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Outubro/Novembro/Dezembro 2013
Ano 19 . Número 4
Os órfãos da OGX
como os problemas financeiros da OGX
afetaram centenas de empresas e
milhares de pessoas
Libra: leilão único oferta
reserva “in situ”
Pemex está entre as mais
competitivas do mundo
Oil & Gas Journal
Latinoamericana
| Out/Nov/Dez |
- 2013
Paraguai
| Venezuela
México
OTC BRASIL 2013
Os desafios de um
mercado em evolução
Novidades tecnológicas
| Bolívia | Colômbia | Peru
1
Publisher
Jean-Paul Prates | [email protected]
( THINK OIL & GAS )
Eurocopter ofrece una gama fiable y resistente para transportar pasajeros hasta las plataformas
de la forma más segura. Desafiando temperaturas extremas y condiciones meteorológicas adversas
para llegar hasta las plataformas y pozos petrolíferos más remotos.
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SUMÁRIO
Outubro/Novembro/Dezembro 2013
Ano 19 . Número 4
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Germany/Switzerland (N)/Eastern Europe/Austrian/
Russia/Baltic & Eurasia
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8570
DESTAQUE
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Os Órfãos da OGX
MONITOR REGIONAL
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Libra: leilão único oferta reserva “in situ”
PANORÂMICA
OTC Brasil 2013 - os desafios de um mercado em evolução
TECNOLOGIA
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Novidades tecnológicas na OTC Brasil 2013
GIRO
Notas por país (petróleo, gás e energia)
18
AGENDA
Os principais eventos do setor em toda América Latina
Parceiros Editoriais
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Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
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Glossário de Unidades
l = litro
m3= metro cúbico
b = barril de petróleo
t = tonelada métrica
h = hora; d = dia; a = ano
Btu = British thermal unit
M = mil (103)
MM = milhão (106)
B = bilhão (109)
MW = megawatt
MWh = megawatt hora
l = litro
m3= metro cubico
b = barril de petróleo
t = tonelada metrica
h = hora; d = día; a = año
Btu = British thermal unit
M = mil (103)
MM = millón (106)
B = mil millones (109)
MW = megawatt
MWh = megawatt hora
capa
Foto-montagem
oriunda de imagens
da internet
Destaque
Os órfãos da OGX
Neli Terra – NATAL, BRASIL
Foi nos últimos dias de outubro, durante a OTC
Brasil 2013, que a francesa Perenco anunciou a
redução das operações da empresa no Brasil,
após uma campanha exploratória considerada
decepcionante, onde a empresa precisou arcar com
os custos que não foram pagos pela OGX.
A Perenco perfurou 4 poços no offshore da bacia
do Espírito Santo, mas apenas encontrou, em um
deles, uma reserva de tight gas, de extração inviável
por conta da localização em águas profundas.
A companhia entrou no offshore brasileiro em
2008, quando adquiriu participações operacionais
em cinco concessões, sísmica 3D em várias áreas
e passou também a perfurar poços. A pretensão
da Perenco era encontrar cenários semelhantes a
algumas descobertas da Petrobras como Indra, Péde-Moleque, Brigadeiro e Quindim. Uma fonte interna
afirmou que o desapontamento da empresa com o
Brasil se consolidou a partir do momento em que a
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Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
OGX deixou de cumprir com suas obrigações pela
campanha. A mesma fonte afirmou que o calote
seria de, aproximadamente, US$40 milhões. Valor
que precisou ser coberto pela própria Perenco.
Os problemas financeiros da OGX afetaram
também a Diamond Offshore Drilling.
No mesmo período, a companhia anunciou a
retirada da sonda semissubmersível Ocean Quest
de águas brasileiras, por conta do não recebimento
das últimas parcelas dos valores acordados em
contrato com a OGX. Segundo os dados da própria
empresa, o valor em aberto seria de US$57 milhões,
que foram amortizados no segundo e terceiro
trimestres de 2013.
O diretor-presidente da Diamond Offshore,
Larry Dickerson, explicou que a sonda foi enviada
à Malásia, para operar na região da Ásia-Pacífico.
A outra sonda da empresa que trabalhava
para a OGX, a semissubmersível Ocean Star, foi
5
Destaque
Destaque
transferida para a Queiroz Galvão E&P a fim de perfurar poços
no campo de Atlanta, na Bacia de Santos. A transferência
conseguiu minimizar em parte as perdas da Diamond.
De acordo com a consultoria Morningstar, Pimco, Blackrock
e Lord Abbot são alguns dos maiores detentores de títulos
da OGX. Essas 3 companhias, juntamente com Loomis Sayles,
Ashmore, Spinaker e GSO, contrataram representantes legais e
financeiros para tentar negociar a reestruturação dos débitos
da OGX. Até o fechamento desta edição, essas negociações não
haviam gerado nenhum resultado.
Em maio de 2012, a GE investiu US$300 milhões no grupo X,
de Eike Batista. E apesar do extenso número de produtos de
perfuração e serviços que a empresa vendeu à OGX ao longo
do tempo, anunciados muitas vezes por meio de releases
chamativos, é bem possível que a GE acabe também na longa
fila de credores que esperam receber o pagamento de volta.
Já a OSX, braço de construção naval do grupo EBX, possui
373 instituições em sua lista de credores. As informações são
do jornal O Estado de S. Paulo. A maior parte dos credores é
formada por bancos que, juntos, somam uma dívida de 4,5
bilhões de reais. Segundo a nota, 90% de toda a dívida da
empresa está concentrada entre os 10 maiores credores.
Além dos investidores estrangeiros que detém a maior parte da
dívida em títulos, os credores vão desde o fornecedor de café para
os escritórios, com aproximadamente R$ 10 mil a receber, até a
estatal Petrobras, com R$ 37 milhões, passando por fornecedores
de material de escritório (R$4 mil), locadoras de automóveis (R$
6 mil) e até mesmo o aluguel do prédio onde se localiza a sede do
Grupo EBX, no Rio de Janeiro (R$ 757 mil). A dívida já vencida com
a Caixa Econômica Federal chega a R$ 121 mil.
Além disso, o numero de investidores pessoas físicas que
compraram ações na bolsa de valores e tiveram perdas imensas
pode passar de 50 mil. E mesmo com a crise, os papéis continuam a
ser negociados na bolsa. De acordo com dados da BM&Fbovespa,
no ano de 2013 a oscilação do papel atingiu 270%.
esportivos e R$8 milhões para a despoluição da Lagoa Rodrigo
de Freitas.
Os recursos públicos também foram usados para premiar
os executivos da OGX e da OSX com bônus que, segundo
a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), somaram,
aproximadamente, R$300 milhões de reais. A dívida total
acumulada do grupo X já soma mais de R$ 11 bilhões.
Justificativas para a derrocada não faltaram. Segundo Batista,
ninguém tinha mais confiança em seu projeto do que ele próprio
e tudo o que aconteceu foi causado por questões que fugiram
de sua alçada, como a crise internacional ou a imprevisibilidade
dos poços de petróleo. Há um ano, vendo sua credibilidade no
mercado se esvair, Eike Batista chegou a propor a compra de US$
1 bilhão em ações da OGX por ele mesmo, ao valor fixo de R$6,3,
em uma operação conhecida como “put”. Mas o investimento
jamais aconteceu e, um ano depois, a OGX entregou os pontos e
entrou com um pedido de recuperação judicial. Foi a derrocada
da petroleira que chegou a ter valor de mercado de US$ 22
bilhões, segundo o banco UBS.
Para continuar com suas atividades, a OGX teria que
levantar, pelo menos, US$ 500 milhões. A grande esperança
da companhia era um acordo de US$ 850 milhões com a
estatal petrolífera malaia Petronas. Mas esta preferiu se
afastar. Rompeu o contrato que tinha com a OGX, relativo à
participação de 40% nas concessões dos blocos BM-C-39 e BMC-40, localizados na bacia de Campos, incluindo o campo de
Tubarão Martelo.
A CONCORDATA
Com a quebra da OGX, aproximadamente 52 mil
trabalhadores, cujos fundos de pensão investiram na empresa,
tiveram perda total dessas aplicações.
Embora tenha seis anos de existência, o fato de a OGX
nunca ter chegado a produzir petróleo gerou muitas dúvidas e
comentários sobre o direito da empresa à recuperação judicial,
solicitada à justiça do Rio de Janeiro em outubro de 2013.
O pedido foi uma tentativa de gerar receita, em um momento
em que o grupo X passou a enfrentar sérias dificuldades de
caixa. Esse foi o maior pedido de recuperação judicial da
história corporativa da América Latina e o primeiro feito por
uma companhia que faz parte do Ibovespa — o principal
indicador da bolsa de valores brasileira.
O pedido de recuperação envolveu três empresas: OSX Brasil
e Construção Naval, responsáveis pela obra do Superporto do
Açu, no litoral norte fluminense, e a OSX Serviços Operacionais,
que possui apenas R$ 20,2 milhões de dívida.
Para alguns especialistas do setor, no caso do pedido ser
ASCENÇÃO E QUEDA
Criada em julho de 2007, a OGX, empresa de exploração e
produção de petróleo de Eike Batista, sempre alardeou que
seus campos, arrematados em leilão, teriam reservas de dar
inveja aos árabes. Mesmo assim, nesse tempo todo, nunca
chegou a produzir ao menos uma gota de petróleo.
Durante esses seis anos Eike Batista ficou conhecido tanto
pela excentricidade quanto pela generosidade. Levava uma vida
nababesca, de gastos bilionários. E passou a patrocinar vários
projetos e obras sociais no Rio de Janeiro. Chegou a “doar” R$30
milhões para um hospital infantil, R$13 milhões para projetos
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Chris Goodney/Bloomberg
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
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Destaque
aceito, a recuperação poderia ser encabeçada pelo
BNDES. De lá vieram mais de R$10 bilhões em recursos
públicos para o grupo. Mas ao que parece, mesmo
com autorização judicial, esses recursos dificilmente
serão recuperados. O próprio BNDES começou a
executar as dívidas do grupo X. O empréstimo ponte
de R$ 548 milhões concedido à OSX, vencido em 15
de novembro, foi executado pelo banco estatal,
segundo fontes que acompanham o processo.
REPERCUSSÃO INTERNACIONAL
A repercussão da quebra do Grupo X no mercado
mundial foi imediata. O jornal britânico Financial
Times publicou editorial sobre o tema e afirmou que
a concordata da OGX deveria servir de alerta para
que o governo brasileiro deixe de interferir tanto
no setor de petróleo. O periódico ressaltou que a
OGX não é a única companhia de petróleo no Brasil
que passa por questões ligadas ao endividamento
elevado em contraste com receitas em baixa e citou a
Petrobras como exemplo. As ações da estatal verdeamarela caíram em um terço nos últimos 3 anos e
sua dívida é estimada hoje em US$ 185 bilhões.
Para o Financial Times, esse é um momento em que
o Brasil não deveria “se permitir perder seu status de
Eldorado do petróleo da América Latina”. Na visão
dos britânicos, enquanto o México tem realizado uma
reviravolta “ambiciosa” em seu setor energético, “a
supremacia do Brasil parece estar em risco”.
QUEDA DE BRAÇO COM O REGULADOR
Alguns episódios marcaram também um
comportamento de inobservância às regras
existentes para o setor e geraram consequências
para as empresas do grupo. A perfuração e a
realização de testes no bloco S-M-314 na bacia de
Santos, sem autorização da ANP (Agência Nacional
do Petróleo), resultou em uma multa de 200 mil
reais à OGX. O órgão regulador também indeferiu,
dias antes, um recurso da OGX que contestava a
metodologia adotada para calcular os volumes
de condensado não medidos, entre os meses de
fevereiro e junho, no Campo de Gavião Real, na
Bacia do Parnaiba.
monitor regional
Libra, um leilão único
OPINIÃO DO ESPECIALISTA
Para Jean-Paul Prates, consultor do mercado
de petróleo na América Latina, Eike Batista,
infelizmente, protagonizou o maior embuste da
história econômica recente do Brasil.
“Culpado ele? Sim. Mas mais ainda culpados os
reguladores do “mercado de ações” e “analistas
financeiros”, alguns (poucos) dos quais, mesmo
respaldados em suspeitas levantadas por
especialistas em petróleo, continuaram a permitir
vôo livre aos releases e relatórios enganosos, sem
nem mesmo contestá-los”, diz Prates.
Aliás, a maioria dos analistas sequer chegou a
desconfiar de tanto sucesso repentino o suficiente
para consultar especialistas em petróleo de verdade
(técnicos): do contrário, muito estrago poderia ter
sido evitado.
Não é Eike quem sai mal disso. É o Brasil. E
os empreendedores honestos, que não vendem
ilusões, nem se apadrinham com gente ruim.
O pior é que o setor de petróleo brasileiro precisa
deste tipo de captação. Vai adentrar uma nova rodada
de licitações de blocos, com oferta de áreas prolíficas
em gás de folhelho (indicação da ANP), em meio
a esta tremenda crise de credibilidade quanto aos
gestores empresariais brasileiros - agora tidos como
novatos ou, pior, enganadores em matéria de E&P.
Jean-Paul Prates – Rio de Janeiro
O leilão de Libra não foi um leilão comum. Tratase de um leilão único, especial. Normalmente, são
leiloadas áreas exploratórias, ou seja, áreas onde
ainda se fará prospecção sísmica e poços exploratórios
para realizar descobertas e, depois, avaliá-las como
comerciais ou não. No caso de Libra, o que se leiloou foi um prospecto
já contendo descoberta parcialmente avaliada como
sendo de enorme magnitude. Ou seja, o leilão de Libra,
além de ser o primeiro do novo regime regulatório de
partilha de produção, é também um leilão único, por
disponibilizar uma reserva ‘in situ’, e não uma área
exploratória apenas. HISTÓRICO
O prospecto de Libra foi descoberto em 2010
pelo poço 2-ANP-0002A-RJS, no polígono do présal da Bacia de Santos. Ocorre que este poço foi
perfurado em área não concedida (ou seja, sob a
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Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
jurisdição direta da Agência Nacional do Petróleo
(ANP), que contratou serviços da Petrobras para
encontrar reservas que poderiam ser usadas em
troca de ações da companhia na chamada cessão
onerosa. Com isso, se tornou um verdadeiro
anacoluto regulatório, não sujeito nem ao regime
de concessões nem ao novo, de partilha. Tratavase do prospecto petrolífero mais promissor da
história do Brasil sem enquadramento legal
ou regulatório. Por isso, o governo brasileiro
precisava tirá-lo do limbo e regularizar sua
situação, inclusive quanto ao alto investimento
necessário para desenvolvê-lo.
Além disso, por lei, trata-se de um projeto que
já vem com o operador definido (empresa-líder
que executa as operações): a Petrobras. Isso foi o
que mais atraiu o interesse por parte de empresas
estatais que são extensões do governo de países
que precisam adquirir reservas mundo afora:
China, Japão, India, Malasia, por exemplo. Para
elas, Libra é um projeto perfeito para se participar:
grande reserva e com um operador de primeira
linha obrigado por lei a participar e a operar.
9
monitor regional
O LEILÃO
Durante a fase de habilitação, estranhouse a ausência de algumas majors tradicionais.
Provavelmente algumas empresas que respondem
apenas ao mercado de ações acharam difícil
concorrer diretamente contra governos de países
importadores. Outras, como a Shell e a Total, por
exemplo, consideraram interessante habilitarse para, eventualmente, entrar em parceria com
algumas delas. Foi o que acabou acontecendo. O único consórcio a apresentar proposta foi
formado pelas empresas Shell, Total, CNPC, CNOOC
e Petrobras. Dos 70% arrematados pelo consórcio,
20% são da Shell e 20% da Total. A CNPC e a CNOOC
têm, cada uma, 10%, assim como a Petrobras, que já
tinha garantidos 30%. À época de sua descoberta, uma consultoria
havia feito uma estimativa de até 15 bilhões de
barris recuperáveis. O volume foi posteriormente
reduzido significativamente pela ANP, diante de
novos dados. Com a perfuração do poço e dados
de sísmica 3D o volume foi novamente elevado
para entre 8 bilhões a 12 bilhões de barris. O maior
campo produtor no Brasil, de Marlim, tem 2 bilhões
de barris de petróleo recuperáveis. A ANP estima
que, em seu pico de produção, sejam extraídos
diariamente 1,4 milhão de barris de óleo, cerca de
dois terços do total da produção atual de todos os
campos do país (2 milhões de barris por dia). Pelo regime de partilha, o consórcio tem o
direito a recuperar os custos incorridos para
colocar o campo em produção e reparte com a
União (representada pela estatal nova PPSA) o
chamado “óleo de lucro”. Somando a participação
da Petrobras com a da PPSA no óleo de lucro, podese afirmar que o Brasil está ficando com 81,65%
da partilha do lucro do maior campo de petróleo
do país. E ainda tem os royalties, estimados em
270 bilhões de reais ao longo dos 35 anos de sua
produção. Num cálculo superficial, somando-se os
royalties e o bônus de assinatura pago à vista com a
estimativa de valor para o óleo que caberá ao Brasil,
chega-se a 1 trilhão de reais de resultado líquido. VENCEDORES
Sobre os vencedores, a surpresa mesmo foi a
10
francesa Total. A Shell já explora no Brasil em terra
e no mar. Em oito campos a Shell é operadora e em
dois a Petrobras é operadora e ela parceira. A Shell já
produz inclusive no pré-sal. A Shell opera em BM-S-54
(pré-sal), Bijupirá, Salema, Parque das Conchas (BC10), além dos cinco blocos na Bacia de São Francisco
(onshore). Na 11ª rodada foi a 1ª em número de blocos
adquiridos. A Total é um conglomerado francês
resultante da fusão das empresas Elf e Total (2000)
com a belga Petrofina (1999). Seu capital acionário
é formado, entre outros, por fundos soberanos da
China, Emirados Árabes e Qatar. Também é líder
global em liquefação de gás para envio a mercados
distantes. A explicação para a sua participação
talvez esteja no fato de sua produção estar em
queda absoluta nos últimos anos. Com suas reservas
concentradas em regiões em declínio de produção
como a África (principalmente ex-colônias), Mar
do Norte, Rússia, Irã e ex-repúblicas soviéticas, sua
produção global caiu em mais de 20% entre 2007 e
2013. Analistas franceses se impressionam também
com a explosão das despesas na empresa: em 2011
houve alta de 72% (em um ano) e de quase 250% nos
quatro anos precedentes. Por isso, a empresa tem
tentado se apresentar em novas regiões produtoras
como a Líbia, o Iraque e nas areias betuminosas do
Canadá. O Brasil está no radar da Total como região
petrolífera emergente. Alguns esperavam os chineses com participação
maior, até majoritária. Eu considero que 20% de
Libra é algo de magnitude bem significativa. É um
passo inicial bastante importante na nova estratégia
chinesa de se fazer presente no petróleo brasileiro.
Quem pensa que os chineses ficarão só com isso,
engana-se. Este é o ingresso para o grupo nobre
de participantes do mercado brasileiro, o clube
do pré-sal. Fincando o pé no principal consórcio, a
CNOOC e a CNPC alavancarão mais participações
em consórcios futuros, tanto no pré-sal quanto em
áreas marítimas convencionais (CNOOC) e até em
terra (CNPC). Quem viver, verá. AUSENTES
Sobre as ausentes, a joint venture sino-espanhola
RepsolSinopec desistiu de participar momentos
antes do leilão, talvez orientada pelo próprio governo
chinês a não atrapalhar o outro consórcio, muito mais
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
monitor regional
estruturado e negociado com as duas outras estatais
chinesas. As demais empresas habilitadas não
tinham condições de apresentar propostas sozinhas
(Ecopetrol colombiana, ONGC indiana e Petrogal
portuguesa, a Petronas (Malásia) e a japonesa
Mitsui). Seria uma surpresa grande vê-las bonificar
tão significativa quantia sozinhas. Como muitas multinacionais de grande porte
que sequer se habilitaram, a norueguesa Statoil
também decidiu não participar do leilão do Campo
de Libra porque o portfólio da empresa já está
muito comprometido com ativos em todo mundo.
A empresa tem uma atuação importante no Brasil,
com fatias em 13 blocos de exploração e produção
no país. A companhia opera o campo de Peregrino,
na Bacia de Campos, onde tem 60% de participação.
Os outros 40% são da chinesa Sinochem.
DESAFIOS
O maior desafio da área do pré-sal brasileiro é a
logística, pois seus blocos se situam entre 150 e 300
km distantes da costa (Libra está a 183km, Tupi a
300km). Além disso, a profundidade da perfuração
e a espessa camada de sal a vencer, apesar de
comprovadamente superáveis, continuam a
representar desafios operacionais a cada campanha
de perfuração e durante a produção. O petróleo
do pré-sal é/será mais caro que o “convencional”,
especialmente se comparado a áreas em terra
na península arábica ou mesmo áreas offshore
brasileiras já exploradas. Mas quanto a se tornar
anti-econômico, já vai uma distância grande: o présal brasileiro só precisa começar a se preocupar se
o preço do barril cair abaixo dos 30 dólares. Mesmo
com o shale gas americano, sempre será necessário
explorá-lo, não apenas para complementar a
demanda de outras regiões, como também para
suprir a própria demanda brasileira e a petroquímica
ainda dependente do petróleo em todo o mundo. Quanto a mudanças e ajustes para o futuro, o
único que vejo como passível de consideração é a
abertura da possibilidade de operadores diversos da
Petrobras, mesmo assim com escrutínio de alto nível
quanto a capacidade técnica e financeira. Certamente,
apesar de não ser descabida para Libra, tal limitação
provocará incongruências graves quando, no futuro,
tivermos áreas (e não campos) do pré-sal leiloados.
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
Imagine-se a situação de um bloco onde o consórcio
vencedor não contenha a Petrobras ou, pior, onde
a Petrobras sequer considere válido dar lance e,
mesmo assim, ela o tenha que operar à revelia do
seu interesse em tal projeto.
COMO FUNCIONA A PARTILHA
Antes mesmo de começar a operar no campo,
a empresa vencedora terá que pagar um bônus de
assinatura (o equivalente à compra do direito de
explorar e produzir no campo) de R$ 15 bilhões. Mas a
estimativa da ANP é que, quando começar a produzir,
Libra gere R$ 30 bilhões por ano em participações
governamentais (isto é, partilha da produção e
royalties) para a União, os estados e municípios. A
Pré-Sal Petróleo (PPSA) terá 50% do poder de voto
no Comitê Operacional, enquanto a Petrobras terá
no mínimo 15% dos votos. Desta forma, o governo
terá, pelo menos, 65% do poder de voto na gestão da
área do pré-sal, com possibilidade de este percentual
crescer caso a Petrobras entre com participação
no consórcio acima do mínimo exigido por lei. O
consórcio vencedor poderá recuperar mensalmente
o custo em óleo (investimentos realizados para
explorar e desenvolver a área), respeitando o limite
de 50% do valor da produção nos dois primeiros anos
de produção e de 30% do valor da produção nos anos
seguintes, para cada sistema produtivo do bloco. No
entanto, se os gastos não forem recuperados neste
período, havendo necessidade, o consórcio poderá
ficar com o percentual de 50% do valor da produção
até que os respectivos gastos sejam recuperados.
As empresas que participarem do consórcio
de Libra poderão dar o destino que quiserem ao
petróleo de sua cota na partilha, ficando livres para
exportá-lo. No entanto, em situações de emergência
que possam colocar em risco o abastecimento
nacional de petróleo, bem como de seus derivados,
a ANP poderá determinar ao contratado que limite
suas exportações.
Como se vê, apesar de ter sido usado como
pretexto para todo o tipo de exploração política
oportunista, o leilão de Libra não representou
qualquer entrega de reservas, e sim a venda de
direitos sobre a produção de um campo que terá
altos custos, desafios tecnológicos e uma enorme
receita governamental resultante.
11
panorâmica
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DESEMPENHO
COMPROVADO
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OTC Brasil 2013
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Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
Mais de 15.000 profissionais, executivos e especialistas
do setor vindos de todo o mundo se reuniram entre
29 e 31 de outubro no Rio de Janeiro para a OTC Brasil
2013. A conferência e exposição de 3 dias, organizada
pela Offshore Technology Conference (OTC) e pelo
Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis
(IBP), teve a participação de 1.900 congressistas e
apresentou 192 trabalhos técnicos selecionados, um
aumento de 40% comparado ao primeiro OTC Brasil, que
ocorreu em 2011.
O abrangente programa técnico, que teve foco
no setor offshore de águas profundas brasileiro,
avaliou todos os aspectos do sistema de perfuração
e poços offshore, estruturas flutuantes e produção
submarina avançada, bem como a cada vez mais
complexa gestão de integridade usada para mantê-las
em funcionamento.
PALESTRAS NA HORA DO ALMOÇO
A série de almoços palestras da OTC Brasil deu
aos congressistas a oportunidade de ouvir as visões
de executivos e especialistas de altíssimo nível para
discutir assuntos nacionais e internacionais. Graça
Foster, presidente da Petrobras, foi a keynote
speaker do almoço palestra do primeiro dia. Foster
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
falou sobre a pretensão da empresa de dobrar de
tamanho nos próximos seis anos, a fim de atender a
crescente demanda por energia, bem como a crescente
importância da produção no setor de E&P.
A presidente da Petrobras disse que a companhia
deve alcançar 4,2 milhões de barris/dia de produção
total de petróleo em 2020 – ano em que Libra deverá
começar a produzir o primeiro óleo. Estima-se que
serão necessárias para Libra, no mínimo, 12 sondas.
“Daqui a mais seis anos, ela (a Petrobras) vai multiplicar
o seu tamanho. Nossa prioridade absoluta é a área de
E&P (Exploração e Produção). Nos próximos seis anos o
‘P’ será mais importante do que o ‘E’, disse Graça.
Libra tem estimativa de reserva de, pelo menos, 8
bilhões de barris de óleo equivalente. Além disso, a estatal
prevê, entre 2016 e 2019, a extração do primeiro óleo
de unidades de produção destinadas à cessão onerosa
– repasse de 5 bilhões de barris de óleo como parte do
processo de capitalização da estatal, entre 2010 e 2011.
Foster afirmou que, a partir de 2020, o Brasil pode
aumentar a participação na formação dos preços
mundiais de petróleo, quando as novas e grandes
reservas do pré-sal e outras relevantes descobertas
em diversas partes do mundo entrarão em produção.
No segundo dia, a palestra intitulada “Estratégia
de Exploração Total na América Latina” teve como
destaque Dennis Palluat de Besset, presidente da
Unidade Brasileira da Total. A gigante francesa adquiriu
recentemente uma participação de 40% em cinco
blocos na bacia do Foz de Amazonas, uma participação
13
tecnologia
panorâmica
de 50% na bacia de Barreirinhas, uma participação de
45% no Ceará e três participações de 25% no Espírito
Santo, entre outras, na 11ª rodada que ocorreu em maio
de 2013. A empresa também tem mais investimentos
em outros países da América do Sul.
Mais de 400 participantes estiveram presentes para
o painel “Pré-Sal”, moderado pelo Presidente da OTC
Ed Stokes, da Conoco Phillips e Osmond Coelho, da
Petrobras. A sessão incluiu sete apresentações – todas
da Petrobras – que guiaram o público ao longo de um
tour detalhado pelos fatos e números mais recentes
sobre o pré-sal, bem como as soluções que estão sendo
adotadas pela empresa e suas parceiras, no intuito de
desenvolver os gigantescos recursos de óleo e gás.
A EXPOSIÇÃO
Entre os 400 expositores, estiveram empresas
prestadoras de serviços chave e operadoras com
participação majoritária no mercado brasileiro. Pelos
9.000 m2 do espaço destinado à feira, espalharamse sete pavilhões internacionais – EUA, Alemanha,
Países Baixos, China, Reino Unido, Suécia e França. O entusiasmo em torno da emergência do Brasil
como um grande player na arena mundial de E&P era
notadamente percebido entre os participantes.
Para o próximo ano, a OTC tem três conferências
marcadas: OTC Arctic 2014, 10 a 12 de fevereiro,
Houston, Texas, USA; OTC Asia 2014, 25 a 28 de março,
Kuala Lumpur, Malásia; e OTC, 5 a 8 de maio, Houston.
A próxima edição da OTC Brasil ocorrerá em 2015, no
Rio de Janeiro, de 27 29 de outubro.
TRANSFORMANDO
EFICIÊNCIA
CONHECIMENTO
EM
A OTC Brasil 2013 marcou também o início do programa
Profissional do Futuro, organizado pela Offshore
Technology Conference (OTC) e pelo Instituto Brasileiro
de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) com apoio do
CEU (Centro de Empreendedorismo Universitário).
Por meio do programa, jovens de universidades,
escolas técnicas e centros tecnológicos podem
acompanhar a programação do evento e assistir a uma
série de palestras voltadas para capacitação profissional
e oportunidades do mercado de óleo e gás. Estimativa
da FGV aponta que, para cada R$ 1 milhão investido no
pré-sal, serão gerados mais de 30 mil empregos. E nesse
cenário, a compreensão exata dos próprios talentos e
atualização constante são fundamentais:
14
“Talento é oportunidade e também determinação
pessoal. O mercado é uma via de mão dupla. Não dá
para ficar estagnado no que se aprendeu há meses ou
anos”, disse a gerente-geral do Instituto Capacitare,
Débora Nascimento. Novidades tecnológicas
na OTC Brasil 2013
CAPACITAÇÃO PARA PROFISSIONAIS
Já a FIRJAN investe pesado em pesquisa,
capacitação e treinamento, a partir de convênios
com empresas como a Petrobras. Alexandre dos
Reis, um dos diretores, explica que a escassez de
mão-de-obra especializada ainda é um dos principais
gargalos da indústria do petróleo. Por isso, a
Federação preocupa-se não só em formar mãode-obra, mas em ampliar o número de instrutores,
já que o grande desafio, segundo ele, é conseguir
“alinhar a oferta de treinamentos e a necessidade de
mão-de-obra”. Principalmente porque as empresas
menores preferem buscar profissionais experientes
no mercado, para evitar a preocupação de ter que
formar esses profissionais. Essa carga, normalmente,
recai sobre as grandes, como a Petrobras, afirma Reis.
“Há uma cultura equivocada de que treinamento é
custo e não investimento”, diz.
PREFERÊNCIA PELO BRASIL
Apesar de não ter sido a principal escolha para
a versão internacional da OTC há alguns anos, o
Brasil conseguiu conquistar os organizadores da
feira. A onda crescente de trabalhos de pesquisa e
de desenvolvimento, focados nas descobertas do
pré-sal, e a percepção de que o país provavelmente
sediará muitas das novas tecnologias offshore
consolidaram esse status. “A OTC Brasil trouxe uma
abordagem regional focada em desafios específicos a
uma indústria do Atlântico Sul em expansão. Em um
mercado global, que precisa cada vez mais de novas
soluções tecnológicas, a interação e as experiências
decorrentes dessas conferências contribuem para
o crescimento contínuo e sustentável da indústria
petrolífera mundial, a fim de satisfazer as expectativas
da sociedade”, disse o presidente do comitê técnico
da OTC Brasil, Marcos Isaac Assayag.
Apesar de não ser voltada para o lucro, é inegável
que a OTC oferece uma oportunidade única para o
networking, além de apresentar as novas tecnologias
do setor, afirmou o atual presidente do conselho de
diretores da OTC, Ed Stokes.
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
BENJAMIN PLAVNIK
WELL CAP
A BP apresentou, na OTC Brasil 2013, o equipamento
denominado BP Global Deepwater Well Cap que foi
desenvolvido com o objetivo de monitorar e fechar
poços em evento de total descontrole. A BP era a
operadora do Campo de Macondo, no Golfo do México,
que passou por um acidente em 2010. O acidente
aconteceu porque o fechamento da gaveta cega do
BOP não se deu completamente, permitindo que uma
alta vazão descontrolada de óleo e gás fluísse para o
mar. O episódio fez cair a confiança nos equipamentos
de segurança BOP (Blow Out Preventer) que, até
então, era absoluta. O BOP era considerado um
equipamento infalível, desde que fossem tomados os
cuidados básicos na manutenção e limites de utilização.
Foi a partir do acidente em Macondo que as empresas
perceberam a necessidade de instalar um equipamento
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
tipo capa para bloquear o fluxo de hidrocarbonetos e
que ficasse fixado em cima do BOP. A solução trazida
pela BP para a OTC Brasil é composta por 250 peças
de equipamentos especializados. O conjunto pode
ser instalado em até 3.300 m de lâmina de água e
transportado por avião para qualquer lugar onde a BP
opera. O conjunto total fica armazenado na cidade de
Houston, Texas. Possui um cortador de tubos de até
60 polegadas e dispositivos para remoção de detritos.
Sistema FIRJAN: a Federação das Indústrias do
Rio de Janeiro acaba de implementar um acordo com
a Petrobrás com vista aos novos investimentos em
infraestrutura, inovação, qualificação profissional,
ciência e tecnologia, visando as crescentes demandas
do mercado brasileiro de Óleo e Gás e áreas correlatas.
Deste modo temos a implantação do Laboratório de
Excelência em Soldagem, único no mundo, e o Centro
Avançado de Treinamento Operacional para a área
Offshore que será o maior centro de treinamento
desta especificidade na América Latina. Importante
15
tecnologia
tecnologia
é que ambos os projetos pretendem iniciar as
operações em 2014.
O Centro de Treinamento
Operacional é resultado de um convênio com a
Petrobras no valor de R$83,6 milhões e que irá
resultar em 14 ambientes de simulação operacional
de treinamento em comissionamento. A parceria
da Petrobras com o Sistema FIRJAN tem grandes
perspectivas de crescimento em face da intensa
indústria naval que ocorre no estado do Rio de
Janeiro e a operação de novas plataformas de
produção do Pré-Sal, que necessitarão de um
número significativo de operadores, além do novo
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, que
deverá entrar em operação brevemente.
Conteúdo Local: A preocupação com o aumento
do conteúdo local dos produtos e serviços fornecidos
pelo mercado Brasileiro foi uma constante na OTC
Brasil 2013. Um exemplo típico foi apresentado
pela GE Oil&Gas que iniciou, exatamente no dia
30 de Outubro de 2013, as atividades de Packing
e testes no Brasil para seus equipamentos de
turbomáquinas. As instalações estão localizadas na
cidade portuária de Recife, no nordeste brasileiro,
e tiveram um investimento de U$20 milhões.
Importante ressaltar que esta atividade permitirá a
criação de 100 novos postos de trabalho por meio
da GE e de seus parceiros locais.
Avaliação de Formação: Já se passaram décadas
do uso de coluna de teste de formação (DST) com
funcionamento mecânico. Possivelmente em poços
de terra, rasos, em áreas conhecidas, as tradicionais
colunas que eram utilizadas pela Petrobrás nas décadas
de 60 a 80 ainda estejam disponíveis no mercado devido
ao baixo custo e facilidade operacional. Na OTC Brasil
2013 vimos a Schlumberger apresentar uma coluna
de teste verdadeiramente revolucionária: Quartet.
Esta ferramenta permite isolar o intervalo testado,
controlar as válvulas de fundo, medir parâmetros de
pressão e temperatura de fundo e coletar amostras
sem necessidade de cabo elétrico (wireless), sem o uso
de comandos e juntas de expansão (slip joints), com
maior flexibilidade de ciclos, menores pressões de
atuação das ferramentas e, também importante, com
conexões do tipo Premium, ou seja, permitindo testes
de poços de gás com alta pressão e temperatura.
Esta coluna de teste tem um comprimento de,
aproximadamente, 1/3 da coluna convencional ainda
16
utilizada em testes em alto mar.
Outras importantes técnicas e ferramentas
observadas na edição 2013 da OTC Brasil:
ICE CoreTM: Sistema desenvolvido pela Halliburton
para a obtenção de amostras de fundo de fluido da
formação onde o principal desenvolvimento é que o
sistema identifica os componentes do fluido que está
sendo amostrado e as suas proporções. O dispositivo
é composto por um anel com diversos sensores, onde
cada sensor é programado para reconhecer a natureza
química de um componente específico do fluido, como
metano, etano, aromáticos e outros.
Echometer: Mesmo em um evento dirigido
para a área offshore, encontramos um dispositivo
tipicamente utilizado em poços terrestres com grande
aplicação em poços bombeados mecanicamente
(pumping jack), que é o Echometer. A diferença é que
este equipamento agora é denominado de Wireless
Echometer Base Station e apresenta vantagens como:
(a) tem localizador tipo GPS; (b) pode ser conectado
a porta USB de computador; (c) permite a aquisição
simultânea do nível de fluido no poço, das cargas
suportadas pela coluna de hastes e registro de pressão
no anular e no interior da coluna de produção. O
equipamento funciona com baterias recarregáveis
e tem alta precisão, proporcionando segurança
operacional e economia de tempo em comparação
com os similares elétricos.
Outros Tópicos
A Statoil, empresa que tem sido bastante atuante na
área de petróleo Brasileiro, afirmou que está criando
valores no Brasil através de competência e tecnologia e
aplicando estes valores no contínuo desenvolvimento do
Campo de Peregrino, na Bacia de Campos, onde a empresa
pretende perfurar poços multilaterais e de grande
extensão (ERW) com até 8.000 metros de profundidade
medida e a aplicação de projeto de recuperação terciária
de petróleo com a injeção de polímeros.
A nanotecnologia é uma área que está tendo grande
avanço industrial e já com aplicações no mercado
do petróleo. Estima-se que o mercado global em
2013 será de U$18. As principais aplicações estão
em pintura industrial, condutores elétricos, agentes
bactericidas, produtos resistentes à abrasão, em
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
elementos para filtração e dessalinização da água,
indústria alimentícia e outras.
Subsea High Boosting Multiphase Pumping (bombeio
submarino multifásico de alta pressão): Esta tecnologia
teve seu início em 1994 com um projeto padrão de teste
e já existem mais de 90 bombas multifásicas instaladas
e em funcionamento. Com o aumento da lâmina de
água dos poços submarinos, novos projetos foram
desenvolvidos visando o aumento de produtividade dos
poços pela incorporação deste bombeamento instalado
na superfície do fundo do mar. O campo de Barracuda, na
Bacia de Campos, conta com uma instalação que permite
um diferencial de pressão de até 70 bar e no Campo de
Girassol a bomba permite o diferencial de até 140 bar.
A tendência é o desenvolvimento e testes de sistemas
multifásicos até 150 bar, com viscosidade do óleo de 30 a
240 cp, podendo bombear mistura água e óleo.
Segurança Operacional: A atividade petrolífera é
considerada como de baixo risco, mas com grande
impacto em caso de acidente, tal como ocorreu
recentemente no Campo de Macondo e dos já
conhecidos casos do Exxon Valdez e Piper Alpha. A
preocupação tem sido sempre de criar novas barreiras
para reduzir a probabilidade de um acidente, pois o
risco é inerente a esta atividade petrolífera. Ainda não
existe um banco de dados internacional de acidentes
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
ocorridos e nem para alertas de segurança, que
poderiam contribuir para a redução destes acidentes.
O grande aprendizado que ocorreu na indústria após
o acidente com a plataforma Piper Alpha no Mar do
Norte foi entender e estender a compreensão e o
combate a incêndios em áreas confinadas, como
interior de plataformas. O gerenciamento de barreiras
de segurança é considerado atualmente como parte
integrante e principal de um sistema de controle de
acidente. Uma citação importante foi que estudos
atuais mostram que o fator humano está afetando de
forma considerável os novos incidentes ocorridos.
Conteúdo Local: A crescente importância do fator
Conteúdo Local no desenvolvimento de projetos para
águas profundas visando atender a atual legislação
Brasileira foi um tema também discutido na OTC Brasil
2013. As consequências desta exigência tem sido a
criação de monopólios industriais, além da complexidade
do processo de certificação e a especialização na
fabricação de somente partes de equipamentos no
Brasil. Com isto, os projetos para águas profundas
têm sofrido atrasos devido aos altos custos da matéria
prima, a falta de mão de obra especializada no mercado
nacional, as alterações nos projetos já em andamento
trazendo um planejamento ineficiente, além de uma
fraca supervisão nos locais de construção de unidades.
17
giro
giro
venezuela - Petrolífera venezuelana PDVSA vai emitir USD 4.5 bilhões em títulos
Brasil - Chevron se recupera após Frade
A Chevron Brasil, liderada por sua presidente, a
angolana Eunice de Carvalho, está se esforçando ao
máximo para recuperar parte do terreno que a gigante
do petróleo perdeu no Brasil, após o vazamento de óleo
em Frade, na Bacia de Campos, há quase dois anos. O
campo, que estava produzindo cerca de 80.000 barris
de óleo equivalente por dia, foi fechado depois que o
vazamento foi detectado. “Nosso objetivo este ano foi
recomeçar”, disse a presidente recém-nomeada.
A Chevron reiniciou as operações no campo de
Frade em maio e teve um pico de produção de cerca
de 20.000 boepd em junho, antes de cair para cerca de
Upstream
12.600 boepd em agosto.
O vazamento de óleo em Frade, em 2011, não
registrou nenhum dano ambiental, mas desencadeou
uma ação judicial que chegou a incríveis US$17,5
bilhões. Recentemente, um tribunal brasileiro rejeitou
o processo criminal. “Estamos voltando ao normal e
este é o foco” , disse Carvalho. “ As coisas estão indo
bem. Estamos satisfeitos”.
A presidente da Chevron deu à equipe local os
créditos por essa recuperação: “nós temos uma equipe
de pessoas incríveis. Todo o crédito vai para eles. São
profissionais e muito dedicados”, afirmou.
PERÚ - Petrobras confirma venda de ativos no Peru para chineses
AFP
A petrolífera venezuelana PDVSA vai emitir nova
dívida com títulos pelo valor de 4.5 bilhões de dólares,
enquanto a oposição denunciou que o governo
vende ativos e negocia reservas para cobrir suas
“necessidades cambiais”.
O ministro venezuelano do Petróleo e presidente
da petrolífera, Rafael Ramírez, não detalhou quando
será convocada esta emissão na qual participariam
entidades oficiais e empresas privadas. Do mesmo
modo, não informou sobre o pagamento de cupões e
seus vencimentos.
Segundo informações da imprensa local, esta nova
emissão, uma das maiores feitas pela companhia, não
sairá ao mercado internacional.
Analistas consultados pela AFP asseguraram que se
trata de uma emissão esperada faz várias semanas para
alimentar o sistema de administração de dólares do
estado e aliviar assim o mercado cambial, onde o dólar
paralelo é cotado a quase oito vezes mais que o oficial,
e para satisfazer suas obrigações de importação.
Este mecanismo, complementário ao chamado
Cadivi, no qual o governo distribui a moeda verde a
6,30 bolívares, é executado semanalmente através de
leilão à empresas de diferentes áreas, em que o dólar
é cotado entre 10 e 12 bolívares.
“No lugar dos dólares, darão o equivalente em
bônus”, explicou Asdrúbal Oliveros, presidente da
consultoria Ecoanalítica.
Valor Econômico
A Petrobras confirmou, na primeira quinzena
de novembro, a venda de 100% das ações de sua
subsidiária integral Petrobras Energia Peru para a
China National Petroleum Corporation (CNPC) pelo
valor total de US$ 2,6 bilhões. A transação já havia
sido aprovada anteriormente pelo conselho de
administração da estatal. Segundo comunicado entregue à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), os ativos que fazem parte
da transação são 100% do Lote X, campo maduro em
produção desde 1912 que produziu 16 mil barris de óleo
equivalente por dia em 2012; 46,16% de participação
no Lote 57, campo pré-operacional de gás natural e
condensado, e 100% do Lote 58, bloco exploratório
próximo ao Lote 57 com recentes descobertas
relevantes de gás natural e condensado. “A conclusão da transação está sujeita a
determinadas condições precedentes usuais,
incluindo a aprovação dos governos chinês e peruano,
bem como à observância aos procedimentos
previstos nos respectivos Joint Operating Agreement
(JOA), quando aplicável”, diz o aviso. A companhia diz que a operação representa
mais um “importante passo” no seu Programa de
Desinvestimentos (Prodesin), previsto no Plano de
Negócios e Gestão 2013-2017. paraguai - Empresa de hidrocarbonetos investirá US$ 50 milhões
LA NACIÓN (PY)
O Ministro de Obras Públicas e Comunicações,
Ramón Jiménez Gaona, deslocou-se até o
Departamento de Boquerón, Chaco, para verificar
“in situ” os avanços nos trabalhos de exploração de
hidrocarbonetos sob responsabilidade da empresa
President Energy. O acompanharam o vice-ministro
de Minas e Energía, Lic. Emilio Javier Buongermini,
e uma comitiva composta por autoridades nacionais
e regionais.
O trajeto englobou os blocos Demattei e Pirity, na
Região Ocidental. Estes blocos estão situados na área
compreendida entre General Díaz e Ávalos Sánchez,
18
no Departamento de Boquerón, onde a empresa
britânica President Energy está concluindo trabalhos
de exploração de hidrocarbonetos em geral.
A referida empresa, que é concessionária do Estado
Paraguaio, está associada com as empresas Pirity
Hidrocarburos pelo Decreto Nº9955/2012 no Contrato
de Concessão, aprovado pela Lei Nº3.479/2008, bloco
Pirity, e com a empresa Crescent Global Oil
Paraguay S.A., pelo Decreto Nº 9956/2012
no contrato de Concessão aprovado pela lei Nº
3.549/2008, bloco Demattei. Ambos os Blocos
abrangem a bacia de Pirity no solo do Chaco.
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
Bolívia - Consumo de GNV em La Paz se multiplica por seis até agosto
LA RAZÓN
A Entidade Executora de Conversão para GNV
(EEC-GNV) tem dívidas com oficinas mecânicas
de Cochabamba desde setembro de 2012, pela
requalificação de cilindros, e desde julho pela
conversão, informou o vice-presidente da Câmara
de Oficinas de Conversão para Gás Natural Veicular
(GNV) de Cochabamba, Renán Quiroga.
“A entidade põe muitos pretextos, que as pastas
não estao corretamente preenchidas, que temos
erros, mas não é assim. Não sei se falta dinheiro à
entidade ou se gastaram o dinheiro do fundo.
Esse é um grande segredo. Eles nunca disseram
quanto dinheiro há no fundo porque esses fundos
diários registram a venda de gás dos fornecedores,
cada um contrubui com 20 centavos de bolívar por
cada metro cúbico de gás vendido”, afirmou Quiroga.
Da sua parte, o supervisor regional da EEC-GNV,
Bruno Río, afirmou que “os pagamentos estão
sendo realizados continuamente às oficinas, mas
há demoras devido aos erros no preenchimento das
solicitações de pagamento”.
“As oficinas devem solicitar o pagamento,
segundo o regulamento, a cada 15 dias para a
entidade. O problema é que muitas das oficinas não
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
cumpriram com isso, acumulam vários meses e no
momento que precisam do dinheiro cobram. Mas
como é um pagamento conjunto demoram mais para
fazê-lo porque é mais pesado e há erros que devem
ser corrigidos para lhes pagar”, disse.
Acrescentou que foram capacitados os
funcionários da área administrativa de todas as
oficinas com o contrato, com o objetivo de ensinálos a preencher corretamente os formulários.
Entretanto, Quiroga atribuiu a falta de pagamento
à burocracia que existe em La Paz, porque “tudo
está centralizado lá”.
Assegurou ter tido várias reuniões com o diretor
da EEC-GNV e com o ministro de Hidrocarbonetos,
mas sem conseguir resultados.
No final de semana passado, o jornal El Deber
publicou uma nota assinalando que a EEC-GNV
devia mais de 12,5 milhões de bolívares às oficinas
de conversão, segundo uma denúncia do presidente
da Associação de Instaladores de GNV em La Paz,
Gustavo Cejas.
Na segunda feira passada, Cejas enviou uma carta
ao jornal mostrando que não foi uma denúncia, mas
disse que tinha pastas com pagamentos em aberto.
19
giro
agenda
Brasil - Total quer investir mais no Brasil
upstream
A petrolífera francesa Total, estrela da 11a rodada
em maio, quando adquiriu participações de 40% em
cinco blocos na bacia de Foz do Amazonas, 50% em
um bloco na bacia de Barreirinhas, 45% em um bloco
na bacia do Ceará e 25% em três blocos na bacia do
Espírito Santo, confirmou nesse leilão a intenção de
investir mais na América do Sul, com foco no Brasil.
A afirmação foi feita pelo presidente da companhia
no Brasil, Denis Palluat de Besset. Ele destacou
também antigas conquistas da Total, como em 1977
a entrada na Bacia Austral na Argentina e em 1982 o
projeto Cusiana-Cuiagua na Bolívia.
Além das aquisições da 11a rodada, a companhia
também assumiu a operação do campo de Xerelete,
na bacia de Campos, e tem planos de perfurar um
poço no pré-sal nos primeiros meses de 2014.
Recentemente a Total aumentou os investimentos
no xisto de Vaca Muerta, na Argentina, e adquiriu
20% do consórcio que arrematou o campo de Libra
no pré-sal.
Besset admitiu que o acesso à mão-de-obra
especializada será um desafio e disse saber que
Libra não está livre do risco exploratório, mesmo
sendo o pré-sal algo “tremendo”. O presidente
afirmou também que gostaria de ver a política de
conteúdo local do Brasil ser repensada, de modo a
substituir as punições por incentivos.
A expansão da Total na América do Sul inclui um
bloco offshore e dois blocos onshore no Uruguai. A
companhia também tem um programa exploratório
da Guiana Francesa, numa área análoga a plays
em Gana. “Estamos colocando um esforço muito
grande no lado exploratório e o desafio será
enorme”, afirmou.
MÉXICO - Pemex se posiciona entre as petrolíferas mais competitivas do mundo
EUROPA PRESS
A petrolífera estatal mexicana Pemex consolidouse em 2012 entre as empresas mais competitivas do
setor, depois de tornar público, esta semana, seus
custos de produção e exploração, muito menores em
comparação a outras companhias internacionais.
Segundo um relatório datado de novembro de 2013
destinado à comunidade de investidores estrangeiros,
os custos da produção mexicana aumentaram de
6,12 dólares em 2011 para 6,84 dólares em 2012 por
barril de petróleo. O aumento se deve aos gastos
associados às intervenções nos poços, à manutenção
das instalações e outros serviços gerais.
Apesar deste incremento, a Pemex manteve
seus preços entre os mais baixos da indústria,
20
superando assim as americanas Exxon (9,91
dólares por barril), Chevron (15,16) e a brasileira
Petrobras (13,62) ou a inglesa British Petroleum
(12,50), entre outras muitas.
Em relação aos seus gastos de descobertas e
desenvolvimento, a petrolífera mexicana também
está entre as mais competitivas.
Com tudo isso, as expectativas de crescimento
e expansão da Pemex aumentaram para 2018,
onde para o final desse ano se espera que a
produção supere mais da metade a atual de quase
6.5bilhões de barris de petróleo, chegando a
aproximadamente 14 bilhões, segundo informou o
jornal mexicano ‘La Jornada’.
Oil & Gas Journal Latinoamericana | Out/Nov/Dez - 2013
janeiro 2014
março 2014
Latin America Assembly
29.01.2014 - 30.01.2014
Hilton – Bogotá, Colombia
www.oilcouncil.com/event/latam
Seminário Internacional de Biocombustíveis
17.03.2014 - 18.03.2014
Grand Hyatt Hotel - São Paulo, Brasil
http://goo.gl/qUH3Xk
fevereiro 2014
International Deepwater Drilling Conference
18.03.2014 - 19.03.2014
Sofitel Hotel - Rio de Janeiro, Brasil
http://goo.gl/DDo2Z
Oil & Gas Summit Latin America
12.02.2014 - 14.02.2014
Venue TBD – Cartagena, Colombia
www.latam.oilgassummit.com
outros eventos:
www.ogjla.com.br
Latin Oil Week Upstream
25.03.2014 - 27.03.2014
Sofitel Hotel - Rio de Janeiro, Brasil
www.petro21.com/events
Latin V E&P
26.03.2014 - 28.03.2014
Westin Hotel - Lima, Peru
www.latinvep.org
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