1Professor Associado do Departamento de Zootecnia da Escola de

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1Professor Associado do Departamento de Zootecnia da Escola de
Tecnologias para Otimizar Recursos da Produção Animal no Semiárido
Technologies to Optimize Resources of Animal Production in Semi-Arid
Iran Borges1, Flávio Augusto Pereira Alvarenga2, José André Júnior3, Tássia Ludmila Teles
Martins4
RESUMO: A Zootecnia nacional enfrenta diversos desafios no sentido de tornar seus resultados
produtivos cada vez mais representativos nos distintos sistemas de produção animal apresentados em
um país continental como o Brasil. Muitos desses desafios devem-se a fatores edafoclimáticos, mas
também em função da topografia ou mesmo acidentes geográficos peculiares a cada região. Em Minas
Gerais, por exemplo, os desafios devem-se, em boa parte ao relevo deveras acidentado, com presença
de grandes morros, serras ou montanhas; no pantanal mato-grossense o ritmo das águas é que dita
parte das práticas de manejo; regiões semiáridas o maior limitante é a quantidade e distribuição de
chuva que se apresenta, mas em alguns locais também destaca-se solos com pouca profundidade. Tais
elementos tornam esse ecossistema peculiar em termos de manejo tecnológico, exigindo muitas vezes,
desenvolvimento e/ou adaptações específicas das práticas zootécnicas. Sabendo-se que a água atua
direta e indiretamente na produção animal, toda tecnologia que otimize seu uso nos sistemas
produtivos, quer seja de modo direto – aproveitando os mananciais ou armazenando águas de
chuva,seja indireto – otimizando as respostas produtivas dos animais, especialmente criados a pasto,
deve ser utilizada com parcimônia com a finalidade de resultar em melhor lucratividade,
sustentabilidade e sucesso nos sistemas produtivos. Objetiva-se aqui, destacar técnicas e práticas de
manejo que poderão colaborar para a otimização de recursos produtivos de ruminantes no Semiárido
Brasileiro.
Palavras-chave: alimentação e nutrição, manejo das crias, manejo das matrizes, manejo das
pastagens, sistemas de produção.
ABSTRACT: The national Animal Science faces different challenges in making its production results
more and more representative in the different livestock production systems of a continental country
such as Brazil. Many of these challenges are due to climatic factors, but also in function of the
topography or even geographical features peculiar to each region. In Minas Gerais, for example, the
challenges are largely due to the presence of large hills and mountains; in the pantanal management
practices depend basically on the water available; in semi-arid regions the amount and distribution of
rain is limiting, but in some places also stands out issues on soils characteristics. Such elements make
this peculiar ecosystem, in terms of technological management, requiring many times, development
and specific adaptations of animal husbandry practices. Knowing that the water acts directly and
indirectly on livestock production, every technology that optimize its use in production systems, either
directly – through the use of fountains or the storage of rainwater, or indirect – optimizing the
productive responses of animals, especially those grazing animals, should be used with quality in order
to result in better profitability, sustainability and success in productive systems. The objective of this
____________________
1
Professor Associado do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG.
[email protected]
2
Zootecnista, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Escola de Veterinária da
UFMG. [email protected]
3
Engenheiro Agrônomo, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Escola de
Veterinária da UFMG. [email protected]
4
Médica Veterinária, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Escola de
Veterinária da UFMG. [email protected]
Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
lecture is highlight techniques and management practices that will collaborate for the optimization use
of productive resources of ruminants in the Brazilian semi-arid region.
Key words: female management, food and nutrition, pasture management, production systems,
offspring management
1. Introdução
Como já é sabido, variáveis ambientais afetam a produção animal, de forma direta ou indireta, a
primeira age diretamente sobre a homeostase animal e daí na resposta produtiva individual ou do
rebanho, a segunda atua ocasionando flutuações na produção de alimentos, em especial das pastagens,
como também predispondo os animais a vários agentes estressores.
Muitos são os trabalhos na literatura que demonstram os efeitos dos elementos climáticos sobre
o desempenho animal. No entanto, maiores enfoques são dados para animais criados a pasto e no caso
dos sistemas produtivos que usam o confinamento, geralmente citam ensaios com aves e suínos. Mas
também aparecem trabalhos avaliando as respostas de ovinos frente ao ambiente, mas muito raros são
os trabalhos avaliando condições de caprinos, talvez pelo fato de que o maior contingente mundial
dessa espécie encontra-se no mundo tropical (30o N/S), como também grandes ruminantes, com
destaque para a bovinocultura leiteira. Nessa faixa destaca-se a região semiárida do Brasil, cuja média
anual de precipitação exige práticas de manejo específicas para suplantar o problema de oferta de água
nos sistemas produtivos de animais a pasto, independente do tamanho do rebanho e sistema de
produção adotado. Salienta-se ainda que a radiação solar elevada e as médias anuais de temperatura
também determinam práticas específicas de manejo.
A produção e uso racional de alimentos em regiões semiáridas será sempre o ponto crucial para
a exploração animal em vários ciclos produtivos sem que haja comprometimento ambiental ou do
sistema de produção de ruminantes.
Animais jovens (fase de cria) merecem mais atenção frente aos estressores climáticos e
ambientais no que se refere aos aspectos nutricional e sanitário; também as fêmeas gestantes, mais ao
final da gestação e durante a lactação merecem destaque quanto às tecnologias de manejo adotadas
com o intuito de otimização das respostas produtivas e reprodutivas.
Em razão de limitação de tempo e espaço, a maior parte da presente revisão terá nessas
categorias o alvo principal, mas o mesmo se aplica às demais categorias dos rebanhos.
2. Manejo de pastagens no semiárido
A eficiência da produção ovina na região semiárida do Brasil depende de estratégias de
alimentação que atendam aos objetivos do sistema de criação. É importante, pois, atentar para a
disponibilidade de forragens, principalmente as espécies nativas ao longo do ano, tendo-se o cuidado
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de priorizar, na medida do possível, as fontes forrageiras disponíveis. Portanto, o melhor sistema de
alimentação é aquele que se encaixe às condições de cada propriedade, devendo-se priorizar a
utilização de forrageiras e técnicas que estejam disponíveis, buscando sempre a melhoria dos índices
zootécnicos, e a preservação do meio ambiente (Silva et al., 2010), tal preceito aplica-se a toda
exploração de ruminantes na região.
A seguir destacam-se algumas tecnologias empregadas em manejo ou estratégias de pastejo que
podem ser empregadas em distintas regiões do Brasil, incluindo aquelas semiáridas.
2.1 Emprego do pastejo misto
Pode ser definido como o uso de um mesmo recurso forrageiro por duas ou mais espécies de
animais, simultaneamente ou em períodos sucessivo, permitindo, assim, uma melhor utilização da área
a ser pastejada. Isso se deve às diferenças no tipo de dieta e hábitos alimentares das espécies que
dividem o mesmo local para se alimentarem, como ilustrado na figura 1. O pastejo misto maximiza a
utilização da pastagem, proporcionando maiores taxas de produção animal por área além da
diversificação dos produtos obtidos, o que gera uma melhora na rentabilidade da propriedade.
Figura 1. Esquema demostrando o hábito alimentar de bovinos, ovinos e caprinos em uma mesma
área de pastejo. Fonte: http://wm.agripoint.com.br/imagens/banco/18796.jpg
Barger e Southcott (1978) estudaram a utilização de três diferentes sistemas de criação pósdesmama em ovinos e bovinos e observaram que os cordeiros apresentaram melhor produtividade e
menor carga parasitária quando submetidos à pastejo alternado com bovinos a cada seis meses
comparados aos animais manejados separadamente, os quais obtiveram os piores resultados.
Trabalhando com ovinos e bovinos, Marley et al. (2006) concluíram que no geral o pastejo
misto melhora o ganho de peso dos animais. Neste sentido d’Alexis et al. (2014b) realizaram uma
meta-análise no intuito de quantificar o benefício do pastejo misto com ovinos e bovinos e observaram
que os ovinos tiveram um maior ganho médio diário quando criados em pastejo misto e este ganho foi
de 14,5 g dia-1 a mais que os animais criados sozinhos. Porém para os bovinos, os mesmos autores
não encontraram diferença para ganho de peso médio diário entre os animais criados sozinhos e em
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sistema de pastejo misto, mas quando se analisaram o ganho de peso médio diário por hectare houve
melhor desempenho para o sistema de pastejo misto.
Na literatura existem poucos estudos com cabras em pastejo misto. d’Alexis et al. (2014a)
relataram melhor ganho de peso para cabras contaminadas com H. contortus e criadas com novilhas
(44,2 g dia-1) quando comparadas as cabras contaminadas e criadas sozinhas (33,5 g dia-1), cabras
descontaminadas e criadas sozinhas (18,4 g dia-1) e cabras descontaminadas criadas com novilhas
(32,6 g dia-1). Também destacaram que houve uma melhor eficiência na utilização da pastagem pelos
animais criados em sistema de pastejo misto, já que os mesmos apresentaram massa de forragem de
saída de 170,6 g MS/m2 contra 222,4 g MS/m2 para as cabras criadas sozinhas.
Carvalho et al. (2005) citaram como sendo as limitações do sistema de pastejo misto a
necessidade de mão de obra especializada com conhecimentos adicionais de manejo, em especial
sanitários, principalmente quando da introdução de pequenos ruminantes em pastagens de bovinos; a
redução, em alguns casos, na escala de produção da espécie primária; o aumento em custos com cercas
e outras estruturas necessárias; os conflitos em relação à demanda de trabalho; a comercialização de
produtos mais complexa pelo fato de sua diversidade e um aumento potencial de problemas, como
exemplo, alguns predadores naturais.
Estudos têm constatado a eficácia no uso de sistemas de pastejo misto demonstrando aumento
de ganho de peso pelos animais, diminuição na carga parasitária e eficiência do uso da pastagem
(d’Alexis et al., 2014a; Torres-Acosta e Hoste, 2008; Marley et al., 2006). Porém o clima, o estado
fisiológico dos animais, a pressão de pastejo e a relação entre o numero de animais podem influenciar
a eficiência de um sistema de pastejo misto (d’Alexis et al., 2014b). Assim, para o sucesso da
implementação desta técnica em uma propriedade deve-se levar em conta, principalmente, o tipo de
pastagem e das espécies animais envolvidas na integração.
2.2 Emprego do pastejo diferido
No dicionário da língua portuguesa o significado do verbo “diferir” refere-se a “adiar para outro
momento”. Desta forma uma pastagem diferida é aquela pastagem reservada durante o período das
águas para ser utilizada durante o período das secas, onde há uma baixa oferta de forragem. Esta
técnica, por levar ao avanço no estádio fenológico da planta, tem influência positiva no acúmulo de
massa seca e negativa na composição química e digestibilidade desta massa seca (Reis et al., 1997).
O manejo da pastagem diferida assim como as condições edafoclimaticas da região podem
afetar a produção de forragem. Em experimento realizado na Estação Experimental de Serra Talhada,
da Empresa Pernambucana de Pesquisa Agropecuária, Santos et al. (2005) avaliaram a utilização do
capim-buffel como pasto diferido, e para isto fecharam uma área de pastagem no início do período
chuvoso (antes de dezembro), que não recebeu adubação, e passou ser utilizada somente no início de
setembro do ano seguinte. Os autores observaram uma redução significativa ao longo da estação seca
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para a massa de forragem disponível de capim-buffel, que passou de 2.750 kg de MS ha-1 em setembro
para 1392 de MS ha-1 em dezembro, ao colocarem bovinos na área. A matéria seca da forragem foi
menor em setembro quando comparada aos três meses subsequentes, e como esperado, o teor de PB
dos componentes do capim-buffel diminuiu com o passar dos meses de 5,23% de PB em setembro
para 3,37% de PB em dezembro. Santos et al. (2005) concluíram que o uso do pastejo diferido pode
disponibilizar uma quantidade suficiente para atender o nível de consumo pelos animais.
Os perfilhos reprodutivos, que ocorrem em plantas com estádio fisiológico mais avançado, são
mais compridos e pesados e, por isso, tombam mais facilmente ao contrário dos perfilhos vegetativos.
Santos et al. (2010) avaliaram pastagem de Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk diferida por 73,
103, 131 e 163 dias, e registraram que a altura da planta estendida apresentou correla o positiva com
o teor de DN e DNi bem como correla o negativa com os percentuais de
e
potencialmente
digestível. Assim pastos diferidos por mais tempo possuem maior número de plantas tombadas, que,
quando estendidas, tem maior altura e pior valor nutritivo.
Mesmo com elevada massa de forragem acumulada da pastagem diferida, Andrade et al. (2012)
sugeriram que a estrutura pode interferir no consumo dos animais e resultar em quedas de
desempenho. Assim, o uso da suplementação pode ser uma alternativa para melhorar a utilização da
pastagem pelos animais. Neste sentido Cavalcante et al. (2004) avaliaram o desempenho de fêmeas
ovinas, suplementadas com 0,5; 1,0; 1,5; 2,0 e 2,5% do PV em pastagem de Panicum MaximumJacq.
cv Tânzania diferida, por sete meses antes da entrada dos animais e relataram que o teor de PB do
pasto passou de 2,30 para 1,38% de PB. Ao mesmo tempo, houve um aumento do ganho de peso com
o aumento do consumo do suplemento, e os autores inferiram que animais não suplementados
manteriam o peso ao longo do período avaliado.
O diferimento de uma pastagem é uma técnica de fácil realização, baixo custo e que garante um
estoque de forragem no período seco do ano (Soares et al., 2015). Porém, deve-se ter cuidado na
escolha da forrageira, ressaltando que é preferível diferir pastagens formadas com gramíneas
estoloníferas, como o capim-Tifton, ao contrário de plantas cespitosas cuja diferenciação colmo folha
é bastante acentuada ao passar do tempo (Reis et al., 2012; Cavalcante et al., 2005).
2.3 Sistema CBL - (Caatinga – capim-buffel – leucena)
Como descrito anteriormente, a produção animal na região semiárida é baseada, em geral, na
utilização da pastagem nativa, sendo que esta é fortemente afetada pela estação seca e chuvosa que no
semiárido nordestino é bem determinado. Visando reduzir este problema foi proposto o sistema
Caatinga - capim-buffel - leucena (CBL), que foi criado na década de 80 pela atual Embrapa
Semiárido. O método CBL utiliza, estrategicamente, a área de Caatinga durante o período chuvoso
correspondente a 1/3 a 2/3 da área total do sistema, onde parte da área é de capim-buffel e outra de
Leucena (banco de proteína), para serem utilizadas durante o período seco. Assim, o semiárido
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nordestino (Caatinga) é utilizado para o pastejo dos animais no período de 3 a 4 meses, quando
apresenta alta disponibilidade de forragem e a pastagem de capim-buffel durante o período seco,
recebendo suplementação à base de leucena.
De acordo com Guimarães Filho (1995) o sistema CBL apresenta cinco características básicas:
1) utiliza a caatinga como um de seus componentes, por dois a quatro meses do ano; 2) utiliza pastos
tolerantes ao período seco, para complementar a alimentação volumosa do rebanho no restante do ano;
3) nos períodos mais críticos pode-se utilizar feno e silagem para suplementar a alimentação dos
animais; 4) mantém uma reserva de espécies forrageiras de alta tolerância à seca, assegurando assim
um nível satisfatório de produtividade do rebanho; e 5) funciona como um subsistema capaz de se
adequar e interagir com os demais componentes.
Segundo Guimarães Filho e Soares (1992) citado por Cândido (2005), relataram que novilhos
criados em sistema CBL chegam ao peso vivo médio de 420-450 kg aos 30-36 meses de idade. Sendo
que novilhos criados em sistema tradicional atingiriam cerca de 270 kg de peso vivo médio nesta
mesma idade. Neste sentido, pode-se inferir que há aumento na capacidade de suporte quando
comparado com o sistema tradicional, havendo elevação da produtividade por área.
Duarte (2002) relatou que ao visitar a fazenda da Embrapa Semiárido, onde fora implantado o
sistema CBL, em abril de 1999 e maio de 2000, encontrou algumas mudanças no sistema. Devido ao
fato da leucena não resistir a longos períodos de seca, existe a possibilidade de substituí-la por
alimentos como melancia forrageira, feno de guandu, feno ou silagem de maniçoba, vagem de
algaroba e raspa de mandioca, entre outras. Desta forma, Paulino et al. (2008) sugeriram uma
derivação ampliada do sistema CBL, o CGS (Caatinga – Gramínea – Suplementação), trazendo
embutida a ideia de suplementação volumosa para incrementar a disponibilidade de matéria seca
potencialmente digestível.
O sistema CBL mostra-se promissor por incorporar uma série de práticas de manejo capazes de
reverter o processo de degradação da caatinga e ao mesmo tempo poderia proporcionar às famílias da
zona semiárida uma maior produção de carne, leite e seus derivados, melhorando, desta forma, a renda
familiar.
2.4 Emprego da palma forrageira
O semiárido brasileiro é caracterizado por apresentar solos rasos, pedregosos ou arenosos com
pouca matéria org nica escasse e irregularidade das chuvas que causam severos danos
economia
regional com custos sociais elevados (Chiacchio et al., 2006; Silva, 2012). A pecuária, com destaque
para os bovinos, ovinos e caprinos, é uma das principais atividades desenvolvidas na região Nordeste
do Brasil e estes animais são criados extensivamente em vegetação nativa e apresentando peculiares
índices de produtividade.
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A sazonalidade na produção de forragem é comum, tornando-se um problema para o sucesso da
pecuária em todo Brasil. Porém, no semiárido o problema da sazonalidade é mais acentuado, sendo
que o total de chuvas anual, dependendo da localidade, esta entre 450 e 800 mm concentrados entre
três a cinco meses seguidos por uma estação seca, que dura de sete a nove meses. Assim, a palma
forrageira se destaca pela sua alta resistência a seca, por apresentar próximas da camada superficial do
solo uma rede de raízes finas adaptadas para absorver a água de chuvas leves e até do orvalho
(Oliveira et al. 2010), sendo uma cultura detentora de grande potencial capaz de contribuir
positivamente na alimentação dos rebanhos (Galindo et al., 2005).
Barbera (2001), em análise da história, importância econômica e agroecologia da palma
forrageira, escreveu que a mesma é utilizada mundialmente na alimentação humana, no arraçoamento
animal, como fonte de energia, na medicina, na indústria de cosméticos, na proteção e conservação do
solo, dentre outros usos nobres, a exemplo da fabricação de adesivos, colas, fibras para artesanato,
papel, corantes, mucilagem, antitranspirante e ornamentação. Segundo Silva (2012) existem três
espécies de palma encontradas no Nordeste brasileiro, a palma Redonda (Opuntia sp.), a palma
(Nopalea cochenilifera) e a palma Gigante (Opuntia
i da
-indica), esta a mais cultivada. Estes autores
ainda descrevem que elas s o plantas de porte bem desenvolvido, formato arborescente com 3-5 m de
altura pouco frondoso, sendo também e conhecida como palma gra da, palma da índia, palma grande,
palma santa, palma azeda, figo da índia, figueira da barbaria, figueira da índia, figueira do inferno,
figueira moura e tuna de castilha.
Pinto et al. (2011) estudaram a substituição do milho pela palma forrageira (Opuntiaficus-indica
Mill) nos níveis de 0, 25, 50, 75 e 100% na dieta de cordeiros e relataram que o peso de abate diminuiu
linearmente com a substituição do milho por palma forrageira. Consequentemente, houve também uma
diminuição do peso do corpo vazio, peso de carcaça quente e peso de carcaça fria. O aumento dos
níveis de substituição do milho por palma forrageira causou uma redução na densidade de energia das
dietas, que variou 2,3 - 2,05 Mcal kg-1 de MS, e outros nutrientes, influenciando o desenvolvimento e
a deposição de tecido dos cordeiros. Segundo esses autores a palma forrageira pode substituir até 75%
do milho em dietas para cordeiros Santa Inês em confinamento, sem prejudicar o desempenho,
características de carcaça e produção de componentes não carcaça.
A palma forrageira apresenta alta taxa de digestão ruminal, sendo a matéria seca degradada
extensa e rapidamente, favorecendo maior taxa de passagem e, consequentemente, um consumo
semelhante ao dos concentrados (Silva et al., 1997). Em estudo com diferentes suplementos (farelo de
trigo farelo de soja farelo de algod o e caro o de algod o associados
palma forrageira (Opuntia
ficus indica Mill cv. Gigante) em dietas para ovinos, Pessoa et al. (2013) não encontraram diferença
consumo de matéria seca, matéria orgânica e de nutrientes pelos animais. Sugeriram então que a
escolha destes suplementos fique a critério do produtor.
Bispo et al. (2007) avaliaram a inclusão de palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill) nos
níveis de 0, 14, 28, 42 e 56% em substituição ao feno de capim-elefante na dieta de ovinos, e
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demonstraram que a máxima inclus o (
o aproveitamento dos nutrientes.
água diminuiu linearmente
da palma forrageira aumenta a ingest o de matéria seca e
utro resultado que deve ser levado em conta é que o consumo de
medida que se elevaram os níveis de palma forrageira na dieta, em
decorrência de maior consumo de água via palma. Neste mesmo sentido, Costa et al. (2012) avaliaram
a inclusão da palma forrageira (Opuntia ficus indica Mill) nos níveis de 0, 25, 50, 75 e 100% na
matéria seca e relataram que o uso desta forrageira diminuiu, consideravelmente, o consumo de água.
Os mesmos autores ainda apontaram que a máxima inclusão da palma forrageira não influenciou o
ganho de peso final, porém foi observada uma diminuição linear no ganho de peso diário do
tratamento com 0% para o tratamento com 100% de inclusão de palma forrageira.
Silva et al. (2007), em estudo com vacas de leite, relataram que a palma forrageira (Opuntia
ficus indica Mill) pode ser associada a alimentos volumosos, em níveis de aproximadamente 0
na
matéria seca tais como baga o de cana de a car, feno de capim-Tifton, feno de capim-elefante ou
silagem de sorgo em dietas para vacas em lacta o sem alterar o consumo de nutrientes a produ o
de leite e a digestibilidade da matéria seca e dos nutrientes.
Diante das dificuldades impostas pelo semiárido nordestino como as secas prolongadas e a
dificuldade de produzir forragem, o cultivo da palma forrageira é uma importante ferramenta na
sustentabilidade da pecuária regional. Sendo que as dietas com maior proporção de palma forrageira
deveriam ser utilizadas no intuito de conferir maior sustentabilidade aos sistemas de produção.
2.5 Outras considerações quanto animais a pasto
Segundo Araújo Filho et al. (1995) a vegetação nativa do semiárido é bem diversificada, com
muitas espécies forrageiras nos três estratos: herbáceo, arbustivo e arbóreo. Estudos mostraram que
mais de 70% das espécies da caatinga participam significativamente da dieta dos ruminantes
domésticos. Em termos de grupos de espécies botânicas, as gramíneas e dicotiledôneas herbáceas
perfazem acima de 80% da dieta dos ruminantes, durante as águas.
Porém, à medida que a estação seca progride e com o aumento da disponibilidade de folhas
secas de árvores e arbustos, estas espécies se tornam cada vez mais importantes na dieta,
principalmente dos caprinos (Araújo Filho et al., 1995).
Caprinos são classificados como selecionadores intermediários no que tange aos seus hábitos
alimentares, ao passo que bovinos e ovinos são utilizadores de volumosos. Os pequenos ruminantes
são adaptados para consumir uma grande variedade de plantas, apresentando um comportamento
alimentar que pode ser classificado como oportunístico, facilmente modificando suas preferências
alimentares de acordo com a disponibilidade de forragem e a estação do ano.
O incremento na produção de forragens, para caprinos e ovinos, pode ser obtido com o emprego
de uma ou mais alternativas de manipulação da vegetação. As práticas mais comuns são rebaixamento,
raleamento e enriquecimento.
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O raleamento consiste na diminuição do número de árvores por hectare, reduzindo a densidade
de espécies de baixo valor forrageiro e madeireiro (ex: marmeleiro, malva-branca). Com a diminuição
do número de árvores em áreas onde há banco de sementes de espécies herbáceas, há aumento na
disponibilidade destas para uso na alimentação animal. Como os ovinos têm maior preferência por
vegetação herbácea, a prática beneficia mais essa espécie (Moreira et al., 2011).
O rebaixamento baseia-se em cortar a uma altura em torno de 70 cm espécies arbóreas
forrageiras (jurema-preta, sabiá, mororó), que possuem folhagem fora do alcance do animal. Esta
medida favorece os caprinos, uma vez que eles preferem plantas de folha larga.
Já o enriquecimento é feito com o objetivo de adicionar outras espécies, principalmente
herbáceas, à vegetação já existente em uma caatinga raleada.
2.5.1. Recursos alimentares disponíveis na região
Entre as diversas espécies nativas, merecem ser destacadas: capim-buffel (Cenchrus ciliaris),
leucena (Leucaena leucocephala), gliricídia (Gliricidia sepium) e palma forrageira (Opuntia fícus
indica Mill) e aproveitamento de forrageiras nativas da caatinga como a maniçoba (Manihot glaziovii
Muell), a algaroba (Prosopis juliflora) a melancia forrageira (Citrullus lanatus var. citroides), dentre
outras, incrementa a produção de bovinos, caprinos e ovinos no semiárido brasileiro (Coutinho et al.,
2013).
Para os bovinos é possível trabalhar com pastagens cultivadas de capim-buffel (Cenchrus
ciliaris), grama-aridus (Cynodon dactylon, var. Aridus) e capim-urocloa (Urocloa moçambisensis);
áreas de palma forrageira cultivadas com as variedades gigante (Opuntia ficus-indica), em sistema de
fileiras simples adensadas, consorciadas ou não com gliricídia (Gliricidia sepium), na linhas e milho
nas entrelinhas; bancos de proteína de leucena (Leucaena leucocephala), cultivada em alamedas e
consorciada com milho e/ou feijão; bancos de proteína de gliricídia cultivada em alamedas e
consorciada com o milho e/ou sorgo; cercas vivas forrageiras de gliricídia (Moreira et al., 2011)
3. Técnicas alimentares e de manejo para ruminantes no semiárido
Inúmeras são as formas para emprego de suplementos na produção de ruminantes, em especial
nas regiões semiáridas tem-se destaque para emprego de multimisturas, blocos, cactáceas e
leguminosas nativas, suplementos tradicionais, enfim, a escolha deverá partir pelo emprego mais
prático, que ofereça menor sazonalidade de oferta, preferencialmente com produção local, e que seja
bem aceita pelos animais trabalhados, além de oferecer facilidade na administração e nenhum risco de
intoxicação.
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3.1. Emprego de multimistura
Os sistemas de produção de caprinos podem ser classificados em especializados e mistos, no
que diz respeito ao tipo de processo de exploração utilizado se carne, leite, pele e/ou outros produtos,
ou mais de um item dentro do mesmo sistema (André Júnior et al., 2013), de forma similar também
tem-se observado tal diversificação na ovinocultura.
Os efeitos negativos da época seca estão presentes com mais intensidade à medida que a época
se prolonga. Nestas condições, o consumo de nutrientes pode ser insuficiente para atender as
necessidades de mantença, o desenvolvimento e a reprodução dos animais. Diante desse quadro, surge
a necessidade de se buscar alternativas para corrigir a deficiência nutricional dos animais com a
suplementação alimentar que incremente o sistema de produção.
A importância da suplementação proteico-energética de caprinos e ovinos explorados em regime
de manejo semi-intensivo tendo a vegeta o nativa “caatinga” como fonte primária para o pastejo,
surge como uma estratégia promissora. Neste contexto, as misturas múltiplas, formuladas a partir de
alimentos de natureza de proteína verdadeira e de energia, acrescidos de sal mineral, enxofre, ureia e
cloreto de sódio são usados com o intuito de aumentar o rendimento microbiano ruminal e, portanto,
reduzir perdas que afetem a eficiência de produção dos ruminantes (Tabela 1). Todavia, o uso de
mistura múltipla ou sal proteinado exige que exista disponibilidade de alimentos volumosos, mesmo
que não sejam de boa qualidade, caso contrário, os efeitos positivos esperados poderão não ser
alcançados. Recomenda-se o uso de mistura múltipla para caprinos mantidos a pasto, em particular na
época seca, mas, o seu uso não é proibido na época chuvosa (Zanetti et al., 2000; Barros e Bonfim,
2004).
Tabela 1. Fórmulas de mistura múltipla recomendadas para as matrizes e as crias
Ingredientes, kg
I
II
Milho em grão, triturado
27,00
27,00
Farelo de soja, triturado
20,00
15,00
Cloreto de sódio
30,00
30,00
Sal mineral
17,00
17,00
Ureia pecuária
5,00
10,00
Flor de enxofre
1,00
1,00
100,00
100,00
Total
Fonte: Barros e Bonfim, 2004.
Independente de idade, a formulação I pode ser usada para a adaptação dos animais à ureia, para
crias de idade não inferior aos 60 dias e durante a fase de recria. A formulação II pode ser destinada
10
Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
aos animais adultos, podendo o nível de ureia ser elevado até 15%. Em ambas as formulações, o
preparo é feito mediante o uso de sal mineral não pronto para uso.
O desempenho das funções produtivas pelo organismo animal gera demanda por nutrientes, em
particular energia, proteína, minerais e vitaminas que servirão de suporte a produção de carne, leite,
pele, fibra, pelo e esterco. Na busca pelo balanceamento no suprimento de nutrientes, deve-se
considerar a eficiência de uso nos sistemas de alimentação em situações específicas, para melhor
usufruto dos ingredientes dietéticos disponíveis, ponderando-se desempenho e economia, fatores
indissociáveis do ponto de vista zootécnico (Devendra, 1987).
Neste aspecto, os caprinos são beneficiados por serem capazes de selecionar as melhores partes,
ou seja, àquelas de melhor valor nutritivo dos diferentes extratos da vegetação ou forragem disponível
(Van Soest, 1987). Estudos têm possibilitado demonstrar que ao satisfazer as necessidades dos
microrganismos ruminais em proteína degradável e balanceando-se adequadamente a disponibilidade
ruminal de carboidratos, otimiza-se a produção de proteína microbiana, que é a forma mais econômica
de atendimento às exigências em proteína metabolizável (Fox e Barry, 1995; Prieto et al., 2000; SotoNavarro et al., 2004).
Um ponto importante a ser considerado, quando se decide pela suplementação alimentar é o seu
objetivo. No entanto, o custo dos ingredientes para a formulação do suplemento deve ser controlado,
de forma que não exceda ao retorno obtido pelo incremento em produtividade (Johnson e Van Eys,
1987; Morales et al., 2000; Malafaia et al., 2004). Deve-se tomar cuidado especial no que se refere ao
uso de suplementos acima do requerimento animal, e evitar o efeito substitutivo que pode ocorrer e
contribuir para elevar o custo da suplementação.
Segundo Barros e Bonfim (2004) a multimistura por si só não é capaz de suprir os
microrganismos ruminais em quantidades suficientes para atender suas necessidades, o que favorece a
diminuição da população microbiana ruminal. Com a diminuição da microbiota, mesmo que a ingestão
de matéria seca seja satisfatória, o uso de nutrientes pelo organismo para as funções produtivas, como
crescimento, ganho de peso, reprodução e lactação é afetado, muitas vezes, situando-se abaixo do
nível de mantença, o que se traduz em perda de peso e redução na função produtiva.
Deve ser destacado que o cloreto de sódio, presente na mistura múltipla, contribui para manter o
consumo de ureia abaixo do nível de toxicidade, visto que, o excesso desta favorece a elevação do
nível de amônia, produto da degradação da ureia no rúmen, o que pode levar a intoxicação e morte dos
animais. É importante que a multimistura contenha uma fonte de energia de rápida degradação, para
que a ureia seja convenientemente aproveitada pelos microrganismos ruminais. Em geral usa-se como
fonte de energia o milho e o sorgo em grão, a raspa de mandioca, o melaço e a polpa cítrica (Barros e
Bonfim, 2004).
O nitrogênio participa na síntese das proteínas microbianas, e a ureia torna-se uma importante
fonte deste nutriente, é de baixo custo e apresenta elevada concentração desse elemento. No entanto,
seu uso apresenta limitações, principalmente, pela elevada toxicidade. Para se obter o crescimento
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
máximo dos microrganismos ruminais, a quantidade de NNP não deve ultrapassar a um terço do
nitrogênio total da dieta. O restante deve ser fornecido na forma de proteína verdadeira, sendo que as
fontes mais usadas para a preparação de mistura múltipla são o farelo de soja e a torta de algodão
podendo se usar também farelo de girassol, torta de babaçu e soja em grão (Barros e Bonfim, 2004).
Embora forragens possam fornecer adequadas quantias de todos os minerais essenciais, em
algumas situações são deficientes em um ou mais elemento mineral, e a suplementação é requerida
para garantir o bom desempenho e a saúde do animal. No caso de ruminantes, o fornecimento
adequado de minerais deve ser feito para otimizar a atividade microbiana do rúmen e, assim, o uso das
forragens. Dos cerca de 50 minerais contidos no organismo, somente 15 são indispensáveis aos
processos metabólicos e por esta razão devem estar presentes nos alimentos: Ca, P, Mg, K, Na, Cl, S,
Fe, Mn, Cu, I, Co, Zn, Se e Mo. Os primeiros sete elementos são denominados de macrominerais, pois
são necessários aos animais em quantidades maiores, os oito últimos são considerados microminerais
sendo necessários em pequenas quantidades (Tokarnia et al., 2000).
Embora a deficiência de enxofre nas pastagens seja quase inexistente, este elemento é de
fundamental importância para a síntese de aminoácidos sulfurados. Recomenda-se adicionar enxofre
(S) à ureia para que as bactérias do rúmen consigam sintetizar aminoácidos sulfurados (cistina,
cisteina e metionina), sendo recomendada a relação N:S entre os limites de 10:1 a 15:1. Além da flor
de enxofre (enxofre em pó), são indicados como fonte de enxofre o sulfato de cálcio (17% de S) e
sulfato de amônio (24% de S) e o sulfato de cálcio Lopes et al. (1997).
Estudos têm descrito surtos de polioencefalomalácia (PEM) no Brasil, a PEM é caracterizada
por uma necrose com amolecimento (malácia) da substância cinzenta (pólio) do encéfalo. A etiologia e
patogênse da PEM em ruminantes ainda é controversa. Embora a PEM de ruminantes tenha sido
atribuída inicialmente à deficiência de tiamina, foi posteriormente observado que a condição pode ter
outras causas, incluindo intoxicação por enxofre. Portanto, é preciso prudência no fornecimento de
enxofre em pó associado à multimistura, devendo-se observar o teor desse mineral no sal comercial
adicionado ao suplemento (Lima et al., 2005; Sant´Ana et al., 2009).
Por outro lado, a variação da quantidade requerida de minerais pelo animal pode ser afetada
tanto pelos aspectos da fonte mineral (disponibilidade e forma química do elemento) como por fatores
intrínsecos ao indivíduo (grupo genético, idade, sexo, estádio fisiológico etc.). Além disso, dietas
deficientes em energia e/ou proteína também podem afetar o metabolismo de alguns minerais.
Portanto, ao se discutir os aspectos da nutrição mineral deve-se ter em mente que nenhum mineral atua
isoladamente, e que seu mecanismo de ação depende da presença quantitativa de outros minerais,
assim como dos demais nutrientes da dieta (Suttle, 2010).
Para facilitar o manejo é importante que o consumo de mistura múltipla seja voluntário o que
depende, principalmente, de sua palatabilidade. Este aspecto é favorecido pela inclusão do farelo de
soja e do milho o que leva ao aumento da ingestão.
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Por outro lado, a participação da ureia não deve ultrapassar 10% e o controle do consumo deve
ser feito pela presença do cloreto de sódio, e quanto maior a porcentagem deste menor será o consumo
da mistura. Barros e Bonfim (2004) recomendam disponibilizar de 1,0 g a 2,0 g dia -1 PV-1de mistura
múltipla.
Diante do exposto, entende-se que o uso de mistura múltipla como suplemento alimentar pode
ser uma alternativa racional, favorecendo a manutenção e o desempenho produtivo dos caprinos na
zona semiárida do Nordeste Brasileiro.
3.2. Blocos multinutricionais
Para os rebanhos localizados do semiárido, em períodos de estiagem, a oferta de forragens é
insuficiente em quantidade e qualidade para suprir as necessidades nutricionais, o que compromete o
desenvolvimento dos animais que apresentam índices produtivos e reprodutivos muito baixos.
O melhor aproveitamento das forrageiras já escassas e de baixa qualidade depende da
fermentação realizada pelos microrganismos do rúmen, que necessitam de substratos energéticos,
proteicos e minerais para o seu desenvolvimento e otimização da digestão dos componentes da fibra.
A suplementação que é uma estratégia utilizada para corrigir essas limitações com grãos, sais
proteinados, sais energéticos pode ser feita também por meio dos blocos multinutricionais (Freitas et
al., 2003).
Esta tecnologia inicialmente implantada em países dos continentes africano e asiático foi
absorvida por países da América Latina devido a similaridades das condições edafoclimáticas e pela
produção estacional de forragens de boa qualidade. Os blocos multinutricionais são misturas
solidificadas de produtos de agroindústria, ureia (fonte de nitrogênio não-proteico), ligante (cimento
ou cal) e um sal (conservante) (Ben Salem, 2010).
Os ingredientes são reunidos e após a homogeneização dos mesmos é feita sua compactação
para forma o dos “blocos”. Esses devem ter uma dure a tal que ao ser lambido pelo animal permita
o consumo restrito da mistura de modo a fornecer nutrientes ao longo do dia (Freitas et al., 2003). A
dureza do bloco é um atributo fundamental para regular o consumo e minimizar o risco de intoxicação
pela ingestão excessiva de ureia. Este autor associa melaço e cimento como reguladores de textura do
bloco (Freitas et al., 2003).
A utilização de blocos multinutricionais proporciona um bom funcionamento ruminal, sem
quedas bruscas do pH e picos na concentração de amônia ruminal, típicos da suplementação
convencional (Garmendia, 1994). Além dos benefícios nutricionais, os blocos oferecem vantagens do
ponto de vista logístico, devido à sua versatilidade, facilidade de manejo, transporte e armazenamento.
Outra possibilidade do uso de blocos nutricionais reside na adição de produtos medicamentosos
que podem conter fármacos anti-helmínticos e fungos nematófagos para controle de parasitas internos
(FAO, 2007), um desses aditivos tem sido o pó de alho, que já tem sido agregado à ração animal para
o tratamento de nematódeos gastrintestinais de ruminantes (Batatinha et al., 2004; Strickland, 2009).
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
A utilização de blocos multinutricionais compostos com o farelo de batata de purga (Operculina
macrocarpa) na suplementação de ovinos promoveu resultados positivos para alguns parâmetros de
cortes e de carcaça (Silva, 2014).
Embora os blocos possuam várias vantagens em comparação com outros tipos de suplementos,
a composição dos blocos nutricionais pode ser direcionada aos objetivos de produção conforme a
idade, estado fisiológico, manutenção, ganho de peso e reprodução sob condições extensivas de
pastagem (Kawas et al., 2010).
Nesse sentido, Salem e Nefzaoui (2003) relataram o uso de uma pré-mistura mineral-vitamínica
e a importância de nutrientes específicos para o suplemento sobre forragem ou ingestão total para
obter desempenho em ganho de peso. No entanto, uma mistura de blocos nutricionais pode utilizar-se
de subprodutos da agroindústria, alguns deles podem ser considerados como fontes de proteínas
(sementes de algodão, cereais cervejeiros, resíduo de polpa de tomate), outros fornecem energia (polpa
de laranja, o melaço e alimentações de trigo) e outros ainda como fontes de fibra como bagaço de
frutas (Salem et al., 2008), para reduzir a utilização de alimentos concentrados. Esta evolução é
impulsionada por políticas de produção agropecuária sustentável (Salem e Nefzaoui, 2003).
Kawas et al. (2010) recomendam dois tipos de blocos nutricionais que podem ser fabricados
para estações chuvosa e seca, respectivamente, com as seguintes características:
- Blocos mineral-proteico: este é um bloco de baixo consumo (cerca de 0,2-0,3% PV), com 30%
de proteína bruta ou mais. O objetivo de oferecer este bloco é complementar proteína, minerais e
vitaminas.
- Blocos proteico-calóricos: estes blocos podem conter minerais, maior nível de energia e menos
proteínas (20-25% de proteína bruta) do que um bloco mineral- proteico. A ingestão deste bloco
deverá ser maior (cerca de 0,4-0,5% PV).
Em um estudo de Atti e Salem (2008) para ganho de peso de ovelhas com uma dieta composta
de concentrados e fenos obtiveram os mesmos resultados utilizando-se blocos nutricionais em
substituição parcial do concentrado, com o benefício de compensar a deficiência de nitrogênio em
alimentos fibrosos aumentando a sua digestibilidade, o consumo e a disponibilidade de nutrientes
através da otimização da fermentação ruminal.
Alguns trabalhos tem sugerido o uso de blocos para o consumo de folhas de árvores forrageiras
locais com o objetivo de substituir a ureia. Martinéz-Martinéz et al. (2012) testaram quatro tipos de
folhas de árvores forrageiras dentre estas, duas dos gêneros Leucaena e Gliricidia, também
encontrados no semiárido brasileiro, para ovelhas em pasto. Os autores associaram o uso de folhas de
árvores forrageiras nos blocos como uma forma de preservar a qualidade desta forragem, seu estoque
por períodos mais longos, além do maior uso de forrageiras locais para compor os blocos.
Ben Salem e Znaidi (2008) utilizam os blocos como forma de substituir o concentrado que é
fornecido na dieta. Esses autores avaliaram a substituição de 25% e 50% do concentrado por blocos. O
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
desempenho dos cordeiros não foi alterado pela substituição, o que contribuiu para reduzir os custos
com a alimentação visto que se fez uso de subprodutos locais.
Os diferentes processos para fabricação de blocos incluem a compactação hidráulica que requer
com pistão e força entre 50 a 100 toneladas; compactação manual que não requer calor externo e
endurecimento do bloco com base em reações químicas, utilizando-se de óxido cálcio ou magnésio.
O consumo dos blocos para cabras e ovelhas em pastejo deve ficar entre 90 a 150 g dia -1; para
caprinos e ovinos em confinamento até 200 g dia -1 e para bovinos adultos entre 300 a 500 g dia -1.
Recomenda-se fornecer os mesmos somente após o 3o ou 4o dias de fabricação. Antes desse prazo os
blocos não terão a consistência ideal, o que pode acarretar um alto consumo provocando intoxicação
nos animais.
3.3. Subprodutos agroindustriais
A fruticultura irrigada vem crescendo na região Nordeste o que resulta no surgimento de
indústrias de processamento de frutas e extração de sucos. Essa atividade gera uma quantidade de
resíduos agroindustriais com potencial para aproveitamento na alimentação animal, especialmente por
ruminantes (Vasconcelos et al., 2002). Dentre os subprodutos destacam-se as cascas do melão, goiaba,
acerola, uva, abacaxi, caju, entre outras. A utilização dos subprodutos na alimentação de dos animais
serve como fonte alternativa de nutrientes, principalmente fibra, para o período de escassez de
alimentos (Rogério, 2005).
A potencialidade de utilização racional dos alimentos alternativos na alimentação de ruminantes
depende de conhecimentos sobre sua composição química-bromatológica, da disponibilidade de seus
nutrientes e do seu comportamento no trato gastrintestinal, bem como da avaliação do desempenho
produtivo e econômico dos animais com eles alimentados (Lavezzo, 1995).
Os valores da composição química-bromatológica dos coprodutos de frutas são variáveis, isso é
consequência de alterações nos processos de beneficiamento das indústrias, da qualidade dos frutos, da
incorporação de outros resíduos, da inclusão maior ou menor de cascas em relação às sementes.
Lallo et al. (2003) e Prado et al. (2003), trabalharam com diferentes níveis de substituição (0,
20, 40 e 60%) da silagem de milho pela silagem do coproduto de abacaxi. Concluíram que a silagem
do coproduto de abacaxi pode substituir em até 60% (base da matéria seca) a silagem de milho nas
rações para bovinos em confinamento, sem afetar a fermentação ruminal, desempenho animal (GMD
de 1,4 kg/dia), a conversão alimentar (6,7 kg/ kg PV) e o rendimento de carcaça (55,0%)
Alves et al. (2003) avaliaram o consumo de matéria seca (CMS) e o desempenho de novilhos
alimentados com o coproduto de maracujá in natura, fornecido como alimento exclusivo ou
suplementado com concentrado na proporção de 0,5 kg/100 kg de PV e contrastaram com os
resultados observados em novilhos alimentados com silagem de sorgo, como alimento exclusivo ou
suplementada com o mesmo concentrado, em idêntica proporção.
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
Esses autores concluíram que o coproduto de maracujá in natura foi superior à silagem de
sorgo, para bovinos em crescimento, proporcionando elevado CMS (3,67 e 3,28% PV, para dietas com
e sem concentrado, respectivamente) e ganho de peso de 1,45 e 1,38 kg/dia, para dietas com e sem
concentrado, respectivamente.
3.4. Animais confinados
O emprego dos alimentos acima citados, bem como as técnicas de alimentação enumeradas, são
formas importantes de se delinear sistemas de confinamentos para bovinos, caprinos e ovinos no
semiárido. O que se observa na prática em sistemas de produção de carne ovinos pelo Brasil central, e
que sem dúvidas tem ampla aplicação em regiões mais secas, é submeter animais de cria e recria
(terminação) ao sistema de confinamento pleno, pois tais categorias além de consumirem menor
quantidade de alimentos, estão fisiologicamente mais aptos a converterem alimentos em massa
corporal.
Alia-se ainda o fato de que com categorias mais novas tem-se um ciclo produtivo mais curto o
que pode, de certa forma, auxiliar o empreendimento quanto ao capital de giro. Quanto às matrizes e
reprodutores nesse tipo de sistema, pode-se optar pela técnicas de pastoreio ou suplementação já
mencionada nessa revisão.
Cabe por fim destacar, que a nutrição animal não consiste unicamente da formulação de dietas.
O manejo nutricional também tem influência no desempenho dos animais. A variação dentro de
rebanhos mestiços torna ainda maior a necessidade do agrupamento de animais com características
produtivas semelhantes. Para tanto, controles posteriores como pesagem do leite, ou do animal,
identificação, data de nascimento, idade ao primeiro parto entre outros estão relacionados também
com a separação por lotes. Os animais podem ser divididos quanto à produção de leite, fase de
lactação, ordem de parto, condição corporal, idade.
O agrupamento permite que animais de menor produção ou menor peso tenham acesso a
alimentos de mais baixa qualidade ou a dietas com menor densidade energético-proteica. O grupo de
maior produção ou maior peso poderá ser alimentado com dietas de altas concentrações de energia e
proteína para satisfazer suas demandas nutricionais diárias.
A alimentação é um comportamento dominante em ruminantes, e tem prioridade inclusive sobre
a ruminação. O consumo de alimentos é o fator de maior influência na produção animal (Grant e
Albright, 2001). Por isso, a estratégia de divisão dos lotes deve considerar, além dos requerimentos
nutricionais, a psicologia e fisiologia dos animais (Grant e Albright, 2001).
A divisão em lotes deve não somente minimizar os efeitos negativos da interação social e
encorajar as interações positivas, mas diminuir as variações dentro de um mesmo lote e aumentar a
variação entre os lotes. Um lote mais homogêneo faz com que a formulação das dietas seja facilitada.
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
O processo de agrupamento é dinâmico e deve ser planejado para minimizar o trabalho e tirar o
máximo proveito do momento fisiológico do animal. Dessa forma, as operações gerais na propriedade
ficam mais fáceis, já que os grupos se tornam uniformes. No entanto, a formação de muitos lotes pode
dificultar os trabalhos de formulação e distribuição das dietas. Além disso, a mudança contínua de
lotes promove estresse pela desorganização da ordem social do grupo.
É necessário observar se após as mudanças dos animais a dominância foi restabelecida. É ideal
não mudar um único animal e não fazer separação por lotes de forma muito constante.
Independente do número de grupos é essencial ter adequado espaço de cocho e água disponível.
4. Técnicas para suplementação nutricional das matrizes e suas crias
O fator primordial para adoção de um manejo alimentar eficiente é o conhecimento das
exigências dos animais em energia, proteína, minerais, vitaminas e água. Porém, o grau de exigência
pode ser influenciado por fatores como raça, categorias de produção, idade do animal, tamanho
corporal, temperatura ambiental e umidade do ar, entre outros (Leite, 2002).
Animais que caminham longas distâncias, ou são expostos a estresses ambientais, têm
requerimentos energéticos maiores que animais em confinamento. Quando estão em condições de
estresse calórico, os animais reduzem seus exercícios e o consumo de alimentos como estratégia para
minimizar a produção de calor pela atividade muscular e pela digestão. Devido à redução do consumo,
a dieta ingerida deve ser mais rica em energia e proteína, para que os requerimentos sejam atendidos
(Leite, 2002).
O estado fisiológico afeta significativamente as exigências nutricionais. Durante o terço final da
gestação e início de lactação as fêmeas precisam aumentar seu consumo de energia e proteína; e no
caso dos pequenos ruminantes que podem ter partos duplos ou triplos, as demandas por nutrientes são
ainda maiores. Por isso, a separação por lotes e categorias dentro do sistema é um manejo
recomendado.
A probabilidade de obter-se bons produtos ao parto está fortemente correlacionada com a
nutrição materna, antes, durante e especialmente no terço final da gestação, daí a razão de conhecer-se
o efeito que essa causa nas várias fases da gestação. Não há evidências de que o crescimento
embrionário – início da gestação - possa elevar os requisitos nutricionais da matriz gestante, mas
ressalta-se que para isso torna-se necessário que a mãe tenha sido bem nutrida até chegar na estação de
monta, pois em rebanhos subnutridos é comum observar-se grande retorno ao cio, pois a mortalidade
embrionária mais alta que demais fase fetais, o NRC (2006) demonstra pouca alteração nos exigências
nutricionais para cabras e ovelhas nesse período.
Mas Coop (1982) destacou que em ovelhas, após esse período os fatores endócrinos já
influenciam no desenvolvimento embrionário, notadamente a progesterona, e como alguns estudos
têm mostrado que a subnutrição afeta a liberação desse hormônio é de se esperar que possa atuar
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
negativamente nessa fase da gestação; indicando que o efeito da nutrição materna tem sido verificado
o
com maior segurança após o 21 dia de prenhez.
Perdas de peso da matriz no terço intermediário pouco interferirão na mortalidade fetal e/ou na
viabilidade das crias, desde que não ultrapasse 5% do peso vivo da mesma, mas em se tratando de
ovelhas, Robinson (1982) salientou que restrições com perda de até 12% do peso da mãe, podem
provocar reduções de ganho de até 10% no feto aos 90 dias. Sempre ressaltando que nas ovelhas
primíparas esse efeito apresenta-se mais acentuado.
Como o rápido crescimento da massa fetal é evidenciado no terço final gestação, é comum a
recomendação de melhorar-se o plano nutricional nessa fase. Tratando-se de cabras e ovelhas, atenção
especial deve ser dada à prolificidade do rebanho, pois fêmeas com gestação de gêmeos tem suas
exigências nutricionais elevadas (NRC, 2006). Para ser bem executado e acompanhado, faz-se
necessário uma boa sincronização de cios ou fazer estação de monta bem delimitada, sempre
mantendo uma perfeita escrituração zootécnica, contendo dentre outros dados, a data precisa da
cobertura (ou inseminação) e a provável época do parto (Borges et al., 2014).
Após o parto tem-se a fase de maior exigência das fêmeas ruminantes, como descrito para as
ovelhas Santa Inês por Ferreira (2009), que é a lactação, onde matrizes que parem gêmeos também
tendem a produzir mais leite, exigirem melhor manejo nutricional devido à maior exigência nutricional
(Macedo Júnior, 2011) e via de regra, perderem escore da condição corporal (ECC) em razão da
elevada mobilização de reservas orgânicas (ovelhas - Susin, 1996; vacas - Rennó et al., 2006; cabras Barbosa et al., 2009). Pires et al. (2010) registraram claramente os efeitos da amamentação e
interações existentes entre vaca e seu bezerro e destacaram vários tipos de manejo da amamentação ou
tipo de desmama para preservar o ECC da mãe em razão da mobilização ou desgaste que a
amamentação acarreta nos índices produtivos e reprodutivos, atuais ou futuros, de modo similar, o
mesmo dá-se com cabras e ovelhas e suas crias, com a agravante que tais fêmeas tendem a apresentar
maiores índices de prolificidade.
É possível encontrar em CODEVASF (2010) um esquema bem exposto da avaliação do ECC
em pequenos ruminantes, além de destaque de estimativa de peso vivo dos animais por intermédio da
obtenção do perímetro torácico obtido com fita métrica (Figura 2).
Para preservar a perda do ECC em fêmeas ruminantes, várias são as estratégias tecnológicas
adotadas; dentre as mais difundidas tem-se o emprego do creep-feeding, o creep-grazing e o manejo
de mamada.
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Anais do X Congresso Nordestino de Produção Animal, Teresina, PI: SNPA, nov. 2015: Palestras.
Figura 2. Estimativa de peso a partir da medição do perímetro torácico
Fonte: Sinn e Rudenberg (2008), citado por CODEVASF (2010).
4.1. Sistema de creep-feeding – cocho seletivo privativo
O conceito dessa técnica reside no fato de construir cochos cercado e, portanto, com acesso
seletivo e privativo para a categoria de animais mais jovens (cria/recria), onde se ministra alimentos
alternativos/substitutos ao leite, destinados à estimular as crias na ingestão de alimentos sólidos com
qualidade nutritiva e microbiológica, como também servir de ferramenta para diminuir a ingestão de
leite na mãe, facultando-lhe melhores condições para preservação ou recuperação do ECC. Como
resultado obtêm-se maiores pesos à desmama e menor desgaste da matriz com maior velocidade e
qualidade ao retorno de cio fértil.
De acordo com Neiva et al. (2004) o creep-feeding é uma estratégia de suplementação que tem
como principal objetivo a desmama de animais mais pesados. Consiste na suplementação alimentar,
durante a fase de cria, utilizando-se alimentos volumosos de alta qualidade, concentrados, suplementos
minerais e vitamínicos, efetuada em um cocho cercado de forma a permitir somente a entrada das crias
ficando as matrizes de fora. Além de aumentar o ganho de peso das crias no desmame, o creep-feeding
contribui ainda para a redução do desgaste das matrizes, principalmente as primíparas, que pariram
com baixa condição corporal. Silva et al (2010) também destacaram a importância do emprego creepfeeding para a ovinocultura no semiárido, mas chamaram a atenção para que a mesma seja criteriosa e
adequada às condições de produção de cada sistema, e que avaliação do suplemento usado, assim
como o pasto, deve ser feito de modo a otimizar os recursos disponíveis; pode-se inferir que não há
receita específica para a mistura do creep-feeding, como de resto, em outras práticas de suplementação
nutricional de ruminantes.
Como requisito para implantação da área de creep-feeding deve-se atentar para colocar no local
atrativos que “forcem” as m es a se deslocarem até o local; para isso emprega-se fonte de água
potável, mistura mineral ou se for possível, fontes de suplementação como multimistura ou
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concentrados; esses sempre dispostos a altura superior à altura da cernelha dos animais jovens (crias)
impedindo-lhes o acesso aos cochos e bebedouros da mães de seus contemporâneos mais velhos.
É sabido que a suplementação alimentar dos cordeiros e cabritos em sistema de creep-feeding a
partir dos 20 dias de idade é uma forma de acelerar o desenvolvimento ruminal e melhorar os ganhos
de peso. Devendo-se oferecer uma ração palatável de alto nível energético, com proteína bruta na faixa
de 14% e adequado teor de minerais (o creep-feeding pode ser empregado a partir da primeira semana
de vida, o teor de PB pode ser 18%, verificar essa possibilidade), ambos com NDT acima de 75%.
Em sistemas com creep-feeding para bovinos, os bezerros (as) recebem o concentrado
energético-proteico (PB entre 16 e 20% e NDT 75 e 80%), já misturado com a mistura mineral para a
categoria em um consumo individual e diário previsto entre 0,5 e 1,0% do peso vivo (Carvalho et al.,
2003); sendo que fatores como a quantidade e qualidade do pasto, produção leiteira da matriz,
potencial de crescimento, idade e sexo das crias, bem como o tempo de administração, o consumo e o
tipo de suplemento irão afetar a resposta, e o mesmo pode ser extrapolado para caprinos e ovinos.
Portanto a tecnologia do cocho seletivo e privativo pode ser empregada como forma de otimizar
o desempenho de fêmeas ruminantes que permaneçam a pasto com suas crias, em especial cabras e
ovelhas quando se deseja também a obtenção de três parto em dois anos, ou seja, intervalo de partos de
oito meses; fato bem usual em várias regiões do Brasil.
A técnica do creep-grazing consiste em cercar área destinada ao cultivo de material forrageiro
que terá acesso e uso exclusivo para os animais desejados (cria ou recria), onde a construção de cercas
visará espaçamento mais largo no primeiro fio próximo ao solo, de modo a permitir que esses animais
adentrem na área previamente preparada para recebê-los. Em alguns casos, emprega-se arame, liso ou
farpado, como também telas cuja malha permite tal acesso. Pode-se cultivar gramíneas, leguminosas,
forrageiras como rami, maniçoba, palmas e outras cactáceas, enfim, não faltarão recursos forrageiros
para atingir-se os objetivos, que assemelham-se ao creep-feeding.
4.2. Sistema de manejo de mamada – mamada controlada
Similar ao anterior essa técnica busca otimizar a reposta produtiva e reprodutiva das mães, não
expondo-lhes ao desgaste excessivo pela maior frequência das mamadas, mas também estimulando
suas crias a ingerirem alimentos sólidos de melhor qualidade, só que aqui os filhotes permanecem
confinados em área específica, bem higienizada, com livre acesso aos alimentos e água enquanto não
são apresentados às suas mães para as mamadas.
Funciona da seguinte forma: matrizes são recolhidas ao final da tarde para proteção e se
necessário, receberem suplementação (volumosa, energética, proteica ou uma combinação delas), bem
como poderem passar pela inspeção periódica quanto ao quadro sanitário; nesse momento, vindas dos
pastos, são colocadas junto às suas crias, que estavam confinadas em instalação específica para
animais jovens; por período que oscila de 30 a 45 minutos, as crias têm acesso aos tetos das mães,
mamando o suficiente para a saciedade momentânea; as crias são então novamente presas em seu
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confinamento; e na manhã seguinte, antes das matrizes irem para o pasto, são novamente colocadas
junto às crias para um novo ciclo de amamentação. Periodicamente, antes, durante e após esses
encontros, manejadores treinados e técnicos devam realizar as avaliações visuais de todos os animais
envolvidos.
5. Técnicas de monitoramento ou acompanhamento
Como ferramenta de auxílio às tomadas de decisão, a técnica mais conhecida e utilizada por
distintos sistemas produtivos na Zootecnia é escrituração zootécnica. É conveniente que para cada
animal seja feita uma ficha ou folha de caderno onde serão anotados todos os dados dos animais, tais
como data do nascimento, raça, filiação, coberturas, doenças, ganho de peso, produção leiteira entre
outras. As produções leiteiras serão conhecidas através do controle leiteiro que deverá ser feito
mensalmente. A identificação dos animais é de extrema importância, enfatizando com isso a
manutenção de uma escrituração zootécnica.
Todo curso de Zootecnia, Medicina Veterinária, Agronomia e Técnico em Agropecuária repassa
esse conteúdo aos alunos, porém o que visualiza-se na prática é que incontáveis propriedades não
realizam tal prática ou quando o fazem, não se tem o emprego prático e imediato dos dados obtidos.
Detecta-se uma falha desde a exposição do conteúdo ao então aluno, até a execução da técnica de
informação do agora profissional que atua na produção animal. Resta saber, onde e porque tal falha
persiste pelo que consta, a muitos e muitos anos. Mas sem dúvidas, não se aplica melhoramento
genético sem um sólido e confiável banco de dados, de modo similar, os manejos reprodutivos,
sanitários e nutricionais ficam sem apoio quando não se tem dados confiáveis sobre, por exemplo,
retorno ao cio, prolificidade, peso ao nascer, peso à desmama, consumo de ração versus ganho em
peso vivo, e daí por diante. Em suma, não se implementa processos de otimização, verticalização ou
intensificação de processo, recursos ou produtos se não houver dados que sirvam como balizadores,
moduladores, padrões do antes, durante e depois.
O passo inicial para a escrituração zootécnica é a credibilidade da informação registrada,
portanto a primeira providência que se deve ter é proceder a identificação de todos os animais do
rebanho (brincos, tatuagens, colares, chips etc.). A seguir escolher uma forma de anotação ou guarda
dos dados, desde as tradicionais fichas ou cadernos, até as atuais e dinâmicas planilhas eletrônicas,
todas podendo ser estocadas de forma eletrônica, seja em computadores ou tablets e mesmo em
condi ões virtuais como os ambientes das “nuvens” virtuais; lembrando-se sempre de ter-se em mão
cópias fiéis e atualizadas em um ou mais meios ou locais de arquivamento.
Por fim, aos profissionais da produção animal compete a realização dos devidos cálculos, para
extrair-se os índices ou valores pertinentes que o auxiliarão nas tomadas de decisão do processo
produtivo, visando sempre otimizar recursos de forma técnica e eticamente adequados, preservando o
ambiente onde atua, mas principalmente, que os dados colhidos, tabulados e arquivados são
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patrimônio daquele produtor que pagou pelos serviços, e a ele tem que retornar, sempre que os
serviços do técnico responsável não forem mais desejados pelo produtor, independente do contrato
celebrado entre as partes.
Recentemente o monitoramento do rebanho pelo uso de tecnologias de automação tem sido
introduzido na produção animal como suporte à decisão, especialmente para o gerenciamento,
implantação de estratégias de alimentação, controle de fertilidade, e promoção da saúde e conforto
animal. Sistemas computacionais específicos foram desenvolvidos para o manuseio das variáveis
ambientais e fisiológicas.
No entanto, as tecnologias são caras e normalmente são encontradas somente em centros de
estudo e pesquisa do país. Assim, é necessário fomentar o desenvolvimento de ensaios e experimentos
utilizando essas ferramentas para que seus resultados possam ser aplicados pelo produtor rural.
Um exemplo do estudo da zootecnia de precisão na produção é o trabalho desenvolvido Roberto
et al. (2014) que avaliaram as respostas fisiológicas e os gradientes térmicos de cabras Saanen e
mestiças ¼ Saanen + ¾ Bôer criadas no semiárido, com auxílio da termografia de infravermelho.
Segundo esses autores, mesmo em condições de confinamento, o período da tarde no semiárido
se torna estressante para os caprinos reduzindo os gradientes térmicos entre as temperaturas do núcleo
central e a superfície corporal e desta com o ambiente, elevando a frequência respiratória dos animais.
Também Silva et al. (2014) utilizaram a precisão termográfica para avaliar as raças Anglo
Nubiana e Alpina, ambas muito utilizadas nos programas de cruzamento, em relação à sua
adaptabilidade nas condições ambientais do semiárido brasileiro.
Esses pesquisadores concluíram que a raça Anglo Nubiana apresentou-se mais adaptada às
condições ambientais do semiárido enquanto a Parda Alpina necessitou de maior esforço respiratório
para dissipar o calor e manter a homeotermia, revelando ser mais exigente com relação ao sistema de
criação e manejo nas condições climáticas do semiárido.
Resultados como esses contribuem com a elucidação de que tipo de raça deve ou não continuar
a ser usada nos cruzamentos feitos para a região do semiárido.
O monitoramento dos animais em pastejo, a partir do conhecimento do seu comportamento
também parece contribuir para determinar ações de manejo, principalmente, na região da caatinga,
com um ambiente tão moldado pela ausência de chuvas. Em uma revisão, Carvalho et al. (2009)
discutem a pecuária de precisão, no contexto dos ecossistemas pastoris, como uma forma moderna de
gerenciar os sistemas de produção animal a pasto. O fundamento está em conhecer o comportamento
em pastejo dos animais e saber por que, e como, modificá-lo.
No trabalho de Carvalho et al. (2009) é citado um buçal-sensor , descrito por Penning (2004),
que se acopla abaixo da mandíbula dos animais e cuja distensão é reconhecida como movimentos
mandibulares, armazenando-se os registros num tipo de datalogger acoplado ao animal.
Outro exemplo discutido na revisão é o monitoramento acústico que tem como princípio os
movimentos mandibulares; esses apresentam características acústicas que permitem sua distinção
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como bocados, mastigação e movimentos compostos de mastigação-bocado, e a intensidade e tipo das
ondas sonoras produzidas pelo pastejo estariam associadas com a quantidade de forragem ingerida
(Laca e Wallis De Vries, 2000).
5.1. Cerca virtual e GPS
A cerca virtual normalmente baseia-se em um colar GPS, com sistema de disparo integrado. As
coordenadas do GPS são utilizadas para definir a virtual linha da cerca. O colar utilizado pelo animal
permite que seja mapeada a posição do mesmo no terreno, em relação ao limite de cerca virtual. Caso
o animal de aproxime da cerca pode ser emitido um tom de aviso e, caso continue em direção à cerca,
um estímulo elétrico é disparado (Umstatter et al., 2013).
A tecnologia GPS é cada vez mais aplicada em ciências animais, para monitorar a utilização de
pastagens e rotas de rastreamento, sendo muitas vezes combinada com outros equipamentos. Como os
dados do GPS são referenciados no tempo e no espaço, os parâmetros dele derivados podem ser
utilizados para obterem-se estimativas confiáveis das atividades diárias dos animais, bem como seus
padrões de horários de pastejo (Schlecht et al., 2004).
No semiárido, é possível que as respostas comportamentais dos animais em pastejo estejam
mais associadas ao clima em si do que de sua relação com o pasto. Estudos com dispositivos da
pecuária de precisão, como os citados acima podem, futuramente, contribuir para maior compreensão
de tais aspectos. Já é possível encontrar propriedades brasileiras com tal tecnologia implantada,
exclusivamente, para monitoramento e controle do rebanho, basicamente no que se refere ao manejo
nutricional (pastoreio ou suplementação) e reprodutivo.
5.2. Cerca elétrica solar
Ferramenta de controle mais acessível e de fácil implantação e manejo, cercas de contenção, em
especial a cerca elétrica solar mostra-se com futuro mais imediato e promissor para emprego em
regiões semiárida, pois complementa várias tecnologias já enumeradas.
Costa et al. (2006) descrevem o sistema de cercas eletrificadas com energia solar para caprinos
em sistema semi-confinado. As cercas elétricas utilizadas para a contenção de caprinos são construídas
com apenas 4 linhas de arames lisos e fixadas com isoladores em estacas de madeira localizadas a
cada 10m uma da outra, fixadas com grampos em estacas a cada metro de distância.
O uso da cerca elétrica em substituição à cerca convencional apresenta redução em até 40% do
custo, economia na manutenção, facilidade e rapidez na instalação e no deslocamento para outras
áreas. As áreas cercadas variam de 0,5 a 4ha, para criação de 5 a 50 animais.
No entanto, os autores discutem que um dos grandes desafios da implantação de novas
tecnologias em áreas rurais é a falta de assistência técnica. Esta proposta necessita do apoio financeiro
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de outras instituições governamentais e não governamentais. A ideia de responsabilizar a comunidade
na manutenção preventiva é bem aceita pelos beneficiados.
As novas ferramentas tecnológicas que estão disponíveis e estudos com base em suas análises
devem ser buscados. No entanto se uma “tecnologia” básica como escritura o ootécnica n o for
aplicada pouco adiantará discussões e reflexões acerca dos resultados alcançados com a pecuária de
precisão.
6. Considerações finais
Há enorme gama de tecnologias que podem ser aplicadas na produção de ruminantes no
semiárido brasileiro, algumas praticamente não demandam custos, outras demandam pouco e, por fim
aquelas que envolvem maiores investimentos para implantação e manutenção, e, portanto, exigem
criteriosa avaliação econômica antes de serem tidas como opção viável em sistemas produtivos de
pequeno, médio e grande porte.
Tecnologias relativas ao manejo nutricional devem ser priorizadas na exploração de ruminantes
no semiárido, sempre considerando-se o imenso potencial para produção de alimento – volumosos e
concentrados – que o ecossistema possui.
Investimentos em tecnologias que otimizem aspectos ligados à reprodução também podem
conferir elevados retornos aos sistemas produtivos existentes no semiárido, não só pela obtenção de
três partos em dois anos, possibilidade de se elevar a prolificidade dos rebanhos de caprinos e ovinos,
mas também porque a escrituração zootécnica dos evento reprodutivos tornam-se o passo inicial e
primordial para ter-se uma escrituração e controle mais amplos e fidedignos nas propriedades rurais.
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