resort plaza gardênia domina

Transcrição

resort plaza gardênia domina
Happy Hour Com Vinhos - 3
Sócio-Esportivo (foto) - 4 e 5
Palestras - 9 e 10
Entrevista: Estética Dental - 12
Campinas
IBEF EM REVISTA
Informativo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças - Campinas
Edição n° 88 - Setembro/2005
CONSELHO CONSULTIVO:
PAINEL ECONÔMICO 2005-2006
Conselho Ibef-Campinas: Amílcar Amarelo, Antonio Sanches Filho, Saulo Duarte Pinto Jr. (presidente) e Edmir Bertolaccini
PAPEL DAS ENTIDADES - MOMENTO ECONÔMICO - POLÍTICA - FUTURO
Páginas 6, 7 e 8
Expediente
O Ibef – Instituto Brasileiro de Executivos de
Finanças é uma instituição sem fins lucrativos
que reúne os principais executivos de finanças
do País e tem como objetivo o desenvolvimento
profissional e social através do intercâmbio de
informações técnicas, dos interesses comuns
nos negócios, da efetiva participação, da
representatividade institucional e da formação
de opinião. No Brasil, o Ibef associa cerca de
4.500 executivos com seccionais em Campinas,
São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul,
Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa
Catarina, Ceará e Distrito Federal. Na área
internacional, é filiado a IAFEI International
Association of Financial Executives
Institute, com sede em Zurich, na Suíça reunindo
26 países, com um total de 46.000 membros.
DIRETORIA EXECUTIVA CAMPINAS – 2005/2007
Presidente: José Roberto Morato
Vice Presidente: Marcos Mello Mattos Haaland
Dir. Secretário: Antônio Horácio Klein
Dir. Tesoureiro: Nildo Bortoliero
Dir. de Admissão e Freqüência: Amilcar Amarelo
Dir. Técnico: Francisco José Danelon
Dir. de Desenvolvimento: Antonia Maria Zogaeb
Dir. Jurídico: Arthur Pinto de Lemos Netto
Dir. Relações Externas: Roberto W. Promenzio
DIRETORES VOGAIS
Indústria: Fernando Alves Perches
Comércio: Rodrigo Benatti
Organismos Públicos:
João Batista Pereira Junior
Mercado de Capitais:
Guilherme Moreira Salles Jacintho
Serviços: Eduardo Correa Fazoli
Entidades Bancárias: Antonio Luis Arruda
Entidades Financeiras não Bancárias:
Francisco Torralbo
Securitárias: Milton Fernandes
Treinamento: Julio Pugliesi
Energia e Meio Ambiente: Wilson Mardonado
Informática: Daniel Maçano Junior
Logística: Antonio Bernardes Morey Jr.
CONSELHO FISCAL EFETIVO
Marcel Suzigan, Leopoldo Cielusinsky e Paulo
Rogério da Silva Caetano
CONSELHO FISCAL SUPLENTE
Gustavo Henrique Zanotto, Marco Antonio
Sereni Manfredi e Oswaldo M. Collado
CONSELHO CONSULTIVO
Saulo Duarte Pinto Junior, Amílcar Amarelo, F.
Edmir Bertolaccini e Antonio Sanches Filho
COORDENADORES DE COMISSÕES
Social: Antonio Bernardes Morey Jr.
Adm. e Freqüência:
Charles Foentes e Oswaldo Collado
Ética,Responsabilidade Social e Relações
Públicas: João Batista Castelnovo
Assuntos Técnicos: Luiz Antonio Furlan
Empresas Familiares: Dimas Tadeu Beato
Integração com Universidades: Paulo César Adani
IBEF EM REVISTA
Tiragem: 1.000 exemplares
Publicação bimestral do Ibef-Campinas
R. Barão de Jaguara, 1481 – 11° andar – conj. 113
Campinas – SP CEP – 13.015-910
Fones:(19) 3233-0902 e 3233-1851/Fax: 3232-7365
Site: www.ibefcampinas.com.br
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Coordenação Editorial: Antônio Horácio Klein
Jornalistas Responsáveis:
Edécio Roncon (MTb 16.114) e Vera Graça (MTb 17.485)
Apoio: Liê D´Ottaviano
Produção Editorial: Roncon & Graça Comunicações
Site: www.rongra.com.br
E-mail: [email protected]
Editorial
RETA FINAL PARA
O PRÊMIO
EQUILIBRISTA
José Roberto Morato - Presidente Ibef-Campinas
C
om o apoio e a participação
efetiva dos nossos associados
aliados ao trabalho de equipe
dos membros da diretoria, o IbefCampinas continua, como sempre, em
intensa atividade. Até agora já foram
realizados 21 eventos. Nosso Instituto
esteve presente na mídia por 166
vezes.
O Ibef promoveu com a Sociedade
Hípica de Campinas no dia 18 de
agosto, o evento “A Magia dos
Negociadores”, com o palestrante
Carlos Alberto Julio. É uma grande
satisfação para todos nossos
associados a realização de eventos
deste elevado nível, que contou com
aproximadamente 800 participantes.
Aproveito para agradecer a Cincom
que patrocinou o evento.
A 8ª Edição do Encontro SócioEsportivo Campinas, realizada de 2
a 4 de setembro no hotel-fazenda
Dona Carolina foi um evento que
contou com a participação de 130
pessoas. Todos os associados
participantes tiveram um final de
semana descontraído e de muitas
atividades, desfrutando do convívio
das famílias Ibefianas. Agradeço
ao patrocínio do Hospital e
Maternidade Albert Sabin, através do
Saúde Sabin, que enriqueceu este
evento tão aguardado por todos.
Já foi encaminhado a todos Ibefianos o material para que
sejam votados os destaques nas áreas
de Indústria e Comércio & Serviços e
também o Executivo Financeiro de
2005, que será agraciado com o título
de O Equilibrista. A cerimônia de
premiação deste ano, acontecerá no
dia 3 de dezembro, na Sociedade
Hípica de Campinas e contará
novamente com o patrocínio do Itaú
BBA. Não deixem de votar! O voto do
associado é fundamental para o
sucesso desta tradicional premiação!
Acontece de 14 a 16 de setembro,
no hotel Renaissance, em São Paulo, a
16ª Edição do CONEF - Congresso
Nacional dos Executivos de Finanças. Personalidades reconhecidas
do cenário econômico e político
nacional já confirmaram suas
presenças, como David Feffer (Grupo
Suzano), Emílio Odebrecht (Grupo
Odebrecht), Joaquim Levy (Secretário
do Tesouro Nacional), Nelson Jobim
(Ministro Supremo do Tribunal
da Justiça), entre tantos outros renomados profissionais. A programação social também está bastante elaborada. Assegure sua
participação, não deixando a inscrição para a última hora.
Um grande abraço a todos.
PESQUISA COM OS ASSOCIADOS
Antonio Horácio Klein - Coordenação Editorial
O Ibef-Campinas vem ao longo
dos anos se preocupando com a
melhor forma de atender aos
interesses de seus associados.
Somos quase 350 sócios, com os
mais diversos interesses e por isso a
preocupação é que o maior número
possível de associados tenham seus
anseios atendidos.
O Ibef tem como uns dos seus
princípios, a integração de seus
associados, principalmente àqueles
com interesse na área de finanças e
para isso não tem medido esforços
para que os eventos, palestras e
reuniões abordem os temas mais
relevantes do mercado econômico
mundial.
Além dos eventos técnicos e
palestras, abordando a economia
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como um todo, temos aberto espaço
para os temas qualidade de vida,
descontração através de Happy
Hours, integração familiar nos Sócios
Esportivos tanto nacional e principalmente no regional, não esquecendo o lado esportivo com o
Torneio de Tênis e o Futebol Society.
O Ibef em Revista abre espaços
para que os associados coloquem as
suas opiniões, sejam em forma de
artigos ou de entrevistas. Mas só isso
não basta. Para sabermos mais sobre
os associados, dentro em breve
estará circulando entre nós, uma
pesquisa para que possamos melhorar
ainda mais os relacionamentos.
Sua participação é muito importante, respondendo a pesquisa e
também nos eventos que o Ibef realiza.
Animação Depois do Trabalho
IBEFIANOS FAZEM O
SEU HAPPY HOUR
B
eber um vinho já é prazeroso, ao lado de amigos, o sabor fica
ainda melhor. A diretoria do Ibef-Campinas recebeu seus associados, amigos e convidados da entidade para um happy
hour com vinhos, tábua de frios e patês. O local do encontro, no dia
28 de julho também foi apropriado: a Expand Campinas.
A iniciativa de reunir os ibefianos para um encontro depois do
trabalho foi dos diretores José Roberto Morato, Marcos Haaland e
Saulo Duarte Pinto Júnior e do coordenador da Comissão Social da
entidade, Antonio Bernardes Morey Júnior. O Banco Bradesco patrocinou o happy hour e o apoio foi do escritório Lemos & Associados Advocacia. Veja os flashes desse animado encontro.
Leonardo Pavesi e Saulo Duarte Jr.
Convidados Microsiga
Maria Letícia Gonçalves e Fernanda Perches
Mabel Mendes e Najara Costa
Fernando Perches
e Arthur Pinto de
Lemos Netto
Luiz Carlos Junqueira e Túlio Esdras Cohn
Convidados Adelbrás
IBEF EM REVISTA
3
Fim de Semana Especial
SÓCIO-ESPORTIVO MOVIMENTA ASSOCIADOS
F
inal de semana é para relaxar, certo?
Para os associados do IbefCampinas, sábado, dia 3 e o domingo,
4 de setembro, foram dias de intensas
atividades esportivas. Eles participaram do
8º Encontro Sócio-Esportivo, realizado no
hotel-fazenda Dona Carolina, em Itatiba.
O hotel é instalado em uma autêntica
fazenda do interior paulista. Um ambiente propício para os associados disputarem diversas atividades esportivas, com
destaque para o tênis, natação e
caminhadas diárias de 5 quilômetros
pela região, que conforme relatório da
Unesco tem um dos melhores climas do
mundo.
Os associados tinham outras opções
esportivas tradicionais como piscina
climatizada, quadra de tênis de lisonda,
quadra de vôlei de grama, mini-campo de
futebol, parque infantil, sala de snooker,
mesas para jogar cartas, ping-pong,
pebolim, etc.
A sessão de auto-maquiagem para as
associadas e esposas, deu um tom
diferente e inovador ao Sócio-Esportivo,
aliando saúde, lazer, bem estar e um visual
caprichado. As fotos mostram esses
momentos de descontração, que teve ainda
sorteio de brindes. A sensação foi de um
verdadeiro festival de lazer.
O evento contou com o apoio das
empresas Anexxe, Structure, Studio W
(cortes de cabelo e maquiagem), Carmen
Stephan (sapato), Ângelo Verti (terno),
Spezzato (camisa), Bills Rock Shop (brincos),
Francesca Romana (colar), Blue Gardênia,
Aviamentos (jogo de toalhas para bordar).
O futebol como sempre atraiu grande
número de associados
Muita diversão também para os filhos dos
associados, no hotel Dona Carolina
A piscina também foi uma das boas
opções do Sócio-Esportivo
No Sócio-Esportivo, a quadra de tênis
contou com muitos atletas
PROGRAMAÇÃO DO 16° CONEF
O
16° Conef – Congresso
Nacional de Executivos de
Finanças terá este ano o
tema: Finanças Século 21: Oportunidades e Desafios. O evento será
realizado nos dias 15 e 16 de
setembro, em São Paulo, no Renaissance Hotel, com painéis
dedicados às políticas públicas com
foco no sócio-econômico-financeiro,
as reformas tributária e política, além
do tema básico do Congresso.
Para a abertura, logo pela manhã,
estão confirmados a presença de
quatro presidentes de grandes
empresas: David Feffer do Grupo
Suzano; Emílio Odebrecht do Grupo
Odebrecht e Marco Antonio Bologna
da TAM. No almoço haverá palestra
com o secretário do Tesouro
Nacional, Joaquim Levy. No dia 16, o
almoço palestra será com Pedro
Malan, ex-ministro da Fazenda e
atual presidente dos Conselhos de
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IBEF EM REVISTA
Administração do Unibanco e Globex
Ponto Frio e membro do Conselho
Consultivo da Alcoa. Antes, a abertura
será feita pelo presidente do Supremo
Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim.
O Congresso reserva para o período
da tarde painéis técnicos com temas
específicos de finanças, ferramentas
para os novos tempos. No dia 15, os
painéis estão a cargo de instituições
universitárias com seus professores e
especialistas de cursos de doutorado e
mestrado. O painel FIA/FIPECAFIórgãos de apoio à FEA/USP; “Operação
e Controle de Derivativos”, professor
Alexsandro Broedel; “Gestão de Risco
de Empresas”, professor José Roberto
Securato; e o “Deslanche do Mercado
de Capitais no Brasil: Desafios e
Oportunidades”, com os professores
Keyler Carvalho Rocha e Nelson
Carvalho. O painel Mackenzie debaterá
os temas “Decisões de Estrutura de
Capital: Aspectos Teóricos, Empíricos e
Práticos”, com o professor Wilson
Toshiro Nakamura; “Criando Valor com
os Ativos Intangíveis”, professor
Eduardo Kazuo Kayo; “Governança
Corporativa no Brasil e no Mundo”,
professor Alexandre di Miceli da
Silveira e “Opções Reais”, com o
professor Diogenes M. L. Martin.
Os painéis do dia 16, são sobre
“Finanças Corporativas e Gestão de
Risco: Responsabilidades dos
Administradores de Companhias
Abertas e Fechadas”, com o professor
José Eduardo Carneiro Filho;
“Administração de Fundos de Pensão
Fechados: A Proposta Inovadora da
FGV”, com o professor Willian Eid Jr.
e “Gestão Integrada de Riscos
Corporativos em Empresas NãoFinanceiras”, com os professores
Paulo Beltrão Fraletti e Ricardo Ratner
Rochman. Mais informações no site
www.ibef.com.br/conef ou pelo fone (11)
3289-1844.
Sócio-Esportivo
LAZER E QUALIDADE DE VIDA
Carlos Gargantini, Edmir Bertolaccini,
Marisa e Adriana Gargantini
Diversão total também
na aula de maquiagem
Animação foi a tônica do Sócio-Esportivo
Luiz Menezes, Junior, Nancy Rosa,
Mercedes Santos e Diego Menezes
Adauto Pedroso, Fernando e Fernanda
Perches, Lizi e Gentil Freitas
Alegria na hora dos sorteios dos brindes
Susy, Larissa, Edilaine, Marisa, Marlene,
Fabílola e Liê, após a aula de maquiagem
Erney Feltrin, Benedito Mazon, Silvio Orsini
e Arthur Pinto de Lemos Netto
Fabíola Vasconcellos, Angelica Maçano,
Renato Vasconcellos e Daniel Maçano Junior
Descontração na chegada do encontro
Associados se preparam
para a hora dos sorteios
Cibele Chiacchio, Antonia Maria e Antonia Zogaeb
Lemos e Associados Advocacia
Tel.: (19)
Fax: (19)
Av. José de Souza Campos, 619
Cep: 13025-320 • Campinas • São Paulo • Brasil
3755-7100
3251-2986
E-mail: [email protected]
www.lemosassociados.com.br
IBEF EM REVISTA
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Para Onde Vamos?
O CONSELHO CON
MOSTRA TENDÊNC
O Ibef-Campinas convidou o seu Conselho Consultivo para uma reflexão sobre questões que envolvem
a conjuntura econômica, a política brasileira e o comportamento da economia regional. A importância da
união empresarial nas próprias entidades de classe e as perspectivas para o próximo ano também
estão em destaque nesse Painel 2005-2006. O presidente do Conselho Consultivo, Saulo Duarte Pinto
Júnior, atua no mercado há 28 anos; Amílcar Amarelo, como ele próprio diz, há meio século; Antonio
Sanches Filho, atua há 35 anos e Edmir Bertolaccini, há 45 anos. Com a palavra o Conselho do Ibef:
Ibef - A união dos empresários em torno de interesses autopeças. Cada vez mais, a região está se transformando
comuns é possível?
num pólo aglutinador de alguns setores. Acho que a política
industrial é extremamente importante para otimizar recursos,
Saulo Duarte Pinto Júnior - Sim e muito importante. melhorar desde a infra-estrutura viária, os centros de pesquisa
Unidos e mais fortes conseguiremos restringir certas atitudes e com isso conseguir uma performance melhor dos setores.
que têm acontecido e que vão contra tudo e qualquer coisa
Amílcar - Há setores que têm uma preponderância maior
boa para o País.
em relação a determinado mercado ou produto. Mas a
Amílcar Amarelo - Sem duvida
nenhuma, a união faz a força. Mas, não é o
que acontece hoje. Vemos dispersão e falta
de convergência. Há reformas que se
arrastam anos e anos no Congresso e não
sairão se não houver uma pressão do
empresariado, daqueles que efetivamente
têm interesse no assunto.
Antonio Sanches Filho - A união é
necessária e penso que ela existe, mas não
na intensidade como imaginamos. Nesse
momento, essa união teria que ter uma
atuação maior. Temos entidades representativas de classe, mas sinto que falta uma
presença marcante desses grupos, a fim de
que essas representações sejam mais
fortes dentro do Congresso.
Edmir Bertolaccini - Está sendo
extremamente difícil unir a classe empresarial. Trago a experiência de outra entidade, que
duas décadas atrás tinha bandeiras que
Amílcar Amarelo
Saulo Duarte Pinto Júnior
aglutinavam os empresários. Mesmo com a
economia da época com 30% a 40% de inflação ao mês, dificuldade de efetivá-la envolve múltiplos interesses. Temos
apoiávamos o senso comum entre o empresariado. Lembro que que competir com gigantes, em nível de Organização Mundial
as maiores empresas da região faziam reuniões, trocávamos do Comércio, de Mercosul, que está quase desfeito, quando
telefonemas, éramos mais dinâmicos. Vejo o Ibef como um deveria ser uma força. Isso tudo leva ao enfraquecimento da
aglutinador, desde que, saibamos escolher as bandeiras para política industrial perante os grandes gigantes comerciais. O
motivar o empresário a vir para esses movimentos.
que falta é justamente união. É absurdo pensarmos que vamos
conseguir enfrentar os grandes produtores mundiais, sem um
Ibef - Há algumas décadas, fala-se que o Brasil precisa Mercosul forte ou sem associarmos à Nafta. A dificuldade está
urgentemente de uma política industrial, inclusive para na própria união básica dos interesses comuns. Nem todos
diferentes regiões do estado brasileiro. Porque é tão difícil vão ser comuns, mas quando houver uma maioria de
se efetivar uma política industrial? O que governos e convergência, haverão progressos no sentido de implementar
empresários precisam fazer para implementá-la?
essas políticas. Ninguém é líder sozinho. Eu creio que essa
união seja a base do sucesso.
Saulo - A política industrial é uma iniciativa importante até
Antonio - Deveríamos ter prioridades em relação à política
para que se consiga focar investimentos. Na Região industrial. Temos hoje uma carga tributária horrível e um nível
Metropolitana de Campinas já existe uma áurea de que é uma de juros no mercado que é extremamente maléfico para nossa
região de indústria de alta tecnologia, mas temos também competitividade. As prioridades deveriam começar com essas
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IBEF EM REVISTA
NSULTIVO DO IBEF
IAS PARA 2005-2006
Foto Arquivo Pessoal
duas reformas em relação à política industrial.
Edmir - O parâmetro principal da política industrial é a
vontade que o governo deveria ter no desenvolvimento
tecnológico do País. Temos exemplos fantásticos que poderiam
ser usados para segmentos da indústria brasileira, para ter
uma homogeneidade de crescimento. A Embraer foi fruto de
um investimento maciço do governo na escola de engenharia
aeronáutica. A Embrapa tem o maior centro mundial de
desenvolvimento tecnológico do agribusiness.O Brasil é o único
País no mundo que conseguiu desenvolver o Proálcool, uma
tecnologia para suprir o mercado automobilístico de álcool. A
Unicamp é o 2o maior núcleo de desenvolvimento de trabalho
científico do País, mas em verbas é o 23o. Falta respaldo do
governo. Vontade política.
representam, os rumos que querem incluir nessa política, para
trazer um equilíbrio social. O que se espera é o equilíbrio não
só na política, mas também na economia.
Antonio - A economia, depende da política. O problema é
que não temos uma estabilidade no Brasil. Vivemos de altos e
baixos. Todo lugar do mundo a política domina a economia, mas
há estabilidade. Por isso temos que estar muito atentos à política.
Edmir - Eu vivenciei na época, à frente da presidência de
empresa, constantes mudanças de regras na economia. O
investidor se apavora em relação a elas e se pergunta: ‘Como
é que eu vou pôr dinheiro nesse País?’. É preciso ficar atento
porque qualquer escorregão pode pôr em falência um segmento
inteiro da indústria.
Ibef - Um governo organizado poderia ajudar mais o
mercado produtivo? O que o governo
pode e deve fazer nesse sentido?
Saulo - Um governo organizado traria
credibilidade. Acredito que seja uma das mais
importantes qualidades para se trabalhar.
Ele deve também ter uma responsabilidade
fiscal, monetária que fatalmente baixaria
a taxa de juros, diminuiria uma série de
coisas que hoje impactam os negócios.
Um governo organizado traria benefícios
para a classe produtora.
Amílcar - Um governo, se não tiver
organização e coerência, não chega a lugar
algum.Organização traz tranqüilidade. Não
sei se é a hora certa de considerar essa
pergunta. Não se falta ética, falta princípio
ao governo atual. Não diria que está desorganizado. É que as virgens castas
mostraram que não são tão virgens castas
Antonio Sanches Filho
Edmir Bertolaccini
assim. Essa foi a maior decepção. Não
acredito que no passado houvessem
Ibef - Porque no Brasil, o empresariado precisa estar pessoas mais sérias, mas éticas, mais honestas. Mas
sempre atento aos movimentos políticos de Brasília para desconhecíamos o fato, o que nos leva a crer hoje, hipoteticamente, que as coisas fossem diferentes. E particularmente não
tocar o dia-a-dia. Tem como ser diferente?
era, porque as coisas não mudam de uma hora para outra. O PT
Saulo - Estamos numa aldeia global, um espirro lá fora teve a infelicidade de que se conhecessem as suas fraquezas.
Antonio - O governo organizado seria focado em reformas.
repercute num possível resfriado aqui. Todo esse imbróglio que
está acontecendo, com certeza, tem reflexos. Há empresário Temos um sistema tributário extremamente complexo e por
segurando investimentos, pensando melhor o que vai fazer e isso somos ineficientes. Temos que ter uma estrutura grande
até outros extremamente assustados. As repercussões para poder suportar essa complexidade. Um governo organizado
negativas redundam, rapidamente, em desestímulo à toda a seria focado para aumentar a eficiência do setor produtivo.
Edmir - Não vejo no governo atual posicionamento
classe produtora.
Amílcar - Não se pode dissociar política da economia, estratégico para o desenvolvimento. Esse governo não disse
embora sejam diferentes. Uma caminha paralela à outra. As ainda a que veio e o que quer desse País. A primeira coisa
decisões e vontades políticas dos governos fazem com que a que se faz com uma empresa quando se quer colocá-la nos
economia tenha um rumo, seja ele qual for. Acredito que os trilhos é perguntar: “para onde queremos ir?”. Falta ao governo
empresários devem estar atentos aquilo a que a política indica. Lula um planejamento estratégico de desenvolvimento do País.
Eles têm que estar influenciando, através dos órgãos que os Sem isso não vamos a lugar algum.
Continua na página 8
IBEF EM REVISTA
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Conselho Consultivo do Ibef
PAINEL ECONÔMICO 2005-2006
Ibef - Em que medida as crises políticas afetam o meio
empresarial ou já não afetam tanto como no passado?
sustentáculo para a economia. Por outro lado, os países
emergentes estão crescendo e o Brasil está na rabeira, se
não for o menor, é um dos. O petróleo está batendo recorde
Saulo - O brasileiro está acostumado com crise, mas esta de preços. O preço das commodities está caindo. Espero,
está muito forte. Todas as instituições estão sendo atingidas, ardentemente, estar enganado, mas a minha expectativa
o que é muito ruim. Traz uma desesperança. É uma coisa que para 2006, não é das melhores. Infelizmente, acho que os
acaba com a auto-estima, desestimula para o futuro. Penso índices de crescimento vão diminuir.
que as crises são muito ruins para o brasileiro como um todo.
Amílcar - Sou mais otimista. A economia internacional
As pessoas se perguntam: ‘Será que não têm honestos na está em momento de crescimento, já se fala em 4% e nada
classe política? Estamos entregando o Brasil na mão de indica que em 2006 não aconteça a mesma coisa. Embora haja
quem?. Será que só há corruptos’?
o fator petróleo, a economia como um todo está fortalecida. Isso
Amílcar - O ser humano é frágil por natureza e sucumbe a é um suporte para o comércio exterior brasileiro. É afetado pelo
tentação. Isso não é de hoje e não vamos nos enganar. Ocorre câmbio, mas há um fator importante como as commodities
que aqueles que disseram que eram bons, mostraram que metálicas, que tiveram um efetivo aumento de preço em dólar.
não são e isso é um grave
Hoje, a Vale do Rio Doce vende
problema. Sempre convivemos
uma tonelada de minério de
com crises e o próprio relacioferro com 40% a mais em dólar.
namento em si é feito de altos
Não podemos nos esquecer de
e baixos, interesses que se
uma coisa, que o comércio
chocam. Nunca haverá um
mundial que o Brasil faz parte
período onde não haja crises.
e está sustentando a econoHoje, no entanto, passamos
mia interna é uma economia de
por um desequilíbrio total, onde
escala. Isso está alavancando
não há credibilidade nos
a lucratividade das empresas.
nossos políticos. A coisa está
Outro aspecto importante é a
evoluindo para um descrédito,
convergência da inflação, que
que é até perigoso. Nós, que
na opinião dos entendidos é
temos uma certa responque ela caminhe para um
sabilidade e comandamos
patamar de 5%, mesmo com
Conselho Consultivo do Ibef-Campinas:
empresas e pessoas, temos
todo o conservadorismo do
Amílcar, Sanches, Saulo e Bertolaccini
que tomar decisões no caminho
Banco Central. Isso levará a uma
certo. Temos que ter um pouco de esperança, de fé, de não redução gradual dos juros. Dizem que em junho de 2006 talvez
desanimar e levar as coisas para um rumo onde possamos estejamos em 16%. Todos esses fatores aliados à economia
sair da lama. A economia, com tudo isso que está ai, vai crescer mundial em 2006, farão com que a nossa desgraça no Brasil
3% no mínimo; a balança comercial tem registrado superávit. seja menor. É muito difícil fazer futurologia e ninguém sabe
Não podemos deixar nos contaminar por meia dúzia de pessoas o que vai acontecer com essa crise política, mas acho que
que efetivamente não assumiram compromissos que juraram as instituições que temos estão fortalecidas a ponto de
respeitar. Eu diria que esse País não vai sucumbir à crise.
manter essa economia num rumo. Eu vejo um quadro
Antonio - As crises nos afetam bastante. O Brasil é suscetível de enfrentarmos com verdadeiro sucesso.
chamado país do futuro porque somos eternamente do futuro.
Antonio - Considerando que não tenhamos grandes
Falar em crescimento de 3% é a metade da média de novidades, não vejo expectativa do ano seguinte ser melhor
crescimento da América Latina para este ano. É pífio, é do que este. Na melhor das hipóteses, vejo um crescimento
nada! O Brasil deveria ser o líder de crescimento.
de 3%. Não há nenhum outro indicativo que possa nos trazer
Edmir - Achei que com o tamanho dessa crise política no uma esperança de um crescimento maior.
País, a economia fosse ser afetada mais do que está. Foi
Edmir - Já passamos por muitas expectativas de
uma surpresa. As crises atravancam o crescimento. Não é mudanças da economia: inflação alta, cruzado, cruzeiro,
bom, principalmente para as multinacionais, estar num país real, mas nenhuma situação se equivale ao que temos
que vive a cada dia um escândalo diferente.
hoje em termos de vulnerabilidade. Commodities caindo,
um governo extremamente frágil e pior, 2006 será um
Ibef - O que podemos esperar para 2006?
ano de eleições, o que é um fator de turbulência, de
incerteza. O governo pode relaxar no controle da inflação
Saulo - A blindagem da economia está calcada numa para poder incrementar o PIB e fazer rodar esse País
política responsável e também está aliada a uma situação numa velocidade maior, às custas de uma inflação maior,
mundial. Há outro aspecto: o volume de exportação está muito porque vai querer disputar eleições com um poder maior.
grande, trazendo dólar, moeda forte, o que está dando esse Sinto uma incógnita.
8
IBEF EM REVISTA
Palestras
COMO “AFIAR O MACHADO” E
UMA NOVA TEORIA ECONÔMICA
N
egociar é a arte de seduzir e saber o que fazer com o
objeto seduzido. As palavras são de Carlos Alberto Júlio,
que ministrou palestra no dia 18 de agosto, a convite do
Ibef-Campinas em parceria com a Sociedade Hípica de Campinas.
Júlio é o autor do livro A Magia dos Grandes Negociadores, onde
estabelece Regras de Ouro do Negociador Nota Dez.
Na palestra, Júlio abordou a necessidade de se fazer
mudanças para conquistar a fidelizar clientes e ser bem sucedido
nas negociações. A globalização, segundo ele, é igual à mudança
e citou exemplos de grandes grupos empresariais do Brasil que
desapareceram do mercado porque, de uma certa maneira, não
afiaram os machados enquanto descansavam e não estavam
também abertos às mudanças. “Afiar os machados é aquele
momento em que a empresa precisa dar um tempo de reflexão
REGRAS DE OURO
. Afie o machado enquanto descansa.
. Esteja sempre aberto às mudanças
para não ficar pelo caminho.
. Dê atenção ao seu cliente ou ele irá
buscar a atenção em outro lugar.
. Aprenda a aprender para aprender sempre.
. Respeite sempre as diferenças de
comportamento das pessoas.
. Procure entender que pessoas diferentes
se comportam diferentemente.
. Procure identificar o perfil do
comportamento do seu cliente.
. Crie um clima agradável ao relacionamento.
. Seja o consultor do seu cliente.
. Cliente gosta de trabalhar com gente feliz.
para verificar se está no foco certo ou
aprimorar alguma coisa. Estar
aberto às mudanças, obviamente é
estar atento ao que o mercado está
dizendo”, explicou. Hoje está fora do
negócio quem não tem atitude de
mudança, segundo o palestrante.
“Na década de 70, o importante era
ter capital, na década de 80, a
tecnologia. Hoje são as adaptações
às mudanças”. O palestrante
apresentou uma pesquisa de varejo
junto às empresas onde 68% da
perda de clientes é sempre em razão
Carlos Alberto Júlio
do mau atendimento ao cliente.
Grandes negociadores, explicou ele, sabem que um dos caminhos
para uma boa negociação começa ao estabelecer um clima
agradável para a negociação e a geração de credibilidade. Como
fazer isso nos poucos minutos iniciais de um encontro?
“Conhecendo o perfil comportamental do cliente antes de sair da
sua empresa para a primeira negociação ou reunião”, disse. O
negociador estabelece algumas características do perfil
comportamental que ele resume em quatro deles: o pragmático
(de gestos impositivos, que tem um tom de voz forte e
quer respostas rápidas); o analítico (gestos menores,
mais pensativo e que quer informação); o afável (gestos mais
suaves, voz que beira a reflexão e quer conselhos) e por último
o que ele chama de expressivão (gestos largos e quer
relacionamento). “Como negociador é preciso conhecer um
pouco de cada um desses perfis para saber como respeitar e se
fazer respeitado. Um cliente respeita o negociador quando se traz
solução, conhece o produto e o mercado”, concluiu.
Ecoeconomia - Uma Nova Abordagem
O
s efeitos colaterais do crescimento econômico para o
meio ambiente e para os resultados sociais são
ignorados pela teoria econômica tradicional. Existem
várias crenças, enraizadas na teoria econômica que, por serem
mitos, não são seriamente questionadas, nem avaliadas.
As palavras são do economista-chefe e estrategista do ABN
Amro Asset Management, Hugo Penteado, convidado pelo
Ibef-Campinas para a palestra Cenários Econômicos e
Ecoeconomia”, realizada no dia 14 de julho, no hotel The
Royal Palm Plaza & Resort, em Campinas.
Penteado é autor do livro “Ecoeconomia - Uma Nova
Abordagem”, que mostra as conexões que ligam os seres
humanos aos recursos naturais e como a humanidade
caminha em direção de um colapso sócio-econômico-ambiental, por conta de mitos. Ele citou três deles que considera
“absurdos e que estão por trás de
todas as convicções econômicas
da atualidade e acima de tudo
nas decisões político-econômicas do mundo”.
O primeiro mito: os economistas consideram o sistema
econômico neutro para o meio
ambiente. O segundo é tecnológico e o raciocínio é que o meio
ambiente é inesgotável. Segundo
Penteado, não há um só exemplo
de expansão econômica que não
tenha causado esfacelamento dos
ecossistemas e não é à toa, que a
Hugo Penteado
humanidade colocou a vida na
Terra no maior processo de extinção dos últimos 65 milhões
de anos. “Resta saber se a humanidade, que continua sendo
uma espécie animal, vai ficar imune a esses processos nada
naturais ligados a um sistema econômico em choque com o
sistema natural da qual depende totalmente
para
existir”, afirma.
O terceiro
mito declara
que todas as
benesses sociais derivam
do crescimento econômico.
“A hipótese de
que o crescimento econômico é gerador
Grupo do ABN AMRO
de bem-estar
social e de um
nível crescente de empregos precisa ser revista o quanto antes”,
diz. Penteado alerta para as conseqüências dos erros da
teoria econômica que são muito graves. Ao contrário do que se
acredita, diz ele, os resultados econômicos derivam dos
resultados sociais. “Os governos do mundo todo precisam ter
uma política clara de preservação do meio ambiente. Temos que
crescer e melhorar a situação da sociedade. Crescimento, até
agora, tem produzido três coisas apenas: concentração de riqueza,
destruição de emprego e destruição da natureza”, conclui.
IBEF EM REVISTA
9
Palestras
TEMAS ECLÉTICOS
NA AGENDA DO IBEF
Tendências das Telecomunicações
O
setor das telecomunicações no Brasil foi o que
mais sofreu mudanças tecnológicas desde a sua
privatização. As telecomunicações avançaram com
novas aplicações e soluções sejam para o mercado
corporativo ao usuário em geral. O avanço da telefonia
celular, o uso da internet e
da comunicação de dados
foram temas apresentados
na palestra As Telecomunicações, Tendências
e Soluções, realizada pelo
Ibef-Campinas, no dia 5 de
julho. O palestrante foi
o especialista Ricardo
Sampaio, que atua há 28
anos no mercado de telecomunicações. Administrador de Empresas,
Sampaio tem experiência
nas áreas de rádio e TV,
comunicação de dados,
internet e telefonia. É
formado pela Escola
Superior de Administração
de Negócios com pós-graduação em Marketing pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é diretor de
Vendas SP-Interior da Embratel.
Fundos de Previdência Privada
A
advogada Lúcia Helena D´Angelo Mazará foi convidada
pelo Ibef-Campinas para ministrar palestra sobre Fundos
de Previdência Privada. A palestra foi realizada no
dia 21 de julho, no hotel New Port, em Campinas. Lúcia Helena
abordou sobre o regime previdenciário, distinção entre entidade aberta e fechada,
planos de previdência
complementar, principais aspectos dos
planos da previdência
aberta e fechada,
tributação para as
pessoas física e jurídica, a nova legislação do Imposto de
Renda (regime regressivo x progressivo) e
aspectos da Medida
Provisória do Bem.
Especialista na
área de Gestão Legal
em Patrimônio do
escritório Emerenciano Baggio e Associados Advogados, com
13 de experiência na área jurídica, em diversos setores, como
a Previdência Privada, Lúcia Helena também foi integrante da
Associação Nacional de Previdência Privada (Anapp) e do
Sindicato das Entidades de Previdência Privada (Sindepp).
MP do Bem
A
Medida Provisória 252, que ficou conhecida como
a MP do Bem traz incentivos fiscais concedidos
pelo governo para empresas de diversos
segmentos. Entre os pontos principais, destacam-se o
incentivo às empresas exportadoras, à exportação de serviços de tecnologia da informação, ao investimento em pesquisa e desenvolvimento, aos
setores do investimento produtivo, às micro e pequenas empresas e inclusão digital, por exemplo. Para detalhar as principais mudanças, o Ibef-Campinas
convidou dois especialistas em tributação, Fabiana
Bressani Costa e Adilon Rogério Lobo de Melo, para
uma palestra realizada no dia 11 de agosto, no hotel
New Port,
em Campinas. Adilon
é
advogado
e ger e n t e d e impostos da
Deloitte.
Fabiana
é expert
em consultoria
tributária.
10 IBEF EM REVISTA
Medicamentos Genéricos
O
s genéricos ainda não ganharam a confiança dos
médicos e da população. A falta de conhecimento e
informação é o principal motivo, segundo o diretor
comercial do Laboratório Cristália Produtos Químicos e
Farmacêuticos, Florisvaldo José Lesses, durante palestra
Medicamentos Genéricos,
realizada no dia 13 de julho
no auditório da Associação
Comercial e Industrial de
Mogi Mirim (ACIMM), em
parceria com o Ibef-Campinas. O objetivo da palestra
foi o de esclarecer dúvidas
sobre os medicamentos
genéricos, que hoje detém
10% do mercado de medicamentos no País. “Hoje,
a grande batalha do genérico
é fixar na mente do médico e
do paciente que medicamento existe e que é de
confiança”, ressaltou Lesses,
quando questionado sobre a
popularidade dos genéricos.
A palestra foi promovida em
parceria com o Sindicato do Comércio Varejista de Mogi Mirim
(SCVMM), o Laboratório Cristália e a rádio Nova Onda.
ANIVERSARIANTES
Outubro
13 – Aylton Ardito
13 – João Batista de Carvalho
15 – Carlos Mario S. Marangão
15 – Fernando Miguel Bimonti
15 – Marco Antonio F. Aguilar
15 – Roberto César Q. Reis
16 – João Batista Castelnovo
18 – Delcides Barbosa
20 – Carlos Eduardo R. Staut
22 – Antonio Horário Klein
1 – José Luiz Zambotti
2 – Carlos Alberto Pinto Neto
2 – Júlio Braga Pinto
6 – Arthur P. de Lemos Netto
6 – Valdir Correia Grangeia
7 – Gilberto Brina
7 – Maria Ângela B. Nogueira
10 – Alexandre Leme P. Leite
11 – Marcio F. de Oliveira
11 – Marcio Rovere
22 – Dines Schaffer
23 – Arnaldo A. Rezende
23 – Edson José Miquilini
23 – José Lopez Vazquez
26 – Antonio Carlos Lima
27 – Antonio Sanches Filho
27 – Carlos O. de Miranda
27 – Christiaan Van Raij
28 – Paulo C. D. de Castro
29 – Fernando A. Mazzoleni
Novembro
1 – Julio Pugliesi
3 – Mauricio Rezende
4 – Roberto Bandiera
11 – Joaquim Carlos Dias
16 – Maria de Lourdes Garrido
17 – Antonia Maria Zogaeb
17 – Ercílio Cecco Jr.
19 – José Roberto Morato
21 – Amílcar Amarelo
23 – Edson Luiz de Menezes
23 – Sergio Santana
24 – Osvaldo Davanço
25 – Afonso M. de A. Moreira
25 – Carlos Alberto Samogin
26 – José Luiz Mosca Jr.
28 – Silvio Orsini
NOVIDADES
• Quer saber mais sobre o contato conosco através do
17° Conef? Acesse o site
www.ibef.com.br/conef e
obtenha a programação
completa e todas as informações
necessárias
para sua participação.
• Sob o comando do
associado Amílcar Amarelo, a empresa Archivum
Guarda de Documentos
recebeu a certificação ISO
9001/2000, sendo a única
empresa de seu ramo
a possuir tal certificação. Parabéns.
• O Ibef-Campinas conta
agora com o apoio do
estagiário Nestor Campos,
enriquecendo a equipe
de trabalho e apoiando a
área de pesquisa e eventos.
• Gostaria de patrocinar
algum evento específico
no Ibef-Campinas? Faça
e-mail [email protected] .
• O material para votação do
Equilibrista e Destaques de
2005 já está com a secretaria.
Solicite envio, através do fone
(19) 3233.0902 ou e-mail
[email protected]
• O Ibef-Campinas está preparando uma pesquisa de
satisfação entre os associados,
junto a uma conceituada
empresa de pesquisa de
Campinas. Em breve serão
divulgados os detalhes.
• Anote a data do 6° Torneio
de Tênis do Ibef-Campinas:
sábado, dia 8 de outubro.
• Gostaria de anunciar sua
empresa ou produto no Ibef
em Revista? Faça contato
com a secretaria.
NOVOS SÓCIOS
• Karina Calicchio Ferreira - PanAmericano DTVM - S/A
• José Antonio de Souza Melo - Tetra Pak Ltda
• Marcos de Figueiredo Ebert - Ebert Farmácia de Manipulação
• Leanne Cresta de Barros - Deloitte Touche Tohmatsu
• Carlos Eduardo Novaes de Souza - Engeval Eng. de Avaliações
• Ricardo Martelliti Genin - HSBC Bank Brasil S.A - Banco Múltiplo
• Flauzino A. Ferreira Neto - Net Serviços de Comunicação S/A
• Luis Carlos Maria Solimeo - Coim Brasil Ltda.
• João Claudemir Ricciotti - Nogueira S/A Máq. Agrícolas
• Maria Letícia de B. e Gonçalves - B & G - Advocacia e Consultoria
Acesse o site: www.ibefcampinas.com.br
IBEF EM REVISTA 11
ESTÉTICA DENTAL PARA
MELHORAR AUTO-ESTIMA
José Luiz Cintra Junqueira
Ter um sorriso igual a um piano. Quem já não ouviu essa tradução popular
para dentes saudáveis, alinhados e brancos? A Odontologia moderna oferece
a cada ano tecnologias, produtos e diversos tratamentos voltados à saúde
bucal, à estética dental e ao combate ao mau hálito. O professor doutor José
Luiz Cintra Junqueira, presidente do Conselho Superior da Faculdade e
Centro de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, explica como a simples e eficiente higiene
diária dos dentes e até o sofisticado clareamento a laser, por exemplo, podem fazer a diferença.
Ibef - Quais os principais cuidados que devemos ter
com a higiene diária dos dentes?
José Luiz Cintra Junqueira - É a faxina bucal, usar
fio dental e escova de dente no mínimo duas vezes por dia
– ao levantar e antes de deitar. Se puder usar quatro vezes
por dia, é melhor. Fazer faxina dental é retirar resíduos que
existem entre os dentes com o fio dental e retirar o início da
formação da placa bacteriana com a escovação correta. A
técnica mais simples é aquela que consegue limpar todos
os lados do dente com uma escova macia.
Ibef - Qual a origem da cárie dentária e de alguns
termos como obturação e “canal do dente”?
José Luiz - A cárie é uma quebra da consistência
cristalina do esmalte do dente e acontece pela fermentação
de resíduos alimentares e com a introdução de
microorganismos a essa fermentação. A obturação é um
termo muito antigo, o correto hoje é restauração. O
tratamento de canal é feito quando se tem o
comprometimento do sistema de irrigação das artérias e
dos nervos dentro do dente. Quando isso é comprometido
por um problema infeccioso ou inflamatório, é preciso retirar
o pedaço deste nervo, porque o dente é uma circulação
terminal. Tratar canal é retirar o sistema de irrigação, para
que o processo de inflamação não evolua.
Ibef - Quais as técnicas para clarear os dentes?
José Luiz - As pessoas devem ir ao dentista pelo
menos uma vez por ano, onde receberão orientação para
controlar a placa e as manchas. Há várias opções – o
clareamento abrasivo, a laser e até o químico, que o cliente
pode fazer na sua própria residência, mas sempre com a
orientação do dentista. O clareamento a laser é uma coisa
moderna, mas também não pode ser usado em exagero e
deve ser feito com dentista especialista.
Ibef - Quais as vantagens e desvantagens de cada
uma?
José Luiz - Há indicações para cada caso. Num adulto
fumante, é preciso fazer o polimento, o laser e o químico.
No caso do clareamento químico, existem alguns
produtos de marcas confiáveis que funcionam e outros
não. O dentista é quem deve indicar o que funciona. O
laser pode ser usado em clareamento, para matar os
bichinhos da cárie, para dores faciais, para cortar
osso e para várias aplicações. O laser é uma luz
concentrada e tem que ser usada por quem sabe
manipular. Tem efeitos colaterais como o calor. É uma
tecnologia que caminha muito rapidamente. A
Odontologia muda 100% a cada quatro anos.
12 IBEF EM REVISTA
Ibef - A moderna odontologia pode oferecer o famoso
“sorriso igual a um piano”?
José Luiz - Esta história de sorriso igual a um piano,
dentro da própria Odontologia não é bem vista, porque o
sorriso tem que ser natural. A Odontologia moderna
trabalha com o conceito de estética e auto-estima. A pessoa
tem que estar física e espiritualmente bem, estar em paz
consigo para que possa expressar a melhor estética
possível que o seu DNA lhe legou. Que ela não tenha medo
de sorrir. A Associação Brasileira de Recursos Humanos
revelou que 70% dos funcionários das empresas têm
problema de auto-estima não visível e não declarado. Neste
universo dois itens chamam a atenção: a estética dental e
o mau hálito, importantes nas relações profissionais. O
mau hálito é uma barreira mercadológica e o engraçado é
que 30% das pessoas que julgam ter mau hálito, não têm.
Ibef - Como a pessoa sabe se tem mau hálito?
José Luiz - Existe um aparelho norte-americano, o
halimeter, que mede a halitose e coloca dentro de
parâmetros, onde o mau hálito pode ser tratado com
simples escovação ou com antibiótico, até curetagem
nas amídalas e coleta do tipo de microorganismos que
habitam a língua. Uma idéia errada é que as causas do
mau hálito vêm do estômago. Apenas 2% de todas as
causas do mau hálito são do estômago. O que causa o
mau hálito é a língua. É preciso limpá-la, mas não escovála. Há limpadores específicos para língua, vendidos em
farmácias.
Ibef – Há casos também de dentes tortos, com
problemas de mastigação e até estéticos.
José Luiz - É importante que as pessoas não tenham
medo de procurar ajuda. Na São Leopoldo Mandic tem
um e-mail ([email protected]), onde indicamos
clínicas e profissionais. Temos hoje a Implantodontia, que
é uma alta tecnologia de implantes que devolve a função
dentária e estética. Temos ainda a Ortodontia Estética,
que é a correção dos dentes através de aparelhos
ortodônticos para adultos.
Ibef - Como fazer a prevenção do câncer bucal?
José Luiz - O câncer bucal é hoje um dos grandes
problemas de saúde do Brasil. Inclusive, porque,
infelizmente, não são todos os profissionais de Odontologia
que estão preparados para fazer o diagnóstico inicial. Há
coisas que podem levar ao câncer bucal, como o cigarro,
hábito de mascar fumo e até uma prótese má ajustada
na boca. O dentista tem condições de ver essas
anormalidades e encaminhar para um especialista.
Foto Arquivo Pessoal
Entrevista

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