DE 4895 : Plano 48 : 27 : Página 26-27 - i-PME
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Segunda-feira 17 Maio 2010 Diário Económico 27 AVIAÇÃO TECNOLOGIA Ryanair multada em três milhões de euros por falta de assistência a passageiros Dona da BlackBerry vai entrar no mercado dos ‘tablets’ A Agência Italiana da Aviação Civil multou, em três milhões de euros, a companhia irlandesa Ryanair por ter violado as obrigações de assistência a passageiros em casos recentes de cancelamento de voos. A ENAC condenou a companhia por violação, em 178 casos, das obrigações de assistência aos passageiros em caso de cancelamento de voo. Os casos ocorreram na altura em que bastantes voos foram cancelados por causa da nuvem de cinzas vulcânicas procedentes da Islândia. A Resarch in Motion (RIM), fabricante do Blackberry, parece estar também interessada em entrar no mercado dos ‘tablet’. A notícia é avançada pela imprensa internacional que, citando fontes próximas da empresa, refere que o ‘tablet’ da RIM chegará ao mercado em Dezembro e terá um ecrã de 8,9 polegadas. Quanto às características é dado como certo que o ‘tablet’ terá um leitor ‘e-books’ e as ligações à Internet poderão ser feitas através de Wi-Fi e Bluetooth. Empresas em Angola recebem apoio da AEP Em breve pode vir a surgir no mercado um ‘tablet’ com a marca BlackBerry. Caren Firouz / Reuters AEP FAZ BALANÇO POSITIVO DA MISSÃO AO IRÃO Mira Amaral vai ser o presidente do conselho estratégico do projecto-piloto. Elisabete Soares [email protected] “Muitas empresas perderam dinheiro e saíram de Angola. Nós também saímos”. A confissão é de Pedro Serra, presidente das Águas de Portugal, numa conferência realizada recentemente na AEP sobre a expansão negócios em mercados como Angola e o Mercosul. Pedro Serra admitiu que a experiência diz-lhe agora que a estratégia seguida na abordagem ao mercado angolano pelas Águas de Portugal não foi a mais correcta, já que deveria ter ido em parceria com outro ‘player’ do sector. A experiência da Águas de Portugal em Angola é semelhante à de várias dezenas de outros empresários em que a estratégia de negócio falhou, na maior parte dos casos por falta de informação atempada e necessária para a definição do modelo a seguir. Para dar resposta a estas situações, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) criou um projecto de apoio à internacionalização das pequenas e médias empresas (PME). Angola será o mercado-piloto. O I-PME, concebido pelo Gabinete de Projectos Especiais da associação, pretende possibilitar a partilha de informação sobre os mercados internacionais entre empresas e associações parceiras do projecto. O objectivo “é o apoio à gestão, vigilância e a aproximação das empresas portuguesas às organizações internacionais”, esclarece José Marques da Silva, coordenador do I-PME, na sua qualidade de consultor da AEP. O desenvolvimento do projecto no mercado angolano irá desenrolar-se ao longo de 2010 e 2011. No entanto, o objectivo da AEP é que o I-PME chegue, a curto prazo, a outros mercados importantes para a economia portuguesa. A associação empresarial. “Seguir-se-à o Brasil e Moçambique, e outros mercados importantes estão também já em estudo”, avança José Marques da Silva. O projecto I-PME Angola terá um órgão de personalidades portuguesas e angolanas. Mira Amaral, presidente do banco BIC, foi a personalidade escolhida para presidir ao conselho estratégico. “O I-PME pretende envolver e contar com apoio ao mais alto nível dos governos e instituições relevantes de ambos os países, já que com vontade política é mais fácil fazer acontecer a cooperação e a internacionalização”, salienta o coordenador do projecto. O I-PME ganhou fôlego com a aprovação de uma candidatura no âmbito do QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional, no final do ano passado. “À medida que os contactos avançavam junto das empresas, de imediato se percebeu a enorme aceitação e a necessidade que a comunidade empresarial e associativa sentia de um instrumento como o I-PME”, assegura Marques da Silva. ■ Mira Amaral Presidente do banco BIC “As empresas nacionais estão agora a investir em Angola. Já estamos numa fase de exportar serviços e não só bens, como acontecia. É que o petróleo vai ser, para este país, o que os subsídios foram para Portugal”. A missão empresarial da AEP, que na última semana esteve no Irão, já teve resultados. A maioria das 15 empresas fechou negócios ou vai regressar para celebrar acordos com operadores locais. É o caso da Agrofield (produtos agrícolas), da Meireles (electrodomésticos) e da CGC Genetics (laboratório de genética). “As perspectivas neste mercado são bastante boas”, afirma José António Barros, presidente da AEP.