Experiências de Educação Profissional e Tecnológica: O
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Experiências de Educação Profissional e Tecnológica: O
Jhonatan Almada Eneida Erre (Organizadores) EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: O IEMA SEMEANDO FUTUROS São Luís Engenho 2015 GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO Flávio Dino SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Bira do Pindaré SECRETÁRIO-ADJUNTO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR Jhonatan Almada SECRETÁRIO-ADJUNTO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA André Bello SECRETÁRIO-ADJUNTO DE INOVAÇÃO E CIDADANIA DIGITAL Nivaldo Muniz TRANSCRIÇÃO DAS PALESTRAS GRAVADAS Eneida Maria Erre Araújo Antônia Carvalho Garreto Pereira Farlanni Nizete Menezes Costa REVISÃO Ruben Barrera Labrada ORGANIZAÇÃO Jhonatan Almada Eneida Maria Erre Araújo Ficha Catalográfica elaborada pelo Arquivo Central da SECTI-MA, por Liliane Matos, graduada em Biblioteconomia (UFMA) e Pós-graduada em Docência no Ensino Superior (CAPEM), com dados fornecidos pelo Organizador da obra. Almada, Jhonatan Experiências de Educação Profissional e Tecnológica: o Iema semeando futuros / Jhonatan Almada, Eneida Erre (Org.). - São Luís: Engenho, 2015. 112 f. ISBN: 978-85-69805-06-9 1. Educação 2. Formação Profissional 3.Tecnologia I. Título CDU: 37.004 SUMÁRIO 6 INTRODUÇÃO Jhonatan Almada 12 APRESENTANDO O IEMA Bira do Pindaré 19 A UEMA COMO PARCEIRA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Gustavo Pereira da Costa 21 ACREDITAR NA JUVENTUDE, INVESTIR EM EDUCAÇÃO Flávio Dino 26 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E O ENSINO MÉDIO INTEGRADO, PRESSUPOSTOS E INDICATIVOS PARA UMA NOVA AGENDA Maria José Pires Barros Cardozo 1 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA BAHIA 41 Marli Sousa SENAI 47 Marco Antônio Moura da Silva SÃO PAULO 54 Almério Melquíades de Araújo PERNAMBUCO 61 Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra 2 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA CEARÁ 69 Maria Alves de Melo SEST/SENAT 78 Katiane Almeida Batista SEBRAE 81 Ricardo Luiz Alves Pereira SENAR 92 Antônio Luís B. de Figuerêdo SENAC 103 Daniela de Fátima Nogueira da Silva 108 OS PALESTRANTES 110 PROGRAMAÇÃO INTRODUÇÃO Jhonatan Almada O “Seminário de Educação Profissional e Tecnológica: o IEMA semeando futuros”, realizado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação dia 18 de junho de 2015 no Teatro João do Vale resultou na publicação deste livro. O Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA), criado pelo atual governo do Maranhão, tem por objetivo ofertar educação profissional e tecnológica de nível médio e superior em todo o estado. O diagnóstico preliminar que realizamos no início do Governo Flávio Dino apontava para a total ausência da esfera estadual na oferta de educação profissional e tecnológica, cuja demanda basicamente é atendida pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Sistema S e escolas privadas, com o incentivo do PRONATEC. Vale. Esse grande compositor e cantor brasileiro tem uma música emblemática “Minha História”. A partir de sua história de vida conta como a música o salvou de um destino de pobreza e exclusão, mas, a despeito da fama alcançada, registrava sua preocupação em relação aos seus conterrâneos que não sabiam fazer baião. Com décadas de distância, compreendemos que o IEMA representa uma resposta a essa preocupação de João do Vale, a abertura de uma janela de oportunidade. Seguindo a orientação de Paulo Freire, de que ninguém aprende nada sozinho, buscamos as experiências de educação profissional desenvolvidas em outros estados com o fito de subsidiar a construção do modelo institucional do IEMA, delineando seu escopo de atuação e pedagogia a partir daquilo que deu certo em outros lugares, atentando-se ainda para as especificidades de nossa terra. Nesse sentido, o Seminário se materializou neste livro, com as transcrições de todas as palestras. A estrutura de organização do livro abrange três partes fundamentais: a primeira explicita as falas institucionais do Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Reitor da Universidade Estadual do Maranhão e 6 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Não foi mera coincidência este evento ter sido sediado no Teatro João do do Governador do Estado, bem como, a Conferência Magna do evento; a segunda explicita as experiências de Bahia, São Paulo, Pernambuco e SENAI; a terceira e última, apresenta as experiências do Ceará, SEST/SENAT, SEBRAE, SENAR e SENAC. O Secretário de Estado, deputado estadual licenciado, Bira do Pindaré, apresentou o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) detalhando o planejamento da construção de 23 unidades, o investimento estimado, a educação integral como modelo a ser adotado, e a complementaridade dos programas PROETEC, Mais Estágio Jovem e Cidadão do Mundo ao projeto de implantação do IEMA. O Reitor da UEMA, professor Gustavo Pereira da Costa, ressaltou a importância da criação do Instituto e colocou a experiência da Universidade a serviço desse projeto, ressaltando que a qualidade da educação básica terá reflexo na melhoria da educação superior e na produção científica e tecnológica do estado. O Governador do Estado, Flávio Dino, destacou sua forte crença na educação como caminho para a juventude maranhense, caminho para a emancipação 7 investimentos realizados pelo Governo na valorização dos professores (aumento e progressões), na construção de escolas de alvenaria em substituição às escolas de taipa, na construção de campi universitários e, por fim, na implantação do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA). A professora Maria José Pires Barros Cardozo na sua Conferência fez um histórico das políticas e programas implementadas no âmbito da educação profissional e tecnológica, de meados dos 1930 à atualidade. Destaca a necessidade de superarmos a dualidade entre trabalho intelectual e trabalho manual, bem como, a importância da educação profissional integrada ao ensino médio. Ressalta a relevância do estágio para que a formação profissional seja completa e inserida de fato no mundo do trabalho. Por último, aborda as metas do Plano Nacional de Educação e do Plano Estadual de Educação como agendas a serem cumpridas pelos governos. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS cidadã e a libertação da violência e das drogas. Nesse sentido, ressaltou as medidas e Marli Sousa apresentou a experiência da Bahia com a expansão significativa da educação profissional e o trabalho de inclusão e empoderamento resultante dessa expansão. A rede da Bahia se tornou a 2ª maior do Brasil. Os centros de educação profissional inseridos em áreas de vulnerabilidade social são apropriados pelas comunidades e criam novas dinâmicas culturais e econômicas para o processo de desenvolvimento local. O conceito de território de identidade é trabalhado na definição das escolas profissionalizantes. Apresentando a experiência do SENAI Marco Moura destaca que a rede possui 70 mil alunos e além de educação profissional e tecnológica tem iniciativas nas áreas de inovação e tecnologia. O SENAI oferta também qualificação profissional e educação na modalidade à distância. Os estudantes do SENAI tem se destacado em inúmeras competições nacionais e internacionais como a World Skills, Olímpiadas do Conhecimento e Indústria de Talentos. Por fim, Marco Moura destaca o projeto do Instituto SENAI de Tecnologia que será voltado para a construção civil e implantado em São Luís. Almério Melquíades apresentou o Centro Paula Souza (São Paulo), uma 8 formação profissional de nível superior (tecnólogos) inicialmente no âmbito das necessidades industriais e se expandindo para atender as diferentes complexidades dos sistemas de produção, a exemplo da área cultural e turística. A construção dos currículos dos cursos é um processo que envolve forte planejamento educacional com equipes pedagógicas, professores, especialistas na área e diálogo com os demandantes. Além disso, citou a articulação com a Secretaria de Estado da Educação para ocupar o turno noturno das escolas estaduais, a maioria ociosa, com a oferta de cursos técnicos. Paulo Dutra apresentou a experiência de Pernambuco enfatizando que a educação profissional articulada à educação integral tem impactado o desempenho do sistema de ensino pernambucano. Observa-se o crescimento e melhoria nos indicadores como IDEB e IDEPE. A expansão da oferta de educação profissional e tecnológica foi combinada com o desenvolvimento de programas complementares que tiveram por objetivo tornar a escola mais atrativa para a juventude. Entre eles, o EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS das mais antigas redes de educação profissional. O Paula Souza começou com a programa Ganhe o Mundo de intercâmbio internacional para os alunos do 2º ano do ensino médio. Apresentando a experiência do Ceará, Maria Alves de Melo, explicita o processo de expansão da rede de educação profissional e tecnológica a partir da adesão ao Programa Brasil Profissionalizado do Governo Federal. Começaram com 25 escolas profissionalizantes e 4 cursos técnicos em 2008, alcançando 106 escolas e 53 cursos técnicos em 2014. A contratação de professores combina concurso e seletivo. A educação integral envolve a base comum nacional e conteúdos ligados a projeto de vida, mundo do trabalho, empreendedorismo e projeto interdisciplinar. O estágio possui carga horária superior à recomendada pelo Conselho Estadual de Educação e os alunos recebem uma bolsa, auxílio transporte, descanso remunerado e seguro. Atualmente, a Secretaria de Educação do Ceará desenvolve um trabalho de acompanhamento dos egressos em parceria com o Banco Mundial, o dado disponibilizado aponta 20,45% de ex-alunos inseridos no mercado de trabalho. Katiane Almeida apresentou a experiência do SEST/SENAT com a promoção de cursos de formação e qualificação profissional e técnicos de nível médio para o 9 produtos perigosos, direção preventiva e o de operador de empilhadeira. Os cursos à distância possuem 46 mil matrículas e os cursos presenciais 636 mil matrículas. A experiência do Sebrae foi apresentada por Ricardo Pereira. A partir do exemplo do Vale do Silício (Estados Unidos) e de instituições de ensino que estimulam a criatividade e a inovação propuseram a Escola de Formação Gerencial do Sebrae-MG. A escola combina educação profissional, empreendedorismo e inovação nos seus cursos técnicos de nível médio. Inúmeros ex-alunos foram premiados, inseriram-se no mercado de trabalho ou abriram empresas com sucesso na área de aplicativos e tecnologias sociais. O curso técnico compreende além dos conteúdos comuns, projetos estruturantes chamados Tutoria, Empresa Simulada, Vitrine e Estágio. O cerne não é formar para abrir empresa, mas formar cidadãos empreendedores. Antônio Figuerêdo apresentou a experiência do SENAR, ressaltando a especificidade do trabalho de formação do homem do campo. Não basta ofertar a EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS setor de transportes, destacando-se transporte coletivo de passageiros, transporte de formação profissional. Se não houver continuidade com assistência técnica e gerencial, a tendência é que o trabalho realizado se perca. As ações de formação profissional rural têm como objetivo desenvolver as atividades rurais com mais perspicácia, qualidade e rentabilidade para os produtores. Entre as iniciativas exitosas destaca os casos do povoado de Itereré (Apicum-Açu) com a produção de polpa de frutas e do povoado Tanque (Buritirana) com a criação de peixes e produção de leite. Daniela Silva apresentou a experiência do SENAC. O rol de oferta de educação profissional e tecnológica abrange cursos de aperfeiçoamento, cursos técnicos, graduação e pós-graduação, esses dois últimos exclusivamente na modalidade à distância. Entre os programas ofertados de forma totalmente gratuita para as comunidades está o programa social “SENAC faz a sua parte”, com relatos positivos de ex-alunos que montaram seu negócio e passaram a ganhar o próprio dinheiro. Ela destaca um problema relacionado à qualidade do ensino público da educação básica, pois a maioria dos alunos do SENAC, oriundos da rede pública, traz algumas lacunas em relação a português e matemática. Realizam-se oficinas 10 Em síntese, observamos que as principais lições apreendidas a partir dessas experiências são: 1. A oferta de educação profissional e tecnológica deve estar alinhada aos arranjos produtivos locais, entretanto, não pode se limitar aos mesmos. É necessário ofertar cursos que despertem novas vocações econômicas e gerem novos setores produtivos; 2. A integração entre o curso e o estágio para inserção no mundo do trabalho devem ser bem resolvidas e articuladas às empresas. A realização de um bom estágio, com as condições de permanência e o devido acompanhamento, contribui para que o ciclo formativo do curso se complete com maior qualidade; 3. A construção dos currículos dos cursos deve envolver criterioso processo de planejamento, articulado tanto interna (pedagogos, professores e gestores) quanto externamente (economia, regulamentações e empresas); EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS pedagógicas com esses conteúdos para reduzir essas lacunas. 4. A educação profissional integrada ao ensino médio, ofertada em tempo integral, contribui para a melhoria do desempenho das escolas e do aprendizado de seus estudantes; 5. Não basta trabalhar a base comum nacional e a parte específica dos cursos técnicos e tecnológicos. A incorporação de novas mediações e projetos interdisciplinares que propiciem conteúdos e práticas ligadas ao engajamento comunitário, inovação, empreendedorismo e tecnologias é um caminho para que esses cursos tenham diferencial socialmente relevante e formem cidadãos mais transformadores; 6. É desejável a realização de programas complementares à oferta de educação profissional e tecnológica, tais como, programas de iniciação científica júnior, intercâmbio internacional e bolsa-estágio, bem como, estímulo permanente à participação em olimpíadas do conhecimento, feiras e competições nacionais e internacionais; 7. O desenvolvimento de ferramentas para acompanhamento dos egressos é necessário para medir a efetividade dos cursos oferecidos, a 11 demandas sociais e econômicas. O Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) está em processo de implantação e, sem dúvidas, caminhará aproveitando as boas práticas e experiências exitosas, observando trilhas já percorridas, mas, enquanto intrínseca necessidade deverá caminhar abrindo suas próprias sendas e veredas, com seus erros e acertos. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS empregabilidade alcançada pelos ex-alunos e seu alinhamento às APRESENTANDO O IEMA Bira do Pindaré Bom dia, bom dia a todos. Depois dessa cantoria de Rosa Reis, eu confesso que eu queria continuar cantando, mas já que o debate aqui tem que ser em outro ritmo, então vamos apresentar essa instituição, mas antes disso quero cumprimentar a presença do Governador Flávio Dino, pessoa que lidera, que é o grande responsável por essa grande obra que está sendo realizada no Estado do Maranhão, esse grande projeto de mudança que todos nós nos orgulhamos em fazer parte. Quero cumprimentar também os colegas de governo na pessoa do Secretário de Estado Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, cumprimentar os prefeitos que estão aqui, os vereadores, cumprimentar os integrantes das universidades na pessoa do professor Gustavo que é o Magnífico Reitor da Universidade Estadual do Maranhão. Toda a nossa equipe da Secretaria e do IEMA, todos os militantes do movimento social, do movimento cultural, sindical, os Então, sintam-se todos à vontade, sejam bem-vindos. Também quero cumprimentar os visitantes que aceitaram nosso convite, os representantes de diversos estados, do Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas e São Paulo que vão ter a oportunidade de se apresentar, fazer essa troca de experiência e por isso esse caráter de seminário nacional, pois nós não temos a pretensão de saber tudo, muito pelo contrário, queremos aprender com eles porque nessa matéria infelizmente o Maranhão está extremamente atrasado, e por esta razão nós estamos nos espelhando nas experiências exitosas no Brasil, para escolher o melhor caminho. Eu quero apresentar para vocês o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, o IEMA. É a grande ferramenta criada pelo Governador Flávio Dino para que possamos ter um braço firme e atuante na educação profissional e tecnológica. Nos inspiramos no IFMA, que são os institutos federais, e EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS estudantes da Unidade Champagnat que estão aqui abrilhantando a nossa galeria. 12 resolvemos criar o nosso Instituto. A lei já foi aprovada na Assembleia. Agradeço aos parlamentares estaduais, estou vendo aqui o Macedo que já esteve aqui nos cumprimentando, pela aprovação da Lei. O Instituto já é uma realidade e vamos apresentá-lo agora, por gentileza! Nós partimos de uma realidade, a nossa realidade do Maranhão é muito difícil. Nós temos toda a oferta de educação profissional do Governo Federal que é feita pelo IFMA, temos a menor renda per capita do país, temos uma escassez de trabalhadores qualificados e temos uma juventude com baixa qualificação e baixa perspectiva de vida. Com base nisso, nós resolvemos criar esse Instituto e temos uma meta de 23 unidades do IEMA em todo o Maranhão até 2018. Dentre elas, pelo menos 5 (cinco) nós queremos que comecem a funcionar em fevereiro de 2016 já no próximo ano. Entre elas o Marista, o antigo Marista, que aqui tem vários estudantes participando. Será uma das unidades, e vai ser certamente uma unidade de referência, e o investimento que nós queremos fazer é da ordem de 240 milhões de 13 investimentos que serão feitos no custeio e na manutenção desses equipamentos, que somando tudo vai superar a marca dos 600 milhões de reais nos próximos 4 (quatro) anos. Portanto, é um grande investimento como nunca se fez antes na história do Maranhão em matéria de Educação Profissional e Tecnológica. Os cursos serão planejados com base em estudos técnicos e também consultas públicas. Desde já agradeço aqui o Felipe de Holanda, que já se colocou à disposição com o IMESC para nos ajudar na fundamentação desses estudos, mas nós teremos momentos em cada município e em cada região para debater também a oferta desses cursos. A ideia nossa é que eles estejam bem ligados e associados aos arranjos produtivos e ao modelo de desenvolvimento do Estado para que nós possamos ter o máximo de proveito em relação à formação desses jovens que terão a oportunidade de estudar nessas unidades. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS reais apenas nas obras e nas adaptações. Além disso, nós temos todo um conjunto de Será adotado o modelo de educação integrada e em tempo integral, o menino vai chegar as sete e vai ficar até o final da tarde. Vai ter refeitório, vai ter esporte e cultura, portanto é um modelo também já bastante atual em relação ao que a população espera de todos os governos no Brasil. As modalidades dos cursos serão FIC, técnicos e também de tecnólogo. Nós temos todas as opções. O IEMA está preparado para oferecer todas as modalidades de cursos no âmbito da educação profissional e tecnológica. A rede do IEMA nós estamos estruturando da seguinte maneira: unidades plenas, que são essas unidades anunciadas. 23 que serão completas, teremos também unidades vocacionais que serão CVT'S, prática já existente em muitos lugares no Brasil. Aqui infelizmente só temos um CVT. Vou mostrar para vocês daqui a pouco e vamos também usar a plataforma EAD, do ensino a distância, que hoje, com as ferramentas disponíveis, nós não podemos abrir mão. Bacabeira; Balsas; Carutapera; Chapadinha; Coelho Neto; Colinas; Coroatá; Cururupu; Dom Pedro; Estreito; Imperatriz; Matões; Paço do Lumiar; 14 São Luís; São Mateus; São Vicente Ferrer; Tutóia e Vitória do Mearim. Esses são os municípios escolhidos nessa primeira etapa. Já me perguntaram: serão apenas esses? Claro que não. Nosso objetivo é ampliar, mas o governo trabalha com limites orçamentários e precisava fazer um planejamento mínimo até 2018 e dentro do nosso planejamento o que nós conseguimos foi essa relação de municípios que foram escolhidos com base em critérios e o principal deles é a demanda, são os municípios médios. Alguns outros entraram por outras razões como, por exemplo, Bacabeira, que a prefeitura nos ofereceu uma escola completa, pronta, que foi feita em parceria com a Petrobras, em razão daquela refinaria. Infelizmente a refinaria não veio, mas a escola ficou, está desocupada, é um prédio novo e a prefeitura disse que não tinha como assumir sozinha essa tarefa. Nos procurou e colocou à disposição. Por esta razão, incluímos Bacabeira que é município de menor porte, mas que será contemplado por esta razão, alguns outros como Ribamar, por exemplo, e EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Pindaré-Mirim; Presidente Dutra; Santa Helena; Santa Luzia; São José de Ribamar; Pindaré, são municípios que têm obras inauguradas recentemente e ainda sequer foram utilizadas. Os centros tecnológicos, nós vamos adaptar esses centros, para que funcionem como unidade plena do IEMA e assim por diante, mas todas as regiões, vocês podem observar, foram devidamente contempladas de norte a sul, de leste a oeste. Todas as regiões do Estado foram contempladas nessa primeira implantação do IEMA. O Marista conhecido de todos nós, escola que, aliás, o Governador teve a satisfação de estudar o seu ensino médio. Nós pretendemos fazer ali um modelo de referência e já inaugurar em fevereiro de 2016. Atualmente funciona lá com estudantes, pois nós encontramos esse ciclo iniciado já na gestão passada e nós resolvemos manter a conclusão desse ciclo dos estudantes que estão lá, mas a partir do ano que vem vão entrar novos estudantes, já no novo modelo de desenvolvimento institucional e pedagógico do IEMA. O modelo arquitetônico que nós escolhemos é o do MEC, padrão MEC. Esse tipo de escola nós visitamos lá no Ceará. Tem mais de 100 dessas no Ceará e no 15 com salas climatizadas, refeitório, com auditório, com quadra coberta, com estacionamento, etc.; portanto, é uma escola que não vai deixar a desejar para nenhuma escola particular do Estado do Maranhão. Vai ter um padrão elevado. Eu tenho certeza que qualquer jovem, menino ou menina vai fazer questão e vai desejar estudar numa escola como esta. O modelo do CVT, modelo arquitetônico foi oferecido pelo nosso amigo Ariosto Holanda do Ceará que é idealizador dos CVT's no Brasil. No Ceará também tem muitos CVT's como este e são pequenas unidades associadas aos arranjos produtivos, portanto, há uma determinada vocação, por isso nós escolhemos esse modelo. Como unidade vocacional nós temos uma, que é o Estaleiro Escola, o único CVT existente no Maranhão e trabalha com fabricação naval, sobretudo embarcações tradicionais. Essas velas bonitas que olhamos aqui na Baía de São Marcos e na Baía EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Maranhão não tem nenhuma. Eles têm mais de 100 e aí é um equipamento completo São José só existem no Maranhão. E esta escola hoje é a única que ensina a produzir esse tipo de embarcação, portanto é um exemplo. O Estaleiro-Escola foi inaugurado ainda no tempo do governador Zé Reinaldo e até hoje funciona. Nós queremos exatamente nos inspirar nesse modelo de CVT para que nós possamos atender outras áreas, outras vocações de desenvolvimento do nosso Estado. Na Rua Portugal, aqui pertinho, por exemplo, nós estamos com a ideia, já conversei com o governador, de transformar o centro tecnológico da Rua Portugal. Se você for hoje lá você vai encontrar laboratório de biologia, de química, de física, completamente abandonados. Nós optamos em ter a unidade plena do IEMA no Marista que estará totalmente equipada com todos os laboratórios necessários. Não vamos precisar mais dos laboratórios na Rua Portugal nem de química, nem de física, nem de biologia, vamos colocar a ideia de fazer o CVT da Cultura Popular para os nossos brincantes, os mestres de ofícios, as pessoas que trabalham no entorno da cultura popular, não são poucas, são muitas, é uma vocação nossa. para que aprimorem seus conhecimentos, possam passar esse conhecimento adiante. Por isso a ideia de CVT de Cultura Popular. Ainda está no campo da ideia, mas em breve vai ser um projeto e vai ser uma realidade com fé em Deus. E aqui alguns outros programas que eu queria rapidamente fazer referência, porque eles se conjugam, eles se somam com a ideia do IEMA. O PROETEC. Nós sabemos que o governo brasileiro tem um programa nacional de acesso ao ensino técnico que é o PRONATEC, nós estamos discutindo aqui a implantação do PROETEC para fortalecer também a nossa relação com as outras instituições que oferecem cursos técnicos. No estado do Maranhão, temos o sistema “S”, temos o IFMA, a UEMA tem experiência nessa área, tem OCIPS que também atuam nessas áreas. Nós não podemos abdicar da capacidade instalada que essas instituições têm e ignorar todo potencial que elas podem contribuir para o EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Com a cultura eles vão poder realizar cursos das mais diversas ordens 16 desenvolvimento do Estado, por isso o PROETEC, para fortalecer também a relação com essas outras instituições. O Programa Mais Estágio Jovem. No Maranhão tinha um negócio chamado estágio primeiro emprego, que não era nem estágio e nem primeiro emprego. Então nós estamos reformulando o programa, adaptando à lei de estágio do Brasil, criando então a ideia do projeto mais estágio jovem para realmente fortalecer, com a intervenção do governo, ajudando na formação dos jovens que fazem cursos técnicos e também cursos superiores. E, finalmente, o programa Cidadão do Mundo. É um programa de intercâmbio linguístico que vai possibilitar que jovens estudantes de escolas públicas também façam seu intercâmbio de idiomas em outros países. Hoje, o filho da classe média consegue fazer isso pelas agências, faz o pacote, contrata e manda os jovens para o exterior. Nós estamos criando a possibilidade para que o estudante de escola pública também possa fazer um intercâmbio linguístico. É para isso o programa Cidadão do Mundo, que foi inspirado no modelo pernambucano “Ganhe o Mundo”. 17 a nossa realidade. Portanto, essa é a nossa apresentação do Instituto de Educação de Ciência e Tecnologia. Está apenas começando, já é uma lei, já existe uma equipe a frente de pró-reitores, que eu pediria até que se levantassem Professora Socorro, Professor Dario, Professor Emanuel por gentileza. Esses três jovens são os nossos pró-reitores com quem eu divido essa grande responsabilidade. Por enquanto, eu estou acumulando a Reitoria do IEMA de forma pró tempore, mas pela lei daqui a 3 anos, o IEMA vai eleger o seu próprio reitor, então isso já está aprovado. Em breve vai ter uma regulamentação e a exemplo das escolas de ensino médio, o IEMA também vai possibilitar que cada unidade dessas eleja o seu diretor. Nós vamos ter também um modelo democrático de desenvolvimento institucional dessas unidades e do Instituto como um todo. Quero também cumprimentar os meus amigos secretários adjuntos, que eu pediria rapidamente que EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Lá eles têm uma experiência interessante, mas aqui nós fizemos algumas adaptações se levantassem o Jhonatan, o nosso amigo André Bello, Nivaldo Muniz, esses três homens aqui nos ajudam a frente da Secretaria. Era isso. Muito obrigado, um bom trabalho a todos nós, um grande seminário, obrigado! 18 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A UEMA COMO PARCEIRA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Gustavo Pereira da Costa Bom dia a todos! Quero cumprimentar sua excelência o Governador do Estado do Maranhão, Doutor Flávio Dino, saudar também o secretário de estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Deputado Bira do Pindaré e com a licença dos demais membros da comissão diretora e em nome deles saudá-los e saudar todas as autoridades aqui presentes, convidados e estudantes. Há momentos que têm significado marcante na história das instituições, e o dia de hoje é um deles, um seminário que se propõe a discutir a educação profissional tecnológica para o nosso estado e mais do que discutir, fincar as raízes para que venha a ser um novo momento neste segmento educacional. Temos falado muito que o atraso no ensino profissional e tecnológico no Maranhão é muito grande, eu corroboro e vou além, no Brasil é muito grande! 19 vai completar agora 100 anos de existência, que é muito pouco para um país como o nosso, de dimensões continentais. Todas as nações desenvolvidas têm um forte programa de educação profissional e tecnológica que sustenta o ensino superior, subsidiando alunos com excelente formação e ao mesmo tempo abastecendo o ensino básico que dá as raízes fundantes ao conhecimento científico e tecnológico. Portanto, o significado maior deste momento é darmos materialidade, darmos concretude à decisão política e visionária do Governador Flávio Dino ao criar o IEMA, que venha a se somar com a UEMA e com todas as demais entidades estaduais, municipais, federais, organizações não governamentais, neste esforço que precisa ser coletivo, que necessita ser compartilhado, que precisa ser convergente que é fazermos mais e muito melhor pela educação no Maranhão. Educação em todos os níveis, não se pode tratar nada fragmentadamente e nesse mister eu quero perante o governador e ao secretário Bira do Pindaré com EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Para se ter uma ideia, a Rede Federal de ensino profissional e tecnológico quem temos dialogado permanentemente, dizer que a Universidade Estadual do Maranhão se consorcia neste programa auspicioso, audacioso, mas extremamente promissor de consolidação da educação profissional e tecnológica do nosso Estado. Portanto Secretário Bira, Senhor Governador, a Universidade Estadual do Maranhão está à disposição com sua expertise, com seu know how, com sua trajetória e com seus profissionais para servir como incubadora desses passos iniciais do IEMA. Tenho certeza que todos nós que habitamos esse estado e, sobretudo esta juventude que muito depende das decisões dos homens públicos, que serão os maiores beneficiados, a curtíssimo prazo, de momentos de decisão como esse, que nós todos aqui estamos para ajudar a construir o IEMA, fazer parte do sistema orgulhosamente, apostar e acreditar que este é o caminho que vai transformar o Maranhão, obrigado pela oportunidade! 20 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS ACREDITAR NA JUVENTUDE, INVESTIR EM EDUCAÇÃO Flávio Dino Dignas autoridades Senhoras e Senhores, cumprimentos especiais aos meus colegas professores, professoras e com os companheiros, companheiras e estudantes que aqui estão. Nós ontem assistimos na Câmara dos Deputados, ter sido parcialmente aprovada a proposta de redução da maioridade penal, um tema da maior gravidade e da maior importância para a nação, porque embute em primeiro lugar um preconceito contra a juventude, e em segundo lugar uma visão equivocada sobre segurança pública, em terceiro lugar consagra o chamado direito penal do terror, por que se pretende que o encarceramento vá salvar a segurança pública. Esse argumento em defesa da proposta que cada vez mais cedo jovens são recrutados por quadrilhas e bandos e é verdade infelizmente. Se diz que jovens de 16 21 profissionais e por isso a saída seria puni-los. Quem conhece a dinâmica do crime no mundo, eu fui juiz por 12 anos, e a conhece no Brasil, sabe que a consequência imediata, se aprovado esse imenso equívoco, será que as mesmas quadrilhas, as mesmas organizações criminosas, vão passar a recrutar jovens de 15 anos, de 14 anos, de 13 anos, e como humanista, socialista, cristão e pai, me perguntam se a saída para os problemas da humanidade é encarcerar crianças, é encarcerar adolescentes? Eu manifesto aqui a minha palavra sobre tema tão grave, porque tem direta articulação com o que nós estamos fazendo aqui agora, porque nós estamos exatamente apontando o caminho real, verdadeiro, que não é demagógico e que tem acima de tudo a coragem de enfrentar incompreensões, porque vocês que estão aqui, jovens que serão beneficiários desses atos daqui a alguns anos e o nosso Estado só vai sentir os efeitos dos investimentos em educação daqui a uma década, quando talvez ninguém mais lembre do meu governo, mas isso pouco importa porque eu não estou EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS e 17 anos têm sido recrutados por quadrilhas de traficantes, de assassinos no governo para disputar lugar na história, eu estou no governo para fazer o bem, fazer as coisas certas e fazer justiça, por isso que nós estamos fazendo o maior investimento na história da educação do Maranhão, investimentos que vão desde a educação infantil onde tudo começa. Está aqui o meu professor Roberto Mauro Gurgel, por isso que nós estamos lutando para que nosso estado não tenha mais escolas de taipa, de barro, de palha, por que lá se agrupam os meninos e meninas, de 1º ano, 2º ano, 3º ano, 4º ano, colocam um professor na frente, nas chamadas salas multisseriadas, e diz vai lá, ensina lá os meninos. Quando o município é bem dirigido recebe merenda escolar, às vezes nem isso. Infelizmente chegam aos 11 anos analfabetos, depois pega esse menino se empurra mais alguns anos, com muita sorte, ele chega ao ensino médio e chega aos 15 anos analfabeto e é claro que ele vai abandonar a escola, é óbvio que ele vai para os índices de repetência e é por isso que somente um de cada 5 jovens de 19 anos, no Maranhão, concluíram o ensino médio. Tudo começa na educação infantil e no ensino fundamental que não são 22 112 escolas de educação infantil e ensino fundamental e dar de graça para as prefeituras que necessitem, que pedirem e que se adequarem aos nossos parâmetros, porque não é o prédio apenas. O prédio eu faço, é o primeiro passo imprescindível, mas é apenas um dos passos. Por isso que além de fazer um prédio, nós vamos fazer um programa de formação para esse professor, durante dois anos, com a despesa paga pelo Governo do Estado. O governo do estado pagando, mas, nós precisamos do compromisso do município de que os professores vão participar do programa de formação. No que se refere ao ensino médio, em primeiro lugar nós estamos cuidando de reformar as escolas de ensino médio, reformas físicas, em segundo lugar, valorizamos concretamente, objetivamente os professores de ensino médio, tanto que esse ano não se falou em greve, porque o nosso estado foi o primeiro do Brasil que anunciou o aumento dos professores ainda nos primeiros dias de Janeiro. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS atribuição do Governo do Estado, mas neste ano e no próximo, nós vamos construir Enquanto os outros Estados atravessaram longas greves a exemplo do Paraná e de São Paulo e além de aumentar o salário dos professores nós fizemos 12 mil progressões e promoções de professores, alguns esperando há 5 anos, alguns esperando há 8 anos, há 10 anos e nós fizemos em 4 meses, exatamente para que os professores e professoras se sintam respeitados, ainda que eu saiba que há muito que fazer, sempre há, felizmente! Em terceiro lugar gostaria de finalmente apontar aquilo que se refere à educação profissional e ao ensino superior. No que se refere ao ensino superior, o professor Gustavo tem sido incansável na apresentação das reivindicações da universidade do povo do Maranhão que é a UEMA. A minha universidade da qual eu tenho imensa alegria de ser professor há 21 anos, é a Universidade Federal do Maranhão, porém, como Governador, coloco em primeiro plano sempre a universidade da população maranhense, da sociedade maranhense, por isso que pela primeira vez faço questão de mais uma vez sublinhar, pela primeira vez na história a Fundação de Amparo à Pesquisa desse estado é dirigida por um professor da exatamente para apontar a prioridade que nós damos a universidade que construímos juntos. Nós estamos com o programa de obras na Universidade Estadual do Maranhão abrangendo algumas intervenções em São Luís, vamos fazer uma estrutura totalmente nova na cidade de Imperatriz, já anunciada, concretizada com terreno e licitação em curso e dinheiro garantido. E vamos anunciar em breve o investimento similar na cidade de São Bento. Em terceiro lugar, como disse, além do ensino superior, este evento de hoje, a educação profissional, a educação em tempo integral. A educação profissional surgiu e se fixou na minha cabeça como uma ideia, durante a campanha eleitoral, quando uma jovem de 19 anos moradora da Cidade Olímpica, numa das reuniões de campanha chorou! Mas chorou muito! Convulsivamente de modo emocionante e ela só dizia uma coisa: “A minha vida acabou!” Isso. Uma jovem de 19 anos dizer que 23 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Universidade Estadual do Maranhão e não da minha Universidade Federal, sua vida acabou e eu fui conversar com ela, claro, até porque eu tenho um filho quase da mesma idade. Minha amiga a vida não acaba aos 19, costuma começar e olhe lá. “Mas eu não consegui entrar no IFMA e meus pais nunca me perdoaram por isso”. Claro que eu conversei com ela e fixei uma ideia, não tem vaga no IFMA, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia para todos os jovens, infelizmente! Vamos fazer a rede estadual, o IEMA, que é a contra face do IFMA como a UEMA está em relação à Universidade Federal do Maranhão. E eu gostaria nesse momento, em que nós damos mais um passo gigantesco, passo sob o comando do Secretário Bira do Pindaré, para concretizar esse projeto, eu gostaria de homenagear esta jovem da qual infelizmente eu não lembro o nome, mas, ela está na minha memória e é por ela e por tantos que nós estamos fazendo o IEMA. E estamos fazendo o IEMA para mostrar o caminho real de superação da violência, que só pode ser, acreditar na juventude, fazer educação, fazer cultura, fazer esporte. Esse é o caminho verdadeiro, esse é o caminho duradouro, esse é o caminho responsável e nós vamos gastar 500 milhões de reais, nós vamos reformas das escolas e no programa Escola Digna relativa à escola de taipa, isto apenas em 2015 e 2016. É o maior programa de Investimentos em Estrutura Educacional neste estado e faço isso porque eu acredito nos meus colegas educadores, eu acredito na juventude maranhense e, sobretudo eu acredito na educação, acredito que esse é o caminho de fato, de nós libertarmos e emanciparmos a população maranhense. Muito mais importante que disputar a cada 4 anos quem tem a honra de ocupar o Palácio dos Leões, eu tenho a exata dimensão que entrei naquele prédio por honra do povo do Maranhão, por um tempo e não tenho nenhum propósito de me eternizar no poder. Muito ao contrário, o poder na democracia, na República, necessariamente alterna, circula entre várias posições políticas, mas tenho certeza que o que é importante ao falarmos de uma mudança verdadeira para muito além dessa questão temporária atinente à chefia do governo, está na nossa capacidade de enraizar novas 24 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS investir 500 milhões de reais no projeto do IEMA, na ampliação da UEMA, nas práticas, de fazer uma nova história e é isso que nós estamos fazendo aqui. Muito obrigado, Viva o IEMA! 25 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E O ENSINO MÉDIO INTEGRADO, PRESSUPOSTOS E INDICATIVOS PARA UMA NOVA AGENDA Maria José Pires Barros Cardozo Então bom dia! Inicialmente eu queria agradecer o convite da secretaria, também o convite especial de Jhonatan, meu ex-aluno do mestrado, e o Secretário Bira. Dizer que é um prazer estarmos aqui neste momento e poder compartilhar alguns aspectos do que temos estudado em relação à educação profissional no Maranhão. Essas colocações que eu vou destacar aqui são fruto dos nossos estudos do Mestrado em Educação da Universidade Federal do Maranhão, desde 98 que eu concluí, e depois o doutorado que fiz na Universidade Federal do Ceará na área trabalho e educação, que eu concluí em 2007 e mais especificamente dos estudos que temos feito na linha de pesquisa em que trabalhamos, política educacional, no médio, mas as políticas de gestão, educação profissional, ensino médio integrado e gestão educacional. Eu acho que, como o Bira destacou, a grande questão hoje para se falar sobre educação, sobretudo a educação profissional é concebermos o que é o trabalho na sociedade atual, sobretudo quando se fala de trabalho para a juventude, ou seja, nós temos que compreender que o trabalho é o criador do ser social, que conforme o Governador destacou em relação a algumas questões pertinentes à juventude, sobretudo a juventude pobre, é que temos uma história de considerar o trabalho como algo negativo, ou seja, trabalhar é algo negativo. É algo que historicamente, como o próprio Governador destacou, que nós começamos a pensar na educação profissional há 100 anos, é porque o trabalho era tido como algo negativo, como algo que deveria ser feito pelas pessoas de baixa renda, pelos escravos, não é isso? Então, quando temos essa concepção de trabalho, inclusive a política educacional e os governos não tiveram preocupação, porque a grande preocupação ao longo dessa 26 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Programa de Pós-graduação em Educação da UFMA. Estudamos, não só o ensino história era preparar a elite para o ensino superior. Para os demais, que não precisavam de educação superior era o trabalho escravo, era o trabalho braçal, o trabalho manual. Quando vemos uma nova concepção de trabalho, como formação do ser humano, uma formação integral, então começamos a pensar exatamente em que tipo de trabalho se vai fazer, ou seja, o trabalho como princípio educativo. Como o Bira destacou, é o princípio da integração, nas possibilidades de integração entre a formação geral e a formação profissional dos jovens, dos adultos e dos idosos, porque hoje também não se pode pensar mais em educação profissional pensando somente na juventude. Considerando as transformações que estão ocorrendo no mundo do trabalho, as mudanças tecnológicas, consequentemente, nós temos que pensar nas outras dimensões de trabalho para toda a população e não só para a juventude. No que se refere à educação profissional do Brasil, só a partir de 1930 é que se começou a pensar em algumas ações voltadas para a educação profissional, mas ao longo desse processo, o que vimos? Sempre uma educação profissional 27 também, com a nossa própria organização política em que temos uma divisão entre classes e frações de classe, onde historicamente a burguesia era preparada para comandar e para dirigir e a classe trabalhadora para ser explorada. Em relação aos aspectos administrativos, quando destacamos o acesso diferenciado às redes públicas e privadas, também existe isso em relação às marcas da história brasileira não só em relação à educação em si, mas também na educação profissional. Então o que destacamos? Claro que eu não vou fazer um histórico lá da educação profissional, mas têm alguns aspectos que eu acho que precisam ser lembrados. Até para quando pensarmos na construção de um novo modelo de educação profissional não ocorram alguns erros do passado, como por exemplo: a lei 5.692 de 1971, que obrigou todos os estudantes das escolas públicas a fazerem um curso técnico. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS mesmo pensada nessa divisão entre o trabalho manual e intelectual. Isso tem haver Eu sempre brinco com essa lei, eu sou técnica em enfermagem, mas eu não sei aplicar uma injeção, porque o curso técnico que eu fiz de enfermagem não teve estágio. Então eu tenho o diploma de técnica em enfermagem feito numa escola pública estadual, Gonçalves Dias, mas eu não tive estágio em enfermagem. Eu concluí esse curso sem ter a preparação suficiente, mas ainda bem que eu não segui sendo enfermeira. Eu fui para pedagogia e sou Professora, porque se eu fosse enfermeira consequentemente, eu iria aprender na profissão ou iria matar muitas pessoas porque quem faz o curso e não faz o estágio não sabe aplicar uma injeção, nem fazer um curativo. Então, a grande questão ao pensarmos em curso de educação profissional é sempre fazer uma relação com o que o próprio Secretário apresentou, é pensarmos nos estágios para as formações profissionais que devem ser pensadas a partir dos arranjos produtivos locais e das cadeias produtivas e ver se em cada local onde o curso vai ser instalado tem a capacidade de estágio, porque não basta você implantar um curso numa cidade, se não vai ter nessa cidade, os locais adequados para que as maioria dos cursos técnicos é que os alunos só vão para o estágio quando termina o curso e às vezes (temos pesquisas no IFMA), o próprio aluno tem que procurar o seu campo de estágio, porque a instituição não oferece as garantias necessárias para que esse aluno possa fazer seu estágio. Em 1982 a lei desobrigou a profissionalização compulsória e começou nas redes públicas estaduais o desmonte das escolas de formação profissional, aqui do Maranhão. Sei que existem outras experiências, de outros estados, mas no caso do estado do Maranhão, na nossa rede estadual, a partir de 1982, todas as escolas públicas que ofertavam educação profissional deixaram de ofertar, ficou somente o antigo IEMA durante algum tempo e a rede federal que é o IFMA. Outra questão que se coloca em relação à discussão da educação profissional são os diversos programas que o governo federal tem criado ao longo do tempo. Falamos tanto dos programas de formação inicial, porque já tivemos o 28 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS pessoas possam fazer a relação teoria-prática. Porque o que comumente acontece na programa de formação de mão-de-obra que foi o PIPMO (Programa Intensivo de Preparação de Mão-de-Obra) em 1963. Depois nós tivemos o Plano Nacional de Qualificação Profissional que foi o PLANFOR em 1995. Tivemos o decreto 2.208 de 97, que fez a educação profissional separar-se da educação básica. Então ao longo da história o governo veio criando alguns programas e foi articulando essa reprogramação com as formações das escolas federais, mas foram programas que não tiveram continuidade. Estou aqui destacando o caso do Maranhão, pois fiz parte da pesquisa do PLANFOR e aqui em nosso estado foi uma brincadeira. O recurso do PLANFOR, porque íamos visitar os cursos, como vou citar o município de Rosário, em que era curso de comércio para pescador e muitos não sabiam nem ler e escrever, apenas fizeram a inscrição desses pescadores, pois queriam ganhar o dinheiro, considerando que o valor recebido per capita era por aluno. Nós tivemos vários casos de quantidades de ONGS que receberam recursos do PLANFLOR, mas que não aplicaram devidamente como deveriam na 29 federais, mas temos que saber como trabalhar com esses recursos, não na perspectiva de fazer números estatísticos, para dizer que fez tal curso que qualificou tantas pessoas, mas que na verdade não era isso. Grande parte das pessoas estava fazendo cursos, mas não tinham a vocação para esses cursos, apenas alguém lhe convidou e ela se inscrevia no curso, porque disseram que a professora precisava compor uma sala e eu me inscrevi nesse curso. Temos várias análises, várias dissertações e vários livros sobre o PLANFOR que denunciam a forma como esses recursos foram aplicados. Nós temos também o que vai fundamentar agora a nossa formação integral que é o decreto 5.154 que foi aprovado em 2004 e esse decreto foi fruto de uma disputa interna no próprio MEC dos profissionais que compõem a SETEC, que foi a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, no sentido de trazer novamente a possibilidade da formação integrada para os alunos do ensino médio. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS execução dos seus cursos. Temos que aproveitar as oportunidades dos recursos E nesse contexto de disputa e de confronto não podemos deixar de considerar as diretrizes curriculares, porque grande parte dos documentos que fundamentam as nossas ações na educação profissional são as diretrizes curriculares. Nós temos as diretrizes curriculares para a educação básica aprovadas em 2010, nós temos as diretrizes curriculares da educação profissional técnica de nível médio que estão orientando agora as propostas curriculares dos cursos técnicos de nível médio e tivemos também, quando o Bira destacou o Estado do Ceará, vários centros de formação profissional. Eu lembro que isso foi um recurso do PROEP. Eu até perguntei à época. Não sei para onde foi que o Maranhão jogou o recurso do PROEP, porque vários estados receberam esse recurso para garantir a expansão da educação profissional e tecnológica, e no Maranhão vimos muito pouco. Inclusive foi um convênio feito com o BID e todos os estados brasileiros assinaram esse acordo e receberam esse recurso, mas infelizmente o nosso estado não viu a aplicação dos recursos do PROEP na educação profissional e aí nós tivemos novamente o Plano Nacional de Qualificação que é o PLANFOR, o programa de pensar na educação profissional articulada com os IFMA´s. Tivemos grande expansão sobretudo espacial no sentido da descentralização da criação de novos Campi do IFMA no interior dos Estados, especificamente no nosso Estado do Maranhão, tivemos uma expansão dos IFMA´s. Então temos que considerar como é que o IFMA está desenvolvendo, está fazendo ação em determinado local para não ter uma sobreposição de ação. Às vezes acontece isso no mesmo município, várias instituições atuando da mesma forma, eu acho que nesse sentido, temos que pensar como situar a expansão dos IFMA´s no programa de formação. Nós temos o PROJOVEM que é também um programa do governo federal, que também trabalha com a educação profissional. Temos que pensar nesses institutos estaduais juntamente com programa do governo federal que é o PROJOVEM. Temos o PROJOVEM urbano, PROJOVEM trabalhador, o PROJOVEM 30 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Expansão da Rede Federal em 2004 que por mais que não queiramos temos que Saberes da Terra e o PROJOVEM adolescentes, que nós temos que pensar e articular. Quando o Bira falou dos centros de vocação tecnológica, eu pensei logo no PROJOVEM. Como articular essas ações com o PROJOVEM, no sentido de já ter um recurso garantido porque, como o governador disse, não dá para construir um prédio. Nós temos que fazer parcerias e articulações no sentido de buscar esses recursos para poder garantir que de fato esses jovens sejam capacitados. Nós temos o PROEJA onde encontramos outra grande dificuldade no nosso estado, pois temos quase 19% de pessoas analfabetas a partir de 15 anos, mais 20% de analfabetos funcionais, então se for contar os dados temos aproximadamente 40% da nossa população analfabeta. O grande desafio no sentido de garantir essa inclusão aos programas de formação profissional, é contribuir com o combate ao analfabetismo no nosso estado, porque essa é uma praga que carregamos. Eu até brinco às vezes com os meus colegas, quando sai os resultados do censo ficamos disputando com Alagoas para ver quem está em último e para ver quem está em penúltimo lugar, mas o analfabetismo é uma marca muito grande em 31 profissional. Não podemos esquecer da nossa realidade, do analfabetismo, sobretudo dos analfabetos funcionais, ou seja, daqueles que passaram pela escola e que muitas vezes concluíram o ensino médio e não sabem ler e escrever. Essa é uma preocupação. Tem que saber como avaliar essa formação básica aliada com a formação para o trabalho, sobretudo no segmento dos jovens, adultos e idosos. Ainda temos recurso que é do programa Brasil Profissionalizado. Inclusive quando o Bira citou o centro de capacitação de Ribamar, ele foi construído com recursos do Brasil Profissionalizado. O Maranhão deveria ter construído mais de 30 centros e eu não sei quantos construiu porque o estado teve que garantir a efetivação e também os recursos para o orçamento. As pesquisas disseram que muitos não foram efetivados porque os estados não possuíam recursos definidos em orçamento para a educação profissional e agora estamos na discussão do PPA no estado e, EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS qualquer ação quando se pensa em qualificação profissional, em formação inclusive participamos de um debate de como garantir do próprio orçamento do Estado, os recursos para educação profissional no sentido de garantir essa aplicação. Essa implementação dos programas de educação profissional, então, em muitos estados brasileiros, como o Programa Brasil Profissionalizado. E não deu certo por isso, porque o governo federal criou as estruturas físicas, mas os estados não tiveram condições e muitos não tiveram compromisso político também de destinar recursos para a manutenção desses centros. Eu participei de uma mesa na Bahia e uma pessoa fez uma pesquisa sobre isso, me disse que muitos centros foram construídos, mas ficaram fechados em alguns estados brasileiros por falta de recursos para a manutenção. Nós temos o PRONATEC que é a grande marca, como o Bira falou vamos articular o PROETEC com o PRONATEC, usar o recurso do PRONATEC para fazer as nossas formações a partir desse programa nacional de acesso ao ensino técnico e emprego. O grande questionamento que destacamos também, é essa questão da debatendo, que é o grande foco da educação, é o ensino médio integrado. Tem até uma discussão do ensino médio, se é a Educação Profissional ou se é a educação profissional integrada ao ensino médio. O importante é que se faça a integração e nós fizemos algumas pesquisas. O Estado do Maranhão criou alguns cursos de enfermagem, empreendedorismo, hospitalidade, eletromecânica e eletrotécnica então fizemos pesquisa tanto na rede estadual como no IFMA e também no SESI/SENAI, porque o SESI/SENAI têm uma articulação, o aluno faz a formação básica no SESI, ou seja, a formação geral e faz uma articulação com o SENAI, eles têm um convênio. O que falaram os alunos? Em 2007, quando a rede estadual criou alguns cursos técnicos de enfermagem os alunos me relataram que os laboratórios nunca foram instalados e eles também não sabiam quando ia começar o estágio e como era essa perspectiva de tempo integral, o recurso para a alimentação nunca chegou. Então eles tinham que passar o dia na escola e levar lanche porque não tinham condições de voltar para um contra turno, para ir em casa, pagar passagem e voltar 32 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS formação integrada no ensino médio. Pelo que eu vi aqui o foco que se vem novamente. Isso foi a fala dos alunos e depois o que vimos quando se discute essa questão de integração? O que é integração? É uma matriz curricular que deve ter o tema gerador que comporte todos os temas. Vemos em muitos exemplos de integração, o ensino médio de manhã e o curso técnico à tarde. Então essa própria dimensão do que é integração é a matriz curricular única, mas infelizmente muitos cursos estão fazendo essa integração de forma separada, faz a formação geral em um turno e a formação profissional em outro. Então o grande desafio também de discutir a formação integrada ou ensino médio integrado é aprofundar a análise de como essa matriz curricular, esse desenho curricular, vai ser organizado para que não tenhamos cursos de um turno que o professor ministra aula de matemática, química e física e à tarde o professor ministra aula de eletrônica, eletrotécnica e etc. Eles disseram que o estudo dos componentes curriculares gerais ocorre no entre a matriz curricular e outra questão também que eles destacavam muito é que os professores da educação geral não realizavam o planejamento com os professores da formação específica. Na verdade, eram dois cursos, porque se o planejamento não é debatido coletivamente no sentido de como esse curso vai ser desenhado e vai ser operacionalizado na prática, na verdade eram dois cursos porque os planejamentos eram diferenciados. A coisa que achamos mais complicada foi com os alunos que concluíram em 2009 e não receberam o certificado de conclusão do curso integral, somente dos componentes gerais. Isso aconteceu porque na época em que a lei de estágio foi alterada, o governo do estado não fez o acordo com a lei do estágio e os alunos não fizeram o estágio e os alunos queriam o certificado. Embora eles tenham feito o curso técnico, ou seja, que eles tenham feito as disciplinas do curso técnico, como eles não 33 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS matutino e o dos componentes específicos no vespertino. Não há uma articulação fizeram estágio, receberam apenas a conclusão de ensino médio e fizeram um curso técnico entre aspas porque formalmente não fizeram esse curso. Outra questão que temos que discutir muito é que temos o limite de um encontro na rede estadual para formação geral no IFMA, a dimensão da formação técnica. O que os alunos e alguns professores dizem? O IFMA, a história dele é ofertar curso técnico e quando ele começou a ofertar curso integrado, o que os alunos dizem? Eles se sentem preparados para o mercado de trabalho, mas não se sentem preparados para fazer o Enem, porque a ênfase é dada mais na dimensão da formação técnica do que na dimensão profissional. São cuidados que estamos colocando aqui para reflexão a partir das próprias pesquisas que os alunos colocaram. Eles dizem que não existe articulação entres os conteúdos da formação geral e conteúdo da formação profissional. Nós temos também esse projeto de educação básica do SESI no Maranhão que é articulada com a educação profissional do SENAI e tem a mesma questão porque disseram que eles não se consideravam 34 porque o Enem exige uma forma de estudo diferente, então ao pensar nisso, a própria concepção de formação, isto é, a dimensão da área profissional acaba limitando a possibilidade de o aluno dar prosseguimento nos estudos superiores. Se ele não quiser seguir o tecnológico no ensino superior, às vezes ele quer fazer outros cursos. Não irei destacar, mas nas nossas pesquisas, 80% dos nossos alunos, pesquisas que fizemos no IFMA, não querem fazer os cursos da área técnica do IFMA. Eles querem fazer vestibular para medicina, direito, psicologia, ou seja, então vemos a possibilidade desse aprofundamento do conteúdo da formação geral. Muitas vezes não sabemos qual o itinerário que o jovem quer. E a maioria deles dizia isso: “eu não quero fazer curso de tecnólogo em eletrotécnica, eu quero fazer o curso, fazer o Enem para direito e medicina na Universidade Federal do Maranhão ou veterinária na UEMA”. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS preparados para o vestibular, para o Enem. Eles acham que há uma defasagem, Porque ele faz um curso técnico do IFMA? Porque ele fez uma seleção e pela qualidade do curso e pelo nome que a instituição tem ele achava que era interessante fazer esse curso técnico. Essa dimensão que damos, essa identidade que falamos, do ensino médio integrado, no sentido da possibilidade também do aluno obter os conhecimentos necessários para dar prosseguimento nos estudos, se ele quiser seguir outra carreira em nível superior. Mas nós temos muitas agendas. Vou pensar aqui nas novas agendas a partir do Plano Nacional de Educação e do Plano Estadual de Educação. Só que essas novas agendas, o que acontece, sobretudo no campo das disputas em torno de consensos, concepções e recursos financeiros? Não podemos deixar de pensar em educação profissional em qualquer nível, modalidade educacional, etapa. Estamos numa arena de disputa mesmo, sobretudo da questão dos recursos financeiros em torno de concepções, porque muitos defendem a educação integrada, em tempo integral, educação integral. Então há uma disputa em termo de concepções de educação e, sobretudo 35 esse contexto de reforma de estado, da crise do capital e da crise dos Estados. No que se refere a recursos financeiros, e da restruturação produtiva e do ideal mais barato, não se pode pensar em educação se não pensamos nas transformações que estão ocorrendo no mundo do trabalho, no avanço científico e tecnológico; quais são as demandas de mercados que estão surgindo para podermos pensar em educação profissional. E quando se fala de recursos financeiros, nós participamos das CONAES, das conferências e ficamos felizes quando foi aprovado 10% do PIB para educação. Só que a palavra pública não foi colocada, então quando tira a palavra público. 10% do PIB para educação, mas o público não conseguiu passar, porque o público estava no documento da CONAE que era a proposição para o Plano Nacional de Educação. Então essa disputa também ainda existe, a disputa pelo fundo público entre as instituições públicas, as privadas e as públicas não-estatais. Tem toda uma EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS em termos de recursos financeiros e não se pode considerar que tudo isso se deve a demanda de recursos financeiros que temos de pensar quando propomos uma nova agenda para a educação profissional. Eu vou destacar algumas metas do PNE. O que destaco? A meta 10: oferecer no mínimo 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos no ensino fundamental e médio na forma integrada à educação profissional. Essa é uma nova agenda e um novo desafio que nós temos em relação à educação profissional. A meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta em pelo menos 50% da expansão no segmento público. Então nós temos uma dimensão, uma meta muito ampla, sendo um grande desafio, uma nova agenda que é fazer a expansão das matrículas do Ensino Médio ocorrer no segmento público. Não só a rede federal que vai dar conta de atingir essa meta, mas as redes estaduais também vão estar com novas agendas e novos desafios no sentido de garantir essa expansão da matrícula. E ainda tem mais: fomentar a expansão da oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais de ensino. Então se o Plano Nacional diz isso nós vamos atrás do Governo Federal, vamos ajudar a cumprir a 36 expansão nas redes públicas estaduais, porque nos diagnósticos e nos debates que foram feitos na CONAE, em relação à educação profissional e tecnológica, os representantes dos Institutos Federais disseram que não vão dar conta de atender essa demanda, então as redes estaduais vão ter que contribuir com essa expansão da matrícula. Expandir o atendimento do ensino médio gratuito integrado à formação profissional para as populações do campo, comunidades indígenas e quilombolas de acordo com os seus interesses e necessidades. Aqui no Maranhão temos outra dimensão. Nós temos essas comunidades indígenas, nós temos populações quilombolas, nós temos populações do campo, ribeirinhas, população das praias, que agora eu aprendi, população das praias! Então ainda temos que pensar na nossa nova agenda, no nosso desafio de como atender a essa diversidade com seus arranjos produtivos locais, com seus EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS meta do plano. Para que o próprio Plano Nacional coloque a necessidade de territórios, como eles estão chamando agora, no sentido de garantir uma oferta de educação profissional que atenda a esses segmentos. Nós temos também aqui nosso Plano Estadual de Educação que é a expansão da oferta gratuita da educação profissional por meio de parcerias com entidades privadas de serviço social, ampliar os Centros Familiares de Formação por Alternância, porque temos que lembrar. Nós temos uma história aqui no Maranhão muito interessante. Eu sempre quando leio, eu digo assim: educação integral, as casas familiares rurais já fazem há muito tempo mediante a pedagogia da alternância. Temos que buscar essas experiências positivas e ver como é que elas funcionam e no que podemos incrementá-las, ajudar a melhorar esse tipo de educação que já existe no Maranhão. Nós temos casa familiar desde a década de 1970 no nosso estado. Temos que ver como vamos atender a esses Centros Familiares de Formação por Alternância para ofertar essa educação profissional integrada, esse ensino médio integrado, educação profissional, sobretudo na perspectiva da Agricultura Familiar que é o 37 tudo do Ceará. Quando eu vou no Ceará meus colegas brincam comigo: vocês têm rios perenes, vocês têm tudo e vocês ficam comprando tomate, abóbora, melão do nosso estado. Precisamos também articular essa nossa agenda, é nosso desafio articular nossas formações com o incremento da Agricultura Familiar, com a agropecuária, com o meio ambiente e outras áreas de interesses dos segmentos populacionais. Essa é uma agenda que temos muita preocupação no sentido de como garantir essa educação profissional na perspectiva desses locais e desses moradores. Nós temos também como meta no Plano Estadual oferecer no mínimo 25% das matrículas de educação de jovens, adultos e idosos na forma integrada à educação profissional no Ensino Fundamental e Médio, ou seja, atender essa diversidade da EJA, sobretudo dos adultos analfabetos, expandir a oferta de matrícula da educação EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS nosso grande desafio. Temos um estado riquíssimo onde importamos tomate, melão profissional de nível médio em 60% do segmento público até o final da vigência deste Plano Estadual, assegurando a qualidade da oferta. Creio que com a criação desses Centros de Formação Profissional consequentemente poderemos atender essa meta, porque 60% das matrículas vão ser com esses 23 centros que estão sendo criados, só por aí conseguimos atender essa meta do Plano Estadual de Educação. Para finalizar, eu tenho algumas considerações. Não podemos ter essas políticas em educação profissional pautadas somente nas demandas da produção capitalista do mercado. Como eu sei que é um governo que tem uma perspectiva socialista, de pensar na outra dimensão do humano, do meio ambiente, nós pensamos também nessa dimensão de formação para o respeito ao meio ambiente, à diversidade, aos direitos humanos. É preciso que se lute por uma educação profissional para ir além da lógica capitalista, ou seja, a lógica do mercado, e que também possamos garantir a participação dos jovens na definição, implementação e controle das políticas públicas. momentos do pacto nacional do ensino médio e tenho participado de mesas com jovens. Eles dizem: não sabemos o que queremos então nós também precisamos ser ouvidos. O que de fato queremos, e qual o tipo de educação que precisamos? E eles sabem o que querem! Tem um monte de jovens aqui e se perguntar o que eles querem, eles vão dizer: Eu quero uma educação de qualidade com a dimensão da formação profissional. Eles não são imaturos não, eles sabem o que querem e eles apresentam isso muito bem nos nossos eventos do Pacto Nacional do Ensino Médio. Então eles que são os protagonistas desse processo, eles têm que ser ouvidos, referendar o que de fato eles querem, que tipo de educação eles querem, qual a concepção de educação. Pode não ser na dimensão que se tenha na academia, mas ele sabe dizer o que quer, ou seja, todas as pessoas em todas as dimensões, analfabetas ou ribeirinhas sabem dizer o que querem. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Nós temos que ouvir os interessados. Tenho participado de vários 38 Então temos que buscar e ouvir a população para saber que tipo de educação profissional querem, e que desenho eles querem dar a essa educação profissional. É um desafio da agenda que precisa ser cumprido. A outra questão que temos que pensar é a educação profissional, a educação de um modo geral voltada para a superação das desigualdades sociais e econômicas do nosso estado. Nós somos um dos estados mais pobres da federação, não sou a favor de dizer que a educação resolve tudo, mas ela é um instrumento importante para contribuir com a redução das desigualdades sociais e econômicas e que pensemos de fato num projeto educacional voltado não só na perspectiva da educação profissional, mas também da educação infantil, do ensino fundamental, do ensino médio, do ensino superior, na dimensão da superação das nossas desigualdades sociais e econômicas. E eu, como membro do Fórum Estadual de Educação, não posso deixar de lembrar as metas que foram aprovadas no PNE, no Plano Estadual de Educação e que de fato possamos considerá-las no processo de execução, implantação e controle das políticas educacionais e sociais. 39 denúncia. O Bira falou do Centro de Formação Profissional de Ribamar que fica na estrada de Panaquatira e eles estão fazendo dois condomínios lá em Panaquatira e estão canalizando a rede de esgoto para as praias de Ponta Verde e Panaquatira. Já fizemos um movimento. Eu moro em Panaquatira, me apaixonei por aquele lugar, muito longe, gasto duas horas para chegar aqui, saí de casa às 6 horas e cheguei às 8 horas, mas temos que fazer essa denúncia, aproveitar esse momento. Não podemos deixar que em nome do dinheiro e do capital, as pessoas poluam, porque lá é um lugar de rio, de pescadores. Não podemos deixar que as pessoas canalizem os esgotos desses condomínios para os rios. Então eu queria agradecer a oportunidade, dizer que nós da Universidade Federal do Maranhão, nosso grupo de pesquisa está à disposição para qualquer debate. Muito obrigada! EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Então eu queria agradecer e aproveitar só um momento para fazer uma 1 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Bahia Senai São Paulo Pernambuco A EXPERIÊNCIA DA BAHIA Marli Sousa É deste lugar que eu quero começar a nossa fala, primeiro dizendo que não se faz um trabalho dessa natureza sem algum sacrifício, sem alguma insatisfação, sem alguma frustração, sem algumas pedras no caminho ou sem algum suor e não se faz na perfeição, e não se faz sem gargalos, e não se faz sem não e continuamos fazendo. Este depoimento é produzido sempre com o vídeo de entrada da formatura. São os estudantes que saíram em 2014. A Secretaria da Educação/SUPROF faz uma formatura em grande estilo sim, fecha o centro de convenções, uma sala do centro de convenções que dá para mais ou menos 5 mil pessoas. Os estudantes levam, cada um, duas pessoas da sua família, tem um lanche, tem flores, tem música, porque precisamos dar o melhor para os estudos do povo, essa é a concepção. sabem, que jamais entraram no centro de convenções pela porta da frente, entravam andando com roupas bonitas e brilhantes, alegres e empoderadas, entendendo-se como cidadãos, isso é uma coisa que dá um gás, que me faz andar o Brasil inteiro se for possível para dizer que isso é possível, mas também dizer que tem problema, não tem perfeição. Não viemos aqui dizer: olha é tudo maravilhoso, não é não. Tem meninos aí que se formaram, que estão cumprindo estágio porque para nós o estágio é algo importantíssimo, é um elemento da matriz curricular, tão importante como é a matemática, o português, a arte e a formação técnica específica, mas ele está em processo, continuando a fazer o seu estágio, então ele volta a se matricular, e ele cumpre, ele cumpre o estágio dele que é parte da matriz. Ah, tem essas questões? EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Essa é a concepção político-pedagógica sim. Nós vemos pessoas que não 41 Tem! Todo mundo aqui é da escola pública e sabe que se nós formos procurar fazer a cartinha, tudinho, nós paramos e não fazemos nada. É preciso fazer construindo, sempre brincamos dizendo que se está trocando o pneu com carro em movimento e o motor e a lataria e pintando e dizendo, vou embora! É assim com a classe trabalhadora, sempre foi! Todo mundo aqui já teve uma história que construiu uma casa morando dentro, reformar o apartamento morando dentro, comprar um carro usado e o carro dá mais problema do que comprar um novo, mas assim foi e aqui estamos. A educação profissional da Bahia é uma escolha social também. Ela traz a perspectiva de que inclui, de que oportuniza, de que amplia horizontes e quem está dizendo isso são os atores envolvidos nela, estudantes chegam sem nenhuma vontade. Desses estudantes que passaram aí, vocês viram que tem um menino que passou já em licenciatura para música, já foi para Coimbra, tudo é verdade. É tão caro porque damos uma formação que permita ao sujeito encontrar o mercado do trabalho. No mercado de trabalho com suas formalidades, mas não somente... Para nós trabalho é princípio educativo, trabalho não é o termo latim torture, tortura, trabalho é isto que está acontecendo aqui. O mundo do trabalho me levou, uma formação, professora de história, faz uma formação faz outra... Haja educação profissional e hoje estou aqui me comunicando, eu nunca imaginei que minha vida fosse tomar essa progressão, não progressão no sentido de avanço linear dessa coisa que pensamos, mas dita e diante de pessoas no Maranhão no dia 18 de junho às vésperas do meu aniversário, da noite para o dia, sendo agraciada pela afetividade tão grande, de tanta gente, ressignificando minha própria história no mundo do trabalho. O trabalho importante é algo muito mais amplo e precisamos trazê-lo para a formação de nossos estudantes e para isso essa articulação trabalho, educação, e 42 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS estratégias, brechas nessa coisa grande que se chama mundo do trabalho que envolve desenvolvimento socioeconômico é absolutamente importante, não se pode pensar, desenvolvimento que esmaga o ambiente, esse conceito de desenvolvimento já está posto e está fracassado e eu não posso pensar em um desenvolvimento que eu saia do meu território para me desenvolver, eu preciso retornar ao território. Aliás, eu preciso estar nele e com ele, encontrar soluções criativas para os problemas, por isso que a intervenção social é tão importante. Aquele professor que tem 53 anos, que mora em determinado local, vocês viram, foi o professor que fez esse depoimento, ele é um gestor público em um dos bairros mais violentos de Salvador chamado de Nordeste de Amaralina. O Nordeste de Amaralina tem um símbolo de educação profissional, na verdade, tem um conjunto de escolas que é chamado beco da cultura é onde está o centro de educação profissional e lá nós temos uma experiência para solução de estágio, não é solução desculpe aí a arrogância. Não é uma solução, é uma proposta, é um laboratório experimental onde os estudantes de enfermagem, de análises clínicas, de nutrição dietética, (é um CEEP de saúde temático), atuam oferecendo gráfico). Lá existe um acordo, os meninos entram, saem. Nós entramos às sete horas da manhã, saímos às sete horas da noite, ninguém mexe porque o centro foi apropriado. Eu falava disso em determinado momento, na hora do almoço, que ao redor do centro há uma irradiação, o centro tem equipamentos do cidadão, isso é real, reforço que a Bahia está de portas abertas para fazermos algumas observações do que está trazendo aqui neste vídeo, para trocarmos e com certeza ressignificar e avançar. Avançamos dizendo que hoje só podemos fazer esse trabalho porque precisamos avançar politicamente, precisamos que o governo reconheça a educação profissional como política, a educação profissional permanente, porque tem que ter vontade política se não fica mais complicado do que já é. É preciso ter um conjunto de escolas que chamamos de redes exclusivas de educação profissional, vocês estão chamando de redes plenas, de unidades plenas, não é isso? Nós chamamos de 43 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS serviços à sociedade, e vocês viram o estudante falando, ele se sente importante (o Centros Estaduais de Educação Profissional – CEEP, ou Centros Territoriais de Educação Profissional, porque trabalhamos muito com o conceito de territórios de identidade. Quem é que demanda os cursos, os arranjos produtivos locais, mas não somente eles, porque às vezes o arranjo produtivo local ele é limitado, de manhã alguém falava “nós fizemos um curso voltado à refinaria que não foi implantada”, então não posso me limitar, e agora faz o quê? Eu preciso ofertar o que vai além das fronteiras, daquele momento, eu preciso ousar, esses cursos de informática é para que? É tudo que o menino do campo quer, menino do campo sabe, vocês precisam saber as coisas fabulosas que eles produzem, os diálogos que ficamos impactados. Vão lá no Centro Paula Souza, tem alguém aqui do Centro Paula Sousa? Tem, na mesa tem alguém do Centro Paula Souza. O Centro tem uma feira que acontece, já estamos mobilizados para participar e quase todos os anos a Bahia manda vários representantes e nos inspiramos no Paula Souza, porque para tudo é preciso haver quebra de preconceito, alguém me indique a hora porque eu estou 44 Gargalos! Tem gargalo, professor, espaço físico, dinheiro, atenção quem é da pedagogia e quem é do bacharelado, mas estamos fazendo a primeira formação em metodologia de ensino de educação profissional pela UNEB – Universidade do Estado da Bahia é a primeira especialização no Brasil para 1.500 professoras, como faz? Nós falamos, mas agora não dá tempo se não estoura tudo. Temos gargalo no âmbito institucional, no reconhecimento social, porque na Bahia se você perguntar tem curso, e já tem sete anos depois. E eu fecho aqui a minha fala, dizendo que em 2006 nós éramos 4.016, e agora em 2014.1, essa informação é de 2014.1 primeiro semestre, hoje somos 70.754, qual é o desafio? Qualidade para essas 70.754 vagas, estágio, educação integral, tempo integral, alimentação, farda muito boa, professores empoderados que deem desafios, mas que também deem suporte e ter a humildade, que às vezes o aluno dá a volta em nós porque eles são melhores do que nós sim, num certo sentido, porque em outro nós sabemos mais, nós somos as autoridades EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS apaixonada por esse tema então já estou começando a me alongar. epistemológicas sim, mas o estudante tem uma visão que quando junta a nossa experiência, com essa coisa que a juventude tem, dá um caldo excelente. São Paulo 1ª rede, Paraná era a 2ª, a Bahia está em 2º lugar agora, somos nordestinos, nós sabemos o que é fazer educação profissional, o histórico que passou aqui pela manhã é muito semelhante, abandono da escola pública, abandono da escola de educação profissional, cursos profissionalizantes que limitavam o sujeito, hoje a educação é integral, o menino que faz educação profissional na Bahia também está habilitado a fazer o vestibular, o ENEM porque ele tem um currículo integral, o currículo dele é integral, base nacional comum, formação técnica geral, formação técnica específica, duas sociologias, duas filosofias, uma biologia, ambiente, segurança do trabalho, importantíssimo, eu não posso pensar na vida deslocado do trabalho, não posso pensar numa ciência que abre mão de técnica, de arte e de beleza. Avançamos dizendo que estamos em todos os territórios de identidade, de formas variadas. Em 2006 ofertamos 15 cursos e em 2014.1 oferecemos 84 cursos dos mais diversos eixos tecnológicos, formando o eixo militar que nós não oferecemos. 45 controle social. Nós precisamos de controle social sim, e fazemos os conselhos, que é a família dentro da escola. Há reticências? Há, normal, mas não somos acostumados com isso, somos muitos nós, na nossa democracia. Tem gargalos operacionais? Tem muitos, esse slide ele vai voltar, aí vocês discriminam, e vamos dar uma aperfeiçoada nele. Avançamos dizendo que há investimento na estruturação da rede, dizendo que tem aperfeiçoamento social sim, porque nós fazemos, os estudantes se movem para encontrar soluções criativas dos problemas encontrados no território. Nós chamamos isso de tecnologia social, não somos nós que chamamos, falamos assim “nós” com uma propriedade como se fosse pessoal, mas todo mundo entende que estamos falando de um coletivo, de uma apropriação teórica, muito bem fundamentada e talvez a figura mais relevante desse campo, a intervenção social quando se oferta serviços do centro para a comunidade, EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Tem gargalos operacionais? Sim, pessoal, financiamento, execução financeira, há a acolhida pedagógica, as respostas e os depoimentos dos estudantes, há investimento na valorização de professores e gestores. Então são três pós, metodologia do ensino da educação profissional, especialização para os gestores, porque educação profissional precisa de uma gestão diferenciada e outra especialização que é pelo FNB que acabou de acontecer, foi concluída já, e foi muito interessante que também foi para a gestão. Há muitos desafios, nada está pronto e vamos seguir adiante vigorosos e sabendo que as coisas para um bom sempre têm um peso mais denso, mas o povo sempre vencerá. Deixo um abraço e me desejem boa viagem, no coração levo um São Luís muito forte que me deixou lembranças fabulosas que apareci alguns anos atrás era outra São Luís, e hoje eu encontro outras vozes, outros atores e estou extremamente animada. Voltando para Salvador dizendo muito obrigado meu Superintendente pela oportunidade, a vocês e a cada um e me despedindo. Obrigada! 46 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A EXPERIÊNCIA DO SENAI Marco Antônio Moura da Silva Boa tarde a todos e a todas! Peço licença ao presidente da mesa para levantar-me e ficar mais próximo de vocês. Primeiro momento agradecer e parabenizar o Governo do Estado por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação por estar não só convidando atores indispensáveis para fazer parte desse assunto, mas principalmente pela envergadura desse dia, principalmente pela importância do assunto frente à política de desenvolvimento econômico, social e ambiental do nosso estado. O SENAI faz parte do sistema, um sistema privado, um sistema no Maranhão, da Federação das Indústrias do Maranhão, conhecido em âmbito nacional como Sistema Indústria, faz parte do Sistema Indústria, a própria Federação de Indústria do Estado do Maranhão–FIEMA; o SESI que é o Serviço Social da Indústria que tem como missão cuidar da qualidade de vida do trabalhador de indústria; o Instituto Euvaldo Lodi que tem a missão de capacitar o empreendedor, capacitar o empresário e fazer a interlocução entre a empresa, entre a indústria e a academia e talvez principalmente entre programas de estágio. Nosso propósito então é competitividade e desenvolvimento sustentável da indústria. Somos um sistema privado como falei ainda pouco, mantido pela indústria no Brasil e principalmente aqui no Maranhão no nosso caso, mas temos um papel além desse, temos o papel de também contribuir para o desenvolvimento econômico, com formação de mão-de-obra e com desenvolvimento. Na verdade, junto com os atores públicos e privados no âmbito econômico, social e ambiental, como falamos ainda pouco. A nossa fala é específica sobre o SENAI, nós falamos ainda pouco das quatro entidades que compõem o sistema FIEMA e temos o intuito nessa tarde, nesse dia de falar sobre o SENAI. 47 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS SENAI que tem como missão qualificar o trabalhador para a indústria; e o IEL o A experiência do SENAI em educação profissional e tecnológica e em tecnologia e inovação. O SENAI tem mais de 70 mil alunos, foi criado para fazer educação profissional e tecnológica e há pouco mais de 15 anos o SENAI vem um pouco para a área de inovação e tecnologia, vem desenvolvendo pesquisa, vem desenvolvendo projetos e vem desenvolvendo serviços técnicos e tecnológicos, principalmente para dar competitividade para a indústria maranhense e para a indústria brasileira. E o foco da nossa fala é justamente a intercessão da educação profissional e tecnológica e da tecnologia e inovação, ou seja, trazer aos senhores e senhoras o que o SENAI–MA está fazendo, de forma que nós pensamos para fazer uma educação profissional e tecnológica com maior valor agregado, principalmente se utilizando de valores de informação e de conhecimento da área de tecnologia e inovação. Da nossa visão a educação ela precisa integrar, ela precisa expandir, ela precisa inovar e principalmente ela precisa transformar, eu digo sempre nas oportunidades que nós temos que a missão do SENAI não é simplesmente fazer 48 para que possamos fazer isso, precisamos integrar, precisamos expandir, precisamos inovar e precisamos principalmente transformar. A educação expande; temos um exemplo conceitual, estão vendo aqui um manequim. É a mão de obra artesã que vira moda à base de fibra de buriti e algodão. O que isso tem a ver com educação profissional? O que isso tem a ver com o SENAI? Esse aluno do SENAI, Willame Sousa Filho, ele fez o EBEP de manhã como a professora Maria José mencionou na sua rica apresentação, parabéns professora pela sua pesquisa. E o EBEP um ensino articulado do SESI/SENAI que inclusive foi pesquisado e foi estudado pela professora vem sofrendo transformações porque começamos a observar que realmente o aluno que estava entrando no ensino articulado, como a senhora falou, queria ser advogado, médico, engenheiro. Então estamos repensando, já repensamos esse programa e a partir de 2016 terá um foco completamente diferente do SESI e o SENAI com um currículo completamente EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS educação profissional e tecnológica. A nossa missão é mudar a vida das pessoas e integrado de fato para aqueles alunos que querem se tornar técnico de nível médio. Muito obrigado por usar o programa EBEP na sua pesquisa. Então o Willame, ele é fruto desse programa, ele é egresso do curso técnico, da área de vestuário do SENAI Monte Castelo que é o nosso Centro de Educação Profissional e Tecnológica mais antigo aqui no Maranhão, que fica ali ao lado do IFMA, e o Willame foi um dos nove estudantes selecionados dentre cinquenta e três candidatos do Brasil para participar do Brasil Fashion. Brasil Fashion é um desfile que vai acontecer na World Skills que é a competição mundial de educação profissional e tecnológica que pela primeira vez o Brasil vai sediar. Será em São Paulo, agora no mês de agosto, estava inclusive falando aqui na mesa sobre a World Skills e acontecerá um desfile onde será a maior competição de educação profissional e tecnológica em São Paulo e o Willame hoje, está juntamente com outros 8 alunos do SENAI de outros estados do Brasil sendo preparado para essa amostra. Durante a World Skills então o Maranhão estará presente na competição de educação profissional e tecnológica do mundo em São 49 acompanhar a World Skills fazer uma visita a toda competição assim como o André e toda a sua equipe, fique à vontade para nós irmos juntos e todos participarmos desse grande momento. A educação expande, a educação precisa também inovar. E se uma chupeta medisse a temperatura térmica corpórea e o nível de oxigenação da respiração de um bebê? E os pais soubessem por smartphone? Será que isso é possível? É possível. Hoje nós temos um projeto que se chama Termo Pipo. O Termo Pipo tirou em primeiro lugar no Grand Prix de Inovação do Senai que aconteceu também em São Paulo onde a ideia ocorreu em duzentos e trinta e seis produtos industriais e foi o mais viável projeto de inovação a nossa ex-aluna Nathaly Moraes Silva do curso técnico de eletromecânica, não do SENAI do Monte Castelo, mas do SENAI Distrito Industrial que fica na BR 135, na saída de São Luís EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Paulo em agosto e de hoje, antecipo Secretário Bira, você é nosso convidado a nos fez parte de um grupo e depois esse grupo foi para o Reino Unido fazer um intercâmbio em um Instituto de Tecnologia e Inovação. Educação transforma? Sim, o Maranhão participa da Olimpíada do Conhecimento. Nós falamos ainda a pouco da mundial, o sistema SENAI tem uma olimpíada do conhecimento em nível nacional também, e durante quatro dias de competição. Ano passado nós tínhamos a missão de competir com tarefas que simulam situações reais de trabalho e enfrentar alunos de todo o Brasil. Uma competição que acontece de dois em dois anos, nós iremos fazer a nossa olimpíada do conhecimento aqui no Maranhão de 27 a 30 de outubro no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, estão todos convidados para assistir na prática uma competição de educação profissional e tecnológica em parceria com o SENAI. A nossa missão foi essa aqui e alguém de manhã falou sobre educação profissional e tecnológica para pessoas com deficiência, o SENAI-MA tem um trabalho robusto com educação profissional voltada a pessoas com deficiência, nós qualificamos mais de mil pessoas em 2014, nós recebemos o último encontro da 50 reconhecimento, inclusive da parceria que nós temos com a superintendência regional do trabalho. Nesse aspecto e na olimpíada nacional, ano passado nós ganhamos medalha de ouro com a aluna portadora de síndrome de Down na ocupação profissional de panificação. O Maranhão foi o melhor no Brasil também na educação profissional e tecnologia de pessoas com deficiência. Educação integral, imagine uma ideia que pode virar um produto amanhã no mercado, isso aí chamamos de Inova SENAI, e se reutilizasse sacos de cimento e copos descartáveis? E se a solução integrasse alunos, instrutores e o mercado? Ou seja, estamos utilizando tecnologia em informação para melhorar o nível da educação profissional e tecnológica. Esse produto, chamamos de Ecoplaca, foi uma ideia que surgiu não mais no cenário de São Luís, já foi no Centro de Educação Profissional e Tecnológica de Açailândia. A Ecoplaca dos alunos Kássya de Araújo, Wenilson de EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Secretaria Estadual do Trabalho exatamente com um misto de trabalho, Santana e o instrutor Keneth Carvalho receberam o 3º lugar da categoria tecnologia industrial no Inova SENAI durante a olimpíada do conhecimento. O SENAI é o maior complexo privado de educação profissional do Maranhão, nós atuamos em quatro modalidades de aprendizagem industrial por isso fomos criados assim como o SENAC, assim como o SENAI, assim como o SENAR, assim como o SENAT. São serviços nacionais de aprendizagem industrial combinados praticamente com a mesma lei, com a mesma missão, fazer aprendizagem industrial para o jovem de 14 a 24 anos. Nós fazemos qualificação profissional que são os cursos FIC de curta duração, um aperfeiçoamento profissional para aqueles que já estão qualificados e precisam ser aperfeiçoados e a habilitação técnica que são os cursos técnicos. Atuam também em duas modalidades, presencial e também a partir de 2014 na modalidade a distância. Criamos uma estrutura própria para fazermos educação à distância. Já temos nossa própria plataforma, nosso próprio ambiente virtual e hoje oferecemos tanto curso de qualificação quanto cursos técnicos a distância. que nós trabalhamos. Na área do meio ambiente, na área do design, na área da logística, a área da competitividade, na área da construção civil, enfim em diversas áreas, levando competitividade à empresa, principalmente à indústria. Temos projetos de inovação aprovados em diversos editais. No edital SENAI/SESI de Inovação, no edital da FAPEMA, no edital na FINEP, do BNDES e Banco do Nordeste e exatamente essa convergência entre a tecnologia e a inovação que tem feito com que o resultado da educação profissional e tecnológica tenha se ampliado. Nós, quando assumimos o SENAI, a direção do SENAI já tem 15 anos que se estende e já estamos há 2 anos e meio na direção do SENAI. Eu digo que sou privilegiado, pois já passei pelo SESI, ainda respondo pelo IEL, já passei pela FIEMA, já passei por todas as unidades do sistema FIEMA e entendo claramente a complementaridade de cada uma e até então quem fazia tecnologia e inovação não fazia educação profissional e tecnológica e quem fazia EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Na área de soluções de tecnologia e inovação. Essas são algumas das áreas 51 educação profissional e tecnológica não fazia tecnologia e inovação, então nós juntamos as duas vertentes de atuação do SENAI e o fruto são aqueles que nós mostramos no início da nossa apresentação, os resultados estão aparecendo e o Maranhão estará de fato ampliando sua colocação no sistema SENAI de âmbito nacional com os resultados interessantes como vimos. Resultado de 2014, na Olimpíada do Conhecimento o Maranhão ficou em 2º lugar no Brasil, com o 1º lugar no Nordeste em projetos premiados de inovação, no 7º lugar no Brasil no ranking de medalhas por delegação e em 9º lugar no Brasil no ranking do estado de educação profissional. Essa é nossa curva de qualificação profissional, se não estou enganado é o sistema privado no Maranhão que mais contribui para educação profissional e tecnológica, o SENAI. Em 2014 nós qualificamos mais de 64 mil pessoas no estado, nas regionais citadas ainda há pouco. No nosso vídeo é importante ressaltar que cada centro de educação profissional e tecnológica no interior do Maranhão tem uma região geográfica para atuar, e nosso Secretário de Tecnologia de Rosário está 52 mês que vem nós estamos iniciando, abrindo um processo licitatório para o Centro de educação profissional e tecnológica em Rosário. Nós já estamos lá com uma estrutura provisória cedida pela prefeitura onde era a antiga rodoviária e em frente nós iremos construir o Centro de educação profissional e tecnológica de Rosário. Em tecnologia e inovação essa também é a nossa curva ascendente nos últimos 4 anos. Percebam que em 2014 realizamos mais de 6.400 atendimentos de tecnologia e inovação. Estamos até dezembro também, Secretário, iniciando um processo licitatório do Instituto SENAI de Tecnologia que irá funcionar em nossa unidade na BR 135 e será instituto voltado especificamente para prestação de serviços de tecnologia para o setor da construção civil, então é o fruto de um financiamento do BNDES do SENAI em rede nacional. Conseguiu o empréstimo via BNDES. Nós teremos o Instituto SENAI de Tecnologia no Maranhão voltado para o setor da construção civil. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS presente? Nós não desistimos, a Petrobras desistiu, mas nós ainda não desistimos, E esse foi o nosso resultado de 2014, o SENAI/MA ficou em 3º lugar no Brasil das regras de desempenho de gestão, ou seja, seguindo alguns critérios como custo aluno hora, sustentabilidade e outros indicadores. Nós recebemos a premiação das mãos do diretor geral do SENAI em Brasília, recebendo recursos para investimento em tecnologia e recursos humanos. Enfim, nos colocamos mais uma vez a disposição do secretário parabenizando todos pela iniciativa e tenha certeza que o SENAI do Maranhão estará sempre ao lado do Governo do Estado, estará sempre ao lado da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação para fazer com que a educação profissional e tecnológica assim como a tecnologia e inovação sejam carro chefe deste estado. Nós precisamos nos unir, nós precisamos estar juntos cada vez mais de modo a atingir maiores indicadores, de modo a multiplicarmos muito mais os números que temos hoje. Sabemos que temos limitações, somos mantidos pela iniciativa privada, somos mantidos pela indústria, as demandas são muitas, pela manhã nós ouvimos aqui diversas necessidades, infelizmente nós temos limitações, mas temos certeza, principalmente tentando fazer melhor pela melhoria e pelo desenvolvimento do nosso Maranhão. Muito Obrigado! 53 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Secretário, que dentro daquilo que for possível, estaremos tentando fazer mais e A EXPERIÊNCIA DE SÃO PAULO Almério Melquíades de Araújo Vou fazer um rápido resumo desses anos, nós nascemos em 1969, 1970 dentro de um processo mundial de cursos de tecnologias. Surgiram na Alemanha, na Europa, nos Estados Unidos e São Paulo. Se ganhou uma faculdade de tecnologia que oferece e constrói uma formação de um profissional de nível superior diferente daquele que a universidade faz há séculos. Para isso no mundo inteiro havia na época uma presunção de que o forte desenvolvimento industrial e a grande urbanização trazida a partir dos anos 60 e 70, demandava esse profissional específico, que pudesse estar atuando de uma forma a melhorar processos e produtos dentro das diferentes áreas de produção. Essa era a intenção nossa na época. O Paula Souza, diferentemente de outros órgãos, como o SENAI, nós 54 profissional de nível superior e dessa forma ficamos por mais de dez anos fazendo uma formação exclusivamente do nível tecnológico, temos também do ponto de vista estratégico muito parecido com o que o Secretário Bira anunciou aqui como intenção do Instituto que está sendo criado aqui no Maranhão e é construir uma rede que forme técnicos e tecnólogos associados as demandas e atendendo as diferentes complexidades dos sistemas de produção de produtos e serviços em qualquer área. Menciono a área cultural que era uma coisa que não se falava há dez anos atrás. Quando se falava de ensino técnico se pensava muito em ensino industrial, ensino comercial e o ensino agrícola. Hoje nós percebemos que não, que o ensino técnico pode abranger a área de alimento, de hospedagem, de hotelaria, de arte. Nós temos cursos na área de dança, temos cursos na área de produção de hortas e próteses, enfim há uma diversidade muito grande dentro do que nós chamamos genericamente de formação profissional, entretanto, a intenção é sempre EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS começamos pela formação profissional mais complexa, começamos com a formação ter orgulho na formação básica e científica desse técnico ou tecnólogo e ter também uma formação que permita hoje dentro do discurso da necessidade, do empreendedorismo e da inovação, que esse técnico, particularmente que esse tecnólogo, tenha formação científica e autoestima suficiente para melhorar o processo. É muito difícil fazer isso. A tradição de um técnico estava muito mais associada às habilidades, a operacionalização mesmo que ela fosse crítica, havia uma cultura que entendia que o técnico particularmente tinha muito haver com os operadores. Hoje não, quando você vê a reforma, os princípios, as diretrizes curriculares do ensino técnico e do ensino tecnológico, se percebe que é muito mais abrangente esse perfil profissional, ou seja, não basta estar associado às características do processo de produção, mas também tem que ter a formação e autenticidade suficiente para que se possa contribuir para melhoria desse processo e isso não deve ser feito exclusivamente por pesquisadores nas universidades, nos centros tradicionais, pode ser feito hoje pelos centros de formação profissional. 55 coordenadorias do ensino técnico e tecnológico, mas, naquela parte de cima nós temos um gabinete da superintendência, ou seja, a cabeça que a gestão tem, o conselho deliberativo, que é o conselho que articula a coordenadoria, tem uma assessoria jurídica, tem um setor de inovação, enfim você tem um grupo que assessora diretamente ligado à superintendência, diferentemente daqui que têm reitores e pró-reitores, pelo que eu entendi. Esse é o modelo a ser instituído aqui no Maranhão, nós temos um modelo administrativo diferente, abaixo você tem as coordenadorias que cuidam da parte de recursos humanos, toda parte de obra, construção e reformas. Nós temos engenheiros, temos também o setor financeiro, temos coordenadoria de pósgraduação, ainda muito pequeno, temos uma coordenadoria de graduação que coordena as 64 faculdades de tecnologias, nós temos 70 mil alunos fazendo cursos EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS O Paula Souza tem essa estrutura, eu detalhei apenas a estrutura das superiores de tecnologia e tem a coordenadoria que eu coordeno que tem duzentos e dezoito escolas técnicas mais as classes descentralizadas nas extensões. Esse é o quadro geral do Centro Paula Souza, eu não detalhei os outros setores porque são mais de caráter meio, detalhei as duas grandes coordenadorias com as atividades fins que estão voltadas para o ensino. A coordenadoria de ensino superior a CESU ela tem esses grupos, o grupo acadêmico pedagógico, administrativo, tem o comitê dos 64 diretores das faculdades que elegem o grupo de 6 a 7 pessoas que constitui o comitê que atuam mais diretamente junto à coordenadoria das FATEC’s. Dentro da minha coordenadoria tem a coordenadoria do ensino técnico e de ensino médio, nós temos um grupo que cuida exclusivamente da formulação de análises curriculares. Para entender melhor essa estrutura nós temos três eixos. Trabalhamos com a ideia que o planejamento educacional é currículo, tem o desenvolvimento dos currículos, com o apoio da educação curricular para atualizar supervisão educacional em onze regiões de São Paulo que dão um apoio mais direto nas escolas. Tem um grupo pequeno, tem educação à distância tendo apenas cinco cursos técnicos, grupo de construção de currículo, ele tem que trabalhar permanentemente com o setor produtivo, ou seja, nós construímos a ideia de que currículos se constroem dentro da escola exclusivamente, nós podemos conduzir esse processo, mas os laboratórios de currículos eles têm que ter na sua composição gente que demandou o curso, nós criamos uma média de três cursos todos os anos, ou seja, surge a demanda, nós solicitamos ao setor que indique especialistas, chamamos pessoas, professores que atuam na área e eles vão se reunindo no prazo de oito vezes no decorrer do ano e elaboram dentro de uma busca constante, em consenso, qual é o pedido daquele profissional, quais são as suas atribuições e atividades, olhando a classificação brasileira de ocupações. 56 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS tecnicamente e pedagogicamente um conjunto de professores e tem um grupo de Afinal, você não forma o técnico para esse ou aquele município, nem para aquele estado, é um diploma de validade nacional você tem que estar referenciado também, tem documentos nacionais como o CBO do Ministério do Trabalho, tem dos diferentes perfis já existentes e outras instituições. Então nós vamos construir deliberados formativos com certificações intermediárias desde que essas certificações tenham alguma coisa haver, algum cargo ou função existente em processos produtivos, não podemos também criar certificações que não tenham nenhuma conexão com as diferentes demandas dentro daquele ramo profissional. Definimos depois qual é a infraestrutura mínima, temos hoje o layout, a descrição de todos os laboratórios e também estabelecemos quem é o profissional que vai poder atuar naquele curso, nessa ou naquela disciplina, nesse ou naquele projeto profissional, todos os currículos têm que ter a conclusão curricular e ter a duração de 1 ano e passa por uma nota. Esse, de grosso modo, é o funcionamento desse grupo de formulação de currículo. Vamos para o grupo do Centro de capacitação que chamamos de técnica 57 cinco a trinta por cento, de todos os professores, um curso de quarenta horas ou sessenta horas, sendo semipresencial ou a distância, tendo parceria com indústria e universidade. Temos que nos virar para, pelo menos vinte e cinco a trinta por cento dos professores ter acesso a alguma inovação num plano pedagógico ou tecnológico que é uma forma também de criar um espírito de rede, é uma forma de fazer com que os professores se encontrem e troquem experiência. E tem o grupo de supervisão que é um grupo de controle, que examina se de fato aquele currículo, aquelas metodologias propostas do currículo estão efetivamente sendo desenvolvidas na escola. A educação técnica, na semelhança do ensino superior, tem uma perda muito alta, eu não digo a formação técnica diurna, essa perde um pouco, período integral, curso integrado, técnico e médio, esse a perda é cinco por cento, muito baixa, algumas transferências, etc. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS de capacitação continuada. Ele tem a obrigação de oferecer pelo menos, de vinte e Entretanto, essa escola técnica quando vai à noite que são os cursos concomitantes ou subsequentes ao ensino médio, que é uma escola adulta, são classes mais heterogêneas, do ponto de vista etário, e também do ponto de vista de conhecimentos prévios, tem uma perda que eu considero brutal, de trinta a quarenta por cento, esse é o nosso calcanhar de Aquiles quando se trata de ensino tecnológico superior, que também é, de grosso modo, do ensino superior em geral. Isso nós não temos ainda uma resposta para solucionar, para enfrentá-la do ponto de vista das causas dos problemas internos e externos Então essa é a ideia do funcionamento da coordenadoria do ensino superior. Como já mencionei ela tem que estar vinculada aos setores produtivos, ela tem que garantir uma narrativa, uma articulação com os setores de pesquisa do comércio. Enfim, a coordenação do ensino superior tem algumas responsabilidades que nós da Coordenadoria do ensino técnico não temos, mas um compromisso de fazer uma articulação com médio e técnico seja ele no modelo integrado, nós temos uma cooperação, porque o Centro Paula Souza é uma autarquia pública vinculada à Nós temos uma grande parceria com a Secretaria Estadual de Educação, utilizamos hoje cerca de cento e vinte escolas públicas estaduais para o oferecimento e uso técnico fora da Escola Técnica, cursos mais voltados à área de gestão, informática, cursos que dependem do ponto de vista laboratorial apenas de laboratório de informática, então esses não impacta, você pode usar também no laptop, ou seja, ele não vai impactar a estrutura da escola pública regular e com a ideia da diminuição que é uma notícia boa do segundo ciclo fundamental e do ensino médio noturno. É coisa nossa, é coisa que tem ensino básico de noite, até pouco tempo ensino médio era predominantemente noturno que é um absurdo isso. Nós estamos corrigindo isso, está gerando uma grande ociosidade para as escolas de ensino médio período noturno. Aí nós fazemos convênios com a Secretaria Estadual de Educação e oferecemos cursos para alunos da Secretaria de Educação 58 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, semelhante aqui. No geral, são alunos oitenta a noventa por cento, por isso Paula Souza tem duzentas e dezoito escolas e tem mais de trezentas extensões descentralizadas, cento e cinquenta aproximadamente contando com prefeituras, que seria também por conta da ociosidade do período noturno, espaço para que ofereçamos, principalmente em pequenos municípios, necessidade de construir uma escola técnica de uma demanda permanente de uma formação profissional, nós trabalhamos basicamente com esse perfil que seria o técnico, o que é o técnico? Se eu fujo de um modelo mais clássico de olhar o técnico operador, o operário especializado ou um operador mais classificado, entretanto a redução da hierarquia dentro desse processo de produção, foram dez funções hierárquicas para três quartos, você tem que dar mais autonomia para esses técnicos. Eles têm que ter uma capacidade para planejar, executar e controlar, ele tem que saber se aquilo que ele está fazendo, está fazendo adequadamente de acordo com o projeto que ele recebeu. Temos esses números de cursos técnicos, a totalidade integrada e concomitante, cento e setenta e sete, temos esse número de professores 15.007, de subsequente que ainda domina, mas há uma diminuição do ensino técnico concomitante e subsequente que no período diurno estamos crescendo há três anos. A ideia é 173 concomitantes e 70 integrados, o ensino médio regular, vamos eliminar e integrar todo ele com o ensino técnico. O tecnológico tem o crescimento em média de 4% ao ano; predomina o estudo noturno, e estamos empenhados em ampliar porque é a maior deficiência da formação técnica para os jovens de 14 a 17 anos. Este é o número de técnicos que nós formamos: a média de 70 mil técnicos por ano. Nesse âmbito tecnológico temos formação profissional com maior intensidade na área de gestão, de indústria e de comunicação. É isso, agradeço mais uma vez o convite por estar aqui falando um pouco dessa experiência. Obrigado secretário. Obrigado a todos! Eu desejo sucesso ao 59 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS administrativo 5.009 e de auxiliares docentes 469, temos um ensino concomitante empreendimento, nós temos a responsabilidade de fazer uma boa escola pública e de vez em quando ver que nem parece uma escola pública. Obrigado! 60 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A EXPERIÊNCIA DE PERNAMBUCO Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Quero agradecer ao Governo do Estado do Maranhão e ao secretário pelo convite, dizer da minha satisfação de estarmos aqui com troca de ideias e quando nós vimos fazer uma apresentação dessas aprendemos muito, principalmente com outros estados como: Bahia. Paula Souza que é nossa inspiração e também o trabalho do sistema S, tudo que eu falar aqui, eu sou da Secretaria de Educação, em tudo nosso trabalho é voltado para os cursos técnicos. Em Pernambuco, a formação de ensino continuado fica por conta de outra secretaria, a de Trabalho e Emprego. Isso foi lá de 2009 e nós vamos ver aqui na nossa apresentação que é muito ligado. Eu não tenho como dissociar a educação integral lá no estado de Pernambuco, então eu fico muito feliz da apresentação pela manhã do Instituto, educação de ensino médio integrado a educação profissional fazer parte do Instituto, do IEMA de vocês. E nós criamos uma estratégia para fortalecer esse ensino 61 Nós também temos a educação profissional que até o ano de 2009 estava sob a responsabilidade da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco. E essas estratégias foram as seguintes: infraestrutura escolar, nós precisávamos transformar a escola do ensino médio para atender estudantes na educação integral que logo em seguida aqui vem a profissional, a oferta de experiências inovadoras de tecnologia para tornar a escola mais atrativa e o ensino médio nosso. E no país como um todo, em 2007 era um caos. Em face disso, o Governador Eduardo Campos criou o pacto pela educação, gestão por resultados voltada e acompanhada por ele mensalmente, por todas as 17 regionais que trabalham com a educação. Eu trouxe aqui um mapa do estado para que vocês EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS médio no estado do Pernambuco. percebam que a educação do estado de Pernambuco está dividida por 17 regionais e essas, nós temos hoje, dados de 2014, 337 mil estudantes do ensino médio. Eu vou falar aqui e vocês vão perceber que nossas escolas, atendem hoje metade desses estudantes, a educação profissional se encontra ali, dados do ano passado, 12.139 estudantes do ensino médio integrado no estado do Pernambuco. Em 2007, o governador materializou este programa de educação integral criando as escolas de referência de ensino médio, são as escolas do ensino médio com a educação integral no ano de 2009, ele traz de volta a educação profissional que até então era de responsabilidade da secretaria de Ciência e Tecnologia e cria o programa da educação profissional sob a responsabilidade da secretaria a qual eu respondo com o programa da educação integral e todas as nossas escolas de educação profissional têm o ensino médio integrado em tempo integral. Quais as estratégias que nós utilizamos para acompanhar e medir os resultados desses estudantes? O SAEB criado também em 2008, uma prova de língua portuguesa e matemática que os queridos estudantes de Ensino Médio realizam, o 62 mesmas características do IDEB e a avaliação do pacto pela educação que é uma avaliação do 1º 2º e 3º ano do ensino médio para acompanhar o desenvolvimento desses estudantes. E aí vieram os programas, o tablet, um computador por aluno, o concurso professor-autor que nós temos na nossa rede. Esse professor na educação profissional e da educação integral do ensino médio como um todo eles preparam a aula e essa aula fica disponível no tablet do estudante e também em toda a rede para que cada professor possa usar essa aula, e essas aulas, quando premiadas, eles têm mil reais por aula. Cada professor pode aprovar até 40 horas aulas para ficar lá, disponível para os professores, e foram premiados 909 trabalhos que estão disponíveis até hoje, sobre todos os conteúdos do ensino médio. Criou-se também o programa Ganhe o Mundo que é o programa para os estudantes também do ensino médio, cursando o 2º ano. Ele tem direito a passar 6 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS IDEPE que é o Índice de Desenvolvimento da Educação de Pernambuco são com as meses, porque o 2º ano?, para que ele termine o ensino médio conosco de 4 a 6 meses nos países: Austrália, Argentina, Canadá, Chile, Espanha, Estados Unidos e Nova Zelândia. Nós acreditamos, o governador dizia muito na época, que são esses programas que iam tornar essas escolas mais atrativas para esse estudante e os professores contando com a equipe da educação profissional na construção dessas escolas. Eu fico muito feliz quando eu vejo aqui hoje pela manhã vocês já estudando, fazendo avaliações, onde colocar essas escolas técnicas. Aqui é o estado do Pernambuco, ele é dividido em doze regiões de desenvolvimento. São 17 regionais de educação, mas em região de desenvolvimento são 12 e foi feito, realizado um estudo no arranjo produtivo do estado de cada região dessas para servir como indicador e para onde iam as escolas técnicas que estão sinalizadas e, desse mesmo modelo que vemos hoje. Então hoje o estado do Pernambuco, em nenhuma cidade com o número mínimo uma escola técnica, porque em Recife nós temos 6, mas no mínimo 1 em cada cidade com 40 mil habitantes tem uma escola técnica dessa. Os critérios de escolha para que se colocasse a escola naquele município, o estudo de arranjo produtivo daquele local, oferta dos institutos federais. Quando eu digo isso, por exemplo, Petrolina, que é uma grande cidade, mas tem instituto federal lá, inclusive um campus. Então lá em Petrolina não foi possível colocar um instituto, uma escola técnica estadual, tendo em vista não haver competitividade com o instituto. A oferta gratuita do sistema S, nós temos hoje várias, eu não sei dizer hoje quantos, quantas escolas no sistema S, mas todas as grandes cidades de Pernambuco são atendidas com o sistema S, responsável pela grande oferta de educação profissional, diga-se de passagem, no nosso estado até hoje. Oferta de escolas técnicas regionais numa mesma região, no eixo de desenvolvimento, onde se 63 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS de habitantes igual ou superior a 40 mil habitantes, ela deixa de ter, ela tem hoje no colocavam escolas que sabemos, ela não vai atender só aquela cidade, mas um todo, demanda da população, conforme outros processos seletivos, porque dependendo do curso, há uma procura muito maior do que outro e essas escolas nos permitem mudar quando não há esses cursos e obras estruturadoras, novos empreendimentos na região. Nós, de 2008 para cá, passamos por uma fase de desenvolvimento econômico muito grande no estado do Pernambuco e era preciso, se fazia necessário, que nessas regiões em desenvolvimento tivessem uma escola técnica, como é o caso de Cabo de Santo Agostinho. Aí eu trouxe o recorte aqui de uma região para vocês perceberem que das doze regiões que eu falei, a RD da Mata Norte. Ela tem quatro escolas na região em desenvolvimento, mas próximo a ela têm outras regiões, uma outra região em desenvolvimento, ela também aparece nesse azulzinho que tem ETE aqui na cidade de Goiana, Timbauba, Carpina e de Paudalho. 64 ter no mínimo esse quantitativo de escolas porque normalmente é uma cidade igual ou com mais de 40 mil habitantes. Aí são como funcionam as escolas, nós temos hoje no estado do Pernambuco 28 escolas técnicas estaduais, das quais 20 são padrão, construídas dentro de um padrão técnico e temos 300 escolas de educação integral. O regime nessas escolas é um regime integral, integralizado na educação profissional, 40 horas distribuídas em cinco dias da semana, os professores eles têm educação exclusiva, eles têm um adicional, eles são professores do estado. Nessas escolas nós trabalhamos com dois tipos de professores, são os professores que nós chamamos da base comum, são do estado no regime de educação exclusiva e professores por contrato temporário que eles recebem o valor da hora/aula igual ao professor do tempo integral. Se ele tiver nessa escola 200 horas/aulas, ele terá o salário igual ao professor com a gratificação de exclusividade. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Então, são regiões que vocês veem aí no mapa, no recorte, toda região vai As formas de oferta por meio de educação profissional, das 7h30min às 17h30min. Todas as nossas escolas elas também atendem a noite subsequente. Então, elas atendem 540 estudantes durante o dia e 540 estudantes durante a noite no subsequente para quem já tem ou já terminou o ensino médio. A nossa concomitância, nós só temos e fazemos o técnico concomitante através da EAD, nós temos hoje, trabalhamos desde 2001 com EAD, hoje nós temos um diferencial, deixa eu ver aqui um dado, o dado é do ano passado, mas, hoje nós temos 14 mil estudantes fazendo curso técnico em EAD em nove cursos técnicos. Aqui são os cursos oferecidos, nós temos 35 cursos atualmente funcionando nessas escolas, em diversas áreas, e aqui é a evolução. Em 2007 até 2009 eram seis escolas técnicas, na verdade cinco escolas técnicas e uma escola regular que funcionava com uns cursos técnicos que era sob a responsabilidade da Ciência e Tecnologia, e nós não queremos dizer isso que era por conta de não estar na educação, mas é que não existia naquela época política de tem hoje. E a partir de 2009 nós vemos o crescimento a 2015 com 28 escolas, e 12 escolas com mais de 70% já construídas para nós inaugurarmos agora em janeiro do próximo ano, então em janeiro estaremos com 40 escolas técnicas em todo o estado do Pernambuco. Aqui, a série histórica dos estudantes, em 2007 eram 2.477 estudantes na educação presencial, dados do ano passado 12.139 e na EAD, aí na EAD nós começamos lá em 2008 que já veio com resquícios lá da Ciência e Tecnologia, mas com isso mesmo nós começamos em 2010 com 1.037 alunos e dados do ano passado com 10.503 estudantes, não presencial, nós temos 35 cursos e na EAD 9 cursos. E aqui é a variação que nós temos do IDEPE, daquele índice que nós falamos lá, que é bem parecido com o IDEB e quando nós fazemos essa avaliação com as escolas regulares e do ensino médio, elas têm uma média de 3,25, quando nós 65 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS educação profissional no país e Pernambuco também não tinha essa política como fazemos com as escolas semi-integrais 4,07, as integrais 4,53 e as técnicas 4,86. A média do estado do Pernambuco, isso é dado censitário do IDEPE, é 3,54. No IDEB do ensino médio nós estamos hoje no país em 4º lugar é 3,6, então é um índice que se assemelha muito ao IDEB e as escolas técnicas saem na frente. Nossas escolas, várias delas, têm o IDEB acima de 5,0, isso é muito bom e esses dados do IDEB nós acreditamos que sejam reflexo de todo o investimento no ensino médio na educação profissional do estado. Em 2007 o nosso IDEB nacional era 2,7, nós éramos o 21º lugar e passamos para o 4º lugar em 2013. Já saiu nesse ano o índice de abandono, em 2013 nós fomos o 1º lugar do país. O índice de abandono era de 5,2 no ensino médio, este ano, 2014, já saiu o índice de abandono e continuamos no 1º lugar. Caímos mais 30% e esse índice é de 3,6. Então nós acreditamos que nesse ano, o IDEB do ensino médio, e nós acreditamos que esse índice vai nos ajudar muito a brigarmos para sairmos daquele 4º lugar e ficarmos entre os três. 66 governador Eduardo Campos fazia e ele dizia que queria em 2013 estar entre os cinco primeiros lugares do IDEB do ensino médio de 4,1, nós ficamos no 4º lugar com o IDEB de 3,6 e nós brigamos para que esse ano saia esse primeiro lugar ou entre os três, entre os três está bom para nós, um estado do Nordeste não é brincadeira para o ensino médio. Aqui são algumas matérias de algumas revistas, nós temos também uma amostra pedagógica que nós fazemos anualmente em todas essas escolas com experiências exitosas porque isso incentiva a escola a fazer também na sua escola, porque são as melhores experiências que vão a uma determinada cidade. Temos um fórum também da educação profissional e temos também essas conquistas desses nossos estudantes. Nós temos uma parceria com uma das escolas, temos também com a Microsoft nas escolas técnicas e aí essas cinco meninas, essas cinco crianças, estarão viajando agora dia 29, foram selecionadas para a final nos Estados Unidos EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Quando eu lembro bem, que eu estava em uma dessas reuniões que o ex- para representar na América, elas concorreram com vários países e vão ser nossas representantes. É isso, muito obrigado! Mais uma vez parabéns por essa atitude de vocês. 67 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS 2 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA Ceará Sest/Senat Sebrae Senar Senac A EXPERIÊNCIA DO CEARÁ Maria Alves de Melo Inicialmente, boa tarde a todos e todas! Nós queremos em nome da Secretaria Estadual de Educação, especialmente na pessoa do professor Maurício Holanda e da Coordenadora da Educação Profissional, professora Marta Emília, agradecer o convite de estar aqui presente. É sempre bom compartilhar experiências, como já foi dito anteriormente pelos colegas que nos antecederam. Nós aprendemos muito ouvindo a experiência dos demais e dizer como disse no início a professora Marly, nem tudo são flores não, tem coisas boas, mas tem muitos percalços no meio do caminho, mas se a vontade de acertar é maior do que isso, nós superamos os desafios aprendendo o jeitinho e parabenizamos a iniciativa aqui do Estado, a implantação dessa história de educação profissional aqui no Estado que começa agora. Obstáculos acontecerão com certeza, mas nós sentimos aqui a firmeza nas palavras de todos aqui do estado nessa vontade de acertar e isso é muito importante. 69 contarmos um pouco da nossa história. Nós começamos em 2008, na verdade em 2007 quando o Estado fez a adesão ao Programa Brasil Profissionalizado, cujo objetivo é incentivar o ensino médio, a oferta de ensino médio integrado a educação profissional e nós começamos em 2008, após ter firmado o convênio com 25 escolas, é um início assim meio ousado não é? Normalmente vamos com experiência piloto, mas começamos com esse desafio imenso de dar conta dessas 25 escolas estaduais de educação profissional e, na rede estadual não tínhamos nenhuma experiência, então foi um desafio muitíssimo grande. No início essas 25 escolas receberam o nome de CEJOV (Centro de Educação para a Juventude), mas em 2008 foi criado através de lei estadual, passou a denominar-se de Escola Estadual de Educação Profissional. Inicialmente nós trabalhamos com 4 cursos técnicos, que foi Enfermagem, Guia de Turismo, Informática e Segurança do Trabalho, são cursos assim que dá para atuação de modo EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Então aqui eu vou tentar rapidamente, são só quinze a vinte minutos para geral, não só no município em que eles estavam acontecendo, mas também no estado como um todo. Nesse primeiro momento foram contemplados 20 municípios. Eu estava vendo aqui de manhã a história dos 23 municípios, não é Secretário? Sempre alguém pergunta, mas porque não no meu município, porque não mais um, nós precisamos. Na verdade, todo o estado precisa, mas para começar tem que partir de um ponto e não dá infelizmente para atender a todos ao mesmo tempo. Então, como foi que nós começamos. A nossa Secretaria é dividida em 20 Coordenadorias Regionais de Educação, que são mini SEDUCs em municípios maiores e a Superintendência das Escolas de Fortaleza. Então inicialmente nós pegamos 20 municípios que contemplassem cada uma dessas coordenadorias regionais e a superintendência das escolas de Fortaleza que inicialmente recebeu 4 escolas, então nós fechamos 25 escolas, com 4 cursos, atendendo inicialmente a 20 municípios que em média têm 100 mil habitantes, 100 mil habitantes ou acima. 70 implantar mais 26 escolas e passamos a ter 51 escolas, um desafio muito maior, não dá tempo de tomar fôlego. Nós preparando tudo, as coisas acontecendo e nós correndo com tramitação no Conselho Estadual de Educação para tentar regularizar, tentar o reconhecimento dos cursos, o credenciamento das escolas, a contratação de professores e consultores para a parte técnica dos cursos, enfim, uma maratona que até hoje nós ainda não descansamos, porque ainda continuamos inaugurando escolas, agora no mês de agosto para setembro, vamos ter mais duas. Nesse ano de 2009, foram ofertados mais nove cursos diferentes e ficamos com 13 cursos, o atendimento foi de 4.069 alunos nessas 26 escolas, porque nas primeiras 25 foram 4.181 alunos e no segundo ano em 2009, essas escolas começando com o primeiro ano, então totalizando 11.279 alunos. Contemplamos mais 19 municípios porque há municípios que têm mais de uma escola agora, um total de 39 escolas em 2009. Mais adiante eu falo como é cada uma delas. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS No segundo ano, em 2009, nós já gostamos do desafio e conseguimos Em 2010 mais 8 escolas e totalizamos agora 59, mais 5 cursos diferentes e agora temos 18, mais 1.142 alunos matriculados nessas 8 escolas, juntando com o que tinha nas demais escolas são 17.342 alunos, três municípios atendidos, e agora tínhamos 42 municípios em 2010. Nesse ano de 2010 também foi através de um Decreto Estadual, criando a Coordenadoria de Educação Profissional, porque em 2008 a organização e o comando dessas escolas, ficavam a cargo da Coordenadoria Geral que cuidava de todas as escolas da rede do ensino médio e em 2009, foram criadas três células que até hoje existem dentro dessa coordenadoria e essas três células ainda vinculadas a Coordenadoria do Ensino Médio davam conta dessas escolas, mas com o aumento constante percebeu-se a necessidade de uma coordenadoria para tomar de conta dessas escolas. Essa coordenadoria é dividida em três células, nós temos a célula de currículo, da qual eu sou orientadora, temos a célula de estágio que nós consideramos assim uma célula irmã, porque o Estágio é um conteúdo, é encarado 71 especificidade que daqui a pouco eu vou falar, por ter uma especificidade muito assim particular formou-se uma equipe para tomar de conta. Tem as questões políticas, as questões financeiras, etc. E a célula de materiais que é uma célula meio, que dá um suporte para implementação do currículo nas escolas no desenvolvimento desse estágio. No ano de 2010 nós fechamos o primeiro ciclo, porque é o ensino médio integrado ao técnico e que se desenvolve ao longo dos três anos do ensino médio. Então as escolas que iniciaram em 2008, que são as primeiras 25, formaram em 2010 tendo a primeira formatura, dos primeiros quatro técnicos, então foram formados 3.334 alunos que participaram do estágio. Nesse primeiro momento assim foi difícil, a concessão de empresas concedentes ao estágio, apesar da particularidade que nós temos de um pagamento EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS como uma disciplina obrigatória no currículo, é pedagógico, mas por ter uma de uma bolsa que eu vou falar mais adiante, nós tínhamos 183 concedentes no ano de 2010, concedentes de estágio. No ano de 2011 nós inauguramos, implantamos mais 18 escolas, agora somaram 77. Detalhe, as primeiras escolas, de 2008 até 2010, funcionavam e ainda funcionam algumas delas em prédios que foram adaptados. Eram escolas normais de ensino médio, algumas em prédios normais de escolas. E assim qual foi o critério para escolher quais escolas inicialmente se tornariam escolas profissionais? Primeiro as escolas que tinham um alto número de evasão, uma forma de corrigir, uma forma de tentar corrigir esse fluxo, então eram escolas que apresentavam alto índice de evasão, localizadas em bairros onde a população é extremamente carente e extremamente vulnerável. Tem uma forma de trazer esse pessoal para dentro da escola, a escola funcionando em tempo integral e as escolas foram adaptadas porque elas funcionam em tempo integral. Tem a questão dos laboratórios que precisam de espaço, então elas passaram por esse processo de adaptação, mas já em 2011 essas 18 escolas inauguradas são padrão MEC, daqui a 72 Nesse ano também foi uma correria, foram implantados mais vinte e cinco cursos técnicos diferentes dos que nós já oferecíamos. Então, esse ano de 2011 somamos quarenta e três cursos ofertados, 3.044 alunos foram matriculados nessas dezoito escolas e somando com as demais perfazemos um total de 23.753 alunos atendidos nessas escolas, mais 15 municípios foram atendidos, totalizando agora 57 e nesse ano de 2011 formou-se a segunda turma dos alunos que entraram no ano de 2009, então 6.131 alunos entraram em estágio e se formaram. Vejam no ano de 2010 nós tínhamos 184 concedentes, já em 2011 quando colocamos a segunda turma que já estavam se formando o número de concedentes de estágio subiu para 1.643, o que mostra uma certa credibilidade no projeto, acreditaram na formação desses meninos e hoje em dia nós já temos assim um número bem expressivo de empresas concedentes e temos só a agradecer a Deus. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS pouco eu também vou mostrar. No ano de 2012, mais quinze EEEPs e de 2011 em diante só escolas com padrão MEC, quinze escolas implantadas, somou-se 92, mais oito cursos diferentes, e temos agora cinquenta e um, totalizando 2.494 alunos nessas quinze EEEPs, somado com as demais são 29.958 alunos, mais treze municípios atendidos, totalizando setenta e mais a terceira turma que se forma de 6.054 alunos. Em 2013 mais cinco EEEPs e começou a diminuir o número de escolas novas porque nas primeiras vinte e cinco, algumas tinham estruturas realmente não boas, então há muitas escolas a partir daí que foram construídas e as anteriores foram substituídas, perfazendo um total de noventa e sete escolas em 2013, continuamos com cinquenta e um cursos ofertados, nenhum curso novo em 2013. O total de alunos foi de 35.522, com setenta e três municípios atendidos, 9.109 alunos em estágio, sendo a terceira turma que se forma e o número de concedentes de estágio aumentou para 3.012. Em 2014, mais nove EEEPs totalizando cento e seis, com cinquenta e três cursos, sendo três novos e um dos cursos que estava sendo ofertado foi retirado. 73 realizando estágios na quarta turma, é o quarto ciclo que se fecha e 3.278 concedentes. Em 2015, nesse primeiro semestre até maio, foram implantadas mais sete escolas, com previsão para agosto. São cinquenta e dois prédios já adaptados e sessenta e um prédios padrão MEC, então algumas escolas que ainda serão construídas, algumas serão totalmente novas e outras em substituição a esses cinquenta e dois prédios. Pelo processo que ainda está em andamento, então algumas mais adiantadas e outras agora solicitadas, nós pretendemos totalizar o pacote do governo em cento e trinta e cinco escolas, temos cinquenta e dois neste ano de 2015, são cinquenta e dois cursos técnicos, é uma demanda grande, é uma coisa assim gigante. São 4.402 professores, quem são esses professores? Os professores da base nacional comum, eles são os próprios professores da rede, alguns concursados, mais ou menos EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Somando 40.979 alunos em 2014, com oitenta e dois municípios, 12.192 alunos meio a meio, metade concursados outra metade contratada temporariamente, como existe em todo o estado, professores contratados temporários e cerca de 1.200 professores técnicos, que são contratados através do CENTEC que é uma organização social, já que a própria Secretaria de Educação não pode fazer isso, essa contratação direta. São 44.646 alunos matriculados, de acordo com os últimos dados do fechamento do Censo que é a última quarta-feira do mês de maio, então somamos esse número de alunos matriculados. Temos hoje para iniciar estágio, alguns já estão iniciando agora no final desse mês e no início do mês de julho, perdão, alguns começaram o estágio no mês de maio, dos cursos de saúde que são seiscentas horas, então têm que começar antes e os demais cursos começam no mês de julho. Totalizando 12.681 alunos que irão realizar estágio esse ano. Nós temos um número maior de concedentes. 4.811 empresas de estágio, públicas e privadas, e agora temos oitenta e oito municípios atendidos, o nosso estado tem cento e oitenta e quatro municípios, não faltam muito, mas alguns 74 população pequena que são vizinhos, então as vezes uma escola atende dois ou três municípios. Nós temos já em execução, são dois consórcios, para frente eu acho que teremos mais consórcios. Aqui é um mapa, essa parte verde são as escolas, nós pretendemos preencher ele todinho, está quase. Aqui é uma foto de uma das escolas de educação profissional padrão MEC, no final eu mostro um vídeo para vocês verem como é essa escola. A estrutura física das EEEPs, o tamanho das escolas padrão MEC, elas têm doze salas de aula, com capacidade para quarenta e cinco alunos, então quando ela atinge o terceiro ano de funcionamento ela conta com a capacidade total que é de quinhentos e quarenta alunos, nós funcionamos em tempo integral, um desafio de implantar a educação profissional no ensino médio em tempo integral, então não foi EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS também desses municípios são atendidos de forma consorciada, tem município de fácil e não está sendo ainda, mas a vontade de acertar é grande então nós seguimos em frente. Essas escolas têm um auditório com capacidade para duzentas pessoas, biblioteca, laboratórios básicos de informática, ciências (que é Física, Química e Biologia) que é em separado e laboratório de línguas, conta também com um ginásio poliesportivo, têm um teatro de arena, refeitório porque os alunos passam o dia todo na escola onde são servidas três refeições (dois lanches e um almoço) e um bloco administrativo. Em relação ao currículo, funcionamos em tempo integral, são nove tempos de aula, então os alunos entram às sete da manhã e saem às cinco da tarde, então nós temos de aula quarenta e cinco horas semanais. Os nossos cursos todos eles têm 5.440 horas, compreendendo a Base Nacional Comum na parte profissional e na parte diversificada. A formação da Base Nacional Comum ela tem a mesma carga horária para todos os cursos 2.620 horas, o que diferencia é a distribuição dessas disciplinas conforme a característica do curso. 1200 horas, tem uma parte diferenciada que é muito variada em função da carga horária do curso técnico, mas algumas disciplinas são fixas, como Projeto de Vida e Mundo do Trabalho, mas desenvolvemos parceria com o Instituto Aliança que é quem dá formação para os professores e prepara o material estruturado, e empreendedorismo e parceria também com o Sebrae que com os professores fornece o material. Temos o horário de estudo e o projeto interdisciplinar. O estágio curricular, o nosso estágio é assim, os cursos do eixo ambiente e saúde tem 50% da carga horária teórica, você tem um curso em geral de saúde, ele tem 1200 horas, são 600 horas para estágio, os demais cursos são 25% da carga horária. De todos eles nenhum dá 400 horas, mas foi uma decisão política da época que ainda está até hoje vigorando e todos os outros cumprindo a carga horária de 400 horas que é bem maior do que o exigido pelo Conselho Estadual de Educação. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A formação profissional conforme o catálogo do MEC, ela tem entre 800 e 75 Esse nosso estágio é diferenciado, nós temos justamente essa facilidade de acesso, porque os alunos recebem uma bolsa, essa bolsa corresponde a mais ou menos meio salário mínimo a cada 100 horas de estágio que é cumprida, então 400 horas ele vai receber quatro vezes esse valor e o de 600 horas ele vai receber seis vezes. A cada 100 horas presta-se conta e ele recebe o valor. A empresa que recebe o aluno não tem nenhum ônus, ela recebe um aluno muito bem preparado, elas gostam demais, tanto é que é crescente o número de empresas que querem os nossos alunos e além da bolsa está incluído na questão dessa remuneração, auxílio transporte, descanso remunerado e seguro. Então assim, as empresas não têm o que reclamar ao receber os nossos alunos. Essas escolas, assim como exemplo as de Pernambuco, como o colega falou, elas realmente impulsionam os números, a qualidade da educação, os números da educação do Ceará mostram que está bem sensível com a distribuição dessas escolas e está acima da média das escolas do estado. A inserção no mercado de trabalho, olhando ali para 2014, primeiro, nós 76 inseridos, passando para 2014 temos 20,45%. Agora sim, como é que temos esses números? Nós não temos assim uma segurança total para dizer o percentual de alunos inseridos, porque não temos ainda. Estamos trabalhando nesse projeto de acompanhamento do aluno egresso, não é fácil controlar o aluno egresso. Ele sai e vai embora. Nos seis primeiros meses eles ainda retornam a escola, ainda mantém um contato com ele, então baseado nesses seis primeiros meses nós temos esses números, mas eles podem ser muito maiores. Então nós estamos firmando agora uma assessoria com o Banco Mundial para desenvolver esse programa de acompanhamento de egresso, então em parceria com outras secretarias, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, CMTT, SISUTEC, e várias outras para nós termos esse controle do egresso. Estão os dados dos alunos que entram na universidade, porque também é assim, a pretensão do currículo dessas escolas de educação profissional não é só EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS tivemos na turma de 2011, do número de formados 27,7% dos alunos foram formar o técnico futuramente a estar disponível para o mercado de trabalho, mas também possibilitar a ele a condição de avançar nos seus estudos, de alcançar a universidade e temos tido um número cada vez mais expressivo de alunos que conseguem entrar numa universidade e muitos conseguem também, graças a Deus, as duas coisas, entrar no mercado de trabalho e ingressar numa universidade ao mesmo tempo. 77 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A EXPERIÊNCIA DO SEST/SENAT Katiane Almeida Batista Em primeiro lugar eu gostaria de agradecer, porque nós não podemos deixar de agradecer o convite para estarmos aqui. Eu vim em nome da diretoria executiva nacional, hoje representada pela Dra. Nicole Goulart, trazendo um pouco do que o SEST/SENAT tem feito na difícil missão, na desafiadora missão, falando particularmente sobre o SENAT, de formar, qualificar, aperfeiçoar profissionais para o setor de transporte. Então, não sei se todos conhecem o SEST e o SENAT, mas o SEST é o Serviço Social do Transporte, diferente da organização de outros S. A instituição SEST/SENAT em tese são chamados de sistema S e nós temos uma organização um pouco diferente porque nós temos uma gestão centralizada e ambas as instituições têm a mesma diretoria e a mesma presidência. 78 nas áreas de assistência odontológica, fisioterápica, orientação nutricional, assistência psicológica, esporte, lazer, recreação, cultura, segurança no trabalho e no trânsito, responsabilidade socioambiental e também dar apoio ao núcleo de inteligência e estratégia no transporte. E o SENAT que é o Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte ele tem como objetivos estratégicos fazer a promoção de cursos de extensão, pósgraduação, mestrado, doutorado, bolsas de estudos para jovens executivos, qualificar e formar profissionais para o setor de transporte, treinar, aperfeiçoar e reciclar esses profissionais e esses três últimos itens que são comuns às duas instituições que é atuar na área de segurança no trânsito e no trabalho, responsabilidade socioambiental e também apoio ao núcleo de inteligência. Bem, está é um pouco da nossa estruturação onde nós temos 149 unidades, essas 149 unidades têm estruturas que nós chamamos de tipologia que é a tipologia EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Então, o objetivo do SEST é atender trabalhadores do setor do transporte A, B, C e D. As unidades de tipologia A, B e C estão nos grandes centros urbanos e as unidades tipo D são apoio ali para os transportadores, os caminhoneiros, os trabalhadores que estão em trânsito e ficam então às margens das principais rodovias do país. Temos então, a organização por meio de Conselho, a Organização Estrutural por meio do Conselho Nacional que exerce a presidência de ambas as instituições, Conselhos Regionais, 14 Conselhos Regionais ao todo, Departamento Nacional Executivo que é composto pela Diretoria Executiva Nacional, que eu já mencionei aqui, a Diretoria Adjunta e Coordenações e Assessorias e então, falando em nome do Departamento Executivo eu assumo o cargo de Coordenadora Nacional de Desenvolvimento Profissional. Falando aqui rapidamente sobre a nossa Promoção Social e os nossos resultados do ano passado, quando falamos de promoção social temos esporte, lazer e cultura representando 5.210.761 atendimentos, Saúde e Qualidade de Vida, representando 1.242.092 atendimentos, num total de 7,3 milhões de atendimentos 79 O Desenvolvimento Profissional em um total de 1,4 milhão de atendimentos realizados no ano passado, 782.704 referem-se a campanhas, palestras e seminários, que são oferecidos para trabalhadores do setor de transporte, empresários, pessoas da comunidade e demais interessados em aprofundar os seus conhecimentos no setor. Cursos a distância que representaram 46.562 matrículas e cursos presenciais totalizando 636.059 matrículas. Nós temos cursos de Educação Presencial e de Educação a Distância de Formação Inicial e Continuada e também Técnicos de Nível Médio. Hoje, boa parte da nossa atuação está voltada para o Curso de Formação Inicial e Continuada e estamos iniciando a oferta de cursos técnicos. Só para exemplificar aqui os cursos mais ofertados, quais são os cursos que as nossas unidades oferecem e são mais ofertados no país, cursos especializados que são regulamentados pelo CONTRAN, para quem quer fazer o transporte coletivo de passageiros e o transporte de produtos EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS realizados apenas em 2014. perigosos, por exemplo, e também são maioria aqui no estado do Maranhão, direção preventiva e operador de empilhadeira, esses são os cursos mais ofertados. E nós temos um amplo portfólio de cursos com mais de 300 ofertados em âmbito nacional e muitos outros ofertados, contribuindo para essa empresa no setor do transporte ou da comunidade. E falando um pouquinho de palestra que tem temas voltados para o transporte, para trabalho e cidadania, que são realizados nas próprias unidades ou nas empresas do setor de transporte, elas visam aprimorar a qualificação do trabalhador e nós temos esse projeto realizado desde 2006, então nós temos um amplo portfólio para atender as necessidades das nossas empresas e comunidades. Alguns exemplos de negociações trabalhadas nas palestras: empregabilidade e valorização do motorista profissional, conhecendo o transporte de passageiros, qualidade de vida no trabalho, educação ambiental e desenvolvimento sustentável. 80 passar um vídeo institucional, onde nós apresentamos de uma forma mais adequada, mais rápida e objetiva, qual é a nossa área de atuação e o que nós temos feito. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Eu queria pedir agora um pouco da atenção de vocês porque eu vou A EXPERIÊNCIA DO SEBRAE Ricardo Luiz Alves Pereira Boa tarde! Bom eu vim falar da experiência que temos em Minas, primeiramente parabéns ao Estado do Maranhão, através da Secretaria, ao Estado do Ceará que serviu como base, é muito bom nós vermos o que está acontecendo aqui, porque às vezes vamos buscar tanta coisa fora do país com tanta coisa acontecendo aqui dentro e nós não miramos. Eu vivo com essa realidade do Brasil, é a pobreza ao lado da riqueza e isso é muito comum, porque em qualquer cidade que vamos, convivemos com isso de uma forma muito tranquila, faz parte do nosso ambiente, faz parte da nossa vida, da nossa vista e isso incomoda a todos que trabalham com a educação, porque eu não acredito em desenvolvimento socioeconômico se não houver a parcela de investimento significativo na educação e tem que ter paciência porque investimento em educação é só em longo parazo. de aula nessa outra sala de aula? Essa é a realidade do sistema do país e a pergunta que nós começamos a fazer, e a educação é para empreender ou para formar mão-deobra? Eu sou de uma época que minha mãe falou para mim assim: estuda, estuda muito meu filho para você arrumar um emprego. E eu tive que estudar muito para poder arrumar um emprego, às vezes nós ouvimos falar: estuda muito para poder você montar um negócio e para você gerar emprego, para virar gerente de marketing, para fazer bons negócios e nós temos isso enraizado na cultura e que tem que estudar muito para não trabalhar em prol dos outros. Eu sou de uma época que o bonito era estudar e passar no concurso para o Banco do Brasil ou buscar um concurso público e lá em casa nós somos seis filhos e quatro seguiram à risca, quatro são funcionários públicos, eu e mais um não. Eu já EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS E como é que transformamos esse aluno aqui nesse formando, ou essa sala 81 abri negócio e já quebrei três vezes, hoje eu tenho um negócio paralelo que eu consigo conciliar minha carreira. Mas porque essa formação de mão de obra não pode ser empreendedora também? E nós estamos num mundo hoje com 7 bilhões de habitantes, toda educação já é globalizada, não adianta achar que não. Quem é professor aqui? Se acostume ao tablet, smartphone, não dá, nós não estamos mais na sala de aula para ensinar, estamos na sala de aula para facilitar o processo de aprendizado. Se você pegar a estrutura de uma sala de aula é a mesma que a minha avó aprendeu, mudou o mobiliário, mudou a cor da roupa, mas aprendemos em fileira, um atrás do outro e quando vai para o mercado de trabalho quer que você seja dinâmico, participativo, que tenha o olhar crítico, nós não aprendemos, não ensinamos isso na escola. Então nós começamos a avaliar essas coisas que estão acontecendo no mundo que é globalizado. Eu tive a oportunidade de visitar alguns países, um deles foi o Vale do Silício, todo mundo aqui conhece o Vale do Silício, e o Vale do Silício existe…. Chuta para mim, quantos anos vocês acham que existe a cultura do Vale do Silício? Década 82 44 anos atrás e ele é famoso há 10 ou 15 anos, mas a cultura de lá era a mesma dele, e vai abrir e começa o seu negócio lá. Estou aqui com uma ideia de como seria o modelo, pessoas com talento, numa região que dá suporte, tem universidades, com cultura, e a cultura vamos falar um pouquinho mais, essa cultura me chamou muito a atenção, é uma cultura da colaboração, da confiança, diretoria, de pessoas que ganharam algum dinheiro, passaram em algum lugar e depois voltou de novo para sociedade para investir em tecnologias, em novos avanços e se desafiam o tempo inteiro. Por exemplo, se você tem uma ideia de algum negócio, aqui no Brasil no Sebrae é assim, se as pessoas têm uma ideia e uma pergunta para desenvolver, ai eu não vou falar nada senão você vai roubar a minha ideia, lá não, eu posso não te ajudar, mas eu sei quem te ajuda, é a cultura da colaboração e aí tem “n” casos para vocês conversarem. Eles têm o pensamento global, tem uma brasileira que foi para lá EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS de 80, certíssimo! A maioria acha que é coisa nova, não é? O Vale do Silício surgiu há e quando eu contar o caso dela todo mundo vai admirar. Ela montou um site para mulherada, que deve entender, mas a marca eu não sei muito bem, quais as marcas famosas por aí? Marca famosa, Vitor Hugo e outras tantas aí. E aí eu olhando os negócios dela, você aluga bolsas? E ela disse, não, ah não, o meu negócio é o seguinte: eu dou oportunidade a pessoas que não têm dinheiro para comprar uma bolsa, usar. E o negócio é outro, o pensamento é outro, ela acredita nisso, ela vê que o negócio dela não é só vender bolsa, é oportunidade, isso muda, é o pensamento global. Ela vendeu uma casa aqui no Brasil, foi para lá, fez um software, conseguiu uma parceria, conseguiu um programa e montou um negócio que ganha dinheiro. E se esse desafio é muito bom, porque se não se tem desafio, se cria um. E aí nós vamos pesquisando um pouquinho essa cultura e eles começam a dar empresas e pessoas capazes e com cultura e estão abertos ao sistema empreendedor, é o que nós vemos aqui na Steffen, no Silicon Valley Financial e as empresas que eles 83 atraíram. todo o dinheiro e doou para uma instituição, para uma universidade, eles falaram que iam cuidar dos filhos de Nova York, dos filhos de maioridade da Califórnia, de uma maneira diferente. E chamaram vários professores, de vários lugares, para começar a pensar numa universidade, vocês podem pegar depois o Google e pesquisar, eles foram muito criticados no início, porque professores malucos, doidões foram todos para lá, para começar a trabalhar num ritmo de criatividade. E de lá surgiram coisas. Eu tive oportunidade de estar numa salinha lá, onde foi desenvolvido o Iphone e dizem que na primeira reunião, o escritório chegou e falou, eu quero que no aparelho não apareça parafuso, que seja touchscreen, e eles começaram a trabalhar até que chegaram nesse modelo. Então, porque eu estou mostrando isso? Porque é o que está acontecendo no mundo. Aqui é uma pesquisa do Endeavor (Brasil) que mostra que 60% dos EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Steffen foi engraçado, porque a família Steffen perdeu o único filho, pegou universitários pensam em abrir um negócio, mas não sabem como, não têm noção, e trazemos nas pesquisas Empreendedorismo no Mundo, que 71% dos brasileiros já empreendem por oportunidades e é interessante porque já não é mais por necessidade. Necessidade não perde emprego e tem que empreender, esse número provavelmente deve mudar daqui para frente também. Bom, essa é a realidade que vivemos e nesse contexto tem redes sociais e como é que eu faço para incluir os excluídos em redes sociais e começo a refletir isso, que é a linha do Sebrae, que no mundo inteiro, a Europa e os Estados Unidos dizem que já estão na era do conhecimento. Aqui no Brasil ainda temos as três eras: tem a era da agricultura, a era da indústria e a era do conhecimento e o modelo de gestão nosso está baseado nisso aqui, isto em escolas, em governo, tudo. É o modelo de gestão baseado na indústria, controle, controle, controle e processo. E nós trabalhamos com sonho para falar em empreendedorismo e sonho você tem que trabalhar sempre a inovação, a criatividade e a capacidade de resolver problema. Você sabe qual é o sonho da classe média brasileira? Sabe? É ter o filho na 84 classe média brasileira. E isso começou a instigarmos, bom o Brasil não renova, o Brasil não tem patente, o Brasil isso e aquilo. As pessoas gostam do Brasil e vão para fora por quê? Porque eles não podem ficar aqui e ajudarmos nesse desenvolvimento? E nós começamos a pensar o porquê daquilo e em um ambiente que nós encontramos hoje e que não dá para ver aqui, mas é que é um sistema, aqui é a escola e aqui é a ... E nós começamos a fazer a pergunta: qual é o objetivo da escola, é formar cidadão mais consciente? O foco é o vestibular? É formar liderança? Ter foco na autonomia? E o resultado caminha para quê? E a família? Qual a expectativa da família? A família hoje está buscando na escola a educação quando deveria estar buscando a escolarização, eu não sei em que nível isso está, mas eles não estão muito envolvidos com a escola não, os pais não estão não, eu vou e faço questão de ir à escola dos meus filhos e sou até meio chato, mas aí são os pais que passaram para o EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS universidade, e ser jogador de futebol e ter um emprego estável, esse é o sonho da governo a responsabilidade de educar e o governo não tem a responsabilidade de educar, tem a responsabilidade de escolarizar. E o que decide e influencia na escolha de uma escola? Nós fizemos uma pesquisa, numa pesquisa da pedagoga Betina Serson, na Folha de São Paulo, onde ela fala que o aprendizado tem que ser significativo e cada vez mais têm mais pessoas procurando interferir, pais interferem na escolha do filho desde muito cedo. Segundo a pesquisa dela, desde os cinco anos de idade os pais já começam a interferir. E nessa pesquisa tem aqui o que influencia os pais na decisão da escola e os três maiores itens são os valores da escola compatíveis com a família, professores capacitados e modelo pedagógico, então nós pegamos esses três e fizemos um rearranjo dentro do projeto nosso. Outra pesquisa que nós fizemos com jovens de baixa renda de escola pública e jovens de escola privada. E o nosso quartel era o seguinte: O sonho ele tem que ter asa para voar e pé de chumbo para realizar e aí nós percebemos que o aluno de escola pública ele tem muito pé de chumbo porque não tem autoestima e o da escola privada só tem a asa e nós sabemos que para discutir 85 começamos a ver, o cliente não quer, então temos que fazer a entrega de forma diferente. Porque não rever os métodos de ensino e aprendizado, no começo e a pergunta que nós chegamos é isso, como é que as crianças aprendem a base científica se não buscar, e segundo eles têm que ter sentido da teoria com a prática. O Sebrae já atua com empreendedorismo. No ensino fundamental nós temos um programa do Jovem Empreendedor os primeiros passos, que levamos a empresa a partir dos seis anos de idade no Brasil inteiro, no ensino médio tem esses aqui e no ensino técnico aí eu entro aqui no Empreendedor da Escola de Formação Gerencial do Sebrae e na educação superior tem quatro editais que as universidades querem. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS alguns pontos se esse jovem x escola x família x igreja, independente da religião, e Só em Minas Gerais está sendo investido em 4 anos, 7 milhões de reais na formação empreendedora. Aí entra nossa escola, esses aí são ex-alunos nossos e eu falo deles um pouquinho mais depois. A Escola de Formação Gerencial do Sebrae já tem 21 anos que nós temos, buscamos a sua metodologia na alça dos 21 anos, agora estamos buscando o que tem de melhor aí que é os Estados Unidos, a Finlândia e outros lugares e agora temos pessoas de fora querendo conhecer o nosso projeto. Nós temos o ensino técnico, é o ensino médio mais o técnico em administração, é um curso de três anos, é idêntico ao que nós trouxemos para o Maranhão, já há dois anos, e dentro desse curso técnico são três projetos estruturantes, nós chamamos um de Tutoria, Empresa Simulada, Vitrine e Estágio, depois eu falo um pouquinho sobre eles. Essa é a nossa missão que é fomentar o comportamento empreendedor, promovendo a formação de sujeitos competentes em gestão, por meio de práticas educacionais e nessa visão nós queremos ser reconhecidos como Centro de Referência em Educação Empreendedora e Humanizadora de nível médio no Brasil, 86 buscar o que tem de inovador em estudos em educação, esse é o nosso diferencial. Esses aqui são dois alunos que ganharam o prêmio. Essa premiação que é o desafio global de negócios e é o quinto ano consecutivo que nós levamos o prêmio. Esses são os dois alunos que venceram e nós reconhecemos isso como um investimento que fazemos com os professores. Esses aí também são dois professores, são os dois professores que foram na viagem e quase 85% dos nossos professores eles têm mestrado ou doutorado. Então nós capacitamos muito o professor porque o resultado é o desempenho do professor, professor para nós é condição de resultado e de valorar a escola. Porque o jovem de 14 a 18 anos? Porque nós focamos no ensino médio desses jovens aí. Nós sabemos que até 14 anos, enquanto é criança, no ensino fundamental, ele vai ter conhecimento específico de ciências, matemática, ele quer brincar, ele quer fazer outras coisas. Depois, na idade adulta, a partir dos 18 anos, ele EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS nós abrimos lá um centro de referência do Sebrae para estudo de inovação para está preocupado com a carreira, ele está preocupado com o vestibular, ele não tem muito tempo para conversarmos, a não ser que ele tenha mais necessidade. Essa ideia de trabalhar com 14 a 18 anos nós fizemos baseados em pesquisa, porque eles estão mais aptos a receber conhecimentos ligados à nossa metodologia que nós chamamos de Projetos Estruturais e aí nós trabalhamos com essa geração empreendedora que trabalha no ensino médio e eu vou explicar o que são esses projetos estruturais. O aluno quando entra na escola, entre os 14 e 15 anos, no primeiro ano ele tem a escola em tempo integral, ele tem o ensino médio junto com o ensino técnico e as disciplinas sempre têm que ter intersecção, o que é isso? A Biologia tem que ser uma biologia empreendedora e a Física também, inclusive a Física agora tem um projeto da professora que desenvolveu um produto de energia solar para população carente, então é um produto da Física junto com os alunos e o professor a fim de realizar um negócio. 87 do grupo, no grupo de cinco alunos, tem um empresário no grupo, esse empresário ele vai conversar de igual para igual e vai entender como é que funciona a empresa, para chegar no final do ano ele que vai apresentar a empresa para comunidade. No segundo ano tem o que nós chamamos de Empresa Simulada. A empresa simulada é um software que nós temos, somos a única empresa no Brasil que tem direito a utilizar esse software, ele simula, são mais de 7500 empresas simuladas no mundo inteiro, ele compara, ele vende, ele exporta, ele importa, ele participa de feira, tudo de maneira simulada e nós fazemos o papel de banco, de receita, de mercado, uma impulsionada. Por exemplo, teve uma feira agora onde os alunos falsificaram cheques e aí nós chamamos a receita e a receita veio e obviamente foram presos, é como se fosse na vida real. Alguns pais nos procuraram dizendo ah, vocês foram muito grossos com meu filho e eu disse, olha se isso acontece na vida real isso é crime fiscal, seu filho é preso. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS No primeiro ano tem o que nós chamamos de Projeto Tutoria. Cada aluno Esse projeto aqui nada mais é do que um aprendizado, porque todo o ambiente que nós vemos é com aprendizado. Então no primeiro ano ele está como empresário tutor, no segundo ano ele é dono de uma empresa simulada que é o software. E no terceiro ano a ideia é dele, o que nós chamamos de vitrine, ele pega a ideia dele e coloca no plano de negócios e ele tem banca, tem apresentação e nós trazemos um investidor, esse ano nós estamos com uma parceria com a Minerva e cada projeto desse lá. São 21 disciplinas que nós temos lá, têm as disciplinas normais do ensino técnico, ficou com 22 disciplinas do curso técnico mais as do ensino médio que são as tutorias, da empresa simulada e da vitrine e do estágio, porque ele sai com certificação do ensino técnico. Essa empresa simulada tem mais de 7.500 e tem mais alguns números, nós temos mais de 9.000 alunos formados, 35% deles abriram negócios, 53% possuem cargos de liderança e 72% estão no mercado de trabalho, essa aqui é a região em que nós estamos, nós temos 14 escolas licenciadas em Minas Gerais e 1 aqui no Maranhão. O que é importante dizer é que isso aqui tem uma intersecção entre os Nós aqui com essa experiência em educação privada, nós abrimos um projeto social que tem uma parceria com o Governo do Estado. Temos um projeto que pega todas aquelas 21 disciplinas e mais alguns projetos grandes e nós pegamos alunos que vem da escola pública. Ele está no terceiro ano ou já formou e fica um ano conosco e nós damos uma formação técnica. Lá é interessante que funciona na FEBEM, vocês têm a FEBEM aqui? Vocês sabem o que é FEBEM então? É a prisão da criança e do adolescente e lá numa FEBEM nós formamos isso aí. São vários prédios que têm, um dos prédios trabalha com a educação empreendedora e aí eu tenho “n" cases fantásticos dessa molecada formando aqui. Esse aqui é o Thiago Ribeiro, o Thiago ele é ex-aluno nosso e aqui nessa foto agora é tutor, ele montou uma empresa e agora é tutor do projeto conosco e já 88 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS cursos técnicos e de gestão. está na segunda geração. Esses meninos ganharam o segundo lugar no projeto Start up do Brasil em que nós participamos. A Google fez um projeto conosco. A Google tem uma semana de empreendedorismo em que ela leva o programa dela para todas as universidades. Qual é a única escola que não é universidade? Ela fez conosco lá. E, o que nós imaginamos quanto ao futuro do empreendedorismo? Aqui são alguns pontos que já fazem parte do nosso ambiente: o erro como processo de aprendizado, o empreendedorismo como processo de descoberta de oportunidade, parcerias estratégicas que são sempre importantes, propostas vivenciais, práticas e experiências..., eu vou andar rápido porque eu ainda quero mostrar um vídeo para vocês. E nós fomos atrevidos porque nós vimos que aqui nesse ambiente, nós vimos que temos muito deste ambiente guardado em nossas extensões territoriais. Nós já temos esse ambiente que vimos lá fora, como já vimos muita coisa aqui. 89 o WhatsApp, ele pediu emprego no Facebook e tomou um chute, mas na curiosidade de se conectar com as outras pessoas, pediu no Twitter e também não conseguiu, foi aí que ele resolveu montar um negócio que não tinha anúncio, que não era jogo, que não era cômico, criou o WhatsApp e vendeu por 18 bilhões e ainda não se acha empreendedor. Mas aí vamos trazer um modelo brasileiro, aqui é uma favela perto do Sebrae em Belo Horizonte, muito comum a todas as outras, esse aqui é o Fred, o Fred foi aluno daquele grupo de empreendedores que passou um ano aqui conosco. Fred é o seguinte, ele não tem nenhum amigo de infância, porque todos morreram ou estão na cadeia, o sonho dele era mudar da comunidade, depois que ele passou conosco, ele viu o que é mudar a comunidade. Fred montou um negócio, o Fred dá aula de educação financeira para o açougueiro, para o padeiro, para as amigas da mãe e ele está mudando toda uma EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Isso aqui é uma brincadeira do Brian Acton, que foi a pessoa que inventou realidade e ele fala o seguinte: o que fez a diferença foi a escola e os professores. Fred saiu em uma revista “Pequenas Empresas e Grandes Negócios” em março de 2014. Aí temos algumas fotos do Thiago, depois vocês entram num site dele. Ele começou um negócio com R$ 24,00 e aí vocês vão olhar e vão falar. Esses meninos aqui, se prepararam conosco por um ano e eles montaram agora uma Associação, eles levam o que aprenderam para uma escola pública do 8º e 9º ano. Eles criaram uma metodologia de intervenção de 20 horas na escola, para acreditar naqueles meninos, para que eles possam ser capazes de, por exemplo, entrar no CEFET, de prosseguir com os estudos e outras coisas, e por aí vai. Aqui nós temos algumas fotos, alguns prêmios, temos um movimento do Start up, do Twitter, nós começamos amanhã, depois tem o Start up social, a formatura, tem alguns eventos que... e aí podem dizer, ah isso aí é muito comum, o ensino médio no Brasil não é comum, vai ter no Maranhão também Start up, aqui são algumas coisas que nós temos e outros grandes que passam por lá que levamos, aqui alguns prêmios, encontro de ex-alunos. formamos cidadão empreendedor. Se amanhã ele for médico, que seja um médico empreendedor, o que mais ele pode ser, se ele for político, que seja um político empreendedor. Nós não privilegiamos a abertura de um negócio, damos oportunidade. A maioria das escolas de segundo grau, desculpem, do ensino médio, tem como fim o vestibular, nós não, nós preparamos para a vida. Se você conversar com qualquer um dos nossos alunos, ele não vai usar nem a palavra empreendedorismo, ele vai falar que ele quer trabalhar com autonomia, que aprendeu a utilizar a rede de contatos, que ele aprendeu a ter conhecimento sobre o mundo globalizado e que na verdade são características empreendedoras. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS O que eu quero dizer é o seguinte, nós não formamos para abrir empresa, 90 Aqui tem algumas fotos do que acontece lá, eu só vou mostrar para vocês um vídeo de 3 minutos que eu vou passar para vocês, que é o depoimento de um aluno, eu acho que é importante ouvir, o nome dele é Yago e nós encerramos. 91 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A EXPERIÊNCIA DO SENAR Antônio Luís B. de Figuerêdo Boa tarde a todos, eu queria saudar a todos os presentes. Falar alguma coisa para vocês aqui sobre capacitação técnica no meio rural que é um pouco diferente do que nós fazemos na zona urbana, é uma coisa mais complicada, é uma coisa que requer um maior nível de paciência, e o SENAR, essa instituição a qual nós administramos, eu, Superintendente, fazemos esse trabalho, então esse trabalho é do SENAR, o grupo é do SENAR, ele se resume a essa máxima, formando e promovendo o homem do campo, mas eu gosto mais do homem que diz: aprender a fazer, fazendo. Realmente o SENAR ele tem essa peculiaridade, o trabalho do SENAR é muito prático, ele exercita muito as atividades do meio rural e isso faz eu lembrar e lembrar com carinho dessa pessoa. Enquanto nós estávamos executando o programa do FAT, ela estava supervisionando o trabalho do SENAR, então o fato não foi com 92 determinada supervisora que esteve no curso nosso, em Fortaleza dos Nogueiras, fez um relatório de supervisão e apresentou esse relatório para o secretário da SOLECIT, na época, o Doutor Luiz Fernando, e o Doutor Luiz Fernando eu ainda não era o Superintendente do SENAR, era seu gerente técnico, e o Doutor Luiz Fernando ligou para o SENAR pedindo que alguém fosse lá dar umas explicações sobre o relatório de supervisão e eu fui designado para isso. Como era uma parte da gerência técnica, fui para lá explicar, resultado da história, ele me deu o relatório e ele disse, leia esse relatório e veja o que você me diz, eu li o relatório e disse, olha eu não tenho que tirar nenhuma vírgula, o relatório está corretíssimo, mas você viu aí que o supervisor disse que chegou e não encontrou os alunos na sala de aula e encontrou foi todo mundo sentado na beira de um curral, em pleno meio-dia, alguns sem camisa, algumas coisas mais ou menos por aí. E eu disse, olha secretário, realmente nesse curso, coincidentemente, eu estava presente lá e é EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS ela, ela era apenas uma das supervisoras que estava no SENAR, mas uma por isso que eu estou lhe dizendo que não tenho que tirar nenhuma vírgula do relatório, porque aí é uma realidade. Agora não dá para fazer um curso de bovinocultura de corte, trazendo uma vaca para sala de aula, e aí ele riu e aí terminou a coisa ficando assim. Mas eu quero só com isso ilustrar para vocês que fazer capacitação técnica no meio rural, com o homem do campo, é uma coisa bem mais complicada, realmente, o instrutor tem que estar é lá na comunidade. As coisas começam diferentes do restante das capacitações que ele faz, outra coisa se faz em sala de aula. Nossa sala de aula é debaixo de uma mangueira, é dentro de um curral, é dentro de um tanque de piscicultura e o nosso trabalho vai por aí. Então o SENAR, eu já passei para vocês a característica da instituição, é uma entidade do sistema S que tem a peculiaridade diferente total dos outros irmãos do sistema S, do SENAI, do SENAC, do SEBRAE, do SENAT, do SESCOOP, cada um na sua especificidade, mas no meio rural é como eu disse. Hoje na visão do SENAR, que é fazer a formação profissional do homem do campo e também promover a sua 93 assistência técnica e gerencial, na realidade a assistência técnica ela não é uma assistência técnica do jeito que as instituições que praticam a assistência técnica fazem. Não é que o SENAR queira inovar, queira fazer uma coisa de forma diferenciada, não, é porque quando você faz a capacitação e essa é a grande angústia de todas as unidades regionais do SENAR, você faz a capacitação técnica do homem do campo e se retira do cenário, porque até então era esse o nosso papel. Ao sair do cenário, você deixa a pessoa lá capacitado ao bel prazer, para que ele toque as ações dele dali para frente e infelizmente, ao sair do cenário, as pessoas, têm uma tendência, se na zona urbana há essa tendência de retrairmos e voltar à estaca zero no meio rural a coisa é muito mais evidente, então você deixa a pessoa lá e termina resultando em nada tudo aquilo que você fez. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS vida no meio rural, nós incorporamos outro papel mais recentemente, o papel da E a busca é fazer exatamente o contrário, então ficava pairando em todas as regionais, essa situação, esse pensamento, essa angústia, porque não era dada continuidade as atividades. E agora com a assistência técnica que nada mais é que um trabalho como numa capacitação continuada, durante o ciclo da cultura, você está fazendo um curso, por exemplo, de agricultura, planta a horta e a partir dali vêm em seguida os traços culturais que você tem que fazer, um controle de praga, você vai para lá, um curso de aplicação de agrotóxico, você faz um curso para que se aprenda a fazer o agrotóxico caseiro, quer dizer então que você precisa de uma adubação orgânica você vai lá e faz um curso de produção de húmus, você pode no decorrer do ciclo produtivo incorporar várias outras ações. Então termina sendo uma espécie de capacitação continuada, você faz até o período da colheita, depois você vai fazer a receptação e depois se você sentir que a coisa não andou tão bem, faltou o gerenciamento de alguma outra coisa, você tem um curso, que nós temos uma parceria, e eu queria dizer para o meu amigo, que tive o prazer de conhecer agora, do SEBRAE lá de Minas, que aí nós fazemos uma Rural. Fazer com que o meu pequeno negócio realmente dê certo e eu passe a ganhar dinheiro. Sempre que eu vou fazer uma palestra sobre os trabalhos do SENAR, eu falo, ação do SENAR só tem significado se for para nós melhorarmos de vida, ganhar dinheiro ou incorporar alguma outra técnica que permita a nós vivermos melhor na zona rural. E aí vou falar aqui para vocês, essa Lei 8.315 que criou o SENAR, de 23 de dezembro de 1991, baseado no artigo 62, das Disposições Transitórias da nossa Constituição Federal de 1988 e aí as ações do SENAR elas vêm exatamente dentro desses três aspectos, ação de FPR que é o carro chefe do SENAR é que faz realmente aprender a fazer fazendo, nas ações de FPR e FPR significa Formação Profissional Rural e aí eu tenho dois caminhos com a Formação Profissional Rural, um deles é aprender a desenvolver a minha própria atividade com mais perspicácia, fazer com 94 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS parceria com o SEBRAE e desenvolvemos um trabalho chamado Negócio Certo que a minha atividade que eu já prático no meio rural, ela me dê uma viabilidade melhor, ou seja, eu gosto muito de falar esse exemplo, o compadre João montou uma roça esse ano e lá ele conseguiu em um hectare, do tamanho de um campo de futebol, tirar de lá 1200kg de milho e aí o companheiro dele, do lado, disse assim: rapaz, a roça de compadre João esse ano foi muito boa, e aí o compadre Zezinho ele tirou foi 1500 e ele foi melhor ainda, esse ano foi bom demais, aí um garoto com um pouco de técnica, usando uma semente fiscalizada, usando os insumos, uma correção no solo, fazendo algumas técnicas, utilizando algumas técnicas que chama técnicas modernas do setor rural, você amplia isso para 6.000, 7.000, 8.000Kg. Produção de mandioca, a média do estado, você tem em torno de 6.000 a 7.000Kg, local onde dá bom resultado para produção de mandioca, você tira 8.000kg de raiz, aí foi feito um experimento, pelo prefeito lá de Fortuna, em umas áreas de assentamento, trouxe umas estacas semente lá da Bahia, das Almas, usou umas técnicas de um trabalho do SENAR e tirou 30.000kg, lá no Paraná se tira 60.000kg. Aí eu costumo dizer assim: será que o Deus de lá do Paraná é melhor do 95 não! Às vezes eu até brinco com o pessoal, nós temos aqui até uma vantagem a mais, lá eles não têm o Bita do Barão, nós temos o Bita do Barão que pode ir fazer um benzimento na roça e aí ter um resultado muito melhor. Mas, acima de tudo o que nós precisamos mesmo é de conhecimento para que nós possamos pôr em prática essas técnicas e ter uma atividade produtiva melhor do que nossa pequena propriedade. Lembro que há alguns anos atrás, quando a Conceição Andrade, era Secretária da Agricultura Familiar, o presidente disse para mim em uma reunião: Figuerêdo seu grande papel é acabar com o público da Conceição Andrade, e aí eu digo para vocês que às vezes a pessoa pensa assim: como é que eu faço para acabar com os pobres? Pego os pobres tudinho, boto lá no muro, numa teoria baseada no que Maquiavel falou sobre os fins que justificam os meios, boto os pobres tudinho lá no muro, pego uma metralhadora e pronto, acabei com os pobres. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS que o Deus nosso daqui, do estado do Maranhão e da região Nordeste? Claro que Mas não é isso que nós queremos, nós queremos acabar com os pobres é para que um dia eles não sejam mais pobres, ele passe a ser rico, e como é que ele passa a ser rico? Melhorando de vida. Como é que eu acabo com o público da Conceição Andrade, que foi dito na época? É fazendo com que o indivíduo deixe de ser o coitadinho, que produza só para comer, e não é que o homem com família ele precisa produzir, para dar uma situação boa para família! O que nós queremos é, nós não queremos só comida, nós queremos também rápido desenvolvimento, conhecimento, melhoria de vida e nós vamos ter isso sim. Nós teremos na medida em que aperfeiçoamos os nossos processos de produção, então ou eu atuo com as ações de FPR na minha própria atividade, melhorando com o meu rendimento e é lógico que eu venho contribuindo para melhorar o meu padrão de vida com a minha família, ou então na disponibilidade de mão de obra, eu capacito a pessoa e ele passa a ter uma valorização maior dessa mão de obra no mercado. Isso me reporta a um evento que nós fizemos em Balsas, com meu amigo 96 comecei muito cedo as minhas atividades no meio rural. Então, o Chico Miranda era o Secretário de Agricultura lá em Balsas e nós fizemos um trabalho lá, e a irmã de Chico era a Secretária de Administração e a irmã do Chico disse, rapaz, mas eu queria colocar o meu vaqueiro para fazer esse curso, mas o meu vaqueiro ele só sabe subir no cavalo e correr atrás do boi, não sabe nenhuma técnica para fazer nada e o Chico não deixou porque já tinha 15 pessoas e o senhor disse que eram só 15 pessoas que iam para o curso, por uma questão metodológica e aí ele não deixou eu colocar o meu vaqueiro e disse que nós temos que dar chance é para o pessoal de fora, as questões administrativas e políticas, não é? Então eu disse, olha não tem problema não, se a senhora quiser a senhora pode trazer o seu vaqueiro é mais um, e mais um ou menos um não vai alterar no resultado, e ela disse, pois olha eu vou pegar o Jipe e vou buscar ele na propriedade e levou ele lá para estar registrado lá no curso que era em uma outra propriedade no outro lado. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Tomás, isso há muitos anos atrás, não pensem que eu sou tão velho assim! É que eu Resultado, fez o curso, terminou o curso, terminou a capacitação que eu disse para vocês, o SENAR ao terminar um trabalho recolhe-se e aí deixamos as coisas acontecerem por lá. Seis meses mais ou menos depois, quando voltamos, com toda a leva do curso e a parceria que nós tínhamos com a prefeitura, e aí ela foi olhando no meu olho e foi dizendo: estou zangada com o senhor! E eu, mas, zangada comigo por quê? E eu pensei rapidinho, no mínimo o vaqueiro dela aprendeu alguma coisa, foi fazer e fez errado e ela acha que foi algo do ensinamento do SENAR, mas para minha surpresa, ela disse: olha, quando o senhor saiu daqui, veio um negócio aqui da vacina da Febre Aftosa e aí o vizinho do lado falou para o meu vaqueiro, porque eles disseram para ele que o meu vaqueiro foi o melhor do mundo no curso e ele falou para o meu vaqueiro vacinar o gado dele, umas 300 cabeças, e aí ele foi lá e vacinou tudinho e aí ele perguntou para a pessoa, o vaqueiro, quanto é que a tua patroa te paga aí por mês, não ela me dá aí por semana, na época, cem reais e mais o sustento, aí ele disse, tu quer trabalhar comigo? Eu te dou 180 reais e mais o sustento, no outro dia ele entregou a casa da fazenda e foi entregar a chave e passou a trabalhar com ele e eu perdi o meu vaqueiro que era uma pessoa boa. contratei um outro lá, mas esse mal sabe ficar em cima do cavalo e correr atrás do boi. Então, faça o seguinte, o Chico é seu irmão, peça um curso do SENAR de bovinocultura, coloque o seu vaqueiro para fazer esse curso, agora pelo amor de Deus, pague o homem direito! Então, valorização, oportunidade de valorização, essa mão de obra no mercado, a medida que eu treino as pessoas, que eu capacito as pessoas, essas pessoas passam a valer bem mais com a mão de obra. E eu tenho essas ações de PS que é de Promoção Social, que é o apoio da família, o apoio comunitário, tive programas que eu vou passar bem aqui rapidinho, e agora a assistência técnica e gerencial que eu estou desenvolvendo o MAPITO, o Sertão Empreendedor e os projetos vão ser com a parceria da Caixa Econômica para atuar na capacitação técnica e gerencial desses projetos, MAPITO, MA de Maranhão, PI de Piauí e TO de Tocantins. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Aí eu perguntei para ela: e a senhora já contratou outra pessoa? Eu 97 E aí nós já estamos com 1000 propriedades nessa região do Médio Sertão Maranhense fazendo esse trabalho de capacitação e assistência técnica e o Sertão Empreendedor é outro programa que tem parceria e esse MAPITO é um programa de parceria com o SEBRAE, Sertão Empreendedor é um programa em parceira com o SEBRAE em que o Sertão Empreendedor é a região do Alto Parnaíba é essa região onde nós temos infelizmente maltratada no nosso estado de mais baixo IDH. Mas, falando dos programas especiais, programas que nós temos e entre tais temos o SENAR junto com o SEBRAE onde temos cerca de 150 turmas e já temos programadas para esse ano 60 novas turmas. Programa especial, Programa Empreendedor Rural também junto com o SEBRAE e fizemos até hoje 32 turmas e temos programado 10 para esse ano e esse programa é puramente na área de gestão. Esse programa Empreendedor Rural é muito bom porque é para jovens que já terminaram o segundo grau, onde você aprende a preparar um projeto, um projeto de vida, focar na sua propriedade de maneira diferenciada. O PRONATEC que é um programa do governo federal e nós vamos, se 98 quiser, futuro um PRONATEC aqui dentro do estado. É um desafio que eu posso dizer para vocês, nós vamos ter sucesso sim, porque nós já tivemos muito sucesso já que eu posso relatar com o PRONATEC e que com certeza com os aperfeiçoamentos e os erros que nós tivemos com o PRONATEC nós não vamos cometer com o PROETEC. O número de turmas nós temos 244 programadas que eu não sei se vai ser 244 por uma questão de redução de recursos do governo federal. Jovem Aprendiz Rural é um programa que é feito com parceria com as empresas, indústrias, nós já fizemos até 2014 quatro turmas e temos duas programadas para esse ano. É um trabalho que fazemos com as indústrias, que fazemos com as grandes empresas e que elas fazem contratando os jovens aprendizes e nós vamos capacitando. São cursos de 1000 horas ou 1200 horas ao longo de um ano de trabalho. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Deus quiser, junto com o IEMA semeando o futuro, nós vamos semear, se Deus Nós tivemos alguns quadros aqui em amarelo e outros em azuis, porque esses em azul são programas da área de promoção social, tipo como eu falei ainda agora, são 40 turmas no estado e temos programadas 10. Normalmente fazemos 10 turmas dessas por ano. Isso aqui não é um curso como os outros que o SENAR faz de capacitação, é uma ação de promoção das pessoas que vivem no meio rural. Você leva para o meio rural e ela vira tipo um mutirão, onde você faz o embelezamento das mulheres do campo, leva o título e distribui, os cabeleireiros vão para lá e cortam os cabelos e as mulheres vão para lá e fazem o exame Papanicolau que é o exame de prevenção de câncer uterino, então isso aí é feito pelo SENAR e geralmente eles fazem esse trabalho em parceria com as prefeituras. O programa de Inclusão Digital Rural é um programa voltado para os jovens que geralmente são quem participa, são jovens do meio rural e a finalidade é fazer com que você passe a ter acesso à internet e tenha acesso a essa ferramenta tão importante de comunicação que é a internet. O programa “Com Licença Vou a Luta”, os programas que eu coloquei em 99 programa específico para as mulheres, onde nós temos 40 turmas no estado e este ano nós temos programado 10. É um programa da área de gestão e coloca a mulher para aprender a gerir também o seu negócio no meio rural, fazendo que dê certo. Programa Leite de Qualidade é um programa desenvolvido em parceria, como vocês veem lá é um programa desenvolvido em parceria com o SEBRAE, SENAR / SEBRAE, e nós temos 20 turmas programadas para esse ano, todas começando agora, porque eram para começar em 2013 e não deu certo, mas partimos para esse ano. O Programa Sindicato Forte que é um programa que fazemos para melhorar o desempenho das atividades do sindicato. É a nossa base onde nos dá força para as ações do SENAR e esse ano nós temos programado 10 turmas e em 2013 foram 17. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS amarelo, são os programas profissionalizantes e são da área social. Esse é um Programa Mãos que Trabalham, nós realizamos uma turma e temos uma turma programada para esse ano. Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos é um programa que aquela história, daquele beija-flor levando a gotinha de água para apagar o fogo. Nós sabemos, não é que nós sabemos que não vai dar certo, nós sabemos que não vamos apagar o fogo, mas nós vamos cumprir a nossa parte, então nós estamos ajudando a diminuir o nível de analfabetismo e temos uma falha nisso do estado, que eu acho fundamental é um grande gargalo para que as ações do SENAR no meio rural fluam com alegria e desenvoltura, porque as pessoas têm dificuldade em ler, conhecer as cartilhas, mesmo as cartilhas do SENAR, sendo elaboradas para pessoas semianalfabetas, têm muito mais fotos do que coisas escritas, já é uma metodologia adaptada, direcionada para as pessoas do meio rural que não são alfabetizadas. O programa SENAR / FAEMA em campo, Programa Campo Futuro, que é outro programa que nós estamos fazendo e alicerça as pessoas que já desenvolvem as suas atividades e precisam conhecer os gargalos, são cursos operacionais para 100 temos cinco turmas e vamos fazer duas esse ano. Programa da Rede e-Tec Brasil, que estamos criando cinco polos no estado, em parceria com o MEC. As atividades ocupacionais do SENAR estão aí todas, a pecuária, agropecuária, agricultura, piscicultura, agricultura do extrativismo, na agroindústria, na prestação de serviço, enfim. Parcerias que dão certo. Hoje nós temos uma parceria e nós estamos acabando de formalizar com a Ciência e Tecnologia, parceria a nível municipal, estadual e federal, nós temos mais ou menos umas sessenta prefeituras e agora nós vamos celebrar por esses dias uma parceria com a prefeitura de São Luís. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS começar a fazer uma lide de amenizar certos custos, independente de outros, nós Aqui, de 1993 a 2014, nós temos mais ou menos 20 mil pessoas capacitadas no estado. Essa aqui é a agropecuária. A nossa programação para esse ano é em torno de 1600 ações e 22.600 pessoas capacitadas. E aqui alguns casos de sucesso. Aqui em Matinha nós temos um trabalho feito por um de seus habitantes, temos um indivíduo lá abnegado, dedicado, chamado não sei o nome dele, mas digo para vocês chamado de Cibalena, Cibalena é a pessoa! Então pense em como se tornou um polo excelente de produção de peixe criado em cativeiro e a pessoa responsável por isso, Cibalena. Nós fizemos um trabalho com ele e hoje nós temos lá é um polo de orgulho, de serviço realizado. Aqui Apicum-Açu, no povoado de Itereré. Itereré, produz frutas, produz polpa de frutas, produz um monte de coisas e vende para fora, vende para prefeitura, vende para merenda escolar e tem uma alta sustentabilidade. Em São Bernardo, nós temos o povoado Cajueiro, nós temos lá um trabalho excelente do PRONATEC, eu tenho lá um monte de jovens ganhando dinheiro com as atividades de produção de hortaliças, a produção do município sendo vendida para Parnaíba e Aqui, no município de Buritirana, no povoado Tanque, nós temos um trabalho feito lá em algumas propriedades, o pessoal criando peixe, vendendo leite, propriedades pequenas, mas com uma sustentabilidade alta e é isso que é importante. Se nós formos como está aqui o rol de atividades e de coisas que só na cabeça do Figueirêdo. Nesses mais ou menos vinte anos de SENAR, nós temos muitas coisas lindas e maravilhosas. Eu tenho uma pessoa que foi treinada lá em São Mateus, no programa de Educação de Jovens e Adultos, ele chegou e disse assim: eu tinha uma carteira de identidade e uma assinatura que tinha lá, “burrão”, aí eu disse, não vou ficar, depois que eu aprendi a escrever eu não vou ficar mais com essa carteira que tem escrito “burrão”, eu tenho que tirar uma outra carteira. Aí eu fui para São Mateus e chegando lá quando eu dobrei a esquina, eu disse rapaz e agora como é que eu vou encontrar o local onde bate a foto, para tirar a 101 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS ainda produz hortifrutigranjeiros. foto da carteira de identidade se eu não sei ler, aí eu disse, não, mas eu aprendi, eu aprendi, eu dobrei a esquina e quando eu olho bem lá escrito, foto, é ali! Então são coisas assim maravilhosas que ficam em nossas vidas e eu me orgulho desse trabalho. E eu só queria dizer para vocês, eu queria deixar essa mensagem de Dirk Wolter, que é um indivíduo marreteiro, importante, que diz o seguinte: “existe no mundo apenas uma pessoa com poder suficiente para melhorar a sua vida. E essa pessoa é... você mesmo!” Então é aquela história do Chico Anysio, se eu querer, quer dizer, eu penso é aquilo que eu quero, ou seja, a minha vontade ela vai estar acima de tudo. 102 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS A EXPERIÊNCIA DO SENAC Daniela de Fátima Nogueira da Silva Bom, boa noite a todos e a todas! As informações em relação à educação profissional das instituições, mas eu vou tentar falar aqui um pouco do que o SENAC faz, a sua atuação e eu vou tentar não me prolongar porque quando nós começamos a falar de educação profissional e da instituição que nós desenvolvemos um trabalho com bastante amor e carinho, nos empolgamos e começamos a falar, falar, falar e às vezes não nos damos conta nem que o tempo já está passando. Bom, o SENAC ano que vem, em 2016, ele irá completar 7 décadas de atuação no Brasil, com representação em todos os estados do país e no Maranhão nós temos atuação em 8 municípios, nesses 8 municípios nós temos 5 centros de educação profissional e 3 postos avançados. Os Centros de Educação Profissional eles contam com uma estrutura maior, com mais laboratórios e mais possibilidade de ofertas de 103 com a mesma qualidade de oferta de trabalho, de serviços educacionais para a comunidade. Então, os cinco centros educacionais, nós temos em São Luís, o CEP e o restaurante escola, que fica aqui próximo na Rua de Nazaré, onde são desenvolvidos cursos do eixo turismo, hospitalidade, lazer e produção alimentícia. Nós temos o espaço pedagógico e o espaço comercial, onde logo após a conclusão das atividades teóricas o aluno vai para a prática supervisionada naquele salão onde é feito toda a oferta do serviço comercial. Nós temos CEP em Imperatriz, que é o segundo maior, Caxias, Santa Inês e Bacabal, esses são os cinco CEPs que nós temos e postos avançados nós temos em Balsas, Codó e Timon. O SENAC atua tanto nos cursos FICs - Formação Inicial e Continuada, que são os cursos de qualificação profissional, aprendizagem comercial, através do jovem aprendiz, que o sistema S todo atua, são cursos ofertados a jovens EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS cursos técnicos também. Os postos avançados, eles têm uma estrutura menor, mas de 14 a 24 anos, um turno ele fica na escola, outro turno ele fica na empresa, é um trabalho desenvolvido em parceria com as empresas do segmento de atuação. E o curso de aperfeiçoamento, como a maioria desses profissionais já têm uma formação e que desejam se manter no mercado de trabalho e que procura a instituição para se aperfeiçoar a determinadas técnicas ou em determinadas áreas. Atuamos também em habilitação técnica de nível médio com alguns cursos técnicos, graduação e pós-graduação, tanto na modalidade presencial como na modalidade à distância, sendo que os cursos de graduação e pós-graduação são exclusivamente ofertados pela modalidade à distância pela rede SENAC-EAD. No Maranhão nós ainda não estamos com essa oferta de graduação, nós estamos no processo de credenciamento junto ao MEC e acreditamos que em 2017 nós já vamos iniciar a oferta de graduação também, o Maranhão sendo polo presencial. Então o SENAC vem desenvolvendo ao longo dessas sete décadas a sua missão que é preparar para o mundo do trabalho em atividade, comércio, bens e para quem pode pagar e quem não está dentro do perfil de outros cursos nós temos também outras ofertas que são cursos gratuitos, então nós temos o Programa SENAC Gratuidade, onde nós ofertamos todos esses cursos e de vários eixos que seria onde o SENAC atua, totalmente gratuito para a comunidade, nos oito municípios onde nós temos unidades de ensino, nós temos portfólio de programação de cursos gratuitos. Nós temos outro programa, que este nós falamos com bastante carinho, porque vemos o resultado final dele e ele se torna bastante emocionante que é o Programa social “SENAC faz a sua parte”, são programas também totalmente gratuitos para a comunidade com a mesma qualidade de docente e material didático que é ofertado para a nossa programação paga, não há uma diferenciação, porque o mesmo material didático da programação paga é o mesmo material didático utilizado nas programações gratuitas, só que esse programa ele é desenvolvido exclusivamente em comunidades carentes, em São Luís, Imperatriz, Caxias, Bacabal e Santa Inês, onde nós temos unidades de ensino. 104 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS serviços, tendo ofertas de cursos, tanto cursos pagantes, com uma programação paga E são cursos, desse portfólio desse programa, exclusivamente cursos voltados para a geração de renda, que nós entendemos que a oferta de vaga de emprego não tem para todo mundo, mas ele pode através de um ofício, de um trabalho, ter como gerar o seu próprio negócio e a partir daquele curso ele ter a sua própria renda. Então, nas formaturas nós temos relatos de alunos que antes mesmo de concluir o curso já começam a ganhar o seu próprio dinheiro, já montam o seu próprio negócio, muitos nós já encaminhamos para o SEBRAE também por conta do empreendedorismo, para ter aquela orientação do microempreendedor individual e isso é bastante gratificante. Nós ficamos assim muito lisonjeados, muito orgulhosos com o trabalho que é desenvolvido nessas comunidades. Temos também um programa de deficiência e competência que são cursos também de qualificação profissional voltados para pessoas com deficiência e ao término de todos esses cursos, independentemente do programa que o aluno esteja inserido, nós temos um serviço de encaminhamento ao mercado de trabalho, então 105 trabalho através de empresas que nós temos cadastradas no nosso ramo de atuação e esse aluno passa a fazer parte do processo daquelas empresas. Durante esse trabalho onde nós desenvolvemos vários programas e vários projetos, nós temos alguns gargalos sim, e eu me recordei muito na fala da professora, logo pela manhã, e um dos gargalos que nós temos é que 70 a 80% dos nossos alunos são egressos da escola pública e um dos grandes problemas que enfrentamos em sala de aula são as lacunas que esse aluno traz lá da educação básica e que a educação profissional ela não pode cruzar os braços, mas ela também não tem tempo suficiente para preencher essas lacunas, mas como nós entendemos que algo precisa ser feito e a partir do momento que o aluno está conosco, tudo que ele traz em sua bagagem é de responsabilidade nossa e de fazer também com que aquele trabalho possa ter frutos, bons frutos. EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS ao concluir o curso, é feito o encaminhamento do aluno pelo SENAC ao mercado de Então nós temos alguns trabalhos paralelos com as atividades de ensino em sala de aula que são trabalhados a língua portuguesa e os conhecimentos de matemática através de oficinas pedagógicas com esses alunos para tentar amenizar essas lacunas, porque muitos dos insucessos que eles têm lá na entrevista de emprego, quando eles são encaminhados para o mercado de trabalho, acaba refletindo quando ele é colocado na entrevista de emprego e ele passa por um processo de seleção onde ele precisa fazer uma redação, ele acaba não tendo êxito e muitas vezes ele não consegue desenvolver com coerência e coesão uma redação. Se ele é encaminhado para um mercado de trabalho, se é na função de operador de caixa, e ali ele é colocado num teste para fazer uma atividade, qualquer coisa que abranja as quatro operações ele acaba encontrando dificuldade, então esses gargalos desses alunos que nós recebemos, nós não cruzamos os braços, tentamos fazer um trabalho, mas nós entendemos que dentro de uma carga horária de 200, 400 ou 1200 ou 1800 horas que são dos cursos técnicos, não é suficiente para nós resolvermos todo o problema de anos e anos que ele traz consigo, mas a instituição Nós fazemos formação continuada com os nossos docentes, temos programas de desenvolvimento educacional com os nossos docentes, praticamos constantemente atualizações com as metodologias da educação profissional e isso é feito a cada semestre e que também temos condições de estarmos em sintonia com esse jovem e adulto que nós recebemos com esse grande sonho que eles trazem na bagagem, que é o de fazer um curso de educação profissional e regressar ao mercado de trabalho ou então, a partir desse curso, ele tem condições de abrir o seu próprio negócio e de ter a sua própria vida. Bom, eu finalizo aqui a minha fala, ratificando que o governo do Maranhão tem total apoio do SENAC do Maranhão. A instituição se coloca totalmente a disposição desse trabalho para nós fazermos um trabalho brilhante e com bastante eficiência na área de educação profissional e tecnológica, vamos a implantar o PROETEC, com o pé direito, se Deus quiser, e nós temos certeza que vai 106 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS vem desenvolvendo belíssimos trabalhos. ser um trabalho que vai render muitos frutos para o nosso estado para que nós consigamos elevar os índices de qualidade do nosso estado, já que nos últimos anos ele não vem tendo uma elevação muito satisfatória e nós temos esse interesse e todas essas instituições têm esse interesse de colaborar com o Governo do Estado para que possamos fazer um trabalho excelente na área de educação profissional e tecnológica. Muitíssimo obrigada! 107 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS OS PALESTRANTES Maria José Pires Barros Cardozo Professora do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Graduada em Serviço Social pela UFMA, Mestra em Educação pela UFMA e doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará. Marli Sousa Graduada em História; Psicopedagoga; Especialista em Cultura Afro-brasileira e Indígena; Especialista em Metodologia de Ensino para a Educação Profissional. Diretora de Desenvolvimento Pedagógico da Educação Profissional da Rede Estadual da Bahia, na Superintendência de Desenvolvimento da Educação Profissional da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Marco Antonio Moura da Silva Graduado em Ciências Econômicas pelo UNICEUMA, especialista em Gestão Estratégica pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Educação Ambiental pela Universidade Estadual do Maranhão e mestre em Administração Pública pelo Instituto Politécnico da Guarda de Portugal. Diretor Regional do SENAI-MA/Superintendente Regional do IEL-MA. Almério Melquíades de Araújo Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Possui Licenciatura Plena em Técnicas Agropecuárias pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, Mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora- MG. Secretário Executivo de Educação Profissional de Pernambuco e Conselheiro Suplente do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco. Maria Alves de Melo Graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará, Especialista em Formação do Gestor Escolar pela Faculdade Sete de Setembro e em Psicopedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Orientadora da Célula de Currículo e Desenvolvimento do Ensino Técnico da Secretaria de Educação do Ceará. Katiane Almeida Batista Graduada em Psicologia, especialista em Educação Profissional e Educação a Distância. Coordenadora de Desenvolvimento Profissional do Departamento Executivo Nacional do SEST/SENAT. Ricardo Luiz Alves Pereira Mestre em Administração pelas Faculdades Integradas de Pedro Leopoldo. Gerente do Sistema de Formação do SEBRAE-MG. Antônio Luís Batista de Figueiredo Superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) no Maranhão. 108 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS Graduado em Física pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestre em Educação (Supervisão e Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Pesquisador da área de Currículo em Educação Profissional e Tecnológica. Coordenador do Ensino Técnico do Centro Paula Souza-SP. Daniela de Fátima Nogueira da Silva Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão. Especialista em Psicopedagogia pela Universidade Estadual do Maranhão e especialista em Educação a Distância pelo SENAC-MA. Gerente da Divisão Técnica da Diretoria de Educação Profissional do SENAC-MA. 109 EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS PROGRAMAÇÃO SEMINÁRIO NACIONAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: o IEMA semeando futuros 18 de junho de 2015 Teatro João do Vale, São Luís-MA Manhã 8:30h Abertura pelo Governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino 9:00h Apresentação do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (IEMA) pelo Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Dep. Bira do Pindaré. 9:30h Foto oficial com os prefeitos que doaram terrenos para o IEMA Coordenador da Mesa Dep. Bira do Pindaré Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação. Tarde 14:00h-15:30h Painel 1 – Experiências de Educação Profissional e Tecnológica Coordenador da Mesa 1 André Bello Secretário-Adjunto de Educação Profissional, Tecnológica e Inclusão Social Antonio Almerico Biondi Lima Superintendente de Educação Profissional do Estado da Bahia Marcos Moura Diretor Regional do SENAI-MA Almerio Melquiades de Araujo Coordenador do Ensino Técnico do Centro Paula Souza-SP EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS 10:00-11:00h Conferência “A educação profissional e o ensino médio integrado: pressupostos e indicativos para uma nova agenda” com a Profª. Drª. Maria José Pires Barros Cardozo – Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do 110 Maranhão (UFMA). Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Secretário Executivo de Educação Profissional de Pernambuco 15:30h-17:00h Painel 2 – Experiências de Educação Profissional e Tecnológica Coordenador da Mesa 2 Jhonatan Almada Secretário-Adjunto de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior Maria Alves de Melo Orientadora da Célula de Currículo e Desenvolvimento do Ensino Técnico do Ceará Katiane Almeida Batista Coordenadora de Desenvolvimento Profissional do SEST/SENAT Ricardo Luiz Alves Pereira Gerente do Sistema de Formação do SEBRAE-MG Antônio Luís Batista de Figueiredo Superintendente do SENAR-MA Daniela de Fátima Nogueira da Silva Gerente da Divisão Técnica da Diretoria de Educação Profissional do SENAC-MA 17:30h Encerramento EXPERIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO PARAOFISSIONAL E TECNOLÓGICATECNOLÓGICA O IEMA SEMEANDO FUTUROS 17:00h-17:30h Plenária Final 111