unidade didática kin-ball
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UNIDADE DIDÁTICA KIN-BALL ÍNDICE Índice Introdução ----------------------------------------------------------------------- 1 1 – Análise da Modalidade ------------------------------------------------------ 3 1.1 – Origem do Kin-Ball -------------------------------------------------------------- 3 1.2 – Caracterização do Jogo ------------------------------------------------------- 4 1.3 – Regulamento ---------------------------------------------------------------------- 7 1.4 – Carta de Espírito Desportivo ...................................................17 2 – Acções Técnico-Tácticas -------------------------------------------------------------------- 20 3 – Situações de Aprendizagem ------------------------------------------------- 34 4 – Definição das Competências -------------------------------------------------------------- 41 6 – Quadro da Unidade Didáctica ------------------------------------------------------------- 44 Bibliografia INTRODUÇÃO Introdução Esta Unidade Didáctica (UD) destina-se ao ensino do KIN-BALL para o Ensino Básico e Secundário. O espaço onde se devem realizar as aulas de Kin-Ball deverá ser, preferencialmente, coberto e sem superfícies ou objectos contundentes, para não pôr em perigo a segurança dos jogadores e da própria bola. O KIN-BALL é considerado um jogo muito exigente em termos físicos, na medida em que existem movimentações constantes, requerendo igualmente um elevado grau de concentração, uma vez que uma falha significa um ponto para as equipas adversárias. Esta modalidade alternativa contribui para o desenvolvimento das capacidades motoras como, a coordenação, a velocidade, a força, entre outras e, possibilita ainda o desenvolvimento do espírito de equipa, proporcionando um ambiente harmonioso. O Kin-Ball, sem deixar de ser competitivo e empolgante, coloca, rapidamente, qualquer aluno numa situação de sucesso, graças à enorme importância do sentido colectivo. Pretendemos que no final desta Unidade Didáctica os alunos tenham desenvolvido as competências necessárias para a prática da modalidade, e que se sintam entusiasmados para a prática da actividade física em geral. 1 I – ANÁLISE DA MODALIDADE 1 – Análise da Modalidade 1.1 – Origem do Kin-Ball O KIN-BALL foi criado no Quebec (Canadá), em 1986, por Mario Demers, professor de Educação Física. Mario Demers é um professor reconhecido e experiente que já formou, com a sua equipa, mais de 28.000 outros professores. O KIN-BALL foi criado para atender aos pedidos e às necessidades específicas dos professores de Educação Física e dos programas de ensino. Os valores e as regras do KIN-BALL incentivam a cooperação, o trabalho de equipa e o espírito desportivo. A prática deste desporto é regida por uma Carta de Espírito Desportivo (ver anexo) que não aceita nenhum contacto físico nem violência verbal. Este desporto é praticado com uma bola de grandes dimensões, 1,22m de diâmetro e pouco menos de 1 kg, o que o torna divertido e acessível para pessoas de todas as idades. Actualmente, este desporto é praticado no Canadá, Estados Unidos, Japão, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Espanha, França, Argentina, Suíça e Brasil. O Kin-Ball provoca um entusiasmo contagiante nos iniciados e estimula a curiosidade daqueles que não o conhecem. Actualmente é praticado por mais de 4 milhões de jogadores em todo o mundo. 3 1.2 – Caracterização do Jogo Para iniciar o jogo, ou para servir, três jogadores da mesma equipa estão debaixo da bola (formando a base), segurando a bola com as mãos acima da cabeça, enquanto o quarto elemento (batedor) prepara-se para servir. As outras duas equipas devem estar alerta e preparadas para a recepção. 4 O aluno que vai servir, deve pronunciar de forma audível “OMNIKIN” (significa homem em movimento) e de seguida a cor de uma das equipas adversárias. Só depois deverá executar o batimento com uma ou duas mãos, imprimindo à bola uma trajectória horizontal ou ascendente. A equipa da cor chamada torna-se a equipa receptora. Esta deve tentar evitar que a bola toque no chão. Um jogador pode controlar a bola com qualquer parte do corpo mas sem a prender. Se a equipa receptora deixar cair a bola no chão, é cometida uma falta, e atribuído um ponto para as outras duas equipas. Se a bola é recebida e controlada pela equipa chamada, é a sua vez de executar o serviço, não havendo marcação de pontos. Os conteúdos seleccionados (UD) resumem-se aos procedimentos técnicotácticos: o serviço (batimento), a recepção, a distribuição e deslocamentos pelo campo, o ataque e a defesa. O Kin-Ball possui ingredientes que justificam a sua integração no quadro das actividades desportivas escolares, desde os primeiros anos de escolaridade obrigatória. 5 As Particularidades do Kin-Ball 3 Equipas participam no jogo - cinza, rosa e preto (4 elementos por equipa); Pontuam sempre 2 equipas (sempre que uma equipa perde as outras 2 pontuam); A Bola tem 1,22 m; Pode-se jogar com qualquer parte do corpo (com a excepção do aluno que vai servir); Proibido o Contacto Físico e Obstrução (ausência de luta directa pela posse de bola e do contacto físico); Desenvolve-se a Cooperação (todos os elementos da equipa tem obrigatoriedade de participar em todas as jogadas). Os jogos podem ser mistos. 6 1.3 – Regulamento 20 m Terreno de Jogo Bola 20 m A bola oficial tem 1,22 m de diâmetro. Pode ser de 4 cores - rosa, preta, cinza ou azul) O jogo é disputado entre 3 equipas identificadas por 3 Equipas cores diferentes (ex. rosa, preto e cinza). Cada equipa é constituída por 4 jogadores efectivos e 4 suplentes. É o representante da equipa em jogo e deve assumir essa responsabilidade promovendo o espírito desportivo Capitão de Equipa na sua equipa. É também o único que se pode dirigir ao árbitro, com o jogo parado, para se informar da aplicação e interpretação das regras. Árbitro principal: • Avalia as jogadas tendo sempre a última palavra. (Durante o jogo, as suas decisões são soberanas Árbitros tendo autoridade para anular as decisões dos seus auxiliares); • Indica à mesa a falta cometida e a equipa infractora. 7 Árbitro secundário: • Auxilia o árbitro principal nas suas funções; • Repete a cor da equipa nomeada; • Recoloca a bola no local da falta. Equipamento: Árbitros • Camisola amarela com mangas ou axilas de cor preta; • Braceletes ou pulsos de cor cinzenta e rosa/azul; (O árbitro assinala os pontos voltando-se para a mesa e apontando para a cor correspondente à equipa cometeu a falta). As decisões da equipa de arbitragem não devem ser contestadas, pelo menos, de forma agressiva ou desagradável. O desrespeito por esta regra é considerado grave e obriga os árbitros a penalizar a equipa infractora com um aviso menor, venha o protesto do campo, do banco, ou da bancada. Cada jogo é dividido no máximo em 7 períodos de 7 minutos cada. A primeira equipa a vencer três períodos Duração do jogo ganha o jogo. Em caso de empate, procede-se a um prolongamento até que uma equipa atinja 5 pontos. 8 Antes da partida começar, os árbitros reúnem com os capitães de equipa e decide-se, através de um sorteio, quem sai a jogar em cada um dos sete períodos. Início do jogo Lança-se um cubo pintado com as cores das equipas (uma cor por cada duas faces) ou usa-se uma qualquer outra forma de desempate a três. Sistema de Pontuação Sempre que há uma falta, 2 equipas pontuam. Não há limite de substituições. Estas devem ser feitas em Substituições períodos de paragem de jogo. Batimento • É feito depois da chamada (Omnikin + cor); • A chamada só pode ser feita após o primeiro contacto com a bola. • Todos os jogadores da equipa devem tocar a bola no preciso momento do remate; Ataque • A bola deve ser enviada apenas e só com um toque, sem a transportar; • A bola deve percorrer, na horizontal, uma distância mínima de 1,83m e sem sofrer qualquer desvio; • Não pode ser executado pelo mesmo jogador duas vezes seguidas. 9 Tempo 10 segundos: Depois de assinalada uma falta, e da recolocação da bola pelo árbitro assistente, o árbitro principal dá um tempo em nunca superior a 10 segundos para a equipa entrar em contacto físico com a bola. 5 segundos: No início de cada período e sempre que é cometida uma falta, a equipa têm um período de cinco segundos para lançar a bola depois de dois apitos do árbitro. Assim sendo, a chamada e consequente batimento, só será válido depois de soarem os dois apitos do árbitro. Em jogo corrido, a partir do momento em que o terceiro elemento entra em contacto com a bola, a equipa tem Ataque cinco segundos para executar o batimento. Descontos de tempo: O capitão de equipa que tem a posse de bola está autorizado a pedir apenas um desconto de tempo por período – 25 segundos. Ataque Injustificado O Kin-Ball é um desporto criado para ser competitivo e o mais equilibrado possível. Uma equipa deve sempre pensar em atacar o primeiro lugar pelo que o regulamento tenta impedir que se criem grandes fossos no marcador; o sucessivo incumprimento desta regra pode mesmo levar à desqualificação da equipa. Uma equipa não pode nomear outra que tenha dois ou mais pontos de diferença, excepto se a equipa nomeada está na liderança. 10 Caso a equipa que nomeia se encontre empatada na primeira posição com outra equipa, é obrigatório que nomeie a equipa com quem partilha a liderança, a menos que a outra equipa não esteja dois ou mais pontos de diferença. Ataque Da mesma forma, uma equipa que se encontre no último lugar, é obrigada a nomear o líder do jogo, a menos que o segundo classificado não esteja a mais de um ponto de diferença. Esta regra não se aplica no último minuto de cada período. Na primeira vez que uma equipa cometa esta falta, recebe apenas uma advertência verbal. Defesa Defesa ilegal • Três ou mais jogadores da mesma equipa posicionados a 1,83m (ou menos) da bola, durante o batimento; se a falta for cometida por duas equipas, é assinalada falta à equipa nomeada; • Será assinalada falta se um jogador defensivo, posicionado a 1,83m entre a bola e o atacante perturbar a acção ofensiva (obstruindo ou atrapalhando o adversário); • Sempre que um jogador defensor está situado a 1,83m ou menos entre o atacante e a bola e entra em contacto com a bola, será assinalada defesa ilegal. 11 Sempre que um jogador da equipa não nomeada entra em contacto com a bola, estando a menos de 1,83m, é assinalada defesa ilegal. Nota: Sempre que se verificar esta falta, a reposição da bola pertencerá à equipa atacante. Obstrução Voluntária Entre dois jogadores: É considerada obstrução voluntária sempre que um defensor empurre, agarre ou bloqueie um atacante bem como condicionar ou atrapalhar a formação ofensiva da equipa adversária. O mesmo acontecerá se for o jogador atacante a provocar o contacto com o defensor na tentativa de arrancar uma falta. O Kin-Ball não permite qualquer tipo de contacto físico. Defesa Obstrução Involuntária Sempre que um jogador faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar o contacto com a bola mas mesmo assim não consiga evitar o contacto com esta, o árbitro: • caso a trajectória da bola seja desviada, assinala obstrução involuntária e devolve a bola à equipa atacante sem qualquer tipo de penalização para o defensor. • caso a trajectória da bola não seja desviada, deixa o jogo seguir. O árbitro também não interromperá o jogo caso o contacto se tenha dado, de forma fortuita, entre dois jogadores e o mesmo não impeça o normal desenrolar do lance. Nota: O conceito de voluntário ou involuntário depende da avaliação do árbitro. 12 Um ou dois jogadores podem mover a bola da forma que entenderem, caminhar ou correr com ela em sua posse e passá-la entre si. Mas a partir do momento em que três jogadores tocam na bola (sendo ou não simultaneamente) apenas podem fazer “pé-pivot”: A Regra Passos dos Ao mesmo tempo, assim que três jogadores entrarem em contacto com a bola, não mais podem perdê-lo. A bola nunca pode ser aprisionada por um só jogador. Considera-se bola presa quando há uma imobilização completa com duas partes do corpo. Bola presa Ao mesmo tempo, não é permitido agarrar a bola pela boquilha. A bola é “fora” quando: - A superfície da bola que toca o solo está completamente fora das linhas de delimitação; Bola “Fora” e - Toca um objecto fora do terreno, o tecto ou alguém Bola “Dentro” exterior ao jogo; A bola é “dentro” quando toca o solo do terreno de jogo, incluindo as linhas de delimitação. (A linha é parte integrante do campo) Um jogador é considerado “fora de jogo” quando nenhuma parte do seu corpo está dentro dos limites da área de jogo quando entra em contacto com a bola. “Fora de jogo” Um jogador pode recuperar a bola fora dos limites do campo se: 13 a) Uma parte do seu corpo está em contacto com a área de jogo (relembrando que a linha faz parte dele mesmo). “Fora de jogo” b) O seu salto é iniciado dentro ou sobre a linha que marca o terreno de jogo, e toma contacto com a bola antes da aterragem, mesmo que os seus braços fiquem fora dos limites. Os avisos servem para punir comportamentos antidesportivos e podem ser aplicados tanto a treinadores como jogadores. O Kin-Ball é um jogo que promove ao máximo o fair-play e o respeito por adversários e árbitros. Sempre que este comportamento saudável e recomendável não se verificar, atribuem-se ao jogador e à equipa infractora avisos maiores ou menores consoante a gravidade da infracção. Avisos Menores e Avisos Maiores Avisos Menores • Cometer faltas de forma deliberada; • Ataque injustificado (a partir da segunda vez; o primeiro ataque injustificado é apenas punido com uma advertência verbal) • Não respeitar as decisões arbitrais; • Obstrução voluntária entre dois jogadores ou entre a bola e um jogador; • Utilizar linguagem imprópria; • Não respeitar adversários sejam eles jogadores ou treinadores. Avisos Maiores • Comentários ofensivos dirigidos a árbitros, treinadores ou jogadores; • Acções com intenção de magoar ou lesionar – agressões; 14 Acumulações de Avisos Avisos Menores e Avisos Maiores Quando se dá um segundo, terceiro ou quarto aviso de equipa, cada uma das outras equipas recebe 5 pontos no marcador. O quarto aviso conduz à desclassificação da equipa, continuando o jogo com as restantes duas equipas. O jogador que cometeu a falta tem um aviso pessoal, se receber um segundo aviso, é expulso do jogo. 2 avisos menores = 1 aviso maior 15 Sinais de Arbitragem Começo do período do jogo Fim do período de jogo Fim do jogo Desconto de Tempo Reposição da bola em jogo Nulo Fora dos limites do campo Jogadores a mais na área de Falta de contacto jogo Chamada incorrecta Batimento em trajectória descendente Mesmo jogador lançou 2 vezes Batimento curto Bola perdida Falta por tempo excessivo 16 Passos Defesa ilegal Obstrução voluntária entre dois jogadores Obstrução voluntária entre um jogador e a bola Obstrução involuntária entre dois jogadores Acção / linguagem ofensiva Batimento ilegal Bola agarrada pela abertura Comportamento anti-desportivo Substituições Bola presa 17 1.4 – Carta de Espírito Desportivo • Mostrar espírito desportivo, é, primeiro e antes de tudo, respeitar estritamente todas as regras: é nunca tentar cometer, deliberadamente, uma falta. • Mostrar espírito desportivo, é respeitar todos os responsáveis. A presença de responsáveis ou árbitros é um aspecto essencial em toda a competição. Merecem o total respeito de todos. • Mostrar espírito desportivo, é aceitar todas as decisões do árbitro sem nunca pôr em dúvida o seu juízo. • Mostrar espírito desportivo, é reconhecer dignamente a derrota sem querer discutir com os adversários. • Mostrar espírito desportivo, é aceitar a derrota com modéstia e sem ridicularizar o adversário. • Mostrar espírito desportivo, é reconhecer os bons golpes, as boas técnicas e tácticas dos adversários. • Mostrar espírito desportivo, é renunciar a vencer por meios ilegais. • Mostrar espírito desportivo, é querer medir-se com o oponente com igualdade. É contar apenas com o talento e habilidades próprias para tentar vencer o jogo. • Mostrar espírito desportivo, é animar os companheiros com mais força depois de um erro do que depois de uma boa técnica. • Mostrar espírito desportivo, é manter a dignidade em toda a circunstância: é demonstrar que se é dono de si mesmo. É recusar a violência física ou verbal. O ESPÍRITO DESPORTIVO É O QUE IMPORTA! 18 II – ACÇÕES TÉCNICO-TÁCTICAS 2 – Acções Técnico-Tácticas - Posição-Base - Alta - Recepção - Média - Baixa - Controlo e transporte da Bola - Base - A duas mãos - Cruzado - Serviço - Martelo - Ombro - Posição Defensiva 20 Posição-Base Determinantes técnicas Um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e afastados à largura dos ombros; Erros mais Frequentes Posição estática MI ligeiramente flectidos (C.G. baixo); Tronco ligeiramente inclinado à frente; MS à frente; Olhar dirigido para a bola. 21 Recepção Alta Determinantes técnicas As mãos acima da cabeça; Braços flectidos com os cotovelos flectidos; Palmas das mãos viradas para fora; Braços e pernas semi-flectidos para uma melhor absorção do impacto; 22 Recepção Média Determinantes técnicas Braços afastados e em frente ao nosso corpo; Cotovelos virados para fora; Braços e pernas semi-flectidos para uma melhor absorção do impacto; 23 Recepção Baixa Determinantes técnicas Para dar um golpe vigoroso debaixo da bola, com um braço ou dois braços. 24 CONTROLO E TRANSPORTE DE BOLA Determinantes técnicas Dominar a bola com as duas mãos acima da cabeça, sem a agarrar; 25 Controlo com 2 jogadores Determinantes técnicas Os dois estão frente a frente com as pernas flectidas; Ombros virados para a bola; Palmas das mãos em contacto com a bola e cotovelos ligeiramente dobrados; 26 BASE Determinantes técnicas Palmas das mãos debaixo da bola voltadas para cima; Formação de um triângulo (3 elementos); Queixo ao peito; Bola acima da cabeça. 27 Serviço a 2 mãos Determinantes técnicas Mãos abertas ou fechadas; Transfere o peso do corpo para a bola; Ombros virados para a bola. 28 Serviço Cruzado Determinantes técnicas Erros mais Frequentes Posição lateral em relação à bola; Batimento executado com os pulsos; Braços à altura dos ombros; Falta de rotação do tronco. Batimento é realizado com o antebraço após rotação do tronco 29 Serviço Martelo Determinantes técnicas Erros mais Frequentes Não executar rotação dos pulsos; Rotação ligeira dos pulsos para dentro; Flectir os braços; Braços extensão; Batimento com os pulsos. Movimento pendular de trás para a frente; Batimento é realizado com o antebraço e pulsos por baixo da bola. 30 Serviço Ombro Determinantes técnicas Erros mais Frequentes Não executar rotação do antebraço; Braço em extensão; Batimento só com o antebraço; Rotação do antebraço para dentro; Aproveitamento do peso do corpo; Batimento é realizado com o ombro, braço e antebraço, ligeiramente flectido. 31 Posição Defensiva da Equipa Determinantes técnicas Os jogadores das equipas defensivas, devem formar um quadrado à volta da bola, quando esta vai ser servida. Equipas seguem o movimento da bola. Cada jogador deve estar a três ou quatro metros da bola e de cada canto do Ginásio. 32 III – SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM 3 – Situações de Aprendizagem Defesa Exercício Esquema/ Forma de Organização 1 - O professor move a bola no ar, ou rola a bola no chão, em todas as direcções, 4 2 3 1 2 4 3 para que os jogadores treinem a posição da técnica do quadrado; - Os jogadores devem manter a sua posição individual defensiva, a três ou quatro metros da bola; - Seguir sempre a bola a uma distância e ângulo constante. 1 4 2 3 34 Controlo da bola Exercício Forma de Organização a) Formar 1 círculo, cada com uma bola. A pessoa no meio do círculo passa a bola para um colega para este executar a recepção (controlo e imobilização da bola com a ajuda do colega do lado direito), devolver a bola ao centro. Variante1: após um sinal sonoro todos os colegas da mesma cor (do que tem a posse de bola), devem agrupar e estar em contacto com a bola. Variante2: a mesma descrição, mas no final os alunos tem que estar com um joelho no chão e as duas mãos em contacto na bola. b) Os jogadores correm à vontade em todas as direcções no terreno de jogo. O professor atira três bolas, gritando ao mesmo tempo três números (o professor pode ter a ajuda de dois alunos). Os jogadores chamados devem levantar, controlar e imobilizar a bola, de seguida devem devolver a bola ao centro e continuar a correr. Nota: Organizar as equipas de quatro elementos e atribuir um número a cada equipa ou uma cor. 35 Exercícios de Vocalização/Batimento Exercício Forma de Organização Uma bola. O servidor da equipa que tem a posse de bola, serve para um jogador da equipa em frente dele. O receptor deve usar as técnicas apropriadas para levantar a bola (pés ou braços). Em seguida os alunos devem rodar no sentido dos ponteiros do relógio Variantes: - Utilizar diferentes tipos de batimento; - Duas mãos, cruzado, martelo e de ombro. 36 Exercícios de Vocalização/Batimento/Controlo da Bola Exercício Forma de Organização Uma bola. O servidor da equipa que tem a posse de bola, serve para um jogador da equipa em frente dele. O receptor deve usar as técnicas apropriadas para levantar a bola (pés ou braços). O controlo e imobilização são realizados com a ajuda de um segundo jogador. Entretanto toda a equipa deve estar preparada para o próximo serviço. Variantes: - Utilizar diferentes tipos de batimento; 37 Preparação para o Jogo Kin-ball Exercício Forma de Organização Uma bola por 2 equipa. O campo é dividido em 4 campos, uma equipa de 4 elementos em cada campo. A equipa com a posse de bola, forma a base e após chamar a equipa da frente (OMNIKIN Cor…) executa o serviço, tentando colocar a bola no chão, a equipa adversária deve evitar que esta caia, e formar o mais rápido possível a base para executar o serviço. Variantes: O professor pode condicionar o exercício de várias formas: - Utilizar diferentes tipos de batimentos; - Tempo de execução; - Trocar as equipas 38 Preparação para o Jogo Kin-ball Exercício Forma de Organização Uma bola 4 equipa. O campo é dividido em 2 campos, uma equipa de 4 elementos em cada campo. As outras ficam na linha final, uma equipa atrás de cada equipa em jogo. A equipa com a posse de bola, forma a base e após chamar a equipa da frente (OMNIKIN Cor…) executa o serviço, tentando colocar a bola no chão, a equipa adversária deve evitar que esta caia, e formar o mais rápido possível a base para executar o serviço enquanto a que a serviu sai rapidamente e entra a equipa que estava fora, assim sucessivamente. Variantes: O professor pode condicionar o exercício de várias formas: - Utilizar diferentes tipos de batimentos; - Tempo de execução; - Trocar as equipas 39 IV – DEFINIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS 4 – Definição das Competências Competências O aluno em situação de jogo: Competências de Acção - Serve a duas mãos, cruzado ou de ombro; - Recebe com um eficaz controlo de bola e contribui eficazmente para a formação da base; - Ocupa racionalmente do espaço; Conhece o regulamento: Principais regras: O batimento • • • • Competências de Conhecimento • • É feito depois da chamada (Omnikin + cor); A chamada só pode ser feita após o primeiro contacto com a bola. Todos os jogadores da equipa devem tocar a bola no preciso momento do batimento; A bola deve ser enviada apenas e só com um toque, sem a transportar; A bola deve percorrer, na horizontal, uma distância mínima de 1,83m e sem sofrer qualquer desvio; Não pode ser executado pelo mesmo jogador duas vezes seguidas. Regra dos passos Bola fora Conhece técnica de execução dos elementos técnicotácticos. Conhece a constituição da equipa de arbitragem e as suas funções. 41 Competências de Atitude Conhece os principais sinais da arbitragem. Respeita e cumpre a Carta de Espírito Desportivo. 42 V – PROPOSTA DA UD 5 – Proposta da Unidade Didáctica Aula N.º 1 Competências específicas - Diagnosticar o nível de prestação dos - Posição base (ofensiva e alunos. defensiva); - Transmitir o regulamento de Kin-Ball. - Serviço a duas mãos; - Transmitir e exercitar a posição base - Recepção (alta, média e ofensiva e defensiva; serviço a duas baixa); mãos; recepção (alta, média e baixa) e controlo da bola, - Controlo da bola. - Jogo 4x4x4. - Posição base (ofensiva e defensiva; serviço a duas mãos; recepção (alta, média e baixa) e defensiva); - Transmitir e exercitar o serviço cruzado, o papel do 1º e 2º jogador, o papel do 3º e 4º jogador. - Jogo 4x4x4. Função Didáctica - Avaliação diagnostica - Transmissão - Exercitação - Jogo 4x4x4 - Exercitar a posição base ofensiva e controlo da bola. 2 Conteúdos - Transmissão - Exercitação - Serviço a duas mãos; - Recepção (alta, média e baixa); - Controlo da bola; - Serviço cruzado; - Papel do 1º e 2º jogador; - Papel do 3º e 4º jogador; - Jogo 4x4x4. 44 - Exercitar a posição base ofensiva e defensiva; serviço a duas mãos; recepção (alta, média e baixa), controlo da bola, o serviço cruzado, o papel do 1º e 2º jogador, o papel do 3º e 4º jogador. 3 - Posição base (ofensiva e defensiva); - Transmissão - Exercitação - Serviço a duas mãos; - Recepção (alta, média e baixa); - Transmitir e exercitar o serviço martelo e serviço de ombro. - Controlo da bola; - Jogo 4x4x4 - Papel do 1º e 2º jogador; - Serviço cruzado; - Papel do 3º e 4º jogador; - Serviço de martelo e de ombro; - Jogo 4x4x4. 4 5 - Exercitar e consolidar os conteúdos - Todos os conteúdos - Exercitação abordados. abordados nas aulas anteriores. - Consolidação - Avaliar o nível de prestação dos alunos. - Todos os conteúdos abordados ao longo da unidade didáctica. - Avaliação Sumativa 45 BIBLIOGRAFIA Bibliografia 1. Graça, A. e Oliveira, J. (1994) - O ensino dos jogos desportivos (3ª edição) - Centro de Estudos dos Jogos Desportivos. FCDEF – UP. 2. International Kin-Ball Sport Federation (2003). Kin-Ball Sport Official Rules. Omnikin Inc. 3. International Kin-Ball Sport Federation (2003). Manual Kin-Ball Sport. Omnikin Inc. 4. Teodorescu, L. (2003). Problemas de teoria e metodologia nos jogos desportivos. Horizonte de cultura física, Lisboa.