20140405 Meia de Rock AO #21
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20140405 Meia de Rock AO #21
24 Sábado AÇORIANO ORIENTAL SÁBADO, 5 DE ABRIL DE 2014 COORDENAÇÃO HUGO GONÇALVES, JOÃO CORDEIRO E LÁZARO RAPOSO Record Box - para remover o pó dos discos antigos Whitesnake para ouvir do princípio ao fim Álbum: “Ready An’ Willing” Artista: Whitesnake Ano: 1 DIREITOS RESERVADOS Esta semana, houve ainda tempo para, literalmente, limpar o pó a mais um disco de referência. “Ready An’ Willing” é um daqueles discos que se ouve do princípio ao fim, e se fica com vontade de voltar a ouvir. David Coverdale, que já havia passado pelos Deep Purple, reinventou uma fórmula Rock, fortemente implantada nos Blues. O resultado geral traduziu-se numa carreira de sucesso, quer com a banda, quer posteriormente a solo. Quanto este “Ready An’ Willing”, aconselhamos que o ouçam na íntegra. Damos um salto ao outro lado do Atlântico para revisitar discos marcantes de duas bandas americanas JOSÉ ANDRADE [email protected] Esta semana, voltámos a abrir o baú de memórias e dele saíram algumas obras muito interessantes. O Record Box, como se sabe, pretende reavivar memórias que podem estar esquecidas, ou pelo menos, muito “desfocadas”. A nossa viagem começa agora... Álbum: “Empire” Artista: Queensryche Ano: 1990 Nos claustros do Record Box desta semana, damos destaque a um dos discos mais marcantes da década de 90. Falamos de “Empire”, o trabalho que solidificou a carreira dos norte-americanos Queensryche. Dotado de uma excelente produção (autoria de Peter Collins) o disco confirma os talentos de ZZ Top em concerto, sempre com a sua imagem característica Chris DeGarmo - guitarras, teclados e backing vocals - e de Geoff Tate, a mítica voz dos Queensryche, como impulsionadores do movimento Opera Progressive Rock, ainda que nos seus primórdios. Recorde-se, aliás, que esta foi seguramente uma das bandas que, mais tarde, influenciou directa- mente colectivos como Masterplan, Symphorce, Avantasia, Crystal Ball e os já lendários Edguy. De volta a “Empire” para destacar as malhas que mais se evidenciam: “Best I Can”, “Another Rainy Night”, “Silent Lucidity”, e “One and Only”. Quem não conhece este disco, tem aqui uma boa oportunidade para entrar num dos mais belos mundos de rock, alguma vez conhecidos pelo homem. Álbum: “Eliminator” Artista: ZZ Top Ano: 1983 Preparados para um exercício pleno de sabedoria? “Eliminator” é exactamente isso, um dos melho- res discos de todo o universo rock de todos os tempos. Os três “hombres”, como lhes chamam, fizeram explodir a indústria musical com um álbum do qual sairam muitos singles. Nessa altura, escusado será dizer, obtiveram maioria absoluta nos mais diversos blocos, quer da esquerda, quer da direita: das rádios, às televisões, passando por uma “tour” que durou mais de dois anos. “Sharp Dressed Man” e “Legs” são apenas dois aperitivos num universo deveras fantástico. Vale a pena recordar, ou, para quem não conhece, explorar os álbuns mais marcantes das últimas décadas. VERA MARMELO Bruno Pernadas derrama toda a sua experiência no disco de estreia a solo JOÃO CORDEIRO [email protected] “How Can We Be Joyful in a World Full of Knowledge?”. Esta é a pergunta que dá o mote para a estreia a solo de Bruno Pernadas, músico e compositor multi-instrumentista que acaba de juntar em disco temas criados entre 2008 e 2013. Apesar de se tratar de um disco de estreia, Bruno é um músico com imensa experiência, e fez questão de a derramar com mestria sobre as nove faixas que compõem o álbum. Bruno Pernadas começou a aprender a tocar guitarra clássica ao 13 anos, passando posterior- mente pela escola do Hot Club de Portugal, e mais tarde pela Escola Superior de Música de Lisboa, departamento de Jazz. Apesar da formação marcada pelo Jazz, este género fica reservado para outros projectos do músico. “How Can We Be Joyful in a World Full of Knowledge?” é dinâmico e eclético, sem deixar de conseguir transições coerentes entre temas. Aliás, é o site do músico que define a “salada russa” que é este disco que, não sendo instrumental, anda lá perto: “jazz, space age pop, world music, electrónica, rock psicadélico”, uma lista que, segundo o próprio artista poderia ser ainda maior - “Could go on and on”. Rótulos à parte, a verdade é que os temas são de grande qualidade, conseguindo ser complexos na orquestração, na sobreposição de camadas de instrumentos, nas transições rítmicas, melódicas e harmónicas, e até na duração dos temas -, mas nunca deixam de ser interessantes e agradáveis, mesmo a ouvidos habituados a outro tipo de música. Paralelamente a este projecto a solo, Bruno Pernadas integra os projectos “Julie & The Carjackers” - talvez o mais conhecido -, “When we left Paris – Jazz Ensemble”, “ESML Jazz Orchestra”, “Real Combo Lisbonense”, “Suzie’s Velvet”, “Walter Benjamin”, e “Out of Nowhere Jazz Trio”. Bruno Pernadas dá o primeiro passo enquanto artista a solo