dispensando o uso do videogame e do televisor, além de ser a porta de entrada para a aquisição de novos jogos através de downloads disponíveis em vários sites. A primeira década dos anos 2000 é fortemente marcada pela abertura de lan houses, nas quais os jogadores, mesmo sem computador e Internet em casa, puderam ter acesso à experiência de jogar individualmente ou em rede, inclusive conectando-se com jogadores de outros países. É sabido que os jogos exercem certo fascínio em jovens e crianças, fazendo com que passem horas, em alguns casos, até semanas, envolvidos com o desenrolar das situações. Esse fato preocupa os pais e os educadores. Geralmente, os pais preocupam-se com o afastamento dos filhos de atividades mais “saudáveis” e com o “isolamento” provocado pelo uso dos jogos, além da perda do limite entre o real e a situação fictícia presente no jogo. Greenfield expõe um ponto de vista diferente. Ela afirma que aprender jogos que exigem o relacionamento de diversas variáveis “desenvolve habilidades importantes como a flexibilidade” (GREENFIELD, 1988, p.98) o que não ocorre em jogos em que as variáveis não interagem nem em jogos em que os jogadores aprendem as regras previamente. Portanto, nem todo jogo eletrônico é tão desprovido de elementos positivos. Alves (2013) também contribui com elementos que ajudam na desmistificação dos jogos eletrônicos como prejudiciais. [...] Essa visão é extremamente maniqueísta, mas está mudando. Um estudo nos Estados Unidos mostra que os pais já conseguem perceber que os jogos podem se transformar em aprendizagem. No Brasil, ainda há uma parcela de pais desconfiados. As pesquisas acadêmicas estão ajudando nesse trabalho de conscientização, mostrando o potencial pedagógico e de aprendizagem dos games. [...]. (ALVES, 2013, [s.p.]) Este projeto de pesquisa pretende conhecer a percepção dos estudantes do IFAL, identificando como eles caracterizam a sua relação com jogos eletrônicos de simulação, possibilitando uma aproximação ao universo dos jogadores e reunindo elementos que evidenciem os processos cognitivos utilizados nas situações de jogo. Entende-se que os resultados podem contribuir com a desconstrução de concepções negativas a cerca do uso de jogos eletrônicos, bem como, favorecer a identificação de elementos presentes nestes jogos que podem ser trazidos para a escolha e a construção de jogos educacionais. 99 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS NO ENSINO TÉCNICO E TECNOLÓGICO AUTOR (A): ADRIANA NUNES DE SOUZA A proposta de pesquisa foi motivada pela realidade local e pelos estudos que realizamos no grupo de pesquisa Bonus lector. No Campus Arapiraca, professores dos diversos componentes curriculares têm reclamado da falta de habilidade discente na análise e interpretação textual, bem como a extrema dificuldade na produção de textos. Assim, o estudo do texto fez-se necessário para que se possa encontrar meios de solucionar esta falha no processo de ensino e auxiliar a comunidade docente e discente no desenvolvimento da habilidade de ler, escrever e compreender textos. Essa realidade traz-nos a necessidade de estudar os mecanismo de leitura e produção textual estudando os diversos gêneros do discurso, passando pelos que se vinculam ao ensino técnico e tecnológico. Segundo Bronckart (apud MACHADO e CRISTÓVÃO, 2006) “todo indivíduo de uma determinada comunidade linguística, ao agir com a linguagem é confrontado permanentemente com um universo de textos pré-existentes organizados em gêneros, que se encontram sempre em um processo de permanente modificação e que são em número teoricamente ilimitados”. Portanto, todo e qualquer conhecimento é organizado em textos que por sua vez se organizam em gêneros; assim, são esses gêneros que garantem a comunicação e a interação com o outro, pois se não fosse dessa forma seria impossível a comunicação e a veiculação do conhecimento adquirido pela humanidade. O estudo desses gêneros faz-se, pois, necessário já que a comunicação somente se torna efetiva se tivermos entrado em contato com os diversos gêneros ao longo da vida; o domínio de um leque de gêneros é fundamental, e no ensino técnico e tecnológico verificase, na realidade local, uma maior dificuldade ao lidar com textos da área, pois o hábito de ler não é frequente e ler textos técnico-científicos é atividade bastante rarefeita no corpo discente. Se a comunicação é garantida pela instituição de determinadas organizações textuais adquiridas ao longo de nossas vidas para que aconteça a interação e participação social é preciso o domínio de um número cada vez maior dessas organizações (gêneros/textos) institucionalizadas socialmente. Nesse sentido, o grupo atuará no estudo do gêneros, apoiados nos estudos de análise do discurso, em especial nos textos de Bronckart e Bakhtin, faremos um estudo cuidadoso dos gêneros. Nesse estudo, pesquisaremos qual a importância da análise do discurso no processo ensino-aprendizagem dentro do ensino técnico e tecnológico, como essa teoria pode contribuir para diminuir o fracasso escolar no ensino médio integrado oferecido pelo IFAL, pois acreditamos que, se o sujeito se capacitar para a leitura e produção de textos tendo por base os gêneros textuais conseguirá agir e interagir de forma consciente e reflexiva com os diversos textos apresentados a ele no cotidiano. Associada à análise do discurso haverá um estudo de semântica, fundamentado em especial na teoria de Ilari. Sabe-se que a semântica pouco se faz presente tanto nos livros didáticos quanto nos planejamentos escolares, apenas alguns tópicos específicos da semântica são tratados superficialmente, como a relação de sinonímia e antonímia entre as palavras e o fenômeno da ambiguidade, que parece ser mais posto como um defeito de escrita do que como um recurso intencional. 100 Essa pequena presença é uma chaga no processo de compreensão textual, portanto faz-se necessário pesquisar o papel da semântica e de sua inserção no ensino técnico e tecnológico. Possibilitando, assim, um estudo mais amplo dos textos e proporcionando maior êxito escolar. À questão da leitura, associa-se a produção textual, em especial a de textos argumentativos (gêneros mais exigidos do estudante de nível técnico). Marcuschi (2001) afirma que “Os exercícios de compreensão raramente levam a reflexões críticas sobre o texto e não permitem expansão ou construção de sentido, o que sugere a noção de que compreender é apenas identificar conteúdos. Esquece-se a ironia, a análise de intenções, a metáfora e outros aspectos relevantes nos processos de compreensão.” – estudaremos em que medida isso é relevante em nossa realidade e como isso influencia a produção textual discente. Sabe-se que se o leitor for competente, capaz de reconhecer a importância de técnicas argumentativas e recursos retóricos em textos argumentativos, entenderá melhor as técnicas de produção de textos deste tipo e consequentemente terá um melhor desempenho escolar; assim estudaremos os diversos tipo de textos argumentativos e seu papel no ensino técnico e tecnológico. Para que a pesquisa se desenvolva e haja resultados ela não será apenas teórica, mas passará pela coleta de dados, pela elaboração de minicursos e material de apoio ao discente e ao docente do ensino médio integrado. LEVANTAMENTO PEDOLÓGICO ULTRA-DETALHADO DO IFAL - CAMPUS MARAGOGI AUTOR (A): JOSÉ AUGUSTO MONTEIRO DE CASTRO LIMA O manejo das terras influencia diretamente a sua resposta ambiental. Sistemas de cultivo ou de uso de terras que não considerem a capacidade de suporte dos sítios podem levar os ecossistemas a estádios de degradação irreversíveis. Nesse sentido, torna-se fundamental ordenar ou estratificar os ambientes, segundo características naturais facilmente observáveis, constituindo, aliada à adequação da aptidão das terras, estratégia para diminuir impactos ambientais e conhecer o potencial das áreas (SANTOS, 2011). Os levantamentos pedológicos contêm informações que permitem repartir áreas heterogêneas em porções mais homogêneas, que apresentam a menor variabilidade possível, em função da escala de mapeamento, dos parâmetros de classificação e das características utilizadas para distinção dos solos. Tais informações são essenciais para a avaliação do potencial ou das limitações de uma área, constituindo uma base de dados para estudos de viabilidade técnica e econômica de projetos e planejamento de uso, manejo e conservação de solos (IBGE, 2007). Desta forma, a Pedologia consiste em uma importante ferramenta para estratificar os ambientes, sendo considerada como o melhor estratificador de ambientes, em relação ao clima, à geologia, e a outros fatores do ambiente (RESENDE et al., 2007). Um pré-requisito decisivo para a seleção e implantação de áreas de pesquisa é o conhecimento preciso da distribuição dos solos na paisagem e de suas propriedades. Isso só é obtido com um levantamento pedológico, o qual permite um prognóstico da distribuição 101 geográfica dos solos como corpos naturais, determinados por um conjunto de relações e propriedades observáveis na natureza (RIZZOTO et al., 2005). LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS NOS PERÍODOS DE INTERFERÊNCIA NA CULTURA DO RABANETE AUTOR (A): JOSÉ ANTONIO DA SILVA MADALENA Diversos estudos abordaram a relação entre as plantas daninhas e outras plantas economicamente importantes. Este estudo tem como foco central avaliar estratégias potenciais para interromper ou amenizar os impactos causados pelas plantas daninhas na cultura do rabanete. No entanto, as espécies de ervas daninhas precisam ser conhecidas para que prováveis procedimentos de erradicação sejam implementados com maior eficácia localmente, visto que, seu controle, seja ele biológico ou químico, depende de características particulares de cada espécie. Além disso, técnicas isoladas apresentam um espectro de ação limitado (Brighenti et al., 2003), o que restringe o controle dasplantas daninhas para um número limitado de espécies em uma determinada área. Assim, a identificação e a quantificação são freqüentemente elaboradas por ser importantes fontes de informação para que as estratégias de controle sejam implementadas localmente com maior eficácia. Esse trabalho vai tentar suprir a falta de literatura especializada nesta área para a cultura do rabanete. LUDICIDADE E TRABALHO: ALIENAÇÃO OU PERTENCIMENTO? AUTOR (A): FABRÍCIO JUNIOR DE OLIVEIRA AVELINO Há um novo no brincar, nos brinquedos e jogos que precisa ser resgatado pelos educadores e pesquisadores. Um novo que sempre existiu. Um novo que pertence ao registro do real, mas que por nossas construções de linguagem, sempre tentamos apreender à nossa moda, perdendo muitas vezes, irremediavelmente o sujeito e o lúdico, em seu tempo e espaço próprios que precisam ser compreendidos. Este projeto, portanto, inspira-se no mesmo manancial de ideias e inquietações que deu origem ao Grupo de Pesquisa Ludicidade e Trabalho: IFAL- Campus Piranhas. Afinal, percebe-se, no cotidiano escolar, uma força que tira dos sujeitos sua ludicidade, impõe a noção de trabalho e produção no lugar dessa dimensão lúdica, e, por isso, impõe-nos investigar quais são as forças que provocam essa tensão. A questão que nos motiva a empreender esta pesquisa possibilitará investigar as tensões entre a ludicidade e o trabalho sob o ponto de vista de estudantes jovens e adultos, buscando perceber os limites entre a alienação e o pertencimento às atitudes lúdicas. Além de possibilitar aos alunos bolsistas a vivência da pesquisa qualitativa, oportunidade ímpar para perceber na voz do outro uma valiosa contribuição para os saberes e fazeres científicos. 102 MAPEAMENTO DE CASOS DE CORROSÃO EM USINAS DE PRODUÇÃO DE AÇUCAR E ÁLCOOL AUTOR (A): JORGE FERREIRA DA SILVA FILHO Os problemas de corrosão são frequentes e ocorrem nas mais diversas atividades, como por exemplo, nas indústrias química, petrolífera, petroquímica, naval, de construção civil, automobilística, nos meios de transporte aéreo, ferroviário, metroviário, marítimo, rodoviário e nos meios de comunicação, como sistemas de comunicação, na medicina (ortopedia) e em obras de arte como monumentos e esculturas. Em países desenvolvidos como Japão, Estados Unidos e Inglaterra, os custos da corrosão chegam a representar 5% do PIB nacional [1]. No Brasil, os dados dos custos de corrosão ainda são escassos e dispersos. Especificamente em Alagoas, onde a indústria sucroalcooleira ainda representa a principal atividade econômica do estado, dados e publicações técnicas ou científicas acerca da corrosão na indústria não foram encontrados até o momento. Numa indústria, o desgaste causado pela deterioração de peças metálicas pode não só levar a prejuízos econômicos relacionados à manutenção e substituição de equipamentos e peças, como também a contaminação dos produtos e até acidentes com vítimas. Por exemplo, recentemente no Brasil foram relatados casos de contaminação do açúcar cristal com material ferromagnético, contendo ferro, níquel e cobalto, provavelmente sendo resultantes de produtos de corrosão dos equipamentos durante o processo de produção do açúcar. De forma geral, os custos da corrosão na indústria podem ser resumidos nos seguintes itens: (a) Custos diretos relacionados à substituição do equipamento danificado; (b) Custos indiretos: (i) parada ou diminuição da produção, como diminuição da transferência de calor ou danos mecânicos, (ii) diminuição da qualidade do produto devido a contaminação com os produtos oriundos da corrosão. (c) Custos adicionais: devido ao emprego de materiais mais resistentes, porém, mais caros, uso de inibidores de corrosão e de revestimentos. Diversos casos de corrosão podem ser encontrados em uma usina de produção de açúcar e álcool. Os casos mais comuns são a corrosão de tubulações e tanques em contato com o solo ou expostos a condições de imersão total ou parcial. No entanto, existem muitos outros pontos susceptíveis ao ataque corrosivo que merecem ser mapeados e estudados. O processo de produção de açúcar e álcool em uma usina envolve diversas etapas, as quais são mostradas resumidamente no fluxograma da Figura 1. A usina de açúcar e álcool é marcada por uma manutenção elevada, substituição e reparo de equipamentos devido a abrasão e corrosão e, por esta razão a indústria tem procurado por componentes feitos de aço inoxidável, pois, esse aço apresenta excelente resistência a corrosão, melhor condição para higienização, menor número de intervenções na planta, entre outras vantagens em relação ao aço carbono 103 Nas etapas de produção do açúcar existem dois meios corrosivos que devem ser considerados, o próprio caldo de cana, que possui pH próximo a 5,6 quando extraído, e na etapa de sulfitação, a presença de SO2. O pH baixo do caldo é suficiente para gerar um eletrólito capaz de causar a corrosão de peças constituídas de aço carbono. A adição de SO2 na etapa de sulfitação, utilizado para clarificar o caldo, diminui ainda mais a acidez do meio para valores de pH próximo 4,4. Esse meio pode, inclusive, provocar corrosão por pite. As tubulações que transportam o caldo extraído na etapa de extração para a etapa de clarificação são de aço carbono que podem ter composição variável. O processo de extração possui variações que vão de 35 a 75°C, e a corrosão interna das tubulações ocorrem, porém, existem poucas informações sobre esse processo, os fatores que o controlam e os mecanismos envolvidos. Na etapa de evaporação, os vapores gerados do caldo possuem ácidos naturais da cana de açúcar e outros ácidos produzidos no processo. A água condensada, nessa etapa possui gases dissolvidos, aldeídos, álcoois, ácidos orgânicos e compostos nitrogenados. A presença de diversos compostos e a própria natureza ácida do caldo cria um meio propício para que ocorra a corrosão dos materiais em contato com os líquidos e vapores presentes [6,7]. Já na etapa de produção de álcool, a corrosão em colunas de destilação também é citada como um ponto de investimento para a redução de custos da produção do álcool no Brasil [8]. - Proteção e Prevenção Como problemas de corrosão são responsáveis pela troca ou reparos de equipamentos, como por exemplo, trocadores de calor, durante o processo de produção, uma das alternativas é a busca da utilização de novos materiais. A escolha dos materiais 104 adequados, assim como a substituição, são formas de se reduzir os custos relacionados ao ataque corrosivo. O uso de aços inoxidáveis tem sido sugerido para alguns casos, e esse é o objeto de alguns estudos nessa área. As formas mais comuns de proteção e prevenção da corrosão em equipamentos da área industrial é a aplicação de revestimentos protetores e proteção catódica. Entre os revestimentos possíveis, as tintas representam uma alternativa que mostra bons resultados desde que aplicados de formacorreta e a manutenção desses revestimentos seja feita de forma adequada, pois falhas nesses ver timentos podem causar corrosão intensa, pois, a área desprotegida passa a funcionar como anodo, sendo corroída rapidamente devido a densidade de corrente elevada que se estabelece nesse local desprotegido. A proteção catódica é uma das soluções mais utilizadas para proteção de estruturas submersas ou parcialmente imersas, tanques, e subterrâneas. Equipamentos e tubulações em contato com o solo, ou até mesmo estruturas subterrâneas, sofrem corrosão quando estes estão sujeito a uma condição tal que partes do material em contato com o solo agem como anodo e outras áreas funcionam como catodo. A corrosão não irá ocorrer se a estrutura for protegida de tal forma que todas as áreas funcionem como catodo. Esse é o princípio da proteção catódica, no qual uma corrente catódica é impressa à estrutura ou se põe um material menos nobre que o material da estrutura em contato com a mesma e esse material irá funcionar como anodo, conhecido como anodo de sacrifício, corroendo-se em detrimento da preservação do material que a estrutura é constituída. Esse tipo de proteção quando aplicada da forma correta e também com manutenção adequada é capaz de impedir que a corrosão ocorra. MAPEAMENTO DOS FATORES DE RISCO DOS SERVIDORES DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS AUTOR (A): CASSIO HARTMANN Preocupado com a saúde e á qualidade de vida dos servidores do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), que compõe o quadro de trabalho, resolvemos a partir da observação e pela falta de ações referentes á saúde e á qualidade de vida, planejar e organizar um projeto de pesquisa para a os servidores do Instituto Federal de Alagoas. A Organização Mundial da Saúde (WHO, 1958, p. 495) define saúde como “o perfeito bem-estar físico, mental e social do indivíduo, e não apenas a ausência de doenças e enfermidades”, tornando mais amplo o conceito de saúde, percebendo que existem outros fatores a serem considerados além da inexistência de doenças. (AMERICAN HEART ASSOCIATION, 1992). Identificar os fatores de risco coronarianos será um grande desafio do presente estudo, pois por existir tais epidemias há vários anos, sabe-se que existem poucos estudos e dados coletados no Instituto Federal de Alagoas, e que foge ao que é conhecido e normal. Neste estudo agregar-se-á valor a questão de estudar e mapear alguns fatores de risco relacionados à saúde existentes nos servidores, através do acompanhamento das taxas metabólicas, da composição corporal e da Pressão Arterial (PA). 105 Para Mcardle (2002) a definição de saúde focaliza o amplo aspecto do bem-estar que varia desde a ausência completa de saúde (morte) até os mais altos níveis de capacidade funcional. A associação da atividade física com a saúde, e conseqüentemente com a qualidade de vida, populariza-se através de uma grande campanha em conjunto com as instituições mais respeitadas nos Estados Unidos. A American Heart Association (1992) inclui a inatividade física e níveis baixos de condicionamento como fatores de risco primários juntamente com o fumo, a hipertensão e hábitos alimentares (hipercolesterolemia). A hipertensão afeta aproximadamente 50 milhões de pessoas nos Estados Unidos e aproximadamente 1 bilhão em todo o mundo. A prevalência da hipertensão aumenta com a idade, portanto medidas preventivas devem ser implementadas, informações do Framming Ham Heart Study (1992), sugerem que os indivíduos normotensos apresentam 90% de risco de desenvolverem hipertensão, aos 55 anos de idade. A relação entre a pressão sangüínea e o risco de doença cardiovascular é contínua, consistente e independente de outros fatores de risco, a pressão sangüínea pode acarretar infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e doença renal. Para indivíduos com idade entre 40 a 70 anos, o aumento de 20mmHg na pressão arterial sistólica ou 10 mmHg na diastólica amplia o risco de doenças cardiovasculares. A classificação de Pré-Hipertensão proposta no Joint Nacional Comittee On Prevention, Detection, Evaluation, And Treatment Of High Blood Pressure, (J.N.C.P.D.E.T.H.B.P, 2003) reconheceu a necessidade de aumentar os conhecimentos dos profissionais responsáveis pela rigidez da população, para reduzir níveis de pressão sangüínea e prevenir o desenvolvimento da hipertensão. Portanto de acordo com a classificação proposta atual pelo J.N.C.P.D.E.T.H.B.P, (2003), o indivíduo é considerado normotenso com níveis tencionais <120mmHg de pressão sistólica e < 80 mmHg de pressão diastólica. No entanto, os indivíduos com pressão arterial de 120139 mmHg para a medida sistólica e 80-89 mmHg para medida diastólica são considerados Pré-Hipertensos. O diagnóstico primário da hipertensão é muito comum nos Estados Unidos considerando que 35 milhões de visitas são feitas ao consultório médico por ano. A tendência de controlar os valores tencionais nos níveis de pressão sistólica < 140 mmHg e de pressão diastólica < 90 mmHg, ainda estariam longe de alcançar esse objetivo. Portanto o J.N.C.P.D.E.T.H.B.P (2003) estima que 30% da população mundial no ano de 2010 não saberá quem tem hipertensão. O United States Department Of Agriculture (1996) inclui uma declaração sobre a importância da atividade física para a qualidade de vida, apoiando-se nos efeitos benéficos da atividade física junto aos fatores de risco primários e também na prevenção ao desenvolvimento dessas patologias O United States Department Of Health And Human Services (1994) lista a atividade física e o condicionamento físico como as primeiras das 22 áreas prioritárias ressaltando mais, uma vez, seus benefícios no combate e na prevenção de algumas patologias. Blair (1996) demonstrou, através de um estudo longitudinal, que o baixo condicionamento físico é um importante precursor da mortalidade. Este estudo teve duração de 20 anos e foi realizado com 25.341 homens e 7.080 mulheres de uma cidade americana, relacionando seus hábitos de vida, de acordo com os fatores de risco, ao aparecimento de patologias e causa mortis. 106 MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS DA TILÁPIA NOS MUNICÍPIOS DE PORTO REAL DO COLÉGIO E PENEDO – ALAGOAS AUTOR (A): DANIEL DE MAGALHÃES ARAUJO A aquicultura é uma das atividades agropecuárias que mais cresce no Brasil. Com o declínio da pesca e aumento do consumo médio do pescado no país a aquicultura tem sido responsável por suprir a demanda por pescados no mercado internacional. Este cenário, segundo os especialistas, será mantido indefinidamente ao longo de vários anos, garantindo o crescimento da atividade de aquicultura. Aliado a isto, a presença de características naturais favoráveis, como clima, grande quantidade de água disponível em rios e reservatórios naturais e artificiais, como também grande número de espécies com potencial de cultivo reforçam a vocação brasileira para a atividade. A produção pesqueira e aquícola mundial atingiram a 155,8 milhões de toneladas em 2007 e 159,2 milhões em 2008. No Brasil a produção estimada nestes anos foi de 1,07 e 1,15 milhões de toneladas, alcançando cerca de 1,24 milhões de toneladas em 2009, sendo que 415.639 toneladas são oriundas da aqüicultura e o restante da pesca. Em Alagoas aprodução de pescado acompanhou o crescimento observado no país, sendo produzidas em 2008 e 2009, respectivamente, 16.373 e 17.479 toneladas, sendo identificada a redução dos produtos oriundos da pesca e crescimento daqueles oriundos da aqüicultura (MPA, 2010). São muitas as espécies de peixes nativas com potencial para a aquicultura, entretanto a produção de peixes no país tem a tilápia do Nilo, espécie exótica, como aprincipal espécie cultivada comercialmente. Tilápia é a denominação comum de grande gama de espécies de peixes ciclídeos (Boscolo et al., 2001). São naturais da África, Israel e Jordânia (Boscolo et al., 2002). Mais de 22 espécies de tilápia estão sendo cultivadas mundialmente, entretanto, tilápia do Nilo é a principal (El-Sayed, 2002). Adaptam-se bem às condições tropicais, subtropicais e temperadas (El-Sayed, 2002; 2003). É bastante versátil, pois se adapta tanto ao cultivo etensivo como intensivo (Meurer et al., 2002), além disto pode ser criada em monocultivo ou policultivo. Segundo Lim e Webster (2006) as tilápias podem ser consideradas o grupo de peixes teleósteos melhor sucedido na piscicultura tropical e neo-tropical brasileira nas duas últimas décadas. São criados em diferentes latitudes, sob os mais diversos sistemas de produção, abrangendo baixos ou sofisticados níveis tecnológicos, em ambientes abertos ou fechados com água doce, salobra ou marinha. Em Alagoas, assim como no Brasil, a tilápia possui importância fundamental para o desenvolvimento da atividade de piscicultura. O mercado para a espécie está consolidado e em franca expansão, sendo os filés exportados para mercados dos Estados Unidos e Europa. Entretanto, no caso das pequenas pisciculturas na Região do APL Piscicultura em Alagoas, não há plantas de processamento em atividade, sendo a maior parte da tilápia vendida inteira na própria região, sendo as feiras livres mercados importantes. Diante da inexistência de trabalhos sobre o mercado consumidor, margens de comercialização e transmissão de preços nesta região, este projeto foi escrito visando estudar estes aspectos do mercado. 107 MARGEM DE COMERCIALIZAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PREÇOS DO TAMBAQUI (COLOSSOMA MACROPOMUM) EM PORTO REAL DO COLÉGIO E PENEDO, ALAGOAS AUTOR (A): DANIEL DE MAGALHÃES ARAUJO Em Alagoas, assim como no Brasil, a aquicultura tem se consolidado como importante atividade produtiva. Dentre as áreas da aquicultura, a piscicultura tem maior destaque, sendo que há inúmeros esforços para desenvolver tecnologias de produção de espécies nativas de maior interesse, como o tambaqui. O mercado para a espécie está consolidado na região Norte do país, mas também ocorre o mesmo no Nordeste, onde a espécie se adaptou desde o início da piscicultura nacional, quando o antigo DNOCS povoou açudes com a mesma. Além disto, o mercado para a espécie encontra-se em franca expansão, pela boa aceitação da sua carne pelos consumidores. Em Alagoas a espécie é produzida, principalmente, em pequenas pisciculturas na Região do APL Piscicultura, sendo que a maior parte do tambaqui é absorvido pelos mercados consumidores locais, nas feiras livres dos municípios produtores. Devido a preferência do consumidor em adquirir peixes vivos e/ou frescos inteiros e também por não haver plantas de processamento em atividade no Estado, quase totalidade do peixe é vendida inteira na própria região, sendo as feiras livres os mercados mais importantes. Diante da inexistência de trabalhos sobre o mercado consumidor, margens de comercialização e transmissão de preços para o tambaqui nesta região, este projeto foi escrito visando estudar estes aspectos do mercado consumidor. MÁRMORES: CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES EM INTERIORES AUTOR (A): MIQUELINA RODRIGUES DOS SANTOS CASTRO Cerca de 9 milhões de toneladas de pedras naturais, principalmente mármores e granitos, são extraídas das jazidas brasileiras anualmente, sendo reconhecidas e valorizadas mundialmente pela sua geodiversidade (MEDEIROS: MUNIZ, 2012). Os mármores são materiais amplamente utilizados na construção civil e principalmente em projeto de interiores. Diferenciam-se de muitos materiais de revestimento e composição por ser um produto natural e que permite uma vasta utilização como revestimento de pisos e paredes, mesas, bancadas, divisórias, prateleiras, entre outros. É um material considerado nobre por ser uma pedra extraída da natureza, possuir grande resistência e pelo seu aspecto visual (padrão de cores e formas heterogêneas). Possui densidade de 2.600Kg/m³ e condutividade térmica de 2,9 W/m.k aproximadamente (LAMBERTS; PEREIRA; DUTRA, 1997). Distingue-se do granito por apresentar cores claras, como branco e bege, em sua maioria e por ter maior porosidade (RIBEIRO; PINTO; STARLING, 2002). Segundo Rosso (2013) 108 os mármores e os granitos são os dois principais grupos de rochas ornamentais, entretanto, possuem diferentes composições minerais, resistência à abrasão e aos ataques químicos, itens determinantes para a escolha do produto no projeto. Existe uma grande variedade desse material e, por isso, o conhecimento de suas características e aplicações é um fator relevante para o profissional de design de interiores. Entretanto, a dificuldade de se encontrar livros técnicos para ampliar o conhecimento do aluno sobre esses produtos limita a sua formação. Visando contribuir para a formação dos alunos do Curso Superior Tecnológico em Design de Interiores do Instituto Federal de Alagoas, Campus Maceió, essa pesquisa tem como objetivo elaborar uma apostila técnica sobre o produto mármore que auxiliará nas aulas da disciplina Materiais de Composição e Revestimento deste Instituto e servirá como uma importante fonte de pesquisa para os alunos ao longo do curso. MATERIAIS LÚDICOS COMO PRINCIPAIS FERRAMENTAS NO ENSINO DE FÍSICA AUTOR (A): ANA PAULA PERDIGÃO PRAXEDES Um problema frequente em todas as instituições de ensino médio do nosso país é a grande dificuldade de aprendizado que os alunos apresentam na disciplina de física. A não compreensão da Física é um fato grave, já que com isso o aluno passa a não entender o mundo ao seu redor e o funcionamento de diversos equipamentos eletrônicos. Este entendimento atualmente é básico e extremamente necessário numa sociedade que exige profissionais cada vez mais qualificados e que carece de avanços tecnológicos. Esta última afirmativa está contida na LDB ( Lei de diretrizes e Bases), que é uma das leis que rege a educação no Brasil. Um fator que contribui para toda esta problemática é o ensino predominantemente tradicional ou bancário, onde o professor emite as informações e o aluno apenas recebe as mesmas. Este tipo de ensino é dominante em diversas matérias do ensino médio. É fato que na maioria das aulas os professores utilizam pouquíssimos recursos, em geral o livro e o quadro. Isto gera aulas repetitivas, cansativas e que em geral não são relacionadas com o cotidiano do aluno. Nosso projeto visa mudar este cenário introduzindo recursos lúdicos no ensino de Física. No ensino médio, em geral os alunos são adolescentes, que adoram as redes sociais, filmes de ação, músicas, gibis, entre outros objetos de entretenimento. MULHERES DO CAMPO: UMA ANÁLISE DAS RELAÇÕES DE PODER NO ASSENTAMENTO FLOR DO BOSQUE- MESSIAS- ALAGOAS AUTOR (A): AMANDA CHRISTINNE NASCIMENTO MARQUES O assentamento Flor do Bosque está situado no município de Messias e possui 35 famílias. Esta instalação é fruto da desapropriação da fazenda Flor do Bosque que foi 109 ocupada em novembro de 1998. Na propriedade, em meados dos anos 1980, funcionava a usina Bititinga, mas na década de 1990 os seus proprietários faliram em virtude de uma dívida contraída no Banco do Brasil, e a fazenda foi arrendada pela usina Santa Clotilde. Messias possui um IDH 0,536. Segundo Marques et al (2012), na localidade entre os anos de 1998 e 2006, período em que ocorreram os processos de ocupação e desapropriação das terras para fins de reforma agrária, os camponeses/as sofreram despejos, ameaças e intimidações por parte dos latifundiários que reivindicavam a reintegração de posse das terras. Esse conflito territorial ficou conhecido no Estado de Alagoas, sobretudo pela quantidade de reintegrações de posse e persistência dos camponeses/as que ficaram acampados na beira da rodovia por quase 10 anos. Nos períodos que antecederam o processo de luta, havia um grande número de trabalhadores desempregados e outros que passaram a exercer atividades temporárias e pendulares na cidade de Maceió. Alguns residiam em propriedades próximas ao assentamento como moradores de condição, e outros que foram expulsos da terra, passaram a residir em casas alugadas nas cidades circunvizinhas. Segundo Marques et, al (2012) o processo de luta no assentamento se deu partir de um número significativo de trabalhadores/as que anteriormente eram incorporados ao processo produtivo da cana de açúcar, mas foram demitidos por conta da reestruturação do setor sulco alcooleiro. Algumas usinas deixaram de funcionar naquela região passando a existir uma quantidade significativa de pessoas ociosas. Só em 1998, de acordo com os dados da Comissão Pastoral da Terra – CPT/Alagoas mais de 250.000 pessoas estavam envolvidas em conflitos trabalhistas. A maioria da população residia nos municípios de Murici, Messias e Branquinha, durante os períodos de funcionamento e decadência da usina, observa-se uma precarização das relações de trabalho, as quais se destacam trabalhos domésticos, construção civil, empregos temporários no corte da cana e o desemprego. Após um processo de organização dos camponeses, o trabalho de base da CPT, bem como de conhecimento de seus direitos territoriais, eles passaram a reivindicar terra para trabalho, considerada não só como espaço de reprodução social, mas também, de resistência camponesa no campo. A ocupação da fazenda se deu em 27 de novembro de 1998, e segundo Marques et al. (2012), esse conflito territorial ficou conhecido no Estado de Alagoas, sobretudo pela quantidade de reintegrações de posse e persistência dos/as camponeses/as que ficaram acampados na beira da rodovia por quase 10 anos. Houve denúncias de envenenamento do poço que os camponeses bebiam água, bem como, vários despejos. Em 2006 a fazenda foi adquirida pelo estado e repassado ao INCRA. Atualmente essas famílias vivem do cultivo da macaxeira, cana de açúcar, banana, milho, feijão, batata, caju, abacaxi e maracujá. Além da agricultura, essas famílias vivem da aposentadoria de alguns entes familiares e auxílios do governo federal. Uma questão que merece destaque é o pouco acesso das mulheres as políticas agrárias e agrícolas, segundo o PDA é importante que haja maior equidade de gênero no acesso a ações do governo para que haja maior empoderamento das mulheres nas questões relacionadas as decisões do assentamento. 110 NEOCLASSICISMO: A ESSÊNCIA DO CLÁSSICO NA ARQUITETURA DA CIDADE DE PENEDO AUTOR (A): ALMIR TAVARES DA SILVA A cidade de Penedo localizada no interior do Estado de Alagoas possui uma história com acontecimentos que marcaram o local e que podem ser verificados somente pelo fato de circular pelas suas ruas. É possível perceber partes de sua história por meio das expressões artísticas encontradas nos monumentos, estátuas, bustos, edificações e que mostram as influências que essa cidade herdou. A sua variedade arquitetônica expressa nas casas, sobrados, igrejas, teatro, hospital e mercado público construídos em estilo colonial, barroco, rococó, neoclássico, eclético e moderno configuram esse local como uma das riquezas artísticas do país. Dentre os diversos monumentos que expressam toda grandiosidade artística, os elementos característicos da cultura clássica Greco-romana são muito evidentes a partir do Teatro Sete de Setembro e o Mercado Público da cidade que atualmente passa por um processo de restauração. Ao observar as suas linhas e formas, percebe-se que seus elementos também podem ser encontrados em outras edificações da cidade que leva o atento observador às perceber as características do estilo Neoclássico como uma grande influência na cidade. Porém, nem sempre alguns elementos clássicos no frontispício de uma edificação é sinal de que seja uma edificação clássica, pois é necessário analisar o que faz um monumento ser considerado como uma representação do classicismo. O Neoclassicismo desperta um interesse específico, visto que, a cultura Grecoromana teve destaque na cultura do ocidente e no Brasil. O Rio São Francisco que banha a cidade de Penedo possibilitou que embarcações estrangeiras ancorassem ao seu porto, e ao mesmo tempo a chegada de estrangeiros à cidade também podia ser realizada por estradas de terra. Desse trânsito pelas estradas ou pelo rio, a cidade recebeu artistas com influências dos estilos desenvolvidos na Europa que coincide com o período Imperial brasileiro e que contribuiu para tornar a cidade um marco histórico e arquitetônico do Brasil. NOVAS TECNOLOGIAS E ENSINO: O USO DO AMBIENTE MOODLE COMO FERRAMENTA À PRÁTICA DE LEITURA E ENSINO DE LITERATURA NA ESCOLA MUNICIPAL BENÍCIO BARBOSA NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DA LAJE – AL AUTOR (A): HERBERT NUNES DE ALMEIDA SANTOS O século XXI, dentre as várias transformações sociais e políticas, trouxe arraigada um progresso tecnológico que, aqui, chamaremos de Boom tecnológico. Esta tecnologia não surgiu nem para competir entre si nem muito menos com a escola. Ela surge como um novo espaço atrativo de aprendizagem e diálogo. Diante disso, buscamos articular um processo educativo que fortaleça de forma científica, cultural e, sobretudo, tecnológica a prática de leitura e ensino de literatura com os alunos da escola Municipal de Ensino Fundamental Benício Barbosa em São José da Laje - AL. Observamos que a escola possui um laboratório de 111 informática, porém sem uma utilização que direcione os(as) alunos(as) para a prática da pesquisa, produção textual e contato com os textos literários. Diante desse prognóstico, o projeto pretende investigar e analisar as causas de supostos desinteresses de leitura para, assim, construir parâmetros com o (ambiente moodle), transformando aquele espaço em um ambiente atrativo e que se direcione, também, à produção científica daqueles alunos. Dentre as várias reclamações das escolas no tocante à aprendizagem, está a de que os alunos não têm tido um direcionamento para as funções didáticas disponíveis e oferecidas por essas novas tecnologias. Por isso que, também, estudaremos os aspectos que permeiam o desinteresse docente em trabalhar com tecnologias e ensino. Percebemos que há uma grande utilização deste laboratório, porém sempre utilizada de forma inóspita e avessa ao ensino de literatura, fato esse, que tem, a nosso ver, prejudicado a aprendizagem desses alunos. Os discentes reclamam do tédio de ficar ouvindo um professor falando por horas e horas acerca de textos literários sem o uso, por exemplo, de vídeos, filmes e depoimentos de autores, criando, assim, um fosso entre o conteúdo das aulas e a possibilidade infinita de uso dessas tecnologias. Por isso que a pesquisa, também, irá se direcionar para investigações didático-culturais. Isso se justifica pelas observações acerca da formação cultural da região. Com isso, nos possibilitando formar feedbacks que venham viabilizar novos olhares e direcionamentos para esses entraves didáticos. O CÁLCULO DA ÁREA DE UM TERRENO PARA PLANTIO: UM ESTUDO SOBRE A DIVERSIDADE DE MÉTODOS TEÓRICOS E PRÁTICOS AUTOR (A): AUXILIADORA BARALDI PACHECO As diversidades culturais que são colocadas para o programa de pesquisa da Etnomatemática, desenvolvido por Ubiratan D’ambrósio (2004), aponta como um grande desafio buscar entender o fazer e o saber matemático das culturas marginalizadas. Isso não deve ser entendido apenas como uma visão essencialista das diferenças entre um saber escolar e um saber popular. Muitas questões não foram respondidas sobre a forma de interpretação do saber escolarizado, como uma norma, um padrão frente a outro saber, vindo de práticas culturais muitas vezes excluídas no mundo social e nos processos educativos. A articulação dessas diferenças implicaria na visão de D’Ambrósio (2004): em um sentido, incorporar o conhecimento da cultura popular; em outro, possibilitar ao conhecimento padrão tornar-se acessível aos que fazem parte dessa cultura que, “embora seja praticada, é muitas vezes ignorada, menosprezada, rejeitada, reprimida e, certamente, diminuída. Isto tem como efeito desencorajar e até eliminar o povo como produtor e mesmo como entidade cultural” (D’Ambrósio, 2004, p.50). Essa cultura popular é produtora de notáveis experiências geométricas como a do conhecimento aprendido na própria família para a construção de pipas e papagaios, exemplifica D’Ambrósio (2004). Nessa atividade, as formas geométricas são determinantes para o sucesso de sua função de fazer divertir, realizar sonhos de voar e capacidade de criação. É uma Geometria de formas, técnicas, cores, funcionalidade e movimento. Mas a Geometria das formas aprendida na escola não tem cores, não tem funcionalidade para a vida prática, não diverte, não faz sonhar e limita a capacidade criativa do aluno. A 112 metodologia que possibilite desenvolver a Geometria e a Matemática que preserve a diversidade e elimine as diferenças é um desafio de muitas pesquisas em Educação Matemática. Knijnik (1995) investigou sobre as práticas de cubação da terra e a cubagem da madeira, abordando a inter-relação entre o saber escolar e o saber popular. Nessa atividade, dois alunos apresentaram os métodos mais utilizados de cubação da terra. Segundo Knijnik, citada por Giardinetto (1999), um desses métodos era resultado de uma divisão da terra em quadrado de mesmo perímetro; o outro método semelhante ao primeiro resultava da “identificação, via um processo de modelagem, de uma terra com 4 divisas conhecidas com um retângulo de mesmo perímetro, cujos lados eram determinados a partir das médias dos lados da ‘terra’ inicialmente dada” (Giardinetto, 1999, p.9). Knijnik (1995) relata que, em atividades com os alunos-professores, tais métodos não davam conta eficientemente do cálculo da cubação da terra e apresentava a fórmula de Heron como um método que resolvesse de forma mais abrangente o que os métodos populares não davam conta. Segundo Giardinetto (1999, p.9), “A autora não explicita o fato de que a utilização da Fórmula de Heron encarna uma objetivação decorrente da capacidade humana de abstrair além de resultados empíricos”, enquanto que os métodos populares “evidenciam a objetivação e encarna um avanço para a superação de problemas em que a lógica práticoutilitária não mais gera resultados eficazes”. Assim, considerou-se necessária à reflexão e à concepção deste estudo, com o propósito de analisar resultados sobre os diversos métodos de cálculo de área das superfícies planas: métodos euclidianos, método de herão, método por coordenadas analíticas (Gauss) e o método de introdutório de integrais. Esses métodos de cálculo que sempre foram tratados no contexto teórico e escolar e que, mesmo quando se acreditava estar apresentando um problema contextualizado para os estudantes, na realidade esses problemas apresentariam dificuldades técnicas para serem aplicados sem as técnicas de agrimensura. Nossa questão visa responder: Como realizar o cálculo de áreas por diferentes métodos matemáticos e comparar com as possibilidades de execução das técnicas de agrimensuras para realizar medidas em um terreno? É possível encontrar a área de um terreno sem o desenho da planta baixa? O ENSINO DA LITERATURA DURANTE O ENSINO MÉDIO AUTOR (A): ADRIANA NUNES DE SOUZA A constatação de que a educação vem sofrendo mudanças cotidianamente é uma das abordagens mais atuais nos debates educacionais. Faz-se necessário que a escola e seus atores modifiquem também seu perfil a fim de atender às demandas da sociedade vigente. Assim sendo, o ensino literário também necessita de mudanças, pois ele vem ao longo dos anos sendo visto sem inovações e a escola tem que se adequar aos avanços tecnológicos, para que a literatura seja desejada por parte dos alunos. A falta de utilização dos recursos tecnológicos por parte do professor leva ao desinteresse do aluno, por isso o professor deve sempre estar atento às inovações tecnológicas, para manter o aluno interessado na aula. 113 O ser humano tem muitas questões a serem resolvidas e a literatura em geral tem essas respostas, pois sua linguagem é bem interpretada em toda e qualquer época. A mesma é, no entanto, um pouco confundida, pois tem dois tipos de modalidade, é obrigatória no vestibular e o professor- aluno, quando o professor decide se vai ou não dá aula dessa disciplina. A literatura como disciplina vem perdendo seu espaço, desde que foi unida as disciplinas, de português e redação, uma vez que a maioria dos professores optam por passar apenas o conteúdo de português e as vezes o de redação, sendo assim a literatura é pouco mostrada ou nem mesmo isso. É na fase da adolescência que o jovem encontra-se com a mente mais propicia a conhecer novos assuntos, seria nesse período a hora certa de introduzir a literatura, pois também é nessa época que o aluno esta formando sua personalidade e a literatura é um ótimo caminho para essa formação. O POTENCIAL DO TURISMO HISTÓRICO NO LITORAL NORTE ALAGOANO AUTOR (A): ELAINE MARIA GERALDO DOS SANTOS A história do litoral norte no estado de Alagoas possui uma relevância singular. Desde o período em que o Brasil esteve como colônia de Portugal a região onde hoje se conhece como Alagoas se apresentava geograficamente atrativa para a passagem de importantes personagens e fatos históricos que permeiam cidades como Maragogi, Porto Calvo e Porto de Pedras. O interesse em desenvolver um estudo mais detalhado sobre essas cidades se deu após ministrar a disciplina História Regional, a qual é específica para os discentes no terceiro ano do curso de Hospedagem no IFAL/Campus Maragogi no ano de 2012. Mesmo com uma carga horária de 80 horas, o que equivale a um ano letivo, a falta de material didático e informações necessárias ao desdobrar dos conteúdos pedagógicos se mostrou como uma barreira que merecia transpor a sala de aula e carecia de uma pesquisa aprofundada. Pela carência de material, descobertas foram constantes. O primeiro passo para o desenvolvimento da disciplina História Regional foi adquirir livros didáticos. O segundo procedimento foi realizar um “conhecimento de campo” das cidades que seriam trabalhadas em sala. Assim, municípios circunvizinhos ao Campus foram visitados e uma pesquisa primária foi feita, com a procura de pessoas que possuíssem tanto artefatos quanto informações. A fragilidade das informações colhidas despertou a ideia da importância de uma pesquisa mais profunda já que é de conhecimento público que a região possui mais de quatrocentos anos de história. A atual cidade de Porto Calvo se mostra como ícone nacional da importância alagoana para a construção da nossa história. Nasceu oficialmente como sesmaria no século XVII; ilustra nomes como Calabar, Mathias de Albuquerque e Zumbi, os quais tiveram atuação nessa cidade, possuindo até os dias atuais as marcas dessas histórias (QUEIROZ, 2010). 114 Seguindo a mesma linha de destaque do Estado de Alagoas na história nacional, a cidade de Maragogi viveu algo inusitado. Em 15 de setembro de 2010 seis minas explosivas foram encontradas e uma detonada para espanto da população. Atribuíram esse achado histórico a atuação de embarcações que teriam passado pela região durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, devido a localização geográfica estratégica que liga o norte ao sul do país, foram enterradas para uma possível detonação, no meio da área urbana maragogiense. Entretanto, essa bomba foi esquecida ao longo do tempo e, num acaso, foi achada. Como o deslocamento para uma universidade ou outro local que pudesse ser melhor analisada seria perigoso, se resolveu explodi-la com dinamite “grudadas” em seu casco. Segundo moradores, o estrondo pôde ser ouvido numa distância de 30km e estilhaçaram vidros de janelas de hotéis e casas. Comparando Maragogi as demais cidades da região, foi a única que pudemos encontrar uma tentativa de “museu”. A propriedade particular do senhor Cascudo é um casarão datado de 1857 (antes da emancipação da cidade de Maragogi, que em 24 de abril completou 134 anos) e detém todo tipo de materiais antigos, os quais teriam sido encontrados na cidade ao longo do tempo. Esse casarão é chamado de Casa Verde pelos moradores e está localizado na rua José Machado Tavares, s/n, centro. Todo esse material pode ser perdido já que o proprietário deseja removê-los para uma reforma da propriedade. Porto de Pedras possui ligação íntima com o período da Invasão Holandesa (16241654) tendo ainda hoje um patrimônio imaterial e uma população mestiça que supostamente tem ligação com esse acontecimento. Na visita realizada com os discentes em 03 de agosto de 2012 tivemos acesso a alguns escritos sobre a origem da cidade e alusão a passagem de Dom Pedro, Imperador do Brasil no século XIX, para averiguar o farol e o suposto túnelconstruído pelos holandeses na época da Invasão com finalidade de uma possível fuga se fossem atacados no século XVII. Nossa intenção para desenvolver o estudo sobre esses municípios parte dessas primeiras informações e podem modificar o curso turístico dessas cidades. Essa pesquisa pode fornecer novas possibilidades para a região, fruto de um levantamento histórico que tem como intuito tornar o turismo cultural uma realidade e fomentar material para o curso de Hotelaria do IFAL/Campus Maragogi. O TURISMO CULTURAL EM MARECHAL DEODORO – AL: POTENCIALIDADES E DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL AUTOR (A): PATRÍCIA LINS DE ARROXELAS GALVÃO Nos dias atuais, o turismo tem sido considerado como uma das alternativas capazes de tornar dinâmicas muitas localidades, considerando que essa atividade passa a ser o centro das atenções de vários governos, face ao seu potencial de geração de emprego e renda. Dessa forma, o crescente desenvolvimento da atividade turística tem provocado o surgimento de segmentos adequados às exigências especificas do mercado. O turismo cultural se encontra entre eles, diferente do turismo tradicional, tem seu foco direcionado a visitações de sítios arquitetônicos de valor histórico, como também à apreciação de manifestações culturais. 115 O Estado de Alagoas tem sido foco de vários projetos e ações públicas no âmbito do turismo. Marechal Deodoro é um município que oferece um forte potencial para a prática do turismo cultural e apresenta importante patrimônio cultural aliado ao natural. No que diz respeito aos aspectos ambientais, pode-se destacar a ocorrência de áreas de manguezais, rios, lagoas, dentre outros. Quanto aos aspectos culturais, pode-se destacar a diversidade do patrimônio cultural e social, representado pela arquitetura religiosa e civil, além do artesanato em filé. Conforme dados do IBGE (2013), Marechal Deodoro surgiu no ano de 1611 como Vila da Madalena. Serviu de sede do governo da então província de 1823 a 1838. O município possui grande valor histórico, principalmente por ter sido a primeira capital do Estado e berço do proclamador da República, que deu nome à localidade. Tombada pelo Patrimônio Histórico, tem valor arquitetônico incontestável, onde se destaca o complexo franciscano de Santa Maria Madalena. O município é banhado pelas lagoas Mundaú e Manguaba e tem como atrativos naturais a Ilha de Santa Rita (maior ilha lacustre do país e área de preservação ambiental), a prainha, praia do saco e a turística praia do Francês. É inegável o legado material e imaterial de Marechal Deodoro. A partir da conservação desses bens, é possível interagir com a população local, com a finalidade de valorização do patrimônio existente e, ainda, fomentar a prática do turismo histórico-cultural, atualmente, pouco explorado comercialmente. A presente pesquisa tem como objetivo geral diagnosticar os aspectos do turismo no município de Marechal Deodoro-AL e analisar como esses podem contribuir para o desenvolvimento local integrado e sustentável. Pretende-se ainda, estabelecer relações entre o desenvolvimento da atividade turística e o meio ambiente, no sentido de contribuir para o embasamento de projetos turísticos, além de apresentar um roteiro turístico envolvendo os atrativos da região. A pesquisa baseia-se numa metodologia de caráter diagnóstico e terá abordagem exploratória. Para alcançar os objetivos, o projeto será baseado em cinco etapas: na primeira será realizada a pesquisa de dados bibliográficos para fundamentar as bases do referencial teórico; na segunda será elaborado o inventário da oferta turística de Marechal Deodoro; a terceira fase corresponde à pesquisa de opinião com a população local sobre o turismo no município, através da aplicação de questionários; na quarta etapa, será analisada a demanda turística real, por meio da elaboração e aplicação de questionário com visitantes e turistas; e, por último, na quinta etapa, será elaborado um roteiro turístico, envolvendo os atrativos culturais do município. Entende-se que a pesquisa é de suma importância, pois servirá de base aos gestores públicos e comunidade local no desenvolvimento de ações de gestão em turismo aplicadas de maneira sustentável e potencializando os impactos positivos do turismo. OS IMPACTOS DA EXTENSÃO RURAL PÚBLICA NO DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO DE MARAGOGI/AL: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA AUTOR (A): ARTHUR ADRIANO LIMA SANTOS A agricultura é a segunda maior atividade econômica do município de Maragogi, distribuída, sobretudo, entre pequenos produtores e assentados. Estes são assistidos pelas 116 secretarias de agricultura do município e do estado. Não obstante, a avaliação imparcial dos impactos das atividades de extensão rural é inexistente. Avaliar esses resultados implica em analisar a integralização de fatores como sustentabilidade ambiental, emprego e renda, inclusão social e cultural, gênero, dentre outros. Em síntese, a avaliação é a tentativa de pensar a qualidade de vida dos pequenos produtores rurais. Lamentavelmente, Alagoas é conhecida no cenário nacional pelos baixos índices de desenvolvimento humano e, Maragogi insere-se nessa problemática como um de seus municípios. Todavia, o IFAL constitui-se ou pode constituir-se instrumento de superação desses índices, segundo o seu Plano de Desenvolvimento Institucional (p.23). Imbuído desse compromisso, o projeto, vinculado à disciplina crítica de sociologia, pretende avaliar as atividades de extensão rural pública e propor, quando for o caso, ajustes e melhorias aos pequenos produtores, cumprindo assim o compromisso de reduzir as desigualdades sociais e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico da região, como também prevê o PDI. OS CONHECIMENTOS MATEMÁTICOS E A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL AUTOR (A): REGINA MARIA DE OLIVEIRA BRASILEIRO Esse projeto consiste em investigar o processo de formação do pedagogo para o ensino de matemática nos anos iniciais do ensino fundamental, a partir dos cursos de formação de professores da cidade de Maceió/AL, a partir da realização de uma pesquisa qualitativa. Nesse sentido, esta pesquisa pretende contribuir para o aprofundamento das discussões em torno da formação dos professores e do ensino de matemática nas instituições de ensino superior e, consequentemente, para a melhoria da qualidade do ensino da Educação Básica no estado de Alagoas. OTIMIZAÇÃO E COMPARATIVO DA DETERMINAÇÃO DE DEXTRANA NO AÇÚCAR POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE) AUTOR (A): CELSO SILVA CALDAS O presente trabalho visa o aprimoramento da determinação de dextrana em amostras de açúcar produzido pelo estado de Alagoas, através de uma técnica analítica de comprovado desempenho e confiabilidade que é a cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A dextrana é um composto de elevada massa molecular, formado por moléculas de glicose e desenvolvido através da ação do microrganismo Leuconostoc mesenteroides. A presença da dextrana no açúcar causa considerável interferência na determinação da sacarose (POL) e problemas de qualidade no açúcar, visto que alonga os cristais, o que compromete a granulometria do açúcar. 117 Dessa forma, obter resultados precisos e confiáveis de dextrana no açúcar se torna uma eficiente ferramenta de gestão, uma vez que com estes dados as usinas açucareiras poderão promover tomadas de decisão acertadas visando a diminuição da dextrana e obter com isto um açúcar de melhor qualidade. PERFIL DOS GUIAS DE TURISMO ATUANTES NO ESTADO DE ALAGOAS AUTOR (A): ROBERTA CAJASEIRAS DE CARVALHO Este projeto de pesquisa pretende traçar o perfil dos guias de turismo atuantes em Alagoas, apresentando dados sobre sua atuação profissional, qualificação, necessidades e expectativas. Para isso será realizada uma pesquisa de cunho quali-quantitativo baseado em pesquisa bibliográfica e documental, em entrevistas com profissionais que atuam diretamente no turismo alagoano, assim como na aplicação de questionários voltados aos guias de turismo em atuação no mercado turístico regional. Pretende-se promover a geração de dados que possam subsidiar ações de (re)qualificação profissional e de planejamento turístico condizentes com as características básicas do trade turístico alagoano. PERFIL PROFISSIONAL E MERCADO DE TRABALHO PARA PROFISSIONAIS DE TI AUTOR (A): MAURICIO VIEIRA DIAS JUNIOR A área da tecnologia está em alta no momento, tanto por ser uma coisa nova, tanto pela vasta área de atuação (FERREIRA, 2003). O mercado de trabalho para esses profissionais está bastante aquecido, há muitas vagas para pouquíssimos profissionais qualificados para preenchê-las. Jornais sempre noticiam: “Empresas buscam profissionais qualificados e criativos em TI”, “Há mais vagas no ramo do que profissionais qualificados”.(TAUFER, 2013). O que as empresas que precisam desses profissionais esperam deles? Por que há essa falta de qualificação? Esses são alguns objetivos de nosso projeto que pretendemos realizar com veemência. PLANTAS MEDICINAIS UTILIZADAS EM ÁREAS DE ASSENTAMENTOS RURAIS DO MUNICÍPIO DE SÃO LUIZ DO QUITUNDE – AL. AUTOR (A): JOSÉ AUGUSTO MONTEIRO DE CASTRO LIMA Desde a antiguidade, uma ampla diversidade de plantas tem sido utilizadas como fonte de medicamentos para o tratamento das enfermidades que acometem o homem e o conhecimento sobre as plantas e sua manipulação tem passado de geração em geração até os dias atuais. No entanto, à medida que a relação com a terra se transforma pela 118 modernização do campo e o contato com a sociedade nacional se intensifica, seja pelos meios de comunicação ou por agentes sociais, a rede de transmissão do conhecimento sobre plantas pode sofrer alterações (PILLA et al., 2006). O interesse acadêmico a respeito do conhecimento que estas populações detêm sobre plantas e seus usos têm crescido, após a constatação de que a base empírica desenvolvida por elas ao longo de séculos pode, em muitos casos, ter uma comprovação científica, que habilitaria a extensão destes usos à sociedade industrializada (FARNSWORTH, 1988). BRASILEIRO et al., (2008), afirma que estudo de plantas medicinais a partir de seu emprego pelas comunidades pode fornecer informações úteis na elaboração de estudos farmacológicos, fitoquímicos e agronômicos sobre estas plantas, com grande economia de tempo e dinheiro. No Brasil, apesar do sistema de saúde oficial gratuito atualmente estender-se à zona rural, ele não consegue atender de forma adequada à demanda e estas populações não têm poder aquisitivo suficiente para pagar um profissional de saúde. Nestas populações, tem sido observada a utilização das plantas como um dos poucos recursos terapêuticos para tratar suas doenças mais frequentes (PILLA et al., 2006). A etnometodologia dentre outros objetivos, possibilita o resgate dos conhecimentos tradicionais junto a populações geográfica ou culturalmente definidas, como tribos indígenas, ou grupamentos sociais economicamente delimitados como comunidades vulnerabilizadas pela pobreza ou moradores de bairros periféricos de determinada cidade. Tal metodologia tem merecido atenção especial nos últimos anos devido a fatores como a aceleração no processo de aculturação e perda de valiosas informações populares sobre a compreensão e uso de recursos naturais disponíveis e o surgimento ou fortalecimento de novos mercados, como o de plantas medicinais, devido à preferência de muitos consumidores por produtos de origem natural (SILVA et al., 2010). POLÍTICA PARA A JUVENTUDE: AS NUANCES DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO NO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS AUTOR (A): JAMES WASHINGTON ALVES DOS SANTOS O desenvolvimento de políticas públicas para a juventude adquiriu importância fundamental para a política brasileira nas duas últimas décadas. Prova disso é a crescente discussão sobre a condição e a formação juvenil na agenda pública, como também o aumento do número de projetos e ações focadas no desenvolvimento cognitivo deste grupo, culminando com a formação de uma “Política Nacional de Juventude”: “Desta forma, presenciamos desde a década de 1990 um “boom” nas produções acadêmicas e projetos voltados para a temática juvenil, financiadas por fundações privadas, pelo governo e pelas agências internacionais”. Assim, se é verdade que até meados de 1990 os problemas da juventude eram vistos com “estados de coisas” (RUA, 1997), o movimento atual vai contribuir em grande medida para mostrar uma imagem da juventude diretamente ligada aos problemas das drogas, da gravidez indesejada, do vandalismo e do analfabetismo, questões essas vistas como passíveis de solução na medida em o jovem é inserido no ambiente educacional. 119 Importa ressaltar que a temática da juventude aparece também ligada a questão da violência, na medida em que o debate sobre o aumento da criminalidade se tornou uma das questões sociais mais evidenciadas nas duas últimas décadas (GARLAND, 2005). Contudo, o discurso se concentra mais nos efeitos (imagens projetadas da vítima, o medo, os custos com segurança) do que nas raízes estruturais da questão. Com isso: Sob o enunciado da proteção ofertada aos cidadãos de bem, oculta-se a impotência dos governantes em face da catarse de conflitos e tensões aos quais eles não podem ou não estão dispostos a responder, senão criando uma falsa idéia de unidade diante de um inimigo interno personificado na figura do outro: selecionado entre os membros dos setores socialmente vulneráveis (ARGUELLO, 2005, p. 1). Michel Foucault (2008a), ao analisar a racionalidade política moderna, defende que a transmissão do sentimento de insegurança é um elemento fundamental das ações de governo e produz uma responsabilização individual pelos problemas que são na verdade do sistema. Daí a idéia de que pela formação individual o jovem pode alcançar o sucesso, interpretado como objetivo maior da vida. Ao mesmo tempo, isso é um dispositivo de segurança contra os efeitos perversos de um sistema social excludente. Este dispositivo se efetiva a partir do que Foucault denomina, em termos biopolíticos, de “Racismo de Estado”. Um tipo de postura política que a fim de garantir o controle, utiliza-se da estratégia de proteger e incentivar a inserção social de grupos vistos como potencialmente perigosos, colocando-os sob tutela da instâncias governamentais (WACQUANT, 2002). Nessa direção, o que se observa é a execução de uma forma privilegiada de organização política, que captura os focos onde o poder político pode influenciar, por meio dos Aparelhos Ideológicos de Estado, como diria Althusser (1985). O que significa dizer que as relações de poder são continuamente postas sob a responsabilidade do Estado, que identifica os pontos em que investir, se organiza para operar sobre eles e dar as possíveis soluções aos seus “problemas”. A esse processo de captura dos focos pelos mecanismos estatais Foucault deu o nome de Governamentalização do Estado (2008a, p. 292). Governar aqui é o esforço do Estado em manter sua própria sobrevivência diante de tudo que poderia ameaçá-lo, incluindo o fato de formar os jovens com o intuito de fornece o conhecimento técnico, criando trabalhadores que tornem viável o funcionamento do sistema produtivo. Um Estado governamentalizado é, portanto, o efeito de uma tecnologia de poder centrada na vida (FOUCAULT, 1979, p. 129), que atua por meio do controle da população enquanto alvo específico da ação governamental. Apreendidos ora como grupo com potencialidades, ora como causa dos problemas, os jovens passam a figurar nos discursos políticos como um “o futuro da nação e ao mesmo tempo um problema social”, além de representar uma questão que tem de ser resolvida em termos políticos e pedagógicos, haja vista a necessidade de “defender a sociedade” (FOUCAULT, 1999). Nessa perspectiva, a hipótese assumida nesse trabalho é que as políticas de inclusão da juventude, no Brasil, são uma busca de novos dispositivos de regulamentação biopolítica das expressões dos jovens por meio dos mecanismos de qualificação profissional e formação técnica. Diante deste discurso, o que se busca é mudar a localização deste jovem potencialmente perigoso e que precisa de ajuda. Assim as políticas públicas de formação educacional dos jovens entram em uma vertente bastante atual, de incentivo a qualificação técnica (PRONATEC) e principalmente de criação de unidades dos Institutos Federais pelo Brasil (IF), que funcionam sob o regime do Ensino Médio Integrado. 120 Assim, a mudança de localização do jovem diante a realidade social, ou seja, sua passagem de um “estado de risco e vulnerabilidade” para um “estado de controle” fundamenta-se em sua inserção no ambiente educacional, mais propriamente, hoje, nos Institutos Federais de Educação, com seus currículos que integram a formação geral á formação técnica. Desde a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação no Brasil (Lei 9.394-96), foi gestada a ideia de um Ensino Médio como preparação para o mundo trabalho e também para a formação humana. No entanto, o que vemos hoje é uma integração cada vez mais estreita entre a formação geral, aliada ao ensino técnico propriamente dito, com ligação direta ás vagas de estágio e emprego. Não obstante essas declarações favoráveis à integração, a política de educação profissional processa-se mediante programas focais e contingentes, a exemplo dos seguintes: Escola de Fábrica, Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA) e da Inclusão de Jovens (PROJOVEM). (FRIGOTTO, et. al, p. 1090) A problemática reside no fato da Governamentabilidade do Estado, que é exatamente seu esforço em governar, ter possibilitado através das políticas para a juventude, estabelecer um processo mais duradouro que o PROEJA e o PROJOVEM, que é justamente a modalidade do Ensino Médio Integrado. Com isso, as possibilidades de fomento do controle juvenil se consolidam, colocando a necessidade de qualificação profissional não como formação de uma classe consciente, mas como exigência do mercado e responsabilidade de cada indivíduo perante seu sucesso e as oportunidades de trabalho, o que dá um caráter de unidimensionalidade na missão social dos jovens nos dias atuais. Um novo decreto seria um dispositivo transitório que, enquanto garantisse a pluralidade de ações, sistemas e instituições de ensino, mobilizasse a Sociedade Civil em torno do assunto. O que se pretendia era a (re) construção de princípios e fundamentos da formação dos trabalhadores para uma concepção emancipatória dessa classe. Acreditava-se que a mobilização da sociedade pela defesa do ensino médio unitário e politécnico, a qual conquanto admitisse a profissionalização, integraria em si os princípios da ciência, do trabalho e da cultura, promoveria um fortalecimento das forças progressistas para a disputa por uma transformação mais estrutural da educação brasileira. (Ibid.) Diante do exposto fica clara a nossa disposição em debatermos a problemática da visão e do controle estatal sobre a juventude, por meio do Ensino Médio Integrado, observando as formas como esses jovens são formados, as expectativas de vida que têm e as reais possibilidades de inclusão que esta modalidade de ensino possibilita operacionalizar. Neste sentido mobilizamos os esforços para a análise e crítica da lógica tão preponderante no senso comum de que pela educação é possível incluir automaticamente. O perigo deste raciocínio é deixar de lado todas as variáveis e possibilidades de se incluir/excluindo, levando-se em conta o funcionamento do sistema e a adequação dos indivíduos perante o mesmo, considerando a relação controle estatal e condição individual. PRÁTICAS URBANÍSTICAS E POLITICAS PÚBLICAS EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL. AUTOR (A): JAMES WASHINGTON ALVES DOS SANTOS 121 O Urbanismo pode ser considerado como uma “teoria da cidade”. Seu estudo é considerado bastante recente e o termo surgiu pela primeira vez em 1910. Essa discussão sobre as cidades pode ser compreendida a partir de dois aspectos importantes para o desenvolvimento da urbanização. O primeiro diz respeito à descrição, ou seja, ao estudo de fatos isolados, entendendo os problemas de caráter urbano através de fenômenos patológicos e de metáforas, a fim de definir as cidades. O outro se refere ao movimento político, a busca da compreensão dos problemas urbanos a partir das relações econômicas e sociais podendo ser observadas nas obras de Engels e Marx. Desde a Antiguidade greco-romana, os primeiros traços de urbanização já podiam ser observados em suas cidades. No entanto, foi com a Revolução Industrial na Inglaterra que teve origem a noção de um urbanismo moderno, com uma nova forma de adaptação ao tempo e ao espaço. Seu principal fundamento foi à busca pelo trabalho, que visava uma maior produtividade através das ferramentas criadas pelo progresso técnico, possibilitando assim o aumento demográfico das cidades. Quanto ao ordenamento estrutural das cidades, temos como exemplo de tentativa de homogeneização efetuada pela corrente progressista, uma nova forma de pensar o urbano, não mais por um viés tradicional, mas a partir de definições de planos urbanos perfeitos valorizados por premissas de modernidade. Esta corrente de pensamento procurava conceber cidades ordenadas através de soluções utilitárias e plásticas. Mostra construções de zonas urbanas bem definidas e homogêneas, que não levam em conta as diferenças estruturais. No entanto, nossa civilização contemporânea é caracterizada por novas formas de vida urbana e pelo grande desenvolvimento das cidades, aliados ao crescimento de seus centros urbanos, fazendo com que surjam diversos problemas de circulação, abastecimento e poluição, o que gera ao invés de homogeneidade, uma considerável diferenciação social. Deste modo, esse modelo de urbanismo foi se aproximando do entendimento de cidade enquanto um empreendimento, com melhores e piores pontos de localização, fazendo com que as soluções de estruturação social fiquem relegadas. De acordo com a Carta de Atenas, a cidade possui quatro funções fundamentais, pelas quais o urbanismo deve velar: habitar; trabalhar; circular e cultivar o corpo e o espírito, sendo seus objetivos: a ocupação do solo, a organização da circulação e a legislação (BARREIROS, 1995, p. 43). Neste sentido o nosso trabalho é um estudo de caso que visa à análise das condições em que se encontra hoje a zona urbana do município de Palmeira dos Índios, cidade pertencente ao Agreste alagoano e que conta em sua totalidade com uma população estimada em torno de 70.000 habitantes. Levamos em consideração nesta análise as categorias: habitação, trabalho, circulação e cultura, como elementos a serem considerados durante a pesquisa. PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO MODERNO: AS UEPS DA IGREJA DO BONFIM E CAPELA DO HOSPITAL DO AÇÚCAR E SEUS AMBIENTES INTERNOS AUTOR (A): THARCILA MARIA SOARES LEÃO 122 O presente projeto de pesquisa de iniciação científica investigará duas UEPs (Unidades Especiais de Preservação) localizadas na cidades de Maceió, em seus aspectos históricos, arquitetônicos, analisando seu estado atual de conservação, especialmente no que diz respeito aos ambientes internos destas edificações. A intenção do estudo é contribuir com a preservação do patrimônio arquitetônico da cidade de Maceió através de uma pesquisa sobre história, arquitetura e, principalmente, os espaços internos das UEPs (Unidades Especiais de Preservação), instituídas a partir da criação do Plano Diretor da cidade de Maceió a partir de 2005. Esta pesquisa transita nas áreas de conhecimento de Patrimônio Histórico, com foco em Design de Interiores. Nosso estudo será desenvolvido no Núcleo de Pesquisa em Design (NPDesign) vinculado à Coordenação Acadêmica de Design (CACD/IFAL) e tem como meta contribuir para uma reflexão crítica, no âmbito do Curso Superior de Tecnologia em Design de Interiores, sobre a importância da preservação dos ambientes internos de nosso patrimônio histórico, assim como conscientizar os futuros designers e usuários do espaço na forma de intervir e projetar esses espaços. PREVALÊNCIA DA CO-INFECÇÃO HIV/TUBERCULOSE EM PACIENTES ATENDIDOS EM UMA UNIDADE DE REFERÊNCIA DE MACEIÓ/AL AUTOR (A): DANIELLE DOS SANTOS TAVARES PEREIRA A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é causada por retrovírus da família Lentiviridae, o HIV1 e o HIV2, que se manifesta pela redução quantitativa e qualitativa dos linfócitos T (RIBEIRO et al., 2009; SANTOS & BECK, 2009). Um indivíduo infectado pelo HIV é portador da AIDS se apresentar contagem de células CD4+ < 200/µL, mesmo na presença ou não de sintomas (KASPER et al., 2006) ou de infecções oportunistas por diversos microrganismos, entre eles o Mycobacterium tuberculosis (ABBAS & LICHTMAN, 2005). O Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch) é reconhecidamente um agente infeccioso de alta patogenicidade, e por esta razão apresenta maior prevalência em pacientes imunodeficientes em comparação a outros agentes oportunistas como o Pneumocystis carinii e o Toxoplasma gondii (GARCÍA GARCÍA et al.,1994). Todavia, nem todas as pessoas que têm o bacilo de Koch no organismo desenvolvem a doença. Em pessoas com o sistema imunológico eficiente, o bacilo é aprisionado no interior dos macrófagos, podendo permanecer latente por toda a vida, sem manifestar a doença (SANTOS & BECK, 2009). A sinergia entre a tuberculose e o vírus da imunodeficiência humana é responsável pelo aumento da morbidade e mortalidade nos pacientes com AIDS (BLOOM & SMALL, 1998). A tuberculose em infectados pelo HIV caracteriza-se por apresentar, na fase inicial da infecção ou em pacientes com contagem de CD4+ elevada, as formas pulmonares e clássicas da tuberculose (SEISCENTO, 2012). Entretanto, em infectados com níveis de CD4+ abaixo de 500 células/mm3, são comuns as formas extrapulmonares e disseminadas da tuberculose (SEISCENTO, 2012; LIMA et al., 1997). O crescente aumento de casos de tuberculose não só é uma ameaça para os que estão infectados com HIV, uma vez que, a tuberculose pode propagar-se através do ar para pessoas HIV negativas (BOFFO, 2004). A co-infecção entre o HIV e a tuberculose agrava 123 evolução das duas infecções e consequentemente a resposta ao tratamento (NEWPORT et al., 1996). Uma estratégia eficaz para o controle da tuberculose é a detecção de casos positivos, bem como a certificação do tratamento completo com uma combinação de drogas antituberculose durante o período de seis meses consecutivos (ONUSIDA, 1997). Frente ao exposto, torna-se necessário estudar a prevalência dos casos de co-infecção HIV/Tb, que agravam o quadro de morbimortalidade de seus pacientes. PRODUÇÃO DE LEITE FERMENTADO COM APROVEITAMENTO DE SORO DE LEITE BOVINO AUTOR (A): ÂNGELA FROEHLICH O Brasil é o quinto maior produtor de leite do mundo com mais de 29 milhões de toneladas, respondendo por 5% da produção mundial em 2009. A produção de queijos produzidos sob inspeção foi de 721.411 toneladas, com aumento de 7,8% em relação à produção de 2008. No entanto, considerando que a produção de queijos informais equivale a 40% do total, pode-se concluir que o volume produzido atingiu 1.2 milhões de toneladas em 2009 (EMBRAPA, 2009; ABIQ, 2010). Entretanto, o mesmo autor aponta que com o volume de queijos produzidos em 2009, foram gerados aproximadamente 12 milhões de litros de soro, que devido ao seu conteúdo de matéria orgânica, pode constituir um sério problema ambiental Neste contexto, o desenvolvimento de alternativas para um aproveitamento apropriado do soro como matéria-prima é de extrema importância em função de sua qualidade nutricional, volume produzido, poder poluente e principalmente importância econômica, de modo a aumentar a sua rentabilidade, competitividade além de eliminar problemas para cumprimento das legislações ambientais (GIROTO; PAWLOWSKY, 2001; RODRIGUES, 2001; GARCIA, 2009). Dentre as diversas formas de utilização do soro de leite a elaboração de bebidas lácteas constitui uma das alternativas mais simples e atrativas para o seu aproveitamento, uma vez que existe a possibilidade de uso dos equipamentos previamente disponíveis nas indústrias de laticínios (PINTADO et al., 2001; CASTRO et al., 2004). Devido a este fato, podese observar que a produção de bebidas lácteas tem ganhado mercado em razão de sua boa aceitação sensorial, elevado valor nutritivo, baixo custo de produção e preços mais atrativos para o consumidor, o que o torna uma opção adicional a gama de produtos lácteos fermentados ou mesmo uma alternativa mais econômica em relação a estes produtos (OLIVEIRA, 2006; THAMER; PENNA, 2006; SANTOS et al., 2008). O Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade de Bebida Láctea define bebida láctea como o produto lácteo resultante da mistura do leite (in natura, pasteurizado, esterilizado, UHT, reconstituído, concentrado, em pó integral, semidesnatado ou parcialmente desnatado) e soro de leite (líquido, concentrado e em pó) adicionado ou não de produtos ou substâncias alimentícias, gordura vegetal, leites fermentados, fermentos lácteos selecionados e outros produtos lácteos, em que a base láctea representa pelo menos 51% do total de ingredientes do produto. O referido instrumento normativo definiu também 124 que a bebida láctea pode apresentar variações quanto ao tratamento térmico, fermentação e adição de produtos (BRASIL, 2005). Considera-se que alguns leites fermentados apresentam propriedades terapêuticas por serem elaborados com bactérias que incluem lactobacilos, bifidobactérias e estreptococos, cuja origem geralmente é o trato gastrointestinal humano e que apresentam, além dos efeitos bioquímicos e biológicos sobre os nutrientes do leite, efeitos fisiológicos e terapêuticos sobre o consumidor. Destas bactérias, em especial os lactobacilos e bifidobactérias possuem características que permitem sua classificação como probióticas (Alm, 1991).As bactérias ácido-láticas utilizadas atualmente para a produção de leites fermentados pertencem principalmente aos gêneros Lactobacillus, Lactococcus, Streptococcus, Leuconostoc, Bifidobacterium, Propionibacterium, entre outros, e são assim denominadas por fermentarem açúcares, produzindo ácido lático como principal produto do metabolismo. Estas bactérias agem acidificando os produtos alimentares, impedindo o desenvolvimento de bactérias indesejáveis e aumentando o período de conservação dos produtos fermentados em relação à matéria-prima não fermentada (Piard et al., 1997). Probióticos são microrganismos vivos, administrados em quantidades adequadas, que conferem benefícios à saúde do hospedeiro. A alegação padronizada para probióticos é: “O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. PROJETO RIACHO DOCE AUTOR (A): ELIZA MAGNA DE SOUZA BARBOSA O Projeto Riacho Doce apresenta em linhas gerais um estudo de abordagem qualitativa cujo principal enfoque configura-se na análise da forte presença de elementos de multiculturalidade e de interculturalidade no romance Riacho Doce de José Lins do Rego. Nele o escritor trata de um envolvimento sentimental entre a sueca Edna e o brasileiro Nô, na praia homônima da obra, bairro do litoral norte de Maceió. O pano de fundo é a exploração de petróleo que de fato aconteceu na década de 30 do século XX e que envolveu toda a política local, regional e nacional. A primeira etapa do projeto transcorreu no ano de 2012, como pesquisa de revisão bibliográfica, acerca de um fenômeno que perpassa a nossa busca, com aspectos que aludem à verossimilhança com a realidade. Pesquisamos os livros do escritor paulista Monteiro Lobato e do Engenheiro alagoano Edson de Carvalho¹, dois importantes componentes da equipe de Pioneiros do petróleo no Brasil² - Há também uma obra de referência para um melhor entendimento que é relevante para o nosso projeto, do escritor russo Essad Bey, denominada A Luta pelo Petróleo. A apresentação do aluno bolsista no I EITIC/IFAL em Marechal Deodoro, no mês de março, iniciou partindo da correlação entre a obra de José Lins do Rego e a de Edson de Carvalho. Quais as questões possíveis observadas pela equipe no aspecto cultural, que se encontram intrinsecamente relacionadas com a política econômica - que é por sua vez a 125 exploração de petróleo – e que foram naquele momento desencadeadas no bairro de Riacho doce, em Maceió, Alagoas? A apresentação oral da professora pesquisadora no IV SELL/UFTM, em Uberaba, encerrou a primeira etapa, dando-nos uma dimensão das respostas aos questionamentos feitos pela equipe desde o início do trabalho: Como um romance de cunho regionalista, escrito na década de 30 do século XX, pode ter sido tão rico em elementos culturais que se enredam e que provocam, em si, uma verdadeira reviravolta na vida dos personagens tão bem criados pelo autor na ficção? Como algo tão inusitado apresenta uma remota possibilidade de ter acontecido na pacata região litorânea norte da cidade de Maceió, na década de trinta do século passado? De que elementos o autor se cerca para encontrar o mínimo de fundamento na história que se propõe criar, por mais ficcional que o romance seja? Por que o processo cultural desencadeado ali naquela época, num espaço de tempo relativamente próximo, não deixou amostras concretas de sua existência? Alguns indícios a pesquisa já nos deu, como a constatação de que o fato de cunho político e econômico desencadeado pela exploração de petróleo no bairro, registrado nos dois livros acima descritos e cheio de referências impressas nos jornais da época, foi o elemento desencadeador de todo o processo intercultural e multicultural e que se constitui por sua vez no objeto de nossa pesquisa. Nesta etapa, o Projeto Riacho Doce continua centrado no estudo da presença desses elementos multiculturais e interculturais na obra estudada, partindo da constatação do fato real que se deu no bairro de Riacho Doce na década de 30 do século XX – a exploração de petróleo. Propomo-nos a investigar aqui, na segunda etapa do processo de iniciação científica, o fenômeno que pode ter sido desencadeado com a chegada da empresa Elbof, da cidade de Cassel, na Alemanha, e por sua vez a do engenheiro sueco contratado pela empresa, que foi trazida pelo governador de Alagoas - Osman Loureiro - em apoio ao engenheiro Edson de Carvalho para o poço São João, da Companhia Petróleo do Brasil. O aspecto da provável verossimilhança com a realidade nos remete aos registros oficiais da imprensa da época, onde existem escritos e imagens importantes acerca dos eventos reais, alguns até constantes nas obras já exploradas na primeira etapa da pesquisa. Estes fatos são restritos a exploração de petróleo, que seria o grande elemento desencadeador do processo cultural presente no bairro maceioense na década de trinta do século XX. O evento é político, de cunho econômico. Mas as suas características mais relevantes são as que relacionam com a política econômica. Como a sociedade se comporta frente a esse novo ente de forte evidência econômica, mas que surge em forma de trustes³? Monteiro Lobato e os outros pioneiros defendiam o tempo todo que o Brasil devia ser autônomo na exploração de seu petróleo, o que vai desencadear o movimento O Petróleo é nosso mais adiante. Para o escritor de obras literárias infantis, o Brasil estava muitas décadas atrasado nesse quesito. Segundo ele, a sociedade brasileira insistia em alimentar representantes que reproduziam na política um país onde o que predominava era a mentalidade que defendia o Não tirar o petróleo nem deixar que o tirem. José Lins do Rego, em muitos trechos de sua obra enfatiza o andamento das pesquisas petrolíferas acontecidas em Riacho Doce, o que provoca estranheza quanto ao seu aspecto não ficcional. A revisão literária nos levou ao conhecimento de fatos que provocam 126 uma situação semelhante acontecida no bairro de Riacho Doce, em Maceió, foi palco da saga de homens determinados a encontrar e extrair do solo alagoano o petróleo que era objeto de muitas lutas e até mesmo de mortes. Dessa maneira, constatamos que o fato de cunho econômico se deu e havia naquela iniciativa dos pioneiros algo que se assemelha ao processo de globalização tão já em uso na atualidade. O artigo a ser submetido para a revista do IV SELL/UFTM encontra-se em franca produção e o processo atual de nossa pesquisa requer um desdobramento necessário para que tenhamos êxito em nossa busca. Nesse projeto, do edital nº 2 de 2013/2014, o Projeto Riacho Doce propõe uma pesquisa de campo e a investigação nos jornais e periódicos da época como os dois métodos utilizados, trazendo uma nova perspectiva para a equipe. Esta continua sendo composta de uma professora mestra orientadora, um aluno bolsista, um aluno colaborador e uma professora doutora colaboradora, da linha de estudos que compreende a Linguagem e a Identidade cultural do grupo de pesquisa Linguagem e Práticas Sociais. As referências bibliográficas estão sendo ampliadas, numa perspectiva que compreende o fenômeno multicultural, intercultural e as relações entre o fenômeno desencadeador dos fatos com as suas fontes mais científicas, como arquivos na Petrobrás. Analisar os aspectos da multiculturalidade e da interculturalidade presentes na obra, através da pesquisa em torno da verossimilhança com a realidade, no evento político econômico que se deu no bairro de Riacho Doce continua sendo o que nos move, partindo da compreensão acerca do fenômeno estudado desde o PIBICT de 2012, o caso da exploração de petróleo que se deu no bairro nos anos 30 do século passado. Nossas ações, aqui, estão relacionadas diretamente com a coleta de dados de um aspecto específico da multiculturalidade: a história do engenheiro e a trama por trás dela, com a chegada da empresa ELBOF, de Cassel, na Alemanha. PROPRIEDADES EMERGENTES DE SISTEMAS DINÂMICOS BIOLÓGICOS: UM ESTUDO ACERCA DE ESTRATÉGIAS ALIMENTARES UTILIZANDO ARMADILHAS. AUTOR (A): FREDERICO SALGUEIRO PASSOS O objetivo da Física Estatística é entender fenômenos macroscópicos que resultam de interações microscópicas entre numerosos componentes individuais. Esse problema é parecido com outros que existem em Biologia, Economia, Geologia e outras ciências. Diversos sistemas físicos, físico-químicos, biofísicos, e sócio-econômicos geralmente são formados por um grande número de componentes que interagem fortemente. Eles se comportam de forma semelhante a sistemas não-lineares que funcionam longe do equilíbrio. Sinais gerados por estes sistemas freqüentemente têm flutuações muito complexas. Uma descoberta importante e inesperada na última década foi que alguns sistemas físicos e biológicos não apresentam escalas características, i.e., eles têm propriedades fractais mostrando invariância por mudança de escala. A quantidade de sistemas onde é observado comportamento do tipo lei de potência tem crescido recentemente de forma surpreendente, e.g., os vôos de Lévy observados em Biologia [1-4], o comportamento dos intervalos entre as batidas do coração [5], os sinais eletroencefalográficos [6], as flutuações das bolsas de 127 valores [7], o crescimento de empresas [8], percolação de petróleo e outros fluidos [9], precipitação pluviométrica [10], as atividades dos canais iônicos em membranas celulares [11],e até o próprio DNA que armazena toda a informação genética [12]. Os métodos e idéias da Física Estatística podem ser úteis na análise quantitativa destes sistemas. Neste projeto de pesquisa planejamos aperfeiçoar e utilizar estas técnicas de análise de última geração para estudar uma grande variedade de sistemas complexos, tais esses como busca por alimentos utilizando o sistema de armadilhas, comum em alguns tipos de aranhas. RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE SABIÁ AUTOR (A): FRANCISCO XAVIER DOS SANTOS Sabiá ou sansão-do-campo (Mimosa caesalpiniaefolia Benth.) é uma espécie florestal nativa da família Leguminosae-Mimosoideae. É uma planta pioneira, decídua, heliófila, característica da caatinga no Nordeste do país. Sua madeira é usada, dentre outros fins, para produção de moirões, estacas, postes, lenha e carvão e, devido a sua forma entouceirada, também é empregada como cerca viva (LORENZI, 1998). Uma das dificuldades enfrentadas por quem trabalha com a produção de mudas de espécies florestais nativas é o crescimento lento de muitas delas, particularmente daquelas classificadas como tardias ou clímax. Em face disso, é de fundamental importância a definição de protocolos e estratégias que favoreçam a produção de mudas com qualidade, em menor espaço de tempo e em condições acessíveis aos pequenos e médios produtores rurais, haja vista ser esse o público mais interessado neste tipo de insumo. Embora várias formulações de adubação já sejam conhecidas e utilizadas em viveiros florestais, não há conhecimento das exigências nutricionais da maioria das espécies nativas, acrescendo-se o fato de que o emprego dessas formulações está restrito à produção comercial de mudas; a poucos silvicultores; e, ou, a determinadas regiões do país. Por essas razões, substratos alternativos, bem como recipientes adequados, devem ser estudados, visando baratear os custos de produção e tornar o viveirismo atividade acessível a todos os produtores rurais, interessados em recompor suas áreas ou explorar alguma atividade silvicultural (JESUS, 1997; STURION e ANTUNES, 2000). Ênfase tem sido dada à pesquisa de diferentes combinações de substratos, que claramente influenciam o vigor, o desenvolvimento e a sanidade das mudas produzidas. Não obstante o mérito desses trabalhos, não se pode esquecer de que tais substratos devem ser acessíveis aos produtores rurais que, em geral, constituem um público de baixa renda (CUNHA et al., 2005). A qualidade do substrato resulta da combinação de suas propriedades químicas e físicas, as quais podem ser ajustadas pela formulação de misturas duplas ou triplas (NEGREIROS et al., 2004). Mesmo se conhecendo as grandes vantagens do uso de resíduos agrícolas como componentes na formulação do substrato para produção de mudas, muitos viveiristas ainda utilizam solo puro. Entre os materiais com alto potencial de utilização em viveiros, encontram-se resíduos como o bagaço de cana, as tortas, o lixo, os esgotos urbanos. OLIVEIRA et al. (2009) citam outros vários materiais orgânicos como turfas, resíduos de madeira, casca de pinus e 128 de arroz, parcialmente carbonizada ou não, ou materiais inorgânicos como areia, rochas vulcânicas, perlito, lã de rocha e a espuma fenólica já são utilizados como substratos isoladamente ou em composição. Esses são materiais, em geral, ricos em sua composição química, sendo capazes de propiciar um bom desenvolvimento às plantas. Entretanto, na literatura são poucos os trabalhos que relatam a disponibilidade dos nutrientes oriundos desses materiais O nordeste Brasileiro destaca-se pela produção de frutas tropicais, amplamente utililizadas no preparo de diversos produtos de interesse do consumidor como sucos e polpas. No processamento das frutas grande parte é descartada por não possuírem mais nenhum proveito, gerando dessa forma os resíduos agroindustriais (SILVA et al., 2012). Atualmente, os estudos de propagação vegetal visam obter mudas de qualidade em sistemas de produção que permitam redução de custos, aumento de produtividade e preservação do ambiente. Com isso a formação de mudas de qualidade exige a busca de materiais que substitua o solo como substrato e a utilização de recipientes adequados para sua produção (CORREIA et al., 2001a). Portanto, a escolha de um substrato deve considerar os aspectos técnicos, mas também a disponibilidade local do material a ser empregado. Diante da importância de se empregar um substrato adequado para a produção de mudas, bem como a sua utilização na forma isolada e em mistura, reduzindo os custos, o presente projeto tem o objetivo de avaliar o efeito da torta de filtro e do resíduo de processamento de polpa de frutas, usados isolados ou em mistura, na germinação das sementes, na formação inicial de plântulas e no desenvolvimento em viveiro de mudas de sabiá. SEQUESTRO DE CARBONO E NITROGÊNIO TOTAL DO SOLO EM DIFERENTES SISTEMAS DE COLHEITA DE CANA-DE-AÇÚCAR NO ESTADO DE ALAGOAS AUTOR (A): STOÉCIO MALTA FERREIRA MAIA O Brasil está na liderança da produção de cana-de-açúcar, com 33% da produção mundial (FAOSTAT, 2007), e as perspectivas atuais são de grande crescimento neste setor, levando-se em conta fatores geopolíticos, econômicos e ambientais. A atividade sucroalcooleira no Brasil está em acelerada expansão – a área atualmente cultivada comcana de açúcar, de mais de 8,7 milhões de hectares (IBGE, 2011), deve ultrapassar 12 milhões de hectares na safra de 2015/16 (IEA, 2007). Deste total, a região nordeste do Brasil que já foi a principal produtora de cana-de-açúcar possui aproximadamente 1,2 milhões de hectares plantadas (IBGE, 2011) o que representa cerca de 13,7% da área plantada no país. No entanto, ambientalistas têm alertado para possíveis problemas advindos do cultivo da cana-de-açúcar e sua acelerada expansão no Brasil. Um dos problemas apontados advém do processo de colheita com queima da cana-de-açúcar, que além de ser uma importante fonte de emissão de GEE (CO2, CH4 e N2O), libera partículas de carvão para atmosfera representando um real perigo a saúde humana (Cançado et al., 2006), e ainda impacta o clima local e regional. Adicionalmente, a queima da biomassa evita que a matéria orgânica (MO) e nutrientes retornem ao solo, afetando negativamente a qualidade do solo. Uma alternativa é a colheita mecanizada de cana crua, a qual colhe os caules e deixa os 129 resíduos sobre o solo. Este tipo de sistema evita a queima da biomassa e consequentemente, reduz os problemas descritos acima. Estima-se, que em 2014 80% da colheita de cana-deaçúcar nas principais regiões produtoras do Brasil será realizada sem a queima da biomassa (Centro de Gestão de Estudos Estratégicos, 2004). SIMULAÇÃO 3D: CRIAÇÃO DE CURTAS-METRAGENS SOBRE ACIDENTES NO TRABALHO PARA CAPACITAÇÃO DE TRABALHADORES E TECNICOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO AUTOR (A): ROBERTO FERNANDES DA CONCEIÇÃO A animação gráfica é um forte aliado para projetistas de todos os tipos, sendo utilizada desde a criação de novos designers de objetos sem a necessidade de sua préfabricação, ou para simular movimentos que serão efetuados por máquinas antes mesmo da mesma ser construída, entre muitas outras funções. Segundo Silva (2004, p 15) “o desenho estimula o diálogo. É um recurso gráfico sempre presente em jornais, revistas, cartazes e televisão”. Nesse contexto, estão incluídos os desenhos e as animações como facilitador da compreensão do indivíduo. A animação pode ser encontrada desde os primórdios da humanidade. No período paleolítico, os homens pré-históricos gravavam nas paredes das cavernas cenas cotidianas como forma de conservar aquilo que precisava ser mostrado ou registrado. No Egito antigo, eram contadas as histórias através de pinturas nos templos, em túmulos de faraós e em murais nas casas de egípcios da alta classe. A primeira animação utilizando frames (quadros) foi o cartoon (espécie de estudo ou esboço) Little Nemo in Slumberland do americano Winsor McCay que utilizou cerca de 10 mil imagens para essa animação. A partir dessa data ouve uma grande evolução nessa área, hoje em dia a animação tornou-se bem mais comum e bem mais elaborada, grandes filmes como As aventuras de Tintim dos grandes cineastas Steven Spielberg e Peter Jackson, e o filme Rio do cineasta Carlos Saldanha renderam milhões para o mercado do cinema. Em todas as áreas da engenharia a animação vem sendo muito bem vista, a projeção de estruturas em 3D (três dimensões), por exemplo, estão se tornando mais parecidas com as estruturas reais. Isso devido a grande evolução dos programas votdos para esses objetivos. Atualmente a empresa Autodesk é a líder em criação de programas para esses fins com mais de 10 programas de criação 3D. Na robótica a animação tem um papel muito importante com a função de facilitar o processo de criação dos robôs, criando pré-visualizações dos mesmos, tornando possível visualizar movimentos, design final do produto, entre outras funções importantes. Na medicina, é possível simular cirurgias e procedimentos médicos e em todas as áreas já se utiliza a tecnologia 3D para facilitar a compreensão e pré-visualização de alguma ação ou objeto. No Brasil a animação é muito recente. No final do século passado o país realizou algumas animações em pequena escala e sem muita continuidade. O primeiro longametragem brasileiro, que se chamava a Sinfonia Amazônica, e era em preto e branco, foi criado pelo desenhista Anélio Lattini Filho sem a ajuda de outros desenhistas e levou seis anos para ser concluído. Nos anos de 1960, a animação ganhou espaço principalmente na 130 propaganda e publicidade, contribuindo para o surgimento dos primeiros profissionais brasileiros da área. SISTEMA PLANTIO DIRETO DE HORTALIÇAS SOB MANEJO AGROECOLÓGICO NO ESTADO DE ALAGOAS AUTOR (A): FRANCISCO RAFAEL DA SILVA PEREIRA Atualmente a sustentabilidade e suas dimensões ambientais, econômicas e sociais são o grande desafio atual da humanidade, sendo um modelo de desenvolvimento em formação (SARANDÓN et al., 2006). Um aspecto importante da agricultura sustentável está relacionado à adoção de práticas de manejo conservacionista do solo. O sistema plantio direto (SPD) vem sendo apontado como um sistema capaz de se enquadrar no conceito de sustentabilidade (DAROLT, 2000). Esse sistema caracteriza-se pela semeadura ou plantio em solo não revolvido, coberto pela palhada da cultura anterior (ALCOVER, 1976; ALTIERE, 1987). Sendo, portanto, uma alternativa econômica e ecologicamente viável para a produção agrícola em ambiente tropical. Na produção de hortaliças, o sistema de cultivo afeta diretamente a sustentabilidade da atividade, principalmente por influenciar nos aspectos químicos, físicos e biológicos do solo. Assim, considerando a suscetibilidade dos solos tropicais a processos de erosão devido aos baixos teores de matéria orgânica, as práticas de plantio direto e cobertura morta são fundamentais, principalmente no cultivo de hortaliças que se caracterizam pelo ciclo rápido e uso intensivo do solo. Uma das primeiras tentativas neste sentido foi realizada por Beste (1973), citado por Knavel et al. (1977), que avaliou a produção de tomate e pepino quando semeados de forma semelhante ao processo utilizado no plantio direto de grãos. Na década 70 e 80 foram realizadas algumas tentativas de ajustar o sistema plantio direto à produção de hortaliças e os resultados positivos ou negativos ocorreram em função de localização geográfica, condições climáticas em determinados anos, equipamentos e insumos inadequados, espécies de hortaliças que não são apropriadas para este sistema, problemas com plantas invasoras, planta de cobertura inadequadas (HOYT, 1999; ROBERTS et al., 1999; RUTLEDGE, 1999; MORSE,1999). A partir da década de 90 foram desenvolvidos experimentos que demonstram ser possível cultivar hortaliças evitando o revolvimento do solo. A estratégia adotada por AbdulBaki e Teasdale (1993) foi utilizar as leguminosas de inverno ervilhaca peluda e trevo subterrâneo como planta de cobertura, que foram posteriormente transformado em cobertura morta, para o cultivo de tomate. Em outro trabalho, Abdul-Baki et al. (1997) avaliaram o efeito de soja forrageira e milheto foxtail (Setaria italica), cultivados no verão como planta de cobertura e transformada em cobertura morta no outono, sobre a produção de brócolos e concluíram que, com esta estratégia, é possível conseguir produção semelhante à obtida com o preparo convencional do solo. Herrero et al. (2001) avaliaram a possibilidade de aplicar o plantio direto nas condições climáticas do oeste dos E.U.A. utilizando quatro culturas de cobertura de inverno, 131 posteriormente transformada em cobertura morta, como estratégia para transplante de tomate industrial sem o preparo convencional do solo. Os resultados da produção comercial de tomate neste sistema alternativo foram semelhantes aos obtidos com a forma convencional de plantio. Segundo Silva (2001) o trabalho pioneiro no Brasil foi iniciado a partir de 1985, em Ituporanga, Santa Catarina, com o objetivo de desenvolver processos para transplanta mudas de cebola sem a necessidade do preparo convencional do solo (AMADO et al., 1992). Nesta região, de pequenas propriedades exploradas em regime familiar, a cebola é plantada em rotação com milho, cujos resíduos são a base para estabelecimento do plantio direto. Segundo Tagliari e Freitas (1998) parte da contribuição para o desenvolvimento deste sistema tem sido realizada através da iniciativa dos próprios agricultores, auxiliados por técnicos da extensão, que desenvolveram máquinas e implementos em pequenas oficinas domésticas. No Rio de Janeiro foram desenvolvidos trabalhos para avaliar a viabilidade do cultivo de couve-flor em sistema plantio direto, utilizando aveia e ervilhaca como planta de cobertura, cujos resultados evidenciaram ser possível obter rendimento semelhante ao plantio com revolvimento do solo (ALMEIDA et al., 1999). Posteriormente foram conduzidos diversos trabalhos no “Sistema Integrado de Produção Agroecológica” para avaliar o comportamento de outras hortaliças, com destaque para o trabalho desenvolvido por Oliveira (2001) que avaliou o manejo do repolho em sistema orgânico com ênfase na utilização de plantas de cobertura, manejo do solo e consórcio. Dados preliminares do cultivo de alface americana e brócolis cabeça única em plantio direto desenvolvido na UPD São Roque-APTA com adubação verde prévia são animadores. A crotalária júncea semeada em outubro de 2008 produziu cerca de 150 toneladas por hectare de massa fresca. Ao invés de ser incorporada ao solo, a crotalária foi roçada (roçadeira costal) e o material vegetal foi deixado sobre o solo para servir de cobertura morta para os experimentos de alface e brócolis (TIVELLI, PURQUERIO e KANO, 2010). TEETETO DE PLATÃO: ELEMENTOS PARA INVESTIGAR A QUESTÃO DO SABER AUTOR (A): TIAGO DO ROSÁRIO SILVA Que a relação teoria e prática é cara como método de compreensão mais apurada do mundo já nos ensinou Aristóteles. No entanto, a reflexão no sentido propriamente especulativo, sem uso de um laboratório não pode ser considerada ultrapassada. Uma vez que sempre poderemos, mesmo que nos falta matéria pensar as idéias. Nesta perspectiva, estudar Platão mais do que trazer a tona o pensamento de um dos maiores pensadores da história da filosofia, é fazer renascer também questões que estão presentes em seus textos e em nossos dias. Platão nunca deixou de ser atual, seja por meio da reflexão sobre a educação (República) da ética (Mênon) da epistemologia (Teeteto) etc. e neste sentido, vemos que vale a pena estudar um diálogo de Platão. Para isso buscaremos articular o texto na medida do possível com sua obra como um todo. Será um ganho na formação do estudante que se propõe realizar tal tarefa. Platão estão na base e uma das duas maiores correntes com relação a 132 aquisição do saber que os comentadores costumaram chamar de racionalismo, e ainda inatismo, para tratar do seu modo de explicar a questão. Se propor estudo do Teeteto, implica uma proposta de reflexão acerca do conhecimento . No entanto, tendo em vista o nível de instrução a que a pesquisa se propõe, deixamos claro que esta pesquisa possui um caráter experimental no melhor sentido. Uma vez que é a primeira vez que propomos a um estudante de ensino médio realizar tal pesquisa. Mas vale lembrar que podemos propô-la por conta do nível de alunos que potencialmente iremos encontrar no instituto. Eles serão capazes de comprometer-se com as leituras necessárias a construção do seu trabalho. Sendo assim tratemos do texto, um diálogo que se propõe avaliar o problema do conhecimento. Assim como nos mostra SANTOS (2010, p. 5-6): Para chegar à compreensão de um diálogo platônico há que realizar duas tarefas complementares. A primeira consiste na elucidação do seu conteúdo e estrutura, analisando o argumento e inserindo-a na unidade do texto, constituída pelos elementos dramáticos e metodológicos (introdução, interlúdios e digressões), que definem o contexto dialético do diálogo. A segunda complementa a anterior, tentando integrar o diálogo no corpus, pela exploração das suas relações temáticas com outras obras. Mostramos então que avaliar um diálogo platônico implica a compreensão de um modo que nos auxilie a melhor compreendê-lo. Vale lembrar que ao elegermos um diálogo como núcleo da pesquisa evidenciamos a questão que nos interessa trabalhar. Neste caso, sendo o diálogo o Teeteto iremos discutir as relações dentro do diálogo que são estabelecidas na perspectiva de alcançar uma compreensão dos desdobramentos da investigação do saber desenvolvida no nele. O Teeteto, logo de início apresenta uma tese a ser investigada, a saber, “conhecimento é sensação”. A tese central a ser investigada no diálogo é a seguinte: “saber é sensação”, a ela Sócrates irá se dedicar, juntamente com Teeteto e Teodoro para averiguar se podem decidir acerca da mesma. Neste sentido, algumas questões que envolvem o tema são tomadas a partir de um debate com os sofistas, quando com Protágoras se vê a seguinte afirmação: “O homem é a medida de todas as coisas, das que são e das que não são”. Tal debate leva a uma discussão acerca do relativismo, questão a ser investigada e avaliada sob o prisma do conhecimento. A investigação do Teeteto remonta ainda a uma questão discutida pelos présocráticos sobre o fluxismo e o imobilismo. Teses estas defendidas por Heráclito e por Parmênides. E coloca a questão da possibilidade de uma epistemologia fluxista. Na tentativa de investigar a questão do saber, Sócrates irá apresentar suas dificuldades em compreendêlo e compreender como se adquire. Sendo assim, parte de um momento importante no diálogo (145e-146a) em que afirma: Sócrates: Então, saber é o mesmo que sabedoria? Teeteto: Sim. Sócrates: É aqui precisamente que caio em dificuldades e por mim mesmo não sou capaz de captar claramente o que na verdade é o saber. Será que podemos defini-lo? Que dizem? Qual de nós falará em primeiro lugar? O que erra e torna a errar é o burro que se vai sentar, como dizem as crianças que jogam bola: aquele que escapar sem nunca errar reinará sobre nós e mandará que respondamos ao que lhe apetecer. Por que estão calados? Será, Teodoro, que estou a ser de algum modo indelicado, devido ao gosto que tenho pelas discussões e à 133 vontade que tenho de nos fazer conversar e de nos tornarmos amigos e afáveis uns com os outros. A investigação do Teeteto nos instiga a buscar responder a pergunta feita pelo diálogo, “o que é saber?” as teses propostas nos levam a avaliar duas perspectivas, a saber, a perspectiva sensista ligada a noção de aparência e a perspectiva da infalibilidade do saber. Tal perspectiva se diferencia da sensação e questiona o relativismo da afirmação “saber é sensação”. De tal modo, faremos o percurso argumentativo e dramático do diálogo para conhecer o método ou métodos colecionados no diálogo para propor uma solução ao problema. TEORES DE NUTRIENTES E PRODUTIVIDADE DO FEIJÃO CAUPI EM FUNÇÃO DA FONTE E DOSES DE N NO MUNICÍPIO DE PIRANHAS – AL AUTOR (A): ALTANYS SILVA CALHEIROS O município de Piranhas, situado na região semiárida de Alagoas, apesar de ter em suas dependências parte da Usina Hidrelétrica de Xingó, apresenta sérios problemas socioambientais, devido a falta de oportunidades de emprego, bem como a falta de investimentos no setor agrícola, que responde por apenas 7% do PIB. Uma alternativa para mudar esta realidade é a implantação de práticas alternativas de geração de emprego e renda na região, como o incentivo ao cultivo da cultura do feijão caupi fazendo-se uso da adubação orgânica e/ou inoculação com rizóbio, como fontes de N para a cultura, em substituição à adubação nitrogenada mineral. O cultivo do feijão caupi na região Nordeste do Brasil é uma boa alternativa para geração de empregos e renda para pequenos e médios produtores rurais de baixa renda. No entanto, os solos da região semiárida apresentam baixos teores de matéria orgânica e, consequentemente, baixa disponibilidade de N, necessitando de um manejo adequado, com uso racional de fertilizantes, principalmente o N. Portanto, a adubação se faz necessária para a obtenção de produtividades adequadas nesses solos. Entretanto, os adubos químicos geralmente são muito caros, representando um fator limitante à produção agrícola em níveis de adubação adequada para a nutrição da cultura por essas famílias de baixa renda. O uso de material orgânico, produzidos na própria propriedade rural ou imediações, e a adoção da inoculação das sementes das plantas com bactérias que promovem a fixação biológica do nitrogênio atmosférico (FBN), no cultivo do feijão caupi, são imprescindíveis para viabilizar o cultivo nessas regiões, devido à promoção da melhoria da fertilidade desses solos em N, além de ser uma técnica de baixo custo, podendo ser utilizadas na condução de lavouras de pequenos agricultores. TRABALHO, IDEOLOGIA E MEIO AMBIENTE: UMA ANÁLISE SOCIOLÓGICA DOS LIMITES E POSSIBILIDADES DO “ECOLOGICAMENTE CORRETO” A PARTIR DA PERSPECTIVA DOS DOCENTES DE MARECHAL DEODORO. 134 AUTOR (A): FABRÍCIO TAVARES DA SILVA O presente projeto aqui descrito tem por objetivo uma maior compreensão da questão da sustentabilidade ou de práticas “ecologicamente corretas” levadas a cabo por parte dos docentes que lecionam nas escolas (nos diferentes níveis de ensino) da cidade de Marechal Deodoro. Além disso, cabe verificar o que pensam e como elaboram a “questão ambiental” em suas práticas cotidianas. Visando com isso, o conhecimento de como a comunidade docente local compreende ou não, põe em prática ou não, ações ditas sustentáveis os problemas relacionados ao que muitos autores chamam de crise ambiental no capitalismo atual A pesquisa parte, em um primeiro momento de investigação teórica fazendo um mapeamento da bibliografia sobre o debate da crise ambiental, gerados a partir das novas configurações do capitalismo contemporâneo. Buscando responder a partir dos autores selecionados qual a natureza da crise. Em seguida, propõe como segundo momento de investigação a elaboração e aplicação de questionários e entrevistas com os docentes que lecionam nas escolas do município de Marechal Deodoro a respeito do “ecologicamente correto”. O problema que propomos responder com a realização da presente pesquisa é: Até que ponto as atitudes individuais (“ecologicamente corretas”) dos docentes que lecionam nas escolas de Marechal Deodoro contribuem para contornar ou superar os problemas resultantes da “crise ambiental”? O que é ser ecologicamente correto para os professores que lecionam em Marechal Deodoro? Vale ressaltar que o surgimento, e desenvolvimento deste projeto ocorre em conformidadcom as diretrizes propostas na Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008, art. 6º e 7º, que trata da criação dos Institutos Federais, reafirmando o caráter de envolvimento e interação com a comunidade externa do campus de Marechal Deodoro, pois, propomos um enriquecimento do know-how (do saber fazer) da mesma, como também da comunidade acadêmica do IFAL. Assim também em conformidade com a missão proposta no PDI do IFAL 2009-2013: Formar cidadãos capazes de reconhecerem-se sujeitos de ideias e de conhecimentos nos mais diversos campos do saber, da cultura e das artes, promovendo a qualidade social da educação fundamentado no princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, tendo em vista a geração de conhecimentos científicos e tecnológicos que possibilitem o desenvolvimento sócio-econômico-cultural alagoano e brasileiro. A importância do tema deve-se inclusive à pequena quantidade de pesquisas na área de sociologia do IFAL, especialmente em sociologia ambiental. Além do que, proporciona uma troca de informações e conhecimentos com os docentes de outras instituições de ensino de Marechal Deodoro. Ressaltando também a importância de fornecer dados atualizados sobre o desempenho dos cursos em andamento no IFAL câmpus Marechal Deodoro, e que assim possam auxiliar na caracterização da comunidade docente (principalmente da rede municipal e estadual). Para assim incentivar, como também propor, com maior embasamento, o surgimento de novos cursos melhor adaptados às condições reais, atendendo assim às necessidades da comunidade docente no que se refere à sustentabilidade. Seguindo uma das finalidades do IFAL que constam no PDI 2009-2013, qual seja: “Qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas 135 instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de ensino”. Por fim, visa impulsionar os acadêmicos do IFAL a um maior envolvimento com a sociedade, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico, voltado à investigação empírica. UM ESTUDO DISCURSIVO DO PERFIL DOS ALUNOS INGRESSOS NO CURSO TÉCNICO EM AGROINDÚSTRIA DO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS, CAMPUS SATUBA AUTOR (A): CRISTIANO LESSA DE OLIVEIRA A linguagem humana, objeto de estudo multifacetado por natureza, revelou-se, durante os últimos séculos, “uma das mais difíceis empreitadas” (SILVEIRA, 2005, p. 23). A autora chama a atenção para esse fato, apontando para uma das questões bastante discutidas no âmbito dos estudos linguísticos: as várias noções de linguagem e língua adotadas pelo campo. É possível perceber, numa leitura mais bem detalhada da evolução da área linguística, que essas noções são definidas e redefinidas no seu percurso histórico, cabendo a cada corrente investigativa delimitar seu objeto de estudo. Encontramos, na literatura específica, três concepções de linguagem e cada uma dessas concepções apresenta uma noção de sujeito, variando conforme a noção de língua que se adota. Sendo assim, aparecem as concepções tradicional, estruturalista e sociointeracionista. A primeira concepção é aquela que trata da linguagem como representação do pensamento humano, isto é, as discussões sob esse olhar se voltam para o percurso psíquico da linguagem, não a relacionando com as estruturas sociais. No dizer de Koch (2006, p. 7), é “representação (‘espelho’) do mundo e do pensamento”. Nessa concepção tradicional, a língua é concebida como algo pronto e acabado, o que torna o seu ensino apenas em memorização, classificação, imitação e reprodução das estruturas linguísticas. O sujeito, dessa forma, é consciente de suas ações, é o sujeito psicológico e individual que utiliza a língua como instrumento para transmitir seu pensamento. A segunda concepção é a estruturalista que vê a linguagem como sendo aquisição de hábitos. Deriva daí uma noção de língua como um sistema abstrato, um fato que é social, geral, virtual, e suas estruturas se complementam, superpondo-se e relacionando-se. Nesse sentido, o sujeito é passivo, condicionado às prescrições sociais. Os estudos estruturalistas foram fundados pelo linguista Ferdinand de Saussure, os quais separam a linguagem em língua e fala. A língua é um sistema de signos armazenado na nossa memória, pronto a ser atualizado, traduzido em sons físicos, no processo da fala. É um código que pertence à sociedade em geral. A fala, por sua vez, é considerada um ato individual, é o uso que os indivíduos fazem da língua numa situação específica. A terceira concepção é a sociointeracionista que toma a linguagem como o lugar de interação entre os indivíduos que são vistos como seres sociais. Nessa concepção, a língua é entendida como uma atividade interlocutiva e dialogal, servindo como um meio para conscientizar, persuadir, dissimular, dominar, libertar, sendo também considerada como variável e mutável. Assim, o sujeito usa a língua concretamente em variadas situações de comunicação, podendo cooperar e negociar a construção dos sentidos. 136 Ampliando a discussão sobre as questões de língua(gem), é imprescindível abordar a concepção de discurso, noção central para o nascimento de uma perspectiva de investigação da linguagem que se distancia dos modelos formais e estruturais de análise linguística e se baseia no funcionamento da linguagem, focalizando seu uso efetivo.Nessa perspectiva e, de acordo com Orlandi (2001, p. 15), estudiosos “começaram a se interessar pela linguagem de uma maneira particular que deu origem à Análise de Discurso”. Ainda segundo a autora, a palavra discurso carrega a ideia de curso, percurso, de correr por, ou seja, palavra em movimento, linguagem posta em prática. A Análise de Discurso (AD), então, procura estudar a língua fazendo sentido e não enquanto um sistema abstrato. Preocupa-se com “a língua no mundo, com maneiras de significar, com homens falando, considerando a produção de sentidos enquanto parte de suas vidas, seja enquanto sujeitos seja enquanto membros de uma determinada forma de sociedade” (ORLANDI, 2001, p. 16). Dessa forma, a AD leva em consideração o homem na sua história, considerando os processos e as condições de produção da linguagem, estabelecendo relações entre a língua, os sujeitos que a falam e as situações em que é produzido o dizer. Reflete sobre a maneira como a linguagem “está materializada na ideologia e como a ideologia se manifesta na língua” (ORLANDI, 2001, p. 16). Nesse sentido, a relação indissociável entre língua, história e ideologia é entendida como discurso. Para Florêncio et al (2009, p. 22-23) a AD, na perspectiva de Michel Pêcheux, a que é adotada nesta pesquisa, elege o discurso e não a língua como objeto de investigação, concebendo-o dentro de “relações que o sujeito estabelece no seu mover-se no mundo”. Para Pêcheux (1998 apud FLORÊNCIO, 2009, p. 22), o sentido da palavra não lhe pertence, não é dado em sua relação com o significante, mas “determinado pelas posições ideológicas que estão em jogo no processo sócio-histórico no qual as palavras, expressões e proposições são produzidas”. Não há, pois, um discurso neutro ou inocente, já que ao produzi-lo, o sujeito o faz situado sócio-historicamente a partir de um lugar, de uma ideologia, veiculando crenças, valores, atitudes, visões de mundo que representam o seu lugar social. Tratando do discurso, Bakhtin (1997) vai defender a existência da enunciação, entendida enquanto resultado de relações sociais que os sujeitos estabelecem. Segundo o autor, “as palavras são tecidas a partir de uma multidão de fios ideológicos e servem de trama a todas as relações sociais” (BAKHTIN, 1997, p. 41). Assim sendo, os discursos são elaborados em função de um outro, ou em resposta a um outro, são produzidos socialmente em um momento histórico para responder às necessidades postas nas relações entre os homens (FLORÊNCIO et al, 2009). A enunciação, portanto, é o palco onde se realiza o uso da linguagem, processo que envolve não somente a presença física de seus integrantes, mas também o tempo histórico e o espaço social de interação. É por meio desse processo de enunciação que os sujeitos dialogam, trocando experiências e se constituindo seres humanos, numa relação viva, social com o outro. Nessa perspectiva, poder-se-ia entender o fenômeno da interação verbal como sendo o meio de construção do indivíduo, numa relação dialógica, através da qual “os sujeitos envolvidos se constituem como tal, para si e para o outro, diante de si e diante do outro” (FERNANDES, 2002, p. 146). Situada nesse arcabouço teórico, a pesquisa pretende focalizar a educação profissional em Agroindústria, mais especificamente, os ingressos do referido curso técnico integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas (IFAL), Campus Satuba. De acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI, 2009-13, p. 100), no 137 item Política de Atendimento ao Discente, o ingresso no curso técnico integrado “dar-se-á por intermédio de Exame de Seleção, de natureza pública, tendo como requisito mínimo a conclusão do 9º ano do Ensino Fundamental. O aludido exame terá suas provas, número de vagas, normas e procedimentos definidos em Edital de Seleção”. A Agroindústria é assim definida pelo Projeto de Curso (2011, p. 14): “o conjunto de atividades relacionadas à transformação de matérias primas provenientes da agricultura, pecuária, aquicultura ou silvicultura. Para cada uma dessas matérias primas, a agroindústria é um segmento da cadeia que vai desde o fornecimento de insumos agrícolas até o consumidor. Em comparação a outros segmentos industriais da economia, ela apresenta uma certa originalidade decorrente de três características fundamentais das matérias primas: sazonalidade, perecibilidade e heterogeneidade”. Há uma série de atividades em que o técnico em Agroindústria pode atuar como, por exemplo: técnica de desidratação de frutas e hortaliças, técnicas de manuseio pós-colheita, rotulagem de alimentos, análise de lipídios e implicações nutricionais, sistema de análise de perigos e pontos críticos de controle, boas práticas de fabricação de alimentos, análise sensorial e instrumental e estudos de expectativas do consumidor. Ainda no referido documento, encontramos o seguinte objetivo que caracteriza o curso: “Formar profissionais-cidadãos, a partir de uma sólida base humanística, científica e tecnológica, aptos a tomarem parte do desencadeamento da produção e beneficiamento de alimentos, no sentido de contribuir com a produção sustentável de bens destinados à subsistência ao lado de produtos direcionados à comercialização, visando à sustentabilidade do desenvolvimento da região, como forma de possibilitar a melhoria qualitativa do padrão alimentar e da vida da população”. Nesse contexto, o presente projeto pretende analisar os fatores condicionantes na escolha do curso técnico em Agroindústria, bem como os efeitos de sentido e o contexto sócio-histórico que afetaram essa opção, que, em nossa opinião, podem ser fatores determinantes para a seleção do curso. A bem da verdade, nosso interesse é interpretar as respostas dadas pelos alunos através de questionários e entrevistas, já que a AD “não procura um sentido verdadeiro através de uma ‘chave’ de interpretação. Não há esta chave, há método, há construção de um dispositivo teórico. Não há uma verdade oculta atrás do texto. Há gestos de interpretação que o constituem e que o analista, com seu dispositivo, deve ser capaz de compreender” (ORLANDI, 2001, p. 26). Outras questões de interesse da pesquisa são: observar o conhecimento prévio dos alunos com relação ao curso técnico em Agroindústria, bem como caracterizar o perf il dos ingressos, objetivando construir parâmetros para o início de um processo de análise comparativa ao longo dos próximos anos. URÉIA E ÓXIDO DE CÁLCIO COMO ADITIVOS NA ENSILAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR AUTOR (A): RUBEM RAMOS ROCHA FILHO A cana-de-açúcar tem se destacado como opção forrageira estratégica para uso no período da seca, especialmente na alimentação de bovinos. É nesta época do ano que a planta está pronta para a colheita, apresentando alta produtividade, não sendo incomuns 138 situações onde a produção excede 100 toneladas por hectare. Salienta-se o alto teor de sacarose dessa planta, resultando em alto potencial como fonte de energia para dietas de animais ruminantes. Como limitação nutricional, pode-se apontar seu baixo conteúdo em proteína bruta (PB), mas que tem sido corrigido nas dietas principalmente com o uso de uréia, por representar uma fonte de nitrogênio não proteico de menor custo. Normalmente a cana-de-açúcar a ser utilizada para a alimentação dos rebanhos é cortada crua, em quantidade que permita seu armazenamento por no máximo 3 a 4 dias. Essa operação exige a disponibilidade constante de mão de obra e transporte do canavial para o curral. Outro aspecto que deve ser considerado é o manejo do canavial, que pode ser prejudicado pelo corte por todo o período de seca, formando talhões em diferentes estágios de desenvolvimento. Esses problemas se acentuam quando a cana é comprada de outros produtores e quando estão mais distantes do local onde será utilizada. Uma alternativa que tem sido proposta para minimizar esses problemas é a ensilagem da cana-de-açúcar. No entanto, problemas específicos são observados quando se ensila essa planta. Devido ao seu alto teor de açúcares, há grande proliferação de leveduras epífitas durante o processo de ensilagem, resultando na produção de etanol e CO2, o que pode ocasionar perdas de matéria seca e de energia na forragem ensilada (Bernardes et al., 2007; Pedroso 2005; Siqueira et al., 2007). Com o objetivo de melhorar os padrões de fermentação de silagens produzidas com cana-de-açúcar, vários aditivos têm sido propostos como alternativas para minimizar as perdas observadas no processo. Um desses aditivos é a uréia que, quando adicionada ao material ensilado, dissocia-se em amônia (NH3), reage com água e forma hidróxido de amônia, elevando o pH e inibindo a ação de microrganismos indesejáveis, especialmente as leveduras (Ribeiro et al., 2010; Schimidt et al., 2007). Outro aditivo que tem sido proposto é o óxido de cálcio (cal virgem micropulverizada). Presume-se que atua através da redução dos constituintes da parede celular por hidrólise alcalina e por favorecer a preservação de nutrientes solúveis através da inibição do desenvolvimento de leveduras que atuam na massa ensilada (Neto et al., 2007). A adição de óxido de cálcio na cana-de-açúcar a ser ensilada tem demonstrado eficiência em reduzir as perdas de matéria seca (Roth et al., 2008). Objetiva-se avaliar os efeitos da uréia e do óxido de cálcio como aditivos, assim como os efeitos do tempo de ensilagem, sobre o grau brix, o pH, as perdas por gases e matéria seca e a contagem de leveduras em silagens de cana-de-açúcar. 139 PIBITI ABC AUTISMO: UM SOFTWARE PARA AUXILIAR NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM AUTISMO AUTOR (A): MONICA XIMENES CARNEIRO DA CUNHA Desde a sua descrição inicial, o autismo deixou de ser considerado uma doença com causas parentais para ser definido como um transtorno do desenvolvimento de causas neurobiológicas, definido de acordo com critérios eminentemente clínicos (SCHWARTZMAN, 2011). Não existem exames que possam contribuir significativamente para o diagnóstico do autismo, sendo o mesmo obtido através da observação comportamental (COELHO, 2006). Os escalas que atualmente são utilizadas para este fim são o DSM-IV-TR e o CID-10, os mesmos baseiam os seus diagnósticos em três critérios essenciais: a) déficits qualitativos na interação social; b) atraso e déficit de linguagem e comunicação; c) comportamentos, atividades ou interesses restritos, repetitivos e estereotipados (SANTOS, 2009). Dentro desta tríade a criança autista pode apresentar comportamentos obsessivos e ritualísticos como o apego à rotina rígida e obsessão por objetos enquadrando-se estes na dificuldade de imaginação, que se estende às várias áreas do pensamento e prejudica claramente qualquer tentativa de transmissão de conhecimento. Além disso, a rigidez e inflexibilidade do pensamento revela a falta de aceitação a mudanças e dificuldades em processos criativos (MELO, 2001, p.15). Bosa (2001) também afirma que o autismo prejudica as aptidões coletivas e comunicativas do indivíduo, que por sua vez apresenta características como impulsividade, desatenção, crises de “birra” e uma extrema dificuldade em assimilar conhecimento pelos processos padrões de ensino. Todas estas carências impossibilitam o aprendizado destas crianças com a utilização de métodos alfabetizatórios convencionais, se tornando necessário neste caso uma adaptação deste processo para possibilitar a assimilação do conhecimento por estas crianças. Esta adaptação atualmente é provida pelo TEACCH, método criado por um grupo de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte (EUA). Este programa tem como base a teoria comportamental e a psicolinguística, sendo as mesmas evidenciadas na valorização das descrições das condutas, utilização de programas passo a passo, uso de reforçadores e utilização de recursos visuais, proporcionando assim interação entre pensamento e linguagem, resultando na ampliação das capacidades de compreensão (LEON, 2002). O TEACCH trabalha com a estruturação externa do ambiente, do tempo, das atividades, dos materiais com intuito de minimizar os déficits que a criança autista apresenta e proporcionar a aquisição de comportamentos adequados ao convívio social. Para que toda esta prática seja possível é necessário entender a condição neurobiológica da Síndrome em cada indivíduo, a partir daí o programa procura promover a adaptação, melhorando todas as habilidades para o viver através das melhores técnicas educacionais disponíveis e planejar estruturas ambientais que possam compensar os possíveis déficits existentes na criança, percebe-se aqui que os programas específicos de ensino e tratamento criados, são individualizados e baseados em uma compreensão personalizada de cada indivíduo (KWEE, 2006). 140 Por ser este um método amplamente difundido e comprovadamente eficaz na abordagem da pessoa com autismo, o mesmo foi adotado para ser à base do software que se encontra na fase de desenvolvimento (programação propriamente dita e criação das interfaces lúdicas) cuja especificação e prototipação foram fruto de projeto de pesquisa realizado no ano de 2012. A pretensão do software é proporcionar atividades fixas, categorizadas entre os níveis 1 a 4 do TEACCH, bem como disponibilizar um módulo adicional que possibilita a variação das atividades, com inserção de novos elementos, novos contextos, a critério do terapeuta, de acordo com o nível evolutivo de cada criança, e prover meios para estimular e reforçar a execução de atividades por parte da criança. O projeto busca aplicar conhecimentos advindos da área de sistemas de informação para desenvolver uma ferramenta que irá auxiliar no tratamento de crianças que apresentam características do espectro autista, especificamente voltada para o processo de alfabetização dessas crianças, que exige toda uma adaptação peculiar. ADEQUAÇÃO DO PROCESSO TECNOLÓGICO, CARACTERIZAÇÃO E ANÁLISES DO QUEIJO MASCARPONE AUTOR (A): ORLANDO DE OLIVEIRA SILVA Entende-se por queijo o produto fresco ou maturado que se obtém por separação parcial do soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou totalmente desnatado), ou de soros lácteos, coagulados pela ação física do calho, de enzimas específicas, de bactéria específica, de ácidos orgânicos, isolados ou combinados, todos de qualidade apta para uso alimentar, com ou sem agregação de substâncias alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos especificamente indicados, substâncias aromatizantes e matérias corantes. (PORTARIA N° 146, 1996). Apesar do consumo de queijos no Brasil serem irrisório (2,7 quilos per capita) comparado a países como Grécia (28 quilos), França (23 quilos) ou mesmo ao nosso vizinho, a Argentina (11 quilos), produzimos mais de 200 tipos de praticamente todas as famílias. Entre elas estão as de mofo branco, como o Camembert e o Brie; mofo azul, como o Gorgonzola; de pasta filada, como o Provolone; de fermentação propiônica, típica dos grandes queijos suíços, como o Gruyère; de casca tratada, como o Saint Paulin; massa cozida, como o Creme Bola ou o Gouda; chèvres (queijos de cabra) e duros, como o parmesão (BARBOSA, 2012). O Mascarpone é um queijo italiano originário da Lombardia e atualmente difundido por todo o planeta. Sua raiz etimológica deriva-se do Grego “mascherga que significa “flor de leite” (RODRIGUES, F.)”. É obtido a partir da nata aquecida, onde é adicionado o acidificante, que provoca coagulação, dando origem ao mascarpone. O queijo mascarpone é uma iguaria muito utilizada na gastronomia, sua flexibilidade de combinações tanto para pratos salgados quanto para doces, o torna um grande e importante ingrediente que vãos de molhos até sobremesas doces, seu consumo é difundido por todo o mundo em inúmeras receitas, também pode ser encontrado em pratos mais gourmet. 141 ANÁLISE DA INCORPORAÇÃO DE FIBRAS DE COCO EM BLOCOS DE CONCRETO AUTOR (A): JOÃO GILBERTO TEIXEIRA SILVA A pesquisa analisará os efeitos da incorporação de fibras de coco em blocos de concreto destinados à execução de alvenaria estrutural averiguar a viabilidade do uso do mesmo na construção de edificações na região de Palmeira dos Índios e Arapiraca. “A crise energética mundial das últimas duas décadas tem motivado o desenvolvimento de pesquisas sobre o fibrocimento ou fibro-concreto devido ao fato de a fabricação de cimento exigir menor demanda de energia comparada com a necessária à fabricação do aço ou dos plásticos. Assim, no Brasil, a utilização da fibra de coco verde na construção civil pode criar possibilidades no avanço da questão habitacional, através da redução do uso e do custo de materiais, envolvendo a definição de matrizes que interrelacionam aspectos políticos e socioeconômicos.” (ARAÚJO et al, 2004). “A utilização de fibras vegetais como reforço constitui um grande interesse na obtenção de novos materiais para a construção civil, produto de seu baixo custo, alta disponibilidade e reduzido consumo de energia para sua produção. As fibras têm sido aplicadas em construções desde os primórdios de nossa história; há evidências que fibras de asbesto foram usadas para reforçar postes de argila há 5 mil anos. Entretanto, a adição de fibras para reforço do concreto é um material de construção relativamente novo, no Brasil sendo mais novo ainda sendo alvo de diversas pesquisas”. (IZQUIERDO, 2011). Devido à grande demanda atual por matérias primas de origem natural e reciclada, vê-se a incorporação da fibra de coco ao concreto como uma chance de substituir outras fibras já utilizadas na confecção do mesmo que sejam obtidas de fontes não renováveis e cujos meios de produção venham a acarretar danos ao já fragilizado meio ambiente. "A fibra natural pode ser uma alternativa viável ao material sintético, como as fibras de vidro, podendo conferir propriedades interessantes em materiais poliméricos, como boa rigidez dielétrica, melhor resistência ao impacto e características de isolamento térmico e acústico. Devido às suas excepcionais performances acústicas, a fibra de coco contribui para uma redução substancial dos níveis sonoros, sendo a solução ideal para muitos dos problemas na área acústica, superando largamente os resultados obtidos com a utilização de outros materiais." (ARAÚJO et al , 2004). “Utilizada há várias décadas como um produto isolante em diversas situações, a fibra de coco tem hoje uma diversidade de aplicações, pelas características que apresenta, e que acompanham o aumento da demanda crescente por produtos ecologicamente corretos. Tecida em forma de manta, é um excelente material para ser usado em superfícies sujeitas à erosão provocada pela ação de chuvas ou ventos, como em taludes nas margens de rodovias e ferrovias, em áreas de reflorestamento parques urbanos e em qualquer área de declive acentuado ou de ressecamento rápido." (ARAÚJO O et al , 2004). ANÁLISE DOS EFEITOS DA TEMPERATURA DE SECAGEM NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE NANOCOMPOSITOS POLIMÉRICOS BIODEGRADÁVEIS PRODUZIDOS COM 142 CARBOXIMETILCELULOSE E ARGILAS MINERAIS AUTOR (A): ANA PAULA SANTOS DE MELO FIORI Diante da atual degradação ambiental evidenciada nos últimos anos, percebe-se a necessidade desenvolvimento de tecnologias que visem a redução dos impactos ambientais oriundos das atividades industriais. A utilização de combustíveis fósseis, principalmente para geração de energia tem sido alvo de diversos centros de pesquisa, e buscar alternativas para minimização dos danos causados vem tomando cada vez mais destaque no cenário mundial. Dentre os materiais produzidos a base de combustíveis fósseis, pode-se afirmar que os beneficiados a base polímeros sintéticos como os termoplásticos merecem destaque em se tratando de degradação ambiental. É evidenciado o crescimento contínuo do uso de plásticos para a fabricação de embalagens. Recentemente, observou-se que do total de plásticos produzidos, 41% são utilizados nas indústrias de embalagem e 47% deles são utilizados para o acondicionamento do gênero alimentício. Estes são geralmente beneficiados de poliolefinas que são na sua maioria produzidas a partir de combustíveis fósseis, consumidos e descartados no meio ambiente, gerando resíduos não-degradáveis. Isso significa uma média 40% das embalagens de resíduos, é praticamente eterna, e a questão do que fazer com o lixo plástico é cada vez um problema ambiental global. [1] Vê-se no estudo de materiais alternativos, como polímeros biodegradáveis, uma opção viável para melhoria da qualidade ambiental no tocante a redução do uso de combustíveis fósseis nas atividades industriais, visto que os mesmo são passíveis de beneficiamento principalmente pela indústria dos derivados de plástico, reduzindo tanto o uso destes combustíveis em sua fabricação como proporcionando o beneficiamento de materiais com decomposição acelerada no meio ambiente, quando comprados aos polímeros convencionais. Assim sendo, a produção de nanocompósitos a partir de polímeros biodegradáveis e argilas minerais, merece atenção especial, visto que os materiais de partida são provenientes de fontes renováveis, com durabilidade durante o uso e degradabilidade após o descarte. Os nanocompósitos poliméricos apresentam propriedades mecânicas e térmicas superiores aos compósitos convencionais, mesmo com uma quantidade menor de reforço, devido à área de contato maior entre o polímero e a fase neste dispersa. Ademais, o elevado fator de forma dos reforços incorporados, também denominado razão de aspecto, propicia importantes propriedades de barreira na maioria dos casos. [2] A baixa permeabilidade, melhor resistência química e maior retardância de chama são atribuídas às melhores propriedades de barreira dos nanocompósitos. O caminho para obtenção de tal desempenho consiste na habilidade de dispersar, individualmente, estas partículas com elevado fator de forma em meio à matriz polimérica. [2] O presente trabalho fornece uma proposta de estudo que foque na produção de nanocompósitos a base de polímeros biodegradáveis e argilas, possibilitando o desenvolvimento de uma tecnologia que promova a redução do uso de combustíveis fósseis em larga escala na atividade industrial, e conseqüentemente uma melhoria na 143 qualidade de vida da população. APLICAÇÃO DA ARQUITETURA ORIENTADA A SERVIÇOS (SOA) NA INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA AUTOR (A): MARCÍLIO FERREIRA DE SOUZA JÚNIOR Conforme Chiasson e Davidson (2004) e Perez et al. (2010), a área da saúde oferece oportunidades para a adoção de sistemas de informação em razão do seu contexto único e peculiar, caracterizado por usuários que devem satisfazer requisitos profissionais muito exigentes e para os quais a liberdade de ação em relação a processos burocráticos pode ser fundamental. Helms, Moore e Ahmadi (2008) mostram que o uso dos sistemas potencializa o incremento da segurança do paciente, aumento da eficiência operacional e da infraestrutura de tecnologia de informação já existente. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) existem iniciativas de dotar o setor de informações que subsidiem a tomada de decisões e as ações dos gestores. Com a implantação dos primeiros sistemas de informação em saúde (SIS) verificou-se a necessidade de se buscar mecanismos para integrar as informações oriundas das diversas esferas de gestão e dos diferentes sistemas, que desde sempre tiveram entre seus principais problemas sua fragmentação, com dificuldades de comunicação, interoperabilidade e padronização das informações (MENDES, 2001). Guimarães (2005) explica que a dispersão ou desintegração das informações dos SIS é uma consequência direta da fragmentação do processo de gestão federal do setor da saúde, que tem profundas raízes históricas e é pouco receptivo à incorporação do princípio de integralidade do SUS. Observa-se nas ações do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), de maneira geral, uma forma de atuar sob demandas isoladas, independentes e desvinculadas umas das outras, gerando sistemas de informação que não pressupõem uma perspectiva integradora (FERRAZ, 2009). Assim, o processo tende a se reproduzir nas esferas estadual e municipal, conformando um modelo que estimula cada organização a desenvolver isoladamente sistemas de informação próprios ao exercício de suas funções. Ademais, a fragmentação e a desarticulação dos SIS em saúde trouxeram sérias implicações para os usuários do SUS. De fato, uma vez que uma mesma pessoa pode receber atendimento em diversas organizações de saúde ao longo de sua vida, as suas informações ficam distribuídas em diferentes sistemas. Segundo Contandriopoulos e Hartz (2004), essa dificuldade impossibilita a obtenção do histórico clínico integral do paciente, cujos dados estão espalhados em diversas bases de dados, nos locais onde ele foi atendido. Tudo isso pressiona fortemente os custos dos sistemas de saúde com baixo impacto sobre as pessoas. Há, portanto, dificuldades de projetar a trajetória dos pacientes no continuamento dos cuidados registrados em todos os SIS do SUS. A seu turno, Souza Júnior (2012) empreendeu um levantamento dos sistemas de informação em saúde em uso no SUS e concluiu que coexistem 72 (setenta e dois) sistemas diferentes e tecnologicamente heterogêneos. O quadro a seguir exibe os principais sistemas do SUS mapeados na pesquisa citada. Observa-se neste 144 levantamento uma grande quantidade de sistemas, que foram concebidos para atender diferentes áreas estratégicas da saúde pública. Por serem sistemas nacionais de informação, todos os SI também se encontram em uso nas unidades de saúde do estado de Alagoas. Haux (2006) caracteriza os SIS como todo sistema que processa dados, informação ou conhecimento em ambientes da área de saúde, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de saúde da população através de processos médicos ou organizacionais ligados direta ou indiretamente ao paciente. Os diferentes SIS que as organizações de saúde brasileiras operam são frutos do natural processo de desenvolvimento do setor ao longo dos anos. Estes sistemas foram desenvolvidos tendo por base várias plataformas tecnológicas, coexistindo um grande número de sistemas dispersos e heterogêneos, criados para suportarem necessidades pontuais de determinados departamentos. Contudo, a literatura é abrangente em relatos de casos de insucesso de SIS e, em muitos outros, as vantagens apontadas são marginais, sendo identificados diversos fatores que constrangem a adoção dos sistemas, tais como falta de financiamento, 145 ambiguidades legais, resistência à mudança, entre outros. A deficiente interoperabilidade dos SI existentes também é apontada como um dos principais motivos para o fracasso (HEEKS, 2006; SPIL et. al., 2009). O principal problema decorrente do isolamento dos sistemas é a fragmentação de dados, que dificulta a obtenção de informações confiáveis, consolidadas, devido à redundância e inconsistência de dados armazenados em mais de um sistema. Para enfrentar esta problemática, a Arquitetura Orientada a Serviços, do inglês Service Oriented Architecture, ou simplesmente SOA, desponta como uma das principais soluções tecnológicas para integração de sistemas de informação. O princípio que rege uma SOA é de que uma aplicação grande e complexa deve ser evitada e substituída por um conjunto de aplicações pequenas e simples. Ou seja, um sistema passa a ser composto por vários e pequenos módulos especializados, distribuídos, acessados remotamente, interoperáveis e reutilizáveis que são unidos graças a padronizações adotadas, podendo ainda ser rapidamente recomposto para o processo desejado (Rabelo, 2006). Em SOA esses pequenos módulos de software são chamados de serviços. Um serviço é um módulo que pode ter uma granularidade variável, pode ser implementado em qualquer linguagem de programação e tem uma interface padrão que permite que ele invoque um serviço e também possa ser invocado por outro serviço. Portanto, um mesmo serviço pode ser tanto cliente como servidor, dependendo da composição feita para os vários processos de negócio da organização. A seleção de serviços e a sequencia de suas invocações é que determinam o comportamento do sistema, ou seja, a funcionalidade global da aplicação está associada a um processo de negócio. Portanto, serviços representam a menor unidade de uma aplicação SOA. Os serviços são disponibilizados em um Enterprise Service Bus (ESB) ou barramento corporativo de serviços, tal como ilustra a figura 1. As principais funcionalidades de um ESB é: agir como um mediador, um message broker dos serviços; permitir customizações no serviço de mensagens; orquestrar os serviços; validar e rotear mensagens; converter formatos diferentes de mensagens; permitir um baixo acoplamento entre sistemas; e controlar os acessos, monitoramentos de 146 segurança e criptografia dos sistemas que estão acoplados ao barramento. As vantagens desta arquitetura são: o baixo acoplamento entre aplicações; alta interoperabilidade entre plataformas tecnológicas; alta reutilização das regras de negócio; resposta rápida a mudanças nos processos de negócio; serviços são facilmente testados; permite uma execução de serviços de forma tanto síncrona como assíncrona e permite uma flexibilidade no controle dos serviços em ternos de que sua busca, seleção e composição podem ser feitos tanto à priori, estaticamente e manualmente, como em tempo de execução, dinâmica e automaticamente. Os serviços são disponibilizados em uma rede de forma independente e se comunicam através de padrões abertos. A maior parte das implementações de SOA se utilizam de web services (WSI, 2013). Com o problema e cenário assim descritos, a intenção deste projeto de pesquisa pode ser sumarizada na seguinte questão de pesquisa: como adotar uma arquitetura orientada a serviços para superar a desintegração dos sistemas de informação em saúde no SUS? Para estudar este tema, será realizado um levantamento aprofundado dos sistemas em uso no SUS no intuito de implementar e aplicar uma arquitetura orientada a serviços de saúde, tendo como o estudo de caso da pesquisa a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (SESAU). APLICAÇÃO DE POLIMEROS SUPERABSORVENTES COMO IMPERMEABILIZANTES NA CONSTRUÇÃO CIVIL AUTOR (A): RONALDO DIONÍSIO DA SILVA A palavra polímero vem da junção das palavras gregas poli (muitas) e mero (partes), ou seja, “um polímero” é uma macromolécula formada por milhares de unidades de repetição denominadas meros, ligados por ligação covalente. Para a síntese de um polímero, é necessário que pequenas moléculas (monômeros) se liguem entre si para formar uma longa cadeia polimérica. Estes reagem por adição ou condensação, produzindo os polímeros com diferentes propriedades físico-químicas e mecânicas. Os tipos de polímeros mais consumidos atualmente são os Polietilenos (PE), Polipropilenos (PP), Poliestirenos (PS), Poliesters e Poliuretanos (PU); que devido a sua grande produção e utilização e são chamados de polímeros commodities. Outras classes de polímeros, como os Poliacrilatos, Policarbonatos e Fluorpolímeros tem tido uso crescente no mercado. Por final, os polimeros são classificados como termoplásticos, termorrígidos e fibras. Os polímeros superabsorventes (PSA) que são materiais hidrofílicos, ou seja, são capazes de absorver grandes quantidades de água ou soluções aquosas devido a capacidade que o polímero superabsorvente tem de se expandir. A Figura 1 ilustra um exemplo de polímero superabsorvente comercial (Poliacrilato de Sódio), usualmente utilizado na hidratação de plantas. Os pioneiros na síntese e trabalho com os hidrogéis neutros foram a dupla de cientistas Otto Wichterle e Drahoslav Lim em 1960. Eles sintetizaram pela primeira vez o hidrogel Poli- Metacrilato de Hidroxietila junto com o Diacrilato de Etileno, e também foram responsáveis pelo desenvolvendo os primeiros biomateriais, os quais tiveram como primeira 147 aplicação as lentes de contato. Na literatura, observa-se que os polímeros superabsorventes mais utilizados no dia a dia são a Poliacrilamida (PA), que absorve água por meio da formação de pontes de hidrogênio e o Poliacrilato de Sódio (PAS) (Figura 02). Neste último, o mecanismo de absorção é, primariamente, por osmose. A pressão osmótica faz com que o Poliacrilato de Sódio absorva água para equilibrar a concentração de íons sódio dentro e fora do polímero. O projeto se baseia na utilização dos polímeros superabsorventes (como poliacrilamida, poliacrilatos) na construção civil, onde esses, são redes poliméricas hidrofílicas tridimensionais que apresentam um aumento de volume na presença de água. A expansão volumétrica é devido à absorção desse líquido através de sua porosidade, retendoo dentro de sua estrutura, formada por ligações cruzadas entre as cadeias principais do polímero. AUTOMAÇÃO DE UMA TORRE DE CRAQUEAMENTO TÉRMICO DE BIODIESEL AUTOR (A): ROGÉRIO FERNANDES DE SOUZA O consumo de combustíveis fósseis derivados do petróleo apresenta um impacto negativo na qualidade do meio ambiente. A poluição do ar, as mudanças climáticas, os derramamentos de óleo e a geração de resíduos tóxicos são resultados do uso e da produção desses combustíveis. Pesquisas e programas governamentais vêm sendo realizados com o objetivo de desenvolver e produzir combustíveis alternativos, como por exemplo, os biocombustíveis etanol e biodiesel, comprovando a preocupação de governantes e instituições de pesquisas e a sociedade em geral com o possível esgotamento das reservas de petróleo e com a preservação ambiental. O biodiesel é uma dessas alternativas, pois é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais. Existem diferentes espécies de oleaginosas no Brasil que podem ser usadas para produzir o biodiesel. Entre elas estão a mamona, dendê, canola, girassol, amendoim, soja e algodão. Matérias-primas de origem animal, como o sebo bovino e a gordura suína, também podem ser utilizadas na fabricação do biodiesel. Acompanhando o movimento mundial, o Brasil dirigiu sua atenção no final da década de 1990 aos projetos destinados à pesquisa do biodiesel. No entanto, foi a partir do lançamento do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), em dezembro de 2004, pelo Governo Federal, que o biodiesel avançou significativamente, tornando-se um valioso instrumento de geração de riqueza e inclusão social. Acredita-se que, para o futuro, este combustível possa, aos poucos, substituir, nos veículos, os combustíveis fósseis. No entanto, uma desvantagem que se ver, no momento, é que se o consumo mundial aumentar em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Assim, em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, uma diminuição das reservas florestais do nosso planeta. Por outro lado, uma vertente para a produção do biodiesel, que se mostra bastante atrativa devido a seu forte apelo de cunho social e ambiental, e que minimiza o efeito citado 148 acima é o uso dos rejeitos do óleo de fritura. No Brasil, por exemplo, apenas uma pequena parte do óleo vegetal comestível (óleo de fritura) é reutilizada para a fabricação de sabão, sendo sua maior parte descartada na rede de esgotos, poluindo nossas águas. A produção de biocombustível a partir do óleo de fritura é possível através do uso de torres de fracionamento industriais. Esse processo trás benefícios, pois reduz vários problemas ambientais relacionados ao descarte deste óleo e possibilita aumentar a produção e a utilização de biocombustível, biodiesel, diminuindo a emissão de gases de efeito estufa, e contribuindo para a preservação do meio ambiente. O IFAL Campus Maceió, na pessoa do pesquisador, professor Paulo dos Santos, tem dado uma contribuição nesta área de combustíveis renováveis com o desenvolvimento de um protótipo, em escala reduzida, de uma usina de craqueamento térmico destinada ao reaproveitamento do óleo de fritura para a obtenção de biodiesel. Este projeto tem como objetivo o uso didático da torre para o ensino sobre a produção de biocombustíveis, tanto no âmbito do ensino técnico, abrangendo as áreas de mecânica, química, eletrônica e eletrotécnica, como também na área de formação geral para a disseminação, entre os nossos estudantes, da cultura do desenvolvimento sustentável e da geração de combustíveis renováveis tão em voga nos tempos atuais. No entanto, apenas as fases de construção da torre e produção do biodiesel foram finalizadas. Sendo necessário, por tanto, para a conclusão do projeto, desenvolvermos as fases de automação do sistema e de testes conclusivos (análises químicas) do produto conforme certificação da ANP. Desta forma, teremos um produto final (uma torre de craqueamento) com fins didáticos e também com possibilidade para a produção comercial do biodiesel. Diante do exposto, com este trabalho, procuramos efetivar a fase de automação eletrônica da torre de craqueamento, tornando o sistema autorregulável, tendo o mínimo de ação de um operador para o seu funcionamento. AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL DE BAIXO CUSTO UTILIZANDO A TECNOLOGIA DTMF AUTOR (A): JOSÉ ARNÓBIO DE ARAÚJO JÚNIOR No Brasil é crescente a necessidade de automação residencial, tendo em vista, o crescente desenvolvimento de novas tecnologias, tecnologias estas que proporcionam um elevado nível de conforto a todos os usuários das residências. A automação residencial está cada dia facilitando mais a vida dos moradores. Com a chegada de novas tecnologias, é possível levar esta facilidade e conforto para uma gama muito maior de pessoas por evitar quebradeiras para adequar a casa a automação. Outro fato importante a destacar é o elevado custo destas tecnologias, de forma que apenas uma pequena camada da população dispõe desta tecnologia. Nós que fazemos parte do IFAL, que somos uma instituição de referência, e mais precisamente em Arapiraca, que possui o curso integrado de nível médio em Eletroeletrônica, temos o dever de tentar desenvolver tecnologias, que sejam de fácil acesso e baixo custo. A justificativa deste projeto para a sociedade se deve pelo simples que hoje o conceito de automação residencial está mudado. Temos ao nosso alcance um gama de 149 oportunidades práticas e econômicas que utilizam automação, desde a básica a mais abrangente, em sistemas de integração para diversos ambientes. O resultado é um ambiente prático, agradável, confortável, mais bonito, valorizado e seguro, de acordo com o interesse do usuário. Este projeto na realidade é uma grande oportunidade que os alunos tem de desenvolver, através de uma tecnologia pouco utilizada para este fim, conhecimentos e oportunidades cada vez maiores, tendo em vista que em nosso pais a quantidade de residências que tem sistemas inteligentes ainda é muito pequena, comparado com países desenvolvidos. AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO MATERIAL TETRA PAK COMO IMPERMEABILIZANTE SUSTENTÁVEL A água é responsável por 85% das patologias encontradas nas edificações, podendo estar no estado sólido, liquido ou gasoso. A maio r par te do Brasil possui água no estado gasoso, o que é ainda mais prejudicial por possuir uma grande capacidade de penetração, apesar de sua importância ela é o agente canalizador que provoca a corrosão causando o envelhecimento da obra, assim todo e qual quer edifício deve conter as proteções adequadas, como os impermeabilizantes, para que as superfícies de paredes, pisos, lajes, reservatórios, jardineiras e demais áreas molhadas proporcione um aumento na qual idade de sua vida útil e conforto, porém, alguns desses possuem substâncias químicas, tóxicas e agressivas ao meio ambiente Sendo assim surge a ideia em proporcionar a utilização de caixas Tetra Pak como impermeabilizante em lajes, que por sua vez tenha como final idade acrescentar um jardim em sua última camada, formando o ponto de partida para buscar a inovação e a ousadia em novos impermeabilizantes, utilizando a criatividade e o baixo custo como índices principais de adaptação. a) b) c) d) VANTAGENS DO SEU EMPREGO: Podem ser mencionadas tais vantagens do impermeabilizante sustentável: Retirar do meio ambiente o agente agressivo, material tetra -pak; Diminuir o custo do transporte por possuir um fácil acesso; Reduzir o custo geral da obra; Incentivar o uso de jardins proporcionando melhorias no bem estar. DESCRIÇÃO DO PROCESSO Para a fabricação do impermeabilizante sustentável, basicamente substituiremos o convencional por material reciclável, que serão as caixas tetra pak, analisando por meio de ensaios laboratoriais e experimentais sua durabilidade, resistência à tração e alongamento, aderência e capacidade de impermeabilidade. O resíduo que será utilizado está disponível a todos, porém o descarte não é seguro, dessa forma o impermeabilizante sustentável proporcionará um destino a esse material e tornará esse sistema mais acessível. 150 AVALIAÇÃO E ANÁLISE DE VIABILIDADE DE REDES MESH COMUNITÁRIAS PARA INCLUSÃODIGITAL ATRAVÉS DE TELECOMUNICAÇÃO HUMANITÁRIA E ACESSO À INTERNET AUTOR (A): BRENO JACINTO DUARTE DA COSTA Redes Mesh Comunitárias são um exemplo de rede de comunicações de dados de forma distribuída sem fios, capaz de operar sem a necessidade de uma entidade central que controle os mecanismos de comunicação da rede. Neste sentido, as Redes Mesh Comunitárias podem ser consideradas Redes de Computadores que podem ser construídas por qualquer pessoa, usando equipamentos e tecnologias disponíveis no mercado e em sua maioria sendo de código aberto. Aliado a tecnologia de Voz sobre IP (VoIP), uma Rede Mesh Comunitária tem o potencial de prover uma infraestrutura distribuída de comunicação de VoIP e acesso a Internet para todos os participantes da Rede. As empresas de Telecomunicação tem interesses comerciais e, portanto, abrangem áreas onde há suficiente poder aquisitivo. Regiões carentes ficam, portanto, restritas a estas tecnologias e os benefícios que as mesmas trazem a nossa sociedade. Este projeto tem o intuito de experimentar com Redes Mesh Comunitárias em uma comunidade carentes do Estado, onde ainda não haja telecomunicação disponível e/ou acesso a Internet. Através desta rede, será possível dispor de comunicação de dados e voz na área de cobertura da rede, e, caso exista em regiões mais próximas, acesso à Internet através de um ou mais participantes da rede que também estejam conectados à Internet. BIOLOGIA REPRODUTIVA DE ESPÉCIES VEGETAIS, ENCONTRADAS NA CAATINGA DO MÚNICIPIO DE SANTANA DO IPANEMA, COM POTENCIAL APÍCOLA AUTOR (A): PETRUCIO ALEXANDRE FONSECA RIOS A biologia reprodutiva das plantas constitui um elemento chave no esclarecimento dos padrões de distribuição e abundância das espécies; o estudo desse processo pode ser riquíssimo para o melhor entendimento de uma comunidade vegetal (Dalling, 2002). Tais estudos envolvem vários aspectos como fenologia, biologia floral, sistema reprodutivo e de polinização. Segundo Kearns & Inouye (1993), a partir da compreensão das características da morfologia e biologia floral é possível avaliar as interações entre o pólen e o estigma, flores e polinizadores, bem como, do sucesso reprodutivo das espécies vegetais. De maneira que, essas informações ampliam o conhecimento a respeito da ecologia evolutiva das espécies, indicando a maneira pela qual garantem a sua sobrevivência e perpetuação ao longo dos tempos, em diferentes ambientes. Sendo o estudo da biologia reprodutiva das espécies (especialmente das raras e em perigo de extinção, com potencial comercial, agrícola e medicinal) o primeiro passo para a sua conservação in situ e ex situ (Lenzi & Orth 2004), domesticação e manejo sustentado (Kearns & Inouye, 1993). Outro ponto importante esta na possibilidade de levantamento das espécies de 151 visitantes florais o que fornece subsídios para estudos sobre a biodiversidade, incluindo a fauna apícola local e para a ecologia da polinização de uma determinada planta; levando a um entendimento muito maior dos benefícios e serviços fornecidos pela diversidade de polinizadores. CARACTERIZAÇÃO DE TIJOLOS SOLO-CIMENTO FABRICADOS COM SOLO DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS E CINZAS DO BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR AUTOR (A): SHEYLA KAROLINA JUSTINO MARQUES Dentre vários tipos de construções, a execução de unidades habitacionais consiste numa importante área de atuação da Engenharia civil. Considerando que há um déficit habitacional no Brasil, a solução proposta pelo setor da construção civil e pelo governo é intensificar o número de construções para suprir da população de baixa renda, principalmente. Com o crescimento acelerado da população, o número e o vulto das obras estão aumentando (SOUZA, 2000). Na construção de casas populares, uso de tijolos de solo-cimento, também conhecidos como tijolos ecológicos, é bastante difundido pela vantagem da sua rápida fabricação no próprio canteiro de obras, a mão-de-obra para operar os equipamentos não precisar ser especializada, podendo ser confeccionados pela própria comunidade, e também a boa qualidade e regularidade no aspecto final das peças, propiciando um menor consumo de argamassa de assentamento e de revestimentos. Dessa forma, as obras terminam em prazos mais curtos, promovendo uma relação custobenefício bem mais satisfatória. O solo-cimento é o material resultante da mistura homogênea, compactada e curada de solo, cimento e água em proporções adequadas. O produto resultante deste processo é um material com boa resistência à compressão, bom índice de impermeabilidade, baixo índice de retração volumétrica e boa durabilidade. Em termos de tijolos solo-cimento, a maior quantidade de matéria-prima é direcionada ao solo. Os solos são misturas complexas de materiais inorgânicos e resíduos orgânicos parcialmente decompostos, e diferem grandemente de área para área, não só em quantidade, mas também qualitativamente. Por esta razão é utilizado largamente como matéria-prima na indústria da Construção Civil, incluindo a fabricação de tijolos solocimento. Além dos tijolos, as aplicações em solo-cimento que requerem menores custos construtivos, são: contenções de encostas, contenções de barreiras de rodovias (sacos de arrimo), contra-pisos de rodagem em rodovias (solo-cimento compactado) e pistas de rodagem de aeroportos (solo-cimento compactado). O fato da indústria da construção civil ter uma importante representação mundial no consumo de recursos naturais, como na geração de impactos ambientais e resíduos, torna-se necessário, e de extrema relevância, o planejamento do consumo dos bens naturais não renováveis, o gerenciamento dos resíduos gerados na construção, e a reutilização e incorporação de resíduos na fabricação e aprimoramento de novos materiais (ÂNGULO et al., 2001). 152 A reciclagem de resíduos é uma das muitas condições para aumentar a sustentabilidade da economia, uma vez que a geração desses é inevitável. As vantagens potenciais da reciclagem para a sociedade são, entre outras, a preservação de recursos naturais, economia de energia, redução do volume de aterros, redução da poluição, geração de empregos, redução do custo do controle ambiental pelas indústrias, aumento da durabilidade e, até mesmo, a economia de divisas (JOHN, 2000). A inclusão de elementos de reforço nos solos, para melhoria de suas propriedades, já era do conhecimento de povos da antiguidade. Isto pode ser confirmado através de algumas construções, ainda existentes nos dias de hoje, como as muralhas de Ziggurat de Agar Quf, na Mesopotâmia (1400 a.C.), construídas utilizando-se camadas intercaladas de solo e mantas de raízes. Os Incas utilizavam lã de lhama misturada ao solo na construção de estradas resistentes ao tempo (PALMEIRA, 1992). A incorporação de resíduos em tijolos de solo-cimento já vem sendo utilizado no projeto de pesquisa desenvolvido no ano de 2012, e tem trazido resultados positivos, tanto em termos de características tecnológicas, quanto em termos de preservação ambiental. Dessa forma, baseado neste panorama, o reaproveitamento das cinzas do bagaço de cana-de-açúcar, significa tanto uma redução financeira de custos como a perspectiva de um material com aplicabilidade no setor, implicando em melhores condições da qualidade de vida para uma faixa econômica da sociedade. Este trabalho visa prosseguir o estudo da incorporação de cinzas do bagaço de canade-açúcar em formulações para tijolos de solo cimento. Os resultados experimentais realizados no ano de 2012 comprovaram a eficiência e o elevado potencial das cinzas do bagaço de cana-de-açúcar, sendo assim a proposta é continuar com a pesquisa realizando a caracterização e ensaios de durabilidade dos tijolos moldados. Solo Se for tomada exclusivamente a finalidade a ser dada neste estudo, o solo pode ser definido como um material não consolidado da camada superficial da terra, facilmente desagregável, contendo minerais diversos sob as formas de areia (pequenas partículas bem resistentes, duras, no intervalo granulométrico de 2,0 a 0,062mm); de silte (partículas mais finas que a areia, geralmente sedimentadas sob a forma de camadas pulverizadas, no intervalo granulométrico de 0,062 a 0,004mm); e de argilas (silicatos hidratados de alumínio, com granulometria inferior a <0,004) (CEBRACE, 1981). A porção externa e superficial da crosta terrestre é formada por vários tipos de corpos rochosos que constituem o manto rochoso. Estas rochas estão sujeitas a condições que alteram a sua forma física e sua composição química. Estes fatores que produzem essas alterações são chamados de agentes de intemperismo. Pode-se então conceituar o intemperismo como o conjunto de processos físicos e químicos que modificam as rochas quando expostas ao tempo (VARELA, 2009). O processo do intemperismo se dá em duas fases: - Intemperismo físico – desintegração da rocha; - Intemperismo químico – decomposição da rocha. A desintegração (intemperismo físico) é a ruptura das rochas inicialmente em fendas, progredindo para partículas de tamanhos menores, sem, no entanto, haver mudança na sua composição. Nesta desintegração, através de agentes como água, temperatura, pressão, 153 vegetação e vento, formam-se os pedregulhos e as areias (solos de partículas grossas) e até mesmo os siltes (partícula intermediária entre areia e argila). Somente em condições especiais são formadas as argilas (partículas finas), resultantes da decomposição do feldspato das rochas ígneas (CAPUTO, 1987). A decomposição (intemperismo químico) é o processo onde há modificação mineralógica das rochas de origem. O principal agente é a água, e os mais importantes mecanismos modificadores são a oxidação, hidratação, carbonatação e os efeitos químicos resultantes do apodrecimento de vegetais e animais. Normalmente a desintegração e a decomposição atuam juntas, uma vez que a ruptura física da rocha permite a circulação da água e de agentes químicos. Os organismos vivos concorrem também na desagregação puramente física e na decomposição química das rochas (VARELA, 2009). Cimento Portland A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU, que designava na velha Roma espécie de pedra natural de rochedos e não esquadrejada. A origem do cimento remonta há cerca de 4.500 anos. Os imponentes monumentos do Egito antigo já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o uso de solos de origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou das proximidades da cidade italiana de Pozzuoli, que possuíam propriedades de endurecimento sob a ação da água (ABCP,2000). O grande passo no desenvolvimento do cimento foi dado em 1756 pelo inglês John Smeaton, que conseguiu obter um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. Cinzas do Bagaço de cana-de-açúcar A agroindústria de cana-de-açúcar no Brasil tem como objetivo a produção de açúcar para os mercados interno e externo e de álcool combustível para atender a demanda nacional de combustíveis. A implementação do projeto PROALCOOL no Brasil (CORTEZ, 1991) impulsionou a indústria sucro alcooleira, com a conseqüente geração de resíduos. A cultura da cana no país foi introduzida sem a devida preocupação com o aproveitamento comercial dos subprodutos. Os principais subprodutos das usinas de açúcar e álcool são o vinhoto, a torta de filtro e o bagaço. A otimização dos processos para viabilizar a melhor utilização desses subprodutos e o desenvolvimento de outros processos que aumentem o seu valor tem sido objeto de atenção de indústrias do setor. A queima do bagaço excedente da cana-de-açúcar possibilita o seu uso em substituição ao óleo combustível e outros energéticos. Porém, a pirólise do bagaço gera uma espécie de cinza composta em sua maior parte de materiais inorgânicos e com aspecto grosseiro. A incorporação de resíduos sólidos em matriz cimentícea é uma das possíveis soluções para viabilizar a utilização desse material. Vários subprodutos industriais e agrícolas apresentam características pozolânicas, com destaque para as cinzas volantes provenientes da queima do carvão em usinas termoelétricas. Pozolanas são materiais silicosos ou silico-aluminosos, que por si só possuem pouca ou nenhuma atividade aglomerante hidráulica, entretanto quando 154 preparados adequadamente (moídos), exibem a propriedade de reagirem em meio aquoso e a temperatura ambiente com o hidróxido de cálcio, proporcionando a formação de novos compostos, com propriedades aglomerantes (cimentíceas) e, portanto insolúveis em água. CARREGADOR DE BATERIAS PARA EMBARCAÇÕES USANDO AS ENERGIAS SOLAR E EÓLICA AUTOR (A): LEONALDO JOSÉ LYRA DO NASCIMENTO Este projeto tem por objetivo o desenvolvimento de um carregador de baterias que utiliza as energias solar e eólica como fonte de energia para ser usado em embarcações de pequeno e médio porte que velejam em mares, rios e lagoas. Esse projeto é composto por painel solar fotovoltaico, circuitos eletrônicos de sinais e de potência, controladores de cargas, gerador eólico, microcontroladores, motores de passos, sistema mecânico móvel e programas computacionais desenvolvidos em linguagem C. Dois tipos de fontes de energia serão usados: a energia solar e a energia eólica. A conversão da energia solar em elétrica é feita pelo painel solar fotovoltaico, e a conversão da energia eólica para elétrica é feita pelo gerador eólico. Este último será construído artesanalmente pelos alunos baseado no conhecimento adquirido em disciplinas de conversão de energia eletromagnética e de máquinas elétricas. A energia elétrica a ser armazenada em baterias provém de energias solar e eólica após serem convertidas em elétricas pelo sistema. O sistema mecânico móvel permite posicionar e reposicionar o painel solar fotovoltaico em posições perpendiculares às direções dos raios solares durante o dia e também durante as noites de luas cheias a fim de captar a máxima intensidade da radiação solar. Como a embarcação estará sempre em constante mudança de direção em relação à direção do sol, um sistema de controle inteligente desenvolvido em linguagem C para os microcomputadores arduinos e/ou PIC’s, será desenvolvido para corrigir essas posições. O sistema de controle inteligente contará com dois programas computacionais, o principal e o secundário. O principal fará a função do posicionamento do painel solar em temo real e automático e o secundário, terá como função de seguir um programa específico que contém: informações de tempos (segundos, minutos e horas), datas e radiações solares durante o ano. Esses dados serão obtidos em experiências a serem realizados pelos alunos durante determinados períodos do ano, e armazenados em arquivos de dados para posteriormente serem utilizados pelo sistema. O microcontrolador secundário assumirá o controle do sistema nos casos em que o microcontrolador principal entrar em pane. A figura abaixo mostra o microcontrolador arduino, motor de passos, painel solar fotovoltaico que fazem partes deste projeto. Um estudo da autonomia de energia, a partir da captação das energias solar e eólica, consome de energia elétrica e quantidade de baterias, será feito neste projeto. 155 COMPARAÇÃO DOS DIFERENTES PRÉ-TRATAMENTOS NA PRODUÇÃO DE BIOETANOL APARTIR DO BAGAÇO E DA PALHA DA CANA-DE-AÇÚCAR AUTOR (A): CECILIA DANTAS VICENTE A demanda por novas fontes de energia e tecnologia cresce demasiadamente, pois a preocupação atual com a preservação e a proteção do meio ambiente se desperta em todas as áreas, com a finalidade de gerar energia sem prejudicar o meio ambiente e que consigam sustentar o consumo existente. A energia de materiais orgânicos de plantas e animais é uma das principais alternativas energéticas da atualidade. A bioenergia é toda e qualquer forma de energia associada a formas de energia química acumulada mediante processos fotossintéticos. Os recursos naturais que dispõem da bioenergia denominam-se, geralmente, biomassa, que podem ser processadas para a obtenção de formas mais elaboradas para o aproveitamento humano (BNDES; CGEE, 2008 modificado por FERREIRA, 2012). O bioetanol (álcool etílico CH3-CH2-OH) é um biocombustível líquido que pode ser produzido a partir de diferentes tipos de biomassa e por diferentes tecnologias de conversão. É um combustível alternativo muito atrativo porque é feito a partir de recursos renováveis e possui grande quantidade de oxigênio em sua composição (Balat et al., 2008). O que diferencia o bioetanol de segunda geração do etanol de primeira geração é a matéria-prima. O de primeira geração utiliza a sacarose encontrada nos colmos da cana-de açúcar e no amido do milho, e o de segunda geração utiliza a celulose dos materiais lignocelulósicos (BNDES; CGEE, 2008). Para bioetanol de segunda geração, uma das dificuldades de produção é a quebra da estrutura de proteção da celulose, em que é necessário o processo de hidrólise ácida ou enzimática (BUCKERIDGE et al., 2010). A biomassa lignocelulósica é composta basicamente de carboidratos (celulose e hemicelulose), lignina e uma pequena parte de extrativos, ácidos, sais e minerais 156 (CORAL, 2009 modificado por FERREIRA, 2012). A dificuldade de converter esses materiais em insumos químicos se dá pelas características morfológicas existentes entre as três principais componentes da parede celular: celulose, hemicelulose e lignina (PITARELO, 2007). Uma grande parte dos materiais com alto teor de celulose susceptíveis a serem utilizados como matéria-prima para a produção de etanol-combustível, são gerados como resíduos nos processos produtivos dos setores agrícola, florestal e industrial. Assim, poderiam considerar-se os resíduos gerados em algumas indústrias, como a indústria do papel e celulose, açúcar e álcool (bagaço e palha) e fração orgânica dos resíduos industriais. Muitos destes resíduos não tem valor econômico no contexto que são gerados, e provocam problemas ambientais durante sua eliminação (CORAL, 2009). O bagaço da cana-de-açúcar é um dos subprodutos da indústria da cana. É constituído por celulose, hemicelulose e lignina. (UDOP, 2009). A maioria dos processos de produção de bioetanol, a partir de materiais lignocelulósicos, são processados nas seguintes etapas: pré-tratamento das matérias-primas, hidrólise, fermentação e destilação. No processo de produção de etanol a partir da biomassa, o pré-tratamento basicamente refere-se às ações mecânicas e físicas para limpar e dimensionar a biomassa, e à destruição da sua estrutura celular para os tratamentos químicos ou biológicos posteriores. A celulose da biomassa é naturalmente resistente ao ataque enzimático. Por isto, faz-se necessária uma etapa de pré-tratamento. Esta etapa deve facilitar a conversão das frações celulósicas e hemicelulósicas da biomassa em açúcares enquanto minimiza a degradação das mesmas em componentes que não podem ser logo fermentados. Cada tipo de biomassa requer um método de pré-tratamento particular para minimizar a degradação do substrato, e maximizar o rendimento de açúcar (Sun e Cheng, 2002). COMPARAÇÃO ENTRE DIVERSOS MÉTODOS DE PROCESSAMENTO DO QUEIJO MUSSARELA: ANÁLISE MICROBIOLOGICA E SENSORIAL. AUTOR (A): DANIELE GOMES DE LYRA O leite - item que integra o agronegócio brasileiro - é um alimento de excelente qualidade nutritiva que pode ser utilizado tanto “in natura” quanto processado em derivados, cuja forma agrega valores ao produto, aumenta a sua vida útil e diversifica os modos de consumo (SENAR, 2009). Segundo as projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil no ano de 2010, produziu 30,7 bilhões de litros de leite. Foi o 5º maior produtor mundial em 2010, segundo avaliação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção, obteve crescimento de 50% em relação ao ano de 2001. Entretanto, a grande produção ainda provém de animais de baixa produtividade, e esta tem aumentado de maneira modesta desde 2001. Entre este ano e o ano de 2010, a produção cresceu 19%, de 1.127 para 1.340 litros anuais por vaca (GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, 2012). O queijo é um dos derivados do leite com maior valor agregado e destaque no campo econômico, o mesmo é considerado uma das formas mais antigas de conservação do 157 leite, sendo altamente nutritivo devido aos seus teores de proteínas, gorduras, cálcio, fósforo e vitaminas. (GOLLO, 2002). O mesmo autor aponta ainda seu destaque pelas suas características dietéticas, além de suas qualidades sensoriais como aroma, sabor, textura e digestabilidade. A manutenção da qualidade sensorial e nutritiva do queijo também é um imperativo do mercado atual requerendo avanços na indústria de laticínios em termos de processos, equipamentos, instalações, padrões higiênico-sanitários, embalagens e no seu nível gerencial (MENDES,1997). Em 2011 foram produzidos 867,1 mil toneladas de queijos no país, 9,4% mais que em 2010, segundo os últimos dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias de Queijos (ABIQ). Os números divulgados pela ABIQ também mostram o aumento no consumo per capita de queijos pelos brasileiros, entre 2000 e 2008 o consumo de queijo no Brasil cresceu 30,8%, passando de 2,6 kg/habitante/ano para 3,4 kg/habitante/ano.Os queijos mais produzidos são: mussarela, requeijão culinário, prato, requeijão cremoso e petit suisse, nesta ordem (PORTAL DO AGRONEGÓCIO, 2013). De acordo com o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (BRASIL, 1980), o queijo tipo mussarela é o produto obtido a partir do leite pasteurizado, de massa filada e não prensada, entregue ao consumo ate cinco dias após a fabricação, devendo apresentar-se com formato variável, crosta fina de cor amarelada,consistência de massa semidura, textura compacta e fechada, cor branco-creme e homogênea, odor e sabor suave e salgado, respectivamente. O queijo mussarela começou a ser produzido na Itália após o século XII, exclusivamente com uso de leite integral de búfalas. Sua obtenção é realizada pela filagem da massa com água quente, a qual é desmineralizada em função do pH permitindo a formação de fios e moldagem (CHAPMAN & SHARPE, 1981). A técnica de elaboração de queijos e seu consumo variam radicalmente nas diferentes regiões do mundo segundo fatores tais como históricos, geográficos e econômicos. Para cada um dos diferentes queijos que se deseja elaborar são necessários determinados cuidados e operações diferenciadas (TRONCO, 1996). O processo de fabricação da mussarela envolve a obtenção da coalhada, a sua acidificação, a fusão em água quente, o esticamento até a obtenção de uma massa macia e homogênea (filagem), o corte, a moldagem dessa massa, o endurecimento e a salga em salmoura fria (VALLE, 1989). Segundo o autor, esse queijo pode se apresentar com forma e pesos variados, sendo consumido puro ou fazendo parte de diversos pratos. Devido ás peculiaridades da tecnologia de preparo, é produzido no Brasil, principalmente por pequenas indústrias e a nível artesanal, sendo distribuído por quase todo o país. Entre as etapas mais importantes do processamento da mussarela esta a salga do queijo, e a fermentação. A salga feita por submersão, onde o produto é mantido em salmoura por tempo variável. Para o queijo tipo mussarela esse intervalo de tempo varia de 5 a 10 horas a uma temperatura de 18°C a depender da quantidade de queijo (SHEGDONI et al., 1979). A salmoura é geralmente reutilizada na indústria de queijos, fator este representa motivo de preocupação, pois acarreta aumento de impurezas nesta solução, o que pode ocasionar modificações em sua composição físico-química (CASALIS et al., 1969), de modo a propiciar maior sobrevivência e/ou multiplicação de microrganismos (LACHICA, 1971). Alguns autores, dentre eles Gerhardt (2003) apontam que o soro lácteo pode ser empregado em processos de fermentação láctica, como o necessário para obtenção da 158 mussarela. A utilização do soro como ingrediente de diversos produtos tornou-se um artifício cada vez mais utilizado pela indústria alimentícia. O soro lácteo pode ser definido como a fração aquosa do leite que é separada da caseína durante a produção de queijos, correspondendo a cerca de 90% do volume do leite, dependendo do tipo de queijo processado (FURTADO E LOURENÇO NETO, 1994; CAMARGO et al., 2000). Além da utilização deste subproduto, e sua facilidade de utilização o soro lácteo também proporciona maior qualidade nutricional ao produto devido ao seu alto teor de proteínas e aminoácidos essenciais. Alternativas como a utilização do soro, podem promover melhorias ao desenvolvimento do queijo mussarela, produto este que pode ser explorado, com êxito, nas grandes e pequenas indústrias. Por ser um produto que pode ser comercializado, em curto período de tempo, apresentar elevado rendimento e resultar em custo baixo na sua produção, torna-se uma atividade compensadora no mercado brasileiro. CONCHAS DE SURURU (MYTELLA FALCATA) COMO FONTE ALTERNATIVA DE CÁLCIO EM DIETAS DE TILÁPIAS DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS) AUTOR (A): DANIEL DE MAGALHÃES ARAUJO A aquicultura é uma das atividades agropecuárias que mais cresce no Brasil. Com o declínio da pesca e aumento do consumo médio do pescado no país a aquicultura tem sido responsável por suprir a demanda por pescados no mercado internacional. Este cenário, segundo os especialistas, será mantido indefinidamente ao longo de vários anos, garantindo o crescimento da atividade de aquicultura. Aliado a isto, a presença de características naturais favoráveis, como clima, grande quantidade de água disponível em rios e reservatórios naturais e artificiais, como também grande número de espécies com potencial de cultivo reforçam a vocação brasileira para a atividade. A produção pesqueira e aquícola mundial atingiu a 155,8 milhões de toneladas em 2007 e 159,2 milhões em 2008. No Brasil a produção estimada nestes anos foi de 1,07 e 1,15 milhões de toneladas, alcançando cerca de 1,24 milhões de toneladas em 2009, sendo que 415.639 toneladas são oriundas da aqüicultura e o restante da pesca. Em Alagoas a produção de pescado acompanhou o crescimento observado no país, sendo produzidas em 2008 e 2009, respectivamente, 16.373 e 17.479 toneladas, sendo identificada a redução dos produtos oriundos da pesca e crescimento daqueles oriundos da aqüicultura (MPA, 2010). Diante do crescimento da produção de organismos aquáticos e desenvolvimento da indústria ligada a este setor, a produção de resíduos gerados aumenta proporcionalmente, assim como a demanda por rações para alimentação dos organismos cultivados. Alguns destes resíduos podem ser utilizados na alimentação dos próprios organismos aquáticos, o que pode auxiliar o setor em duas vertentes: redução do impacto ambiental e maior oferta de ingredientes para uso na alimentação animal. No estado de Alagoas um dos principais recursos pesqueiros é o sururu, com cadeia produtiva estabelecida e amplo interesse do Governo do Estado na atividade. Prova disto é o convênio com a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) para a realização de um diagnóstico dos pescadores e da pesca destes organismos, 159 assim como da sua cadeia produtiva. Com esta ação o Governo busca informações para ações de gerência e regulamentação da atividade no Complexo Estuarino Lagunar MundaúManguaba. Como as comunidades que vivem da exploração deste recurso pesqueiro dependem quase que exclusivamente desta atividade, e vivem em situação de vulnerabilidade econômica e social, é importante auxiliar na sustentabilidade da atividade e manutenção ou mesmo aumento da renda mínima para os comunitários. Desenvolver um novo ingrediente para uso em rações de peixes a partir do resíduo do beneficiamento do sururu (basicamente conchas), que possa substituir parcial ou totalmente as fontes tradicionais de cálcio resultaria em maior sustentabilidade ambiental, social e econômica da atividade. DA RECEPÇÃO À GERÊNCIA: SABERES (DOS) PROFISSIONAIS NA HOTELARIA ALAGOANA AUTOR (A): ADRIANA PAULA QUIXABEIRA R. S. O. SANTOS O presente projeto de pesquisa de Iniciação Científico tem como inspiração o Turismo como atividade produtiva e fonte de inovação como indústria invisível que movimenta milhões de pessoas e de dólares. Nas bases da reflexão turística pode-se indagar o porquê da transformação dessa atividade em um produto precioso nos dias atuais. Como afirma TRIGO, O fenômeno turístico nas sociedades pós-industriais não é um fenômeno recente, na medida em que se desenvolveu de forma sistematizada desde meados do século XIX, mas tornou-se mais acessível a grandes parcelas da população após a década de 1950. O turismo democratizou-se nos países desenvolvidos, graças às conquistas sociais dos trabalhadores, que significaram melhores salários, férias remuneradas e tempo livre da produção para atividades de sua escolha, inclusive no campo do lazer, no qual se insere o turismo (1999, p. 34). Em tempos de globalização, de fato, a classe-que-vive-do-trabalho está cada vez mais voltada para o entretenimento e diversão, visto que fatores como jornada de trabalho dupla, estresse, recebimento de um incentivo da empresa, promoções, marketing de pacotes de viagem com ampla divulgação na mídia impressa e eletrônica atraem o homem e a mulher a promover para si mesmos momentos de distração e conforto. Poderíamos indagar quais os motivos que levam as pessoas, dentre tantas opções, a escolher viagens na utilização de seu tempo livre, seja em férias, feriados prolongados ou simplesmente pequenos passeios de final de semana. Algumas motivações mais comuns na escolha de viagens são apontadas por ANDRADE (1997, p. 17-18), das quais se destacam: os meios de comunicação de massa, que estimulam continuamente o empreendimento de viagens, seja para cultura, lazer ou repouso, além dos compromissos profissionais; e, porque as viagens se tornaram um produto altamente comerciável, com marketing e merchandising bem planejado e difundidos no mercado. RUSCHMANN (1999, p. 51), citando RITCHIE e ZINS, enumera os principais elementos culturais que motivam os turistas a visitar determinadas regiões: 160 Artesanato; idioma; tradições; gastronomia; artes – cênicas e plásticas; música – erudita e popular; a história regional – inclusive as relíquias; os tipos de trabalho e as técnicas utilizadas; arquitetura – antiga ou moderna; as manifestações religiosas; sistemas educacionais; vestuário; atividades de lazer. Além disso, acrescentaríamos o fator de intercâmbio sócio-cultural, evidenciando-se que as pessoas, hoje, buscam uma identidade ainda maior e uma “mistura” com outros povos; a curiosidade também é outro fator a se considerar. Na era global, se mundializam pessoas, ideias e coisas, e não só mercadorias. Mas, conceitualmente, o que seria essa atividade – TURISMO? Segundo HERMAN VON SCHULLARD, que primeiro definiu o turismo, ele compreende “a soma das operações, especialmente as de natureza econômica, diretamente relacionadas com a entrada, a permanência e o deslocamento de estrangeiros para dentro e para fora de um país, cidade ou região” (Apud, ANDRADE, 1997, p. 33). EDMOND PICARD diz que “a função do turismo é a importação de divisas pelos países. Seu impacto reside no fato do que as despesas de turismo podem fazer para os diferentes setores da economia e, em particular, para os proprietários e gerentes de hotéis” (Apud, ANDRADE, 1997, p. 35). Com o surgimento da Escola de Berlim, em 1929, várias concepções de Turismo se seguiram, ocorrendo uma evolução no conceito original como se observa nas definições de GLÜCKSMANN que definiu turismo como “a soma das relações que se estabelecem entre as pessoas que se encontram de passagem por determinada localidade, e as que nela habitam” (Apud, ANDRADE, 1997, p. 36), e, HUNZIKER e KRAPF, que afirmam ser o turismo “o conjunto das inter-relações e dos fenômenos que se produzem como consequências de viagens e das estadas de forasteiros, sempre que delas não resulte um assentamento permanente nem que eles se vinculem a alguma atividade produtiva” (Ibidem, ANDRADE, 1997, p. 37). Com base nessas definições, pode-se vislumbrar a anatomia do fenômeno turístico que, segundo SALAH-ELDIN ABDEL WAHAB (1991, p. 4), é composta por três elementos: o homem, o espaço e o tempo. O homem se constitui o elemento próprio do ato de turismo, ou seja, seu ator. O espaço, elemento físico, que é coberto pelo próprio ato turístico. O tempo, compõe o elemento temporal (final), que é consumido com a própria viagem executada pelo homem. Seguindo a abordagem científica do referido autor, vale destacar parte de sua conceituação, dada a clareza ao sinalizar o turismo como uma indústria, que traz, conseqüentemente, benefícios econômicos, sociais e culturais, principalmente para o país receptor, visto que O turismo é uma indústria cujos produtos são consumidos no local formando exportações invisíveis. Os benefícios originários deste fenômeno podem ser verificados na vida econômica, política, cultural e psicossociológica da comunidade (1991, p. 26) (grifos nossos). Assim, para o turismo, dentro do fenômeno da mundialização, não existem fronteiras nem barreiras. As mercadorias são comercializadas e consumidas no mesmo local, o que transforma essa atividade produtiva numa atividade econômica de peso na ampliação de receitas. As exportações são realizadas de maneira que não se exige o deslocamento de 161 bens ao consumidor. Na mesma linha de raciocínio, para ANDRADE (1997, p. 41), o mercado turístico compreende, “o planejamento, a comercialização, a hospedagem completa e a utilização de outros serviços que, se não ultrapassam, também não se prendem à exclusiva motivação de lazer ou recreio”; o que representa um leque de opções e ocupações para os que buscam desenvolver uma atividade produtiva. Como foi chamado em sua fase “poética”, o turismo representa, hoje, uma espécie de indústria sem chaminés visto que seu conjunto de vantagens se apresenta superior ao de desvantagens, quando essa atividade é planejada e responsavelmente exercida. O presente projeto propõe um estudo inicial sobre os saberes profissionais dos sujeitos que trabalham prestando um serviço essencial para o turismo: a hospedagem. Sua proposição como projeto de inovação tecnológica é fruto de reflexões fundadas no significado da hospedagem para o exercício de um turismo sustentável social, ambiental e economicamente. Identificar os saberes (dos) profissionais da hotelaria alagoana é um estudo pioneiro que vai gerar uma referência teórica e prática nova. DENSENVOLVIMENTO DE PROCESSO TECNOLÓGICO PARA OBTENÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO A PARTIR DA CASCA DO MARACUJÁ AUTOR (A): CECILIA DANTAS VICENTE A planta da família (passifloraceae) mais conhecida como 'maracujá', é produzida durante o ano todo em temperaturas médias de 20 a 32ºC. A fruta é fonte de carboidratos, além de conter vitaminas A, C e o complexo B. Ela é rica em sais minerais como cálcio, fósforo e ferro. Atualmente, é necessário o desenvolvimento social e o crescimento sustentável no país, pois o Brasil é o maior produtor de maracujá do mundo, sua matéria orgânica, é utilizada para várias finalidades ex.: medicinais, industriais, farmacêuticas, entre outras. Com essa grande produção de maracujá, empresas de beneficiamento de polpa de maracujá acabam gerando uma grande quantidade de matéria orgânica e muitas vezes essa matéria não tem uma destinação bem definida, podem servir para alimentação animal ou ir para aterros sanitários. Com o problema gerado por indústrias agrícolas o país passa por uma grande problemática no que diz respeito à distribuição, reciclagem e recolhimento do lixo. Ele gera diariamente cerca de 100 mil toneladas de lixo, onde a maior parte é constituída de material orgânico, isto é, restos de frutas, legumes, verduras e alimentos em geral. Apenas 1% do lixo orgânico é reciclado. A reciclagem de resíduos agrícolas e agroindustriais vem ganhando espaço cada vez maior, não simplesmente porque os resíduos representam “matérias primas” de baixo custo, mas, principalmente, porque os efeitos da degradação ambiental decorrente de atividades industriais e urbanas estão atingindo níveis cada vez mais alarmantes. Vários projetos de reciclagem têm sido bem sucedidos no Brasil e dentre eles destacam-se o aproveitamento de papel, plásticos, metais, óleos lubrificantes automotivos e industriais, soro de leite, bagaço de cana e material orgânico. Nos dias atuais é possível identificar projetos sociais que visam acabar com a 162 triste realidade em que o lixo está inserido, pois é possível encontrar matérias orgânicas que poderiam ser reaproveitadas para outras finalidades. O presente projeto tem como um dos principais fatores o aproveitamento do bagaço do maracujá na produção do biocombustível, encontrado no lixo orgânico produzidos por indústrias de beneficiamento de polpas de frutas. A motivação para o uso de biocombustível é seu potencial de reduzir a emissão de gases de efeito estufa de uma forma sustentável. No entanto eles terão de competir com outras formas de energias renováveis e também com tecnologias de sequestro de carbono em poços exauridos de petróleo. A economia de energia é uma alternativa de redução de gases de efeito estufa que terá de ser utilizada, mas enfrentará dificuldades em alguns caso por exigir mudança de hábitos, como o uso do veículo particular para transporte. Dessa forma, torna-se muito importante o balanço energético da cadeia produtiva do biocombustível e a quantidade de gases de efeito estufa emitidos na sua produção, incluindo as fases agrícolas e industrial. Aproveitar a matéria orgânica encontrada no lixo possibilita seu retorno ao consumo humano, no caso específico do bagaço do maracujá a utilização é feita através do biocombustível, que são os combustíveis de origem biológica. Eles podem ser produzidos através de milho, soja, canola, mamona, óleo de palma, microalgas, resíduos como bagaço da cana, resíduos da criação de peixes como a tilápia, restos de café, resíduos lenhosos e até dejetos humanos. Outro fator importante é a grande quantidade de resíduo gerado. Se esses tiverem utilidade energética isso traz diversas vantagens, pois o nível de poluição ambiental pode ser reduzido e a produção de energia limpa cresce. Um exemplo de energia limpa pode ser o etanol pode que é um biocombustível de segunda geração e tem grande poder energético. Sobre a lei ambiental, diversas fábricas e indústrias serão obrigadas a ser adequarem, pois devem cumprir todo o regulamento estabelecido pela constituição federativa, encontrando e viabilizando soluções para um destino ambientalmente correto para todos os resíduos produzidos. A melhor opção é a reciclagem desses resíduos. DESENVOLVIMENTO DE UM CONTROLADOR UNIVERSAL PARA SISTEMAS DE RASTREAMENTO SOLAR AUTOR (A): CARLOS ANTONIO ALVES DE OLIVEIRA O aumento crescente na demanda por eletricidade juntamente com a necessidade de redução na emissão de gases de efeito estufa têm levado a um crescimento mundial cada vez maior da utilização de fontes renováveis de energia. Neste cenário, o uso da energia solar tem se destacado nos últimos anos com a retomada da construção de usinas termosolares e um aumento na utilização de sistemas fotovoltaicos impulsionado pela forte redução em seu custo. A energia solar é a forma de energia primária mais abundante na terra, mas é também uma das mais dispersas e intermitentes quanto a sua utilização. É uma importante alternativa para a geração de eletricidade que, sob determinadas condições, oferece vantagens econômicas e ambientais. Existem duas formas distintas de converter a energia solar em eletricidade. A primeira é a conversão direta baseada no fenômeno 163 fotovoltaico, e a segunda técnica está relacionada à conversão da irradiação solar em calor e posteriormente em energia elétrica, denominada geração heliotérmica ou termosolar (OLIVEIRA, 2012). Vários estudos indicam um importante aumento na energia coletada com o uso de rastreadores solares em sistemas fotovoltaicos (VILELA, 2003) (OLIVEIRA et al., 2008) (OLIVEIRA, 2008), enquanto para sistemas heliotérmicos, que possuem algum tipo de concentrador óptico da radiação solar, o uso de rastreadores é indispensável. Muitos modelos de rastreadores solares têm sido propostos, e existem também diversos modelos disponíveis no mercado mundial. No entanto, estes rastreadores são, em geral, desenvolvidos para uma aplicação específica, o que impossibilita sua aplicação em outros sistemas solares, e precisam ser importados devido à falta de uma produção nacional destes produtos. DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES EDUCATIVAS PARA TV-DIGITAL INTERATIVA COM NCL/LUA AUTOR (A): MAURICIO VIEIRA DIAS JUNIOR Os alunos sentem a necessidade de estarem sempre mais conectados e ligados a novas tecnologias, atualmente os computadores tem vários recursos educacionais, mas ao mesmo tempo, tem também, várias aplicações que “concorrem” com uma possível aprendizagem através do computador, que acabam tornando uma barreira para a educação através deste meio. Destacam-se as redes sociais (FaceBook, Twitter entre outros) que compromete o tempo de aprender algo para se dedicarem a interação destas ferramentas não tão educacionais, além de não proporcionar uma interação face-a-face com uma quantidade maior de pessoas presentes ao mesmo tempo na frente de um computador (no máximo daria para ter 3 pessoas acompanhando cada computador por vez). Já no ambiente da TV Digital, a possibilidade de mais pessoas assistirem ao mesmo tempo certa televisão de várias polegadas é bem maior que a do computador, além é claro, de todo o entretenimento que é proporcionado, já de forma cultural, com a programação de uma TV. Segundo Moran (2007) a educação promovida pela TV Digital deverá alcançar o mais alto realismo de interação, conforme segue: "Na educação, teremos muitos canais e recursos para acessar conteúdos digitais de cursos e realizar debates com especialistas e entre alunos. Será fácil também a orientação de pesquisas, de projetos e mostrar (apresentar, disponibilizar) os resultados. Poderemos produzir belas aulas e deixá-las disponíveis para os alunos acessá-las no ritmo que quiserem e no horário que achar conveniente, com qualidade melhor do que a atualmente conseguida na Internet. Haverá mais realismo na interação a distância, nos programas de comunicação a distância, isto é conseguiremos, mesmo fisicamente longe, ter a sensação de estarmos juntos, de quase tocar-nos fisicamente." DESENVOLVIMENTO DE DISPOSITIVO FOTÔNICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE CÉDULAS EM 164 CRIMINALÍSTICA AUTOR (A): ISRAEL CRESCENCIO DA COSTA Com o objetivo de se identificar cédulas que apresentam marcadores luminescentes, feitos a partir de íons lantanídeos, será criado um dispositivo eletrônico, que tem como finalidade agilizar o procedimento de identificação de cédulas, que sejam fruto de roubo, junto às instituições financeiras. Os complexos luminescentes que são invisíveis quando irradiados com luz visível, apresentam forte luminescência se a fonte de excitação for a radiação ultravioleta (U.V.). O dispositivo em questão terá um diodo emissor de luz (LED), fonte de radiação ultravioleta, e um detector que selecionará uma região específica de interesse, usando-se um monocromador, os dados de aquisição serão processados através de um microcontrolador originalmente produzido para este dispositivo. DESENVOLVIMENTO DE DISPOSITIVO FOTÔNICO PARA MONITORAMENTO DE METAIS PESADOS EM ÁGUA AUTOR (A): ISRAEL CRESCENCIO DA COSTA Com o objetivo de desenvolver um dispositivo fotônico para detectar traços de poluentes metálicos em meio aquoso, será utilizado um polímero superabsorvente (PSA) como matriz para hospedar a parte ativa (fotônica) do dispositivo proposto. Esse polímero, largamente utilizado industrialmente, é um derivado do ácido acrílico formado por reticulação de redes intercruzadas, e mostra-se um excelente agente complexante de metais, por apresentar em sua estrutura, grupos amidas e carbonílicos livres. Para compor a parte ativa do sensor, complexos contendo íons lantanídeos serão produzidos seguindo rotas de síntese já bem estabelecidas, sendo estes complexos bastante eficientes do ponto de vista de sua luminescência. Os complexos de európio serão ancorados no PSA por apresentarem propriedades espectroscópicas bem características, havendo interesse especial pela hipersensibilidade da transição 5D0→7F2 do íon Eu3+. Os complexos serão ancorados no polímero por interações químicas, a serem confirmadas através de estudos espectroscópicos. Estudos ainda voltados para a capacidade de complexação do polímero serão feitos utilizando-se metais de transição, com atenção especial para o mercúrio. Também serão feitos estudos com a incorporação de EuCl3 como parte ativa do sensor. Os sistemas PSA-complexo e PSA-sal serão colocados em contato com amostras de concentrações definidas de metais de transição (Hg2+, Cu2+, Mn2+, Ni2+ e Co2+). A análise dos padrões espectroscópicos do íon Eu3+ na presença desses metais permitirá a detecção seletiva dos mesmos. Para cada metal, uma espécie de impressão digital é registrada por análise das intensidades relativas dos multipletos que compõem o espectro do íon lantanídeo. Há vantagens operacionais em se analisar a mesma região do espectro (no caso, a transição 5D0→7F2 do íon Eu3+), independente do tipo de poluente a ser detectado. 165 Com a finalidade de se agilizar e baratear a aquisição dos dados fornecidos pelo dispositivo fotônico descrito anteriormente, será criado também um dispositivo eletrônico, que consiste de diodo emissor de luz (LED) que emite radiação ultravioleta, um receptor de luz visível e um porta amostras opticamente transparente, conectados através de um microcontrolador produzido originalmente para esse sistema. DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DA ESTIMATIVA PERCEPTOMOTORA UTILIZANDO COMPUTAÇÃO PERVASIVA AUTOR (A): MARCOS ANDRÉ RODRIGUES DA SILVA JÚNIOR Para ter sucesso no desempenho de tarefas motoras como, por exemplo, saltar uma determinada marca ou alcançar um objeto, os indivíduos devem dimensionar a distância do seu corpo em relação aos elementos inseridos no contexto, a qual é limitada por medidas geométricas de caráter antropométrico (estatura, tamanho de membros) e de capacidades biodinâmicas como força, mobilidade de membros e flexibilidade articular (CHOI e MARK, 2004). Quando os indivíduos dimensionam estas distâncias e decidem se podem ou não alcançar a meta estabelecida, na verdade estão realizando uma estimativa Percepto-motora (EPM), dos seus limites para a capacidade de ação (GABBARD, AMMAR e LEE, 2006; GABBARD, CAÇOLA e CORDOVA, 2009; JONHSON e WADE, 2007; JOHNSON, WADE, 2008). Esta estimativa é fruto de um processo interativo e indissociável que envolve percepção e ação, isto é, os indivíduos percebem objetos e eventos no ambiente e baseiam-se nesta percepção para agir em relação a eles. Resultados de pesquisas indicam que nem sempre os indivíduos estimam com precisão suas capacidades para realizar ações, apontando tendências a superestimação ou subestimação. Estudos realizados com adultos (ROCHAT, 1995; STIPEK e HOFFMAN, 1980; URICH, THELEN e NILES, 2000; CHOI e MARK, 2004; GABBARD, AMMAR e RODRIGUES, 2005; GABBARD, AMMAR e LEE, 2006) e com crianças em diferentes faixas de idade (ROCHAT, 1995; JONHSON e WADE, 2007; JOHNSON e WADE, 2008; GABBARD, CAÇOLA e CORDOVA, 2009) têm demonstrado significativa imprecisão na estimativa Perceptomotora destes indivíduos em tarefas como alcançar, sentar, saltar, subir escadas e atravessar a rua. Nesta perceptiva, torna-se interessante a proposta de criar instrumentos que quantifiquem a estimativa percepto-motora, com o objetivo de fornecer parâmetros que possam subsidiar informações imprescindíveis para a fomentação de estratégias mais eficazes para desenvolver e aprimorar esta variável, em diferentes populações. DESENVOLVIMENTO DE MICROBOMBA A VÁCUO COM AUTOSAMPLER DE BAIXO CUSTO PARA UM BIOSENSOR SPR AUTOR (A): CLEUMAR DA SILVA MOREIRA 166 A primeira microbomba, fabricada por Jan Smits, em 1980, se destinava a controlar a liberação de insulina em diabéticos, mantendo níveis aceitáveis de açúcar no sangue, sem a necessidade de injeções [1]. Atualmente, as microbombas estão sendo aplicadas em vários campos do conhecimento, como no tratamento quimioterápico, na infusão intravenosa de medicamentos para tratamentos críticos, como o diabetes, na refrigeração de circuitos microeletrônicos e, mais recentemente, em sistemas miniaturizados (MEMS Microelectromechanical Systems) para análises químicas e bioquímicas [1-4]. A utilização dos MEMs como ferramenta analítica está em voga e os chamados dispositivos System-on-Chip ou SOC estão sendo propostos nas últimas duas décadas [5-6]. Com esses dispositivos, há a redução do volume da amostra, da quantidade de reagentes ou substâncias bioquímicas associadas, além da redução das dimensões físicas do equipamento, portabilidade, redução do consumo de energia e baixo custo e da redução do índice de contaminação. Isso permite uma resposta rápida e confiável para análise em função do volume reduzido da amostra. Normalmente, os SOCs são fabricados, em alguns casos, com vidro ou com polímeros. Como consequência da popularização dos dispositivos microfluídicos de análise, que exigem o transporte de maneira acurada e uniforme de uma pequena quantidade de fluido, há um crescente interesse em projetos de microbombas [1,4]. Outra aplicação das microbombas são nos biosensores, dispositivos analíticos que integram elementos biológicos, transdutores físico-químicos e elementos de condicionamento e processamento do sinal adquirido para a detecção de patógenos, monitoramento de contaminantes em água e outros meios fluídicos, entre outras aplicações [7]. Os biosensores SPR (Surface Plasmon Resonance) são dispositivos que apresentam elevada sensibilidade, não requerem a utilização de marcadores (colorimétricos, radiação, entre outros), promovem rápido diagnóstico (em poucos minutos) e, sobremaneira, têm a característica necessária para uma provável integração em um chip (SOC) [8-10]. Na Figura 1, há a ilustração da estrutura típica de um biosensor SPR. Nela encontra-se a camada metálica, entre o substrato óptico e a biocamada, que está presente na amostra fluídica. 167 Um dos componentes de um biosensor SPR (Figura 1) é o sistema de manipulação microfluídica, que promove a circulação do fluido (líquido ou gás) em análise pela biocamada. Inicialmente, o analito ou amostra, contido na amostra fluídica, é transportado por um sistema propulsor de fluxo adequado até a célula de fluxo (Figura 1). Neste local, o analito entra em contato com o biorreceptor (elemento de biorreconhecimento, presente na biocamada) imobilizado na superfície do biosensor, produzindo uma mudança físico-química (variação de calor, índice de refração, resistência, capacitância, etc.) que pode ser identificada por um transdutor (eletroquímico, óptico, calorimétrico, acústico). Os biorreceptores podem ser: enzimas, micróbios, organelas, células de animais ou plantas, tecidos de plantas ou animais, anticorpos, receptores, ácidos nucléicos e DNA, entre outras substâncias [11,12]. No terceiro bloco o sinal elétrico resultante é então adquirido e processado. O sistema de aquisição, processamento e visualização dos dados, informa ao usuário se o analito foi ou não detectado e também a quantidade de analito presente na amostra. O design apresentado na Figura 1 é baseada na configuração de Kretschmann-Raether e possui maior facilidade de instrumentação óptico-eletrônica. Um biosensor SPR de baixo custo, denominado PPBIO, foi recentemente desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande [9-10], baseado também na configuração de Kretschmann-Raether, em que o substrato óptico foi fabricado usando um polímero (TOPAS). Sobre esse polímero um filme fino de ouro de 50 nm foi depositado, conforme é mostrado na Figura 2. O elemento de biorreconhecimento será imobilizado sobre o filme fino de ouro. Como fonte luminosa, um diodo laser de 670 nm (modo de interrogação angular ou AIM – Angular Interrogation Mode) e um diodo de luz branca 168 (modo de interrogação espectral ou WIM – Wavelength Interrogation Mode) foram usados para excitar os plásmons de superfície (oscilações longitudinais ocorrentes em metais) existentes na superfície metálica. Esse substrato polimérico (que é no formato de um prisma, conforme Figura 2) possui tamanho reduzido, de fácil construção e com baixo custo de produção. Uma das principais inovações deste substrato óptico consiste no fato de ser compatível com os modos de interrogação angular e interrogação espectral. As laterais são especulares para que haja a reflexão da luz que incide paralelamente à base inferior para o centro da base superior, com um ângulo de incidência de 68°. Devido a todas essas características, a construção do biosensor ficará menos onerosa. A célula de fluxo é o local de acomodação da biocamada sobre a superfície sensora e, portanto, não deve interferir na resposta do sensor. Portanto, a célula de fluxo deve ser projetada de tal maneira que o volume morto seja o menor possível (com pouca 169 recirculação) e, principalmente, não altere o regime de fluxo estabelecido no seu interior. Por outro lado, a microbomba deve ser sensível e capaz de manter uma taxa de fluxo constante ao longo do tempo ou, no máximo, apresentar pequenas oscilações restritivas ao mecanismo de propulsão escolhido. O sistema de propulsão de fluxo, ou microbomba, é o único componente responsável pela movimentação da massa fluídica (analito) e, consequentemente, indispensável para o funcionamento do dispositivo SPR, no qual é necessário fazer o transporte de fluido até os elementos sensores.A faixa de operação para um sistema de propulsão de fluxo para biosensores é da ordem de 30 a 800 µl/min [7]. Portanto, para o desenvolvimento de um sistema de análises portátil baseado no fenômeno SPR, torna-se necessária a redução das dimensões físicas acopladas ao sistema, ou seja, a redução física da unidade de aquisição e controle, interface, circuitos de alimentação e condicionamento, estrutura mecânica para suporte e fixação da célula de fluxo como, também, a diminuição do sistema fluídico reduzindo a velocidade do fluido em função do volume da amostra. Outro fato relevante é que há um protocolo de preparação para se proceder a um imunoensaio (lavagem, funcionalização da camada, analito, lavagem) que, em geral, é feito manualmente chaveando-se a entrada da bomba e os recipientes. Todavia, este procedimento é inadequado podendo causar uma contaminação cruzada, além do fato de que o tempo de circulação de cada fluido é feito de forma aleatória. Uma solução seria usar os autosamplers comerciais ou multiválvulas; entretanto, são soluções de alto custo financeiro e, portanto, descartadas para o presente projeto. Uma alternativa seria o uso do sistema de bomba de vácuo aliada a um conjunto de válvulas solenoides de baixo custo, o que definiria, assim, um circuito pressurizado com vista à circulação e ao chaveamento do fluido. Esta alternativa, além de funcionar como sistema de propulsão de fluxo solucionaria a questão do chaveamento dos líquidos sem perder a normativa de redução das dimensões físicas. Entre as bombas de vácuo, destacam-se aquelas que fazem uso da força da gravidade, as bombas de pistão ou de seringa e os sistemas pneumáticos acionados por bombas de diafragma ou gás comprimido. Entretanto, as bombas de seringa (Figura 3) apresentam a melhor solução, tanto para infusão de drogas, como para o transporte de substâncias em equipamentos analíticos. Essas bombas apresentam um regime de fluxo livre de pulsações, são capazes de transportar pequenos volumes de líquido e manter um fluxo estável e preciso. Elas são normalmente utilizadas na infusão de medicamentos muito tóxicos, que exigem exatidão na dosagem, ou em sistemas de análise por injeção de fluxo, que necessitam de um regime estável de transporte. O custo de bombas a vácuo seringa é relativamente elevado. 170 DESENVOLVIMENTO DE SENSORES BIOMIMÉTICOS A BASE DE POLÍMEROS IMPRESSOS PARA MONITORAMENTO DE ANTIMALÁRICOS AUTOR (A): PHABYANNO RODRIGUES LIMA Este projeto de pesquisa visa o desenvolvimento de sensores químicos versáteis para a detecção e quantificação de compostos de grande interesse biológico e farmacológico (compostos antimaláricos). Vários métodos, dentre eles os cromatográficos e espectrofotométricos, são empregados para a determinação da concentração de compostos antimaláricos. No entanto, normalmente consomem muito tempo e apresentam alto custo, impossibilitando medidas diretas in vivo e em tempo real, etc. Por outro lado, os sensores químicos apresentam algumas características únicas tais como baixo custo, portabilidade, simplicidade, seletividade e sensibilidade, que podem torná-los atrativos para a determinação de compostos alvos em matrizes complexas, como as biológicas. A química de reconhecimento molecular, fundamentada no emprego de MIP (“Molecularly Imprinted Polymers”) em conjunto com nanotubos de carbono (NTC), surge como uma alternativa promissora para o desenvolvimento de dispositivos moleculares tendo em vista as propriedades únicas dos NTC, incluindo sua versatilidade, pois oferece métodos simples de manipulação, estrutura, configuração, composição e características químicas dos materiais produzidos. Tendo em vista estas possibilidades de combinação da capacidade de inclusão destas moléculas com sua modificação seletiva, pretende-se explorar o desenvolvimento de sensores químicos (eletroquímicos e piezoelétricos) por meio das técnicas amperométricas e de Microbalança de Cristal de Quartzo (QCM - “Quartz Crystal Microbalance”). Os sensores químicos serão preparados mediante deposição sequencial de NTC e MIP sintetizados pela tecnologia in bulk ou por precipitação sobre eletrodos base, tais como, carbono vítreo (ECV), ouro ou eletrodos impressos (“Screen-Printed Electrode”) visando sua empregabilidade em atividades de campo. A caracterização do MIP e da interface destes sensores será realizada por meio das técnicas de microscopia de força atômica (AFM), espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE), microscopia eletrônica de varredura (MEV), termogravimétricas (TGA e DSC) e voltamétricas. Uma vez caracterizadas as plataformas, várias técnicas eletroanalíticas serão utilizadas para diagnosticar e quantificar os diversos antimaláricos. DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PARA A VIABILIZAÇÃO DO CONSUMO CONSCIENTE DA ÁGUA AUTOR (A): ARTHUR BRENO STÜRMER A água é, sem dúvida, um dos mais importantes recursos naturais do nosso planeta. Em regiões onde se encontrava em bastante abundância havia muitas disputas entre civilizações antigas. A água sempre foi o símbolo da fartura. O ser humano, por viver em um planeta onde 75% de sua superfície é constituída por água, imaginou que esse 171 recurso nunca acabaria, porém descobriu que menos de 5% é próprio para consumo, desde então ele tenta reverter esse desperdício. Segundo a ONU, mesmo que haja água em abundância, cerca de 95% dela encontra-se em mares e rios, mas, por ser salgada, é imprópria para consumo. Somente 3 a 4% dela é consumível e 1% restante se encontra em geleiras, vapores atmosféricos, calotas polares e lençóis freáticos. Esse tão importante recurso natural não está acabando, pois o seu ciclo hidrológico ainda continua o mesmo. O problema está no que é feito com ele. Um dos maiores inimigos da preservação da água é a poluição e como a água potável vem sendo administrada. O que pode causar o desaparecimento total da água própria para consumo é a poluição e todas as formas de contaminação, um exemplo bastante representativo é o caso do rio Tiête, que hoje se encontra extremamente poluído, por causa de dejetos de fábricas, lixos e esgotos acabaram por deixá-lo inacessível à população e à fauna regional que o tinha como habitat. O Brasil é um dos maiores detentores de água doce no mundo. Assim, a distribuição das águas apresenta-se de forma irregular, beneficiando algumas regiões e deixando outras escassas. O Nordeste brasileiro é uma das regiões mais afetadas, forçando ao racionamento da água. Ao todo, 73 municípios da Bahia, 37 de Alagoas e 4 do Ceará vêm sofrendo cronicamente. Segundo o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon, até 2030, metade da população mundial terá problemas de abastecimento, pois, daqui a 17 anos, a demanda por água vai superar a oferta em mais de 40%. A água é vital para a sobrevivência no planeta. Além de estar presente em todos os lugares, nosso organismo é formado por quase 80% de água. Pesquisas apontam que ingerir água tratada e manter o corpo sempre hidratado ajuda a prevenir o aparecimento de doenças (cálculo renal, infecção de urina, e entre outros problemas). Por outro lado, o consumo agrícola e industrial excessivo provoca, a cada dia, uma forte redução desse bem tão precioso. O problema de falta de água não é exclusivo do Brasil, nem apenas da Região Nordeste, é um problema global. O risco é ainda maior quando se fala das mudanças climáticas, secas ou enchentes bastante prolongadas que afetam diretamente o sistema hídrico. A água está relacionada também à saúde e à economia mundial, em lugares em que não há um funcionamento correto do saneamento básico, 2,5 bilhões de pessoas chegam a sofrer com essa falta, 4.500 crianças morrem a cada dia, e sem contar que há uma redução no número de novos empreendimentos e na captação de recursos em escala global. Um dos maiores desafios dos ser humano é a conscientização, e é esse o principal objetivo do projeto. Através da criação de um software para a diminuição de consumo da água, as pessoas poderão saber se o modo que elas vêm administrando ela é o modo correto. Se a pessoa for um consumidor consciente o software irá parabenizá-la e mostrar informações adicionais sobre como ela pode melhorar em suas boas práticas de não desperdício, mas, se caso essa pessoa for um consumidor despreocupado, o software irá dar uma advertência e vai mostrá-la como poderá utilizar a água de forma consciente. Além do mais, ele será capaz de traçar um perfil de consumidor (consciente ou não consciente) e, a partir desse perfil, ele irá monitorar o consumidor e, no final do mês, o software irá indicar se o consumidor melhorou em suas práticas ou não. Boas práticas de conservação, através das dicas do software, farão com que os riscos da falta de água sejam bem menores para o consumo residencial, que talvez um dia venha a não acontecer mais, se todas as pessoas souberem fazer bom uso desse recurso natural tão precioso. 172 DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO DE SIMULAÇÃO DO PROTOCOLO DCCP PARA O SIMULADOR DE REDES OMNET++ AUTOR (A): IVO AUGUSTO ANDRADE ROCHA CALADO Na área de redes de computadores, os protocolos de comunicação são considerados peças fundamentais em qualquer tipo de comunicação, estando associados tanto ao conteúdo transmitido quanto ao meio por onde os dados são transmitidos. Neste sentido, é notável o contínuo interesse, por parte da comunidade acadêmica e da indústria, na realização de pesquisas que envolvam o desenvolvimento de novos protocolos e melhorias dos protocolos atualmente padronizados. Entre o ferramental utilizado durante o desenvolvimento, testes e estudos como um todo se encontram os simuladores de rede. Um simulador de rede é um software que modela transmissões de dados de maneira semelhante ao que acontece em redes reais. A principal ideia por trás da simulação é a criação de um modelo do sistema a ser modelado, como por exemplo, um protocolo de rede, de modo que suas propriedades possam ser alteradas e o seu comportamento analisado. Entre as vantagens da utilização simuladores de rede encontram-se: i) simplicidade na implementação do protocolo (em comparação a implementação no SO), ii) reprodutibilidade e iii) escalabilidade, entre outros. Neste contexto, a validade dos resultados das simulações está intimamente ligada aos modelos dos protocolos utilizados como base na execução do protocolo a ser avaliado. Se os comportamentos dos modelos estiverem próximos dos comportamentos dos protocolos reais, então os resultados de performance obtidos a partir das simulações do protocolo a ser avaliado tendem a convergir para valores bastante próximos do que poderia ser encontrado na execução em uma rede real. Com base no exposto, diversas opções de simuladores de redes encontram-se disponíveis para a comunidade acadêmica onde pode-se encontrar tanto opções gratuitas quanto pagas. Entre as principais opções disponíveis destacam-se o NS-2[2], NS3[3] e o OPNET[4]. Além destes, um simulador que vem ganhando grande atenção da comunidade acadêmica é o simulador de eventos discretos OMNeT++. O OMNeT++ [9] pode ser definido como uma plataforma e uma biblioteca de simulação desenvolvida na linguagem de programação C++. Entre as principais características do OMNeT++ aponta-se a sua estrutura altamente extensível, modular e baseada em componentes. Além disso, de modo a reduzir a complexidade envolvida no processo de desenvolvimento e execução de simulações, o OMNet++ já traz embutido tanto um ambiente de integrado de desenvolvimento (IDE) quanto um ambiente de execução gráfica de simulações. Diferentemente de outros simuladores existentes que possuem um propósito bastante específico, o OMNet++ pode ser considerado um simulador eventos discretos de propósito geral, visto que não é direcionado a nenhum campo de trabalho específico mas sim apresentando apenas uma plataforma para simulação da comunicação distribuída de componentes. Neste sentido, embora o OMNeT++ seja utilizado primariamente para a realização de simulações de rede, sua estrutura genérica possibilita uma alta flexibilidade 173 desta plataforma, de modo que o simulador OMNeT++ pode ser utilizado em outras áreas de pesquisa como a simulação de sistemas complexos de TI, redes de filas ou arquiteturas de hardware. Com o intuito de possibilitar a simulação de ambientes de domínio específico, são disponibilizados modelos de protocolos e arquiteturas de sistemas para tais fins. No caso específico da simulação de redes de computadores, o conjunto de modelos disponibilizados pelo projeto INET [10] tornam possível a realização de diferentes tipos de simulações. O projeto INET é considerado a biblioteca de modelos padrão do OMNeT++. Tal projeto contem modelos para toda a pilha de protocolos da Internet (TCP, UDP, IPv4, IPv6, OSPF, etc) e para a simulação de protocolos para redes cabeadas e sem fio, o suporte a mobilidade entre outros. Este projeto é mantido pela própria equipe de desenvolvimento do OMNeT++, tendo a contribuição da comunicação acadêmica para a proposição e desenvolvimento de novas extensões de protocolos. DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE RECOMENDAÇÃO PARA DISPOSITIVOS MÓVEIS AUTOR (A): HÉLIO MARTINS DO NASCIMENTO JÚNIOR A Computação Móvel tem recebido grande atenção nos últimos anos devido ao seu alto grau aplicabilidade e a ampla disseminação de dispositivos móveis com crescente capacidade de processamento dos dispositivos, representados por um conjunto bastante diversificado de dispositivos, tais como, celulares e palmtops, dentre outros. Esta área da Computação pode ser considerada um ramo da computação distribuída e visa o desenvolvimento de sistemas a serem executados em dispositivos que possuem diferentes graus de mobilidade. Telefones celulares estão se tornando a principal plataforma de acesso a informação e quando acoplado a tecnologia de sistema de recomendação podem fornece um conteúdo mais personalizado para seus usuários. Um sistema de recomendação pode ser utilizado para recomendar filmes, restaurantes, artigos, dentre outros itens. Para isso torna-se necessária a criação de um modelo de recomendação para eles. Nesse sentido, este projeto tem como objetivo o desenvolvimento, validação e implantação de um sistema de recomendação para dispositivos móveis a serem desenvolvidas fazendo uso das tecnologias móveis. A partir deste projeto, almeja-se o desenvolvimento de aplicações que possuem como foco a integração de Sistema de Recomendação e Computação Móvel. DIGESTIBILIDADE DA FARINHA DO RESÍDUO DO FILETAMENTO DE CAMARÃO PARA O TAMBAQUI (COLOSSOMA MACROPOMUM) AUTOR (A): DANIEL DE MAGALHÃES ARAUJO A aquicultura tem sido apontada como a única forma para suprir a crescente 174 demanda por pescados, tendo em vista que os estoques pesqueiros oceânicos e continentais têm sido superexplorados e os volumes pescados tendem a se estabilizar e, posteriormente, decair. Além disto, com o crescimento da população mundial, a demanda por proteína de origem animal somente tende a crescer, tendo, assim, a aquicultura um papel fundamental na oferta de alimento proteico de alta qualidade nutricional. Dentre as atividades da aquicultura, destaca-se a piscicultura, principal responsável pelo crescimento da produção de organismos aquáticos no mundo. O Brasil possui um grande potencial para esta atividade, já que reúne inúmeras condições favoráveis para a criação de peixes, como clima adequado, grandes bacias hidrográficas, alta produção de grãos (como milho e soja), extensões de terra utilizáveis, além de inúmeras espécies nativas que se acreditam passíveis de cultivo dentre outras. Entretanto, pouco se conhece destas espécies nativas, estando estabelecidas no país as carpas e tilápias como principais peixes cultivados comercialmente. A falta de um pacote tecnológico para o cultivo das espécies nativas tem impossibilitado maior desenvolvimento da atividade no país. Assim, estudos que foquem no desenvolvimento de tecnologias para o cultivo da espécie são deveras importantes. Quando o foco são as espécies nativas, embora haja inúmeros esforços para mudar o cenário descrito anteriormente, ainda são poucos os peixes com alguma tecnologia de cultivo, dentre eles se destaca o tambaqui. Segundo maior peixe de escamas das bacias dos rios Amazonas e Orinoco (Araujo-Lima & Goulding, 1997), o tambaqui pode medir cerca de um metro e pesar até 30 kg (Araujo-Lima & Gomes, 2005). Sua carne é muito apreciada nas regiões de ocorrência natural (Camargo et al., 1998) e também em outras regiões do Brasil, sendo esta uma das razões apontadas por Araujo-Lima & Gomes (2005) pelas quais têm sido intensificados os esforços para o estabelecimento de um pacote tecnológico para a criação da espécie. O tambaqui é um onívoro com tendência a herbívoro, filtrador e frugívoro que possui grande capacidade de digerir proteína animal e vegetal, com fácil adaptação a rações comerciais, sendo a terceira espécie mais cultivada no Brasil (Nunes et. al., 2006). Aspectos importantes da nutrição desta espécie, como as exigências nutricionais, a composição químico-bromatológica dos alimentos ofertados (Silva et al., 2003), o uso de alimentos consumidos no ambiente natural em rações, além do uso de ingredientes não convencionais nas rações comerciais de peixes, chamados de ingredientes alternativos, têm sido estudados. Entretanto, ainda que seja a primeira espécie brasileira da qual se atingiu conhecimento suficiente para promover a criação em cativeiro (Araujo-Lima & Goulding, 1997) e alguns estudos estejam sendo realizados, há uma grande carência daqueles relacionados à nutrição básica e pouco se conhece sobre como o tambaqui aproveita os nutrientes e a energia dos alimentos, ainda mais aqueles não tradicionais ou alternativos, como a farinha do resíduo do filetamento de camarão. Desenvolver um novo ingrediente para uso em rações de peixes a partir do resíduo do beneficiamento do camarão (carapaça, cabeça e cauda), que possa substituir parcial ou totalmente as fontes tradicionais de proteína resultaria em maior sustentabilidade ambiental, social e econômica da atividade de pesca e até mesmo o cultivo de camarões. DISEV - DISPOSITIVO DE IDENTIFICAÇÃO SONORA EXTERNA VEICULAR 175 AUTOR (A): CARLOS GUEDES DE LACERDA O presente projeto consiste na produção de um acessório eletrônico automobilístico de caráter de segurança, de adaptação e de conforto para pessoas portadoras de DA (Deficiência Auditiva) no trânsito, facilitando a percepção dos alertas sonoros utilizados em meio ao tráfego de veículos, em sua maior parte buzinas. Além de ter mais essa forma de aviso que é comum aos ouvintes, os deficientes auditivos iriam obter uma maior confiança na hora de dirigir. Todo grupo minoritário, principalmente os deficientes encontram vários problemas desde o começo da história da humanidade, por exemplo, os povos primitivos exterminavam os deficientes, pois os consideravam um obstáculo para sobrevivência do grupo, outros, ao contrário protegiam para agradar os deuses. Cada povo tinha uma ideia sobre as deficiências consideravam os deficientes pessoas que receberam punição divina, tinha uma maior sensibilidade interior e diversas outras formas. Na Roma antiga, a lei das XII tábuas, autorizava os patriarcas a matar seus filhos defeituosos, o mesmo ocorrendo em Esparta, onde os recém-nascidos, frágeis ou deficientes, eram lançados do alto do Taigeto (abismo de mais de 2.400 metros de altitude próximo de Esparta). Mais recentemente alguns dos problemas enfrentados pelos deficientes era a segregação social, por preconceito ou até mesmo devido à opção da família em esconder o portador de qualquer tipo de deficiência, já que poderiam considerar essa família inapropriada para um casamento e/ou um convívio social. Contudo, os progressos para da inclusão são visíveis em vários âmbitos. Tendo em vista os deficientes auditivos temos a LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002 reconhece a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação, assim como prevê a inclusão no sistema educacional federal e nos demais sistemas. No âmbito trabalhista temos as leis: nº 8.112, impõe que a União reserve, em seus concursos, até 20% das vagas a portadores de deficiências, havendo iniciativas semelhantes nos Estatutos Estaduais e Municipais, para o regime dos servidores públicos e a lei nº 8.213/91 preceitua a porcentagem para empresas privadas de acordo com o número de funcionários da mesma e fixa os seguintes percentuais: "A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: - até 200 empregados... 2% - de 201 a 500 empregados... 3% - de 501 a 1.000...4% - de 1001 em diante... 5%” Também existem algumas resolução do Conselho Nacional de Trânsito, uma delas estipula que de 2 a 3% das vagas de locais públicos seja destinada a essas pessoas. O Conselho ainda estabelece o uso de uma credencial especial que identifique o veiculo de uma pessoa com deficiência, seja ela A condutora ou não. Existem mais leis e resoluções que incluem os deficientes, sem falar das normatizações da ABNT(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que discorrem sobre os modos mais fáceis de inclusão em imóveis, locais 176 públicos e etc. Observamos que fica bem claro o desejo de inclusão na sociedade, além do mais se os deficientes vão estudar e têm vagas garantidas no mercado de trabalho, tornam-se um consumidor em potencial ficando assim em evidência para as inovações, fazendo dessas não apenas uma forma de exercer o capitalismo e sim uma necessidade. EFICIÊNCIAS HIDRÁULICAS: SOLUÇÕES PARA UMA EDIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL AUTOR (A): EDJA LAURINDO DA SILVA Conscientes da necessidade de aliar o desenvolvimento social e econômico a preservação do planeta, apresenta-se a necessidade de um novo olhar para as situações do dia-a-dia, assim o ser humano tem percebido que com algumas adaptações é possível equilibrar as suas indigências a manutenção e preservação do meio ambiente, nesse sentido inovações tem sido procuradas para sanar alguns dos problemas mais urgentes para a atualidade, o consumo desenfreado da água. Durante muitos anos a água foi utilizada como um recurso inesgotável, sem planos para sua preservação, assim nos acostumamos a desperdiçar e a utilizar técnicas que não valiam-se de cautela, portanto agora com a consciência sustentável é preciso promover soluções que possam amenizar o consumo da água e também torná-la economicamente acessível. Além da conscientização é preciso por em prática maneiras de realizar a economia da água. Diante a situação de tantos municípios que sofrem com a falta da água, é imprescindível o desenvolvimento de soluções acessíveis que possam ajudar a combater o desperdício e também adotar atitudes como a coleta de água pluvial e seu reaproveitamento. Com o projeto adequado para essa situação é possível adaptar o sistema já utilizado sem gastar abusivamente, no nordeste, por exemplo, algumas regiões sofrem com a falta de água, sem a gestão adequada algumas situações podem ficar ainda mais complicadas e é neste âmbito que um sistema de soluções para a problemática da água pode ser muito eficaz. Na esfera do consumo da água observa-se que o principal problema no desperdício parte das áreas residenciais, da construção civil e do consumo de água no meio urbano. Analisando situações rotineiras é possível perceber que boa parte desses gastos provém do desperdício e da falta de um sistema que possa ser econômico para o consumidor e também para a diminuição do consumo desenfreado de água, a qual é um elemento essencial e está associado a vida desde os primórdios. A água é necessária para todas as atividades do ser humano, por isso a importância vital da sua preservação. Na construção civil muitas vezes são proporcionadas soluções que tornam-se financeiramente inviáveis, fazendo com que o público dê preferência a técnicas que acarretam em esperdícios por possuírem um valor mais acessível, assim percebesse a necessidade de desenvolver um sistema que possa solucionar os problemas de desperdícios aliado ao baixo custo de investimento, tornando-se assim um sistema popular e acessível, para solucionar esses problemas esse projeto irá apresentar formas de economizar água e também de reaproveitá-la, com sistemas de captação de água pluvial (construído com 177 material reciclável), além de técnicas para economizar água em aparelhos que demonstram alto índice de desperdício de água. Através desse sistema será possível aliar as condições financeiras da população, à perspectiva de ética ambiental. ELABORAÇÃO DE QUEIJO COALHO DEFUMADO CONDIMENTADO AUTOR (A): DANIELE GOMES DE LYRA O queijo de coalho é obtido pela coagulação do leite por meio do coalho ou outras enzimas coagulantes apropriadas, complementada ou não pela ação de bactérias lácteas selecionadas e comercializado normalmente com até 10 (dez) dias de fabricação (BRASIL, 2001). No Nordeste do Brasil a maior parte da produção de queijo tipo coalho é obtida em pequenas e medias queijarias, as quais movimentam, mensalmente, em torno de 10 milhões de reais, o que sinaliza essa atividade como importante no âmbito social e econômico (PERRY, 2004). Os queijos de um modo geral podem conter microrganismos desejáveis e indesejáveis. Os desejáveis são aqueles que podem contribuir positivamente para o desenvolvimento das características organolépticas do produto, podendo desta forma, exercer um efeito benéfico no desenvolvimento do sabor e aroma do queijo por meio de sua atividade metabólica. Entretanto, alguns microrganismos indesejáveis podem ocorrer. São os assim chamados deteriorantes e/ou patogênicos, os quais vão exercer um efeito maléfico na qualidade sensorial do produto e podendo, em alguns casos, provocar doenças. A contaminação microbiana de queijos possui um importante impacto socioeconômico ao se considerar as alterações organolépticas que podem ocorrer no produto, além do risco de veiculação de microrganismos capazes de causarem infecções e toxinfeção alimentar. Em se tratando de queijo coalho, é preocupante o alto índice de amostras impróprias para consumo devido a alta prevalência de microrganismos indicadores e patógenos. Estudos realizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Paraíba, demonstram o alto índice de queijo coalho comercializado com contaminação por Staphylococcus aureus acima do limite permitido pela legislação em vigor, os quais variaram entre 72,7% e 91% de amostras impróprias para consumo (CABRAL, 1993; BORGES et al. 2003; FEITOSA et al., 2003; FREITAS et al. 2009). As condições higiênico-sanitárias também tem sido inadequadas, na qual Feitosa e colaboradores (2003) identificaram que todas as amostras de queijo de coalho apresentaram coliformes a 35°C, das quais 36,4% continham coliformes a 45°C, entre 3 e 7NMP/g , com confirmação de Escherichia coli. Borges e colaboradores (2003) avaliaram queijos de coalho oriundos de microrregiões do Ceará, e detectou coliformes a 45°C em 74% das amostras. O processo de fabricação do queijo tipo coalho é baseado na coagulação do leite na prensagem e na salga da massa. Para se obter um produto de qualidade não há necessidade de grandes investimentos em equipamentos, o que torna o queijo tipo coalho uma boa opção econômica. Embora simples, o processo vem sendo a cada dia aperfeiçoado nos cuidados com a qualidade do produto, para satisfação do consumidor. 178 A defumação é considerada um dos processos mais antigos de conservação de alimentos. Atualmente a defumação tem sido utilizada pela indústria principalmente pelo sabor e aroma característicos, e complementarmente pelo seu efeito conservante. A utilização deste método visa proporcionar sabor característico, bem como a produção de queijo coalho com padrão microbiológico adequado. De acordo com o regulamento técnico de identidade e qualidade de queijo de coalho quando adicionado de apenas 01 (um) condimento, este deverá ser citado na denominação do produto; quando for adicionado de mais de um condimento, não haverá necessidade de menção de todos eles na denominação, podendo ser utilizada apenas a expressão: "Condimentado" após a denominação "Queijo de Coalho".(BRASIL, 2001). A adição de condimentos objetiva produção de queijo coalho com sabor e aroma diferenciados, bem como a obtenção de queijo coalho com maior valor agregado. ESTUDO DA SUBSTITUIÇÃO DO CIMENTO PELA CAL NA FABRICAÇÃO DE TIJOLOS SOLOCIMENTO AUTOR (A): SHEYLA KAROLINA JUSTINO MARQUES O presente trabalho consiste no estudo das características e propriedades tecnológicas de tijolos solo-cimento formulados a partir de misturas binárias e ternárias de cimento Portland, areia, água, com e sem adição da cal, com o objetivo de melhorar seu desempenho e diminuir seu custo utilizando o resíduo e, conseqüentemente, aumentando sua vida útil. Os tijolos de solo-cimento constituem uma das alternativas para a construção em alvenaria. Esses elementos, após pequeno período de cura, garantem resistência à compressão simples similar à dos tijolos maciços e blocos cerâmicos, sendo a resistência tanto mais elevada quanto maior for à quantidade de cimento empregada. O solo cimento é o material resultante da mistura homogênea, compactada e curada de solo, cimento e água em proporções adequadas. O produto resultante deste processo é um material combo a resistência à compressão, bom índice de impermeabilidade, baixo índice de retração volumétrica e boa durabilidade. O solo é o componente mais utilizado para a obtenção do solo-cimento. Para a determinação da mistura ótima, estudou-se a inclusão de teores de resíduos diferenciados (25%; 20%; 15%; 10% e 5%) onde serão confeccionados 15 corposde-prova para cada formulação. A avaliação dos tijolos confeccionados será feita a partir de ensaios de compressão simples, perda de massa por imersão, durabilidade e absorção de água. – VANTAGENS DO SEU EMPREGO: Podem ser mencionadas as principais vantagens dos tijolos de solo-cimento: a) Podem, em geral, ser produzidos com o próprio solo local e no canteiro de obras, reduzindo ou evitando o custo de transporte; b) A regularidade de suas formas, a planiza e a lisura de suas faces requer argamassa de 179 assentamento de espessura mínima e uniforme; c) Podem dispensar o uso de revestimento, desde que protegidos da ação direta da água, sendo, portanto, recomendáveis para paredes com tijolos à vista; d) Não consomem combustível na fabricação, por dispensar a queima; e) Utilizam basicamente mão-de-obra não especializada. O cimento entra em uma quantidade que varia de 5% a 10% do peso do solo, o suficiente para estabilizá-lo e conferir as propriedades de resistência desejadas para o composto. – DESCRIÇÃO DO PROCESSO Para a fabricação de tijolos de solo-cimento usa-se basicamente uma mistura constituída de solo, cimento e água, devidamente prensada. A prensagem é feita dentro de moldes e a forma variada destes possibilita produzir diversos tipos de tijolos. Os elementos fabricados são estocados em uma área para cura e, mantidos úmidos, por um período nunca inferior a 07 dias. O solo-cimento está por aí há décadas, mas seu uso ainda é bem restrito. Com isto, florestas inteiras são devastadas para produzir tijolos cerâmicos que, além de tudo, são mais caros. Apesar dos pontos positivos destacados, no Brasil o interesse pelo método soloestabilizante é mais expressivo em obras de pavimentação (cerca de 90% das bases de nossas rodovias são de solo-cimento compactado), barragens e contenções; relegando suas aplicações nas construções civis, a um plano secundário, devido ao desconhecimento técnico dos profissionais envolvidos nos vários segmentos da sociedade. ESTUDO DA VIABILIDADE DE PRODUÇÃO DE CONCRETO DE PÓS REATIVOS UTILIZANDO MATERIAIS ENCONTRADOS NO ESTADO DE ALAGOAS AUTOR (A): JOÃO GILBERTO TEIXEIRA SILVA A pesquisa analisará produção do Concreto de Pós Reativos (CPR) e a possível substituição dos materiais, que são de difícil aquisição, por materiais facilmente encontrados na região do estado de Alagoas, a fim de obter propriedades mecânicas semelhantes. Nas últimas décadas, tem-se visto o aumento da resistência a esforços mecânicos do concreto (BIZ apud MEHTA e MONTEIRO, 2001). O incremento do aço ao concreto, o chamado concreto armado – que permite maior resistência à tração – e a adição de materiais químicos, por exemplo, conferiram ao concreto características especificas como maior durabilidade, resistência e impermeabilidade. São esses aspectos que possibilita a construção das obras atuais, obras com arquitetura e design inovadores capazes de atender às novas necessidades do homem (BIZ, 2001). O Concreto de Pós Reativos (CPR) é um concreto composto por materiais ultrafinos, no qual o diâmetro máximo das partículas sólidas não excede 2 mm. O fator água/cimento (a/c) é abaixo de 0,20 permitido somente pelo uso de superplastificantes. Sua resistência à compressão pode ultrapassar os 200 MPa, e a resistência à tração pode ir além dos 30MPa, 180 com adição de fibras metálicas: [...]Concretos de pós reativos - CPR, são concretos formados de partículas com diâmetro máximo menor que 2mm, que estão sendo analisados e aplicados em elementos estruturais. O material oferece grandes resistências à compressão e, também, à tração e à flexão, quando adicionadas fibras metálicas na sua composição... (VANDERLEI & GIONGO, 2006). Dessa forma, o Concreto de Pós Reativos, através das suas propriedades, se mostra um eficiente material a ser aplicado em obras atuais da construção civil, e em outras áreas, uma vez que sua aplicação vai desde construção para o armazenamento de rejeitos radioativos a obras de saneamento e hidráulica (VANDERLEI, 2004). ESTUDO DE INDICADORES DE QUALIDADE E DESENVOLVIMENTO DE DISPOSITIVO PARA DETECÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ADULTERANTES NO LEITE AUTOR (A): ANA PAULA AQUINO BENIGNO Segundo a Instrução Normativa nº 51/2002, denomina-se como leite, sem outra especificação, o produto oriundo da ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O leite, desde sempre, foi utilizado na alimentação humana, por oferecer uma equilibrada composição de nutrientes, resultando em um elevado valor biológico, sendo considerado um dos mais completos alimentos in natura. Quando industrializado, resulta em diversos tipos para consumo, os quais são devidamente controlados por normas de inspeção industrial e sanitária (TRONCO, 2003). A quantidade do leite produzida e sua composição apresentam variações ocasionadas por diferentes fatores como: espécie, raça, fisiologia, alimentação, estações do ano, doenças, período de lactação, ordenhas (número, intervalo e processo), fraudes e adulterações (SILVA, 1997). Apesar disso, de um modo geral, o leite é composto em maior proporção por água, e os demais componentes são: gordura, proteínas, carboidratos, todos sintetizados na glândula mamaria. Além destes, existem pequenas quantidades de substâncias minerais, substâncias lipossolúveis e hidrossolúveis transferidas diretamente do plasma sanguíneo, proteínas do sangue e traços de enzimas (TRONCO, 2003). Os avanços nas técnicas relacionadas às etapas de produção, processamento e também distribuição de leite têm favorecido um maior consumo humano, particularmente o de origem bovina. Essas etapas, no entanto, induzem a modificações bioquímicas, físicoquímicas, microbiológicas, nutricionais, sensoriais e reológicas que podem comprometer a qualidade do produto final. A química do leite tornou-se muito importante para a garantia de qualidade e o desenvolvimento de produtos em laticínios. Assim, o estudo da química do leite envolve especialistas em diversas áreas, em razão da complexidade das interações entre os constituintes do leite e os tratamentos tecnológicos empregados (SILVA, 1997). No Estado de Alagoas, a produção do leite bovino é muito forte, respaldada pelo processo histórico de colonização vivenciada na região do Agreste e do Sertão. A cadeia do 181 leite em Alagoas, principalmente em sua área de maior concentração, o Semiárido, gera ocupação e garante renda para muitas famílias (PROGRAMA ALAGOAS MAIS LEITE, 2013). A região da bacia leiteira alagoana configurou-se há cerca de 80 anos e tornou-se conhecida nacionalmente por sua alta produção diária de leite e boa qualidade genética do rebanho bovino. Durante muitos anos a região supracitada destacou-se exercendo um papel importante na economia alagoana. Em 1990, a bacia leiteira de Alagoas formava o maior centro produtor in natura de leite da Região Nordeste do Brasil(PAPL, 2004). Assim, ressalta-se que a Bacia Leiteira de Alagoas vem, ao longo do tempo se fortalecendo. Hoje conta com uma área de 2.782,90 Km² e é composto por 11 municípios. A população total do território é de 124.670 habitantes, dos quais 59.028 vivem na área rural, o que corresponde a 47,35% do total (PORTAL DA CIDADANIA, 2013). Segundo a Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas – CPLA (2013), o Pólo da bacia leiteira de Alagoas é considerado o mais abrangente na produção de leite in natura da região Nordeste, formada por aproximadamente 3.000 produtores rurais, os quais geram 25 mil empregos diretos e indiretos. Sua produção atinge o consumo em todas as capitais do Nordeste e algumas capitais do Sudeste do Brasil. Com o crescimento na produção do leite bovino vem se fortalecendo ainda o Arranjo Produtivo Leiteiro no Estado. Destaca-se que os APLs (Arranjos Produtivos Locais) segundo o Ministério do Desenvolvimento (2013) são aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros fatores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Um APL pode ser composto por apenas uma atividade econômica, como por exemplo, leite, soja e outros (RIVA et al., 2008). Economias de aglomeração e inovação têm sido consideradas forças importantes que proporcionam a competitividade crescente e a melhoria das condições de vida para pessoas que vivem nas regiões. Esse tipo de aglomeração tem resultado no aumento da renda e nível de emprego, nas exportações e importações, assim como na difusão de conhecimentos regionais para a inserção da comunidade local no âmbito social. Assim, aglomerar-se facilita ganho na eficiência e na flexibilidade que são raramente atingidas por empresas pequenas dispersas. A proximidade geográfica é origem comum dos APLs, que tendem a estimular o estabelecimento de laços sociais entre os agentes. Esse processo tem como característica marcante a ampliação da base de decisões autônomas por parte dos atores locais, colocando em suas mãos o destino da economia local ou regional (BARROSO; SORES, 2009). Diante desse cenário de forte produção de leite bovino, bem como o crescente e fortalecimento do APL leiteiro no Estado, é de suma importância à articulação entre esse setor produtivo e as instituições de ensino e pesquisa do Estado, as quais podem colaborar com o desenvolvimento de estudos científicos que possam sanar particulares dificuldades existentes. Observa-se a respeito de estudos sobre a temática do leite, duas grandes problemáticas: a adulteração do leite, bem como o adequado descarte dos resíduos de análises laboratoriais. Assim, além da avaliação da qualidade do leite e descarte adequado dos resíduos de análises, é de fundamental importância, o desenvolvimento de metodologias rápidas e seguras para identificar a substâncias adulterantes que possam está presentes no leite. Destaca-se, infelizmente, que a prática de adulteração no leite é comum em parte dos estabelecimentos industriais envolvidos com a produção, beneficiamento e/ou envase do 182 leite, podendo as fraudes ser caracterizadas em dois tipos: sanitária, onde ocorre a adição de substâncias estranhas ao leite com o intuito de mascarar deficiências do produto, podendo tais substâncias causar mal à saúde; e econômica, na qual, ocorre a adição de substâncias inócuas, que aumentam o volume de leite, mas não causam mal à saúde (OLIVEIRA et al., 2011). Nessa perspectiva, o presente projeto visa avaliar os indicadores de qualidade do leite, buscar adequado descarte para os resíduos obtidos, bem como desenvolver dispositivo para detecção rápida e precisa de substâncias adulterantes, para que se possa identificar a presença destas substâncias logo em pontos como de recepção do leite in natura na indústria, possibilitando conhecer se o leite fornecido/distribuído encontra-se livre de substâncias tóxicas adulterantes. A partir do presente estudo espera-se contribuir para o desenvolvimento de um novo dispositivo, que se fundamente em um processo simples, de baixo custo, de fácil e cômoda operação e que possibilidade rapidez, exatidão e precisão nos resultados almejados que é avaliar o teor de substâncias adulterantes no leite, contribuindo com a avaliação da qualidade do leite. Além disso, colaborar com produtores de leite e com futuros programas que venham a utilizar o estudo realizado para análise de rotina de controle de qualidade e/ou monitoramento do leite. GPI-FAPRAME – GESTÃO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL E A FÁBRICA DE PROTOTIPAÇÃO RÁPIDA E MANUFATURA DE ELETRÔNICOS AUTOR (A): BRENO JACINTO DUARTE DA COSTA As iniciativas para a produção de equipamentos baratos tem sido explorada por diversos países, como a movimento OLPC (One Laptop Per Child) [2]. Visando o baixo custo de produção projetos como o OLPC visam produzir equipamentos para atuar na área de Inclusão-Digital. Sabe-se que hoje a maioria do hardware vendido no Brasil são importados. Há pouca produtividade e incentivo para a produção local, o que poderia baratear custos de produção, gerar novos empregos e estimular a inovação e a propriedade intelectual. Esta ideia é ainda mais poderosa se aliada à atual tendência na interação entre empresas público-privadas e o ambiente de pesquisa presente nas Universidades e Institutos Federais. Este projeto visa estudar a viabilidade, requisitos de implementação e realizar uma avaliação oportunidades de negócio para as tecnologias que são pesquisadas atualmente no Instituto Federal de Alagoas (IFAL). A consequência deste conhecimento é explorar novas vias de pesquisa e incentivar a transferência de tecnologia a nível nacional e mundial, através de colaboração com empresas nacionais e internacionais. As tecnologia exploráveis que estão sendo consideradas neste projeto incluem: O conjunto de dispositivos de comunicação Mesh Potato (fortemente relacionado com os objetivos de criação de Telecentros e Cidades Digitais para Alagoas) Criação de um portfolio de software para redes Mesh de comunicação, englobando os protocolos e a segurança da informação envolvida 183 Integração do sistema operacional para um subsistema de localização usando protocolos Wi-Fi e 3G/4G combinados Criação de protótipos de pré-produção e micro-fabricação no IFAL. Outras tecnologias, inovações e projetos de negócios serão avaliados e incluídos nos resultados das descobertas durante a coleta de dados para apoiar a investigação. HEMOBANK: UM APLICATIVO MOBILE PARA ACOMPANHAMENTO DE BANCOS DE SANGUE E DOAÇÕES PARA A HEMORREDE DE ALAGOAS AUTOR (A): MARCÍLIO FERREIRA DE SOUZA JÚNIOR Atualmente, mais pessoas acessam a internet por meio de um dispositivo móvel do que por meio de um computador, e a disparidade entre estes dois números crescerá mais acentuadamente nos próximos anos, como afirma Fling (2009). Com a crescente popularização dos smartphones e dos planos de dados de operadoras de telefonia que possibilitam acesso dos aparelhos à internet, observa-se um aumento no desenvolvimento e adoção de aplicativos – também conhecidos como apps – que exploram uma série de novas funcionalidades dos aparelhos. Essa visão também é compartilhada por Hashimi, Komatineni e MacLean (2010). Assim, a partir da evolução dos dispositivos móveis, várias empresas começaram a investir no desenvolvimento de soluções para ingressar no mercado de plataformas mobile. Estes tipos de plataformas têm como principal funcionalidade proporcionar ao usuário o acesso aos recursos de seu dispositivo onde todos os aplicativos e serviços estarão executando nesse aparelho (FLING, 2009). As principais plataformas para desenvolvimento de apps são: Android (plataforma de código aberto suportada pela Google), BlackBerry OS (sistema operacional desenvolvido pela empresa BlackBerry para uso em sua linha homônima de smartphones), Ios (plataforma desenvolvida e distribuída pela empresa Apple), WindowsPhone (sistema operacional de propriedade da Microsoft), SymbianOS (sistema operacional utilizado nos smartphones da empresa Nokia) e Java Micro Edition (JavaME, que é um subconjunto da plataforma Java para aparelhos móveis). Conforme Hoober e Berkman (2011), um dispositivo móvel atual deve ser pequeno (suficiente para caber no bolso), portátil (à bateria ou outra forma independente), conectado (sem fios e sempre ligado por redes), interativo (permite ações como entrada de texto) e contextualmente-informado (adapta-se à rede à qual está conectado). Por sua vez, um app (application ou aplicativo) é um software que é instalado em um dispositivo móvel a fim de proporcionar acesso direto a serviços de notícias, informações compartilhadas em redes sociais (Facebook, Twitter etc.), jogos, serviços de mapas, geo-localização ou utilitários para as mais variadas finalidades. Neste contexto, diversas áreas vêm explorando a capacidade que os apps e as plataformas móveis possuem de acessar e compartilhar informações em tempo real. Uma dessas áreas é a saúde, a partir da denominação de e-Health ou saúde eletrônica, cujo foco é a melhoraria do acesso, da eficiência, da efetividade e da qualidade dos processos clínicos e assistenciais necessários a toda a cadeia de prestação de serviços de saúde (RIZO; 184 ENKIN; JADAD, 2005). Portanto, o benefício de tecnologia de informação aplicado à saúde é bastante estudado, pois se difundiu com o uso da tecnologia móvel como suporte para telemedicina, telessaúde, programas de vacinação, prontuário digital de pacientes, gestão hospitalar e de medicamentos, entre tantos outros serviços eletrônicos (OLIVEIRA; RODRIGUES COSTA, 2012). Uma área relevante no âmbito da saúde pública é a hematologia e hemoterapia. Através da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados (HORA, 2008), o Ministério da Saúde busca garantir a autossuficiência do Brasil em hemocomponentes e hemoderivados e harmonizar as ações do Poder Público em todos os níveis de governo, relacionadas à atenção hemoterápica e hematológica, apresentando ações para ampliar a doação de sangue da população em todo o país. No estado de Alagoas, a Hemorrede pública foi criada em fevereiro de 1981 integrando as diretrizes do Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados (PróSangue), então denominado de Hemocentro de Alagoas (HEMOAL). A partir de 1997 o HEMOAL passou a integrar a estrutura do organograma da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (SESAU), sendo classificada como uma Unidade Operativa de Grande Porte. Posteriormente, foram criados o Hemocentro Regional de Arapiraca (HEMOAR), a Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) de Coruripe e as Agências Transfusionais (AT’s) de Palmeira dos Índios, São Miguel dos Campos e Penedo. Além dos serviços hemoterápicos, que consistem na captação, triagem, doação de sangue e transfusão, que acontecem no HEMOAL, HEMOAR, UCT e AT’s citados anteriormente, a Hemorrede de Alagoas conta, ainda, com uma Unidade Móvel de Coleta de Sangue, que percorre os bairros de Maceió e os 101 municípios do interior, descentralizando as ações do hemocentro coordenador (SESAU, 2013). É neste cenário que se insere o presente projeto de pesquisa, através do desenvolvimento de um aplicativo mobile, denominado HemoBank, que permitirá a interação entre os doadores de sangue e a Hemorrede de Alagoas para a visualização dos níveis dos bancos de sangue e disseminação de campanhas de doação entre os cidadãos. Sendo assim, a questão que esta pesquisa visa responder é: como a adoção das plataformas móveis pode colaborar na implantação de ações para melhoria na captação de doadores na Hemorrede de Alagoas? Outro aspecto é que o aplicativo que será desenvolvido utilizará dados reais advindos dos bancos de dados dos sistemas oficiais do Departamento de Informática do SUS (DATASUS). O sistema HEMOVIDA, que se encontra implantado no HEMOAL e HEMOAR, foi desenvolvido pelo DATASUS especificamente para bancos de sangue com o objetivo de informatizar todo o ciclo de doação de sangue, desde a captação até a distribuição do material, controlando cada etapa do processo. O aplicativo mobile HemoBank será integrado ao sistema HEMOVIDA, possibilitando aos usuários de smartphones a consulta de dados online sobre os níveis de estoques de sangue, sendo notificados quando seu tipo sanguíneo estiver com nível baixo e convidando-o para realizar uma doação. Ainda, o aplicativo fornecerá funções de agendamento de doações e uso das redes sociais para indicação de amigos ou parentes que necessitam de transfusão de sangue. MONITOR DE SINAIS BIOLÓGICOS MULTI-PARAMÉTRICO PORTÁTIL E DE BAIXO CUSTO 185 AUTOR (A): CLEUMAR DA SILVA MOREIRA O sistema de atendimento Home Care é uma alternativa recente para o monitoramento constante de medidas para pacientes com histórico pós-operatório [1]. Para estes sistemas existem equipamentos disponíveis no mercado que possibilitam o monitoramento de várias medidas como oximetria, pressão arterial, sinais ECG, sinais EEG, entre outras. Para esse monitoramento, além da necessidade dos equipamentos de monitoramento em tempo real das grandezas fisiológicas necessárias, há a presença de profissionais de saúde qualificados para acompanhar e solucionar quaisquer distúrbios que surjam. Atualmente, são propostos sistemas Home Care com medidas em tempo real, tendo computadores dedicados e usando comunicação remota dos dados para profissionais de saúde que acompanham o determinado paciente [2-6]. Embora haja essas propostas recentes, o ônus associado é elevado e não acessível para a maioria dos pacientes. Ademais, o monitoramento é normalmente monoparamétrico e o equipamento associado traz desconforto e dificulta o deslocamento do mesmo no interior da casa. A proposta de sistemas multi-paramétricos é uma tendência atual, especialmente associada à características, tais como portabilidade, baixo custo e comunicação sem fio. Recentemente, o desenvolvimento de um monitor bi-paramétrico portátil e de baixo custo para sinais ECG e frequência cardíaca foi tema de uma dissertação de mestrado defendida na Universidade Federal de Alagoas pelo professor Paulo César do Nascimento Cunha (dissertação). Esse monitor é destinado ao monitoramento de sinais cardíacos usando apenas a derivação DII [7-8]. Para o projeto desse equipamento foram observadas as normas estabelecidas para eletrocardiógrafos, no tocante a eletrônica a ser utilizada [2]. Ele é composto de três subsistemas: um subsistema de aquisição e condicionamento do sinal ECG, cuja entrada é proveniente de três eletrodos e a saída é um sinal filtrado, amplificado e com uma linha base ajustada; um subsistema de processamento baseado em microcontrolador, que digitaliza o sinal de saída do subsistema de condicionamento e transmite-o usando comunicação sem fio (ZigBee) para um computador remoto; um subsistema de visualização/análise, onde uma interface amigável com o usuário apresenta os sinais ECG, assim como o batimento (frequência) cardíaco. Os sinais de entrada do subsistema de aquisição e condicionamento (sinais ECG) são providenciados por um simulador comercial de sinais cardíacos calibrados, mostrado na Figura 1. Apenas três eletrodos, correspondentes às posições de braços direito e esquerdo e perna esquerda (derivação DII), foram utilizados. O diagrama de blocos do subsistema de aquisição e condicionamento dos sinais ECG de entrada é exibido na Figura 2, correspondendo às etapas de aquisição, filtragem e amplificação do sinal. O sinal adquirido foi da ordem de unidades de mV e, portanto, uma amplificação adequada foi necessária. Um ganho de 1000 dB foi escolhido e propiciado por três etapas de amplificação (Figura 2). O primeiro ganho foi de 5 dB, realizado pelo amplificador de instrumentação INA321, que possui baixo consumo de corrente (40 µA) e alto CMRR (94 dB). A segunda etapa, com ganho de 10 dB, correspondeu a um filtro ativo passa-altas com banda passante de 0,5 Hz. A função desse filtro era manter inalterada a linha base do sinal ECG, eliminando interferências ocasionadas por sinais espúrios e movimentação do corpo. A terceira etapa de amplificação, com ganho de 20 dB, foi um filtro ativo passa-baixas com frequência de corte de 40 Hz, que corresponde à frequência máxima utilizada para 186 monitoramento dos sinais cardíacos (Figura 3). A segunda e terceira etapas foram realizadas com o amplificador OPA4140, que possui entrada JFET e baixo consumo de potência. Na Figura 2 é também exibido o driver de perna direita. O objetivo deste circuito de realimentação é aumentar a rejeição de modo comum (CMRR) do sistema de amplificação do sinal ECG, tendo em vista a grande quantidade de interferência eletromagnética que pode ser acoplada à pele do corpo do paciente em monitoramento [9]. Para uma proteção mais adequada contra as interferências eletromagnéticas, os eletrodos também foram interligados ao eletrocardiógrafo por cabos blindados. Para eliminar a influência do sinal de 60 Hz, proveniente da rede elétrica, um filtro ativo rejeita-faixas (filtro Notch) foi utilizado. Com a utilização desses elementos de filtragem, o sinal na saída do circuito de condicionamento elétrico foi bem mais limpo e adequado para o monitoramento do sinal ECG. O processo de desenvolvimento do circuito eletrônico de aquisição e condicionamento foi iniciado com sua modelagem e estudo através de ferramenta de simulação de circuitos elétricos como ponto de partida [10]. Após o estudo teórico e a definição dos dispositivos eletrônicos que seriam utilizados, o circuito elétrico foi montado numa placa de circuito impresso de dupla face com dimensões de 4x4 cm (Figura 3). O layout dessa placa foi projetado com dois objetivos: o primeiro foi minimizar as interferências eletromagnéticas. Isso foi providenciado por uma grande malha de aterramento (Figura 3) e tendo os cabos de aquisição dos sinais (eletrodos) posicionados próximos ao aterramento; o segundo foi reduzir as distâncias entre os componentes presentes nos loops (realimentações) do circuito. 187 Esse estudo teórico possibilitou também a especificação dos dispositivos elétrico eletrônicos presentes no circuito, de forma a atender a construção de um eletrocardiógrafo de baixo consumo. Componentes de baixa potência e fáceis de encontrar foram utilizados. Antes da montagem da PCI, testes foram realizados num protoboard, utilizando-se os amplificadores operacionais e de instrumentação do circuito de aquisição e condicionamento ECG. A alimentação do subsistema de condicionamento do sinal ECG foi providenciada por duas pilhas alcalinas de 1,5V cada, conforme ilustrado na Figura 4. O circuito foi acondicionado numa caixa pequena, juntamente com o subsistema de processamento dos dados adquiridos. A Figura 4 exibe também a conexão do subsistema com o simulador de sinais ECG, usando três eletrodos. Testes experimentais foram realizados para observar as saídas dos estágios de amplificação e filtragem. A medição dos resultados ocorreu pela utilização de um osciloscópio digital. Na saída do amplificador de 5dB (Figura 5), observou-se a ausência do sinal ECG e a presença apenas de ruído, proveniente principalmente da rede elétrica (60 Hz). Considerando o acréscimo do estágio de 10 dB de amplificação e a presença do filtro passa-altas com frequência de corte de 0,5 Hz, a onda S do complexo QRS foi observada, conforme é indicada na Figura 5b. Adicionando o último estágio de amplificação e os filtros Notch (rejeita-faixas de 60 Hz) e passa-baixas (frequência de corte de 40 Hz), o sinal ECG foi visualizado (Figura 5c) e praticamente não houve a presença de ruído. Além disso, observa-se que a linha base está ajustada. O sinal ECG apresenta amplitude de 100 mV e frequência de 1,25Hz, aproximadamente. O subsistema de aquisição e condicionamento foi acoplado ao subsistema de processamento para digitalização dos dados adquiridos, transmissão sem fio dos resultados e interface com o subsistema de visualização/análise, que está contido num terminal remoto. A digitalização e transmissão dos dados ECG adquiridos e condicionados, usando comunicação sem fio (ZigBee), foram realizadas pelo microcontrolador MSP430F2274 da Texas Instruments, que está incluso ao kit eZ430RF2500 (Figura 6). Trata-se de um dispositivo de baixa potência que possui as seguintes características básicas: faixa de tensão de alimentação variando de 1,8 V a 3,6 V; arquitetura RISC de 16 bits; conversor A/D de 10 bits e presença de memórias Flash e RAM. A arquitetura do microcontrolador é combinada com cinco modos de baixa potência para alcançar um maior tempo de funcionamento com bateria em aplicações portáteis. 188 Para utilização do ZigBee foi utilizada a comunicação SPI do microcontrolador através do SimpliciTI™. Esse protocolo permite a identificação de cada eletrodo presente. Após vários testes de comunicação, foi construído o código para transmissão e recepção do sinal ECG em linguagem C. O elemento de transmissão sem fio (Figura 6a) foi integrado à placa de circuito impresso do subsistema de condicionamento, enquanto o elemento de recepção sem fio (Figura 6b) foi conectado ao terminal remoto através uma porta USB. No computador remoto, uma interface gráfica foi desenvolvida para visualização dos sinais ECG utilizando a ferramenta GUI (Graphical User Interface) do MATLAB®. Também foi acrescido um sistema para detecção e visualização do batimento cardíaco para o indivíduo em posição de repouso e em movimento (Figura 7). O sinal ECG resultante é observado na interface, assim como a estabilidade da linha de base. As amostras adquiridas com o detector foram, portanto, analisadas. Foi observada 189 a presença das ondas P e T e do complexo QRS (Figura 8). A estabilidade da linha de base foi mantida inalterada. O batimento cardíaco também foi monitorado e o valor também é apresentado na Figura 8. Também foram realizados testes afastando o receptor e o transmissor ZigBee. Foi observado que houve perda do sinal com o afastamento acima de 70m. Vários outros testes foram realizados, considerando batimentos de 30 bpm, 60 bpm, 80 bpm, 120 bpm e 180 bpm, conforme pode ser visualizado na Figura 9. Alguns valores de batimento cardíaco foram gerados pelo simulador e adquiridos, condicionados , processados e visualizados simultaneamente pelo dispositivo proposto aqui e por um monitor multiparâmetros, marca MX-300 da empresa EMAI. Os resultados foram obtidos e visualizados simultaneamente e algumas fotos registradas são apresentadas na Figura 10. Os resultados do batimento cardíaco e a conformação das curvas ECG foram bastante similares. Os valores de amplitude e duração das ondas ECG também foram bem próximos. Nas Figuras 10a-d são feitas as indicações de trechos dos sinais ECG obtidos para ambos os equipamentos. Há a inexistência visual de ruídos obtido pelo eletrocardiógrafo proposto. Nesses ensaios, a linha base ficou estável e a autonomia da bateria do eletrocardiógrafo proposto foi de algumas horas. 190 O PLANETA ÁGUA E AS MEDIDAS PARA RACIONAR O CONSUMO: UMA MODELAGEM SOBRE GASTOS DIÁRIOS AUTOR (A): AUXILIADORA BARALDI PACHECO Na década de 90, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) apresentaram uma proposta curricular de competências básicas em oposição aos que se baseavam em propostas onde predominavam apenas o acúmulo de conteúdos. Os PCNs propõem que adequações qualitativas de acordo com as áreas específicas, em Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias, devem focalizar a aprendizagem de concepções do mundo físico e desenvolver estratégias para resolver problemas, aproximando os 191 estudantes da investigação científica com atividades de produção de conhecimento. Particularmente, a Matemática terá o importante papel de ser a linguagem de expressão das diversas Ciências onde temos “uma língua que busca dar conta de aspectos do real” (PCN I, 1999, p. 14). Em todas as áreas, a competência matemática é essencial para a aprendizagem de conceitos, para procedimentos e para tomadas de decisões. Essas competências contribuem para o desenvolvimento dos processos de pensamentos e para a aquisição de atitudes, podendo assim formar a capacidade de resolução de problemas. Por outro lado, enquanto habilidade, a aprendizagem de técnicas e estratégias é importante e deve ser aplicada em outras áreas de conhecimento. A Matemática, assim, é vista como “uma linguagem de comunicação de ideias que permite modelar a realidade e interpretá-la” (PCN II, 1999, p.82). Trazer propostas que atendam às necessidades de tornar a Matemática útil não é fácil, pois “diz-se que geralmente a matemática é útil, mas como uma variedade de seus usos é grande valerá a pena ver que significados distintos podem ser dados à palavra útil” (Davis & Hersh, 1989, p. 108). A utilidade da matemática é circunstancial e relativa e depende da área em que vai ser aplicada, seja no profissional, no científico, no tecnológico ou mesmo em situações quotidianas que emergem em uma cultura. Desta forma, a matemática que será útil para o arquiteto não será útil para o filósofo, pois envolve questões diferentes. Aplicar matemática, utilizando a modelagem é uma forma de trazer proposta de ensino que possam levar estímulos do mundo real, do mundo externo para a matemática. A modelagem em atividade de ensino e aprendizagem matemática pode desenvolver no estudante uma postura crítica e o entendimento do verdadeiro sentido da matemática. O tema foi escolhido a partir de uma reportagem sobre a seca na região no Nordeste, onde a repórter perguntou quanto uma mulher gastava de água para um banho. A situação problematizada se deve novamente ao problema da seca que acontece no Nordeste. Uma reflexão crítica leva a fazer comparações sobre a quantidade de água necessária para o consumo humano no mínimo: para beber, para banho, para cozinhar e para lavar roupa. Quanto é o consumo de água por pessoa em uma capital e quanto pode chegar o consumo de uma pessoa em situações limites em regiões do Nordeste? A modelagem proposta neste trabalho foi elaborada a partir de uma situação problema inicial: Qual o volume de água gasto em situações do dia-a-dia? O POTENCIAL DO TURISMO HISTÓRICO NO LITORAL NORTE ALAGOANO AUTOR (A): ELAINE MARIA GERALDO DOS SANTOS A história do litoral norte no estado de Alagoas possui uma relevância singular. Desde o período em que o Brasil esteve como colônia de Portugal a região onde hoje se conhece como Alagoas se apresentava geograficamente atrativa para a passagem de importantes personagens e fatos históricos que permeiam cidades como Maragogi, Porto Calvo e Porto de Pedras. O interesse em desenvolver um estudo mais detalhado sobre essas cidades se deu após ministrar a disciplina História Regional, a qual é específica para os discentes no terceiro ano do curso de Hospedagem no IFAL/Campus Maragogi no ano de 2012. Mesmo com uma 192 carga horária de 80 horas, o que equivale a um ano letivo, a falta de material didático e informações necessárias ao desdobrar dos conteúdos pedagógicos se mostrou como uma barreira que merecia transpor a sala de aula e carecia de uma pesquisa aprofundada. Pela carência de material, descobertas foram constantes. O primeiro passo para o desenvolvimento da disciplina História Regional foi adquirir livros didáticos. O segundo procedimento foi realizar um “conhecimento de campo” das cidades que seriam trabalhadas em sala. Assim, municípios circunvizinhos ao Campus foram visitados e uma pesquisa primária foi feita, com a procura de pessoas que possuíssem tanto artefatos quanto informações. A fragilidade das informações colhidas despertou a ideia da importância de uma pesquisa mais profunda já que é de conhecimento público que a região possui mais de quatrocentos anos de história. A atual cidade de Porto Calvo se mostra como ícone nacional da importância alagoana para a construção da nossa história. Nasceu oficialmente como sesmaria no século XVII; ilustra nomes como Calabar, Mathias de Albuquerque e Zumbi, os quais tiveram atuação nessa cidade, possuindo até os dias atuais as marcas dessas histórias (QUEIROZ, 2010). Seguindo a mesma linha de destaque do Estado de Alagoas na história nacional, a cidade de Maragogi viveu algo inusitado. Em 15 de setembro de 2010 seis minas explosivas foram encontradas e uma detonada para espanto da população. Atribuíram esse achado histórico a atuação de embarcações que teriam passado pela região durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e, devido a localização geográfica estratégica que liga o norte ao sul do país, foram enterradas para uma possível detonação, no meio da área urbana maragogiense. Entretanto, essa bomba foi esquecida ao longo do tempo e, num acaso, foi achada. Como o deslocamento para uma universidade ou outro local que pudesse ser melhor analisada seria perigoso, se resolveu explodi-la com dinamite “grudadas” em seu casco. Segundo moradores, o estrondo pôde ser ouvido numa distância de 30km e estilhaçaram vidros de janelas de hotéis e casas. Comparando Maragogi as demais cidades da região, foi a única que pudemos encontrar uma tentativa de “museu”. A propriedade particular do senhor Cascudo é um casarão datado de 1857 (antes da emancipação da cidade de Maragogi, que em 24 de abril completou 134 anos) e detém todo tipo de materiais antigos, os quais teriam sido encontrados na cidade ao longo do tempo. Esse casarão é chamado de Casa Verde pelos moradores e está localizado na rua José Machado Tavares, s/n, centro. Todo esse material pode ser perdido já que o proprietário deseja removê-los para uma reforma da propriedade. Porto de Pedras possui ligação íntima com o período da Invasão Holandesa (16241654) tendo ainda hoje um patrimônio imaterial e uma população mestiça que supostamente tem ligação com esse acontecimento. Na visita realizada com os discentes em 03 de agosto de 2012 tivemos acesso a alguns escritos sobre a origem da cidade e alusão a passagem de Dom Pedro, Imperador do Brasil no século XIX, para averiguar o farol e o suposto túnel construído pelos holandeses na época da Invasão com finalidade de uma possível fuga se fossem atacados no século XVII. Nossa intenção para desenvolver o estudo sobre esses municípios parte dessas primeiras informações e podem modificar o curso turístico dessas cidades. Essa pesquisa pode fornecer novas possibilidades para a região, fruto de um levantamento histórico que 193 tem como intuito tornar o turismo cultural uma realidade e fomentar material para o curso de Hotelaria do IFAL/Campus Maragogi. OBTENÇÃO DE BIOETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO A PARTIR DO BAGAÇO E CASCA DE LARANJA, E SUA VIABILIDADE AUTOR (A): CECILIA DANTAS VICENTE É considerável o impacto ambiental causado pelo uso dos combustíveis fósseis, diante disso governos de diversos países iniciaram investimentos em pesquisas e desenvolvimento de tecnologias, para aperfeiçoamento de novas formas menos poluentes de combustíveis, inclusive o Brasil. ‘‘A produção de bicombustíveis faz parte da agenda tecnológica nacional, com programas de incentivos econômicos e fiscais para a sua produção e consumo´´(ROIG, 2009). Por tanto vemos a importância de se traçar novos caminhos, ou seja, formas inovadoras e possíveis para se obter bicombustíveis. Os biocombustíveis são fontes alternativas de energia, são de origem biológica não fóssil. Existem vários tipos de biocombustíveis, os principais são: o bioetanol, o biodisel, o biogás e a biomassa. O gás carbônico gerado pela produção de energia por combustíveis fósseis se acumula na atmosfera, já os gerados pela produção de energia por biocombustíveis são reciclados pela biomassa em cultura. É relevante o estudo de novas fontes de energia, que contribuam com a conservação do meio ambiente, mas ao mesmo tempo gere modo de consumo viável, para se quebrar a dependência dos combustíveis fósseis. (TIEZZI, 1988) O presente projeto propõe e avalia a viabilidade da produção de bioetanol a partir da biomassa residual da laranja tendo em vista a possibilidade de sua produção em grande escala, sendo assim uma das soluções para o fim da dependência dos combustíveis fosseis, e menos impacto ambiental e ainda destinando-se os resíduos das indústrias de derivados de laranja. O processo constitui-se basicamente por: coleta dos resíduos, hidrólise do mesmo, fermentação, separação e identificação do combustível e pesquisar-se a viabilidade e as possibilidades de sua implantação. PREPARAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOFIBRAS DE NANOCOMPÓSITOS DE ZnO/PVA E ZnO/POLIANILINA/PVA PARA POTÊNCIAS APLICAÇÃO EM CURATIVOS AUTOR (A): ETELINO JOSÉ MONTEIRO V. C. F. DE MELO Ao longo dos últimos anos, a tendência de miniaturização de dispositivos e do entendimento das propriedades dos materiais neles utilizados quando em escalas nanométricas tem se mostrado de crescente interesse, tanto do ponto de vista científico quanto de aplicações. Quando se alcança a escala nanométrica vários fatores de interesse surgem e novas características aparecem, oferecendo inusitadas aplicabilidades desconhecidas para o mesmo material quando em escala micrométrica. É ao longo dessa 194 direção que vem tomando força a pesquisa e o desenvolvimento da nanotecnologia, na busca por materiais que exibam propriedades diversas, o que tem impulsionado o avanço tecnológico no sentido de preparação ou obtenção de novos materiais[1]. A eletrofiação (electrospinning) é uma técnica de obtenção de fibras finas que para vários efeitos podem ser consideradas como materiais praticamente unidimensionais. As fibras podem ser obtidas nas escalas submicrométrica e nanométrica, e o uso dessa técnica tem se difundido ao longo dos últimos anos, pois ela se mostrou bastante útil para o processamento de fibras de diferentes tipos de materiais, principalmente os de natureza polimérica[2]. Adotar a técnica de electrospinning para a obtenção e o processamento de fibras sugere uma nova forma de utilizar e otimizar o uso de compósitos que apresentem novas propriedades. Que de fato, existem diversas vantagens em se utilizar fibras ao invés de, por exemplo, um filme, tais como maior sensibilidade, seletividade, melhor tempo de resposta, reprodutibilidade, etc. e as fibras resultantes podem ser utilizadas em diversas áreas, tais como a eletrônica, áreas médicas, em filtros, tecidos, etc[3]. No âmbito de aplicações médicas, foi verificado que células humanas podem se aderir e se organizar em fibras que apresentam diâmetros menores que as mesmas [4]. Devido a isto, pode se utilizar um suporte fibroso com dimensão em escala nanométricas para direcionar o crescimento das células em um tecido humano danificado. Estes suportes de células têm atraído grande atenção para a utilização de biopolímeros sintéticos e/ou nanofibras biodegradáveis no desenvolvimento de materiais que possam induzir o crescimento celular de modo a levar a uma regeneração completa, ou a realização de um procedimento de substituição do tecido danificado [5]. Trabalhos anteriores tem mostrado que nanofibras poliméricas formadas a partir de polímeros biocompatíveis também podem ser utilizadas como tecidos para cobrir queimaduras ou ferimentos na pele. Além do mais, a manta de nanofibras pode proteger o ferimento das ações de bactérias, uma vez que é possível obter tecidos com tamanhos de poros de 500 nm a 1 µm [6]. Além de poder utilizar estes materiais como barreira física, a possível introdução de um material bactericida à matriz polimérica, pode inibir ainda mais a proliferação das bactérias. O óxido de zinco - ZnO, que é um semicondutor inorgânico intrínseco, sob escala manométrica apresenta uma ação bacteriana já bem reportada na literatura. O uso deste material como um antibacteriano inorgânico, tem mostrado maior vantagem quando comparado com os convencionais materiais antibióticos orgânicos devido a sua resistência a tratamentos severos. Este semicondutor já é amplamente utilizados no preparo de cremes, loções e pomadas para aplicações dermatológicas devido a sua propriedade bacteriana. Porém alguns estudos também têm demostrado, que sob certas condições, o ZnO também pode se apresentar como material irritante a pele [7]. Os compósitos são materiais que apresentam mais de uma fase. Na maioria dos casos, eles possuem uma modelagem estrutural formada por uma fase contínua (matriz), que pode ser metálica, cerâmica ou polimérica, e uma fase descontínua, em geral fibras ou partículas. As fases contínua e descontínua devem se encontrar agregadas físico-quimicamente, ser quimicamente diferentes e ser separadas por uma interface distinta [8]. Devido aos avanços tecnológicos ao longo dos anos, cada vez mais tem se aumentado a exigência por materiais com combinações incomuns de propriedades que não podem ser atendidas pelas ligas metálicas, cerâmicas e materiais poliméricos convencionais, 195 isoladamente, de forma que as combinações e as faixas das propriedades dos materiais foram, e ainda estão sendo, ampliadas através do desenvolvimento de materiais compósitos [9]. A utilização de compósitos em áreas medicas é muito comum, uma vez que, com estes novos materiais, faz se possível agregar as propriedades de biocompatibilidade de determinados materiais em materiais incompatíveis biologicamente. PRODUÇÃO DA CARTILHA: “A BANANA COMO ALIMENTO E FONTE DE RENDA” AUTOR (A): DANIELLE DOS SANTOS TAVARES A banana é um dos frutos mais consumido mundialmente, sendo cultivada na maioria dos países tropicais, por ser um dos cultivos perenes de rápido retorno do capital investido, apresentando um fluxo contínuo de produção a partir do primeiro ano, o que a torna muito atraente para os agricultores (DAMATTO JUNIOR et al., 2011). Em 2011, a produção mundial ultrapassou 106 milhões de toneladas, destacando-se o Brasil como o quinto país produtor, com uma produção de 7.329.470 milhões de toneladas (FAO, 2013). A bananeira (Família das Musáceas) é cultivada em todos os estados brasileiros, desde a faixa litorânea até os planaltos do interior. A bananicultura desempenha um papel econômico e social relevante, atuando na fixação da mão-de-obra rural, gerando postos de trabalho no campo e nas cidades e contribuindo para o desenvolvimento regional (FASOLIN et al., 2007, FIORAVANÇO, 2003). Visto que a banana é um alimento de rápido amadurecimento a industrialização torna-se um processo necessário para um melhor aproveitamento da produção (SILVA et al, 1995). Por ser um alimento de elevado valor nutricional e energético, a banana é uma ótima fonte de glicídios, proteínas, lipídios, minerais e vitaminas (TRAVAGLINI, 2002, BORGES et al, 1997), podendo ser inserida como um rico ingrediente em receitas tradicionais. São diversos os produtos que podem ser obtidos a partir da banana, tais como: polpa ou purê, néctar, fruta em calda, produtos desidratados (banana liofilizada, flocos e fruta na forma de passa) e doces diversos, incluindo geléias e doce de massa (bananada) (MOTA, 2005, SILVA et al, 1995). Em pequenas feiras realizadas nos municípios de Alagoas, a exemplo de Murici, a comercialização do fruto da bananeira é comum. Além do consumo in natura, a banana pode se tornar uma fonte de renda, visto que alguns produtos derivados podem ser facilmente convertidos em produtos de maior valor agregado. Diante do exposto, faz-se necessário despertar na população o interesse pelos produtos agroindustriais, bem como fornecer informações sobre novas fontes de renda. Este projeto justifica-se por sua importância na formação tecnológica do futuro profissional da agroindústria que pode atuar em atividades de gerenciamento, que visa à integração do desenvolvimento econômico com a conservação ambiental e com a qualidade de vida. Assim, o profissional deverá saber realizar atividades ligadas ao processamento de produtos agropecuários bem como atuar na melhoria dos processamentos de produtos agroindustriais, respeitando os parâmetros de qualidade exigida pelo mercado e conservação do meio ambiente. 196 QUANTIFICAÇÃO DE BIOGÁS PRODUZIDO A PARTIR DE DIFERENTES COMPOSIÇÕES DE DEJETOS E RESÍDUOS AGROPECUÁRIOS AUTOR (A): DANILO CÉSAR OLIVEIRA DE CERQUEIRA A agropecuária brasileira está em constante crescimento e a intensificação em seus sistemas de produção, está gerando grave problema com aumento das agressões ambientais por conta dos dejetos animais. Os dejetos oriundos da agropecuária são responsáveis por aproximadamente 20% das emissões de gases poluentes na atmosfera, sendo um número altamente significativo, quando comparado às indústrias, que representam 32% dos emissores (KONZEN, 2005). O biogás, também conhecido como gás dos pântanos é o resultado da decomposição de material orgânico, em meio anaeróbio, por bactérias denominadas metagogênicas, sendo uma mistura, onde seus principais componentes são o gás metano, com valores médios na ordem de 55 a 65%, e o dióxido de carbono com aproximadamente 35 a 45% de sua composição. Atualmente, em vários países o biogás é produzido em aterros sanitários e aplicado como fonte energética em processos sanitários, e em alguns casos existe até a comercialização do biogás para uso nas indústrias. Em São Paulo o biogás chegou a ser utilizado, experimentalmente, em caminhões de coleta de lixo. O aproveitamento dos dejetos sob a forma de biogás (metano) é apenas uma das vantagens da biodigestão anaeróbia, podendo ser citados a redução de odores, eliminação de patógenos, redução da demanda bioquímica de oxigênio (DBO), produção de biofertilizante, baixa produção de lodo, baixos custos operacionais e de investimento e possibilidade de sistemas descentralizados de tratamento de dejetos (OLIVEIRA, 2004). O presente trabalho objetiva quantificar o biogás produzido em biodigestores caseiros e divulgar essa tecnologia como estratégia de destinar dejetos animais de forma sustentável e principalmente como fonte de energia renovável. REDUÇÃO DA SUA CARGA POLUIDORA DO SOLO DE LEITE POR MEIO DE TRATAMENTO QUÍMICO AUTOR (A): CLAUDIVAN COSTA DE LIMA O processo de fabricação de queijo produz o soro doce (pH de 5,8 a 6,5) como subproduto que representa 85 a 90% do volume de leite utilizado na fabricação de queijo, o qual contém em torno de 55% dos nutrientes do leite (ALMEIDA et al., 2001). Esse é constituído, em média, por 93% de água, 5% de lactose, 0,9 a 0,7% de proteínas, 0,5 a 0,3% de gordura, 0,2% de ácido láctico e pequenas quantidades de vitaminas. A fração protéica contém, aproximadamente, 50% de b-lactoglobulina, 25% de a-lactoalbumina e 25% de outras frações protéicas, incluindo imunoglobulinas (FITZSIMONS et al., 2006). Devido a essa rica composição, o soro de leite pode ser submetido a processos 197 de obtenção de proteína de alta qualidade por meio da sua concentração, purificação e fracionamento das proteínas do soro lácteo através da tecnologia de separação por membranas (BALDASSO, 2008). Entretanto, quando os laticínios não dispõem desses recursos tecnológicos o soro de leite geralmente é empregado na obtenção de ricota, gerando um soro ácido (pH de 4,5 a 4,8) ou destinado à alimentação animal (BROOKS et al., 2003). No Brasil, cerca de 40% do soro não são devidamente aproveitamentos, sendo geralmente direcionados a sistemas de baixa eficiência que trata as águas resíduárias dos laticínios ou são descartados nos corpos receptores sem nenhum tratamento prévio (MARQUES et. al., 2005). Por apresentar elevada demanda bioquímica de oxigênio (DBO) de 30.000 a 60.000 mg L-1, o soro de leite impacta negativamente o ambiente, sobretudo em relação a eutrofização dos cursos de água da microbacia hidrográfica na qual o laticínio está inserido (HOSSEINI et al., 2003). Este impacto está associado aos elevados teores de lactose que é responsável por aproximadamente 90% da carga orgânica do soro (GHALY & KAMAL, 2004), cuja degradação consome o oxigênio da água. Além disso, a presença de nitrogênio e fósforo no soro descartado favorece a proliferação de algas, as quais consomem o oxigênio de ambientes aquáticos, intensificando o processo de eutrofização. Ademais, a presença de enxofre no soro é responsável, em parte, por liberação de odores desagradáveis. Além do tratamento convencional do soro de leite descartado em lagoas de estabilização, tem surgido novas tecnologias como eletrofloculação (CRESPILHO & REZENDE, 2004), digestão anaeróbia (PONSANO e CASTRO-GOMEZ, 1995), sistemas de coagulação química e sedimentação (SANTOS et al., 2009) dentre outras, que estão muito além da realidade de grande parte dos pequenos laticinistas. Embora a Resolução 537 do CONAMA de 17 de março de 2005 (BRASIL, 2005) estabeleça critério para descarte de efluentes, esse procedimento não tem sido considerado prioritário por parte de alguns laticínios devido ao fato deste requerer investimento tecnológico e/ou financeiro que, muitas vezes, não estão ao alcance dos seus proprietário (FARIA et al., 2004). RISO E SÁTIRA SOCIAL: A IMAGEM DO NEGRO NAS POESIAS DE GREGÓRIO DE MATOS AUTOR (A) HERBERT NUNES DE ALMEIDA SANTOS O universo barroco com todas suas implicações teve como um produto, que merece cuidadosa atenção, as obras literárias de Gregório de Mattos e Guerra (16361695). Gregório atuou em todos os setores da poesia: na sátira, na lírica profana e religiosa, na encomiástica, explorando todas as possibilidades da versificação. Para compreender sua produção é necessário considerar a retórica que dominava a época, a doutrina em que ele, assim como seus contemporâneos, encontrava-se imerso, o Barroco. Nessa diversidade de atuações temáticas povoadas por Gregório, selecionamos a sátira e o riso para nossas investigações. Diante disso, observamos que a temática do negro, ligada muitas vezes ao histórico da escravidão, sempre se apresenta instigante, principalmente quando analisada sob a ótica de uma Literatura Comparada e dialogada com os vieses críticos literários postos na contemporaneidade. 198 O projeto de pesquisa, tecendo um diálogo com a visão crítica dos Estudos Culturais, e das teorias que estudam o riso e a sátira em nossa literatura, analisará um conjunto de poesias do poeta baiano Gregório de Mattos. Selecionamos em sua obra os poemas que tematizam sobre a presença do negro em nossa sociedade. Observamos em seus textos uma construção permeada por aspectos e imagens socioculturais atribuídas secularmente ao negro, e, que, “cativamente”, são utilizados como roupagem artística na construção de seus poemas. Diante disso, estudaremos, frente às teorias da estética do riso, como, e, em quais condições artísticas, deu-se essa manifestação de uma temática voltada para a condição do negro no século XVII. Em nossas pesquisas, dialogaremos com os estudos de críticos como Henri Bergson (2007), e Georges Minois (2003), que analisaram a inserção crítica do riso satírico e da ironia na literatura. Com isso, objetivamos demonstrar que, muitas vezes, a obra literária permeou, apesar de seu caráter ficcional, aspectos e temáticas que levam/ram a discussões acaloradas sobre a posição temática do negro em nossa literatura. ROBÔ ECO-SUSTENTÁVEL PARA APLICAÇÃO EM ROBÓTICA EDUCATIVA AUTOR (A): RAFAEL THYAGO ANTONELLO No mundo contemporâneo, os alunos buscam interatividade, mas a escola tradicional força ao confinamento teórico, surgindo assim a necessidade da utilização de ferramentas como os kits de robótica educacional. A utilização da robótica como instrumento de ensino permite aos estudantes a capacidade de elaborar hipóteses, investigar soluções, estabelecer relações e tirar conclusões. Entretanto, o acesso a esse tipo de tecnologia ainda é restrito, principalmente devido ao elevado preço. Nesse sentido, uma ideia é utilizar o lixo-tecnológico na construção dos robôs, visando não só baratear os custos, mas também como uma alternativa para reciclagem desse resíduo. Neste projeto é apresentado o desenvolvimento de um robô eco-sustentável para aplicação em robótica educativa. Esse robô será integrado ao ambiente virtual RoboMind, que possui uma linguagem de programação simples para movimentação de um robô em um mundo bidimensional. Desta forma, o ambiente será adaptado para o robô, sendo utilizado no ensino de programação, inicialmente no Instituto Federal de Alagoas e posteriormente em escolas estaduais e municipais. ROTAUT: UM JOGO PARA AUXILIAR NA APRENDIZAGEM DA ROTINA DA CRIANÇA AUTISTA AUTOR (A): MONICA XIMENES CARNEIRO DA CUNHA Jogos digitais fascinam crianças, adolescentes e até adultos por serem prazerosos, fornecendo muitas vezes entusiasmo e energia, sendo rotulados como passatempo. Esses jogos são populares por utilizarem uma estrutura de comportamento do usuário, além de possuírem atividades desafiadoras, que têm como premissa proporcionar o entretenimento. 199 Nos jogos psicopedagógicos, as estratégias são planejadas com o intuito de promover o interesse e motivação, proporcionando ao jogador o aumento da atenção e a capacidade de fazer inferências lógicas, em que no seu desenvolvimento possa trabalhar e desenvolver as habilidades cognitivas em uma sessão de jogo (MORAES, 2012). O devido planejamento da elaboração de um jogo dessa natureza deve ter o embasamento de abordagens pedagógicas adequadas às necessidades educativas especiais, podendo ser uma ferramenta favorável ao aprendizado e inclusão educacional (SOUSA, 2010). O público-alvo do jogo proposto, o ROTAUT, são as crianças autistas. O autismo, de acordo com Gonçalves et al (2008) é uma condição clínica que afeta a cognição, linguagem e comportamento humano, bem como apresenta várias condições possíveis de sintomas que caracterizam níveis de maior ou menor comprometimento. No acompanhamento terapêutico das crianças autistas são utilizadas várias técnicas sob orientação de uma equipe multidisciplinar, com o intuito principal de oferecer maior autonomia nas ações. O jogo sério proposto neste artigo terá como potenciais jogadores crianças portadoras do espectro autista, com atuação na sua rotina diária. O tratamento do autismo é realizado por uma equipe multidisciplinar que é essencial desde a etapa do diagnóstico, pois garantirá que o desenvolvimento da criança nas diversas áreas que apresente dificuldade seja estimulado, para que a inclusão seja possível o quanto antes em turmas regulares de ensino. Alguns tratamentos são utilizados aliando área médica e psicologia, cujo objetivo é minimizar os sintomas fazendo com que as três áreas comprometidas acima citadas sejam controladas e trabalhadas. As técnicas amplamente utilizadas como tratamento e acompanhamento do autismo na psicologia são: Tratamento e Educação para Autista e Crianças com Déficits relacionados à Comunicação (TEACCH), Análise Aplicada do Comportamento (ABA) e Sistema de Comunicação por Troca de Figuras (PECS). O TEACCH é um programa de atendimento educacional e clínico, tendo um acompanhamento transdisciplinar (KWEE, 2009), com o intuito de fornecer o máximo de autonomia possível à criança, no ambiente de escola e casa, para que ela chegue com o melhor desenvolvimento possível à fase adulta (MOREIRA, 2005). A Análise Aplicada do Comportamento (ABA) observa, analisa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem (LEAR, 2004). O PECS, por sua vez, tem como objetivo auxiliar a comunicação por meio da utilização de desenhos simples que sejam facilmente combináveis com a realidade (BERSCH, 2012). Tais métodos serão importantes no conceito de jogabilidade e desenvolvimento do jogo proposto, auxiliando para que realmente atenda ao público alvo, tendo desta forma uma sinergia entre a pedagogia e diversão de um jogo educacional (SAVI; ULBRICHT, 2008). O jogo proposto tem como tema a rotina diária das crianças autistas, que foi escolhida pelo significado e importância na vida das pessoas com esse tipo de deficiência. A rotina muitas vezes é considerada como repetição, círculo vicioso ou até de aprendizagem mecânica (BRAMÃO, 2006). Mesmo com tais definições é de consenso que a rotina é essencial no desenvolvimento, permitindo a previsibilidade das ações, a estruturação da independência e a autonomia, além da socialização das crianças (GONÇALVES, 2013). No autismo, este conceito tem proporções ainda maiores, pois permite a previsibilidade e segurança sempre levando em consideração as preferências, vantagens e deficiências da criança (REILLY, 2005). 200 Esta proposta é a continuação de um projeto que iniciou em 2012 com objetivo de desenvolvimento do jogo ROTAUT. Dessa forma, já foi realizada uma vasta análise documental, visando entender questões comportamentais que envolvem o autismo e o público-alvo do jogo: as crianças autistas. Também foi realizada uma análise dos jogos digitais existentes para tais crianças, assim como um estudo de quais ferramentas seriam usadas que atendessem a proposta de jogo. Após as revisões bibliográficas deu-se a elaboração do Game Design do ROTAUT, facilitando o andamento dos demais processos: rascunho dos objetos e cenários, modelagem, engenharia de software e programação. Esta etapa foi importante, pois assegurou em forma de documento que vários aspectos em nível de jogo fossem pensados e analisados, como cenários, posição das câmeras, utilização de quais tecnologias seriam utilizadas, bem como a definição dos avatares. A próxima etapa do jogo, que consiste na proposta deste projeto de pesquisa, será a criação propriamente dita do 3D, onde a arte conceitual é levada para o software 3D, e literalmente modelada pelo artista, depois de criada a modelagem, o artista gera o mapeamento UV dos modelos 3D. O mapeamento UV consiste nas coordenadas que o modelo 3D tem em um plano 2D. A partir dessas coordenadas que será feita a textura. A textura é a "pele" do modelo 3D, para auxiliar na criação da textura, usam-se softwares de edição de imagem, no caso do projeto ROTAUT será usado o photoshop para a edição das texturas, um programa auxilia no delineamento e arte final, tal como pintura e montagens, enfim, muitas ferramentas para auxiliar a edição da imagem (textura). Com toda a arte pronta o próximo passo será a criação de lógica do jogo é geralmente criada em uma game engine, a game engine usada no projeto ROTAUT é o unity 3D. No unity, serão feitos scripts, para a criação de controles e eventos que foram predeterminados pelo game designer na descrição das funcionalidades e através dessas scripts, as animações feitas previamente serão acionadas de acordo com a proposta e a dinâmica do jogo. SAT – SERVIÇO DE APOIO AO TURISTA AUTOR (A): WLADIA BESSA DA CRUZ Este projeto visa desenvolver um software inovador que possibilite uma prestação de serviços de transporte e turístico à população local e aos turistas. O software suprirá as necessidades de trabalho dos taxistas e prestadores de serviços autônomos na área turística, objetivando mediar a comunicação entre taxistas que trabalham com turistas e turistas estrangeiros, desenvolvido para o dispositivo mobile, sendo trilingue (português, inglês e espanhol), utilizando a linguagem JAVA. Atualmente existem inúmeros softwares que fazem chamada de taxi. Porém a nossa proposta é também estimular a dedicação dos taxistas em aprender uma ou mais línguas estrangeiras, principalmente porque haverá a copa mundial em 2014 e a copa das confederações neste ano. O software possibilita ao turista uma ferramenta diferencial e segura que media e garante a prestação de serviços de city tour e demais destinos, de forma ágil e prática. O 201 turista ao ser credenciado ao software escolherá o idioma de sua interface. Em meio a inúmeros eventos esportivos que vêm ocorrendo em nosso país buscouse desenvolver um software que promova o desenvolvimento local e melhor qualificação profissional dos agentes turísticos que trabalham na informalidade ou ligados a alguma cooperativa. SELEÇÃO DE SEMENTES COM POTENCIAL PARA A PRODUÇÃO DE BIOJÓIAS NO MUNICÍPIO DE MURICI/AL AUTOR (A): DANIELLE DOS SANTOS TAVARES PEREIRA A conservação da Mata Atlântica é uma ação prioritária, tanto para preservação da diversidade biológica, diante da sua riqueza de espécies aliada a significativos níveis de endemismo e ao elevado grau de degradação em seus ambientes, como para possibilitar a manutenção de áreas com qualidade ambiental mínima, para que as populações inseridas em seus ambientes possam dele usufruir, de forma sustentável (IBAMA, 2006). A mata de Murici é bastante diversificada, onde podemos encontrar várias espécies com valor comercial, como: murici (Byrsonima crassifolia), gameleira (Ficus insipida), munguba (Pachira aquatica), pau-falha (Aspidosperma sp), cupiúba (Goupia glabra), ipê amarelo (Tabebuia chrysotricha), imbiriba (Eschwellera blanchetiana), louro (Laurus nobilis), sucupira (Pterodon emarginatus), barbatimão (Stryphnodendron adstringens) entre outros (IBAMA, 2006). A utilização de matérias-primas provenientes da floresta para o desenvolvimento de novos produtos faz parte da presente visão ecológica dos produtos encontrados no mercado (TRINDADE, MENDONÇA & COLARES, 2008). Por outro lado, as ações antropológicas e seus impactos ao meio ambiente despertou um novo comportamento de consumo, preocupado e focado com a preservação da natureza (BRITO, BARBOSA & REIS, 2012). A Biojóia como segmento de mercado não é novidade, mas desde que em todo o mundo se concentram esforços para produção de produtos que além de gerar lucro sejam ecológicos e socialmente corretos, ela vem ganhando espaço no mercado nacional e internacional (LANA, PEREIRA & SILVA, 2010). O termo biojóias refere-se à produção de acessórios que utiliza como matérias primas recursos naturais como: sementes, cascas, fibras e até mesmo ossos de animais que podem servir de inspiração para artesões ou desing na confecção de seus produtos. A semente é o resultado da fecundação do óvulo e sua principal função é dar origem a uma nova planta, ou seja, garantir a perpetuação da espécie (NOGUEIRA, 2008). Entretanto, com o crescimento das atividades artesanais, as sementes passaram a ter um importante papel social. As sementes são classificadas como produtos florestais nãomadeireiros e constitui uma fonte de negócio sustentável para as comunidades no entorno de áreas florestais (THAN, 2004). As sementes apresentam diversas utilidades, que vão desde fonte de alimento, produção de mudas, artesanato, biojóias entre outros usos menos comuns (VALLE, 2008). Contudo, o comércio de biojóias tem gerado muitos postos de trabalho e beneficiado pessoas com um nível de escolaridade mais baixo 202 (SEBRAE,2012). Diante do exposto, este estudo visa gerar ações que contribuirá para a abertura de novas opções de mercado e fonte de renda sustentável. SISTEMA DE CONTROLE DE ÁGUA: EM BUSCA DO EQUILÍBRIO DO CONSUMO. AUTOR (A): RAFAEL THYAGO ANTONELLO Sendo a água um componente liquido de suma importância para a sustentação da vida, com o crescimento demográfico da população e o avanço cientifico e tecnológico cresce a demanda e multiplica-se o uso de água, embora seja um recurso natural limitado. A água tem varias utilidades que vai além dos usos básicos, como exemplo, o uso pelos seres humanos, uso domestico, industrial, irrigação, geração de energia, transporte e até mesmo para diluição de dejetos, acabam afetando a quantidade e a qualidade, devido ao uso indevido desse recurso. O aumento da população, a irrigação, o desperdício e a retirada de água dos rios, córregos, nascentes e outros acabam gerando a escassez deste recurso no meio ambiente não o bastante, outros fatores são deposito de resíduos sólidos no solo, metais pesados das indústrias, lixo hospitalar e urbano entre outros que acabam por poluir as águas, não só de lagos e rios, mas também das nascentes e águas subterrâneas comprometendo a vida atual e de futuras gerações. Em decorrência dessa agressão a natureza, mas utilizações surgem doenças, guerras e o encarecimento dos recursos hídricos tendo como método de combate a crise da água, a redução do consumo e da poluição. Segundo o entendimento de Paulo de Bessa Antunes (Professor Doutor de Direito Ambiental UNIRIO, advogado, Procurador Regional da República), a água é um elemento indispensável a qualquer forma de vida, pois sem ela é impossível viver. Em seu entendimento, mesmo as pessoas sabendo que essa afirmação é óbvia, são incapazes de se sensibilizar, no sentido de proteger e preservar as águas, tendo em vista que o desperdício desse recurso é um fato que se repete. Assegura-se, segundo o entendimento de Helita Barreira Custódio (Jurista - Doutora em Direito e Professora Livre-Docente pela Universidade de São Paulo-USP) que, como alimento indispensável à vida, a água, em qualquer de suas classes, seja água doce, salgada ou do mar, do oceano ou de lagos salinos, salobra ou ainda, a água mineral, fazem parte do “meio vital de básica importância, sendo imprescindível sua presença no mundo dos seres vivos em geral – portanto, indispensável.”. Menciona que o avanço científico e tecnológico nos dias atuais vem causando graves problemas com a água, pois o empobrecimento da qualidade das águas superficiais, ainda mais com as águas subterrâneas, tendo em vista as contaminações prejudiciais e contínuas. A ideia de um sistema de água pré-pago se deu, principalmente, pela preocupação do desperdício da água potável, pois esse desperdício afeta não só os seres humanos, mas sim, todos os seres vivos do planeta terra. A tecnologia apresenta baixo custo e fácil manutenção. SISTEMA DE GERAÇÃO DE ENERGIA ATRAVÉS DA CAPTAÇÃO DE ONDAS 203 ELETROMAGNÉTICAS DE RÁDIO. AUTOR (A): GEORGE FLÁVIO PEREIRA CHAVES Sabemos que é crescente em nossa sociedade tecnológica o uso de aparelhos que usam sistemas wireless (sem fio). Também é crescente o uso de sistemas de telecomunicações. São sistemas celulares de várias operadoras, várias estações de rádio AM, FM, TV, sistemas sem fio zigbee, Bluetooth, wi-fi, wimax, entre outros. E toda essa energia presente nas cidades é invisível e poderia ser usada para geração de energia em pequenas quantidades. Dessa forma, esse projeto busca alternativas de baixo custo para eliminar o uso de pilhas através do uso dessas energias que são invisíveis ao olho humano já que não estão no espectro visível a olho nu. O uso e o custo de pilhas e de pequenas baterias é crescente em nossa sociedade. O impacto ambiental quando do descarte das pilhas é outro problema em nossa atual sociedade do consumo. Diante disso e do grande desperdício de energia invisível gerada artificialmente pelos equipamentos sem fio é que surge a possibilidade de usar parte dessa energia invisível presente no ambiente para geração de energia elétrica para aparelhos que gastem pequenas quantidades de potência elétrica. A poluição eletromagnética é algo que deve preocupar as pessoas em breve esse tipo de poluição não tem cheiro, é invisível e por isso mesmo imperceptível. Estamos imersos num mundo de energias artificiais geradas pelas telecomunicações sendo assim poderemos usar essas energias. Desenvolver um sistema de captação dessas energias é algo difícil, mas possível de ser pesquisado e tentado. SISTEMA INTELIGENTE ANTI-FURTO RFID PARA RASTREAMENTO E ANÁLISE FORENSE AUTOR (A): BRENO JACINTO DUARTE DA COSTA Um sistema de localização é formado por dispositivos e algoritmos que permitem estimar as coordenadas de um objeto tanto em ambientes internos quanto externos. Tal estimativa deve prover uma localização aproximada de um objeto físico em um determinado ambiente. Existem várias técnicas de localização, tais como as apresentadas na Figura 1. Além disso, várias aplicações utilizam informações de localização para prover melhores interações aos usuários. Por exemplo, em aplicações para automação residencial, é comum ter ambientes internos divididos por salas com vários objetos espalhados. Neste contexto, é relevante prover informações sobre quais objetos estão dentro de uma determinada sala, beneficiando uma série de aplicações tais como programas sensíveis a contexto, segurança, entre outros. 204 A tecnologia de identificação por radiofrequência ou RFID utiliza etiquetas para identificar objetos eficazmente. Uma de suas principais vantagens é possuir um alcance maior do que outras tecnologias de identificação automática (código de barras, biometria e identificador de voz). Avanços recentes no campo de identificação por radiofrequência têm estimulado o surgimento de novas soluções para identificação de objetos e pessoas utilizando tal tecnologia. Uma forte demanda por soluções que utilizem a tecnologia RFID tem forçado os fabricantes a baixarem os preços das etiquetas e leitores, tornando-a mais acessível e viável para as empresas, indústrias e instituições científicas. Tais etiquetas podem ser identificadas dentro da área de alcance de um leitor RFID. Esforços têm sido empregados pela indústria para a padronização de protocolos e comunicação desta tecnologia. TIPOS DE ACIONAMENTO DE CIRCUITOS PARA HARMONIZAR O CONSUMO DE ENERGIA COM A AUTOMAÇÃO NO IFAL CAMPUS PALMEIRA DOS ÍNDIOS AUTOR (A): CARLOS GUEDES DE LACERDA Os sensores que detectam a presença de pessoas disparando alarme, abrindo portas ou simplesmente tocando um sinal de aviso, estão cada vez mais presentes em muitos locais por onde passamos. Aproveitando as propriedades piroelétricas de certos materiais, esses sensores consistem numa solução sensível e barata para a detecção de pessoas pelo calor de seu corpo. Desta forma, pensou-se em elaborar um novo circuito elétrico, através de condutores interligados a um sensor de presença para que pudessem ligar e 205 desligar além de lâmpadas, vários aparelhos, como por exemplo: condicionadores de ar, computadores e projetores multimídia. VANTAGENS DO SEU EMPREGO: Podem ser mencionadas tais vantagens para o uso do circuito com sensor de presença: a) Controle de gastos de energia; b) Aumentar a praticidade no desligamento de aparelhos; c) Usar sensores em que seu custo seja mais acessível . DESCRIÇÃO DO PROCESSO Para a elaboração do circuito elétrico com os sensores, basicamente utilizaremos: sensores de presença de baixo custo, condutores elétricos, interruptores e canaletas a fim de ajudar na economia de energia. Serão feitos testes com os sensores em salas de aula, com o objetivo de evitar que equipamentos como condicionadores de ar, lâmpadas, projetores multimídia e computadores, fiquem ligados em momentos desnecessários. UTILIZAÇÃO DE ADSORVENTES NA REMOÇÃO DE FÁRMACOS EM EFLUENTE SINTÉTICO: ESTUDO ADSORTIVO, CINÉTICO E TERMODINÂMICO AUTOR (A): RONALDO DIONÍSIO DA SILVA Uma das principais fontes de contaminação do meio ambiente é o descarte proposital ou inconsciente de fármacos e estes vem sendo considerados como contaminantes emergentes. A porta de entrada dos fármacos no meio aquático é através do efluente oriundo das estações de tratamento de esgotos (ETE), uma vez que as tecnologias convencionais: coagulação química, sedimentação, digestores, desinfecção e outras, apresentam limitações na remoção de uma variedade de fármaco. Muitas drogas, ou os seus metabólitos, já são encontradas em ETEs e no meio ambiente aquático. Os efeitos tóxicos provenientes dos fármacos expostos nas águas, não estão inteiramente esclarecidos, porém, estudos revelam que estes compostos podem intervir no metabolismo e na atuação dos organismos aquáticos, acarretando em desequilíbrio das suas populações, e em um aumento de bactérias resistentes e mais nocivas. Existe, portanto, a necessidade da incorporação de um tratamento terciário para esses efluentes, após as ETEs ou ETAs (Estação de tratamento de água), para evitar um enriquecimento no ambiente de bactérias persistentes capazes de infectar o homem. Uma alternativa é a adsorção em fase sólida. A adsorção pode ser definida como a adesão de uma substância na superfície de outro material. O material a ser adsorvido é chamado adsorvato e o material receptor é o adsorvente ou substrato. A característica mais importante de um material adsorvente é a sua capacidade adsortiva que se define pela quantidade de adsorvato retido pelo 206 adsorvente. Esse projeto de pesquisa visa estudar a adsorção de fármacos em materiais sólidos tais como: Redes de coordenação 3D (MOF) ZIF-8, Carvão ativado e Zeólita faujasita-Mg, e propor o melhor método como uma possível solução para a adsorção de antibióticos, especificamente, oxitetraciclina e amoxicilina, devido à larga produção e uso excessivo . 207