calça - APICCAPS
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206 janeiro 2014 Jornal da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos 2 Calçado Reportagem sobre o Estado da Indústria 5 Comércio Quanto vale a fileira do calçado em Portugal? 7 Estratégia do Calçado como modelo para o Governo 19 Inovação McLaren «calça» sapatos portugueses foto by Frederico Martins for Dsection EUROPA janeiro 2014 2 O ESTADO DA INDÚSTRIA Os últimos três anos foram de grande afirmação do calçado português nos mercados internacionais. Com as exportações a crescerem sensivelmente 30% desde 2010, o calçado português chegou a mais gente, em mais países, e passou a estar literalmente na moda. No entanto, o desempenho presente não deve impedir uma análise serena ao contexto internacional. Importa perceber os sinais externos e antever o futuro próximo. Como será o futuro? No final, ecoará sempre a seguinte questão: os resultados do passado recente serão replicáveis no futuro? Que argumentos competitivos justificam o passado recente? O que têm as empresas para se diferenciar face aos seus concorrentes? Este foi o ponto de partida para mais um Estado da Indústria. “As dificuldades de acesso ao crédito afetaram toda a gente. Se as empresas industriais tiveram grandes limitações, o setor do retalho teve igualmente condicionantes várias. Uma pequena ou média cadeia de retalho num qualquer país da Europa, que habitualmente se abastecia na Ásia, foi obrigada a optar por adquirir produtos em menores quantidades, ainda que a um preço mais elevado, em mercados mais próximos e de resposta rápida, reduzindo assim o investimento inicial, mas também o risco. Passaram a comprar em menores quantidades, mas mais frequentemente. Ora, um país como Portugal, com uma indústria capaz de responder rapidamente, acabou por sair altamente favorecido”. A explicação é de Jorge Fernandes. A radiografia do administrador da Savana acabaria por ter eco nas palavras de Pedro Castro. Para o administrador da Nova Aurora o bom comportamento atual está intrinsecamente ligado a três fatores com ponderação indeterminável: “a dinâmica comercial proativa com elevação do nível de qualidade do produto, os ganhos de competitividade obtidos pela manutenção do custo laboral de produção nos últimos anos e a reorientação de «sourcing» dos distribuidores europeus originada por menores budgets, mais pequenas séries, mais resposta rápida e preços em rápida subida nos países ditos emergentes”. O calçado português tem vindo a conquistar novos mercados. Em especial fora da União Europeia. Sérgio Cunha acredita que “os bons resultados alcançados nos últimos anos não são «obra do acaso» ”. “A promoção muito forte em certames internacionais; uma imagem atrativa, sexy e moderna de uma indústria que respira saúde e charme; e o aparecimento de marcas próprias com políticas bem definidas e sustentadas que demonstram grande credibilidade perante a opinião pública internacional foram determinantes”. Para o responsável máximo da Nobrand, foram igualmente várias as alterações no plano internacional que acabariam por se revelar decisivas. “O consumidor, essencialmente o europeu, está cansado de comprar sapatos de baixo preço de produção asiática e percebeu que ao comprar um produto europeu iria ser mais fácil preservar o seu emprego”. Também “as cadeias de lojas entenderam que adquirirem produtos baratos não era a fórmula correta e tiveram a coragem de alterar uma forte percentagem das suas compras por sapatos portugueses, mesmo sabendo que as suas margens iriam baixar consideravelmente”. A outro nível, as empresas apostaram “em novos mercados não tradicionais e emergentes, fruto nomeadamente do movimento positivo gerado em torno da nossa boa imagem. O made in Portugal voltou a ter força em países como China, América Latina ou Rússia”. Haverá, ainda, outras explicações menos técnicas. Arlindo Henriques, da Lusocal, destaca “o grande progresso das empresas, nomeadamente ao nível do desenvolvimento das coleções. As empresas apostaram em matérias-primas de primeira qualidade e na produção de produtos de grande qualidade. O mercado hoje reconhece esse esforço”. Também Guilherme Almeida, da RICAP, recorda que “o setor do calçado em Portugal evoluiu muito”. Paulo Ribeiro, da Atlanta Componentes para Calçado, acrescenta que “a boa imagem que tem vindo a ser veiculada nos mercados internacionais, colocou o calçado português no centro das atenções”. 3 Itália e Espanha com bons resultados Se é verdade que a indústria portuguesa de calçado tem, nos últimos anos, granjeado bons resultados, o mesmo se sucede com os seus dois gran- des concorrentes internacionais, Itália e Espanha. Desde 2010 (até final de 2012), as vendas de Espanha aumentaram 13% e as italianas 15%. Melhor mesmo, só Portugal. Já este ano, Itália e Espanha, assumem igualmente resultados interessantes. No caso de nuestros hermanos, o cresci- mento ascende mesmo a 9% e o italiano 5%. A indústria europeia parece, assim, dar sinais de grande vitalidade. reportagem Economia mundial acelera em 2014 O Banco Mundial reviu em alta as suas previsões para o crescimento global, prevendo que a flexibilização das políticas de austeridade nas economias avançadas e o aumento das perspetivas de desenvolvimento das exportações sejam dois fatores determinantes nesse crescimento. O banco, com base em Washington, perspetiva que a economia mundial possa crescer 3,2% este ano, um pouco acima da projeção de junho passado (3%) e bem acima dos 2,4% registados em 2013. Segundo o Banco Mundial, serão os EUA e a zona euro a liderar o crescimento mundial. Serão, desta feita, as nações desenvolvidas a alavancar as economias emergentes através da importação dos produtos dessas regiões (tal como vem sucedendo desde 2012). Porém nem tudo são boas notícias. O Banco Mundial destaca o facto de a Reserva Federal dos EUA ter decidido cortar na injeção de liquidez para estimular a economia. Esse corte - que se prevê que seja de 85 mil milhões para 75 mil milhões de dólares/ mês - pode acabar por ser negativo para os países emergentes, nomeadamente para aqueles em que os excessos monetários têm sido dirigidos sob a forma de investimento ou de financiamento. Andrew Burns, principal autor do relatório, alertou, sobre esta matéria, que “se as taxas de juro subirem muito rapidamente, os fluxos de capital para os países em desenvolvimento poderiam cair em 50% ou mais durante vários meses”. O Banco Mundial acredita, ainda, que em 2015 o crescimento mundial ascenda a 3,5%. 5 Calçado bate recordes 2013 foi novamente um ano de expansão para o calçado português. As exportações cres- ceram 8% ultrapassando, pela primeira vez, a barreira dos 1,7 mil milhões de euros. Uma vez mais, o setor do calçado registou o saldo comercial mais positivo do país, ultra- passando os 1.200 milhões de euros. À semelhança do que aconteceu em 2012 a indústria do calçado voltou a ser o setor que mais contribuiu para a balança comercial portuguesa. comércio externo Quanto vale a fileira de calçado em Portugal? Em 2013 o setor do calçado cresceu 8%, com as vendas a ultrapassarem, pela primeira vez, o máximo histórico dos 1.700 milhões de euros exportados. Desde 2010, o setor do calçado já cresceu 28% e o aumento sustentado do preço médio mantém o calçado como o segundo mais alto do mundo nos 23,45€. As exportações da fileira estão hoje já próximas dos 2.000 milhões de euros. Com as exportações a crescerem a um ritmo consideravelmente superior ao das importações (crescimento modesto de 2,9%) importa referir que o contributo do setor de calçado para a balança comercial ascende agora a 1,3 mil milhões de euros, o mais elevado da economia portuguesa. São ao todo 1.696 as empresas que constituem a fileira do calçado, sendo responsáveis por 41.295 postos de trabalho. Com 1.354 empresas e 35.355 colaboradores, o calçado assume maior relevância, mas também o setor de componentes (245 empresas e 4.919 trabalhadores) e artigos de pele (97 empresas e 1.021 trabalhadores) têm contribuído decididamente para a evolução da economia portuguesa. É, no entanto, ao nível das exportações que estes seto- res, claramente extrovertidos, mais se vão afirmando. O calçado português chega, atualmente, a 132 países nos cinco continentes. Destaque, ainda, para o setor dos componentes, cada vez mais internacional. Em 2013, as exportações ascenderam a 45 milhões de euros (mais 2% do que em 2012). Em franco crescimento está, também, o subsetor dos artigos de pele, com um aumento das vendas no exterior na ordem dos 39%, em 2013, para mais de 113 milhões de euros. 2013 foi, também, um ano de afirmação para o setor dos curtumes que exportou mais de 88 milhões de euros. As exportações estão a crescer em praticamente todos os mercados. O bom desempenho no grande mercado da União Europeia (mais 3,8 por certo para 1.513 milhões de euros) é alavancado pelo forte crescimento fora da Europa (crescimento superior a 72 milhões de euros). Franco destaque para a evolução do desempenho em países como Rússia (mais 3% para 50 milhões de euros), Canadá (55% para 19 milhões de euros), EUA (mais 29 % por cento para 27 milhões de euros), Angola (84% para 27 milhões), China (144% para 5,5 milhões), Japão (18% para 15 milhões). www.spedycargo.pt SOLUTIONS THAT WORK. exigências dos mercados nacional e internacional. A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas para os desafios da industria no presente e no futuro. A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é uma associação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permite uma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação em cada mercado. Como membro a SPEDYCARGO beneficia de parcerias com mais de 120 agentes em cerca de 200 países servindo mais de 600 portos e aeroportos. Aéreo A Spedycargo oferece gama de opções no transporte de carga aérea. Garantimos uma operação bem estruturada resultante da criatividade e experiência da nossa equipa. Marítimo Rodoviário Aduaneiro A Spedycargo assegura coordenação total da operação de transporte seleccionando a opção que melhor responda às exigências de cada embarque ao custo mais competitivo. Em parceria com os seus agentes na Europa, a Spedycargo oferece serviço regular de transporte em Camião de e para várias origens e destinos. A Spedycargo dedica especial atenção a este segmento para o qual criou o seu próprio departamento aduaneiro no que conta com pessoal especializado e licenciado. Transportes Especiais A Spedycargo tem uma vasta experiência no segmento de: · Feiras e Exposições · Transportes Especiais · Armazenagem e Distribuição SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, S.A. Via Central de Milheirós nº. 726 · 4475-330 Maia · Portugal Head Office Lisbon Office Aeroporto da Portela Terminal de Carga · Edificio nº. 134 sala 2119/2120 · 1750-364 Lisboa · Portugal Telf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962 Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 · Fax. +351 218 480 370 TRANSITÁRIO ESPECIALIZADO EM FEIRAS INTERNACIONAIS 7 CCDR-N com expetativas reforçadas O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) defende que o acordo de parceria 2014-2020 é “um sinal de esperança para a região”. Para Emídio Gomes, “a região do Norte tem que aspirar a poder convergir com a ajuda” dos recursos do novo quadro de fundos comunitários para o período 2014-2020 - o Portugal 2020 - e os “indicadores que há do acordo de parceria e das intenções do Governo fazem acalentar essa esperança”. estratégia Estratégia do calçado como modelo do Governo para novo Quadro Comunitário de Apoio a alimentar os padrões de comportamento que geraram os desequilíbrios em que nos encontramos hoje”, justificou Poiares Maduro. O ministro frisou ainda que, a partir de agora, a ideia “não é financiar projetos, mas sim resultados”. Mudanças de fundo vão ocorrer no próximo Quadro Comunitário de Apoio. A garantia é do Governo. Para começar, uma verba superior a 6.000 milhões de euros do novo Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) para os próximos sete anos será atribuída às pequenas e médias empresas (PME), o que significa praticamente uma duplicação relativamente ao programa atualmente em vigor. Para Poiares Maduro, o reforço dos fundos destinados às PME não passará necessariamente pela identificação, à priori, de clusters setoriais a apoiar, mas essa possibilidade está ainda em aberto. “Admitimos a possibilidade de clusters, mas queremos que eles venham de baixo para cima. É onde aparecerem clusters de qualidade. O setor do calçado é um bom exemplo disso”, defendeu o ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional. Na óptica do ministro, o investimento no setor das PME, que representam mais de 99% do tecido empresarial português e sensivelmente 80% do emprego, é a grande prioridade do novo Quadro Comunitário de Apoio. “Deslocaremos o investimento das infraestruturas - onde Portugal está já acima da média europeia - para a compe- No novo QREN, a lógica para a formação profissional será também a de contratualizar resultados. “Na formação profissional, uma parte do financiamento dependerá da taxa de sucesso em termos de empregabilidade dos cursos. Os fundos deixam de pagar a formação só por si, mas sim em função do sucesso no mercado de trabalho das pessoas formadas por essas empresas”, sublinhou. titividade e a internacionalização das empresas, que é realmente o grande défice do país e a razão de fundo pela qual entrámos no passado, com grande frequência, em situações de insustentabilidade financeira”. Apoios reembolsáveis Poiares Maduro defendeu, ainda, que “a grande maioria dos apoios serão reembolsáveis, para obrigar as empresas a interiorizar as vantagens e benefícios desse financiamento”. Portugal irá beneficiar, até 2020, de ajudas estruturais da UE que ascendem aos 25 mil milhões de euros. Para receber estas ajudas, o Governo definiu uma estratégia de desenvolvimento regional indicando as áreas onde os fundos deverão ser investidos e que terão de girar à volta de quatro grandes prioridades definidas pela UE - apoio à competitividade das pequenas e médias empresas (PME); inovação/ investigação; eficiência energética e agenda digital, para as quais o país terá de canalizar pelo menos 80% dos montantes do fundo regional (Feder). Apoios à formação também mudam Nos últimos sete anos, as ajudas canalizadas para Portugal foram divididas em dez Programas Operacionais (PO), dos quais três transversais e sete regionais. “Não basta dar apoios. Se não alterarmos a cultura de comportamento dos agentes económicos, então os fundos não são uma alavanca de competitividade. São uma forma de continuar A finalizar, Poiares Maduro destacou que, em 2017, a meio da duração do programa, haverá uma reavaliação. “Vamos introduzir indicadores de resultados para todas as políticas públicas apoiadas por fundos e vamos fazer uma monitorização do cumprimento desses resultados. Prevemos em 2017 fazer uma primeira avaliação e vamos criar uma competição entre as políticas públicas setoriais. Os Programas Operacionais serão avaliados e os que tiverem melhores resultados vão ter uma redistribuição de fundos que lhes será favorável”. 9 Bimba & Lola reforça internacionalização A marca espanhola Bimba & Lola, especialista em vestuário e acessórios, anunciou a sua expansão para novos mercados. A Alemanha é um dos principais mercados alvo, seguida por uma investida no México com a abertura de oito pontos de venda. Em 2013, a marca abriu lojas na Europa (Paris e Londres), América Latina e Ásia. Atualmente conta com 183 pontos de venda em todo o mundo. estudo COSEC e APICCAPS desenvolvem estudo sobre setor do calçado A COSEC, seguradora líder em Portugal no ramo de Seguros de Crédito e Caução, em parceria com APICCAPS, elaborou um estudo intitulado “Gestão de Tesouraria: Realidade no Setor do Calçado” com o objetivo de analisar os rácios de funcionamento e o comportamento de pagamentos no seto. No contexto de uma preocupação da União Europeia em dissuadir os atrasos de pagamentos nas transações comerciais, este estudo pioneiro pretende demonstrar às empresas que a compreensão dos rácios de tesouraria e a implementação de boas práticas a este nível são essenciais na redução de custos, na definição de estratégias eficazes de gestão de tesouraria e na otimização do relacionamento com clientes e fornecedores. O estudo, apresentado por André Granado, Coor- denador de Marketing da Cosec, concluiu que o setor do calçado regista um bom desempenho relativamente aos restantes setores em Portugal. Em termos prático, comparando os PMP (Prazos Médios de Pagamento) e os PMR (Prazos Médios de Recebimento) o setor de calçado reflete, em média, uma tensão de tesouraria nula, o que permite às empresas uma maior autonomia no que se refere às sua decisões de investimentos. Numa análise mais fina, confirma-se que a capacidade de gerar meios de pagamento das empresas de calçado aumenta com a dimensão e que as exportações são um fator dinamizador de uma adequada gestão de tesouraria, favorecendo a competitividade e eficácia dessas empresas à escala internacional. Concluiu-se, igualmente, que as empresas com prazos de pagamento e de recebimento dentro dos 60 dias apresentam melhores classificações de risco, o que vem reforçar a importância da monitorização dos rácios de funcionamento também no âmbito da sua avaliação económica e financeira. Para o Presidente da Cosec “exportando mais de 95% da sua produção, o calçado é um caso de estudo de Portugal”. Miguel Gomes da Costa enalteceu, ainda, a parceria com a APICCAPS. A conferência organizada pela Cosec e pela APICCAPS permitiu, ainda, uma análise mais completa à evolução do comércio internacional e às oportunidades de negócio no exterior, através da exposição de Celeste Nobre Meneses, Diretora Coordenadora do Banco BPI. Já a intervenção de Jorge González Barroso, responsável da Gestão de Risco Comercial e Desenvolvimento de Produto na Solunion, incidiu sobre a “Experiência na exportação para os mercados ibero-americanos: riscos, mercados e oportunidades de negócio”. A Colômbia, um dos novos mercados de aposta do calçado português, esteve em plano de destaque. janeiro 2014 10 11 Alta-costura desfila em ténis Os ténis chegaram definitivamente à alta costura. Grandes marcas como a Chanel ou a Dior apostaram na apresentação de calçado desportivo nas suas criações para a primavera-verão deste ano Na Chanel, o ambiente foi uma ode à descontração e leveza, com as manequins a revelarem coordenados elegantes, em tons pastel, combinados com ténis nos pés. Também no desfile da Dior os té- nis tiveram um lugar de destaque. A ideia é, como explicou Karl Lagarfeld, “alargar horizontes a novos públicos”. mercados Porquê a Colômbia? É um dos novos destinos de referência para as empresas portuguesas. A Colômbia é, antes de mais, uma janela aberta para a América Latina. Mas é igualmente um mercado aparecido de mais de 40 milhões de potenciais consumidores. As barreiras comerciais entre a União Europeia e a Colômbia foram levantadas no primeiro dia de Agosto de 2013, entrando em vigor o Tratado de Livre Comércio, acordo que vai abrir o mercado de exportação da UE e da Colômbia. Até ao final do período de transição, serão eliminados os direitos aduaneiros em produtos da indústria e pesca, e o comércio de produtos agrícolas será consideravelmente mais aberto, permitindo às empresas uma economia anual de mais de 500 milhões de euros. De acordo com a AICEP, “um dos grandes benefícios do acordo de comércio com a União Europeia é a definição de regras claras e transparentes em matéria de comércio de bens e serviços, bem como a proteção dos investimentos, permitindo um ambiente de negócios mais transparente, previsível e exequível. O resultado é maior crescimento económico, a criação de empregos estáveis e com remunerações justas, bem como a competitividade dos produtos e serviços comercializados”. Miguel Crespo, coordenador da AICEP em Bogotá, recorda que “o estreitamento de relações económicas e empresariais é, no essencial, um fenómeno dos últimos três anos”. Desde 2010, “as empresas portuguesas têm descoberto na Colômbia um mercado com enormes afinidades, com oportunidades em praticamente todos os setores quer por comércio, quer por investimento. Trata-se duma economia aberta, em que as transformações se seguem a ritmo assinalável, no sentido de vir a criar uma classe média capaz de aceder a bens de consumo, entre eles também produtos importados”. Acresce que “a genética social e empresarial entre os dois países é também invulgarmente próxima, o que facilita a criação de acordos e a celebração de contratos. Somos pareci- dos na forma de pensar e complementares naquilo que apostamos, sendo fácil evoluir para uma relação que o colombiano entende como de «WinWin»”. Oportunidades no calçado? O Coordenador da AICEP na Colômbia sublinha que “são muitas as oportunidades para as empresas de calçado na Colômbia, se tidas na devida proporção”. Com efeito, “a Colômbia é ainda um país de estratos sociais vincados e com multipolaridade regional; não existe a mesma centralidade numa só capital como é regra noutros países da América Latina. De forma simplificada, sobre um país que tem uma superfície equivalente a Portugal, Espanha e França, juntos, existirão no imediato, empiricamente, 10 milhões de consumidores com poder aquisitivo para produtos “Made in Portugal” e não mais de dois milhões para produtos com marca portuguesa. O calçado de qualidade ainda é escasso, numa sociedade atraída pela moda. Convém lembrar que na Colômbia não existem estações do ano, sendo que Bogotá viverá num Outono permanente, Medellin na primavera, e Cali ou a Costa num verão eterno”. Por outro, “já se começa a notar a presença de calçado português de homem em algumas cadeias de lojas de segmento alto, e nesse modelo, há naturalmente espaço para mais. A etapa seguinte seria a da abertura de lojas especializadas, apoiadas e de marca forte. A etapa final, que deveria ser equacionada, é a da produção local, transferindo know-how em tecnologia, design e controlo de qualidade, dado que a Colômbia tem os restantes fatores, entre eles mão-de-obra e matérias-primas”. janeiro 2014 12 Josefinas estreiam-se na GDS “Vai viajar? Vai casar? Vai para o escritório? Sair à noite e dançar até de madrugada? As Josefinas marcam todos esses acontecimentos que fazem parte da vida de qualquer jovem ou mulher moderna que aprecie a exclusividade que envolve cada passo seu.” É assim que Filipa Júlio, uma jovem arquiteta portuguesa, apresenta o seu novo projeto. As Josefinas são uma marca portuguesa de sabrinas idealizada por uma jovem portuense que tinha o sonho de criar um sapato prático e elegante. A inspiração no seu passado como bailarina e na imagem da mulher moderna portuguesa rapidamente deram lugar a um novo conceito de sabrinas: elegantes, práticas, e que se destacassem no mercado nacional. O saber artesanal é uma das principais premissas para a produção das sabrinas, por isso, Filipa escolheu mestres sapateiros de S. João da Madeira para a realização de cada par. A internacionalização é o próximo passo e, por isso, a marca prepara-se para participar na feira das feiras, a GDS, no próximo mês de março. Josefinas junta-se, assim, à comitiva portuguesa em Düsseldorf que conta, nesta edição, com mais de 60 empresas portuguesas a participar no certame. Vai uma aposta? Inspirada no universo dos casinos, a Bluf Shoes é uma nova marca de calçado, com caráter muito feminino. Vocacionada para mulheres com carisma, que sabem o que querem e marcam sempre uma posição forte no espaço onde estão. A Bluf Shoes procura o inesperado dos ambientes, das atitudes e das decisões. Depois do lançamento da primeira coleção, aposta agora nos mercados externos. Aceita uma aposta? 13 Azulejos inspiram nova marca Considerados hoje um dos ex-libris da cultura portuguesa, uma empresa de Santa Maria da Feira inspirou-se nos azulejos portugueses para lançar uma marca de calçado. A marca de nome Lazuli procura através de calçado original contar, tal como os azulejos, histórias de vida. O azulejo vai servir como fonte de inspiração da marca e o seu conceito vai ser aplicado de uma forma adequada em todo o processo criativo, transformando os seus valores numa proposta de moda sedutora. empresas Luís Onofre abre primeira loja A Avenida da Liberdade foi o local escolhido por Luís Onofre para abrir a sua primeira loja em nome próprio. Considerada uma das principais artérias da cidade, onde está reunida a maioria das marcas de luxo, a loja está criteriosamente localizada. Aberta ao público desde janeiro, e dominada pelas cores fortes do calçado e acessórios, a loja estende-se por dois pisos numa conjugação harmoniosa de elegância e requinte. Este será, segundo Luís Onofre, um espaço privilegiado de contacto com clientes, onde estão programadas apresentações semestrais de desfiles e acesso a modelos exclusivos. Além disto, o criador espera que a loja sirva como impulsionador da marca, tanto na capital, como internacionalmente. De Lisboa, Luís Onofre espera expandir-se para as principais capitais da moda internacional, especialmente Londres e Paris. Ainda que seja possível encontrar produtos Luís Onofre em várias lojas multimarca espalhadas pelo país, este é o primeiro espaço próprio onde é possível encontrar todos os artigos da última coleção – Different Flavours. Portugueses criam galeria de calçado virtual Quatro portugueses criaram a FootGraphic ShoeGallery, uma galeria virtual onde são apresentadas coleções de sapatos de todo o mundo. Jimmy Choo, Yves Saint Laurent, Fendi e Paul Smith são algumas das 150 marcas disponíveis na galeria, entre as quais 30 portuguesas. Sempre que uma marca de calçado é registada, ou lan- çada uma nova coleção, os utilizadores recebem uma notificação, mantendo assim um contacto regular com as empresas. A aplicação apenas está disponível para utilizadores de iPhone, Android e iPad, mas os criadores estão a preparar o lançamento para Windows Phone. 15 Tal como tem sido habitual, será um mês de março absolutamente frenético aquele que espera as empresas portuguesas. Em poucas semanas, mais de 100 empresas participarão em oito eventos internacionais. A presença na MICAM, Março em ritmo acelerado com mais de 80 empresas, e na GDS, com mais de 70, estará de novo em plano de evidência. Destaque, ainda, para a presença em certames profissionais na China e na Rússia, dois dos mercados onde o calçado português mais se tem afirmado nos últimos anos. feiras Expo Riva regista recorde absoluto A edição de janeiro da feira de Garda contou com a participação recorde de 13 213 visitantes (mais 10% do que na edição homóloga). A Expo Riva Schuh consolida, assim, o seu estatuto de local privilegiado para atrair compradores e empresas de todo o mundo, com uma participação massiva de compradores de 107 países. Roberto Pellegrini, presidente da Riva del Garda Fierecongressi, acredita que estes valores devem ser tidos em conta na avaliação do certame. “Um recorde absoluto que prova a capacidade da feira para estender horizontes em direção a novos mercados.” Os visitantes europeus marcaram, uma vez mais, uma presença massiva na feira, especialmente vindos de Itália, Alemanha, Espanha e Reino Unido. Destaque, ainda, para o crescimento de compradores oriundos da Ásia, América do Norte e países africanos (Argélia, Tunísia e África do Sul). Nesta última edição, a organização do certame fez uma forte aposta nas ferramentas online, resultado do crescente interesse dos blogues de moda, e de outras redes sociais como o facebook. Assim, foram criadas páginas e ferramentas virtuais que permitem a interação entre empresas e visitantes durante o período da feira e o acompanhamento de notícias todo o ano. www.slatel.com Rua da Madeira – Zona Ind.nº 1 | Apartado 158 | 3700-176 S. João da Madeira Tels. 256 822627 / 256 823042| Fax 256 827374 / Fax online 213 516768 E-mail: [email protected] / [email protected] janeiro 2014 16 17 Em janeiro, o Centro Tecnológico coordenou o primeiro encontro do projeto Step to Sustainability, uma iniciativa europeia que une empresas e centros de investigação. O objetivo é unir esforços para conseguir uma “produção mais sustentável no setor do calçado”. Step to Sustainability visa criar, projetar e desenvolver um novo CTCP coordena projeto europeu perfil de qualificação e um curso de formação correspondente na área de produção sustentável no setor de calçado e artigos em couro. Para o setor, esta é uma opor- tunidade de crescimento e de investimento em opções “amigas do ambiente”, uma preocupação cada vez mais presente na responsabilidade social das empresas. inovação Centro Tecnológico apresenta linhas de ação até 2020 “Ser a referência internacional da indústria de calçado, pela sofisticação e pela criatividade, reforçando as exportações portuguesas alicerçadas numa base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva, fundada no conhecimento e na inovação”. Esta é a ambição do setor de calçado para os próximos anos, expressa no Plano Estratégico do Cluster do Calçado – FOOTure 2020. Uma das grandes prioridades do setor passa pela inovação. A grande aposta recairá no desenvolvimento de novos materiais e componentes e a integração de tendências da responsabilidade social ao nível do desenvolvimento sustentável. Dentro desta missão, o Centro Tecnológico do Calçado definiu o programa FootInov 2020, que apresenta as principais linhas de ação de apoio às empresas. Este programa, à semelhança do plano estratégico, assenta em quatro áreas distintas de investigação: InoMat, ProDesign, EquiTech e EcoDev. A InoMat tem como principal enfoque a investigação de diferentes tipos de materiais e componentes para calçado. Esta área tem como principal objetivo a pesquisa de novos tipos de matérias-primas, com especial enfoque para as nano partículas e nano-materiais multifuncionais, para os biomateriais e novas formulações químicas, couros inovadores, materiais recicláveis e biodegradáveis, componentes e dispositivos. Na área do Design, o ProDesign prevê a procura de novos conceitos, novos modelos de negócio e de novos artigos técnicos, de forma a chegar a determinados segmentos de mercado ainda não explorados. Para o desenvolvimento sustentável, o CTCP criou o EcoDev, área responsável pela investigação energética e pela implementação da responsabilidade social. Além disto, o EcoDev procura explorar a implementação de novos sistemas de certificação de produtos e empresas. Por último, na área da tecnologia, o EquiTech prevê a investigação na área da inovação em equipamentos e processos. Fábricas do futuro, modelo high-tech, equipamentos de laboratório, agendas digitais são alguns dos conceitos a investigar até 2020. Ficha Técnica Propriedade APICCAPS - Associação dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos Rua Alves Redol, 372 | 4011-001 Porto Tel: 225 074 150 | Fax: 225 074 179 [email protected] www.apiccaps.pt Diretor Fortunato Frederico - Presidente da APICCAPS Edição Gabinete de Imprensa da APICCAPS [email protected] Fotografia capa Frederico Martins Conceção Gráfica e Execução salto alto e laborpress Distribuição Gratuita aos Associados Tiragem 2 000 exemplares N.º DL: 366612/13 19 O Centro de Computação Gráfica, sediado na Universidade do Minho, desenvolveu, no âmbito do projeto TopicShoe, um Assistente virtual promove empresas assistente virtual, que dá a conhecer aos potenciais interessados o portefólio das empresas, conseguindo interagir com eles de for- ma a responder às respetivas solicitações. Esta Plataforma de Design e visualização de modelos de calçado 3D tem um elevado grau de realismo e permite às empresas uma comunicação mais inovadora e mais próxima do cliente. inovação McLaren calça sapatos portugueses A fabricante britânica McLaren escolheu a marca portuguesa Lavoro como calçado de eleição para os seus profissionais. O modelo Run Silver foi o escolhido por uma equipa de engenheiros da fabricante, para serem utilizados pelos técnicos dos boxes. Tendo em conta as especificidades das funções dos trabalhadores, o conforto é a principal prioridade. Segundo a McLaren, a “segurança combinada com a leveza e flexibilidade dos sapatos portugueses” ditaram os motivos da escolha. Há 30 anos no mercado, a marca de Guimarães produz calçado profissional para vários tipos de atividade, desde a saúde ao setor da construção. A produção está a cargo da ICC - Indústria e Comércio de Calçado, detentora da Lavoro - que integra a lista dos 10 maiores produtores europeus deste tipo de produtos. Atualmente, a ICC exporta 90% da sua produção para mais de 50 países. janeiro 2014 20 APICCAPS volta a reclamar defesa das regras de comércio justo e equilibrado Com as exportações portuguesas de calçado a crescerem há três anos consecutivos, a grande preocupação das empresas centra-se agora na conquista de novos mercados. Porém, para que isso aconteça, o cumprimento das regras internacionais é essencial. A APICCAPS voltou, junto das instâncias portuguesas e europeias, a reclamar a defesa dos direitos internacionais. Recorde-se que, por condicionalismos vários, o calçado europeu não chega, ainda, a mais de 50% da população mundial. Para a APICCAPS, o desempenho recente só foi alcançado “numa convergência perfeita entre o dinamismo empresarial e a orientação esclarecida e empenhada das políticas públicas”. Contudo, “os resultados foram obtidos num contexto de respeito mínimo pelos princípios de comércio internacional livre e justo”. De facto, “não será nunca possível à indústria de calçado, ou a qualquer outro setor industrial em Portugal ou no estrangeiro, competir contra as distorções das regras de comércio. Uma coisa é o mérito de saber construir vantagens comparativas e, por via disso, ter sucesso. Outra coisa bem distinta e absolutamente impossível é ter a pretensão (que na prática é uma ilusão) de que é possível construir vantagens comparativas que eliminem as distorções às regras do comércio internacional”. Para a APICCAPS, não faz sentido assumir-se “posturas protecionistas. O setor português de calçado há muito se habituou a concorrer em mercado aberto mundial, num contexto de concorrência profundamente agressiva. Os empresários estão bem preparados para isso. Não estão preparados é – isso não lhes pode ser solicitado porque é absolutamente impossível em qualquer lugar do mundo civilizado – para concorrer contra países e/ou economias que manifesta e comprovadamente desrespeitam as regras de comércio estabelecidas pela UE ou pela OMC”. Por isso, a APICCAPS e as empresas dos setores que representa consideram da maior importância e alcance a existência de Instrumentos ágeis de Defesa Comercial (IDC), designadamente os Regulamentos Antidumping (AD) e Anti subvenções (AS). Trata-se “de garantir a aplicação, com vantagem e aprofundamento em relação às regras da OMC, dos princípios do comércio livre e justo que devem pautar a relação entre Estados”. As principais dificuldades, em termos práticos, “resultam da forma como, na prática, são aplicadas as medidas antidumping e Anti subvenções”. Há, assim, uma grande complexidade e extensão de informação solicitada às PME que constituem o essencial do tecido empresarial dos principais setores que representamos. Acresce a falta de objetividade e transparência e grande arbitrariedade nas decisões que tinham uma componente política quase exclusiva, em detrimento de uma componente mais técnica. Por fim, subsiste “uma distorção do equilíbrio existente entre os diversos stakeholders concedendo uma manifesta e muito superior importância aos comerciantes, em detrimento das empresas industriais – que são as verdadeiras afetadas pelas práticas de dumping e de subvenções ilegítimas à luz das regras da OMC”. Para a APICCAPS, importa que sejam “adotadas medidas concretas de simplificação e redução da informação solicitada às empresas europeias, fosse alterado o processo de decisão com reforço da importância da proposta técnica da Comissão sobre a decisão política, como forma de garantir maior objetividade, adaptação à realidade e efetividade das medidas, não fossem adotadas separadamente orientações, sendo adotado apenas um pacote legislativo único e fosse introduzida uma discriminação positiva em favor das PME industriais face às comerciais”. 21 Jessica Simpson lança coleção de sapatos A cantora americana acaba de lançar uma linha de sapatos para a primavera-verão 2014. A linha clássica e sedutora unem-se, nesta coleção, com uma forte aposta nos sapatos rasos, desde sandálias até sabrinas criteriosamente decoradas. Os modelos em salto também estão presentes na coleção, com destaque para as sandálias de cunha. Com influência étnica, a coleção varia entre os modelos monocromáticos em vermelho, e os degradés envernizados. world footwear Quedas nas vendas no Reino Unido O preço das vendas no Reino Unido caiu, em janeiro, pelo nono mês consecutivo, com os retalhistas ingleses a reduzirem drasticamente os preços para incentivar o consumo. Segundo dados do British Retail Consortium- BRC, o vestuário e o calçado foram as áreas onde se sentiu a maior quebra de preços – uma diferença de 10% em comparação com o ano anterior. “Janeiro é sempre um mês chave para as vendas e promoções, mas os descontos têm sido mais profundos e mais generalizados do que no ano passado e come- çamos a ver esta tendência de descontos a aumentar”, disse Helen Dickinson, diretora geral do BRC. O setor do imobiliário teve uma redução de 3,6% e o preço dos bens não alimentares caiu 2,7%. Segundo informação do BRC, o despertar das novas tecnologias pode estar na base desta queda, uma vez que os clientes utilizam cada vez mais os smartphones para comparar promoções e preços entre lojas. “ Assim, o setor está mais transparente do que nunca. Os retalhistas têm que trabalhar duro para promover os seus produtos através de descontos e promoções.” DSquared2 avança para a China DSquared2, a marca de luxo italiana, ganhou o direito de distribuir os seus produtos com nome próprio na China. Após um processo legal de nove anos com uma empresa local – que vendia produtos contrafeitos com o mesmo nome – a empresa italiana acrescentou um 2 ao seu nome original, e conseguiu ver os seus produtos reconhecidos. Com cinco lojas sediadas no país asiático, a marca tem planos de expansão e projeta a abertura de mais dois espaços comerciais. 23 Kinematix lança sistema inovador nos EUA A Kinematix, empresa spin-off do INESC Porto e da Faculdade de Engenharia do Porto, apresen- tou nos Estados Unidos o seu mais recente produto: o FITiNSENSE. Trata-se de um sistema de precisão único no mundo que pode ser aplicado em calçado desportivo e que permite melhorar o desempenho dos atletas e prevenir lesões. Fornece imagens em tempo real acerca dos movimentos e posição corporais dos utilizadores, ajustando-se às necessidades de cada cliente. mercados Actitude: a loja belga que só vende sapatos portugueses Sediada em Bruxelas está a Actitude. Uma loja de rua, convencional, igual a tantas outras, que vende sapatos. O que desconhecemos é que a loja só vende calçado Made in Portugal. Em novembro de 2013, o sonho de Ana Esteves tornou-se realidade. A viver em Bruxelas, a portuguesa tornouse pioneira ao criar uma loja multimarca unicamente com calçado português. A decisão de vender apenas calçado Made in Portugal foi uma forma de “continuar ligada a Portugal.” Para Ana Esteves, o calçado é um grande passaporte além-fronteiras: “Como o calçado português está em alta, e como acho que somos diferentes na qualidade e design, abrir uma loja exclusiva no centro de Bruxelas tornou-se um objetivo”. Nobrand, Exceed, Guava, Shoes Closet são algumas das marcas comercializadas na loja, que está a atrair a atenção dos cidadãos belgas. Apesar de manter clientes portugueses, a grande procura por calçado português vem de clientes de outras nacionalidades. “Felizmente tenho clientes de todas as nacionalidades, a Bélgica é um país multicultural e muito interessante no que toca à diversidade de pessoas.” 4 1 0 2 . 3 0 . 4 1 . 2 1 y n a m r e g , f r o d l düsse www.gds-online.com Informações: Walter & Cia., Lda. Largo de Andaluz, 15, 3º Dtº-4 _ 1050-004 Lisboa Tel. +351-213 556 254 _ Fax +351-213 539 311 [email protected] www.walter.pt gds1402_F_DS_255x370_PT.indd 1 03.12.13 18:30