3. manejo sanitário de caprinos e ovinos
Transcrição
3. manejo sanitário de caprinos e ovinos
cartilhaCAPRINOS.pmd 1 Série Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar 3. MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINOS E OVINOS cartilhaCAPRINOS.pmd 2 3 cartilhaCAPRINOS.pmd 4 5 EMPARN Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte S.A. GOVERNADORA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE WILMA MARIA DE FARIA Série Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar SECRETÁRIO DA AGRICULTURA, DA PECUÁRIA E DA PESCA LAÍRE ROSADO FILHO DIRETORIA EXECUTIVA DA EMPARN DIRETOR PRESIDENTE ROBSON DE MACÊDO VIEIRA DIRETOR DE PESQUISA & DESENVOLVIMENTO MARCONE CÉSAR MENDONÇA DAS CHAGAS 3. MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINOS E OVINOS DIRETOR DE OPERAÇÕES ADM. E FINANCEIRAS AMADEU VENÂNCIO DANTAS FILHO Natal, RN 2006 cartilhaCAPRINOS.pmd 6 7 SÉRIE CIRCUITO DE TECNOLOGIAS ADAPTADAS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR 3. MANEJO SANITÁRIO DE CAPRINOS E OVINOS EXEMPLARES DESTA PUBLICAÇÃO PODEM SER ADQUIRIDOS SETOR DE DIFUSÃO E PROFISSIONALIZAÇÃO DA EMPARN AV. JAGUARARI, 2192 - LAGOA NOVA 59056-030 - NATAL-RN SUMÁRIO APRESENTAÇÃO............................................. 6 1. INTRODUÇÃO............................................... 7 2. SANIDADE...................................................... 8 AUTOR Francisco Canindé Maciel Médico Veterinário - Embrapa/EMPARN E-mail: [email protected] 3. MANEJO SANITÁRIO...................................... 11 MEDIDAS SANITÁRIAS GERAIS.................... 11 REVISÃO MARIA DE FÁTIMA PINTO BARRETO MEDIDAS SANITÁRIAS ESPECÍFICAS POR CATEGORIA ANIMAL........................... 12 EDITORAÇÃO ELETRÔNICA LUCIANA RIU UBACH PREVENÇÃO E CONTROLE DAS PRINCIPAIS DOENÇAS................................ 16 OUTRAS AFECÇÕES.................................... 28 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................... 30 Difusão de Serviços Técnicos Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN; Biblioteca Central Zila Mamede Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte. Manejo sanitário de caprinos e ovinos / EMPARN. – Natal, RN: EMPARN, 2006. 32 p. – (Circuito de tecnologias adaptadas para a agricultura familiar ; v. 3) 1. Saúde animal. 2. Doenças infecciosas e parasitárias. 3. Controle. 4. Prevenção. 5. Agricultura família. RN/UF/BCZM CDU 614.9 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.......................... 31 cartilhaCAPRINOS.pmd 8 9 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... APRESENTAÇÃO III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... INTRODUÇÃO A caprinovinocultura é uma atividade tradicionalmente empreendida pelos produtores potiguares que nos últimos anos tem experimentado franca expansão em decorrência da forte demanda por seus produtos . Apesar dessa situação favorável de mercado e do número significativo de produtores inseridos nessa atividade, diversos problemas existentes nas unidades de produção ainda se constituem em fatores limitantes para o aumento da produtividade e a oferta de produtos – carne, leite e derivados – com a qualidade e a regularidade na oferta exigidas pelos consumidores. Dentre os entraves nos sistemas produtivos, os problemas de saúde constituem-se em uma das principais causas do baixo desempenho zootécnico e econômico dos rebanhos. O objetivo desta publicação é repassar aos produtores e demais pessoas interessadas no setor, noções básicas de manejo, sanidade e prevenção de doenças. Tais informações estão disponibilizadas de maneira simples, de fácil entendimento por parte de produtores e demais pessoas que trabalham diretamente no manejo desses animais. A EMPARN, que ao longo dos seus 25 anos de atuação no estado tem se constituído em referência no setor agropecuário, apresenta mais essa contribuição no sentido de fortalecer o agronegócio de caprinos e ovinos no estado. A caprinovinocultura tem se expandido em todos os estados brasileiros. Independente do objetivo da exploração, a caprinovinocultura muito tem a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do País, e de modo particular, da região nordestina. O Rio Grande do Norte ocupa a sexta posição do Nordeste em relação ao efetivo caprino e a quinta quanto ao número de ovinos, com 434.193 e 488.028 animais, respectivamente. Entre 1996 e 2005, ocorreu uma evolução de 87,46% do efetivo caprino e 25,53% do rebanho ovino estadual, sendo as taxas de crescimento de 38,77% e 27,31% dos rebanhos destas espécies para o conjunto do Nordeste e de 38,69% e 8,72% para o Brasil, respectivamente, conforme estimativas do Instituto FNP(1). Em razão de sua importância econômica e social, de modo particular para os estados do Nordeste, a caprinovinocultura requer atenção cuidadosa para que possa desenvolver-se à altura desta importância. Entretanto, desafios de diversas ordens estão presentes e necessitam ser superados. De maneira geral, esses animais são explorados tradicionalmente em sistema de criação extensivo com reduzida adoção de tecnologias, o que tem sido responsabilizado pelos baixos índices zootécnicos, traduzidos pela reduzida velocidade de crescimento dos animais, abate tardio, baixo rendimento e carcaça que não satisfaz as exigências do mercado em termos de qualidade, além de idade avançada ao primeiro parto, longos intervalos entre partos, baixa produção leiteira na vida útil das matrizes e altas taxas de mortalidades nos rebanhos. Robson de Macêdo Vieira Diretor Presidente da EMPARN . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 8 9 cartilhaCAPRINOS.pmd 10 11 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... Diversas tecnologias nas áreas de alimentação, sanidade, reprodução e manejo já se encontram disponíveis para a melhoria da produção e da produtividade das explorações de caprinos e ovinos, sejam direcionadas para leite, carne e pele(3,8). Esta publicação coloca à disposição dos produtores e interessados na produção de caprinos e ovinos, informações básicas sobre o manejo sanitário e o controle das principais doenças que afetam estes animais, objetivando contribuir para a redução dos índices de mortalidade, melhoria dos sistemas produtivos e, consequentemente, para o desenvolvimento sustentável da caprinovinocultura norte-rio-grandense. SANIDADE A sanidade abrange uma série de atividades técnicas, conduzidas para manter as condições de saúde dos animais, as quais são influenciadas pelo meio ambiente, práticas de manejo e pelo genótipo, entre outras causas(10). A manutenção da saúde de um rebanho tem início com uma adequada educação sanitária das pessoas envolvidas e com uma correta alimentação dos animais. Assim, um rebanho bem alimentado é saudável, e resiste melhor às doenças(4). Por outro lado, uma deficiência nutricional . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 10 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... aumenta o índice de doenças e de mortalidade no rebanho. Portanto, os animais devem ser bem nutridos para permanecerem saudáveis. Desta forma entenda-se que “bem nutrido” é o animal que ingere alimentos com qualidade e em quantidade suficientes para atender suas necessidades de mantença e de produção(3). A saúde dos rebanhos caprino e ovino também recebe influência das instalações. Quando construídas de forma adequada, proporcionam conforto e proteção, facilitam o manejo e contribuem para a manter a saúde dos animais(10). O produtor e demais pessoas que lidam com caprinos ou ovinos devem estar familiarizados com o comportamento desses animais, de forma a reconhecer imediatamente qualquer desvio de suas condições normais. Esses animais quando saudáveis apresentam(3,10): − Vivacidade e altivez; − Apetite normal, selecionando e ingerindo os alimentos com avidez; − Pêlos lisos, sedosos e brilhantes; − Temperatura corporal variando de 38,5 a 40,50 C; − Fezes de consistência firme e em forma de bolotas; 11 cartilhaCAPRINOS.pmd 12 13 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... MANEJO SANITÁRIO − Urina de coloração amarelada, odor forte e em volume dentro da normalidade; − Processo de ruminação presente; − Boa condição corporal e porte compatível com a idade e a raça. O manejo sanitário busca preservar a saúde dos animais controlando ou eliminando doenças de modo a maximizar os índices produtivos e de rentabilidade do rebanho. Para concretizar estes objetivos, devem-se adotar os seguintes procedimentos(3,7,8,10,11): MEDID AS SSANIT ANIT ÁRIAS GERAIS MEDIDAS ANITÁRIAS É importante que produtores e manejadores permaneçam alertas para qualquer alteração nas características normais dos animais, uma vez que tal ocorrência poderá significar o início de alguma enfermidade. Veja alguns sinais e sintomas que podem indicar doenças(3,10): − Tristeza e isolamento do rebanho; − Diminuição, ausência ou depravação do apetite (comer terra, ossos, etc). − Pêlos arrepiados, ásperos e sem brilho ou queda dos pêlos; − Temperatura corporal acima de 40,50 C – febre: − Fezes de consistência pastosa, mole ou diarréica, com mau cheiro, com sangue ou coloração escura; − Urina de coloração escura, vermelha e com cheiro diferente; − Condição corporal de magreza, porte atrofiado. . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 12 Higiene das Instalações − Limpeza diária dos apriscos ou ovis por meio de varredura; − Limpeza dos bebedouros, mantendo-os isentos de algas ou de fezes e procedendo-se a troca periódica da água; − Limpeza diária dos comedouros; − Limpeza dos currais com recolhimento das fezes para esterqueiras ou diretamente para as áreas de pastagem; − Manter o ambiente criatório sempre limpo, sem sacos plásticos ou outros detritos. 13 cartilhaCAPRINOS.pmd 14 15 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... Quar ent ena Quarent entena Os animais adquiridos de outras fazendas ou regiões deverão ser mantidos em observação por um período de 30-60 dias, em local isolado, antes de serem incorporados ao rebanho. Essa medida visa a garantir ao criador um conhecimento do estado sanitário dos animais, ou seja, certificar-se de que os mesmos são ou não portadores de doenças. Isolamento O sistema de criação deve ter uma área afastada do centro de manejo, para o isolamento e tratamento dos animais doentes. Descarte É um procedimento utilizado para retirar do rebanho animal com doenças crônicas, portador de zoonoses ou improdutivo, mediante o abate ou sacrifício. Outras medidas de apoio − Alimentação equilibrada e água de boa qualidade − Conforto animal − Limitar presença de animais não desejáveis (gato, cão, rato, mosca, entre outros). MEDID AS SSANIT ANIT ÁRIAS ESPECÍFIC AS POR C ATEGORIA MEDIDAS ANITÁRIAS ESPECÍFICAS CA ANIMAL Cuidados com a cabra e ovelha pr enhe e ao par partto prenhe A gestação da cabra e da ovelha dura aproximadamente cinco meses, variando de 142 a 158 dias.Durante o período de prenhez, o criador deve dar atenção especial ao animal. Algumas . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 14 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... medidas devem ser adotadas para propiciar a ocorrência de partos normais e nascimento de cabritos e cordeiros vivos: − Manter as fêmeas prenhes em lotes de animais do mesmo rebanho, fornecendo alimentação de qualidade (equilibrada) e evitando a presença de animais estranhos; − Evitar pancadas durante o manejo dos animais; − Retirar os animais agressivos dos lotes para evitar os traumatismos por cabeçadas ou chifradas; − Evitar longas caminhadas e não permitir o contato das matrizes com cães, gatos e urina de ratos; − Proceder a secagem do leite das matrizes aos 45 – 60 dias antes do parto; − Separar as matrizes 6 a 8 semanas antes do parto; − Realizar a limpeza e o corte dos pelos da cauda; − Próximo à época de parição, manter as fêmeas em piquetes próximos do centro de manejo para facilitar a assistência ao parto quando necessária. (ao se aproximar o parto, a fêmea apresenta alguns sinais que o criador mais experiente pode reconhecer facilmente. Os mais evidentes são: modificação da garupa, com uma marcante depressão em cada lado da cauda, depressão nos flancos (a barriga baixa mais) e no início do trabalho de parto fica inquieta, deitando e levantando com freqüência; começa a apresentar contrações e corrimento opaco, ligeiramente amarelado.); − Após o parto, observar se a matriz expulsa a placenta; − Limpar rigorosamente as matrizes após o parto e mantê-las em ambiente calmo, seco e com disponibilidade de água e alimentação. 15 cartilhaCAPRINOS.pmd 16 17 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... Cuidados com as crias Para aumentar o índice de sobrevivência dos recémnascidos, é necessário que o criador adote algumas práticas de manejo, tais como: − Cortar o umbigo e desinfetar o coto umbilical com tintura de iodo a 10%; − Garantir a mamada do colostro, o mais cedo possível (preferencialmente nas primeiras seis horas), para estimular as defesas orgânicas das crias e evitar a mortalidade neo-natal; III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... − Vermifugar as crias três semanas após sua saída para o pasto ou ao desmame; − Ter maiores cuidados com as crias nascidas de partos múltiplos, evitando rejeição e morte por subnutrição; − Nas criações extensivas, evitar que as crias fiquem ao pé da mãe o dia todo, separando-as durante a noite em uma área apropriada no aprisco e colocando-as para mamar apenas duas vezes ao dia, pela manhã e ao final da tarde; − Fornecer alimento sólido (capim e concentrado) a partir do 8º dia de vida; − Ter uma área de pastagem cercada, reservada para os cabritos pastejarem a partir de 20 - 30 dias de vida; − Desmamar as crias aos 90 dias de idade ou quando atingirem 2,5 a 3,5 vezes o seu peso ao nascer. Cuidados com os animais de rrecr ecr ia ecria − Separar os animais por sexo para evitar prenhez indesejáveis − Manter os recém-nascidos no aprisco durante os primeiros 15 a 20 dias de vida; . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 16 Cuidados com os rrepr epr odut or es eprodut odutor ores − Estação de monta e controle reprodutivo facilitam e melhoram a adoção das práticas sanitárias; − Evitar a realização de trocas ou empréstimos de reprodutores de origem duvidosa com outros produtores; − Alimentação equilibrada, de modo particular quanto aos minerais (relação ca : p). 17 cartilhaCAPRINOS.pmd 18 19 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... PREVEN ÇÃ O E C ONTR OLE D AS PRIN CIP AIS DOEN Ç AS PREVENÇÃ ÇÃO CONTR ONTROLE DAS PRINCIP CIPAIS DOENÇ Verminose A verminose é uma doença que ataca tanto caprinos como ovinos e é uma das principais causas de mortalidade nessas duas espécies no Estado. É causada por vermes que se localizam no trato digestivo do animal, onde se fixam e sugam o sangue do mesmo.Os principais helmintos identificados parasitando caprinos no Rio Grande do Norte incluem (6); Haemonchus contortus, Strongyloides papillosus, Cooperia sp., Oesophagostomum columbianun, Oesophagostomum venulosum, Trichostrongylus colubriformis, Trichostrongylus axei, Skrjabinema ovis, Trichuris sp., e moniezia sp. Quando o animal tem grande número de vermes, fica magro, fraco, sem apetite, com o pelo arrepiado e sem brilho e em alguns casos com a “papada inchada” (edema submandibular) e diarréia. Para atenuar os prejuízos causados pela verminose, o criador deve vermifugar periodicamente o rebanho. Para os criatórios no Rio Grande do Norte, quatro vermifugações por ano (no início, meio e final do período seco e uma no meio do período chuvoso) apresentam resultados satisfatórios(7). Recomendase também vermifugações nas seguintes ocasiões e adoção de outras medidas auxiliares(3,8): − Vermifugar cabras e ovelhas um mês antes ou logo após o parto, pois fêmeas lactantes promovem maior disseminação de ovos nas pastagens; . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 18 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... − Vermifugar os cabritos e os cordeiros ao desmame; − Vermifugar as fêmeas duas a três semanas antes do início da estação de monta; − Vermifugar todo animal de compra antes de incorporá-los ao rebanho; − Evitar a superlotação das pastagens; − Trocar o vermífugo (princípio ativo) a cada ano para evitar a resistência dos vermes; − Fazer rodízio de piquetes; − Separar os animais adultos dos jovens; − Adotar a estação de monta; − Manter cochos de alimentos e bebedouros sempre limpos; − Manter os animais presos no curral, pelo menos por 12 horas, após as vermifugações. JA N FEV M A R A B R M A I JUN JUL A GO SET OUT NOV DEZ P E R Í O D O C H UV O S O P ER Í D O SEC O Figura 1: Esquema de vermifugações estratégicas para o controle da verminose caprina no semi-árido nordestino. Outro método para orientação do tratamento antihelmíntico é a observação da coloração da mucosa ocular. Quando esta se apresenta pálida deve-se proceder a vermifugação. Este método é conhecido como FAMACHA . Coccidiose ou Eimeriose É uma enfermidade comum em rebanhos que permanecem estabulados. Ataca animais de qualquer idade, 19 cartilhaCAPRINOS.pmd 20 21 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... porém é mais comum em animais jovens. Doença causada por um protozoário do gênero eimeria e tem sua ocorrência amplificada pela falta de higiene geral, contaminação de água por fezes com oocistos, concentração das crias em ambiente úmido, bem como sobrelotação nas instalações e nas pastagens por animais das diversas categorias em um único lote(3,8). Os sintomas incluem diarréia fétida, falta de apetite, desidratação, perda de peso e crescimento retardado, podendo levar à morte. Nos animais adultos, esta doença é ocasional (condições de estresse). O controle da doença é feito pelo isolamento e tratamento dos doentes com medicamentos à base de sulfa por via oral, durante dois a três dias. A prevenção se faz mantendo-se as crias separadas dos animais adultos, pois estes são portadores da doença e constituem uma fonte de infecção para os animais jovens; fazendo-se a limpeza diária dos alojamentos e bebedouros e evitando-se umidade nas instalações(8). O uso de salinomicina na dose de 1 mg / kg misturada ao leite ou ração dos 14 a 210 dias de vida de cabritos e cordeiros é recomendado como medida preventiva em sistemas intensivos de criação. Ectoparasitoses Os ectoparasitos que acometem os caprinos e os ovinos são os piolhos mastigador (Bovicola) e sugador (Linognathus), os ácaros (Psoroptes caprae e demodex caprae) causadores de sarnas e as larvas de moscas(Cocchliomya hominivorax), que causam prejuízos pelos danos na pele dos animais afetados. As medidas para o controle das pediculoses e das sarnas contemplam(3,8,10): − Separar os animais infestados; − Tratar os animais com carrapaticidas, utilizando um pulverizador costal; . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 20 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... − Repetir o tratamento 7 a 10 dias após a aplicação; − Banhar os animais recém – adquiridos antes de incorporá-los ao rebanho; − Banhar os animais pela manhã ou no final da tarde; − Fornecer água e alimentos antes do banho. A sarna auricular ocorre com maior freqüência nos caprinos do que nos ovinos. Os animais infestados apresentam milhares de ácaros no interior do ouvido e ao redor da orelha, os quais formam crostas quebradiças. O tratamento consiste na retirada das crostas com algodão embebido em álcool, água oxigenada ou álcool iodado e utilização de spray repelente para evitar a formação de miíase (bicheira). A miíase (bicheira) é causada pela larva da mosca “varejeira” (Cocchliomya hominivorax), que põe seus ovos nas feridas frescas. Depois de algumas horas, as larvas saem dos ovos e penetram nos tecidos vivos onde se alimentam e crescem por aproximadamente uma semana. Em seguida, caem no solo onde se transformam em moscas, completando assim seu ciclo de vida. Durante o período em que as larvas permanecem na ferida, vão comendo a carne do animal chegando a causar grandes estragos. O animal fica irritado, perde o apetite, emagrece e se não for tratado pode morrer. Como medida preventiva, proceder a desinfecção da pele após ocorrência de traumatismos, tais como: marcação, brincagem, castração, corte do cordão umbilical e descorna, além da higienização das instalações . Para tratar miíase já instalada, retirar todas as larvas da ferida e usar um produto repelente e cicatrizante. Ectima Contagioso É uma doença contagiosa causada por vírus, transmitida por contato direto dos animais doentes com os sadios. É também 21 cartilhaCAPRINOS.pmd 22 23 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... conhecida por boqueira e acomete principalmente animais jovens, com morbidade de até 100%. Os cabritos doentes perdem peso devido à dificuldade de se alimentar, podendo inclusive morrer. Manifesta-se sob a forma de ulcerações com formação de crostas localizadas nos lábios, gengivas, bochechas e língua, podendo afetar também a vulva e úbere das cabras devido à amamentação de cabritos contaminados. Os animais doentes devem ser isolados e tratados com glicerina iodada a 10% ou violeta de genciana a 3%, depois de retiradas as crostas das feridas(8,10). Linfadenite Caseosa Também conhecida como “mal - do- caroço”, é uma doença causada por uma bactéria (Corynebacterium pseudotuberculosis) que se localiza nos linfonodos, produzindo abscessos, que podem ser notados sob a pele na forma de caroços. Esses caroços se localizam com maior freqüência na pá, pé da orelha, queixo e no vazio, podendo ocorrer também nos testículos, úberes e órgãos internos. Para evitar que a doença ocorra em seu rebanho, o criador deve ter o cuidado de não adquirir animais doentes, proceder a inspeções freqüentes no rebanho, isolar e tratar os animais com caroço, não deixando que o mesmo estoure naturalmente, espalhando o pus pelo chão, pois esse pus é um foco de transmissão da doença para os animais sadios(3,8,10). O tratamento é feito por meio da drenagem do abscesso e desinfecção com iodo a 10% até a total cicatrização da ferida. O caroço só deve ser removido quando estiver mole e com os pelos . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 22 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... caindo. Todo o conteúdo retirado do caroço juntamente com a gaze ou outros materiais que tenham sido usados durante a operação, devem ser queimados e enterrados. Os animais submetidos a tratamento só devem ser incorporados ao rebanho quando a ferida estiver totalmente cicatrizada. Descartar os animais com recidivas(3,11). P ododer matit e N ecr ótica ododermatit matite Necr ecrótica É conhecida por frieira ou podridão dos cascos e caracterizase pela inflamação do espaço entre as unhas, com grande sensibilidade, exudação fétida, ulceração e podridão do tecido afetado, chegando muitas vezes a ocorrer perda total do casco. Ocorre devido a fatores predisponentes como traumatismos ou umidade excessiva do solo, associados à infecção bacteriana (Bacteróides nodosus, Fusobacterium necrophorum)(8). É mais freqüente no período chuvoso devido a umidade excessiva no evenção da doença é feita com corte e limpeza solo. A pr pre periódica dos cascos e uso de pedelúvio. Para o tratamento tratamento, recomenda-se colocar o animal em local seco e limpo, limpar o casco retirando toda a parte podre e tratar as lesões com tintura de iodo a 10%, sulfato de cobre a 15% ou produtos existentes no mercado indicados para tratamento de cascos. Nos casos graves, deve-se administrar antibióticos à base de penicilina ou tetraciclina por via intramuscular, durante três a quatro dias(3,10). 23 cartilhaCAPRINOS.pmd 24 25 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... Br oncopneumonia Broncopneumonia A broncopneumonia é uma doença dos pulmões e demais órgãos do sistema respiratório, sendo causada por diversos agentes microbianos, associados a ambientes úmidos e a correntes de ar frio. Acometem ovinos e caprinos de todas as faixas etárias, sendo mais freqüente em animais jovens. Os sintomas são descarga nasal, tosse, falta de apetite e febre. Ocasionalmente a morte súbita é o único sintoma. As medidas de prevenção devem contemplar: limpeza das instalações, evitar superlotação de animais, proteger cabritos e cordeiros de correntes de vento, do frio e da chuva, evitar a entrada de animais doentes no rebanho, ofertar uma alimentação adequada e tratar do umbigo das crias e o fornecimento de colostro logo após o nascimento(8). O tratamento é feito com antibióticos e pode ter bons resultados se administrado no início da doença. Mamite ou Mastite É um tipo de inflamação do úbere causada por diversas bactérias que penetram no úbere através do canal da teta. A infecção pode ser desencadeada por ferimentos nas tetas, falta de higiene na ordenha, retenção de leite e alta atividade do úbere em animais de alta produção. Animais com mamite apresentam os úberes inchados, quentes e duros. O tratamento deve ser feito com antibióticos de largo espectro aplicado dentro do úbere, tendo-se o cuidado de esgotar totalmente a parte afetada antes de aplicar o medicamento. A doença pode ser controlada se o tratamento for feito logo no início. Para evitar que a doença ocorra ou se dissemine no rebanho, o criador deve ter alguns cuidados, como: − Tratar os ferimentos existentes no úbere ou tetas; . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 24 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... − Lavar e desinfetar o úbere das cabras e mãos do ordenhador antes da ordenha; − Isolar os animais doentes e ordenhá-los por último, tendo o cuidado de evitar que caia leite na superfície da plataforma de ordenha ou no chão; − Descartar para consumo humano o leite dos animais que estão sendo tratados; − Eliminar as cabras com mastite crônica, pois elas atuam como um reservatório de infecção para o rebanho; − Proceder à secagem adequada das matrizes 45 – 60 dias antes do parto. Micoplasmose Doença causada por inúmeras espécies do gênero mycoplasma. A doença é classificada em forma de síndromes, sendo as mais destacadas a pleuropneumonia contagiosa dos caprinos e ovinos (PPCO) pelo Mycoplasma capricolum subesp. capripneumoniae e a agalaxia contagiosa dos caprinos e ovino(ACCO) por Mycoplasma agalactiae(9). A transmissão se dá através do leite e colostro, assim como as secreções das vias aéreas. Os sintomas incluem lesões articulares, mamárias, pleuropneumônicas e oculares. A prevenção e o controle da doença devem ser obtidos mediante a adoção de medidas de biosseguridade na unidade produtiva, de modo a impedir que animais livres sejam infectados. Uma vez o rebanho afetado, deve-se impedir que as crias tenham contato com suas mães ou qualquer outro caprino / ovino de idade mais velha. Alimentar as 25 cartilhaCAPRINOS.pmd 26 27 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... crias com leite de vaca ou colostro oriundo de cabra sadia. O tratamento geralmente não é eficaz(8,9) . Ceratoconjuntivite infecciosa (3,8) É uma enfermidade infecto-contagiosa que afeta as estruturas do olho, produzindo lacrimejamento, irritação da conjuntiva, ulceração e opacidade da córnea, causada por diversos microorganismos, sendo os mais freqüentes: Richettsia, Moraxella, Mycoplasma, Chlamydia e Neisseria. Prevenção: isolar os animais doentes e evitar ferimentos nos olhos dos animais. Tratamento: pomadas oftálmicas ou colírios à base de antibióticos. Artrite Encefalite Caprina a Vírus – CAEV Mais conhecida por CAE, é uma doença causada por vírus de evolução geralmente crônica com agravamento progressivo das lesões, perda de peso e debilidade até a morte, estando presente na maioria dos rebanhos caprinos leiteiros do País. Ela se manifesta clinicamente de quatro formas básicas: nervosa ou encefálica, artrítica, pulmonar e mamária(2). 10) (2,3,1 A ffor or ma encef alítica da C AE (2,3, orma encefalítica CAE − É a menos freqüente e afeta principalmente cabritos e cordeiros entre 2-6 meses de idade; − Os animais apresentam tremores de cabeça, incoordenação, andar cambaleante, fraqueza progressiva dos membros, podendo levar a paralisia, decúbito e morte. Pode ocorrer, também, pneumonia associada aos sintomas nervosos. − O curso da doença é de vários dias a várias semanas e não existe tratamento eficaz para a mesma. Os cabritos corretamente diagnosticados, devem ser sacrificados. . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 26 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... − Em animais adultos, os sintomas clínicos da forma nervosa incluem andar em círculos, cabeça caída e paralisia do nervo facial, em associação com a forma artrítica. 10) (3,1 : A ffor or ma ar trítica da C AE (3, orma artrítica CAE − É mais freqüente em animais adultos e mais importantes em caprinos que em ovinos. Apresenta grande variabilidade na progressão e severidade dos sintomas. Os primeiros sinais da doença são os aparecimentos de manqueira acompanhado por inchaço das juntas; o inchaço (artrite) é mais freqüente na articulação do joelho (membro dianteiro), mas, pode ocorrer em qualquer uma das articulações dos membros do animal; − Com o progresso da doença o animal pode apresentar dificuldade de se locomover, e perda de peso; − Não existe tratamento específico e nem cura para a CAE artrítica. Os animais acometidos podem ter uma vida aparentemente normal: − Nem todos os casos de artrite são causados pelo vírus da CAE. Por isso, quando aparecer animais com artrite no rebanho, o criador deve procurar fazer diagnóstico diferencial (cultura do fluido aspirado das juntas) 27 cartilhaCAPRINOS.pmd 28 29 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... com Clamídia e Micoplasma, pois estas bactérias também causam artrite. Deve considerar também a ocorrência de pancadas ou outros traumatismos A forma pulmonar da CAE (2) − É a forma de apresentação mais rara e de menor gravidade entre os caprinos, entretanto, é muito freqüente e grave em ovinos. Os sintomas são tosse e dificuldade respiratórias após exercícios físicos. A forma mamária (2) − As cabras afetadas por este quadro clínico apresentam mastite aguda ou crônica. A aguda, observada geralmente em animais no final da 1ª gestação, caracteriza-se pelo endurecimento do úbere com baixa ou nenhuma produção de leite. A crônica instala-se progressivamente durante a lactação, com assimetria e endurecimento da mama e produção de leite de aspecto normal. Em ambas as condições há aumento persistente dos linfonodos retromamários. Em ovelhas também se observa mastite, que pode ser importante causa de mortalidade de cordeiros. 10) (2,3,1 Pr e v enção e contr ole da C AE (2,3, Pre controle CAE − Fazer exame sorológico de todo o rebanho a cada seis meses; − Separar os animais positivos dos sadios; − Se todo o rebanho é soro positivo para CAE, deve-se procurar formar um novo rebanho livre de CAE, com os cabritos nascidos, separando-os das mães imediatamente após o nascimento; − A principal via de transmissão é o colostro e leite das cabras infectadas. Os cabritos devem ser isolados das mães imediatamente, após o nascimento e alimentados com o . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 28 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... colostro de fêmeas soro negativo, leite de vaca ou outro alimento substituto até o desmame; − Fazer exame sorológico de todos os cabritos aos seis meses de idade e repetir periodicamente até ter certeza de que estão livres de CAE. Animais soro positivos devem ser separados dos demais, imediatamente. Raiva É uma doença causada por um vírus que se aloja no sistema nervoso do animal. É transmitida principalmente pela mordida de morcegos hematófagos, podendo também ocorrer casos de transmissão pela mordida de cães ou raposas doentes. Os sintomas clínicos aparecem entre 2 e 60 dias após o animal ter sido infectado. Observa-se mudança de hábitos do animal, ansiedade, salivação abundante, dificuldade de engolir, e algumas vezes excitação e agressividade, sendo mais freqüente a forma paralítica. Após manifestação da doença, não existe tratamento para a mesma. Em regiões onde a doença ocorre, deve-se efetuar a vacinação anual do rebanho, incluindo-se todos os animais a partir de quatro meses de idade. As vacinas devem ser conservadas em gelo e protegidas dos raios solares, devendo por isso, se trabalhar na sombra. F ebr e Af t osa ebre É uma doença causada por vírus que acomete os ruminantes. O animal doente apresenta temperatura elevada e erupções na boca, na língua, na junção da pele com o casco, no espaço ente os cascos e no úbere. Para o controle de a doença seguir as recomendações do programa oficial de vacinação estadual. Os caprinos e ovinos são considerados animais sinalizadores e atualmente não é 29 cartilhaCAPRINOS.pmd 30 31 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... recomendada à vacinação desses animais no Rio Grande do Norte. Clostridiose ( Tétano, Botulismo, Carbúnculo Sintomático, Enterotoxemia)(3,5) Sob esta denominação incluem-se as infecções e toxinfecções causadas por quaisquer espécies do gênero Clostridium. O controle da doença, é feito por meio da vacinação de todo o rebanho caprino e ovino, onde existe diagnóstico de ocorrência da mesma, usando-se vacina mista. A vacinação deve ser efetuada em todos os animais. As matrizes devem ser vacinadas entre 4 a 6 semanas antes da parição para assegurar altos níveis de anticorpos no colostro. As crias devem receber a primeira dose da vacina entre 3 a 9 semanas de vida e revacinadas 4 a 6 semanas após. Revacinar todo o rebanho anualmente. OUTRAS AFECÇÕES Nas explorações de caprinos e ovinos ocorrem outras alterações que acometem os animais e que não são produzidas por bactérias, vírus ou parasitos. Entre essas, incluem-se as doenças nutricionais, metabólicas, intoxicação por plantas tóxicas e venenos, e os traumatismos(8,10). Alterações nutricionais; − Timpanismo ou meteorismo – falha no mecanismo de erutação; − Empanzinamento – excesso de alimento (concentrado) falta de água e sal . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 30 III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... − Int o xicação por cobr e ou def iciência – (ovinos) altos Into cobre deficiência níveis de Cu ou deficiência de Mo e S nos ingredientes alimentares ou baixos níveis de Cu no solo e forrageiras. inár io (urolitíase) - excessiva ingestão de P, baixa − Cálculo ur urinár inário relação Ca: P e/ou baixo consumo de forragem. aminose - A (beta caroteno) época seca. − Hipo vit Hipovit vitaminose Alterações metabólicas − Toxemia da prenhez – acomete as fêmeas no terço final da gestação, especialmente quando múltipla decorrente de desbalanço nutricional. Intoxicações − Químicas – organosfosforados, clorados. − Plantas tóxicas – períodos de escassez de forragens e adaptação dos animais a novos ambientes. − Veneno dos ofídios – picada de cobra, particularmente em sistema extensivo de criação. Aspectos administrativos / econômicos Conciliar as necessidades das unidades produtivas e as tecnologias disponíveis com as respectivas possibilidades econômicas. Organização do rebanho com uma adequada escrituração zootécnica de modo a monitorá-lo e permitir a tomada de decisão quanto à adoção de medidas mais adequadas de otimização e melhoria contínua do sistema produtivo. Assistência técnica presente para as devidas orientações e/ ou eventuais intervenções para manutenção de rumo. 31 cartilhaCAPRINOS.pmd 32 33 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Capacitação de mãode-obra e programa de produção são aspectos fundamentais nos quais os produtores devem estar envolvidos e comprometidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS As medidas profiláticas devem prevalecer sobre as curativas, pois, estas últimas, representam mais custos e menos lucros. Para que o controle sanitário e as medidas preventivas possam produzir resultados concretos e eficazes, faz-se necessário a operacionalização eficiente de toda a estrutura do sistema de produção, em conformidade com as tecnologias disponibilizadas. . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural III Circuito de Tecnologias Adaptadas para a Agricultura Familiar ......................................... 32 1. ANUALPEC Anuário da pecuária brasileira. São Paulo: Instituto FNP. Ed. Gráfica. 2005. 340 p. 2. CASTRO, R. S. Lentiviroses Caprina e Ovina. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2., SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA, 1.; 2003. João Pessoa. Anais... João Pessoa, PB. Emepa, 2003. p 133-140. 3. ELOY, A. M. X. ; ALVES, F. S. F., PINHEIRO, R. R. Orientações técnicas para produção de caprinos e ovinos em regiões tropicais ( Editores). Sobral, CE : Embrapa Caprinos, 2001. 80p. 4. GOUVEIA, A. M. G. Aspectos Sanitários da Caprino-ovinocultura no Brasil. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE, 2.; SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA, 1.; 2003. João Pessoa, PB. Anais... João Pessoa, PB. Emepa, 2003. p 115-131. 5. LOBATO. F. Clostridiose dos Pequenos Ruminantes. . In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2.; SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA, 1.; 2003. João Pessoa. Anais... João Pessoa, PB. Emepa, 2003. p 153 -164. 6. MACIEL, F. C.; AZEVEDO, C. F. de Parasitismo estacional por helmintos parasitos de caprinos na microrregião de Serra Verde no Rio Grande do Norte. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA VETERINÁRIA, 18. Balneário Camboriú. Anais... Balneário Camboriú, SC. 1982. p.144. 7. MAIA, M. da S.; MACIEL, F. C.; LIMA, G. F. da C. Criação de caprinos e ovinos: recomendações básicas de manejo. Natal: SEBRAE / RN, EMPARN, 1997. 54p. 8. MEDEIROS, L. P.; GIRÃO, R. N.; GIRÃO, E. S.; LEAL, T. M Recomendações técnicas para criação de cabras leiteiras. Teresina: Embrapa Meio-Norte, 1999. 54p. (Embrapa Meio-Norte. Circular Técnica, 25). 9. NASCIMENTO, E. R. de Micoplasmose Caprina e Ovina. In: SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE CAPRINOS E OVINOS DE CORTE. 2.; SIMPOSIO INTERNACIONAL SOBRE O AGRONEGÓCIO DA CAPRINOCULTURA LEITEIRA, 1.; 2003. João Pessoa. Anais... João Pessoa, PB. Emepa,2003. p 141- 151. 33 cartilhaCAPRINOS.pmd 34 . . . . . . . . . . . . . . .III .Circuito . . .de. Tecnologias . . . . . Adaptadas . . . . . para . . a.Agricultura . . . . .Familiar ... 10. SILVA, E. R. da,; VIEIRA, L. da S.; ALVES, F. S. F.; PINHEIRO, R. R.; COSTA, A. L. da; CAVALCANTE, A. C. R. Caprinos e ovinos: guia de saúde. Sobral : Embrapa Caprinos, 2001. 66p. 11. ZACHARIAS, F. Higiene e Sanidade do Rebanho. In: ROCHA, J. C. da Caprinos no semi - árido: técnicas e práticas de criação. 1ª Ed. 2003. p 293-320. . . . . Semeando oportunidades para o negócio rural 34
Documentos relacionados
enfermidades de caprinos e ovinos
ruminantes a apresentam com maior freqüência na forma de empedramento da glândula mamária, principalmente em ovelhas de alta produção leiteira, cujos cordeiros morrem após o nascimento, ou naquelas...
Leia maiscaprinos e ovinos informações importantes
imunidade e adquirem-na através do colostro. ♦ O corte e a profilaxia do umbigo, com iodo a 10%, são fatores preponderantes para viabilidade dos recém-nascidos. A aplicação do iodo deve ser repetid...
Leia mais