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Transcrição

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Editorial
3
Foi uma gritaria geral
Geraldo L. Tiago Filho*
O constante adiamento da data de divulgação dos valores de compra
de energia oriunda de fontes alternativas, a serem beneficiadas pelo
PROINFA (Programa de Incentivo a Fontes Alternativas): o que devia
ser em Março foi protelado para Julho, sendo divulgado, mais
especificamente, no dia 31 de Junho pelo Ministério de Minas e Energia.
Esta indefinição pode ter retardado por tempo indeterminado a
retomada do investimento em fontes alternativas de energia, uma vez
que causou apatia no mercado. Há mais de uma centena de projetos que
ficaram aguardando a definição dos Valores Econômicos (VEs) e agora
correm um grande risco de serem abandonados.
Fatos como este, aliados à demora na definição do novo modelo do
setor elétrico e às dificuldades em atender exigências ambientais, criaram
uma conjuntura desfavorável ao empreendedor do setor elétrico que
enfrenta, ao mesmo tempo, a carência de financiamentos e a necessidade
de restabelecer a confiança dos investidores e compradores de sua energia.
Em todo mundo, principalmente em países considerados
desenvolvidos, como a Alemanha, a Espanha e a Holanda, entre outros,
as fontes renováveis de energia participam com relevo na composição
das matrizes energéticas. Além disso, o uso destas fontes é incentivado
pelas políticas de preservação ambiental.
O Brasil estava a passos largos se encaminhando para este cenário.
Entretanto, a morosidade na definição do setor tem desacreditado o
modelo, qualquer que seja ele. A continuidade de tal realidade é triste e
pode se tornar trágica. A definição de novas regras estáveis passa, portanto,
a ser crucial para o setor, em especial para o segmento de fontes
alternativas.
Enquanto não são estabelecidos novos critérios, outros programas
vão sendo adiados, ainda que em parte, como aconteceu com o Programa
de Universalização de Energia Elétrica. Aguardada desde 2002 e tida
como certa, a universalização teve sua parcela mais importante transferida
para o próximo ano. O programa, que visa a atender a camada mais
desfavorecida da sociedade, não se consolidou, prejudicando 10,5 milhões
de brasileiros, os quais passarão por 2003 sem acesso à energia elétrica.
Fica a pergunta: Como será possível montar um novo modelo de
adiamento em adiamento?
*Editor da PCH Notícias & SHP News
Sumário / Contents
PCH Notícias & SHP News
Editorial
Painel do Leitor / Reader’s Painel
Espaço Empresarial / Company Space
Agências Reguladoras / Regulating Agencies
Espaço do Internauta / Internet Room
Universalização / Universalization
Setor Elétrico / Electric Sector
Agenda
Artigos Técnicos / Article Tecnical
Microcentrais / Micro-Hydroelectric Plants
X ELPAH
PROINFA
Auto-suficiência / Self Suffiency
It was a general cry
Trad. Adriana Candal
The constant postponement of the date for the announcement of
the purchase values of the energy coming from alternative sources, which
would receive benefits from PROINFA (a program to encourage the use
of alternative sources of energy): the announcement should have been
made in March, but it was postponed to July, and it will be done on July
31st by the Ministry of Mines and Energy.
This lack of definition may have delayed investments in alternative
sources of energy causing the market to be apathetic. There are more
than one hundred projects that were set aside waiting for the definition
of the Economic Values (EVs) and now, they are risking being
abandoned.
Facts like this, together with the demur for defining a new model
for the electric sector and the difficulties in attending environmental
demands, created an unfavorable conjuncture for the ones who want to
invest in the electric sector, for they have to face, at the same time, the
lack of credit lines and the need to reestablish the trust of the investors
and the buyers of their energy.
All over the world, mainly in countries considered as developed
ones, such as Germany, Spain and Holland, renewable sources of energy
participate significantly in the composition of their energy matrices.
Besides, the use of these sources is encouraged by environmental
preservation policies.
Brazil was heading fast towards this scenario. However, the
slowness in defining the sector has caused the model to be distrusted,
no matter the model. The continuity of such reality is sad and may become
tragic. The definition of new stable rules becomes crucial for the sector,
particularly for the segment of alternative sources.
While new criteria are not established, other programs will be
postponed, at least part of them, just like what occurred with the Electric
Energy Universalization Program. The universalization has been
expected since 2002, but its most important part was postponed until
next year. The program, which aims at attending the poorest part of our
society, was not consolidated, and 10.5 million Brazilians will spend
2003 without having access to electric energy.
The question remains? How is it possible to create a new model
from postponement to postponement?
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Painel do Leitor / Reader’s Painel
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Envie sua opinião à PCH Notícias &
SHP News pelo endereço CERPCH
/ LHPCH - Avenida BPS, 1303 Bairro Pinheirinho, CEP: 37500-903 Itajubá (MG) - Brasil ou pelo e-mail
[email protected] .
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CERPCH / LHPCH - Avenida BPS, 1303
Bairro Pinheirinho, CEP: 37500-903 - Itajubá
(MG) – Brasil, or you can e-mail us:
[email protected].
Dear Mr. Tiago Filho,
Caro Senhor Tiago Filho,
I have noted the environmental piece on pg. 7 of your Fev/Mar/
Abr 03 issue about “The Kyoto Protocol”, global warming, and the
“carbon credits market”. It is not obvious why you accept the lies of
“global warming”, but I can assure you of the following:
1. There is no measurable global warming caused by man.
2. There is global temperature change caused only by the sun.
3. See the “Petition Against Global Warming”, signed by 17,000
scientists around the world.
4. You and your people are listening to “junk science” promulgated
by “scientists” who are or want to be paid by government. Witness the
“global cooling scare” in 1975 promulgated by a feckless media that
listened to the same “Luddite” sources back then.
5. One could also remember the big “Y2K” scare of 1998-2000,
wich turned out to be nothing at all. The mass media as well as our
technical journals appear to have forgotten how wrong they were then.
You would be better served to read two books written by recognized
scientists in the USA and Europe who have no bias towards this subject:
- J. Fred Singer: (emeritus professor of environmental sciences at Univ.
of Virginia)
“Hot Talk, Cold Science: Global Warming’s Unfinished Debate”
Independent Institute, Oakland, CA 1999
- Philip Stott: (professor of biogeography at the University of London
“Political Ecology: Science, Myth, and Power”
Oxford University Press, 2000
There is no reasonable energy alternative to hydro, coal, gas, and
nuclear power for the foreseeable future. If you want to see what huge
government R&D spending along with worthless tax credits—since
1979—has done for alternative energy sources all you have to do is
look at the recent energy fiasco in California.
Your magazine will look very foolish when the truth comes out,
just as others did after the various media jumped on the global-cooling
bandwagon in 1975.
Eu li o artigo publicado na página 7 da revista Fev/Mar/Abril sobre o
“Protocolo de Kyoto”, aquecimento global, e sobre o “mercado de créditos
de carbono”. Não ficou claro o motivo pelo qual você aceita tais mentiras
sobre o “aquecimento global”, mas assegure-lhe o seguinte:
1. Não há aquecimento global mensurável causado pelo homem;
2. Há uma mudança da temperatura global causada somente pelo sol;
3. Veja a “Petição Contra o Aquecimento Global” assinada por 17.000
cientistas espalhados por todo o mundo;
4. Você e sua equipe estão dando ouvidos à “ciência inútil” proclamada
por “cientistas” que já estão sendo ou querem ser pagos pelo governo.
Lembre-se do “terror do resfriamento global” de 1975, que foi anunciado
por meios de comunicação irresponsáveis que escutaram as mesmas fontes
“retrógradas” daquela época;
5. Você também pode se lembrar do “Bug do Milênio” que, no final
das contas, não era coisa alguma. Tanto os meios de comunicação de
massa quanto as nossas publicações técnicas parecem ter se esquecido de
como estavam errados.
Você estaria mais bem servido se lesse dois livros escritos por cientistas
reconhecidos nos EUA e na Europa que são imparciais sobre este tema:
- J. Fred Singer: (professor emérito de ciências do meio ambiente na
Universidade de Virgínia)
“Hot Talk, Cold Science: Global Warming’s Unfinished Debate”
Independent Institute, Oakland, CA 1999
- Philip Stott: (professor de biogeografia na Universidade de Londres)
“Political Ecology: Science, Myth, and Power”
Oxford University Press, 2000
Não há alternativa energética plausível à água, carvão, gás e energia
nuclear num futuro que possamos prever. Se você quiser ver o que os
enormes gastos do governo com Pesquisa e Desenvolvimento juntamente
com os incentivos fiscais inúteis —desde 1979—fizeram para as fontes
alternativas de energia, basta olhar para o recente fiasco energético na
Califórnia.
Sua revista parecerá muito tola quando a verdade vier à tona, exatamente
como as outras que, em 1975, se juntaram à crença do resfriamento global.
Very truly yours,
Henry E. Payne III
President
Payne Engineering
Esta publicação conta com o apoio de:
Atenciosamente,
Henry E. Payne III
Presidente
Payne Engenharia
This publication has the support of:
Agências Reguladoras
6
O papel das
Agências Reguladoras
Fabiana Gama Viana
As agências reguladoras foram criadas para assegurar o cumprimento e a estabilidade de leis, normas, regulamentos e
contratos que orientem as atividades de interesse público. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) tem como funções
regular e fiscalizar a geração, a transmissão, a distribuição e a comercialização de energia elétrica. Dentro desse contexto, cabe
ao governo definir políticas; ao Congresso, transformar essas políticas em leis e, às agências, fazer com que essas leis sejam
cumpridas. Em entrevista ao PCH Notícias & SHP News, Moacyr Trindade de Oliveira Andrade, Comissário Chefe do Grupo
Comercial e de Tarifas da Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE), agência reguladora do estado de São Paulo, fala
sobre a atual situação das agências reguladoras, especialmente, as de energia.
Moacyr Trindade de Oliveira Andrade - “O governo precisa dar o rumo, e a ANEEL
então seguir esse rumo e executá-lo”.
PCH Notícias & SHP News - O governo tem
criticado o fato de as agências reguladoras estarem
invadindo as atribuições ministeriais. Isso está
realmente ocorrendo?
Andrade - Efetivamente, não tem ocorrido. O que
acontece é que as agências têm executado suas
funções e há um espaço vazio, na verdade, na
reestruturação do setor elétrico. É preciso então
ter uma orientação que as agências devem seguir.
Uma vez havendo essa orientação, ou seja, um
planejamento energético, então cabe à agência
reguladora fiscalizar o andamento desse trabalho
e licitar, por ventura, uma obra que esteja
equacionada para aquele planejamento. E essa
função deveria ser exclusivamente de fiscalização
e de consolidação do planejamento feito pelo
Conselho Nacional de Política Energética e pelo
Ministério das Minas e Energia. Como não
aconteceu esse planejamento, acaba-se
interferindo no processo e em todos os espaços
que foram deixados vazios. Houve uma ocupação
por parte das agências de energia elétrica com
relação a esse aspecto, mas tentando fechar um
buraco, uma lacuna.
PCH Notícias & SHP News - Dentro dessas
críticas, o que vem sendo proposto pelo governo?
Andrade - O governo, inicialmente, tomou um
susto pelo tamanho de atividades, pela dimensão
da atuação da agência. Mas, ao mesmo tempo,
ele entendia que algumas funções desenvolvidas
pelo órgão regulador, no caso a ANEEL, deveriam
ser missões de governo e não da agência. Existe
um contrato de gestão, assinado entre a agência e
o ministério [MME], no qual as funções da agência
ficam acordadas. Ele precisa ser refeito agora com
o novo governo. Uma vez assinado esse contrato,
o governo tem direito de verificar tudo aquilo que
foi feito [pela agência]. O governo precisa dar o
rumo, e a ANEEL então seguir esse rumo e
executá-lo. E a principal crítica do governo é com
relação às tarifas, ou seja, o governo diz que toma
ciência do valor das tarifas via imprensa. Na
verdade, a missão da ANEEL, no caso do setor
elétrico, é realmente revisar e reajustar as tarifas.
Isso faz parte do contrato. Se, por ventura, o
governo entender que não deveria ser função da
ANEEL, no próximo contrato de gestão com o
ministério, ele tira essa função da ANEEL. A
crítica pelo desconhecimento do valor tarifário está
muito mais destinada ao ministério, que faz o elo
entre o governo e a agência reguladora, do que
propriamente à agência reguladora. Esta executa
sua função que é determinar a tarifa, o critério.
Ela pode ser criticada pelo procedimento que está
adotando, pela forma de atuação dela. Mas a
função é dela. Não seria uma ultrapassagem de
funções.
PCH Notícias & SHP News - O que representam
as agências para os investidores?
Andrade - Os investidores entendem as agências
como um elo de equilíbrio entre o investidor, a
concessionária e o governo. A agência faz o
equilíbrio entre essas três grandes forças do setor
como um todo. O governo tem o poder de alterar
as regras do jogo, e essas regras podem ser
alteradas via decreto, via medida provisória. Essas
ações [do governo] geram certa incerteza, porque,
se um dos três elos pode alterar a regra do jogo
durante o andamento do mesmo, isso cria uma
insegurança em quem vai colocar dinheiro no setor
elétrico. Por exemplo, quando se coloca que a
revisão tarifária vai ter um conjunto de ações. E
quando se promove a revisão tarifária e alteramse essas ações, isso traz uma incerteza. Pode-se
perder uma parte do investimento porque, na nova
concepção, não serão consideradas alternativas que
na primeira o eram. Nessa situação, cria-se uma
instabilidade para com o mercado. Ao mesmo
tempo, o investidor quer uma certa tranqüilidade
com relação à economia do país.
PCH Notícias & SHP News - As agências têm
recebido críticas por parte da sociedade também?
Andrade - Na verdade, nós temos ações muito
díspares no país. Aliás, um país desse tamanho,
só poderia ser assim. Nós temos algumas agências
que já promoveram uma certa descentralização,
ou seja, aproximaram a regulação do consumidor,
criando viabilidades de acesso ao consumidor.
Outras [agências] mostram-se completamente
distantes. Se se falar de agência como um todo,
podemos citar a ANATEL que está longe do
consumidor. Ela não faz nenhuma
descentralização, não tendo controle do poder
total. A CSPE [São Paulo], como a primeira
agência reguladora de energia, hoje desenvolve as
mesmas funções da ANEEL. E as agências mais
antigas também - Ceará [ARCE], Pará [ARCON],
Bahia [AGERBA], Rio Grande do Sul [AGERGS]
- já podem atuar quase que integralmente no setor
Regulating Agencies
The role of the
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Regulating Agencies
Trad. Adriana Candal
The regulating agencies were created to ensure the fulfillment and the stability of the laws, norms, regulations and contracts
that guide the activities of public interest. Aneel (National Agency for Electrical Energy) must regulate and inspect the
generation, transmission, distribution and commercialization of electric energy. Within this context, the Government must define
the policies; the Congress must transform these policies into laws; and the agencies must make sure that these laws will be
fulfilled. Moacyr Trindade de Oliveira, Head of the Commercial and Tariff Group of the Energy Public Service Commission
(CSPE – a regulating agency of the state of São Paulo), gave the PCH Notícias & SHP News an interview talking about the
current situation of the regulating agencies, particularly, those that deal with energy.
is to analyze and adjust the tariffs. This is part of
PCH Notícias & SHP News – The government
the agreement. If, the government understands that
has criticized the fact that the regulating
“The agency may be
this should not be Aneel’s function, it will remove
agencies are invading ministerial duties. Is this
criticized for the
this function from the next agreement signed with
really happening?
the MME. The criticism in relation to not knowing
Andrade – Effectively, it has not. What is
procedure it is adopting,
the value of the tariffs is destined for the Ministry,
happening is that the agencies have been carrying
the way it acts. But it is its
which makes the link between the government and
out their duties, but, in fact, there is a gap in the
the regulating agency, and not for the agency
restructuring of the electric sector. So, there must
function.”
itself. It only caries out its function, which is to
be a guideline for the agencies to follow. Once
determine the tariff,
this guideline exists, that is, an
the criterion. The
energetic planning, then the
PCH Notícias & SHP News – Have the agencies
agency may be
regulating agency will be
been criticized by the society as well?
“The government
criticized for the
responsible for inspecting the
Andrade – In fact, we have very different actions
procedure it is
works and, tendering for
in the country. We have some agencies that have
must establish the
adopting, the way it
something that is already part of
already promoted decentralization, that is, they
guidelines, and
acts. But it is its
that planning. And this function
took the regulation closer to the consumer, making
function. It is not doing
should be exclusively to
the consumers’ access viable. Other agencies are
ANEEL must
anything beyond its
inspection and consolidate the
still completely distant. If we talk about the
follow and carry
boundaries.
planning made by the National
agency as a whole, we can mention ANATEL,
PCH Notícias & SHP
Council for Energy Policy of the
which is far away from the consumers. It does
them out.”
News – What do the
Ministry of Mines and Energy. As
not promote any decentralization, and it does not
agencies represent for
this planning did not happen, the
have the control of the total power. CSPE (São
the investors?
result is an interference in the
Paulo), as the first regulating agency of the
Andrade – The investors see the agencies as a
process and in all the spaces that were left empty.
country, perform the same functions as Aneel
balance link between the investor, the utility and
There was a kind of occupation carried out by
(National Agency for Electrical Energy). And the
the government. The agency must balance these
the electric energy agencies in relation to this
older agencies as well - Ceará [ARCE], Pará
three great forces of the sector as a whole. The
aspect, but they were just trying to close a hole, a
[ARCON], Bahia [AGERBA], Rio Grande do Sul
government has the power to change the rules of
gap.
[AGERGS] – can already operate almost
the game, and these rules can be changed through
PCH Notícias & SHP News – In relation to this
integrally in the electric sector, that is, getting
decrees or provisory measures. The government’s
criticism, what has the government proposed?
the population closer to the
actions
cause
Andrade – Initially, the government was
regulating agency. In the
uncertainties because if
surprised by the size of the activities, by how much
other sates, there was a delay
The investors see the
one of the links can
the agency was acting. But, at the same time, the
in
relation
to
the
change the rules half
government understood that some functions
implementation of these
agencies as a
way through the game,
performed by the regulating organ, in this case
agencies. Today, they are still
balance link between
those that are injecting
Aneel (National Agency for Electrical Energy),
getting started and their
money in the electric
should have been carried out by the government
performance is small in
the investor, the
sector will be insecure.
and not by the agency. There is an agreement
relation to everything the
utility and the
For example: the tariff
between the agency and the Ministry of Mines
agency can do regarding the
review is said to have a
and Energy (MME) that specifies the functions
electric energy utility, the
government.
set of actions, so when
of the agency. With this new government, it must
Consumer’s Defense Code,
this tariff review takes
be redone. Once this agreement is signed, the
the laws of the electric sector
place and these actions
government has the right to verify everything the
and a series of other issues
are changed, this brings uncertainties. Part of
agency did. The government must establish the
that must be incorporated by these agencies, so
the investment may be lost because, according to
guidelines, and ANEEL must follow and carry
that will be able to have an effective
the new conception, some alternatives, which
them out. And the main criticism coming from the
decentralization.
were previously considered, may no longer be.
government concerns the tariffs, that is, the
PCH Notícias & SHP News – And what about
This situation creates market instability. At the
government says that it only becomes aware of
the fact that the government cut Aneel’s funds
same time, the investor wants certain tranquility
the price of the tariffs through the press. In fact,
because of budget problems? What may this
in relation to the country’s economy.
Aneel’s mission, in the case of the electric sector,
cause?
8
Agências Reguladoras / Regulating Agencies
elétrico, ou seja, aproximando a população da agência reguladora. Já nos
Andrade – This resource, the agencies’ resources, comes from the payments
outros estados, houve uma certa demora na implantação dessas agências.
carried out by the consumers, for part of their electricity bill goes to
Hoje elas estão se consolidando, mas ainda é um trabalho pequeno em função
inspection. The consumer makes the payment for Aneel, so that the agency
de tudo aquilo que a agência pode atuar em relação à concessionária de
can carry out its inspection assignments. When this resource is put in only
energia elétrica e o direito como um todo por parte do Código de Defesa do
one of the government’s boxes, and it can still be held, as it was observed,
Consumidor, das leis do
we are misappropriating the consumers’ money. If we are not going to use
setor elétrico e uma
that fund for that specific purpose, so we cannot charge the consumer for it.
“Se nós não vamos utilizar
série de outros quesitos
Once the necessary fund for the agencies to carry out their functions is
que precisam ser
defined, we should limit the consumer’s contribution to that amount. When
aquela verba para o que ela
incorporados por essas
the government misappropriates or makes the use of a resource impossible,
se destina, então não cabe
agências, para que
we are charging the consumers unnecessarily. This makes it difficult for the
tenhamos efetivamente
agencies to act,
cobrar do consumidor essa
uma descentralização.
and they become
parcela.” / “If we are not
PCH Notícias & SHP
unable to carry out
“Quando o governo se
News - E o fato de o
their functions
going to use that fund for
apropria ou inviabiliza a
governo, por problemas
completely. This is
that
specific
purpose,
so
we
orçamentários, ter
what is happening
utilização do recurso, nós
cortado as verbas da
to ANEEL and
cannot charge the consumer
estamos onerando o
ANEEL? O que isto
CSPE. We did not
for it.”
pode provocar?
carry out several of
consumidor
Andrade - Esse
our functions, such
desnecessariamente.” /
recurso
[verba
as
inspecting
destinada às agências] é oriundo de pagamentos do consumidor, cuja fatura
hydroelectric and
“When the government
de energia elétrica contempla uma parcela, que é a parcela de fiscalização. O
thermal power
misappropriates or makes
consumidor faz o pagamento à ANEEL para que ela exerça suas funções de
plants.
The
fiscalização. Quando se coloca todo esse recurso em uma caixa única do
certification and
the use of a resource
governo e depois ele ainda pode ser contingenciado, como é o fato que hoje
the registry of these
impossible, we are charging
nós verificamos, nós estamos apropriando do recurso do consumidor. Se nós
plants, all of these
não vamos utilizar aquela verba para o que ela se destina, então não cabe
processes were sent
the consumers
cobrar do consumidor essa parcela. Nós deveríamos, uma vez definido o
back to ANEEL
unnecessarily.”
montante que é necessário para o desenvolvimento das funções da agência,
because there are
limitar a contribuição do consumidor a esse montante. Quando o governo se
no resources to
apropria ou inviabiliza a utilização do recurso, nós estamos onerando o
carry out these
consumidor desnecessariamente. Passa-se a dificultar as ações da agência, e
functions in São Paulo. The consumer and the sector as a whole suffer
ela fica incapacitada de atuar de forma plena. É o que está acontecendo com
losses.
a ANEEL e com a própria CSPE em São Paulo. Deixamos de fazer diversas
PCH Notícias & SHP News – Where does the money go? What argument
funções que nos eram comuns, como exemplo, a fiscalização das usinas
did the government use for carrying out this cut?
hidrelétricas e usinas termelétricas. A regularização, o registro dessas usinas,
Andrade – The government is trying to find a position. The Minister of
todo esse processo voltou para a ANEEL porque não há recursos que
Mines and Energy, Dilma Roussef, identified the action of holding the
possamos executar essas funções em São Paulo. Há o prejuízo do consumidor
resources as inappropriate, mainly because of the amount, about 50% or
e do próprio setor como um todo.
more. ANEEL tried to protect its team and gave the rest of the money to the
PCH Notícias & SHP News - Para onde vai o dinheiro? Qual foi o argumento
agencies. Then, the decentralized agencies ended up receiving less than
dado pelo governo para efetuar o corte?
50% to fulfill their basic necessities. This, indeed, cause a serious problem
Andrade - Ele ficará na conta da ANEEL contingenciado, caracterizando
for the agencies to carry out their work. The government has already
uma situação de superávit das contas governamentais. Ele [o governo] está
recognized the difficulties and there is a proposition of releasing the
se posicionando. A Ministra [Dilma Roussef, Ministério das Minas e
resources for the second
Energia] identificou como ação indevida o contingenciamento,
half of 2003.
“Deixamos de fazer diversas PCH Notícias & SHP News
principalmente no nível em que foi feito, cerca de 50% ou mais. AANEEL
procurou salvaguardar sua equipe e repassou o restante [do dinheiro]
funções que nos eram comuns, – With all the criticism the
para as agências. Então as agências descentralizadas acabaram recebendo
agencies have been facing
como exemplo, a fiscalização and because of the funding
menos que 50% para atender suas necessidades básicas. Isso realmente
trouxe um problema para o desenvolvimento dos trabalhos das agências
das usinas hidrelétricas e problem, what are their
e já há o reconhecimento do governo, através da Ministra, das
reality today?
usinas termelétricas.” / “We Andrade – After all the cuts,
dificuldades e até uma proposta de descontingenciamento para o 2º
semestre de 2003.
did not carry out several of our it was decided that the
PCH Notícias & SHP News - Com todas essas críticas enfrentadas
agencies should carry out
functions, such as inspecting inspection services and
pelas agências e por esse problema de corte de verbas, que tipo de
realidade é vivida por elas hoje?
hydroelectric and thermal complement the regulation.
Andrade - Após todos esses cortes, ficou decidido que as agências
This is the part that the
power plants.”
deveriam fazer os serviços de fiscalização e de complementação da
agencies could not stop
regulação. Esta é a parte que não se poderia deixar de fazer. Mas assim
doing. But, even so, this
mesmo esse serviço envolve, por parte da ANEEL, viagens a locais
service involves trips to
onde não há agências e a consolidação de algumas agências que estavam em
places that have no agencies and the consolidation of some agencies that
formação. Isso significa um investimento que acabou não sendo viável na sua
were being formed. That means an investment that, at the end, was not
integralidade. Nós temos dado prioridade ao atendimento ao consumidor e,
integrally viable. Our priority has been to assist the consumer, and so far,
até o momento, nós temos conseguido.
we have been able to do that.
Espaço do Internauta / Internet Room
@
9
As matérias abaixo são divulgadas
pelo site do CERPCH, que possui uma
seção com notícias atualizadas sobre o mercado de energia, PCHs e o
setor elétrico. O site ainda contém informações sobre fabricantes, eventos
e cursos.
The subjets below are shown by the
CERPCH’s home page which has a sector
with current news about the energy
market, SHP and the ELetric Sector.
Besides, the site has information about
manufacturers, events and courses.
www.cerpch.efei.br
Capes re-classify “SHP News”
Capes reclassifica “PCH Notícias”
A revista PCH Notícias & SHP News está inscrita no Qualis principal índice de publicações técnicas da Capes/Ministério
da Educação - desde 2002. A publicação foi classificada como
A, de alta qualidade e está atualizando seu âmbito de
circulação de local para internacional, como informa o coordenador das
Engenharias III da Capes, professor Álvaro Prata. O Qualis é utilizado para
divulgação da produção intelectual de docentes e alunos de pós graduação. Ele
foi concebido pela Capes para atender necessidades específicas do sistema de
avaliação do organismo. A classificação é feita ou coordenada pelo representante
de cada área e passa por processo anual de atualização. Os veículos de divulgação
citados pelos programas de pós graduação são enquadradas em categorias
indicativas da qualidade - A alta, B média, ou C baixa - e do âmbito de circulação
dos mesmos - local, nacional ou internacional. As combinações dessas categorias
compõem nove alternativas indicativas da importância do veículo utilizado e,
por inferência, do próprio trabalho divulgado: circulação local de alta, média ou
baixa qualidade; circulação nacional de alta, média ou baixa qualidade; circulação
internacional de alta, média ou baixa qualidade.
Engenharia Hídrica demarca nascente
The journal “PCH Notícias & SHP News” has been registered in
Qualis - main technical publication index of Capes/Ministry of
Education - since 2002. The journal received an “A” classification,
which means high quality. The journal is broadening its circulation
scope from local to international as said by the coordinator of
Engenharias III of Capes, professor Álvaro T. Prata. Qualis is used
to divulge the intellectual production of professors and graduate
students. It was conceived by Capes to meet the specific needs of
the evaluation system of the organ. The classification is carried
out or coordinated by the representative of each area, and it is
updated annually. The media mentioned by the graduating
programs are placed in quality categories: A – high, B – medium
or C – low. Their circulation is also considered – local, national or
international. The combination of these categories forms the nine
alternatives that indicate the importance of the used medium, and
of the study itself: local, national or international circulation
presenting high, medium or low quality.
Water Engineering delimits stream
O rio Sapucaí nasce a 1.651,5523 metros de altitude, 22º45’32"
de latitude Sul e 45º37’24" de longitude Oeste, como córrego
Piracuama, próximo ao portal de entrada da cidade de Campos
do Jordão (SP). Tais dados foram levantados pela primeira vez,
no local, dia 7 de Junho último, por sessenta alunos do Curso
de Engenharia Hídrica da Universidade Federal de Itajubá
(Unifei) e representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do
rio Sapucaí. Eles realizaram o primeiro geo-referenciamento da
nascente do rio Sapucaí. A medição foi assinalada com uma
placa afixada no local. O grupo desceu depois numa caminhada
ecológica, pelas margens do córrego, averiguando em que altura acontecem os primeiros indícios de poluição.
The river Sapucaí is born at 1,651.5523 meters of altitude,
22º45’32" South latitude and 45º37’24" West longitude. It begins
to flow as Piracuama Creek, near the entrance portal of the city of
Campos do Jordão (SP). These data was first attained by sixty
students that are part of the Water Engineering Course of UNIFEI
(Federal University of Itajubá) on June 7th, 2003. Representatives
of the Watershed Committee of the River Sapucaí were also
present. They carried out the first geo-reference of the of the
river’s waterhead. The measurements were marked by a sign
that at placed at the site. After that, the group hiked down the
mountain along the river bank, so they could also check the
location of the first signs of pollution.
CERPCH (National Center of Reference for Small
Hydropower Plants) and CEMIG obtained the
O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI),
patent for a pico-generator
órgão do Ministério de Ciência e Tecnologia, aprovou
CERPCH e CEMIG obtêm patente de pico-gerador
no mês de Maio a patente do pico-gerador de energia
elétrica em corrente contínua (PHG-CC). O pico-gerador foi concebido e desenvolvido pela UNIFEI/CERPCH,
onde onde foram realizada a pesquiza e o desenvolvimento do novo equipamento no centro de pequenas centrais. Os trabalhos foram financiados pela CEMIG, que
está agora agilizando os procedimentos para colocar a
tecnologia descoberta no mercado.
In May, the National Institute for Industrial Property – INPI – an organ of
the Ministry of Science and Technology, approved the patent of a direct
curent electric energy pico-generator (PHG-CC). The pico-generator was
conceived and elaborated by UNIFEI/ CERPCH where it have been
accomplished the research and the development of the new equipment in
the small hydro power plant center. He carried out the research on the
new equipment at the SHP Center. The work relied on CEMIG’s financial
support and the company is working on the procedures so the new
technology can reach the market.
Universalização / Universalization
10
UNIVERSALIZAÇÃO
Borges de Souza
A ANEEL baixou uma Resolução, no final de Abril, determinando
prazos para que as distribuidoras apresentem planos de acesso de todos os
brasileiros à rede elétrica. Contudo, a maior parte da população sem energia
elétrica, estimada em 10,5 milhões de pessoas, teve adiado todo o programa
de tensão primária (igual ou superior a 2,3 kv) para o ano que vem em
diante. Segundo o Artigo 3º, da Resolução nº223, da ANEEL, de 29 de
Abril de 2003, “a partir da data de publicação desta Resolução, a
concessionária deverá atender, sem qualquer ônus para o solicitante ou
consumidor, ao pedido de fornecimento ou aumento de carga, em áreas do
sistema elétrico, que possa ser efetivado mediante a extensão da rede em
tensão secundária (inferior a 2,3
kv)”. A rede primária, muito mais
preponderante, ficou para Janeiro
de 2004 em diante pela mesma
Resolução, que fixou ainda
penalidades reduzindo em no
máximo de 0,97% as tarifas das
distribuidoras que descumprirem
as metas estabelecidas por elas
próprias.
Em princípio, o governo
havia levantado, junto ao IBGE,
um déficit de 2,4 milhões de
moradias no país sem energia
elétrica, abrangendo as duas
tensões. E a perspectiva era de que
a ANEEL baixasse uma
Resolução, pela qual todos os
novos
consumidores
de
eletricidade brasileiros tivessem
acesso gratuito e imediato ao
fornecimento até o ano 2015. Este
acesso, porém, além de compartimentado entre as duas tensões, estará
enquadrado dentro dos “Planos de Universalização de Energia Elétrica” a
serem apresentados à Agência por cada concessionária distribuidora.
Com quem fica a conta
Mas quem vai pagar as ligações elétricas que eram financiadas pela
Eletrobrás até o ano passado? As distribuidoras, diz agora o governo. Os
consumidores via tarifas e a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE),
querem as distribuidoras, que já vêm pleiteando e obtendo reajustes tarifários
extraordinários a todo o momento. A Resolução da ANEEL não fala em
repasse do serviço para as tarifas, é bem verdade, mas admite a utilização
da CDE ainda que parcial e também a partir de 2004. Vale lembrar que a
CDE é a base do Programa de Incentivo a Fontes Alternativas – PROINFA
– que deveria pelo seu nome e definição ter apenas este endereço. As
distribuidoras alegaram, entretanto, que a Lei Federal de nº 10.438 atribui
à CDE a função de fonte parcial de recursos da universalização, o que
acabou sendo acatado pela Resolução da ANEEL.
As atenuantes à universalização de energia elétrica, da Resolução nº
223, surgiram depois de as distribuidoras reclamarem contra o programa
social. O vice-presidente da Câmara Brasileira de Investimentos em Energia
Elétrica ( CBIEE), Roberto Alcoforado, comentara por exemplo: “Estamos
vivendo um grande dilema, tarifas altas e as empresas sem remuneração
adequada. Por isso não deveriam ser feitas novas exigências às empresas
sem ter a disponibilização de recursos que possam tocar o processo.” (Canal
Só a partir de 2004
UNIVERSALIZATION
Trad. Adriana Candal
Only in 2004
At the end of April, ANEEL (National Agency for Electrical Energy)
has enacted a resolution that determines the deadlines for the distributors
to present their plans regarding the access all the Brazilians will have to the
electric grid. However, most of the population
that do not have electric energy, about 10.5
million people, had the whole program of
primary tension (the same or over 2.3 kv)
postponed to the next year or later. According
to Article 3 of Aneel’s Resolution nº 223, April
29, the utility must fulfill, without any sort of
onus for the consumer, the request for supply or
a rise in the load in areas of the electric system
where these requests can be carried out by
extending the grid in secondary voltage (below
2.3 kv). The primary grid, which is much more
preponderant, was postponed to January 2004
or later, according to the same resolution, which
also established penalties reducing the tariffs
of the distributors that do not follow the goals
they themselves established by 0.97% at the
most.
At first, the government had polled, with
IBGE (Brazilian Institute of Geography and
Statistics) a deficit of 2.4 million households in
the country that do not have electric energy,
taking both voltages into account. The
perspective was that Aneel enacted a resolution
according to which all the new Brazilian electricity consumers had free and
immediate access to the supply by the year of 2015. This access, however,
besides being divided between the two voltages, will be part of the “Electric
Energy Universalization Plans” that will be presented to the agency by each
distributing utility.
Who will pay the check?
But, who will pay for the electric connections that were financed by
Eletrobrás until last year? “The distributors,” says the government. On the
other hand, the distributors want the consumers, via tariffs, and the CDE
(Energy Development Account) to pay the check, and they have been often
asking for and receiving extra tariff adjustments. Aneel’s resolution does
not talk about compensating the services through the tariffs, but admits the
use of the CDE, even though partially, from 2004 on. It is important to
remember that the CDE is the basis of PROINFA (program that encourages
the use of Alternative sources) and as its name expresses, the resources
must be sent to this address only. The distributors say, however, that the
Federal Law nº 10,438 grants the CDE the function of being a partial source
of resources of universalization, and that ended up being accepted by Aneel’s
Resolution.
As modifications regarding the electric energy universalization in
Resolution 223, appeared after the distributors complained about the social
program. For example, the vice president of CBIEE (Brazilian Board for
Investments in Electric Energy), Roberto Alcoforado, said, “We are living a
great dilemma, high tariffs and the companies do not have an appropriate
11
Universalização / Universalization
Energia) É importante alertar que o incremento nas despesas das
concessionárias, com as ligações, pode se transformar em nova fonte de
pressão sobre as tarifas. E não será uma pressão pequena, uma vez que
cálculos da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica
(ABRADEE) estimaram em R$ 8,4 bilhões o custo da universalização.
A discussão permitiu, de qualquer modo, algumas propostas de abertura
de mercado, como a de Roberto Rubert, da Maggi Energia. “As pequenas
centrais podem ser interessantes para as distribuidoras em regiões mais
distantes que não tenham acesso à rede elétrica” (Canal Energia), observa
ele. O que a resolução da ANEEL confirma ao prever licitações para a
outorga de permissão de serviço público, em áreas de concessão ou
permissão, cujos contratos não contenham cláusula de exclusividade ou
onde não houver concessão.
remuneration. This is the reason why new demands should not be asked for
the companies without making the resources that will allow the process to
go on available.” (Canal Energia) He went on warning that the increase in
the utilities expenses with the connections may become a new source of
pressure on the tariffs. And it will not be a small one – the Abradee (Brazilian
Association of Electric Energy Distributors) has calculated the cost of
universalization, and the estimate reaches R$ 8.4 billion.
Anyway, the discussion led to some proposals to open the market, such
as the one made by Roberto Rubert (Maggi Energia), “Small Hydropower
Plants may be interesting for the distributors in distant areas that do not
have access to electric energy.” (Canal Energia) And this is confirmed by
Aneel’s Resolution, for it forecasts tenders for granting public service
permissions in concession or permission areas of which contracts do not
have an exclusivity item or in areas where there are no concessions.
Ciclo hidroenergetico: Uma proposta para
a universalizacao da energia eletrica
Hydroenergetic cycle: A proposal for the
universalization of electric energy
Propaganda Koblitz
Setor Elétrico / Electric Sector
12
Energia
Camila Rocha Galhardo
José Henrique Gabetta
X Capacidade de geração
Segundo a ANEEL, a
Gráfico 1
capacidade brasileira de gerar
Graphic 1
energia fechou o semestre com
Energy Offer and Demand
um aumento de 2,32 mil
megawatts (MW) em relação ao
fim do ano passado. No intervalo
de 12 meses, em relação a junho
de 2002, o aumento da
capacidade instalada chegou a
6,75 mil MW no total de 84.500
MW. Conforme demonstrado no
Gráfico 1, a capacidade instalada
é quase o dobro da demanda
nacional nos últimos meses e
também permitiu que o equilíbrio
entre a oferta e a demanda ocorra
em 2007. O governo afirma que
o aumento na capacidade de
geração tem de crescer 3 mil
MW ao ano para suprir uma
média de 3% a 4% de
crescimento da economia
nacional. E considerando que a
previsão do Banco Central para
este ano é de um crescimento de
1,5 % do PIB, assim a demanda
vem. Uma situação bastante crítica ocorrerá em
de energia deve ser menor. Pode-se observar pelo
meados de 2007, fato confirmado por
Gráfico 2 que o consumo de energia teve uma
depoimentos da Ministra de Minas e Energia,
queda suntuosa no ano de 2001, durante o
Dilma Rousseff, e pelo presidente da Eletrobrás,
racionamento, tendo o PIB alcançado uma
Luis Pinguelli Rosa. As previsões trabalham sobre
variação de 4,3% em 2000,
criando uma das maiores
crises do setor energético
brasileiro.
Outro fator que interfere
na definição deste cenário é a
melhoria no sistema de
transmissão, havendo a
duplicação na capacidade de
transporte de energia da
Região Sul para a Sudeste e a
ampliação das linhas Sudeste
- Nordeste, aperfeiçoando-se o
transporte de energia entre os
sistemas, melhorando o
abastecimento do Nordeste e
uma ampliação da capacidade
de reservatórios. Tanto que a
capacidade de armazenamento
no primeiro semestre cresceu
cerca de 9,75% (15,68 GW).
Um contraponto nesse
cenário aparentemente
otimista são as previsões, caso
a economia mantenha um
patamar de crescimento acima
de 5,5% a partir do ano que
dados e projeções inflacionados para que as
medidas sejam eficientes, seja qual for a situação
enfrentada futuramente. Como no Gráfico 3, no
qual a energia garantida se igualaria à demanda
este ano e a demanda superaria a energia garantida
Gráfico 2
Graphic 2
GNP Variation X Energy Consumption
Setor Elétrico / Electric Sector
tornando o panorama mais assustador ainda.
Toda esta indefinição, quanto ao formato
do novo modelo, quanto à queda da inflação, à
retomada da economia, à derrubada dos juros e
ao crescimento do PIB, tem criado um clima de
incerteza e insegurança nos investidores que, na
melhor das hipóteses, tem apenas adiado os
investimentos quando não afastado por completo
possíveis empreendedores no setor. Sabe-se que
o governo não terá condições de arcar com todos
os investimentos necessários em geração que o
país necessita, tanto no que diz respeito ao caixa,
quanto ao acordo junto ao FMI.
Outro fator que tem preocupado o setor são
baixas taxas de retorno que o governo impõe
como no caso do PROINFA com TIRs abaixo
de 18%, deixando o empresariado insatisfeito.
No novo modelo, discute-se a criação de
uma empresa única, compradora de energia,
deixando dúvidas: onde se encaixa o
Consumidor Livre ou o Auto Produtor? Como
ficará a livre concorrência sem interferência do
Estado? O governo afirma que a concorrência
ocorrerá na concessão da geração, onde a
ganhadora será a fornecedora da menor tarifa.
E aí é que fica outra dúvida: será que estas
empresas estarão conciliando as menores tarifas
com a otimização dos recursos energéticos?
Não sendo apenas estas as dúvidas que
afligem os investidores do setor: como se
comportará um mercado monopolizado na
compra e na venda? Qual será o novo papel da
agência reguladora? Será que teremos um
cenário parecido com o que ocorreu anos atrás
com nossos vizinhos argentinos?
Esperamos que o setor elétrico brasileiro
retome o seu papel de destaque no cenário
mundial, preocupando-se com a diversificação
de sua matriz energética, buscando a
universalização da energia, concedendo as
mesmas oportunidades para todos os brasileiros
e incentivando as energias renováveis.
Gráfico 3
Graphic 3
Energy
13
X Generating capacity
Trad. Adriana Candal
According to Aneel (National Agency for Electrical Energy) the Brazilian capacity of generating
energy presented a rise of 2.32 thousand megawatts in the first semester of 2003 in relation to the
same period of 2002. Within a 12-month interval, in relation to June 2002, the rise in the installed
capacity reached 6.75 thousand MW out of a total of 84,500 MW. The graphic 1 shows that the
installed capacity has been nearly twice as much as the national demand in the past few months, and
it is also possible to forecast that the offer and the demand will equal in 2007.
The government states that there must be an increase in the generation capacity of 3 thousand
MW a year in order to supply an average growth of 3% – 4% of the national economy. Considering
that Banco Central (Central Bank) forecasts a growth of 1.5% of the GNP, the demand of energy may
be smaller. According to the graphic 2 it is possible to observe that 2001’s energy consumption presented
a significant fall during the rationing plan, whereas the GNP reached a variation around 4.3% in
2000, creating one of the greatest crises in the Brazilian energy sector.
Another factor that interferes in the definition of this scenario is the improvement in the
transmission system: duplicating the capacity of transferring energy from the South to the Southeast
and the enhancement of the Southeast-Northeast transmission lines; improving the energy transport
between the systems; improving the supply in the Northeast; and enhancing the capacity of the
reservoirs. The storage capacity in the first semester presented a growth of about 9.75% (15.68 GW).
A counterpoint in this apparently optimistic scenario are the predictions that in case the economy
keeps an average growth above 5.5% from 2004 and on, a very critical situation will take place in mid
2007. This fact was confirmed by statements given by Minister Dilma Rousseff and Luis Pinguelli
Rosa, president of Eletrobrás. These predictions are based on inflated data and projections so that
the measures can be efficient regardless of the situation that will be faced in the future. As it is shown
in the graphic 3, the assured energy would equal the demand this year, but, in 2007 the demand would
surpass the assured energy, which would make the scenario even more frightening.
This lack of definition regarding the format of the new model, the decrease of inflation, the
growth of the economy, the reduction in interest rates, and the growth of the GNP has created a
climate of uncertainty and insecurity among the investors, who, according to a very optimistic point
of view, have just postponed their investments instead of pulling away completely from possible
enterprises within the sector. It is quite known that the government will not be able to afford all the
necessary investments in generation the country needs, in relation to the budget and in relation to the
IMF agreement as well.
Another factor that has been causing concern is the low return tax that the government imposed
on PROINFA (a program to encourage the use of alternative sources of energy), for example, with
internal return rates (TIR) below 18%, making the business sector dissatisfied.
The new model talks about the creation of a single company that will purchase the energy; but,
there are doubts: Where will the Free Consumer or the Self-Producer fit? What will the free competition
be like without the government’s interference? The government says that the competition will take
place in the generation concession, when the winner will be the company that offers the lowest tariffs.
Another doubt lies here: Will these companies conciliate the smallest tariffs with the optimization of
energy resources?
These are not the only
doubts that will make the
Comparison
investors worried. How will a
monopolized market behave in
the energy purchase and sale?
What will the new role of the
regulating agency be? Will we
have a scenario like the one
Argentina had a few years
ago? We do hope the Brazilian
electric sector regains its
distinguished role in the world
scenario, worrying about the
diversification of its energy
matrix and searching for the
universalization of the energy,
granting the same opportunity
to all the Brazilians and
encouraging
renewable
energy.
Artigo Técnico
16
Avaliação de Usinas Hidrelétricas
Flávio Dutra Doehler
Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG
1º Lugar
Apresentação
Quando vale uma usina hidrelétrica usada? Seu
valor deve ser medido pelo custo de implantação
ou pelo rendimento que ela pode proporcionar? E
o seu caráter de exploração de bem público pelo
uso de potenciais hídricos e venda de energia
elétrica, como pode ser incluído nessa valoração?
Qual a relação entre o valor de uma usina usada e
a sustentabilidade econômica e financeira do setor
elétrico brasileiro? Como as restrições de
concessões públicas para usinas afetam seu valor,
ou vice-versa? Respostas a essas perguntas, ou
mesmo a sua busca, requerem uma metodologia
específica. Esse é objetivo do trabalho ora
apresentado. Sua abrangência respeita
condicionantes regulamentares e físicas, tanto de
projeto quanto as ambientais na implantação e
construção e, por se tratar de tema novo na
bibliografia técnica ou científica mundial, se baseia
em procedimentos comumente utilizados pela
Engenharia de Avaliações.
Introdução:
No presente trabalho, o envolvimento das formas
de medição de valor resultou na abordagem dos
itens abaixo, desenvolvidos em função da definição
da metodologia: - revisão bibliográfica da
metodologia correntemente aplicada nas
avaliações;
- condições do setor elétrico brasileiro que
influam no valor das usinas;
- características da geração de energia elétrica de
origem hidráulica: base para custos;
- comercialização de energia elétrica: eletricidade
como um produto;
- metodologia: planejamento e processamento da
avaliação e seus resultados;
- aplicação da metodologia a uma PCH foi
utilizada como estudo de caso.
características, aliadas à recente desregulamentação influem diretamente sobre o produto energia
elétrica. Outros fatores são os agentes do setor, que são a Aneel, que atua como regulador e
fiscalizador, o ONS, que é o operador do sistema e o MAE, mercado atacadista de energia, e os órgãos
fiscalizadores e licenciadores ambientais, como o Ibama e órgãos estaduais.
Usinas Hidrelétricas
Basicamente compostas de barragens, com um ou mais vertedouros, de circuito hidráulico de geração,
que inclui a casa de força (com sistemas mecânicos, como os reguladores de velocidade, os de levantamento
de cargas, os auxiliares de óleo, ar comprimido, de água, de ventilação e refrigeração, e os elétricos,
como os de excitação, de medição e proteção, os barramentos, transformadores elevadores, de operação
local, de supervisão e os auxiliares) e demais dispositivos e equipamentos que farão a geração; de
subestações e de um Sistema de Transmissão Associado. As usinas perdem valor ao longo de seu
funcionamento pela depreciação. Essa depreciação tanto pode ser contábil, regulamentada pela Aneel,
sendo um parâmetro para avaliação pela renda, quanto real, que incidirá descontada no valor da usina
pelo custo.
Condições Comerciais da Energia Hidrelétrica – Vendas, Taxas e Custos
No caso de compradores de energia para distribuição em mercado cativo, a Aneel fixa os valores das
tarifas de geração pelo Valor Normativo – VN. Em outros casos o valor da energia é estabelecido por
contratos bilaterais ou pela venda no Mae. Para efeito desse estudo, essa será a tarifa aplicada ao produto
da usina em avaliação. Outras tarifas de custo também precisam ser conhecidas. No caso da transmissão,
além delas há os custos da conexão da usina à Rede Básica. Neste caso, as tarifas de uso do sistema de
transmissão – Tust, e de distribuição Tusd (eventualmente usada quando a conexão é em redes com
capacidade inferior a 230 kV), fixadas pela Aneel em função da localização da usina.
Os custos de operação e manutenção, ou O&M, variam de usina para usina, a depender do seu grau
de automação, de seu estado físico e mesmo de sua localização. Em geral esses dados acompanham as
informações repassadas pelo atual proprietário. Entretanto, utiliza-se genericamente US $ 1,50 /
MWh1 , quando não disponível valor específico. O cálculo do custo geral do seguro de uma usina
hidrelétrica é de 0,3% para os equipamentos, que representam 30% da usina. Os seguros contra
incêndio das subestações e de edificações são contratados à parte do seguro geral, com taxa de 0,40%
para transformadores maiores que 1MVA, e 0,20% do valor das edificações e utensílios nele contidos.
Para o custo do capital, emprega-se o modelo do CAPM, pela seguinte equação:
O custo ponderado do capital, valor final a ser empregado no método da renda, será:
Métodos Correntemente Usados para
Avaliação
Métodos diretos, com parâmetros em unidades
dimensionais, como m²: Método das Vendas
(valor pela comparação de valores de bens
semelhantes) e Método dos Custos (valor de custo
de bem igual ou equivalente). Nos métodos
indiretos os parâmetros são vinculados à função
do bem: Método da Renda (valor pela
capitalização das rendas pelo uso do bem); Método
Involutivo (utilizado para terrenos ou glebas
urbanizáveis) e Método Residual (dedução de
componentes repostos ou descartados).
O Setor Elétrico Brasileiro
O setor elétrico brasileiro possui organização
institucional complexa, atendimento a mais de
90% dos domicílios do País, alto crescimento do
consumo, predominância hidrelétrica, com
usinas de grandes reservatórios de regularização
plurianual, grandes distâncias das usinas aos
principais centros de consumo. Essas
O custo de contingência recomendado vai de 5 a 10%.
Metodologia para Avaliação de Usinas Hidrelétricas
O método das vendas não será empregado porque não há comercialização sistemática de usinas
hidrelétricas no Brasil. Serão usados o método dos custos e o da renda. Será utilizado o seguinte
fluxograma simplificado:
Artigo Técnico
Na avaliação pelo custo é feito o levantamento dos
quantitativos para a composição completa dos itens
da Planilha Padrão Eletrobrás que alimenta o
sistema Sishor de orçamentação do setor elétrico,
que calculará o valor da usina, a menos do custo
dos juros durante a construção - JDC, obtido a
partir do valor presente de um fluxo em distribuição
normal modificada, ou ‘curva da baleia’, da
Eletrobrás, descontado a uma taxa de ___, e da
depreciação, cujo fator é aplicado a cada
componente a partir de seu estado real de
conservação. Neste trabalho foram desenvolvidas
planilhas específicas para o cálculo do JDC e da
depreciação. Na avaliação pela renda, o valor da
usina é calculado pelo valor presente líquido de
um fluxo de caixa gerado pela usina, calculado com
a taxa de desconto de 17,32% ao ano obtida
conforme acima. Se houver necessidade de
recuperação das deficiências operativas,
ambientais e de regularização formal da usina, seus
custos devem ser considerados negativamente no
fluxo.
17
realizadas inspeções com paradas no intervalo entre cada 30 e 35 mil horas. Não há ativos não operacionais
que possam ser vendidos sem prejuízo do funcionamento da usina.
Memória de Cálculos Genéricos: O proprietário forneceu o valor dos imóveis. Os Custos de Capital
são 12,196% para o fluxo da renda e14,73%. Não existem deficiências operativas e ambientais.
Memória de Cálculo do Valor da Usina pelo Método dos Custos: composto das tarefas:
quantificação dos itens, levantamento de preços de insumos e incidências, cálculo dos valores pelo
Sisohr, expurgo dos itens não destinados à geração de eletricidade (estação de piscicultura, tomada
d’água para perenização, alojamento, almoxarifado, metade das estruturas do vertedouro, sem
comportas, metade do custo da barragem, perenização e itens diversos) definição do fluxo de caixa da
construção pela ‘curva da baleia’ em 36 meses e cálculos específicos do JDC e depreciação. O valor
obtido foi de R$ 22.679.255,93, conforme extrato da planilha Excel abaixo:
Estudo de Caso
O caso de uma Pequena Central Hidrelétrica - PCH
foi escolhido por reunir condições que atendem
aos quesitos da metodologia proposta para
avaliação de usinas, apesar de não ser exclusiva
para geração de energia elétrica, sendo um
empreendimento de uso múltiplo. A confiabilidade
foi favorecida por se tratar de usina que
recentemente teve suas condições físicas
levantadas, por exigência da Aneel. O estudo
respeitou confidência quanto à identidade do
proprietário da usina, que por isso foi aqui chamada
de Usina A. Os componentes do empreendimento
excedentes àqueles necessários à geração de
energia, ou apenas parcialmente utilizados, tiveram
seus custos expurgados, sem perda da
confiabilidade nos resultados. Os documentos da
memória de cálculo, que comporão o laudo como
anexos, são:
Plano de Trabalho, apresentado ao interessado
antes da avaliação, com levantamentos
preliminares, o objetivo da avaliação, a identidade
da usina A, metodologia, condicionantes e
premissas (nova concessão na transferência, com
30 anos; depreciação contábil pela Resolução 44/
99 da Aneel, energia secundária e de ponta sem
tarifas diferenciadas pela falta de regulamentação
específica); definição das atividades e
equacionamento da avaliação; cronograma e equipe
de avaliação utilizando especialistas: engenheiros
civil, mecânico e eletricista e profissional do meio
ambiente. Estas informações não serão
apresentadas aqui.
Relatório do Estado Físico e Potencial da Usina
e Condições de Operação, expondo as reais
condições atuais da usina A. Ela encontra-se em
‘perfeito estado de conservação’, sem necessidade
de gastos com recuperações ou regularizações. Foi
constatado também que não existe potencial
remanescente. A usina é operada no sistema
integrado, despachada remotamente e utiliza como
mão-de-obra local dois operadores que se revezam
em turnos. A manutenção é preditiva, ou seja,
trabalha-se apenas as anomalias detectadas, sendo
Memória de Cálculo do Valor da Usina pelo Método da Renda
Inicia-se pelo cálculo da depreciação contábil, passa pelo levantamento dos inputs da planilha Excel,
conforme extrato a seguir, que prossegue com o cálculo do fluxo de caixa. Os levantamentos, juntamente
com outras entradas de dados, como a taxa de desconto, por exemplo, resultam em um fluxo líquido de
R$ 329,93 mil anuais, que por sua vez proporciona um Valor Presente de R$ 3.033,47 mil, que seria o
valor da usina pela renda.
18
Artigo Técnico
tarifa utilizada está baixa: situação detectada a
partir da Lei 10.438/02, que instituiu o Proinfa,
um programa de compra de energia produzida por
PCHs, para estimular sua implantação, cuja tarifa
resultaria num valor R$ 4.838.010,00 para o valor
da usina pela renda.
Foram realizadas simulações da avaliação pela
renda em combinação de fatores. Há duas
possibilidades de combinação, alternativamente:
para concessionários e para autoprodutores. No
primeiro caso, haveria uma maior energia
assegurada e maior tarifa, nos níveis acima
apresentados, resultando em um valor de R$
8.248.270,00. No segundo caso, não haveria
incidência de ICMS, e poderia haver uma redução
de R$ 100.000,00 por ano, resultando a simulação
num valor de R$ 8.158.950,00. O intervalo de valor
que pode ser pago pela usina é no mínimo de R$
8.158.950,00, que representa quanto de
remuneração a geração traria ao longo da
concessão, e R$ 11.437.500,00, que é quanto um
interessado pagaria no caso de ter que construir
uma usina com a mesma capacidade de geração.
Dessa forma, o valor da usina pode ser estabelecido
próximo à média do intervalo: R$ 9.800.000,001 .
Conclusão
Análise dos Resultados
Foram feitas investigações buscando as causas da grande diferença entre os valores pelo custo e pela
renda com as seguintes constatações, explicadas pelo fato de a usina ser um aproveitamento múltiplo e
ter utilizado máquinas recondicionadas de outra usina desativada:
as estruturas e dispositivos da usina estão superdimensionados, pois para uma mesma capacidade de
geração, a um custo de Us$ 1,500.00 por MW instalado, se construiria uma usina de R$ 11.437.500,00;
a usina está sendo subutilizada, pois pelo fator médio de capacidade do Brasil, 56%, sua energia assegurada
anual seria de 14.962,08 MWh/ano e não de 9.986,4 MWh/ano, estabelecidos pela Aneel, e há vazão
suficiente para essa geração de 11,1 m³/s superior aos 6 m³/s necessários; o que confirmaria o valor
acima;
existem ganhos não explorados no funcionamento da usina: expressos pela venda dos equipamentos da
usina em separado, já com a depreciação, que obteriam um valor muito superior ao avaliado pela renda;
outra constatação é o de que o valor da depreciação é quase o dobro do valor líquido das parcelas da
renda proporcionando sempre um resultado operacional negativo antes do imposto sobre o lucro
Elevada carga de custos operacionais e tributários, frente ao porte da usina e ao custo do capital:
apenas cerca de 40% seriam os ganhos após os custos e taxas, conforme gráfico abaixo, insuficiente
para o financiamento da aquisição da usina.
Pelo grande intervalo nos valores obtidos pelo
método da renda e pela análise dos resultados
acima conclui-se que há uma disparidade tarifária
em relação ao custo de usinas. Mesmo
considerando taxas de juros passadas menores e
mesmo que se fizesse a utilização total da
capacidade da usina, com a tarifa e os benefícios
atuais não seria bom negócio o investimento em
aquisição de PCHs. Entretanto, apenas um estudo
de caso pode significar uma exceção, apesar da
simulação das variações. Recomenda-se a
aplicação da metodologia a diversas usinas para o
estabelecimento de relações e de tendências entre
o valor das usinas e da remuneração de seu
produto.
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Artigo Técnico
19
Telemando para Pequeñas Centrales
Hidroelectricas
Victor Hugo Kurtz ([email protected]) Universidad Nacional de Misiones
Resumen del Trabajo
En el presente trabajo se exponen algunos de los
sistemas de telemando, implementados por la
Facultad de Ingeniería de Oberá, en los distintos
microaprovechamiento hidroeléctricos,
instalados en la provincia de Misiones, en La
República Argentina.
2º Lugar
En una PCH, los procesos a distancia suelen ser: La apertura y cierre del alabe regulador de la turbina; ya sea en forma manual - desde la casa del usuario - que llamaremos «Telemando» o automática
desde la presa, conforme al nivel de agua embalsada, sistema Aquanivel (Sistema de Control por
Nivel de Agua Embalsada) (Kurtz 2001) .
Existen varias configuraciones de sistemas de control a distancia. El telemando utilizado para la
microgeneración eléctrica en Misiones es del tipo unidireccional (solo es posible enviar la señal en una
dirección), controlado por el ser humano (operador).
Palabras Claves
Telemando, Telecontrol, Mando a Distancia,
Onda portadora, Microturbinas,
Microgeneración. Servocontrol. Automatismo.
Introducción
En las PCH (Pequeñas Centrales
Hidroeléctricas) de Misiones (con alturas de
saltos entre 1 y 70 m), se utilizan microturbinas
del tipo Michell-Banki, Cross-Flow o de Doble
Acción, debido a su sencilla construcción, bajo
costo y rendimientos aceptable (Barney 1999).
Estas turbinas poseen un álabe regulador que
controla el funcionamiento de la maquina
hidráulica, por medio de la acción de un
servomotor alimentado generalmente con tensión
continua de 12V .
Por la característica hidrológica de Misiones,
que no presenta períodos de abundante caudal a
turbinar, hace inconveniente el uso de sistemas
de regulación de tensión del tipo, a carga
constante o regulación con carga balasto, ya
que es conveniente almacenar agua en la presa,
que disipar energía en calor.
Fig. 1 - Diagrama em bloque, sistema de telemando
Como se aprecia en la fig.1; un sistema de accionamiento a distancia del tipo telemando, esta formado
por los siguientes bloques: Operador, Circuito emisor o simplemente Emisor, Receptor, Nexo
conector entre ambos denominado Vía de Transmisión y Proceso.
En las PCH, el operador del telemando es generalmente el propietario del sistema. En tanto que en
aprovechamiento comunitarios, es el vecino mas próximo la turbina.
El proceso es el sistema compuesto por servomotor, la caja de reducción y el alabe regulador de la
turbina.
Las vías de transmisión y los circuitos emisores y receptores son propios de cada tipo de telemando
implementado.
La Necesidad del Telemando
En los distintos microaprovechamientos hidráulicos en Misiones, la sala de máquina se
encuentra distante del núcleo de pobladores
beneficiado con la energía eléctrica generada por
la central.
En las PCH de Misiones, es común la
desconexión de la turbina durante el día con el
fin de almacenar agua, y poder turbinarla por la
noche. Resulta entonces tedioso, tener que
apersonarse a la casa de maquinas, cada vez que
pretende conectar o desconectar la generación
eléctrica. Especialmente si es de noche, con
terreno accidentado y en plena selva misionera.
Una posible solución al problema anterior, se
puede encontrar en los sistemas de telemando.
Telemando
Telemando o telecomando, se puede definir
como la técnica de gobernar el funcionamiento
de un proceso a distancia. Esta definición
incluye dos argumentos perfectamente
diferenciados, por un lado el tema del control de
procesos y por otro la intervención del
parámetro distancia en el sistema a desarrollar
(Galván 1981) .
Fig. 2 - Croquis del
grupo turbo
generador
Tipos de Telemando
En función de la vía de transmisión, esto es, del medio que se utiliza para trasmitir físicamente la
información a distancia, es posible clasificar los sistemas de telemando en:
- Mecánicos.
- Electrónicos o Electromecánicos.
- Por onda portadora.
- Vía radio frecuencia.
- Mixtos
En esta oportunidad se abordarán los telemandos Mecánicos, Electrónicos o Electromecánicos, y
Por
Artigo Técnico
20
onda portadora.
Telemando Mecánico
Los telemandos Mecánicos implementados en Misiones, utilizan un cable muy fino de acero que por
medio de un torno a manivela con trinquete, permite la apertura y cierre del dispositivo de control
mecánico del caudal turbinado (Barney 1984, p52).
1- Torno
2- Alambre fino
de acero
3- Roldana
4- Palanca
de regulación
5- Contrapeso
6- Caja de la turbina
con el alabe regulador
7- Conducto
de entrada
Este tipo de telemando solo es aplicable para distancias no mayores a 150m. Pero no solo permite la
apertura o cierre total del alabe regulador, sino que también posibilita la regulación manual de la tensión
eléctrica generada, observando un voltímetro instalado al efecto en la casa del usuario.
Conclusión
La implementación de un sistema de telemando mecánico, es útil para pequeñas distancias y en
aprovechamiento unipersonales. La ventaja radica, en la particularidad que tienen los sistemas mecánica,
donde los mecanismos se “ven” no como en electrotecnia y electrónica donde se “intuyen”, lo que le
permite al usuario generalmente un colono, reparar por si mismo el dispositivo.
No obstante, es conveniente efectuar un estudio de costos frente a otro tipo de mando.
Telemandos Electromecánicos
Los telemandos que utilizan como vía de transmisión conductores eléctricos, por medio de los cuales se
envían señales eléctricas, se pueden agrupar en los que denominaremos telemandos electromecánicos.
Dentro del conjunto de telemandos electromecánicos (siempre hablando de los implementados en
Misiones), se pueden dividir a su vez en dos. Los que tienen:
La fuente de energía (batería) en la casa del usuario.
Batería en la casa del usuario y en la sala de maquinas.
Estos sistemas pueden o no contar con reguladores de frecuencia y tensión, para el control automático de
la generación.
El circuito ilustrado en la figura 5, adolece de un
defecto: No dispone de sistema protector o
indicador de fin de carrera.
En el proceso de apertura, el usuario observa la
tensión generada con la ayuda de un voltímetro,
instalado junto al panel de mando, dejando de
enviar la señal, cuando el instrumento indica que
se ha llegado a la tensión nominal.
Un inconveniente se presenta, cuando hay poca
agua, ya que será necesario abrir mas el alabe
regulador para llegar a la tensión deseada y puede
que llegue al final del recorrido, sin haber alcanzado
el valor nominal, comprometiendo el mecanismos
de control.
Por otra parte, en el caso de cierre, no se dispone
de información de la posición del alabe regulador,
ya que a determinada tensión el generador se
desexcita y no presenta indicación alguna en el
voltímetro de la vivienda. Esto puede ocasionar que
el alabe no cierre bien y se pierda parte del fluido
que se pretende almacenar.
Las soluciones tradicionales con relé e interruptores
de final de carrera, no son aplicables en este caso,
por que significaría la instalación de un segundo
acumulador en el cuarto de maquinas.
Para solucionar este inconveniente, el autor diseñó
en 1988, el circuito presentado en al fig.6, donde
con la ayuda de dos finales de carrera y dos diodos,
es posible comandar el sistema en forma confiable.
En reemplazo de la llave con punto medio se puede
usar un sistema con pulsadores como se ilustra en
la fig.7, donde se ha utilizado solo pulsadores NA
(normalmente abierto) que generalmente son mas
económicos que los NC (Normalmente cerrado) y
se ha incluido un fusible de protección para el caso
que se accione por error el pulsador de abrir y el
de cerrar a la vez.
La implementación de este tipo de telemando esta
limitado por la distancia a trasmitir y al tipo y
sección del conductor a utilizar.
Telemando con Batería en la Casa del Usuario
Sistema sin Regulador Electrónico de Frecuencia y Tensión.
El telemando electromecánico mas sencillo esta formado por una batería del tipo de automóvil de 12Vcc,
ubicada en la casa del usuario, una llave inversora con punto medio y un voltímetro para el control de la
tensión generada.
Como elemento actuador se usa un servomotor también de 12Vcc con imanes permanentes, del tipo
utilizados por la industria automotriz, por ej. en el mecanismo limpiaparabrisas.
La ventaja principal de este tipo de este tipo de motor, se encuentra en la posibilidad de invertir fácilmente
el sentido de giro, con solo conmutar la polaridad de la tensión aplicada en bornes.
Fig. 6 - Circuito de limite de carrera
Fig. 5 Sistema de
Telemando
Básico
Fig. 7 - Sistema de telemando por
pulsadores
Artigo Técnico
Sistema con Regulador Electrónico de
Frecuencia y Tensión
En el punto anterior se asumió que el sistema no
poseía regulador de frecuencia y que la generación
se efectuaba utilizando un motor conectado como
generador asincrónico.
En algunas de las PCH, instaladas en Misiones, se
utiliza un regulador de frecuencia que acciona el
servomotor de la turbina desde un transformador
reductor conectado a la línea de tensión generada.
La rectificación y control del servomecanismo se
realiza actuando sobre sendos RCS (Rectificador
de Silicio Controlado) o tiristores unidireccionales
(ver fig. 8). Pero, para que el regulador de
frecuencia actúe, debe existir tensión generada.
Como en la sala de maquinas no hay acumulador
disponible para el inicio de la generación, la
maniobra de apertura se debe realizar desde la
vivienda el usuario, hasta que la tensión generada
alcance un valor tal que el regulador electrónico
21
en la casa del usuario, por que la caída de tensión en la línea de telemando hace inadmisible el control
del servomotor desde la vivienda.
En estos caso se utiliza un par de relevadores en la sala de maquina, alimentado por un acumulador
también ubicado en la sala de maquinas y solamente el control de los relés se realiza desde la casa del
usuario con la ayuda de una acumulador auxiliar.
Como el consumo de la bobina del relé es mucho menor que el del servomotor, es posible comandar
desde distancias importantes.
Si la distancia es considerable o el conductor eléctrico del telemando es de pequeña sección y el acumulador
auxiliar con su correspondiente cargador, representan un costo importante, es preferible utilizar el circuito
de la fig. 10, donde en lugar de usar un acumulador de 12V del tipo automotriz, se utiliza una batería no
recargable de 9V, del tipo «cuadrada», con un costo mucho menor.
También la llave inversora utilizada en este caso es mas pequeña, ya que la corriente también lo es, lo que
reduce aun mas la implementación del sistema.
Fig.10 Transmisor y
parte del
receptor
asuma el mando.
Fig. 8 - Sistema de control por
tiristores
Fig. 9 - Sistema de control
“Sensillus”
En la fig. 9 se ilustra el sistema utilizado,
denominado “Sensillus (Kurtz 1986b)”. Cuando
llega señal desde la vivienda, ya sea de apertura o
cierre, se energiza el relé K1, que conecta el
servomotor directamente a la batería en la casa
del usuario, desconectando en esta operación al
regulador electrónico.
Telemando con Batería en la Casa del
Usuario y Sala de Maquinas
Cuando la distancia es mayor a 500m, no es
aplicable el sistema de telemando con acumulador
Fig. 11 - Receptor en la sala de máquinas
Funcionamiento
Cuando desde la casa del usuario se selecciona la operación “abrir”, se ubica la llave selectora S1 en la
parte inferior (ver fig.10), alimentando la línea de telemando con tensión positiva, en el conductor A-A
y con tensión cero (-) en el conductor B-B desde la batería de 9V. Esto hace, que solo el LED (Diodo
Emisor de Luz), del optoacoplador OP1 se polarice en directa, excitando el transistor Q1, que energiza el
relé K1 (ver fig. 11).
El relé K1 comanda los contactos K1.1 y K1.2, que alimentan al servomotor M, haciéndolo girar en el
sentido que produzca la apertura del alabe regulador. Si llega al final del recorrido el contacto de final de
carrera de apertura (FCA), desconecta el circuito, permitiendo solo la maniobra de cierre.
Del mismo modo para la acción de cierre, se polariza en directa solamente OP2, que acciona por medio
de Q2 el relé K2, cuyos contactos K2.1 y K2.2, accionan el servomotor en sentido inverso.
Para este tipo de telemando basta usar como vía de conducción, un par telefónico aislado del tipo exterior
con alambre tensor, sin la necesidad de utilizar aislador adicional.
Conclusiones
La implementación de un sistema de telemando electromecánico, es útil para mediana distancia, tanto
para aprovechamiento unipersonales como comunitarios. La necesidad de un acumulador en sala de
maquina para el telemando, no representa un problema adicional, ya que en aprovechamientos
comunitarios, la utilización de reguladores automáticos de la tensión generada, es prácticamente
indispensable. La mayoría del los reguladores electrónicos de tensión, necesitan una fuente auxiliar para
su funcionamiento, que tranquilamente puede ser utilizada por el telemando. La distancia máxima de
transmisión se puede optimizar ajustando el valor de los resistores R1 y R2 (ver fig. 10), la tensión de
mando y seleccionado el optoacoplador.
Artigo Técnico
22
A transposição de peixes através de
elevadores com caminhões-tanque
Paulo dos Santos Pompeu ([email protected]) UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
Carlos Barreira Martinez ([email protected]) CPH - Centro de Pesquisas Hidráulicas
Av. Antônio Carlos, 6227
CEP: 31 270-901- Belo Horizonte - MG - Brasil
Resumo
A construção de mecanismos de transposição de
peixes é uma das principais medidas adotadas
atualmente para atenuar o impacto da construção
de Hidrelétricas sobre a migração dos peixes. Na
América do Sul, mais de 50 escadas para peixes
encontram-se implantadas, sendo elevadores
convencionais e eclusas menos comuns. Este
trabalho tem como objetivo discutir o uso de
mecanismos de transposição do tipo elevador com
caminhão-tanque. Embora comuns na América do
Norte, apenas recentemente este tipo de mecanismo
tem sido proposto para empreendimentos no Brasil.
Suas principais vantagens estão relacionadas à
versatilidade em determinar os locais de captura e
liberação dos peixes. Estas características fazem
com que seu uso seja indicado em rios com
reservatórios em cascata ou barramentos com
trecho de vazão reduzida.
Abstract
The use of trapping and trucking elevator fishway.
Successful design and operation of fish passage
systems are important to protect fish communities
from impacts of hydroelectric dams. In South
America, more than 50 fishways were constructed.
Most of these are of pool and weir type, while
conventional elevators and locks are less used. This
paper intends to discuss the use of trapping and
trucking elevators. Extensively used in North
America, this kind of fishway only recently has
been proposed in Brazil. It has advantages related
with versatility in establish the place of capture
and releasing of the fishes. These characteristics
can be useful for use in rivers with reservoirs in
cascade, and barrages with reduced river flow.
Introdução
A reprodução representa um dos aspectos mais
importantes da biologia de uma espécie, visto que
de seu sucesso depende a manutenção a longo
prazo de populações viáveis. Migração reprodutiva
ou “piracema”, termo mais utilizado no Brasil, é
um importante fator do ciclo reprodutivo de muitas
espécies de peixes (Petrere, 1985; Welcomme,
1985). Nas últimas décadas, a intensificação do
uso de cursos d’água pelo homem tem contribuído
substancialmente com alterações que afetam
adversamente este processo. Deste modo, em
diversos rios tem sido detectada diminuição de
estoques pesqueiros, atribuída, entre outros fatores,
a falhas no recrutamento por interrupção da
migração dos peixes (Godinho & Godinho, 1994).
Entre os empreendimentos que afetam a migração,
destacam-se as barragens, estando incluídas entre
estas, as destinadas à formação de reservatórios
de usinas hidrelétricas. Além de constituir uma
barreira a migração dos peixes, a construção de
represas hidrelétricas afeta diretamente as várzeas
e lagoas marginais, uma vez que diminui o nível
de flutuação das águas do rio (Bernacsek, 1984).
Muitas alternativas para minimizar os efeitos
adversos dos barramentos sobre a migração dos
peixes têm sido propostas e implementadas.
Entretanto, este é um processo complexo, que exige
estratégias integradas entre diversas áreas e
profissionais, em especial, biólogos e engenheiros.
Entre as estratégias empregadas para eliminar o
bloqueio exercido por barramentos na migração
dos peixes, está a construção de mecanismos de
transposição, que têm como objetivo principal
permitir a transposição da barragem. A Legislação
recente de alguns estados (p.e. Minas Gerais, 1997)
tem tornado obrigatória sua construção em
barragens, incluídas as destinadas à formação de
reservatórios de Usinas Hidrelétricas.
Este trabalho tem como objetivo apresentar alguns
aspectos técnicos de um tipo de mecanismo de
transposição de peixes ainda pouco utilizado no
Brasil, o elevador com caminhão-tanque.
Os diferentes tipos de mecanismos de
transposição
Estruturas para transposição de peixes têm uma
história relativamente longa, com os mais antigos
registros datando de mais de 300 anos atrás, na
Europa. No Brasil estes têm sido objeto de atenção
de técnicos e outras pessoas interessadas desde
1911, com a construção da primeira escada para
peixes na barragem da Usina Itaipava, no rio Pardo,
estado de São Paulo.
Embora sejam conceitualmente simples, para se
tornarem eficientes, os mecanismos de
transposição devem ser projetados e operados
levando em consideração diferentes aspectos do
comportamento dos peixes, e não apenas aspectos
de engenharia. Para qualquer um destes
mecanismos, a capacidade dos peixes de transpor
o obstáculo dependerá de diferentes aspectos
hidráulicos. Entender o comportamento das
espécies-alvo também é necessário para
adequadamente projetar, localizar e operar uma
passagem de peixe (Kynard 1993), comportamento
este, ainda pouco conhecido para nossas espécies.
Mecanismos de transposição de peixes são
essencialmente um conduto de água através ou por
volta de um obstáculo que dissipa a energia
3º Lugar
hidráulica de maneira a permitir que o peixe possa
subi-lo sem excessivo estresse (Clay, 1995). São
considerados mecanismos de transposição de
peixes as escadas e elevadores.
A escada de peixe, o mecanismo de transposição
mais popular e mais utilizado em todo o mundo,
consiste em uma série de tanques em degraus
comunicando o trecho de montante do obstáculo
com o de jusante, com água passando de tanque
para tanque (Clay, 1995). Os peixes sobem a
escada pulando ou nadando através dos tanques.
Elevadores de peixes são definidos como qualquer
mecanismo mecânico capaz de transportar peixes
para montante do obstáculo, como eclusas, tanques
em trilho, caminhões-tanque ou cesta com cabo.
De maneira geral, escadas têm sido construídas
em barramentos de até 25 metros de altura. Para
desníveis superiores eclusas e elevadores têm sido
preferencialmente utilizados. Este fato está
associado ao alto custo das escadas e o pouco
conhecimento da capacidade física dos peixes em
transpor desníveis elevados.
Na América do Sul já existem mais de 50 escadas
em operação, distribuídas pelas diversas bacias
hidrográficas (Clay, 1995). Elevadores e eclusas
são menos comuns, podendo ser citados os
elevadores de Yacyretá, no rio Paraná, do tipo
convencional, e as eclusas de Salto Grande, no rio
Uruguay (Oldani et. al,1998).
Embora ainda não sejam utilizados no Brasil, na
América do Norte a maior parte dos elevadores
tem operado com caminhões-tanque, tendo como
alvo principal a transposição do salmão em
barragens de grande altura (Clay, 1995). No
entanto, esta situação deverá mudar, já que
elevadores com caminhões-tanque têm sido
propostos para inúmeros aproveitamentos
hidrelétricos em processo de licenciamento ou
implementação. O primeiro deles deverá entrar em
operação no período de piracema de 2003/2004
na barragem da UHE Santa Clara, rio Mucuri.
Os elevadores com caminhões-tanque
O funcionamento de um elevador com caminhãotanque pode ser entendido através do detalhamento
das diferentes etapas que caracterizam um ciclo
de transposição (Figura 1):
- As espécies migradoras são atraídas através de
um fluxo de água para o interior do elevador;
- Após entrar no elevador, um sistema de grades
aprisiona os peixes em uma caçamba submersa;
- A caçamba é içada e direcionada sobre um
Artigo Técnico
caminhão;
- Os peixes são transferidos da caçamba para o caminhão tanque, que então os transporta até o
local de liberação a montante.
A maior vantagem de um sistema do tipo elevador com caminhão-tanque consiste na sua versatilidade
com relação ao local de liberação dos indivíduos transpostos, o que o torna o torna o mecanismo mais
indicado em algumas situações.
Em rios com barramentos em cascata, o elevador com caminhão-tanque permite que os peixes sejam
capturados junto a barragem do reservatório mais a jusante e transportados diretamente para o reservatório
do aproveitamento mais a montante. Desta maneira, evita-se que sejam efetuadas sucessivas transposições,
ou que sejam construídos diversos mecanismos. Considerando que nenhum sistema de transposição tem
100 % de eficiência, a diminuição do número de transposições em um determinado rio traz vantagens
significativas para o rendimento do sistema como um todo.
Figura 1. Principais componentes de um mecanismo de transposição do tipo
elevador com caminhão-tanque
23
no prelo). Assim, além de promover a passagem
de peixes adultos para montante, mecanismos de
transposição também devem proporcionar seu
retorno para jusante, juntamente com alevinos e
jovens. Além disto, estes mecanismos só serão bem
sucedidos se acompanhados de ações para a
manutenção de remanescentes lóticos e planícies
de inundação
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A maior flexibilidade do sistema também é o motivo pelo qual este tipo de mecanismo se aplica em
barramentos que apresentam a casa de força distante da barragem. Quando a probabilidade de vertimentos
é pequena mesmo nos períodos de maior precipitação, situação comum em inúmeras PCH’s, a eficiência
de um mecanismo de transposição instalado junto à barragem fica comprometida, já que os peixes
freqüentemente tem dificuldade em alcançá-lo. Nestes casos, o mecanismo do tipo elevador com caminhãotanque permite que os peixes sejam atraídos e capturados junto à casa de força, local onde geralmente
são observadas concentrações dos cardumes, e transportados até o reservatório.
De uma forma geral, quando comparados com escadas para peixes, os elevadores tradicionais também
apresentam como vantagem a possibilidade de ajustamento do número e horário dos ciclos de transposição
às ocasiões com maior afluxo de peixes, procedimento que, em alguns casos, pode significar considerável
economia de água. Entretanto, este ajuste só pode ser obtido através do estudo detalhado do comportamento
migrador da ictiofauna local.
Os mecanismos do tipo elevador apresentam, no entanto, duas desvantagens com relação ás escadas
para peixes, que são mais acentuadas no caso da utilização de caminhões-tanque. Este tipo de
mecanismo apresenta custo de operação mais elevado, por demandar um maior número de operadores
e manutenção de equipamentos mais complexa. Além disto, mecanismos desta natureza têm suscitado
desconfiança por parte da sociedade com relação a efetividade de sua operação por parte do
empreendedor.
Considerações finais
A implantação de mecanismos de transposição adaptados às nossas comunidades de peixes deverá
constituir um importante passo para a conservação desta importante parcela de nossa biodiversidade.
Neste contexto, é provável que para diversas situações elevadores do tipo caminhão-tanque constituam a
melhor opção de transposição.
No entanto, um desafio adicional para a manutenção da nossa comunidade de peixes é representado pelo
fato de que nossas espécies de peixes migram várias vezes durante seu ciclo de vida (Godinho & Pompeu,
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Artigo Técnico
24
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José Roberto Campos da Veiga ([email protected])
Cooperativa de Engº Arqº e Técº Especializados
Carlos Alberto Rocha
Francisco Muccillo
Programa de Pós-Graduação em Energia da USP
Célio Bermann ([email protected])
Introdução
O presente estudo visa desenvolver um método para
avaliação de PCH’s com vistas à otimização do
desempenho energético. O procedimento de avaliação
proposto envolve as etapas de diagnóstico Estrutural,
Hidráulico e Eletromecânico das Usinas, bem como os
Ensaios de Rendimento, Análise da Operação e
Manutenção dos Grupos Geradores.
Esta proposta de avaliação foi adotada no Projeto
“Desenvolvimento de Procedimentos de Otimização
Energética de PCH’s com inserção no mercado de
energia”, desenvolvido como Projeto de P&D Pesquisa e Desenvolvimento junto à ANEEL, para as
empresas CPEE - Companhia Paulista de Energia
Elétrica, CJE - Companhia Jaguari de Energia, CLFM
- Companhia Luz e Força de Mococa, CSPE Companhia Sul Paulista de Energia, empresas
pertencentes à CMS Energy. O projeto foi elaborado e
desenvolvido pelo IEE-USP em parceria com a
UNIFEI, e contou com a participação de técnicos da
COOESA - Cooperativa de Engenheiros, Arquitetos e
Técnicos Especializados.
O escopo do estudo envolveu as seguintes etapas:
- Análise de dados e documentos obtidos nos
diagnóstico, análises e ensaios;
- Determinação da nova potência de operação e sua
otimização;
- Indicação das características básicas preliminares e
dos custos aproximados da reabilitação dos
equipamentos principais;
- Estudo econômico.
A princípio os estudos de otimização foram
desenvolvidos para orientar a empresa CMS Energy
quanto à viabilidade da recuperação e repotenciação
das PCH’s de seu parque gerador, determinando os
índices de mérito destas obras.
Conceito
Há uma variedade de interpretações para o que significa
repotenciar um empreendimento e seus equipamentos.
A definição clássica de repotenciação considera todas
obras que visem gerar ganho de potência e de
rendimento.
Conceitualmente, a repotenciação tem por objetivo
aumentar a quantidade de energia elétrica (QE)
produzida:
QE = Potência Instalada X Fator de Capacidade X 8760
horas
(1.1)
Analisando a equação (1.1) de QE deduz-se que o
objetivo pode ser atingido pelo aumento da potência
instalada ou do fator de capacidade. A repotenciação
de antigas usinas exige a realização de análises técnicas
de alta precisão a fim de se conhecer, de forma
criteriosa, a eficiência da geração energética e o estado
de seus componentes mais importantes em relação a
confiabilidade operacional esperada da usina.
Os principais objetivos destes diagnósticos são a
otimização da geração elétrica, a prevenção de paradas
não programadas, a introdução oportuna de ações
corretivas.
Há, basicamente, quatro opções a serem consideradas
após a avaliação do desempenho integrado de uma usina e de suas unidades separadamente. Estas opções são:
•
Desativação;
•
Reparo;
•
Reconstrução;
• Reabilitação.
As duas primeiras são auto-explicativas e representam inconstância na disponibilidade futura da máquina, isto é,
baixa confiabilidade e baixo fator de capacidade, não justificando investimentos no empreendimento.
A opção reconstrução envolve a construção de uma usina essencialmente nova, com a total substituição dos
principais componentes e de estruturas importantes para a otimização do recurso. Esta opção é mais aplicada em
pequenas centrais hidroelétricas (PCH’s) e em usinas termoelétricas (UTE’s).
A opção reabilitação deve resultar em extensão da vida útil, melhoria do rendimento, incremento da confiabilidade,
redução da manutenção e simplificação da operação. Esta opção é mais aplicada em grandes centrais hidroelétricas.
A modernização está presente na reconstrução, na reabilitação de usinas, mas não chega a ser uma repotenciação.
A modernização é a utilização de novas tecnologias na operação das usinas, automatizando, até mesmo tornandoas “desassistidas”, pela digitalização e informatização de seus controles e comandos.
A obra de repotenciação viável é aquela cujo custo da energia produzida atinge valores menores que os de
comercialização ou o valor normativo (VN). Desta forma, este custo passa a ser considerado um índice de
sensibilidade para seleção dos melhores investimentos em repotenciação, isto é, um índice de atratividade.
É necessário particularizar o custo da obra de repotenciação e o ganho de produção de energia para determinar
a sua atratividade. Para isso, basta retirar do custo dos capitais não amortizados anteriormente, os custos de
outras partes da obra que não de repotenciação e os custos administrativos da usina que continuam os mesmos,
eventualmente até menores, para se obter o valor presente anualizado dos custos – LCC (life cycle cost).
Usinas Analisadas
Foi objeto do estudo 06 PCH’s que foram diagnosticadas e tiveram seus grupos geradores ensaiados: PCH Santa
Alice (624 kW), PCH Pinheirinho (636 kW), PCH São Sebastião (592 kW), PCH São José (876 kW), PCH
Turvinho (1.000 kW), PCH Lavrinha (332 kW).
Origem do Problema
Tratam-se de antigas usinas hidrelétricas cujas construções datam do início do século XX e passíveis de sofrerem
obras de, no mínimo, repotenciação. Acrescenta-se que os grupos geradores destas usinas tiveram suas freqüências
alteradas de 50 Hz para 60 Hz e conseqüentemente a rotação destas máquinas levando-as a perder mais rendimento
na geração de energia.
A possibilidade de reabilitação, que é uma obra que incorpora a repotenciação, também existe em alguns casos
onde foram observadas reformas necessárias para aumentar a segurança das barragens ou de vazamentos em
equipamentos hidromecânicos, reabilitações estas cujos custos podem ser amortizados com os ganhos de potência
da repotenciação.
Premissas da Análise
Aumentar a potência das máquinas projetando a turbina na nova condição, ou aumentar o rendimento hidráulico,
para valores pelo menos compatíveis com valores históricos da época de construção. Este projeto poderá implicar
em reformas no Gerador, sendo a mais comum a isolação para classe F.
- As vazões hidrológicas consideradas nesta análise são as médias mensais de longo termo, levando em consideração
o fator de capacidade da usina em análise.
- As grandezas hidráulicas, elétricas e mecânicas dos grupos em análise são aquelas obtidas dos ensaios de
rendimento realizados nas PCH’s envolvidas.
- A análise de custo benefício da suposta repotenciação tem como hipótese, para ganhos de rendimento, a referência
de 80% para o valor final do rendimento global do Grupo, considerando aproximadamente 92% para o gerador e
87% para a turbina.
Metodologia do Estudo de Otimização
Tendo ensaiado os grupos geradores e analisado os dados e documentos existentes sobre os mesmos, inicia-se a
determinação das novas potências de operação, conseqüência da otimização, para finalizar com avaliação dos
índices de mérito.
Foram elaboradas, para determinação dos Índices de Mérito da otimização das usinas, quatro planilhas de cálculo
em Excel por usina, sendo; Base de Dados, Regime de Operação, Orçamento e Índices de Repotenciação.
Planilha de Base de Dados
A primeira planilha reúne os dados necessários das etapas anteriores, denomina-se “Base de Dados”, e é composta
das seguintes informações:
- Curva de Rendimento X Vazão e Curva de Rendimento X Potência dos ensaios de cada grupo gerador da usina;
- Características técnicas das unidades geradoras originais, conforme projeto executivo, neste caso, Dados de
Placa das Máquinas;
- Dados técnicos históricos das usinas;
Artigo Técnico
25
Estudos hidrológicos, com as séries hidrológicas atualizadas, trabalhando com as Vazões Médias Mensais de
Longo Termo.
O valor total do orçamento é exportado para a planilha
“Índices de Repotenciação”.
Planilha de Regime de Operação
Índices da Repotenciação
A planilha de cálculo seguinte, “Regime de Operação”, visa determinar o fator de capacidade de operação dos
grupos geradores repotenciados e a “Base de Dados” fornece os insumos de entrada necessários. É composta
pelas seções: Resultados dos Ensaios, Transposição dos Resultados, Grupos Repotenciados e Operação dos Grupos.
Os Resultados dos Ensaios foram tomados dos ensaios de grupos para as diversas capacidades de operação das
máquinas com a transposição dos resultados para a condição de queda nominal, trabalhando assim com a queda
original como referência.
Q1² / Q2² = H1 / H2 (2.1)
A expressão (2.1) foi utilizada para cálculo da vazão na queda nominal tendo como dados os resultados dos
ensaios.
Tabela 1: Planilha “Regime de Operação”, 1ª parte - PCH Pinheirinho
Os pontos de operação das máquinas são determinados em função das vazões médias mensais de longo termo, dos
estudos hidrológicos.
Tabela 2:
“Planilha
Regime de
Operação”,
2ª parte PCH
Pinheirinho
Os pontos de operação das máquinas são determinados em função das vazões médias mensais de longo termo, dos
estudos hidrológicos.
Planilha de Orçamento
A planilha “Orçamento” deve fornecer o preço da obra de cada uma das usinas, tanto de repotenciação como de
reabilitação. Em nosso caso foram consideradas somente as obras de repotenciação.
Basicamente os orçamentos envolveram os equipamentos de geração, turbina, gerador e transformadores, de
acordo com as indicações dos estudos de diagnósticos. Os preços adotados, foram obtidos de orçamentos feitos no
mercado, consultando as empresas Wirz, Möller e Hisa, quanto a turbinas, a Weg quanto a geradores, a Tusa
quanto a transformadores. Também a própria CMS forneceu subsídios neste sentido.
Conclusões
Encontra-se na Planilha Resumo dos Estudos de Otimização das PCH’s – CMS Energy, as conclusões
do presente estudo, onde se observa que é vantajosa a repotenciação de 5 das usinas aqui avaliadas. A
usina São José não se apresentou viável pois, foi construída exageradamente super dimensionada, não
operando no período de seca, assim como a usina Turvinho, que, no entanto, mesmo super dimensionada,
apresentou ganho de energia suficiente para amortizar o custo de uma eventual obra de repotenciação.
Vale observar na planilha o índice Custo da Energia o qual identifica as otimizações viáveis quando se
encontra abaixo de R$ 67,00 / MWh. Pode ser determinada, ainda, uma escala de prioridade das obras
de acordo com os demais índices como o Custo da Instalação e a TIR.
Tabela 3: Resumo dos Estudos
A planilha “Índices de Repotenciação” calcula os
índices de mérito da obra e foi planejada na mesma
seqüência dos Estudos Energéticos de Viabilidade de
empreendimentos hidrelétricos: avaliação técnica,
econômica e estudos de mercado.
A) Avaliação Técnica: Onde se encontram os dados de
entrada da máquina antiga e os dados técnicos da nova
máquina ou de suas novas condições de operação. Em
vermelho os valores a serem preenchidos. Os ganhos
de energia e o ganho de capacidade são obtidos nesta
seção dos cálculos.
B) Avaliação Econômica: Onde se dá a entrada dos
dados de custos da repotenciação, isto é, o orçamento
da obra, o custo da indisponibilidade da maquina, o
cronograma de investimentos, e os juros da obra. São
obtidos os índices de sensibilidade, isto é, Custo da
Geração em R$ /MWh e o Custo da Instalação em R$
/ kW. Salienta-se que estes índices correspondem ao
acréscimo de energia da repotenciação.
C) Oportunidades no Mercado de Energia: Onde se
calcula o tempo de amortização do capital investido
para cada tipo de negócio e a correspondente Taxa
Interna de Retorno (TIR). Nesta planilha estes cálculos
estão executados para períodos de 5 anos.
Nos estudos, considerou-se uma taxa de desconto anual
de 15% e amortização em 5 anos, conforme tem sido
praticado pelos investidores. As condições e taxas de
financiamento adotadas correspondem às utilizadas
pelo BNDES: TJLP de 10%, spread de 3% e carência
de 6 meses depois do início da geração.
Os estudos permitiram a obtenção de indicadores
importantes como o índice de “Ganho Energético da
Repotenciação”, o “Ganho Real de Potência” e os
tempos de amortização do capital investido e as
respectivas Taxas Internas de Retorno (TIR)
possibilitando a tomada da decisão esperada.
Referências Bibliográficas
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Setor da Eletricidade, 1993.
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Strategy”. EPRI Journal, set./1995.
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Expansão da Oferta a Custo Reduzido” - Eletricidade
Moderna, set./1995.
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Pellegrini. M.C. – “Encargos de Capacidade” – PEA
– USP, 2001.
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repotenciação de usinas: aspectos técnicos,
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Mestrado. Programa de Pós-Graduação em
Energia da USP, março/2002.
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- Industry News-“Competition Experiment Continues
in Southwest” Electrical World, fevereiro/1985.
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World, outubro/1981.
- “The world major dams and hydro plants” –
International Water Power & Dam ConstructionElectrical World Yearbook, 1997.
- “Energia Rápida e Barata” – Brasil Energia nº 240;
- “Empresas Alegam Falta de Regras” – Brasil
Energia n° 240.
Artigo Técnico
26
Aspectos Econômicos e Financeiros; Geração e
Meio Ambiente: Critérios para Economia de
Energia Elétrica em Agricultura Irrigada do
Vale do Paraíba
Profª.Drª. Nanci Tieko Soma(1)
Profº.Michel José Elias Junior(2)
Engº. Christian Kather(3)
Leonel Pio Ortiz(4)
Objetivo
O objetivo dessa pesquisa é buscar a
racionalização de demanda da energia elétrica
com melhor aproveitamento dos recursos hídricos
disponíveis, tornando o processo
economicamente viável, com isso, fomentando
o retorno ao plantio de culturas pelos antigos
produtores.
Nessa pesquisa, estudaremos o custo do arroz
irrigado por inundação, cultura mais significativa
da região do Vale do Paraíba, que ultimamente
teve reduzida sua área de cultivo, principalmente
pelo alto custo de energia elétrica e da aquisição
dos insumos para a execução do plantio. A área
de várzea cultivável dos Polders é
aproximadamente de 47 mil ha , sendo utilizados
nesses últimos 5 anos, apenas 15 mil ha para
cultivo.
O plantio da cultura irrigada nessa região foi
introduzida pelos Frades Trapistas no município
de Tremembé no final do século XVIII, e no
decorrer dos anos, tornou-se popular devido ao
fato das várzeas do Rio Paraíba possuírem bom
desenvolvimento para a rizicultura,
especialmente com relação à:
a) abundância de água com boa qualidade;
b) topografia propícia;
c) solo fértil;
d) mão de obra fácil; etc.
O que se deseja diminuir são os custos de
demanda na energia elétrica sem perdas de
qualidade e produtividade.
UNITAU
Directory of the of the Basin of Paraíba and North Coast of the
Electric power Waters Department – DAEE
os agricultores da região e um valor que seja significativo.
A demanda contratual deverá ser aquela que satisfaça toda a parte eletro-mecânica da Casa de Bombas.
A demanda desejada será considerada aquela utilizada no período fora das 17:00~20:00 h., onde o
desconto para tarifa de pico é maior.
Resultados
Os resultados demostram que existe uma grande economia tanto de energia elétrica
quanto água.
Estamos trabalhando para conscientizar os agricultores a operarem com a técnica
proposta, sem perda de qualidade do produto, ou seja, utilizando as bombas
alternadamente, no abastecimento dos usuários tanto de montante quanto à jusante.
O DAEE paga a energia elétrica que é depois repassada para os agricultores da região
de acordo com a área cultivada.
No caso da Casa de Bombas Nº.1 do Polder IV temos o seguinte gráfico:
Método
Para alcançarmos esse objetivo, escolhemos a
área de cultivo de Pindamonhangaba, protegida
e planejada para atender as áreas do Polders IV,
Casa de Bombas nº. 1 que abriga 4 conjuntos
de moto bombas de 125 HP, e adução que abriga
4 conjuntos de moto bombas de 40 HP para
irrigação. O cultivo predominante dessa região
é o arroz inundado, cujo ciclo inicia em setembro
/ outubro e vai até dezembro / janeiro.
Estudaremos os custos de demanda contratual e
o consumo faturado para verificarmos os valores
ideais, com o intuito em assegurar a energia para
Conclusão
A concessionária, fatura a energia elétrica através da demanda disponível ou contratada mais o consumo
efetivo. A demanda disponível ou contratada é variável de Casa de Bombas para Casa de Bombas,
sendo que o valor de ultrapassagem possui uma tolerância de 10% do valor contratado.
Conclui-se que somente nos meses críticos, ou seja nos períodos de maior utilização das bombas, o
consumo é muito alto, o que faz com que a economia feita durante os outros meses anule esses
valores de utilização. O DAEE está trabalhando junto com os membros da comunidade do Polder
Pindamonhangaba IV para que obedeçam a programação de utilização fora do período de pico durante
os meses de setembro até dezembro. Atingindo essa meta, a economia será de aproximadamente 3
vezes menos o valor cobrado, pois caso haja ultrapassagem dos 10% de tolerância, na tarifa
convencional, o valor total faturado é o de 3 vezes o valor real.
Artigo Técnico
27
Foto 1 - Funcionamento parcial do conjunto de
moto-bombas do Polder Pinda IV - na CB1
Foto 2 - Vista Lateral do Canal Elevado no Polder Pinda
IV - CB1
Foto 4 - Pivo Central no Polder Pindamonhangaba IV
Foto 3 - Canal de Derivação no Polder Pinda IV
Referências Bibliográficas
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Imprenta Porto Alegre : Sagra Luzzatto Editores, 1997.
Descr Fís 318 p.
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Tsutiya, M.T.,Redução do custo de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água,
Imprenta São Paulo : ABES, 2001, 185 p.
Autores
1 - Engenheira do Departamento de Águas
Energia Elétrica – DAEE e, Professora Colaboradora Adjunta do Departamento de Ciências
Agrárias de Taubaté – UNITAU.
2 - Diretor da Bacia do Paraíba e Litoral Norte
do Departamento de Águas Energia Elétrica –
DAEE e, Professora Colaboradora Adjunta do
Departamento de Engenharia Civil de Taubaté
– UNITAU.
3 - Engenheiro Agrônomo, mestrando no
Programa de Ciências Ambientais UNITAU.
Assistente da Diretoria da da Bacia do Paraíba
e Litoral Norte do Departamento de Águas
Energia Elétrica – DAEE.
UNITAU
Directory of the of the Basin of Paraíba and
North Coast of the
Electric power Waters Department – DAEE
Artigo Técnico
28
Telemando por Onda Portadora
Victor Hugo Kurtz ([email protected])
Introducción
Universidad Nacional de
Misiones
Esta técnica consiste en trasmitir un numero ilimitado de señales codificadas, a través de la red eléctrica existente, utilizándola como soporte de la transmisión
(vía de transmisión).
Al sistema que utiliza los mismos conductores que transportan energía eléctrica para llevar además las señales de control, se le llama normalmente, control por
onda portadora (Cunningham 1981).
Las señales de control, también denominadas tonos, modulan una onda portadora de radio frecuencia, que se inyecta a la red de energía; PL (Power Line),
actuando como transmisor. Mientras que en el punto de control se utiliza un receptor y un demodulador para recuperar la señal enviada.
En algunos casos donde solo se pretende enviar el comando para una sola acción, por ejemplo la de “abrir”, basta con generar solamente la portadora por un
tiempo determinado, sin la modulación por tono.
Figura 12 - Sistema de Telemando por Onda Portadora
Selección de la Frecuencia de Transmisión
La línea de transmisión de energía eléctrica PL, no esta diseñada para transportar señales de RF (Radio Frecuencia), ya que se encuentra formada por un
conjunto de resistencias y reactancias, distribuidas en serie y paralelo a los largo de esta, que dificultan el normal desplazamiento de la señal de RF. Este
problemas puede ser superado seleccionado convenientemente la frecuencia adecuada para la onda portadora.
Frecuencia de la portadora
Debido al hecho de que las características de las líneas eléctricas no son exactamente las misma, es imposible especificar una única frecuencia que sea optima
en todos casos. Existen, no obstante, algunas consideraciones que simplificaran considerablemente la selección de una frecuencia, que hará trabajar adecuadamente
al sistema de onda portadora en un caso particular.
Con el fin de evitar importantes variaciones de la señal portadora, debido al efecto de las ondas estacionarias, hay que seleccionar una frecuencia baja en donde
el efecto de la longitud de línea sea insignificante. En general, el mayor trayecto del sistema de onda portadora, no deberá se mas que un 10% aproximadamente, de la longitud de la onda de la frecuencia de trabajo.
La mayoría de los sistemas de onda portadora, trabajan a frecuencia por debajo de la banda estándar de radiodifusión. Son normales frecuencias entre 60 y 180
kHz (Para el sistema de trasmisión de datos por la red eléctrica, se ha fijado recientemente para Europa, la banda de 125 a 140 kHz, para aplicaciones tipo
“consumers”. Norma EN 50.065-1)
Frecuencia de la Señal Modulante
Así como la elección de la frecuencia de la portadora es importante, también lo es la selección de la frecuencia de la onda modulante o moduladora.
Una regla fundamental para la elección de las frecuencias de tono, es evitar la frecuencia de la red eléctrica 50 o 60 Hz y sus armónicos.
Cuando el sistema lo justifique, una elección ideal de las frecuencias de la señal de control, es utilizar tonos del tipo DTMF (Dual Tone Multi Frecuency), ya
que estas frecuencias fueron elegidas de manera que no coincidan con la frecuencia de la línea de alimentación o con sus armónicos. Además, el hecho de que
cada dígito esté representado por dos tonos simultáneos, supone que aún cuando una señal espuria coincidiera con uno de los tonos, no sería causa de
confusión, debido a que ambos tonos tienen que estar presente a la vez para hacer funcionar el sistema.
Un Sistema Implementado
El sistema de telemando por onda portadora propuesto, consta de dos partes: Un transmisor en la casa del usuario y un receptor en la sala de maquinas.
El transmisor está compuesto por un circuito oscilador de alta frecuencia modulado por uno de baja frecuencia. La señal generada se inyecta a la línea por
medio de dos capacitores de acoplamiento (Ver fig.13).
Figura 13 - Transmisor de Telemando
por Onda Portadora
Artigo Técnico
29
Mientras que el receptor está formado por tres bloques: Un circuito detector, un monoestable y un relé,
acoplados a la red, por medio de un par de capacitores como en el circuito transmisor (ver fig.14).
Frecuencia central de decodificado
Figura 14 - Receptor de Telemando por Onda Portadora
El circuito oscilador de baja frecuencia trabaja en aproximadamente 3kHz., mientras que el de alta en
100kHz. Para casos donde solo se pretende enviar una sola señal, hay que acondicionar al receptor con
un multivibrador biestables (flip-flop), para que interprete que un tren de pulsos es para abrir, mientras
que el siguiente es para cerrar.
En la PCH del Salto Pereyra en el Pueblo Ilia en Misiones, se utilizó para el transmisor, un oscilador de
100kHz, generado por un circuito integrado LM555, en configuración multivibrador astable y otro LM555,
en configuración monoestable (ver fig. 19).
La onda de salida del transmisor, se muestra en la fig.15. Si bien la forma de onda es rectangular no
afecta el buen desempeño del sistema
Ancho de banda, en % de f0
Donde:
T = Tb + Ta
Tb = 0,.7 R5 C5
Ta = 0,7 (R5 +R6+P) C5
Para el calculo se ha tomado la relación Tb = 1/3 T.
Figura 15 - Forma de Onda del
Transmisor
Funcionamiento
Cuando el usuario acciona el pulsador P1, dispara el multivibrador monoestable, que por un tiempo t1 de
aproximadamente 10 s, hace funcionar el oscilador astable que genera la portadora, por el tiempo t1
El periodo de funcionamiento del monoestable se calcula usando la expresión:
T = 1,1 R3 C3
El receptor por lo tanto reconoce la señal por su
frecuencia y por la duración del pulso. Ante la
ausencia de cualquiera de las dos condiciones no
produce acción alguna (Anocibar 1997).
Con el fin de evitar tener que identificar la “fase”
de la línea trifásica por donde será enviada la señal
de mando, se implemento el circuito de la fig. 17,
donde se conecta el receptor a la línea por medio
de tres capacitores, uno por cada fase y uno más
para el neutro.
En el aprovechamiento del Salto Pereyra, se
implementó una línea de transmisión de energía
en 13,2kV, desde la presa al centro de consumo,
mientras que del generador hasta la presa, en 380V.
La etapa de potencia está formada por un par de transistores en configuración Darlington, que se vinculan
a la red por medio de un trasformador toroidal de ferrite y dos capacitores de acoplamiento.
Receptor
El corazón del receptor esta formado por un circuito integrado LM567, en configuración decodificador
de tonos. Que detecta la señal de la onda portadora y excita un multivibrador monoestable que a su vez,
acciona el sistema de arranque y/o parada de la hidrogeneración.
La frecuencia central de codificado, del LM567, esta dada por la ecuación:
Figura 16 - Circuito Detector de Tonos
Figura 17
Artigo Técnico
30
Figura 18 - Sistema implementado en el aprovechamiento del Salto Pereyra
Como la señal de la onda portadora, presenta gran dificultad de salvar un transformador de potencia,
máxime si se encuentra conectado en configuración estrella-triángulo y los capacitores de acoplamiento
para el telemando en media tensión, son costosos. Se optó por el agregado de un conductor mas, que
junto con el neutro portante se utilizó como vía de transmisión en el tramo de media tensión de aproximadamente 3500m. Mientras que desde la turbina hasta el transformador se usa la propia línea de
potencia.
El acoplamiento entre la línea de potencia que viene desde la microturbina, con el con el hilo adicional,
se realizó por medio de un capacitor en las inmediaciones del transformador.
Conclusiones
El sistema de telemando por onda portadora, se presenta como una alternativa técnica y económica
interesante, por que permite la transmisión de datos en forma relativamente sencilla y utilizando el
mismo conductor de energía eléctrica o un simple par telefónico que no implica erogación importante.
Figura 19 Circuito
Transmisor de
Onda Portadora
Figura 20 - Receptor de Telemando Circuito Detector de Tonos
Figura 21 - Receptor de Telemando Circuito Detector y Biestable
Si se trasmite datos con la técnica DTMF, es posible enviar distintas ordenes, por el mismo par, no solo
la de abrir y cerrar.
Por otra parte, usando un transmisor y receptor en sentido contrario, es posible disponer información a
distancia de lo que ocurre con el sistema en la casa de máquinas.
Conclusion Final
Los circuitos para telemando presentados en esta oportunidad, no son todos los que se han experimentado e implementados, ni los únicos que existen. Cada proyectista podrá recrear, modificar o mejorar, estos
sistemas para una aplicación en particular.
Reconocimiento
A mi colega y amigo: Héctor Rolando Anocibar, con quien desarrollé el sistema de telemando por onda
portadora, presentado en esta oportunidad.
Bibliografia
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Misiones - UNaM. Marzo. 1986.Kurtz, Victor Hugo - LA ELECTRÓNICA EN LA
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ESTACIONES DE TRANSFORMACIÓN Y
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Aplicaciones Industriales - Electrónica y Automática
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CENTRALES HIDROELECTRICAS - Fac. de Ing. Universidad Nacional de Misiones - UNaM. Marzo.
1998.Muñoz, H. E. y Caballero, A. L. CONTROL
AUTOMATICO A DISTANCIA DE PEQUEÑAS
CENTRALES HIDROELECTRICAS - Fac. de Ing. Universidad Nacional de Misiones - UNaM. Marzo.
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Sánchez, T. , Rodríguez L. EXPERIENCIAS EN
INGENIERÍA DE BAJO COSTO PARA
MICROCENTRALES HIDROELÉCTRICAS EN EL
PERÚ - Programa de Energía ITDG-Perú - Revista
Hidrored.
Microcentrais
32
“Não se pode pensar só no grande”
Fabiana Gama Viana
Colaboração: Prof. Dr. Augusto N. Carvalho Viana (UNIFEI – Itajubá)
A criação do Programa de Incentivo a Fontes
Alternativas (PROINFA) foi uma injeção de ânimo
para os investidores em fontes renováveis de
energia, apesar das incertezas que circundam o
programa. Este, criado para incentivar a geração
de energia a partir de PCHs (1MW a 30MW),
biomassa e energia eólica, desde que estejam no
sistema interligado, não inclui as microcentrais
hidrelétricas, com potência abaixo de 1MW. “Não
tenho assistido até agora algum incentivo às
microcentrais”, desabafa o engenheiro Karl
Rischbieter, estudioso e entusiasta da área de
microcentrais hidrelétricas.
No Século XIX, o setor energético no Brasil
foi marcado pela presença de micro e pequenas
centrais hidrelétricas, pois os altos custos
inviabilizaram a implantação de grandes
empreendimentos energéticos. Nesse período, as
microcentrais e as PCHs foram utilizadas para
atender a demanda de pequenas indústrias, em
especial as têxteis, da mineração e para o
crescimento de pequenos vilarejos. Dessa forma,
até a década de 1950, o Brasil apoiou sua
eletrificação em micro, pequenas e médias centrais
hidrelétricas que, na época, pertenciam ou à
iniciativa privada ou ao município.
O Século XX assistiu à implantação de
grandes centrais geradoras. O desenvolvimento
econômico brasileiro, evidenciado pela Segunda
Guerra Mundial, e o aumento da demanda por
megawatts exigiram a expansão dos grandes
aproveitamentos interligados. Dessa forma, o
governo partiu para a criação de empresas estatais,
deixando as microcentrais e PCHs à margem do
parque gerador nacional.
O Brasil, na década de 1990, passou por
profundas transformações no setor elétrico. Foi
implantada a livre concorrência para promover a
eficiência no setor; uma regulação e fiscalização,
em busca da transparência para atrair o capital
privado; além da privatização das concessionárias
estatais como condição necessária à alocação de
recursos; a criação de um programa de
termelétricas (PPT) e a implantação do Mercado
Atacadista de Energia (MAE). No entanto, esse
novo modelo não chegou a ser totalmente
implantado, pois o processo de privatização, da
mesma forma que o PPT, não foi concluído, e o
MAE não funcionou. Além disso, permanecem as
incertezas regulatórias, o que desestimula o
investimento privado.
Em 2001, o país enfrentou uma crise de
desabastecimento de energia que deixou à mostra
todas as fraquezas do setor. O racionamento de
energia fez ressurgir a importância das
microcentrais e das PCHs para o parque gerador
nacional.
Hoje no Brasil, as microcentrais encontramse predominantemente no setor rural e em
comunidades isoladas. Estima-se que haja no país
mais de 1000 microcentrais com potências
médias de 300 kW.
Em entrevista ao PCH Notícias & SHP
News, Karl Rischbieter fala sobre a falta de
incentivo às microcentrais, o mercado e a
necessidade de o governo investir nesse tipo
de geração de energia.
PCH Notícias & SHP News - O Programa de
Incentivo a Fontes Alternativas (PROINFA),
regulamentado em 24 de Dezembro de 2002
através do Decreto nº 4541, foi criado para
incentivar a geração de energia através de
PCHs (de 1MW até 30MW), biomassa e
energia eólica por meio da contratação de 3,3
mil MW pela Eletrobrás, desde que essas
fontes estejam no sistema interligado. As
microcentrais hidrelétricas com potência
abaixo de 1MW não foram incluídas no
programa. Não houve um desapontamento por
parte dos empreendedores em microcentrais
hidrelétricas por eles terem ficado de fora do
PROINFA?
Rischbieter - Eu acredito que sim. E este é
um assunto que precisa ser corrigido. Eu fiz
esta pergunta às representantes do PROINFA
[Renata Falcão (Eletrobrás) e Laura Porto Karl Rischbieter
(MME)] que estiveram presentes neste
encontro [X ELPAH – X Encontro Latinoenergético?
Americano e do Caribe em Pequenos
Rischbieter - É tudo importante. É importante a
Aproveitamentos Hidroenergéticos, realizado de 4
percepção que devemos mais e mais trabalhar com
a 8 de Maio de 2003, em Poços de Caldas (MG),
energias renováveis. E essas microcentrais se
Brasil], e elas sinalizaram que poderá haver uma
constituem em um sistema de produção de energia
solução para isso. O que seria muito bom se
renovável excelente. Mas falta também a percepção
houvesse, contemplando também o pequeno. Não
e a divulgação de utilização, como na Europa, de
se pode pensar só no grande.
máquinas simples, de simples motores para a
PCH Notícias & SHP News - Atualmente, há
geração de energia elétrica nas microcentrais.
incentivos para as centrais hidrelétricas com
PCH Notícias & SHP News - Como está o
potência abaixo de 1MW?
mercado para os investidores em microcentrais?
Rischbieter - Desconheço que haja algum
Rischbieter - Esta ainda é a grande dúvida. A
incentivo. Acredito que, no futuro, deva surgir algo
Europa criou um mercado que considera a energia
através da Eletrobrás ou mesmo do Ministério das
renovável importante. Existem mecanismos,
Minas e Energia. Mas não temos assistido até agora
legislação pertinente. O Brasil teria que fazer
algum tipo de incentivo.
alguma coisa nesse sentido, para incentivar através
PCH Notícias & SHP News - Por que não há
da garantia de venda da energia das microcentrais
incentivos? O governo e as empresas do setor, até
para a rede. Algo que fosse compulsório.
mesmo as empresas de equipamentos não dão
PCH Notícias & SHP News - Há no Brasil
importância às microcentrais?
legislação que trate das microcentrais hidrelétricas?
Rischbieter - Eu acredito que o Brasil tenha tantos
Rischbieter - Eu desconheço completamente que
problemas a resolver nos setores econômico,
haja uma legislação. Esta talvez não seja nem
político e social, que o governo aborda primeiro
necessária, porque, quando existe, às vezes
esses grandes problemas. E a microcentral ainda
atrapalha. O que existe é a pouca divulgação de
não pesa no contexto nacional de geração de
tecnologias baratas que cheguem ao futuro usuário,
energia. Apesar de eu considerar que a micro seria
a quem queira construir uma microcentral.
uma grande oportunidade para criar empregos.
PCH Notícias & SHP News - Historicamente, no
Mas não chegou ainda no governo esta percepção.
Brasil, ainda não houve nenhum incentivo às
Eu acredito que há necessidade de uma decisão
microcentrais?
política em torno do assunto.
Rischbieter - Desconheço. Essa é uma decisão
PCH Notícias & SHP News - Mesmo que os
política nos escalões superiores. Os políticos devem
grandes problemas tenham que ser resolvidos, as
ter percepção de que isto é importante, é necessário
microcentrais não têm importância para o setor
para o Brasil.
Micro-Hydroelectric Plants
33
“One cannot just think about big things”
Trad. Adriana Candal
Collaboration: Prof. Dr. Augusto N. Carvalho Viana (UNIFEI – Itajubá)
the Ministry of Mines and Energy. But, so far,
The creation of a program to encourage
In 2001, the country faced an energy
we haven’t seen any kind of incentive.
the use of alternative sources of energy –
shortage crisis disclosing all the weaknesses of
PROINFA – was an injection of excitement for
PCH Notícias & SHP News – Why aren’t
the sector. The energy rationing plan made the
there incentives? Don’t the government or the
those who invest in renewable sources of energy,
micro-plants and SHPs be seen as important
companies of the sector, or even the equipment
in spite of the uncertainties surrounding it. The
parts of the national generating system. Today,
program, which was created
manufacturers care about micro-plants?
in Brazil, the microRischbieter – I think that Brazil has so
to encourage the generation of
plants are found
many problems to solve within the economic,
energy out of SHPs (1MW predominantly in
“I believe that, in the future,
30MW), biomass and wind,
political and social sectors that the government
the rural sector and
something must appear through
approaches these big problems first, and microonce they are part of the
in
isolated
Eletrobrás or the Ministry of
plants are not important in the national context
interconnected system, does
communities. It is
not
includes
microof energy generation. Although I consider the
estimated that there
Mines and Energy. But, so far,
micro-plants as a good opportunity for creating
hydroelectric
plants
are more than 1000
we haven’t seen any kind of
job, the government has not reached this
presenting less than 1MW of
micro-plants
with
incentive.”
power. “I haven’t seen any
perception yet. I think that this issue needs a
300 kW of average
political decision.
encouragement towards
power in the
PCH Notícias & SHP News – Even though
micro-plants
so
far,”
country.
complains Karl Rischbieter, engineer who
the complex problems must be solved, aren’t the
In an interview for the PCH Notícias &
micro-plants important for the energy sector?
studies and cherishes micro-hydroelectric
SHP News, Karl Rischbieter talks about the lack
Rischbieter – Everything is important. The
plants.
of encouragement towards micro-plants, the
In the 19th Century, the energy sector in
perception that we need to work with renewable
market and the need for the government to invest
energy is important. These micro-plants are an
in this kind of energy generation.
Brazil was marked by the presence of micro- and
excellent renewable source production system.
PCH Notícias & SHP News – PROINFA
small hydropower plants, for the high cost made
the implementation of large energy enterprises
But, there is also a lack of perception and
(a program to encourage the use of alternative
divulgence about how to use simple machines
sources of energy), regulated on December 24th,
unfeasible. At that period, the micro-plants and
and simple engines for the generation of electric
the SHPs were used to meet the demand of small
2002 through Decree nº 4541, was created to
industries, especially those of the textile sector,
energy in micro-plants.
encourage energy generation out of SHPs (1MW
mining and small villages. This way, until the
PCH Notícias & SHP News – What is the
- 30MW), biomass and wind by means of a 3.3
market like for those who invest in micro-plants?
50s, Brazil’s electrification relied on micro,
thousand MW that would be purchased by
small and medium sized hydroelectric plants,
Rischbieter – This is our doubt. Europe has
Eletrobrás. However, these sources must be part
which belonged to the towns or private
created a market that considers renewable
of the interconnected system. Micro-plants with
energy to be important. There are mechanisms
businessmen.
less than 1MW of power were not included in
The 20 th Century watched the
and an appropriate legislation. Brazil would
the program. Were the micro-plant investors
implementation of large generating plants. The
have to do something in this sense to encourage
disappointed at not being able to participate in
micro-plants by ensuring the sale of their energy
PROINFA?
Brazilian economic development, reinforced by
the Second World War, and the increasingly need
to the grid; something that is compulsory.
Rischbieter – I think so. And this is an
for megawatts demanded the expansion of large
PCH Notícias & SHP News – Is there, here
problem that needs to be corrected. I asked
in Brazil, a legislation that
P R O I N FA ’ S
interconnected enterprises. This way, the
government began to create state-owned
deals with micro-plants?
re p re s e n t a t i v e s
companies, leaving the micro and the SHPs
Rischbieter – I don’t think
[Renata Falcão
such legislation exists.
(Eletrobrás) and
aside from the national generating system.
“I don’t think such legislation
In the 90s, the country underwent profound
Perhaps, it just may not be
Laura
Porto
exists. Perhaps, it just may not
transformation within the electric sector. Several
necessary, for when the
(MME)]
this
be necessary, for when the
legislation does exist,
question and they
things were implemented, for example: free
legislation does exist, sometimes sometimes it makes things
competition to promote the efficiency in the
said that there
it makes things worse.”
sector; a regulation and inspection searching
worse. The fact is that there is
might be a solution
little divulgence about cheap
for it. If this were
for transparency in order to attract private
capital; the privatization of state-owned utilities
technologies
that
can
possible, it would
was a necessary condition for allocating
effectively reach the users, the
be very good to
ones who want to build a micro-plant.
look at the small ones. One cannot just think
resources; the creation of a program for Thermal
power plants (PPT); and the Wholesale Energy
PCH Notícias & SHP News – Historically
about big things.
Market (MAE). However, this new model wasn’t
speaking, have there ever been any kind of
PCH Notícias & SHP News – Nowadays,
incentive towards micro-plants in Brazil?
are there incentives for hydropower plants with
completely implemented, for the privatization
process and the PPT were not concluded, and
Rischbieter – Not that I know of. This is a
less than 1MW of power?
MAE did not work. Besides, the uncertainties
political decision that will come from higher
Rischbieter – If there is any incentive, I
ranks. The politicians must perceive that this is
don’t know of it. I believe that, in the future,
in regarding the regulations still remain, which
discourages the private investment.
important and necessary for Brazil.
something must appear through Eletrobrás or
X ELPAH
34
Encontro de Hidroenergia
efetiva intercâmbio
continental
Borges de Souza
O município de Poços de Caldas, na região
Sul de Minas Gerais, sediou de 4 a 8 de Maio
últimos o segundo encontro panamericano de
pequenos aproveitamentos hidroenergéticos a
ter lugar no Brasil. Promovido pelo CERPCH,
o X Encontro Latino-Americano e do Caribe
em
Pequenos
Aproveitamentos
Hidroenergéticos (X ELPAH) reuniu onze especialistas de sete países das três Américas e
mais de duzentas autoridades, engenheiros, empresários e técnicos brasileiros do setor. Eles
participaram e assistiram palestras, mesas redondas, apresentações de trabalhos e pesquisas inéditas sobre hidroenergia, durante quatro
dias, no auditório do Centro de Convenções
Palace-Cassino.
Aberto pelo Secretário de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Marcelo Poppe, que proferiu a conferência magna “A Política Energética Brasileira para
as Fontes Alternativas de Energia”, o simpósio
compreendeu, inclusive, a assinatura de um protocolo envolvendo Brasil e Cuba, numa demonstração de que o ELPAH passou a desempenhar
um papel efetivo de promotor internacional de
intercâmbio tecnológico, desde seu início há vinte
anos, na Argentina. O protocolo de intercâmbio
de informações e especialistas em hidroenergia
foi assinado pelo Secretário-Executivo do
CERPCH e professor da Universidade Federal
de Itajubá (Unifei), Geraldo Lúcio Tiago Filho
(representando o Reitor da Unifei, professor
José Carlos Goulart de Siqueira); pelo professor da Universidade Central de Las Villas
(Cuba), Rául Olade (representando o diretor do
Centro de Pesquisas da Universidade Central
de Las Villas - Cuba, Abdel Jacomino Bermúdez)
e pelo professor do Instituto Militar de Engenharia, José Carlos César Amorim (represen-
Manoel Nogueira - Coord. Geral de
Tecnologia de Energia - MME
X ELPAH - Cerimônia de Abertura: Tony Tung (IEA), Carlos E. Bonifetti (ITDG), Marcelo Poppe (MME),
Cícero M. de Moraes (DME), Geraldo L. Tiago Filho (CERPCH), José C. C. Amorim (CERPCH), Afonso H.
M. Santos (UNIFEI), Zulcy de Souza (UNIFEI), Karl Rischbieter (Rischbieter) - da esquerda para a direita
10th ELPAH – Opening Ceremony: Tony Tung (IEA), Carlos E. Bonifetti (ITDG), Marcelo Poppe (MME), Cícero M.
de Moraes (DME), Geraldo L. Tiago Filho (CERPCH), José C. C. Amorim (CERPCH), Afonso H. M. Santos
(UNIFEI), Zulcy de Souza (UNIFEI), Karl Rischbieter (Rischbieter) – from left to right
tando a presidente do CERPCH,
Ivonice Aires Campos).
Prêmios e Exposição
Ao final do simpósio foram
distingüidos com o Prêmio
USAID-Winrock os artigos
apresentados pelos especialistas
brasileiros e argentinos:
“Avaliação
de
Usinas
Hidrelétricas”, de Flávio Doeller
(1º lugar); “Telecomando de
PCHs
Hidroelétricas
e
Telemando
por
Onda
Portadora”, de Victor Hugo
Kurtz
(2º
lugar);
e
“Transposição de Peixes através
de Elevadores com CaminhãoTanque”, de Paulo dos S.
Pompeu e Carlos Barreira
Martinez – (3º lugar). Todos
esses artigos estão publicados
nesta edição da PCH Notícias &
SHP News.
O X ELPAH compreendeu
também um parque de
exposição, em que se fizeram
presentes, com stands, as
empresas Alstom Brasil,
Eletrobrás,
Furnas Centrais
X ELPAH / 10th EHPAH
35
Meeting about Water
Energy ratifies continental exchange
Trad. Adriana Candal
represented the director of the University’s Research Center, Professor Abdel Jacomino
Bermúdez; and by professor José Carlos César
Amorim (Military Institute of Engineering) representing CERPCH’s president, Ivonice Aires
Campos.
Awards and Exhibit
At the end of the meeting, papers presented
by three Brazilian and one Argentinean experts
were granted the USAID-Winrock award:
“Hydroelectric Plants Assessment”, Flávio Doeller (1st place); “Telemando de PCHs
Hidroelétricas e Telemando por Onda Portadora”, Victor Hugo Kurtz (2nd place - Argentina); and “Transposição de Peixes através de
Elevadores com Caminhão-tanque”, Paulo dos
S. Pompeu e Carlos Barreira Martinez - (3rd
place).
The 10thELPAH also had an exhibition area
where several companies, such as Alston Brasil,
Eletrobrás, Furnas Centrais Elétricas, Voith
Siemens, Consórcio CEM, Spec Planejamentos,
Engenharia e Consultoria and Poços de Caldas’s
City Department of Energy, were present.
Organized by Unifei (Federal University
Vista Geral da Feira - X ELPAH / Exhibition Area 10th EHPAH
From May 4 to 8, the city of Poços de
Caldas, in the southern area of the state of Minas
Gerais, held the Pan-American meeting about
small hydroelectric potentials, the second one
that took place here in Brazil. Organized by
CERPCH (National Center of Reference for
Small Hydropower Plants), the 10th Latin
America and Caribbean Meeting about Small
Hydroelectric Potentials - 10th ELPAH – gathered eleven experts from seven American countries and more than two hundred authorities,
engineers, businessmen and technicians of the
sector. They participated in and attended lectures, debate tables, new paper and research
presentations concerning water energy.
During the opening ceremony, the Secretary of Energy Development of the Ministry of
Mines and Energy, Marcel Poppe, read the
magna lecture “The Brazilian Energy Policy
for Alternative sources of Energy”. The meeting also comprehended the signature of an international protocol involving Brazil and Cuba.
This shows that the ELPAH has been performing an effective role
promoting technological exchange since it
was created in Argentina 20 years ago. The
protocol, which forecast
the exchange of information and experts in
water energy, was
signed by CERPCH’s
executive secretary,
Professor Geraldo
Lúcio Tiago Filho, who
represented Professor
José Carlos Goulart de
Siqueira, the Dean of
Unifei (Federal University of Itajubá - Brazil); Ganhador do Prêmio USAID-WINROCK, Flávio Doeller da CEMIG
by Professor Rául Olade (à esquerda) ao lado de Gilberto M. Valle Filho, representante da
(Las Villas Central Uni- CEMIG no CERPCH. / Winner of the USAID-WINROCK Prize, Flávio
versity– Cuba), who Doeller of CEMIG on the left with Gilberto M. V. Filho, Cemig’s
representative at CERPCH
X ELPAH / 10th EHPAH
36
Eletrobrás, Furnas Centrais Elétricas, Voith Siemens, Consórcio
CEM, SPEC Planejamentos Engenharia e Consultoria e o Departamento
Municipal de Eletricidade da Prefeitura de Poços de Caldas.
Realização da UNIFEI, o X ELPAH foi uma promoção conjunta
do CERPCH e do Hidrored, com apoio especial dos Ministérios de
Minas e Energia, Ciência e Tecnologia, Defesa Civil, Meio Ambiente; da
Secretaria Nacional de Recursos Hídricos, ANEEL, Furnas, Secretaria
de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, USP, Eletrobrás, Fapepe,
IME, Alstom Brasil, Voith-Siemens, Consórcio Energético Mineiro CEM, Spec Planejamento Engenharia e Consultoria, USAID e Winrock.
of Itajubá), the 10thELPAH was a joint promotion of CERPCH (National
Center of Reference for Small Hydropower Plants) and Hidrored, and it
received a special support of the Ministries of Mines and Energy, Science
and Technology, Defense and Environment; of the National Secretariat of
Water Resources, Aneel (National Agency for Electrical Energy), Furnas,
Secretariat of Science and Technology of the state of Minas Gerais, University of São Paulo, Eletrobrás, Fapepe, Military Institute of Engineering,
Alston Brasil, Voith-Siemens, Consórcio Energético Mineiro - CEM, Spec
Planejamento, Engenharia e Consultoria, USAID e Winrock.
X ELPAH - Quadro Geral
10thELPAH General Information
*220 Participantes
Participants
*7 Mesas Redondas
Debate Sessions
*61 Artigos Apresentados
Presented Papers
*7 Expositores
Exhibitors
“Eu acho que eventos dessa natureza
são muito importantes, porque,
primeiro esse evento não é só
nacional, é um evento que cobre a
América Latina e o Caribe. É um
evento que já tem uma longa tradição,
20 anos de reprodução. Assim, é mostrado um interesse
continuado pelo desenvolvimento relativo às pequenas centrais
hidrelétricas. A evolução da tecnologia permitiu que essa fonte
voltasse a ser competitiva. Então é muito importante que nesse
contexto voltemos a ter aqui no Brasil um seminário de menção
continental. Demonstra tanto o interesse quanto à força que essas
fontes agora devem ocupar, um espaço cada vez maior na matriz
energética no país.” (Marcelo Poppe, Secretário de
Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia)
“I think that events of this kind are greatly important because it
is not just a national event, it covers Latin America and the
Caribbean. Also, because it is a tradition, for it has been taking
place for the past 20 years. This way, one can notice the interest
in developing Small Hydropower Plants. Technology evolution
has allowed this source of energy to be competitive again. So,
it is very important to have, here in Brazil and within this
scenario, a continental seminar. It shows the interest and the
position that this source of energy must occupy, a space that
must get bigger in the country’s energy matrix.” (Marcelo Poppe,
Secretary of Energy Development of the Ministry of Mines and
Energy)
Prof. Tiago, Marcelo Poppe e Henrique Gabetta
(CERPCH)
X ELPAH - Opinião do Público
10thELPAH - Public’s Opinion
* 52% acharam que o Evento superou
suas expectativas / thought the event was
overwhelmingly successful
* 21% acharam que o Evento ficou
dentro das expectativas / thought the
event fulfilled their expectations
* 20% acharam o Evento foi Inovador /
thought the event was innovating
* 7% acharam que o Evento não atingiu
suas expectativas / thought the event
didn’t fulfill their expectations
X ELPAH Expositores / 10th EHPAH Exhibitors
DME Poços de Caldas
responsabilidade social
social responsibility
Poços de Caldas’s Energy Department
Furnas é uma empresa geradora e transmissora de energia elétrica, de
capital fechado, controlada pela Eletrobrás. Ela atua na região que abrange
o Distrito Federal e os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Goiás e parte do Tocantins. É responsável por cerca de 66%
de toda a energia consumida no país. Conta hoje com dez usinas hidrelétricas
e duas termelétricas, incluindo a maior da América Latina - Santa Cruz com 600 MW.
A responsabilidade social está presente em Furnas através de suas
parcerias com o Ibama, a Embrapa, o Funai, instituições educacionais,
secretarias estaduais e órgãos ambientais, além do Projeto Tom da Mata,
resultado da parceria com o Instituto Antonio Carlos Jobim e a Fundação
Roberto Marinho. O projeto tem o objetivo de incentivar a educação musical
e ambiental nas escolas brasileiras.
Controlled by Eletrobrás, Furnas is a privately-held company that
generates and transmits electric energy. It operates in the region comprising
the Federal District and the states of São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Goiás and part of Tocantins. It is responsible for about 66%
of all the energy consumed in the country. It has ten hydroelectric plants
and two thermal power plants, including the largest one in Latin America Santa Cruz – with 600 MW.
Social responsibility is present at Furnas through partnerships with
Ibama (Brazilian Institute for the environment), Embrapa (Brazilian
Company for agriculture researches), Funai (Indian National Foundation)
educational institutions, state secretariats and environmental organs. As an
example, the Project “Tom da Mata” is the result of a partnership with Antonio
Carlos Jobim Institute and Roberto Marinho Foundation. The goal of the
project is to encourage musical and environmental education in Brazilian
schools.
37
Visita a uma das PCHs do DME durante X ELPAH
Visit to one of DME’s SHPs during the 10th ELPAH
A energia elétrica em Poços de Caldas (MG) remonta ao fim do
século passado, quando a 1º de Setembro de 1898, Octaviano Ferreira
de Brito acionou um gerador de 25 KVA para acender 155 lâmpadas
existentes nas ruas de Poços de Caldas e iluminar as 332 casas existentes
na época. O Departamento Municipal de Eletricidade (DME) foi criado
em 9 de Dezembro de 1954 através da Lei Municipal nº 420 e iniciou
suas atividades em 12 de Julho de 1955, quando terminou o contrato
de concessão da Companhia Sul Mineira de Eletricidade. Esta executou
os serviços desde 1930.
Hoje o DME atende 52.020 consumidores (Maio/02), possui quatro
usinas hidrelétricas em funcionamento, energiza 825 km de redes, 2.069
transformadores e acende todos os dias 16.500 lâmpadas nas ruas da
cidade.
The electric energy in the city of Poços de Caldas (MG) goes back
to the late 19th Century when, on September 1st, 1898, Octaviano Ferreira
de Brito started a 25 KVA generator to light the 155 light bulbs of the
streets and to illuminate the 332 houses of Poços de Caldas. The Municipal
Energy Department (DME) was created on December 9th, 1954, starting
its activities on July 12th, 1955, when the concession contract with
Companhia Sul Mineira de Eletricidade finished. This company had been
performing the services since 1930.
Today, the DME assists 52,020 consumers (May/02), has four
operating hydroelectric plants, energizes 825 km of lines, 2,069
transformers and lights 16,500 street lights every day.
Stand de Furnas no X ELPAH / Furnas’s Stand at the 10th ELPAH
Fundada em março de 1986, a SPEC
– Planejamento, Engenharia, Consultoria
LTDA é uma empresa brasileira, sediada
na cidade de Belo Horizonte. Ela atua em
todo o território nacional, com o desenvolvimento de estudos,
projetos, assessoria técnica nos diversos campos da engenharia,
gerenciando e fiscalizando obras de grande porte, com destaque
para área de energia. A SPEC trabalha com atividades técnicas de
organização e gerência, suprimento de bens e serviços,
gerenciamento de construções e planejamento empresarial. Dedicase também à operação e manutenção de usinas hidrelétricas.
SPEC
Founded in March 1986, SPEC – Planejamento,
Engenharia, Consultoria LTDA is a Brazilian company
located in the city of Belo Horizonte. It perform services
all over the country, carrying out studies and projects,
giving technical support in several areas of engineering,
managing and inspecting large construction works,
mainly in the energy area. SPEC deals with technical
activities regarding organization and management, the
supply of goods and services, construction management
and corporate planning. It also takes of care O&M of
hydroelectric plants.
38
X ELPAH Expositores / 10th EHPAH Exhibitors
CEM Consórcio Energético Mineiro Energy Consortium of Minas
O Consórcio foi criado em Abril de
The Consortium was created in April
1998, através da união das empresas
1998, joining the following companies:
IMPSA, ORTENG, DELP, MACORIN,
IMPSA, ORTENG, DELP, MACORIN,
EGEL, TOSHIBA and ORTENG – SPE.
EGEL, TOSHIBA e ORTENG – SPE. Esta
This partnership aims at the
parceria visa ao Desenvolvimento
Sustainable Development of the state
Sustentado do Estado de Minas Gerais e do
of Minas Gerais and of Brazil. Its goal
Brasil. Seu objetivo é oferecer soluções
is to offer integrated solutions on
integradas em projetos de geração de
energy generation projects and
energia, recapacitação e modernização de
refurbishment of hydroelectric power
usinas hidrelétricas, as quais viabilizam a
plants. This will make the attainment
obtenção de altos níveis de produção e de
of high levels of production and
qualidade. A reunião das empresas
quality possible. The companies
integrantes abrange a comercialização,
comprise
commercialization,
industrialização, fornecimento, montagem
industrialization, supply, assembly
e assistência técnica de bens e serviços
and technical assistance of assets and
destinados ao setor energético, com ênfase
services for the energy sector, mainly
À esquerda, stand do CEM no X ELPAH
em usinas hidrelétricas. Seus principais
hydroelectric plants. Its main services
th
On the left, CEM’s stand at the 10 ELPAH
serviços são Estudo de Viabilidade Técnica
are: Economic and Technical
e Econômica; Engenharia Básica e de
Feasibility Study, Basic and Detailed
Engineering, Electro-mechanic Assembly, Test and Commissioning, PreDetalhamento; Montagem Eletromecânica; Teste e Comissionamento;
operation and Assisted Operation, and Permanent technical assistance.
Colocação em Marcha; Pré-operação e Operação Assistida e Assistência
Técnica Permanente.
A Eletrobrás foi criada em 1961. A empresa atua como agente do Governo
Brasileiro que detém 52,45% de suas ações, com o objetivo de promover
estudos, projetos de construção e operação de usinas geradoras, linhas de
transmissão e subestações, destinadas ao suprimento de energia elétrica do
país. A Eletrobrás produz, através de suas subsidiárias, quase 60% da energia
elétrica produzida no país e possui 64% da transmissão em linhas de tensão
superior a 230 kV.
A empresa atua também no relacionamento internacional, na gestão
ambiental e em programas de eletrificação rural (Projeto luz no Campo
mudando o Campo da Noite para o Dia) e combate ao desperdício de energia
(Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). A Eletrobrás
desenvolve e financia projetos de eficiência energética para diversos segmentos
do setor público.
A empresa ainda apóia investidores privados, com participação minoritária
na implantação de novos empreendimentos e na comercialização de energia
elétrica, propiciando o aumento da oferta de energia no Brasil.
Eletrobrás was created in 1961. The company acts as a trader for the Brazilian
government, who holds 52,45% of its shares, and its objectives are to promote
studies and projects for the construction and operation of generating plants, power
lines and substations that will be used for supplying electric energy for the country.
Through its several branches, Eletrobrás produces nearly 60% of the energy
produced in the country and it has 64% of the transmission in lines of which voltage
is above 230 kV.
The company also acts on international relations, environmental management,
and rural electrification programs (Project “Light in the Countryside” changing
the country from Night to Day) and on the fight against energy waste (Procel –
Eletrobrás no X ELPAH / Eletrobrás at the 10th ELPAH
National program for the Conservation of Electric Energy). Eletrobrás develops
and finances projects regarding energy efficiency for several segments of the public
sector.
The company also supports private investors, acting as a minority partner in the implementation of new enterprises, and commercializing electric
energy, making it possible to the energy offer to be increased in Brazil.
X ELPAH Expositores / 10th Exhibitors
O mais completo fornecedor
de equipamentos e serviços
em geração de energia
The most complete supplier
of equipment and services
for energy generation
39
Como fornecedor de soluções integradas, a ALSTOM oferece uma linha completa e competitiva de
sistemas, produtos e serviços, fundamentada nos novos padrões de respeito ao meio-ambiente. Tendo fornecido 20% da capacidade total instalada de geração de energia do mundo, a empresa é uma das líderes mundiais
em centrais elétricas sob regime turnkey e está presente em mais 70 países , empregando mais de 100 mil
pessoas.
O setor de Geração de Energia da ALSTOM possui grande experiência no mercado mundial de termo
e hidroeletricidade e, no Brasil, e equipou, entre outras, as usinas de Itaipu, Tucuruí, Serra da Mesa, Salto
Caxias, Itá e Machadinho, as termoelétricas TermoRio, TermoBahia e Piratininga, além de plantas de cogeração para Copene, VCP e Aracruz. O setor está fornecendo oito turbinas e oito geradores para a
famosa usina hidrelétrica de Três Gargantas, na China, que será a maior do mundo.
Com aproximadamente 1.600 funcionários no país, os negócios dividem-se em usinas hidrelétricas, usinas
termelétricas, equipamentos de levantamento e hidromecânicos, turbinas a gás e ciclos combinados, centrais a vapor e caldeiras, sistemas de controle ambiental, equipamentos para irrigação e
saneamento, tubos de aço e customer service. Além de ser o fornecedor de equipamentos para
usinas termelétricas e hidrelétricas com a maior fatia do mercado de toda a América Latina, a
ALSTOM também destaca-se como o centro de excelência mundial em Mini Hydro, ou seja,
Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH).
As a supplier of integrated solutions, ALSTOM offers a complete and competitive line of
systems, products and services that are based on the newest standards that take environmental
respect into account. Having supplied 20% of the world’s total energy generation installed
capacity, the company is one of the leaders in electric plants presenting turnkey operation and
it can be found in more than 70 countries, employing over 100 thousand people.
Alstom’s Energy Generation Sector has significant experience in the world market of thermoand hydroelectricity, and, in Brazil, was responsible for providing equipment for the hydroelectric plants: Itaipu, Tucuruí, Serra da Mesa, Salto Caxias, Itá, Machadinho; and for the thermal
plants: TermoRio, TermoBahia and Piratininga. It also supplied equipment for cogeneration
plants - Copene, VCP and Aracruz. The sector will provide eight turbines and eight generators
for the famous hydroelectric plant in China – Three Gorges – the largest one in the world.
With approximately 1,600 employees in the country, the businesses are divided into the
following: Hydroelectric plants, thermoelectric plants, lifting and hydro-mechanical equipment, gas and combined cycle turbines, steam plants and boilers, environmental control systems, equipment for irrigation and sewage, steel tubes and customer service.
In addition to being the largest equipment supplier for thermal and hydroelectric plants
in Latin America, ALSTOM has an outstanding position as an excellence center regarding
Small Hydropower Plants - SHPs.
Alstom no X ELPAH / Alstom at the 10th ELPAH
O futuro depende da geração de energia hidrelétrica. O
potencial hidroenergético mundial de rios e de reservatórios
soma nada menos que 15 bilhões de MWh por ano. Apenas
cerca de 20% disto foi aproveitado até agora.
A Voith Siemens Hydro Power Generation oferece desde
componentes individuais até idéias completas customizadas,
de entrega turnkey de novas plantas até a modernização das
centrais já existentes. Levando em consideração a especialidade
da empresa em geração hidrelétrica, a Voith Siemens Hydro
tem uma ampla rede mundial de atendimento ao consumidor
na qual pode-se esperar por resultados operacionais aprimorados.
Voith Siemens Hydro no X ELPAH / Voith Siemens Hydro at the
10th ELPAH
The future belongs to hydropower. The world’s hydropower
potential from rivers and reservoirs amounts to no less than 15
billion MWh per year - and only about 20 per cent of this has
been developed so far.
Voith Siemens Hydro Power Generation offers everything
from individual components to complete customized concepts,
from turnkey delivery of new plants to the modernization of
existing power stations.In keeping with Voith Siemens Hydro’s
comprehensive hydropower expertise, it has a worldwide customer service network on which it can depend for enhanced
operating results.
PROINFA
40
Em estado de repouso
Empreendedores aguardam definições do PROINFA
Fabiana Gama Viana
A chegada da energia elétrica no Brasil
foi marcada pela presença de micro e
pequenas centrais hidrelétricas. Esses
pequenos aproveitamentos foram utilizados
para atender as atividades de mineração, a
indústria têxtil e os pequenos vilarejos. No
século XX, as microcentrais e as PCHs foram
deixadas à margem do setor elétrico. Nesse
período, foram instaladas as grandes centrais
geradoras, pertencentes a concessionárias
estatais, criadas para atender a demanda
crescente.
Hoje a realidade energética é diferente.
Para implantar a livre concorrência e a
competitividade, privatizaram-se as
concessionárias de energia elétrica, através
da implantação de uma regulação e
fiscalização, em busca de transparência para
atrair o capital estrangeiro. Dentro dessa
nova realidade e devido à crise energética
de 2001, as fontes alternativas voltaram a
ter atuação de peso no setor elétrico nacional,
aguçando a cobiça de investidores e
fabricantes de equipamentos.
E o Programa de Incentivo a Fontes
Alternativas, o PROINFA, lançado em 26 de
Abril de 2002 e regulamentado em 23 de
Dezembro do mesmo ano, surgiu dentro
desse contexto. No entanto, o programa,
criado para incentivar a geração de fontes
alternativas (PCHs, energia eólica e
biomassa) por meio da contratação de 3,3
mil MW pela Eletrobrás, continua em estado
de repouso, esperando as definições do
governo. E isso tem ocasionado problemas
para os investidores em fontes alternativas,
em especial, os empreendedores em PCHs.
Incertezas
As incertezas na regulamentação do
PROINFA, a demora em estabelecer um
valor econômico, que tornaria as fontes
alternativas mais competitivas, e a forma de
utilização da Conta de Desenvolvimento
Energético (CDE) têm paralisado os projetos
de PCHs. Além disso, a atual sobra de
energia, decorrente do racionamento em
2001, e o processo de retirada de licenças
ambientais representam mais um entrave aos
empreendedores
em
pequenos
aproveitamentos hidroenergéticos.
Segundo o presidente da Associação
Brasileira dos Pequenos e Médios Produtores
de Energia Elétrica (APMPE), Ricardo
Pigatto, há 2600 MW em projetos outorgados
e 1200 MW com licença prévia e de
instalação, esperando pelas definições de
regulamentação do PROINFA (Canal
Energia, 30/05/2003). “Os empreendedores
estão realmente apreensivos”, lamenta
Pigatto.
As chamadas públicas da Eletrobrás,
que viabilizarão os contratos de compra e
venda de energia com os produtores
independentes autônomos, deverão ser
realizadas em Agosto de 2003. Além disso,
de acordo com Pigatto, pelo Decreto nº 4541
(23 de Dezembro de 2002) e pelo Decreto nº
4644 (24 de Março de 2003), o Ministério
de Minas e Energia (MME) deverá publicar
os valores econômicos de cada fonte, da
mesma forma que o manual de uso da CDE,
até 26 de Junho de 2003, caso não haja outro
Decreto.
PCHs
De acordo com a ANEEL, as fontes
renováveis de energia, representam pouco mais
de 1% no parque gerador brasileiro. O país
vive, atualmente, um período de sobreoferta
de energia, realidade que pode ser modificada
se o Brasil se alinhar em um novo ciclo de
desenvolvimento econômico.
A construção de PCHs representa uma
alternativa ao incremento da capacidade de
geração de energia no país, gerando empregos
e renda, além de proporcionar a multiplicação
de contratos de prestação de serviços por
empresas de consultoria e alavancar a indústria
de equipamentos. No Brasil, foram
identificados pela Eletrobrás 8000 MW de
potencial para a implantação de PCHs viáveis
economicamente.
PROINFA
41
Standing by
Entrepreneurs are waiting for definitions regarding PROINFA
Trad. Adriana Candal
The arrival of electric energy in Brazil
was marked by the presence of micro and small
hydropower plants. These small water
potentials were used to meet the needs of
activities of mining and textile industries and
of small villages. In the 20th Century, the microplants and the SHPs were left side of the
electric sector general context. Within this
period, large state owned generating units were
installed to meet the needs of a growing
demand.
Today, the energetic reality is different.
In order to implement free competition, the
electric energy utilities were privatized by
implementing regulation and inspection trying
to achieve a certain level of transparence to
attract foreign capital. Within this new reality
and because of the 2001’s energy crisis,
alternative sources of energy are once more
playing an important role in the national
electric sector, awakening the
lust of investors and equipment
manufacturers.
PROINFA (a program to
encourage the use of alternative
sources of energy) which was
launched on April 26th, 2002
and regulated on December 23rd
of the same year, appeared
within this scenario. However,
the program, created to
encourage the generation of
energy using alternative
sources (SHPs, wind and
biomass) through a 3.3
thousand MW contract with
Eletrobrás, is still standing by,
waiting for the government’s
definitions. This has been
causing problems for the
investors in alternative sources,
mainly SHPs entrepreneurs.
Uncertainties
The
uncertainties
regarding
PROINFA’s
regulations, the demur in
establishing an economic value
that would make alternative
sources more competitive, and
the form of utilization of the
CDE (Energy Development
Account) have prevented the
SHP projects from going forward.
Besides, the current energy surplus, a
product of the 2001’s rationing plan and
the process of obtaining environmental
licenses represent another obstacle for
the SHP entrepreneurs.
According to the president of
APMPE (Brazilian Association of Small
and Medium Producers of Electric
Energy), Ricardo Pigatto, there are
2600 MW in granted projects and 1200
MW with previous installation license
waiting for PROINFA’s regulations
definitions (Canal Energia, 05/30/ Ricardo Pigatto
2003). “The entrepreneurs are really
apprehensive,” says Pigatto.
to Decree Nº 4541 (December 23rd, 2002) and
Eletrobrás’s public calls, which will make
Decree Nº 4644 (March 24 th , 2003) the
the contracts of energy purchase and sale with
Ministry of Mines and Energy (MME) must
the independent producers viable, must be
publish the economic values of each source of
carried out in August 2003. Besides, according
energy, as well as the CDE guidelines by June
26th, 2003, in case there isn’t
another Decree, as said by
Pigatto.
SHPs
According to Aneel
(National Agency for
Electrical Energy) the
renewable sources of energy
represent little more than 1%
within the Brazilian
generating system. The
country is experiencing a
period of a surplus energy
offer, a reality that may be
changed if Brazil engages in
a new cycle of economic
development.
The construction of
SHPs
represents
an
alternative option for
increasing the country’s
energy generating capacity,
creating more jobs and
income, besides multiplying
the service contracts of
consulting companies and
stimulating the equipment
industry.
In
Brazil,
Eletrobrás has identified a
potential of 8000 MW for the
implementation
of
economically viable SHPs.
PROINFA
42
O lado dos fabricantes
The manufacturer’s side
Fabiana Gama Viana
Trad. Adriana Candal
Roberto Miranda - Alstom
The lack of definitions regarding PROINFA, together with the
difficulties that are inherent in the investments in the electric sector,
are making the manufacturers of equipment for SHPs concerned. “We’ve
make heavy investments, convinced the shareholders that the SHP center
should be in Brazil,” says Roberto Miranda, Director of Sales and
Business Development of Alstom Power. Taking all the Alstom’s plants
all over the world into account, Brasil has been transformed into an
excellence center for the production of SHP equipment in the Americas
through an investment of 10 million Euros.
The concern of the equipment manufacturers can be translated
into the fear of investing in SHPs that the entrepreneurs are showing
because of the uncertainties that surrounds PROINFA, reducing the
production in the industries. “Most of the investors need PROINFA so
that their business can succeed much more safely in relation to the
purchase and sale of energy and the credit line,” says the Coordinator
of SHP Sales of Voith Siemens Hydro, Renato Campanini. According to
him some investments in SHPs are being done by companies that already
deal with energy specifically, which are able to get their own capital to
carry out and conclude their projects. “But for the other great majority,”
he says, “PROINFA is necessary”.
As indefinições em torno do PROINFA, aliadas às dificuldades
inerentesaosinvestimentosnosetorelétrico,estãodeixandoosfabricantes
de equipamentos de PCHs preocupados. “Nós investimos pesado,
convencemos os acionistas de que o pólo de PCHs deveria ser no Brasil”,
relata o Diretor de Desenvolvimento de Negócios e Vendas da Alstom Power,
Roberto Miranda. Das fábricas da Alstom espalhadas pelo mundo, o Brasil
foi transformado em centro de excelência na produção de equipamentos de
PCHs em todas as Américas, através de um investimento de 10 milhões de
euros.
A preocupação dos fabricantes de equipamentos traduz-se no receio
de os empreendedores efetivarem investimentos em PCHs por conta das
incertezas que pairam sobre o PROINFA, o que diminui a produção nas
fábricas. “Grande parte dos investidores necessitam do PROINFA para que
os negócios sejam alavancados, com mais segurança com relação aos
contratos de compra e venda de energia e ao próprio financiamento”, afirma
o Coordenador de Vendas da Área de Marketing e Vendas de PCHs da
Voith Siemens Hydro, Renato Campanini. Segundo o Coordenador, alguns
investimentos em PCHs estão sendo feitos por empresas específicas da
área de energia que conseguem capital com aporte próprio para efetuarem
e concluírem seus projetos. “Mas para a outra grande maioria”, lamenta Renato Campanini - Voith Siemens Hydro
Campanini, “o PROINFA é necessário”.
Os pequenos produtores criticaram os parâmetros adotados pelo governo
para definir os VEs das fontes renováveis. A proposta considera uma taxa
mínima de atratividade de 14,89% ao ano, câmbio de R$3 / US$, financiamento de 70% dependendo das condições dos agentes de fomento e bancos comerciais; redução de 50% nos custos de transporte de energia para
projetos com potência até 30 MW e impostos. A expectativa é de que o
governo anuncie os VEs definitivos em meados de Agosto.
* Depende do fator de capacidade
* Depends on the gross capacity factor
The small producers criticized the parameters adopted by the government to define the Evs of the renewable sources. The proposal considers a minimal rate of attractiveness of 14.89% a year, exchange of R$3
/ US$, financing of 70% depending of the conditions of the foment
agents and commercial banks; reduction of 50% in the energy transport costs for projects with power up to 30 MW and taxes. The government is expected to announce the definite EVs in August
Auto-suficiência / Self Sufficiency
DM
E
43
Em busca de auto-suficiência
Borges de Souza
Colaboração: Engº. Flávio Azevedo (DME)
DM
E
Looking for Self Sufficiency
Trad. Adriana Candal
Colaboration: Eng. Flávio Azevedo (DME)
O século XIX terminava, em Setembro de 1898, quando todas as 155
The 19th Century was about to finish. It was September 1898 when all
lâmpadas existentes naquela época em Poços de Caldas, Sul de Minas Gerais,
the 155 light bulbs in the city of Poços de Caldas in the South of the state of
foram acesas por um gerador local, de 25 kW para iluminar as 332 casas
Minas Gerais, were lit, at that time, by a local generator. Fifty-seven years
existentes na época. Cinqüenta e sete anos depois, a tradição pioneira era
later, the tradition of being a pioneer was kept when, in 1955, the City
mantida com o surgimento, em 1955, do Departamento Municipal de
Department of Energy – DME – was created. Economically independent
Eletricidade (DME). Autarquia independente
from the City Hall, in a just few years, the DME
economicamente da prefeitura local, o DME passou
started to attend the rural and city population –
a atender em poucos anos toda a população rural e
about 53.333 consumers until May last year.
urbana do município, correspondente a 53.333
Within the interval of one century, the 155
consumidores até maio do ano passado.
light bulbs were multiplied into 16,500 street
No intervalo de um século, as 155 lâmpadas
lights and the autarchy, whose director is the
multiplicaram-se em 16.500 postes de luz pública
engineer Cícero Machado, was classified as the
municipal e a autarquia, sob direção do engenheiro
best electric energy distributor among the 64
Cícero Machado de Moraes, obteve a classificação
distributors in Brazil, after a third position in
de melhor distribuidora de energia elétrica dentre
2001. According to Aneel (National Agency for
as 64 do Brasil depois de uma terceira colocação
Electrical Energy) Consumer Satisfaction Index
em 2001. De acordo com o Índice ANEEL de
(IASC) the department had an acceptance of
Satisfação do Consumidor (IASC), o DME
77.23% in 2002, mark that goes beyond the
alcançou 77,23% de aceitação em 2002, pontuação
world average of the sector as said by the
superior inclusive à média mundial do setor,
DME’s Hydroelectric Plants Construction
conforme informou à PCH Notícias o supervisor
Supervisor, engineer Ronaldo Oliveira Garcia.
de Construção de Hidrelétricas do DME,
The Role of Small Hydropower Plants
engenheiro Ronaldo Oliveira Garcia
With such performance, the City
Papel das Pequenas Centrais
Department of Energy of Poços de Caldas is
Com tal performance, o Departamento
able to fulfill, beforehand, the Federal
Municipal de Eletricidade de Poços de Caldas
Government social programs, such as the
consegue atender por antecipação programas
Electric Energy Universalization Program (read
sociais do Governo Federal, como o de
article in this journal), once it already attends all
Universalização de Energia Elétrica (veja artigo
its potential consumers. It can also operate with
nesta revista), uma vez que já atinge todos seus
a tariff that is in average 15% lower than the
potenciais consumidores. E ainda consegue operar
other distributors. Undoubtedly, its vertical
com uma tarifa 15% em média mais baixa do que a
characteristic is a great contribution to this fact,
Vista interna Casa de Máquinas Antas II
das demais distribuidoras. Para tanto, contribui sem
with an index of 78% of its energy generated by
Powerhouse of Antas II
dúvida seu perfil verticalizado, com um índice de
SPHs – 47% in the city. This index will reach
78% de energia própria gerada por pequenas centrais hidrelétricas, sendo
98% with the construction of Machadinho hydroelectric plant (build through
47% no município. Esse índice sobe para 98% com a Usina Hidrelétrica
a partnership with the former Eletrosul and today operated by the private
Machadinho (construída em parceria com a extinta Eletrosul e hoje operada
company Tractebel).
pela empresa privada Tractebel).
Today, DME’s generation sector has four operating hydroelectric plants,
O setor de geração do DME dispõe hoje de quatro usinas hidrelétricas
in addition to Antas I plant that is being enhanced. However, the autarchy
em funcionamento, mais a Usina Antas I, em ampliação. Não obstante isto, a
keeps on investing in self-generation by means of Small Hydropower Plants.
autarquia continua investindo na geração própria via pequenas centrais. É o
It is the case of Rolador SHP, which is already finished and is being tested.
caso da PCH Rolador, concluída e em fase de testes. A usina possui uma
The plant has a capacity of 7,800 kW and it is able to attend 13 thousand
potência de 7.800 kW e é capaz de atender 13 mil residências.
households.
*2,4004% da energia desta
usina pertence ao DME
*2.4004% of this plant’s
energy belongs to DME
** Todas as usinas estão
localizadas no município de
Poços de Caldas
** All the plants are located
in the city of Poços de
Caldas

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