Sistemas de cereais e legumes

Transcrição

Sistemas de cereais e legumes
R4D Fact Sheet
Sistemas de cereais e legumes
África tem problemas complexos que
contaminam a agricultura e as vidas
das pessoas. Desenvolvemos soluções
agrícolas com os nossos parceiros para
enfrentar a fome e a pobreza. A nossa
premiada pesquisa para o desenvolvimento,
baseia-se no pensamento concentrado e
autorizado, ancorado nas necessidades
de desenvolvimento da África Subsariana.
Trabalhamos com parceiros em África
e mais além, para reduzir os riscos do
produtor e do consumidor, para aumentar
a qualidade e a produtividade da cultura, e
para gerar a saúde a partir da agricultura.
Na África, os cereais e os legumes tais
como o milho e o feijão nhemba são culturas
alimentares importantes. Eles fornecem fontes
baratas de energia e de proteína, e por isso
mesmo, são bons substitutos ou suplementos
das principais culturas alimentares. Eles têm
o potencial para se tornarem num alimento do
futuro. Eles também podem contribuir para a
produtividade agrícola e ajudar a satisfazer as
necessidades da população prolífica da África.
da utilização de sistemas integrados de exploração
agrícola, sementes ou variedades melhoradas,
abordagens de manejo da fitossanidade e dos recursos
naturais, novas práticas agronómicas, melhores
técnicas pós-colheita, bem como a utilização de
máquinas que diminuem a mão-de-obra. Vamos
desenvolver e disseminar variedades melhoradas,
abordagens do controle de pragas e do manejo dos
recursos naturais, e novas tecnologias de produção
para aumentar e sustentar a produtividade.
A África Subsariana (SSA), produz 95%
do consumo mundial de feijão nhemba
em 90% do total da área global de
plantação; e também é responsável por
15% da produção mundial de milho.
Trabalhamos para melhorar o sistema de pós-colheita de
forma a estimular a produção através da transformação
e da comercialização de produtos vegetais de qualidade,
e a expandir o desenvolvimento de novos produtos
que conduzem a uma maior comercialização.
No entanto, a produção de cereais (milho,
mapira, sorgo) e de legumes (soja, amendoim,
feijão nhemba) é instável. Estes sistemas de
produção nas regiões savana da SSA - mantidos
principalmente por pequenos agricultores de
subsistência - são atormentados pelo decréscimo
da produtividade, mercados subdesenvolvidos,
insuficiente capacidade de pesquisa e de
extensão, e constrangimentos políticos e
institucionais que resultam em práticas agrícolas
insustentáveis e na degradação dos solos.
Objectivo da Investigação
para o Desenvolvimento
Lideramos a investigação global sobre feijão
nhemba e soja e a investigação regional (SSA)
sobre milho. A nossa pesquisa para o programa
de desenvolvimento (Investigação para o
Desenvolvimento) visa tornar os sistemas de
cereais e legumes mais produtivos através
Resultados e produtos da Investigação
para o Desenvolvimento
Desenvolvemos variedades de feijão nhemba de alta
produtividade, que são de maturação precoce ou
média e aptas para diferentes ambientes de produção,
e resistentes a algumas pragas e doenças principais,
bem adaptadas ao solo ou ao cultivo intercalado, e
com características preferidas pelos consumidores. Já
foram disponibilizadas pelos parceiros nacionais umas
87 variedades do IITA . Em parte como resultado do
nosso trabalho, a produção mundial total aumentou
de 1,2 milhões para mais de 7,5 milhões de toneladas
por ano em cerca de 12,7 milhões de hectares.
Também produzimos variedades de soja melhoradas
de alta produtividade, de boa qualidade e resistentes
às manchas olho-de-rã, à pústula bacteriana, ao
crestamento bacteriano, e à ferrugem. Em 2005,
a produção total de soja em África aumentou em
67% após o IITA ter iniciado a investigação para a
www.iita.org
melhoria da soja, nos anos setenta. Os parceiros
na África Ocidental e Central disponibilizaram
dezassete variedades tropicais adaptadas
e elaboradas pelo IITA foram, expandindo a
produção de soja para 21 países africanos.
Apontámos aos cultivares de linhagens de soja
e de feijão nhemba resistentes à ferrugem, com
tolerância à seca e com resistência à Alectra e
Striga; e apontámos à melhoria e à manutenção da
produtividade dos legumes em ambientes marginais.
Para promover a comercialização, concebemos
várias máquinas de processamento de soja
que foram amplamente adoptadas tanto pelos
pequenos processadores como por aqueles de
média escala e desenvolvemos mais de 100 novos
produtos alimentares com bom valor nutritivo e
aceitabilidade pelo consumidor, e para o uso no
tratamento das crianças doentes e desnutridas.
Desenvolvemos germoplasma resistente à doença de
mastrevirus e metodologia de rastreio para programas
de investigação de milho nacionais, pelos quais
recebemos o prémio Rei Balduíno pela investigação.
Desenvolvemos várias variedades resistentes
ao míldio e tolerantes à Striga, que têm um
amadurecimento extra precoce, precoce, intermédio
e tardio, para diversos ecossistemas. Também
desenvolvemos opções de biocontrolo utilizando
patogénicos fungosos que ocorrem naturalmente.
Produzimos variedades resistentes à rosa e
à broca rosada e da cana-de-açúcar para as
áreas endémicas, por exemplo, na Nigéria e nos
Camarões. Concebemos também máquinas e
ferramentas simples e eficazes para diminuir o
tempo de processamento, a mão-de-obra, e as
perdas de produção; e para reforçar a capacitação
dos sistemas de investigação de milho nacionais.
Produzimos também materiais de reprodução
de milho resistente à aflatoxina, de maior
rendimento e com tolerância à seca. Com os
programas nacionais, contribuímos para melhorar
significativamente a produção de milho na África
Ocidental e Central, designadamente no Benin,
Burkina Faso, nos Camarões, Gâmbia, Gana, Mali,
Senegal e Togo, utilizando variedades melhoradas
e de maturação precoce, as quais produzem duas
vezes mais do que as variedades tradicionais.
De igual modo, desenvolvemos variedades de
milho extra precoce, que expandiram a produção
para as savanas do Sudão, suficientes para
alimentar 40 milhões de pessoas anualmente,
num equivalente a US $ 1,2 bilhão.
Em termos globais, por cada dólar investido
só na investigação de milho, há um retorno de
$ 38 sobre o investimento. Mais de 90% da
área cultivada com milho na África Ocidental
e Central é agora plantada com variedades do
IITA. Entre 1965 e 2000, os programas nacionais
disponibilizaram 186 variedades, enquanto o
sector privado disponibilizou 86. O aumento da
produção de variedades melhoradas de milho foi
de 2,6 milhões de toneladas de grãos em 1998,
providenciando 2200 kcal por pessoa por dia para
cerca de 9,3 milhões de pessoas durante um ano.
Conclusão
Através deste programa, oferecemos ferramentas,
tecnologias e soluções a milhões de agricultores
de pequena escala as quais podem ajudar a
transformar a banana e a banana-terra em colheitas
para a segurança alimentar e para o rendimento,
em ganhadoras de moeda estrangeira e em
veículos para o desenvolvimento económico.