- COTEC Portugal

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VIAbio
Biotecnologia e Inovação
na Indústria Portuguesa:
Estudo de oportunidades
tecnológicas e de mercado
Estudo realizado por:
Uma iniciativa conjunta:
Com o apoio de:
edp
i
Sumário Executivo
9
1 Introdução
9
1.1 Contexto e objectivos
10
1.2 Abordagem e Metodologia
11
1.3 O sistema de i&d nacional como pano de fundo
15
1.4 Recomendações transversais
19
2 Sector Alimentação e Bebidas
19
2.1 Enquadramento
21
2.2 A Biotecnologia no sector de Alimentação e Bebidas
21
a) Melhoria dos processos
21
b) Novos alimentos
22
c) Qualidade e segurança alimentar
22
2.2.1 Grandes Tendências Europeias
22
a) Alimentação e Saúde
23
b) Qualidade dos Alimentos e Tecnologias de Fabrico
23
c) Segurança Alimentar
23
2.3 Inovação no Sector de Alimentação e Bebidas
24
2.3.1. Inovação Biotecnológica em Portugal no sector de Alimentação e Bebidas
29
a) Empresas
29
b) Entidades do sctn
30
c) O Estado e a sua responsabilidade como catalisador da inovação tecnológica
33
2.4 Tecnologias de potencial interesse
34
2.5 Recomendações
38
3 Sector Ambiental
38
3.1 Enquadramento
38
3.1.1 Caracterização do Sector Ambiental
41
3.2 A biotecnologia e o ambiente
43
3.3 i&d biotecnológica aplicável ao ambiente em Portugal
43
3.3.1 Dados gerais
43
3.3.2 Intervenção do estudo
46
3.3.3 Empresas
47
3.4 Tecnologias
47
3.5 Recomendações
50
4 Energia
50
4.1 Enquadramento
51
4.2 A biotecnologia no sector da energia
53
4.3 Panorama do sector
56
4.3.1 Biocombustíveis: biodiesel e bioetanol
58
4.3.2 Valorização energética de biomassa lenhocelulósica
59
4.3.3 Valorização energética de resíduos
60
4.3.4 Plantações energéticas
60
4.4 Tecnologias
61
4.5 Conclusões e recomendações
64
5 Fileira Florestal
64
5.1 Enquadramento
65
5.2 A biotecnologia no sector florestal
66
5.3 i&d aplicável ao sector florestal em Portugal
69
5.3.1 O sistema de i&d nacional e a sua relevância para a floresta
71
5.3.2 Aspectos particulares da i&d aplicada ao sector florestal
74
5.3.3 Pontos para intervenção específica
78
5.4 Tecnologias
79
5.5 Recomendações
82
6 Sector Têxtil
82
6.1 Enquadramento
84
6.2 Biotecnologia no sector têxtil
89
6.3 i&d biotecnológica no sector têxtil em Portugal
92
6.4 Tecnologias
93
6.5 Recomendações
95
7 Conclusão e Apreciação Crítica
97
8 Agradecimentos aos Contribuidores
101
127
153
183
191
Anexo A (Sector Alimentação e Bebidas)
Anexo B (Sector Ambiental)
Anexo C (Sector Energia)
Anexo D (Sector Fileira Florestal)
Anexo E (Sector Têxtil)
(i)
VIAbio
Sumário Executivo
O estudo ViaBio pretendeu analisar o potencial da biotecnologia como ferramenta
ao serviço da inovação empresarial e da competitividade da economia nacional em
cinco grandes sectores da indústria portuguesa: o alimentar, o energético, o ambiental,
o têxtil e o da fileira florestal. Pretendeu-se avaliar, em particular, as necessidades biotecnológicas destes sectores e a capacidade do sistema científico e tecnológico nacional e das
pme’s inovadoras para as satisfazer, ajudando a responder aos desafios e oportunidades
com que todo o tecido industrial se deparará num futuro próximo. A abordagem escolhida distinguiu-se de outros projectos por (1) se basear em necessidades concretas de
empresas emblemáticas dos vários sectores e não partir apenas de tendências ou competências existentes na comunidade científica; (2) ter entre os seus objectivos a identificação
de exemplos específicos de oportunidades tecnológicas e de mercado relevantes para
os sectores contemplados; e (3) ser realizado por um grupo independente dos interesses
económicos ou académicos envolvidos no objecto do estudo, mas que acumula formação
científica avançada com experiência empresarial relevante.
A análise das necessidades sentidas e das oportunidades identificadas ou observadas,
nomeadamente pelas oito empresas participantes no projecto, permitiu tirar conclusões
críticas sobre o papel que a inovação biotecnológica – e particularmente aquela vinda do
sistema científico e tecnológico nacional – está ou poderia estar a desempenhar em prol de
cada uma das indústrias em causa.
Numa das suas vertentes o estudo compilou um conjunto de cerca de 290 tecnologias,
na sua maioria a serem desenvolvidas, total ou parcialmente, em instituições portuguesas, as quais foram apresentadas e discutidas com as empresas. Como resultado final, o
estudo ViaBio seleccionou oito casos específicos de tecnologias ou projectos de i&d de
particular interesse, os quais estão presentemente a ser objecto de discussões ou negociações entre os investigadores e as empresas participantes com vista a desenvolvimento conjunto. Em alguns dos casos já se passou à fase de implementação contratual das tecnologias ou competências seleccionadas. Pretende-se que estas sirvam como exemplo de como
(e porventura das áreas em que) se poderá começar a fortalecer o relacionamento entre
investigação académica e uma maior produtividade ou competitividade empresarial. De notar que não é do conhecimento dos autores qualquer outro projecto alguma vez
desenvolvido em Portugal que tenha tido como resultado o aproveitamento específico de
um leque de biotecnologias inovadoras nacionais por parte da grande indústria.
Numa segunda vertente, o estudo ViaBio elaborou uma série de recomendações – dirigidas às empresas, às instituições de i&d e ao Governo e suas agências – no sentido de
melhorar a absorção de novas tecnologias, em particular biotecnologias, por parte do
tecido empresarial, em benefício da economia nacional e da capacidade inovadora do
País. Estas são recomendações resultantes do diálogo tido com as empresas participantes
e com investigadores de áreas científicas para elas relevantes, bem como do raciocínio crítico dos autores e da observação empírica da evolução dos vários sectores industriais; não
são, portanto, o resultado de uma análise aprofundada e científica de políticas públicas de
ciência, tecnologia e inovação.
(ii)
9
VIAbio
Em termos gerais, conclui-se que existem de facto oportunidades tecnológicas e de mercado dentro da área da biotecnologia e das ciências da vida a serem aproveitadas ou, mais
VIAbio
1. Introdução
Contexto, método e resultados globais do estudo ViaBio
ainda, passíveis de serem aproveitadas com vantagem pelos grandes sectores da indústria
nacional, e existe claramente vontade, e nalguns casos preparação, por parte de algumas
1.1. Contexto e objectivos
empresas – assim como de investigadores e departamentos – para actuar no sentido do
O presente relatório constitui um dos resultados finais do projecto ViaBio – Biotecnolo-
seu aproveitamento comercial. No entanto, verificam-se limitações sérias na capacidade
gia e Inovação na Indústria Portuguesa, iniciativa patrocinada pela cotec Portugal, pela
de algumas empresas de dedicarem recursos humanos de forma continuada a activi-
Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (flad) e por oito grandes empresa
dades de i&d ou de prospecção de i&d e, em particular, nota-se alguma reserva por parte
nacionais1.
de algumas grandes empresas em se decidirem por uma aposta estratégica de longo prazo
As opiniões e recomendações expressas ao longo do texto reflectem acima de tudo a
no desenvolvimento de produtos globalmente inovadores e diferenciadores, e não apenas
interpretação subjectiva dos autores relativa às causas e fenómenos subjacentes ao estado
na procura de soluções – tecnológicas ou não – para problemas imediatos, muitas vezes
actual do aproveitamento de biotecnologia por parte da indústria portuguesa – interpre-
suscitados por condicionantes externas mais ou menos previsíveis. Por outro lado, obser-
tação essa que se baseou na auscultação de grande parte dos principais actores, empresa-
vam-se ainda grandes lacunas na organização em rede do sistema científico nacional
riais e académicos, intervenientes no processo de inovação biotecnológica. Não se trata
e na geração organizada de massa crítica em áreas de grande potencial. A despeito de
portanto, nesse sentido, de uma análise científica de políticas de ciência e tecnologia ou de
melhorias visíveis a vários níveis e ocorridas em anos recentes, é ainda patente, através
estratégias de inovação empresarial – embora possa vir a ser utilizado para confrontação e
de todos os sectores industriais e áreas científicas analisados, uma falta de orientação da
eventual discussão dessas mesmas políticas.
i&d nacional para o mercado e para a resolução de problemas práticos, fomentada pelo
A motivação para o projecto partiu da constatação do facto de que, nos últimos 30 anos,
baixo nível de interesse de muitas empresas, mas também por regras programáticas
a inovação biotecnológica tem trazido benefícios concretos a um grande número de sec-
e critérios de avaliação que por vezes parecem menosprezar a componente de aplica-
tores industriais, em vários países, para além de estar a contribuir de forma significativa
bilidade do trabalho de investigação científica, bem como da dimensão global hoje ine-
para uma melhoria do capital social e humano das sociedades industrializadas, assim
rente à inovação biotecnológica. Neste relatório são assim feitas recomendações no sen-
como do bem-estar das populações em geral. Em Portugal, a geração e o aproveitamento de
tido de, em cada sector analisado e atendendo às respectivas especificidades, contribuir
inovação biotecnológica tem tido uma evolução lenta, quando comparada com o resto da
para uma crescente colaboração entre as entidades que produzem conhecimento cientí-
Europa e a América do Norte, por razões que se prendem sobretudo com o perfil da grande
fico e técnico com aquelas que poderão usufruir e aplicar esse mesmo conhecimento, com
indústria nacional, com o estado de desenvolvimento do sistema científico e tecnológico
vantagens para ambas e para a competitividade tanto da investigação científica como da
e com a postura histórica de vários governos perante a relevância económica e social do
economia nacional.
conhecimento e da inovação. Começa no entanto a ser óbvio que a capacidade de diferenciação competitiva de vários sectores fundamentais da economia portuguesa terá de passar inevitavelmente pela inovação tecnológica, podendo a biotecnologia, em particular,
A equipa ViaBio incluiu os seguintes elementos: Doutora Isabel Braga da Cruz, Doutor
vir a desempenhar aí um papel fundamental.
Bruno Sommer Ferreira, Engenheiro Renato Vasconcelos, Engenheira Maria Belém Ri-
O objectivo principal do projecto ViaBio foi assim o de estudar a capacidade e possibi-
beiro, Engenheira Luísa Fareleiro, Doutora Sónia Martins e Doutor Nuno Arantes e Oli-
lidade, actual ou potencial, de aproveitamento de inovação biotecnológica por parte de
veira (coordenador, [email protected]). Colaborou também, como consultor interno da equi-
alguns dos grandes sectores industriais portugueses. O estudo tentou, em particular, tra-
pa, o Professor Doutor José Cardoso de Menezes.
çar um panorama geral sobre as possibilidades de adopção de resultados de i&d para benefício dos sectores contemplados, com base nas valências existentes no sistema científico e
tecnológico nacional (sctn) e tendo em conta a perspectiva dada pelas grandes tendências
de vanguarda internacionais.
Em termos concretos, o estudo ViaBio tentou, em simultâneo, encontrar exemplos específicos de competências e tecnologias vindas do sctn e passíveis de aproveitamento pela
indústria, e identificar as grandes fraquezas do sistema em geral, apontando caminhos a
seguir para a sua resolução, nomeadamente em termos de políticas públicas e privadas de
apoio à investigação científica e ao desenvolvimento económico.
1 Grupo Amorim, edp, efacec Ambiente, galp Energia, Lameirinho, Grupo Portucel-Soporcel, Têxtil Manuel Gonçalves e unicer.
10
11
Introdução
Introdução
O estudo ViaBio distinguiu-se de outros importantes trabalhos previamente realizados,
– nomeadamente várias dezenas de artigos científicos e patentes – para as áreas do saber
em Portugal ou noutros países, de várias maneiras. Em primeiro lugar o estudo não pre-
abordadas. Recorreu-se também, frequentemente, às redes de contactos pessoais e pro-
tendeu discutir a biotecnologia em si mesma como um sector empresarial emergente em
fissionais dos membros da equipa e do Conselho Consultivo do projecto, bem como a
Portugal, ou fazer um levantamento panorâmico do potencial desta indústria em termos
informação decorrente de mesas redondas realizadas no âmbito de grupos de trabalho da
de distribuição geográfica, empreendedorismo ou captação de investimento. Tais aborda-
Comissão Europeia dedicados aos temas da biotecnologia e a alguns documentos que ser-
2
gens, já patentes em alguns estudos, relatórios ou inquéritos , foram aqui usadas apenas
viram de base a essas mesas-redondas.
como realidades colaterais à absorção de inovação biotecnológica por parte dos grandes
Ao longo de todo o trabalho, a estratégia do estudo pautou-se por utilizar sempre os
sectores económicos existentes. Também não houve a pretensão de introduzir, compro-
interesses tecnológicos das empresas como ponto de partida para a análise feita, em par-
var ou demonstrar quantitativamente a ideia geral de que a biotecnologia é relevante para
ticular na medida em que esses interesses fossem extrapoláveis para a realidade dos res-
a inovação em vários sectores – tal noção é aqui tomada como um pressuposto, estando já
pectivos sectores. Assim estabeleceu-se, com a grande maioria das empresas participan-
3
demonstrada em diversos trabalhos a nível internacional . Por último, também não se pre-
tes, um processo interactivo, através do qual a equipa foi refinando e adaptando a base de
tendeu pôr em prática apenas um exercício teórico sobre o que é a biotecnologia ou o que
estudo em função da reacção das empresas às observações que a equipa lhe foi apresen-
será o seu futuro, em Portugal ou no Mundo, como tem por vezes sido tentado, por vezes
tando. As empresas, por sua vez, foram revendo permanentemente a informação forne-
4
com resultados de alta qualidade . Neste projecto, o diagnóstico e prognóstico acerca das
cida pela equipa ViaBio, e foram progressivamente refinando e restringindo o leque de
potencialidades da biotecnologia serviu apenas como base para, por um lado, a identifica-
competências e tecnologias a analisar.
ção de casos concretos, exemplificativos de como a biotecnologia pode, hoje e em Portu-
Como resultado, este relatório não é tanto uma análise profunda e pericial de um ou
gal, ser aproveitada por empresas para seu benefício e, por outro lado, para a elaboração
vários sectores, e nem sequer da biotecnologia em si, como, muito mais, o resultado de um
de recomendações para medidas específicas, prontas a ser adoptadas pelas empresas, pelos
rastreio e de uma apreciação crítica relativa à aplicação de biotecnologia às várias indús-
centros de i&d e pelos organismos do Estado.
trias, congregando um conjunto de opiniões, informações e documentação, e acabando
De notar que o projecto ViaBio teve a duração de 12 meses, foi posto em prática por uma
equipa de pequena dimensão e foi, em vários aspectos, a primeira iniciativa do género, pelo
por fornecer uma visão geral sobre o tema, alicerçada em exemplos concretos e conducente a recomendações específicas.
menos em relação a alguns dos sectores em análise. Assim, os resultados obtidos, e as difi-
Todas as conclusões expressas neste relatório são, naturalmente, da inteira responsabi-
culdades encontradas, devem ser interpretados sobretudo como uma base para orientação
lidade da equipa ViaBio e completamente independentes de qualquer outra entidade, par-
de novos estudos do mesmo tipo que se espera venham a ser executados no futuro.
ticipante ou não no Estudo.
1.2. Abordagem e Metodologia
1.3. O sistema de i&d nacional como pano de fundo
Para a elaboração do presente relatório, a equipa ViaBio recorreu primeiramente a entre-
Todos os indicadores internacionais mostram que Portugal, apesar de uma evolução
vistas com muitos dos principais “actores” do sistema científico e tecnológico português,
muito positiva ao longo da maior parte dos últimos 15 anos, se encontra ainda longe dos
na sua vertente pública e privada, nomeadamente aqueles cujo trabalho de investigação
países mais industrializados em termos de produção científica. Particularmente grave
ou cuja actividade de gestão são relevantes para os sectores industriais contemplados. Foi
hoje é o baixo nível de investimento do sector privado em actividades de i&d, assim como
assim entrevistado, em pessoa, por telefone ou por via electrónica, um elevado número de
o reduzido número de patentes registadas por inventores ou organizações nacionais e os
investigadores, gestores de i&d, empreendedores e empresários (ver capítulo 8). O estudo
montantes de capital de risco investidos em empresas emergentes de base tecnológica. As
tirou partido da disponibilização, por parte das empresas participantes e de outras, de in-
figuras 1.1 a 1.3 e as tabelas 1.1 e 1.2 abaixo ilustram estas noções com alguns dados com-
terlocutores que ajudaram a equipa a colocar as suas observações dentro da perspectiva
parativos concretos.
das empresas individuais ou dos respectivos sectores.
Não fez parte dos objectivos deste estudo revisitar estes indicadores nem explorar apro-
Em paralelo foi utilizado um corpo extenso de informação disponível na Internet sobre
fundadamente as razões históricas por detrás dos mesmos. Mas pretendeu-se ter sempre
os vários sectores industriais e respectivos mercados em Portugal e no Mundo, bem como
em mente a situação específica de Portugal, relativa ao resto da Europa e do Mundo, na
dados fornecidos por empresas ou institutos que desenvolvem actividade no sector em
medida em que aquela possa condicionar as soluções apontadas para a resolução dos obs-
Portugal. Foi analisada de forma relativamente extensa e crítica a literatura científica
táculos identificados pelo estudo.
2 Ver os diversos directórios de Biotecnologia elaborados pelo icep e/ou pela Associação Portuguesa de BioIndústrias (apbio) desde 1993.
Ver também “BiotechPortugal 2005: empresas e opções estratégicas no sector da biotecnologia”. inteli, 2005.
3 Ver “A Survey of the use of biotechnology in the u.s. industry”, Department of Commerce, United States of America, 2003.
4 Ver por exemplo “Documentos cotec sobre oportunidades tecnologicas. 10: Biotecnologia”, Fundacion cotec, 1997.
12
13
Introdução
Introdução
Totals
Average
Low (Bellow 20% of eu mean)
Figura 1.1.
Número de pedidos de patente de alta tecnologia registados no european patent office (epo) por país, por
milhão de habitantes. Fonte “ec 2001 Innovation Scoreboard”, 2001.
Average
Low (Bellow 20% of eu mean)
Figura 1.2.
Investimento de Capital de Risco em alta tecnologia como percentagem do pib, por país, por milhão de habitantes. Fonte “ec 2001 Innovation Scoreboard”, 2001.
Government
153
201
90
Denmark
188
254
121
132
Germany
199
236
121
186
127
Greece
54
101
38
86
Spain
78
172
41
74
France
180
239
94
205
Ireland
139
151
111
130
Italy
188
239
150
165
Netherlands
186
223
145
170
Austria
180
183
168
228
Portugal
58
121
41
59
Finland
125
156
76
103
Sweden
227
291
128
132
UK
145
164
92
214
EU-15
171
225
103
170
Cyprus
81
67
47
140
Czech Rep.
55
87
31
41
Estonia
14
30
11
15
Hungary
37
54
24
30
12
9
55
5
Latvia
10
15
7
13
Poland
23
49
12
39
Slovenia
76
131
40
57
Slovakia
16
45
3
15
156
214
90
147
8
13
4
8
EU-25
Bulgaria
9
10
7
9
Turkey
60
125
50
35
Iceland
140
180
95
123
Norway
154
165
137
144
Switzerland
266
312
171
222
ES
182
169
171
361
Japan
210
245
103
404
Romania
High (Over 20% of eu mean)
Higher
education
Belgium
Lithuania
High (Over 20% of eu mean)
Business
enterprise
Tabela 1.1.
Despesas de i&d (em milhares de ¤)
por investigador, no sector privado,
nas universidades e nos laboratórios estatais em 2001 [de: “Towards
a European Research Area - Science,
Technology and Innovation; Key Figures 2003-2004”, Comissão Europeia,
2003].
Figura 1.3.
Permilagem da população activa com
funções de i&d em 2001 (taxa de crescimento anual entre 1996 e 2001 entre
parêntesis) [de: “Towards a European
Research Area - Science, Technology
and Innovation; Key Figures 20032004”, Comissão Europeia, 2003].
14
15
Introdução
Introdução
Business
enterprise
Belgium
Government
Other National
Sources
3,3
Assim, muitos dos problemas ou dificuldades analisados neste estudo – e que são rele-
Abroad
vantes para a absorção de inovação biotecnológica por parte das várias indústrias – cons-
66,2
23,2
Denmark
58,0
32,6
3,5
5,3
tituem apenas parte de questões mais amplas, como as acima, que abrangem todo o sis-
Germany
66,0
31,5
0,4
2,1
tema de inovação português. Consequentemente, parte das conclusões a que este relatório
Greece
24,2
48,7
2,5
24,7
Spain
47,2
39,9
5,3
7,7
chega não são específicas para cada sector, embora muitas possam adquirir mais relevância
7,3
France
52,5
38,7
1,6
7,2
num ou outro sector particular (ver recomendações sectoriais). Outras conclusões, e em
Ireland
66,0
22,6
2,6
8,9
particular recomendações, poderão apenas tornar-se relevantes ou produzir um impacto
Italy
43,0
50,8
–
6,2
Netherlands
50,1
39,5
2,6
11,4
18,6
4,4
positivo num contexto onde, como pano de fundo, haja uma aposta contínua no crescimento, quantitativo e qualitativo, da produção científica nacional.
Austria
39,0
42,1
0,3
Portugal
32,4
61,2
2,1
Finland
70,8
25,5
1,2
2,5
Sweden
71,9
21,0
3,8
3,4
UK
46,2
30,2
5,7
18,0
Não prescindindo da leitura das secções relativas a cada sector industrial – cada uma das
EU-15
56,1
34,0
2,2
7,7
quais analisa problemas específicos e chega a conclusões próprias – poder-se-ão resumir
Cyprus
17,5
66,5
6,5
9,4
Czech Rep.
52,5
43,6
1,7
2,2
1.4. Recomendações transversais
da seguinte maneira um conjunto de recomendações transversais a todo o estudo, decor-
Estonia
24,2
59,2
3,9
12,7
rentes de uma síntese de tudo o que foi observado, as quais dizem respeito a modelos de
Hungary
34,8
53,6
0,4
9,2
Lithuania
41,5
na
governação, a estratégias de avaliação, monitorização e financiamento, à organização das
29,4
29,1
Latvia
30,8
64,8
2,0
2,4
7,2
Poland
54,7
37,1
1,1
Slovenia
56,1
41,3
0,8
1,9
Slovakia
55,8
34,4
2,2
7,6
EU-25
24,4
69,2
1,1
5,3
8,2
Bulgaria
47,6
43,0
1,2
Romania
42,9
50,6
5,3
1,2
Turkey
69,1
23,2
3,4
4,3
Iceland
46,2
34,0
1,6
18,3
7,1
Norway
51,7
39,8
1,4
Switzerland
63,9
28,8
3,4
3,8
ES
66,2
28,7
5,1
na
Japan
73,0
18,5
8,1
0,4
empresas e à promoção dos interesses e da i&d nacional. Estas são:
1. Será imprescindível que mais empresas decidam apostar em inovação tecnológica e
Tabela 1.2.
Distribuição das despesas de i&d (em
%) pelas fontes de financiamento
principais, empresas, estado, outras
fontes nacionais e fontes externas em
2001 [de: “Towards a European Research Area - Science, Technology and
Innovation; Key Figures 2003-2004”,
Comissão Europeia, 2003].
que as que o façam comecem por designar recursos humanos internos dedicados
exclusivamente a esse fim. Em particular, recomenda-se como passo inicial a criação
interna de grupos qualificados com dedicação exclusiva à actividade de prospecção
tecnológica, ou seja, à procura de soluções tecnológicas específicas para os problemas
ou oportunidades identificados pela empresa e à interface com a comunidade científica, nacional ou internacional.
A implementação desta recomendação poderá ser coordenada com eventuais estímulos estatais à formação de gestores de c&t e à transferência de tecnologias, inclusivamente em articulação com escolas de gestão internacionais e cen-
De facto, o diagnóstico que emerge dos factos acima ilustrados é pouco controverso e
tros de comercialização de tecnologia.
torna apenas evidente a necessidade de uma aposta numa continuidade e maior intensidade do crescimento do investimento público e privado em i&d, numa sensibiliza-
2. Deverão ser identificados, de forma dinâmica e permanente, temas ou desafios de
ção do tecido empresarial para a relevância económica da diferenciação tecnológica e
particular relevo económico, os quais representem necessidades ou oportunidades
numa melhor eficiência nos processos de transferência de tecnologias entre univer-
específicas de inovação biotecnológica ao nível nacional. Esta identificação deverá
sidades e indústria.
resultar de um diálogo permanente entre empresas, associações empresariais e entida-
Ao longo deste estudo foram verificadas e/ou confirmadas fraquezas mais específicas do
des do sctn, e deverá levar a uma sensibilização e mobilização das empresas dos sec-
sistema de i&d português como um todo (ver, por exemplo, secção sobre Fileira Florestal)
tores relevantes para o investimento directo nos referidos temas, bem como dos gru-
e que são, na sua maioria, sobejamente conhecidas e discutidas. Estas incluem problemas
pos de i&d para uma aposta na correspondente aplicabilidade do seu trabalho. Poderá
como a dimensão reduzida da comunidade científica portuguesa; a fragmentação do sis-
também permitir uma resposta do Estado no sentido de estimular a agregação de com-
tema de i&d em grupos pequenos; a falta de orientação dos mecanismos de financiamen-
petências existentes ou emergentes e de avaliar e monitorizar a qualidade e a competi-
to para projectos que visem objectivos de relevância socio-económica; o desconhecimento
tividade da i&d nacional na sua vertente de aplicação comercial e de benefício social.
dos grandes sectores da indústria em relação à i&d nacional; e a fraca capacidade de in-
De notar que esta definição de temas e desafios de relevo económico não implicará uma tentativa de orientação, por
fluência de Portugal no delinear de programas transnacionais de investigação e desenvol-
parte do Estado ou de qualquer entidade, do sistema científico e tecnológico nacional para áreas científicas particula-
vimento, nomeadamente na formulação de políticas Europeias de i&d e em particular na
res; mas possibilitará sim uma melhor coordenação entre um papel facilitador do Estado na promoção do desenvolvi-
definição de prioridades dos Programas-Quadro enquanto instrumentos dessas políticas.
16
17
Introdução
Introdução
mento tecnológico e o interesse e aposta das empresas – de qualquer sector – em temas de especial potencial ou rele-
Embora esta medida já seja em alguns casos uma realidade, ela deverá passar a atravessar todo o espectro de programas
vância para o País. Com base no observado ao longo deste Estudo (que se confinou a sectores industriais específicos)
de apoio a i&d de índole biotecnológica, incluindo aqueles que são apenas dirigidos a investigação universitária. Será
exemplos de desafios de especial relevo – e cuja abordagem será cientificamente transdisciplinar – poderão incluir: os
particularmente importante a inclusão em alguns painéis de avaliação de elementos com conhecimento do tecido
efeitos da seca nos cultivos; a gestão de recursos hídricos na indústria têxtil e outras; o aproveitamento energético dos
empresarial português e dos desafios tecnológicos que este enfrenta, não obviando, no entanto, a crucial participação
resíduos florestais a agrícolas; as novas aplicações industriais da cortiça; as novas gerações de biocombustíveis; os ali-
de peritos académicos. De notar também que a relevância para a economia portuguesa, como critério de avaliação, não
mentos funcionais; o aproveitamento de plataformas de informação genómica para melhoramento de espécies eco-
deverá nunca actuar em detrimento da excelência científica dos projectos ou do seu cariz inovador a nível global.
nomicamente importantes.
7. Deverá ser implementado um sistema permanente de acompanhamento e moni3. A constante identificação de temas de relevância económica deve ter reflexo directo
torização dos resultados dos projectos de i&d financiados, executado por painéis
nos critérios de avaliação e co-financiamento de i&d por parte das agências estatais em
com as mesmas características dos painéis de avaliação (ver acima), os quais deverão
conjunto com as empresas, desenhando-se programas específicos para apoio à aplica-
impreterivelmente elaborar uma avaliação final baseada em critérios científicos, mas
ção comercial de i&d e transferência de tecnologia que tenham em conta o potencial
também tendo em conta a relevância socio-económica.
de impacto económico e relevância estratégica nacional das propostas, para além,
Tal deverá permitir, por exemplo, um sistema de financiamento com pagamentos “à cabeça”, onde as entidades que,
naturalmente, da sua excelência científica.
segundo a avaliação final, não cumprirem os seus objectivos por motivos não justificáveis diminuirão a sua probabilidade de obter financiamento futuro.
4. Mais especificamente, poderão ser criados programas de financiamento publico-privado para redes transdisciplinares de grupos de i&d, académicos e empresariais,
8. O formato dos projectos a financiar por entidades estatais, e particularmente em con-
cujo objectivo comum seja a resolução (ou contribuição para a resolução) de proble-
sórcio com empresas, deve ser flexível e adaptado à realidade de cada sector de apli-
mas práticos, de impacto socio-económico.
cação. Em particular, deverão ser ajustados o prazo e a escala dos projectos a financiar
Tais programas não deverão pretender, todavia, substituir o financiamento de esforços de investigação dita funda-
– mesmo sob o prejuízo de se financiar menos projectos – permitindo a obtenção de
mental e, inclusivamente, as referidas redes poderão integrar grupos dedicados tanto a investigação aplicada como
resultados relevantes em campos onde o ciclo de desenvolvimento é longo (por exem-
fundamental – desde que claramente relevante, mesmo que a médio ou longo prazo, para o problema em questão. As
plo fileira florestal, farmacêutica) e onde a rentabilidade comercial de tecnologias ino-
redes deverão ser preferencialmente lideradas por grupos portugueses, mas deverão incluir grupos e investigadores
vadoras só pode ser verificável tipicamente após investimentos substanciais em i&d.
de excelência estrangeiros, académicos ou empresariais, de modo a permitir um aproveitamento de competências glo-
Este será um passo essencial para a redução do muito falado fosso entre investigação de base e desenvolvimento
bais em favor de interesses económicos portugueses. Dever-se-á também, sempre que possível, partir de iniciativas em
industrial.
rede já emergentes na comunidade científica.
9. Deverá ser fortemente reforçado o lobbying nacional junto da Comissão Europeia
5. Os fundos dedicados ao financiamento das redes transdisciplinares devem ser for-
em termos de definição de temas prioritários e políticas de financiamento de i&d. O
temente co-financiados por empresas, podendo estas eventualmente tornar-se ele-
esforço de lobbying deverá partir sobretudo de uma coordenação entre as empresas de
gíveis para a atribuição de benefícios, fiscais ou outros, bem como para acesso prio-
cada sector e poderá ser centralizado numa entidade de funcionamento autónomo,
ritário a resultados científicos obtidos ou a ferramentas facilitadoras do processo de
congregando representantes de grandes grupos ou associações industriais, bem
transferência de tecnologia.
como investigadores, para além de representantes do Governo ou suas agências.
Será crucial delinear uma estratégia de incentivos às empresas co-financiadoras destes fundos que, sendo claramente
atractiva para empresas inovadoras, não interfira com a liberdade criativa ou empreendedora dos investigadores e que
não crie conflitos de interesse entre empresas ou entre estas e os grupos de investigação.
10. Deverá ser criado um mecanismo que, à escala nacional, promova e execute a procura de soluções e oportunidades tecnológicas (em particular biotecnológicas) para
as empresas sediadas em Portugal. Este mecanismo, que idealmente nascerá da con-
6. O processo de avaliação de projectos de i&d candidatos a financiamento público
gregação de interesses e de recursos privados, deverá ser orientado de forma simétrica
deve ser levado a cabo por equipas internacionais juntando, sempre que possível e
à de um gabinete de transferência de tecnologia académico, ou seja, deverá partir das
relevante, competências científicas a experiência empresarial ou industrial. Deve
necessidades das empresas que a ele recorrerão, para a partir daí ir procurar solu-
ser claramente introduzido nos critérios de avaliação de programas que financiem
ções, sobretudo dentro da “academia”, a nível nacional ou internacional.
projectos na área das biotecnologias um elemento (entre outros, naturalmente) res-
O financiamento deste mecanismo poderá incluir uma componente pública como estímulo ao financiamento pri-
peitante à relevância do projecto do ponto de vista sócio-económico.
vado, o qual deverá aumentar ao longo do tempo, eventualmente em função dos resultados obtidos. A sua gestão
18
19
Introdução
deverá ser privada, devendo-se prever um prazo para se atingir a autonomia financeira e tornar obsoleta a participa-
VIAbio
2. Sector Alimentação e Bebidas
ção estatal. A gestão deste mecanismo deve impreterivelmente agregar um leque vasto de altas competências científi-
Nota prévia:
cas e de gestão industrial, assim como conhecimentos do sistema científico português e dos mercados mundiais.
Nesta secção o projecto ViaBio incidiu necessariamente sobre o segmento das bebidas,
11. Em algumas áreas (por exemplo no Ambiente ou na Energia) será essencial uma
aquele em que tem maior relevo a empresa do sector de Alimentação e Bebidas que patro-
maior celeridade na adopção e implementação de legislação que, exigindo o cum-
cinou o estudo, o que poderá ter limitado a abrangência da visão dos autores. Não obs-
primento de normas de segurança, higiene, ambiente, qualidade ou outras sirva de
tante, a presente análise sectorial tentará abordar pontos que sejam transversais ao sec-
força motriz ao desenvolvimento de novas tecnologias dentro do País.
tor por inteiro. Ressalva-se ainda que, na concepção do sector de alimentação e bebidas
Há que ter o cuidado, por exemplo no campo dos biocombustíveis, de não implementar legislação que, ao facilitar a
aqui adoptada, se abordou exclusivamente a indústria de processamento de alimentos,
introdução de tecnologias actuais, venha dificultar a posterior adopção de novas gerações de tecnologias (ver secção
deixando-se de fora a agro-pecuária, as pescas e a aquacultura, por estas terem um enqua-
sobre Energia).
dramento próprio e bastante distinto.
A um nível mais geral, é importante notar, de novo, que muitas destas recomendações
2.1. Enquadramento
só farão sentido, em particular para as empresas, e só poderão ser bem recebidas por estas
O sector alimentar representa a maior indústria portuguesa com um volume de negó-
se, ao mesmo tempo, forem (ou continuarem a ser) perceptíveis melhorias no sistema
cios de 11.300 milhões de Euros, representando 9% do produto interno bruto (pib). É cons-
científico e económico como um todo. Entre tais melhorias contar-se-ão:
tituído por cerca de 8.500 empresas e emprega 105 mil pessoas5. É também um sector de
(i) a reforma dos laboratórios do Estado, redefinindo o seu papel e a sua estrutura, em
extrema importância no contexto europeu, tendo gerado um volume de negócios de 810
particular no que respeita à interacção com (eventualmente incubação de) empresas,
mil milhões de Euros em 2004 empregando 4 milhões de pessoas, cerca de 60% das quais
à prestação de serviços científicos, e à renovação e progressão das equipas;
em pequenas e médias empresas (pme)6. Em Portugal, apenas 11% das empresas do sector têm mais que 20 empregados7, revelando que se trata de um sector bastante atomi-
(ii) a revisão das regras de progressão na carreira de docente universitário ou de inves-
zado. Existem segmentos que constituem excepções a este cenário e se apresentam bas-
tigação, adoptando para algumas áreas critérios relativos à relevância económica da
tante concentrados como o dos cereais de pequeno-almoço, café, açúcar, refrigerantes e
produção científica (ex: patentes, colaborações com empresas, empreendedorismo);
lacticínios8. Além da pequena dimensão – e muitas vezes causa directa da mesma – a maioria das empresas do sector tem baixo poder negocial e capacidade financeira (por exem-
(iii) a continuidade dos programas de financiamento da i&d, de modo a permitir
plo, relativamente às empresas de distribuição que têm um controlo significativo do sec-
investimentos de longo prazo no desenvolvimento de produtos em áreas tecnologi-
tor), apresentam um baixo nível de formação dos recursos humanos e de investimento
camente intensivas; e
em investigação e desenvolvimento tecnológico (i&dt)9, resultando num sector que, na
sua maioria, gera produtos de baixo valor acrescentado10. Com efeito, o valor acrescen-
(iv) a introdução, reforço ou facilitação de benefícios fiscais a indivíduos ou entidades
tado gerado por trabalhador em 2000 era de ¤21.000 em Portugal, contrastando com um
que invistam em inovação tecnológica, acompanhados de um sistema permanente de
valor médio europeu de cerca de ¤45.000 e menos de um quarto do valor apresentado pela
avaliação dos resultados desse investimento.
Irlanda: ¤88.00011.
Tanto em Portugal como no contexto Europeu, as bebidas, os produtos cárneos e os lacticínios são os maiores segmentos e, no seu conjunto, representam cerca de 50% do total do
sector. A indústria alimentar nacional produz essencialmente para o mercado interno,
onde vende 87% da sua produção. O sector é deficitário em cerca de 2.000 milhões de
Euros, exportando em valor menos de 50% das importações. Os vinhos representam cerca
de 1/3 das exportações, seguindo-se as conservas de peixe, os produtos transformados dos
5
6
7
8
9
10
Dados da fipa – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
Confederation of the Food and Drink Industries of the eu. Data and trends of the eu food and drink industry 2004, Dezembro de 2004.
Dados da fipa – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
Fontes, M. (2000) The Biotechnology Cluster in Portugal, rise Project - rtos in the service economy.
Perfil Sectorial – Agricultura e Indústrias Agro-alimentares, Icep Portugal, Julho de 2000.
Definição de projectos piloto para o desenvolvimento de cadeias agro-alimentares orientadas para o mercado, Sociedade Portuguesa
de Inovação, s.a., Dezembro de 2000.
11 Dados do eurostat, citados pela Confederation of the Food and Drink Industries of the eu.
20
21
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
cereais, as conservas de tomate, cervejas, lacticínios e azeite, que representam no seu con12
junto outro terço das exportações .
Nos países desenvolvidos existe uma crescente percepção, por parte do consumidor, dos
sobretudo no caso de empresas exportadoras ou cujos clientes incluem grandes distribuidores13. O desenvolvimento de produtos verdadeiramente novos tem sido residual, tendo
a vasta maioria sido introduzida no mercado por empresas estrangeiras. Regista-se com
benefícios de uma alimentação saudável para a qualidade de vida e do contributo que pro-
muito interesse a recente nomeação de um perito nacional num dos painéis da esfa, justa-
cessos de produção sustentáveis têm para o ambiente, bem como uma maior exigência
mente aquele que se pronuncia sobre os novos aditivos alimentares. No entanto a partici-
nos índices de segurança alimentar e preferência por alimentos de conveniência ou “fáceis
pação portuguesa continua extremamente incipiente, visto que o universo total da esfa é
de utilizar” (ex. refeições preparadas, pratos congelados, etc.). A indústria de Alimentação
de 9 painéis diferentes e 191 peritos.
e Bebidas transforma matérias-primas de actividades agro-pecuárias e da pesca em produtos de valor acrescentado, podendo importar várias matérias-primas, exportando-as após
2.2. A Biotecnologia no sector de Alimentação e Bebidas
processamento com adição de valor. O dinamismo do comportamento dos consumido-
Sendo de origem biológica a maioria das matérias-primas utilizadas no sector de Ali-
res e as tendências resultantes obrigam a uma renovação constante e a ritmo cada vez
mentação e Bebidas, é natural que a Biotecnologia esteja presente nos processos de produ-
mais intenso dos produtos, assim como a introdução de novos conceitos de produto.
ção dos alimentos e de controlo de qualidade dos mesmos, e que se constitua como uma
Por outro lado, a competição crescente por parte de países com mão-de-obra mais barata e
ferramenta que permita a produção de novos aditivos/ingredientes alimentares ou novos
outros custos de produção mais baixos, bem como a estagnação do crescimento da popu-
alimentos. De facto, a biotecnologia é reconhecida como uma das ferramentas mais pro-
lação Europeia, logo do número de consumidores, leva a que também neste sector se pro-
missoras para a inovação e o crescimento no sector de alimentação e bebidas14. O sector
cure competir através da criação de produtos de elevada qualidade, com elevado valor
alimentar continua a ser aquele que mais utiliza a biotecnologia15, fruto da sua introdu-
acrescentado. Este enquadramento obriga a uma inovação constante da indústria de ali-
ção há milhares de anos, particularmente no fabrico de cerveja, vinho, pão e iogurte, com
mentação e bebidas nos seus processos e produtos de modo a assegurar a sua competi-
base em conhecimento empírico e muito antes da percepção dos mecanismos biológicos
tividade. Um bom exemplo é o crescente segmento dos alimentos funcionais, ou seja,
subjacentes à preparação daqueles alimentos.
alimentos que para além do seu papel convencional na alimentação, possuem características que os tornam benéficos para determinado aspecto da saúde humana ou têm efeitos
Actualmente, as aplicações biotecnológicas no sector são muito diversas e sustentadas
por conhecimento científico; por exemplo:
de prevenção contra determinadas doenças. Neste segmento, o desenvolvimento do alimento obriga ao cruzamento de conhecimento subjacente à actividade mais convencional do sector com conhecimentos de índole fisiológica ou médica. A inclusão de aditivos
alimentares novos só é possível mediante aprovação por entidades reguladoras, tais como
a) Melhoria dos processos
• Utilização de enzimas para o processamento de sumos, queijos, vinho, óleos alimentares.
a Agência Europeia de Segurança Alimentar (efsa – European Food Safety Agency), após
• Processos biotecnológicos implementados em larga escala para a produção de ado-
análise rigorosa de um dossier que não só comprova a segurança do aditivo ou do alimento
çantes, aromas, vitaminas, aminoácidos, entre outros suplementos alimentares
como confirma o benefício de saúde que se pretende reivindicar. Este rigoroso enquadra-
de carácter técnico (com influência no processo ou nas características físicas do
mento regulamentar é cada vez mais exigente e traduz os crescentes requisitos de quali-
produto) ou funcional (com potencial efeito no organismo).
dade e segurança alimentar.
• Utilização da biotecnologia na selecção de microrganismos mais produtivos e efi-
Portanto, percebe-se que a intensidade e a necessidade da inovação neste sector é
cientes mesmo em processos mais tradicionais, nos quais a acção dos microrganis-
crescente. A inovação é possível através da introdução de um novo conceito de produto,
mos é utilizada para processar a matéria-prima, ou para conferir aromas e texturas
o qual pode envolver ou não inovação tecnológica, e a inovação tecnológica pode não ter
aos alimentos.
reflexo no produto em si, mas melhorar o processo de produção tornando-o mais competitivo e/ou sustentável.
b) Novos alimentos
Em Portugal, a evolução tecnológica do sector tem passado por uma adopção limitada
• Emergência de uma nova geração de alimentos, nos quais, para além da nutrição
de novas tecnologias de fabrico – nomeadamente um aumento dos níveis de automatiza-
convencional, se pretende potenciar efeitos benéficos para a saúde, sendo exemplos os
ção dos processos, mas com muita margem de desenvolvimento especialmente nas pri-
probióticos (microrganismos presentes no alimento que vão desempenhar funções
meiras fases do processo, estando as fases de embalamento já bastante automatizadas –
relevantes no organismo, por exemplo, regulação da flora intestinal) ou os alimentos
e uma adopção significativa de sistemas de controlo de qualidade (ex. haccp e iso 9000),
12 Dados da fipa – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares.
13 Fontes, M. (2000) The Biotechnology Cluster in Portugal, rise Project - rtos in the service economy.
14 ciaa Reflection Paper on Food and Drink Industry Competitiveness, Confederation of the Food and Drink Industries of the eu, Junho de 2005.
15 Kleerebezem, M. (2006) Molecular advances and novel directions in food biotechnology innovation, Current Opinion in Biotechnology,
17: 179-182.
22
23
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
com baixo teor de alergénios (nos quais a probablilidade de reacção alérgica é redu-
diabetes, de artrite, osteoporose e cancro; influência da dieta no processo de enve-
zida ou eliminada). A produção de alimentos que permitam atingir estes objecti-
lhecimento;
vos só é possível após uma aturada pesquisa científica sobre o alimento, suas altera-
• Fortalecimento da base científica em áreas de interface entre a nutrição e a saúde, tais
ções quando processado durante o fabrico e pelo consumidor antes da sua ingestão,
como a biologia de sistemas, a nutrigenómica e o desenvolvimento de biomarcadores.
e sobre os efeitos in vivo.
• Produção de alimentos modificados geneticamente, com ganhos na eficiência do
b) Qualidade dos Alimentos e Tecnologias de Fabrico:
seu processo produtivo e também com vantagens nutricionais. Tal já acontece
Prevê-se o investimento no desenvolvimento de tecnologias de fabrico inovadoras no
em vários países desenvolvidos, mas na Europa a resistência do consumidor, a pres-
sentido de responder às exigências dos consumidores para produtos novos de elevada
são política e das ongs europeias têm limitado a sua chegada ao mercado. Perspec-
qualidade, com melhores propriedades organolépticas e conveniência de uso. As prin-
tiva-se ainda que os alimentos possam vir a ser utilizados como veículos de agentes
cipais áreas de investigação com potencial oportunidade para a biotecnologia são:
terapêuticos ou vacinas.
• Melhoria das propriedades organolépticas: redução de açúcar e gordura nos alic) Qualidade e segurança alimentar
mentos sem comprometer as propriedades organolépticas; melhor compreensão da
A biotecnologia tem sido também um aliado no desenvolvimento de métodos moder-
dinâmica da percepção sensorial desde o receptor até ao cérebro; tecnologias para a
nos e rápidos de controlo de qualidade alimentar, desde o controlo microbiológico
produção de novos alimentos com novas texturas e propriedades organolépticas.
convencional dos alimentos até técnicas utilizando chips de dna na detecção rápida
• Inovação nos processos de fabrico, utilizando tecnologias que minimizem a pro-
de organismos patogénicos ou técnicas de biologia molecular utilizadas na detecção e
dução de subprodutos e resíduos; implementação de técnicas analíticas em tempo
quantificação de organismos geneticamente modificados nos alimentos.
real a aplicar na recepção das matérias-primas e no controlo do processo; desenvol-
Os exemplos não exaustivos referidos mostram que a inovação tecnológica no sec-
vimento de tecnologias de embalagens inteligentes ou activas; desenvolvimento de
tor alimentar abrange campos tão distintos da biotecnologia como a biologia molecu-
novos bioprocessos para a produção de novos ingredientes.
lar, biologia de sistemas, nutrigenómica, microbiologia e engenharia de bioprocessos,
para citar apenas alguns.
c) Segurança Alimentar:
A necessidade de se produzir alimentos através de procedimentos que garantam uma
2.2.1. Grandes Tendências Europeias
elevada segurança alimentar e que mereçam total confiança dos consumidores é cres-
Com base na análise feita ao longo do estudo ViaBio, apresentam-se de seguida as áreas
16
prioritárias de inovação para o sector de Alimentação e Bebidas , nas quais o contributo
cente, bem como as obrigações regulamentares, abrindo oportunidades à investigação biotecnológica nas seguintes áreas:
da biotecnologia se prevê crucial. De notar que estas áreas irão merecer atenção especial
na agenda europeia de investigação, desenvolvimento e inovação no sector alimentar,
através de diversos instrumentos a ser implementados durante o 7º Programa Quadro.
• Desenvolvimento de sistemas de rastreio e identificação de proveniência da matéria-prima; estudos de vigilância e epidemiologia; eco-fisiologia em microbiologia
alimentar e estudo de interacções hospedeiro-microrganismo e alimento-microrga-
a) Alimentação e Saúde
nismo; estudo dos mecanismos moleculares de emergência de novos vírus, parasi-
A introdução de novos hábitos alimentares com base em desenvolvimentos nas ciên-
tas ou microrganismos patogénicos; redução ou eliminação de testes em animais
cias da nutrição e de novos formatos de produtos inovadores pode ter um impacto sig-
para avaliação da segurança alimentar.
nificativo na melhoria da qualidade de vida das populações. São áreas prioritárias de
investigação com potencial oportunidade para a biotecnologia:
2.3. Inovação no Sector de Alimentação e Bebidas
• Novas estratégias para optimizar o crescimento e desenvolvimento mental nas
papéis distintos. A análise feita ao longo deste estudo – que se concentrou em Portugal mas
crianças; o controlo da massa corporal no adulto, com manutenção da função mus-
que teve em conta o panorama global – permitiu uma clara distinção das diversas funções e
cular e prevenção da obesidade; o bom desempenho do sistema imunitário; a saúde
posturas intervenientes. A maioria da investigação realizada nas universidades e institu-
do tracto gastrointestinal; a redução da incidência de doenças cardiovasculares, de
tos de investigação científica tem como objectivo preencher lacunas existentes no conhe-
O processo de inovação no sector da alimentação e bebidas envolve diversos actores, com
cimento científico fundamental ou meramente satisfazer curiosidade científica.
16 European Technology Platform on Food for Life - The vision for 2020 and beyond, Confederation of the Food and Drink Industries of
the eu, Junho de 2005.
24
25
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
Por outro lado, os centros tecnológicos têm como missão principal realizar investiga-
de aprovação do novo produto ou processo junto das agências reguladoras. Como tal, é
ção aplicada para resolução de problemas específicos, em conjunto e complementando
essencial ter em mente que mesmo as grandes empresas nacionais do sector têm uma
a inovação da própria indústria, ou desenvolver novos produtos ou processos, podendo
dimensão bastante reduzida quando comparadas com as empresas médias euro-
também realizar algumas actividades de investigação mais fundamental que sustentam
peias. Por exemplo, se somarmos os níveis de facturação das duas empresas cervejeiras
as restantes valências. Cabe também aos fabricantes de equipamento realizar o desen-
mais emblemáticas do País (unicer e centralcer), que constituem duas das maiores
volvimento tecnológico dos componentes do processo produtivo e à indústria alimentar
empresas nacionais, obtemos um número aproximado ao da facturação da maior cerve-
realizar o desenvolvimento do produto nas suas estruturas de investigação e desenvolvi-
jeira espanhola, que mesmo assim significa menos de um décimo da facturação de empre-
mento. Finalmente, a função retalho, que faz a interface com o consumidor final e onde a
sas como a Carlsberg (Dinamarca) ou a Heineken (Holanda)17. Em determinados casos,
inovação tem lugar, mas sem carácter tecnológico apreciável. Nas instituições de interac-
as empresas nacionais do sector de alimentação e bebidas, com marcas emblemáticas no
ção público/privado cabem várias funções que deverão servir de interface entre cada um
País, foram compradas por empresas estrangeiras ou têm accionistas de referência estran-
dos actores do processo de inovação, como por exemplo a função reguladora e de protec-
geiros. Este cenário tem consequências ao nível das políticas internas de inovação, tradu-
ção do consumidor e a cooperação entre o sistema científico (fundamental e/ou aplicado)
zindo-se frequentemente na incorporação de inovação gerada externamente, tipicamente
e as empresas. Para que este processo funcione, é necessário o diálogo e a cooperação entre
em centros de desenvolvimento estrangeiros. Com efeito, consultando as bases de dados
os vários intervenientes – só assim a indústria pode fornecer aos consumidores os produ-
do Observatório da Ciência e do Ensino Superior verifica-se que nas estatísticas relati-
tos que correspondem às suas expectativas ou se aperceber da apetência dos consumido-
vas às empresas com maior despesa em actividades de i&d em 1999 não é citada qual-
res para produtos novos. E só deste modo os esforços e os recursos investidos em inovação
quer empresa do sector de alimentação e bebidas; em 2001 é referida a fima e em 2003
terão retorno, quer do ponto de vista económico quer do ponto de vista social. No universo
são referidas a unicer e a Nestlé Portugal, respectivamente nos 32º e 42º lugares da lista-
das empresas que compõem o sector, desenha-se assim uma clara distinção entre:
gem geral18. As mesmas estatísticas revelam que este sector é responsável por apenas 1,7%
das despesas totais em i&d empresarial em Portugal, com um montante de 5,6 milhões
i) os geradores de inovação tecnológica, os quais realizarão os investimentos associa-
de Euros, contrastando com os 9% do pib que representa. Ou seja, o sector investe em i&d
dos ao desbravar de conhecimento e aos pedidos de autorização necessários à intro-
apenas cerca de 0,05% da sua facturação anual. É ainda de realçar que o esforço de i&d
dução de novos processos, alimentos ou aditivos, mas que beneficiarão do seu papel
feito pelas empresas do sector relativamente às vendas respectivas tem decrescido conti-
inovador através da entrada no mercado com produtos de valor acrescentado e dife-
nuamente desde 1990, quando se verificava um valor de 0,46%19. O mesmo indicador a
renciadores em relação à concorrência internacional, podendo ainda beneficiar do
nível europeu mostra que em 2003 esta indústria investia em i&d cerca de 0,30% da sua
licenciamento da tecnologia subjacente a terceiros se ou quando tal for de interesse;
facturação20, um valor que é reconhecidamente baixo mas ainda assim muito superior
ao verificado em Portugal. Será também sintomático, porventura, o facto de que, entre os
ii) os utilizadores de inovação tecnológica que, através da compra de tecnologia alheia,
vão renovando os seus processos e produtos, acompanhando no essencial as tendências e exigências do mercado, mas que perdem em termos de diferenciação por utilizarem ferramentas disponíveis a todos os actores que delas queiram fazer uso;
vários sectores abordados pelo estudo ViaBio, o de alimentação e bebidas foi o único que
contou com apenas uma empresa interessada.
O segmento dos lacticínios tem sido um dos mais inovadores, fruto de um aumento de
competitividade de algumas empresas que se originaram da significativa reestruturação do
sector (por exemplo, a criação da Lactogal, sa 21) como forma a competir com uma fortíssi-
iii) as empresas que não apostam em inovação tecnológica e que sustentam a sua
ma concorrência estrangeira. As empresas que então surgiram são mais competitivas, in-
actividade em processos e produtos consolidados, diferenciando-se da concorrência
vestem na melhoria de processos e produtos e também no desenvolvimento de novos pro-
com base numa gestão eficaz de marcas, o que a prazo será insuficiente, sobretudo
dutos. Continuam a não dispor de capacidade interna de i&d significativa, mas colaboram
quando a concorrência assume cada vez mais uma escala global, em contraponto com
activamente com as entidades do sistema científico e tecnológico nacional (sctn), princi-
os mercados/nichos nacionais ou mesmo regionais que existiam no passado.
palmente nas áreas da produção de leite e queijo, controlo de qualidade, desenvolvimento de novos produtos, e ainda na valorização de resíduos (também importante na indústria
2.3.1. Inovação Biotecnológica em Portugal no sector de Alimentação e Bebidas
Da apreciação prévia resulta que, normalmente, apenas empresas com alguma dimensão conseguem estar presentes em todas as fases necessárias à geração de inovação tecnológica, começando na investigação fundamental com recursos próprios e em ligação
com universidades, passando pelos testes em condições reais e finalizando nos processos
cervejeira). Os restantes segmentos têm tido menor dinâmica de inovação tecnológica, mas
17 Dados constantes dos relatórios de gestão mais recentes disponíveis à data.
18 Dados do oces Observatório da Ciência e do Ensino Superior, disponíveis em www.oces.mctes.pt
19 Noéme, C. (2001) A competitividade do sector da indústria alimentar e bebidas - tendências de evolução no caso português.
Prospectiva e Planeamento, 7: 231-253.
20 2006 ciaa Benchmarking Report, Confederation of the Food and Drink Industries of the eu, Março de 2006.
21 Fundada pela agros - União das Cooperativas de Produtores de Leite Entre Douro e o Minho e Trás-os-Montes, ucrl, a lacticoop
- União das Cooperativas de Produtores de Leite entre Douro e Mondego, ucrl, e a proleite/mimosa s.a.
26
27
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
merecem referência algumas actividades sobre a geração de produtos com processamento
22
Tabela 2.1.
Principais centros académicos onde se desenvolvem investigação ou competências no âmbito da biotecnologia
com aplicação ao sector de alimentação e bebidas.
23
mínimo (ex. Frulact Lda ; Compal sa , através do desenvolvimento de projectos em conjunto com produtores de matérias-primas24); iniciativas de caracterização varietal no segmento vitivinícola; e a produção de microalgas para alimento em aquaculturas.
Instituição
Áreas científicas relevantes para
A empresa do ramo alimentar participante neste estudo, a unicer, referiu inicialmente
como áreas de interesse algumas das apostas que mais consistentemente se encontram no
o sector de alimentação e bebidas
Universidade
Instituto Superior de Agronomia
Melhoria da qualidade nas indústrias agro-alimentares,
Técnica de Lisboa
Centro de Microbiologia
metodologias de controlo de qualidade, investigação
e Indústrias Agrícolas
e desenvolvimento de novos produtos e processos.
· Valorização de subprodutos e resíduos;
Instituto Superior Técnico
Novas tecnologias alimentares; desenvolvimento de novos
· Bio-embalagens – biodegradáveis.
Departamento de Engenharia
produtos; biossíntese de exopolissacarídeos bacterianos;
Química e Biológica
nanoencapsulação de antocianinas; valorização de resíduos.
Departamento de Engenharia
Investigação de modificações miméticas de péptidos bioactivos
Biológica
por inclusão de novos aminoácidos sintéticos; tecnologias para
seu segmento a nível internacional, a saber:
· Produtos funcionais, compostos aditivos naturais e substituintes do açúcar;
As Tabelas 2.1 e 2.2 apresentam competências identificadas no sctn relativamente a
estas áreas de interesse.
Universidade do Minho
a valorização de plantas medicinais; valorização de resíduos da
indústria alimentar; produção de leveduras em reactores com
elevada densidade celular.
Universidade do Porto
Centro de Química
Tecnologia de obtenção de filmes e revestimentos comestíveis
Centro de Estudos de Ciência Animal
para alimentos a partir de recursos nacionais de baixo valor
e desenvolvimento de conceitos de embalagem múltipla de
vegetais frescos de alta qualidade prontos para consumo.
Faculdade de Medicina
Hipoalgesia associada à hipertensão: mecanismos
Instituto de Farmacologia
e importância da activação do sistema
e Terapêutica
renina-angiotensina.
Instituto de Biologia Molecular
e Celular
Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica
Escola Superior
Departamento de Ciências
Agrária de Coimbra
da Terra
Universidade
Departamento de Química
de Aveiro
Promoção da cultura de plantas aromáticas
e condimentares.
Desenvolvimento de filmes edíveis e biodegradáveis; extracção
supercrítica e pré-tratamento biológico de matérias-primas de
origem agro-alimentar.
Universidade do Algarve
Unidade de Ciências e Tecnologias
Isolamento de estirpes de algas hiperprodutoras de
de Recursos Aquáticos
carotenóides
Centro de Química Fina
Análise de misturas químicas complexas por técnicas
e Biotecnologia
analíticas modernas e elucidação estrutural de novas
moléculas isoladas de fontes naturais e com actividade
biológica potencial; estudo da oxidação induzida
radicalarmente de compostos com importância biológica;
procura de novas moléculas com propriedades anti-oxidantes.
22 www.frulact.pt
23 www.compal.pt
24 Definição de projectos-piloto para o desenvolvimento de cadeias agro-alimentares orientadas para o mercado, Estudo elaborado para
a fipa – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares, pela Sociedade Portuguesa de Inovação, s.a., Dezembro 2000.
Universidade Nova
Instituto de Tecnologia Química
Extracção e isolamento de produtos com valor acrescentado e
de Lisboa
e Biológica
com aplicabilidade na alimentação (antioxidantes, compostos
preventivos de doenças cardiovasculares, diabetes e certos
Instituto de Biologia Experimental
tipos de cancro) a partir de plantas, resíduos orgânicos e
e Tecnológica
resíduos da indústria alimentar.
28
29
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
As Tabelas 2.1 e 2.2, cujos conteúdos carecem necessariamente de actualização constante,
talhados para a biotecnologia dado raramente haver know-how e recursos relevantes nas
mostram a existência de investigação relevante ao sector, contudo apontam para uma sig-
empresas nesta área – acabam por assumir a figura de exercícios exploratórios, em que a
nificativa dispersão nos temas. Por outro lado, nem todas as áreas prioritárias apontadas
relevância dos resultados para a actividade da empresa ou sua estratégia futura é muito
serão passíveis de implementação por uma empresa apenas. Por exemplo, não sendo o
limitada. Para tal contribuem diversos factores que serão analisados de seguida.
cerne da actividade de uma empresa de bebidas a investigação conducente à produção de
bio-embalagens (ex. embalagem com dupla função: recipiente e vector de ingredientes) ou
de embalagens biodegradáveis, tais áreas só terão interesse para uma empresa do sector
a) Empresas
Numa análise geral, verificou-se que são raras as empresas do sector, mesmo aquelas
como parte de uma aposta estratégica em consórcio com outras empresas do mesmo sec-
com lucros na ordem dos vários milhões de euros por ano, que se dispõem a inves-
tor ou do sector das embalagens – sempre enquadrada numa política de âmbito nacional
tir significativamente em iniciativas de i&dt numa perspectiva estratégica de
ou com regulamentação de incentivos, sob pena de as empresas que inovam poderem ver,
melhoria ou desenvolvimento de processos ou produtos. Como se referiu acima, as
no curto prazo, a sua competitividade diminuída devido aos custos acrescidos que estas
relações com as entidades do sctn servem tipicamente objectivos imediatistas de
tecnologias deverão implicar.
resolução de problemas pontuais e concretos ou, como também foi observado, são
por vezes vistas apenas como uma estratégia para captação de fundos (estatais ou
Tabela 2.2.
Laboratórios do Estado onde se desenvolve investigação ou competências relevantes
ao sector de alimentação e bebidas, com breve descrição dos seus objectivos.
europeus) para cobrir custos correntes das empresas. Nota-se também um certo distanciamento das empresas ao longo dos projectos em que participam, fruto da
praticamente inexistente i&dt realizada intramuros. Este facto leva a que, frequen-
Instituição
Áreas Científicas
temente, os responsáveis das empresas apenas participem periodicamente em reuni-
Instituto Nacional de
Estação Agronómica
Protecção das plantas, ecofisiologia, utilização
ões de acompanhamento dos projectos, mas não se envolvam na sua dinâmica de
Investigação Agrária
Nacional
de recursos genéticos para melhoramento,
execução. Esta limitada intervenção das empresas ao longo dos projectos resulta em
e das Pescas
tecnologia de conservação e transformação de
produtos agrários, economia e sociologia agrária-
que estes assumam um cariz mais académico e distanciado da indústria, em todas
as vertentes técnicas, económicas, de mercado e regulamentares que deveriam ser sis-
desenvolvimento.
tematicamente tidas em conta ao longo da sua execução. Note-se, curiosamente, que
Instituto Nacional
Departamento
Processos e tecnologias de valorização de
de Engenharia,
de Biotecnologia
desperdícios, nomeadamente da indústria de
Tecnologia e Inovação
este distanciamento em relação à aplicação industrial é uma das principais queixas
cervejas e cortiça. Desenvolvimento de tecnologias
das empresas quanto às relações com grupos de investigação. O facto de não haver
para a valorização de recursos nacionais para
ainda uma prática continuada de i&dt na maioria das empresas leva também que
produção de ingredientes funcionais para bebidas.
estas iniciativas estejam extremamente dependentes das pessoas e dos cargos que ocupam, acontecendo com frequência que a alteração de um gestor da empresa seja bas-
A apreciável oferta de competências nas áreas de interesse das empresas do sector de alimentação e bebidas contrasta com os baixíssimos níveis de investimento em i&d obser-
tante para a criação ou a extinção de actividades de i&d, assumindo estas um carácter
transitório, pouco consequente e pouco sustentado.
vados genericamente no sector. Verifica-se praticamente a ausência de capacidade das
empresas nacionais do sector de alimentação e bebidas realizar actividades de i&dt
b) Entidades do sctn
internas. Quando existentes, as actividades de i&dt são contratadas com universidades,
O maior activo das entidades do sctn são os seus recursos humanos especializados.
centros de investigação ou laboratórios do estado ou então realizadas em consórcio ao
No entanto, as regras de progressão na carreira, seja na universidade, em centros de
25
abrigo de programas de co-financiamento nacionais ou europeus . No entanto, dos con-
i&d ou laboratórios do estado, estão intimamente relacionadas com a produção cien-
tactos estabelecidos verificou-se que os resultados destes projectos são extremamente
tífica medida pelo número de publicações em revistas, pouco se valorizando outros
escassos e raramente têm encontrado aplicação na actividade das empresas. De facto,
indicadores, como por exemplo, o número de patentes concedidas, ou as verbas
quando uma empresa tem um problema a resolver a curto prazo, tipicamente acaba por
angariadas em projectos de investigação com empresas. Por outro lado, há a per-
contratar junto das entidades do sctn as competências necessárias. Normalmente trata-
cepção generalizada de que a protecção de uma tecnologia através de patente impede
se de questões pontuais que raramente envolvem ganho de conhecimento científico
a sua publicação em revista científica, o que resulta de um mal-entendido e ajuda a
ou tecnológico, mas passam sobretudo pela utilização de know-how e técnicas pré-
ilustrar um desconhecimento e a ausência de prática de protecção de propriedade
existentes (ver Anexo a). Os projectos em consórcio – que são aqueles que estarão mais
industrial nas entidades do sctn. É também frequente observar-se uma cristalização
25 Fontes, M. (2000) The Biotechnology Cluster in Portugal, RISE Project - RTOs in the service economy.
dos quadros de pessoal destas entidades, fruto da saturação dos vários níveis na car-
30
31
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
reira, resultando frequentemente na desmotivação dos investigadores. Por outro lado,
Verifica-se também que a avaliação do mérito dos projectos submetidos aos vários
a manutenção em funções dos vários elementos é independente da qualidade do seu
programas de financiamento estatais é realizada exclusivamente sobre o programa
desempenho como investigadores, pelo que o estímulo para a excelência depende
de trabalhos proposto e que as estatísticas nacionais de esforço de i&d contemplam
mais do carácter de cada um do que dos mecanismos da organização. Gera-se assim
exclusivamente o esforço a montante, omitindo os resultados a jusante, os quais
um défice de pró-actividade e uma tendência significativa destas entidades se fecha-
deveriam porventura ser o verdadeiro indicador de uma política de incentivo à ino-
rem sobre si mesmas, alheadas, por um lado, das oportunidades que poderão exis-
vação tecnológica. Acresce a esta realidade a observação de que a maioria dos finan-
tir no exterior da sua organização e, por outro, do enquadramento relevante à poten-
ciamentos atribuídos às entidades do sctn (principalmente via projectos financiados
cial aplicação prática da sua investigação. Por exemplo, o projecto ViaBio identificou
pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia) privilegiam projectos de investigação
um grupo de investigação da Universidade do Algarve que procurava, junto do Gabi-
fundamental, sendo o financiamento a diversos projectos de elevada qualidade recu-
nete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (grices), um parceiro
sado, segundo diversos relatos, por aqueles se considerarem demasiado aplicados
empresarial para submissão de um projecto de investigação em consórcio para uma
pelo painel de avaliadores, normalmente constituído por cientistas provenientes na
acção de financiamento ibero-americana. Esse grupo de investigação propunha-se a
sua grande maioria do meio académico. Por outro lado, a maior parte do investimento
fazer um trabalho com objectivos perfeitamente alinhados com uma das áreas de inte-
realizado por Portugal em i&d provém de fundos e programas comunitários, os quais
resse da unicer, empresa do sector participante do estudo. O grupo de investigação
periodicamente privilegiam determinados grandes temas negociados em Bruxelas –
foi contactado por várias vezes, não se tendo obtido qualquer resposta. Esta dificul-
resultado de um processo complexo de negociação envolvendo os Estados membros
dade de comunicação com um grupo de investigação, quando o assunto é a eventual
da ue, para o qual é exigida a acção concertada entre actores públicos e privados e
valorização de resultados de um trabalho de i&d, não permitiu a recomendação do
uma “política de alianças” entre países. Ao contrário de outros membros, Portugal
dito grupo à empresa e é sintomática do nível de importância que por vezes a comuni-
tem investido pouco numa definição da sua estratégia de intervenção junto da ue, e
dade académica atribui a iniciativas conducentes à aplicação prática de conhecimen-
especificamente no esforço de lobbying, pelo que tipicamente a definição das gran-
tos ou competências científicas. Tal reforça também a necessidade da criação de um
des prioridades temáticas de i&d não tem em conta os interesses nacionais e existe
mecanismo responsável pela procura de tecnologias que satisfaçam os interesses das
um cada vez maior afastamento entre as duas partes, como consequência daquelas
empresas nacionais, já identificada neste estudo (ver Recomendações), o qual poderá
fragilidades. Tanto quanto se pode observar, esta situação não é corrigida pelo inves-
contrariar o tal “défice de pro-actividade”, facilitando a aproximação entre as entida-
timento próprio do Orçamento de Estado em i&dt para áreas consideradas de
des e permitindo o estabelecimento das relações de confiança necessárias a uma coo-
interesse estratégico para o País. Naturalmente, tal tem forçado os grupos de inves-
peração duradoura e aprofundada.
tigação nacionais a centrarem-se em sub-temas que poderão ter um potencial de interesse muito baixo por parte da indústria nacional.
c) O Estado e a sua responsabilidade como catalisador da inovação tecnológica
Os mecanismos de apoio existentes a actividades de investigação e desenvolvimento
Existem sinais que pelo menos algumas empresas nacionais apresentam como objec-
tecnológico, envolvendo empresas e entidades do sctn (por exemplo o programa
tivo uma aposta em produtos mais sofisticados e alicerçados numa sólida base tecnoló-
ideia da Agência de Inovação, entre outros), deveriam, à partida, estimular o apare-
gica. Por exemplo, cita-se o anterior Presidente do Conselho de Administração da unicer,
cimento de ligações duradouras entre as empresas e as entidades do sctn, alicerçadas
a propósito de oportunidades de negócio na área da biotecnologia:
num historial de sucessos medidos, pelo menos em grande parte, pelos reais ganhos
verificados pelas empresas após a endogeneização dos conhecimentos ou das tecno-
“O nosso objectivo na área das bebidas funcionais é tentar acompanhar os projectos
logias desenvolvidas nos projectos. No entanto, observa-se a opinião comum, entre
de investigação que existam nas nossas universidades e nas universidades ibéricas,
investigadores académicos e gestores empresariais, de que estes mecanismos de apoio
nossas vizinhas, tentar identificar projectos que estejam em condições de ir à escala
tendem a impedir ou não facilitar o aparecimento de projectos que as empresas con-
piloto, co-financiar esses projectos para os testar a uma dimensão piloto e depois levá-
siderem estratégicos e urgentes, dado que o processo de avaliação dos projectos é
los à escala comercial e transformá-los em projectos rentáveis. Esta é a contribuição
excessivamente burocratizado e longo, para além dos procedimentos de garan-
que nós queremos dar para que os três milhões de cidadãos portugueses, que todos os
tia da confidencialidade dos projectos submetidos serem pouco claros, não sendo
dias ingerem unicer, possam também melhorar a sua saúde.”26
raro o conteúdo dos projectos ser discutido informalmente na comunidade científica
e não só enquanto estes estão sob avaliação.
26 Manuel Ferreira de Oliveira – ceo da Unicer sa “A experiência da unicer na fronteira da Biotecnologia” em: “Oportunidades de
Negócio na Área da Biotecnologia - Desenvolvimento Científico e Mercado”, 19 de Novembro de 2001; Fundação Ilídio Pinho.
32
33
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
No entanto, poderá frequentemente existir um desfasamento entre os objectivos
Para além das grandes empresas que, em teoria, serão aquelas com maior capacidade para
anunciados e a percepção das condições e acções necessárias para levá-los a cabo, bem
realizar inovação (bio)tecnológica como esforço de diversificação de produto, tem-se assis-
como das práticas internas das empresas. Por exemplo, no caso das bebidas funcionais,
tido ao aparecimento de pequenas empresas que desde a nascença são inovadoras, pois
qualquer empresa que queira penetrar nesse segmento de elevado valor acrescentado com
foram criadas tendo como base uma tecnologia que se verificou ter potencial de comercia-
argumentos que lhe permitam assumir uma diferenciação face às empresas estrangeiras
lização. Os exemplos vão desde à concepção de processos inovadores de produção de adi-
com tradição de inovação na área, deverá estar preparada para:
tivos ou ingredientes alimentares (por exemplo, as empresas Biotempo, Lda29 – produção
de oligossacáridos prebióticos; Biotrend, sa30 – produção de carotenóides naturais), a uti-
• acções concretas de i&d internas e em colaboração com universidades, centros de
investigação ou outras empresas;
lização de novos conceitos de embalagem e preservação (ex. o conceito empresarial Edible_Fruits – produção de fruta fresca cortada, pronta a consumir coberta com revestimen-
• conhecer e dispor-se a percorrer as várias fases por que passa a investigação, a sua
tos comestíveis), até ao desenvolvimento de métodos rápidos de controlo de qualidade (ex.
transposição para um processo industrial e a sua incorporação num produto final;
os conceitos empresariais Foodmetric – metodologias rápidas e não invasivas para análi-
• conhecer e actuar em conformidade com os prazos e investimentos envolvidos, bem
se de produtos alimentares; MagBiosense31 – desenvolvimento de biossensores magnéti-
como dos procedimentos regulamentares que devem ser observados a nível nacional
cos para a detecção de microrganismos patogénicos na carne). Não menosprezando o as-
e nos mercados externos.
pecto positivo que constitui o aparecimento destas iniciativas, é de constatar que elas são
ainda bastante recentes, e muitas estão ainda em fase de procura de financiamento ade-
Normalmente, estas condições não estão presentes nas empresas nacionais, com uma
quado para desenvolver as suas actividades, sendo ainda cedo para avaliar os seus resulta-
muito baixa tradição de geração de produtos que sejam inovadores quando compara-
dos ou verdadeiro potencial. Outro bom exemplo de dinamismo e exploração de nichos de
dos com a oferta existente no mercado internacional. De facto, mesmo muitas das gran-
mercado através de produtos e processos alicerçados em conhecimento científico e i&d é o
des empresas nacionais acabam por se limitar a uma aposta na replicação de concei-
caso da Frulact32, empresa especializada em produtos à base de fruto, formulações e aditi-
tos que já provaram no estrangeiro, através da compra directa de formulações existentes
vos para incorporação em lacticínios, gelados, refrigerantes e produtos de pastelaria.
que são misturadas no produto final, apoiadas em campanhas de marketing sofisticadas
mas de baixo conteúdo de inovação tecnológica, as quais podem ter efeitos imediatos
2.4. Tecnologias de potencial interesse
e positivos na luta pela quota de mercado nacional mas dificilmente contribuirão para
Tal como nas restantes áreas da sua intervenção, o projecto ViaBio procedeu a uma pro-
uma real diferenciação que permita uma afirmação internacional – em alguns casos
cura de projectos, tecnologias e grupos de competências que pudessem representar o
podendo mesmo comprometer a sua sobrevivência a longo prazo. E mesmo quando as ini-
potencial do sctn para responder a, ou satisfazer, as necessidades e oportunidades sen-
ciativas de participação em projectos de i&d existem, verifica-se o alto risco de estas aca-
tidas pelo sector industrial de Alimentação e Bebidas. Naturalmente, os projectos compi-
27
barem por ser inconsequentes. Veja-se, por exemplo, o caso da Bioeid, sa . Trata-se de uma
lados nesta área tiveram por base os interesses manifestados pela empresa participante.
empresa hoje participada pela unicer e pelo ineti que, segundo várias opiniões, poderia
Esta pesquisa privilegiou os projectos e competências nacionais, embora se tenha reali-
ser um interface privilegiado entre a investigação científica aplicada e as necessidades da
zado uma pesquisa internacional, ainda que não tão exaustiva e muito focada nos interes-
empresa accionista, mas que até à data não tem tido resultados palpáveis. Igualmente, as
ses específicos da empresa, de modo a manter uma noção firme das tendências globais e do
empresas ou grupos económicos Compal (sumos de fruta e vegetais em conserva), José
potencial relativo da oferta de i&d portuguesa.
Maria Da Fonseca (vinhos), Nutrinveste (óleos alimentares) e rar (açúcar) detêm uma par-
Uma análise dos projectos recolhidos, demonstra que num total de 89 projectos/tec-
ticipação no Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (ibet)28, mas para além de
nologias/patentes e publicações, 31 projectos – 3 dos quais europeus –, 1 tecnologia, 1
projectos de i&d contratados (e sem pôr em causa a qualidade e viabilidade destes) não é
artigo/publicação e 1 patente são de origem nacional sendo os restantes projectos euro-
fácil observar, ou pelo menos quantificar, uma intensidade de transferência de tecnologia
peus e as tecnologias e patentes internacionais (Anexo a).
significativa do Laboratório Associado a que o ibet pertence para as empresas do sector de
alimentação e bebidas.
27 Criada em 1984 como iniciativa das empresas, à altura públicas, Centralcer e Unicer com a empresa
privada cipan e ainda o Banco de Fomento Nacional e o ineti
28 Vide: www.ibet.pt
29 Vide: www.biotempo.com
30 Vide: biotrend.biz
31 Agora incluido na empresa Haloris Nanotechnologies
32 Disponível em: www.frulact.pt
34
35
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
2.5. Recomendações
· Um repensar dos programas de estímulo à i&dt em consórcio entre empresas e
Com base no estudo realizado ao nível do sector de alimentação e bebidas, e ressalvando
entidades do sctn, em particular no que diz respeito ao seu modo de execução, sob
a potencial visão parcelar resultante do facto do estudo ter suscitado o interesse de apenas
pena de tornar arriscados e desinteressantes os programas de incentivo às pequenas
uma empresa do sector, a unicer, poder-se-ão elaborar várias recomendações, algumas das
e médias empresas mais dinâmicas ou às empresas jovens, adequando-se na sua pre-
quais, não sendo exclusivamente relativas à aplicação da biotecnologia ao sector de ali-
sente forma a empresas de grande dimensão e consolidadas, que à partida teriam con-
mentação e bebidas, serão críticas para que a biotecnologia contribua para o desenvolvi-
dições de realizar i&dt sem necessidade de comparticipação estatal.
mento e afirmação internacional desta indústria. Assim recomenda-se:
São aqui de salientar as seguintes sugestões específicas:
- os procedimentos de submissão dos projectos devem ser desburocratizados e os formulários de suporte a cada
· A definição de temas e desafios estrategicamente prioritários dentro do sector alimentar a nível nacional, com vista primariamente a auxiliar uma orientação estratégica das
empresas, inclusivamente na busca do apoio de programas de financiamento público
concurso devem ter uma estrutura permanente (não alterável a meio do processo);
- a avaliação dos projectos deve ser célere de modo a ter em conta não só dinamismo do sector e os avanços científicos subjacentes, mas também o tempo de desenvolvimento de novos produtos ou processos;
da i&d. Esta definição poderá ser facilitada pelo Estado, que deverá juntar à mesa repre-
- a avaliação dos projectos deve ser rigorosa, tendo como critérios a relevância do tema relativamente às áreas
sentantes do sctn e das empresas. Tendo como enquadramento as prioridades já esta-
estratégicas definidas e ao negócio da(s) empresa(s) no consórcio, a qualidade técnico-científica da proposta e dos
belecidas pela Comissão Europeia para o próximo 7º Programa Quadro, deverão ser
proponentes e a aferição da qualidade e dos resultados da execução de projectos anteriores;
estabelecidos temas prioritários que possam beneficiar desse Programa Quadro.
No que respeita à aplicação da biotecnologia refira-se que, no essencial, os desafios prioritários referidos neste estudo
33,34
- a confidencialidade das propostas deve ser escrupulosamente respeitada, responsabilizando-se as entidades gestoras dos programas através de acordos de confidencialidade vinculativos;
: criação de novos produtos (ex. alimentos fun-
- os critérios financeiros devem ser repensados de modo a não excluir start-ups de base tecnológica ou mesmo
cionais); melhoria dos processos tanto em termos de aumento de produtividade como de qualidade; valorização de
grandes empresas em anos de avultados investimentos (neste particular, o critério da autonomia financeira será
subprodutos ou resíduos através da produção de outros produtos ou de energia; certificação de origem de produtos
inadequado);
mantêm como actuais os temas genéricos encontrados no passado
regionais por técnicas biotecnológicas.
- os prazos legais de avaliação das candidaturas, contratualização e concessão do incentivo financeiro deverão
ser escrupulosamente cumpridos pelas entidades gestoras;
· Uma aposta do Governo e das empresas para que estas intervenham num esforço con-
- a duração dos projectos não deve estar predeterminada independentemente da natureza do projecto, devendo-se
certado de lobbying junto das instâncias comunitárias, com base nas apostas estraté-
permitir projectos de duração compatível com os ciclos de desenvolvimento de novos produtos ou processos
gicas identificadas e no sentido de influenciar as decisões supranacionais em aspectos
(muito raramente de 3 anos quando se trata de tecnologias de base biológica), os quais devem ser objecto de acom-
tão díspares como a definição de áreas prioritárias de i&dt e a definição de enquadra-
panhamento contínuo, podendo os mesmos deixar de ser financiados antes do final do prazo estimado, caso se
mento regulamentar relevante para o sector.
verifique que não será possível atingir os objectivos iniciais, o que promoverá o estabelecimento a priori de objecti-
Tal esforço deverá envolver a Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (reper), com colabora-
vos realistas, bem definidos, com tarefas adequadamente distribuídas no tempo e com a correcta afectação de recur-
ção estreita dos membros nacionais na Comissão Europeia e nas agências reguladoras, bem como dos deputados por-
sos humanos e materiais.
tugueses no Parlamento Europeu.
· Que os programas de financiamento direccionados especificamente às entidades do
· Particular atenção da parte do Estado a áreas estratégicas para o País e que não são
sctn, vocacionados para investigação mais fundamental, deverão actuar em coorde-
abrangidas pelos programas de incentivo comunitários, particularmente aquelas que
nação com investidores privados e assim tentar abranger, ou tornar-se adequados a,
sejam identificadas pelas empresas como temas ou desafios de relevo, pois serão possivel-
áreas tidas como estratégicas para o País, de modo a evitar a canalização do finan-
mente aquelas que conduzirão a uma maior diferenciação das capacidades nacionais,
ciamento exclusivamente para áreas genéricas ditadas pelas grandes tendên-
essencial à consolidação do sector de alimentação e bebidas e à sua internacionalização.
cias globais, nas quais, pelo menos por enquanto, são muito poucos os grupos de i&d
Até à data, as prioridades dos programas de incentivo à ciência e tecnologia e modernização empresarial têm estado
nacionais capazes de competir com os melhores.
bastante condicionadas aos critérios temáticos e mesmo regionais associados aos fundos comunitários. Por exemplo,
Poder-se-á assim evitar a actual situação, que resulta numa enorme fragmentação dos temas dos projectos aprovados,
é contestável que não se apoie uma iniciativa tecnológica de ponta de elevado potencial num sector considerado estra-
bem como na escassez dos montantes atribuídos por projecto. Tal como nos projectos de i&d em consórcio, os limites
tégico para o País exclusivamente devido ao facto dos promotores estarem localizados na região de Lisboa e Vale do
temporais de execução e os limites dos montantes financiados deverão ser alargados e adequados aos tempos de aqui-
Tejo (lacuna decorrente de políticas Europeias que, eventualmente, poderia ser colmatada com participação, total ou
sição do conhecimento científico e tecnológico na área em causa.
parcial, de fundos provenientes do Orçamento de Estado e, naturalmente, das próprias empresas).
33 Fontes, M. (2000) The Biotechnology Cluster in Portugal, RISE Project - rtos in the service economy.
34 L. Valadares Tavares (2000) Engineering and technology for the development of Portugal: Technology Foresight, 2000 – 2020;
36
37
Sector Alimentação e Bebidas
Sector Alimentação e Bebidas
· A promoção de uma cultura de excelência nas universidades e nos Laboratórios do
à ideia generalizada de que só as grandes multinacionais os podem comportar. A con-
Estado, premiando os investigadores e as instituições que fazem investigação funda-
solidação da posição nacional e a competição no mercado externo com base em produ-
mental ou aplicada internacionalmente competitiva (medida, por exemplo, atra-
tos diferenciados, verdadeiramente inovadores e de elevado valor acrescentado, deverá ser
vés do número de publicações em revistas de referência ou projectos em colaboração
realizada com base numa visão estratégica de longo prazo, informada e alicerçada em
com instituições estrangeiras de topo) ou investigação aplicada relevante para o
conhecimento não apenas científico e tecnológico, mas também dos procedimentos e os
tecido empresarial nacional ou regional (medida, por exemplo, através do número
passos envolvidos na endogeneização e aplicação desse conhecimento científico e tecno-
de patentes concedidas em que os investigadores são os inventores e as empresas os
lógico em novos produtos ou processos. Só deste modo se poderá preparar as empresas
detentores da patente, o número de projectos financiados por empresas, etc.)
com tempo e a tempo de responderem às solicitações do mercado, ao invés de estas
Tal deverá passar pela reconversão de unidades que, ao fim de algum tempo, não mostrem realizar actividade rele-
se limitarem a uma constante tentativa de acompanhar novas tendências para as quais
vante. Estimula-se assim a pró-actividade das instituições do sctn e a sua abertura a oportunidades que poderão exis-
não existiu uma orientação prévia, e as quais não poderão assim evitar uma posição frágil
tir no exterior da sua organização e ao enquadramento relevante à potencial aplicação prática da sua investigação.
perante a concorrência internacional.
· O investimento, por parte das empresas, em particular as maiores, em verdadeiros
núcleos permanentes de i&d internos, os quais poderão fazer investigação ou (em
paralelo ou em alternativa, dependendo da escala) seleccionar, gerir e acompanhar
de perto e com pleno envolvimento as colaborações com outros executores de i&d
nacionais ou estrangeiros, no sentido de desenvolver projectos, com objectivos e prazos bem delineados à partida, que sirvam para a resolução de problemas e para alicerçar a implementação da estratégia de desenvolvimento da empresa.
Estes núcleos permitirão, por exemplo, o acompanhamento dos programas de i&d europeus, mantendo actualizada
na empresa a percepção das linhas mestras do desenvolvimento a médio prazo do mercado como parte de um exercício de antecipação de tendências. Permitirão ainda à empresa participar nesses programas colocando-a como utilizador preferencial de tecnologias ou produtos com potencial de revolucionar o mercado. Esta iniciativa beneficiará
não só as empresas de maior dimensão, mas também poderá actuar como catalisador para o sector como um todo,
podendo atrair PMEs para projectos conjuntos com as empresas maiores ou em conjunto entre si, numa cultura de
partilha de conhecimento, soluções, investimento e risco.
· A atribuição de forte prioridade a iniciativas de reforço das competências relevantes para a transferência de tecnologia entre o sctn, as pmes e as grandes empresas
do sector. Deve ser ainda considerada – fazendo bom uso das competências que se
podem encontrar nos Laboratórios do Estado e nas universidades, em conjunto com
empresas emblemáticas e associações sectoriais – a monitorização permanente das
necessidades tecnológicas das empresas e do sector como um todo, e de consequentemente procurar soluções para aquelas que possam surgir entre a comunidade científica nacional ou internacional.
Como nota final, será pertinente referir que, dado o grau de inovação tecnológica muito
baixo do sector, se verifica com frequência que as empresas desconhecem os custos e prazos de desenvolvimento de novos produtos ou processos, assim como os procedimentos
administrativos e regulamentares envolvidos, os prazos e investimentos associados e os
custos de protecção de propriedade intelectual a considerar. Não sendo menosprezáveis,
estes custos e prazos são, para o sector de alimentação e bebidas, muitas vezes inferiores
38
39
VIAbio
3. Sector Ambiental
Sector Ambiental
enquanto outras empresas podem englobar o tratamento de efluentes em fim de linha do
processo e reengenharia de processo, entre outros.
Nota prévia:
Ou seja, o sector económico do ambiente é extremamente difícil de delimitar ou
A intenção inicial do estudo ViaBio era de incluir os temas da Energia e do Ambiente
mesmo definir. Existem essencialmente empresas cuja actividade principal é a pro-
num único “sector”, por haver bastante sobreposição entre o papel que a biotecnologia
tecção do meio ambiente e outras de índole distinta mas que, tendo compromissos
pode desempenhar numa e noutra área, e por a maior parte das empresas participantes
ambientais a cumprir no contexto da sua actividade, acabam por se constituir como
que manifestaram interesse em questões ambientais trabalharem no sector da Energia.
utilizadores frequentes de tecnologias ambientais. Assim, para efeitos do presente Estudo,
Mais tarde foi decidido separar-se os temas em dois capítulos (o presente e o seguinte), por
entenderam-se como empresas do sector ambiental aquelas cuja área de negócio principal
uma questão de clareza e simplicidade. Recomenda-se, no entanto, a leitura dos dois capí-
é o ambiente ou que têm departamentos definidos dentro da sua organização que se dedi-
tulos em conjunto, para uma análise mais aprofundada de alguns dos temas e para reco-
cam exclusivamente à área ambiental.
mendações mais específicas a respeito de inovação (bio)tecnológica.
A nível mundial, o mercado para bens e serviços de cariz ambiental é hoje avaliado
em 515 mil milhões de dólares (usd), e prevê-se um aumento para 688 mil milhões até
3.1. Enquadramento
201035. Por outro lado, os dados disponíveis do Instituto Nacional de Estatística (ine) mos-
Nesta secção do relatório é traçado um panorama geral sobre a aplicação da biotecnolo-
tram que, em 2003, Portugal investiu menos de 1% do Produto Interno Bruto (pib) na
gia ao sector ambiental, averiguando-se a capacidade de i&d associada ao sector, em par-
protecção do ambiente36, mas que as despesas das administrações públicas na área do
ticular a investigação pública e privada assente em centros/departamentos de i&d uni-
ambiente subiram ao longo da década de 1990, somando 872 milhões de euros em 2001, ou
versitários, centros tecnológicos, empresas inovadoras e parques de ciência e tecnologia.
seja, 0,71% do PIB nesse ano37. A administração local foi responsável por 57% das despe-
Com base numa observação das tendências globais e dos desenvolvimentos de vanguarda
sas em 2001, seguindo-se a administração central com 37%. Cerca de dois terços do investi-
da biotecnologia ambiental a nível mundial, tenta-se também identificar oportunidades e
mento realizado na protecção do ambiente foi canalizado para o sector dos resíduos (34%)
soluções que possam ser absorvidas pelas empresas portuguesas que operam no sector, de
e do tratamento de esgotos (31%).
modo a melhorar processos, criar novos produtos ou serviços e em geral trazer benefícios
Segundo um inquérito efectuado às associadas da Associação Portuguesa de Empresas
económicos. Conclui-se com um conjunto de recomendações visando principalmente
de Tecnologias Ambientais (apemeta)38, registou-se em 2003 um aumento do volume de
estimular a endogeneização de (bio)tecnologias inovadoras pelas empresas e aconselhar
negócios de 6% no sector em Portugal. A expectativa é de que existe potencial de desen-
as autoridades com poder executivo na promoção do aproveitamento do progresso cientí-
volvimento em todos os sub-sectores, mas espera-se que o crescimento seja particular-
fico, em prol do desenvolvimento socio-económico do País.
mente acentuado nos sub-sectores da Água, Resíduos e Ambiente Urbano, por serem os
mais relevantes no contexto do desenvolvimento económico e social, da importância eco-
3.1.1. Caracterização do Sector Ambiental
nómica e competitividade de mercado e da capacidade de geração de emprego39.
Os principais operadores activos no sector ambiental são empresas municipais e inter-
Em termos gerais, pode afirmar-se que o sector ambiental é caracterizado por ser de qua-
municipais, públicas e privadas, de operação de infra-estruturas e equipamentos relacio-
lificação profissional relativamente elevada, exigindo capacidade e conhecimentos téc-
nados com o sector (por exemplo: Estações de Tratamento de Águas Residuais), de forneci-
nicos capazes de acompanhar o desenvolvimento e inovação do sector.
mento de serviços de gestão de sistemas, de projecto e de consultoria, de supervisão desses
O desenvolvimento do sector ambiental está associado a diversos factores. Um deles é o
mesmos serviços, de gestão da qualidade e de supervisão do cumprimento da legislação
facto da imagem de uma organização – pertencente ou não ao sector – ser cada vez mais
aplicada ao sector. Podem também ser considerados operadores os centros de investigação
responsável pela sua capitalização no mercado. Torna-se, por isso, imperativo investir re-
e desenvolvimento (i&d), os centros de educação e os laboratórios que trabalham em áreas
cursos na melhoria da reputação das organizações, podendo tal ser realizado através da in-
relacionadas com questões ambientais, assim como, de um modo mais indirecto, entida-
trodução ou assimilação do conceito de desenvolvimento sustentável, da sua comunicação
des financiadoras, companhias de seguros, empresas de construção e fabricantes e forne-
e da tomada de decisões responsável em matéria de ambiente. Por conseguinte, as empre-
cedores de material, equipamento e produtos para várias indústrias.
sas de vários sectores esforçam-se, tipicamente, por atingir valores de desempenho e
Deve referir-se que as empresas prestadoras de serviços na áreas do ambiente podem
melhorar as expectativas dos seus clientes e dos grupos investidores e potenciais parceiros,
apostar em actividades distintas, mais abrangentes ou mais específicas, ou simplesmente
mais ou menos direccionadas para soluções inovadoras que envolvam a modificação de
processos ou uma simples remediação final. A título de exemplo pode afirmar-se que algumas empresas podem actuar genericamente no tratamento de águas residuais domésticas,
35 Dados do Department of Trade & Industry do reino Unido. Disponível em: http://www.dti.gov.uk/sectors/environmental/index.html,
Data de consulta: 07-04-2006.
36 Dados do Instituto Nacional de Estatística (ine), de 2003.
37 Dados do Instituto Nacional de Estatística (ine).
38 A apmeta engloba 139 empresas associadas com um volume de negócios de ¤440.462.830 e empregando 4.730 pessoas – dados de 2001.
39 Paulo Ferrão, Ângela Canas (2000). Estudo Horizontal do Ambiente.
40
41
Sector Ambiental
Sector Ambiental
a nível financeiro e social mas também ambiental, aumentando assim a procura dos serviços das empresas pertencentes a este sector específico.
O Mercado de Carbono
O outro factor de grande relevância para a adopção de práticas ambientais está ligado à
legislação nessa matéria que é a força motriz para a reformulação de comportamen-
Com o funcionamento do Mercado Europeu de Carbono desde 1 de Janeiro de 2005 e
tos. Com uma legislação e fiscalização exigentes e cuidadas existe um mais forte impulso
abrangendo 239 empresas de vários sectores industriais, e após a implementação dos
para que a preocupação com o ambiente nas empresas aumente e se torne prioritária em
mecanismos regulamentares e políticos relacionados , o carbono passou a ser conside-
termos de investimento. Daqui se retira que a introdução de procedimentos e equipamen-
rado como um activo financeiro.
tos ambientalmente correctos e a adopção de novas tecnologias têm sido motivadas, em
O mercado do carbono pode tornar-se, portanto uma peça fundamental em termos de com-
grande parte, pelos benefícios que daí possam advir para a empresa, inerentes a uma maior
petitividade das grandes e médias empresas com actividade industrial de cada país, tendo
procura dos seus bens e serviços, se aquela possuir algum tipo de certificado ambiental,
em conta os negócios potenciados pela compra e venda de créditos de emissão. Para que isto
reduzindo por exemplo os riscos de responsabilidade criminal e civil.
se torne uma realidade os empresários necessitam de ferramentas de adaptação a este mer-
Assim, a continuidade do crescimento do sector poderá ser estimulada, em alguns
a
cado, seja através do estímulo a novos projectos e negócios, seja por introdução de novas
casos, pelo cumprimento dos documentos jurídicos em vigor ou prestes a entrar em vigor,
tecnologias passíveis de reduzir as suas emissões de carbono.
devendo as empresas estar atentas às oportunidades que as acções legislativas e regula-
Assim, com conhecimento sobre a forma de funcionamento do Comércio Europeu de
mentares podem abrir, como por exemplo as alterações que podem surgir no âmbito do
Licenças de Emissão, sobre os fundos de carbono instituídos e sobre os investimentos em
regulamento das descargas de águas residuais, passando a ter-se em conta não apenas a
projectos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpos e de implementação conjunta - ins-
concentração da carga poluente do efluente, mas também o caudal dos efluentes, de
trumento que se baseia na transacção de créditos de redução de emissões obtidas a partir
modo a se evitar a mitigação da poluição por diluição. Estes pontos serão sempre um
de projectos de investimento - os empresários poderão beneficiar financeiramente com o
reflexo do facto mais geral e óbvio de que, para se tornarem mais sustentáveis e competi-
Mercado do Carbono, o que pode por sua vez traduzir-se em mais um impulsionador da
tivas, as empresas devem sobretudo ser capazes de modificar continuamente os seus pro-
expansão do sector ambiental.
dutos, ou lançar novos produtos, serviços e processos, que sejam mais ecoeficientes do que
De referir que os preços das licenças de CO2 em Abril de 2006 sofreram uma queda acentuada de
os anteriores – e as empresas do sector ambiental servem precisamente para disponibili-
71%, a qual teve origem na expectativa dos investidores de que o número de licenças gratuitas
zar os meios que permitam ao resto da indústria alcançar esse objectivo. Um exemplo de
atribuídas pelos governos para o período de 2005 a 2008 vai superar em muito as necessidades de
como medidas legislativas ou regulamentares podem influenciar a actividade das empre-
poluição. As opiniões divergem e, no futuro, poderá não haver este tipo de subsídio do Estado,
sas e dos mercados é dado pelo caso do Mercado Europeu de Carbono (ver caixa abaixo).
pelo que a introdução de novas tecnologias menos poluentes, onde se enquadram as biotecno-
Como conclusão, poder-se-á afirmar que, de modo a responder ao desafio da competitividade num mercado global, as necessidades de evolução tecnológica no seio do sector
b
logias, podem servir de ferramentas de apoio aos instrumentos definidos no Plano Nacional de
Atribuição de Licenças de Emissão e assim trazer à indústria algum encaixe económico.
ambiental são elevadas, prevendo-se um aumento da dependência em relação às novas
tecnologias de modo a tornar o sector ambiental mais competitivo e cada vez mais relevante economicamente. A partir deste pressuposto poder-se-á então analisar a mais-valia
introduzida pela biotecnologia, e em particular os seus avanços mais recentes, no sector ambiental. Poder-se-á também, especificamente, avaliar a actuação e as potencialidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (sctn) português relativas à competi-
3.2. A biotecnologia e o ambiente
De entre as várias aplicações da biotecnologia no sector do ambiente, implementadas ao
longo das últimas décadas em vários países, poder-se-ão salientar as seguintes:
· O tratamento de efluentes domésticos e industriais (remoção de carga orgânica,
remoção de cor, remoção de nutrientes, digestão anaeróbia, entre outros).
tividade e desempenho do sector, avaliando ao mesmo tempo a receptividade do tecido
empresarial no respeitante à incorporação de soluções tecnológicas inovadoras.
· O processamento biológico de subprodutos (lamas) e resíduos (biomassa) com
vista à sua valorização.
· A biomonitorização de processos de tratamento de efluentes domésticos, industriais
e agrícolas.
a Fonte: Agência Lusa, 15-05-2006. Disponível em: http://ecosfera.publico.pt/noticias2005/noticias5213.asp Data consulta: 18-05-2006
b Conferência de Mercado do Carbono – Oportunidade para as Empresas, 15 de Novembro 2005
42
43
Sector Ambiental
Sector Ambiental
· A biomonitorização e detecção de agentes patogénicos, e outros, no ambiente.
3.3. i&d biotecnológica aplicável ao ambiente em Portugal
· A biorremediação de solos e águas subterrâneas (in-situ, ex-situ e “on-site”, reabili-
3.3.1. Dados gerais
tação de áreas contaminadas, biodegradação de moléculas xenobióticas e recalcitrantes, fitorremediação).
Uma breve análise de dados disponíveis permitiu confirmar que Portugal está de facto
ainda atrás da maior parte dos países desenvolvidos no que diz respeito à sua produção
científica (ver introdução do relatório ViaBio), sucedendo o mesmo na i&d relevante espe-
· O melhoramento de estirpes microbianas em relação à sua capacidade de biorremediação em larga-escala.
cificamente para o sector do ambiente. Relativamente à repartição da despesa em i&d por
objectivo socio-económico no conjunto dos sectores em 2001, por exemplo, o Controlo e
Protecção do Meio Ambiente surgia com uma despesa de aproximadamente 6%. Tanto
· O uso de microrganismos geneticamente melhorados em ambientes confinados e con-
nos Laboratórios do Estado como no Ensino Superior, a investigação com o objectivo de
trolados (com propriedades degradadoras – bioadição, bioestimulação – com capaci-
Controlo e Protecção do Meio Ambiente representa 6% do total da despesa, sendo de 7%
dade biossurfactante).
nas Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos40. Assim, para além do Estado português
investir menos em investigação e desenvolvimento, por habitante, que a grande maioria
· A dissolução e precipitação de minerais e remoção de metais pesados, mediada por
microrganismos (bioleaching).
dos outros países com um produto interno bruto per capita semelhante ou superior,41 a
percentagem investida no sector ambiental é também baixa. No sector privado, por
outro lado, o Controlo e Protecção do Meio Ambiente representa aproximadamente 4%42
· O tratamento de efluentes gasosos – extracção e degradação de compostos orgânicos
voláteis em efluentes gasosos.
da despesa em i&d.
Os dados do Observatório da Ciência e do Ensino Superior (oces), por outro lado, também mostram que nos últimos 10 anos foi registado um aumento de 220% no volume
De notar que de entre as linhas citadas, algumas têm como objectivo a atenuação de
de publicações científicas na área específica de Agricultura, Biologia e Ciências do
situações indesejáveis imediatas (air stripping, digestão anaeróbia) e outras perspectivam
Ambiente43. Embora se possa eventualmente relacionar o aumento sobretudo com a área
soluções ou aproveitamento de oportunidades a longo prazo (tipicamente a fitorremedia-
da “Biologia”, este número poderá reforçar a noção de que tem havido uma evolução posi-
ção ou a biomonitorização). Existem também diferenças de custo entre as várias aborda-
tiva da produção científica e demonstrar que se está a realizar ciência relevante para o
gens. Sendo assim, é lógico que algumas tecnologias – especialmente as que poderão resol-
sector, ainda que ela possa não ser especialmente vocacionada para absorção pelo tecido
ver problemas imediatos – tenham, à partida, uma maior facilidade em ser assimiladas
empresarial nacional.
por parte de empresas. É importante realçar no entanto que as soluções de longo prazo são
frequentemente aquelas que têm melhor desempenho e no seu conjunto se traduzem em
maiores benefícios para as empresas, sendo por isso, muitas vezes, as mais valiosas em termos estratégicos.
3.3.2. Intervenção do estudo
Ao longo do estudo ViaBio constatou-se, previsivelmente, que o campo da investigação
nas áreas relacionadas com biotecnologia ambiental em Portugal denota uma forte incli-
Participou no estudo ViaBio uma empresa dedicada directamente ao Ambiente, a efa-
nação académica em detrimento de uma orientação comercial de mercado – como é
cec Ambiente (Grupo efacec), e outras para cuja actividade a preocupação com questões
visível, aliás, para outros sectores. Através de uma análise das tecnologias em desenvolvi-
ambientais é, e será cada vez mais, central, em particular a edp e a galp Energia. Dentro
mento no País nesta área (ver Anexo b) e da recolha das opiniões de investigadores e ges-
dos objectivos do estudo, foi dado particular enfoque a aplicações biotecnológicas que as
tores empresariais, confirma-se a noção generalizada de que existe em Portugal um dese-
empresas participantes definiram como de maior interesse (ver abaixo). Partiu-se do pres-
quilíbrio entre a capacidade de investigação e a capacidade de passar dos resultados dessa
suposto que as empresas participantes, pela sua dimensão e importância, são significati-
investigação para o mercado. Um reflexo disto é precisamente o aumento pronunciado no
vamente representativas do sector económico do Ambiente como um todo.
número de publicações de origem portuguesa em revistas científicas internacionais, descrito acima, que não tem correspondência numa maior satisfação das necessidades tecnológicas e de inovação das indústrias nacionais. Tal contribui para que o sector ambiental
40 Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional relativo a 2001 aos sectores do Estado, Ensino Superior e Instituições
Privadas Sem Fins Lucrativos (ipsfl)
41 “Towards a European Research Area - Science, Technology and Innovation; Key Figures 2003-2004”, Comissão Europeia, 2003
42 Inquérito ao Potencial Científico e Tecnológico Nacional relativo a 2001 ao sector das Empresas, oces – Observatório da Ciência
e do Ensino Superior
43 Produção Científica Portuguesa, 1981-2002, oces – Observatório da Ciência e do Ensino Superior
44
45
Sector Ambiental
em Portugal ainda não seja suficientemente competitivo, pelo menos em termos de inovação de base tecnológica, para fazer frente à oferta internacional. Os vários contactos efectu-
Sector Ambiental
Tabela 3.1.
Principais centros académicos onde se desenvolvem investigação ou competências no âmbito da biotecnologia
ambiental, com breve descrição das áreas focadas.
ados e a própria pesquisa feita ao longo deste trabalho demonstraram que existem muito
Instituições
poucas empresas em Portugal capazes de fornecer tecnologias inovadoras, nomeadamente nas áreas seleccionadas pelas empresas participantes no estudo, o que faz com que
o tecido empresarial procure soluções sobretudo fora de Portugal ou em multinacionais
que operam no nosso País. Corre-se assim o risco de perpetuar um círculo vicioso onde
menos oferta leva menos procura interna e consequentemente a um menor investimento ou aposta, a nível local ou nacional, em novas tecnologias. Por outro lado a verifi-
Instituto Superior de Agronomia
Evolução, comportamento e biorremediação de solos;
Tratamento de efluentes líquidos.
Centro de Pedologia
Universidade Técnica de Lisboa
Instituto Superior Técnico
Centro de Engenharia Biológica e Química
cação de que a procura por parte de grandes empresas, pelo menos em certos subsectores
do ambiente, parece neste momento exceder largamente a oferta de soluções tecnológicas
Universidade Técnica de Lisboa
local, abre à partida espaço a novas oportunidades de negócio.
No presente estudo, e no âmbito das biotecnologias aplicadas ao Ambiente, as empresas
participantes cuja actividade mais se relaciona com este tema definiram como áreas prioritárias as seguintes:
Laboratório de Biotecnologia
Biodegradação de corantes azo; Biodegradação anaerobia
Biológica
Ambiental
de lípidos; Remoção biológica integrada de n e c; Digestão
anaeróbia de lamas e resíduos sólidos; Remoção biológica de
covs; Síntese, análise e optimização de processos integrados
Universidade do Minho
de prevenção da poluição.
· Tratamento de águas residuais domésticas ou industriais;
Engenharia de Biofilmes
· Aproveitamento/valorização de subprodutos e resíduos.
ibmc – Instituto de Biologia Molecular e Celular
Unidade Microbiologia Celular e Aplicada
tigação académicos nacionais onde se desenvolve trabalho nestas áreas. A totalidade de
grupos de investigação ronda os 16, já que alguns pertencem ao mesmo departamento e à
mesma universidade, instituto ou centro de investigação.
Faculdade de Engenharia
Departamento de
Engenharia Química
sobre os quais este estudo se debruçou.
Processos Ambiente e Energia
Departamento de Ciências da Terra.
Geologia Ambiental (fitorremediação, minas).
Universidade de Coimbra
Escola Superior de Biotecnologia
Centro de Biotecnologia e Química Fina
Universidade Católica Portuguesa
Universidade de Aveiro
Centro de Estudos
do Ambiente e Mar
Química Orgânica
e de Produtos Naturais
e Agroalimentares
44 Exemplos são os projectos vocacionados para o tratamento de efluentes gasosos, bem como outros orientados para um sentido mais
lato de Ambiente que engloba a Energia e a Floresta
Biorremediação de solos contaminados com pesticidas;
Gestão e Tratamento de Resíduos Sólidos.
Laboratório de Engenharia de
mente direccionada para as linhas de investigação identificadas pelas empresas mas que
As Tabelas 3.1 e 3.2 abaixo mostram uma lista destes centros e dos temas científicos
Biologia molecular e celular; Resposta a agressões
ambientais (stress oxidativo); Microrganismos e ambiente
(biorremediação, floculação fermentativa).
Universidade do Porto
tros de investigação. E existem também diversos laboratórios com i&d não especificaabordam assuntos relevantes para o desenvolvimento do sector ambiental.44
Biofilmes em meios aquáticos; Nitrificação/desnitrificação;
Degradação de pah; Gestão de recursos aquáticos.
Universidade do Porto
Verifica-se que, apesar de não existirem muitas empresas inovadoras no sector ambiental, estão em curso alguns projectos (ou existem competências) relevantes em vários cen-
Tratamento de efluentes concentrados e de difícil
processamento; Tratamento anaeróbio de efluentes agroindustriais e têxteis; Tratamento de efluentes por leitos
de macrófitas; Desnitrificação biológica; Tecnologia de
microalgas.
Centro de Engenharia
· Biorremediação de solos e águas subterrâneas;
Como se pode observar na Tabela 3.1, foram identificados cerca de 10 centros de inves-
Áreas Científicas Relevantes para o Sector Ambiental
Departamento de Química
Universidade da Beira Interior
Resíduos sólidos e líquidos; Fitorremdiação; Reactores de
biofilme; Biorremediação de solos com hidrocarbonetos;
Leitos de plantas para tratamento de águas residuais
industriais; Microalgas - reciclagem de água; Soluções
enzimáticas para a indústria têxtil – redução do consumo
de água.
Simulação e modelização de processos naturais e de
processos resultantes da actividade antropogénica.
Desenvolvimento de técnicas e de protótipos: biossensores
para monitorização da qualidade do ambiente e das
emissões industriais e optimização de processos e
tecnologias ambientais; Tratamento e reutilização de
efluentes e de processos produtivos mais limpos.
Síntese orgânica; Compostos naturais.
Bioquímica; biotecnologia (tratamento de efluentes
líquidos); soluções para a indústria têxtil.
46
47
Sector Ambiental
Sector Ambiental
Tabela 3.2.
Laboratórios do Estado onde se desenvolve investigação ou competências aplicáveis ao ambiente, com breve
descrição dos seus objectivos.
de intervenções, incluindo a reabilitação de estações de tratamento de águas, de águas residuais e de águas residuais industriais, e aposta em parcerias com a Universidade do Minho
e com o Instituto Superior de Agronomia (utl); e a Iber Bio – Biotecnologia e Ambiente, Lda.,
Instituições
Áreas Científicas Relevantes
para o Sector Ambiental
Instituto Nacional
Departamento
Identificação dos processos físicos, químicos,
de Investigação Agrária
de Ciência do Solo
biológicos e hidrológicos que ocorrem nos
e das Pescas
empresa especializada em despoluição biológica. Ainda mais interessante será porventura
o exemplo da empresa Tecnia, sedeada em Torres Vedras (ver abaixo).
3.4. Tecnologias
solos, bem como as consequências do uso de
Como referido, foram identificados ao longo deste estudo alguns centros de investiga-
diferentes tecnologias que visam a utilização
ção universitários nacionais cujo trabalho se desenrola em torno das áreas definidas pelas
do solo e da água; Determinação do interesse
agronómico da aplicação de resíduos
empresas como de maior interesse: biorremediação de solos e águas subterrâneas, trata-
orgânicos em solos agrícolas.
mento de águas residuais domésticas ou industriais e aproveitamento/valorização de subprodutos e resíduos. Para além destes foram identificados outros centros/grupos interna-
Instituto Nacional
Departamento
Tecnologias biológicas; modernização
de Engenharia,
de Biotecnologia
da indústria instalada; inovação de
cionais com projectos interessantes e inovadores dentro dessas áreas. A compilação das
produtos e processos.
tecnologias seleccionadas pode ser consultada no Anexo b.
Tecnologia e Inovação
Departamento de Energias
Descontaminação de águas (com uv solar);
Renováveis
Dessalinização
Resumidamente, das 75 tecnologias/projectos analisados, 34 são projectos nacionais;
22 é o número total de projectos europeus, que provêm de países como Holanda, Irlanda,
Austrália, Itália, Espanha, França, entre outros, mas essencialmente do Reino Unido, sendo
Tratamento e valorização de resíduos
Utilizações das micro-algas
Modificação e optimização dos digestores
das etars
que 4 têm participação ou coordenação nacional. Das 19 tecnologias listadas, 4 são de
origem nacional.
Convém fazer a ressalva, como nas restantes secções deste trabalho, de que foi aqui dado
especial ênfase às necessidades das empresas participantes no estudo e que a pesquisa feita
foi focada nas tecnologias nacionais. A análise internacional de soluções foi abordada
Monitorização de digestores
apenas no sentido de contextualizar as tendências e o potencial i&d em termos genéricos.
Em relação aos centros/grupos nacionais, estes consistem em 9 unidades de investiga-
3.3.3. Empresas
Apesar do acima descrito, há que fazer referência ao facto de que a biotecnologia ambiental,
enquanto sector emergente com uma importância significativa no âmbito da actualização
ção de instituições de ensino superior, responsáveis por 30 dos projectos contabilizados e 2
tecnologias; os restantes 2 centros/grupos nacionais estão em Laboratórios do Estado, responsáveis por outros 3 projectos e 1 tecnologia (ver tabela 3.1).
das empresas e da sua adequação aos mecanismos legislativos, tem sido crescentemente
Deve ainda salientar-se que uma das tecnologias seleccionadas está já disponível no
reconhecida ao nível dos empresários e dos empreendedores. Isto é, o estabelecimento e
mercado através de uma empresa portuguesa – a Tecnia, Lda. – sendo originária do Depar-
crescimento em quantidade e qualidade de centros de investigação na área da biotecnolo-
tamento de Biotecnologia do ineti.
gia tem vindo a ter algum paralelo, mesmo que de forma ainda incipiente, na formação de
grupos dedicados à área dentro de grandes empresas, bem como, e de forma particular-
3.5. Recomendações
mente interessante, à formação de algumas novas empresas aparentemente orientadas
Muitos dos obstáculos à endogeneização de inovação biotecnológica por parte do tecido
para nichos específicos de mercado específicos e baseadas em esforços de i&d de índole
industrial na área do Ambiente decorrem de fraquezas gerais do sistema de i&d portu-
biotecnológica.
guês, como os referidos na introdução e em diversas secções deste relatório, incluindo
O aparecimento de empresas deste tipo – as denominadas start-ups – que sejam real-
limitações relativas ao investimento estatal e privado em i&d, dificuldades na transferên-
mente inovadoras e tenham potencial para crescer será crucial para a renovação e globa-
cia de tecnologias, insipiência de legislação adaptada à inovação tecnológica, baixo nível
lização do conhecimento e de novas tecnologias que, resultando de investigação, são a
educacional das populações a vários níveis, entre outras.
face da aplicabilidade prática da investigação científica. Exemplos de empresas que, numa
A conhecida fragmentação do sistema científico e tecnológico é especialmente visível
análise superficial, aparentam ter uma postura inovadora são: a Biotempo - Consultoria em
no sector ambiental, devido à evidente transdisciplinaridade do sector. Em grande parte
Biotecnologia, Lda. (sedeada em Braga), que inclui uma Unidade de Biotecnologia Ambien-
dos centros de investigação, a biotecnologia ambiental está incorporada em departamen-
tal; o Grupo stab (sedeado nas Caldas da Rainha e em Oeiras), que oferece um vasto leque
tos/unidades de i&d não vocacionados especificamente para a área ambiental mas mais
abrangentes, como os departamentos de biologia, de química, entre outros.
48
49
Sector Ambiental
As principais recomendações que se podem fazer com base nas observações desta componente do estudo ViaBio são as seguintes:
Sector Ambiental
· Devem ser criados por grupos de empresas e colocados à disposição das mesmas mecanismos de informação facilitadores da endogeneização de novas tecnologias.
Estes mecanismos de natureza informativa (a disponibilizar na Internet e/ou através de acesso condicionado a utiliza-
· A adopção e implementação de legislação em matéria de ambiente deve ser mais
dores nacionais com determinadas características) terão como objectivo superar o desfasamento temporal entre o que
célere e rigorosa.
se faz de inovador e o que se comercializa, potenciando o desenvolvimento do sector e simultaneamente diminuindo
O cumprimento de normas de segurança, higiene, ambiente, qualidade ou outras, por parte das empresas, e a respec-
ou eliminando a discrepância entre a procura abundante de soluções e a oferta tecnológica nacional.
tiva fiscalização servem de força motriz ao desenvolvimento de novas tecnologias dentro do País e devem ser consideradas uma prioridade em políticas – nacionais ou empresariais – de inovação.
· Deverá haver uma aposta do Governo e das empresas no sentido de estimular estas a
se organizarem num esforço concertado de lobbying junto das instâncias comunitá-
· Deverá ser criado um mecanismo transdisciplinar, de âmbito nacional, que sirva de
rias, com base nas apostas estratégicas identificadas e com o objectivo de influenciar
interface entre as empresas e a i&d académica (nacional e internacional), dedicado
as decisões supra-nacionais em aspectos tão díspares como a definição de áreas even-
à procura de soluções e oportunidades tecnológicas (ou biotecnológicas) para as
tualmente prioritárias de i&dt e a definição de enquadramento regulamentar rele-
empresas sediadas em Portugal.
vante para o sector.
O funcionamento deste mecanismo deve partir da iniciativa das empresas e fundamentar-se nas suas necessi-
Tal esforço deverá envolver a Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (reper), com colabora-
dades. As empresas a ele recorrerão, no intuito de procurar soluções a nível global. O seu financiamento deverá ter
ção estreita dos membros nacionais na Comissão Europeia e nas agências reguladoras, bem como dos deputados por-
uma componente pública de estímulo ao investimento privado, o qual deverá crescer ao longo do tempo. A sua ges-
tugueses no Parlamento Europeu.
tão deverá ser privada, devendo-se prever um prazo para se atingir a sua autonomia financeira. Na sua gestão, o mecanismo deve impreterivelmente agregar um leque de altas competências científicas e de gestão industrial, assim como
conhecimentos do sistema científico português e dos mercados mundiais (ver recomendações gerais deste estudo).
· As empresas que decidam apostar em inovação, devem criar postos de trabalho para
recursos humanos especializados com esse objectivo.
Mais concretamente, devem criar-se internamente grupos qualificados com dedicação exclusiva à actividade de pros-
· Devem se identificar, de forma permanente, temas e desafios de particular relevo
dentro do sector ambiental, no sentido de auxiliar a orientação do investimento privado e aconselhar mecanismos de avaliação e monitorização do investimento público,
com base no estado actual do ambiente em Portugal.
A partir desta identificação poder-se-á facilitar o aparecimento de redes de excelência, com membros oriundos das
empresas e do sctn, integrando entidades de destaque estrangeiras mas capazes de dar resposta às necessidades verificadas localmente, afastando a tendência para seguir modelos internacionais baseados em realidades muito diferentes da nacional.
· Os grupos de investigação, académicos e empresariais, devem repensar o conteúdo
e os objectivos finais dos projectos a apresentar a concurso, à luz da identificação
dos desafios de maior relevo acima mencionados.
No seguimento da recomendação anterior, os grupos de investigação de áreas com aplicação a problemas das indústrias ou da economia nacionais (ex: questões específicas na área do ambiente) devem, ao invés de seguir apenas as tendências globalizadas, optar por projectos que visem solucionar problemas existentes e ao seu alcance.
· A avaliação dos projectos a concurso deve integrar elementos com experiência científica e empresarial.
Devem ser chamados, para avaliar projectos de aplicação prática, avaliadores com uma noção clara das necessidades do
tecido empresarial português, nomeadamente com experiência “de campo” (por exemplo, não apenas de consultoria),
não substituindo mas adicionando-se, todavia, ao papel de peritos académicos. Tal facilitará o reformular dos critérios de
avaliação dos projectos no sentido de mais se coadunarem com a prática e os objectivos empresariais ou económicos.
pecção tecnológica, isto é, à procura de soluções tecnológicas específicas para os problemas ou oportunidades identificados pela empresa e à interface com a comunidade científica, nacional ou internacional.
50
51
VIAbio
4. Energia
Energia
Assim que as tecnologias forem desenvolvidas a ponto de se tornarem economicamente
competitivas e as barreiras legais levantadas, novos mercados serão estimulados e novas
4.1. Enquadramento
oportunidades de negócio poderão surgir50,51.
Há já algumas décadas que questões como o aumento global do consumo energético, a
Para efeitos do estudo Viabio – e dada a interpretação por vezes lata dos conceitos de bio-
concentração geográfica das reservas de petróleo, o aumento dos custos de exploração de
tecnologia e biocombustíveis – será considerado um grupo de tecnologias, as bioenergias,
novas reservas e a acumulação de gases com efeito de estufa têm conduzido a uma procura
cujos processos de conversão não se resumem a processos biotecnológicos, mas cuja maté-
crescente de novas fontes de energia alternativas e renováveis. Face a um aumento expec-
ria-prima, pelo menos, será de base biológica, i.e. diversos tipos de biomassa (Figura 4.1).
tável do consumo de energia em 25% até 2025, sobretudo devido ao consumo energético
de países em desenvolvimento rápido, a satisfação sustentável da procura deverá passar
por uma solução multifacetada que incluirá energia hídrica, nuclear, solar, eólica, hidrogénio, combustíveis fósseis e biocombustíveis, entre outras45. Actualmente, a dependência
energética dos países da União Europeia (ue), por exemplo, atinge valores que poderão ser
problemáticos, em parte como consequência do despoletar de conflitos nas regiões produtoras de petróleo. A tendência tem sido para um aumento dessa dependência, registandose uma subida entre 2003 e 2004 de 52.4% para 53.8% no valor do edr (Energy Dependence
Rate46) na eu-25. No caso de Portugal, em 2004 o valor de edr ultrapassava os 90%47.
A diminuição da dependência do petróleo através da sua substituição por recursos renováveis como a biomassa é, na generalidade, tida como uma importante contribuição para o
desenvolvimento de uma sociedade industrial sustentável. Esta mudança tem sido incentivada através de instrumentos legais e fiscais em diversos países. Nos Estados Unidos da
América o Departamento de Energia estabeleceu como meta a substituição de 30% do consumo de petróleo, no sector dos transportes, por biocombustíveis até 20251 com o intuito
de elevar o seu consumo dos actuais 2%1, 48. Na União Europeia (ue) várias são as peças de
legislação em vigor para promoção de bioenergias49, como a Directiva 2001/77/ec (promoção da produção de energia eléctrica a partir de energias renováveis, de 14% em 1997 para
Figura 4.1.
52
Tecnologias de conversão de biomassa em diferentes tipos de energia e combustíveis
21% em 2010) ou a Directiva 2003/30/ec para incorporação de 5.75% de biocombustíveis
em 2010 acompanhada de incentivos fiscais sobre os mesmos (2003/96/ec). Inclusivamen-
4.2. A biotecnologia no sector da energia
te, o Parlamento Europeu adoptou, em Março de 2006, um projecto de resolução elaborado
A produção de energia recorrendo a tecnologias de base biotecnológica tem recebido
pelo reconhecido especialista Neil Parish, visando estimular o apoio à produção de biomas-
particular atenção face às questões sensíveis com que o sector se depara, descritas na sec-
sa e biofúeis, através de ferramentas específicas do Fundo de Coesão, dos Fundos Estrutu-
ção anterior. A intervenção da biotecnologia na produção de energia incide sobretudo (i)
rais e do 7pq.
ao nível dos processos de conversão, como nos casos da produção de bioetanol, biogás ou
A necessidade de ultrapassar as questões económicas e ambientais colocadas pela excessiva dependência do petróleo exigem o desenvolvimento e a optimização das tecnologias de conversão e aproveitamento de matérias-primas renováveis, incluindo os diferentes tipos de biomassa.
bio-hidrogénio e (ii) no melhoramento de matérias-primas vegetais, utilizadas para a
produção de biocombustíveis líquidos e/ou energia eléctrica.
Relativamente aos processos, o crescente conhecimento científico nas ciências da vida
tem permitido um aumento da compreensão dos fenómenos inerentes ao processamento
biológico, possibilitando melhorar e optimizar os processos, quer pela selecção de microrganismos mais capazes e eficientes, quer pela aplicação dos avanços mais recentes da biotecnologia. A aplicação da tecnologia do adn recombinante (i.e. engenharia genética),
45 Rgauskas, A.J. et al (2006). The path forward for biofuels and biomaterials. Science, 311:484-489.
46 Calculado como o balanço energético (importações menos exportações) como percentagem do pib, em Gikas, A. & Keenan, R.
Statistical aspects of the energy economy in 2004. Eurostat, 2006.
47 Gikas, A. & Keenan, R. Statistical aspects of the energy economy in 2004. Eurostat, 2006.
48 koonin, s.e. (2006). getting serious about biofuels. science, 311:435
49 Bioenergias: biocombustíveis líquidos (bioetanol e biodiesel); biogás; biohidrogénio; produção de calor e/ou energia eléctrica a
partir da conversão físico-química de biomassa, ou seja, energia originada por processos biológicos ou utilizando matérias-primas
de origem biológica.
em particular, permite desenvolver estratégias promissoras para ultrapassar dificuldades e deficiências tecnológicas actuais, através do desenvolvimento de microrganismos
50 Brazil and Japan give fuel to ethanol market (2006). Nature Biotechnology, 24:232
51 Why biomass energy is booming (2005). Financial Times
52 Baseado em Faaij, a.p.c. (2006). Bio-energy in Europe: changing technology choices. Energy Policy, 34:322-342
52
53
Energia
Energia
com capacidades previamente não existentes. Por outro lado, o desenvolvimento de novas
O sucesso dos esforços de i&d nas áreas acima descritas levará a um aperfeiçoamento
enzimas tem permitido não só optimizar as aplicações já existentes e reduzir os custos,
tecnológico que conduzirá eventualmente à redução de custos de produção de bioener-
mas também abrir a possibilidade de se processarem diferentes matérias-primas, até então
gias, desejavelmente até um nível que as tornará verdadeiramente competitivas face aos
não passíveis de serem valorizadas energeticamente. Ambas as abordagens se enquadram
combustíveis fósseis. Bioetanol, biodiesel (ésteres produzidos a partir de oleaginosas), bio-
na denominada “biotecnologia industrial” (ou biotecnologia “branca”), que está actual-
gás, bio-hidrogénio e combustão de biomassa são exemplos de bioenergias que consti-
mente a gerar expectativas de monta, nomeadamente devido ao potencial de obtenção de
tuem aplicações directas e indirectas da biotecnologia clássica e moderna no sector, que,
biocombustíveis competitivos e de substituição dos actuais produtos derivados da refina-
com excepção do bio-hidrogénio, se encontram estabelecidas ou começam a emergir à
ção do petróleo.
escala piloto ou comercial53.
Ao nível das matérias-primas, por outro lado, o melhoramento de espécies vegetais,
ainda que muitas vezes tendo em vista outras aplicações, tem permitido o desenvolvimento de espécies com características condicentes com uma aplicação industrial mais
rentável e sustentável, incluindo no sector energético.
4.3. Panorama do sector
O estudo ViaBio incidiu sobre o sector energético como um todo, embora tendo como
base a actividade das empresas participantes – galp Energia e edp – representativas de
Alguns exemplos de tipo de aplicações biotecnológicas hoje em curso e seus objectivos são:
uma grande percentagem do volume de negócios do sector. Uma primeira observação rele-
· Desenvolvimento de microrganismos geneticamente modificados ou melhorados
vante tem a ver com o facto de apesar de as empresas se movimentarem em mercados dife-
para fins industriais – “fábricas celulares” (maiores rendimentos de produção de etanol;
rentes dentro do mesmo sector, respectivamente Produtos Petrolíferos e Electricidade, foi
maior tolerância ao etanol e a produtos da pré-hidrólise; capacidade para metabolizar
registada alguma sobreposição entre os seus interesses tecnológicos, tal como declarados
pentoses, ou seja, potencial de utilização de toda a massa vegetal como matéria-prima).
durante o estudo. Assim, dentro do leque de áreas tecnológicas que caberiam no âmbito
do estudo ViaBio, aquelas que foram seleccionadas pelas empresas com vista ao ultrapas-
· Desenvolvimento de tecnologias de sacarificação para pré-tratamento de biomassa
lenhocelulósica, possibilitando o aproveitamento industrial de 100% da planta.
sar de dificuldades tecnológicas actuais e/ou à previsão de tendências futuras e perspectivas de novas oportunidades de negócios, foram:
· Biocombustíveis – biodiesel e bioetanol;
· Desenvolvimento de processos integrados de produção de bioetanol (sacarificação
e fermentação em simultâneo).
· Valorização energética de biomassa lenhocelulósica;
· Valorização energética de resíduos (etars e indústrias agro-pecuárias e agro-alimentares);
· Desenvolvimento de novas enzimas recombinantes com maior estabilidade e efi-
· Plantações Energéticas.
ciência de conversão de amido ou outros polímeros (ex. celulósicos) em açúcares fermentiscíveis.
Constata-se, a partir da selecção de interesses acima enunciados, um alinhamento das
empresas com as tendências internacionais no sector energético, visando o desenvol-
· Desenvolvimento de tecnologias eficientes de digestão anaeróbia.
vimento de tecnologias mais limpas e que permitam um equilíbrio da balança energética.
A previsão por parte das duas empresas de um cenário que estimulará a adopção das tec-
· Produção de hidrogénio recorrendo a microrganismos fotossintéticos.
nologias citadas faz vislumbrar, necessariamente, a percepção de que novas oportunidades de negócio surgirão e de que aquelas terão de se preparar para os respectivos mercados.
· Melhoramento genético das características de plantas para fins energéticos (cresci-
Contudo, de uma forma genérica, a postura poderá variar de empresa para empresa, como
mento mais rápido; maior resistências a condições de stress abiótico e biótico; altera-
também foi claramente verificado ao longo deste estudo (não só na componente de Ener-
ção da composição química).
gia) – principalmente no que respeita à diferença entre a mera declaração da intenção
de inovar e o assumir de uma postura verdadeiramente inovadora, receptiva a novas
propostas e capaz de as analisar detalhadamente. Ao mesmo tempo, olhando para o sector como um todo verifica-se que existem, entre as empresas dispostas a apostar em inovação, aquelas que têm particular interesse em participar na geração de inovação tecnológica nos sectores, de modo a se anteciparem e adquirirem vantagens competitivas sobre a
concorrência, seja pela criação de produtos novos, seja pela adopção de tecnologias de
53 Gravilescu, M. & Chisti, Y. (2005). Biotechnology – a sustainable alternative for chemical industry. Biotechnology Advances, 23:471-499.
54
55
Energia
ponta capazes de produção a baixos custos. Por outro lado, existem empresas cuja postura é mais conservadora, estando apenas dispostas a incorporar tecnologia que esteja
Energia
Tabela 4.1.
Principais centros académicos do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (sctn) onde se desenvolvem investigação ou competências directamente aplicáveis às áreas tecnológicas estudadas para o sector energético.
já demonstrada em larga escala, ou seja, a importar tecnologia mais do que participar
activamente e estrategicamente no seu desenvolvimento. As razões que conduzem a este
Instituições
Áreas Científicas
facto são diversas, podendo salientar-se a falta de disponibilidade demonstrada para alocar recursos económicos a projectos que muitas das vezes não constituem, no presente,
actividades consideradas fundamentais para as empresas.
Em paralelo, dada a especificidade do sector energético enquanto sector estratégico a
Faculdade de Ciências
Unidade Biotecnologia
e Tecnologia,
Ambiental
Plantações energéticas
Universidade Nova
de Lisboa
Centro de Química Fina
Produção de biodiesel
e Biotecnologia
nível nacional, verificou-se que as tomadas de decisão estão fortemente condicionadas por
linhas estratégicas determinadas pelo Governo. Assim, ao mesmo tempo que se pode ob-
Centro de Recursos
Fisiologia microbiana, metabolismo de
servar alguma receptividade para investir em projectos de inovação tecnológica em áreas
Microbiológicos
pentoses por leveduras produtoras de etanol
Departamento de
Produção de biogás por digestão anaeróbia
hoje consideradas politicamente importantes (ou com impacto positivo na opinião públi-
Universidade do Minho
ca), esses investimentos e a sua sustentabilidade a longo prazo poderão ser fortemente con-
Engenharia Biológica
Produção de bioetanol e isolamento de
dicionados pela volatilidade inerente a medidas de âmbito fundamentalmente político. Por
proteínas por valorização de soro lácteo
outro lado, também se verificou que a hierarquia interna das empresas de elevada dimensão é, por vezes, extremamente complexa, ocorrendo frequentemente uma estagnação no fluxo de informação entre os elementos com poder de decisão e aqueles cuja missão
é a de realizar actividades prospectivas de oportunidades de aproveitamento de i&d.
Instituto Superior
Departamento de
de Agronomia,
Engenharia Florestal
Plantações energéticas
Universidade Técnica
de Lisboa
A equipa ViaBio enveredou por uma pesquisa dentro do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (sctn), tendo sido identificadas algumas instituições com actividade
e competências nas áreas tecnológicas acima mencionadas como de interesse para as
Instituto Superior Técnico,
Departamento de
Optimização e projecto de sistemas de
Universidade Técnica
Engenharia Mecânica
combustão de biomassa
Departamento de
Produção de biodiesel
de Lisboa
empresas e o sector. Não deixa de ser revelador, embora talvez não surpreendente (ver
Engenharia Química
Introdução deste relatório), o facto de o número de instituições identificadas ser baixo,
sobretudo tendo em conta a dimensão e importância do sector em questão e o facto de
Universidade de Évora
Instituto Ciências Agrárias
Plantações energéticas
Mediterrânicas, Departamento
estarmos perante áreas tecnológicas de ponta, com grandes perspectivas de crescimento e
de Fitotecnia
de implementação a nível nacional e internacional. Naturalmente, presume-se que existam vários grupos de investigação, para além dos aqui enumerados, que ao trabalharem
em campos não directamente relacionáveis possam obter resultados de alguma relevância para a área da energia.
Tabela 4.2.
Laboratórios do Estado onde se desenvolvem investigação ou competências directamente aplicáveis às áreas
tecnológicas estudadas para o sector energético e descrição dos seus objectivos.
Instituições
Áreas Científicas
Departamento de Biotecnologia
Produção de bioetanol
Departamento de
Tecnologias de conversão termo-química
Instituto Nacional
Engenharia Energética
de biomassa lenhocelulósica e resíduos e
de Engenharia, Tecnologia
e Controlo Ambiental
misturas com carvões
Departamento de
Produção biológica de metano e etanol
e Inovação (ineti)
Energias Renováveis
Segue-se uma breve discussão do panorama de cada uma das áreas tecnológicas seleccionadas para objecto do estudo ViaBio.
56
57
Energia
Energia
4.3.1. Biocombustíveis: biodiesel e bioetanol
científicos necessários e/ou o know-how próprio da indústria. Para além disso, e à seme-
O sector dos transportes é responsável por mais de 30% do consumo total de energia na
54
lhança do que se observou em outros sectores industriais, a ausente ou rarefeita comuni-
ue e é dependente em 98% em relação aos combustíveis fósseis. Existem tecnologias de
cação entre parceiros industriais e o sctn conduz a um atraso significativo, mais grave
produção de biocombustíveis relativamente maduras e estabelecidas, mas ainda não com-
ainda num sector em que Portugal já se encontra em desvantagem. Uma das razões para
petitivas com os combustíveis fósseis em termos económicos. É neste último factor que re-
tal falha reside no facto de frequentemente as empresas apenas estarem na disposição de
side o estímulo à optimização das tecnologias existentes e à criação de novas tecnologias.
participar em projectos já perto da sua aplicação industrial, o que no caso de tecnologias
O Brasil, a título de exemplo, constitui um caso de sucesso excepcional. O programa pro-
recentes e de ponta (como a nova geração de tecnologia de produção de biocombustíveis)
alcool foi iniciado na década de 70 com o intuito de responder à crise energética da época,
é difícil.
conduzindo ao estímulo da produção de bioetanol a partir de melaço de cana-de-açúcar.
Verifica-se também que o enquadramento legislativo actual e futuro originará uma
Este bioetanol representa, actualmente, aproximadamente 40% do consumo interno de
pressão que terá de se constituir como a força motriz para o surgimento de projectos de
combustível. O avanço científico e tecnológico entretanto gerado (sequenciação de 90%
cooperação entre os diferentes actores-chave do sector. Há que salientar no entanto que,
do genoma da cana-de-açúcar em 2003; produção de espécies geneticamente modificadas
em vários países incluindo os eua e grande parte da Europa, a legislação recentemente
com melhores produtividades; desenvolvimento de novos biorreactores com maiores efici-
implementada parece por vezes favorecer de tal forma as tecnologias actuais de produ-
ências de produção) constitui uma vantagem competitiva considerável para aquele país a
ção de biocombustíveis – em particular bioetanol – que haverá menos pressão para se
nível mundial, com benefícios económicos evidentes e ilustrados, por exemplo, no recente
implementar uma nova geração destas tecnologias do que seria desejável. Como exem-
55
protocolo de exportação de bioetanol para o Japão . Para além do Brasil, outros casos de su-
plo, o facto de alguns benefícios fiscais em vigor nos eua para produtores de bioetanol
cesso à escala piloto ou comercial existem, como o caso das unidades da empresa espanhola
não distinguirem diferenças nos métodos de produção faz com que muitos estejam essen-
56
Abengoa (Salamanca), o National Renewable Energy Laboratory (nrel) nos eua, as empre-
cialmente preocupados em produzir bioetanol da forma mais barata possível, e não da
sas iogen e bci (Canadá) ou a etke (Suécia). Este sector encontra-se portanto em franco de-
forma que vá, por exemplo, levar à emissão de menos co2 para a atmosfera59. Tal legisla-
senvolvimento tecnológico, sendo inclusivamente impulsionado por recentes avanços que
ção poderá tornar extremamente difícil a reconversão das fábricas ou refinarias no sentido
abrem a possibilidade de utilização de material lenhocelulósico e a sua total conversão
de adoptar novas tecnologias, realmente menos poluentes e mais rentáveis – será assim de
em etanol, usando microrganismos geneticamente modificados ou melhorados – o que po-
extrema importância que países como Portugal tenham a visão suficiente para conceber
derá conduzir a uma nova geração da tecnologia. Outros dois exemplos de novos desenvol-
e implementar normas legislativas que prevejam o surgimento de novas gerações de
vimentos neste campo são o recente anúncio pela bp e a DuPont do início da produção de
tecnologias para produção de biocombustíveis.
biobutanol, um biocombustível produzido por acção de microrganismos sobre material
De notar que em Portugal parecem existir já algumas empresas, sobretudo de pequena
extraído de plantas, de mais alto rendimento energético que o bioetanol actualmente pro-
ou média dimensão e alicerçadas em tecnologia consolidada, a movimentarem-se no sec-
57
duzido , e o h-Bio, novo combustível baseado no óleo de soja, inventado e produzido pela
58
Petrobrás, a introduzir no mercado (inicialmente brasileiro) em 2007.
tor, como se pode verificar através da análise de notícias vindas a público durante os últimos dois anos. Casos ilustrativos são os da Iberol – Sociedade Ibérica de Oleaginosas, sa.60 e da
Uma das observações deste estudo foi a de que Portugal possui competências no sctn
Space – que fabrica inclusivamente equipamento para a produção de biodiesel - ambas com
e alguma massa crítica em diferentes áreas científicas necessárias ao desenvolvimento
unidades de produção de biodiesel projectadas. A DieselBase, por outro lado, produz 22 mil
de todo o processo, desde a fisiologia microbiana à engenharia de bioprocessos (ver tabela
litros por mês em projecto-piloto, e tem potencial para alcançar valores três vezes superio-
acima). Um caso interessante é, por exemplo, o de um grupo de investigação da Universi-
res. No Alentejo perspectiva-se a produção de bioetanol a partir de milho, trigo e beterra-
dade Nova de Lisboa que trabalha no melhoramente de leveduras para produção de bioeta-
ba, a cargo da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva (edia), a qual de-
nol a partir de hemiceluloses (logo, possivelmente de resíduos agrícolas e florestais) e que
verá atingir os 100 milhões de litros por ano.61 Por seu lado, a Enersis previu uma unidade
está integrado plenamente em projectos conjuntos com alguns dos melhores grupos inter-
de 25.000 ton/ano num projecto integrado com a agricultura. A Fábrica Torrejana de Biodie-
nacionais. Contudo, não se verifica ainda, a nível nacional, uma organização das compe-
sel visa a produção de 80.000 ton/ano de biodiesel, o grupo Rogério Leal & Filhos, 30 mil to-
tências em redes ou projectos transversais integrando os diferentes conhecimentos
neladas por ano e, por último a Tagol, do grupo Nutrinveste, tem um projecto na ordem das
54 Biofuels Research Advisory Council. Biofuels in the European Union – a vision for 2030 and beyond. Final draft report. EU, March 2006.
55 Brazil and Japan give fuel to ethanol market (2006). Nature Biotechnology, 24:232.
56 A Abengoa anunciou, a 17 de Março de 2006, a previsão para 2007 do início da actividade da primeira fábrica de produção de
bioetanol a partir de milho da Europa, localizada em Lacq (França), operada pela sua subsidiária AB Bioenergy France, e
representativa de um investimento inicial de 130 milhões de Euros.
57 “bp and DuPont to introduce ‘biobutanol’”, Financial Times, 21 de Junho de 2006.
58 “h-Bio reduzirá compras de diesel em 25% em 2008”, Gazeta Mercantil, 26 de Junho de 2006.
59 “Elusive cornucopia: why it will be hard to reap the benefit of biofuel”, Financial Times, 21 de Junho de 2006
60 “Iberol investe 58 milhões em nova fábrica este ano” (23/05/2005).
Disponível em: http://dn.sapo.pt/2005/05/23/suplemento_negocios/ iberol_investe_milhoes_nova_fabrica_.html Data de consulta:
06/05/2006)
61 “Projectos Nacionais em Marcha” (30/11/2004). Disponível em: http://www.fastaccess.pt/cgi/cgi-bin/fa_manutencao_conselhos_artigo.
asp?dossierID=&artigoID=%7BC8B743D0-E1DF-4E9E-877E-6912B589E00F%7D&page=2 Data de consulta: 06/05/2006
58
59
Energia
Energia
62,63
100.000 toneladas por ano de produção
. De referir ainda o grupo hlc que tem feito in-
vestimentos importantes na área do biodiesel, em particular no Brasil (www.hlc.pt).
lulósica enquanto produto energético não se esgota na produção de energia eléctrica.
A ideia de uma produção integrada dos diversos combustíveis passíveis de serem produzidos a partir de um mesmo tipo de matéria-prima – descrita no conceito de biorre-
4.3.2. Valorização energética de biomassa lenhocelulósica
finaria – parece constituir uma alternativa vantajosa a centrais dedicadas, pelo facto de
A valorização de biomassa lenhocelulósica para fins energéticos pode ter duas finali-
poder conjugar sinergias, optimizar recursos e criar escala. A isto acrescenta-se a dimi-
dades principais: a geração de energia eléctrica e a produção de biocombustíveis (ver
nuição da perspectiva de “competição” com que unidades de valorização de biomassa flo-
acima). Actualmente, no caso português, o fim destinado a este tipo de biomassa (florestal)
restal eram inicialmente vistas pelas restantes indústrias, criando um ambiente favorá-
é a produção de energia eléctrica, sendo que a espécie predominantemente usada para este
vel às actualmente inexistentes sinergias entre sectores. De facto, facilmente se constata
fim é o eucalipto (Eucalyptus globulus), utilizado também na indústria papeleira para a pro-
a utilidade de se criarem redes de cooperação, onde todo o potencial do material lenho-
dução de pasta e papel (ver capítulo 5). Nesta indústria, a biomassa é também utilizada para
celulósico possa ser maximizado na produção de bens tão diversos como combustíveis
geração de energia suficiente para alimentar a unidade industrial, utilizando os materiais
líquidos, energia eléctrica e compostos com aplicações diversas na indústria química.
rejeitados do processo com o intuito de valorizar o elevado potencial calorífico da lenhina.
O desenvolvimento deste conceito de biorrefinaria, com produção integrada, é em todo
A edp Produção Bioeléctrica, s.a. constitui uma excepção nesta área, ao ter sido constitu-
semelhante ao conceito de refinaria de petróleo, sendo que neste caso uma matéria-prima
ída como uma central dedicada à queima de biomassa florestal, para aproveitamento de
constituída principalmente por polissacáridos e lenhina é fraccionada e convertida numa
uma situação geo-específica. A Central Termoeléctrica de Biomassa Florestal de Mor-
mistura de produtos incluindo os mencionados. Tal raciocínio tem sido indicado como
tágua enquadra-se numa zona que lhe permite assegurar matéria-prima suficiente para o
um caminho possível para enfrentar alguns dos problemas energéticos com que a socie-
seu abastecimento através dos resíduos de eucalipto dos produtores florestais da região;
dade ocidental se depara actualmente66,67.
não obstante, verifica-se que a central tem funcionado, desde a sua entrada em funcionamento, a uma capacidade bastante inferior à de projecto, à excepção dos meses mais recen-
4.3.3. Valorização energética de resíduos
tes, em particular do primeiro semestre de 2006, no qual foram atingidos os valores de pro-
(etars e indústrias agro-pecuárias e agro-alimentares)
jecto64. De facto, o abastecimento de uma central de queima dedicada a resíduos florestais
A valorização energética de resíduos e subprodutos de várias indústrias constitui uma
pode encontrar problemas que não exclusivamente tecnológicos – os quais foram obser-
oportunidade de aproveitar de forma rentável materiais de baixo valor. Se o processo
vados claramente neste estudo. Por exemplo, o abastecimento da matéria-prima é funda-
for bem gerido as vantagens poderão tornar-se significativas e evidentes, tanto para a indús-
mental para que a unidade possa operar de forma sustentada, e esse poderá constituir um
tria que irá transformar a matéria-prima que adquiriu a baixo custo, como para a que gerou
dos principais obstáculos, pois uma unidade deste tipo necessita de uma cadeia de abas-
o resíduo, dando-lhe um destino apropriado e realizando retorno. A optimização de uma
tecimento que garanta matéria-prima em quantidade suficiente e periodicidade regular, e
cadeia eficaz na recolha e encaminhamento de materiais entre as indústrias geradoras dos
com características físico-químicas relativamente homogéneas (de salientar, no entanto,
resíduos e subprodutos (p.ex. alimentar, fileira florestal) e os transformadores depende de
que no caso da Central de Mortágua a oferta de matéria prima é excedentária relativa-
uma interactividade e comunicação eficiente entre as mesmas. Verificou-se no entanto que
mente à capacidade de valorização energética). Tal pode tornar-se difícil devido à “com-
tal comunicação parece não existir no sector energético nacional relativamente a empresas
petição” pela matéria-prima com indústrias transformadoras de madeira e produtoras de
geradoras de resíduos – facto de resto evidenciado no decorrer deste estudo, já que algumas
pasta e papel. No entanto, a projecção de novas unidades de queima de biomassa flores-
das empresas participantes (não do sector energético) demonstraram interesse em encon-
tal, tentando maximizar o potencial por explorar das entre 3 e 3,5 milhões de toneladas de
trar soluções de valorização dos seus subprodutos e resíduos, incluindo a possibilida-
resíduos gerados por ano e ainda de plantações de eucalipto hoje não aproveitadas, consti-
de de valorização energética. Observou-se que, apesar de todas serem empresas líderes nos
65
tui uma prova do potencial e da vontade que há em apostar neste tipo de tecnologia.
Contudo, e tendo em conta os avanços tecnológicos já acima mencionados, tornou-se
evidente na análise efectuada ao longo deste estudo que o potencial da biomassa lenhoce62 “Energia: associação diz que Portugal tem capacidade para produzir biodiesel” (20/07/2005).
Disponível em: http://ecosfera.publico.pt/noticias2005/noticia4374.asp Data de consulta: 06/05/2006
63 Os biocombustíveis: perspectivas para a sua produção e utilização (28/01/06) Cristina Gaudêncio Baptista.
Disponível em: http://www.acap.pt/saloes-conferencias/agri/A4.pdf Data de consulta: 06/05/2006
64 Eng. Gil Patrão (Central BioEléctrica de Mortágua, edp), comunicação pessoal
65 Neste aspecto há a salientar o importante trabalho do cbe (Centro de Biomassa para a Energia), entidade privada e sem fins
lucrativos, que teve um papel central no projecto das 3 centrais actualmente em laboração/construção, bem nos projectos de várias
outras centrais a construir até 2010, para além da sua participação em estudos conducentes a iniciativas nas áreas da gaseificação da
biomassa, da produção de biogás, da obtenção de biocombustíveis sólidos densificados e do gás de aterro, para não falar do seu papel
crucial na transferência de tecnologias para empresas do sector.
seus mercados e de referência, a comunicação entre elas a este nível, em áreas que se podem
constituir como complementares, pode ainda ser muito melhorada.
As mesmas considerações que foram feitas para a área tecnológica anterior, a respeito da
adopção de sinergias inter-sectores, e sua integração no conceito de biorrefinaria, são válidas para valorização energética de subprodutos e resíduos de etars e de indústrias agropecuárias e agro-alimentares.
66 Rgauskas, A.J. et al (2006). The path forward for biofuels and biomaterials. Science, 311:484-489
67 “President´s budget proposal will help bring cellulosic ethanol to the pump if fully funded.” Biotechnology Industry Organization.
Fevereiro 2006. Disponível em: http://www.bio.org/news/newsitem.asp?id=2006_0207_02 Data de Consulta: 24-04-2006
60
61
Energia
4.3.4. Plantações energéticas
Energia
De salientar que, a partir da compilação acima mencionada e em conjunto com uma
Várias são as espécies que podem ser consideradas para o fim de criar plantações dedi-
das empresas participantes no projecto ViaBio, foram seleccionadas duas linhas de i&d
cadas à produção de energia, sendo que a sua selecção deverá obedecer a diferentes crité-
desenvolvidas em Portugal para análise detalhadas e eventual parceria. No entanto, uma
rios, incluindo o fim a que se destinam (energia eléctrica, bioetanol, biodiesel), as con-
destas linhas, apesar de seleccionada em conjunto com uma empresa do ramo da Energia,
dições naturais do solo, o clima, entre outras. Tal escolha deverá obedecer a rigorosos
insere-se de facto na área de Ambiente. Os investigadores responsáveis por estes dois pro-
critérios de análise do ciclo de vida (acv) de cada espécie para averiguar qual(is) a(s) mais
jectos tiveram já oportunidade de apresentar os mesmos a um grupo de decisores da dita
favorável(eis). Várias espécies são consideradas para a realidade nacional, sendo que se
empresa, estando a decisão sobre a eventual parceria (e o seu formato) agora dependente
verifica uma actividade de i&d relativamente intensa, com alguns dos grupos identifi-
de decisões estratégicas da empresa ao mais alto nível.
cados nesta área (ver tabela acima). Segundo o observado ao longo do estudo, o sorgo e o
cardo surgem como os principais alvos destes projectos.
4.5. Conclusões e recomendações
O tema das plantações energéticas intersecta os acima discutidos acima dos biocom-
Verificou-se ao longo deste estudo que o sector das bioenergias encontra-se ainda num
bustíveis e da valorização energética da massa lenhocelulósica, pelo que seria redundante
estado embrionário em Portugal, evidenciado pelos poucos exemplos de unidades piloto,
analisá-la aqui ao pormenor. No entanto, de forma genérica, este campo é um dos que mais
demonstradoras ou à escala industrial existentes. Isto numa altura em que a conjuntura
poderá beneficiar com os avanços da biotecnologia, aplicados ao melhoramento das carac-
energética internacional, a dependência energética externa do País, a sua capacidade
terísticas das espécies e considerando o seu objectivo industrial. São inúmeros os exem-
potencial e a existência de tecnologias provadas em diversos países (Brasil, Escandinávia,
plos de abordagens seguidas para o aumento da produtividade e rendimento das espécies,
etc.) exigem de facto uma promoção activa do campo. Por outro lado, as grandes empresas
para o aumento da sua resistência a pragas ou alteração química. Na base destas aborda-
do sector, ainda que alertadas e pressionadas para a adopção de novas formas de energia,
gens está uma área científica, a biotecnologia vegetal, na qual o conhecimento e as com-
revelaram por vezes uma certa dificuldade em procurar as soluções tecnológicas, aliada
petências no sctn são consideráveis e que, embora desenvolvidos para outras aplicações
em determinados casos a alguma falta de compreensão e tolerância para com os tempos
industriais, poderão e deverão ser explorados para o desenvolvimento de espécies melho-
do ciclo de desenvolvimento de novas tecnologias. A exemplo do verificado para outros
radas e sua utilização em unidades produtoras de bioenergias ou biorrefinarias.
sectores industriais, denotou-se um relativo distanciamento e desconhecimento das
empresas em relação a actividades de i&d relevantes para a sua actividade, assim como o
4.4. Tecnologias
Como referido na secção anterior, as áreas tecnológicas seleccionadas para estudo pelas
empresas do ramo da Energia participantes do estudo ViaBio foram quatro:
inverso para as instituições do sctn.
Ao mesmo tempo, e ainda que em quantidade reduzida, sobretudo considerando a
dimensão e importância do sector e o evidente potencial de crescimento do mercado para
· Biocombustíveis – biodiesel e bioetanol.
bioenergias, identificaram-se algumas competências relevantes dentro do sctn. Por outro
· Valorização energética de biomassa lenhocelulósica.
lado verificou-se que há sobreposição de interesses e possibilidades de cooperação, não
· Valorização energética de resíduos (etars e indústrias agro-pecuárias e agro-alimen-
só entre as empresas do sector energético, como entre estas e empresas de outros sectores
tares.
· Plantações Energéticas.
industriais. Tal cooperação poderá ser estimulada com o intuito de gerar eficiência na gestão dos recursos e escala capaz de rentabilizar investimentos tecnológicos.
Verifica-se que as políticas estratégicas definidas pelo Governo poderão ter uma impor-
Foram compilados e analisados pela equipa 75 projectos relativos às áreas acima listadas,
tância vital no sector e nas tomadas de decisão das empresas, sobretudo num sector estra-
incluindo uma minoria de projectos nacionais desenvolvidos em seis instituições de i&d
tégico como o da energia. Assim, um adequado cenário legal e fiscal, com objectivos estra-
pertencentes ao sistema científico e tecnológico nacional.
tégicos de longo prazo, capaz de promover a inovação tecnológica e o desenvolvimento até
Durante o estudo, e em particular para o sector em questão, foi dado ênfase às tecnologias
nacionais, sendo a análise das tendências internacionais sobretudo uma ferramenta para
à escala comercial das bioenergias, será um ponto de grande relevância.
Em suma, recomenda-se especificamente:
uso comparativo. Assim, não será de surpreender que instituições portuguesas tenham sido
responsáveis por cerca de 24% dos projectos analisados (8 projectos nacionais, participação
· A definição das bioenergias como área prioritária para investimento público e pri-
em 7 projectos europeus, 2 tecnologias e 1 iniciativa demonstradora). A listagem total dos
vado de projectos envolvendo i&d, dando especial ênfase a propostas globalmente
projectos compilados para o levantamento das competências científicas nacionais e inter-
competitivas nos campos dos biocombustíveis e da valorização de biomassa.
nacionais nas áreas científicas seleccionadas pode ser consultada em anexo (Anexo c).
Dentro da área das bioenergias poder-se-á proceder a uma tentativa de identificar ou estimular propostas que tirem
partido de vantagens específicas ou de condições particularmente adequáveis a Portugal – por exemplo, o aproveita-
62
63
Energia
Energia
mento energético de determinadas espécies presentes no território nacional ou o aproveitamento de conhecimento
· Criação dentro das grandes empresas do sector energético de grupos dedicados exclu-
científico em áreas onde Portugal seja mais competitivo, preparando o País para o adequado aproveitamento das pró-
sivamente a trabalhos de i&d ou pelo menos (dependendo da dimensão da empresa)
ximas gerações de biocombustíveis que se seguirão às existentes tecnologias de produção de bioetanol e biodiesel.
a trabalhos de prospecção tecnológica.
Esta será porventura a única maneira de as grandes empresas nacionais poderem competir a nível internacional em
· A abertura de concursos para redes transdisciplinares de i&d, internacionais mas
termos de inovação e evitar uma dependência tecnológica total, a médio e longo prazo, em relação aos grandes grupos
lideradas por grupos portugueses, envolvendo entidades do sctn e empresas, dedica-
estrangeiros (naturalmente, a pertinência desta recomendação está ela própria dependente do futuro das relações de
das à resolução de problemas e aproveitamento de oportunidades na área. O financia-
dominância entre grupos portugueses e estrangeiros).
mento das redes deverá vir do Estado português e das grandes empresas do sector (ver
recomendações gerais).
Exemplos de linhas a ter em especial atenção poderão ser trabalhos no melhoramento de leveduras produtoras de bioetanol a partir de resíduos vegetais ou de modificação de plantas que sirvam de matéria-prima à produção de biodiesel,
incluindo nos projectos a componente logística para estudar a sustentabilidade nos fornecimentos de matéria-prima
vegetal, tirando ainda partido das ligações históricas a países que são grandes produtores de matéria-prima vegetal,
como o Brasil e alguns palop. Dever-se-á dar forte prioridade ao financiamento publico-privado de grandes projectos,
por oposição a muitas pequenas iniciativas sem possibilidade de impacto económico.
· A adopção de legislação que permita o favorecimento das futuras gerações de tecnologias para produção de biocombustíveis, evitando por exemplo o subsídio arbitrário
e por tempo indefinido de tecnologias que à partida não vão ser competitivas com os
combustíveis fósseis hoje mais utilizados.
Portugal poderá tentar criar, ao invés de outros países industrializados, um ambiente legislativo mais favorável à
adopção de novas tecnologias do que à rentabilização “subsidiada” das actuais, eventualmente atraindo para o País
tecnologias inovadoras em fase piloto ou pré-industrial.
· O estabelecimento ou reforço, por parte da indústria e com eventual papel facilitador
do Estado, de parcerias estratégicas de longo prazo entre os principais grupos com
interesse na exploração da fileira florestal, os produtores florestais e o sector energético no sentido de partilhar o aproveitamento de resíduos para produção de energia.
Deverá ser importante uma articulação entre os vários esforços de prospecção ou inovação tecnológica já em curso em
algumas grandes empresas dos sectores florestal, ambiental e energético, no sentido de enveredar por uma estratégia
de i&d comum entre elas, eventualmente transponível depois para cooperação ao nível de exploração dos produtos.
· Lançamento de concursos ou, pelo menos, estudos preliminares para adopção do conceito de biorrefinarias, segundo modelos provados internacionalmente.
Tal poderá ser implementado à imagem de iniciativas semelhantes de promoção de utilização de biomassa, tais como
68
69
70
o Biomass Program (eua), a Biomass Nippon Strategy (Japão) e o Biomass Action Plan (Europa) , devidamente enquadradas numa estratégia nacional para a (bio)energia, impulsionada pelo Governo.
68 Ver www.eere.energy.gov/biomass/program_areas.html
69 Biomass and Bioenergy (2005), 25. whole issue
70 Ver http://ec.europa.eu/energy/res/biomass_action_plan/doc/2005_12_07_comm_biomass_action_plan_en.pdf
64
65
VIAbio
Fileira Florestal
5. Fileira Florestal
Tal como em todas as outras secções do estudo ViaBio, a abordagem ao sector florestal
partiu dos problemas e oportunidades identificados por empresas emblemáticas do sec-
5.1. Enquadramento
tor, nomeadamente as participantes no estudo, que neste caso foram o Grupo Amorim e o
A fileira florestal representa um dos mais valiosos recursos à disposição da economia por-
Grupo Portucel-Soporcel (através do Centro de i&d raiz). Consequentemente, o estudo
tuguesa. Cerca de 38% do solo de Portugal continental encontra-se coberto por floresta, re-
foca sobretudo questões relevantes para a indústria da pasta e papel (baseada no eucalipto)
presentando as exportações anuais de madeira e seus derivados mais de 38,5 milhões de
e da cortiça (baseada no sobreiro), embora se pretenda que os resultados e em particular
71
dólares (1998) . A fileira florestal representa cerca de 4% do produto interno bruto (pib) na72
cional, 14% do pib industrial, 5% do emprego e 10% das exportações . Cerca de 30% das
as recomendações elaboradas relativamente à inovação biotecnológica no sector sejam de
relevo para todas as principais componentes da fileira florestal portuguesa.
exportações referentes a produtos de origem florestal correspondem a cortiça, sendo 25%
correspondente a madeira e carvão, 20% a pasta de madeira e 12% a papel e cartão (2001)73.
5.2. A biotecnologia no sector florestal
Tal como acontece noutras áreas, a crescente integração das economias mundiais repre-
Por uma questão de clareza poder-se-á dividir o conceito genérico de biotecnologia em
senta simultaneamente uma oportunidade e um desafio à viabilidade económica da flo-
duas vertentes: a biotecnologia clássica, que inclui todos os processos tradicionais de apli-
resta portuguesa. De facto, a exploração económica de espécies como o eucalipto, a videira,
cação prática de conhecimento sobre os seres vivos e as suas propriedades, e a biotecnolo-
o pinheiro, a oliveira ou o sobreiro, tradicionalmente os sustentáculos da fileira florestal
gia dita moderna, que se baseia mais especificamente nos importantes avanços científicos
74
portuguesa , enfrenta hoje desafios que vão desde a emergência no panorama interna-
e tecnológicos dos últimos 30 anos – desde a engenharia genética à sequenciação de dna
cional de novas economias suportadas por enormes recursos naturais (caso do papel, por
entre muitos outros. Embora, por razões óbvias, seja mais relevante ponderar a contribui-
exemplo) até ao surgimento de evoluções tecnológicas que colocam em causa a viabili-
ção que a biotecnologia moderna poderá trazer em benefício do sector florestal, não será
dade do produto tradicional, ou pelo menos a sua supremacia em determinados merca-
de descurar a aplicação de técnicas clássicas, especialmente quando aliadas a avanços –
dos (caso da cortiça). É portanto relevante e até urgente actuar no sentido de não só prote-
biotecnológicos ou não – que as podem tornar economicamente interessantes e actuais.
ger o sector florestal, mas sobretudo de o renovar e reestruturar, tornando-o competitivo
ao nível mundial.
De entre as variadas vertentes que urge examinar com vista a melhorar a competitivida-
Assim, o conceito de biotecnologia usado neste texto pretende ser o mais lato possível,
referindo-se a qualquer avanço tecnológico com base nas ciências da vida e que tenha aplicação prática e útil.
de do sector florestal português – e que vão do ordenamento do território à certificação da
Em décadas recentes a biotecnologia tem sido extensivamente usada em benefício do
floresta ou à prevenção de catástrofes – inclui-se a questão da inovação de base científi-
sector florestal num já elevado número de países. De entre os vários tipos de aplicação bio-
ca e tecnológica. De facto, de um modo geral e perante o tipo de ameaça acima menciona-
tecnológica hoje em curso, poderão destacar-se os seguintes:
da, poucas alternativas restam a uma pequena economia aberta como a de Portugal que não
passem, de uma maneira ou de outra, por tentativas de diferenciação, em particular melho-
· Identificação, sobretudo através de análises moleculares, de árvores geneticamente
superiores para um dado parâmetro de interesse económico.
ramento, do produto através de avanços científicos e tecnológicos – ou seja, alicerçados no
conhecimento sobre a floresta e seus derivados. É neste contexto que se torna pertinente
analisar o potencial impacto dos avanços recentes na área da biotecnologia na competitivi-
· Monitorização e promoção da diversidade genética das populações vegetais ou ecossistemas.
dade da fileira florestal, como proposto pelo estudo ViaBio. Em particular importa perceber
até que ponto o sistema científico nacional está preparado para contribuir de forma significativa para a vitalidade económica do sector e qual a receptividade do tecido empresarial
· Melhoramento de espécies arbóreas por modificação genética (aceleração do crescimento, aumento do volume, alteração do teor em fibra, resistência a pragas, etc.).
relevante relativamente à adopção de inovações tecnológicas. É esse o enquadramento do
trabalho que deu origem ao estudo e em particular a este capítulo – a tentativa de analisar
· Propagação de árvores através de cultura de tecidos.
as capacidades, fraquezas e particularidades do sistema científico português no que diz
respeito a uma articulação com o sector florestal para bem do mesmo.
· Avaliação do impacto ambiental, na floresta, causado por produtos de origem biotecnológica.
71 Dados da fao (Food and Agriculture Organization), que não incluem a area de montado nem dados referentes à exportação
de cortiça e derivados
72 Fonte: ine, Livro Verde do Sector Florestal, 1998
73 Fonte: Gabinete de Planeamento e Política Agro-Alimentar, Ministério da Agricultura
74 Outras espécies tradicionalmente importantes incluem o Castanheiro, o Carvalho e a Nogueira
· Compreensão e manipulação das propriedades biológicas de agentes causadores de
doenças nas árvores.
66
67
Fileira Florestal
· Preservação da biodiversidade.
Fileira Florestal
Tabela 5.1.
Principais centros académicos onde se desenvolvem investigação ou competências aplicáveis à floresta, com
breve descrição das áreas focadas.
· Protecção contra pestes ou condições climatéricas adversas através do uso de produtos biotecnológicos.
Para além destes, poderão ainda ser considerados processos biotecnológicos que, não
Instituições
Áreas Científicas Relevantes para a Floresta
Universidade Nova
itqb – Instituto de Tecnologia
Bioquímica vegetal, biotecnologia vegetal, engenharia
de Lisboa
Química e Biológica
genética, ecofisiologia molecular, propagação vegetal,
proteómica, genómica, morfogénese, propagação vegetativa,
interferindo directamente com a floresta, poderão ser importantes para a produção e qua-
melhoramento genético
lidade de produtos finais, ou seja, quaisquer processos que visem, por exemplo:
· Facilitar o tratamento da madeira ou resíduos florestais.
IBET – Instituto de Biologia
Genómica, proteómica, biologia molecular, bioquímica
Experimental e Biológica
vegetal, fisiologia vegetal, propagação vegetativa, engenharia
genética, melhoramento genético
· Melhorar a produção industrial de produtos de origem florestal (ex: papel).
Universidade Técnica
· Valorizar subprodutos e resíduos florestais com vista à produção de energia ou quais-
Centro de Estudos Florestais
Superior de Agronomia
quer outros produtos de utilidade.
Centro de Botânica Aplicada
Fisiologia vegetal, interacção planta-patogénio, genómica,
à Agricultura
proteómica, expressão génica, taxonomia, estudo de
diversidade genética
· Proteger o produto final (ex: cortiça) contra quaisquer agentes que afectem negativamente o seu valor comercial.
Ecologia de ecosistemas florestais, silvicultura, tecnologia
de produtos florestais
de Lisboa – Instituto
Universidade de Lisboa
Centro de Biotecnologia Vegetal
Melhoramento de plantas, biologia molecular, propagação
clonal, sistemas de regeneração in vitro, sistemas de
Faculdade de Ciências
transferência de genes, manipulação genética, gametogénese
No âmbito do presente relatório e relativamente a orientações estratégicas, há que ter
e fertilização, culturas in vitro
o cuidado de distinguir entre linhas de investigação que apresentam o potencial de resolver ou mitigar problemas imediatos (doenças, poluentes resultantes de processos indus-
Centro de Ecologia
Biodiversidade e conservação ecologia de comunidades
e Biologia Vegetal
vegetais, ecologia do solo, ecofisiologia das plantas
triais, etc.) e outras que representam sobretudo um abrir de novos horizontes em termos
mediterrânicas, metabolismo do azoto, modelação,
de oportunidade de mercado a médio e longo prazo. No primeiro grupo incluir-se-iam,
bioindicação e biomonitorização, revegetação de áreas
mediterrânicas degradadas
por exemplo, métodos ou estratégias para combate directo a pestes hoje existentes; no
segundo grupo poder-se-ia considerar projectos com a finalidade de conhecer e compreen-
Centro de Biologia Ambiental
Biologia celular, biotecnologia vegetal, ecologia
Centro de Engenharia Biológica
Fisiologia vegetal, bioquímica vegetal
Universidade do Algarve
CDCTPV – Centro de
Biotecnologia vegetal, fertilidade dos solos, fisiologia
Faculdade de Engenharia
Desenvolvimento de Ciências
vegetal, fitopatologia, genética e melhoramento, plantas
de Recursos Naturais
e Técnicas de Produção Vegetal
ornamentais, protecção integrada, virologia
ibmc – Instituto de Biologia
Biologia molecular e celular, genómica, proteómica
der o funcionamento de determinados organismos (sequenciação genómica, etc.).
Embora os projectos que visem a resolução de problemas imediatos possam ser mais
atraentes para investimento por parte de empresas do sector, outros de aplicação mais
ampla e a longo prazo poderão ter uma influência mais profunda e duradoura sobre a
competitividade da fileira florestal como sector económico. Este equilíbrio será um dos
pontos cruciais por trás de algumas observações e recomendações adiante elaboradas.
Universidade do Porto
Molecular e Celular
5.3. i&d aplicável ao sector florestal em Portugal
Ao longo do estudo ViaBio foram identificados cerca de 15 centros/departamentos/grupos de investigação universitários nacionais onde se desenvolve trabalho concretamente
Universidade de
Departamento Florestal
Silvicultura, melhoramento genético de plantas
Trás-os-Montes
e Alto Douro
Departamento de Fitotecnia
e Engenharia Rural
relevante para a floresta, em particular à luz dos interesses das empresas participantes no
estudo. Verificou-se que a maior parte dos grupos de investigação é de dimensão pequena
ou média, e muitos desenvolvem investigação fundamental ou mais imediatamente apli-
Departamento de Genética
Citogenética de vegetais, biodiversidade e melhoramento
e Biotecnologia
genético, genómica, proteómica, biologia molecular
Instituto Gulbenkian
Grupo de Desenvolvimento
Desenvolvimento, vegetal, reprodução sexuada,
da Ciência
Vegetal
biologia celular, genómica
sejam desenvolvidos estudos de possível aplicação à floresta num número limitado de
Universidade da
Departamento de Ciência
Engenharia enzimática
outros Institutos. As tabelas 5.1 e 5.2 abaixo mostram uma lista não exaustiva destes cen-
Beira Interior
e Tecnologia do Papel
cável a áreas próximas (ex: agricultura). A nível de laboratórios do Estado, a Estação Florestal Nacional (efn) destaca-se como o principal centro dedicado à área, embora também
tros e dos temas científicos sobre os quais se pretendem debruçar.
68
69
Fileira Florestal
Fileira Florestal
Tabela 5.2.
Laboratórios do Estado onde se desenvolve investigação ou competências alicáveis à floresta, com breve descrição dos objectivos declarados.
e o Grupo Portucel-Soporcel (www.portucelsoporcel.com), que estabeleceu, já há alguns
anos, o seu próprio centro autónomo de i&d, o raiz – Instituto de Investigação da Floresta
e do Papel (www.raiz-iifp.pt).
Instituição
Áreas Científicas
Objectivos declarados
De notar que a Celbi é frequentemente destacada do panorama nacional, entre a comu-
Instituto Nacional
efn – Estação
Ecofisiologia,
i&d no domínio do sector florestal,
nidade académica e mesmo entre executivos de empresas concorrentes, como um exem-
de Investigação Agrária
Florestal Nacional
caracterização de
contribuindo para a formulação e
plo histórico de visão inovadora, traduzida no constante investimento em, e aplicação de,
variabilidade genética,
concretização da política nacional de
melhoramento de plantas,
I&D florestal, quer através da elaboração
genética quantitativa,
de estudos tendentes a promover o
no aproveitar de oportunidades estratégicas de médio e longo prazo. Em relação a isto,
técnicas moleculares
desenvolvimento do sector quer apoiando,
não é estranha a influência que a mentalidade e os métodos de gestão escandinavos terão
e bioquímicas
a nível técnico e científico, as actividades
e das Pescas
de experimentação e demonstração
a nível regional
resultados de i&d, não só na resolução de problemas imediatos da empresa mas também
tido na empresa ao longo dos anos. Desse modo, será de ponderar até que ponto é que uma
evolução no sentido de tornar as empresas portuguesas do sector mais inovadoras não
terá inevitavelmente de passar pela endogeneização de práticas comuns em países tecno-
ean – Estação
Caracterização de solos,
i&d em matérias disciplinares, de fileira
Agronómica Nacional
fisiologia vegetal, cultura
produtiva ou em domínios horizontais ao
logicamente mais avançados (nomeadamente no sector em causa), especificamente atra-
in vitro, micropropagação
sector agro-rural, relacionados com as suas
vés de uma aposta clara na formação avançada dos quadros superiores das empresas
vegetal, engenharia
áreas científicas.
nas melhores escolas de gestão internacionais, bem como na incorporação de quadros
genética, técnicas
vindos de outros países e com experiência na aplicação de inovação tecnológica para
de produção
benefício da produtividade de empresas do sector florestal.
enmp – Est. Nacional
Fornecer a agricultura portuguesa com
Melhoramento
novas variedades e tecnologias no âmbito
de Plantas
das culturas arvenses e olivicultura
iict – Instituto de
Centro de Florestas
Contribuir para o desenvolvimento científico
Investigação Científica
e Produtos Florestais
de critérios de sustentabilidade para os
5.3.1. O sistema de i&d nacional e a sua relevância para a floresta
Como é sobejamente conhecido, Portugal está muito atrás da maior parte dos países ditos
Tropical
sistemas florestais tropicais
ineti – Inst. Nac.
Departamento
Biologia molecular,
Desenvolver competência em tecnologias
Engenharia, Tecnologia
de Biotecnologia
engenharia de proteínas,
biológicas, levando à modernização da
enzimologia industrial
indústria instalada e inovação de produtos
e Inovação
e processos
desenvolvidos, em particular da Europa e América do Norte, no que diz respeito à sua produção científica (ver Introdução do relatório ViaBio). Tal é agravado pelo facto da proporção
da despesa em i&d no País que é da responsabilidade dos privados, nomeadamente empresas, ser particularmente diminuta em relação à maior parte dos países industrializados.
Assim, o primeiro obstáculo que se coloca à produtividade e aplicabilidade da i&d florestal portuguesa – como em outras áreas – é o simples mas grave facto de o País, a despeito
da evolução positiva recente, claramente não apostar ainda o suficiente em i&d. E embora
Existem ainda diversos laboratórios com i&d não especificamente direccionada para a fi-
se esteja aqui a focar i&d que se pretende aplicável aos interesses de entidades privadas
leira florestal mas que aborda assuntos relevantes para a competitividade do sector (como
– designadamente empresas do sector florestal – o papel atribuível ao Estado não poderá
por exemplo investigação na melhoria de processos de transformação de material flores-
ser subestimado, uma vez que é crucial criarem-se no País competências e infra-estruturas
tal) ou que toca em áreas científicas e técnicas que poderão ser aproveitadas pelas empre-
de base científicas e para-científicas (protecção da propriedade intelectual, gestão da i&d,
sas que praticam (ou queiram praticar) i&d no sector – exemplos incluiriam o Centro de In-
transferência de tecnologia, etc), sem as quais o possível interesse dos actores privados em
vestigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos (ciceco) da Universidade de Aveiro, ou o Centro
apostar na i&d como estratégia competitiva estará seriamente comprometido.
para Engenharia Biológica e Química (cebq) do Instituto Superior Técnico. Dado que entre estes
Com base nas observações feitas ao longo deste estudo e também em noções plenamente
laboratórios se encontram centros de excelência reconhecidos internacionalmente, e dado
estabelecidas, algumas fraquezas que poderão estar a comprometer seriamente o aprovei-
que e investigação biológica aplicável à floresta – como em outras áreas – será cada vez mais
tamento de inovação tecnológica por parte do sector florestal português, e que podem ser
transdisciplinar, é de prever a extrema importância que terá a cooperação entre as empre-
apontadas ao sistema de i&d português como um todo, incluem:
sas do sector e estes grupos dedicados a áreas “paralelas”.
No que respeita às entidades privadas com fins lucrativos, verifica-se que um pequeno
número de grupos empresariais ligados à fileira florestal desenvolve trabalhos de investigação e desenvolvimento, com destaque para o Grupo Amorim (www.amorim.pt), a Silvicaima, a Celbi (pertencente ao grupo Sueco-Finlandês StoraEnso, www.storaenso.com),
· Dimensão reduzida – consequência do tamanho do próprio País e da sua população,
mas também dos tradicionais baixos níveis de educação formal e de importância atribuída à actividade de investigação científica.
70
71
Fileira Florestal
· Fragmentação da comunidade em pequenos grupos, muitos com actividades e objec-
Fileira Florestal
ii) Os critérios de avaliação e financiamento dos projectos de investigação:
tivos sobreponíveis mas com baixos níveis de intercomunicação ou sinergia (ver tabe-
o envolvimento de especialistas vindos da indústria na avaliação de projectos; a par-
las acima).
ticipação de entidades estrangeiras; o relevo dado à componente de resolução de problema, por oposição à de acumulação de conhecimento, nos projectos a financiar com
· Falta de perspectivas para o desenvolvimento de carreiras científicas, na ausência
fundos públicos; a coordenação entre a aplicação de fundos públicos e financiamento
de, por um lado, sectores industriais que desempenhem actividades de i&d de forma
privado ao longo da cadeia de valor da i&d aplicada; os critérios de distribuição de
contínua e, por outro, uma carreira de investigação propriamente dita dentro do sis-
financiamento como prémio à excelência dos melhores, por oposição à distribuição
tema académico.
equilibrada por todos; a definição de temas prioritários, sobretudo do ponto de vista
económico, dentro de cada área científico-tecnológica e a adaptação da duração dos
· Falta de enfoque, em termos de investimento, num grupo restrito de áreas científicas
específicas onde porventura haja mais competências e, principalmente, em linhas de
i&d – seja ela fundamental ou de aplicação óbvia – que tenham como ponto de partida problemas práticos.
ciclos de financiamento aos ciclos de inovação e desenvolvimento de produto característicos de cada sector (e que no florestal podem ser particularmente longos).
iii) A definição de projectos estrategicamente cruciais, de prioridade máxima para
investimento a longo prazo por parte do Estado, com relevância para a resolução de
problemas económicos reais, com participação de agentes privados nacionais e estran-
· Alguma escassez e dispersão de recursos ou ineficiente aproveitamento dos mesmos,
nomeadamente a nível de infra-estruturas ou equipamentos.
geiros, aproveitando competências científicas multidisciplinares e criando competências múltiplas a nível local.
iv) A capacidade de lobbying por parte de entidades nacionais: a organização de interes-
· Pouca ligação à indústria – consequência da atitude histórica das universidades e de
ses nacionais para apresentação coordenada a nível de financiadores transnacionais; a
uma colagem, também histórica, da indústria a actividades tradicionais, de baixo valor
definição de pontos de equilíbrio entre interesses económicos e capacidade científica
acrescentado e onde a inovação não é o mais importante factor de competitividade.
em áreas chave relativamente a outros países; a definição de grupos mistos indústria/
universidade nacionais para exercício de pressão sobre decisões a nível europeu.
· Pouco poder de influência e baixo reconhecimento a nível internacional, fruto dos
factores acima descritos e também, sobretudo recentemente, de alguma falta de coordenação a nível do lobbying junto de entidades transnacionais, em particular europeias.
5.3.2. Aspectos particulares da i&d aplicada ao sector florestal
A i&d desempenhada em Portugal e aplicável ao sector florestal sofre naturalmente das
limitações gerais impostas pelas fraquezas do sistema nacional de i&d acima descritas.
Assim, no que respeita à aposta do Estado em i&d, e para além do aspecto puramente
Existem no entanto alguns factores que poderão distinguir especificamente aquela área
quantitativo – traduzível por exemplo em números de bolsas para formação avançada de
e que porventura poderão ser essenciais para a definição e implementação de estratégias
recursos humanos e na quantidade de dinheiro investido em infra-estruturas e equipa-
para a promover.
mento – existe um problema organizacional. Com efeito, de pouco serviria ao sector flo-
Em primeiro lugar, a enorme importância das indústrias florestais como recurso eco-
restal um aumento do investimento estatal em i&d se não fossem tomadas medidas no
nómico para o País aliada à conjuntura internacional actual faz com que este seja um sec-
sentido de reorganizar algumas componentes do sistema científico nacional.
tor onde a promoção da i&d seja facilmente identificada como prioritária. De facto, ao
Entretanto, a questão fulcral será como combater, contornar ou ultrapassar as limita-
contrário de outros sectores onde, a nível internacional, a aplicação da biotecnologia tam-
ções actuais do sistema científico nacional, no sentido de favorecer a absorção de novas
bém tem causado grande impacto (como o medico-farmacêutico, por exemplo) no caso da
(bio)tecnologias por parte das empresa em prol da economia nacional.
fileira florestal existem razões concretas para considerar que em Portugal poderão verificar-
De entre os factores passíveis de serem ponderados dentro da perspectiva do presente
se as condições fundamentais para que a indústria, ao beneficiar de resultados de i&d, se
relatório, e tendo em especial atenção as opiniões e dados recolhidos ao longo deste estudo,
torne (ou permaneça, em alguns casos) competitiva ao nível internacional e para que pro-
poder-se-ão salientar:
blemas internos sejam abordados e resolvidos com soluções com origem no próprio País.
i) O papel dos laboratórios do Estado: os limites da sua actuação; os critérios para a sua
Por outras palavras, existe em Portugal um recurso de base – a floresta e a indústria que à
avaliação; a sua relação com as universidades; a organização do pessoal científico e cri-
volta dela se desenvolveu – que não tem paralelo em muitos outros sectores e que poderá
térios de progressão na carreira; a importância das relações com agentes privados e o
constituir um factor de diferenciação em relação às políticas de i&d de outros países.
acesso aos recursos humanos, materiais e de informação de que dispõem, por parte de
entidades externas.
Em segundo lugar, a estreita ligação e interdependência do sector florestal em relação a factores eminentemente locais – as espécies vegetais, o solo, o clima, os hábitos
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73
Fileira Florestal
Fileira Florestal
da população – faz com que a inovação tecnológica verificada noutros países possa mui-
Ainda em relação ao eucalipto, verificou-se que, em contraste com o relevo económico
tas vezes não ser aplicável ao sector em Portugal. Ou seja, ao contrário do que se passa em
da sua exploração comercial, a capacidade dos grupos de investigação portugueses que
outros sectores, a noção de que a investigação científica pode trazer benefícios à indústria
estudam a planta de entrarem em consórcios internacionais e neles terem um papel pre-
da fileira florestal não deverá ser acompanhada da esperança de que o progresso verificado
ponderante é extremamente limitada. Segundo opinião geral da comunidade científica e
noutros países irá necessariamente beneficiar a economia portuguesa nesta área. Conse-
empresarial, tal deriva não só da falta de dimensão dos grupos portugueses (a nível finan-
quentemente, este é um sector onde a capacidade local de gerar inovação directamente
ceiro e outros), mas também da ausência de uma política científica de longo prazo que
relevante para a produtividade das empresas será um factor primordial para a manuten-
permita compromissos significativos por parte dos cientistas portugueses. Esta situa-
ção da sua competitividade global. Por outras palavras, é mais difícil importar inovação
ção parece ser comum, aliás, a toda a investigação de relevo para a fileira florestal, e torna-
tecnológica de modo eficiente na fileira florestal do que noutros sectores.
se grave devido ao facto de que a melhor i&d neste tipo de área ser cada vez mais levada a
Em terceiro lugar, e mais do que acontece em muitas áreas como a farmacêutica e a ali-
cabo por redes internacionais.
mentar, existe na fileira florestal alguma tradição, não muito antiga mas ainda assim sig-
O mesmo tipo de situação foi observado em relação ao sobreiro, espécie de cujo pro-
nificativa, de investimento na investigação científica por parte de empresas emblemá-
duto de maior importância económica – a cortiça – Portugal é o maior produtor e exporta-
ticas. Com efeito, este será dos poucos sectores da indústria portuguesa acerca dos quais se
dor mundial. Neste caso verifica-se que, em parte devido a problemas inerentes ao produto
poderá afirmar que muita da melhor investigação realizada nos últimos anos, mesmo se
propriamente dito como o do tca (2,4,6-tricloroanisol, composto de origem bacteriana que
incipiente, foi feita por, ou em parceria estreita com, grandes empresas.
dá origem ao conhecido “sabor a rolha”), a conjuntura internacional parece estar a favo-
Não deixa no entanto de ser surpreendente e porventura paradoxal que a quantidade e a
recer soluções eventualmente substituintes da cortiça para a sua principal aplicação – as
qualidade da investigação financiada por fundos públicos nesta área, em Portugal, não pa-
rolhas. Aqui conclui-se que existe uma clara ameaça mas também uma oportunidade para
reça ter especial relevância. Não parece haver nenhuma preponderância particular da i&d
desenvolvimento tecnológico, uma vez que se poderia supor que Portugal seria o local
relacionada com a floresta dentro do panorama científico nacional, nem há registo de que
ideal para, em paralelo, se estudar estratégias de base tecnológica para melhoramento
esta seja uma área em que o Estado português invista recursos de forma significativa. Talvez
da qualidade da cortiça (passando pela resolução do problema do tca) e se desenvolver
como consequência, os poucos grupos e centros de investigação académicos que se dedicam
novas aplicações comerciais e industriais, tanto da própria cortiça como de subprodu-
a temas relacionados com a floresta não têm tido acesso à participação plena em grandes
tos resultantes da sua produção a partir do sobreiro.
projectos internacionais, por exemplo de sequenciação ou estudo de genomas de espécies
florestais – mesmo quando aparentam ser de relevância para a economia portuguesa.
Olhemos em particular para o exemplo do eucalipto. A espécie Eucalyptus globulus tem
sido desde há décadas explorada por importantes empresas portuguesas, como o Grupo
O que se observa, no entanto, é que o interesse por parte do sistema científico nacional
no problema da cortiça ou no sobreiro em geral é reduzido (ver tabelas acima), limitandose a um pequeno número de investigadores sem qualquer projecto comum de longo prazo
ou fortes ligações à indústria.
Portucel-Soporcel ou a Celbi, e a sua relevância para a economia portuguesa é inquestio-
Por outro lado, existem reservas entre a comunidade científica em relação a colaborar
nável, fazendo do sector da pasta e papel um dos pilares da economia nacional. Enquanto,
com empresas, reservas essas que podem ser um factor determinante para o desfasamento
por um lado, se verifica que empresas como as acima mencionadas têm programas de i&d
entre interesses académicos e económicos. Em particular, parece haver um problema de
estruturados (mesmo que de dimensão relativamente reduzida) e redes de contactos efi-
comunicação entre as partes, que poderá ter a ver com alguma falta de visão de mercado
cazes dentro da comunidade científica internacional, verificou-se ao longo deste estudo
(ou de um fim útil para a investigação) por parte de cientistas, mas também com alguma
que o interesse da investigação académica nacional no eucalipto é praticamente ine-
falta de noções concretas sobre a complexidade, as incertezas e os timings da investi-
xistente. A espécie mencionada, em particular, é abundante em Portugal e apresenta
gação científica por parte dos gestores empresariais. Uma outra reserva parece ter a ver
características importantes para a qualidade do papel, constituindo um factor de diferen-
com alguma desconfiança (ou desilusão) por parte dos investigadores académicos relati-
ciação qualitativa para a indústria de pasta e papel portuguesa; várias daquelas caracterís-
vamente às motivações que as empresas terão ao entrar em colaborações com grupos de
ticas poderiam ser melhoradas, contudo, por processos biotecnológicos – por exemplo, o
i&d não empresarial. De facto, verifica-se a noção comum (e não apenas entre a comuni-
crescimento da planta, a densidade da madeira ou o seu teor celulósico. Mas na realidade
dade académica) de que actualmente, em Portugal, a grande motivação para as empresas
observou-se que quase nenhum trabalho é feito a nível académico em Portugal sobre estes
entrarem em projectos conjuntos baseia-se apenas no acesso relativamente fácil a fundos
temas. Sendo a capacidade das empresas nacionais para apostar em i&d limitada (ques-
que poderão cobrir os seus gastos correntes – e não o real investimento em oportunida-
tionando-se a própria viabilidade financeira de programas de i&d internos e autónomos
des estratégicas inovadoras representadas pelas ditas colaborações.
em cada empresa), tal leva a que, ao contrário do que acontece noutros países, ainda existam obstáculos técnicos de monta por ultrapassar no que respeita a uma espécie de vital
importância económica para o País.
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Fileira Florestal
5.3.3. Pontos para intervenção específica
Com base na recolha de informação feita ao longo do estudo ViaBio, tanto respeitante
à fileira florestal como ao sistema científico nacional, em particular no que respeita às
Fileira Florestal
zando e melhorando técnicas e estratégias hoje em uso como micropropagação, a
cultura de meristemas, a variação somaclonal, a selecção in vitro, a cultura de protoblastos e a hibridação somática, entre outras tecnologias.
biotecnologias, poder-se-á identificar um conjunto de áreas ou temas onde uma intervenção a médio prazo, articulada entre governo e entidades privadas, poderá contribuir para
melhorar radicalmente as perspectivas do sector.
· Aproveitamento energético de resíduos florestais. Uma das vertentes em que a floresta poderá afirmar-se como recurso de extrema importância para Portugal é a
da produção de energia. Vários processos biotecnológicos são hoje postos em prá-
i)Definição de áreas tecnológicas de grande interesse socio-económico
tica por todo o Mundo no sentido de aproveitar resíduos agrícolas e florestais para
uma eficiente produção de energia, em particular na forma de alternativas aos com-
Do ponto de vista do financiamento público – seja ele directo ou através de atribuição
bustíveis fósseis como o bioetanol ou o biodiesel (embora neste segundo caso os
de benefícios indirectos a entidades privadas – e do investimento privado deverão ser
processos não sejam fundamentalmente biotecnológicos). Tendo em conta o posi-
ponderadas estratégias segundo as quais uma especial atenção (mesmo que não exclu-
cionamento de Portugal relativamente a necessidades energéticas, bem como as
sividade) seria dada a determinadas áreas de aplicação tecnológica. Partindo da oferta
directivas europeias em relação à poluição atmosférica, esta é uma área de interesse
patente dentro do panorama científico nacional, e enquadrando-a no actual contexto
premente. Será então crucial promover a investigação na área, bem como promover
científico e económico internacional, tais áreas poderão incluir as seguintes:
iniciativas, incluindo de i&d, que vão no sentido de harmonizar os interesses dos
· Análise genómica. Embora o esforço para sequenciar por completo o genoma de
produtores florestais com os dos produtores energéticos dentro do mesmo âmbito
um organismo em particular (ex: sobreiro) não seja a melhor opção em termos de
(ver Capítulo 4 deste relatório).
estratégia científica ou económica, é urgente a criação a nível nacional de competências e infra-estruturas de base (incluindo equipamento) que permitam à comu-
· Exploração de novas aplicações para cultivos ou produtos florestais. Perante a
nidade científica nacional extrair informação genómica de relevo sobre espécies de
ameaça de substituintes para produtos como a rolha de cortiça e de variantes de
interesse económico, assim como entrar em posição negocial minimamente confor-
muito alto rendimento de determinados cultivos provenientes de diferentes zonas do
tável nos melhores consórcios internacionais para estudo de genomas. É crucial que
globo (ex: eucalipto), será necessário apostar na aplicação de novas (bio)tecnologias,
a criação de competências nesta área tire o melhor partido das capacidades já existen-
nomeadamente de processo, ao nível do desenvolvimento de aplicações inovadoras
tes, pondo-as a funcionar em rede, e que o esforço seja dirigido para capacidades mul-
para as próprias espécies vegetais ou para os produtos delas derivados. O exemplo
tidisciplinares e polivalentes, passíveis de evoluir e ser rentabilizadas a longo prazo,
do uso da cortiça para substituir o polipropileno é ilustrativo deste conceito.
mais do que para um tipo específico de problema ou área científica (dentro do tema
transversal que é a genómica) que pareça relevante num determinado momento.
ii) Organização da i&d pública
· Estudos de melhoramento genético. Um ponto vital para a mais eficiente explo-
Uma outra particularidade do sector da i&d aplicada à floresta é que, porventura devido
ração de vários recursos florestais é o da capacidade de melhorar geneticamente
à ausência de programas ou iniciativas das entidades estatais para promoção especí-
alguns cultivos. Em termos relativamente simplistas, esse melhoramento pode ser
fica do sector, nota-se uma tentativa clara de organização em rede por parte de gru-
posto em prática por métodos clássicos ou por manipulação genética. Será portanto
pos de investigação, tanto académicos como ligados às empresas, no intuito de levar
de extrema relevância, por um lado, dar prioridade à criação e ao reforço das compe-
a cabo esforços conjuntos. Exemplos disto são os projectos SilvInova, que propõe um
tências científicas nesta área, em coordenação estreita com quaisquer iniciativas ou
reordenamento da oferta de biotecnologia florestal, os esforços no sentido de formar
estratégias aplicáveis à área da genómica, e, por outro lado, levantar quaisquer bar-
uma estrutura nacional de acompanhamento da Plataforma Tecnológica europeia
reiras legislativas ou de percepção pública relativamente à manipulação genética de
para o “Forest-based Sector”75, e em particular a proposta de uma Plataforma Nacio-
cultivos florestais, tanto para fins experimentais como para comercialização.
nal de Genómica Funcional de Plantas, que pretende congregar competências a nível de
grupos de investigação nacionais e servir de interface com esforços levados a cabo
· Estudos de propagação vegetativa. A clonagem de espécies florestais pode ser fun-
noutros países. Ambos os projectos incluem a participação de grupos vindos tanto
damental para a competitividade do sector mas exige tipicamente investimentos
das universidades como da indústria. É importante que este tipo de esforço “bottom-
avultados. Por isto, uma das áreas de investimento prioritário será o estudo de vias
up” seja reconhecido e tenha eco em medidas concretas de incentivo, financiamento
para reduzir estes custos e/ou aumentar a sua rentabilidade, eventualmente utili-
75 Ver www.forestplatform.org
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Fileira Florestal
e acompanhamento por parte de entidades governamentais (“top-down”). Sobretudo
Fileira Florestal
iii) Financiamento público
será necessário evitar duplicação de esforços com iniciativas governamentais.
Partindo dos esforços vindos da comunidade científica, poder-se-ão criar as ferramen-
A nível do financiamento público de i&d, e para além da óbvia necessidade de uma con-
tas adequadas à articulação das redes nacionais com os grandes lobbies internacio-
tinuação do aumento do mesmo em convergência com o resto da Europa e os EUA, as
nais do sector. Dever-se-á estabelecer um conjunto de critérios de excelência muito cla-
observações deste estudo tornaram óbvia a necessidade de uma ponderação de novas
ros para seleccionar quais os grupos portugueses que deverão participar em consórcios
iniciativas, ou alterações nas já existentes, que favoreçam a captação do investimento
internacionais, e a partir daí deverá haver uma intervenção activa por parte de entida-
para projectos de grande potencial económico na área florestal.
des governamentais e das empresas no sentido de apoiar essa participação, ajudando
Em primeiro lugar, e de um modo genérico, verificou-se ser imperativo um levanta-
a colocar os grupos portugueses em posição de força negocial perante os congéneres
mento das barreiras burocráticas e processuais que dificultam que os programas
internacionais. Exemplos de iniciativas que poderão ser importantes nesta perspectiva
geridos por entidades como a Agência de Inovação sejam um verdadeiro catalisador
incluem a criação, em Portugal, de programas específicos para intercâmbio de cientis-
de inovação industrial. Em particular, é claramente necessário que o tempo de avalia-
tas dentro de consórcios internacionais em que Portugal participe, assim como a exis-
ção e resposta dos programas de financiamento público se coadune com os requisitos
tência de fundos para aquisição de equipamentos ou infra-estruturas que permitam às
de competitividade tecnológica – em particular biotecnológica – em que a rapidez é
equipas nacionais fixarem parte das actividades de i&d dos consórcios em Portugal.
um factor determinante. Também é necessário que a avaliação de projectos com com-
Ainda no contexto da integração da i&d portuguesa em redes internacionais, será
ponente forte de i&d, vindos das empresas ou de parcerias empresa-universidade, seja
importante a existência de mecanismos pro-activos de apoio à participação de enti-
feita com base, acima de tudo, em critérios simultaneamente científicos e de mer-
dades portuguesas, nomeadamente consórcios universidade-indústria, em candidatu-
cado. Ou seja, é necessário reunir painéis de avaliação – tipicamente internacionais –
ras às principais fontes de financiamento do 7º Programa-Quadro (7pq) da Comissão
que juntem o saber científico à experiência de indústria e de mercado.
Europeia – o que pressupõe um papel activo de interacção com as empresas e os gru-
Por outro lado, conclui-se ser necessário dar às iniciativas de promoção e financiamento
pos de investigação por parte de organismos governamentais, em particular o Gabi-
da i&d uma componente de orientação eminentemente prática, nomeadamente tor-
nete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (grices) do Ministé-
nando prioritário o critério de resolução de problemas na avaliação de projectos, no
rio da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, ou quaisquer entidades semelhantes que
próprio delinear das regras para cada programa e no acompanhamento da execução
possam vir a existir. Talvez ainda mais crucial seja promover estratégias que dêem
dos projectos. Do ponto de vista da i&d aplicada à floresta é vital o estímulo a esfor-
à indústria e ao sistema científico portugueses a capacidade de influenciar decisões
ços que, independentemente da distância a que estão do mercado, sejam pensados e
a nível europeu relativas a áreas de investimento prioritário. Tal só poderá ser con-
executados com a preocupação do “problema a resolver” em mente. Em termos prá-
seguido com acções concertadas junto da Comissão Europeia por parte de grupos
ticos, tal poder-se-á traduzir numa nova organização de áreas a financiar por fundos
permanentes envolvendo decisores dos grandes grupos industriais (cortiça, papel,
públicos (geridos por fct, AdI, etc.), a qual, ao invés de se basear numa divisão por
madeira...), eventualmente algumas associações industriais, e responsáveis pelo sis-
disciplinas clássicas (biologia celular, bioquímica, genética...) passaria a estruturar-
tema científico português. O resultado deverá ser uma participação na redacção dos
se segundo os problemas a combater (doenças, catástrofes, recursos em falta...), esti-
documentos-chave que servem de base à definição, pela Comissão Europeia, das áreas
mulando projectos multidisciplinares – aliando a ciência dita “fundamental” à mais
prioritárias de investigação, e a subsequente inclusão explícita nesses documen-
directamente aplicada – mas com um fim bem definido e uma postura, à partida, arti-
tos de áreas tidas como estratégicas para Portugal. Tradicionalmente o País tem-
culável com interesses económicos.
se alheado deste processo, o qual deveria aproveitar os elementos nacionais presentes nas várias Direcções Gerais da Comissão Europeia, em articulação com a reper 76e
iv) Aspectos paralelos à actividade científica
os próprios deputados Europeus, realizando uma constante e sustentada diplomacia
económica de carácter científico e tecnológico.
Para além do problema básico do financiamento, organização e promoção da Investigação e Desenvolvimento feitos em Portugal, existe uma série de aspectos paralelos à
actividade científica que são de grande importância para a tradução desta em retorno
económico – alguns dos quais assumem particular importância quando se fala de inovação biotecnológica. Não deverá deixar de ser mencionada a necessidade premente,
verificada neste estudo, de criação ou melhoria de interfaces que facilitem a transfe-
76 Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia
rência de tecnologias entre a academia e a grande indústria portuguesa. Tal poderá
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Fileira Florestal
Fileira Florestal
passar, entre outras componentes, pela formação de recursos humanos especializados
Durante o estudo, e em particular para o sector em questão, foi dado ênfase às tecnolo-
na protecção jurídica da propriedade industrial (pi) e simultaneamente com experiên-
gias nacionais, sendo a análise das tendências internacionais sobretudo uma ferramenta
cia de investigação científica (em particular em biociências), bem como pela difusão
para uso comparativo. A listagem total dos projectos compilados para o levantamento das
de boas práticas na transferência de tecnologia (licenciamentos de direitos de pi, entre
competências científicas nacionais e internacionais nas áreas científicas seleccionadas
outras.) entre as grandes empresas e universidades portuguesas.
pode ser consultada em anexo (Anexo d).
Uma das fraquezas identificadas ao longo deste trabalho decorre da incapacidade, reve-
Ao contrário do que se passou nos outros sectores analisados ao longo deste estudo (têx-
lada (e afirmada) por parte de indivíduos e entidades ligadas à i&d não empresarial,
teis, alimentar, ambiente e energia), no caso da fileira florestal a equipa não conseguiu
de comunicar e demonstrar às empresas a existência, o valor e a aplicabilidade de
descobrir tecnologias ou linhas de investigação que se viessem a revelar de particu-
determinadas linhas de investigação. Esse seria o papel de grupos especializados que,
lar interesse para as empresas (logo, presumir-se-á, para o sector industrial). Tal será, em
estando dentro ou fora dos centros de i&d, tenham como objectivo a eficiente transfe-
parte, uma consequência directa da facto de – como foi aliás descrito acima – haver uma
rência de tecnologias para a indústria.
desproporção clara entre a importância da floresta na economia portuguesa e a capaci-
De modo simétrico, será de importância crucial que as empresas (pelo menos a partir de
dade ou interesse demonstrado pelo sistema científico nacional na área. Por outro lado,
uma determinada dimensão) definam equipas internas cuja actividade seja exclusiva-
e como também foi já observado, verifica-se que nesta área as empresas mais representa-
mente dedicada à busca de inovação tecnológica. Quando não existe a dimensão crí-
tivas já têm criadas capacidades internas de i&d ou de prospecção tecnológica, inclusiva-
tica necessária para suportar de forma rentável equipas de i&d, as empresas que deci-
mente utilizando investigadores experientes e com fortes ligações ao sctn e à comuni-
dam apostar em inovação deverão formar grupos dedicados à prospecção tecnológica
dade científica internacional, pelo que dificilmente um trabalho com as características e a
a nível nacional e global e à interacção com cientistas e entidades do Sistema Cientí-
duração do estudo ViaBio poderia vir a acrescentar algo que significativo ao conhecimento
fico e Tecnológico Nacional (sctn). Tais grupos devem ser constituídos por elementos
e às competências residentes.
com formação científica avançada e com conhecimentos práticos de gestão empresarial – de preferência com uma boa noção da actividade da sua empresa como um todo.
Na maior parte dos países onde os resultados de i&d têm sido mais eficazmente traduzidos em benefícios para a indústria, uma das vias mais frequentes para essa mesma tra-
5.5. Recomendações
Com base em tudo o que foi observado a nível de fileira florestal ao longo deste estudo
poder-se-ão então elaborar as seguintes recomendações:
dução tem sido a formação de novos projectos empresariais (spin-offs) a partir de linhas
de i&d provenientes das universidades ou entidades similares. A criação de condições,
· A investigação aplicada à fileira florestal deverá passar a ser tratada pelas entidades
a nível burocrático e jurídico, que facilitem a formação de novas spin-offs, e sobretudo
estatais ligadas à inovação como uma área tecnológica de intervenção específica
a existência de ferramentas de investimento que permitam tais projectos tornarem-se
ou diferenciada, muito embora transdisciplinar, para a qual devem ser desenhados
competitivos, pode ser um elemento fundamental para que as grandes empresas pos-
medidas e programas próprios, adaptados à realidade científica e sobretudo econó-
sam ir buscar inovação a quem mais bem preparado esteja para a transferir.
mica nacional e internacional.
A inovação biotecnológica deverá ser uma das componentes desta área de intervenção. Terá de ser dada particular
5.4. Tecnologias
Como referido anteriormente, o estudo ViaBio contou com a participação de duas
atenção aos ciclos de desenvolvimento de produto próprios do sector, equilibrando uma perspectiva de mercado com
um entendimento do tipo de resultados de i&d que podem ser obtidos a curto e a longo prazo.
empresas do sector florestal, o Grupo Portucel-Soporcel e o Grupo Amorim. As áreas tecnológicas seleccionadas por essas empresas como sendo as de maior interesse do ponto de
vista de intervenção da biotecnológica foram as seguintes:
· Dever-se-á proceder a uma reorganização das instituições estatais e da articulação
entre grupos de investigação universitários, empresariais e vindos de laboratórios do
· Biotecnologia no melhoramento e na caracterização da matéria-prima;
Estado.
· Genómica para melhoramento das características do cultivo;
Em particular deverá ser reavaliado o papel de centros como a Estação Florestal Nacional (efn), de modo a se tirar
· Aproveitamento de subprodutos e resíduos;
melhor partido das suas potencialidades humanas e logísticas, ao mesmo tempo aliviando o peso da máquina buro-
· Em particular, valorização energética de subprodutos e resíduos;
crática associada a estas instituições, porventura criando um novo esquema de progressão na carreira científica estatal aliado à excelência e a um sentido de missão de serviço público, e não a regras de puro funcionalismo público.
Foram compilados e analisados 17 projectos relativos às áreas acima listadas, incluindo
projectos “portugueses” desenvolvidos em 4 instituições de i&d pertencentes ao sistema
científico e tecnológico nacional.
· Dever-se-ão criar novos tipos de programas de financiamento em cooperação publicoprivada, partindo das iniciativas já emergentes na comunidade científica, de modo a
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Fileira Florestal
Fileira Florestal
apoiar a existência e funcionamento de redes nacionais transdisciplinares e autó-
sucesso – assim como da formação avançada dos executivos nas melhores escolas de
nomas de laboratórios que trabalhem de forma coordenada, tendo objectivos de rele-
gestão do Mundo.
vância económica em mente, mesmo que partindo de plataformas tecnológicas.
Esta estratégia deverá partir de uma vontade e aposta das próprias empresas, mas poderá em alguns casos beneficiar
Um exemplo de iniciativas emergentes na comunidade científica será o Programa Nacional de Genómica de Plantas,
de medidas governamentais dirigidas ao apoio de certos tipos de formação especializada e de alto nível e de recruta-
que já está organizado e envolve elementos de destaque das comunidades empresarial e académica. Embora se chame
mento de recursos humanos especializados.
a estas redes “nacionais”, recomenda-se que elas tirem proveito também da melhor I&D praticada noutros países, integrando grupos não portugueses, em prol de interesses essencialmente nacionais.
· Deverá ser identificado um número limitado de projectos estruturantes, que permitam fixar em Portugal competências e conhecimentos em áreas transversais e de inte-
· Na sequência do ponto anterior, deverão existir fundos específicos para suporte
resse tanto a curto como a longo prazo (ex: Genómica), e colocar o País em melhor
financeiro a redes transdisciplinares de i&d dirigida à resolução de um número limi-
posição para competir por fundos e parcerias transnacionais. Tais projectos deverão
tado de problemas escolhidos como prioritários para a floresta (e para outras áreas –
ser postos em prática com base em – ou em íntima articulação com – as redes transdis-
ver demais secções do relatório), os quais deverão ser significativamente suportados
ciplinares e iniciativas da comunidade já em curso e acima mencionadas.
por empresas do sector, tendo gestão autónoma e executada por equipas de peritos
Exemplos de projectos estruturantes poderão incluir programas de melhoramento de espécies de relevância econó-
académicos e industriais.
mica, a participação portuguesa em programas internacionais de sequenciação de genomas, ou ainda a procura de
As empresas que participem no financiamento de fundos que suportem as redes deverão ser elegíveis para determi-
novas aplicações comerciais/industriais para produtos como a cortiça.
nados benefícios (ex: fiscais) ou para acesso prioritário a tecnologias ou serviços relacionados com a sua valorização,
sendo importante o delinear de um processo que permita este acesso sem gerar conflitos de interesse.
· Deverá ser redefinida a intervenção dos organismos responsáveis pela internacio-
Em termos mais gerais, e relevantes para todo o sistema de inovação português:
· Deverá ser repensada a forma de avaliação de projectos de investigação candidatos
nalização da i&d nacional, especificamente criando, no seu seio, um grupo dedicado
a financiamento público que tenham como objecto a resolução de problemas da flo-
ao sector da floresta, formado por decisores da indústria, do governo e do sistema aca-
resta portuguesa, nomeadamente introduzindo uma componente forte de perspectiva
démico, no sentido de reforçar a presença portuguesa nos melhores consórcios inter-
de mercado nos critérios dessa avaliação.
nacionais, a captação de fundos comunitários e sobretudo a influência dos interesses
nacionais sobre as decisões tomadas pela ce a respeito do sector.
· Dever-se-á dar forte prioridade a iniciativas de reforço das competências relevantes
Deverá ser delineada uma estratégia de lobbying por sectores cruciais para Portugal, como a floresta, eventualmente par-
para a transferência de tecnologias entre grupos de investigação académicos, pmes
tindo de organizações já existentes (ex: grices), ou criando novas entidades financiadas apenas em parte pelo Estado,
e as grandes empresas do sector da fileira florestal. Em paralelo, deve ser estudada a
mas sempre garantindo a participação activa das empresas e a autonomia em relação a agências governamentais.
criação de um mecanismo cuja função seja a de permanentemente monitorizar as
necessidades tecnológicas das empresas e do sector como um todo, e de consequen-
· Deverão ser estabelecidas ou reforçadas, por parte da indústria e com eventual papel
facilitador do Estado, parcerias estratégicas de longo prazo entre os principais gru-
temente procurar soluções para aquelas que possam surgir entre a comunidade científica nacional ou internacional.
pos com interesse na exploração da fileira florestal, os produtores florestais e o sector energético no sentido de partilhar o aproveitamento de resíduos para produção
· Quaisquer medidas especificamente dedicadas à i&d florestal deverão imprescin-
de energia.
divelmente ser acompanhadas de medidas de fundo no sentido de continuamente
Deverá ser necessária uma articulação entre os vários esforços de prospecção ou inovação tecnológica já em curso em
reforçar o financiamento da ciência em Portugal, as parcerias público-privado, a for-
algumas grandes empresas dos sectores florestal, ambiental e energético, no sentido de enveredar por uma estratégia
mação de recursos humanos especializados (em ciência e áreas paralelas) e a atracção
de i&d comum entre elas, eventualmente transponível depois para cooperação ao nível de exploração dos produtos.
de talento e de investimento estrangeiro.
· Deverá ser reforçada a assimilação de boas práticas de gestão da inovação comprovadas em diferentes parte do mundo, nomeadamente através da incorporação nas
empresas de recursos humanos especializados em gestão de tecnologias – eventualmente vindos de países onde a inovação biotecnológica na floresta já deu provas de
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VIAbio
6. Sector Têxtil
Sector Têxtil
cou uma perda de duas posições no ranking mundial de 18 para 20, respectivamente77. A
nível da União Europeia (eu), o maior exportador tem sido a Alemanha com uma quota de
6.1. Enquadramento
Nesta secção do relatório é traçado um panorama geral sobre a aplicação da biotecnolo-
14,5% em 2004 (13,5% em 2000). Portugal ocupou a 14ª posição nesse ano, com uma quota
de 1,9%, mantendo a sua posição face a 200079.
gia ao sector Têxtil e sobre a capacidade de i&d pública e privada portuguesa associada ao
Em 2004 o peso das exportações do sector têxtil e vestuário português representou cerca
sector – seja ela assente em universidades, centros/departamentos de i&d, laboratórios do
de 15% das exportações totais nacionais, contrastando com os valores de 1987 em que
estado, centros tecnológicos ou empresas. Ao longo desta componente do estudo ViaBio
os têxteis representavam aproximadamente 33%. No que se refere à balança comercial dos
foi feita uma tentativa no sentido de identificar oportunidades e soluções que possam ser
têxteis é de notar uma diminuição das exportações entre 2000 e 2004, de 1.884 milhões de
absorvidas pelas empresas têxteis de modo a melhorar processos, criar novos produtos e
Euros para 1.563 milhões de Euros, respectivamente. Consequentemente, verificou-se uma
trazer benefícios ao próprio sector. Pretendeu-se também, com base na recolha de um ele-
diminuição do peso das exportações no pib de 1,57% em 2000 para 1,11% em 200479.
vado número de dados e opiniões, chegar a conclusões que permitissem a elaboração de
O desempenho das empresas do sector têxtil e vestuário nacional foi recentemente clas-
recomendações que visem auxiliar as empresas e o sector em geral a identificar, seleccio-
sificado de acordo com indicadores de crescimento do volume de negócios e de produ-
nar e endogeneizar (bio)tecnologias inovadoras.
tividade de trabalho, entre outros. O ranking de 2005 das empresas com maior volume
A indústria têxtil é um sector muito vasto e complexo. Engloba a produção e a aquisição
de negócios foi liderado pela Coindu (empresa produtora de componentes automóveis),
de matérias-primas e todos os passos subsequentes, desde a fiação e a produção de tecido
seguida pelas duas empresas têxteis participantes no estudo ViaBio – tmg e Lameirinho –
até ao fabrico do produto final e a sua comercialização. De um modo geral, o custo da mão-
na 2ª e 3ª posições, respectivamente; estas duas empresas são assim, de facto, as duas maio-
de-obra e dos materiais, as conjunturas económicas e as políticas mundiais actuam como
res nacionais se encararmos o sector têxtil em sentido estrito. No entanto, nas 10 empre-
factores decisivos no desenvolvimento do sector ao nível nacional. No entanto, e cada vez
sas com maior volume de negócios denotou-se um ritmo de crescimento inferior quando
mais, o desenvolvimento da indústria têxtil está também intrinsecamente associado a
comparado com 2003, observando-se uma queda do volume de negócios de 3,6%78.
desenvolvimentos tecnológicos. Estes são essenciais para a produção de novos têxteis
As alterações dos factores competitivos e consequentes problemas estruturais, o alar-
com propriedades inovadoras e/ou de elevado desempenho, i.e., têxteis com melhor qua-
gamento da ue e a total liberalização do comércio internacional têxtil, aliados a uma con-
lidade, com custos de produção mais baixos ou mais ecoeficientes, entre outras caracterís-
juntura económica difícil, têm condicionado as estratégias das empresas portuguesas no
ticas. Procuram-se hoje fibras com propriedades diferentes, capazes de provocar impactos
sector, bem como as decisões quanto à localização e ao investimento. A Indústria Têxtil
significativos no mercado; de facto, muitas das fibras com maior sucesso na actualidade
portuguesa tem-se mostrado muito vulnerável às tendências de globalização, muito
são misturas de fibras naturais com fibras sintéticas, com as quais se pretende obter, por
pelo facto de ter como base da sua competitividade os baixos custos (i.e. mão de obra a
exemplo, tecidos mais resistentes, que enruguem menos e com novas texturas.
preço reduzido) o que tem sido determinante para a actual situação do sector face a uma
Os desenvolvimentos científicos e tecnológicos recentes têm permitido também con-
concorrência internacional que hoje disponibiliza mão de obra a preço ainda mais redu-
tinuar a diversificação da aplicação dos têxteis a novas áreas, como por exemplo a medi-
zido – tal é o caso dos países asiáticos ou do Magrebe, onde de resto algumas empresas
cina, a arquitectura e construção, a electrónica, a agricultura, as indústrias automóvel e
nacionais já instalaram unidades de produção.
aeroespacial, a decoração de interiores, as aplicações militares e outros processos indus-
De uma forma genérica, a indústria têxtil portuguesa apresenta uma baixa taxa de esco-
triais. O tecido/têxtil é hoje frequentemente visto e utilizado como uma ferramenta, um
larização dos empresários e trabalhadores, verificando-se uma pequena proporção de qua-
recurso intermediário para variadas disciplinas. A era em que os têxteis tinham mera apli-
dros técnicos superiores. Isto é particularmente revelador quando se verifica o elevado
cação no lar, no vestuário e no calçado encontra-se ultrapassada, ou seja, a diferenciação e
peso do capital investido que é de origem familiar, o que leva frequentemente a uma ges-
a aplicação em novos mercados por inovação, nomeadamente tecnológica, será cada vez
tão não particularmente profissionalizada79. Como consequência, o modelo de cresci-
mais um factor determinante para a indústria, e potenciará o seu crescimento. Em para-
mento da indústria têxtil portuguesa que marcou as últimas três décadas e que tem por
lelo, a capacidade de adaptação e resposta a novas necessidades de mercado são factores
base os baixos custos produtivos e o relacionamento privilegiado com os mercados de des-
prementes para o sucesso da indústria têxtil.
tino, encontra-se esgotado.
As exportações têxteis a nível mundial representaram 203.461 milhões de usd em 2004,
sendo a China o principal exportador com uma quota de 24%, correspondente a um crescimento de 4,4% entre 2000 e 2004. Por outro lado, em 2004 as exportações portuguesas
de têxteis representaram 1% das exportações mundiais face a 1,1% em 2000, o que signifi-
77 Estudo do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e da Inovação, Março de 2006
78 Estudo do Cenestap, Gabinete de Estudos Têxteis Aplicados, “As 100 Maiores Empresas da Indústria Têxtil e do Vestuário”,
Janeiro de 2005
79 Salavisa, i. Ind. Portuguesa – Especialização Internacional e competitividade. (2000). Oeiras, Celta Editora, xii
84
85
Sector Têxtil
Sector Têxtil
Torna-se portanto crucial fomentar a competitividade extra-preço, promovendo a ino-
O conhecimento das vias metabólicas, o funcionamento dos genes e as características por
vação e a diferenciação de produtos e processos, passando por um reposicionamento
eles determinadas estão a ser explorados de forma inovadora, e para benefício de diver-
dos segmentos e mercados-alvo a atingir - nomeadamente almejando novos mercados em
sas indústrias ou sectores económicos. Um exemplo de biotecnologia industrial moderna
que o factor diferenciador é valorizável.
poderá ser evidenciado por uma tecnologia desenvolvida na empresa Novo Nordisk: atra-
Dever-se-á notar, neste ponto, que já existem vários tipos de esforços, a nível nacional, para
estimular a inovação no sector têxtil, de entre os quais se poderão destacar os seguintes:
· Programas destinados a atacar problemas estruturais do sector. Um exemplo é
80
vés da descoberta de um fungo filamentoso (Humicula lanuginosa) que produz uma enzima
capaz de dissolver gorduras de forma eficiente, e da clonagem dos genes correspondentes a
essa enzima num outro fungo (Aspergillus oryzae), a empresa conseguiu rendimentos ele-
o programa Dínamo , que está organizado em torno de três eixos fundamentais: a
vadíssimos daquilo que se tornou o primeiro detergente com origem na engenharia gené-
imagem e internacionalização; a requalificação de recursos humanos e empreendedo-
tica – a lipolase82,83.
rismo; e inovação e desenvolvimento.
A nível mundial, os desenvolvimentos tecnológicos realizados por grandes empresas
com vista à resolução de problemas técnicos e à criação de novas oportunidades para o
· Centros tecnológicos destinados a apoiarem o desenvolvimento das capacidades téc-
seu negócio têm cada vez mais servido de motor ao desenvolvimento do sector como um
nicas e a implementação de soluções tecnológicas de forma a promover a inovação e a
todo. A biotecnologia, em particular, tem vindo a distinguir-se nos últimos tempos pelas
qualidade do sector têxtil, de que é exemplo o Centro Tecnológico das Indústrias Têx-
suas mais variadas aplicações na indústria têxtil, que vão desde alternativas tecnológicas a
81
til e do Vestuário de Portugal – citeve .
nível da fibra ou do tecido até ao melhoramento e à optimização dos processos de fabrico,
passando pelo desenvolvimento de novos materiais com novas características de acaba-
· Feiras e eventos propondo soluções inovadoras, direccionando as empresas numa
mento, toque e funcionalidades, e chegando mesmo a aplicações que reduzem os custos
vertente de diferenciação e diversificação sobrepondo-se às áreas clássicas. Estas ini-
energéticos, de água, e do impacto ambiental. Neste último aspecto, a consciencialização
ciativas actuam como plataforma para a comercialização, encorajando a comunica-
dos consumidores para aspectos ligados ao ambiente actua como uma força motriz para o
ção interdisciplinar. Entre outros exemplos será de referir acções como a Techtextil, a
desenvolvimento de soluções mais ecológicas.
Avantex e o Salão Modtissimo, entre outras.
Exemplos de biotecnologias aplicadas ao sector têxtil são os seguintes:
· Sondas de adn. Esta técnica pode ser usada para distinguir diferentes tipos de fibra
Por outro lado também existem exemplos de empresas em Portugal que já enveredaram
animal - por exemplo caxemira (cabra), angorá (cabra), lã (ovelha), ou fibras de camelo
pela diferenciação tecnológica. Um caso interessante é o da Natura Pura, que usa o algo-
conhecidas como fibras de luxo – usando pequenos segmentos de adn que são com-
dão biológico naturalmente colorido, sendo a única empresa portuguesa a ter o rótulo eco-
plementares ao adn das fibras. Este tipo de tecnologia é importante para impedir e
lógico europeu (iniciativa que promove a avaliação do impacto ambiental de um produto
fraude e a adulteração das fibras (por exemplo, misturar com fibras mais baratas como
em todas as fases do processo). Outro exemplo é o da Petit Patapon, que aposta no uso de
lã de ovelha e iaque) e vem ao encontro das necessidades dos importadores e proces-
tecidos que filtram os raios ultravioleta e numa gama de antialérgicos para crianças, não
sadores de fibra no sentido de garantir a compra das fibras correctas, em particular
utilizando fibras metálicas ou sintéticas e produzindo tecidos em que a componente de
tendo em conta o facto de os métodos correntes de análise da fibra não serem total-
algodão orgânico não recorre ao uso de pesticidas ou aditivos. De notar que esta postura
mente fiáveis/específicos. As sondas de adn também já têm sido desenvolvidas para a
consiste num exercício voluntário por parte das empresas, sem resultar de uma obrigato-
análise do algodão, linho, juta e cânhamo.
riedade legal, indo ao encontro de uma diferenciação e respondendo a uma solicitação de
um nicho de mercado.
· Biossensores. Uma potencial aplicação de biossensores no sector têxtil passará pela
incorporação destes em fibras, de forma a produzir “tecidos inteligentes” que detec-
6.2. Biotecnologia no sector têxtil
tem a presença de agentes químicos ou biológicos, replicando-se a estratégia e o racio-
A revolução da biotecnologia moderna reporta os anos 70 com o aparecimento de técni-
cínio por detrás de tecnologias que recorrem, por exemplo, ao uso de fungos para
cas inovadoras como as da engenharia genética, potenciando o desenvolvimento de novas
absorção e concentração de metais pesados em efluentes (a presença de metais pesa-
aplicações e possibilidades a partir das propriedades dos seres vivos. A biotecnologia nos
dos altera as propriedades condutoras dos fungos e consequentemente estes podem
dias de hoje passa pela compreensão dos sistemas biológicos, possibilitando a sua optimi-
ser usados como indicador da presença de metais nos efluentes).
zação e utilização de uma forma mais eficiente.
80 Programa Dínamo – Dinamização dos sectores têxtil, vestuário e calçado (2003) Ministério da Economia
81 www.citeve.pt
82 Biotechnology in textiles, David Rigby Associates – Management Consultants, Chris Byrne 1995
83 Lazar, G. and Schroder, F. R., in Microbial Degradation of Natural Products (ed. Winkelmann, G.), vch, Weinheim, 1992, pp. 267–291
86
87
Sector Têxtil
Sector Têxtil
· Anticorpos monoclonais. Os anticorpos monoclonais (mab) são proteínas capazes
Outro exemplo são as recentemente criadas cabras transgénicas, com genes envolvi-
de reconhecer substâncias muito específicas, mesmo que estas estejam presentes em
dos na produção da seda da aranha que foram alterados de forma a serem excreta-
concentrações baixas. Como exemplo, recentemente a empresa britânica Biocode
dos no leite94,95. Dada à sua resistência, flexibilidade e leveza, esta fibra tem variadas
desenvolveu anticorpos monoclonais para marcação de tecidos e desta forma impedir
aplicações, desde coletes à prova de bala até suturas ou compressas biodegradáveis, e
contrafacção/falsificação.
poderá inclusivamente ser usada na reconstituição de ligamentos e tendões.
· Plantas geneticamente modificadas. A susceptibilidade a pestes é um dos facto-
· Tosquia biológica. Esta técnica consiste na utilização de uma citocina chamada fac-
res mais importantes no decréscimo de rendimento de culturas importantes para o
tor de crescimento epidérmico (epidermal growth factor – egf) que, quando injectada
sector têxtil como o algodão. O uso de químicos para controlo de pestes originou o
na ovelha, provoca a interrupção do crescimento da lã. Um mês após a injecção desta
desenvolvimento de insectos e ervas daninhas resistentes a insecticidas e herbicidas.
citocina a fibra quebra facilitando assim a tosquia do animal. Estima-se que assim o
Assim surge a necessidade de desenvolver plantas geneticamente modificadas capa-
tempo necessário ao processo de tosquia se reduza a metade96.
zes de resistir a pestes. Plantas de algodão geneticamente modificadas com resistência a insectos (ex. algodão transgénico com o gene da toxina produzida pelo Bacillus
84
· Biopolímeros. Polímeros produzidos por fermentação (bactérias, fungos), tendo
thuringiensis – Bt) e herbicidas têm sido desenvolvidos desde há já algum tempo e
como vantagens o facto de serem obtidos a partir de matérias-primas renováveis e de
são já explorados comercialmente, por exemplo pela multinacional Bayer. Inibidores
serem biodegradáveis. Como exemplo, a Zeneca Bioproducts (Monsanto) comercializa
de proteases, de Ð-amilases e de lectinas estão também a ser testados, por exemplo na
um poli-hidroxibutirato (phb) de excepcional biocompatibilidade e boa biodegradabi-
China, para produção de plantas de algodão resistentes a insectos. Em paralelo tam-
lidade, ideal para aplicações cirúrgicas.
bém se vindo a desenvolver espécies de algodão resistentes a herbicidas (ex. genes de
resistência a bialapho e bromoxinil)85.
· Produção de corantes. Alguns microrganismos conseguem produzir pigmentos até
cerca de 30% do seu peso seco. Consequentemente, a produção de corantes para tingi-
· Algodão naturalmente colorido. Desde há cerca de 5000 anos que populações indí86
genas das Américas cultivam algodão com cor ; no entanto a sua comercialização a
mento de tecidos por via microbiana poderá vir a substituir a síntese química e assim evitar os inerentes problemas de formação de subprodutos tóxicos para o meio ambiente.
nível mundial só aconteceu muito recentemente, e ainda limitada a poucos nichos de
mercado. O uso de algodão naturalmente colorido evita a utilização dos processos de
· Degradação de corantes por via enzimática ou bacteriana. O tingimento de têxteis
tingimento e branqueamento, diminuindo assim o impacto ambiental do processo de
requer elevados consumos de água e origina efluentes com elevadas concentrações
fabrico. Estima-se que, ao se retirar o processo de tingimento, os custos de produção
de sais minerais e corantes. A utilização de sistemas bacterianos ou enzimáticos para
87,88
e de efluentes tóxicos diminuam para cerca de 50%
. Outras características deste
degradação de corantes nas correntes de efluentes das operações de tingimento tem
algodão naturalmente colorido incluem uma alta resistência a lavagens, a doenças e a
vindo a ser optimizada. Estes sistemas biológicos são bastante versáteis, podendo ser
condições de seca, assim como maior tolerância a salinidade89,90,91,92.
optimizados para aplicações específicas. Exemplos: descoloração aeróbica por actinomicetes (bactérias produtoras de peroxidases extracelulares); degradação do Remazol
· Organismos transgénicos. A manipulação genética de organismos pode ser posta
Brilliant Blue por uma peroxidase produzida por fungos género Bjerkandera97; lacases
em prática para produção de certas proteínas de interesse para a indústria têxtil. Um
(enzimas excretadas por fungos existindo também em plantas superiores) capazes de
exemplo disto é proteína da seda produzida por bactérias geneticamente modificadas
degradar inúmeros corantes presentes em efluentes têxteis (como o indigo) e de bran-
93
tendo como objectivo o melhoramento das propriedades da fibra .
84 Zhang, B. H. and Feng, R., Acta Agronom. Sin., 1998, 24, 248–246
85 Recent progress in cotton biotechnology and genetic engineering in China. Zhang, B.H., Liu, F., Yao, C.B. and Wang, K.B. Current
Science, Vol. 79, No. 1, July 2000
86 Naturally colored cotton: resistance to changes in color and durability when refurbished with selected laundry aids. Dickerson, D.K.,
Lane, E.F. and Rodriguez, D.F. California Agricultural Technology Institute Design, October 1999
87 Apokada, J.K. Naturally colored cotton: a new niche in the Texas natural fibers market. Working Paper Series, Bureau of Business
Research paper number 1990-2. Austin, TX: Bureau of Business Research
88 Brookhart, B. The color of money – part II. Farm Journal, p.7, April 1991
89 Fox, S. Naturally colored cottons. Spinoff, pp. 29-31, March 1987
90 Vreeland, Jr., James M. Coloured cotton: return of the native. International Development Research Center Reports, 10 (2), 4-5, July 1987
91 Lee, J. A new spin on naturally colored cottons. Agricultural Research Magazine 44:4, 20-21, April 1996
92 Naturally colored cotton: resistance to changes in color and durability when refurbished with selected laundry aids. Dickerson, D.K.,
Lane, E.F. and Rodriguez, D.F. California Agricultural Technology Institute Design, October 1999
93 Hinman M B, Jones J A, Lewis R V (2000). Synthetic spider silk: a modular fiber; Trends in Biotechnology Vol. 18: 374-379
quear a ganga98.
94 C.L. Keefer,2 R. Keyston, A. Lazaris, B. Bhatia, I. Begin, A.S. Bilodeau, F.J. Zhou, N. Kafidi, B. Wang, H. Baldassarre, and C.N. Karatzas
(2002). Production of Cloned Goats after Nuclear Transfer Using Adult Somatic Cells, Biology of Reproduction 66, 199–203
95 Lazaris A., Arcidiacono S., Huang Y., Zhou J.F., Duguay F., Chretien N., Welsh E.A., Soares J.W., Karatzas C.N. (2002). Spider silk fibres
spun from soluble recombinant silk produced in mammalian cells, Science 295:472-476
96 Self Shearing Sheep (1998). Vol. 281 no 5376, p511
97 Moreira, P.R., Vara, E.A., Sena-Martins, G., Polónia, I., Malcata, F.X. and Duarte, J.C. Decolourisation of Remazol Brilliant Blue R via a
novel bjerkandera sp. Strain. (2001). Journal of Biotechnology, 89, 2001, p.107-111
98 Mayer, A.M. and Staples, R.C. (2002) Phytochemistry, 60,551-565
88
89
Sector Têxtil
Sector Têxtil
· Têxteis técnicos e funcionais. Em anos recentes têm surgido têxteis pensados na
· Bio-polimento de fibras e tecidos celulósicos (algodão, viscose e liocel) - é feito atra-
perspectiva de trazer benefícios acrescidos ao consumidor, contendo ingredientes que
vés do uso de celulases (em substituição do método tradicional de fervura alcalina) e
podem, por exemplo, proteger do stress ambiental ou melhorar a sensação de bem-
reduz o consumo de energia em 25% e 60% dos efluentes, possibilitando uma redu-
estar, entre outros. Actualmente, os têxteis funcionais são desenvolvidos tendo como
ção global de custos, tipicamente da ordem dos 20%. O polimento tem por objectivo
objectivo várias aplicações, nomeadamente médicas (propriedades antibacterianas,
remover pectinas, ceras, gorduras, proteínas, e polissacarídeos não celulósicos do
antialérgicas), bem como vários tipos de valor acrescentado (aroma, creme hidra-
algodão que se encontram essencialmente na superfície da fibra, de forma a facilitar
tante, repelente). A título de exemplo, duas empresas (Woolmark e a Resil) desenvol-
o processo de tingimento. Tradicionalmente, o processo de fervura usa soluções con-
veram recentemente a Sensory Perception Technology™ micro-encapsulation para incor-
centradas de hidróxido de sódio para remover as impurezas, o que envolve elevados
porar uma variedade de tratamentos na fibra e em tecidos de forma a criar têxteis que
custos energéticos, impacto ambiental e riscos para o trabalhador.
ofereçam conforto, frescura e protecção. Outros têxteis funcionais têm incorporado
substâncias como o Aloe vera (com propriedades hidratantes e anti-inflamatórias),
· Degradação de peróxido de hidrogénio (H2O2) por catalase - a presença de H2O2
diversas fragrâncias, vitamina e (renovação da pele, melhoria da circulação), repelen-
interfere com os corantes reactivos e a maneira tradicional de remover o H2O2 em
tes para insectos, e muitas outras.
excesso consiste em lavagens extensas, implicando elevados consumos de água. A
catalase é uma enzima capaz de degradar o H2O2 em excesso antes do processo de tin-
· Uso de enzimas para processamento têxtil. Dada a relevância das enzimas para
gimento102,103.
potenciais aplicações nas empresas envolvidas neste estudo, este ponto merece uma
· Bio-acabamento - consiste no uso de enzimas para remover pequenas fibras soltas,
análise separada (ver mais abaixo).
conferindo melhor toque, melhor definição, brilho, textura, drapeado e suavidade.
Segundo as observações levadas a cabo ao longo do estudo ViaBio, a área dos Têxteis
Técnicos e Funcionais em Portugal surge como uma oportunidade de diferenciação,
Celulases, lipases, proteases e pectinases são exemplos das várias enzimas que podem
ser utilizadas para limpar o algodão.
diversificação e criação de valor acrescentado por parte das empresas de forma a demarcarem-se da concorrência. Esta não será decerto uma solução para todas as empresas mas
· Biostoning – uso de celulases com o objectivo de produzir o aspecto desbotado das rou-
poderá ser aproveitada por aquelas que tenham a capacidade de diversificar as suas activi-
pas de ganga. Este processo tem como vantagens o aumento da capacidade de lava-
99
dades e tenham também capacidade financeira para o concretizar.
gem desde 30 a 50% devido aos tempos de processamento reduzido; o menor custo; e o
Por outro lado, a utilização de enzimas no processamento têxtil tem sido de funda-
facto de ser mais homogéneo e mais ecológico. As primeiras aplicações de biostoning
mental importância para a indústria devido ao facto de estas moléculas poderem catali-
por celulases datam de 1989, actualmente representando um processo generalizado.
zar reacções de um modo altamente específico e selectivo. Com a intensificação do estudo
O biostoning é um excelente exemplo de absorção precoce e quase total de um processo
de processos biotecnológicos alternativos aos tradicionais, tem-se procurado isolar e pro-
biotecnológico.
duzir enzimas capazes de suportar condições de operação mais agressivas, com melhor
desempenho, melhor versatilidade nos processos, com tempos de vida mais longos e economicamente mais atractivas. A utilização de enzimas nas diferentes fases do processamento têxtil é uma área estabelecida e com claro potencial de crescimento.
Seguem-se, mais especificamente, uma série de exemplos de aplicação de diversas enzi-
6.3. i&d biotecnológica no sector têxtil em Portugal
Ao longo do estudo ViaBio, e em particular na elaboração desta secção do relatório,
foram tidas em conta principalmente as preocupações e interesses definidos pelas empresas têxteis patrocinadoras do projecto, ou seja, a Lameirinho e a Têxtil Manuel Gonçalves (tmg). Será necessário ter presente que estas duas empresas, tanto pela sua dimensão
mas na indústria têxtil:
· Desencolagem – é feita através do uso de amilases para remoção de amido da fibra,
100,101
facilitando o processo de tingimento
.
como pelo seu volume de negócios, não ilustram seguramente o perfil da indústria têxtil
como um todo ou sequer a situação típica do sector (que é fragmentado e constituído na
sua maioria por pequenas empresas). Não obstante, ao longo do estudo observou-se também que algumas das necessidades das empresas têxteis são muito semelhantes entre si, a
começar pelas das duas participantes. Consequentemente, e sem fazer demasiadas extrapolações, poder-se-á concluir que uma parte significativa das preocupações e interesses
99 A Impetus é exemplo de uma empresa nacional que já enveredou por este caminho, recentemente lançou as linhas Skin Care
contendo fibras antibacterianas, Aloe vera e fibras termo-reguladoras
100 Cegarra, J. (1996). The state of the art in textile biotechnology. JSDC 112, November, 326–329
101 Kirk, O., Borchert, T.V. and Fuglsang, C.C. (2002). Current Opinion in Biotechnology, 13, 1-7
102 Schmidt, M. (1995). Book of Papers, aatcc Conference 1995, Atlanta, Ga.Pp. 248–255
103 Jensen, N. P. (2000). Catalase enzyme. Textile Chemist and Colorists & ADR 32 (5), 23–24
90
91
Sector Têxtil
aqui referenciados representam questões cuja relevância será transversal, ou pelo menos
comum no sector.
Sector Têxtil
Uma das constatações mais imediatas deste estudo foi a de que, pese embora a importância do sector têxtil na economia nacional, o número de centros e grupos de i&d dedica-
No presente contexto, será importante referir que a geração de inovação tecnológica em
dos à área é bastante reduzido e não inclui nenhum vindo de Laboratórios do Estado (ver
sectores mais tradicionais, como o têxtil, ocorre frequentemente em empresas de grande
Tabela 6.1). De facto, a equipa ViaBio identificou apenas 17 projectos nacionais específicos
dimensão (mesmo que estas não tenham meios de i&d próprios), as quais possuirão tipi-
para as áreas referidas acima. Não obstante, foi possível encontrar dentro deste conjunto
camente a capacidade financeira necessária para se diferenciarem para outras áreas de
algum potencial científico-tecnológico significativo em termos qualitativos, mesmo
aplicação. Pelo observado neste estudo relativamente ao sector em Portugal, depreende-se
que concentrado em pequenos núcleos – sendo de referir que alguns destes não conside-
que esta será a via mais natural de absorção de inovação biotecnológica por parte da indús-
ram a sua actividade como centrada propriamente na área têxtil mas sim em assuntos que
tria. No entanto não será de excluir a hipótese de, como em outras áreas (ex: farmacêutica,
a tocam tangencialmente.
ambiental) empresas de menor dimensão poderem aparecer ou reconverter-se (o que
Alargando portanto a procura de soluções tecnológicas a áreas diversas, o estudo facil-
é mais difícil para as maiores), apostando prioritária ou exclusivamente em inovação tec-
mente encontrou competências em campos específicos potencialmente capazes de res-
nológica com vista a nichos específicos de mercado – por exemplo alguns dos acima men-
ponder aos interesses identificados pelas empresas participantes, como se pode verificar
cionados têxteis funcionais.
na secção seguinte.104
Da interacção estabelecida com a Lameirinho e tmg e tendo como referência a procura
de soluções de base biotecnológica para responder às suas necessidades, foram identificadas as seguintes áreas de interesse principais:
· Adopção e/ou optimização de processos biotecnológicos para tratamento de
efluentes gerados no processo produtivo (efluentes de tingimento, estamparia, branqueamento, desencolagem).
· Processos biotecnológicos para melhoramento da eficiência produtiva, incluindo
redução de consumos de água e energia e criação de novos produtos – o que pode
incluir a utilização de enzimas.
· Desenvolvimento de têxteis funcionais, nomeadamente com acção antimicrobiana
e anti-alérgica, neutralização de odores, libertação controlada de princípios activos,
entre outros; bem como o estudo de novas fibras para potencial aplicação a outras
aplicações para além do vestuário e têxtil-lar.
De notar que, ao longo do estudo, a interacção com cada uma das empresas foi revelando novas ou mais específicas áreas de interesse, para além das acima mencionadas,
às quais o projecto ViaBio respondeu reorientando a sua linha de estudo. Dado que estas
áreas são específicas a cada uma das empresas, a sua análise consta apenas dos dois relatórios confidenciais a elas entregues.
Embora não fazendo parte dos objectivos directos do projecto ViaBio, foram também contemplados neste estudo alguns projectos de base não biotecnológica, por se considerar que
tais projectos poderão fazer parte de uma solução integrada para problemas das empresas
ou do sector. Nomeadamente, são de referir aquelas tecnologias que actuam como veículo
para incorporação de características ou funcionalidades de base biotecnológica. Neste sentido foram inseridos na recolha efectuada (ver Anexo e) alguns projectos cuja pertinência/
adequação da tecnologia face ao problema identificado foi considerada relevante.
104 Deve fazer-se a ressalva de que face à fragmentação da i&d nacional aplicada ao têxtil, como referido anteriormente, esta
compilação poderá não ter identificado outros grupos de investigação/projectos com valências transversais ao sector têxtil
e de potencial aplicação às necessidades definidas por estas empresas.
92
93
Sector Têxtil
Sector Têxtil
Tabela 6.1.
Principais centros de i&d aplicada ao sector têxtil tendo por base os interesses definidos pelas empresas têxteis
participantes no estudo ViaBio.
Universidade da Beira Interior, Universidade do Minho e Universidade Técnica de Lisboa), embora duas delas não desenvolvam actividades de i&d especificamente direccionadas para o sector têxtil. Foi também identificado um Laboratório do Estado, o Instituto
Instituição
Áreas de interesse aplicadas ao têxtil
Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti –, com participação num projecto
nacional e um Centro Tecnológico, o citeve (ver Tabela 6.1).
• Biotecnologia aplicada ao processamento têxtil.
1,2
Citeve
• Processos de reciclagem de água e sua optimização no processamento
têxtil.
• Biotecnologias aplicada na qualidade têxtil.
• Tratamento Integrado de efluentes.
• Têxteis bioactivos (biopolímeros funcionais).
Será de realçar que o citeve, embora não tendo como objectivo principal o desenvolvimento de investigação própria, assume um papel importante na transferência de tecnologia entre os centros de investigação e a indústria têxtil, promovendo desta forma a aplicação dos resultados científicos e contribuindo significativamente para o desenvolvimento
do sector. Será também de enfatizar as actividades desenvolvidas pelo Departamento de
Universidade da
· Controlo de poluição na indústria têxtil: estudo do processo de tingimento
2
Beira Interior (ubi)
e tratamento dos efluentes.
Escola Superior de
1,2
Biotecnologia (esb-ucp)
1,2
do Minho (um)
nal como internacional, o que pode ser ilustrado pela recorrente participação desta insti-
• Biotecnologia aplicada ao processamento têxtil.
tuição num elevado número de projectos europeus, e destacadamente no campo da apli-
• Soluções enzimáticas Inovadoras para a Indústria Têxtil.
cação da tecnologia enzimática à indústria (ver anexo).
• Têxteis bioactivos (biopolímeros funcionais).
Dep. Eng. Têxtil Universidade
Engenharia Têxtil da Universidade do Minho como centro de referência não só nacio-
• Biotecnologia aplicada à qualidade têxtil.
• Aplicações enzimáticas no processamento têxtil (fibras celulósicas e
sintéticas).
• Processos de reciclagem de água e sua optimização no processamento
têxtil.
• Tratamento Integrado de Efluentes Têxteis.
• Microencapsulamento de Produtos de Acabamento para Artigos Têxteis
A compilação em anexo (Anexo e) contém um total 37 projectos de investigação divididos em:
· Processos Biotecnológicos no melhoramento da eficiência produtiva.
· Tratamentos de efluentes.
· Processos biotecnológicos para o desenvolvimento de têxteis funcionais.
· Áreas científicas não biotecnológicas.
e Peles.
Dep. Eng. Biológica
• Biotecnologia aplicada à polpa, papel e indústria têxtil.
1
Universidade do Minho (um)
6.5. Recomendações
Como conclusão da análise do sector têxtil, da capacidade das empresas inovarem tecnologicamente e da oferta tecnológica existente em Portugal e no Mundo, poder-se-ão ela-
3
Universidade de Aveiro (ua)
ineti/um
2
• Têxteis bioactivos (biopolímeros funcionais).
borar as seguintes recomendações:
• Tratamento biológico de efluentes têxteis.
· Deverão ser seleccionadas temas e desafios de particular relevo económico, depenInst. Sup. Técnico
• Tratamento de Efluentes.
Universidade Técnica
2
de Lisboa (utl)
dentes de investimento em i&d e que sejam de interesse para a indústria têxtil. Estes
temas e as suas particularidades deverão ser tidos em conta na concepção de programas
de financiamento públicos, os quais poderão facilitar ou promover o investimento das
1. Processos Biotecnológicos no melhoramento da eficiência produtiva
2. Tratamentos de efluentes
3. Têxteis Funcionais
empresas do sector em questões cruciais para a economia e para elas próprias.
6.4. Tecnologias
têxteis técnicos e funcionais e os processos biotecnológicos que contribuam para o melhor aproveitamento da água.
Exemplos de tais temas prioritários, de relevância para a área têxtil e com base nas observações deste Estudo, serão os
Tal como nas restantes áreas de intervenção do projecto ViaBio, na componente têxtil foi
elaborada uma compilação de projectos, tecnologias e competências científicas seleccio-
· Na sequência do ponto anterior, dever-se-á proceder à criação de redes de i&d de exce-
nadas como relevantes tendo por base os interesses manifestados pelas empresas partici-
lência transdisciplinares, beneficiárias de financiamento específico, com forte partici-
pantes. Esta pesquisa, que foi dinâmica e interactiva, incidiu essencialmente sobre projec-
pação privada, dentro dos programas públicos de apoio à i&d. Tais redes deverão ser lide-
tos nacionais, embora se tenha realizado uma pesquisa internacional, não tão exaustiva, de
radas por grupos portugueses, e a sua proposta de intervenção deverá ser orientada para
modo a enquadrar o potencial relativo da oferta de i&d portuguesa nas tendências globais.
a resolução de problemas reais ou aproveitamento de oportunidades futuras dentro das
Da compilação efectuada, identificaram-se 17 projectos nacionais e 19 projectos Euro-
áreas prioritárias acima definidas, e em particular as relevantes para a indústria têxtil.
peus. Nos projectos de investigação nacionais são participantes 5 Universidades (Escola
No caso específico dos têxteis deverão ser identificados os poucos grupos portugueses que realizam i&d de projecção
Superior de Biotecnologia da Universidade Católica do Porto, Universidade de Aveiro,
internacional, os quais devem servir de pólo aglutinador das competências nacionais e internacionais necessárias à
execução dos objectivos propostos.
94
95
Sector Têxtil
· Deverão existir fundos especificamente designados para financiamento de i&d de
VIAbio
7. Conclusão e Apreciação Crítica
relevo para sectores específicos da indústria, incluindo o têxtil, fundos esses que
deverão ser criados pelo Estado mas significativamente suportados por empresas
A principal conclusão genérica do estudo ViaBio é a de que existe algum potencial por
do sector, em particular as maiores.
explorar a nível do aproveitamento de biotecnologias – incluindo as desenvolvidas no
Deverão ser desenhadas medidas para beneficiar as empresas que contribuam para o financiamento de tais fundos,
SCTN – por parte de sectores importantes da indústria portuguesa. De facto, num estudo
as quais poderão envolver uma componente fiscal ou de acesso privilegiado a tecnologias ou a ferramentas para a sua
como este, exploratório, que durou apenas 12 meses e teve um âmbito extraordinaria-
adopção.
mente alargado – cinco grandes sectores industriais – foi possível chegar a pelo menos oito
tecnologias de origem nacional com alto potencial de valor acrescentado e com probabi-
· Deverão ser criados programas de apoio à reconversão de pequenas empresas têx-
lidades significativas de virem a ser endogeneizadas por empresas portuguesas de grande
teis, os quais premiarão e beneficiarão somente aquelas que apresentem um plano,
dimensão. Poder-se-á especular que, se o tipo de actividade desenvolvida por este estudo
ou resultados credíveis, para incorporação ou geração de inovação tecnológica
fosse levada a cabo de forma permanente, com equipas de maior dimensão e em dedicação
(incluindo biotecnológica), de preferência orientada para necessidades de mercado
exclusiva, e olhando para as necessidades de um maior número de empresas e sectores, os
transnacionais, em crescimento e verificáveis.
resultados poderiam ter um impacto muito forte na capacidade de inovação tecnológica
Poder-se-á também envolver as maiores empresas do sector nesta iniciativa, como potenciais compradores das novas
da indústria portuguesa. Daí a razão para uma das recomendações principais do estudo,
tecnologias a desenvolver pelas beneficiadas. Pretender-se-ia aqui replicar – embora com algumas diferenças – a rea-
a qual vem no sentido de se criar um mecanismo dedicado à prospecção contínua, a nível
lidade de indústrias como a farmacêutica, onde as grandes empresas cooperam e investem em firmas mais pequenas
nacional e internacional, de tecnologias que potencialmente venham colmatar as neces-
(de biotecnologia) cujo cerne da actividade é a inovação tecnológica.
sidades tecnológicas das empresas portuguesas e ajudá-las a agarrar as oportunidades de
inovação que se lhes afiguram (ver por exemplo Recomendação 10 da introdução).
· Em paralelo com o acima recomendado, deverá ser criado um mecanismo de âmbito
Por outro lado o estudo conclui também que as várias fraquezas frequentemente apon-
nacional, orientado para a procura de soluções e oportunidades tecnológicas (ou
tadas ao sistema científico nacional não só se confirmam, como têm um reflexo pro-
biotecnológicas) para as empresas nacionais, o qual deverá contar com um grupo dedi-
fundo na capacidade de as grandes empresas absorverem inovação biotecnológica.
cado permanentemente ao sector têxtil. Este mecanismo deverá funcionar de forma
Um exemplo ilustrativo é a clara falta de motivação dos investigadores e instituições aca-
simétrica à de um gabinete de transferência de tecnologia académico, ou seja, deverá
démicas no sentido de contribuir para a resolução de problemas de relevância económica,
partir das necessidade das empresas que a ele recorrerão, para a partir daí ir procu-
que dificulta uma harmonização de linguagem, postura e objectivos entre a “academia” e
rar soluções a nível nacional ou internacional.
as indústrias. Mas também se verificam problemas que obstam especificamente à endoge-
O financiamento deste mecanismo deverá ter uma componente pública de estímulo ao investimento privado, o qual
neização de inovação biotecnológica por parte de um ou de outro sector. Aqui um exem-
deverá depois aumentar gradualmente. A sua gestão deverá ser privada, devendo-se prever um prazo para se atingir a
plo é a falta de massa crítica ou tradição académicas relativamente a determinados culti-
sua autonomia financeira. Na sua gestão, este mecanismo deve impreterivelmente agregar um leque de altas compe-
vos extremamente importantes no sector florestal, como o sobreiro ou o eucalipto.
tências científicas e de gestão industrial, assim como conhecimentos do sistema científico português e dos mercados
mundiais, a começar pelo têxtil.
Nas suas recomendações – tanto as gerais como as específicas a cada sector – o estudo
não pretende apontar soluções para todos os problemas mas sim concluir, implicitamente,
que existem pontos de intervenção que devem ser vistos como prioritários e que estão
· Deverão ser formados, dentro das grandes empresas do sector têxtil, grupos dedicados exclusivamente a trabalhos de i&d ou pelo menos (dependendo da dimensão da
ao alcance das empresas, dos governos e suas agências e das instituições científicas.
Para terminar fará sentido apontar também as situações em que este estudo encontrou
empresa) a trabalhos de prospecção tecnológica.
dificuldades na sua actuação e onde, por conseguinte, os autores deste relatório sentiram
Esta será porventura a única maneira de as grandes empresas nacionais poderem competir a nível internacional em
que não conseguiram atingir todos os seus objectivos. Acima de tudo, houve uma clara
termos de inovação e poder assim diferenciar-se globalmente não pelo baixo preço da mão-de-obra mas pela capaci-
dificuldade em gerar um interesse activo, ou pró-activo, por parte dos interlocuto-
dade de desenvolver e lançar no mercado novos produtos de alto valor acrescentado.
res de algumas das empresas. Embora na maior parte dos casos o interesse tenha de facto
sido claro e altamente gratificante, a equipa ViaBio terá, em alguns outros casos, falhado
Serão naturalmente de relevo para a indústria têxtil as muitas outras recomendações
no seu objectivo de fazer com que todos os interlocutores e respectivas empresas se inte-
elaboradas nas várias secções deste relatório, e que dizem respeito a temas como os crité-
ressassem pelas informações recolhidas (ex.: tecnologias identificadas) e se envolvessem
rios de avaliação de projectos de i&d, a desburocratização do processo de financiamento
a um nível que permitisse a obtenção de resultados concretos. Foi inclusivamente difícil
de projectos em consórcio ou a alocação e organização de recursos para transferência de
à equipa, num pequeno número de situações, perceber a existência de uma orientação
tecnologias entre universidades e empresas, entre muitos outros.
96
97
Conclusão e Apreciação Crítica
estratégica onde estivesse clara a noção das necessidades e oportunidades que possam ter
VIAbio
8. Agradecimentos aos Contribuidores
resposta através da biotecnologia. Tal aconteceu apenas com uma minoria das empresas
envolvidas, mas terá porventura condicionado a relevância das observações e recomendações elaboradas relativamente aos respectivos sectores.
Houve também alguma dificuldade por parte da equipa e, felizmente, apenas com um
Um especial agradecimento da equipa ViaBio vai para os membros do Conselho Consultivo do projecto, que mostraram grande disponibilidade para partilhar opiniões e auxiliar
a equipa na orientação geral do trabalho, e que foram:
muito pequeno número de empresas participantes, em satisfazer as expectativas das mes-
– o Professor Doutor Júlio Novais (ist-utl)
mas relativamente à identificação de novas tecnologias. Isto aconteceu sobretudo quando
– o Professor Doutor Manuel Carrondo (ibet)
a empresa mostrou particular (ou exclusivo) interesse em tecnologias já desenvolvidas
– o Professor Doutor Rui Reis (um, Grupo Amorim)
e colocadas em mercados estrangeiros, para eventual colocação rápida no mercado por-
– o Professor Doutor Xavier Malcata (esb-ucp)
tuguês, por oposição a linhas de i&d conducentes a novos produtos ou processos, cuja
– o Professor Doutor Paulo Ferrão (director do in+)
implementação no mercado (tipicamente internacional) apenas se vislumbrasse a médio
ou longo prazo. O principal enfoque deste trabalho foram, como definido desde o início,
Um agradecimento também particular vai para as várias figuras de destaque da indús-
as tais linhas de i&d em fase mais precoce – e que representam real inovação tecnológica
tria e do sistema académico português que contribuíram com o seu parecer ou ideias, de
– pelo que foi por vezes difícil ir ao encontro das necessidade mais imediatas apresenta-
entre os quais se destacam:
das pelas empresas.
Outras limitações do estudo tiveram a ver com o facto de a equipa ser relativamente
– o Professor Doutor Daniel Bessa (egp)
– o Engenheiro Álvaro Barreto (Semapa)
pequena e a duração do trabalho curta, o que fez com que, por exemplo, a nível do levanta-
– o Professor Doutor João Caraça (Fundação Calouste Gulbenkian)
mento tecnológico feito a nível internacional, o resultado esteja longe de ser exaustivo. Tal
– o Professor Doutor João Santos Pereira (isa-utl)
não terá, no entanto, na opinião dos autores, condicionado seriamente a qualidade final do
trabalho ou a relevância dos resultados alcançados.
Por fim, há que salientar que se tornou convicção da equipa executora deste estudo, ao
O projecto não teria sido possível, no entanto, sem a colaboração e disponibilidade de
inúmeros investigadores académicos e gestores empresariais, incluindo os seguintes:
longo dos últimos 12 meses, que os principais problemas e dificuldades encontrados e
aqui constatados terão solução num quadro de cooperação franca e aberta entre Governo,
Nas empresas participantes
empresas, universidades e, sobretudo indivíduos que tenham a visão adequada sobre o
que a biotecnologia pode representar para o bem-estar das populações. Por outras pala-
– Prof. Doutor Miguel Cabral - Amorim
vras, apesar de um atraso relativo e de alguns erros passados e presentes, a biotecnologia
– Prof. Doutor Rui Reis - Amorim
ainda é uma solução ao alcance da indústria e da economia portuguesas.
– Engº Jorge Santos - Amorim
– Engº Gil Patrão - edp
– Doutor Pedro Sasseti Paes - edp
– Prof. Doutora Teresa Correia de Barros – edp
– Engº Fernando Ferreira – Efacec Ambiente
– Engª Raquel Teixeira da Silva - Efacec Ambiente
– Engª Cristina Mira Godinho - Efacec Ambiente
– Engº Joaquim Góis Alves – Galp
– Engª Marta Vieira da Silva – Galp
– Engª Sandra Aparício – Galp
– Arq. Paula González Spencer - Galp
– Dr. Luis Violante – Galp
– Drª Cristina Cachola – Galp
– Dr. Vianney Valès – Galp
– Dr. Paulo Jorge Sarrico – Lameirinho
– Engº Jorge Leitão – Lameirinho
98
99
Agradecimentos aos Contribuidores
Agradecimentos aos Contribuidores
– Engº Adelino Coelho Lima – Lameirinho
– Prof. Doutor Manuel Fernandes Ferreira – deb – um
– Dr. Miguel Coelho Lima – Lameirinho
– Doutora Noémia Farinhas - Escola Superior Agrária de Elvas – Inst. Politécnico de
– Prof. Doutor Nuno Borralho – Portucel – Soporcel
Portalegre
– Prof. Doutora Cristina Marques – Portucel – Soporcel
– Doutora Ana Monteiro Telhada – efn
– Engº Serafim Tavares – Portucel – Soporcel
– Prof. Doutora Maria do Carmo Rosa Lopes – Escola Superior Agrária de Coimbra
– Drª Isabel Oliveira Furtado – tmg
– Prof. Doutora Ana Monteiro – isa – utl
– Dr. Carlos Vieira – tmg
– Eng. João Matos de Sousa – ineti
– Dr. José Manuel Caminha – tmg
– Prof. Doutor Luís Paulo Rebelo – itqb – unl
– Engª Márcia Rodrigues – tmg
– Doutora Cristina Pereira;
– Dr. Filipe Gonçalves – tmg
– Prof. José Paulo Mota – dq – fct – unl
– Engª Alexandra Martins – tmg
– Prof. Doutor Cândido Pinto Ricardo, itqb
– Engº Luís Meireles – tmg
– Doutora Margarida Oliveira, itqb
– Engª Maria do Carmo Teixeira – tmg
– Doutor José Feijó, igc/fcul
– Engº Francisco Queirós – tmg
– Doutor Alexandre Aguiar, efn
– Engª Dulce Joel – tmg
– Doutor Nuno Lapa, fctunl.
– Engª Manuela Leite – tmg
– Prof. Doutor Ibrahim Gulyurtu, ineti
– Drª Cristina Ricca Gonçalves – Unicer
– Doutor Alfredo Cravador, Universidade do Algarve
– Dr. António Augusto Ferreira – Unicer
– Doutora Maria Vitória San Romão, ibet
– Engª Cristina Serrado – Unicer
– Doutora Helena Pereira, isa
– Doutor Carlos Pascoal Neto, Universidade de Aveiro
Em outras empresas e entidades do sctn
– Prof. Doutor Artur Cavaco-Paulo, det, Universidade do Minho
– Doutor Fernando Nunes Ferreira – det – um
– Engº Casimiro Gomes – Dão Sul
– Doutora Manuela Pintado – esb – ucp
– Prof. Doutor Joaquim Marques Vital – dq – fct – unl
– Doutora Ana Gomes – esb – ucp
– Engº Luís Unas – aflops
– Doutora Freni Tavaria – esb – ucp
– Engª Ana Carina Lourenço – isa -utl
– Doutor José Carlos Roseiro, Dep. Biotecnologia – ineti
– Prof. Doutora Helena Pereira - isa -utl
– Doutora Paula Lima Castro – esb – ucp
– Doutora Maria Ermelinda Vaz Lourenço – Departamento de Fitotecnia – U Évora
– Doutor Ruben Ferreira Jorge – esb – ucp
– Doutor Paolo de Marco – ibmc – up
– Engª Maria Gião – esb – ucp
– Doutora Maria Teresa Tavares – deb – um
– Doutor Rui Morais – esb – ucp
– Prof. Doutora Madalena Alves – deb – um
– Doutora Patrícia Moreira da Costa – esb – ucp
– Doutor Merijn Amilcare Picavet, um
– Engª Catarina Guedes – esb – ucp
– Prof. Doutor Edgar de Sousa – isa – utl
– Prof. Doutora Susete Dias – ist – ult
– Prof. Doutora Olga Pastor Nunes – deq – feup
– Engº Helder Rosendo – Citeve
– Doutor Cheng Chia-Y – feup
– Engº António Vieira – Citeve
– Doutora Ana Anselmo – Departamento de Biotecnologia – ineti
– Engº José Morgado – Citeve
– Doutora Isolina Cabral – Departamento de Química – ubi
– Engª Ana Ribeiro – Citeve
– Engª Luisa Rolla
– Dr. Vitor Verdelho – Cideb – esb – ucp
– Doutora Catarina Duarte – itqb – unl
– Prof. Doutor António Cunha – dep – um
– Engª Ana Nunes – itqb – unl
– Engª Rita Campos – Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros, um
– Engª Ana Matias – itqb – unl
– Prof. Doutor Fernando Nunes Ferreira – det – um
– Doutor Francisco Gírio – ineti
– Doutora Teresa Amorim – det – um
100
Agradecimentos aos Contribuidores
– Doutora Noémia Carneiro Pacheco - det – um
– Prof. Doutora Helena Pinheiro – ist – utl
– Prof. Doutor João Queirós – ubi
– Dr. Robin Howard-Hildige – University of Limerick – Reino Unido
– Mr. Charles Nielsen – Elsam Kraft – Dinamarca
– Christian Morgen M.Sc.(Eng.) – Elsam Kraft – Dinamarca
– Doutora Joana Baptista – University of Newcastle, uk
– Dra. Lucia Diaz – Instituto de Fomento de Andalucía – Espanha
– Prof. J. Gonzalez-Lopez – Instituto de Fomento de Andalucía – Espanha
– Dr. David Lerner – Sheffield University
– Dr. Mike Manefield – The University of New South Wales – Austrália
– Dr. Michael Morris – Termiska Processer ab, Suécia
– Dr. Kyriakos Maniatis
ANEXO A
Sector Alimentação e Bebidas
103
VIAbio
pn – Projectos Nacionais
pe – Projectos Europeus
t – Tecnologias
p – Patentes
107
Ingredientes Funcionais
107
pn1: Produção de Gorduras Comestíveis Ricas em Ácidos Gordos Polinsaturados
107
pn2: Antioxidantes Naturais de Origem Vegetal
107
pn3: antioxidantes: Antioxidantes naturais nas Indústrias Agro-alimentares
Omega-3 Catalisada por Lipases
– Extracção e processamento
107
pn4: ht (hidroxitirosol): Anti-oxidante natural
107
pn5: Overcaroten – Isolamento de Estirpes de Algas Hiperprodutoras de
Carotenóides
108
pn6: Investigação de modificações miméticas de péptidos bioactivos por inclusão
108
pn7: Hipoalgesia associada à hipertensão: mecanismos e importância da activação
de novos aminoácidos sintéticos
do sistema renina-angiotensina
108
pn8: Tecnologias para a Valorização de Plantas Medicinais do Entre-Douro-e-Minho
108
pn9: Valorização de Salvia sp, Melissa sp, Mentha sp e Lavandula sp, para
obtenção de produtos de valor acrescentado, com actividade biológica
109
pn10: Produção de plantas aromáticas e medicinais com garantia de qualidade
para herbanária
109
pn11: Tecnologias para valorização de Bioprodutos de Salvia sp.
109
pn12: pharmaoil – O Elixir da Saúde
109
pn13: Etnobotânica – o uso e a gestão das plantas aromáticas e medicinais e a
sua utilização sustentável como contributo para a valorização do meio rural
110
pn14: Rede nacional para a conservação e utilização das plantas aromáticas e
medicinais
110
pn15: Promoção da Cultura de Plantas Aromáticas e Condimentares na Beira
Litoral
110
pn16: Agrobiomed - Etnobotânica, tradição popular e agricultura biológica
111
pn17: fifoba – Fibra Funcional para Bebidas – Desenvolvimento da tecnologia
para a valorização de recursos nacionais para produção de ingredientes
funcionais para bebidas
111
pn18: xilogastro – Xilo-oligossacáridos purificados como agentes anti-ulcerosos
111
pn19: prebio – Propriedades Prebióticas dos Xilo-Oligossacáridos: Efeitos na
Actividade e Composição da Microflora Intestinal do Homem
111
pn20: Biossíntese de exopolissacáridos bacterianos: os passos posteriores à
111
pn21: Micropesca – Estudo e Optimização da Produção de Substâncias
formação da unidade repetitiva
Antimicrobianas por Espécies Autóctenes da Costa e Lagoas Portuguesas
104
105
VIAbio
112
VIAbio
a/p1: Signaling of short- and long-term regulation of intestinal epithelial type
117
1 naþ/hþ exchanger by interferon-c
112
pe1: Nuevo procedimiento economico para la obtención del anti-oxidante
p15: Processo para a produção de xilo-oligossacáridos substituídos e sua
utilização na indústria alimentar, química e energética
117
hidroxitirosol, purificado a partir de productos y subproductos derivados del olivo
p16: Processo para a preparação de oligossacáridos com actividade
anti-ulcerativa e sua utilização para a preparação de medicamentos
112
pe2: Síntesis enzimática del antioxidante hidroxitirosol
118
p17: Green Tea Beverage Containing Sweetener Xylitol
112
pe3: Antioxidant compounds from table olive processing
118
p18: Sweetener for Food Products
112
pe4: Seaweed antioxidants as novel ingredients for better health and food quality
118
p19: Sweetener, Pathogenic Bacterial Infection-Inhibitory Agent, Intestinal
112
pe5: Extracción con fluidos supercríticos y fraccionamiento selectivo de
Funtion-Controlling Agent or Aging- Inhibitory Agent for Starch, Consisting
licopeno y otros carotenoides a partir de fuentes naturales
of Man\nose- Containing Hetero Oligosaccharide, and Food, Beverage,
113
pe6: Extraction of Useful Food and Cosmetic Ingredients of Vegetable Origin
Medicine or Feed Consisting of the Same
113
pe7: xylophone – Development of xylo-oligosaccharides and xylitol for use in
118
p20: Use of erythritol and d-tagatose in zero- or low-calorie beverages and food
pharmaceutical and food industries
118
p21: Process for Producing a Novel Soy Functional Food Ingredient
113
pe8: Biotechnological Production of Xylitol with Candida Yeasts
118
p22: The Use of Sphingolipids in the Treatment and Prevention of Type 2
113
pe9: nutracells
114
pe10: Development of new innovative functional foods containing
114
t1: Produção de beta-caroteno natural a partir de microrganismos não
Diabetes Mellitus, Insulin Resistance and Metabolic Syndrome
119
p23: Use Of Sphingolipids for Reducing Plasma Cholesterol and Triacylglycerol
119
p24: Use of Hydroxyoleic Acid and Related Compounds as Functional Food
microcrystalline chitosan
Levels
geneticamente modificados
114
115
Additives
t2: Avaliação da casca de aveia para produção biotecnológica de xilitol
119
p25: Functional Food and Beverage Containing Antiallergic Component
t3: Xylitol production from sorghum straw hydrolysates by Debaryomyces han
119
p26: Functional Gelagen as Functional Food
119
p27: Composition for Prevention and/or Treatment of Bone Disease, Functional
senii var Hansenii nrrl y-7426
115
t4: Nutraceutical production by propionibacteria
Food or Health Food Containing the Composition, and Medicinal Preparation
115
p1: Processo contínuo de transesterificação de gorduras catalisado por lipases
Containing the Composition as Active Ingredient
115
p2: Use Of Omega-3 Fatty Acids For Producing Functional Food Products
119
p28: Method for Preparing of Functional Cereal-Based Food Product
115
p3: Process for Preparing Functional Beverages Comprising Omega-3 Fatty Acids
120
Microencapsulação
115
p4: Microcapsules made of an hydroxytyrosol-containing matrix and an coating
120
pn22: Complexos Intramoleculares e Nanoencapsulamento de Antocianinas
116
p5: Antioxidative preparations
120
pn23: Microencapsulação de ingredientes funcionais para aplicação em bebidas
120
pe11: Nutritional Studies on Dried Functional Ingredients Containing n-3
116
p6: Co-enzyme q10 dietary supplement
116
p7: Anti-Oxidative Functional Food Material, Method for Producing the Same,
de sumo de fruta
Processed Food Containing the Same, Method for Producing the Same and Anti116
Polyusaturated Fatty Acids
Oxidative Functional Food Material Packed in Container
120
pe12: Supercritical processing of certain aromatic or/and medicinal plants
p8: Functional food capable of removing hydroxy free radical in body and its
121
pe13: Volume Extraction and Encapsulation of Flavour Chemicals,
preparing method
116
p9: Preparation of Functional Beverage Containing Chlorophylls and Carotenes
Pharmaceutical Substances, Bio-Chemicals and Enzymatic Systems
121
from Seaweed
116
117
t5: Microencapsulation of monoacylglycerol rich in omega-3 fatty acids by
thin-layer drying
p10: Angiotensin I Converting Enzyme Inhibitor and Method for Producing the
121
t6: Study on microencapsulation of lycopene by spray-drying
Same, and Functional Food
121
t7: Microencapsulação de Óleo Essencial de Laranja
p11: Biologically Non-Degradable Peptide, Angiotensin Converting Enzyme
121
p29: Continuous Multi-Microencapsulation Process for Improving the Stability
Inhibitor, Drug and Functional Food
117
p12: Functional Foods and Process for Producing Functional Food
117
p13: Shelf Stable Product with Living Micro-Organisms
117
p14: Green-series Functional Beverages
and Storage Life of Biologically Active Ingredients
122
p30: Process Formation of Microcapsules by Interfacial Cross-Linking of
Emulsifier, and Microcapsules Produced Thereby
122
p31: Hazard-Free Microencapsulation for Structurally Delicate Agents, an
Application of Stable Aqueous-Aqueous Emulsion
106
107
VIAbio
VIAbio
Ingredientes Funcionais
122
p32: Method of Microencapsulation
122
Ingredientes Estruturais
122
pe14: Secuencia de nucleotidos de maíz codificante de una proteína con
pn1: Produção de Gorduras Comestíveis Ricas em Ácidos Gordos Polinsaturados
actividad transglutaminasa, y su uso
Omega-3 Catalisada por Lipases
122
Embalagens
Instituição Coordenadora: Centro de Microbiologia e Indústrias Agrícolas – Instituto
122
pn24: quitopack – Desenvolvimento de filmes e revestimentos edíveis e
Superior de Agronomia – isa
biodegradáveis obtidos a partir de resíduos de crustáceos e moluscos marinhos
Universidade Técnica de Lisboa
pn25: Tecnologia para a obtenção de filmes e revestimentos comestíveis para
Contacto: Maria Suzana Leitão Ferreira-Dias Vicente
alimentos a partir de recursos nacionais de baixo valor
pocti/agr/39168/2001
123
123
pn26: Produção de CoPolímeros phb/phv por Culturas Mistas
123
pn27: multipack – Desenvolvimento de conceitos inovadores para embalagem
múltipla de vegetais frescos de alta qualidade prontos para consumo
Instituição Coordenadora: Centro de Química Fina e Biotecnologia – cbqf - Faculdade de
123
pn28: Aumento da vida útil de vegetais minimamente processados
Ciências e Tecnologia – fct - Universidade Nova de Lisboa – unl
123
p33: Packages with Active Agents
Contacto: Abel José de Sousa Costa Vieira
123
p34: Safety Containers for Biologically Active Substances and Method for
Outras Instituições:
124
Valorização Energética de Subprodutos e Resíduos
124
pn29: suberimune – Síntese de adjuvantes para vacinas a partir de desperdícios
Producing Said Container
pn2: Antioxidantes Naturais de Origem Vegetal
Intituto Superior Técnico – ist - Universidade Nova de Lisboa – utl
pocti/qui/47343/2002
da indústria de cervejas e da cortiça
pn3: antioxidantes: Antioxidantes naturais nas Indústrias Agro-alimentares
pn30: Extracção Supercrítica de Óleo de Grainha de Uva: Aumento da Recupera-
– Extracção e processamento
ção por Meio de Pré-Tratamento Enzimático da Grainha
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica
124
Outros
Portuguesa – ucp
124
pn31: O comportamento do consumidor face à segurança e qualidade
Contacto: Xavier Malcata
125
pe15: Virtual institute on bioencapsulation sciences and technology
pn4: ht (hidroxitirosol): Anti-oxidante natural
125
pe16: Food Matrices: Structural Organisation and Impact on Flavour Release
Instituição Coordenadora: Centro Instituto de Tecnologia Química e Biológica – ITQB -
and Perception
Laboratório de Nutracêuticos e Libertação Controlada - Universidade Nova de Lisboa – UNL
124
alimentares: percepção do risco e rotulagem
Contacto: Catarina Duarte
pocti/qui/47343/2002
pn5: Overcaroten – Isolamento de Estirpes de Algas Hiperprodutoras de Carotenóides
Instituição Coordenadora: Unidade de Ciências e Tecnologias de Recursos Aquáticos Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve
Contacto: João Carlos Serafim Varela
Outras Instituições:
Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica Portuguesa – ucp
Nécton
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação - ineti
pdctm1999mar15237
108
109
VIAbio
VIAbio
pn6: Investigação de modificações miméticas de péptidos bioactivos por inclusão de
pn10: Produção de plantas aromáticas e medicinais com garantia de qualidade
novos aminoácidos sintéticos
para herbanária
Instituição Coordenadora: Instituto de Biotecnologia e Química Fina – ibqf – Universi-
Instituição Coordenadora: Centro de Ciências do Ambiente - Universidade do Minho – um
dade do Minho - um
Contacto: Manuel Fernandes Ferreira
Contacto: Hernani Lopes da Silva Maia
Outras Instituições:
Outras Instituições:
Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-alimentares – iceta
pocti/qui/35380/99
Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-alimentares – iceta
Direcção Regional de Agricultura de Entre-Douro e Minho - draedm
Fundação para o Desenvolvimento Rural
Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda
pn7: Hipoalgesia associada à hipertensão: mecanismos e importância da activação
Data de Início: 01-03-2002
do sistema renina-angiotensina
Data de Finalização: 28-02-2005
Instituição Coordenadora: Instituto de Farmacologia e Terapêutica – Faculdade de
agro 338 (herbarom)
Medicina da Universidade do Porto
Contacto: António Albino Coelho Marques Abrantes Teixeira
pn11: Tecnologias para valorização de Bioprodutos de Salvia sp.
Outras Instituições:
Instituição Coordenadora: Centro de Ciências do Ambiente - Universidade do Minho – um
Universidade Católica Portuguesa – ucp - Escola Superior de Biotecnologia – esb
pocti/nse/45409/2002
Contacto: Manuel Fernandes Ferreira
Data de Início: 2005
Data de Finalização: 2008
pn8: Tecnologias para a Valorização de Plantas Medicinais do Entre-Douro-e-Minho
poci/agro/62040/2004 (salvabiotech)
Instituição Coordenadora: Departamento de Engenharia Biológica – deb - Universidade
do Minho – um
pn12: pharmaoil – O Elixir da Saúde
Investigador Responsável: Manuel Ferreira Fernandes
Instituições:
Outras Instituições:
Instituto Superior Técnico – ist – Universidade Nova de Lisboa – unl
aditiva - Fármacos e Suplementos, Lda
Universidade de Coimbra
Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Norte – idarn
plumapor, Lda
Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares – iceta
Direcção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes
Direcção Regional de Agricultura de Entre-Douro e Minho - draedm
Instituto Superior de Agronomia – isa – Universidade Nova de Lisboa – unl
Data de Início: 01-06-2001
Universidade do Minho - um
Data de Finalização: 30-06-2004
iberoeka No. 99-021
praxis 3.1b (plantamedi)
icpme
pn9: Valorização de Salvia sp, Melissa sp, Mentha sp e Lavandula sp, para obtenção
pn13: Etnobotânica – o uso e a gestão das plantas aromáticas e medicinais e a sua
de produtos de valor acrescentado, com actividade biológica
utilização sustentável como contributo para a valorização do meio rural
Instituição Coordenadora: Centro de Ciências do Ambiente - Universidade do Minho – um
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Investigação Agrária – inia/Estação Agro-
Contacto: Manuel Fernandes Ferreira
nómica Nacional – ean
Outras Instituições:
Contacto: Rena Martins Farias / Noémia do Céu Machado Farinha
Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-alimentares - iceta
Instituições:
Data de Início: 2002
Direcção Regional de Agricultura de Entre-Douro-e-Minho – draedm
Data de Finalização: 2005
covicôa
pocti/agr/43482/2001 (lamiacease)
ervital – Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda
Escola Superior Agrária de Castelo Branco
Escola Superior Agrária de Elvas – esae
110
111
VIAbio
VIAbio
Instituto de Conservação da Natureza/pnpg
pn17: fifoba – Fibra Funcional para Bebidas – Desenvolvimento da tecnologia para
Instituto de Conservação da Natureza/pnsac
a valorização de recursos nacionais para produção de ingredientes funcionais para
Data de Início: 01-06-2001
bebidas
Data de Finalização: 30-06-2004
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação –
agro 34
ineti - Departamento de Biotecnologia – Unidade de Fisiologia Microbiana e Bioprocessos
Contacto: Francisco Gírio
pn14: Rede nacional para a conservação e utilização das plantas aromáticas
e medicinais
pn18: xilogastro - Xilo-oligossacáridos purificados como agentes anti-ulcerosos
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Investigação Agrária – inia / Estação
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação –
Agronómica Nacional – ean
ineti - Departamento de Biotecnologia – Unidade de Fisiologia Microbiana e Bioprocessos
Contacto: Rena Martins Farias
Contacto: Francisco Gírio
Outras Instituições:
Data: 2003
Direcção Regional de Agricultura de Entre-Douro-e-Minho – draedm
agro 800
pn19: prebio – Propriedades Prebióticas dos Xilo-Oligossacáridos: Efeitos na Actividade e Composição da Microflora Intestinal do Homem
pn15: Promoção da Cultura de Plantas Aromáticas e Condimentares na Beira Litoral
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação –
Instituição Coordenadora: Escola Superior Agrária de Coimbra - esac
ineti - Departamento de Biotecnologia – Unidade de Fisiologia Microbiana e Bioprocessos
Contacto: Maria do Carmo Rosa Lopes
Contacto: Francisco Gírio
Outras Instituições:
poci/bia-mic/56317/2004
Associação para o Desenvolvimento Rural de Lafões – adrl
Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral – crabl
pn20: Biossíntese de exopolissacáridos bacterianos: os passos posteriores à forma-
Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra – lfffuc
ção da unidade repetitiva
Plantas Aromáticas e Medicinais, Lda.
Instituição Coordenadora: Instituto de Biotecnologia e Química Fina – ibqf - Instituto
agro 120
Superior Técnico – ist - Universidade Técnica de Lisboa – utl
Contacto: Leonilde de Fátima Morais Moreira
pn16: Agrobiomed - Etnobotânica, tradição popular e agricultura biológica
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Investigação Agrária – inia/Estação Agronómica Nacional – ean
Outras Instituições:
Universidade de Aveiro
pocti/bme/44441/2002
Contacto: Ana Eleonora Lopes Borges Monteiro Telhada
Outras Instituições:
Associação Portuguesa de Agricultura Biológica
pn21: Micropesca - Estudo e Optimização da Produção de Substâncias Antimicrobianas por Espécies Autóctenes da Costa e Lagoas Portuguesas
Associação Sindical dos Professores Pró-Ordem
Instituição Coordenadora: Universidade Católica Portuguesa – ucp - Escola Superior de
Câmara Municipal de Moura
Biotecnologia – esb
Fundação Convento da Orada
Contacto: Manuela Pintado
Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas – iniap – Estação Agronómica
Outras Instituições:
Nacional – ean
Nova Flora
Data de Início: 17-09-2002
Data de Finalização: 17-09-2005
agro 135
Instituto de Biologia Molecular e Celular - ibmc
112
113
VIAbio
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a/p1: Signaling of short- and long-term regulation of intestinal epithelial type 1
pe6: Extraction of Useful Food and Cosmetic Ingredients of Vegetable Origin
naþ/hþ exchanger by interferon-c
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist - Universidade Nova de Lisboa
1
Instituições: Faculty of Medicine, Institute of Pharmacology and Therapeutics, 4200-319
– unl, Portugal
Porto, Portugal
Contacto: J. M. Abecassis Empis
2
Outras Instituições:
On leave from Department of Gastroenterology, Faculty of Medicine, 4200 Porto, Portugal
Investigadores:
1,2
Companhia Produtora De Conservas Alimentares, sa, Portugal
* 1
Fernando Magro, 1Sónia Fraga & , Patrício Soares-da-Silva
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – feup, Portugal
School of Chemical Engineering - University of Birmingham , Reino Unido
pe1: Nuevo procedimiento economico para la obtención del anti-oxidante hidroxitirosol, purificado a partir de productos y subproductos derivados del olivo
Universite de Nantes, França
Referência: air2-ct92-0818
Instituição Coordenadora: Instituto de la Grasa - Consejo Superior de Investigaciones
Científicas – csic, Espanha
pe7: xylophone - Development of xylo-oligosaccharides and xylitol for use in phar-
Contacto: Juan Martinez Armesto
maceutical and food industries
Patente Solicitada: pct/es02/00058 em 08-02-2002
Instituições:
agro 008
University of Vigo - Department of Chemical Engineering, Espanha
National Technical University of Athens – ntua - Department of Chemical Enginee-
pe2: Síntesis enzimática del antioxidante hidroxitirosol
ring Laboratory of Organic and Environmental Technologies Bioresource Technology
Instituição Coordenadora: Centro de Edafología y Biología Aplicada del Segura – cebas -
Unit, Grécia
Consejo Superior de Investigaciones Científicas – csic, Espanha
productos aditivos, sa, Espanha
Contacto: Yolanda Hernando Saiz
Wageningen Agricultural University – wau, Department of Food Science, Holanda
Patente Solicitada: P200002073 em 11-08-2000
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti, Portugal
agro 0013
Data: 30-04-2001
fair983811
pe3: Antioxidant compounds from table olive processing
Instituição Coordenadora: Consejo Superior de Investigaciones Científicas – csic, Espanha
pe8: Biotechnological Production of Xylitol with Candida Yeasts
Contacto: Javier Etxabe
Instituição Coordenadora: Helsinki University of Technology, Finlândia
Tese de Mestrado (2002)
pe4: Seaweed antioxidants as novel ingredients for better health and food quality
Contacto: Tom Granström
Instituição Coordenadora: Centre d’Etude et de Valorisation des Algues, França
Fonte: process biochemistry 40 (3-4): 1215-1223
Contacto: Dominique brault
Data de Finalização: 2005-12-31
pe9: nutracells
Programa: life quality – fp5
Instituição Coordenadora: nizo food research, Holanda
Referência: qlk1-ct-2002-02433 (seahealth)
Contacto: Jeroen Hugenholtz
Instituições:
pe5: Extracción con fluidos supercríticos y fraccionamiento selectivo de licopeno y
rug - University of Groningen - Department of Molecular Genetics
otros carotenoides a partir de fuentes naturales
ucl - Catholic University of Louvain - Department of Biology
Instituição Coordenadora: El Instituto de Fermentaciones Industriales - Consejo Superior
ucc - University College Cork - National Food Biotechnology Centre
de Investigaciones Científicas – csic, Espanha
inra - Institut National de la Recherche Agronomique Jouy-en Josas (inra-jj) unite de
Contacto: Luis Guasch Pereira
recherche laitieres et genetique appliqué
Patente Solicitada: 200201310 em 06-06-2002
cerela - Centro de Referencia para Lactobacillos (cerela) - Department of Biotechnology
agro 017
lallemand - Lallemand s.a. r&d
itqb - Institut de Biologia Experimental e Tecnologica (ibet)
114
115
VIAbio
VIAbio
cmu - Campina Melkunie bv - Cheese Division - Department of r&d/qa
t3: Xylitol production from sorghum straw hydrolysates by Debaryomyces hansenii
wcfs - Wageningen Centre for Food Sciences (wcfs)
var Hansenii NRRL Y-7426
Investigadores: A. M. Barrera-Guillén1, J. A. Ramírez1,M. VÁZQUEZ2
Data de Finalização: 2004
Instituições:
pe10: Development of new innovative functional foods containing microcrystalline
1
DepartamentoTecnología de Alimentos, Universidad Autónoma de Tamaulipas, Brasil
chitosan
2
Department of Analytical Chemistry - Area Food Technology - Universidad de San-
Instituição Coordenadora: Primex Ehf - Research And Development
tiago de Compostela - Escuela Politécnica Superior, Espanha
Contacto: Omarsson haukur
Data: 2003
Outras Instituições:
Erbsloeh Geisenheim Getraenke-Technologie Gmbh & co. Kg
t4: Nutraceutical production by propionibacteria
Fai Berti s.l.
Investigadores: Jeroen Hugenholtza, b, Jan Hunikc, Helena Santosd and Eddy Smida
Fundacion Gaiker
Instituições:
Gierer Gmbh Gewuerzdesign, Fleischveredelung
a
nizo Food Research, Holanda
Latvian State Institute Of Wood Chemistry
b
Wageningen Centre for Food Sciences, Holanda
Medicamina Ltd
c
dsm Food Specialties, Holanda
Meierei-Genossenschaft e. g. Langenhorn
d
Instituto de Biologica Experimental e Technologica – itqb, Portugal
Orkney Fishermen’s Society Ltd
Contacto: Jeroen Hugenholtz
Oy Foodfiles Ltd
Data: 2002
Verein Zur Foerderung des Technologietransfers an Der Hochschule Bremerhaven e.v.
Data de Finalização: 2003-11-30
p1: Processo contínuo de transesterificação de gorduras catalisado por lipases
Programa: Life Quality – fp5
Número da patente: pt102638
Referência: qlk1- ct - 2001 – 70508 (chitofood)
Data de Publicação: 2002-03-28
Inventor: fonseca maria manuela regalo d (pt); osorio natalia maria ferreira (pt);
t1: Produção de beta-caroteno natural a partir de microrganismos não genetica-
dias suzana ferreira (pt)
mente modificados
Requerente: inst superior tecnico (pt); inst superior de agronomia (pt)
Empresa: Biotrend – Inovação e Engenharia em Biotecnologia, sa
p2: Use Of Omega-3 Fatty Acids For Producing Functional Food Products
Contacto: Frederik van Keulen
Número da patente: lt2004023
t2: Avaliação da casca de aveia para produção biotecnológica de xilitol
1
Investigadores: Carolina Tamanini1, Antonio Sergio de Oliveira , Maria das Graças de
2
3
2
Almeida Felipe , Eliana Vieira Canettieri , Elisângela de Jesus Cândido e Maria Celia de
Data de Publicação: 2005-09-26
Inventor: liutkevicius algirdas (lt)
Requerente: liutkevicius algirdas (lt)
1
Oliveira Hauly
Instituições:
1
Departamento de Bioquímica e Biotecnologia, Universidade Estadual de Londrina –
uel, Brasil
2
Departamento de Biotecnologia, Faculdade de Engenharia Química de Lorena – faenquil, Brasil
p3: Process for Preparing Functional Beverages Comprising Omega-3 Fatty Acids
Número da patente: lt2002052
Data de Publicação: 2003-11-25
Inventor: liutkevicius algirdas (lt)
Requerente: liutkevicius algirdas (lt)
3
Departamento de Energia, Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá – feg/unesp,
Brasil
p4: Microcapsules made of an hydroxytyrosol-containing matrix and an coating
Contacto: Maria Celia de Oliveira Hauly
Número da patente: ep1462013
Data: 2004
Data de Publicação: 2004-09-29
Inventor: rull prous santiago (es); fernandez-blasquez jose (es); fabry bernd dr (de)
Requerente: cognis iberia sl (es)
116
117
VIAbio
VIAbio
p5: Antioxidative preparations
p11: Biologically Non-Degradable Peptide, Angiotensin Converting Enzyme Inhibitor,
Número da patente: ep1344516
Drug and Functional Food
Data de Publicação: 2003-09-17
Número da patente: wo2005012334
Inventor: kraechter hans-udo (de); arias carmen (es); mehling annette (de)
Data de Publicação: 2005-02-10
Requerente: cognis iberia sl (es)
Inventor: yamamoto naoyuki (jp); mizuno seiichi (jp); nishimura shingo (jp); gotou takanobu
(jp); matsuura keiichi (jp)
p6: Co-enzyme q10 dietary supplement
Requerente: calpis co ltd (jp); yamamoto naoyuki (jp); mizuno seiichi (jp); nishimura shingo
Número da patente: us2003113307
(jp); gotou takanobu (jp); matsuura keiichi (jp)
Data de Publicação: 2003-06-19
Inventor: selzer jonathan a (us)
p12: Functional Foods and Process for Producing Functional Food
Número da patente: ca2507675
p7: Anti-Oxidative Functional Food Material, Method for Producing the Same, Pro-
Data de Publicação: 2004-06-10
cessed Food Containing the Same, Method for Producing the Same and Anti-Oxida-
Inventor: yoshioka norimichi (jp); suzuki masayuki (jp); oda munehiro (jp); tonouchi hidekazu
tive Functional Food Material Packed in Container
(jp); uchida masayuki (jp)
Número da patente: jp2005124551
Requerente: meiji dairies corp (jp)
Data de Publicação: 2005-05-19
Inventor: kawahara jun
p13: Shelf Stable Product with Living Micro-Organisms
Requerente: kawahara jun
Número da patente: wo2005089560
Data de Publicação: 2005-09-29
p 8: Functional food capable of removing hydroxy free radical in body and its prepar-
Inventor: tournade sylvie (fr); aymes frederic (fr); reniero roberto (fr)
ing method
Requerente: nestec sa (ch); tournade sylvie (fr); aymes frederic (fr); reniero roberto (fr)
Número da patente: cn1586296
Data de Publicação: 2005-03-02
p14: Green-series Functional Beverages
Inventor: wen jing (cn)
Número da patente: cn1270217
Requerente: wen jing (cn)
Data de Publicação: 2004-09-29
Inventor: an guoqing (cn)
p9: Preparation of Functional Beverage Containing Chlorophylls and Carotenes
Requerente: an guoqing (cn)
from Seaweed
Número da patente: kr2003079506
p15: Processo para a produção de xilo-oligossacáridos substituídos e sua utilização
Data de Publicação: 2003-10-10
na indústria alimentar, química e energética
Inventor: kim in cheol (kr); jung soon teck (kr); yoo jeong uk (kr); kang hyeong
Número da patente: Patente portuguesa nº 102563
dong (kr); park su mi (kr); lee hyeon hui (kr); lee hong yeol (kr)
Data de Publicação: 2001
Requerente: dong a college (kr);; jung hong sul (kr);; kim in cheol (kr);; lee hong
Inventor: Gírio, F.M., Carvalheiro, F., Esteves, M.P., Amaral Collaço, M.T., Parajó, J.C.,
yeol (kr);; jung soon teck (kr)
Domínguez, H., Alonso, J.L., Vázquez, M.J., Garrote, G., Koukios, E.G., Avgerinos, E.S., Voragen, A.G.J., Schols, H.A, Kabel, M.A.
p10: Angiotensin I Converting Enzyme Inhibitor and Method for Producing the
Same, and Functional Food
p16: Processo para a preparação de oligossacáridos com actividade anti-ulcerativa e
Número da patente: jp2005053812
sua utilização para a preparação de medicamentos
Data de Publicação: 2005-03-03
Número da patente: Patente portuguesa nº 102695
Inventor: ono hirokazu; yamamoto masaji; oto nobuaki
Data de Publicação: 2001
Requerente: maruzen pharma
Inventor: Gírio, F. M., Cruz, E. M., Amaral-Collaço, M. T., Corvo, M. L., Esteves, M. P., Carvalheiro, F., Moura, P., Lourenço, P., Carvalheiro, M. C., Simões, S., Voragen, A.G.J., Schols,
H. A., Kabel, M. A.
118
119
VIAbio
VIAbio
p17: Green Tea Beverage Containing Sweetener Xylitol
p23: Use Of Sphingolipids for Reducing Plasma Cholesterol and Triacylglycerol Levels
Número da patente: jp2003180250
Número da patente: wo2004064820
Data de Publicação: 2003-07-02
Data de Publicação: 2004-08-05
Inventor: nakahara junko
Inventor: nieuwenhuizen willem ferdinand (nl)
Requerente: nakahara junko
Requerente: tno (nl); nieuwenhuizen willem ferdinand (nl)
p18: Sweetener for Food Products
p24: Use of Hydroxyoleic Acid and Related Compounds as Functional Food Additives
Número da patente: ru2185078
Número da patente: au2003304520
Data de Publicação: 2002-07-20
Data de Publicação: 2005-05-19
Inventor: lavrov a v
Inventor: ruiz pablo vicente escriba
Requerente: enyj list; ooo zel
Requerente: uni de les illes balears
p19: Sweetener, Pathogenic Bacterial Infection-Inhibitory Agent, Intestinal Function-
p25: Functional Food and Beverage Containing Antiallergic Component
Controlling Agent or Aging- Inhibitory Agent for Starch, Consisting of Mannose-
Número da patente: jp2004105078
Containing Hetero Oligosaccharide, and Food, Beverage, Medicine or Feed Consis-
Data de Publicação: 2004-04-08
ting of the Same
Inventor: nagai hiroshi; hashizume shuichi; sato susumu; yamamoto mari; kitani seiichi
Número da patente: jp2000217546
Requerente: sasaki co; asahi soft drinks co ltd; morinaga & co; nat agriculture & bio orien-
Data de Publicação: 2000-08-08
ted; kitani seiichi
Inventor: inoue yasushi; okamoto katsuyuki; mitsuyoshi shinsuke
Requerente: showa sangyo co
p26: Functional Gelagen as Functional Food
Número da patente: jp2005089435
p20: Use of erythritol and d-tagatose in zero- or low-calorie beverages and food
Data de Publicação: 2005-04-07
Número da patente: mxpa03009996
Inventor: azegami toshiro
Data de Publicação: 2004-05-27
Requerente: azegami toshiro
Inventor: zena bell (us)
Requerente: pepsico inc (us)
p27: Composition for Prevention and/or Treatment of Bone Disease, Functional Food
or Health Food Containing the Composition, and Medicinal Preparation Containing
p21: Process for Producing a Novel Soy Functional Food Ingredient
the Composition as Active Ingredient
Número da patente: mxpa01002251
Número da patente: wo2005085223
Data de Publicação: 2003-08-20
Data de Publicação: 2004-04-08
Inventor: andreas g altemueller (us)
Inventor: lee kun-hyung (jp); cha byung-yoon (jp); woo je-tae (jp); nagai kazuo (jp)
Requerente: protein tech int (us)
Requerente: erina co inc (jp); lee kun-hyung (jp); cha byung-yoon (jp); woo je-tae (jp); nagai
kazuo (jp)
p22: The Use of Sphingolipids in the Treatment and Prevention of Type 2 Diabetes
Mellitus, Insulin Resistance and Metabolic Syndrome
p28: Method for Preparing of Functional Cereal-Based Food Product
Número da patente: wo2005087023
Número da patente: ru2244494
Data de Publicação: 2005-09-22
Data de Publicação: 2005-01-20
Inventor: nieuwenhuizen willem ferdinand (nl); havekes aloysius maria (nl); emeis
Inventor: bakumenko o e (ru); doronin a f (ru); panfilova s n (ru); shenderov b a (ru)
josephus jan (nl)
Requerente: tno (nl); nieuwenhuizen willem ferdinand (nl); havekes aloysius maria (nl);
emeis josephus jan (nl)
120
121
VIAbio
Microencapsulação
VIAbio
pe13: Volume Extraction and Encapsulation of Flavour Chemicals, Pharmaceutical
Substances, Bio-Chemicals and Enzymatic Systems
pn22: Complexos Intramoleculares e Nanoencapsulamento de Antocianinas
Instituição Coordenadora: William Ransom and Son plc, Reino Unido
Instituição Coordenadora: Centro de Química Estrutural - Instituto Superior Técnico – ist
Contacto: keith helliwell (mr.)
Universidade Técnica de Lisboa – utl
Outras Instituições:
Contacto: António Luis Vieira de Andrade Maçanita
Outras Instituições:
Instituto de Biologia Experimental e Tecnologica – itqb – Universidade Nova de Lisboa
– unl, Portugal
Universidade dos Açores
microlithe s.a, França
Fundação da Faculdade de Ciências – Universidade de Lisboa
University of Nottingham, Reino Unido
pocti/qui/38884/2001
Data de Finalização: 30-11-1999
Programa: fair
pn23: Microencapsulação de ingredientes funcionais para aplicação em bebidas de
Referência: CT96-2003
sumo de fruta
Instituição Coordenadora: Universidade Católica Portuguesa – ucp - Escola Superior de
t5: Microencapsulation of monoacylglycerol rich in omega-3 fatty acids by thin-layer
Biotecnologia – esb
drying
Contacto: Manuela Pintado, Ana Gomes, Xavier Malcata (Orientadores); Sérgio Maia
Investigadores: P. Hariyadi, N. Hasanah, K. Komari, S. Budijanto
(Orientando)
Instituições:
Outras Instituições:
Instituto de Bebidas e Saúde – ibesa
Data: 13-05-2004
Southeast Asian Food & Agricutural Science & Technology Center, Bogor Agricultural
Univ, Dept. of Food Technology & Human Nutrition, Bogor, Indonésia
Dept. of Food Technology & Human Nutrition, Bogor Agricultural Univ.
Dept. of Health, Republic of Indonesia, Food & Nutrition Research Center
pe11: Nutritional Studies on Dried Functional Ingredients Containing n-3 Polyunsaturated Fatty Acids
Dept. of Food Technology & Human Nutrition
Data: 2005
Instituição Coordenadora: Golden Vale Plc, Irlanda
Contacto: codd, Jim
t6: Study on microencapsulation of lycopene by spray-drying
Outras Instituições:
Investigadores: Bo Shu, Wenli Yu, Yaping Zhao, Xiaoyong Liu
Instituto de la Grasa - csic - Dpt. Of Food Quality And Characterization, Espanha
Instituição Coordenadora: School of Chemistry and Chemical Engineering, Shanghai Jiao
Deutsches Institut Für Lebensmitteltechnik E.V., Alemanha
Tong University, China
Institute For Surface Chemistry, Suíça
Contacto: Yaping Zhao
Teagasc, Itália
Data de Finalização: 24-05-2005
Technical University of Denmark - Danish Institute for Fisheries Research, Dinamarca
University College Cork, Irlanda
t7: Microencapsulação de Óleo Essencial de Laranja
University of Dublin - Trinity College, Irlanda
Instituição Coordenadora: Instituições: unicamp – Universidade Estadual de Campinas,
University of Ulster, Reino Unido
Brasil
Data de Finalização: 30-08-1998
Investigadores: Lucy c. aburto, Débora de Queiroz tavares, Enny Therezinha martucci,
fair – nutrifish
Data: 19-01-1998
pe12: Supercritical processing of certain aromatic or/and medicinal plants
p29: Continuous Multi-Microencapsulation Process for Improving the Stability and
Instituição Coordenadora: ato b.v., Holanda
Storage Life of Biologically Active Ingredients
Contacto: Anton franken
Número da patente: wo2005058476
Data de Finalização: 19-06-2003
Data de Publicação: 2005-06-30
Programa: life quality – fp5
Inventor: casana giner victor (at); gimeno sierra miguel (at); gimeno sierra barbara (at);
Referência: qlk5-ct-2001-51939
122
123
VIAbio
moser martha (at)
Requerente: gat formulation gmbh (at); casana giner victor (at); gimeno sierra miguel (at);
VIAbio
Outras Instituições:
Universidade Católica Portuguesa – ucp - Escola Superior de Biotecnologia – esb
gimeno sierra barbara (at); moser martha (at)
pocti/agr/34804/99
p30: Process Formation of Microcapsules by Interfacial Cross-Linking of Emulsifier,
pn25: Tecnologia para a obtenção de filmes e revestimentos comestíveis para ali-
and Microcapsules Produced Thereby
mentos a partir de recursos nacionais de baixo valor
Número da patente: us3875074
Instituição Coordenadora: Centro de Química - Instituto de Ciências e Tecnologias Agrá-
Data de Publicação: 1975-04-01
rias e Agro-Alimentares - Porto
Inventor: vassiliades anthony e; vincent david n; powell mabrin p
Contacto: Alberto Manuel Carneiro Sereno
Requerente: champion int corp
Outras Instituições:
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia
p31: Hazard-Free Microencapsulation for Structurally Delicate Agents, an Application
pocti/equ/45595/2002
of Stable Aqueous-Aqueous Emulsion
Número da patente: ep1572341
pn26: Produção de CoPolímeros phb/phv por Culturas Mistas
Data de Publicação: 2005-09-14
Instituição Coordenadora: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
Inventor: jin tuo (cn); zhu hua (us); zhu jiahao (us)
Contacto: Maria D’Ascensão Carvalho Fernandes de Miranda Reis
Requerente: jin tuo (cn)
Outras Instituições:
Instituto de Tecnologia Quimica e Biológica – itqb - Universidade Nova de Lisboa – unl
p32: Method of Microencapsulation
Número da patente: us6932984
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia
pocti/bio/35675/99
Data de Publicação: 2005-08-23
Inventor: babtsov vladimir (il); shapiro yury (il); kvitnitsky emma (il)
pn27: multipack – Desenvolvimento de conceitos inovadores para embalagem
Requerente: tagra biotechnologies ltd (il)
múltipla de vegetais frescos de alta qualidade prontos para consumo
Instituição Coordenadora: Centro de Estudos de Ciência Animal - Instituto de Ciências e
Ingredientes Estruturais
Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares - Porto
Contacto: Luís Miguel Soares Ribeiro Leite da Cunha
pe14: Secuencia de nucleotidos de maíz codificante de una proteína con actividad
transglutaminasa, y su uso
Instituição Coordenadora: Instituto de Biología Molecular de Barcelona – ibmb - Consejo
Outras Instituições:
Universidade Católica Portuguesa – UCP - Escola Superior de Biotecnologia – esb
pocti/agg/48437/2002
Superior de Investigaciones Científicas – csic, Espanha
Contacto: Luis Guasch Pereira
pn28: Aumento da vida útil de vegetais minimamente processados
Patente Solicitada: ES 200201253 em 31/05/2002
Instituições:
agro 014
campotec – Comercialização e Consultadoria em Hortofrutículas, sa
inia – Instituto de Investigação Agrária
Embalagens
isa - Instituto Superior de Agronomia – Universidade Nova de Libsoa
eureka No. 1975
pn24: quitopack - Desenvolvimento de filmes e revestimentos edíveis e
biodegradáveis obtidos a partir de resíduos de crustáceos e moluscos marinhos
p33: Packages with Active Agents
Instituição Coordenadora: Química Orgânica e de Produtos Naturais e Agroalimentares -
Número da patente: wo2005077773
Universidade de Aveiro – um
Data de Publicação: 2005-08-25
Contacto: José António Teixeira Lopes da Silva
Inventor: thomas toby r (us); kolovich nate (us); belias william p (us); chen paul n (us)
Requerente: pactiv corp (us); thomas toby r (us);; kolovich nate (us)
124
125
VIAbio
VIAbio
p34: Safety Containers for Biologically Active Substances and Method for Producing
pe15: Virtual institute on bioencapsulation sciences and technology
Said Container
Instituição Coordenadora: Ecole Nationale d’Ingenieurs des Techniques des Industries
Número da patente: ca2512788
Agricoles et Alimentaires
Data de Publicação: 2004-07-29
Contacto: Jean-Marc vallauri, França
Inventor: bensmann hubert (de); milsmann eckhard (de); kranzmann heiko (de);
Data de Início: 2003-01-01
wichert burkhard (de)
Data Prevista de Finalização: 2005-12-31
Requerente: baxter healthcare sa (ch); baxter int (us)
Programa: growth – vibmst
Referência: g7rt-ct-2002-05105
Valorização Energética de Subprodutos e Resíduos
pe16: Food Matrices: Structural Organisation and Impact on Flavour Release
pn29: suberimune – Síntese de adjuvantes para vacinas a partir de desperdícios da
and Perception
indústria de cervejas e da cortiça
Instituições:
Instituição Coordenadora: William Ransom and Son plc
centralcer – Central de Cervejas, sa
Contacto: Egle Bylaite
ineti - Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial – ineti
Países Envolvidos: Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha,
itexcork - Indústria de Transformação e Exportação de Cortiça, Lda
Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polónia, Suécia, Suiça e Reino Unido
itime - Instituto de Tecnologia e Inovação para a Modernização Empresarial
Data de Início: 2002-04-29
praxis 3.1B
pn30: Extracção Supercrítica de Óleo de Grainha de Uva: Aumento da Recuperação
por Meio de Pré-Tratamento Enzimático da Grainha
Instituição Coordenadora: Centro de Investigação em Materiais Cerâmicos e Compósitos
-ciceco - Universidade de Aveiro – ua
Contacto: Carlos Manuel Santos da Silva
Outras Instituições:
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
pocti/equ/47533/2002
Outros
pn31: O comportamento do consumidor face à segurança e qualidade alimentares:
percepção do risco e rotulagem
Instituição Coordenadora: Instituto de Ciências e Tecnologia Agro-Alimentar da Universidade do Porto – iceta
Contacto: Luís Miguel Soares Ribeiro Leite da Cunha
Outras Instituições:
Direcção Regional de Agricultura de Entre-Douro-e-Minho – draedm
egi - Sociedade de Engenharia e Gestão da Qualidade Industrial, Lda
Modelo Continente Hipermercados, sa
Data de Início: 01-01-2004
Data Prevista de Finalização: 31-12-2006
Data Prevista de Finalização: 2006-07-11
ANEXO B
Sector Ambiental
129
VIAbio
pn – Projectos Nacionais
pe – Projectos Europeus
t – Tecnologias
133
Biorremediação de Solos e Águas Subterrâneas
133
pn1: bombbe – Biodiversity of Methylotrophs and their Bioremediation and
Biotechnogical Exploitation
133
pn2: Bio-remediação de poluição orgânica em solos por enriquecimento com
bactérias metilotróficas resistentes
133
pn3: Biorremediação de solos contaminados com metais pesados (Cr, Cd, Pb e
Hg) e na presença de hidrocarbonetos
133
pn4: fitorem – Fitorremediação e Reactores de Biofilme para a Remoção
de Poluentes de Águas Contaminadas: um Estudo Comparativo
134
pn5: Descontaminação de minas por plantas hiperacumuladoras - minimização
de impactes ambientais
134
pn6: Estudos de fitorremediação de solos contaminados causados pela
actividade mineira (Soil Processes in Space and Time: Evolution, Behaviour and
Remediation (prosoil)
134
pn7: Biorremediação de solos e águas contaminadas com pesticidas
134
pn8: Degradação Biológica de Pesticidas - O Molinato
134
pn9: Biodegradação de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos assistida por
oxidação por ozono
135
pn10: BioVentingTec - Biotecnologia inovadora para tratamento de solos
135
pe1: Development of environmentally benign, sustainable industrial
contaminados por hidrocarbonetos
technologies for the remediation of industrial wastes and petrochemicals
contaminated sites using newly isolated and designed microorganisms
135
pe2: Process for the production of microencapsulated micro-organisms for
bioremediation
135
pe3: Testing integrated gm-rhizoremediation systems for soil bioremediation
136
pe4: Exploiting genomics to engineer an environmentally friendly
136
pe5: Role of microbial mats in bioremediation of hydrocarbon polluted coastal
microorganism for bioremediation purposes
zones
137
pe6: Role of sulfate-reducing bacteria within microbial mat system in
137
pe7: Bioremediation techniques for detoxication of hazardous pollutants in
hydrocarbon biodegradation
industrial waters and sludges
137
pe8: Bioremediation technology of contaminated sites
138
pe9: Protection of groundwater resources at industrially contaminated sites
138
pe10: Bioremediation of acidic mine waters by sulphate reduction in novel,
compost-based field-scale bioreactors (asure)
130
131
VIAbio
139
VIAbio
pe11: In-situ bioremediation of cyanide, pahs and hetrocyclic compounds using
145
Tratamento de Efluentes
engineered sequenced reactive barrier techniques. (serebar)
145
pn11: tectar – Tecnologia Compacta para o Tratamento de Águas Residuais.
139
pe12: Phytoremediation of Arable Sludged Soils (pass)
139
pe13: Field scale evaluation of a hybrid bioremediation and phytoremediation
Baseia-se na tipologia dos reactores de biofilmes descontínuos sequenciais
145
process for the treatment of hydrocarbon contaminated soil (biophyto)
140
anaeróbia e metanização de efluentes com elevados teores de lípidos
pe14: Development of strategies to enhance the population diversity within
145
pn13: plantari – Constructed wetlands for industrial wastewater treatment
Conventional Activated Sludge Reactors (casr) and Membrane Bio-Reactors
145
pn14: Oxidação electroquímica fotoassistida de compostos lipídicos como
145
pn15: Reactores anaeróbios sbr para o tratamento de efluentes complexos con
(mbr) and their influence on the functional capacity of biomass (bioenhan)
140
pe15: Optimising Biopile Processes for Weathered Hydrocarbons Within a Risk
percursora do tratamento anaeróbio
Management Framework (promise)
140
pe16: In situ Source Area BioREmediation (sabre)
141
pe17: Further validation of a soil test to predict soil-associated pollutant
bioavailability
141
pn12: Desenvolvimento de um processo FED-BATCH para a biodegradação
tendo gorduras – anasebar
146
pn16: Novos Sistemas de Reciclagem de Efluentes de Indústrias Agroalimentares
Utilizando Biotecnologias de Microalgas com Valorizaçao da Biomassa - Biorecicla
146
pn17: Anexpert - Estudos dinâmicos do processo de digestão anaeróbica com
pe18: The use of chemical means to assess soil associated contaminant
vista ao desenvolvimento de um sistema inteligente de supervisão baseado
bioavailability
em conhecimento
142
pe19: Novel technologies for enhancing phytoremediation of tce
142
t1: Low-cost technologies for bioremediation
142
t2: Land remediation through toxicity management
142
t3: Integrated thermal desorption and bioremediation treatment of dense soil
142
t4: Bioremediation of crude oil contaminated soil by slurry reactor and
pollutions for safe and efficient reuse of contaminated land “3R Clean Soil”
landfarming
146
pn18: Aninteracis – Operação intermitente de digestores anaeróbicos para o
tratamento de ácidos orgânicos de cadeia longa
146
pn19: Comportamento de digestores anaeróbios para o tratamento de efluentes
da indústria de lacticínios
147
pn20: Estudo do tratamento de efluentes da Indústria Papeleira por culturas
lenhilcas de Trametes versicolor
147
pn21: Descoloração do efluente final de fabrico de pasta de papel: remoção de
142
t5: In-situ bioremediation of hydrocarbon contaminated soil
143
t6: Bioremediation of diesel contaminated soil by microorganisms immobilised
147
pn22: Biodegradação de corantes azo em reactor descontínuo-sequencial
in polyvinyl alcohol
147
pn23: texbio – Remoção biológica de corantes em efluentes da indústria têxtil
t7: Bioremediation of Oil-Contaminated Soils and Crude Oil Wastes Using
147
pn24: Controlo de poluição na indústria têxtil: Estudo do processo de tingimento
143
compostos orgânicos e toxicidade (decortox)
Immobilised Bacteria
143
t8: Comparison of Bioaugmentation and Biostimulation in ex-situ Treatment
e tratamento dos efluentes
147
of Diesel Contaminated Soil
pn25: Descoloração de corantes sintéticos em bio-reactores de tratamento
de águas residuais
144
t9: Ex-situ Bioremediation of Oil Sludge-Contaminated Land Using Corn Waste
148
pn26: Remoção de poluentes persistentes característicos de efluentes de lanifícios
144
t10: Field trial of a new aeration system for enhancing biodegradation in a biopile
148
pn27: Monitorização e degradação de aminas aromáticas em tratamento de águas
144
t11: Methods evaluating vanadium tolerance in bacteria isolated from crude oil
contaminated land
residuais industriais
148
pn28: Aplicação de processos integrados electroquímico-ozonólise-bioreactor
144
t12: Bioremediation of Explosives Contaminated Soils (Desk Study)
144
t13: Experimental Constructed Wetlands for Gully Pot Effluent Contaminated
148
pn29: Soluções enzimáticas inovadoras para a indústria têxtil
with Heavy Metals
148
pn30: reciclágua – Reciclagem dos efluentes mais limpos dos processos
144
t14: Novel use of ochre from mine water treatment plants to reduce point and
diffuse phosphorus pollution
no tratamento de águas lixiviadas
de acabamento na indústria têxtil
149
pn31: anoxitrata: Tratamento Integrado de Efluentes Têxteis por Processo
Anaeróbio/Aeróbio com Aplicação de Métodos de Oxidação Avançada
149
pe20: biosap- Biotreatment of Sequentially Alternating Pollutants (sap)
in Wastewaters
132
133
VIAbio
149
VIAbio
pe21: micometa – O papel dos Fungos Arbusculares Micorrízicos em processos
Biorremediação de Solos e Águas Subterrâneas
de Fitorremediação de solos contaminados com Metais Pesados
149
pe22: herbicbiorem – Strategies to accelerate the productive biodegradation of
pn1: bombbe – Biodiversity of Methylotrophs and their Bioremediation and
several herbicides under environmental stress condition
Biotechnogical Exploitation
150
t15: Reactor jacto (Jet-Loop): Novo Sistema Para Tratamento de Efluentes
Instituição Coordenadora: Instituto de Biologia Molecular e Celular – ibmc
de Agro-Indústrias
Contacto: Paolo De Marco
150
t16: A Coupled Advanced Oxidation-Biological Process for Recycling
Outras Instituições:
of Industrial Wastewater Containing Persistent Organic Contaminants “cadox”
University of Warwick, Reino Unido
150
t17: Desenvolvimento de um processo de arranque e manutenção de um digestor
University of Aalborg , Dinamarca
anaeróbio para depuração de ‘águas ruças’ da indústria extractiva do azeite e
University of Szeged, H Norfern, Dinamarca
produção de biogás e depuração de ‘água ruça’ por oxidação catalítica para fazer
Institute of Biotechnology, Montreal, Canadá
150
face à diversidade da composição e do caudal destes efluentes
poci/amb/57353/2004
t18: Processos ecotecnológicos de tratamento de efluentes industriais, em zonas
Data de Início: Novembro 2002
húmidas construídas (leitos de macrófitas) para desnitrificação e a remoção de
Data de finalização: Dezembro 2003
compostos aromáticos por estes sistemas.
t19: Technology for removing and recovery of heavy metals from wastewaters
pn2: Bio-remediação de poluição orgânica em solos por enriquecimento com
using microorganisms and microbial products
bactérias metilotróficas resistentes
151
Aproveitamento de Subprodutos e Resíduos
Instituição Coordenadora: Instituto de Biologia Molecular e Celular – ibmc - Universidade
151
pn32: Aplicação de resíduos orgânicos ao solo: dinâmica da matéria orgânica, do
do Porto – up
fósforo e dos metais pesados e efeito sobre a fisiologia da planta
Contacto: Paolo De Marco
151
pn33: Utilização de lama residual urbana em solos marginais no Baixo Alentejo,
poci/amb/57353/2004; Status: Em curso
151
para melhoria da qualidade do solo e aumento do encabeçamento de ovinos
151
Valorização Energética de Subprodutos e Resíduos
pn3: Biorremediação de solos contaminados com metais pesados (Cr, Cd, Pb e Hg)
151
pn34: Co-digestão anaeróbia de lamas e fracção orgânica de resíduos sólidos urbanos
e na presença de hidrocarbonetos
Instituição Coordenadora: Centro de Engenharia Biológica – ceb
Universidade do Minho – um
Contacto: Maria Teresa Tavares
pocti/cta/44449/2002
pn4: fitorem – Fitorremediação e Reactores de Biofilme para a Remoção de
Poluentes de Águas Contaminadas: um Estudo Comparativo
Instituição Coordenadora: Centro de Biotecnologia e Química Fina – cbqf - Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica Portuguesa – ucp
Contacto: Paula Maria Lima e Castro
Outras Instituições:
Instituto de Biologia Molecular e Celular - ibmc
Instituto de Biologia Experimental e Tecnologia – ibet
pocti/cta/39111/2001
134
135
VIAbio
VIAbio
pn5: Descontaminação de minas por plantas hiperacumuladoras – minimização de
pn10: BioVentingTec - Biotecnologia inovadora para tratamento de solos
impactes ambientais
contaminados por hidrocarbonetos
Instituição Coordenadora: Faculdade de Ciências e Tecnologia fct
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica
Universidade de Coimbra – uc
Portuguesa – ucp
Contacto: João António Mendes Serra Pratas
Contacto: Rúben Ferreira Jorge
Outras Instituições:
Programa: poci/amb/60364/2004
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – utad
pocti/cta/41893/2001
pe1: Development of environmentally benign, sustainable industrial technologies
for the remediation of industrial wastes and petrochemicals contaminated sites
pn6: Estudos de fitorremediação de solos contaminados causados pela actividade
using newly isolated and designed microorganisms
mineira (Soil Processes in Space and Time: Evolution, Behaviour and Remediation
Instituição Coordenadora: Wageningen University, Holanda
(prosoil)
Contacto: Cees Veerman
Instituição Coordenadora: Universidade Centro de Pedologia – Instituto Superior de Agro-
Outras Instituições:
nomia – isa – Universidade Técnica de Lisboa – utl
Freiberg University of Mining and Technology, Alemanha
Contacto: Edgar da Conceição Sousa
Institute of Biochemistry and Physiology of Microorganisms - Russian Academy of
Outras Instituições:
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – utad
pocti/cta/41893/2001
Sciences, Rússia
Jsc Nizhnekamskneftekhim - Science and Technology Centre. Rússia
Kazan State University - Laboratory of Ecological Biotechnology - Biological Department, Rússia
pn7: Biorremediação de solos e águas contaminadas com pesticidas
Instituição Coordenadora: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto - feup
University of Florence - Laboratory of Inorganic and Bioinorganic Chemistry Department of Chemistry, Itália
Contacto: Olga Pastor Nunes
Data de Início: 2000-10-01
Data de Início: 2005-09-01
Data de Finalização: 2004-09-30
Data de Finalização: 2008-08-31
Programa: inco 2
Programa: poci/amb/59836/2004
Referência: ica2-ct-2000-10006 (Water Bioremediation)
pn8: Degradação Biológica de Pesticidas - O Molinato
pe2: Process for the production of microencapsulated micro-organisms
Instituição Coordenadora: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – feup
for bioremediation
Contacto: Olga Pastor Nunes
Instituição Coordenadora: Environmental Protection Engineering s.a., Grécia
Outras Instituições:
Contacto: Symeon Georgiadis
Departamento de Zoologia - Universidade de Coimbra
Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
Outras Instituições:
Biogen Applied Soil Biological Research Company, Hungria
Data de Início: 2000-06-01
Data de Início: 2000-12-20
Data de Finalização: 2002-06-30
Data de Finalização: 2001-12-19
Programa: praxis/p/bio/12193/1998
Programa: life qlk3-ct-2000-41273
pn9: Biodegradação de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos assistida por
pe3: Testing integrated gm-rhizoremediation systems for soil bioremediation
oxidação por ozono
Instituição Coordenadora: Institute of Technology Carlow, Irlanda
Instituição Coordenadora: Universidade do Minho – um
Contacto: James Mcentee
Contacto: António José Guerreiro de Brito
Outras Instituições:
Programa: poci/amb/61044/2004
Danisco a/s, Dinamarca
Institute of Organic Chemistry and Biochemistry – Academy of Sciences of the
136
137
VIAbio
VIAbio
Czech Republic, República Checa
Data de Início: 2000-02-01
National Environmental Research Institute - Ministry of Environment and Energy,
Data de Finalização: 2003-01-31
Dinamarca
Nova Research Inc., E.U.A
Programa: eesd
Referência: evk3-ct-1999-00010 (matbiopol)
The University of Tuebingen, Alemanha
Universidad Autonoma de Madrid, Espanha
pe6: Role of sulfate-reducing bacteria within microbial mat system in hydrocarbon
University College Cork, National University of Ireland, Cork, Irlanda
biodegradation
Data de Início: 2002-01-01
Instituição Coordenadora: The Hebrew University of Jerusalem - The Authority for Rese-
Data de Finalização: 2004-12-31
arch and Development, Israel
Programa: life quality
Contacto: Eran Vardi
Referência: qlk3-ct-2001-00101 (Gm-Rhizoremediation)
Outras Instituições:
pe4: Exploiting genomics to engineer an environmentally friendly microorganism for
Data de Início: 2001-03-01
bioremediation purposes
Data de Finalização: 2003-02-28
Instituição Coordenadora: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, Espanha
Programa: eesd
Contacto: Cesar Nombela
Referência: evk3-ct-2000-50001
The Hebrew University of Jerusalem, Israel
Outras Instituições:
Bioinfobak Institute, Polónia
pe7: Bioremediation techniques for detoxication of hazardous pollutants in
Hannover Medical School, Alemanha
industrial waters and sludges
Minrav Infrastructures 1993 (Ltd), Israel
(http://ica.cordis.lu/search/index.cfm?fuseaction=proj.simpledocument&PJ_RCN=38897
Westfaelische Wilhelms - Universitaet Muenster, Alemanha
26&CFID=6992512&CFTOKEN=69844316)
University of Essex, Reino Unido
Instituição Coordenadora: University of Sofia Kliment Ohridski – UNISOFIA, Bulgária
Newbiotechnic S.A., Espanha
Contacto: Cheng Chia-Yau
The University of Milano, Itália
Outras Instituições:
Data de Início: 2001-01-01
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – feup, Portugal
Data de Finalização: 2003-12-31
University of Banja Luka - Faculty of Technology, Bósnia Herzergovina
Programa: life quality
Katholieke Hogeschool Sint-Lieven – kahoslg, Bélgica
Referência: qlk3-ct-2000-00170 (mifriend)
Data de Início: 1999-2-14
Data de Finalização: 2002-8-14
pe5: Role of microbial mats in bioremediation of hydrocarbon polluted coastal zones
Programa: inco
Instituição Coordenadora: Universite de Pau et des Pays de L’adour, França
Referência: erbic15 ct98 0137
Contacto: Jean-Louis Gout
Outras Instituições:
pe8: Bioremediation technology of contaminated sites
Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, Espanha
Instituição Coordenadora: Biotechnology Research Cooperative Center – EBCRC
Max-Planck-Gesellschaft Zur Foerderung Der Wissenschaften E.V., Alemanha
Contacto: Mike Manefield
Netherlands Institute for Sea Research, Holanda
Outras Instituições:
The Hebrew University of Jerusalem - The Authority for Research and Development,
Israel
Orica Australia
Macquarie University
Universitat de Barcelona, Espanha
Murdoch University
Universite de la Mediterranee D’aix-Marseille Ii, França
University of Queensland
University of Copenhagen, Dinamarca
University of nsw
University of Dundee, Reino Unido
138
139
VIAbio
VIAbio
pe9: Protection of groundwater resources at industrially contaminated sites
pe11: In-situ bioremediation of cyanide, PAHs and hetrocyclic compounds using engi-
Instituição Coordenadora: centro ricerche di novara g. donegani, Itália
neered sequenced reactive barrier techniques. (serebar)
Contacto: Mr Cortesi Paolo
(http://www.prb-net.qub.ac.uk/eerg/dissemination/link/)
Outras Instituições:
Instituição Coordenadora: Queen’s University, Belfast
Universitaet Konstanz – Department for Biology, Alemanha
Outras Instituições:
Universitaet Stuttgart – Institut fur Wasserbau, Alemanha
Centre for Ecology and Hydrology
Enitecnologie s.p.a. – Project Management, Itália
Oxford University
Enichem Spa – Centro Ricerche di Novara “Istituto Guido Donegani”, Itália
The University of Surrey
Ford Werke Ag – Betriebliche Umweltschutz, Alemanha
Advantica
Vhe Holdings Plc, Reino Unido
Secondsite
Aquater Spa – Societa per la Geologia, Idrogeologia e Interv - Environment & Water
Parsons Brinckerhoff
Resources Dep. Itália
Biotechnology and Biological Sciences Research Council – bbsrc
Ici Lacke Farben Gmbh – The Europe Department, Alemanha
Natural Environment Research Council – nerc
Netherlands Organisation for Applied Scientific Research – tno – Department of Envi-
The Engineering and Physical Sciences Research Council – epsrc
ronmental Quality
tno – Institute Of Environmental Sciences, Energy And Process, Holanda
Swiss Federal Institute Of Environmental Science And Technology - Institute For Aquatic Sciences And Technology, Suíca
Cranfield University – Cranfield Centre for Analytical Science - Institute Of Bioscience
Environment Agency – ea
The Department of Trade & Industry – dti
Data de Início: 01-11-2002
Data de Finalização: 31-10-2006
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 6
and Technology, Reino Unido
Yeditepe University - Department Of Systems Engineering, Turquia
pe12: Phytoremediation of Arable Sludged Soils (pass)
Akzo Nobel Coatings B.V., Holanda
(http://www.nottingham.ac.uk/environmental-modelling/PASS%20Home.htm)
Data de Início: 2000-04-01
Instituição Coordenadora: University of Nottingham
Data de Finalização: 2003-06-30
Outras Instituições:
Programa: pure
Severn Trent Water Ltd.
Referência: evk1-ct-1999-00030
Land Research Associates
Biotechnology and Biological Sciences Research Council - bbsrc
pe10: Bioremediation of acidic mine waters by sulphate reduction in novel,
Data de Início: 01-11-2002
compost-based field-scale bioreactors (asure)
Data de Finalização: 31-03-2005
Instituição Coordenadora: University of Wales, Bangor
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 11
Outras Instituições:
University of Newcastle upon Tyne
pe13: Field scale evaluation of a hybrid bioremediation and phytoremediation
Scottish Coal Co. Ltd
process for the treatment of hydrocarbon contaminated soil (biophyto)
Rio Tinto Technical Services Ltd
Instituição Coordenadora: University of Greenwich
IMC Group Consulting Ltd
Outras Instituições:
Parkhill Estates Ltd
vhe Group
Biotechnology and Biological Sciences Research Council - bbsrc
Slater(uk) Ltd
Natural Environment Research Council - nerc
PlantWorks
The Engineering and Physical Sciences Research Council - epsrc
Biotechnology and Biological Sciences Research Council - bbsrc
Data de Início: 01-10-2002
The Department of Trade & Industry - dti
Data de Finalização: 31-03-2006
Data de Início: 02-01-2003
Programa: Bioremediation link1; Referência: biorem 4
Data de Finalização: 31-12-2005
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 23
140
141
VIAbio
VIAbio
pe14: Development of strategies to enhance the population diversity within Conven-
Golder Associates Inc
tional Activated Sludge Reactors (casr) and Membrane Bio-Reactors (mbr) and their
e i Dupont
influence on the functional capacity of biomass (bioenhan)
ici
Instituição Coordenadora: blc - Leather Technology Centre
Scientifics Ltd
Outras Instituições:
Acetate Products Ltd
University of Newcastle Upon Tyne
General Electric
University of Glasgow
Shell Global Solutions
Aquabio
Honeywell
Pittards Plc Shoe Leather Division
Terra Systems Inc
Pittards Plc Glove Leather Division
British Geological Survey (bgs)
Charles Paisley & Sons
University of Edinburgh
Scottish Tanning Industries
University of Sheffield
Hampshire Waste Services
Biotechnology and Biological Sciences Research Council – bbsrc
Biotechnology and Biological Sciences Research Council - bbsrc
Natural Environment Research Council – nerc
The Department of Trade & Industry - dti
The Engineering and Physical Sciences Research Council – epsrc
The Engineering and Physical Sciences Research Council - epsrc
Environment Agency – ea
Data de Início: 01-10-2003
Data de Início: 21-09-2004
Data de Finalização: 30-09-2006
Data de Finalização: 20-09-2008
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 29
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 39
pe15: Optimising Biopile Processes for Weathered Hydrocarbons Within a Risk
pe17: Further validation of a soil test to predict soil-associated pollutant bioavailability
Management Framework (promise)
Instituição Coordenadora: University of East Anglia
Instituição: Cranfield University, Integrated Waste Management Centre
Outras Instituições:
Contacto: Simon Pollard
AlcontrolGeochem
Parceiros:
Natural Environment Research Council – nerc
University of Aberdeen
The Department of Trade & Industry – dti
Lancaster University
Data de Início: 03-01-2004
TES Bretby
Data de Finalização: 30-11-2005
Pera Innovation Ltd
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 45
BP International
Dew Remediation Ltd
pe18: The use of chemical means to assess soil associated contaminant bioavailability
Biotechnology and Biological Sciences Research Council - bbsrc
Instituição Coordenadora: University of East Anglia
The Department of Trade & Industry - dti
Outras Instituições:
Data de início: 01-10-2004
AlcontrolGeochem
Data de finalização: 30-10-2007
Natural Environment Research Council - nerc
Programme: Bioremediation link; Programme Reference: biorem 35
The Department of Trade & Industry – dti
Data de Início: 01-04-2003
pe16: In-situ Source Area Bioremediation (sabre)
Data de Finalização: 31-03-2004
Instituição Coordenadora: Environmental Solutions International Ltd
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 7
Outras Instituições:
WS Atkins Consultants Limited
Geosyntec Constultants Ltd
142
143
VIAbio
VIAbio
pe19: Novel technologies for enhancing phytoremediation of tce
t6: Bioremediation of diesel contaminated soil by microorganisms immobilised in
Instituição Coordenadora: University of Glasgow
polyvinyl alcohol107
Outras Instituições:
Contacto: Colin J. Cuninghama, I.B.Ivshinab, V.I.Lozinskyc, M.S.Kuyukinab, J.C.Philpd
Arcadis Geraghty and Miller
Instituições: aInstitute for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh, bIns-
Biotechnology and Biological Sciences Research Council – bbsrc
titute of Ecology and Genetics of Microorganisms, Lab of Alkanotrophic Microorga-
The Department of Trade & Industry – dti
nisms, Perm, Russia, cInstitute of Organoelement Compounds, Lab for Cryochemistry of
Data de Início: 01-03-2005
(Bio)Polymers, Moscow, Russia, dSchool of Life Sciences, Napier University
Data de Finalização: 30-02-2007
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center - clarrc
Programa: Bioremediation link; Referência: biorem 47
t7: Bioremediation of Oil-Contaminated Soils and Crude Oil Wastes Using
t1: Low-cost technologies for bioremediation
Immobilised Bacteria
Instituição Coordenadora: Instituto de Fomento de Andalucía, Espanha
Contacto: Jim C. Philpa ,Colin J. Cunninghamb, Sandra Dunbara, Tanya Peshkurb, Irena B.
Contacto: diaz , Lucia
Ivshinac, M.S. Kuyukinac, M.I. Ritchkovac
Data de submissão: 25-01-2003
Instituições: aSchool of Life Sciences, Napier University, bInstitute for Infrastructure &
Data de expiração: 20-02-2005
Environment, University of Edinburgh, cInstitute of Ecology and Genetics of Microorganisms, Lab of Alkanotrophic Microorganisms, Perm, Russia
t2: Land remediation through toxicity management
Parceiros:
Instituição Coordenadora: Targeting Innovation, Reino Unido
Institute of Organoelement Compounds of the Russian Academy of Sciences, Labora-
Contacto: Symeon Georgiadis
tory for Cryochemistry of (Bio)Polymers, Mosco
Outras Instituições:
Boreskov Institute of Catalysis of the Russian Academy of Sciences, Biocatalysis Group,
orr Alison
Novosibirsk, Russia
Kuban State University, Biological Faculty, Department of Microbiology and Genetics,
t3: Integrated thermal desorption and bioremediation treatment of dense soil
Krasnodar, Russia
pollutions for safe and efficient reuse of contaminated land “3r Clean Soil”
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
Instituição Coordenadora: terra humana Clean Technology Engineering Ltd., Hungria
intas Project 2151: New Approaches to the Bioremediation of Oil-Contaminated Soils and
Contacto: someus , Edward (Environmental Engineer)
Crude Oil Wastes Using Immobilized Hydrocarbon-Oxidizing Bacteria.
Duração: 2002-2005
105
t4: Bioremediation of crude oil contaminated soil by slurry reactor and landfarming
Investigadores: M.S. Kuyukinaa, I. B. Ivshinaa, M.I. Ritchkovaa, Colin J. Cunninghamb,
t8: Comparison of Bioaugmentation and Biostimulation in ex-situ Treatment of
Jim Philpc , N.Christofic
Diesel Contaminated Soil108
Instituições: aInstitute of Ecology and Genetics of Microorganisms, Lab of Alkanotrophic
Contacto: Colin J. Cunninghama, Jim Philpb
Microorganisms, Perm, Russia, bInstitute for Infrastructure & Environment, University
Instituições: aInstitute for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh,
of Edinburgh, cSchool of Life Sciences, Napier University Contaminated Land Assessment
b
and Remediation Research Center – clarrc
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
School of Life Sciences, Napier University
t5: In-situ bioremediation of hydrocarbon contaminated soil106
Contacto: Colin J. Cuninghama, Jim Philpb
Instituições: aInstitute for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh, bSchool
of Life Sciences, Napier University Contaminated Land Assessment and Remediation
Research Center – clarrc
105 This work was supported by the Russian Federation Foundation for Basic Research grant 01-04-96461, grant from the Ministry for
Industry, Science and Technology of the Russian Federation and a travel grant from the British Council, Moscow. We gratefully
acknowledge Dr. S.M. Kostarev at the Oil Research Institute “PermNIPIneft” for the support in facilitating this field-scale project.
106 Idem
107 This study was jointly funded by Napier University and the International Biodegradation and Biodeterioration Society, International
Mycological Institute, Egham, Surrey, UK.
· Cunningham, C.J., Ivshina, I.B., Lozinsky, V.I., Kuyukina, M.S. & Philp, J.C. (2004). Bioremediation of diesel contaminated soil by
microorganisms immobilised in a polyvinyl alcohol cryogel (Abstract). International Biodeterioration and Biodegradation. 53(4), 205-206.
· Cunningham, C.J., Ivshina, I.B., Lozinsky, V.I., Kuyukina, M.S. & Philp, J.C. (2004). Bioremediation of diesel contaminated soil by
microorganisms immobilised in a polyvinyl alcohol cryogel. International Biodeterioration and Biodegradation, In press.
108 This project was jointly funded by Scotrail, Napier University and the Nuffield Foundation, 28 Bedford Square, London, WC1B 3EG
under grant number AT/100/97/0365.
Cunningham, C.J., & Philp, J.C. (2000). Comparison of Bioaugmentation and biostimulation in ex-situ Treatment of Diesel
Contaminated Soil. Land Contamination & Reclamation. 8 (4), 261-269.
144
145
VIAbio
VIAbio
t9: Ex-situ Bioremediation of Oil Sludge-Contaminated Land Using Corn Waste
a
a
b
a
b
Instituições: School of GeoSciences, University of Edinburgh, Institute for Infrastruc-
Contacto: Colin J. Cunnigham , P. Ambekemo , Jim C. Philp
ture & Environment, University of Edinburgh, cSchool of Civil Engineering and Geos-
Instituições: aInstitute for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh,
ciences, University of Newcastle, The Engineering and Physical Sciences Research Cou-
b
ncil epsrc
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
School of Life Sciences, Napier University
Duração: Março 2002 - Fevereiro 2005
t10: Field trial of a new aeration system for enhancing biodegradation in a biopile
Contacto: L. Lia,b,C.J.Cunninghamc, Valerie Pasc, J.C.Philpd, D.A.Barryc, P.Andersonc
Tratamento de Efluentes
Instituições: aCentre for Eco-Environmental Modelling, Hohai University, PR China, bEnvironmental Engineering Division,School of Engineering, University of Queensland, Ausc
d
pn11: tectar – Tecnologia Compacta para o Tratamento de Águas Residuais.
tralia, Institute for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh, School of
Baseia-se na tipologia dos reactores de biofilmes descontínuos sequenciais
Life Sciences, Napier University
Instituição Coordenadora: Centro de Engenharia Biológica - ceb
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
Universidade do Minho - um
Contacto: António Guerreiro de Brito
t11: Methods evaluating vanadium tolerance in bacteria isolated from crude oil
pn12: Desenvolvimento de um processo fed-batch para a biodegradação anaeróbia
contaminated land
Contacto: Jennifer M.L. Bella, Jim C. Philpa, Maria S. Kuyukinab, Irena B. Ivshinab, Sandra
a
c
c
Instituição Coordenadora: Instituto de Biotecnologia e Química Fina - ibqf
A. Dunbar , Colin J. Cunningham , Peter Anderson
a
e metanização de efluentes com elevados teores de lípidos
b
Instituições: School of Life Sciences, Napier University, Institute of Ecology and Genec
tics of Microorganisms, Lab of Alkanotrophic Microorganisms, Perm, Russia, Institute
Universidade do Minho - um
Contacto: Madalena Alves
for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh
pn13: plantari – Constructed wetlands for industrial wastewater treatment
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – esb
t12: Bioremediation of Explosives Contaminated Soils (Desk Study)
Universidade Católica Portuguesa – ucp
Contacto: Colin J. Cunninghama, Jim Philpb
Contacto: Paula Maria Lima Castro
a
b
Instituições: Institute for Infrastructure & Environment, University of Edinburgh, School
Outras Instituições:
Departamento de Biologia – db - Universidade de Aveiro – ua
of Life Sciences, Napier University
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
Duração: Set 2005 – Agosto 2008
poci/amb/60126/2004
t13: Experimental Constructed Wetlands for Gully Pot Effluent Contaminated with
Heavy Metals
pn14: Oxidação electroquímica fotoassistida de compostos lipídicos como
(http://clarrc.see.ed.ac.uk/index.php?option=content&task=view&id=36)
percursora do tratamento anaeróbio
Contacto: Miklas Scholz, Byoung-Hwa Lee and Johannes T. Härtl
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação - ineti
Instituição Coordenadora: Institute for Infrastructure and Environment, University of
Contacto: António Luiz Moura Joyce
Edinburgh
Outras Instituições:
Contaminated Land Assessment and Remediation Research Center – clarrc
Universidade do Minho – um
pocti/cta/41642/2001
t14: Novel use of ochre from mine water treatment plants to reduce point and
diffuse phosphorus pollution
pn15: Reactores anaeróbios SBR para o tratamento de efluentes complexos
(http://clarrc.see.ed.ac.uk/index.php?option=content&task=view&id=43)
contendo gorduras - anasebar
Contacto: Kate Heala,Karen Dobbiea, Keith Smitha, Andrew Graya, Peter Andersonb, Paul
Instituição Coordenadora: Centro de Estudos do Ambiente e Mar – cesam
c
c
c
Younger , Stephanie Glendinning , Paul Quinn
Universidade de Aveiro – ua
146
147
VIAbio
VIAbio
Contacto: Maria Isabel Aparício Paulo Fernandes Capela
pn20: Estudo do tratamento de efluentes da Indústria Papeleira por culturas
pocti/cta/46725/2002
lenhilcas de Trametes versicolor
Instituição Coordenadora: Química Orgânica e de Produtos Naturais e Agroalimentares -
pn16: Novos Sistemas de Reciclagem de Efluentes de Indústrias Agroalimentares
Universidade de Aveiro – ua
Utilizando Biotecnologias de Microalgas com Valorizaçao da Biomassa - Biorecicla
Contacto: Ana Maria Rebelo Barreto Xavier
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – esb
pocti/equ/48489/2002
Universidade Católica Portuguesa – ucp
Contacto: Rui Manuel Santos Costa de Morais
pn21: Descoloração do efluente final de fabrico de pasta de papel: remoção de
Outras Instituições:
compostos orgânicos e toxicidade (decortox)
Necton - Companhia Portuguesa de Culturas Marinhas, sa
Instituição Coordenadora: Centro de Estudos do Ambiente e Mar – cesam
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
Universidade de Aveiro
Instituto Português de Investigaçao Maritima – ipimar
Contacto: Armando da Costa Duarte
Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior Técnico – ist
Outras Instituições:
Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
pocti/bio/43626/99
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia – fct - Universidade Nova de Lisboa – utl
Instituto Piaget – iseit
pocti/cta/45030/2002
pn17: Anexpert - Estudos dinâmicos do processo de digestão anaeróbica com vista ao
desenvolvimento de um sistema inteligente de supervisão baseado em conhecimento
pn22: Biodegradação de corantes azo em reactor descontínuo-sequencial
Instituição Coordenadora: Departamento de Ambiente e Ordenamento – dao - Universi-
Instituição Coordenadora: Instituto de Biotecnologia e Química Fina – ibqf - Instituto
dade de Aveiro – ua
Superior Técnico – ist - Universidade Técnica de Lisboa – utl
Contacto: Isabel Fernandes Capela
Contacto: Helena Maria Rodrigues Vasconcelos Pinheiro
Outras Instituições:
pocti/bio/32586/99
Universidade do Minho – um
praxis/c/cte/11188/98
pn23: TEXBIO - Remoção biológica de corantes em efluentes da indústria têxtil
Outras Instituições:
pn18: Aninteracis – Operação intermitente de digestores anaeróbicos para o
Estamparia Textil-Adalberto Pinto da Silva, Lda.
tratamento de ácidos orgânicos de cadeia longa
Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial – ineti
Instituição Coordenadora: Departamento de Ambiente e Ordenamento – dao - Universi-
Universidade do Minho – um
dade de Aveiro – ua
Programa: ideia (AdI), Status: Concluído
Contacto: Isabel Fernandes Capela
Outras Instituições:
Universidade do Minho – um
praxis/c/cte/11077/98
pn24: Controlo de poluição na indústria têxtil: Estudo do processo de tingimento e
tratamento dos efluentes
Instituição Coordenadora: Materiais Têxteis e Papeleiros - Universidade da Beira Interior – ubi
Contacto: Isolina Maria da Silva Cabral Gonçalves
pn19: Comportamento de digestores anaeróbios para o tratamento de efluentes da
indústria de lacticínios
Instituição Coordenadora: Departamento de Ambiente e Ordenamento – dao - Universi-
Outras instituições:
Instituto Superior Técnico – ist - Universidade Técnica de Lisboa – utl
pocti/equ/32456/99
dade de Aveiro – ua
Contacto: Isabel Fernandes Capela
pn25: Descoloração de corantes sintéticos em bio-reactores de tratamento de águas
Tese de doutoramento 2002
residuais
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist
Contacto: Helena Maria Rodrigues Vasconcelos Pinheiro
148
149
VIAbio
Outras instituições:
Universidade da Beira Interior – ubi
VIAbio
pn31: anoxitrata: Tratamento Integrado de Efluentes Têxteis por Processo
Anaeróbio/Aeróbio com Aplicação de Métodos de Oxidação Avançada
Data de Finalização: 15-12-2005
Instituição Coordenadora: interágua – Tecnologia e Gestão de Água, Lda.
pdct/amb/59388/2004
Outras Instituições:
Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal – citeve
pn26: Remoção de poluentes persistentes característicos de efluentes de lanifícios
Universidade do Minho – um
Instituição Coordenadora: Universidade da Beira Interior – ubi
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – feup
Contacto: Isolina Maria da Silva Cabral Gonçalves
Programa: ideia (AdI); Status: Em curso
pn27: Monitorização e degradação de aminas aromáticas em tratamento de águas
pe20: biosap – Biotreatment of Sequentially Alternating Pollutants (sap)
residuais industriais
in Wastewaters
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica
Universidade Técnica de Lisboa – utl
Portuguesa
Contacto: Helena Maria Rodrigues Vasconcelos Pinheiro
Contacto: Paula Maria Lima Castro
Outras instituições:
Outras Instituições:
Universidade da Beira Interior – ubi
pdct/amb/59392/2004
The Imperial College of Science, Technology and Medicine [icstm], Reino Unido
University of Groningen [rug], Holanda
Gesellschaft fur Biotechnologische Forschung mbH [gbf], Alemanha
pn28: Aplicação de processos integrados electroquímico-ozonólise-bioreactor no
Institute of Chemical Engineering, Bulgarian Academy of Sciences, Bulgária
tratamento de águas lixiviadas
Duração: Junho 2002 – Maio 2006
Instituição Coordenadora: Universidade da Beira Interior – ubi
Projecto: hprtn-ct-2002-00213
Contacto: Ana Carreira Lopes / Rogério Simões
Outras instituições:
etal da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos
pe21: micometa – O papel dos Fungos Arbusculares Micorrízicos em processos de
Fitorremediação de solos contaminados com Metais Pesados
Instituição: Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica Portuguesa – ucp
pn29: Soluções enzimáticas inovadoras para a indústria têxtil
Investigador: Paula Maria Lima e Castro
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – ESB - Universidade Católica
Outras Instituições:
Portuguesa
Instituto de Biologia Molecular e Celular – ibmc
Contacto: Xavier Malcata
Plantworks, Reino Unido
Pós-Doutoramento (fct); Status: Proposto
Academy of Sciences, República Checa
poci/amb/60131/2004
pn30: reciclágua – Reciclagem dos efluentes mais limpos dos processos de acabamento na indústria têxtil
pe22: herbicbiorem – Strategies to accelerate the productive biodegradation of
Instituição Coordenadora:
several herbicides under environmental stress condition
Outras Instituições:
Instituição Coordenadora: ufz-umweltforschungszentrum leipzig-halle gmbh, Dinamarca
tintrofa - Tinturaria da Trofa, s.a.
Contacto: fritz, Peter
F. Duarte & Duarte, Lda.
Outras Instituições:
Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal – citeve
Programa: ideia (AdI); Status: Concluído
Centro de Engenharia Biológica e Química – cebq - Instituto Superior Técnico – ist –
Universidade Técnica de Lisboa - utl
Data de Início: 2000-01-01
Data de Finalização: 2002-12-31
Programa: life quality – fp5
Referência: qlk3-ct-1999-00041
150
151
VIAbio
VIAbio
t15: Reactor jacto (Jet-Loop): Novo Sistema Para Tratamento de Efluentes
t19: Technology for removing and recovery of heavy metals from wastewaters using
de Agro-Indústrias
microorganisms and microbial products
Em comercialização pela empresa: tecnia, Lda.
Fonte: Centro Português de Inovação
Originado a partir do pocti/bio/41253/2001
Data: 11-08-2005
Instituição: Departamento de Biotecnologia e Bioengenharia – db - Instituto Nacional de
Reference: 04 ro rosm 0ba6
Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
Investigador: José Manuel Cardoso Duarte
Aproveitamento de Subprodutos e Resíduos
t16: A Coupled Advanced Oxidation-Biological Process for Recycling of Industrial
pn32: Aplicação de resíduos orgânicos ao solo: dinâmica da matéria orgânica,
Wastewater Containing Persistent Organic Contaminants “cadox”
do fósforo e dos metais pesados e efeito sobre a fisiologia da planta
1,*
2
3
4
Sixto Malato , Martín Vincent , Manuel Collares-Pereira , Xavier Doménech , João Fari5
6
7
8
9
nha Mendes , Jean Yves Perrot , Tom Tanghe , César Pulgarin , José Antonio Muñoz
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas – iniap
- Estação Agronómica Nacional – ean
Contacto: Manuel José Souteiro Gonçalves
1 Plataforma Solar de Almería – ciemat, Espanha 2 ecosystemm Espanha 3 aosol, Portu-
Data de início: 2002
gal 4 Departament de Química Universitat – Autònoma de Barcelona - uab, Espanha 5
Data de finalização: 2004
Instituto Nacional de Engenharia Tecnologia e Inovação – ineti Portugal 6 trailigaz
piddac 112/02 – Investigação Agrária
Recherche et developpement, França 7 janssen pharmaceutica. Plant and Material Protection Division Milieuontwikkeling – Environmental Development, Bélgica 8 Swiss Fede-
pn33: Utilização de lama residual urbana em solos marginais no Baixo Alentejo,
ral Institute of Technology - epfl, Suíça 9 dsm-deretil, Espanha
para melhoria da qualidade do solo e aumento do encabeçamento de ovinos
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas- iniap -
Data: 2004
Estação Agronómica Nacional – ean
Fifth Framework Programme
Contacto: Maria da Graça Nóbrega Baptista Serrão
evk1-ct-2002-00122
Outras Instituições:
t17: Desenvolvimento de um processo de arranque e manutenção de um digestor
Agro 414
Direcção Regional de Agricultura do Alentejo
anaeróbio para depuração de ‘águas ruças’ da indústria extractiva do azeite e
produção de biogás e depuração de ‘água ruça’ por oxidação catalítica para fazer
Valorização Energética de Subprodutos e Resíduos
face à diversidade da composição e do caudal destes efluentes
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist - Universidade Nova
pn34: Co-digestão anaeróbia de lamas e fracção orgânica de resíduos sólidos
de Lisboa – unl
urbanos
Contacto: Susete Martins Dias
Instituição Coordenadora: Centro das Zonas Costeiras e do Mar – czcm
Outras Instituições:
Universidade de Aveiro
Solvay Interox
Contacto: Maria Isabel Aparício Paulo Fernandes Capela
pocti/cta/39181/2001
t18: Processos ecotecnológicos de tratamento de efluentes industriais, em zonas
húmidas construídas (leitos de macrófitas) para desnitrificação e a remoção de
compostos aromáticos por estes sistemas.
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist - Universidade Nova
de Lisboa – unl
Contacto: Susete Martins Dias
Outras Instituições:
Anilina de Portugal, sa
Valorlis, sa
ANEXO C
Sector Energia
155
VIAbio
pn – Projectos Nacionais
pe – Projectos Europeus
t - Tecnologias
p – Patentes
id – Iniciativas demonstradoras
159
Biodiesel
159
pn1: Transesterificação de óleos vegetais. Aplicação à produção de “gasóleo
verde”
159
Plantações Energéticas
159
pn2: Estudo das culturas energéticas de Sorgo sacarino e Sorgo fibroso mais
159
pe1: Ecas - culturas energéticas no Espaço Atlântico: oportunidades de
completo em baixo
implementação em larga escala
159
pe2: Bio-diesel
160
pe3: Demonstration of the production of Biodiesel from tallow and recovered
vegetable oil
160
p1: Production of biodiesel and other valuable chemicals from wastewater
treatment plant sludges
160
p2: A New Process for Producing Biodiesel from Oils and Fats Catalyzed by
Lipase in Organic Medium Reaction System
161
p3: Process For Producing Biodiesel
161
p4: Method and device for producing biodiesel
161
t1: Production of biodiesel from waste frying oils
161
Produção de Biodiesel por Transesterificação Catalítica
161
t2: Production of Liquid Alkanes by Aqueous-Phase Processing of
Biomass-Derived Carbohydrates
161
t3: Biodiesel production from triolein and short chain alcohols through
biocatalysis
161
t4: Study on acyl migration in immobilized lipozyme TL-catalyzed
transesterification of soybean oil for biodiesel production
162
t5: Conversion of Soybean Oil to Biodiesel Fuel Using Lipozyme TL IM in a
Solvent-free Medium
162
t6: Novozym 435-catalysed transesterification of crude soya bean oils for
biodiesel production in a solvent-free medium
162
t7: Lipase-catalysed transesterification of soy bean oil for biodiesel production
during continuous batch operation
162
Produção de Biodiesel a Partir de Microalgas
162
t8: Biodiesel production from heterotrophic microalgal oil
162
t9: The use of a fuel containing Chlorella vulgaris in a diesel engine
163
Bioetanol
163
pn3: Bioetanol de Biomassa Agro-Florestal - Desenvolvimento da tecnologia
para a valorização dos potenciais recursos nacionais
156
157
VIAbio
163
VIAbio
pn4: biopentoses – Construção de fábricas celulares eucarióticas para
169
from cellulosic materials in agricultural and municipal solid wastes
utilização em biorefinarias de biocombustíveis
170
pe17: bioware - Development of a biological integrated process for purifying
Babilafuente (Salamanca) From Cereals and Lignocellulose
170
Projectos em Áreas Tecnológicas Relacionadas
pe5: Demonstration of a flexible plant processing organic waste, manure and/or
170
pe18: Comparação entre tecnologias de combustão e gaseificação para processar
164
pn5: prolac – Valorização das Proteínas e Lactose do Soro Lácteo
164
pe4: Project for the Production of 200 Million Litres of Bioethanol en
164
olive oil water recovering energy and producing alcohol
misturas de carvão e resíduos
energycrops to bio-ethanol and biogas for transport
164
pe6: Integrated biomass utilisation for production of biofuels target action
170
pe7: Innovative Concepts in Agricultural Residues Utilization for Sustainable
171
pe20: copower – synergy effects of co-processing of biomass with coal and non
toxic wastes for heat and power generation
Development
165
pe19: colive – Desenvolvimento de tecnologias alternativas para processar
carvões pobres misturados com biomassa com elevado poder calorífico
h and j (co-production biofuels)
164
pe16: A new approach to bacterial cellulosysis to improve biogas production
pe8: Direct microbial bioconversion of pretreated lignocellulosic materials
170
pe21: depr-project – power plant based on fluidized bed fires with poultry litter
to fuel ethanol
171
pe22: biogas by bioaugment – optimized biogas production and resource
165
p5: Amylase variants
recovery through bio-augmentation in a joint plant treating poultry and pig
165
p6: Recombinant Zymomonas for Pentose Fermentation
wastewater
165
p7: Recombinant Zymomonas mobilis with improved xylose utilization
172
pe23: bific – biomass/waste fbc with inorganics control
t10: Influence of strain and cultivation procedure on the performance of
172
pe24: efpro – integrated energy and fibre production by a sulphur-free and
165
carbon dioxide neutral process
simultaneous saccharification and fermentation of steam pretreated spruce
165
t11: Enhanced ethanol production from biomass-derived gas
172
pe25: sfh – Sludge for heat
165
t12: Hydrogen and ethanol production from glycerol-containing wastes
173
pe26: bioware – clean energy recovery from biomass waste and residues
discharged after biodiesel manufacturing process
173
pe27: cropgen – Renewable energy from crops and agrowastes
t13: Fermentation Performance of Engineered and Evolved Xylose-Fermenting
174
Valorização Energética de Subprodutos e Resíduos
Saccharomyces cerevisiae Strains
174
pn7: Co-digestão anaeróbia de lamas e fracção orgânica de resíduos sólidos urbanos
t14: Construction of cellobiose-growing and fermenting Saccharomyces
174
Plantações Energéticas
pe28: bio-energy chains – bioenergy chains from perennial crops in south Europe
pe29: bioelectricity crops – big scale demonstration of energy crops
166
166
cerevisiae strains
174
166
Valorização de Biomassa Florestal
174
166
Projectos em Áreas Tecnológicas Relacionadas
166
pe9: biocure – upgrade to chp of a biomass-fired district heating plant
utilization for bioelectricity generation
175
pe30: biomis – reduction of fouling, slagging and corrosion characteristics
of miscanthus for power and heat generation by using biotechnology
in Denmark, using a combination of gasification, a novel gas treatment
167
pe10: opticomb – optimization and design of biomass combustion systems
175
pe31: Genetic improvement of willow (Salix) as a source of bioenergy for the ec
167
pe11: Innovative components for decentralized combined heat and power
175
pe32: Sweet sorghum, a sustainable crop for energy production in Europe:
agricultural, industrial improvement, optimization and implementation
generation from biomass gasification
167
pe12: bio-electricity – efficient and clean production of electricity from
176
pe33: Fractionated heavy metal separation and ash utilization in biomass
combustion and gasification plants
biomass via pyrolyses oil and hydrogen utilizing fuel cells
168
pe13: bigpower – Advanced biomass gasification for high-efficiency power
176
Produção Integrada de Biocombustíveis – Biorefinarias
168
pe14: abre typhoon – Completion of the arbre plant with the Typhoon gas turbine
176
pe34: bio-pro – new burner technologies for low grade biofuels to suplly clean
169
Valorização Energética de Resíduos (Etars, Agro-pecuária e Agro-alimentar)
169
Projectos Directamente Ligados a Biotecnologias
169
pn6: fat-methane – desenvolvimento de um processo fed-batch para a biodegradação
169
energy for processes in biorefineries
177
pe35: Co-production biofuels – integrated biomass utilization for production
of biofuels
anaeróbia e metanização de efluentes com elevados teores de lípidos
177
pe36: microcheap – The Integration of Micro-chp and renewable energy systems
pe15: 3a-biogas – Three step fermentation of solid state biowaste for biogas
178
pi1: Biomass Program (obp) - Energy Efficiency Renewable Energy
production and sanitation
158
159
VIAbio
VIAbio
178
Outros
178
pe37: Basic studies on psychrophilic anaerobic digestion from the microbiology,
Biodiesel
depuration and energy point of view
pn1: Transesterificação de óleos vegetais. Aplicação à produção de “gasóleo verde”
178
pe38: arbre – arable biomass renewable energy
Instituição Proponente: Universidade Nova de Lisboa - Fundação da Faculdade de Ciên-
179
pe39: Rice Husk Power plant
cias e Tecnologia
179
pe40: Electricity and biofuels production from sweet sorghum; integration
Instituição de i&d Responsável: Centro de Química Fina e Biotecnologia
into the sugar industries in developing countries & its application to Europe
Investigador Responsável: Joaquim Silvério Marques Vital - [email protected]
179
pe41: Fundamentals of pressurised gasification of biomass feedstocks
José Eduardo dos Santos Félix Castanheiro
179
pe42: Overcoming Barriers to Bioenergy (noe-bioenergy)
fct: pocti/equ/48879/2002
180
pe43: New and clean energy technology assessment systems
180
Iniciativas demonstradoras
180
id1: Projecto Biodiesel
180
id2: Projecto oilprodiesel – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos para a
pn2: Estudo das culturas energéticas de Sorgo sacarino e Sorgo fibroso mais completo
Valorização de Óleos Alimentares Usados para a Produção de Biodiesel e
em baixo
Utilização na Frota Municipal de Oeiras
Instituição Coordenadora: Faculdade de Ciências e Tecnologia – fct - Universidade Nova
180
Tecnologias de Cariz não Biotecnológico
de Lisboa – unl
180
pn8: Armazenagem de Gás Natural
Instituição de i&d Responsável: Unidade de Biotecnologia Ambiental
Plantações Energéticas
Investigador Responsável: J.F. Santos Oliveira
pe1: Ecas - culturas energéticas no Espaço Atlântico: oportunidades de implementação
em larga escala
Instituição Coordenadora: Instituto Superior de Agronomia
Outras Instituições / Parceiros:
Associação de Produtores Florestais - aflops
Universidade de Évora
Instituto Nacional de Engenharia Tecnologia e Investigação – ineti
Institute of Grassland and Environment Research, Reino Unido
Associação Florestal da Galiza, Espanha
Mid-South Roscommon Rural Development Company Ltd., Irlanda
Universidade Politécnica de Madrid, Espanha
School of Agricultural and Forest Sciences da Universidade de Gales, Bangor, Reino Unido
Data de início: Janeiro de 2004
Data de finalização: Dezembro de 2006
pe2: Bio-diesel
Instituição Coordenadora: university of limerick, Irlanda
Contacto: Robin howard-hildige
Outras Instituições:
abfallwirtschaft tirol mitte gmbh Áustria
abwasserverband hall in tirol-fritzens Áustria
ademe France
air products plc United Kingdom
160
161
VIAbio
VIAbio
Austrian Biofuels Institute Áustria
p3: Process For Producing Biodiesel
cork county council Irlanda
Número da patente: au2003267657
dabringer gmbh – srl Itália
Data de Publicação: 2005-04-14
ecotraffic research & development ab Suíça
Inventor: khalil carlos nagib; leite lucia cristina ferreira
grupo ecológico nacional s.c.c.l. Espanha
Requerente: petroleo brasileiro sa
nykomb synergetics ab Suíça
teagasc-agriculture & food development authority Irlanda
p4: Method and device for producing biodiesel
trollhättan municipality Suíça
Número da patente: us2005204612
Data de início: 24-03-2001
Data de Publicação: 2005-09-22
Data de finalização: 23-12-2002
Inventor: connemann joosten (de); fischer jurgen (de); groos hans (de); philippsen arne (de)
altener 2 - 4.1030/C/00-014
t1: Production of biodiesel from waste frying oils
pe3: Demonstration of the production of Biodiesel from tallow and recovered
Investigadores: Pedro Felizardoa, M. Joana Neiva Correiaa, Idalina Raposob, João F. Mendesc,
vegetable oil
Rui Berkemeierd, João Moura Bordadoa
Instituição Coordenadora: argent group europe limited, Reino Unido
Instituições:
Contacto: Doug ward
a
Department of Chemical Engineering, Instituto Superior Técnico, Portugal
Outras Instituições:
b
Escola Secundária Alfredo dos Reis Silveira, Portugal
institute for chemistry, university of graz Áustria
c
space – Eco-Combustíveis Portugal
institute of biotechnology, technische universität graz Áustria
d
Quercus – Associação Nacional Conservação da Natureza, Portugal
institute of chemical engineering fundamentals and process design, technische universität graz Áustria
Data de início: 01-01-2003
Fonte: Waste Management
Article in press
Data: 2005
Data de finalização: 31-12-2005
biodiepro - nne5/832/2001
Produção de Biodiesel por Transesterificação Catalítica
eesd
t2: Production of Liquid Alkanes by Aqueous-Phase Processing of Biomass-Derived
p1: Production of biodiesel and other valuable chemicals from wastewater treatment
Carbohydrates
plant sludges
Investigadores: George W. Huber, Juben N. Chheda, Christopher J. Barret, James A. Dumesic
Número da patente: us2005112735
Instituição: Department of Chemical and Biological Engineering, University of Wisconsin
Data de Publicação: 2005-05-26
Fonte: Science
Inventor: zappi mark e (us); french william t (us); hernandez rafael (us); dufre-
Data: 2005
che stephen t (us); sparks darrell l jr (us)
t3: Biodiesel production from triolein and short chain alcohols through biocatalysis
p2: A New Process for Producing Biodiesel from Oils and Fats Catalyzed by Lipase
Investigadores: Andrea Salis, Marcella Pinna, Maura Monduzzi, Vincenzo Solinas
in Organic Medium Reaction System
Instituição: Dipartimento di Scienze Chimiche, Università di Cagliari, csgi, Itália
Número da patente: wo2005075615
Fonte: Journal of Biotechnology
Data de Publicação: 2005-08-18
Data: 2005
Inventor: du wei (cn); liu dehua (cn); li lilin (cn); xu yuanyuan (cn); wang li (cn)
Requerente: univ tsinghua (cn); du wei (cn); liu dehua (cn); li lilin (cn); xu yuanyuan (cn);
t4: Study on acyl migration in immobilized lipozyme TL-catalyzed transesterification
wang li (cn)
of soybean oil for biodiesel production
Investigadores: Wei Du, Yuan-Yuan Xu, De-Hua Liu*, Ze-Bo Li
Instituição: Department of Chemical Engineering, Tsinghua University, China
162
163
VIAbio
Fonte: Journal of Molecular Catalysis B: Enzymatic
VIAbio
Bioetanol
Data: 2005
pn3: Bioetanol de Biomassa Agro-Florestal – Desenvolvimento da tecnologia para a
t5: Conversion of Soybean Oil to Biodiesel Fuel Using Lipozyme TL IM in a Solvent-
valorização dos potenciais recursos nacionais
free Medium
Instituição Coordenadora: Unidade de Fisiologia Microbiana e Bioprocessos, Departa-
Investigadores: Xu Wei Du Jing Zeng and Dehua Liu Y. Wei
mento de Biotecnologia – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
Fonte: Biocatalysis and Biotransformation, Volume 22, Number 1, January 2004, pp. 45-48(4)
Investigadores: Francisco Gírio, Luís Duarte, Florbela Carvalheiro
Data: 2004
pn4: biopentoses – Construção de fábricas celulares eucarióticas para utilização
t6: Novozym 435-catalysed transesterification of crude soya bean oils for biodiesel
em biorefinarias de biocombustíveis
production in a solvent-free medium
Instituição Proponente: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
Investigadores: Wei Du1, Yuan-yuan Xu, Jing Zeng and De-hua Liu
Investigador Responsável: Francisco Gírio
Instituição: Department of Chemical Engineering, Tsinghua University, PR China
biopentoses - Candidatura a um projecto ideia (AdI)
Fonte: Biotechnol. Appl. Biochem. (2004) 40, (187–190)
Data: 2004
pn5: prolac – Valorização das Proteínas e Lactose do Soro Lácteo
Instituição Coordenadora: Departamento de Engenharia Biológica – deb
t7: Lipase-catalysed transesterification of soy bean oil for biodiesel production
Universidade do Minho – um
during continuous batch operation
Investigador Responsável: José A. Teixeira
Investigadores: Wei Du1, Yuanyuan Xu and Dehua Liu
Outras Instituições:
Instituição: Department of Chemical Engineering, Tsinghua University, China
Lacticínios Âncora, Lda.
Fonte: Biotechnol. Appl. Biochem. (2003) 38, (103–106)
Lacticínios Halos, s.a.
Data: 2004
ist – Instituto Superior Técnico
Universidade do Minho
Produção de Biodiesel a Partir de Microalgas
Quinta dos Ingleses – Agro Indústria, s.a.
Status: Concluído; praxis 3.1b; (Comparticipado pela u.e. com Fundos do f.e.d.e.r.)
t8: Biodiesel production from heterotrophic microalgal oil
Investigadores: Xiaoling Miaoab, Qingyu Wua
pe4: Project for the Production of 200 Million Litres of Bioethanol en Babilafuente
Instituições:
(Salamanca) From Cereals and Lignocellulose
a
Department of Biological Sciences and Biotechnology, Tsinghua University, China
Instituição Coordenadora: biocarburantes de castilla y leon, s.a., Espanha
b
Department of Biological Sciences, Ningde Teachers College, China
Contacto: Ginés de mula gonzales de riancho
Fonte: Bioresource Technology 97 (2006) 841–846
Data: 2005
Outras Instituições:
centro de investigaciones energeticas, medioambientales y technologicas, Espanha
ecoagricola, sa, Espanha
t9: The use of a fuel containing Chlorella vulgaris in a diesel engine
novozymes a/s, Dinamarca
Investigadores: A. H. Scrag, J. Morrison and S. W. Shales
lund university, Suécia
Instituição: Faculty of Applied Sciences, Centre for Research in Environmental Systems,
repsol ypf sa, Espanha
Pollution and Remediation, University of the West of England, Reino Unido
Data de início: 01-02-2003
Fonte: Enzyme and Microbial Technology, 33 pp 884-889
Data de finalização: 31-01-2007
Data: 2003
babilafuente bioetha - nne5/685/2001
eesd
164
165
VIAbio
VIAbio
pe5: Demonstration of a flexible plant processing organic waste, manure and/or
pe8: Direct microbial bioconversion of pretreated lignocellulosic materials to fuel
energycrops to bio-ethanol and biogas for transport
ethanol
Instituição Coordenadora: ve-Organisation, Dinamarca
Instituição: national technical university of athens, Grécia
Contacto: Per Thomas jensen
Investigadores: koukios
Outras Instituições:
Aalborg University Esbjerg, Dinamarca
p5: Amylase variants
Ecotraffic erd ab, Suécia
Número da patente: US6867031
Green Farm Energy A/S, Dinamarca
Data de Publicação: 2005-03-15
Institute for Agrobiotechnology - boku Univ. Nat. Res. & Appl. Life Sci., Áustria
Inventor: novozymes
PlanEnergi, Dinamarca
Requerente: novozymes
Data de início: 01-07-2004
Data de finalização: 31-12-2007
p6: Recombinant Zymomonas for Pentose Fermentation
flexfuel - Bfuel/503166/2003
Número da patente: us5514583
fp6-sustdev
Data de Publicação: 07/05/1997
Inventor: Picataggio; Stephen K. (Golden, co); Zhang; Min (Lakewood, co); Eddy; Christina
pe6: Integrated biomass utilisation for production of biofuels target action h and j
K. (Littleton, co); Deanda; Kristine A. (Lakewood, co); Finkelstein; Mark (Fort Collins, co)
(co-production biofuels)
Requerente: Midwest Research Institute (Kansas City, mo)
Instituição Coordenadora: elsam a/s, Dinamarca
Contacto: Charles nielsen
p7: Recombinant Zymomonas mobilis with improved xylose utilization
Outras Instituições:
Número da patente: us6566107
agrol ltd. Reino Unido
Data de Publicação: 20/05/2003
energia hidroelectrica de navarra Espanha
Inventor: Zhang; Min (Lakewood, co)
risoe national laboratory Dinamarca
Requerente: Midwest Research Institute (Kansas City, mo)
sicco k/s Dinamarca
Data de início: 01-12-2002
t10: Influence of strain and cultivation procedure on the performance of simultaneous
Data de finalização: 31-03-2006
saccharification and fermentation of steam pretreated spruce
co-production biofue - enk6-ct-2002-00650
Investigadores: Malek Alkasrawi, Andreas Rudolf, Gunnar Lid, Guido Zacchi
eesd
Instituição: Department of Chemical Engineering, Lund University, Suécia
Fonte: Enzyme and Microbial Technology 38 (2006) 279–286
pe7: Innovative Concepts in Agricultural Residues Utilization for Sustainable
Data: 2006
Development
Instituição Coordenadora: national technical university of athens, Grécia
t11: Enhanced ethanol production from biomass-derived gas
Outras:
Instituição: vtt (site)
Chengdu University of Science and Technology, China
Contacto: Ilkka Virkajärvi
Dienst Landbouwkundig Onderzoek, Holanda
Enugu State of Nigeria, Nigéria
t12: Hydrogen and ethanol production from glycerol-containing wastes discharged
Data de início: 01-09-1994
after biodiesel manufacturing process
Data de finalização: 28-02-1998
Investigadores: Takeshi Ito, Yutaka Nakashimada, Koichiro Senba, Tomoaki Matsui, Nao-
*
icarus - ts3 940283
michi Nishio
std 3
Instituição: Department of Molecular Biotechnology, Graduate School of Advanced Sciences of Matter, Hiroshima University, Japão
Fonte: Science
Data: 2005
166
167
VIAbio
VIAbio
t13: Fermentation Performance of Engineered and Evolved Xylose-Fermenting Sac-
Programa: fp-eesd
charomyces cerevisiae Strains
Referência: nne5/240/1999
1
2
2
Investigadores: Marco Sonderegger , Marie Jeppsson , Christer Larsson , Marie-Françoise Gorwa-Grauslund2, Eckhard Boles3, Lisbeth Olsson4, Isabel Spencer-Martins5, Bärbel
pe10: opticomb – optimization and design of biomass combustion systems
Hahn-Hägerdal2, Uwe Sauer1
Instituição Coordenadora: netherlands organisation for applied scientific
Instituições:
research – tno, Holanda
1
Institute of Biotechnology, Suíça;
Contacto: Jan dekker
2
Department of Applied Microbiology, Lund University, Lund, Suécia
Outras Instituições:
3
Institut für Mikrobiologie, Goethe-Universität Frankfurtl, Alemanha
bioenergiecentrale schijndel, Holanda
4
Center for Process Biotechnology, BioCentrum-dtu, Technical University of Denmark,
eindhoven university of technology, Holanda
5
Denmark,
graz university of technology, Áustria
Centro de Recursos Microbiologicos (crem), Faculty of Sciences and Technology, New
instituto superior técnico – Prof. Doutor Carlos Matos Ferreira, Dep. Eng.ª Mecânica, Portugal
University of Lisbon, Portugal
Fonte: InterScience (www.interscience.wiley.com)
sp swedish national testing and research institute, Suécia
Data: 2004
vyncke n.v., Bélgica
Data de Início: 2003-01-01
t14: Construction of cellobiose-growing and fermenting Saccharomyces cerevisiae
Data de Finalização: 2006-06-30
strains
Programa: fp5-eesd
a,b
a
a
Investigadores: Ronél van Rooyen , Bärbel Hahn-Hägerdal , Daniël C. La Grange , Wil-
Referência: enk5-ct-2002-00693
a
lem H. van Zyl
Instituição:
a
b
pe11: Innovative components for decentralized combined heat and power generation
Department of Microbiology, University of Stellenbosch, Private Bag x1, Matieland
from biomass gasification
7602, Stellenbosch, South Africa
Instituição Coordenadora: Universität Gesamthochschule Essen, Alemanha
Department of Applied Microbiology, Lund University, Lund, Sweden
Contacto: Ingo romey
Fonte: Journal of Biotechnology
Data: 2005
Outras Instituições:
graz university of technology, Áustria
Jenbacher Energiesysteme ag, Áustria
Valorização de Biomassa Florestal
Kungliga Tekniska Högskolan, Suécia
Data de Início: 1998-08-01
Projectos em Áreas Tecnológicas Relacionadas
Data de Finalização: 2000-07-31
Programa: fp4-nne-joule c
pe9: biocure – upgrade to chp of a biomass-fired district heating plant in Denmark,
Referência: jor3980291
using a combination of gasification, a novel gas treatment
Instituição Coordenadora: Shell International Renewables Limited, Reino Unido
pe12: bio-electricity – efficient and clean production of electricity from biomass
Contacto: van oorsouw, f.j.g.m.
via pyrolyses oil and hydrogen utilizing fuel cells
Outras Instituições:
Instituição Coordenadora: university of twente, Holanda
Lemvig Varmevaerk a.m.b.a, Dinamarca
Contacto: Marinus van de graaf
Jenbacher ag, Áustria
Outras Instituições:
Wellman Process Engineering Limited, Reino Unido
Dansk Shell, Dinamarca
ansaldo ricerche srl - societa per lo sviluppo di nuove tecnologie, Itália
centre national de la recherche scientifique, França
Data de Início: 2000-01-01
italian agency for new technology, energy and the environment, Itália
Data de Finalização: 2003-06-30
johnson matthey plc (trading as synetix), Reino Unido
168
169
VIAbio
the queen’s university of belfast, Reino Unido
VIAbio
Valorização Energética de Resíduos (Etars, Agro-pecuária e Agro-alimentar)
University of Patras, Grécia
Data de Início: 2002-12-01
Projectos Directamente Ligados a Biotecnologias
Data de Finalização: 2005-11-30
Programa: fp5-eesd
pn6: fat-methane – desenvolvimento de um processo fed-batch para a biodegradação
Referência: enk5-ct-2002-00634
anaeróbia e metanização de efluentes com elevados teores de lípidos
Instituição Coordenadora: Universidade do Minho
pe13: bigpower – Advanced biomass gasification for high-efficiency power
Contacto: Maria Madalena Alves
Instituição Coordenadora: vtt, Finlândia
Programa: fct
Contacto: kurkela, Esa
Referência: pocti/cta/46328/2002
Outras Instituições:
repotec- renewable power technologies umwelttechnik gmbh, Áustria
pe15: 3a-biogas – Three step fermentation of solid state biowaste for biogas
carbona oy, Finlândia
production and sanitation
magnesium elektron limited,
Instituição Coordenadora: mueller abfallprojekte gmbh, Áustria
ge jenbacher gmbh & co ohg, Áustria
Contacto: Horst muller
madison filter limited
Outras Instituições:
biomasse – kraftwerk guessing gmbh und co. kg, Áustria
beta nutror sa , Espanha
norta uab, Lituânia
biomasa del guadalquivir sa, Espanha
mtu cfc solutions, Alemanha
dr ing steffen ingenieurgesellschaft gmbh, Alemanha
technische universitaet wien, Áustria
hebio eduard hiptmair, Áustria
teknillinen korkeakoulu, Finlândia
ingenieria, estudios y construcciones, sa, Espanha
centre for research and technology hellas, Grécia
m. sirch gmbh and co.kg, Alemanha
Data de Início: 2005-09-07
profactor produktionsforschungs gmbh, Áustria
Data de Finalização:
s.i.g. - dr - ing steffen gmbh in mecklenburg-vorpommern, Alemanha
Programa: fp6-sustdev
universidad de leon, Espanha
Referência: 19761
Data de Início: 2002-12-01
Data de Finalização: 2004-11-30
pe14: abre typhoon – Completion of the arbre plant with the Typhoon gas turbine
Programa: fp5-eesd
Instituição Coordenadora: Kelda Group Plc, Reino Unido
Referência: enk6-ct-2002-30026
Contacto: kurkela, Esa
Outras Instituições:
pe16: A new approach to bacterial cellulosysis to improve biogas production from
tps Termiska Processer ab
cellulosic materials in agricultural and municipal solid wastes
Alstom Power uk Limited, Reino Unido
Instituição Coordenadora: University of Wales, Aberystwyth, Reino Unido
Data de Início: 2001-04-01
Contacto: Michael young
Data de Finalização: 2003-03-31
Outras Instituições:
Programa: fp5-eesd
universite henri poincare – nancy i, França
Referência: nne5/20065/1999
valorga process s.a., França
Data de Início: 1996-01-01
Data de Finalização: 1998-12-31
Programa: fp4-fair
Referência: fair950191
170
171
VIAbio
VIAbio
pe17: bioware – Development of a biological integrated process for purifying olive
pe20: copower – synergy effects of co-processing of biomass with coal and non-
oil water recovering energy and producing alcohol
toxic wastes for heat and power generation
Instituição Coordenadora: Università degli Studi di Milano, Itália
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti,
Contacto: Claudia sorlini
Portugal
Outras Instituições:
Contacto: Ibrahim Gulyurtlu
Chemio Research and Analysis Srl, Itália
Outras Instituições:
inst. nacional de engenharia e tecnologia industrial, Portugal
Technical University of Hamburg-Harburg, Alemanha
International Centre for Theoretical and Applied Ecology, Itália
Chalmers University of Technology Suécia
naias scientific analytical lab. s.a., Grécia
Stadtwerke Duisburg ag Alemanha
universita degli studi di udine, Itália
Imperial College London Reino Unido
Data de Início: 1995-01-01
Università degli Studi di Napoli, Itália
Data de Finalização: 1997-01-31
Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa, Portugal
Programa: fp3-air
Sabanci University, Turquia
Referência: air31987
Carmona sa, Portugal
enel Produzione s.p.a., Itália
Projectos em Áreas Tecnológicas Relacionadas
Data de Início: 2004-04-07
Data de Finalização: 2007-05-01
pe18: Comparação entre tecnologias de combustão e gaseificação para processar
Programa: fp6-sustdev
misturas de carvão e resíduos
Referência: 503806
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti,
Portugal
pe21: depr-project – power plant based on fluidized bed fires with poultry litter
Contacto: Ibrahim Gulyurtlu
Instituição Coordenadora: Energy Power Resources, Reino Unido
Outras Instituições:
Contacto: John Hewson
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
Outras Instituições:
Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas – ciemat
Energy Systems, Holanda
Universidade de Saragoça, Espanha
Stichting Duurzame Energieproducti Pluimveehouderij, Holanda
Universidade de Ulster, Reino Unido
nv Elektriciteits-Produktiemaatschappij, Holanda
Data de Início: 01-11-1999
Data de Início: 1999-08-01
Data de Finalização: 30-04-2003
Data de Finalização: 2003-03-31
Referência: ceca 7220-pr/089
Programa: fp5-eesd
Referência: nne5/75/1999
pe19: colive – Desenvolvimento de tecnologias alternativas para processar carvões
pobres misturados com biomassa com elevado poder calorífico
pe22: biogas by bioaugment – optimized biogas production and resource recovery
Instituição Coordenadora: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti,
through bio-augmentation in a joint plant treating poultry and pig wastewater
Portugal
Instituição Coordenadora: Centro para a Conservação de Energia
Contacto: Ibrahim Gulyurtlu
Contacto: Leonor Trindade
Outras Instituições:
Outras Instituições:
Centro de Investigaciones Energéticas, Medioambientales y Tecnológicas – ciemat,
Espanha
alicia, Espanha
Associação de produtores de Animais do Landal, Portugal
Rivacross Biotechnology Limited, Reino Unido
Data de Início: 2000-01-01
Data de Início: 01-11-1999
Data de Finalização: 2002-12-31
Data de Finalização: 30-10-2002
Programa: fp5-eesd
Programa: Referência: ceca 7220-pr/078
Referência: nne5/46/1999
172
173
VIAbio
VIAbio
pe23: bific – biomass/waste fbc with inorganics control
Data de Finalização: 2005-12-31
Instituição Coordenadora: tps termiska processer ab, Suécia
Programa: fp-eesd
Contacto: Erik rensfelt
Referência: nne5/468/2001
Outras Instituições:
cinar ltd, Reino Unido
pe26: bioware – clean energy recovery from biomass waste and residues
cre group ltd, Reino Unido
Instituição Coordenadora: centro de investigaciones energeticas, mediambientales
energy research centre of the netherlands, Holanda
y tecnologicas, Espanha
essent energy systems zuid bv, Holanda
Contacto: Juan rubio
fraunhofer-gesellschaft zur foerderung der angewandten forschung e.v., Alemanha
Outras Instituições:
wykes engineering company limited, Reino Unido
conversion and resource evaluation ltd,Reino Unido
Data de Início: 2001-02-01
instituto espanol del calzado y conexas, Espanha
Data de Finalização: 2004-01-31
pall schumacher gmbh, Alemanha
Programa: fp5-eesd
solvay s.a., Bélgica
Referência: enk6-ct-2000-00335
universitaet karlsruhe, Alemanha
Data de Início: 2001-11-01
pe24: efpro – integrated energy and fibre production by a sulphur-free and carbon
Data de Finalização: 2005-07-31
dioxide neutral process
Programa: fp5-eesd
Instituição Coordenadora: upm-kymmene corporation, Finlândia
Referência: enk5-ct-2001-00523
Contacto: Kari ebeling
Outras Instituições:
pe27: cropgen – Renewable energy from crops and agrowastes
centre technique de l’industrie des papiers, cartons et celluloses, França
Instituição Coordenadora: university of southampton, Reino Unido
andritz-ahlstrom corporation, Finlândia
Contacto: Charles banks
raiz - instituto de investigacao da floresta e papel, Portugal
Outras Instituições:
siemens ag, Alemanha
consejo superior de investigaciones cientificas, Espanha
eth Zürich, Suiça
greenfinch ltd, Reino Unido
Schlumbergersema Sociedad Anonima Española, Espanha
jyvaeskylaen yliopisto, Finlândia
Technical University of Sofia, Bulgária
metener ltd, Finlândia
Conception, Research and Design Institute for Thermal Power Equipment, Roménia
organic power limited, Reino Unido
Data de Início: 2001-01-01
universita ca’ foscari di venezia, Itália
Data de Finalização: 2003-12-31
universita degli studi di verona, Itália
Programa: fp5-eesd
universitaet fuer bodenkultur, Áustria
Referência: enk5-ct-2002-00306
wageningen universiteit, Holanda
Data de Início: 2004-03-01
pe25: sfh – Sludge for heat
Data de Finalização: 2007-03-01
Instituição Coordenadora: energy technology promotion ltd, Reino Unido
Programa: fp6-sustdev
Contacto: Simon burgess
Referência: 502824
Outras Instituições:
abm solid s.a., Polónia
Cracow University of Technology, Polónia
ekoservis slovensko s.r.o., república Checa
urzad miasta i gminy niepolomice, Polónia
Data de Início: 2003-01-01
174
175
VIAbio
Valorização Energética de Subprodutos E Resíduos
VIAbio
pe30: biomis – reduction of fouling, slagging and corrosion characteristics of
miscanthus for power and heat generation by using biotechnology
pn7: Co-digestão anaeróbia de lamas e fracção orgânica de resíduos sólidos urbanos
Instituição Coordenadora: Dienst Landbouwkundig Onderzoek, Holanda
Instituição Coordenadora: Centro das Zonas Costeiras e do Mar – czcm
Contacto: J. hoogendoorn
Universidade de Aveiro
Outras Instituições:
Contacto: Maria Isabel Aparício Paulo Fernandes Capela
Danish Institute of Agricultural Sciences, Dinamarca
pocti/cta/39181/2001
Instituto de Agricultura Sostenible (IAS), Espanha
Institute of Chemical Engineering of the Technical University of Graz, Áustria
Plantações Energéticas
Biomass Technology Group, Holanda
Dutch Centre for Plant Breeding and Reproduction Research, Holanda
pe28: bio-energy chains – bioenergy chains from perennial crops in south Europe
Data de Início: 1998-04-01
Instituição Coordenadora: centre for renewable energy sources, Grécia
Data de Finalização: 2002-03-31
Contacto: Pavlos gavriilides
Programa: fp4-fair
Outras Instituições:
Referência: fair983571
agricultural university of athens, Grécia
biomass technology group bv, Holanda
pe31: Genetic improvement of willow (Salix) as a source of bioenergy for the ec
graz university of technology, Áustria
Instituição Coordenadora: svalof weibull ab, Suécia
institut fuer energie- und umweltforschung heidelberg gmbh, Alemanha
Contacto: stig larsson
institut fuer umweltstudien weisser und ness gmbh, Alemanha
Outras Instituições:
institut national de la recherche agronomique, França
danish forest and landscape research inst., Dinamarca
university of bologna, Itália
Forschungsinstitut für schnellwachsende Baumarten, Alemanha
Data de Início: 2001-12-01
Institute of Arable Crops Research, Reino Unido
Data de Finalização: 2005-08-31
svaloef weibull sarl, França
Programa: fp5- eesd
Referência: enk6-ct-2001-00524
swedish university of agricultural sciences, Suécia
Data de Início: 1994-12-01
Data de Finalização: 1998-11-30
pe29: bioelectricity crops – big scale demonstration of energy crops utilization
Programa: fp3-air
for bioelectricity generation
Referência: air21617
Instituição Coordenadora: energia hidroeléctrica de navarra s.a., Espanha
Contacto: Fermin gembero
pe32: Sweet sorghum, a sustainable crop for energy production in Europe: agricultural,
Outras Instituições:
industrial improvement, optimization and implementation
arvalis institut du vegetal, França
Instituição Coordenadora: Institut National de la Recherche Agronomique (inra), França
centro de investigaciones energicas, medioambientales y tecnologicas, Espanha
Contacto: ghislain gosse
fundacion soriactiva, Espanha
Outras Instituições:
instituto técnico y de gestion agricola s.a., Espanha
A. Biotec, Itália
societe agro-industrielle du sorgho, França
Bundesforschungsanstalt für Landwirtschaft, Alemanha
tech-wise, Dinamarca
center for renewable energy sources – cres
Data de Início: 2003-02-01
ciemat, Espanha
Data de Finalização: 2006-01-31
Consorzio Umbria agree, Itália
Programa: fp5-eesd
hendyplan s.a., Bélgica
Referência: nne5/605/2001
hyperion ltd., Irlanda
i. kruger as, Dinamarca
176
177
VIAbio
VIAbio
Institut National Polytechnique de Toulouse, França
gaswaerme - institut e.v. essen, Alemanha
Istituto Agronomico Mediterraneo, Espanha
instytut energetyki jednostka badawczo rozwojowa, Polónia
Istituto di Agronomia Generale, Itália
stiftung fuer angepasste technologie und sozialoekologie, Suiça
Officine Galileo SpA, Itália
technische universiteit delft, Holanda
Pasquali Macchine Agricole Srl, Itália
tps termiska processer ab, Suécia
Rapanelli Fioravante SpA, Itália
university of ulster, Reino Unido
sorghal organisation and research group high altitudes and latitudes, Bélgica
ws waermeprozesstechnik gmbh, Alemanha
Technische Universität München, Alemanha
Data de Início: 2003-12-01
universidad politecnica de madrid, Espanha
Data de Finalização: 2006-12-01
universidade de lisboa, Portugal (Prof. José Filipe Santos Oliveira)
Programa: fp6-sustdev
universite libre de bruxelles, Bélgica
Referência: 502812
University of Essex, Reino Unido
Università degli Studi della Basilicata, Itália
pe35: co-production biofuels – integrated biomass utilization for production
Università degli Studi di Catania, Itália
of biofuels
Data de Início: 1993-01-01
Instituição Coordenadora: elsam a/s, Finlândia
Data de Finalização: 1995-09-30
Contacto: Charles nielsen
Programa: fp3-air
Outras Instituições:
Referência: air10041
agrol ltd, Reimo Unido
energia hidroelectrica de navarra, Espanha
pe33: Fractionated heavy metal separation and ash utilization in biomass combustion
risoe national laboratory, Dinamarca
and gasification plants
sicco k/s, Dinamarca
Instituição Coordenadora: Technische Universität Graz, Áustria
the royal veterinary and agricultural university, Dinamarca
Contacto: Ingwald obernberger
tmo biotec limited, Reino UNido
Outras Instituições:
Data de Início: 2002-12-01
commission of the european communities, Itália
Data de Finalização: 2006-03-31
Technical Research Centre of Finland. vtt, Finlândia
Programa: fp5-eesd
Umeä Universitet, Suécia
Referência: enk6-ct-2002-00650
Vattenfall Utveckling ab, Suécia
dk-teknik Energi & Miljø, Dinamarca
pe36: microcheap – The Integration of Micro-chp and renewable energy systems
Data de Início: 1996-01-01
Instituição Coordenadora: chalex research ltd, Reino Unido
Data de Finalização: 1998-06-30
Contacto: Giles cooper smith
Programa: fp4- nne-joule c
Outras Instituições:
Referência: jor3950001
aalborg university esbjerg – Center of Biotechnology and Bioenergy, Dinamarca
af-energi & miljoe ab, Suécia
Produção Integrada de Biocombustíveis – Biorefinarias
association pour la recherche et le developpement des methodes et processus
pe34: bio-pro – new burner technologies for low grade biofuels to suplly clean energy
aston university, Reino Unido
for processes in biorefineries
beama Ltd, Reino Unido
Instituição Coordenadora: universitaet stuttgart, Alemanha
btg biomass technology group b.v, Holanda
Contacto: Roland berger
centre for renewables energy sources
Outras Instituições:
deutsche gesellschaft fuer sonnenenergie e.V., Alemanha
industriels, França
foster wheeler energia oy, Finlândia
ea technology ltd, Reino Unido
178
179
VIAbio
VIAbio
energy consulting network ApS, Dinamarca
pe39: Rice Husk Power plant
energy research centre of the netherlands, Holanda
Data de Início: 1996-12-01
enervac – flutec ltd.
Data de Finalização: 1998-08-31
foerdergesellschaft erneuerbare energien e.V, Alemanha
Programa: fp4- nne-joule c
force technology, Dinamarca
Referência: bm./00068/95
fraunhofer- gesellschaft zur foerderung der angewandten forschungs e.V, Alemanha
gaia group oy, Finlândia
pe40: Electricity and biofuels production from sweet sorghum; integration into the
institut fuer solare energieversorgungstechnik, Alemanha
sugar industries in developing countries & its application to Europe
lund university, Suécia
Instituição Coordenadora: king’s college london, Reino Unido
national technical university of athens, Grécia
Contacto: David hall
slovenská pol’nohospodárska univerzita v nitre, Eslovénia
Outras Instituições:
sustainable technology solutions ltd., Reino Unido
Institut National de la Recherche Agronomique, França
technology codes Ltd., Irlanda
Data de Início: 1995-01-01
universitat de barcelona, Espanha
Data de Finalização: 1996-06-30
universitá’ iuav venezia, Itália
Programa: fp3-rena
wbi technology Ltd., Irlanda
Referência: rena940040
Data de Início: 2004-10-01
Data de Finalização: 2007-09-30
pe41: Fundamentals of pressurised gasification of biomass feedstocks
Programa: fp6-sustdev
Instituição Coordenadora: Deutsche Montan Technologie-Gesellschaft für Forschung und
Referência: lsInt/503138/2003
Prüfung mbH, Alemanha
Contacto: Wolfgang wanzl
pi1: Biomass Program (obp) - Energy Efficiency Renewable Energy
Outras Instituições:
Instituição: us Department of Energy
biomass technology group b.v., Holanda
http://www.eere.energy.gov/biomass/program_areas.html
rijks universiteit groningen, Holanda
royal inst. of technology, Suécia
Outros
tps termiska processer ab, Suécia
Data de Início: 1994-01-01
pe37: Basic studies on psychrophilic anaerobic digestion from the microbiology,
Data de Finalização: 1995-12-31
depuration and energy point of view
Programa: fp3-air
Instituição Coordenadora: autonomous university of barcelona, Espanha
Referência: air21760
Data de Início: 1986-06-15
Data de Finalização: 1989-12-15
pe42: Overcoming Barriers to Bioenergy (noe-bioenergy)
Programa: fp1- ennonuc 3c
Instituição Coordenadora: vtt valtion teknillinen tutkimuskeskus, Finlândia
Referência: en3b0050
Contacto: Kai sipila
Outras Instituições:
pe38: arbre – arable biomass renewable energy
aston university, Reino Unido
Data de Início: 1994-12-01
energieonderzoek centrum nederland, Holanda
Data de Finalização: 1999-12-31
forschungszentrum karlsruhe gmbh, Alemanha
Programa: thermie 1
institut national de la recherche agronomique, França
Referência: bm./01009/94
instytut budownictwa mechanizacji i elektryfikacji rolnictwa, Polónia
joanneum research forschungsgesellschaft gmbh, Áustria
lunds universitet, Suécia
180
181
VIAbio
Data de Início: 2004-01-01
Data de Finalização: 2009-01-01
Programa: fp6-sustdev
Referência: 502788
VIAbio
Sistema de Armazenagem de Gás Natural por Adsorção com Remoção de Impurezas e
Reodorização Automática
fp5 Programme Acronym: eesd
Programme Reference: enk6-ct-2000-00053
2000-10-01 - 2003-11-30
pe43: New and clean energy technology assessment systems
Instituição Coordenadora: Institute for Energy, Holanda
Contacto: Estathios peteves
Data de início: 01-01-2004
Data de finalização: 01-01-2009
2311 fp6-jrc
Iniciativas demonstradoras
id1: Projecto Biodiesel
Orçamento Previsto: 110 000 Euros
Área de actuação: Gestão e Valorização de Óleos Alimentares Usados
Parceiros: Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente (amalga),
Associação de Municípios do Alentejo Central (amcal), Associação de Municípios do
Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (ambaal), Associação de Municípios do Distrito de Évora
(amde), Agência Regional de Energia do Centro e Baixo Alentejo (arecba) e Empresa de
Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva s.a. (edia).
id2: Projecto oilprodiesel – Sistema Integrado de Gestão de Resíduos para a
Valorização de Óleos Alimentares Usados para a Produção de Biodiesel e Utilização
na Frota Municipal de Oeiras
Instituição Coordenadora: Instituto de Soldadura e Qualidade – isq
Parceiros: Câmara Municipal de Oeiras, oeinerge – Agência Municipal de Energia e
Ambiente de Oeiras, apemeta, ineti, tecmic e dieselbase (nacionais), ageratec (Suécia), inasmet (Espanha), innoterm (Hungria) e fraunhofer (Alemanha).
Contacto: Norberto Duarte
Data de início: Outubro de 2005
Data de finalização: Abril de 2008
life-Ambiente 2005
Tecnologias de Cariz não Biotecnológico
pn8: Armazenagem de Gás Natural
Instituição: Faculdade de Ciência e Tecnologia – fct - Universidade Nova de Lisboa – unl
Investigador: José Mota
Projectos:
Absorbed natural gas system whith guard bed device – anguard
ANEXO D
Sector Fileira Florestal
185
VIAbio
pe – Projectos Europeus
pn – Projectos Nacionais
p – Patentes
186
pe1: European network for the evaluation of genetic resources of cork oak for
appropriate use in breeding and gene conservation strategies
186
pe2: Participation of the NIS in the European Genetic Resources Programme
186
pe3: tecacor – Development of a 2,4,6-trichloroanisole bio-detection system for
quality assurance in cork, wine and other food industries
187
pe4: Innovation in the process of cork production for elimination of odours
responsible for cork taint. From exploratory award exaw 1999-01117
187
pe5: Innovation in the process of cork production for elimination of odours
responsible for cork taint
187
pe6: Biotechnical processing of cork stoppers
188
pe7: corkasses – Field assessment and modeling of cork production and quality
188
pe8: Biotreatment of Quercus suber disease compatible with cork stopper
quality requirements
188
pe9: New detection system for latent moulds on corks used in wine bottling
188
pe10: creoak– Conservation and restoration of european cork oak woodlands:
189
pn1: Envolvimento de Phytophthora cinnamomi na doença do declínio de
a unique ecosystem in the balance
Quercus suber. Estudos epidemiológicos e moleculares
189
pn2: Aspectos moleculares da formação da cortiça em Quercus suber
189
pn3: Estudo dos mecanismos químicos e bioquímicos de formação de
cloroanisóis em rolhas de cortiça
189
pn4: Estrutura e função de elicitinas e seu papel na infecção do sobreiro
(Quercus suber) pelo fungo Phytophthora cinnamomi
190
pn5: Aplicação em larga escala de técnicas imunológicas na detecção e selecção
de sobreiros produtores de boa cortiça
190
pn6: Espécies lenhosas mediterrânicas dos montados: sobrevivênvia à secura
190
p1: Treatment of cork with a phenol oxidizing enzyme
186
187
VIAbio
VIAbio
pe1: European network for the evaluation of genetic resources of cork oak for
Programa: fair– fp4
appropriate use in breeding and gene conservation strategies
Referência: fair989586
Instituição coordenadora: instituto nacional de investigação agrária
Contacto: maria carolina varela
pe4: Innovation in the process of cork production for elimination of odours
Estação Florestal Nacional
responsible for cork taint. From exploratory award exaw 1999-01117
Outras Instituições:
Instituição coordenadora: universitat rovira i virgili
b.f.h. – bundesforschungsanstalt für forst- und holzwirtschaft, Alemanha
Contacto: Luis arola
Dpt. di Scienze dell’Ambiente Forestale e delle sue Risorse, Itália
Outras Instituições:
i.n.r.a., França
alvaro coelho irmaos sa, Portugal, Portugal
instituto nacional de investigacao y tecnologia agraria y alimentaria, Espanha
university of nottingham, uk
university of upsala, Suécia
University of Patras
Data de Início: 1996-01-01
viti-vinicultural research center – ampelooeniki ltd, Macedónia
Data de Finalização: 1999-12-31
Data de Início: 2003-01-01
Programa: fair - fp4
Data de Finalização: 2005-12-31
Referência: fair950202
Programa: life quality – fp5
Referência: : qlk1-ct-2002-01678
pe2: Participation of the nis in the European Genetic Resources Programme
Instituição coordenadora: international plant genetic resources institute
pe5: Innovation in the process of cork production for elimination of odours
Data de Início: 1996-03-01
responsible for cork taint
Data de Finalização: 1999-02-28
Instituição coordenadora: alvaro coelho irmaos sa
Programa: intas – International Cooperation
Contacto: Armando Jesus coelho
Referência: intas-93-1181
Outras Instituições:
viti-vinicultural research center - ampelooeniki ltd, Macedónia
pe3: tecacor – Development of a 2,4,6-trichloroanisole bio-detection system for
Data de Início: 2000-09-20
quality assurance in cork, wine and other food industries
Data de Finalização: 2001-09-19
Instituição coordenadora: universitat rovira i virgili, Espanha
Programa: life quality – fp5
Contacto: Ioanis katakis
Referência: : qlk1-ct-2000-41117
Outras Instituições:
Alvaro Coelho & Irmão, Lda, Portugal
pe6: Biotechnical processing of cork stoppers
Consejo Superior de Investigacione Cientifica, Espanha
Instituição coordenadora: : A. Silva Lda, Portugal
Innovation Enterprises Ltd, Ireland
Contacto: Paula Vieira Neto
Juan Rich Xiberta S.A., Espanha
Outras Instituições:
Les Vins Georges Duboeuf s.a., França
vtt Biotechnology and Food Research, Finland
Mogiem Torres s.a., Espanha
s&s Socieda de Corticas Lda, Portugal
Sociate Nouvelle J. Pellerin s.a., França
Centro Technologico da Cortica, Portugal
Technische Universitaet Muenchen, Alemanha
Corquimica Produtos Quimicos Lda, Portugal
Union of Agricultural Cooperatives of Ioannina, Grécia
E. Tsantali s.a. - Winery, Distillery, Grécia
Univ Claude Bernard Lyon 1, França
Preteux Borgeois S.A., França
University College Cork, Ireland
Adega Cooperativa de Ponte de Lima, crl, Portugal
Viti-Vinicultural Research Center, Grécia
Data de Início: 1998-09-01
Data de Início: 1999-01-01
Data de Finalização: 2000-08-31
Data de Finalização: 2000-12-31
Programa: fair - fp4
Referência: fair989545
188
189
VIAbio
VIAbio
pe7: corkasses – Field assessment and modeling of cork production and quality
consejo superior de investigaciones cientificas, Espanha
Instituição coordenadora: Departamento Engª Florestal - Instituto Superior de Agrono-
fundacion centro de estudios ambientales del mediterraneo, Espanha
mia – isa – Universidade Técnica de Lisboa – utl
institut national de la recherche agronomique, França
Contacto: Helena Pereira
instituto nacional de investigacion y tecnologia agraria y alimentaria, Espanha
Outras Instituições:
national center for agricultural sciences, Bulgaria
i.n.i.a, Espanha
universidad politecnica de madrid, Espanha
nstitut mediterraneen du liege, França
university of alicante, Espanha
instituto del corcho, la madera yel carbon vegetal – iprocor, Espanha
Data de Início: 2002-11-01
universidade de évora, Portugal
Data de Finalização: 2006-04-30
Data de Início: 1997-01-01
Programa: qlk5 – fp5
Data de Finalização: 2000-02-28
Referência: qlk5-ct-2002-01594
Programa: fair - fp4
Referência: fair961438
pn1: Envolvimento de Phytophthora cinnamomi na doença do declínio de Quercus
suber. Estudos epidemiológicos e moleculares
pe8: Biotreatment of Quercus suber disease compatible with cork stopper quality
Instituição Proponente: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
requirements
Instituição de i&d Responsável: Laboratório de Bioquímica Vegetal
Instituição coordenadora: stab – Tratamento de Águas e Biotecnologia Lda
Investigador Responsável: Cândido Pereira Pinto Ricardo –ibet
Contacto: Orfeu Flores
Outras Instituições:
Outras Instituições:
sasa - sociedade agricola santo andre, lda.
Data de Início: 2000-05-15
Universidade do Algarve
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
fct: pocti/agr/39011/2001
Data de Finalização: 2001-05-14
Programa: life quality – fp5
pn2: Aspectos moleculares da formação da cortiça em Quercus suber
Referência: qlk5-ct-2000-40803
Instituição Proponente: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
Instituição de i&d Responsável: Laboratório de Bioquímica Vegetal
pe9: New detection system for latent moulds on corks used in wine bottling
Investigador Responsável: Cândido Pereira Pinto Ricardo – ibet
Instituição coordenadora: sysco s.r.l. sistemi elettronici e telecomunicazioni, Itália
Outras Instituições:
Contacto: Raffaella tosolini
Universidade do Algarve
Outras Instituições:
Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
tapitalia-rolhas de cortica lda, Portugal
fct: pocti/agr/39011/2001
Data de Início: 2001-09-26
Data de finalização: 2006-04-30
pn3: Estudo dos mecanismos químicos e bioquímicos de formação de cloroanisóis
Programa: qlk1 – fp5
em rolhas de cortiça
Referência: qlk1-ct-2001-41992
Instituição Proponente: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
Instituição de i&d Responsável: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet
pe10: creoak – Conservation and restoration of european cork oak woodlands:
Investigador Responsável: Maria Vitória Gonçalves San Romão
a unique ecosystem in the balance
fct: pocti/agr/38940/2001
Instituição coordenadora: Instituto Superior de Agronomia – isa – Universidade Técnica
de Lisboa – utl
pn4: Estrutura e função de elicitinas e seu papel na infecção do sobreiro (Quercus
Contacto: Pedro sousa
suber) pelo fungo Phytophthora cinnamomi
Outras Instituições:
Instituição Proponente: Universidade do Algarve
centre national de la recherche scientifique, França
Instituição de i&d Responsável: Unidade de Ciências Exactas e Humanas
190
VIAbio
Investigador Responsável: Paulo José Garcia de Lemos Trigueiros de Martel
Outras Instituições:
Instituto de Tecnologia Química e Biológica – itqb - Universidade Nova de Lisboa – unl
fct: pocti/bme/34701/99
pn5: Aplicação em larga escala de técnicas imunológicas na detecção e selecção de
sobreiros produtores de boa cortiça
Instituição Proponente: Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação – ineti
Investigador Responsável: Carlos Novo
Outras Instituições:
FloraSul,
Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa - Instituto Nacional de Investigação
Agrária e das Pescas – iniap – Estação Florestal Nacional – efn
agro 368 (2004-2006)
pn6: Espécies lenhosas mediterrânicas dos montados: sobrevivênvia à secura
Instituição Proponente: Estação Florestal Nacional
Instituição de i&d Responsável:
ANEXO E
Investigador Responsável: Teresa Maria Santana Barreto Soares David
Sector Têxtil
Outras: Instituto Superior de Agronomia – isa - Universidade Técnica de Lisboa – utl
fct: pocti/agr/59152/2004
p1: Treatment of cork with a phenol oxidizing enzyme
Número da patente: us6152966
Data do pedido de patente: 1999-04-21
Inventores: Lars Sparre Conrad ; Wolf Rudiger Sponholz; Otto Berker
Aplicante: Novo Nordisk
193
VIAbio
pn – Projectos Nacionais
pe – Projectos Europeus
195
Processos Biotecnológicos no Melhoramento da Eficiência Produtiva
195
pn1: aquatex – Caracterização objectiva da influência dos parâmetros de
qualidade da água no processo têxtil com vista à implementação de processos
de reciclagem seguros e optimizados
195
pn2: Controlo de poluição na indústria têxtil: Estudo do processo de tingimento
e tratamento dos efluentes
195
pn3: goblue – Biotecnologia Aplicada ao Processamento Têxtil
195
pe1: closed loop – Circuito fechado de água e sais na indústria têxtil
196
pe2: cost 847 ‘’Textile Quality and Biotechnology’’
196
pe3: Continous biopretreatment of cellulosic fibers
197
pe4: Bio-preparation of cotton fabrics
197
pe5: Biofinishing of Cotton Fabrics with Cellulases
197
pe6: biosynthex – Biotechnical quality improvement of synthetic textile fibres
198
pe7: High Performance Industrial Protein Matrices through Bioprocessing
198
pe8: cbd-hybrids – Engineering of hybrid proteins containing cellulose binding
domains – novel biotechnological tools for pulp, paper and textile industry
199
pe9: hightex-biolose – Advanced biotechnologies for clean production
of cellulosic textile fibres
199
pe10: Engineering the catalytic properties of Trichoderma reesei cellobiohydrolases
199
pe11: biowool – Enzymatic modification of wool
200
pe12: protex – Modified proteases for the reduction of felting and shrinkage
of wool textiles
200
Tratamento de Efluentes
200
pn4: anoxitrata: Tratamento Integrado de Efluentes Têxteis por Processo
200
pn5: texbio – Remoção biológica de corantes em efluentes da indústria têxtil
201
pn6: reciclágua – Reciclagem dos efluentes mais limpos dos processos de
Anaeróbio/Aeróbio com Aplicação de Métodos de Oxidação Avançada
acabamento na indústria têxtil
201
pn7: Soluções Enzimáticas Inovadoras para a Indústria Têxtil
201
pn8: Biodegradação de corantes azo em reactor descontínuo-sequencial
201
pn9: Controlo de poluição na indústria têxtil: Estudo do processo de tingimento
e tratamento dos efluentes
201
pn10: Descoloração de corantes sintéticos em bio-reactores de tratamento
de águas residuais
201
pn11: Remoção de poluentes persistentes característicos de efluentes de lanifícios
202
pn12: Monitorização e degradação de aminas aromáticas em tratamento
202
pe13: Catalases for low water textile processes
202
pe14: bioefftex – Biotechnical treatment and recycling of textile processing
de águas residuais industriais
effluents
194
195
VIAbio
203
VIAbio
pe15: mbr-recycling – Water recycling and reuse by application of membrane
Processos Biotecnológicos no Melhoramento da Eficiência Produtiva
bioreactors: textile and municipal wastewater as examples
203
Processos Biotecnológicos para o Desenvolvimento de Têxteis Funcionais
pn1: aquatex – Caracterização objectiva da influência dos parâmetros de qualidade
203
pn13: biotex – Bioactive Textiles using functional biopolymers
da água no processo têxtil com vista à implementação de processos de reciclagem
203
Projectos em Áreas Científicas não-biotecnológicas
seguros e optimizados
203
pn14: Microcap – Microencapsulamento de produtos de acabamento para
Instituição Coordenadora: tecialgo – Sociedade de Acabamentos e Manufacturas Têxteis, s.a.
artigos têxteis e peles
Outras Instituições:
203
pe16: lipossomas – Technological Innovation on Textile dyeing using liposomes
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve, Portugal
204
pe18: ozowatex – Industrial application of ozonization treatment for
prafil – Joaquim Prata & Filhos, Lda., Portugal
wastewater recycling in textile processes
205
Programa: ideia (AdI); Status: Em curso
pe19: Minimization of water consumption in european textile dyeing and
printing industry using innovative washing and water recycling technologies
pn2: Controlo de poluição na indústria têxtil: Estudo do processo de tingimento e
(innowash)
tratamento dos efluentes
205
Biopolímeros
Instituição Coordenadora: Universidade da Beira Interior
205
pe20: bioproduction – Sustainable Microbial and Biocatalytic Production of
Contacto: Isolina Maria da Silva Cabral Gonçalves
Advanced Functional Materials
Outras Instituições:
205
pn15: Produção de CoPolímeros phb/phv por Culturas Mistas
205
pn16: Síntese de biopolímeros “à medida” por culturas microbianas mistas
Instituto Superior Técnico – ist - Universidade Técnica de Lisboa – utl
Programa: pocti/equ/32456/99
a partir de melaços
206
pn17: NaturPlas – Novos materiais com base em recursos naturais da euro-região
pn3: goblue – Biotecnologia Aplicada ao Processamento Têxtil
Instituição Coordenadora: orfama
Contacto: Paulo Rodrigues
Outras Instituições:
Crispim Abreu e Ca, Lda.
Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica Portuguesa – ucp
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve
Bayer Chemicals
Data de Início: Outubro 2004
Data de Finalização: Setembro 2006
Programa: AdI
pe1: closed loop – Circuito fechado de água e sais na indústria têxtil
Instituição Coordenadora: Riler – Indústria Têxtil, Lda., Portugal
Contacto: Belmiro vale
Outras Instituições:
aquastel advanced technical unit ltd, Reino Unido
bv tricotververij limburg, Holanda
carvema Têxtil, Lda, Portugal
tno, Holanda
electrolyse project bv, Holanda
halley stevensons ltd, Reino Unido
van heek textiles bv, Holanda
196
197
VIAbio
VIAbio
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve, Portugal
Universidade do Minho, Portugal
Heriot-Watt University, Reino Unido
university of twente, Holanda
hb consultants, Holanda
Data de Início: 2000-02-01
Data de Início: 2002-03-01
Data de Finalização: 2003-08-01
Data de Finalização: 2004-08-31
Programa: growth – fp5
Programa: craft – fp5
Referência: g1rd-ct-1999-00163
Referência: evk1-ct-2000-30004
pe4: Bio-preparation of cotton fabrics
pe2: cost 847 ‘’Textile Quality and Biotechnology’’
Instituição Coordenadora: Universidade do Minho – um
http://www.vtt.fi/bel/cost847/
Contacto: Cavaco-Paulo
Instituição Coordenadora: vtt
Data de Início: 2001-03-03
Outras Instituições:
Data de Finalização: 2003-03-02
centexbel,
Programa: intas
inotex,
Referência: hpmf-ct-2000-00868
dwi,
clotefi,
pe5: Biofinishing of Cotton Fabrics with Cellulases
ato bv,
Instituição Coordenadora: Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Por-
um,
tugal – citeve
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve,
Contacto: Luís Almeida
tno,
Programa: brite/euram 3
University of Chemical Technology and Metallurgy,
Referência: brpr950009
Budapest University of Technology and Economics,
Università di Pisa,
pe6: biosynthex – Biotechnical quality improvement of synthetic textile fibres
Upyte Research Station of lia,
Instituição Coordenadora: Graz University of Technology, Áustria
umist,
Contacto: Karl-Heinz robra
The Queens’s University of Belfast,
Outras Instituições:
University of Maribor,
Fisipe Fibras Sinteticas de Portugal, SA, Portugal
Institute of Chemical Fibres
Inotex Ltd, República Checa
Data de Início: 2000-06-15
Rhodia Industrial Yarns Ag, Suíça
Data de Finalização: 2004-06-14
Sattler Ag, Austria
Programa: cost
Tampere University of Technology, Finlândia
Referência: cost 847
Technical Research Centre of Finland, Finlândia
Universidade do Minho – um, Portugal
pe3: Continous biopretreatment of cellulosic fibers
Textil Alberto de Sousa, sa, Portugal
Instituição Coordenadora: netherlands organisation for applied scientific research
Data de Início: 2001-10-01
– tno, Holanda
Data de Finalização: 2005-09-30
Contacto: Jan Alexander dekker
Programa: growth – fp5
Outras Instituições:
Referência: g5rd-ct-2001-00560
brugman machinefabriek bv, Holanda
graz university of technology, Austria
textil alberto de sousa sa, Portugal
tinfer sa – tintes y acabados, Espanha
198
199
VIAbio
VIAbio
pe7: High Performance Industrial Protein Matrices through Bioprocessing
pe9: hightex-biolose – Advanced biotechnologies for clean production of cellulo-
Instituição Coordenadora: Deutsches Wollforschungsinstitut an der rwth Aachen e.V,
sic textile fibres
Alemanha
Instituição Coordenadora: Institut Français du Textile et de l’Habillement, França
Contacto: Elisabeth heine
Contacto: Dominique chamussy
Outras Instituições:
Outras Instituições:
Ab Enzymes Gmbh, Alemanha
Klonatex sa, Grécia
Akciju Sabiedriba Ogre, Lituânia
Lallemand sa, França
Blc Leather Technology Center Ltd, Reino Unido
Linificio e Canapificio Nazionale s.p.a., Itália
Budapesti Muszaki es Gazdasagtudomanyi Egyetem, Hungria
Lyven sa, França
Enrico Pecci di Alberto Pecci & c. s.a.s., Itália
Rodopi Textiles sa, Macedónia
Precision Processes Textiles Ltd, Reino Unido
Thrakika Ekkokistiria sa, Macedónia
Prosper de Mulder Limited, Reino Unido
Data de Início: 2001-04-01
Roal Oy, Finlândia
Data de Finalização: 2004-03-31
Stazione Sperimentale per la Seta, Itália
Programa: fp5 – growth
Tecnotessile - Societa Nazionale di Ricerca Tecnologica r.l., Itália
Referência: g1rd-ct-2000-00446
The Nottingham Trent University, Reino Unido
Tintoria del Sole Spa, Itália
pe10: Engineering the catalytic properties of Trichoderma reesei cellobiohydrolases
Universita degli Studi di Pisa, Itália
Instituição Coordenadora: Technical Research Centre of Finland, Finlândia
University of Manchester Institute of Science and Technology, Reino Unido
Contacto: tuula teeri
vtt Valtion Teknillinen Tutkimuskeskus, Finlândia
Outras Instituições:
Data de Início: 2004-03-01
Eidgenössische Technische Hochschule – eth Zürich, Suíça
Data de Finalização: 2007-03-01
University of Manchester Institute of Science and Technology, Reino Unido
Programa: fp6 - nmp
Universiteit Gent, Bélgica
Referência: 5057900
Uppsala University, Suécia
Data de Início: 1996-09-01
pe8: cbd-hybrids – Engineering of hybrid proteins containing cellulose binding
Data de Finalização: 1999-08-31
domains – novel biotechnological tools for pulp, paper and textile industry
Programa: fp4 – biotech2
Instituição Coordenadora: agrotechnology and food innovations bv, Holanda
Referência: bio4960580
Contacto: Kees c.d. de gooijer
Outras Instituições:
pe11: biowool – Enzymatic modification of wool
American Israeli Paper Mills, Israel
Instituição Coordenadora: Technical Research Centre of Finland, Finlândia
Cbd Technologies, Ltd, Israel
Contacto: Juha Ahvenainen
Kappa Roermond Papier, Holanda
Outras Instituições:
Novozymes a/s, Dinamarca
Aachen University of Technology, Alemanha
Technical Research Centre Of Finland, Finlândia
Coats Viyella Clothing Ltd., Trading as Precision Processes Textiles, Reino Unido
The Hebrew University of Jerusalem - The Authority for Research and Development, Israel
Enrico Pecci & C.S., Itália
Tinturaria e Acabamentos de Tecidos Vale de Tabuas, Lda., Portugal
Quantum Clothing Group Limited, Reino Unido
Departamento de Engª Biológica – deb, Universidade do Minho – um, Portugal
Tecnotessile - Societa Nazionale di Ricerca Tenologica, Itália
University of Wales Swansea, Reino Unido
Tintoria del Sole, Itália
Data de Início: 2001-04-01
University of Manchester Institute of Science and Technology, Reino Unido
Data de Finalização: 2004-03-31
Data de Início: 2000-02-01
Programa: fp5 – life quality
Data de Finalização: 2003-01-31
Referência: qlk3-ct-2000-00273
200
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VIAbio
VIAbio
Programa: fp5 – growth
pn6: reciclágua – Reciclagem dos efluentes mais limpos dos processos de
Referência: g1rd-ct-1999-00131
acabamento na indústria têxtil
Instituição Coordenadora:
pe12: protex – Modified proteases for the reduction of felting and shrinkage of
Outras Instituições:
wool textiles
tintrofa – Tinturaria da Trofa, s.a.
Instituição Coordenadora: De Montfort University, Reino Unido
F. Duarte & Duarte, Lda.
Contacto: Brian Foxon; Jinsong Shen
Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal – citeve
Outras Instituições:
Programa: ideia (AdI); Status: Concluído
Alphachem Specialities Ltd, Reino Unido
Drummond Parkland of England, Reino Unido
pn7: Soluções Enzimáticas Inovadoras para a Indústria Têxtil
Graz University of Technology, Austria
Instituição Coordenadora: Escola Superior de Biotecnologia – esb
James Weeker Since 1927, Holanda
Universidade Católica Portuguesa
John Gladstone (Dyers and Finishers) Limited, Reino Unido
Contacto: Xavier Malcata
Netherlands Organisation for Applied Scientific Research – tno, Holanda
Pós-Doutoramento (fct); Status: Proposto
Ovis Texla, Holanda
Universidade do Minho – um, Portugal
pn8: Biodegradação de corantes azo em reactor descontínuo-sequencial
Data de Início: 2002-06-01
Instituição Coordenadora: Instituto de Biotecnologia e Química Fina – ibqf - Instituto
Data de Finalização: 2005-05-31
Superior Técnico – ist - Universidade Técnica de Lisboa – utl
Programa: fp5 – growth
Contacto: Helena Maria Rodrigues Vasconcelos Pinheiro
Referência: g1rd-ct-2002-00695
pocti/bio/32586/99
Tratamento de Efluentes
pn9: Controlo de poluição na indústria têxtil: Estudo do processo de tingimento e
tratamento dos efluentes
pn4: anoxitrata: Tratamento Integrado de Efluentes Têxteis por Processo
Instituição Coordenadora: Materiais Têxteis e Papeleiros
Anaeróbio/Aeróbio com Aplicação de Métodos de Oxidação Avançada
Universidade da Beira Interior – ubi
Instituição Coordenadora: interágua – Tecnologia e Gestão de Água, Lda.
Contacto: Isolina Maria da Silva Cabral Gonçalves
Outras Instituições:
Outras instituições:
Centro Tecnológico das Indústrias Têxteis e do Vestuário de Portugal – citeve
Universidade do Minho – um
Instituto Superior Técnico – ist - Universidade Técnica de Lisboa – utl
pocti/equ/32456/99
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto – feup
Programa: ideia (AdI); Status: Em curso
pn10: Descoloração de corantes sintéticos em bio-reactores de tratamento de águas
residuais
pn5: texbio – Remoção biológica de corantes em efluentes da indústria têxtil
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist
Outras Instituições:
Contacto: Helena Maria Rodrigues Vasconcelos Pinheiro
Estamparia Textil-Adalberto Pinto da Silva, Lda.
Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial – ineti
Universidade do Minho – um
Programa: ideia (AdI), Status: Concluído
Outras instituições:
Universidade da Beira Interior – ubi
Data de Finalização: 15-12-2005
pdct/amb/59388/2004
pn11: Remoção de poluentes persistentes característicos de efluentes de lanifícios
Instituição Coordenadora: Universidade da Beira Interior – ubi
Contacto: Isolina Maria da Silva Cabral Gonçalves
202
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VIAbio
VIAbio
pn12: Monitorização e degradação de aminas aromáticas em tratamento de águas
pe15: mbr-recycling – Water recycling and reuse by application of membrane
residuais industriais
bioreactors: textile and municipal wastewater as examples
Instituição Coordenadora: Instituto Superior Técnico – ist
Instituição Coordenadora: Technical University of Clausthal, Alemanha
Universidade Técnica de Lisboa – utl
Contacto: Peter kickartz
Contacto: Helena Maria Rodrigues Vasconcelos Pinheiro
Outras Instituições:
Outras instituições:
Universidade da Beira Interior – ubi
pdct/amb/59392/2004
Centre de Biotechnologie de Sfax – Secretariat d’Etat a la Recherche Scientifique et a la
Technologie
Institut Algerien du Petrole,
Institute for Agrobiotechnology in Tulln, Austria
pe13: Catalases for low water textile processes
Data de Início: 2000-03-01
Instituição Coordenadora: sucher & holzer gmbh, Áustria
Data de Finalização: 2003-05-31
Contacto: Georg gubitz
Programa: fp5 – inco2
Outras Instituições:
Referência: ica3-ct-1999-00013
Textil Alberto de Sousa sa, Portugal
Universidade do Minho – um, Portugal
Processos Biotecnológicos para o Desenvolvimento de Têxteis Funcionais
Data de Início: 1999-01-01
Data de Finalização: 2001-10-31
pn13: biotex – Bioactive Textiles using functional biopolymers
Programa: brite/euram 3 – fp4
Instituição Coordenadora: Universidade de Aveiro
Referência: brpr988004
Investigador Responsável: José António Teixeira Lopes da Silva
Outras Instituições:
pe14: bioefftex – Biotechnical treatment and recycling of textile processing effluents
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve, Portugal
Instituição Coordenadora: German Wool Research Institute at the University of
Escola Superior de Biotecnologia – esb - Universidade Católica Portuguesa – ucp
Technology Aachen, Alemanha
Programa: pocti/ctm/58312/2004; Status: Em curso
Contacto: Martin Moeller
Outras Instituições:
Projectos em Áreas Científicas não-biotecnológicas
Berghof Filtrations-Und Anlagentechnik Gmbh & co. Kg, Alemanha
De Montfort University, Reino Unido
pn14: microcap – Microencapsulamento de Produtos de Acabamento para Artigos
Dystar Textilfarben Gmbh & co. Deutschland Kg, Alemanha
Têxteis e Peles
Graz University of Technology, Austria
Instituição Coordenadora:
Kammgarnspinnerei Stoehr Gmbh, Alemanha
Outras Instituições:
Krka, Tovarna Zdravil, d.d., Novo Mesto, Eslovénia
Têxtil Manuel Gonçalves, s.a.
Quantum Clothing Group Limited, Reino Unido
INDINOR - Indústrias Químicas, s.a.
Technical Research Centre of Finland, Finlândia
Universidade do Minho – um
Textil Alberto de Sousa sa, Portugal
tecMinho – Associação Universidade Empresa para o Desenvolvimento
Universidade do Minho, Portugal
Programa: ideia (AdI); Status: Concluído
Data de Início: 2000-02-01
Data de Finalização: 2003-04-30
pe16: lipossomas – Technological Innovation on Textile dyeing using liposomes
Programa: growth – fp5
Instituição Coordenadora: Serra Tints i Blanqueig sa, Espanha
Referência: g1rd-ct-1999-00064
Contacto: sabastia serra rof
Outras Instituições:
Acabados de Sabadell s.l. , Espanha
Central de Representaciones Especiales s.a. , Espanha
204
205
VIAbio
VIAbio
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve, Portugal
pe19: Minimization of water consumption in european textile dyeing and printing
Consejo Superior de Investigaciones Científicas, Espanha
industry using innovative washing and water recycling technologies (innowash)
Fiandeira Castanheirense, Industria Têxtil s.a., Portugal
Instituição Coordenadora: institute of textile chemistry - department textile printing
Gorina s.a., Espanha
stuttgart
Hilaturas Ribe s.a., Espanha
Contacto: Wilhelm oppermann
Joaquim Prata & Filhos, Lda., Portugal
Outras Instituições:
Nuova Superlana SpA, Itália
Bekleidungsphyiologisches Institut Hohenstein e.v., Alemanha
Sociedade Têxtil dos Amieiros Verdes s.a., Portugal
Drews Meerane Gmbh, Alemanha
Tintes Colormoda s.a., Espanha
Girmes Proma-Tex, Alemanha
Transtechnics s.l., Espanha
Institute for Product Development, Dinamarca
Data de Início: 1997-11-01
Laboratory for Textile Research Prebold, Eslovénia
Data de Finalização: 1999-10-31
Textilveredlung Wehr Gmbh, Alemanha
Programa: craft
University of Maribor, Eslovénia
Referência: brst975144
Data de Início: 2001-04-01
Data de Finalização: 2004-03-31
pe17: Physicochemical study of liposome interaction with the surface of fibrous
Programa: eesd – fp5
materials in textile dyeing
Referência: evk1-ct-2000-00049
Instituição Coordenadora: Centro de Investigacion y Desarrollo, Consejo Superior de
Investigaciones Cientificas, Espanha
Biopolímeros
Contacto: Luisa coderch (Dr)
Outras Instituições:
pe20: bioproduction – Sustainable Microbial and Biocatalytic Production of
Departamento de Ciência e Tecnologias Têxteis - Universidade da Beira Interior – ubi
Advanced Functional Materials
Russian Academy of Sciences
Instituição Coordenadora: Universidade de Thessalonica,
Ivanovo State University of Chemical Technology
Contacto: Kiparissides
Data de Início: 1998-12-01
Data de Finalização: 2000-11-30
Outras Instituições:
ictpol – Instituto de Ciência e Tecnologia de Polímeros
Programa: intas
Referência: intas-1997-00487
pn15. Produção de CoPolímeros phb/phv por Culturas Mistas
Instituição Coordenadora: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet - Uni-
pe18: ozowatex – Industrial application of ozonization treatment for wastewater
versidade Técnica de Lisboa – utl
recycling in textile processes
Contacto: Maria D’Ascensão Reis
Instituição Coordenadora: Enrico Pecci di Alberto Pecci & csas
Outras Instituições:
Outras Instituições:
Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal – citeve, Portugal
Universidade Nova de Lisboa – Instituto de Tecnologia Química e Biológica
Programa: pocti/bio/35675/99
Degremont Itália
ifth
pn16: Síntese de biopolímeros “à medida” por culturas microbianas mistas a partir
Ozonia
de melaços
Sacramento Têxteis
Instituição Coordenadora: Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica – ibet - Uni-
Tecnotessile
versidade Técnica de Lisboa – utl
Teintures et apprets du sud Ouest
Contacto: Maria D’Ascensão Reis
Programa: innovation – fp4
Referência: in30927l
Outras Instituições:
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade Nova de Lisboa
206
VIAbio
Instituto de Ciências e Tecnologias Agrárias e Agro-Alimentares - Porto
(iceta-Porto/up)
Programa: poci/bio/55789/2004
pn17: NaturPlas – Novos materiais com base em recursos naturais da euro-região
(http://naturplas.dnsalias.com)
Instituição Coordenadora: Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros – piep - Universidade do Minho – um
Outras Instituições:
Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros, piep, Portugal Prof António Cunha
Departamento de Biologia, Universidade Minho, Portugal Prof Margarida Casal
Departamento de Engenharia Biológica, Universidade Minho, Portugal, Prof José Texeira
Universidade de Vigo, Espanha
Centro Tecnológico de Automación de Galicia, ctag, Espanha
Director: Nuno Arantes e Oliveira
Book design: GOdesign
Print: Lidergraf SA
Depósito Legal: 000000000

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