Navegação segura - Associação do Comércio e Indústria de Franca

Transcrição

Navegação segura - Associação do Comércio e Indústria de Franca
Nº 234 | Ano 71 | Agosto de 2015
Órgão de divulgação da Associação do Comércio e Indústria de Franca - Distribuição Gratuita
Navegação segura
Em setembro, ‘3º Congresso Empresarial ACIF’ abordará a atual conjuntura do
País para preparar os empreendedores a enfrentar este ‘mar bravo’ com
flexibilidade e criatividade seguindo sempre na direção certa
EDITORIAL
EXPEDIENTE
índice
DIRETORIA ADMINISTRATIVA E
CONSELHO DELIBERATIVO
BIÊNIO 2015/2017
Dorival Mourão Filho
Presidente
José Alexandre Carmo Jorge
1º Vice-presidente
João Carlos Cheade
2º Vice-presidente
Luís Aurélio Prior
3º Vice-presidente
João Batista de Lima
4º Vice-presidente
Gabriel de Melo Rinaldi
1º Diretor Administrativo
Ézio Luiz Pedrosa
2º Diretor Administrativo
Fernando Rached Jorge
1º Diretor Financeiro
Luís Vanderlei Moreti
2º Diretor Financeiro
Junia Capobianco
Diretora da Indústria
Lucely Bertelli Fernandes de Macedo
Diretora de Serviços
38
7ª Expoíntima e Franca
Mais Moda: foco no
negócio por atacado
Tarciso Bôtto
Diretor do Comércio
Rosângela de Andrade Pelizaro
Conselho da Mulher Empreendedora
Aviso aos Navegantes
Alberto Carraro Fernandes
Presidente do Conselho Deliberativo
Marcelo Carraro Rocha
Gerente Executivo
SEDE
Horário de atendimento - 8h às 18h
Rua Voluntários da Franca, 1511
Centro
(16) 3711-1700
Posto de Atendimento
Patrocínio Paulista
Horário de atendimento - das 7h às 12h /
das 13h15 às 17h
R. Álvaro Morgan de Aguiar, 1340
(16) 3145-1255
Jornalista responsável
Fernanda Martins
MTb 31.897
Redação
Ana Luiza Silva
Fernanda Martins
Fotos
Ednei Campos
Fernanda Martins
Foto da Capa
Márcio Luís Cesário
Diagramação / Arte
Wellington Castro
Revisão
Letusa Sartori
Michelly Ferreira
‘3º Congresso Empresarial ACIF’ vai
abordar a atual conjuntura do País
5
6
Sabores da Franca participa de 10º Fest
Bar neste mês
10
Cocapec comemora 30 anos de história
14
ACIF participa da Francal pela
segunda vez
16
Creche Bom Pastor forma cidadãos com
amor, respeito e educação
20
ACIF promove atrações na praça para
fomentar vendas no Dia dos Pais
22
24
Cupom fiscal: é hora de substituir o ECF
pelo SAT-Cfe
26
Verão: calçados e acessórios têm brilho,
cores vivas e conforto
30
‘Sem comunicação não há liderança’, diz
Eduardo Zugaib
34
Empreender em tempos de crise
36
ClickACIF - Especial Francal
40
Aplicativos funcionam como vitrine para
bares e restaurantes
44
Nova governança do Franca Basquete
conta com apoio dos empresários
48
Mulheres empresárias e mães: é possível
ter uma alimentação saudável?
50
Lucely Bertelli Fernandes de Macedo:
emoção e entusiasmo a favor da
diversidade
52
As novas regras das aposentadorias
56
Restaurante Arroz com Feijão apresenta
Gravad Lax: o salmão enterrado
A Revista ACIF é uma publicação
mensal da Associação do Comércio
e Indústria de Franca
Tiragem
4.500 exemplares
Impressão
Gráfica Cristal – (16) 3711-0200
www.acifranca.com.br
Fale conosco
[email protected]
(16) 3711-1719
Departamento Comercial ACIF
(16) 3711-1721
As matérias publicadas nesta edição poderão ser
reproduzidas, total ou parcialmente, desde que citada a
fonte. As opiniões expressas em artigos assinados não
coincidem necessariamente com a opinião da Revista ACIF.
www.acifranca.com.br
Aviso aos
Navegantes
P
oucos países do mundo passaram por tantas
crises econômicas como o nosso. As medidas e planos do governo para enfrentá-las
quase sempre vieram de surpresa e pegaram
a população e o empresariado absolutamente despreparados. Desde que me tornei empresário, tive
que enfrentar diversos planos tirados da cartola pelos sucessivos governos e aprender a contabilizar em
várias moedas diferentes.
Quem não se lembra do plano cruzado, de José
Sarney, que substituiu a moeda oficial do país, o cruzeiro; o plano Bresser, que trouxe o congelamento
de preços; o plano Verão, que instituiu o cruzado
novo; o plano Collor, que voltou ao cruzeiro, desta
vez com o confisco das poupanças, contas correntes
e ativos financeiros; e por fim o plano Real, que estabilizou a economia, mas no entanto, hoje corre sério
risco pela volta da inflação acelerada.
Essas mudanças frequentes, que sempre
trouxeram incertezas ao nosso cenário econômico, de certa forma prepararam o empresário
brasileiro para enfrentar crises, sempre com flexibilidade e criatividade. Empresários de países desenvolvidos certamente teriam dificuldades muito
maiores para se adaptar e até para entender tantas soluções atípicas.
Mas hoje o que ocorre é algo totalmente di-
ferente: aliada à crise econômica, temos uma crise
política de dimensões talvez inéditas em nosso país.
Essas duas forças atuando em conjunto são capazes
de produzir tormentas avassaladoras, com um fator
reforçando o outro, atiçando o tempo e levantando
ondas enormes, que deixam o mar sem condições
para uma navegação segura.
É neste cenário que estamos preparando o “3º
Congresso Empresarial ACIF” e não foi por acaso
que escolhemos como símbolo desta edição um farol, equipamento antigo, mas absolutamente confiável e que sempre conduziu as embarcações por rotas
seguras, em noites de tempestade.
Estamos trazendo palestrantes de renome,
técnicos de reconhecida competência e detentores
de informações privilegiadas que, como a luz dos velhos faróis, ajudarão nossos empresários a enfrentar
as dificuldades que se apresentam.
Demos a cada um deles esse briefing para
que ministrem suas apresentações. Teremos ainda painéis de discussões sobre diferentes temas,
quando os participantes poderão questionar e esclarecer suas dúvidas.
Como já disse, estamos diante de uma situação
nova, mas, por outro lado, estou seguro de que temos o empresariado mais calejado do mundo para
enfrentar e superar esses mares turbulentos. Nessas
horas cabe à Acif a missão de fornecer as cartas de
navegação e dar o primeiro aviso aos navegantes.
Dorival Mourão Filho
Presidente
Revista ACIF - Agosto 2015
5
EVENTO
‘3º Congresso Empresarial ACIF’ vai abordar a atual conjuntura do País
Evento acontece de 15 a 17 de setembro, em Franca, com palestrantes
renomados e painéis temáticos; inscrições estão abertas
ANA LUIZA SILVA
O
Brasil não vive um dos seus melhores momentos. O cenário instável e de baixo crescimento econômico gera incerteza para o futuro, empresas de diversos segmentos passam por dificuldades, o consumo está retraído devido ao
aumento no índice de desemprego e inflação e taxa de juros elevadas.
Diante de tudo isso, é preciso que o empresariado esteja preparado
para enfrentar este “mar bravo”, com flexibilidade e criatividade. Com
o tema “Novos tempos, novas ações”, o “3º Congresso Empresarial
6
www.acifranca.com.br
ACIF” será um “farol” que vai orientar na direção segura.
O evento, que será realizado de 15 a 17 de setembro, no Hotel
Dan Inn, em Franca, propõe um mergulho profundo na atual conjuntura
do país, por meio de palestras com profissionais de renome nacional e
painéis que vão dinamizar e enriquecer a participação de empreendedores de todos os segmentos. As inscrições para o evento já podem ser
feitas e as vagas são limitadas.
Segundo o presidente da ACIF Dorival Mourão Filho, entender o cenário, buscar alternativas e ferramentas para se sobressair será o diferencial para qualquer empresário. “Vamos trazer palestrantes que vivenciam o
dia a dia de grandes empresas e quem participar
do congresso terá informações importantes para
fazer uma travessia segura neste mar revolto. O
importante é conseguir enxergar aonde estamos
e onde queremos chegar”, avalia Mourão.
A palestra de abertura do “3º Congresso
Empresarial ACIF” acontece no dia 15 de setembro, às 20 horas, com o tema “Economia Mundial
em Transformação: impactos nos seus negócios”
e será ministrada pelo economista Ricardo
Amorim, um dos debatedores do programa
Manhattan Connection, da Globo News, e
também colunista na revista IstoÉ. Ele é pós-graduado em Administração e Finanças Internacionais pela ESSEC de Paris, atua no mercado financeiro desde 1992, trabalhou em Nova
Iorque, Paris e São Paulo, como economista e
estrategista de investimentos.
O segundo dia de evento será intenso, com
atividades o dia todo. Das 9h às 12h, o consultor,
executive coach e escritor Luiz Fernando Luzio
comandará o painel “Gestão em tempos de crise”. Autor do livro “Fazendo a estratégia acontecer”, o profissional vai abordar os seguintes tópicos: significado de uma crise para a empresa e sua
liderança, a avaliação e otimização da estratégia e
a liderança em tempos de crise.
Em seguida, das 14h às 17h, o painel CME
traz o empresário, consultor, professor e pesquisador de Terapias Bioquânticas Sérgio Ceccato Filho para falar sobre “Física Quântica Aplicada à Gestão, Liderança e Qualidade de Vida”.
Segundo a coordenadora do CME e diretora da ACIF, Rosângela de
Andrade Pelizaro, o painel é motivacional. “Vai ser um encontro para dis-
cutir como trabalhar com a positividade e usá-la no dia a dia do trabalho, e
ainda como se tornar uma pessoa positiva e transformar isso como aliado
para administrar o seu negócio”, explica.
Para encerrar as atividades da quarta-feira, às 20 horas o especialista
em Educação Financeira e autor do best-seller “Casais inteligentes enriquecem juntos” Gustavo Cerbasi sobe ao palco principal para discursar
sobre “Escolhas inteligentes em tempo de incertezas”.
O último dia de congresso começa às 9h com o painel “Novos tempos, novos líderes: ações práticas na liderança de equipes”, ministrado pela
equipe Atitude Educação Corporativa, das empresárias Ana Paula Barbosa,
Andréa Haddad Caleiro e Elizabeth Esposito Freixes.
Às 14h, Jeanne Pimentel inicia o painel “Planejamento individual como
fonte de resultado”, que tratará sobre vendas.
Para finalizar o “3º Congresso Empresarial ACIF”, a palestra fica por
conta do professor e consultor em Gestão Empresarial Waldez Ludwig,
com o tema “Um show de atendimento é que faz a diferença”.
Serviços:
►► Evento: ‘3º Congresso Empresarial ACIF’
►► Data: de 15 a 17 de setembro
►► Horário: 9h às 22h
►► Local: Auditório Cenacon – Hotel Dan
Inn (Rua Alfredo Tosi, 1088)
Convites:
Sócio – R$ 180
Não sócio – R$ 360
Estudante – R$ 180
Pacotes acima de 5 convites R$ 170 cada;
acima de 10 convites R$ 160 cada, e acima
de 20 convites são R$ 150 cada.
Informações: (16) 3711-1722 / 3711-1762
Revista ACIF - Agosto 2015
7
“DEIXAMOS DE SER CONCORRENTES
PARA SERMOS PARCEIROS,
COMPARTILHANDO IDEAIS”
PROGRAMAÇÃO
Dia 15 de setembro
►► 19h – Abertura: apresentação cultural
►► 20h – Palestra com Ricardo Amorim: “Economia Mundial em Transformação: Impactos nos seus Negócios”
Economista com ampla experiência internacional, formado pela USP, pós-graduado em Administração e
Finanças Internacionais pela ESSEC Business School de Paris. A proposta é trazer uma palestra rica em
conteúdo, descontraída e provocadora.
Dia 16 de setembro
(16) 3702-4444
(16) 3723-0007
(16) 3012-2497
(16) 3724-4168
(16) 3723-0220
(16) 3723-9900
(16) 3724-0041
(16) 3721-4466
(16) 3703-6244
(16) 3720-8040
►► 9h às 12h – Painel “Gestão em Tempos de Crise”, com Luiz Fernando Luzio
Consultor, executive coach, escritor e palestrante. Formado em Administração de Empresas pela FGV, com
especialização em Estratégia pela London Business School e Harvard Business School. Autor do Livro
“Fazendo a estratégia acontecer”.
►► 14h às 17h – Painel CME “Física Quântica Aplicada à Gestão, Liderança e
Qualidade de Vida”, com Sérgio Ceccato Filho
Empresário, consultor, professor e pesquisador de Terapias Bioquânticas. Ele é formado em Terapia Bioquântica e pósgraduando em Teorias e Técnicas para Cuidados Integrativos (UNIFESP). Tem formação em Ativismo Quântico pelo
Centro de Ativismo Quântico Brasil.
►► 19h – Abertura: apresentação cultural
►► 20h – Palestra com Gustavo Cerbasi: “Escolhas inteligentes em tempo
de incertezas”
Especialista em Educação Financeira, mestre em Administração/Finanças pela FEA/USP, formado em
Administração Pública pela FGV com especialização em Finanças pela Stern School of Business, em Nova
Iorque. Autor do best-seller “Casais inteligentes enriquecem juntos”.
(16) 3721-0283
(16) 3723-0603
(16) 3012-2721
(16) 3723-2267
Dia 17 de setembro
►► Das 9h às 12h – Painel Google - A Confirmar
►► 14h às 17h – Painel “Planejamento Individual como Fonte de Resultado”,
com Jeanne Pimentel
Especialista em Gestão de Vendas e Atendimento ao Cliente. Graduada em Gerência em Marketing e Vendas
pela Universidade Barão de Mauá. Cursou MBA Estratégico em Vendas, Compras e Serviços. Experiência
há mais de 10 anos à frente de equipes de vendas. Integra nas suas apresentações teoria e prática de forma
muito objetiva.
►► 19h – Abertura: apresentação cultural
►► 20h – Palestra com Waldez Ludwig: “Um Show de Atendimento é que Faz
a Diferença”
Professor, consultor em Gestão Empresarial. Formado em Psicologia pela Universidade de Brasília.
Dedica-se à pesquisa de vanguarda em cenários e tendências da gestão das organizações. Seu foco
é educação corporativa.
8
www.acifranca.com.br
O grupo SABORES DA FRANCA
foi criado em 2012 pelo Programa Empreender da ACIF
(Associação do Comércio e Indústria de Franca) e reúne empresas que
buscam como meta a excelência na qualidade de seus serviços.
Hoje, através de encontros semanais, feiras de negócios, palestras, ações diretas
e implantação do PAS (Programa Alimentos Seguros), os empresários buscam
aprimoramento em gestão empresarial, negociações coletivas e parcerias.
O SABORES DA FRANCA - POLO GASTRONÔMICO
visa prestar serviços de qualidade, que garantam
confiança e segurança para os mais
exigentes paladares.
PROGRAMA EMPREENDER
ACIF: (16) 3711-1765
Cláudia Neves
Empresários
que integram o
grupo Sabores
da Franca
EMPREENDER
Sabores da Franca participa
de 10º Fest Bar neste mês
Núcleo do Empreender elegeu três pratos saborosos
e práticos para apresentar na festa
Macarrão
ao molho
bolonhesa
Fotos: Samuel Melo
Macarrão ao
molho branco
Quibe recheado
com carne moída
Tilápia frita
Segundo o proprietário da Tenda Árabe,
Michel Riad Aoude, participar do Fest Bar será
enriquecedor para o núcleo Sabores da Franca.
“Acho uma excelente iniciativa, pois estaremos
sendo vistos pela sociedade como um grupo e
a partir daí começaremos a trilhar outros caminhos com essa união e visibilidade”, acredita.
Além disso, o núcleo Sabores da Franca
está na rede social. Para visitar a página no Facebook acesse “Sabores da Franca”.
Para Paulo Antônio Pizani, da Batataria
Q’Croc, o núcleo está animado com essa participação. “Queremos ainda colocar um banner
para divulgar a implantação do cartão fidelidade
das empresas, que vai acontecer em breve. Isso
valoriza o grupo e fortalece a marca”, afirma.
O Fest Bar é promovido pelo Rotary
Franca Imperador e realizado anualmente com
o objetivo de divulgar os bares da cidade com
seus petiscos e pratos. Há ainda seu cunho de
responsabilidade social, com a renda da venda
de bebidas revertida para a Creche Maternal
do Miramontes, que atende 70 crianças e também é mantida pela entidade. Os melhores
pratos foram eleitos no dia 21 de julho, por
meio de jurados, e ganharam troféus.
Feira internacional
O casal proprietário da Tenda Árabe,
Renata e Michel Riad Aoude participou em julho da Summer Fancy Food Show 15, em Nova
Iorque. O evento é considerado o maior da
América do Norte na área de comércio de alimentos gourmet e uma vitrine de inovação da
indústria alimentícia.
Michel conta que viu a maneira como
são embalados produtos prontos como
patê, amendoim e canapé, e trouxe algumas
ideias para o seu negócio. “Gostei muito do
que vi porque eles estão ano-luz à nossa
frente. A maneira com que eles embalam os
alimentos prontos é muito interessante e já
estamos estudando adaptações para a Tenda Árabe”, afirma.
EMPREENDER EM DESTAQUE
Workshop do Núcleo Contábil
ANA LUIZA SILVA
O
núcleo Sabores da Franca, que faz
parte do Programa Empreender
da ACIF, participará da 10ª edição
do Fest Bar, que acontece entre
os dias 5 e 9 de agosto, a partir das 18h, no
complexo do Poliesportivo. O evento já é tra-
10
www.acifranca.com.br
dição na cidade e vai reunir 20 bares e restaurantes. É a primeira vez que o grupo, formado
por 14 empresas, integra o festival e três pratos foram escolhidos para o evento: macarrão
com três molhos diferentes, quibe recheado
com carne moída e porção de tilápia frita.
Os empresários têm se organizado nos últimos meses para participar do Fest Bar e as re-
ceitas foram escolhidas após várias reuniões. Segundo a agente do Empreender, Cláudia Neves,
tudo o que for vendido no evento será revertido
para as ações do Sabores da Franca. “Os pratos
que serão comercializados no Fest Bar são de fácil manipulação. O objetivo é mostrar a cara do
grupo e também conseguir fazer um caixa para
investimento posterior em novas ações”, diz.
O Polo Contábil de Franca – Contabilizando o Futuro, do Programa Empreender,
está realizando um workshop de levantamento de custos de cada área da contabilidade.
“O grupo quer saber o custo real de cada
serviço prestado ao cliente de maneira correta. Assim, cada escritório do núcleo vai saber
quanto ele gasta por serviço e poderá justificar aos seus respectivos clientes os valores
repassados”, explica a agente Cláudia Neves.
Esse estudo foi uma necessidade que o grupo
sentiu durante o planejamento no início do
ano e vai ajudar as empresas integrantes na
condução dos seus negócios.
Revista ACIF - Agosto 2015
11
Incofran na Expoíntima
O núcleo Incofran, de Indústrias Confeccionistas do Empreender
da ACIF, participa neste mês da Expoíntima (Feira da Moda de Franca e
Região), que acontece simultaneamente ao Franca Mais Moda (Feira de
Vestuário e Acessórios de Moda). São nove empresários que vão expor
suas peças de moda íntima, fitness, praia e uniformes, em um estande coletivo subsidiado pela ACIF e pelos próprios membros. Os produtos foram
criados e produzidos nos últimos dois meses exclusivamente para as feiras.
Os empreendedores ainda participaram do Salão Moda Brasil, em junho,
ondem buscaram ideias para apresentar na Expoíntima.
Inscrições abertas
O “2º Prêmio de Tecnologia e Inovação” segue com inscrições abertas até
o dia 15 de setembro. A premiação acontece nos dias 25, 26 e 27 de novembro
durante o 3º Workshop de Tecnologia e Inovação, realizado pelo Polo Francano
de TI. “Esse prêmio tem como objetivo estimular os acadêmicos de Franca e
região a desenvolver projetos nas diversas áreas da tecnologia, mecânica, eletrônica, informática e design”, explica Ricardo David, vice-coordenador do núcleo.
Os vencedores poderão ser contemplados com até R$ 30 mil em dinheiro, prêmios, bolsas de estudo em pós-graduação e estágio remunerado. As inscrições
devem ser feitas apenas pelo site www.polofrancanoti.com.br.
Showroom
Os nove empresários que fazem parte do grupo de Móveis Planejados
do Empreender, o FranMov, estão montando os móveis que produziram
nos últimos meses para compor o primeiro showroom do núcleo. Um
projeto foi realizado e a produção foi feita em julho. A finalização da montagem do showroom e a inauguração para o público deve acontecer em
agosto. “A ideia é que o showroom seja uma oportunidade para os clientes
conhecerem o trabalho das empresas do grupo e que, a partir daí, possam
comprar os móveis planejados dessas empresas”, avalia a agente Cláudia
Neves. O showroom está sendo montado na Vila Santo Antônio e vai
reunir móveis para quarto, sala, cozinha e escritório.
Crescimento
Depois do sucesso do “5º Encontro da Mulher Empreendedora”,
realizado pelo CME da ACIF em maio, o número de empreendedoras
francanas interessadas em participar do Conselho e das reuniões quinzenais aumentou em 50%, segundo a coordenação, que tem investido em
palestras e workshops. A empresária e secretária do CME Eliane Sanches
Querino ministrou um workshop sobre Mudança de Ciclos nas Empresas.
Já a empresária Leila Reis, do Escritório de Contabilidade Método, proferiu
palestra sobre o E-Social e mudanças que vão afetar as empresas. Durante
encontro com advogados, as empreendedoras ainda ficaram por dentro
dos direitos trabalhistas. Para participar do CME é simples: basta ser associada à ACIF e frequentar as reuniões. Informações: 3711-1765.
12
www.acifranca.com.br
ASSOCIADO EM DESTAQUE
Cocapec comemora
30 anos de história
Fotos: acervo Cocapec
Cooperativa de café da Alta Mogiana
está presente em seis cidades e atende
13 municípios da região
O presidente da Cocapec Maurício Miarelli
C
riada para fortalecer a cafeicultura
da região da Alta Mogiana, a Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores
e Agropecuaristas) comemorou
em julho 30 anos de história, que começou a
ser contada através de um pequeno grupo de
produtores rurais que buscava a força do associativismo em prol do bem comum para os cafeicultores. Hoje, a cooperativa produz um dos
melhores grãos de café em uma área de 45 mil
hectares que abrange 13 municípios entre os
Estados de São Paulo e Minas Gerais. Além do
armazenamento do café e a negociação para
sua comercialização, aos 2260 associados ainda
são oferecidos inúmeros serviços como loja de
insumos e fertilizantes, oficina mecânica para
máquinas agrícolas, consultoria de agrônomo
no campo, entre outros.
Para chegar ao nível de excelência dos
novos tempos, a Cocapec sempre contou
com homens visionários que buscaram o melhor para todos os envolvidos com o mundo
cafeeiro. Um deles é Maurício Miarelli, atualmente presidente da cooperativa. Agrônomo
de formação, ele foi o cooperado número
quatro, ou seja, um dos primeiros a acreditar
na cooperativa e a contribuir para que a Cocapec se materializasse.
“Junto com José Carlos Jordão da Silva,
Alceu Rubens Morandini e José Engler Pinto
Júnior, escrevemos o estatuto da Cocapec,
em 1987. Hoje me tornei o cooperado número 1, pois um faleceu e os outros dois já
não estão mais envolvidos com a cooperativa. Passei por diversas áreas e no cargo de
presidente é a terceira vez. Nessa sociedade
buscamos não só a rentabilidade e cuidado
com o café, mas nos preocupamos também
com o crescimento do cafeicultor enquanto
pessoa”, defende Maurício.
14
www.acifranca.com.br
Em pouco tempo, a Cocapec viu a necessidade de ampliar sua área de atuação e chegar
cada vez mais perto dos produtores. Dois anos
depois da sua fundação já inaugurava um núcleo em Claraval (MG). Depois veio a unidade
de Pedregulho (SP), em 1989. Dez anos depois,
Minas Gerais recebe a segunda unidade, desta
vez em Capetinga. Em 2003 foi a vez de Ibiraci (MG), se tornando a unidade com maior
número de cooperados. Cristais Paulista (SP)
é o núcleo mais jovem, inaugurado em 2014,
onde funciona o maior armazém da Cocapec
com capacidade para mais de 400 mil sacas. A
entidade já teve filial na cidade de Serra Negra
(SP), mas encerrou suas atividades em 2010.
“A Cocapec é localizada em uma das principais regiões produtoras do país, a Alta Mogiana, e hoje conta com a produção de um milhão
e meio de sacas em uma safra boa, que vem de
uma área de 45 mil hectares dos cooperados,
um dos melhores grãos do planeta, abrangendo
13 municípios entre os estados de São Paulo e
Minas Gerais”, ressalta o presidente.
Durante sua trajetória, muitas foram as
conquistas que a Cocapec realizou para o benefício de seus associados. Em 1989, a cooperativa iniciou o desafio da industrialização de
café. De posse de matéria-prima de alta qualidade criou ao longo dos anos três marcas de
sucesso: o café Cocapec, em seguida o Tulha
Velha e por último o Senhor Café. Atualmente,
a torrefação passa por uma ampliação, o que
elevará ainda mais o nível destes produtos oferecidos ao consumidor final.
Ao longo dos anos os serviços prestados
também acompanharam as tendências econômicas e principalmente as necessidades dos
cooperados. “A Cocapec
oferece diversas ferramentas para auxiliar na sua propriedade. Hoje são mais de
50 mil m² de armazéns, que
recebem a produção em
sacaria de juta, granel e big
bag. Além disso, todos são
certificados e com seguro”,
afirma Maurício.
O presidente ainda
destaca o laboratório de
análises de solo e folha,
considerado um dos melhores do país. “O Sistema
de Georreferenciamento
por Satélite permite mensurar a área em
café, realizar previsões de safra, entre outras. A assistência técnica é formada por
agrônomos de campo que estão sempre ao
lado dos produtores para auxiliá-los a tomar
as melhores decisões em suas lavouras. E as
lojas possuem mais de 10 mil itens, possibilitando aos cooperados encontrar tudo que
precisa para o seu cafezal em todas as etapas
da produção”, reforça Maurício.
Mas nos seus 30 anos de história, a Cocapec percebeu que não bastava dar apenas
aporte estrutural e que era preciso fornecer
informações e qualificações em busca de resultados efetivos. Partindo deste princípio, a cooperativa realiza inúmeros eventos de formação
para os produtores rurais como os Dias de
Campo, o Simcafé (Simpósio do Agronegócio
Café da Alta Mogiana), além de capacitações.
Estes eventos têm o objetivo de despertar no cooperado produtor rural o interesse em informações ligadas aos processos de
gestão de seu negócio, para que, da mesma
forma que as tecnologias de produção foram
adotadas, as ferramentas de gestão sejam desenvolvidas e implantadas nas propriedades,
contribuindo para a formação de um empresário rural.
Atualmente, 80% da produção do café
da Alta Mogiana são exportados e, segundo o
presidente da Cocapec, os bons blends (mistura) de café do mundo são formados com grãos
de diversas origens, e deste montante cerca de
60% são cafés brasileiros. Nestas três décadas,
a Cocapec projetou o nome da Alta Mogiana
para o Brasil e o exterior conquistando consumidores pelo mundo afora.
Revista ACIF - Agosto 2015
15
FEIRA
prestou serviços e também recebeu a visita do governador
do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin, que se intitula
amigo do calçado e acredita na retomada do setor. “É difícil encontrar um setor que empregue tanta mão de obra
intensiva, distribua renda, que tenha a importância social
e econômica, como o calçadista”, disse em seu discurso de
abertura da Francal.
A feira foi palco para o lançamento oficial da moda Primavera/Verão em calçados e acessórios (leia mais na página
26) de cerca de 800 empresas, que representam mais de
duas mil marcas. A estação é responsável por 60% da produção nacional do setor e por até nove meses de vendas
no varejo.
Para o presidente da Francal Abdala Jamil Abdala, a
feira cumpriu seu objetivo, mesmo levando em conta o atual cenário de instabilidade econômica. “Os lojistas vieram e
compraram para abastecerem suas vitrines para a próxima
temporada e, com isso, manifestaram a confiança de que o
segundo semestre vai representar uma retomada dos negócios”, avalia.
A Francal foi visitada por 43.100 profissionais, sendo
15.868 lojistas de todos os Estados brasileiros.
A consultora Paula Pucci e a auxiliar Elen Carolina Sousa
Marcelo Rocha, José Carlos Brigagão do Couto, o governador Geraldo Alckmin
ACIF participa da Francal pela segunda vez
Entidade ofereceu serviço exclusivo ao associado calçadista e reafirmou sua
representatividade no estande dentro do Espaço Moda Franca
P
elo segundo ano consecutivo, a ACIF participou
efetivamente da 47ª Francal (Feira Internacional da
Moda em Calçados e Acessórios), realizada de 6 a 9
de julho, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em
São Paulo. No estande Espaço Moda Franca, a Entidade disponibilizou aos associados da área calçadista um terminal de
consultas ao SCPC e ficou à disposição para esclarecimentos
de dúvidas durante as negociações. Outro destaque foi a par-
16
www.acifranca.com.br
ceria com a Francal, que lotou um ônibus de associados para
uma missão empresarial com direito a hospedagem e almoço.
“A nossa participação é muito importante porque aproxima a ACIF dos associados da indústria calçadista e oferece soluções empresariais voltadas às pequenas fábricas, que
integraram o Espaço Moda Franca”, avalia Marcelo Carraro
Rocha, diretor executivo da ACIF.
Durante os quatro dias de feira, o espaço da Entidade
Antônio Humberto Coelho, Maria Helena Bagueira Coelho, Marcelo Rocha e João Batista de Lima
Revista ACIF - Agosto 2015
17
Espaço Moda Franca registra queda nas vendas
A
maioria das fábricas de calçados de
Franca que participou da Francal se
declarou insatisfeita com a feira, segundo o
Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca). Um dos fatores apontados como origem do descontentamento é a
queda no volume de negócios pelo segundo
ano seguido. No Espaço Moda Franca a re-
dução nas vendas chega a 44,5%.
De acordo com um levantamento feito
no último dia da Francal com 43 empresas
francanas, apenas 4,76% dos entrevistados
acharam que a feira foi ótima e 23% ruim. Para
o presidente do Sindifranca, José Carlos Brigagão do Couto, a desaprovação é reflexo direto
do cenário econômico nacional. “A feira estava
bem estruturada, mas temos uma crise instalada que não permite grandes investimentos.
Não perdemos as esperanças, mas também
temos de ser realistas. Como a Francal é um
termômetro para as vendas no segundo semestre, tivemos a confirmação de que os próximos meses serão de muita luta para o setor
calçadista”, disse.
No Espaço Moda Franca, 18 pequenas e
micro empresas de Franca responderam a pesquisa mais detalhada que mostrou redução de
23,5% nas vendas, em relação ao ano passado.
Nos quatro dias do evento, o grupo vendeu
52.280 pares de calçados, uma média de 2.904
por empresa. Na Francal de 2014, cada expositor comercializou, em média, 3.795 pares.
Segundo a gerente de Negócios do Sindifranca, Ana Teresa Arruda Rocha, um dos
motivos de insatisfação foi a grande expectativa sobre a visitação de importadores, que não
se confirmou. “Registramos sete pedidos de
exportação, para países da América Latina e
Oriente Médio, mas os norte-americanos e os
europeus que são grandes e tradicionais clientes não apareceram”, avalia.
O Espaço Moda Franca é realizado pelo
Sindifranca, em parceria com o Sebrae-SP e a
Prefeitura, com o apoio da ACIF.
casas. Ficamos dois dias lá e assim tivemos
mais tempo para negociarmos. Fiz bons negócios e consegui repor meu estoque com o
que comprei na feira”, diz Iron Alves Reis, da
Montreal Calçados.
Já Marisa Batista Cavaletti, da Amazonit-
ta Calçados, visitou a Francal pela primeira vez
e se surpreendeu. “A missão da ACIF é uma
grande oportunidade e um incentivo para nós
empresários. Fiz muito networking e agora estamos entrando em contato com as empresas
para tentar fechar bons negócios”, afirma.
Missão empresarial
N
os dias 8 e 9, uma parceria inédita entre a
ACIF e a Francal Feiras levou empresários
associados para uma missão com transporte,
diária de hotel, credenciamento antecipado,
recepção diferenciada e voucher para almoço
na feira totalmente gratuitos.
“A visita na forma de ‘bate e volta’ é muito cansativa e impossibilita o empresário de
conhecer toda a feira. Desta forma, dormindo uma noite na capital, foi possível participar
tranquilamente durante dois dias da Francal,
com mais tempo para fechar os negócios e conhecer as tendências e lançamentos”, avalia o
presidente da ACIF.
A caravana foi uma oportunidade única
para os lojistas francanos. “A missão foi muito organizada, desde a hora que saímos de
Franca até quando voltamos para as nossas
18
www.acifranca.com.br
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Creche Bom Pastor
forma cidadãos com amor, respeito e educação
Instituição atende crianças de 2 a 6 anos que residem no Complexo Aeroporto
ANA LUIZA SILVA
funciona das 6h30 às 16h30. A entidade oferece café da manhã, almoço
e sobremesa e lanche da tarde. Após o almoço as salas de aula viram
verdadeiros dormitórios. Pequenos colchões são espalhados pelo chão e
as crianças tiram uma gostosa soneca.
Educação
As atividades da creche seguem um projeto pedagógico passado pela administração municipal, e a entidade faz questão de estimular as crianças com
ações que possam contribuir para a alfabetização. “Nós trabalhamos com atividades lúdicas e desenvolvemos ainda projetos de valores como o amor ao
próximo e o respeito. Como eles são muito pequenos, nós temos que passar
essas lições em fábulas e ações concretas. Falamos com eles também sobre a
valorização da água e ainda há o projeto filosófico, que fala sobre mau comporFotos: Ednei Campos
U
m prédio com cores alegres, um ambiente aconchegante e barulho de criança. Assim,
há 29 anos, é a Creche Bom Pastor, que cuida dos pequenos de famílias da região
sul da cidade. A instituição particular é mantida por um grupo de amigos solidários
e atende 170 crianças com idades entre 2 e 6 anos. A Entidade conta também com a
subvenção da Prefeitura e de doações da comunidade, que são recebidas em dinheiro, cestas
básicas, brinquedos, roupas e materiais de higiene e limpeza.
Sílvio de Paula Martins, proprietário da Imobiliária Diniz &
Martins e conselheiro da ACIF, é secretário e um dos idealizadores da
instituição. “A creche foi um desafio
que fiz à minha esposa Maura, de que
a fé sem obras é morta. Então, ela e
um grupo de amigas que rezavam em
casa me pediram para providenciar
a fundação de uma creche. O que
foi feito no ato, já com a escolha do
nome ao abrir a Bíblia no Salmo 22
do Bom Pastor e a obra frutificou.
Está aí há quase 30 anos, acolhendo
as crianças e formando cidadãos”,
explica Sílvio.
A sede localizada no Jardim
Santa Bárbara é da Prefeitura de
Franca e quando o grupo de amigos
assumiu a entidade toda a reforma
do prédio foi realizada por eles. A
instituição conta com uma infraestrutura invejável. São oito salas de
aula, cozinha, refeitório, recepção,
Rosângela Valério Coelho é a coordenadora da Creche Bom Pastor
brinquedoteca, playground e barracão cobertos, sala de balé e secretaria. As crianças são divididas por
idades e em duas salas ficam os pequenos que estão na pré-escola. Além disso, tudo é impecavelmente limpo, devidamente pintado e aconchegante.
Com a premissa de que para conseguir vaga é preciso que os pais estejam trabalhando, a creche
20
www.acifranca.com.br
tamento de maneira pontual e que a criança entenda”, afirma Rosângela Valério
Coelho, coordenadora da Creche Bom Pastor.
Além das atividades educacionais, as crianças ainda participam semanalmente de aula de música e de balé. Os pequenos são atendidos por uma
fonoaudióloga e três vezes por semana por um psicólogo, que também faz
atendimentos aos pais quando necessário.
“O Brasil é um país carente de ações que objetivam uma formação sadia de suas crianças e nós acreditamos que essa responsabilidade é nossa,
de cada um como formadores de opinião preocupados com o mundo que
deixaremos com nossos filhos e netos”, ressalta Sílvio.
Atualmente, a instituição possui 16 funcionários, sendo 10 educadoras, duas cozinheiras, três serviços gerais e uma coordenadora. Anualmente a creche abre 30 vagas e a maioria é para as crianças de 2 anos.
Aos finais de semana, a Bom Pastor envia com as crianças a Maleta
Viajante, com livros para incentivar os pais a ler para os pequenos. São duas
maletas por sala para cada final de semana. Ao retornar na segunda-feira,
a criança conta a experiência de ter sido estimulada à leitura e literatura.
“Nossa creche é uma das melhores da cidade, pois temos uma maneira de conduzir as coisas com muito amor. Aqui não temos a obrigação
de alfabetizar os alunos que não estão na pré-escola, mas temos o desejo
de contribuir para que essas crianças tenham um futuro melhor, aprendam
coisas para a vida. Nós nos preocupamos em fazer o melhor enquanto elas
estão aqui”, avalia Rosângela.
Quer ajudar?
A Creche Bom Pastor aceita ajuda em dinheiro, doação de cestas
básicas, materiais de limpeza e higiene, brinquedos e roupas. Qualquer
colaboração é bem-vinda e pode ser encaminhada para a entidade que fica
na Rua Denizar Trevisani, 1980, Jardim Santa Bárbara. Mais informações
podem ser obtidas pelo telefone (16) 3701-8050.
Revista ACIF - Agosto 2015
21
EVENTO
ACIF promove atrações na praça para
fomentar vendas no Dia dos Pais
Exposição de fuscas antigos e motos, shows e distribuição de
pipoca vão agitar o Centro da cidade
N
este Dia dos Pais, a ser comemorado em 9
de agosto, a ACIF preparou um presentão
para os papais de Franca e região. No final
de semana que o comércio abre em horário
especial, as famílias poderão aproveitar o passeio pelo
Centro da cidade para ouvir música, ver uma exposição
de fuscas antigos e motos, adquirir livros infantis da Caravana da Literatura e ainda saborear de graça pipoca
quentinha feita na hora.
No dia 7, as lojas ficam abertas das 9 às 22 horas. A atração fica por conta da banda de rock The
Wanteds, que deve se apresentar a partir das 19h30,
na Concha Acústica. O grupo, que já lançou três CDs
com composições próprias, vai mostrar um repertório
de clássicos do rock dos anos 60 e 70 como Beatles,
Rolling Stones, The Doors, Pink Floyd, Led Zeppelin,
Bob Dylan, entre outras.
No sábado, dia 8, o horário de funcionamento
das lojas é das 9 às 18 horas. Logo pela manhã, às 9h30,
haverá a apresentação da dupla sertaneja Guilherme &
Rafael que toca sucessos do sertanejo universitário. Às
14h sobe ao palco a banda Donzela e no final da tarde
a animação fica por conta dos jovens Roberto e Lohan,
com o melhor do sertanejo raiz. Os shows acontecem na
Concha Acústica, na Praça Nossa Senhora da Conceição.
22
www.acifranca.com.br
Durante todo sábado haverá também uma exposição de fuscas antigos do Volks Club de Franca. Serão
10 clássicos que fizeram história e hoje são tidos como
relíquias, além de motos do Santa Custom – Moto Grupo. Os visitantes poderão tirar fotos com os veículos
que estarão expostos na praça até às 18 horas.
Segundo a coordenadora de Desenvolvimento Estratégico e Marketing da ACIF, Letusa Sartori, o
evento objetiva o fomento das vendas e proporciona
um momento de integração e lazer entre pais e filhos
que passarem pela praça. “É função da ACIF propor e
desenvolver ações em prol da classe empresarial, mas
também eventos que garantam o bem-estar das famílias. Pensamos em cada detalhe para que os pais possam aproveitar o seu dia com seus filhos, seja visitando
a exposição de fuscas e motos, curtindo os shows ou
mergulhando na literatura”, diz.
Leitura
Para incentivar o hábito da leitura, a Feac (Fundação para o Esporte, Arte e Cultura) traz ainda a
Caravana da Literatura, projeto do Grupo Projetos de
Leitura, que apresenta livros com histórias do cotidiano
em uma linguagem bem-humorada e pontuada por reflexões. As obras voltadas para o público infantil, juvenil
e adulto podem ser adquiridas por apenas R$ 2 cada.
Já os professores de escolas públicas poderão retirar na Caravana da Literatura, um kit com nove livros
para serem utilizados na biblioteca de sua escola. No
momento da retirada, o professor deverá preencher
um formulário de identificação pessoal e da escola.
Pela primeira vez em Franca, a tenda funcionará na sexta-feira, dia 7, das 9h30 às 17h, e no sábado, dia 8, das 9h30 às 14h.
OLHAR CONTÁBIL
é hora de substituir
o ECF pelo SAT-CFe
D
esde o dia 1º de julho, já
está em vigor a portaria
CAT 147/2012 que traz ao
varejo a obrigação da substituição de todos os equipamentos
ECFs (Emissores de Cupom Fiscal),
com cinco anos ou mais de sua primeira
lacração, pelo SAT-CFe (Sistema Au-
tenticador e Transmissor de Cupons
Fiscais Eletrônicos), o qual tem por objetivo documentar, de forma eletrônica,
as operações comerciais do varejo dos
contribuintes do Estado de São Paulo.
Sua validade jurídica é
garantida pela assinatura
digital feita pelo equipamento SAT por meio do
seu Certificado Digital.
O requisito para
o SAT-CFe é adquirir o
equipamento SAT em
um distribuidor, ter um
computador com porta
USB, um aplicativo comercial, uma impressora
não fiscal - que seja possível impressão de um
código de barras e um
QR-code - e internet a
qual não precisará estar
no Frente de Caixa no
momento da venda.
O
equipamento
SAT ficará conectado ao
computador podendo
ser o do Frente de Caixa ou até no servidor,
e o aplicativo comercial
no momento da venda
enviará para o mesmo
o arquivo com os dados, validará a
informação, assinará digitalmente e
fará a impressão do cupom fiscal.
Posteriormente deverá ser feita a
transmissão constante dos arquivos
no SAT para a Secretaria da Fazenda,
a qual disponibilizará ao consumidor
para futuras consultas.
O prazo máximo para transmissão
dos arquivos é de 10 dias de sua emissão,
sob pena de ter seu SAT bloqueado. O
ideal é que seja feito de hora em hora ou
diariamente.
Em relação ao arquivo das informações, deve ser feito a partir do
aplicativo comercial em alguma mídia
ou em nuvens, pelo prazo que prevê a
legislação. O SAT, após a transmissão
para a Secretaria da Fazenda, limpa a
sua memória. Importante ainda que
não será disponibilizado aplicativo
gratuito.
Um cronograma foi criado com
as regras de obrigatoriedade para
que todas as empresas, inclusive os
MEIs, se adequem ao programa até
2018. Confira a tabela com o código
de CNAE (Classificação Nacional de
Atividades Econômicas) no site www.
fazenda.sp.gov.br/SAT.
JOSÉ DIAS AMÉRICO
Contador e diretor da Assescofran (Associação
das Empresas de Serviços Contábeis de Franca e
Região) [email protected]
Vantagens do SAT-CFe
►►
►►
►►
►►
24
Menor custo em relação ao ECF
Um único SAT pode ser compartilhado com vários caixas
Certificado digital gratuito com validade de cinco anos
Transmissão automática do arquivo da Nota Fiscal Paulista
www.acifranca.com.br
►►
►►
►►
►►
Dispensa da emissão da redução Z, Leitura X e mapa de caixa
Pode ser usada uma única impressora não fiscal para vários caixas
Não há necessidade de internet no Frente de Caixa no momento da venda
Redução no tempo de espera para o consumidor consultar a Nota Fiscal Paulista
MODA
Verão:
calçados e acessórios têm
brilho, cores vivas e conforto
Tendências apresentadas na Francal,
em julho, são ecléticas
Sandália meia pata
floral da Ramarim
Sandália gladiadora
da Dumond
Espadrilha da
D`Castro
Dumond também
aposta no jeans
26
www.acifranca.com.br
C
onsiderada a vitrine da moda
Verão 2015/2016, a Francal promovida em julho, na capital
- lançou grande variedade em
calçados e acessórios com destaque para
as cores vibrantes e iluminadas, estampas
florais, desenhos geométricos, metais e inúmeros acabamentos.
“O verão estabelece novos rumos, traz
mais leveza aos calçados e acessórios. O consumidor está em busca de sensações, da experimentação. Tudo se ilumina com a chegada do
verão: as cores, as texturas e o sorriso das pessoas”, afirma Walter Rodrigues, estilista e coordenador do Núcleo de Design da Assintecal.
Entre os pontos fortes da estação, o profissional destaca as cores vivas como os azuis e
verdes bem iluminados, as estampas florais e
as aquareladas com flores. Já os desenhos geométricos aparecem tanto nos calçados mais
sofisticados quanto nos esportivos e casuais.
Segundo Walter, as listras e os poás
surgem sozinhos, misturados entre si ou
com estampas bem coloridas ou florais.
Branco, nude e beges naturais são destaque
no couro e laminados, mas nem por isso o
preto fica de fora. Ele marca território na
estação em várias texturas e acabamentos:
brilhante, opaco, em 3D ou em misturas de
materiais com vários tons de preto.
O estilista ressalta também que os
enfeites, correntes, ilhoses e metal - muito
metal dourado - aparecem mesclados a materiais que remetem ao rústico - caso das
cordas e amarrações. Entre os modelos,
prevalece a democracia típica do verão: solados tratorados vão dividir as vitrines com
as gladiadoras, plataformas, meias patas e
rasteiras com muito brilho e cores vivas. A
palavra de ordem é: conforto!
Walter aposta que as cordas serão
utilizadas como elemento ultra-sofisticado
em amarras, sendo sinônimo de aventura.
A ideia já apareceu nas sandálias. O império do liso dá lugar para investimentos em
texturas e leveza nos materiais. Os diferentes drapeados dão a sensação de deixar os
sapatos mais soltos e aparecem também
nas bolsas e mochilas. Entram em cena as
espadrilhas, que têm como característica o
solado de corda trançada.
Neste cenário eclético também estão
em alta o verniz sofisticado, cores lavadas,
tricôs em couro, modelos drapeados, acabamentos de jeans e estilo retrô.
Bolsa com franja
da Arte & Crença
Bolsa de poá
da Seanite
Linha retrô da
Júlia Marques
O modelo Jesus
Luz exibe dock
sider da Ferricelli
Bolsa carteira com
estampa geométrica
da Seanite
Revista ACIF - Agosto 2015
27
Social verniz e casual
nobuck, da Art Shoes
Social com
verniz, da Gofer
Tênis estilo jogging
da Ferracini
Moda masculina
As estampas e cores se impõem também na moda masculina. O homem moderno
tornou-se consumidor primário de moda, dependendo cada vez menos na compra de uma
figura feminina. Ao buscarem seu próprio estilo dão espaço para o mercado se adaptar a suas
demandas, sendo o caso de novos modelos de
alpargatas, sandálias e modelos de sapatos mais
ousados, que brincam com cores alegres diversas. As cores e estampas se impõem também
na moda masculina, e os esportivos vêm marcados pela tecnologia e pela diversão.
Mocassim jeans e a
laser, da Art Mille
Mocassim
da Kildare
28
www.acifranca.com.br
ENTREVISTA
‘Sem comunicação não há liderança’, diz
Autor do livro motivacional ‘A Revolução
do Pouquinho’, palestrante defende que
pequenas atitudes provocam grandes
transformações na vida pessoal
e profissional
FERNANDA MARTINS
H
á dois tipos de
mudanças na vida
das pessoas: a que
acontece involuntariamente e a que você decide. Por exemplo, a perda de
um ente querido ou mudar
de cidade em busca de novos
projetos. O palestrante e escritor Eduardo Zugaib, em seu
livro motivacional “A Revolução do Pouquinho - Pequenas
Atitudes Provocam Grandes
Transformações”, defende que
a mudança comportamental
vem de decisões diárias e consistentes chamadas também de
“compromisso da continuidade”.
Segundo ele, os 21 compromissos contidos em cada
capítulo do livro seguem um
discurso universal e podem ser
aplicados na vida pessoal e profissional. Com vasta experiência
em comunicação corporativa,
Eduardo afirma que o empresário pode começar a aplicar a Revolução do Pouquinho “com um
pouquinho mais de gentileza”.
30
www.acifranca.com.br
“Sempre falo da validação
de profissionais e equipes, ou
seja, criar com os seus colaboradores a métrica do acerto, não
apenas a métrica do erro. Muitas vezes, infelizmente, a única
comunicação que existe nas empresas é o feedback do erro, não
existe a celebração do resultado, o olho no olho, a troca”, diz.
Lançado em setembro do
ano passado, em menos de dois
meses “A Revolução do Pouquinho” chegou a ser o 4º livro de
autoajuda mais vendido no Brasil.
Eduardo Zugaib é pós-graduado em
Marketing, com especializações
em Gestão de Pessoas, Recursos Humanos, Liderança e Self e
Profissional Coaching.
Como escritor está com
três projetos em andamento.
Um deles, o livro para crianças e
adultos “O fantástico significado
da palavra significado” deve ser
lançado ainda neste ano.
Confira a entrevista que o
profissional concedeu à Revista
ACIF durante a sua participação no “5º Encontro da Mulher
Empreendedora”, em maio.
Eduardo Zugaib
Revista ACIF - Por que a Revolução do Pouquinho?
Eduardo Zugaib – Porque eu não acredito que grandes
eventos na sua vida são capazes de mudar comportamento. A
mudança comportamental vem de decisões diárias e consistentes. E essa consistência no livro eu chamo de compromisso da
continuidade. Ela é a terceira fase da Revolução do Pouquinho e
onde as pessoas mais se auto sabotam. Um exemplo: no domingo
depois de ‘enfiar o pé na jaca’ eu decido voltar para a academia,
ou seja, visualizei a mudança. Na segunda-feira eu ajo, faço a
matrícula e a primeira aula, mas na quinta-feira dou uma concessão. Aí na sexta, final de semana chegando, resolvo emendar a semana e retornar na segunda com mais pique. Sabendo
disso, no domingo vou enfiar mais ainda ‘o pé na jaca’. Essa
auto sabotagem, que eu chamo de curva escorregadia da mudança, faz muita gente desacreditar de processos motivacionais. Por isso questiono os cursos que encontro por aí porque
a minha motivação foi um processo de aprendizado contínuo
e de muitas mudanças.
RA – Com a Revolução do Pouquinho como a academia diária poderia dar certo?
Eduardo – Aí entram os 21 compromissos que estão contidos em cada capítulo do livro, ou seja, um pouquinho mais de
foco, de efetividade, de autoestima, de criatividade, de comunicação, enfim, tudo aquilo que entendo como motivação. A
ideia é sair da subjetividade, trazer uma ferramenta prática
para as pessoas, e o bacana é que parece que acertei num discurso meio universal porque tenho entre os leitores educadores do sertão nordestino, executivos de diversos segmentos,
ou seja, pessoas completamente díspares na essência.
RA - Como a Revolução do Pouquinho mudou a sua
vida?
Eduardo – Procurei codificar a revolução com base em
processos que passei e muito intensos. Eu enxergo dois tipos
de mudanças na vida da gente: uma que a vida te joga no colo
e você tem que administrar, por exemplo, a perda de um
ente querido, ou a mudança que você decidiu, por exemplo,
mudar de cidade por causa de uma questão profissional ou
uma gravidez planejada. Na primeira situação você precisa
desembrulhar o pacote, entender qual será o novo panorama
a partir de então. Esse pacote incomodou minha zona de
conforto, me deixou em pânico e preciso aprender devagar
a decifrá-lo. Na minha palestra cito o que aconteceu comigo
nos últimos três anos: a perda do meu pai e a chegada da
minha filha adotiva. Duas mudanças: uma eu não queria e a
outra eu planejei.
RA – Mas qual mudança é mais fácil administrar?
Eduardo – A que você deseja. Mas você tem que estar
aberto para a mudança.
RA - Por que revolução e não mudança?
Eduardo – A revolução é um processo que você acaba
empreendendo. Ela nasce do despertar de uma causa e quando
a gente começa a entender todos os nossos processos, a causa
que existe dentro deles, o propósito, você começa a colocar o
coração para valer naquele processo e as mudanças vão se desdobrando. O coração vai abrindo caminho e você vem com a
razão atrás pavimentando a estrada.
RA – É a questão de dentro para fora?
Eduardo – Sim. É pensar como posso fazer para tornar
isso uma transformação que vai deixar uma história bacana, que
vai deixar um legado construído que eu recupero mais à frente.
RA - Qual o primeiro passo para fazer a revolução?
Eduardo – São três passos. Primeiro a visualização da mudança, ‘poxa quero mudar’. Depois a decisão e a ação, ‘fui lá, fiz
a matrícula na academia e efetivei o início da mudança’. Às vezes
a gente acha que mudou só nesse segundo passo e não mudou,
o processo é gradativo, mudança comportamental é uma coisa
que se constrói aos poucos dentro de você. E para isso tem os 21
lembretes, os fatores que você tem que pensar para consolidar
a visualização.
RA - Como o empresário pode aplicar a Revolução do
Pouquinho na sua empresa?
Eduardo – Com um pouquinho mais de gentileza. Sempre
falo da validação de profissionais e equipes que é você criar com
os seus colaboradores a métrica do acerto não apenas a métrica
do erro. As pessoas não saem de casa com o desejo de errar, o
erro faz parte do processo. E tem uma diferença muito grande
entre sair de casa para acertar ou para não errar. Aparentemente parecem coisas parecidas, mas não tem nada a ver uma coisa
com a outra. Isso define se você vai ter um bom dia, um dia
focado na efetividade, resultado, eficiência, eficácia, ou se você
simplesmente vai deixar passar mais um dia por dentro de você e
sobreviver. Só que muitas vezes, infelizmente, a única comunicação que existe nas empresas é o feedback do erro, não existe a
celebração do resultado, o olho no olho, a troca.
RA – Então tem que partir do gestor?
Eduardo – Sim, sempre. Escadaria se lava de cima para
baixo. O empresário lá em cima estimula os colaboradores lá
Revista ACIF - Agosto 2015
31
embaixo. Agora, espontaneamente embaixo pode haver uma
imaturidade que ainda está no nível de individualismo, não está
numa entrega de liderança muito forte, está apenas sobrevivendo. A relação com o trabalho é outra e como líder você visualiza,
enxerga isso e começa a empoderar essas pessoas primeiro na
autoliderança, gerar mais resultados e que faça bem a elas, não
apenas à empresa. Coloque o coração para valer no seu trabalho.
Esse é o maior recado que um líder pode dar. Agora me diga
se um líder que se tranca no 10º andar, não conhece a cara de
ninguém vai conseguir isso, nunca. E além de tudo ele abre espaço para que lideranças informais ocupem o lugar que ele está
deixando, não necessariamente com alinhamento, missão, visão
e valores da empresa.
RA – E como fazer para os colaboradores aderirem à
Revolução?
Eduardo – O trabalho de liderança contagia de cima para
baixo. Não adianta eu ter uma pessoa muito feliz e um nível intermediário que não está dando liga. Quando você entra num projeto de consultoria, o primeiro movimento é criar um ambiente
de comunicação para que eles entendam que se não houver comunicação não vai haver liderança. Segundo a pesquisa do Project
Management Institute, que saiu em 2010, apurando que 76% dos
CEOs de empresas de vários portes do mundo apontaram como
principal causa de fracasso dos seus projetos problemas de comunicação. Não é portfólio, equipe, dinheiro, prazo... O gestor
tem tudo, mas não conecta tudo isso.
RA – Então o princípio da mudança corporativa está
na comunicação?
Eduardo – Sempre faço uma pergunta para o gestor: ‘seu
colaborador mais acerta ou erra?’. Ele pensa e responde que mais
acerta. ‘E quando foi a última reunião que você fez com o seu
pessoal?’. Se ele não lembra é porque faz mais de um ano. ‘E nessa
reunião o que se tratou?’. Só ‘botinada’, desceu o sarrafo na turma. E você como consultor fala para ele: ‘chega para o seu colaborador, mas tem que ser muito sincero e para isso você precisa
se aproximar dele, e para cada feedback de correção que der
você tem que fazer três feedbacks de empoderamento’. Isso
é científico. Então para criar uma crítica, fazer um terreno e
estofo para ela ser percebida como um feedback e não como
uma agressão, eu tenho que reconhecer o que deu certo antes. Ninguém faz isso. Eu brinco nas palestras que hoje eu ganho dinheiro para ensinar o gerente a dizer obrigado, que ele
precisa ver o moço que está no estoque, que é jovem e tem
perspectiva, que é de uma geração que se passar seis meses lá
vai embora. Ele tem que fazer esse moço olhar para o futuro
que ele tem para frente da loja.
RA - E qual é o grande drama dos empresários hoje
com a Geração Y?
Eduardo - Eles afirmam que a moçada não sabe o que quer.
Sabe o que quer sim. A questão é o nível de entrega que está dissonante, ou seja, o que você entrega de perspectiva para ele, ele
não encontra, mesmo assim dá o sangue e depois de três meses
32
www.acifranca.com.br
de experiência, ele é efetivado, mas esquecido e se torna patrimônio da empresa, não recebe feedback. Essa geração precisa de
feedback diário, a todo instante. Você precisa conhecer as pessoas para saber o que lhes faz sentido – pessoal e profissional - e
para fazer com que este sentido tenha convergência com o sentido maior da empresa. Nem que ele pense em ficar na empresa
um ano, mas que seja o melhor temporário do mundo. Que o dia
que ele sair todo mundo chore porque ele está indo embora, que
todos tenham saudade e ele tenha saudade.
RA – Como pensar macro, mas fazer aos poucos para
alcançar o resultado final?
Eduardo – Pensar macro é ter um propósito, e muitas pessoas não têm, é tudo muito difuso. Eu tenho isso muito claro,
defini lá atrás quando comecei a desenhar minha empresa, depois
com os trabalhos de palestrante e escritor. O meu propósito
pessoal é provocar mudanças e reflexões positivas nas vidas das
pessoas. Cada passo que eu vou dar dentro do meu trabalho eu
tenho que ter essa bandeira. Isso me faz manter certa fidelidade
ao plano, mesmo na crise, nos dias que as coisas não dão muito
certo. E você sempre tem que estar lidando com esta variável de
que em algum momento você planeja e não dá certo. É nesta hora
que as pessoas desistem do seu propósito.
RA – Qual o seu recado para os empresários?
Eduardo – Aproxime-se das pessoas, independente do nível profissional. Se você como empresário que está lá no topo
não tem uma capacidade logística de estar com todo mundo,
então faça esse trabalho em cascata acontecer. Crie a cultura
da validação entre as pessoas, do reconhecimento e do acerto.
Quando você fala isso para um empresário que é muito racional ele pensa: ‘ah, mas eu vou ficar bajulando o cara?’. Não,
você só tem que reconhecer coisas que são verdadeiras, em
cima do que a pessoa está fazendo. Ela vai se sentir empoderada e vai trazer algo maior para você. É o trabalho da métrica
do acerto. ‘Amigo, você pulou 2 metros, show de bola! Vamos
pular 2,5 metros agora?’
MOMENTO SEBRAE
DE OLHO NO DINHEIRO
Empreender em
tempos de crise
Tabela de Imposto de Renda (IRRF)
*Tabela referente ao ano de 2015
BASE CÁLCULO
MENSAL EM R$
ALÍQUOTA %
Até 1.903,98
De 1.903,99 até 2.826,65
De 2.826,66 até 3.751,05
De 3.751,06 até 4.664,68
Acima de 4.664,69
7,5
15
22,5
27,5
PARCELA A
DEDUZIR
DO IMP. R$
142,80
354,80
636,13
869,36
Salário Mínimo - Janeiro/2015
MENSAIS
R$ 788,00
DIÁRIOS
HORA
R$ 26,27
R$ 3,58
Vigência a partir de 01/01/2015
Salário Família - 2015
REMUNERAÇÃO MENSAL
Até R$ 725,02
De R$ 725,03 até R$ 1.089,72
VALOR
R$ 37,18
R$ 26,20
Acima de R$ 1.089,72
NÃO RECEBE
Salários normativos do Comércio Varejista
Categorias
Geral
ME
EPP
Piso salarial de ingresso
Empreg. em geral
Caixa
Faxineiro e copeiro
Boy e empacotador
Garantia comissionista
---R$ 1.098,00
R$ 1.179,00
R$ 968,00
R$ 805,00
R$ 1.288,00
R$ 896,00
R$ 1.008,00
R$ 1.097,00
R$ 902,00
R$ 805,00
R$ 1.179,00
R$ 945,00
R$ 1.054,00
R$ 1.133,00
R$ 927,00
R$ 805,00
R$ 1.238,00
Salários normativos da Indústria de Calçados
01/02/2014 a 31/01/2015
A partir de 1º de fevereiro de 2014, fica
estabelecido um piso salarial para os
trabalhadores na indústria de calçados
correspondente a:
R$ 980,00 por mês, para os trabalhadores
que recebem a remuneração por mês
(mensalistas) e;
R$ 32,67 por dia, para os trabalhadores
que recebem a remuneração por dia e;
R$ 4,45 por hora, para os trabalhadores
que recebem a remuneração por hora
(horistas).
Reajuste Anual - Os salários pagos aos
trabalhadores serão reajustados em 8,84%,
a partir de fevereiro de 2015, e calculados
sobre os salários pagos em janeiro de 2015,
inclusive aos trabalhadores remunerados
por tarefa, hora ou peça.
Aos trabalhadores que foram demitidos a
partir de 1º de fevereiro de 2015, fica
assegurado o pagamento de eventuais
diferenças salariais e rescisórias
decorrentes da aplicação das parcelas dos
reajustes ora convencionado, que
deverão ser efetuados pelas empresas até
o 5º dia útil do mês de abril de 2015.
NÃO podem ser compensados com o índice
de reajuste aqui fixado, os reajustes
praticados pelas empresas sem amparo em
convenção coletiva anterior, bem como os
reajustes individuais decorrentes de
acordos coletivos, promoção, mérito,
decisão judicial, transferência,
equiparação salarial, término de
aprendizagem e aumento real
expressamente concedido a esse título,
realizado antes de 1º de fevereiro de 2015.
Para mais informações sobre a Convenção
Coletiva de Trabalho acesse o site
www.sindifranca.org.br.
Salário Regional do Estado de São Paulo
R$ 905,00 - para os trabalhadores
domésticos, serventes, trabalhadores
agropecuários e florestais, pescadores,
contínuos, mensageiros e trabalhadores
de serviços de limpeza e conservação,
trabalhadores de serviços de
manutenção de áreas verdes e de
logradouros públicos, auxiliares de
serviços gerais de escritório, empregados
não especializados do comércio, da
indústria e de serviços administrativos,
comuns, “barboys”, lavadeiros,
ascensoristas, “motoboys”,
trabalhadores de movimentação e
manipulação de mercadorias e materiais
e trabalhadores não especializados de
minas e pedreiras;
R$ 920,00 - para os operadores de
máquinas e implementos agrícolas e
florestais, de máquinas da construção
civil, de mineração e de cortar e lavrar
madeira, classificadores de
correspondência e carteiros, tintureiros,
barbeiros, cabeleireiros, manicures e
pedicures, dedetizadores, vendedores,
trabalhadores de costura e estofadores,
pedreiros, trabalhadores de preparação
de alimentos e bebidas, de fabricação e
confecção de papel e papelão,
trabalhadores em serviços de proteção e
segurança pessoal e patrimonial,
trabalhadores de serviços de turismo e
hospedagem, garçons, cobradores de
transportes coletivos, “barman”,
pintores, encanadores, soldadores,
chapeadores, montadores de estruturas
metálicas, vidreiros e ceramistas,
fiandeiros, tecelões, tingidores,
trabalhadores de curtimento, joalheiros,
ourives, operadores de máquinas de
escritório, datilógrafos, digitadores,
telefonistas, operadores de telefone e de
“telemarketing”, atendentes e
comissários de serviços de transporte
de passageiros, trabalhadores de redes
de energia e de telecomunicações,
mestres e contramestres, marceneiros,
trabalhadores em usinagem de metais,
ajustadores mecânicos, montadores de
máquinas, operadores de instalações
de processamento químico e
supervisores de produção e
manutenção industrial. (NR)
Artigo 2º - Os pisos salariais fixados nesta lei não se aplicam aos trabalhadores
que tenham outros pisos definidos em lei federal, em convenção ou acordo coletivo de
trabalho, bem como aos servidores públicos estaduais e municipais, e, ainda, aos contratos
de aprendizagem regidos pela lei federal nº 10.097, de 19 de dezembro de 2001. (NR)
A lei estadual 15.624/2014 entra em vigor na data de sua publicação, devendo
produzir efeitos a partir de 1º de janeiro de 2015.
34
www.acifranca.com.br
O
cenário econômico brasileiro
atual é desanimador. Há uma
deterioração generalizada dos
indicadores e a perspectiva para
o futuro próximo é sombria.
No primeiro trimestre, o Produto Interno
Bruto (PIB) ficou 0,2% menor na comparação
com o mesmo período do ano passado. O desemprego em maio registrou o quinto aumento
seguido, subindo para 6,7% (estava em 6,4% em
abril e em 4,9% em maio de 2014).
A inflação medida pelo Índice de Preços ao
Consumidor Semanal (IPC-S) cresceu 0,82% em
junho, alta de 6,42% no ano e 9,15% em 12 meses.
Em maio, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), a renda real (já descontada a inflação) dos trabalhadores recuou 1,8% sobre abril e 5,8% no confronto com maio de 2014.
Há mais gente sem emprego e os preços
não param de subir corroendo o poder de com-
pra. Com menos para gastar – ou medo de gastar
porque o que vem pela frente é incerto – o consumidor se retrai; toda a cadeia é afetada, pois comércio, serviços e indústria perdem faturamento.
Recessão instalada e o Brasil em estado
crítico. Isso é resultado do modelo econômico
adotado pelo governo que se esgotou e agora
o obriga a aplicar medidas restritivas para tentar reorganizar a casa. Uma delas é a elevação
dos juros para conter o consumo e a inflação.
Porém, dificulta o crédito, inibe investimentos
e elimina postos de trabalho.
Nesse momento, muitos que não conseguem se recolocar optam por abrir um negócio.
É o empreendedorismo por necessidade, que
nasce sem planejamento e como última saída de
ganha pão. Mas abrir um negócio por necessidade não significa fracasso, mesmo em tempos
turbulentos. Os maus momentos também servem para se descobrir novas possibilidades.
A empresa que tiver um
diferencial será mais competitiva. Só preço é pouco. Oferecer
algo que falta na concorrência,
ter qualidade, atendimento e
pós-venda impecáveis são aspectos fundamentais. Além disso, é preciso saber diminuir custos, ser mais eficiente e inovar.
Os pequenos negócios
são 99% das empresas do Brasil
e respondem por 27% do PIB e
52% dos empregos formais. A
retomada do crescimento passa pelo fortalecimento deles.
Infelizmente, em vez de avanços, teremos um ano perdido. Mas, após tantas crises, o
brasileiro desenvolveu um grau
de resiliência capaz de superar
mais esta má fase.
Bruno Caetano
Diretor superintendente do Sebrae-SP
Rua:- Sebastião Aparecido Silva, 3139 - Jardim Angela Rosa
Franca - SP - CEP 14403-677
[email protected] - [email protected]
Todos os seguimentos de Etiquetas,
Rótulos, Filmes Flexíveis e Ribbons.
Fone (16)3721-0590 - FAX (16)3702-2410
ClickACIF
ESPECIAL Francal
Antônio Carlos Gimenes Barbosa,
Edson Molina, Alexandre Dalmas
e Edmilson Menna, da Ponce
Thales Garcia, da Mironelli
Bruno Leme, Rafael de Aquino, Eurípedes Morais, Aluísio
Pereira, Júlio César e Luis Felipe Martins, da Rafarillo
Ronaldo Campos e
Nilton Eurípedes de
Lima, da Francalce
Paulo César Gomes
e Regina Celi Santos,
da Gofer
Divaldo Silva, José Clair
Ferreira e Jureci Roque,
da Jota Pê
Caio Figueiredo, Paulo Gonzales
e Joaquim Mello, da Art Mille
Ailton Santos e
Nazli Cofman, da
Arte & Crença
Antônio Maurílio
Nunes e Célio
Paulo, da Art Shoes
Carlos Borges, Lucas Felipe
e José Artur Motta, da Ponci
Luiz Carlos Alves, Carlos
Taveira, José Mário Fuga e
Júlio César Ferreira, da Faccos
Fernando Goulart e
a filha Beatriz Astun,
da Orcade
Fernando Paschoal, com
o sapato que entregou ao
governador Geraldo Alckmin
36
www.acifranca.com.br
Letícia Ferreira, do
Marketing da Orcade
Maikon Cintra, Rafael Cintra, Valter
Cintra e Ronilson Andrade, da Rafarillo
Valdemir Soares Paiva e Luis
Carlos Araújo, da Júlia Marques
Revista ACIF - Agosto 2015
37
FEIRAS
7ª Expoíntima e Franca Mais Moda: foco no negócio por atacado
Fotos: Ednei Campos
União das feiras segue modelo
mundial que reúne diversos
setores relacionados
No ano passado, durante cinco dias de
evento, três mil pessoas passaram pelos 41
estandes da feira. O resultado das negociações, realizadas a médio e longo prazo, somaram um faturamento para as empresas em
torno de R$ 580 mil.
Programação
No dia 13 de agosto, a Expoíntima e a
Franca Mais Moda abrem para o público às 10
horas. A abertura oficial acontece às 19 horas,
com a presença de representantes das instituições organizadoras, empresários e autoridades.
Em seguida, às 20 horas, haverá uma
palestra com Beth Salles, fashion designer,
consultora de moda da Avon e do Senac. Ela
participa do evento pelo terceiro ano consecutivo e virá direto de Paris para falar sobre as
tendências internacionais de moda.
Já os desfiles, que exibem as peças de todos os expositores, acontecerão na sexta-feira
(14), às 18h e 20h, e sábado (15), às 17h e 19h.
Está programado ainda o sorteio diário,
às 16 horas, de 10 vale-compras de R$ 500
entre os lojistas visitantes para serem utilizados nos estandes.
A consultora
de moda
Beth Salles
FERNANDA MARTINS
A
ACIF e a Prefeitura Municipal de Franca, por meio da Secretaria de Desenvolvimento, promovem a 7ª edição da Expoíntima
(Feira da Moda de Franca e Região) e a Franca Mais Moda (Feira
de Vestuário e Acessórios de Moda), de 13 a 15 de agosto, das
10h às 22h, no Castelinho. Uma das novidades desta edição é que as feiras
seguem uma tendência mundial de eventos de negócios, que reúne diversos
setores relacionados, e passam a ser exclusivas para os lojistas com foco
nas vendas por atacado.
“As feiras trilham o caminho da profissionalização e a ACIF mais uma
vez apoia esta iniciativa, com o intuito de fortalecer o segmento de confecção da nossa cidade, que cresce a cada dia”, ressalta Letusa Sartori,
coordenadora de Marketing da Entidade.
Pelo terceiro ano consecutivo, a ACIF realiza o evento, em parceria
com a Prefeitura de Franca, Senac, Senai e Sebrae-SP. São 30 estandes com
expositores dos segmentos de moda íntima, moda praia, fitness, vestuário,
uniformes, acessórios (carteiras e bolsas), tecidos, bojos, embalagens, aviamentos e máquinas para o setor.
O diretor da Divisão de Indústria, Comércio e Serviços Deyvid Silveira ressalta que nas edições anteriores o Franca Mais Moda era um curso e
que agora, ao se transformar em feira, possibilitou ao evento abranger mais
segmentos seguindo uma tendência mundial de feiras de negócios.
“Neste universo de empreendedores do setor temos 335 empre-
38
www.acifranca.com.br
sas francanas que empregam 1300 funcionários. Este tipo de feira otimiza custo tanto
para o lojista visitante, que tem a oportunidade de visitar mais fornecedores e comprar produtos relacionados, quanto para o
expositor, que tem novas oportunidades de
negócio”, avalia Deyvid.
Esta mudança no formato é vista como
positiva pelos organizadores, que esperam
receber quatro mil visitantes de 70 cidades
do interior de São Paulo e sul de Minas Gerais, e promover R$ 600 mil em negócios
concretizados e futuros. Para isso, a divulgação da 7ª Expoíntima e da Franca Mais Moda
vai abranger quatro milhões de pessoas.
Revista ACIF - Agosto 2015
39
INTERNET
Aplicativos funcionam como
vitrine para bares e restaurantes
Plataforma de compra de alimentos em smartphones
é opção para vender mais e ser visto
ANA LUIZA SILVA
C
om o avanço da tecnologia, alguns comportamentos vão ficando para trás dando lugar
a outros que atendem as nossas necessidades atuais. E tudo tem acontecido de maneira rápida, quase na velocidade da luz. A bola da vez
são os smartphones, que ganharam espaço na vida das
pessoas de todas as idades. Com a internet na palma
da mão e clientes ávidos pela rapidez e facilidade, cerca de 30 restaurantes e lanchonetes de Franca já se
renderam aos aplicativos de
pedidos de comidas online.
Para algumas empresas, essas vendas ainda não representam uma fatia alta de seu
faturamento, mas significam
vários passos em direção ao
futuro dos negócios.
De acordo com uma
pesquisa da ONU (Organização das Nações Unidas), já
existe um smartphone para
40
www.acifranca.com.br
cada pessoa no planeta. Mais
da metade dos brasileiros já
está conectada e o Brasil é o
4º país que mais “consome”
smartphones. Com o poder
desses aparelhos, milhões
de aplicativos já foram criados e muitos são aliados das
empresas na hora de vender.
Em Franca, dois apps –
como também são chamados
os aplicativos – de comidas
online caíram no gosto popular: o iFood, que surgiu
em janeiro de 2011, e o Papa Rango, no mercado desde outubro de 2013. Ambos são do mesmo grupo e
atuam em 15 estados do País. O mercado de entrega
de comida em casa no Brasil deve movimentar R$ 9
bilhões em 2015, segundo a Associação Brasileira de
Bares e Restaurantes. Cerca de 10% desse total virá
de pedidos feitos por meio de sites e aplicativos.
Há 12 anos no mercado francano, o Moinhos Bar
e Restaurante foi um dos primeiros a aderir aos aplicativos ao ser procurado pelo Papa Rango. O proprietá-
rio Osmar Angonese acha interessante a proposta das
vendas pelo celular. Uma impressora do aplicativo fica
na empresa e conforme o internauta compra, a máquina imprime o pedido. Não há contato com ninguém
do restaurante.
“Querendo ou não agrega nas vendas, pois se
eu vender um prato que seja considero que faturei
algo que poderia não ter faturado se estivesse fora
da plataforma. Somos vistos na internet por pessoas
que não são clientes assíduos, de frequentar o bar. São
novos clientes e isso é bastante interessante, pois a
internet é uma vitrine e quem não está nela não é
visto”, diz Osmar.
Membro do núcleo Sabores da Franca, do Programa Empreender da ACIF, o restaurante Mr. Chang
faz parte do Papa Rango há dois
anos. Segundo o sócio-proprietário Ricardo Nakamura é necessário participar das plataformas que a internet dispõe, pois
além de ser um canal a mais de
vendas é uma maneira de ser
visto também pelos internautas.
Ele revela que as vendas pelos
apps ainda corresponde a 5%
de seu faturamento mensal, mas
considera o número válido.
“Hoje quem não estiver
também na rede mundial de
computadores será engolido
pela concorrência. O povo de Franca ainda não acostumou a comprar tanto pela internet em nosso estabelecimento, mas só o fato de estar nessa plataforma já nos coloca à frente no
mercado, pois o futuro será
este. Sem contar que esse
número é altamente crescente, mas é necessário ter paciência”, ressalta Ricardo.
A Cascata Pizzas, com
cinco lojas em Franca, também se rendeu aos apps. O
proprietário Lincoln Israel
optou em divulgar sua empresa por acreditar que essa
é uma tendência global. “Tenho um volume considerável
de vendas pela internet, mas
é algo ainda irrisório. Esse é o futuro, então se eu não
estiver lá, o meu concorrente poderá estar e aí eu
fico esquecido. Percebi que a maioria das pessoas que
compram pelo aplicativo já são clientes, mas migraram
para os smartphones”, conta.
42
www.acifranca.com.br
O Grupo iFood, por
meio de sua assessoria de
imprensa, afirma que as pessoas demandam cada vez
mais soluções tecnológicas
facilitadoras e conectadas
com as tendências, por isso
o desenvolvimento do aplicativo vai ao encontro desta
necessidade e oportunidade.
“As pessoas têm muito pouco tempo livre para se organizar e o aplicativo possibilita que elas se alimentem
com praticidade, rapidez, segurança e conforto”, diz.
Para participar dos apps iFood e Papa Rango,
a empresa deve entrar em contato com o grupo. A partir daí
é realizada uma avaliação do
potencial do cliente, baseada
na quantidade de motoboys e
de pedidos por telefone que o
restaurante tem. Em seguida, o
restaurante é integrado à plataforma e o cardápio, as formas
de pagamento e horários de
funcionamento do estabelecimento são inseridos dando início à divulgação.
Tudo para sua Limpeza,
Produtos, Vendas de Máquinas,
Alugueis e Manutenção de Equipamentos.
Vantagens dos apps
►►
►►
►►
►►
►►
►►
►►
►►
Tempo
Conveniência
Pagamento no móbile
Cardápio sempre no ar
Entrega em qualquer endereço
Informações sobre o restaurante
Possibilidade de agendamento do pedido
Consciência ambiental - elimine os panfletos
Tapetes Personalizados.
(16) 3012-4662 (16)
99374-2090
[email protected]
www.casabrancadistribuidora.com.br
ESPORTE
Nova governança
do Franca Basquete
conta com apoio dos
empresários
Patrocínio de placas, sócio torcedor
e lotes de ingressos para os jogos
são algumas das ações que
estão sendo propostas
O
Franca Basquete começou a temporada 2015/2016 totalmente renovado. O novo time e a nova governança foram apresentados à imprensa no dia 3 de julho, na sede da ACIF, uma das entidades que está à frente
do projeto de reestruturação do clube e integra o Conselho Deliberativo.
Com as contas em dia e um trabalho transparente, a Diretoria Executiva do Clube espera
contar agora com o apoio dos empresários francanos nas ações que serão promovidas como
a compra de lotes de ingressos para os jogos, o patrocínio de placas e o sócio torcedor.
“Pretendemos atuar de forma totalmente profissional, cumprindo o orçamento,
com total controle dos gastos, valorizando a marca Franca Basquete, desenvolvendo ações de marketing e fortalecendo a participação do torcedor”, avalia Luís
Aurélio Prior, presidente do Clube e também vice-presidente da ACIF.
Segundo ele, os empresários francanos precisam se engajar nesta causa
nobre e colaborar de alguma forma a fim de preservar a história do Franca
Basquete. “O apoio da classe empresarial é muito importante neste momento. Todos podem ajudar participando das ações que vamos promover
como patrocínio de placas no Poliesportivo, adquirindo pacotes do programa sócio torcedor e na compra de ingressos dos jogos para distribuir
aos colaboradores e clientes”, diz Prior.
De acordo com o presidente, a despesa mensal do clube é em
torno de R$ 220 mil e a meta é manter em cada jogo uma média de
quatro mil torcedores, com arrecadação mínima de R$ 60 mil, valor
que ajudaria a pagar as despesas do Franca Basquete.
Todas estas ações estão sendo planejadas com foco no Campeonato
Paulista, no NBB (Novo Basquete Brasil), que é a liga oficial do Campeonato Brasileiro de Basquete, e na Liga Sul-Americana. “O Franca Basquete
pertence à nossa cidade. Peço que todos os francanos apoiem e participem,
tornando sócio torcedor e comparecendo aos jogos”, finaliza Prior.
Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3713-1000.
44
www.acifranca.com.br
Reestruturação do Clube
D
Basquete para o triênio 2015/2018
e acordo com Carlos Renato
quete. Após negociação com os
e criou-se o Conselho Consultivo
Donzelli, diretor da holding
credores, que aceitaram reduzir o
e o Conselho Fiscal para fechar a
do Magazine Luiza – empresa covalor do déficit, a situação finangovernança do clube com uma formandada por Luiza Helena Trajano
ceira do clube foi resolvida e uma
e uma das responsáveis pelo novo
gestão profissional foi implantada
mação profissional e hierárquica.
projeto do Franca Basquete - o clube
no Franca Basquete.
Outra preocupação do comicorria o risco de abandonar o NBB
O antigo Conselho Delibetê gestor foi a criação de um pla- Novo Basquete Brasil por falta de
rativo foi licenciado e criou-se,
nejamento de marketing e de um
recursos para honrar os
salários dos atletas então contratados.
Ele explica que
para que o Franca Basquete não perder sua
vaga no torneio nacional e fechar as portas,
criou-se um comitê
gestor formado por
empresários da cidade, que tinham como
missão reestruturar a
equipe francana. O primeiro passo foi a negociação dos salários
contratuais com os
jogadores em atuação.
“Após
algumas
reuniões, os atletas
aceitaram permanecer honrando a camisa francana durante a
temporada 2014/2015
do NBB recebendo 50%
do valor de contrato.
Terminamos o NBB na
quinta colocação e com
a vaga na Sul AmericaO Conselho Deliberativo do Franca Basquete é formado por representantes de entidades
na. Esses atletas foram
e da Prefeitura; a ACIF também está à frente da reestruturação do Clube
guerreiros. Só uma cidade com a história de
Franca no basquete conseguiria
então, uma nova forma de goverplano de ações sociais para fortaisso”, ressaltou Carlos Renato.
nança no clube. Um novo Conselecer ainda mais o basquete na ciGraças ao apoio do Sicoob
lho Deliberativo foi formado com
dade e reforçar o título de Franca
Cred-ACIF, o comitê conseguiu
representantes da ACIF, Sindicomo Capital do Basquete. Para
um empréstimo de R$ 900 mil
isso, o clube assinou contrato com
franca, Prefeitura Municipal de
para quitar as dívidas, que chegaa Koch Tavares, uma das mais conFranca, Magazine Luiza e OAB.
Com os membros nomeados, elevam à quase R$ 2 milhões, e receituadas empresas de marketing
esportivo do mundo.
erguer o time da Capital do Basgeu-se a nova diretoria do Franca
Revista ACIF - Agosto 2015
45
O time
Na formação do novo time para
a temporada 2015/2016, o técnico
Lula Ferreira explica que quatro
jogadores das categorias de base
foram mantidos na equipe e serão
utilizados no elenco adulto: Alexey
Borges, Pedro Mendonça, João Pedro Demétrio e Eduardo Marques.
Antônio Elpídio Ferreira, que atualmente defende a Seleção Brasileira
no Universíade, foi o único nome a
permanecer no time adulto em relação ao elenco anterior.
Para compor a equipe, o treinador optou por trazer três jogadores que já haviam
defendido o Franca Basquete em temporadas anteriores: Cauê Borges, Mateusinho e
Douglas Kurtz. Para finalizar o elenco foram escolhidos o armador Thiaguinho, que estava em Sorocaba, os alas Bruno Irygoen e Schnaider, que atuavam no Minas Tênis Clube e
Campo Mourão, respectivamente, e
os pivôs Matias e Erick, ex-atletas do
Bauru e Basquete Cearense.
Lula Ferreira afirmou estar
feliz com a equipe formada por
ser um time com alto potencial de
crescimento, com jovens talentos,
que irão honrar a camisa e a tradição de Franca e evoluir muito.
“Acredito em cada um dos atletas
que está aqui hoje. Eles foram escolhidos a dedo e com muito carinho
por fazerem parte da filosofia do
basquete francano. Vamos treinar
pesado e honrar a história do Franca Basquete”, ressalta.
A empresária
Luiza Helena Trajano, do
Magazine Luiza, liderou
o comitê gestor formado
por empresários da
cidade em prol
do basquete
O atual presidente do
Franca Basquete
Luís Aurélio Prior
(último, à direita)
e sua Diretoria
Executiva
O técnico Lula
Ferreira (ao centro)
com os jogadores que
formam o novo time
46
www.acifranca.com.br
BEM-ESTAR
Mulheres empresárias e mães:
é possível ter uma alimentação saudável?
Nutricionista dá dicas para alimentação da família
durante a rotina agitada do dia a dia
ANA LUIZA SILVA
N
os últimos anos a mulher conquistou efetivamente o seu espaço no mercado de trabalho,
mas essa conquista trouxe alguns desafios. Pela
sua versatilidade, a mulher desenvolve vários
papéis: profissional, mãe, esposa e dona de casa. Com isso,
a carga horária de trabalho é multiplicada e, na maioria
48
www.acifranca.com.br
das vezes, os cuidados com a sua própria qualidade de vida
acabam em segundo plano. Em longo prazo, essa atitude é
prejudicial à saúde e por isso esta edição da Revista ACIF
traz importantes dicas de uma nutricionista para auxiliar
as mulheres empreendedoras e seus filhos a cuidar de sua
alimentação no dia a dia.
A vida corrida e a falta de atenção na hora de se alimentar gera diversos problemas para a mulher como o sono
prejudicado, metabolismo desequilibrado e a saúde afetada.
A má alimentação acarreta ainda o aumento da pressão arterial, alterações hormonais e tudo isso pode levar à baixa autoestima com o aumento de peso e ainda causar problemas
de depressão, estresse e até o câncer.
Na falta de tempo, a nutricionista Luciana Maristela
da Silva Gadi defende a produção de marmitas para toda
a semana. Com a escolha de uma base de proteína por dia
como peixe, carne, frango e ovos, a mulher pode optar entre arroz e feijão, macarrão ou purê de batata para compor
a marmita. Legumes e verduras devem dar o toque final no
prato e sem economia.
“É importante que a mulher faça um cardápio semanal para não perder tempo ao longo da semana e reserve
algumas horas para preparar, separar em pequenas porções
e congelar. Poupa de frutas, feijão, molho de tomate e temperos podem ser preparados antes e guardados na geladeira.
Legumes podem ser pré-cozidos por três minutos e congelados para uso posterior. Prefira carnes frescas e separe em
pequenas porções para congelar. As folhas devem ser lavadas
e separadas em potes”, explica a nutricionista.
A profissional lembra a importância de se alimentar de
três em três horas. Nesses períodos podem ser consumidos
alimentos como barra de cereal, frutas naturais e cristalizadas, castanhas e iogurtes. São saudáveis e auxiliam o organismo a se manter em ordem.
Para as mães que amamentam, Luciana ressalta que até
os seis meses do bebê a amamentação deve ser exclusiva. De
acordo com a profissional, a má alimentação, principalmente
enquanto a mulher amamenta, pode causar problemas tanto
para ela quanto para o bebê. A preocupação deve ser redobrada, pois tudo que a mãe ingerir vai para o bebê através do
leite. Após esse período, a papinha deve ser introduzida aos
poucos, com a inserção de alimentos um a um para depois
oferecê-los misturados.
“Esse deve ser um processo gradativo, então a mãe
deve dar uma papinha de batata-salsa, depois de cenoura e
por aí em diante, para depois oferecer todos esses alimentos
juntos. Dessa maneira, a mãe observa se o filho tem alergia
a algum tipo de legume ou fruta. Isso deve ser feito também
com os sucos. As quantidades também devem ser dosadas”,
explica a nutricionista.
Alimentação das crianças
O hábito alimentar da criança depende principalmente
do que a mãe oferece, afirma a nutricionista Luciana. Segundo ela, as crianças só comem o que é oferecido e o paladar
é desenvolvido ao longo do tempo. A dica é que o doce seja
apresentado tarde à criança. “O comportamento alimentar
é desenvolvido em grande parte nos dois primeiros anos de
vida. As preferências alimentares pelo doce, salgado ou cítrico são adquiridas pelo aprendizado nessa fase. É importante
que seja oferecida à criança apenas alimentos saudáveis. O
doce, quanto mais tarde melhor, pois ele é uma substância
que em longo prazo traz prejuízos à saúde”, defende Luciana.
A especialista afirma que para saber se a criança gosta ou
não de determinado alimento é preciso que ela tenha experimentado pelo menos 12 vezes e de todas as formas, por exemplo, batata cozida na salada, no molho, frita, na carne, enfim,
é necessário fazer esse teste para depois desistir de oferecer.
Outra dica é para as mães abusarem da criatividade
com as crianças na hora das refeições. “É importante mostrar para a criança que o que ela vai comer é atrativo e gostoso. Então pode fazer uma cabeça de boneco com arroz, o
nariz com cenoura, os olhos com tomate, pepino ou milho e
o cabelo de carne desfiada ou alface. Tem que ter criatividade para driblar os pequenos”, ressalta Luciana.
A nutricionista chama atenção para um problema cada
vez mais constante na vida das famílias: a falta de rotina. “É
importante ter rotina para acordar, comer e dormir a fim de
não prejudicar a saúde. Horários para as refeições devem ser
quebrados apenas para os bebês”, defende.
Ednei Campos
A nutricionista Luciana Maristela S. Gadi defende a
produção de marmitas para toda a semana
Dicas para alimentação
equilibrada
Almoço
Fuja das frituras, molhos, salgados e alimentos gordurosos. Busque alternativas que contém mais variedades de saladas,
incluindo sempre o máximo de verduras como acelga, couve,
alface ou rúcula, além do legume como cenoura, beterraba, pepino ou berinjela. Os legumes e verduras devem somar 50% do
prato. Incorpore carboidratos, de preferência integrais como o
arroz ou o macarrão, mas em pequenas porções. Uma proteína também deve estar no prato, evitando sempre os alimentos
fritos e à milanesa. Carne branca ou vermelha grelhadas, ovos e
queijos mais brancos também ajudam na construção dos órgãos,
tecidos e células saudáveis.
Lanchinhos
É necessário comer de três em três horas. Uma barra de
cereal, uma fruta com aveia ou chia, saladas de frutas, frutas
cristalizadas, porções de castanhas, um iogurte, chás e bolinhos
integrais.
Jantar
O jantar deve ser leve e evitar a ingestão de carboidratos.
Sopas e saladas com grelhados são opções para a refeição da noite.
Fonte: Nutricionista Luciana Maristela da Silva Gadi
Revista ACIF - Agosto 2015
49
Ednei Campos
DIRETORIA
Lucely Bertelli Fernandes de Macedo:
emoção e entusiasmo a favor da diversidade
Diretora de Serviços da ACIF desde 2009, empresária e
professora de inglês comanda a escola de idiomas CCAA
H
á seis anos, Lucely Bertelli Fernandes de Macedo, de 61 anos, aceitou um importante desafio: integrar a Diretoria Administrativa da ACIF, até então composta apenas por homens.
Sua sensibilidade, emoção e dinamismo fizeram a diferença em várias questões tratadas
neste período e, mesmo em pleno tratamento contra um câncer, a professora e empresária
manteve-se firme e sempre à disposição do trabalho voluntário na Entidade, sendo exemplo de que é
possível se reerguer após uma adversidade.
Formada em Letras – Português/Inglês, Lucely está à frente do CCAA há 39 anos e há mais de
20 anos ministra aulas para o Ensino Médio de uma escola particular em Franca. Ela também atua,
desde a sua criação, no CME (Conselho da Mulher Empreendedora) da ACIF e é presidente da Acifran
(Associação dos Cursos de Idiomas de Franca).
Revista ACIF – Quem é a Lucely?
Lucely Bertelli Fernandes de Macedo – Sou de Manduri, uma
cidadezinha a oeste de São Paulo, porque meu pai era gerente de banco,
casou-se e foi transferido para lá. Eu tinha 3 anos quando voltamos para
Patrocínio Paulista onde morei até os 19 anos, quando me casei e passei a
morar em Franca. Meu marido, Carlos Macedo, é artista plástico e tenho
dois filhos: a Sabrina, que é arquiteta e trabalha comigo no CCAA, e o Lucas,
que é médico infectologista aqui na cidade. Também sou avó de dois netos.
RA – Como surgiu a ideia de abrir a escola?
Lucely – Conheci o material do CCAA, escola de inglês e espanhol, por meio de uma amiga que trouxe de uma feira de livros. Ficamos
encantadas com a metodologia e então escrevemos uma carta para a empresa pedindo para comprar o material para ensinar aos nossos filhos. Foi
quando nos fizeram a proposta de abrir uma franquia em Franca. Esse ano
completamos 39 anos de atuação e já tenho alunos que são netos dos meus
ex-alunos, o que me deixa muito feliz e cheia de orgulho.
RA – Como foi passar de professora a empresária?
Lucely – Foi natural. Ao voltar para Patrocínio Paulista meu pai
deixou o banco e abriu uma loja. Cresci vendo-o administrar essa loja e
aprendi a atender clientes e a fazer conta, calcular custos. Ser professora
proporciona uma facilidade muito grande em lidar com as pessoas. Sou
muito agregadora, sempre participei de grupos de estudo, de jovens...
Então não foi muito difícil desenvolver este lado da gestão, da empresária. Na área de ensino é mais complicado separar a emoção da razão. Há
que procurar o equilíbrio. O que torna a questão da gestão apaixonante.
No fundo, a busca de todos é pela felicidade, pelo bem-estar. E se você
50
www.acifranca.com.br
estiver feliz onde está, vai fazer tudo bem, com dedicação e amor. Não
podem faltar também amigos e bons relacionamentos.
RA – Hoje você é totalmente realizada?
Lucely – Sim. Porque sou feliz com o que faço. Mas não acomodada.
Sou inquieta por natureza. Estou sempre procurando ações em que eu
possa estar junto das pessoas, principalmente de outras atividades. Adoro
a diversidade, trabalho muito isso com as minhas equipes, que é uma qualidade que chamo de alteridade, ou seja, você aceitar a diferença, respeitá-la, conviver e aprender com ela. Isso está faltando em nosso País, onde
temos um governo que separou a sociedade por rótulos e cotas. Na minha
infância nunca prestávamos atenção se a pessoa era branca, negra, amarela... todo mundo era igual. Preconceito sempre existiu, mas não havia essa
tendência de rotular, cotizar.
RA – Então você é contra a Lei das Cotas?
Lucely – Sou contra porque acho que precisamos procurar o que
nos une, já temos muitas coisas que nos separam. Somos seres humanos
iguais, indiferentemente de cor de pele, crença, sexo. Sou a favor da meritocracia, acredito que é por mérito que as pessoas precisam chegar aonde
querem chegar. As cotas reforçam o preconceito, porque a pessoa tem que
provar a sua diferença e não seu conhecimento ou habilidades para atingir
seus objetivos. Sou espiritualista, e acredito que não somos seres humanos
vivendo uma experiência espiritual neste planeta, e sim espíritos vivendo
temporariamente uma experiência humana. Me preocupa muito esse projeto de governo que existe há 12 anos, porque para você se apropriar da
estrutura de um país e seu povo é preciso, antes, tomar a sua cultura e a
sua forma de pensar, e é o que está se fazendo.
RA – O que mais te preocupa em relação ao governo?
Lucely - Essa hegemonização editorial que as escolas estão trabalhando. E
têm também as questões de gênero, que considero abominável. Existem experiências, por exemplo, em escolas que só têm banheiro único e muitas crianças e jovens sentem-se desconfortáveis com isso. Não tenho preconceito. Respeito todo
tipo de relacionamento, mas não concordo que se deva rotular um ser apenas pela
sua preferência sexual. Biologicamente nascemos homem e mulher e você mudar
isso só pela escolha sexual é muito pesado, não é necessário. Então quando você
começa a tomar a cultura e a forma de pensar de uma sociedade, você cria todas as
condições favoráveis para uma situação que não acho saudável. Isso me preocupa
porque não vejo nem em países onde há muito preconceito. O cenário político
e econômico é delicado. Só o voto consciente, não obrigatório, e políticos realmente comprometidos com o bem-estar da população podem mudar isso. Mas
acredito que estamos caminhando para isso. Foi do caos que surgiu o Universo.
RA – Como começou a sua participação na ACIF?
Lucely – Me tornei associada na década de 80. Eu utilizava a livraria
e posteriormente a videoteca. Depois me associei à Cred-ACIF e fui a primeira empresa a desenvolver o projeto para que os pagamentos dos alunos
fossem efetuados via boleto bancário emitido pela cooperativa. Em 2005 fui
convidada a ajudar na criação do CME (Conselho da Mulher Empreendedora) da ACIF, onde estou até hoje. Na primeira gestão do José Alexandre
Carmo Jorge, em 2011, passei a integrar a Diretoria Administrativa como
diretora de Serviços, cargo que exerço também na gestão do Mourão.
RA – Como foi atuar sendo a única mulher na Diretoria?
Lucely – Fui convidada num momento maravilhoso porque eu estava fazendo tratamento contra um câncer de mama. É um momento em
que ter pessoas que acreditem na sua capacidade de trabalho, de somar e
contribuir lhe dá forças e energia necessárias para enfrentar a doença e
combatê-la. A princípio tive certa dificuldade porque a visão masculina é
diferente do olhar feminino. Mas logo percebi que a diversidade ali não se
restringia apenas à questão de gênero. Ela ia além, e era muito produtiva.
Senti que consegui passar em vários momentos a minha visão feminina e
acho isso muito bom, que a gente se iguale. Acredito que se a mulher quer
que o homem perceba que ela é igual a ele, não pode afastá-lo dela.
RA – Como você vê o trabalho que presta em prol da classe
empresarial?
Lucely – Sou apaixonada pelo trabalho voluntário. Você pode criar,
experimentar, conhecer pessoas e isso te ajuda a crescer em áreas diversas.
Aqui aprendi muito sobre gestão e a união em torno de uma ideia/associação: pessoas totalmente diferentes, de formação intelectual, social, cultural
e econômica que juntas conseguem mudar e melhorar o ambiente, uma empresa, uma comunidade. No entanto, pude ver que o empresariado francano
está carente de projetos mais formais e melhor elaborados de educação
em gestão, em cultura, em conhecimento. Ele precisa entender que aqui é a
casa dele, o local onde vai encontrar o suporte e as soluções de que precisa.
RA – Como você analisa essa crise política e financeira que estamos vivendo?
Lucely - Hoje temos um governo que suga o empresariado. O que
aconteceu nos últimos 12 anos foi a tentativa de gerar felicidade e bem-estar
para uma parcela da população que vivia à margem do mercado, só que
para isso acabou oprimindo e derrubando a classe produtiva do País. A
melhor bolsa-família é o salário e o emprego, não é a cesta básica. Nós,
empresários, precisamos ter forças, preparo e continuar buscando sempre a participação em movimentos associativos. São fases que vêm para
derrubar e recomeçar. Muitos poderão não sobreviver por acreditarem
num modelo de gestão solitária. Eu brinco que o empresário, ao invés de
proprietário, é “próprio otário” do negócio. Abrir uma empresa e gerar
empregos tornou-se uma tarefa para heróis. Nossa legislação protege muito o trabalhador e muito pouco o empregador.
RA – Você é um exemplo de que sempre é possível recomeçar, certo?
Lucely – Sim. Em 2009 tive um câncer de mama, depois uma metástase óssea no quadril, o que me fez recomeçar o tratamento um ano e
meio depois do término do primeiro. Continuo fazendo quimioterapia, a
cada 21 dias. Gosto de falar desse assunto porque descobri que o remédio
é só 10% da cura e o restante está na cabeça, no seu interior. O câncer é
um mal que você constrói ao longo dos anos com o seu modo de pensar,
de viver, mas sem perceber. A única alternativa para a cura é enfrentá-lo.
Eu não tenho medo e o enfrento até ele cansar de mim.
Revista ACIF - Agosto 2015
51
MOMENTO JURÍDICO
As novas regras das
aposentadorias
C
om a edição da Medida Provisória
nº 676, de 18 de junho passado,
passou a viger os novos parâmetros
para a obtenção dos benefícios da
aposentadoria concedidos pelo INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social).
Em que pese não estarem claras as novas
regras para a aposentadoria, em linhas gerais
deverá ser adotada a fórmula 85/95, qual seja,
para as mulheres a soma do tempo de contribuição
com a idade deverá atingir 85, com o tempo
mínimo de contribuição de 30 anos. Para os
homens 95, com o tempo mínimo de contribuição de 35 anos.
Embora o texto da Medida Provisória
não seja claro, se presume que a fórmula criada
pelo Ministério da Previdência Social de 85/95
seja uma alternativa ao chamado “fator previdenciário”.
A referida MP 676/2015 prescreve que
a fórmula 85/95 prevaleça até 31 de dezembro de 2016; a partir daí será 86/96. A partir de 2019 será de 87/97 até 2022, quando
passará a vigorar a de 90 para as mulheres e
100 para os homens.
Evidentemente, por se tratar de Medida
Provisória, ela deverá passar pela apreciação
do Congresso Nacional, que poderá manter na
sua íntegra, ou então, reformar o seu texto.
Com relação à aposentadoria por idade
não houve modificações na legislação então vigente, que exige no mínimo 180 contribuições
mensais e a idade mínima de 60 anos para as
mulheres e 65 anos para os homens.
52
www.acifranca.com.br
Nessa nova regra de 85/95 fica mantido
o fator previdenciário caso o contribuinte não
tenha a idade mínima para receber os benefícios da aposentadoria, que será calculado tomando-se por base o tempo de contribuição
do trabalhador, a alíquota de contribuição, a
expectativa de sobrevida do trabalhador na
data da aposentadoria e a idade do trabalha-
é
a
r
o
Ag rtir
só cua vida!
dor na data da aposentadoria.
De toda forma, importante buscar
orientação com profissionais da área à
época de se requerer a aposentadoria, uma
vez que essa equação é bastante intrincada
e, se não aplicada corretamente, poderá
acarretar perdas consideráveis no benefício a ser pleiteado.
TIRE SUAS
DÚVIDAS
Um show de qualidade
em todos os ambientes
1 - Qual o prazo para
cobrança da nota promissória?
A
nota promissória é um título por meio
do qual alguém se compromete a pagar
determinada quantia em dinheiro a outrem,
dentro de um prazo pré-estabelecido. É uma
Fone: (16)
3703-2051 / 3018-1389
Av. Orlando Dompieri, 2010
Jardim Barão - Franca/SP
Em frente ao Banco
do Brasil
espécie de título de crédito, tendo por isso
força executiva. A nota promissória será
emitida pelo próprio devedor, sendo que o
seu portador ou possuidor (credor), em caso
de não pagamento na data aprazada, poderá ajuizar a respectiva ação executiva para
recebê-la dentro do prazo de três anos a
contar de seu vencimento.
2 - Como efetuar a troca de produtos com defeito?
O
prazo de troca de produtos com defeito é um direito
garantido a todos os consumidores pelo CDC (Código
de Defesa do Consumidor). É importante que o consumidor
saiba que os fornecedores e fabricantes têm 30 dias, a partir
da reclamação, para sanar o problema do produto. Após este
período, deve-se exigir um produto similar, a restituição ime-
diata da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço,
conforme art. 18 do CDC. Vale lembrar ainda que essas exigências podem ser feitas antes dos 30 dias se a substituição
das partes com defeito puder comprometer as características do produto, diminuir-lhe o valor, ou quando se tratar
de um “produto essencial” (como a geladeira, por exemplo).
3 - Qual o prazo de arrependimento para as
compras realizadas via internet ou telefone?
Q
uando a aquisição de produto ocorrer fora do estabelecimento comercial (por
telefone, em domicílio, através
de internet ou por outro meio
similar) o consumidor tem o
prazo de reflexão de sete dias
corridos, a contar da data do
recebimento do produto ou
assinatura do contrato, para
desistência, de acordo com o
artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor. A con-
54
www.acifranca.com.br
tagem do prazo inicia-se a
partir do dia imediatamente
posterior à contratação ou
recebimento do produto.
No Estado de São Paulo,
o art. 1º, § 2º da Lei 14.516/11
permite a desistência em sete
dias úteis, contados a partir do
recebimento do contrato, se a
compra foi realizada por meio
de “call center” ou outra forma
de venda a distância.
Para exercer o direito de
arrependimento, o consumidor
deve formalizar o pedido ao
fornecedor. Se entregar carta,
protocole uma via. Se optar
pelo correio, envie com aviso
de recebimento. Se o contato
for por telefone, anote o número do protocolo e o nome
do funcionário que fizer o
atendimento. Se enviar e-mail
imprima a mensagem. Por fax,
guarde o pedido com o comprovante da remessa.
ASSESSORIA JURÍDICA ACIF
Agende a visita gratuita de um
advogado da Entidade na sua empresa
MANDE SUAS DÚVIDAS QUE SERÃO
ESCLARECIDAS NA PRÓXIMA EDIÇÃO
[email protected] / (16) 3711-1724
Fotos: Ednei Campos
GASTRONOMIA
Restaurante Arroz com Feijão apresenta
Gravad Lax: o salmão enterrado
Cardápio do local é feito semanalmente e conta com
comida caseira e contemporânea
ANA LUIZA SILVA
C
om 28 anos de existência, o restaurante francano Arroz com Feijão tem a inovação e a persistência como lemas. Localizado no
Centro em sede própria, os empresários José Tadeu Faleiros
e Tiago Faleiros, pai e filho, trabalham duro para que seus
clientes possam ter um ambiente aconchegante, cardápio variado e
de qualidade. Mas no início do negócio familiar, o local era pequeno
e sem muito glamour, com receitas caseiras. O mercado mudou e
os proprietários também tiveram que acompanhar.
Atualmente o patriarca cuida do setor administrativo e
o filho é quem está à frente do dia a dia do restaurante. Mas
nem sempre foi assim. O sonho de abrir seu próprio negócio tirou Tadeu de um emprego estável no Magazine Luiza com salário alto. Segundo ele, naquela época existiam
poucos restaurantes na cidade e os clientes não eram tão
exigentes. Casado e com três filhos pequenos, ele decidiu
abrir sua empresa paralela ao emprego fixo.
“Eu viajava muito e sempre quis ter um negócio. E para
realizar o sonho eu tive que arriscar. Passei os primeiros
oito meses com muita dificuldade financeira, o que ganhava
no dia era para comprar os produtos para o dia seguinte,
mas depois desse período eu e minha mulher Vitória já estávamos colhendo bons frutos do restaurante”, recorda Tadeu.
Durante as suas viagens a trabalho, ele percebeu nos
grandes centros o que tinha de mais atual na área da alimentação e foi aí que implantou o self-service. Anos mais tarde outra novidade: o Arroz com Feijão passou a aceitar o
vale-alimentação. Para o empresário, inovar é preciso e deve
ser constante.
Há três anos o restaurante ganhou nova casa. Com um projeto arquitetônico arrojado e elegante e já com Tiago ao lado do pai.
Formado em turismo e pós-graduado em gastronomia, ele diz que sua
função é dar continuidade ao trabalho e sonho de Tadeu. No comando de
17 funcionários, o jovem empresário, que cresceu no restaurante vendo o
pai e a mãe trabalharem, aprendeu a tomar gosto pelo negócio. “Eu me formei
numa área que tem relação com o restaurante e fiz cursos que pudessem me ajudar a tocar o negócio”, afirma.
Atualmente, o Arroz com Feijão tem oferecido a seus clientes mais opções de atendimento. Esse ano a novidade foi abrir nas noites de junho a agosto servindo pratos a la carte.
E o restaurante tem ainda o serviço de bufê para eventos, casamentos e aniversários.
56
www.acifranca.com.br
O menu é outro diferencial. Segundo Tiago, semanalmente é feito um
cardápio para oferecer aos clientes. “Há o trivial, a comida caseira, mas há
também algo sempre rebuscado como a maminha com provolone, tabule com frutas secas e uma releitura do JK (prato tradicionalmente
francano). Buscamos sempre o melhor, pois além de gostarmos do
que fazemos queremos oferecer algo com a nossa cara”, ressalta
o empresário.
Para esta edição da Revista ACIF, o restaurante Arroz
com Feijão apresenta um prato que faz parte do seu cardápio, é muito saboroso e fácil de fazer: o Gravad Lax - salmão enterrado. De origem escandinava, a receita é feita
com salmão fresco e utiliza poucos ingredientes.
INGREDIENTES
►► 1,5 quilo de salmão fresco
►► 70 gramas de sal grosso
►► 70 gramas de açúcar cristal
►► Pimenta do reino a gosto
►► Endro ou cheiro verde a gosto
►► Raspas de limão a gosto
MODO DE PREPARO
Abra o salmão e tire a pele inteiramente. Distribua
a mistura do sal grosso com o açúcar nas duas partes da
peça. Salpique a pimenta do reino moída com as folhas do
endro picadas ou o cheiro verde. Enrole o salmão em um
papel filme e faça pequenos furos com o auxílio de uma agulha
para que a cura possa escorrer. Leve a geladeira em uma assadeira por 24 horas. Na metade desse tempo é necessário virar
a posição do salmão. Nesse período que ele ficar na geladeira, o
salmão vai perder a umidade e ganhar mais sabor.
Após esse tempo de cura, retire o plástico e lave com água corrente para tirar o excesso de sal e açúcar, mas somente o excesso. Seque
o salmão com papel toalha e corte em fatias, tipo sashimi.
Cubra as fatias com azeite extravirgem, jogue o cheiro verde ou endro
picados e acrescente as raspas de limão.
O prato pode ser servido com soul creme (que é um creme azedo) ou coalhada seca. Esse salmão pode ser acompanhado com salada ou pão italiano e torrada. A
bebida deve ser vinho branco ou espumante.
Revista ACIF - Agosto 2015
57

Documentos relacionados

Revista ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca

Revista ACIF - Associação do Comércio e Indústria de Franca No Programa Empreender da ACIF, os micros e pequenos Na segunda quinzena de fevereiro será realizada uma empresários se reúnem em grupos de trabalho e núcleos setoriais, Reunião de Sensibilização p...

Leia mais

A força do empreendedorismo - Associação do Comércio e Indústria

A força do empreendedorismo - Associação do Comércio e Indústria Três núcleos da ACIF têm projetos aprovados pelo Empreender Competitivo Expoíntima deve movimentar R$ 400 mil em negócios

Leia mais

Campanha de Natal será gratuita aos associados

Campanha de Natal será gratuita aos associados Jornalista responsável Fernanda Martins MTb 31.897 Redação Fernanda Martins Thaís Demacq Ana Luíza Silva

Leia mais