avaliação do impacto sobre a fauna terrestre
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avaliação do impacto sobre a fauna terrestre
COM ORIENTAÇÃO TÉCNICA DE MARK WOOD, COORDENADOR DA AIA, DA MARK WOOD CONSULTANTS AIA REALIZADA PELA GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA Outubro 2014 AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL DO PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO NO ÂMBITO DO APP E PROJECTO DE GPL AVALIAÇÃO DO IMPACTO SOBRE A FAUNA TERRESTRE Relatório de Especializado 10 ELABORADO POR Autore: AR Deacon Apresentado à: Sasol Petroleum Mozambique Limitada & Sasol Petroleum Temane Limitada Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE RESUMO NÃO TÉCNICO Introdução A Sasol Petroleum Moçambique (SPM) e a Sasol Petroleum Temane (SPT) encontram-se no processo de propor a implementação do Projecto de Desenvolvimento no Âmbito do APP e de produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), situado perto de Inhassoro na Província de Inhambane, Moçambique. O projecto constitui uma expansão do Projecto de Gás Natural da Sasol existente nesta área. As infra-estruturas novas propostas incluem 19 poços (petróleo e gás), as linhas de fluxo associadas e uma nova Central de Colectores (8,8 ha), a partir da qual as linhas de fluxo do petróleo serão combinadas num único tubo que vai para a nova Planta Integrada de Líquidos e de GPL do APP (9,5 ha), construída ao lado da Unidade Central de Processamento (CPF). Este Estudo O presente estudo apresenta os resultados duma avaliação do impacto do projecto na fauna terrestre e faz parte duma série de estudos realizados para a Avaliação de Impacto Ambiental do projecto. O estudo toma em conta as leis e regulamentos de Moçambique, as convenções e protocolos regionais e particularmente os Padrões de Desempenho da Corporação Internacional de Finanças (IFC), especialmente ou Padrão de Desempenho no 6 para a Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável dos Recursos Naturais Vivos, como suporte da avaliação e das recomendações apresentadas no relatório. Metodologia O levantamento usou a disponibilidade de habitats nos diferentes tipos de vegetação, com o uso da presença de espécies como indicador da integridade dos habitats. Foi feito o mapeamento dos habitats juntamente com os especialistas de vegetação e de terras húmidas (De Castro e Grobler), usando imagens de satélite com verificação no terreno. Foram avaliados os perfis dos habitats, juntamente com dados da distribuição por espécie, para facultar informações exactas sobre a probabilidade da ocorrência das espécies nos biótopos relevantes. Em relação à presença das espécies, o levantamento foi desenhado para determinar a abundância relativa e a riqueza das espécies de fauna nas áreas de levantamento propostas, com particular ênfase nas espécies constantes das Listas Vermelhas da CITES e da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). A abordagem do estudo envolveu buscas meticulosas em todos os transectos fixos nos biótopos representativos para determinar a presença ou ausência de espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Onde necessário, foram implementados métodos para aumentar as possibilidades de encontrar espécies, o que incluiu a captura em armadilhas, buscas nocturnas com holofotes e a identificação através de rastos e excrementos. O Ambiente de Referência O estudo considera a ocorrência de fauna em cada um dos biótipos identificados. Os biótipos da Mistura de Florestas e Bosques potencialmente suportam uma gama mais diversificada de fauna terrestre (362 e 363 espécies, respectivamente). Nestes biótipos, é provável a ocorrência de 7 espécies de rãs, 51 de répteis, 213 de aves e 92 de mamíferos. Treze destas espécies poderão constar da Lista Vermelha, incluindo dois abutres, o abutre-real (Torgos tracheliotus) e o abutre-de-cabeça-branca (Trigonoceps occipitalis), as aves de rapina incluindo a águia-sem-rabo (Terathopius ecaudatus), o tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus), a águia-belicosa (Polemaetus bellicosus), a águia-coroada (Stephanoaetus coronatus) e o falcão-sombrio (Falco concolor). Também ocorrem muito provavelmente em pequenos números nos habitats mais densos o rolieiro-europeu (Coracias garrulus), o beija-flor-degarganta-azul (Anthreptes reichenowi) e o secretário (Sagittarius serpentarius), o morcego-focinho-de-folhaestriado (Hipposideros vittatus), e o esquivo leopardo (Panthera pardus). O tipo de vegetação das Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia na área de estudo tem um habitat disponível para 7 espécies de rãs, 51 de répteis, 215 de aves e 89 de mamíferos. As mesmas treze espécies da Lista Vermelha que ocorrem no tipo de vegetação do Mosaico Misto de Florestas e Bosques ocorrem nas Florestas de Julbernardia-Brachystegia, indicando uma estrutura e função semelhantes dos dois tipos de floresta. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Os tipos de bosque de ambos os tipos de floresta incluem fragmentos de folhagem densa que uma série de espécies de animais esquivos precisam como habitat principal. Há 28 espécies que precisam destes aspectos de habitat denso para a sua sobrevivência, compreendendo 2 espécies de répteis, 18 de aves e 8 de mamíferos. O conjunto da fauna dos bosques é também constituído pelos animais que frequentam as Florestas Costeiras e de Dunas, ambos habitats com uma vegetação lenhosa densa e copas fechadas. Embora as florestas sejam o habitat favorito da quase ameaçada águia-coroada (Stephanoaetus coronatus), ela pode afastar-se bastante da floresta para caçar. O quase ameaçado beija-flor-de-garganta-azul (Anthreptes reichenowi) ocorre na cobertura profunda da vegetação e irá afastar-se se o habitat dos bosques for comprometido. Espera-se encontrar a segunda maior diversidade de fauna nas Terras Húmidas Costeiras, com 156 espécies. Estas terras húmidas têm um habitat excelente para 29 espécies de rãs, 7 de répteis, 92 de aves e 28 de mamíferos. Poderão ocorrer aqui cinco espécies da Lista Vermelha. Prováveis espécies de fauna da Lista Vermelha incluem a tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum), bem como as aves de rapina constantes da Lista Vermelha, o tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus) e o falcão-sombrio (Falco concolor). É provável que o quase ameaçado flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) poderá visitar estas terras húmidas, especialmente as Lagoas Barreiras. O estatuto do hipopótamocomum (Hippopotamus amphibius) na área é incerto, mas existe um bom habitat para hipopótamo. O Rio Govuro e planície de inundação é a maior terra húmida na área e a maioria das espécies de fauna a serem encontradas nas outras terras húmidas irão ocorrer aqui. As espécies de fauna incluem 29 espécies de rãs, 7 de répteis, 74 de aves e 33 de mamíferos. Poderão ocorrer quatro espécies da Lista Vermelha aqui. Espera-se que ocorra o único réptil da Lista Vermelha, a tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum). Movimentando-se entre habitats, as aves de rapina da Lista Vermelha, a tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus) e o falcão-sombrio (Falco concolor), também usam todas as diferentes áreas de terra húmida. O estatuto do hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) no rio é incerto. Embora os Mangais não tenham sido incluídos nos levantamentos intensivos, está claro que este biótopo está associado com os Rios Costeiros, que os abastecem com água doce. Para além dos lodaçais extensos com milhares de aves pernaltas de água doce e de água do mar que se alimentam aqui, a água mais profunda dos Mangais é um habitat favorável para o mamífero marinho constante da Lista Vermelha, o dugongo (Dugong dugong). Impactos na Fase de Construção O estudo considerou o local da Planta de Líquidos do APP, que fica ao lado da CPF e cobre uma área de 9,5 ha), bem como os locais das estradas de acesso, as linhas de fluxo e os poços de petróleo e de gás do projecto. O local da Planta de Líquidos do APP é ideal para uma expansão da CPF, do ponto de vista do impacto sobre a fauna, situando-se imediatamente adjacente à planta existente e dentro da área já afectada pelas actividades na CPF. No local da planta não foram encontradas, ou são esperadas de ocorrer, espécies de fauna da Lista Vermelha, nem há quaisquer fragmentos de habitats com alta diversidade que serão perdidos e que tipicamente servem como refúgios para a fauna. Na condição de haver uma gestão apropriada da poluição relacionada com a construção, e uma prevenção da caça ou perseguição de qualquer fauna encontrada, considera-se por isso de baixa significância o impacto geral da construção associada com a planta de Líquidos do APP e do GLP na fauna. Para as estradas de acesso, as linhas de fluxo e os locais de poços foram consideradas uma série de impactos relacionados com a construção que potencialmente afectam a fauna terrestre. Estes incluem os seguintes: Impacto da Perda de Habitat: Uma avaliação no terreno das estradas de acesso, linhas de fluxo e áreas de poços da Sasol existentes na área de estudo mostrou que os impactos da construção anterior foram rigorosamente contidos e não vão significativamente para além da pegada das instalações em causa. Não há evidência de erosão ou poluição causada por qualquer uma das infra-estruturas existentes e isto dá uma boa indicação do que se pode esperar com respeito ao projecto actual. Oitenta por cento das infra-estruturas novas das linhas de fluxo estará situado ao longo de estradas existentes. Isto aumenta para 96,5% se forem incluídos outros corredores de perturbação existentes, como antigas linhas sísmicas. Visto a existência de muito bom acesso por estrada, a necessidade de Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE desbravar vegetação será muito reduzida, sendo apenas necessário o desbravamento duma pequena área adicional ao lado das estradas existentes para as linhas de fluxo. A área total de perturbação do habitat será na ordem dos 166,7 ha, o que é uma pequena fracção do habitat semelhante disponível na área de estudo e uma proporção mínima deste habitat em Moçambique, que se estende sobre muitos milhões de hectares. Assim, é provavelmente baixa a significância do efeito directo geral duma redução da disponibilidade de habitat na ocorrência e diversidade da fauna. Impacto da Perturbação da Fauna (barulho e poeira): A construção irá envolver uma série de actividades perturbadoras incluindo trabalhos de terraplenagem, obras civis, perfuração, colocação de tubos, soldadura e testes. Os impactos relacionados com incómodos incluirão poeira, barulho e vibrações. Estes impactos podem causar impactos locais nas espécies por um curto período, mas não é provável que qualquer um destes efeitos resulte em mais que uma diminuição temporário das populações das espécies mais sensíveis aos incómodos (espécies de pequenos antílopes, aves de rapina e aves de nidificação) perto dos locais. O impacto é insignificante Impacto da poluição relacionada com a construção: As equipas de construção empregam uma série de materiais que poderão causar poluição se forem libertados no ambiente natural ou causar a produção de resíduos, que podem ser resíduos gerais, perigosos, ou problemáticos. Nos locais de perfuração, os resíduos incluirão todas as três categorias - lixo doméstico geral, óleo/diesel usado, água de lavagem da plataforma de perfuração e água da chuva contaminada, amparas de perfuração, lamas de perfuração e aditivos, água de processo, óleo/diesel/fluidos hidráulicos usados, ácidos/tensioactivos/solventes para limpeza, baterias, pesticidas e tinta. O acabamento dum poço também envolve a ignição de fluidos do poço numa cova de queima na área de poço. Ao longo das linhas de fluxo os resíduos incluirão lixo doméstico, possivelmente alguns óleos e lubrificantes usados, resíduos de soldadura, aparas dos calços dos tubos e resíduos de embalagens (papel, cartão, madeira). Durante o comissionamento das linhas de fluxo, será produzida água do teste hidráulico, provavelmente contendo inibidores de corrosão e biocidas, podendo ser ambos tóxicos e causar a mortalidade de fauna aquática se forem libertados no ambiente natural. Enquanto muitos destes resíduos são potencialmente perigosos para a fauna se são libertados no ambiente, todos eles podem ser geridos para reduzir o risco de poluição para baixos níveis de significância. Nos projectos anteriores da Sasol a construção de poços e linhas de fluxo tem sido controlada por meio de Planos de Gestão Ambiental, que mostraram ser eficazes na gestão as actividades dos empreiteiros de construção. O Estudo Especializado no 8, Resíduos, conclui que, sob condição de se implementar os requisitos dos PGA’s, os riscos de poluição são baixos. Não se observou nenhuma poluição residual em qualquer parte nas áreas onde a Sasol tem sido activo com a pesquisa e produção e assim considera-se ser baixa a significância do risco para a fauna decorrente da poluição causada pela construção. Impacto da Caça e Perseguição: A presença de equipas de construção é uma causa possível da mortalidade de fauna bravia, principalmente a medida que as equipas não são apropriadamente geridas e o pessoal da construção ou caça os animais selvagens para comida ou venda, ou persegueos. O último caso aplica-se particularmente aos répteis, que são mortos pelo pessoal no local, a não ser que se promovam e imponham medidas específicas para prevenir isto através da PGA para a construção. O actual PGA-c da Sasol proíbe a caça ou perseguição de animais selvagens. Sujeito à aplicação dos requisitos do PGA e a educação permanente do pessoal durante a vigência do contrato sobre a conservação da fauna bravia, o potencial impacto sobre a fauna bravia deve ser insignificante. Impacto de Matanças na Estrada e nas Valas Abertas: Em contractos de construção anteriores da Sasol foram registadas mortes ocasionais de animais selvagens em consequência de colisões com veículos. Não são contudo comuns e é improvável serem significantes na Área de Estudo, desde que se apliquem os limites de velocidade. No caso das linhas de fluxo, há também um possível risco para os pequenos mamíferos, rãs e répteis de serem presos na vala aberta. O actual PGA-c da Sasol não menciona matanças nas valas e o requisito de preservar a fauna bravia deve ser alargado no sentido de fazer referência à libertação de animais presas nas valas das linhas de fluxo. Impacto de Queimadas: Há um risco aumentado de queimadas em consequência da presença do pessoal de construção na área de estudo. A sua probabilidade está principalmente relacionada com a gestão do fumo. O efeito de queimadas pode ir muito além dos limites do local e na altura errada do ano pode ter um impacto sério na disponibilidade de habitat para as espécies da fauna bravia, causando mortes devido à fome. A significância do risco para a fauna bravia causado por queimadas é Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE moderada e pode ser reduzido para baixa ou insignificante desde que se educam as equipas contratadas a este respeito e se colocam uma restrição nas áreas nas quais o fumo é permitido. Impacto sobre as Espécies da Lista Vermelha e nos Habitats Sensíveis: Não foram encontradas espécies de fauna terrestre da Lista Vermelha nos levantamentos de campo para o projecto. Embora se espera a ocorrência de fauna constante da Lista Vermelha na Área de Estudo, como descrito no Capítulo 5, não há locais conhecidos de espécies da Lista Vermelha na Área de Estudo que serão impactadas pelo projecto e que iriam justificar uma mudança na localização dos poços, linhas de fluxo ou estradas de acesso. Visto que grande parte da infra-estrutura de estradas proposta já existe, o impacto adicional das linhas de fluxo e poços adjacentes será relativamente menor e é muito improvável que a construção irá impactar directamente nas espécies da Lista Vermelha. No que se refere aos habitats sensíveis, a significância do impacto directo das estradas, poços e linhas de fluxo do APP propostos será baixa, com excepção de algumas áreas localizadas, como aglomerados de grandes árvores em redor de morros de muchém e fragmentos de floresta densa remanescentes, que criam microambientes que são habitats ricos em espécies de fauna. A significância deste impacto sobre a fauna é moderada e pode ser reduzida para baixa se são implementadas as recomendações feitas no Estudo Especializado no 9, Diversidade Botânica e Habitats, que implicam pequenas mudanças na localização de alguns dos poços e linhas de fluxo. Impactos na Fase Operacional O acesso melhorado incentiva o povoamento. As estradas oferecem um meio vital para a expansão da agricultura nas áreas que eram anteriormente demasiado remotas para serem trabalhadas. Isto resulta na perda de habitat e numa redução correspondente das populações de fauna bravia. Além disso, nas áreas onde novos acessos para o projecto penetram os habitats mais remotos (Figura 6-2), a fauna bravia tornase mais vulnerável à caça, e os animais de caça preferidos pelos caçadores locais ficam reduzidas. Embora haja bom acesso em grande parte da área de estudo, restam algumas áreas que são relativamente remotas e onde a fauna bravia tem escapado à sobreexploração. Isto é particularmente o caso da área isolada a nordeste de Mapanzene, que inclui as comunidades da Floresta Costeira e da Floresta de Dunas, o maior Rio Costeiro na área de estudo e os Mangais na foz do rio. Segundo o Estudo Especializado no 9, Biodiversidade Botânica e Habitat, esta área satisfaz os critérios para a sua definição como um Habitat Crítico nos termos do Padrão de Desempenho no 6 da IFC. A presença de babuínos da espécie de Papio ursinus (avistados) e do leopardo (reportado) nesta área entre Mangarelane 1 e Mapanzene durante os estudos de campo é indicativo da sensibilidade da área, visto que estas espécies são apenas encontradas em lugares que proporcionam uma protecção razoável da acção dos homens. Espera-se que o novo acesso aos poços I-G6PX-1 e I-G6PX-6 irá melhorar significativamente o acesso ao Habitat Crítico, causando um risco aumentado de destruição do habitat e de caça e perseguição da fauna. É altamente provável que as espécies sensíveis, como os babuínos e o leopardo, e muitas outras espécies que encontram refúgio nesta área isolada, serão perdidas. Considera-se a significância do impacto sobre a fauna ser alta. Mitigação Recomendada Abaixo vêm descritas as recomendações para a mitigação e monitorização dos impactos na fauna terrestre identificada. Cumprir com os requisitos da CPF existente para minimizar os impactos nos Impacto de perda habitats para além da pegada do projecto. de habitat Impactos de perturbação (barulho e poeira) Cumprir com os requisitos da CPF existente para minimizar os impactos de barulho e poeira nos habitats. Impacto da poluição relacionada com a construção Cumprir com os requisitos do PGA-c existente para minimizar a probabilidade e as consequências de qualquer incidente relacionado com a poluição; Emendar o PGA-c para incluir um requisito adicional de realizar testes de rastreio de bioensaio como base para a libertação da água do teste hidráulico no ambiente. O actual PGA-c apenas faz uma afirmação geral em relação à gestão da poluição causada pela água dos testes hidráulicos. Nos testes de Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE rastreio realizados para a construção do Gasoduto Moçambique - Secunda da Sasol, com peixe (Poecilia reticulata) e a pulga de água (Daphnia pulex) constatou-se que a água não podia ser libertada directamente no ambiente natural e que era necessária a sua contenção, seguida de evaporação ou diluição, para garantir que não houvesse letalidade de organismos aquáticos (Conselho Sul-africano de Pesquisas Científicas e Industriais - CSIR, 2003). Além disso, porque as águas afectadas por biocidas e inibidores de corrosão são consideradas ‘águas residuais industriais complexas’, das quais a análise química padrão da qualidade do efluente descreve a toxicidade inadequadamente, os bioensaios constituem a metodologia de ensaio apropriada. Cumprir com os requisitos do PGA-c existente para minimizar o risco de caça e perseguição dos animais selvagens Impacto da caça e perseguição Impacto de matanças na estrada e nas valas abertas Cumprir com os requisitos do PGA-c existente. Incluir requisitos de inspecções diárias para libertar animais que poderão ter caído na vala durante a noite. Impacto (directo) na Fauna da Lista Vermelha e nos Habitats Sensíveis Impacto de Incómodos e Perseguição Impacto (indirecto) do Acesso Melhorado Deslocar os poços e linhas de fluxo que estão situadas em microambientes que se encontram em habitats ricos em espécies de fauna, nomeadamente TG8PX-2 (50 m), T-G8-PX5 (500 m), T-G8PX-3 (90 m), e I-G6PX-5 (60 m). Emendar o PGA-c existente para gerir os impactos em caso de se encontrar por acaso espécies da Lista Vermelha. A Sasol encontra-se no processo de preparação de cursos de formação, cobrindo todas as questões ambientais relacionadas com a operação da CPF. Estes cursos de formação irão incluir material didáctico sobre a conservação da fauna bravia para sensibilizar os trabalhadores e empreiteiros da Sasol. Deslocar os poços e linhas de fluxo que estão situadas no habitat crítico do principal rio costeiro na área de estudo, nomeadamente I-G6PX-1 (deslocar 750 m para o oeste) e I-G6PX-6 (deslocar 690 m para o oeste na área de poço existente I-6). A Figura 6-2 mostra a localização da área definida como de habitat crítico e a deslocação dos poços G6PX-1 e I-G6PX-6. Consultar o Governo para determinar como todas as partes poderão cooperar no sentido de incentivar o uso sustentável do habitat crítico no futuro. Monitorização dos Impactos Cumprir com os requisitos dos PGA-c e PGA-d existentes Alargar a monitorização de base do habitat definido como crítico para incluir trabalho de campo sazonal mais abrangente, que pode ser usado como base do planeamento futuro detalhado do uso sustentável da área. A Sasol deve assumir responsabilidade por esta monitorização inicial. Depois disso qualquer monitorização subsequente poderá ser determinada através de discussões entre as partes pertinentes. A monitorização deve incluir as Florestas Costeiras e de Dunas, o Rio Costeiro e os Mangais. Os autores reconhecem que podem existir vários factores que podem influenciar a viabilidade de mudança dos poços e das linhas de fluxo. Os factores que se encontram fora do âmbito do presente estudo não foram tomados em consideração, e as recomendações são puramente baseadas na conveniência da mudança de um ponto de vista de fauna terrestre. Antes de se finalizarem os posicionamentos dos poços e das linhas de fluxo talvez tenham que ser tomados em consideração outros factores, os quais devem ser avaliados na AIA. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Conclusões A significância dos impactos na fauna terrestre na fase de construção será baixa a insignificante, sujeito à implementação dos requisitos dos PGA-c e PGA-d existentes, versão alterada. Os impactos na fase de construção ao longo dos poços e linhas de fluxo consistem principalmente no desbravamento das áreas, perturbação, riscos de poluição menores e as actividades das pessoas na área imediata da construção. O período de construção é relativamente curto e as áreas são pequenas e controladas. Grande parte das estradas de acesso, necessárias para apoiar a construção das linhas de fluxo, já existe. Os impactos podem ser mitigados com sucesso pela implementação dos PGA’s existentes com pequenas alterações, particularmente se houver ligeiros ajustamentos de alguns dos locais dos poços para evitar microambientes de alta biodiversidade. Durante a fase operacional, os impactos relacionados com perturbações serão menores. A principal preocupação será a acessibilidade aumentada facultada pelas novas estradas de acesso numa área de habitat crítico perto da costa, consistindo nas Florestas Costeiras e de Dunas, um Rio Costeiro e um grande Mangal. O acesso melhorado a áreas anteriormente remotas tem mostrado ter efeitos graves no habitat, o que, juntamente com uma pressão crescente dos caçadores devido à acessibilidade melhorada, pode ter um efeito grave nas populações de fauna. Enquanto grande parte da Área de Estudo tem bom acesso existente, a área de habitat crítico está relativamente isolada e o acesso a dois dos novos poços irá aumentar significativamente o risco de impactos secundários nesta área. A significância do impacto não mitigado é considerado alto, mas sujeito à deslocação dos poços e outras acções necessárias para garantir que o habitat é protegido, a significância pode ser reduzida a baixa. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE LISTA DE ACRÓNIMOS AIA Avaliação de Impacto Ambiental AID Área de Influência Directa AII Área de Influência Indirecta APP Acordo de Partilha de Produção CITES Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção cm centímetro CMH Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos CPF Central Processing Facility (Unidade Central de Processamento) CPP Contrato de Produção de Petróleo E Este EDM Electricidade de Moçambique EN Endangered (Em perigo) EN-1 Estrada Nacional No 1 ENH Empresa Nacional de Hidrocarbonetos GLP Gás Liquefeito de Petróleo GPS Sistema de Posicionamento Global h hora IFC Internacional Finance Corporation (Corporação Internacional de Finanças) km quilómetro KNP Parque Nacional Kruger m metro MMscfd Million standard cubic feet per dia (milhões de pés cúbicos padrão por dia) MSP Mozambique-Secunda Pipeline (Gasoduto Moçambique – Secunda) NT Near-threatened (Quase ameaçada) OAL Oficial Ambiental no Local pm post meridium (indicando o período de tempo do meio-dia a meia-noite) PS Pontos de significância RDC República Democrática do Congo RR Reporting Rate (Frequência de Notificação) S Sul SPM Sasol Petroleum Moçambique SPT Sasol Petroleum Temane Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE UICN União Internacional para a Conservação da Natureza VU Vulnerável Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE DEFINIÇÕES Arenosols Háplicos Solos arenosos castanho-acinzentados associados com as dunas marítimas das áreas costeiras Diurnal Activo durante as horas do sol Estivado Enterrado e dormente Eulitoral Marginal Índices de Integridade de Habitat Os níveis de aptidão do habitat para as espécies Miombo Savana de de folhas largas Montano De montanhas Morro de muchém Habitação das térmitas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) i FAUNA TERRESTRE ÍNDICE Introdução .................................................................................................................................................................. 1 Este Estudo ................................................................................................................................................................ 1 Metodologia................................................................................................................................................................ 1 O Ambiente de Referência ......................................................................................................................................... 1 Impactos na Fase de Construção .............................................................................................................................. 2 Impactos na Fase Operacional .................................................................................................................................. 4 Mitigação Recomendada............................................................................................................................................ 4 Conclusões ................................................................................................................................................................ 6 1.0 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 1 1.1 Visão Geral do Projecto ................................................................................................................................ 1 1.2 Âmbito do Estudo Especializado .................................................................................................................. 3 1.3 Dados do(s) autor(es) ................................................................................................................................... 3 2.0 DESCRIÇÃO DO PROJECTO................................................................................................................................... 4 2.1 Os Poços ...................................................................................................................................................... 4 2.2 As Linhas de fluxo ........................................................................................................................................ 4 2.3 O 5o trem de gás (Projecto de gás do APP) ................................................................................................. 4 2.4 A Planta de Líquidos e GLP do APP ......................................................................................................... 4 2.5 Planta Independente de GPL ....................................................................................................................... 5 3.0 QUADRO LEGAL E ORIENTAÇÕES ....................................................................................................................... 6 3.1 Legislação moçambicana ............................................................................................................................. 6 3.2 Convenções .................................................................................................................................................. 6 3.3 Padrões de Desempenho da IFC ................................................................................................................. 7 3.4 Compromissos existentes da Sasol .............................................................................................................. 7 4.0 METODOLOGIA DO ESTUDO .................................................................................................................................. 8 4.1 Visão geral .................................................................................................................................................... 8 4.2 Levantamento da informação existente ........................................................................................................ 8 4.3 Locais de levantamento ................................................................................................................................ 8 4.4 Abordagem do levantamento de campo e relatórios .................................................................................. 15 4.5 Métodos do levantamento da fauna............................................................................................................ 15 4.5.1 Abundância e densidade relativas ........................................................................................................ 15 4.5.2 Metodologia detalhada .......................................................................................................................... 16 4.6 Critérios de Classificação da Avaliação dos Impactos................................................................................ 19 5.0 O AMBIENTE DE REFERÊNCIA ............................................................................................................................ 22 5.1 Habitats ...................................................................................................................................................... 22 5.1.1 Mistura de Florestas e Bosques ............................................................................................................ 22 5.1.2 Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia ........................................................... 23 5.1.3 Florestas Costeiras e de Dunas ............................................................................................................ 25 5.1.4 Terras Húmidas .................................................................................................................................... 25 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) i FAUNA TERRESTRE 5.1.5 Rio Govuro (incluindo a planície de inundação) .................................................................................... 25 5.1.6 Rios Costeiros (perenes a sazonais) .................................................................................................... 26 5.1.7 Linhas de Drenagem Efémeras (incluindo as terras húmidas).............................................................. 27 5.1.8 Mangais ................................................................................................................................................ 27 5.1.9 Lagoas Barreiras ................................................................................................................................... 29 5.1.10 Áreas cultivadas .................................................................................................................................... 30 5.2 Viabilidade dos habitats .............................................................................................................................. 30 5.3 Conjuntos de fauna e potencial habitat....................................................................................................... 31 5.3.1 Rãs........................................................................................................................................................ 31 5.3.2 Répteis .................................................................................................................................................. 33 5.3.3 Aves ...................................................................................................................................................... 36 5.3.4 Mamíferos ............................................................................................................................................. 42 5.3.5 Sumário de toda a fauna ....................................................................................................................... 45 5.3.6 Discussão ............................................................................................................................................. 46 5.3.7 Impacto Humano na ecologia local ....................................................................................................... 49 5.3.8 Áreas com menor impacto - “Habitats não transformados” ................................................................... 52 6.0 IMPACTOS DO PROJECTO ................................................................................................................................... 55 6.1 Impactos na Fase de Construção ............................................................................................................... 55 6.1.1 Impacto dos poços e linhas de fluxo ..................................................................................................... 55 6.1.2 A Planta dos Líquidos e GPL do APP e o 5º Trem de Gás ................................................................... 59 6.2 Impactos na Fase Operacional ................................................................................................................... 60 6.2.1 Impacto dos Poços e Linhas de Fluxo .................................................................................................. 60 6.2.2 Impactos da Planta dos Líquidos e GPL do APP e do 5º Trem de Gás ................................................ 63 7.0 MITIGAÇÃO E MONITORIZAÇÃO RECOMENDADAS .......................................................................................... 65 8.0 CLASSIFICAÇÃO DA SIGNIFICÂNCIA DOS IMPACTOS ..................................................................................... 67 9.0 CONCLUSÕES ........................................................................................................................................................ 69 10.0 BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................................................................... 70 TABELAS Tabela 3-1: Leis Protegendo a Biodiversidade e Áreas de Conservação .................................................................................. 6 Tabela 3-2: Convenções sobre habitats e diversidade biológica ............................................................................................... 6 Tablela 4-1: Transectos do levantamento usados para os estudos de fauna (Fevereiro de 2014) .......................................... 13 Tabela 4-2: Sistema de pontuação para a avaliação de impactos ........................................................................................... 20 Tabela 4-3: Classificação da significância dos impactos ......................................................................................................... 20 Tabela 4-4: Tipos de impactos ................................................................................................................................................. 21 Tabela 5-1: Componentes importantes dos habitats da fauna dos tipos de vegetação de Mistura de Florestas e Bosques .................................................................................................................................................................. 23 Tabela 5-2: Componentes importantes dos habitats da fauna do tipo de vegetação de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia ....................................................................................................................................... 24 Tabela 5-3: Componentes importantes dos habitats da fauna das Florestas Costeiras e de Dunas ....................................... 25 Tabela 5-4: Componentes importantes dos habitats da fauna do sistema do Rio Govuro ....................................................... 26 Tabela 5-5: Componentes importantes dos habitats da fauna do sistema de Rios Costeiros.................................................. 27 Tabela 5-6: Componentes importantes dos habitats da fauna do sistema de Mangais ........................................................... 28 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) ii FAUNA TERRESTRE Tabela 5-7: Componentes importantes dos habitats da fauna nas Lagoas Barreiras .............................................................. 30 Tabela 5-8: Rãs encontradas (12 espécies) nos habitats naturais disponíveis da Área de Estudo durante o levantamento de 2014 (ver Anexo A para os detalhes). (Células sombreadas = habitat preferido; número na célula = número de exemplares detectados durante os diferentes levantamentos). ............................. 32 Tabela 5-9: Espécies de répteis encontradas ou comunicadas (23 espécies) nos habitats naturais disponíveis da Área de Estudo durante o levantamento de 2014 (ver Anexo B para os detalhes). (Células sombreadas = habitat preferido; número na célula = número de exemplares detectados durante os diferentes levantamentos. ........................................................................................................................................................ 34 Tabela 5-10: Disponibilidade de habitat para espécies de répteis de preocupação na área de estudo, indicando o requisito de habitat, e os tipos de vegetação com habitat apropriado. .................................................................... 35 Tabela 5-11: Espécies de aves registadas na área de estudo no levantamento de verão (Fevereiro de 2014) (a vermelho = Espécies Especiais) ............................................................................................................................. 37 Tabela 5-12: Disponibilidade de habitat para as espécies de aves de preocupação na área de estudo, indicando os requisitos de habitat, e os tipos de vegetação com o habitat apropriado. .......................................................... 39 Tabela 5-13: Disponibilidade de habitat para a espécies de mamíferos de preocupação, indicando os requisitos de habitat, e os tipos de vegetação associada com habitats comparáveis. ............................................................ 44 Tabela 5-14: Sumário dos grupos de fauna por habitat. .......................................................................................................... 45 Tabela 5-15: Fauna que precisa dum habitat de bosque para a sua sobrevivência (espécies da Lista Vermelha a vermelho) ................................................................................................................................................................ 47 Tabela 6-4: Proximidade dos Poços e Linhas de Fluxo propostas dos Habitats Sensíveis ..................................................... 59 Tabela 6-5: Fauna selvagem vulnerável à caça ....................................................................................................................... 61 Tabela 6-6: Acções relacionadas com o homem incentivadas pelo acesso e que podem impactar nas populações de fauna .................................................................................................................................................................. 62 Tabela 8-1: Matriz da avaliação dos impactos ambientais das estradas de acesso, linhas de fluxo e áreas de poço – fase de construção ...................................................................................................................................... 67 Tabela 8-2: Matriz da avaliação dos impactos ambientais da planta de Líquidos e do GLP do APP e o 5º Trem de Gás – fase de construção ....................................................................................................................................... 67 Tabela 8-3: Matriz da avaliação dos impactos ambientais das estradas de acesso, linhas de fluxo e áreas de poço – fase operacional .......................................................................................................................................... 68 Tabela 8-4: Matriz da avaliação dos impactos ambientais da planta de Líquidos e do GLP do APP e o 5º Trem de Gás – fase operacional ........................................................................................................................................... 68 FIGURAS Figura 1-1: Elementos da Proposta do Desenvolvimento do APP e do Projecto de GLP .......................................................... 2 Figure 4-1: Locais de levantamento da fauna no tipo de vegetação de Mistura de Florestas e Bosques ................................ 10 Figura 4-2: Locais de levantamento da fauna no tipo de vegetação de Floresta de Julbernardia-Brachystegia, do Rio Govuro e planície de inundação associada (Transectos 14-17), e das Lagoas Barreiras (Transectos 18-19). ................................................................................................................................................. 11 Figura 4-3: Locais de levantamento da fauna nos Rios Costeiros e Mangais. ......................................................................... 12 Figura 4-4: Uma armadilha para borboletas. ............................................................................................................................ 19 Figura 5-1: Mangais e áreas marinhas pouco fundas com leitos de ervas marinhas na foz dum rio costeiro a jusante de I-G6PX-1. ............................................................................................................................................... 28 Figura 5-2: Floresta de Julbernardia-Brachystegia – floresta aberta com fragmentos de bosques mais densos..................... 46 Figura 5-3: Floresta Mista com o bosque mais denso sobre morros de muchém. ................................................................... 46 Figura 5-4: A área de mangal principal e os Rios Costeiros em terra. ..................................................................................... 49 Figura 5-5: O desbravamento da Floresta de Julbernardia-Brachystegia para o estabelecimento de campos agrícolas. ................................................................................................................................................................. 50 Figura 5-6: O desbravamento da Mistura de Florestas e Bosques para o estabelecimento de campos agrícolas .................. 50 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) iii FAUNA TERRESTRE Figura 5-7: Áreas com densidade populacional mais baixa que não são extensivamente usadas, demarcadas em quatro zonas de “Habitats Não Transformados”...................................................................................................... 54 Figura 6-1: Linhas de Fluxo onde serão necessárias novas estradas de acesso .................................................................... 55 Figura 6-2: Habitat crítico suportando o Rio Costeiro Mapanzene ........................................................................................... 63 FOTOGRAFIAS Fotografia 4-1: A cerca de deriva da armadilha. ...................................................................................................................... 18 Fotografia 4-2: Os baldes que funcionam como armadilhas .................................................................................................... 18 Fotografia 4-3: As armadilhas cheias de animais capturados. ................................................................................................. 18 Fotografia 4-4: Uma armadilha do tipo Sherman para roedores colocada para uma noite de captura. ................................... 19 Fotografia 5-1: Floresta Mista - floresta aberta com fragmentos de gramíneas. ...................................................................... 22 Fotografia 5-2: Bosque na Floresta Mista - cobertura densa de arbustos baixos, com árvores maiores a sobressair num morro de muchém antigo. .............................................................................................................. 22 Fotografia 5-3: Floresta-floresta aberta de Julbernardia-Brachystegia com fragmentos de gramíneas. .................................. 24 Fotografia 5-4: Bolsas de bosque de floresta fechada baixa com árvores e arbustos mais altos. ........................................... 24 Fotografia 5-5: Um bosqu de dunas ......................................................................................................................................... 25 Fotografia 5-6: Florestas Costeiras e de Dunas - florestas densas com copas fechadas. ....................................................... 25 Fotografia 5-7: O canal principal no Rio Govuro durante altos fluxos no verão. ...................................................................... 26 Fotografia 5-8: Os braços mortos do rio, inundando a vegetação marginal na planície de inundação. ................................... 26 Fotografia 5-9: Um rio costeiro - pequenas áreas de água superficial aberta formam um habitat de água estagnada. .............................................................................................................................................................. 27 Fotografia 5-10: Um rio costeiro, coberto por vegetação emergente e inundada..................................................................... 27 Fotografia 5-11: Mangais a jusante de I-G6PX-1. .................................................................................................................... 29 Fotografia 5-12: Mangais perto da costa. ................................................................................................................................. 29 Fotografia 5-13: A maior das duas lagoas barreiras perto de T-19A........................................................................................ 30 Fotografia 5-14: Vegetação marginal ao longo das margens da lagoa barreira. ...................................................................... 30 Fotografia 5-15: Gaivão-papa-lagartos (Kaupifalco monogrammicus) ..................................................................................... 38 Fotografia 5-16: Abelharuco-dourado (Merops pusillus) .......................................................................................................... 38 Fotografia 5-17: Musaranho-almiscarado-vermelho (Crocidura hirta) ...................................................................................... 43 Fotografia 5-18: Macaco-cão-cinzento (Papio ursinus) ............................................................................................................ 43 Fotografia 5-19: Um caçador com a sua arma regressando a casa com uma águia-dominó e uma galinha-domato-de-crista. ........................................................................................................................................................ 52 Fotografia 5-20: Uma armadilha de tronco para animais de menor porte como o cabrito-cinzento, ratos das canas e aves de caça. ....................................................................................................................................................... 52 Fotografia 5-21: Um outro caçador com uma arma volta para casa com cinco antílopes africanos na sua bicicleta. .............. 52 Fotografia 5-22: Madeira apanhada na floresta de Miombo para venda. ................................................................................. 52 Fotografia 6-1: Pitão morto por trabalhadores da construção ao longo do Gasoduto Moçambique - Secunda ....................... 58 Fotografia 6-2: Caçador com dois cabritos-vermelhos ............................................................................................................. 58 Fotografia 6-3: Guardas na área de poço T-9 .......................................................................................................................... 60 Fotografia 6-4: Reabilitação ao longo duma linha de fluxo enterrado dum poço de Temane para a CPF ............................... 60 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) iv FAUNA TERRESTRE ANEXOS ANEXO A Rãs ANEXO B Répteis ANEXO C Aves ANEXO D Mamíferos ANEXO E Animais da Lista Vermelha ANEXO F Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto no 12/2002, de 6 de Junho de 2002) ANEXO F Curricula Vitae ANEXO G Limitações do Documento Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) v FAUNA TERRESTRE 1.0 1.1 INTRODUÇÃO Visão Geral do Projecto A Sasol Petroleum Moçambique (SPM) tem um Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique e a ENH (Empresa Nacional de Hidrocarbonetos). Por sua vez, foi assinado um Contrato de Produção de Petróleo (CPP) entre a Sasol Petroleum Temane (SPT) e as suas parceiras (a Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) e a IFC) e o Governo de Moçambique, englobando os campos actualmente em produção nas áreas de Temane e Pande. As licenças para o CPP e o APP sobrepõem-se em grande medida, tanto na área de Pande como de Temane. A licença para o CPP aplica-se às formações específicas contendo hidrocarbonetos nestas áreas. A licença para o APP abrange todas as outras formações nas áreas geográficas de Temane e Pande que estão actualmente a ser consideradas para fins de desenvolvimento, e também inclui outros campos e possíveis depósitos petrolíferos onde foram perfurados poços de exploração e de avaliação, mas que ainda não foram declarados como sendo comercialmente viáveis. A planta de processamento de gás da Sasol, designada por Unidade Central de Processamento (Central Processing Facility - CPF), está situada a 40 km a noroeste de Vilanculos. Presentemente, toda a produção da Sasol é exportada a partir da CPF, tanto na forma de gás canalizado por gasoduto, em grande parte destinado à África do Sul, como na forma de condensado que é transportado em camiões-tanques para Beira para posterior embarque. Uma proporção crescente do gás é usada em Moçambique, tanto para fins industriais como para a produção de energia eléctrica. Na Província de Inhambane, o gás é fornecido à central eléctrica alimentada a gás da EDM, que produz a electricidade que abastece Inhassoro, Vilanculos e áreas circundantes. Desde que o projecto foi inicialmente estabelecido em 2002, a Sasol expandiu a CPF e introduziu poços de produção de gás adicionais nos campos de gás de Temane e Pande. No momento actual a CPF compreende quatro trens de processamento de gás, que recebem o gás fornecido por vinte e quatro poços terrestres de produção, doze dos quais se situam no campo de Temane e doze no campo de Pande. O Projecto de Desenvolvimento no Âmbito do APP e Projecto de Produção de GPL (a seguir referido como ‘o projecto’) envolve a expansão da CPF com vista a processar gás, condensado e petróleo leve adicionais da área definida no Acordo de Partilha de Produção (APP) com o Governo de Moçambique. O projecto irá aumentar, de forma significativa, a capacidade da Sasol de processar gás e líquidos, e pode incluir uma instalação para produzir Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), que pode vir a substituir grande parte das 15.000 a 20.000 toneladas por ano que presentemente são importadas a um custo significativo para Moçambique. O projecto consiste em dois componentes principais: Fase 1 do Projecto de Produção de Gás no âmbito do APP (o ‘projecto do gás’), que envolve seis poços de produção no Campo de Temane e um trem de gás adicional (5o) na CPF, concebido para processar o gás e condensado adicional dos poços e situado dentro dos limites da planta existente; Fase 1 do Projecto de Produção de Líquidos no âmbito do APP (o ‘projecto de líquidos’), que envolve doze poços de produção de petróleo e um poço de recolha de dados no campo de Inhassoro, e uma nova Planta de Processamento de Líquidos e uma Planta de Produção de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL), situada adjacente ao lado nordeste da CPF. Prevê-se que a planta vai produzir 15.000 barris de crude por dia (stbopd1) e 20.000 toneladas de GPL por ano. Como alternativa, a planta de GPL pode ser estabelecida como uma planta independente dentro do recinto da CPF, juntamente com o Projecto de Gás do APP. Todos os poços de gás e de petróleo serão ligados à CPF através de condutas enterradas, designadas por ‘linhas de fluxo’, semelhantes em termos de desenho às que fornecem actualmente a planta com gás. As novas linhas de fluxo devem tanto quanto possível seguir as linhas de acesso existentes, e na secção que atravessa o Rio Govuro serão conectadas às condutas já existentes que se encontram colocadas no leito do 1 Um barril ‘stock tank’ significa o volume ocupado pelo petróleo de venda (i.e., depois da sua estabilização para satisfazer a especificação de venda) e medido em barris nas condições padrão de 1,01325 bar (14,7 psia) e 15,56°C (60°F). Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 FAUNA TERRESTRE canal do rio desde a altura do projecto de construção de 2002, a fim de evitar qualquer perturbação causada por travessias adicionais. A Figura 1-1 mostra todos os elementos da proposta do Projecto do APP, incluindo os novos poços de gás e de petróleo, as linhas de fluxo e as instalações de produção. Figura 1-1: Elementos da Proposta do Desenvolvimento do APP e do Projecto de GLP Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 2 FAUNA TERRESTRE 1.2 Âmbito do Estudo Especializado O Estudo de Base da Fauna Terrestre tinha três objectivos principais: Determinar a integridade ecológica dos habitats e fauna associada da área de estudo (inclui aves, mamíferos, insectos, répteis e anfíbios) através de estudos de gabinete e pesquisas de campo; Estabelecer uma base de referência a partir da qual se pode medir os impactos futuros do projecto; Determinar os potenciais impactos do projecto durante as fases de construção e operação e para avaliar a eficácia de qualquer mitigação proposta. Identificar as espécies ameaçadas dentro da área de estudo ou a probabilidade de ocorrência de espécies ameaçadas. O âmbito do estudo é definido pelas seguintes actividades: Caracterizar a flora e fauna terrestres (abrangendo aves, mamíferos, insectos, répteis, e anfíbios) por estudos de gabinete e pesquisas de campo. As pesquisas de campo devem ser empreendidas na forma de observações directas, contagens ao longo dum transecto, capturas em armadilhas sem crueldade (animais) ou a dedução da presença na base de vestígios (animais). Seleccionar os métodos de avaliação mais apropriados para a espécie em causa. Caracterizar quaisquer tendências que actualmente ocorrem e que afectam o ambiente (p. ex. pastagem, caça). Avaliar a presença de quaisquer espécies raras, em perigo ou protegidas (estatuto protegido dado pela UICN, CITES ou por Moçambique a nível nacional). Usar, sempre que possível, evidência fotográfica com coordenadas GPS para registar espécies ou habitats de interesse. Caracterizar a biodiversidade terrestre importante para a área de desenvolvimento. 1.3 Repetir os levantamentos ecológicos em duas estações. Avaliar os prováveis impactos da construção e operação do projecto na fauna terrestre, tomando em consideração a natureza das actividades e a sensibilidade do ambiente afectado. Dados do(s) autor(es) O Dr. Andrew Deacon (PhD Zoologia) tem estado envolvido em trabalhos ecológicos nos últimos 25 anos, e tem uma boa formação em Ecologia Terrestre e de Água Doce. Depois duma profissão inicial de professor no ensino secundário (biologia) e a nível universitário (zoologia), ele tornou-se Gestor nos Serviços Científicos dos Parques Nacionais da África do Sul e especializou-se em aspectos de pesquisa relacionados com os Sistemas Aquáticos e Biodiversidade (entre 1989 e 2011). Ele coordenou as pesquisas no Parque Nacional Kruger (KNP) como parte do Programa de Pesquisa Multidisciplinar dos Rios do KNP. Como gestor de programas da Unidade de Savanas ele coordenou os programas de monitorização e pesquisa dos ecossistemas aquáticos e da ecologia dos pequenos vertebrados (pequenos mamíferos, aves, répteis e rãs) nos 15 Parques Nacionais da África do Sul (incluindo o Parque Nacional de Elefantes Addo, o Parque Nacional Kalahari e o Parque Nacional Kruger). O Dr. Deacon ficou envolvido em programas nacionais incluindo o Programa de Saúde Ribeirinha, as comissões consultivas da Comissão de Pesquisas Aquáticas e os estudos dos requisitos ambientais do Departamento das Águas, todos da RSA. Ele também fundamentou e candidatou a área de Pafuri com êxito para se tornar o Sítio Ramsar Makuleke no norte do Parque Kruger. Recentemente, ele concluiu um curso sobre a delimitação de terras húmidas. Desde 2012 ele tem estado a trabalhar como consultor especialista para estudos ecológicos e concluiu uma série de projectos relacionados com os levantamentos e a monitorização dos ecossistemas aquáticos, necessidades da água ambiental, levantamentos da fauna terrestre, e projectos de biodiversidade. Para além de projectos na África do Sul, ele trabalhou em tarefas na República Democrática do Congo, Zâmbia, Moçambique, Zimbabwe, Namíbia e Suazilândia. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 3 FAUNA TERRESTRE 2.0 2.1 DESCRIÇÃO DO PROJECTO Os Poços A Figura 1-1 apresenta a localização dos poços de gás e de petróleo propostos, que serão semelhantes aos poços já existentes de Temane e Pande, com uma infra-estrutura superficial consistindo numa cabeça de poço (ou ‘árvore de natal’) centrada numa área vedada e desmatada de aproximadamente 100 m x 100 m. Não haverá qualquer libertação de fluidos ou gás para a atmosfera (ventilação) nas cabeças de poço durante as operações normais – todos os fluidos extraídos serão transferidos por linhas de fluxo para a CPF para processamento. As posições dos poços propostos foram determinadas na base de estudos de engenharia preliminares e poderão sofrer de algumas mudanças durante as pesquisas do desenho detalhado. Os locais de três dos poços de produção a serem situados no campo de Inhassoro ainda não foram determinados e estes não são indicados na Figura. 2.2 As Linhas de fluxo Os fluidos dos poços serão transportados para a nova Central de Colectores de Inhassoro (Projecto de Líquidos do APP) ou a CPF (Projecto de Gás do APP) por novas linhas de fluxo, enterradas a aproximadamente 1 m abaixo da superfície, e seguindo na sua maior parte as linhas de corte, estradas e outras linhas de fluxo existentes (Figura 1-1). Será construída uma estrada de acesso de terra batida, transitável durante todo o ano, para permitir o acesso para manutenção ao longo das linhas de fluxo nos poucos lugares onde ainda não há acesso por estrada. A Figura 1-1 mostra onde as linhas irão atravessar o Rio Govuro, ligando-se às secções de tubos de reserva existentes que foram colocados no leito do Rio Govuro em 2002, para evitar repetidas obras de construção na travessia do canal do rio. Para o projecto de gás, um poço (T-19A) fica a leste do Rio Govuro e irá usar uma linha de fluxo de reserva na travessia do rio. Para o projecto de líquidos, todos os poços de petróleo ficam a leste do Rio Govuro. As suas linhas de fluxo serão juntadas na Central de Colectores de Inhassoro, de onde um único tubo irá transportar os fluidos, ligando-se a um outro tubo de reserva que atravessa o Rio Govuro, continuando depois para a nova planta adjacente à CPF. 2.3 O 5o trem de gás (Projecto de gás do APP) As instalações de separação de gás e líquidos e de quatro trens de processamento de gás existentes na CPF serão suplementadas por equipamento adicional em paralelo e ligado ao mesmo sistema de colectores. O novo equipamento estará situado dentro dos limites da vedação existente da CPF. Serão acrescentados um novo separador de produção e um novo separador de líquidos, idênticos às unidades existentes. Será acrescentado um novo trem de processamento de gás, com a mesma capacidade que os trens existentes (150 MMscfd) e será fornecido equipamento muito semelhante. Todo o condensado estabilizado será transportado para os tanques de armazenamento na CPF. Não haverá tanques adicionais. O condensado será exportado em camiões-tanques. A compressão de BP e de AP da CPF será expandida com o acréscimo de uma nova unidade de ambas. As unidades de compressão e acessórios serão idênticas às unidades existentes. O maior volume de água produzida na CPF como resultado do desenvolvimento de Gás do APP será tratado e despejado pelos sistemas existentes na CPF. Outros sistemas de abastecimento, como água, ar e azoto, serão reforçados para não constranger a nova planta de gás pelo abastecimento destes serviços. Não são necessários novos sistemas de produção de energia para suportar a planta de Gás do APP. Não serão acrescentados novos sistemas de combustão. 2.4 A Planta de Líquidos e GLP do APP A Planta Integrada de Líquidos e GPL do APP será baseada numa produtividade de 15.000 stbopd de petróleo e 40MMscfd de gás. Esta planta ficará situada numa área nova adjacente à CPF existente, no lado nordeste. A nova planta compreende dois trens de processamento operando em paralelo, cada um processando aproximadamente 50% do input de líquidos; um trem de 7.500 stbopd de GPL, dando um máximo de 20.000 tpa de GPL (além de petróleo estabilizado) e um trem de estabilização de petróleo de 7.500 stbopd, produzindo apenas petróleo estabilizado e não GPL. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 4 FAUNA TERRESTRE As instalações de recepção dos Líquidos do APP irão consistir em ligações para um receptor temporário do pig do oleoduto, seguido de um receptor de tampões líquidos. Os líquidos do receptor de tampões líquidos serão encaminhados para um separador óleo/água que separa o petróleo e a água e remove também o gás residual. O fluxo de petróleo separado será encaminhado para dois trens de processamento de petróleo configurados de forma diferente para estabilização. O primeiro é um trem de GPL de 7.500 stbopd, produzindo 20.000 tpa de GPL além de petróleo estabilizado. O segundo é um trem de estabilização de petróleo de 7.500 stbopd, que produz apenas petróleo estabilizado e não GPL. O GPL será armazenado acima do solo em quatro tanques de armazenamento de GPL colocados no chão e exportado a partir de duas rampas de carregamento de GPL em camiões-tanques. O gás do receptor de tampões líquidos e separador será combinado com o efluente gasoso do trem e estabilizador de GPL a ser usado como gás combustível a BP e o saldo encaminhado para o sistema de tratamento de gás da CPF. O petróleo estabilizado será encaminhado para quatro reservatórios de petróleo novos de 15.000 bbl. Serão construídas quatro novas rampas de carregamento de camiões-tanques. A água de produção será tratada num novo sistema de tratamento de água de produção e encaminhada para um poço de disposição existente. 2.5 Planta Independente de GPL A viabilidade financeira do Desenvolvimento de Líquidos do APP ainda está sendo avaliada em estudos de Front End Engineering Design (FEED). Uma alternativa a ser avaliada na AIA é uma planta de GPL independente, situada juntamente com o 5º Trem de Gás dentro dos limites da CPF existente. Os tanques de armazenamento de GPL e as rampas de carregamento de GPL ficariam na área identificada para toda a Planta de Líquidos e de GPL do APP. Neste caso, a planta de GPL iria processar uma média de 1.500 stbopd de condensado para produzir aproximadamente 5.000 tpa de GPL. A planta irá processar condensado não estabilizado da CPF, que será encaminhado para um tanque de flash de GPL desenhado para maximizar a recuperação de GPL. O líquido não estabilizado será depois encaminhado para o processador de produção de GPL, que irá separar os componentes mais pesados e os mais leves, produzindo condensado a partir do fluxo de cima e GPL do fluxo de baixo. O condensado estabilizado será encaminhado para os reservatórios existentes na CPF, onde será armazenado para exportação por camião-tanque. O GPL será armazenado em três tanques de armazenamento de GPL colocados no chão e situados fora dos limites da CPF existente, no mesmo local que os tanques propostos para a Planta dos Líquidos e GPL do APP, como descrito na Secção 2.4 acima. Um dos tanques será usado para armazenar o GPL fora da especificação. Uma parte do efluente gasoso do processo será usada como gás combustível de BP, enquanto o saldo será encaminhado para a CPF para tratamento e exportação. Os pequenos volumes de água separada no processo serão retornados para o sistema de tratamento de água de produção na CPF. Os serviços de apoio serão fornecidos pelos sistemas existentes da CPF. . Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 5 FAUNA TERRESTRE 3.0 3.1 QUADRO LEGAL E ORIENTAÇÕES Legislação moçambicana A Tabela 2-1 apresenta uma lista e descrição sucinta da legislação principal referente à protecção da biodiversidade e áreas de conservação. Tabela 3-1: Leis Protegendo a Biodiversidade e Áreas de Conservação Leis Protegendo a Biodiversidade e Áreas de Conservação Lei do Ambiente (Lei no 20/97, de 1 de Outubro). Lei de Terras (Lei no 19/97, de 1 de Outubro) e Regulamento da Lei de Terras (Decreto no 66/1998, de 8 de Dezembro). Lei sobre Recursos Florestais e Faunísticos (Lei no 10/99, de 7 de Julho). 3.2 Os Artigos 12 e 13 cobrem um conjunto de normas gerais para proteger a biodiversidade e o estabelecimento de áreas de protecção ambiental. Esta lei estabelece as zonas de protecção total ou parcial. As primeiras são as zonas reservadas para as actividades da preservação da natureza e a defesa e segurança do Estado, enquanto as zonas de protecção parcial incluem, entre outras, os leitos das águas interiores, o mar territorial, a zona económica exclusiva, a plataforma continental bem como a faixa da orla marítima e o contorno de ilhas, baías e estuários medida da linha das máximas preia-mares até 100 m para o interior do território. Os Artigos 11 e 13 da lei estabelecem as áreas de conservação como os parques nacionais, as reservas da natureza e as zonas de valor histórico e cultural. Convenções A Tabela 2-2 apresenta uma lista e descrição sucinta das convenções referentes à protecção de habitats e diversidade biológica. Tabela 3-2: Convenções sobre habitats e diversidade biológica Habitats e Diversidade Biológica 1968 1971 1979 1985 1992 1999 2001 2002 2003 Convenção Africana sobre a Conservação da Natureza e Recursos Naturais Convenção sobre Terras Húmidas de Importância Internacional, especialmente enquanto Habitat de Aves Aquáticas (Convenção de Ramsar) Convenção sobre as Espécies Migratórias pertencentes a Fauna Selvagem de 1979 e as suas emendas. Convenção para a Protecção, Gestão e Desenvolvimento do Ambiente Marinho e Costeiro da Região da África Oriental, 1985; e o Protocolo relativo às Áreas Protegidas e Fauna e Flora Selvagens da África Oriental; e o Protocolo relativo à Cooperação na Luta contra a Poluição em Situações de Emergência Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CDB). Protocolo da SADC sobre a Conservação da Vida Selvagem e Aplicação da Lei Protocolo da SADC sobre as Pescas. Protocolo da SADC sobre as Actividades Florestais Convenção Africana sobre a Conservação da Natureza e Recursos Naturais. Versão revista Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 6 FAUNA TERRESTRE 3.3 Padrões de Desempenho da IFC Para fins de identificação do Habitat Crítico na área de estudo foram utilizadas as directrizes contidas no Padrão de Desempenho 6 da IFC (IFC, 2012), relacionada com a Conservação da Biodiversidade e Gestão Sustentável de Recursos Naturais Vivos. Os critérios da IFC usados para fins de determinação de Habitats Críticos incluem: 1º Critério: habitat de importância significativa para espécies em vias de extinção e/ou ameaçadas de extinção; 2º Critério: habitat de importância significativa para espécies endémicas e/ou de distribuição geográfica limitada; 3º Critério: habitat que proporciona suporte para concentrações significativas a nível global ou para espécies migratórias e/ou espécies congregantes; 4º Critério: ecossistemas em vias de extinção e/ou únicos; 5º Critério: áreas associadas a processos evolucionários fundamentais. O Padrão de Desempenho 6 da IFC também recomenda que os projectos que possam vir a ter um impacto significativo sobre a biodiversidade devem ser sujeitos a uma avaliação mais detalhada. A referida avaliação deve incluir uma reflexão sobre o contexto a curto e longo prazo dos impactos, bem como sobre o contexto cumulativo dos mesmos. 3.4 Compromissos existentes da Sasol Os compromissos existentes da Sasol são especificados em quatro PGA’s separados tratando de várias actividades e infra-estruturas como as actividades de perfuração, a operação da CPF e a construção das infra-estruturas. Relevante para o actual estudo da biodiversidade botânico é a PGA para a Construção (Revisão 1, Março de 2006). O PGA para a Construção contem requisitos de gestão ambiental para todas as actividades relacionadas com a construção e instalação dos componentes do projecto dentro do Bloco de Exploração da Sasol, incluindo os locais de poços, linhas de fluxo e linhas-tronco, estradas de acesso e todas as infra-estruturas relacionadas e requisitos de construção para os componentes acima mencionados. O objectivo principal do PGA para a Construção é garantir que os impactos ambientais negativos do projecto são eficazmente geridos dentro de limites aceitáveis e que os impactos positivos são reforçados. O PGA para a Construção é também um meio para a Sasol e o Governo de Moçambique alcançar um acordo sobre os padrões de desempenho ambiental do projecto. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 7 FAUNA TERRESTRE 4.0 4.1 METODOLOGIA DO ESTUDO Visão geral O objectivo do estudo da base de referência da fauna foi de caracterizar os habitats e fauna da área de estudo como base para a previsão e monitorização dos impactos na composição e abundância da fauna. A lógica para a amostragem da fauna na área de estudo foi a seguinte: Realizou-se uma amostragem de referência nos locais que foram considerados os mais prováveis a serem impactados pelo desenvolvimento do projecto na base do planeamento preliminar. Também foram seleccionados transectos em outras áreas semelhantes na área de estudo para fornecer uma base de referência representativa da diversidade da fauna e da riqueza das espécies em toda a área. Embora concentrando-se na área directamente afectada pelo projecto e em alguns locais de referência, desenhou-se por isso o método do levantamento no sentido de dar informações sobre a possibilidade de haver impactos significativos na fauna em outras partes da área de estudo. A metodologia do estudo consistiu em dois elementos principais: a classificação dos biótopos como base para a selecção das áreas de amostragem; e a associação da ocorrência da fauna com os biótopos definidos. Para as áreas que não foram amostradas, o uso do habitat como substituto para a ocorrência de fauna foi considerado ser uma via justificável de avaliar a composição e abundância de fauna previsíveis dentro da área de estudo. 4.2 Levantamento da informação existente O estudo sintetizou a informação disponível com ênfase nos seguintes aspectos: habitats sensíveis e áreas de importância para conservação; fauna (invertebrados: insectos, destacando as espécies de importância para conservação). fauna (vertebrados: mamíferos, aves, répteis e anfíbios, destacando as espécies de importância para conservação); O estudo preliminar consolidou os dados da distribuição da fauna da área local a longo prazo. Foi feito um amplo estudo documental de toda a informação disponível em relação à distribuição da fauna, a preferência de habitat e a situação das espécies. A informação foi compilada em anexos (Anexos A a F), que mostram os perfis dos habitats preferidos para cada organismo relevante na área de estudo. Para além dos dados sobre os habitats e as distribuições, as seguintes fontes existentes foram consultadas para a obtenção de informações pertinentes: dados disponíveis de levantamentos ecológicos de outros relatórios de consultorias relevantes; a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da UICN, referente a Moçambique. 4.3 Locais de levantamento Os locais do levantamento foram seleccionados nas áreas potencialmente afectadas pela construção em todos os tipos de vegetação de relevo identificados na área de estudo. Os locais situaram-se: dentro de 200m dos poços propostos; dentro de 100m de cada lado das linhas de fluxo e estradas de acesso; dentro duma zona de segurança de 500m. Foram acrescentados transectos adicionais para aumentar a diversidade e alargar os habitats levantados na área de estudo. Foram também identificados e estudados habitats especiais na e em redor da área de estudo. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 8 FAUNA TERRESTRE Em cada tipo de vegetação, foram estudados transectos extensos (400m – 3000m) para fazer o levantamento dos diferentes grupos de fauna terrestre. Foram tiradas leituras de GPS de cada transecto, para poderem ser repetidos na monitorização futura (Tabela 3-1). A selecção dos locais de levantamento nas áreas definidas acima incidiu no seguinte: a) habitats sensíveis e áreas de importância para conservação; b) áreas que possivelmente poderão ser perturbadas pelo projecto em cada um dos tipos de habitat identificados; c) áreas de referência minimamente perturbadas. A selecção inicial dos locais baseou-se na revisão da literatura e na interpretação de imagens de satélite, tomando em consideração a localização das infra-estruturas do projecto. A selecção final dos locais foi ajustada no terreno para garantir que os locais reflectiriam de melhor maneira possível os critérios de selecção dos locais. A Tabela 4-1 e as Figuras 4-1 a 4-3 apresentam informações mais detalhadas sobre a localização geográfica de cada transecto, o seu comprimento e a sua posição em cada biótopo. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 9 FAUNA TERRESTRE Figure 4-1: Locais de levantamento da fauna no tipo de vegetação de Mistura de Florestas e Bosques Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 10 FAUNA TERRESTRE Figura 4-2: Locais de levantamento da fauna no tipo de vegetação de Floresta de Julbernardia-Brachystegia, do Rio Govuro e planície de inundação associada (Transectos 14-17), e das Lagoas Barreiras (Transectos 18-19). Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 11 FAUNA TERRESTRE Figura 4-3: Locais de levantamento da fauna nos Rios Costeiros e Mangais. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 12 FAUNA TERRESTRE Tablela 4-1: Transectos do levantamento usados para os estudos de fauna (Fevereiro de 2014) Coordenadas Coordenadas Habitat Início S Início E Fim S Fim E Comprimento (m) Total Mistura de Florestas e Bosques Transecto 12: Linha de fluxo para T-G8PX-4, incluindo o local poço Transecto 7: Linha de fluxo para T-G8PX-5, incluindo o local poço Transecto 7: Linha de fluxo para T-G8PX-5 Transecto 11: Estrada para T-G8PX-4 Transecto 8: Estrada entre o poço 5 (T-G8 PX-5) e o local poço (T-G8 PX-2); Transecto 9: Estrada para T-G8 PX1 por cima de morros muchém Transecto 10: Estrada pela floresta para T-G8 PX-1 Transecto 13: Linha de fluxo para T-G8PX-3, incluindo o local poço Linha de armadilhas 3 na estrada para T-G8PX-5 Linha de armadilhas 4 na estrada para T-G8PX-4 do S 210 47’42.70” E 350 01’23.23” S 210 46’53.95” E 350 00’27.39” 2190 m do S 210 40’39.48” E 350 02’50.95” S 210 40’30.79” E 350 02’47.69” 280 m S 210 40’40.78” S 210 47’48.65” do S 210 41’50.49” E 350 02’45.81” E 350 01’43.58” E 350 02’21.45” S 210 40’42.65” S 210 47’41.92” S 210 41’59.85” E 350 02’30.56” E 350 01’26.93” E 350 02’25.74” 440 m 530 m 310 m de S 210 46’07.38” E 350 03’01.78” S 210 46’10.02” E 350 03’06.86” 160 m S 210 46’31.75” E 350 02’51.12” E 350 59’04.01” S 210 47’09.56” S 210 54’23.72” E 350 02’33.80” E 350 59’07.80” 1270 m 440 m do S 210 54’10.29” S 210 41’55.08” S 210 47’48.09” E 350 02’23.76” E 350 01’44.17” Ponto Ponto Total Floresta de Julbernardia-Brachystegia Transecto 3: Linha de fluxo entre I-4 e I-G6PX-6 S 210 41’34.02” Transecto 4: Local do poço I-G6PX-6 para o rio costeiro S 210 42’19.31” Transecto 1: Linha de fluxo para I-G6PX-3 (incluindo o local do S 210 47’42.70” poço) Transecto 5: Linha de fluxo para Rio Govuro oeste para T-14 S 210 44’03.29” Transecto 2: Local do poço I-G6PX-3 para o rio costeiro S 210 44’37.36” Transecto 6: Transecto do rio costeiro perto de Mapanzene S 210 37’39.49” Linha de armadilhas 1 para I-G6PX-3 e local do poço S 210 37’42.63” Linha de armadilhas 2 para I-G6PX-6 e local do poço S 210 42’21.16” Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) E 350 15’01.94” E 350 15’16.82” E 350 01’23.23” S 210 41’18.44” S 210 42’13.05” S 210 46’53.95” E 350 15’07.56” E 350 15’57.99” E 350 00’27.39” 500 m 1210 m 1340 m E 350 11’38.49” E 350 15’41.94” E 350 12’43.30” E 350 12’46.47” E 350 15’13.92” S 210 43’57.15” S 210 44’13.21” S 210 37’53.34” E 350 11’57.90” E 350 15’13.49” E 350 13’14.45” 465 m 2650 m 2360 m Ponto Ponto 13 5620 FAUNA TERRESTRE Coordenadas Coordenadas Habitat Início S Início E Fim S Fim E Comprimento (m) Total Total 7365 Rio Govuro (incluindo a planície de inundação) Transecto 14: estrada para Govuro a oeste da planície de S 210 41’51.58” inundação (ponto norte) Transecto 15: estrada para Govuro a oeste da planície de S 210 43’24.42” inundação (ponto sul) Transecto 17: Govuro a oeste da planície de inundação S 210 43’33.66” Transecto 16: Govuro planície de inundação S 210 43’36.83” Linha de armadilhas 5 S 210 43’37.67” E 350 06’26.10” S 210 41’43.63” E 350 06’54.65” 850 m E 350 07’51.74” S 210 43’18.33” E 350 08’22.07” 1000 m E 350 08’44.61” E 350 08’48.14” E 350 08’46.71” S 210 43’11.03” S 210 43’40.44” E 350 08’53.39” E 350 08’38.13” 1780 m 780 m Ponto Total 4410 Lagoas Barreiras Transecto 18: Lagoa barreira 1 Transecto 19: Lagoa barreira 2 Linha de armadilhas 6 S 210 43’16.04” S 210 43’19.88” S 210 43’19.44” E 350 10’12.55” E 350 10’17.84” E 350 10’19.49” S 210 43’13.99” S 210 43’22.80” E 350 10’22.84” E 350 10’25.59” Ponto 370 m 490 m Total 860 740 m Total 740 Total geral 18 995 Mangais Transecto nos mangais Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) S 210 43’51.21” E 350 16’51.75” 14 S 210 43’46.61” E 350 16’26.97” FAUNA TERRESTRE 4.4 Abordagem do levantamento de campo e relatórios O trabalho de campo para o levantamento de verão foi realizado de 10 de Fevereiro a 1 de Março de 2014. O levantamento usou a disponibilidade de habitats nos diferentes tipos de vegetação, usando a presença de espécies como indicador da integridade dos habitats. Foi feito o mapeamento dos habitats juntamente com os especialistas de vegetação e de terras húmidas (De Castro e Grobler), usando imagens de satélite com verificação no terreno. Foram avaliados os perfis dos habitats, juntamente com dados da distribuição por espécie, para facultar informações exactas sobre a probabilidade da ocorrência das espécies nos biótopos relevantes. Foram identificadas as características dos diferentes habitats para dar uma indicação dos habitats disponíveis para os diferentes animais (especificamente a fauna de médio porte em todos os grupos de vertebrados), favorecendo um biótopo específico. Foi feito muito uso de fotografia em ponto fixo. Em relação à presença das espécies, o levantamento foi desenhado para determinar a abundância relativa e a riqueza das espécies de fauna nas áreas de levantamento propostas, com particular ênfase nas espécies constantes das Listas Vermelhas da CITES e da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). A abordagem do estudo envolveu buscas meticulosas em todos os transectos fixos nos biótopos representativos para determinar a presença ou ausência de espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Onde necessário, foram implementados métodos para aumentar as possibilidades de encontrar espécies, o que incluiu a captura em armadilhas, buscas nocturnas com holofotes e a identificação através de rastos e excrementos. Foram realizados levantamentos dos macro- e micro-habitats para avaliar a sua qualidade e o seu potencial associado para a ocorrência de espécies de fauna. Foi usada a informação obtida do levantamento dos micro-habitats para melhorar a capacidade de previsão da preferência dos animais em termos de habitat. Esta informação incluiu: A qualidade e quantidade dos aspectos do habitat, o que dá uma indicação da abundância das espécies; A presença ou ausência de aspectos do habitat, o que indica a probabilidade da ocorrência de espécies; e A qualidade do habitat, o que também dá uma indicação do seu uso (remoção de madeira, abate de árvores, escavação do solo, sobrepastoreio, erosão). O relatório e os seus anexos descrevem a probabilidade de ocorrência das espécies com alto valor de conservação; avaliam a disponibilidade dos habitats na área de estudo; descrevem os riscos e ameaças existentes para estas espécies; oferecem uma visão geral detalhada do estado actual da biodiversidade da área, com respeito à fauna; e descrevem o estado do habitat da fauna e da preferência de habitat das espécies na área de estudo. Uma lista detalhada das espécies encontradas no levantamento de campo e esperadas na área levantada consta dos Anexos. 4.5 Métodos do levantamento da fauna 4.5.1 Abundância e densidade relativas Foram estimadas a abundância e densidade relativas da fauna nos diferentes biótopos, usando o seguinte método: o número de animais (ou vestígios e sons) detectado por hora de observação ou por noite de captura com armadilhas; e o número de animais (ou vestígios e sons) detectado por distância linear (por quilómetro) por biótopo. O timing do levantamento foi seleccionado para coincidir com a estação de alta pluviosidade no verão, que oferece óptimas condições para as actividades da fauna. Foram registados factores como padrões meteorológicos (temperatura, precipitação, topografia, vegetação, e hora do dia) durante cada período de amostragem. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 15 FAUNA TERRESTRE 4.5.2 Metodologia detalhada Foram usados os seguintes métodos internacionalmente reconhecidos para fazer o levantamento dos insectos, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. 4.5.2.1 Insectos: Devido ao grande número de famílias de insectos presentes na área de estudo, o estudo concentrou-se em duas famílias principais: os lepidópteros (borboletas) e os odonatos (libélulas e libelinhas). Havia razões para o uso destas duas famílias: foram avaliadas em relação ao seu estatuto na Lista Vermelha da UICN em Moçambique; o seu tamanho é relativamente grande e por isso podem ser detectadas facilmente; estão disponíveis guias de campo detalhadas. Os levantamentos destes insectos incluíram buscas activas das borboletas e libélulas, armadilhas de borboletas iscadas para certas borboletas, e redes para caçar insectos para as libélulas. Onde possível, as espécies encontradas foram fotografadas. 4.5.2.2 Levantamentos dos anfíbios Levantamentos através de avistamentos e a monitorização auditiva constituem técnicas apropriadas tanto para inventários como estudos de monitorização. Foram realizados levantamentos visuais e auditivos ao longo de transectos seleccionados, em parcelas de terreno, ao longo de correntes, rios e em redor das Lagoas Barreiras. A maioria dos anfíbios que são visíveis e audíveis são detectáveis desta maneira. Com o fim de garantir um inventário completo, foram também pesquisados todos os possíveis micro-habitats, incluindo a terra, a água, troncos de árvores e debaixo de rochas, tanto durante o dia como à noite. Em geral, os transectos estavam relacionados com o habitat de terras húmidas presente na área de estudo, bem como nas Lagoas Barreiras seleccionadas que se encontravam dentro de 500m das infra-estruturas do projecto. Os levantamentos incluíram transectos de 500m por local/habitat de terra húmida (250m na área de controlo/referência, 250m na área impactada) se o habitat fosse suficientemente grande. Além disso, foi realizada uma monitorização auditiva nocturna de 30 minutos por local de levantamento nas terras húmidas para apanhar o coaxo de rãs. 4.5.2.3 Levantamentos dos répteis A forma mais prática de monitorar répteis, sobre grandes áreas, é fazer amostragens ao longo de transectos e uma pesquisa sistemática de avistamentos nas suas áreas de refúgio. Os transectos foram pesquisados em diferentes habitats e objectos de cobertura dentro duma distância especificada da linha foram virados e verificados. Uma força particular desta forma de monitorização dos transectos é que pode ser usada para estabelecer uma relação entre a abundância dos répteis e as variáveis do habitat, como a vegetação e a cobertura. A amostragem nos transecto foi combinada com buscas sistemáticas nas áreas de refúgio. Isto foi feito em transectos de 1km por local de levantamento, pesquisando 500m nas áreas de controlo/referência, e 500m nas áreas impactadas. Foram também usadas armadilhas na forma de covas cobertas e cercas de deriva e foram implementadas 60 noites de captura em armadilhas (=10 armadilhas x 6 noites) por local de levantamento (30 noites de captura em armadilhas na área de controlo/referência, 30 noites de captura em armadilhas na área impactada) nos locais de captura. O objectivo principal do levantamento não foi de encontrar o maior número de répteis possível, mas de elaborar uma avaliação fidedigna do habitat e da qualidade do refúgio disponível, e de comparar o tipo de habitat requerido com os répteis esperados. 4.5.2.4 Levantamentos das aves Os transectos são provavelmente o método mais amplamente usado para estimar o número de espécies de aves nos habitats terrestres. Um observador anda ao longo duma rota fixa fazendo o registo das aves vistas ou ouvidas em cada lado da rota. Para aves de pequeno porte, que geralmente são relativamente numerosas, verificou-se que um transecto de 10m de largura em cada lado da rota (ou 20-50m nos habitats abertos) é adequado para este estudo. O comprimento dos transectos foi de 2km por local de levantamento Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 16 FAUNA TERRESTRE (1km na área de controlo/referência, 1km na área impactada). Foram observadas aves fora da faixa do transecto ou sobrevoando, por razões de biodiversidade. Nas áreas mais densas foram implementados levantamentos a partir de pontos fixos, usando as chamadas de aves para a identificação. O método do levantamento a partir de pontos fixos foi também usado nas áreas abertas onde as aves podem ser vistas à distância, como depressões e planícies de prados. Estes levantamentos foram feitos durante o dia e à noite. Os levantamentos foram feitos em combinação com levantamentos visuais rápidos, o que implica a passagem por todas as linhas de fluxo e linhas de corte e fazer o registo das aves nas áreas aplicáveis (nas áreas de controlo/referência ou nas áreas impactadas). 4.5.2.5 Levantamentos dos mamíferos Técnica de transectos em linha A técnica de transectos em linha foi também usada para monitorar as espécies de mamíferos diurnos (activos durante as horas de sol). Os transectos em linha usados para monitorar as aves foram também usados para fazer o levantamento das espécies de mamíferos diurnos. Foram usados avistamentos, bem como vestígios da presença de mamíferos (rastos e excrementos) como indicações da presença e das actividades de espécies específicas. Foram percorridos a pé transectos de um quilómetro por local de levantamento (500m na área de controlo/referência, 500m na área impactada). Fooram registados cada avistamento bem como as características da vegetação associada para estabelecer as preferências de habitat. Foram avaliados todos os tipos de habitat importantes. Este método não foi usado para mamíferos de menor porte, como roedores e insectívoros. Captura em armadilhas com armadilhas do tipo Sherman Pode-se conseguir a captura de mamíferos de pequeno porte por três meios: a captura em directo, a captura em covas cobertas e, em alguns casos limitados, captura com armadilhas de mandíbulas. Neste estudo foram usados os meios da capture em directo (conseguida por capturas em directo bem como capturas em covas cobertas). Este é o método mais apropriado para os estudos de impacto e fornece os dados mais fidedignos e informativos sobre os números e a demografia das populações. É também o melhor método para determinar as diferenças entre os tipos de habitat e para monitorar mudanças nas populações depois duma perturbação ou ao longo do tempo. Porque as armadilhas do tipo Sherman são dobráveis (aproximadamente 8cm x 7cm x 23 cm), podem ser levadas sobre longas distâncias. Foi estabelecida uma estação de captura de 33 armadilhas por local de captura. Cada local de captura consistiu em 33 armadilhas para cada uma das duas linhas de captura (área impactada e área de controlo). Como orientação geral, um espaçamento de aproximadamente 10m entre as armadilhas dá uma cobertura adequada e esta orientação foi usada no estudo. A captura ocorreu num período de 5 noites por local de captura, o que dá 300 noites de colocação de armadilhas por local (60 armadilhas x 5 noites). Foi usada fita de marcação para marcar as estações de captura ao longo da duração do estudo. As armadilhas foram iscadas à noitinha (depois das 16 horas) e verificadas na manhã seguinte antes das 8 horas. Assim, as armadilhas foram verificadas de manhã cedo por toda a sessão de captura. Durante o dia, as armadilhas ficaram fechadas na parte da manhã e início da tarde para minimizar capturas involuntárias e mortes devido ao stress térmico. As armadilhas foram iscadas com manteiga de amendoim misturada com flocos de aveia e xarope dourado. Todas as armadilhas foram colocadas em áreas de sombra para prevenir sobreaquecimento. Os animais apanhados nas armadilhas foram identificados e mais tarde libertados na mesma estação de captura. Em alguns casos, foram feitas medições das características físicas externas, como o peso e o comprimento, e foram tiradas fotografias. Exemplares que não eram novos ou registos de localização notáveis, ou que não eram necessários para uma identificação positiva, foram libertados. Ecolocalização de morcegos com o detector AnaBat SD2 Todos os morcegos pertencentes à subordem dos microchiroptera (micromorcegos) usam a ecolocalização para navegar e procuram a sua comida juntamente com a sua vista. Devido a diferentes requisitos ecológicos entre as espécies, as chamadas de ecolocalização são muitas vezes específicas da espécie e também diferem em relação às actividades dos morcegos, como deslocar-se de A para B, comer ou beber. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 17 FAUNA TERRESTRE Os detectores de morcegos identificam as chamadas de ecolocalização emitidas pelos morcegos e tornamnas audíveis e visíveis, revelando a sua presença num dado local. Depois isto dá a oportunidade de observar, identificar e estudar os morcegos sem capturá-los. O AnaBat SD2 está equipado com um microfone de largo espectro e usa uma Divisão das Frequências para tornar as chamadas dos morcegos audíveis, e uma Análise de Cruzamento Zero para torná-las visíveis como sonogramas (gráficos de tempo-frequência). Estas técnicas, juntamente com um PDA fixado no detector, tornam possível ouvir e ver as chamadas dos morcegos no terreno no momento da sua detecção. Além disso, toda a unidade pode facilmente ser segurada numa mão. Foi feita a ecolocalização de morcegos a partir das 19 horas em habitats sensíveis aos morcegos prédeterminados, com gravações típicas de 30 minutos por estação. Estas estações estavam situadas perto dos locais de capturas por armadilhas, e também em áreas julgadas mais apropriadas para morcegos. As gravações foram carregadas depois do regresso ao acampamento base e avaliadas com o software do programa. Fotografias a partir de pontos fixos Foram tiradas fotografias a partir de pontos fixos como base para uma comparação futura com os resultados da monitorização. Fotografia 4-2: Os baldes que funcionam como armadilhas Fotografia 4-3: As armadilhas cheias de animais Fotografia 4-1: A cerca de deriva da armadilha. capturados. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 18 FAUNA TERRESTRE Fotografia 4-4: Uma armadilha do tipo Sherman para Figura 4-4: Uma armadilha para borboletas. roedores colocada para uma noite de captura. 4.6 Critérios de Classificação da Avaliação dos Impactos Os potenciais impactos são avaliados segundo a direcção, intensidade (ou gravidade), duração, extensão e probabilidade de ocorrência do impacto. Estes critérios são discutidos em mais detalhe abaixo: A direcção dum impacto pode ser positiva, neutra ou negativa, com respeito a um impacto específico. Um impacto positivo é um que é considerado representar uma melhoria em relação à base de referência ou introduz uma mudança positiva. Um impacto negativo é um impacto que é considerado representar uma mudança desfavorável em relação à base de referência, ou introduz um novo factor indesejável. A intensidade/gravidade é uma medida do grau de mudança numa medição ou análise (p. ex., a concentração dum metal na água em comparação com o valor indicativo da qualidade da água para o metal), e é classificada como zero, insignificante, baixa, média ou alta. A classificação da intensidade do impacto pode basear-se num conjunto de critérios (p. ex., nível de risco para a saúde, conceitos ecológicos e/ou juízo profissional). O estudo especializado deve tentar quantificar a intensidade e descrever a lógica usada. Usam-se padrões apropriados e amplamente reconhecidos como medida do nível do impacto. A duração refere ao período de tempo durante o qual um impacto ambiental poderá ocorrer, nomeadamente breve (menos que 1 ano), de curto prazo (0 a 5 anos), de médio prazo (5 a 15 anos), de longo prazo (mais que 15 anos, com o impacto cessando depois do encerramento do projecto) ou permanente. A escala/extensão geográfica refere à área que poderá ser afectada pelo impacto e é classificada como no local do projecto, local (na área circundante do projecto), regional, nacional, ou internacional. A referência não é apenas à extensão física mas pode incluir a extensão num sentido mais abstracto, como um impacto com implicações políticas regionais que ocorrem a nível local. A probabilidade de ocorrência é uma descrição da probabilidade do impacto ocorrer de facto, classificada como improvável (uma probabilidade de menos que 5%), baixa probabilidade (uma probabilidade de 5% a 40%), média probabilidade (uma probabilidade de 40 % a 60 %), altamente provável (uma probabilidade de 60% a 90%) ou certa (o impacto irá certamente ocorrer). A significância do impacto será classificada usando o sistema de pontuação apresentado na Tabela 4-2 abaixo. Avalia-se a significância dos impactos para as duas fases principais do projecto: i) construção ii) operações. Embora seja um termo um tanto subjectivo, é geralmente aceite que a significância é uma função da magnitude do impacto e a probabilidade da sua ocorrência. A magnitude dum impacto é uma função da extensão, duração e gravidade do impacto, como a Tabela 4-2 mostra. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 19 FAUNA TERRESTRE Tabela 4-2: Sistema de pontuação para a avaliação de impactos Gravidade Duração Extensão Probabilidade 10 (Muito alta/ desconhecida) 5 (Permanente) 5 (Internacional) 5 (Certa/desconhecida) 8 (Alta) 4 (de longo prazo – o impacto cessa depois do encerramento da actividade) 4 (Nacional) 4 (Probabilidade alta) 6 (Média) 3 (de médio prazo, 5 a 15 anos) 3 (Regional) 3 (Probabilidade média) 4 (Baixa) 2 (de curto prazo, 0 a 5 anos) 2 (Local) 2 (Probabilidade baixa) 2 (Menor) 1 (Breve) 1 (Local da actividade) 1 (Improvável) 1 (Zero) 0 (Zero) Depois de pontuar estes critérios para cada impacto, foi calculada a classificação da significância, usando a seguinte fórmula: PS (pontos de significância) = (gravidade + duração + extensão) x probabilidade. O valor máximo é de 100 pontos de significância (PS). Os potenciais impactos ambientais foram depois classificados como sendo de significância Alta (PS >75), Moderada (PS 46 – 75), Baixa (PS ≤15 - 45) ou Desprezível (PS < 15), tanto com como sem medidas de mitigação de acordo com a Tabela 4-3. Tabela 4-3: Classificação da significância dos impactos Valor Significância PS >75 Indica uma significância ambiental alta Comentários Onde um limite ou padrão aceito pode ser excedido, ou impactos de grande magnitude ocorrem em recursos/receptores altamente valorizados/sensíveis. Os impactos de alta significância irão tipicamente influenciar a decisão de avançar com o projecto. Onde um efeito será sentido, mas a magnitude do impacto é suficientemente pequena e bem dentro dos padrões aceitos, e/ou o receptor é de baixa sensibilidade/valor. PS 46 75 Indica uma significância ambiental moderada PS 15 45 Indica uma significância ambiental baixa PS < 15 Indica uma significância ambiental desprezível Onde um recurso ou receptor não será afectado de forma material nenhuma por uma actividade específica, ou julga-se que o efeito previsto será imperceptível ou é indistinguível dos níveis de fundo naturais. Não precisa se mitigação. Impacto positivo Onde são prováveis consequências / efeitos positivos. + E improvável que tal impacto tenha uma influência na decisão. Os impactos podem justificar uma modificação significativa do desenho do projecto ou uma mitigação alternativa. Onde um efeito será sentido, mas a magnitude do impacto é pequeno e está dentro dos padrões aceitos, e/ou o receptor é de baixa sensibilidade/valor ou a probabilidade do impacto é extremamente baixa. É improvável que tal impacto tenha uma influência na decisão, embora o impacto deve ainda ser reduzido para o mais baixo possível, particularmente quando aproxima a significância moderada. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 20 FAUNA TERRESTRE Além dos critérios de classificação enunciados acima, na Tabela 4-4 apresenta-se a terminologia usada nesta avaliação para descrever os impactos decorrentes do projecto actual. Com o fim de examinar exaustivamente as potenciais mudanças que o projecto poderia ocasionar, a área do projecto pode ser dividida em Áreas de Influência Directa (AID) e Áreas de Influência Indirecta (AII). Os impactos directos são definidos como mudanças que são causadas pelas actividades relacionadas com o projecto e que ocorrem na mesma altura e no mesmo lugar onde as actividades são executadas, i.e., dentro da AID. Os impactos indirectos são as mudanças que são causadas pelas actividades relacionadas com o projecto, mas que são sentidas mais tarde e fora da AID. Os impactos indirectos secundários são os que resultam de actividades fora da AID. Tabela 4-4: Tipos de impactos Termo para a Natureza Definição do Impacto Impacto directo Impacto indirecto Impacto cumulativo Impactos que resultam duma interacção directa entre uma actividade planeada do projecto e o ambiente receptor/os receptores (p. ex., entre uma descarga dum efluente e a qualidade da água receptor). Impactos que resultam de outras actividades e cuja ocorrência é incentivada como consequência do Projecto (p. ex., a poluição de água causando uma procura de recursos de água adicionais). Impactos que se fazem sentir juntamente com outros impactos (incluindo os de actividades concomitantes ou planeadas) para afectar os mesmos recursos e/ou receptores que o Projecto. A significância do impacto que é determinada será qualificada, onde necessário, com o grau de confiança na avaliação, que é uma função das incertezas associadas com a previsão. O grau de confiança pode ser baixo, médio ou alto. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 21 FAUNA TERRESTRE 5.0 5.1 O AMBIENTE DE REFERÊNCIA Habitats A Área de Estudo é dominada por um mosaico de florestas abertas e bosques mais fechados sobre solos arenosos situados em ambos os lados do Rio Govuro. Os tipos de vegetação e as terras húmidas são discutidos detalhadamente no Estudo Especializado sobre a vegetação e terras húmidas (De Castro e Grobler, 2014). A eco-região suporta uma fauna de miombo (savana de de folhas largas) típica. Períodos longos de seca no inverno e solos pobres resultam numa vegetação de baixo valor nutritivo, o que reduz muito a capacidade de carga de fauna da eco-região, e em geral herbívoros de grande porte apenas ocorrem em densidades bastante baixas. As diferenças estruturais no mosaico de florestas e bosques na área de estudo aumentam a diversidade no habitat, e assim a diversidade da fauna na área. Juntamente com as diversas áreas de terras húmidas espalhadas por toda a área de estudo, este mosaico forma o habitat padrão para a fauna na área. Abaixo são descritos os tipos de habitat na área de estudo, usando as categorias de vegetação como classificação principal. Mais detalhes constam do Estudo Especializado no 9 (de Castro e Grobler, 2014) 5.1.1 Mistura de Florestas e Bosques Em termos estruturais, o tipo de vegetação de Mistura de Florestas e Bosques consiste num mosaico de florestas abertas com uma cobertura do solo herbácea, e fragmentos de bosques densos espalhados por toda a área. Os solos que estão subjacentes a este tipo de vegetação são lixisols háplicos, que são solos calcários vermelhos provenientes de calcário que têm um teor orgânico moderado e são sensíveis a erosão (Mark Wood Consultants, 2001). A floresta mista consiste em mato baixo com árvores e arbustos de médio porte, com o estrato herbáceo cobrindo a maior parte do solo arenoso entre eles (Fotografia 5-1). Os bosques consistem numa cobertura densa de arbustos baixos, com árvores maiores salientes espalhados no meio (Fotografia 5-2). Os fragmentos de bosque fechado, à beira de floresta seca, são geralmente associados com grandes morros de muchém (Macrotermes), com larguras até 20m. Estes morros de muchém nos solos arenosos formam “ilhas” de solos argilosos férteis e são ricos em nutrientes. Partes da área contêm plantas de sucessão secundária, que se estabeleceram em áreas agrícolas anteriormente desmatadas. Fotografia 5-2: Bosque na Floresta Mista - cobertura densa de arbustos baixos, com árvores maiores a sobressair num morro de muchém antigo. Fotografia 5-1: Floresta Mista - floresta aberta com fragmentos de gramíneas. Os diferentes aspectos de potencial habitat e a estrutura deste tipo de vegetação determinam a presença de espécies de animais e a sua abundância na área. A Tabela 5-1 apresenta o resumo destes aspectos. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 22 FAUNA TERRESTRE Tabela 5-1: Componentes importantes dos habitats da fauna dos tipos de vegetação de Mistura de Florestas e Bosques % cobertura de área Florestas Mistas: Árvores grandes 25% Arbustos 5% Vegetação herbácea (ervas e gramíneas) 60% Morros de muchém 3% Árvores mortas (troncos e entulho de madeira) 2% Solo descoberto 5% Bosques: Árvores grandes 25% Arbustos e trepadeiras lenhosas 45% Vegetação herbácea (ervas e gramíneas) 3% Morros de muchém 10% Árvores mortas (troncos e entulho de madeira) 5% Solo coberto de folhas 10% Solo descoberto 2% Tanto os componentes da Floresta Mista aberta como os do Bosque mais denso deste tipo de vegetação contêm os mesmos componentes básicos do habitat constantes da Tabela 5-2. Contudo, os componentes do bosque estão aglomerados e formam um conjunto de vegetação muito mais denso, oferecendo um habitat perfeito aos animais reservados e retraídos. 5.1.2 Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Este tipo de vegetação consiste num mosaico de florestas abertas com alguns fragmentos de gramíneas (Fotografia 5-3) e fragmentos de bosques densos distribuídos sobre toda a área (Fotografia 5-4). Os solos subjacentes a este tipo de vegetação são arenosols com capacidades de retenção de água muito baixas, sem salinidade e com baixo teor orgânico superficial, o que implica algumas restrições à agricultura. As florestas baixas consistem num mosaico de árvores e arbustos de médio porte, e em algumas áreas o extracto herbáceo domina a paisagem. Os bosques consistem em espécies de copa e os sub-bosques densos compreendes muitas trepadeiras lenhosas e um estrato arbustivo bem desenvolvido. Nas áreas de sombra, os solos arenosos resultam numa cobertura do solo muito pouco desenvolvida. Partes da área contêm plantas de sucessão secundária que recolonizaram áreas agrícolas anteriormente desmatadas. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 23 FAUNA TERRESTRE Fotografia 5-3: Floresta-floresta aberta de Julbernardia- Fotografia 5-4: Bolsas de bosque de floresta fechada Brachystegia com fragmentos de gramíneas. baixa com árvores e arbustos mais altos. Os diferentes aspectos do potencial habitat e a estrutura do Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia determinam a presença de espécies de animais e a sua abundância na área. A Tabela 5-2 apresenta um resumo destes aspectos. Tabela 5-2: Componentes importantes dos habitats da fauna do tipo de vegetação de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Aspecto do habitat % cobertura de área Floresta de Julbernardia-Brachystegia: Árvores grandes Arbustos Vegetação herbácea (ervas e gramíneas) Morros de muchém Árvores mortas (troncos e entulho de madeira) Solo descoberto 25% 10% 50% 1% 2% 12% Mosaico de Bosques: Árvores grandes Arbustos e trepadeiras lenhosas Vegetação herbácea (ervas e gramíneas) Árvores mortas (troncos e entulho de madeira) Solo coberto de folhas Solo descoberto 35% 30% 10% 2% 20% 3% Tanto os componentes das Floresta abertas de Julbernardia-Brachystegia como os dos Bosques mais densos deste tipo de vegetação contêm os mesmos componentes básicos do habitat que os constantes da Tabela 5-2. Contudo, os componentes dos bosqaues estão aglomerados e formam um conjunto de vegetação muito mais denso, oferecendo um habitat perfeito aos animais reservados e retraídos. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 24 FAUNA TERRESTRE 5.1.3 Florestas Costeiras e de Dunas Estas florestas ficam principalmente na parte leste da Área de Estudo. As dunas costeiras normalmente incluem uma zona pioneira de espécies que prendem a areia e que no fim de contas criam condições adequadas para um bosque de dunas (Fotografia 5-5). Por sua vez isto permite o desenvolvimento gradual duma floresta de dunas (Fotografia 5-6). Estes tipos de vegetação consistem em florestas densas com copas fechadas sobre arenosols háplicos, que são solos arenosos castanhos acinzentados associados com as dunas marítimas das áreas costeiras. Os diferentes aspectos de potencial habitat e a estrutura deste tipo de vegetação determina a presença de espécies de animais e a sua abundância na área. A Tabela 5-3 apresenta o resumo destes aspectos. Tabela 5-3: Componentes importantes dos habitats da fauna das Florestas Costeiras e de Dunas Aspecto do habitat % cobertura de área Árvores grandes Arbustos Vegetação herbácea (ervas e gramíneas) Árvores mortas (troncos e entulho de madeira) Solo coberto de folhas 45% 30% 8% 3% 14% Fotografia 5-6: Florestas Costeiras e de Dunas - florestas Fotografia 5-5: Um bosqu de dunas 5.1.4 densas com copas fechadas. Terras Húmidas A Área de Estudo de Inhassoro é relativamente plana e devido à sua baixa altitude é muitas vezes inundada durante a estação chuvosa. Os sistemas de terras húmidas mais importantes ocorrem na planície costeira. Eles compreendem planícies de inundação ribeirinhas com pântanos e depressões sazonais, e florestas entremarés ou mangais no litoral. Uma baixa crista separa a orla costeira e o Rio Govuro. Depressões na paisagem mais ampla resultaram na formação de lagos e zonas de terra húmida. 5.1.5 Rio Govuro (incluindo a planície de inundação) As florestas tornam-se mais abertas em direcção às principais linhas de drenagem, reduzindo-se a savanas arbóreas perto do vale do Rio Govuro. Este vale é caracterizado por solos férteis e numerosas terras húmidas e lagos de água doce e de água salgada. O sistema do Rio Govuro consiste no rio que corre (aquático) e a planície de inundação associada (ribeirinha). O componente aquático do sistema consiste num canal que corre (Fotografia 5-7) e braços mortos em direcção às margens da planície de inundação onde a vegetação inundada e emergente cria um habitat favorável (Fotografia 5-8). A zona ribeirinha consiste principalmente em habitats de planícies de Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 25 FAUNA TERRESTRE inundação inundadas, mas árvores ribeirinhas são escassas visto que a zona ribeirinha se funde rapidamente no sistema de florestas terrestres. Os solos subjacentes ao Rio Govuro na proximidade da travessia dos tubos são Arenosols Gleicos, com características muito semelhantes às dos Arenosols, mas com uma capacidade de retenção de água muito melhor. A jusante, em direcção à ponte alta, os Arenosols mudam para Fluvisols Êutricos, que têm capacidades de retenção de água imperfeitas a altas e um teor orgânico superficial baixo a alto. As mal drenadas áreas baixas no vale do Rio Govuro são caracterizadas por mais formações de florestas abertas com um estrato herbáceo composto de pradaria higrófita e pântanos de gramíneas e carriços. A vegetação nas margens do rio, e nas partes da planície de inundação permanentemente ou semipermanentemente inundadas, é caracterizada por Phragmites australis e Nymphaea. Abundam Hyphaene coriacea e Phoenix reclinata, sendo a última espécie muitas vezes associada com as orlas de pequenos fragmentos de floresta ocorrendo nos morros de muchém. Fotografia 5-7: O canal principal no Rio Govuro durante Fotografia 5-8: Os braços mortos do rio, inundando a altos fluxos no verão. vegetação marginal na planície de inundação. Os diferentes aspectos de potencial habitat e a estrutura deste biótopo determinam a presença de espécies de animais e a sua abundância na área. A Tabela 5-4 apresenta o resumo destes aspectos. Tabela 5-4: Componentes importantes dos habitats da fauna do sistema do Rio Govuro Aspecto do habitat % cobertura de área Vegetação emergente e inundada Vegetação herbácea na planície de inundação Ilhas com vegetação e canaviais Águas abertas Lodaçais 42% 25% 5% 25% 3% 5.1.6 Rios Costeiros (perenes a sazonais) Os rios costeiros encontram-se a leste da crista baixa que separa a orla costeira e o Rio Govuro. Vários rios costeiros muito curtos nascem nesta área (Fotografia 5-9), com em geral um comprimento de 8km ou menos. As águas de infiltração das áreas mais altas criam estas características, onde a água vem à superfície para formar terras húmidas fluviais e rios. Durante este estudo (De Castro e Grobler, 2014) foram encontrados solos tufosos nestes rios costeiros. Em geral, os solos orgânicos (tufosos) são muito férteis e são permanentemente húmidos. Eles recebem água nova durante todo o ano como resultado da infiltração das áreas de dunas circundantes, que têm altas taxas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 26 FAUNA TERRESTRE de infiltração e de recarga. Uma grande parte da superfície das terras húmidas está coberta por vegetação emergente e inundada, com pequenas áreas de água superficial aberta na forma de poças e braços mortos (Fotografia 5-10). Os diferentes aspectos de potencial habitat e a estrutura deste biótopo determinam a presença de espécies de animais e a sua abundância na área. A Tabela 5-5 apresenta o resumo destes aspectos. Tabela 5-5: Componentes importantes dos habitats da fauna do sistema de Rios Costeiros Aspecto do habitat % cobertura de área Vegetação emergente e inundada Vegetação herbácea na planície de inundação Águas abertas 80% 10% 10% Fotografia 5-9: Um rio costeiro - pequenas áreas de água Fotografia 5-10: Um rio costeiro, coberto por vegetação superficial aberta formam um habitat de água estagnada. emergente e inundada. 5.1.7 Linhas de Drenagem Efémeras (incluindo as terras húmidas) Os habitats das Linhas de Drenagem Efémeras são principalmente linhas de drenagem secas ladeadas por uma estreita zona ribeirinha, que funciona como corredor para a fauna que usa a cobertura densa para se movimentar ou migrar. Devido ao ambiente arenoso plano da área de estudo, não há muitas linhas de drenagem, para além daquelas que conduzem ao Rio Govuro. 5.1.8 Mangais Os mangais constituem um grupo diversificado de árvores, arbustos, palmeiras, e fetos crescendo na zona entremarés ou margens dos estuários onde formam ligações interdependentes entre a paisagem terrestre do interior e o ambiente marinho próximo da costa (Figura 5-1). Os mangais em Moçambique servem como viveiros marinhos, e muitas vezes são contíguos aos recifes de coral e leitos de ervas marinhas igualmente produtivos. Ao longo de todo o comprimento da orla costeira ocorrem fragmentos menores de comunidades de mangais (Fotografia 5-11), em qualquer parte onde a água doce se infiltra na praia a partir das dunas (Fotografia 512). Os mangais estão principalmente associados com a orla costeira e estão ligados à área de estudo pela água que atravessa o solo e os rios costeiros descritos na Secção 5.1.6 acima. São raramente muito grandes entre o seu lado interior e o lado do mar e são semi-contínuos ao longo da costa. Os diferentes aspectos do potencial habitat e a estrutura deste biótopo determinam a presença de espécies de animais e a sua abundância na área. O biótopo não foi estudado em detalhe, embora uma curta visita deu alguma indicação dos habitats disponíveis nos mangais. A Tabela 5-6 apresenta o resumo destes aspectos. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 27 FAUNA TERRESTRE Tabela 5-6: Componentes importantes dos habitats da fauna do sistema de Mangais Aspecto do habitat % cobertura de área Árvores de mangal Vegetação emergente e inundada Vegetação herbácea na planície de inundação Cobertura do fundo: lixo orgânico, leitos de ervas marinhas, areia Solos lamacentos, lodaçais Águas abertas 20% 10% 15% Semelhante à água aberta 20% 35% Figura 5-1: Mangais e áreas marinhas pouco fundas com leitos de ervas marinhas na foz dum rio costeiro a jusante de I-G6PX-1. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 28 FAUNA TERRESTRE Fotografia 5-12: Mangais perto da costa. Fotografia 5-11: Mangais a jusante de I-G6PX-1. Como a Figura 5-1 mostra, a maior área coberta pelo sedimento marinho raso fica directamente em redor das fozes dos dois Rios Costeiros. É por isso evidente que os Rios Costeiros na terra têm uma influência na extensão dos Mangais na área, tendo fornecido sedimento e nutrientes à área costeira durante séculos. Durante uma visita curta às imediações do Mangal, foram observadas centenas de aves pernaltas nos vastos lodaçais durante a maré baixa. 5.1.9 Lagoas Barreiras Existem numerosas lagoas barreiras dentro da Área de Estudo, situadas numa planície de baixa altitude. A prevalência das lagoas costeiras e sistemas de lagunas é em parte uma consequência da natureza de terras baixas arenosas da planície costeira e o padrão de deposição de areia, e a maioria fica separada do mar por um sistema de dunas costeiras bem desenvolvidas. Na área de estudo estas lagoas são uniformemente pequenas. Mudanças no nível do mar têm puxado a antiga orla costeira, sistemas de dunas, e lagunas para dentro, em paralelo com a actual orla costeira. Onde as lagunas costeiras ficaram completamente isoladas, formaramse lagoas barreiras (Fotografia 5-13). Pequenas correntes perenes alimentam algumas destas lagoas enquanto outras são sazonais, secando completamente durante o inverno. A qualidade da água nas lagoas varia muito, mas em geral é doce, com as lagoas sendo situadas sobre leitos arenosos com depósitos orgânicos substanciais. As zonas eulitorais (marginais) das lagoas são cobertas de vegetação dos pântanos dominada por ervas e carriços higrófitos e hidrófitos (Fotografia 5-14). Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 29 FAUNA TERRESTRE Fotografia 5-13: A maior das duas lagoas barreiras perto Fotografia 5-14: Vegetação marginal ao longo das de T-19A. margens da lagoa barreira. Os diferentes aspectos de potencial habitat e a estrutura deste biótopo determinam a presença das espécies de animais e ta sua abundância na área. A Tabela 5-7 apresenta o resumo destes aspectos. Tabela 5-7: Componentes importantes dos habitats da fauna nas Lagoas Barreiras Aspecto do habitat % cobertura de área Água aberta – fundos lamacentos ou arenosos Vegetação emergente e inundada (carriços, ervas) Vegetação hidrófita, herbácea na planície de inundação Margem da lagoa - árvores vivas e madeira morta associada Lodaçais 60% 12% 15% 5% 8% 5.1.10 Áreas cultivadas Estendem-se terras agrícolas activamente cultivadas para fora a partir de Vilanculos e Inhassoro e ao longo da EN-1 (Estrada Nacional, Figura 1-1). As culturas mais produzidas incluem o milho, amendoim, mandioca, melancias e feijão. Nas áreas com altos níveis de humidade no solo, como em redor das lagoas barreiras e na planície de inundação do Rio Govuro, são cultivadas culturas como cana doce, arroz, bananas, papaias e batata-doce. Contudo, as espécies indígenas de plantas e animais ainda dão uma contribuição importante às necessidades de comida, medicamentos, e materiais de construção dos residentes locais, e os conhecimentos básicos em relação ao uso dos recursos naturais ainda estão muito intactos. 5.2 Viabilidade dos habitats A importância de potenciais habitats e combinações de habitats não pode ser demasiadamente enfatizada. Alguns aspectos do habitat são mais importantes ou sensíveis que outros, e a distribuição dos animais pode ser fortemente influenciada pela presença ou ausência destes habitats. Pode-se resumir os bens e serviços fornecidos pelos potenciais habitats da seguinte maneira: Sistemas terrestres Árvores e arbustos vivos como: abrigo (ambiente folhoso denso, cavidades e fendas no caule, casca solta, mato fechado); lugar de nidificação e procriação (ramos, cavidades, debaixo de raízes); alimentação (folhas, frutos, sementes, pólen, néctar, etc.); Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 30 FAUNA TERRESTRE poleiro (ponto de observação para a caça, descansar). Árvores e arbustos mortos como: abrigo, lugar de nidificação e procriação (cavidades e fendas em troncos mortos, casca solta, no interior de troncos apodrecidos, arbustos caídos). Cobertura do solo herbáceo como: abrigo, lugar de nidificação e procriação (cobertura densa de ervas, fragmentos densos de plantas floridas não gramíneas). Solo coberto de folhas (especialmente em habitats de bosques) como: abrigo; alimentação (encontrar presa debaixo dos estratos). Solos arenosos como: abrigo, lugares de nidificação e procriação (meio para abrir túneis e enterrar-se); alimentação (encontrar presa, comer raízes – abrir túneis e enterrar-se). Morros de muchém como: abrigo (cavidades nos morros de muchém). Sistemas aquáticos Águas abertas: abrigo (escapar na água mais profunda); alimentação (caçar peixe e outras espécies aquáticas). Vegetação emergente e inundada na planície de inundação; Abrigo (entre a vegetação e na água); alimentação (caçar espécies aquáticas); nidificação e procriação (na vegetação e na água). Lodaçais: alimentação (na lama macia). 5.3 Conjuntos de fauna e potencial habitat O estatuto de conservação dos recursos de biodiversidade de Moçambique é na maior parte das vezes desconhecido, em parte devido à falta dum inventário da biodiversidade nacional, a falta duma monitorização sistemática das espécies, e o facto de a pouca informação disponível não ser consolidada. Há uma série de espécies quase endémicas e de distribuição geográfica restrita registadas em Moçambique, principalmente associadas com os habitats montanos (das montanhas) isolados para o oeste, mas espera-se a presença de nenhuma delas na área de estudo. A grande diversidade de tipos de vegetação e comunidades de plantas ocorrendo na área de estudo oferece uma ampla variedade de habitats para animais. O inventário da fauna apresentado abaixo é de modo algum abrangente devido ao período de levantamento curto (3 semanas), a extensão da área de estudo, e as limitações de movimento devido à possibilidade de haver minas terrestres na área. Contudo, o inventário da fauna dá uma boa indicação do tipo de comunidades de fauna e da diversidade de espécies de animais, cuja ocorrência se pode esperar na área de estudo, e oferece uma base adequada para a avaliação dos possíveis impactos e a recomendação de medidas de mitigação. 5.3.1 Rãs A fauna de rãs da área de estudo é produto da diversidade da topografia, clima e habitats da região. As rãs têm-se adaptado a quase todos os tipos de ambiente e muitas espécies são altamente especializadas para Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 31 FAUNA TERRESTRE adaptar-se às condições num dado local. Contudo, isto pode deixar uma espécie vulnerável quando um habitat é degradado ou de modo irreversível alterado (Du Preez e Carruthers, 2009). Os anfíbios estão localizados no seu movimento e escolhas de habitat. A maioria das rãs pode ocorrer em áreas secas, mas precisa de água para pôr ovos e a fase de larva, e estão por isso ausentes se não estiver disponível água parada durante esta fase. Elas apenas surgem depois de boas chuvas quando há água para poderem alimentar e reproduzir-se. Durante o resto do ano, elas procuram refúgio em lugares húmidos para escapar do clima seco ou frio. Pesquisas recentes têm mostrado que espécies de anfíbios estão em declínio no mundo inteiro em consequência da perda mundial de habitat (Du Preez e Carruthers, 2009). As suas pequenas áreas de ocupação tornam-nas mais susceptíveis à extinção devido à perda de habitat e degradação em comparação com outros vertebrados e a conservação de habitat é por isso uma prioridade para a preservação de anfíbios. Condições ambientais apropriadas, especialmente locais de procriação, são criticamente importantes para as rãs, e as espécies são muitas vezes muito específicas destes habitats. Por muitas razões, as rãs são indicadores importantes e úteis da saúde ambiental. Os factores que tornam as rãs particularmente sensíveis à deterioração ambiental incluem (Du Preez e Carruthers, 2009): Superfície da pele absorbente – absorve a água e quaisquer solventes e torna-as susceptíveis à poluição da água e do ar; Distribuição fragmentada – as perdas de habitat podem isolar as populações sobreviventes; Nível trófico – são presas importantes para um conjunto amplo de predadores. Temperatura – mudanças extremas da temperatura ambiental afectam a sua biologia; Estilo de vida anfíbio – as rãs estão expostas a ambientes aquáticos bem como terrestres e são assim afectadas pelas mudanças em ambos; e 5.3.1.1 Levantamentos nos habitats principais A lista de controlo de Schneider et al (2005) contem 60 espécies de rãs para todo o País. A área que inclui a Área de Estudo pode potencialmente oferecer habitat para 24 a 39 espécies de rãs. Na compilação das listas de rãs esperadas para o estudo foram usados os registos da distribuição de rãs de Du Preez e Carruthers (2009), juntamente com dados da preferência de habitat, compilados de várias fontes. Durante o levantamento de Fevereiro de 2014 foram encontradas 16 espécies de rãs (Tabela 5-8). Tabela 5-8: Rãs encontradas (12 espécies) nos habitats naturais disponíveis da Área de Estudo durante o levantamento de 2014 (ver Anexo A para os detalhes). (Células sombreadas = habitat preferido; número na célula = número de exemplares detectados durante os diferentes levantamentos). Habitat Rã Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Sapo-de-patas-de-pá do Norte (Arthroleptis stenodactylus) Sapo gutural (Amietophrynus gutturalis) Rela-sarapintada (Hyperolius marmoratus taeniatus) Rela de Argus (Hyperolius argus) Mistura de Florestas e Bosques Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Terras húmidas costeiras 1 5 2 4 2 Sapo de Senegal (Kassina senegalensis) Sapo-da-chuva (Breviceps adspersus) Sapo-de-duas-listas (Phrynomantis bifasciatus) Rio Govuro e planície de inundação 6 7 4 2 3 32 1 FAUNA TERRESTRE Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Habitat Rã Mistura de Florestas e Bosques Rã-dos-charcos-anã de Mababe (Phrynobatrachus mababiensis) Rã-dos-charcos (Phrynobatrachus natalensis) Rã-da-erva (Ptychadena anchietae) Rã-boi (Pyxicephalus edulis) Rã-tremola (Tomopterna cryptotis) Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 1 4 2 1 1 1 1 1 1 Espera-se a ocorrência de todas as espécies que não foram encontradas nas terras húmidas associadas com o Rio Govuro e nas Terras Húmidas Costeiras. Embora a maioria destas rãs irá afastar-se das terras húmidas durante a sua vida, elas irão inevitavelmente voltar para reproduzir-se. A maioria estiva em lugares de abrigo e durante os invernos secos e frios enterra-se no solo, às vezes muito longe das terras húmidas. As rãs, como a rã-boi, o sapo-da-chuva e a rã-da-areia, são muitas vezes encontradas nas áreas mais secas devido à sua capacidade de enterrar-se nos solos arenosos para estivar (enterradas e dormentes). Irão permanecer aqui durante todo o período seco, aparecendo nas chuvas, quando se deslocam para áreas de água parada para reproduzir-se. 5.3.1.2 Espécies de preocupação Segundo a Lista Vermelha da UICN, há três rãs em Moçambique com o estatuto de “ameaçado” (Anexo E). Contudo, nenhuma destas espécies ocorre na área de estudo (Channing, 2001). 5.3.1.3 Ameaças As populações de anfíbios em Moçambique são confrontadas com várias ameaças ambientais. A destruição de habitat, causando a fragmentação das populações, é citada como sendo a ameaça mais séria enfrentada pelos anfíbios. A perda de habitat é geralmente causada pela agricultura de subsistência, mas é também devido ao desenvolvimento urbano localizado. Os desenvolvimentos agrícolas afectando as rãs incluem o cultivo, o sobrepastoreio e atropelamentos pelos animais domésticos. As plantas invasivas alienígenas e queimadas fora da época causadas pelo homem também impactam no seu habitat. 5.3.2 Répteis Os conhecimentos actuais dos répteis na área de estudo são provenientes de informação disponível nas publicações de Branch (1998), Marais (2004) e Alexander e Marais (2007). Segundo a lista de controlo de Schneider et al (2005) foram registadas duzentos e nove (209) espécies de répteis em Moçambique. Destes 209 espécies de répteis, espera-se que ocorram 24-34 espécies na região da qual a área de estudo. Usando dados actualizados em relação à distribuição dos répteis na região, este número esperado de répteis aumentou para 62 espécies. 5.3.2.1 Levantamentos nos habitats principais Na compilação das listas de répteis esperados para o estudo, foram usados os registos da distribuição de répteis de Branch (1998) e Marais (2004), juntamente com os dados da preferência de habitat, compilados de várias fontes. Segundo os mapas de distribuição de répteis, a Área de Estudo situa-se no tipo de vegetação das Florestas de Baixa Altitude e poderão ocorrer 62 espécies de répteis. Contudo, na base dum conhecimento detalhado do habitat disponível na área de estudo, apenas se espera a ocorrência de 56 espécies. As espécies com registos de distribuição que coincidem com a região, mas cuja presença não se espera na área de estudo, são as espécies vivendo no oceano como tartarugas e cobras-do-mar. Durante o levantamento de Fevereiro de 2014 foram encontradas 23 espécies de répteis (também comunicadas pelo pessoal da CPF). Ver a Tabela 5-9: Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 33 FAUNA TERRESTRE Tabela 5-9: Espécies de répteis encontradas ou comunicadas (23 espécies) nos habitats naturais disponíveis da Área de Estudo durante o levantamento de 2014 (ver Anexo B para os detalhes). (Células sombreadas = habitat preferido; número na célula = número de exemplares detectados durante os diferentes levantamentos. Habitat Espécies de répteis Cobra-cega-lustrosa (Leptotyphlops scutifrons scutifrons) Pitão (Python natalensis) Cobra-de-dorso-dentado do Cabo (Mehelya capensis capensis) Cobra-da-erva-azeitona (Psammophis mossambicus) Cobra-do-mato-variegada (Philothamnus semivariegatus) Come-ovos (Dasypeltis scabra) Cobra-trepadeira de Moçambique (Thelotornis mossambicanus) Cobra-de-focinho (Naja annulifera) Cobra-cuspideira (Naja mossambica) Mamba-negra (Dendroaspis polylepis) Víbora-comum (Bitis arietans arietans) Lagartixa-da-costa-leste (Trachylepis depressa) Lagartixa-com-listas (Trachylepis striata) Lagartixa-variada (Trachylepis varia) Lagartixa-com-marcas de Moçambique (Mochlus afrum) Lagarto-de-escamas-rugosas (Meroles squamulosa) Lagarto-de-escamas-rugosas do (Ichnotropis capensis) Varano do Nilo (Varanus niloticus niloticus) Agama de Moçambique (Agama mossambica) Agama-com-espinhos-trópical (Agama armata) Camaleão-de-pescoço-achatado (Chamaeleo dilepis dilepis) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 2 1 1 1 5 1 1 7 1 1 34 FAUNA TERRESTRE Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Habitat Espécies de répteis Osga-anã-vulgar-comum (Lygodactylus capensis capensis) Lagarto-amarelo-com-placas (Hemidactylus mabouia) Mistura de Florestas e Bosques 3 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 1 1 A razão de se encontrar números de répteis relativamente pequenos pode ser atribuída aos seguintes factores, que se aplicam a muitas espécies: Hábitos subterrâneos; Hábitos nocturnos; Hábitos esquivos e reservados; Pequeno tamanho (de muitas espécies); e Coloração oculta. 5.3.2.2 Espécies de preocupação Segundo a Lista Vermelha da UICN, há 10 espécies de répteis em Moçambique com estatuto de “ameaçado” (Anexo E), cinco das quais são tartarugas marinhas. Segundo a Lista Vermelha da UICN (UICN= União Internacional para a Conservação da Natureza 2014), apenas uma espécie de réptil, cuja distribuição e habitat correspondem com a área de estudo, é considerada ameaçada. Trata-se da tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum) - Risco Menor/preocupação menor. 5.3.2.3 Espécies de preocupação: Disponibilidade de habitat Comparando os requisitos de habitat da tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze ameaçada com a disponibilidade de habitat na área de estudo, os seguinte tipos de vegetação têm conjuntos de habitat que correspondem com os requisitos óptimos da espécie: Tabela 5-10: Disponibilidade de habitat para espécies de répteis de preocupação na área de estudo, indicando o requisito de habitat, e os tipos de vegetação com habitat apropriado. Espécie de réptil Requisitos de habitat Disponibilidade de habitat Tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum) - Risco Menor/preocupação menor Rios, lagos e poças de água estagnada. Enterra-se na lama macia. Nadador rápido. Prefere mais os substratos arenosos que os lamacentos. Apanhador de peixe altamente especializado, alimentando-se em mexilhões apenas quando não há peixe. Os mexilhões são desenterrados do substrato de rios e lagos, usando as garras poderosas nas patas anteriores. As tartarugas adultas podem nadar até vários quilómetros da costa e, nos dias sem vento, até meia dúzia delas pode geralmente ser vista flutuando na superfície refastelando-se ao sol. As tartarugas fêmeas vêm à praia à noite para pôr os seus ovos entre os fins de Janeiro e Abril. Os ninhos ficam na sombra debaixo de árvores e arbustos, geralmente dentro de 200 m da água. Pões ovos numa ninhada de 17-25 em ninhos em covas escavadas Rio Govuro e planície de inundação Índice de Integridade de Habitat: 4* Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 35 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 4 FAUNA TERRESTRE Espécie de réptil Requisitos de habitat Disponibilidade de habitat pouco profundas. As crias são numerosas em Janeiro e podem ser encontradas debaixo de pedras soltas e troncos ao longo da linha de preia-mar. *Índices de Integridade de Habitat (o nível de adequação do habitat à espécie): Fraca 1; Baixa 2; Média 3; Boa 4; Óptima 5 A Tabela 5-11 sugere a existência de habitat disponível suficiente para a ocorrência esperada da tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze na Área de Estudo. Durante o levantamento de 2014 não foram encontrados cágados. 5.3.3 Aves As aves constituem um componente importante de muitos ecossistemas, e de todos os grupos principais de fauna bravia são muitas vezes os mais fáceis de observar e contar. Muitos estudos têm mostrado que a contagem de aves pode detectar mudanças ambientais com precisão (Pomeroy, 1992). Um declínio da riqueza e diversidade de espécies, como determinado pela monitorização de rotina, pode servir dum aviso prévio de degradação ambiental (Ryder, 1986). O estatuto de conservação das aves de Moçambique está sendo revisto (Schneider et al, 2005), mas uma estimativa preliminar indica que pelo menos 51 espécies de aves são de importância para conservação (UICN, 2014). Das 900 espécies de aves registadas na África Austral, 603 encontram-se em Moçambique. Segundo a lista de controlo de Schneider et al (2005), espera-se que ocorram 294-342 espécies na região da qual a área de estudo faz parte. Embora há espécies que são consideradas quase endémicas ou com uma distribuição geográfica restrita, está disponível pouca informação concludente sobre o seu estado de endemismo e conservação. O Atlas de Aves, elaborado por Harrison et al (1997), Volumes 1 e 2, foi a base dos dados de distribuição usada neste relatório, como é actualmente a fonte de informação impressa mais actualizada sobre as aves da África Austral. O atlas final inclui todos os dados adicionais recolhidos por ornitólogos no sul e centro de Moçambique, depois da publicação dos alasses provisórios. Também foi consultado o Roberts Birds of Southern Africa (Hockey, et al. 2005) para dados sobre os habitats e as aves. 5.3.3.1 Levantamentos nos habitats principais Durante o levantamento de Fevereiro de 2014, foram pesquisados vários biótopos e locais para encontrar espécies de aves, incluindo biótopos transformados bem como não transformados. O timing do levantamento, que foi durante o período de muita chuva no verão quando estavam presentes as espécies migratórias, foi perfeito para a observação de aves. Das espécies de aves esperadas de serem encontradas na área de estudo, certas aves são residentes e irão permanecer na área durante todo o ano. As espécies nómadas irão voar periodicamente para outras áreas mais distantes da área de estudo para fins de alimentação ou procriação. Das espécies migratórias de aves cuja ocorrência se espera, algumas aves são visitantes e vindas de zonas mais para o norte no continente africano, chegando na região da África Austral para se alimentar e muitas vezes para se reproduzir. As aves migratórias paleárcticas são visitantes para a África Austral no verão, permanecendo nos nossos invernos na Eurásia. Muito poucas destas espécies reproduzem-se na África Austral. Excluindo as espécies marinhas, foi observado um total de 275 espécies de aves durante o projecto do Bird Atlas (Harrison et al, 1997) nesta região. Duma avaliação da distribuição das aves e habitats locais fica claro que todas estas espécies de aves ocorrem provavelmente nos diferentes biótopos da área de estudo (Anexo C). Durante o levantamento de verão (Fevereiro de 2014), foram observadas 129 espécies de aves nos transectos que foram pesquisados (Anexo C). Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 36 FAUNA TERRESTRE Tabela 5-11: Espécies de aves registadas na área de estudo no levantamento de verão (Fevereiro de 2014) (a vermelho = Espécies Especiais) 1. Corvo-marinho-de-faces-brancas (Phalacrocorax carbo) 2. Garça-branca-pequena (Egretta garzetta) 3. Garça-branca-grande (Egretta alba) 4. Bico-aberto (Anastomus lamelligerus) 5. Pato-assobiador-de-faces-brancas (Dendrocygna viduata) 6. Pato-ferrão (Plectopterus gambensis) 7. Jacana (Actophilornis africanus) 8. Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) 9. Falcão-cuco (Aviceda cuculoides) 10. Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) 11. Milhafre-preto (Milvus parasitus) 12. Águia-pesqueira-africana (Haliaeetus vocifer) 13. Secretário-pequeno (Polyboroides typus) 14. Gaivão-papa-lagartos (Kaupifalco monogrammicus) 15. Açor-cantor-escuro (Melierax metabates) 16. Gaivão-pequeno (Accipiter minullus) 17. Açor-preto (Accipiter melanoleucus) 18. Águia-dominó (Aquila spilogaster) 19. Águia-marcial (Polemaetus bellicosus) 20. Perdiz-de-crista (Dendroperdix sephaena) 21. Perdiz-de-gola-vermelha (Pternistes afer) 22. Galinha-do-mato-de-crista (Guttera pucherani) 23. Frango-de-água-preta (Amaurornis flavirostris) 24. Abetarda-de-barriga-preta (Lissotis melanogaster) 25. Borrelho-grande-de-coleira (Charadrius hiaticula) 26. Borrelho-de-três-golas (Charadrius tricollaris) 27. Pilrito-pequeno (Calidris minuta) 28. Alcaravão do Cabo (Burhinus capensis) 29. Perna-longa (Himantopus himantopus) 30. Rola do Cabo (Streptopelia capicola) 31. Rola-de-olhos-vermelhos (Streptopelia semitorquata) 32. Rola-esmeraldina (Turtur chalcospilos) 33. Pombo-verde-africano (Treron calva) 34. Brown-necked parrot (Poicephalus fuscicollis) 35. Papagaio-de-cabeça-castanha (Poicephalus cryptoxanthus) 36. Touraco-de-crista-violeta (Tauraco porphyreolophus) 37. Cucal de Burchell (Centropus burchellii) 38. Cuco-de-peito-vermelho (Cuculus solitarius) 39. Cuco-bonzeado-menor (Chrysococcyx klaas) 40. Cuco-bonzeado-maior (Chrysococcyx caprius) 41. Cuco-preto (Cuculus clamosus) 42. Corujão-africano (Bubo africanus) 43. Noitibó-de-pescoço-dourado (Caprimulgus pectoralis) 44. Andorinhão-das-palmeiras (Cypsiurus parvus) 45. Andorinhão-pequeno (Apus affinis) 46. Rabo-de-junco-de-peito-barrado (Colius striatus) 47. Bico-de-cimitarra (Rhinopomastus cyanomelas) 48. Pica-peixe-de-barrete-castanho (Halcyon albiventris) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 66. 67. 68. 69. 70. 71. 72. 73. 74. 75. 76. 77. 78. 79. 80. 81. 82. 83. 84. Pica-pau-cardeal (Dendropicos fuscescens) Cotovia-de-nuca-vermelha (Mirafra africana) Cotovia-das-castanholas (Mirafra rufocinnamomea) Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) Andorinha-cauda-de-arame (Hirundo smithii) Andorinha-das-mosquitas (Cecropis senegalensis) Drongo-de-cauda-forcada (Dicrurus adsimilis) Papa-figos-de-cabeça-preta (Oriolus larvatus) Seminarista (Corvus albus) Toutinegra (Pycnonotus tricolor) Tuta-sombria (Andropadus importunus) Tuta-amarela (Chlorocichla flaviventris) Tuta-da-terra (Phyllastrephus terrestris) Tuta-de-garganta-branca (Nicator gularis) Chapim-preto-meridional (Parus niger) Zaragateiro-castanho (Turdoides jardineii) Pisco do Natal (Cossypha natalensis) Rouxinol-do-mato-estriado (Erythropygia leucophrys) Rouxinol-dos-caniços-africano (Acrocephalus baeticatus) 85. Felosa-palustre (Acrocephalus palustris) 86. Apalis-de-peito-amarelo (Apalis flavida) 87. Felosa-de-dorso-verde (Camaroptera brachyura) 88. Toutinegra-de-bico-comprido (Sylvietta rufescens) 89. Fuinha-chocalheira (Cisticola chiniana) 90. Fuinha do Natal (Cisticola natalensis) 91. Fuinha-de-cabeça-ruiva (Cisticola fulvicapilla) 92. Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) 93. Prínia-de-flancos-castanhos (Prinia subflava) 94. Papa-moscas do Paraíso (Terpsiphone viridis) 95. Papa-moscas-pálido (Bradornis pallidus) 96. Papa-moscas-preto-africano (Melaenornis pammelaina) 97. Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata) 98. Papa-moscas-rabo-de-leque (Myioparus plumbeus) 99. Batis de Woodward (Batis fratrum) 100. Unha-longa-amarelo (Macronyx croceus) 101. Picanço-de-dorso-ruivo (Lanius collurio) 102. Brubru (Nilaus afer) 103. Picanço-de-almofadinha (Dryoscopus cubla) 104. Picanço-assobiador-de-coroa-preta (Tchagra senegala) 105. Picanço-assobiador (Tchagra australis) 106. Picanço-ferrugíneo (Laniarius ferrugineus) 107. Picanço-de-peito-laranja (Chlorophoneus sulfureopectus) 108. Picanço-quadricolor (Chlorophoneus quadricolor) 109. Picanço-de-cabeça-cinzenta (Malaconotus blanchoti) 110. Atacador-de-poupa-branca (Prionops plumatus) 111. Atacador-de-poupa-preta (Prionops retzii) 112. Estorninho-de-dorso-violeta (Cinnyricinclus leucogaster) 113. Beija-flor-preto (Chalcomitra amethystina) 114. Pardal-de-cabeça-cinzenta (Passer diffusus) 115. Pardal-de-garganta-amarela (Gymnoris superciliaris) 116. Tecelão de Cabanis (Ploceus intermedius) 117. Tecelão-de-lunetas (Ploceus ocularis) 37 FAUNA TERRESTRE 49. 50. 51. 52. 53. 54. 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62. 63. 64. 65. Pica-peixe-riscado (Halcyon chelicuti) Pica-peixe-malhado (Ceryle rudis) Abelharuco-persa (Merops persicus) Abelharuco-europeu (Merops apiaster) Abelharuco-róseo (Merops nubicoides) Abelharuco-dourado (Merops pusillus) Rolieiro-europeu (Coracias garrulus) Rolieiro-de-peito-lilás (Coracias caudatus) Rolieiro-de-bico-grosso (Eurystomus glaucurus) Calau-coroado (Tockus alboterminatus) Calau-trombeteiro (Bycanistes bucinator) Barbadinho-de-fronte-amarela (Pogoniulus chrysoconus) Barbaças-malhado (Tricholaema leucomelas) Barbaças-de-colar-preto (Lybius torquatus) Indicador-grande (Indicator indicator) Indicador-pequeno (Indicator minor) Pica-pau-de-cauda-dourada (Campethera abingoni) 118. 119. 120. 121. 122. 123. 124. 125. 126. 127. 128. 129. 130. 131. Fotografia 5-15: Gaivão-papa-lagartos (Kaupifalco Tecelão-dourado (Ploceus xanthops) Tecelão-de-máscara (Ploceus velatus) Viúva-de-espáduas-vermelhas (Euplectes axillaris) Viúva-de-rabadilha-amarela (Euplectes capensis) Pintadinha-de-peito-rosado (Hypargos margaritatus) Freirinha-bronzeada (Lonchura cucullata) Peito-de-fogo-de-jameson (Lagonosticta rhodopareia) Bico-de-lacre-comum (Estrilda astrild) Peito-celeste (Uraeginthus angolensis) Viuvinha (Vidua macroura) Viuvinha-do-paraiso (Vidua paradisaea) Xerico (Crithagra mozambicus) Escrevedeira-de-peito-dourado (Emberiza flaviventris) Fotografia 5-16: Abelharuco-dourado (Merops pusillus) monogrammicus) 5.3.3.2 Espécies com Requisitos de habitat de Preocupação Especial De acordo com a Lista Vermelha da UICN, 51 espécies de aves em Moçambique têm o estatuto de “ameaçado” (Anexo E). Quinze espécies de aves que se espera que ocorram na área (distribuição geográfica e habitat) são consideradas ameaçadas segundo a Lista Vermelha da UICN: Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 38 FAUNA TERRESTRE Beija-flor-de-garganta-azul (Anthreptes reichenowi) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Garça-do-lago (Ardeola idae) - UICN 2014 NT: Em perigo. Borrelho-de-colar-arruivado (Charadrius pallidus) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Rolieiro-europeu (Coracias garrulus) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Falcão-Sombrio (Falco concolor) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Beija-flor de Neergaard (Cinnyris neergaardi) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Maçario-real (Numenius arquata) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Águia-belicosa (Polemaetus bellicosus) - UICN 2014 NT: Vulnerável. Secretário (Sagittarius serpentarius) - UICN 2014 NT: Vulnerável. Águia-Coroada (Stephanoaetus coronatus) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Águia-sem-rabo (Terathopius ecaudatus) - UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Abutre-real (Torgos tracheliotus) - UICN 2014 NT: Vulnerável. Abutre-de-cabeça-branca (Trigonoceps occipitalis) - UICN 2014 NT: Vulnerável. 5.3.3.3 Espécies de preocupação: Disponibilidade de habitat Comparando os requisitos de habitat da Lista Vermelha ou as Espécies Ameaçadas da UICN com a disponibilidade de habitat na área de estudo, os seguinte tipos de vegetação têm qualidades de habitat que correspondem com os requisitos destas aves: Tabela 5-12: Disponibilidade de habitat para as espécies de aves de preocupação na área de estudo, indicando os requisitos de habitat, e os tipos de vegetação com o habitat apropriado. Espécies de aves Beija-flor-degarganta-azul (Anthreptes reichenowi) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Garça-do-lago (Ardeola idea) UICN 2014 EN: Em perigo Borrelho-de-colararruivado (Charadrius pallidus) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Requisitos de habitat Tipos de vegetação Floresta costeira sempre verde, mangal e floresta de miombo. Florestas costeiras, Androstachys johnsonii (pau-ferro) alto. Na vegetação, ficando na cobertura profunda. Esta espécie é classificada como Quase ameaçada porque é considerada ter uma população medianamente pequena, que se supõe estar em declínio, devido à desflorestação em toda a sua zona de distribuição (desbravamento ao longo da costa, o abate de árvores no interior). Pequenos pântanos com ervas, lagos e lagoas, correntes. Esta espécie é classificada como Em perigo porque tem uma população muito pequena que se encontra em constante declínio, porque muitas das suas colónias de reprodução estão sendo fortemente e cada vez mais exploradas para apanhar ovos e crias. Esta exploração é agravada pelas pressões nos seus habitats nas terra húmidas. Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 4 Lagunas salinas, depressões salinas e salobras, salinas; às vezes estuários e lagunas arenosas. Raramente nos habitats de água doce. Esta espécie tem uma grande zona de distribuição, contudo, devido à natureza específica dos seus requisitos de habitat, acredita-se que a área que ocupa de facto é pequena, ocorrendo em menos Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 39 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 5 Rio Govuro e planície de inundação Índice de Integridade de Habitat: 4 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 5 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 4 FAUNA TERRESTRE Espécies de aves Tartaranhãorabilongo (Circus macrourus) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Requisitos de habitat Tipos de vegetação que dez locais na estação de não-reprodução; nestes locais a qualidade do habitat está a diminuir. Por estas razões é avaliada como Quase ameaçada. Prados abertos, campos cultivados, menos em savana semiárida aberta. Depressões ou planícies de inundação abertas. Sabe-se que esta espécie está a sofrer dum declínio acentuado da sua população na Europa, embora se acredite que os seus números nos seus baluartes na Ásia são mais estáveis. Assim a espécie está provavelmente a sofrer dum declínio geral da população moderadamente rápido, e consequentemente é classificada como Quase ameaçada. Beija-flor de Neergaard (Cinnyris neergaardi) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Está limitada à faixa costeira, a floresta mista afastada da costa. Floresta, especialmente seca, floresta densa num solo arenoso. Também ocorre nas áreas de matagal costeiras. Esta espécie é classificada como Quase ameaçada, porque tem uma população medianamente pequena, que pode estar em declínio devido ao desbravamento dos seus habitats de floresta nativa. A confirmação do tamanho da sua população e a gravidade da perda de habitat podem qualificar a espécie para uma categoria de ameaça mais alta. Rolieiro-europeu (Coracias garrulus) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Florestas e prados. Bosques abertos. Esta espécie sofreu aparentemente de reduções moderadamente rápidas das suas populações nas suas zonas de distribuição a nível mundial e é consequentemente considerada Quase ameaçada. Falcão-Sombrio (Falco concolor) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Áreas costeiras ou pantanosas tropicais e subtropicais, savanas húmidas e orlas de florestas. Na estação de não-reprodução alimenta se de grandes insectos em prados e campos abertos com árvores. Reproduz-se em colónias em ambientes quentes e áridos; em escarpas, pequenas ilhas rochosas e montanhas de deserto acidentadas onde o tempo da sua procriação coincide com a migração de outono de aves de pequeno porte nas quais se alimenta. Esta espécie foi classificada como Quase ameaçada porque suspeita-se ter uma população moderadamente pequena e a diminuir. São muito necessários levantamentos detalhados e uma Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 40 Rio Govuro e planície de inundação Índice de Integridade de Habitat: 2 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 3 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 4 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 2 Rio Govuro e planície de inundação Índice de Integridade de Habitat: 2 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 4 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 4 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 3 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 4 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 3 Rio Govuro e planície de inundação Índice de Integridade de Habitat: 2 Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies de aves Maçarico-real (Numenius arquata) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Águia-belicosa (Polemaetus bellicosus) UICN 2014 VU: Vulnerável Requisitos de habitat Tipos de vegetação monitorização rigorosa, levando a uma clarificação do seu estatuto. Terras húmidas costeiras; forrageia nos lodaçais e areais entremarés e empoleira-se nos pântanos salgados, dunas de areia, mangais ou rochas adjacentes. Esta espécie muito espalhada continua comum em muitas partes das suas zonas de distribuição, e é difícil determinar as tendências das suas populações. Não obstante, foram registadas diminuições em várias populações importantes e estima-se um declínio global geral moderadamente rápido. Como resultado, a classificação da espécie subiu para Quase ameaçada. Terras húmidas eutróficas pouco profundas, depressões salinas e lagunas costeiras abrigadas. Águas interiores e costeiras maiores, salobras ou salinas. Esta espécie é classificada como Quase ameaçada porque as suas populações aparentemente estão a sofrer uma diminuição moderadamente rápida. Prados abertos e áreas de matagal. Grandes árvores para os ninhos. Ampla gama de tipos de vegetação: desertos, áreas densamente arborizadas. A classificação desta espécie subiu para Vulnerável porque suspeita-se ter sofrido declínios rápidos durante os últimas três gerações (56 anos), devido ao envenenamento deliberado e acidental, perda de habitat, redução da disponibilidade de presa, poluição e colisões com linhas de alta tensão. Informação adicional sobre as tendências em todas as grandes zonas de distribuição poderá no futuro levar a mais uma subida na sua classificação para Em perigo. Índice de Integridade de Habitat: 4 Secretário (Sagittarius serpentarius) UICN 2014 VU: Vulnerável Áreas abertas: Savana, bosque aberto, prado e matagal baixo. Esta espécie é classificada como Vulnerável porque evidência recente de todas as suas zonas de distribuição sugere que a sua população está a sofrer um declínio rápido, provavelmente devido à degradação do habitat, perturbação, caça e captura para comercialização. Águia-Coroada (Stephanoaetus coronatus) UICN 2014 NT: Quase ameaçada Floresta indígena densa, incluindo floresta ribeirinha de galeria; pode voar para longe da floresta para caçar. A classificação desta espécie subiu para Quase ameaçada porque evidência de ameaças generalizadas sugere que a sua população se encontra num declínio moderadamente rápido. Águia-sem-rabo (Terathopius Floresta e savana em planícies abertas, incluindo a zona de espinheiros do Kalahari. Geralmente Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 41 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 5 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 2 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 4 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 4 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 2 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 2 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 3 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 3 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia FAUNA TERRESTRE Espécies de aves Requisitos de habitat Tipos de vegetação ecaudatus) UICN 2014 NT: Quase ameaçada nidifica na copa ou num braço horizontal duma grande árvore, 8-12-16 m acima do chão. Empoleira-se nas árvores. Esta espécie é classificada como Quase ameaçada porque suspeita-se ter sofrida declínios moderadamente rápidos durante as últimas três gerações (41 anos), devido à perda de habitat e envenenamento e poluição acidentais. Por isso, acredita-se que se aproxima do limiar da classificação como Vulnerável. Índice de Integridade de Habitat: 4 Abutre-real (Torgos tracheliotus) UICN 2014 VU: Vulnerável Savanas, especialmente nas áreas mais áridas; nidifica e empoleira-se nas árvores. Esta espécie é classificada como Vulnerável, visto ter ficado apenas uma população pequena e em declínio, em primeiro lugar devido ao envenenamento e à perseguição, bem como às mudanças nos ecossistemas. Abutre-de-cabeçabranca (Trigonoceps occipitalis) UICN 2014 VU: Vulnerável Áreas abertas: Savana, bosque aberto, prado e matagal baixo. A população desta espécie é pequena e é composta duma única metapopulação, como se pensa que há movimentos de exemplares dentro da sua grande zona de distribuição. É classificada como Vulnerável porque a informação de toda a sua zona de distribuição indica que os seus números estão a diminuir devido a uma série de ameaças. Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 4 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 2 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 2 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 2 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 2 *Índices de Integridade de Habitat (o nível de adequação do habitat à espécie): Fraca 1; Baixa 2; Média 3; Boa 4; Óptima 5 5.3.4 Mamíferos Embora a diversidade das espécies de mamíferos seja alta na Área de Estudo, as populações destas espécies, especialmente os mamíferos de maior porte, foram significativamente reduzidas, dentro e fora das áreas protegidas, devido à falta de protecção durante o conflito armado (1981-1992) e a subsequente caça e colocação descontrolada de armadilhas. Contudo, há populações saudáveis de mamíferos de menor porte em todas as partes da área de estudo que não são fortemente populadas. Segundo a lista de controlo de Schneider et al (2005), ocorrem 190 espécies de mamíferos em Moçambique, das quais se espera que ocorram 80-92 espécies na região circundante da Área de Estudo. Com novos registos de mamíferos (especialmente os morcegos) o número de espécies esperadas aumentou para 99. 5.3.4.1 Levantamentos nos habitats principais Os dados da distribuição usados neste relatório basearam-se nas publicações de Skinner e Smithers, (1990), Mills e Hes (1997) e Monadjem et al (2010). Das 99 espécies de mamíferos que têm zonas de distribuição em Moçambique que coincidem com a Área de Estudo, 98 espécies são esperadas estar presentes sob condições naturais. Enquanto a maioria dos morcegos necessita de covas ou estruturas semelhantes para empoleirar-se, que não ocorrem necessariamente na Área de Estudo, estes mamíferos voadores nocturnos são muito móveis, voando sobre longas distâncias na busca de comida, e assim a sua ocorrência é provável, independentemente da disponibilidade local de locais para empoleirar. Devido à perseguição pelo homem e a perda de habitat, quatro das espécies de caça de maior porte, cuja ocorrência se esperava, estão provavelmente perdidas na área. Assim, espera-se que ocorram na área de estudo as 94 espécies de mamíferos que sobrevivem com mais sucesso os impactos da actividade humana. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 42 FAUNA TERRESTRE Durante o levantamento de Fevereiro de 2014, foram observadas nos transectos do levantamento os vestígios e/ou de facto ocorrência de 21 espécies de mamíferos, ou foram referidas em entrevistas com habitantes locais (Ver o Anexo D para os detalhes). Foram registadas as seguintes espécies de mamíferos: 1. Musaranho-almiscarado-vermelho (Crocidura hirta) 2. Toupeira-amarela-dourada (Calcochloris obtusirostris) 3. Macaco-cão-cinzento (Papio ursinus) 4. Macaco-de-cara-preta (Cercopithecus aethiops) 5. Geneta-de-malhas-grandes (Genetta tigrina) 6. Manguço-vermelho (Galerella sanguinea) 7. Manguço-d’ água (Atilax paludinosus) 8. Porco-bravo (Potamochoerus porcus) 9. Cabrito-cinzento (Sylvicapra grimmia grimmia) 10. Changane (Neotragus moschatus) 11. Cabrito-vermelho (Cephalophus natalensis) 12. Chipene (Raphicerus campestris) 13. Lebre-saltadora (Pedetes capensis) 14. Porco-espinho do Cabo (Hystrix africaeaustralis) 15. Rato-toupeira-Hottentot (Cryptomys hottentotus) 16. Esquilo-vermelho-da-floresta (Paraxerus palliatus) 17. Gerboa de Peters (Gerbilliscus leucogaster) 18. Rato-espinhoso (Acomys spinosissimus) 19. Rato-bochechudo (Saccostomus campestris) 20. Espécies do Rato-vermelho-da-savana (Aethomys ineptus) 21. Lebre-de-nuca-dourada (Lepus saxatilis) Fotografia 5-17: Musaranho-almiscarado-vermelho Fotografia 5-18: Macaco-cão-cinzento (Papio ursinus) (Crocidura hirta) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 43 FAUNA TERRESTRE 5.3.4.2 Espécies de preocupação Segundo a Lista Vermelha da UICN, 19 espécies de mamíferos em Moçambique têm o estatuto de “ameaçada” (Anexo E), quatro das quais são mamíferos marinhos (golfinhos ou baleias). Três espécies de mamíferos que se espera que ocorram na área de estudo (zona de distribuição e habitat), são consideradas ameaçadas, e uma, o hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius), está provavelmente extinta na área de estudo: Dugongo (Dugong dugong) - UICN: VU Vulnerável; Hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) - UICN: VU Vulnerável; Morcego-focinho-de-folha-estriado (Hipposideros vittatus) - UICN 2014: Quase ameaçada; e Leopardo (Panthera pardus) - UICN (2014): NT Quase ameaçada. 5.3.4.3 Espécies de preocupação: Disponibilidade de habitat Durante a avaliação da adequação dos habitats às espécies de mamíferos de preocupação, os aspectos dos habitats dos biótopos não foram avaliados separadamente, mas foi avaliado todo o conjunto de habitats por tipo de vegetação. A Tabela 5-14 compara os requisitos de habitat das espécies da Lista Vermelha com a disponibilidade de habitat nos tipos de vegetação, indicando que unidades têm conjuntos de habitats que correspondem com os requisitos de habitat dos mamíferos ameaçados: Tabela 5-13: Disponibilidade de habitat para a espécies de mamíferos de preocupação, indicando os requisitos de habitat, e os tipos de vegetação associada com habitats comparáveis. Espécies Dugongo (Dugong dugong) UICN: VU Vulnerável Hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) UICN: VU Vulnerável Morcego-focinho-defolha-estriado (Hipposideros vittatus) UICN 2014: Quase Requisitos de habitat Tipos de vegetação Águas costeiras e insulares entre a África Oriental e Vanuatu entre as latitudes de cerca de 27° Norte e Sul do Equador. Os dugongos são principalmente mamíferos marinhos, habitando águas rasas, profundidades de cerca de 10 m, às vezes mergulham até profundidades de 39 m para se alimentar. Áreas rasas tipicamente localizadas nas baías protegidas, canais de mangal largos e nas áreas abrigadas de ilhas perto da costa. Leitos de ervas marinhas, consistindo em ervas marinhas fanerógamas fonte principal de alimentação, coincidem com estes habitats perfeitos. Bancos de areia entremarés e estuários, que são muito pouco profundos, são potenciais áreas adequadas para partos. Por causa da incerteza associada com a avaliação do estatuto do dugongo sugere-se que se deve manter a classificação de Vulnerável. Água permanente, aberta, profunda, adequada (suficientemente profunda para permiti-lo submergir totalmente) com bancos de areia suavemente inclinados devem estar disponíveis, bem como abastecimentos alimentares adjacentes. Extensões abertas de água permanente. Lugares de descanso temporário durante o alagamento nos meandros ou mais a montante nos afluentes dos grandes rios. Depende de grandes cavernas para procriação. Uma variedade de habitats de floresta e savana – áridos a húmidos. Classificado como Quase ameaçada porque, embora a espécie se encontra ainda amplamente distribuída, presume-se que uma grande proporção da população mundial Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 44 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 5 Rio Govuro e planície de inundação Índice de Integridade de Habitat: 4 Terras húmidas costeiras Índice de Integridade de Habitat: 2 Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 2 Mistura de Florestas e FAUNA TERRESTRE Espécies Requisitos de habitat Tipos de vegetação ameaçada desta espécie existe em poucas colónias muito grandes, empoleirando em cavernas, que são ameaçadas por perturbações, a perda de habitat e a caça indiscriminada. É provável que a espécie está a sofrer de declínios significativos nestes locais. Contudo, a população mundial como um todo está provavelmente a diminuir em <30% durante um período de dez anos. Muito espalhado. Campos acidentados ou florestas. Noctívago e solitário. Os leopardos têm uma distribuição ampla e são localmente comuns em algumas partes da África e Ásia tropical. Contudo, estão em declínio em grandes partes das suas zonas de distribuição devido à perda de habitat e fragmentação, e à caça para comercialização e controlo de pragas. Estas ameaças podem ser suficientemente significativas para a espécie poder ser classificada como Vulnerável nos termos do critério A. Bosques Índice de Integridade de Habitat: 2 Leopardo (Panthera pardus) UICN (2014): NT Quase ameaçada Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia Índice de Integridade de Habitat: 3 Mistura de Florestas e Bosques Índice de Integridade de Habitat: 4 *Índices de Integridade de Habitat (o nível de adequação do habitat à espécie): Fraca 1; Baixa 2; Média 3; Boa 4; Óptima 5 5.3.5 Sumário de toda a fauna Da análise dos dados da distribuição da fauna e a disponibilidade de habitat, conclui-se que se espera que ocorram 29 espécies de rãs, 56 espécies de répteis, 275 espécies de aves e 94 espécies de mamíferos na área de estudo, um total de 454 espécies de animais. A presença de diferentes grupos de fauna depende evidentemente da disponibilidade de potenciais habitats nos vários biótopos. Com o fim de estabelecer a importância da biodiversidade dos biótopos na área de estudo, elaborou-se a Tabela 5-15 como estimativa da preferência das espécies de fauna para determinados habitats. Na base da Tabela 5-15, tanto os biótipos da Floresta e do Bosque suportam potencialmente a mais diversificada gama de conjuntos de fauna terrestre (362 e 363 espécies). O segundo lugar mais alto ocorre nas Terras Húmidas Costeiras com 156 espécies, seguido do Rio Govuro e Planície de Inundação (143 espécies). Tabela 5-14: Sumário dos grupos de fauna por habitat. Mosaico de Florestas e Mistura de Biótopo Bosques de Florestas e JulbernardiaBosques Brachystegia 7 7 Rãs 51 51 Répteis 215 213 Aves 89 92 Mamíferos 362 363 Totais Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 29 7 74 33 143 29 7 92 28 156 % do total 79% 79% 31% 34% Espécies da Lista Vermelha 13 13 4 5 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 45 FAUNA TERRESTRE 5.3.6 5.3.6.1 Discussão Os tipos de vegetação e conjuntos de fauna associada Mosaico de Floresta e Bosque A maior parte da área de estudo consiste num mosaico de florestas e bosques (Mistura de Florestas e Bosques; Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia), com o Rio Govuro correndo pela área, praticamente separando os dois tipos de floresta. A Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia a leste do Rio Govuro partilham muitas das características comuns com a Mistura de Florestas e Bosques, em relação à estrutura e função dos seus habitats fundamentais. Figura 5-2: Floresta de Julbernardia-Brachystegia – floresta aberta com fragmentos de bosques mais densos. Figura 5-3: Floresta Mista com o bosque mais denso sobre morros de muchém. As áreas de floresta mais aberta destes dois tipos de vegetação irão atrair fauna de floresta que prefere arbustos dispersos e árvores de médio porte, com gramíneas e outras plantas floridas (estrato herbáceo) em solos arenosos entre elas. Há muito pouca diferença entre os conjuntos de fauna que usam este componente nos dois tipos diferentes de vegetação da floresta (compare os Anexos A a D). A Mistura de Florestas e Bosques oferece um potencial habitat para 7 espécies de rãs, 51 de répteis, 213 de aves e 92 de mamíferos, treze das são espécies da Lista Vermelha. De forma semelhante, as Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia tem um potencial habitat para 7 espécies de rãs, 51 de répteis, 215 de aves e 89 de mamíferos, treze das quais são espécies da Lista Vermelha. Os bosques nos dois tipos de vegetação de floresta diferem de algum modo um do outro. No tipo de vegetação da Floresta Mista uma grande percentagem dos bosques ocorre nos morros de muchém. Estes morros de muchém formam a base para o bosque, como o solo é rico em nutrientes, criando um meio de crescimento favorável para as grandes árvores, trepadeiras lenhosas e um estrato arbustivo denso. Para além da “floresta” densa que os bosques nos morros de muchém oferecem, os próprios morros de muchém oferecem um habitat na forma dum morro no qual há buracos e túneis, especialmente quando já não estão ocupados por térmites. Também ocorrem outros bosques no tipo de vegetação da Floresta Mista, com uma estrutura semelhante à dos bosques existentes na Floresta de Julbernardia-Brachystegia, mas cobrindo tipicamente maiores áreas que os bosques dos morros de muchém, alguns dos quais bastante grandes e mais que 100 m x 100m. Embora são semelhantes aos bosques dos morros de muchém, eles encontram-se em solos arenosos, e têm um sub-bosque aberto e uma copa fechada, enquanto o sub-bosque do bosque dos morros de muchém está tipicamente cheio de arbustos e plantas floridas não ervas, e o solo é mais argiloso devido à presença do morro de muchém. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 46 FAUNA TERRESTRE Enquanto há pequenas diferenças entre os conjuntos de fauna que usam os dois tipos de bosque, principalmente devido à preferência de algumas espécies para solos e densidades de vegetação específicas, ambos oferecem fragmentos de folhagem densa que são exigidos por várias espécies de animais reservados como habitat principal. Há 28 espécies que têm estas preferências para habitats densos (veja os Anexos A a D). Embora outras espécies de floresta podem também ocorrer nestes sub-habitats, um determinado conjunto de animais especificamente escolhe os biótopos de floresta devido à presença de bosques como habitat para o seu abrigo, alimentação e procriação. A Tabela 5-16 apresenta a lista destas espécies de bosques. Tabela 5-15: Fauna que precisa dum habitat de bosque para a sua sobrevivência (espécies da Lista Vermelha a vermelho) Grupo Répteis Aves Mamíferos Espécies Cobra-da-floresta (Naja melanoleuca) Mamba-verde (Dendroaspis angusticeps) Bocarra (Smithornis capensis) Touraco de Krysna (Tauraco corythaix) Touraco-de-crista-violeta (Tauraco porphyreolophus) Coruja-da-floresta (Strix woodfordii) Republicano (Apaloderma narina) Drongo-de-cauda-quadrada (Dicrurus ludwigii) Pisco do Natal (Cossypha natalensis) Rouxinol-do-mato-de-bigodes (Erythropygia quadrivirgata) Pisco do Natal (Cossypha natalensis) Felosa-palustre (Acrocephalus palustris) Apalis de Rudd (Apalis ruddi) Felosa-de-dorso-verde (Camaroptera brachyura) Felosa-de-dorso-cinzento (Camaroptera brevicaudata) Papa-moscas do Paraíso (Terpsiphone viridis) Papa-moscas-rabo-de-leque (Myioparus plumbeus) Picanço-quadricolor (Chlorophoneus quadricolor) Pintadinha-de-peito-rosado (Hypargos margaritatus) Beija-flor-de-garganta-azul (Anthreptes reichenowi) Jagra-gigante (Otolemur crassicaudatus) Jagra de Grant (Galagoides granti) Changane (Neotragus moschatus) Cabrito-vermelho (Cephalophus natalensis) Esquilo-do-sol (Heliosciurus mutabilis) Esquilo-vermelho-da-floresta (Paraxerus palliatus) Rato-Moçambicano-da-floresta (Grammomys cometes) Musaranho-elefante-de-quatro-dedos (Petrodromus tetradactylus tetradactylus) O conjunto da fauna dos bosques é também o grupo que frequenta as Florestas Costeiras e de Dunas, sendo ambos habitats com uma vegetação lenhosa densa e copas fechadas. Embora as florestas são o habitat preferido da Quase ameaçada águia-coroada (Stephanoaetus coronatus), esta ave voa para longe destas áreas para caçar. A Quase ameaçada beija-flor-de-garganta-azul (Anthreptes reichenowi) ocorre na cobertura profunda da vegetação e irá afastar-se, se o habitat de bosque for comprometido. Floresta e Floresta Mista A Floresta de Julbernardia-Brachystegia e a Floresta Mista (excluindo os bosques) oferecem um habitat para as espécies típicas dos bosques num substrato arenoso. Os dois tipos de vegetação dos bosques são muito semelhantes em termos de estrutura e função, sendo a diferença principal que a Floresta de Julbernardia-Brachystegia tende a ser a mais aberta. A maioria das espécies da Lista Vermelha (Anexo E) prefere o habitat de bosque aberto parecido com a savana, o que é reforçado pelos fragmentos de bosque (albergam a presa, oferecem poleiros, dão sombra). A fauna de savana constante da Lista Vermelha inclui dois abutres, o abutre-real (Torgos tracheliotus) e o Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 47 FAUNA TERRESTRE abutre-de-cabeça-branca (Trigonoceps occipitalis), e as aves de rapina, que incluem a águia-sem-rabo (Terathopius ecaudatus), o tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus), a águia-belicosa (Polemaetus bellicosus), a águia-coroada (Stephanoaetus coronatus) e o falcão-sombrio (Falco concolor). O rolieiroeuropeu (Coracias garrulus) também prefere as áreas mais abertas com árvores para empoleirar-se, enquanto o secretário (Sagittarius serpentarius) caça nas áreas com ervas entre as árvores. Não há muitas espécies de mamíferos constantes da Lista Vermelha nas florestas da área, e são apenas o morcego-focinho-de-folha-estriado (Hipposideros vittatus) e o esquivo leopardo (Panthera pardus) que provavelmente ocorrem em pequenos números nas partes mais densas, mais isoladas da área de estudo. Foi observado um bando de babuínos na área de estudo num fragmento denso, isolado de floresta não transformada na Floresta de Julbernardia-Brachystegia perto da costa, o que constitui um avistamento raro para a zona de Inhassoro. Também está claro que a densidade das espécies de animais de caça de pequeno porte é maior na parte oriental da Área de Estudo, em direcção à costa que no resto deste tipo de vegetação particular. Terras Húmidas e Planície de Inundação do Rio Govuro O Rio Govuro e a sua planície de inundação é a maior terra húmida na área e a maioria da fauna a ser encontrada nas outras terras húmidas ocorrerá também aqui, excepto certas espécies de mangal. As espécies de fauna incluem 29 espécies de rãs, 7 de répteis, 74 de aves e 33 de mamíferos, que serão capazes de sobreviver neste habitat de terra húmida. Provavelmente ocorrem aqui quatro espécies da Lista Vermelha. Espera-se que ocorra o único réptil da Lista Vermelha, a tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum). Movimentando-se entre habitats, as aves de rapina da Lista Vermelha, o tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus) e o falcãosombrio (Falco concolor), também usam todas as diferentes áreas de terra húmida. O estatuto do hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) no rio é incerto, mas uma actualização recente do seu estatuto diz (UICN, 2014): “Apesar da guerra civil nos anos 80 e 90, um número surpreendente de hipopótamos-comuns parece ter sobrevivido em Moçambique. A espécie ainda se encontra amplamente distribuída e ocorre na maioria dos sistemas fluviais. Existem ameaças às espécies através do conflito entre o homem e a fauna bravia devido à invasão das culturas.” Lagoas Barreiras, Linha de Drenagem Efémera e Rios Costeiros As Lagoas Barreiras, Linha de Drenagem Efémera e Rios Costeiros são todos terras húmidas com diferentes aspectos de habitat. Estes habitats sensíveis foram combinados sob a designação ‘terras húmidas’, devido ao facto que inicialmente, quando o projecto foi proposto, não foram todos considerados. O levantamento de verão mostrou que pode haver uma razão de separá-los com respeito aos habitats da fauna, mas isto será confirmado no levantamento de inverno. Na base da análise da época de verão, os biótopos das terras húmidas tinham habitats adequados para 29 espécies de rãs, 7 de répteis, 92 de aves e 28 de mamíferos. Espera-se que ocorram 5 espécies da Lista Vermelha, incluindo a tartaruga de carapaça ondulada do Zambeze (Cycloderma frenatum), bem como as aves de rapina o tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus) e o falcão-sombrio (Falco concolor). Há uma possibilidade razoável que o Quase Ameaçado flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) visite estas terras húmidas, especialmente as Lagoas Barreiras (Harrison, et al, 1997). O estatuto do hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) na área é incerto, embora exista bom habitat para a espécie nas terras húmidas. Embora os mangais não tenham sido incluídos nos levantamentos intensivos, está claro que este biótopo encontra-se ligado em termos funcionais à área de estudo. A Figura 5-4 mostra a área de mangal principal e os Rios Costeiros na terra. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 48 FAUNA TERRESTRE Figura 5-4: A área de mangal principal e os Rios Costeiros em terra. É evidente que os Rios Costeiros em terra tiveram uma influência na extensão do mangal principal na área por fornecer sedimento e nutrientes à área costeira durante séculos. A maioria dos rios costeiros na área de estudo está em condições prístinas ou quase prístinas e o seu estatuto ecológico tem provavelmente uma influência directa na integridade ecológica dos mangais a jusante. Assim, os rios costeiros também têm um estatuto funcional elevado, visto que desempenham um papel crucial na manutenção das grandes comunidades das florestas de mangal, ricas em espécies, dentro dos seus estuários, que representam as maiores florestas de mangal que persistem ao longo duma extensão de aproximadamente 90km da orla costeira (De Castro e Retief, 2014). Para além dos grandes lodaçais com milhares de aves pernaltas da água doce e marinha que se alimentam aqui, a água mais profunda dos mangais constitui um habitat favorável para o mamífero marinho da Lista Vermelha, o dugongo (Dugong dugong). Este mamífero vive nas águas rasas a profundidades de cerca de 10 metros. As áreas pouco profundas que estão situadas nas baías protegidas, nos canais de mangal largos e nas áreas abrigadas ao longo da costa adjacente à área de estudo, são o principal habitat para estas espécies ameaçadas. 5.3.7 Impacto Humano na ecologia local As áreas florestais são usadas pelos habitantes locais que vivem no distrito. Foram modificadas grandes áreas por estes habitantes e as suas estratégias de sobrevivência. A maioria depende dos recursos naturais para a sua subsistência. Pratica-se amplamente a agricultura de subsistência e apenas se vendem produtos quando as famílias têm excedentes de produção. São comuns as actividades de ‘derruba e queima’, o que envolve a remoção da vegetação indígena para abrir caminho ao cultivo, manter pastagens para o gado, ou para afugentar os animais de caça para posições onde podem ser caçados facilmente. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 49 FAUNA TERRESTRE A vegetação secundária das áreas anteriormente cultivadas é caracterizada por espécies pioneiras e outras espécies indicativas de perturbação. Nas fases mais avançadas da sucessão secundária, a vegetação herbácea é gradualmente substituída por árvores e arbustos e a vegetação secundária começa a ficar parecida com a vegetação clímax circundante. Figura 5-5: O desbravamento da Floresta de Julbernardia-Brachystegia para o estabelecimento de campos agrícolas. Figura 5-6: O desbravamento da Mistura de Florestas e Bosques para o estabelecimento de campos agrícolas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 50 FAUNA TERRESTRE Com o fim de sobreviver, os habitantes locais usam todos os serviços oferecidos pelo ambiente natural, e a prática da caça e colocação de armadilhas encontra-se muito espalhada em toda a área (Fotografia 5-19 a 5-21). São também usados em grande escala produtos vegetais, e as árvores que são abatidas como combustível e vendidas como lenha (Fotografia 5-22), juntamente com a produção de carvão vegetal, impõem um pesado tributo ao ambiente, especialmente em redor das vilas e cidades. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 51 FAUNA TERRESTRE Fotografia 5-19: Um caçador com a sua arma Fotografia 5-20: Uma armadilha de tronco para animais regressando a casa com uma águia-dominó e de menor porte como o cabrito-cinzento, ratos das canas uma galinha-do-mato-de-crista. e aves de caça. Fotografia 5-21: Um outro caçador com uma arma volta Fotografia 5-22: Madeira apanhada na floresta de Miombo para casa com cinco antílopes africanos na sua bicicleta. para venda. 5.3.8 Áreas com menor impacto - “Habitats não transformados” A terra pode ficar menos adequada como habitat, mesmo se não é directamente convertida para outros usos. Quando acções como o desenvolvimento urbano, o desenvolvimento rural, a indústria e o desenvolvimento infra-estrutural repartem grandes sectores de terra em fragmentos, as parcelas não Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 52 FAUNA TERRESTRE desenvolvidas podem ser demasiado pequenas ou isoladas para dar suporte a populações viáveis de espécies que prosperaram nos ecossistemas maiores. Este processo, que se chama fragmentação do habitat, reduz a biodiversidade por: Dividir as populações em grupos menores, que podem ser menos viáveis porque é mais difícil para os exemplares isolados dentro dos grupos defender-se ou encontrar parceiros; Aumentar a acumulação de exemplares e a competição dentro dos fragmentos; Reduzir a zona de procura de alimentos das espécies e o acesso às fontes de presas e de água; Aumentar atritos entre animais e homens como os animais andam por áreas desenvolvidas. Com o fim de estabelecer zonas de habitats intactos para a fauna identificada na área de estudo, foi usada uma imagem aérea da Google Earth para traçar polígonos de áreas com a) alta densidade populacional e desbravamento da vegetação de grandes extensões de terra para a agricultura, e b) densidade populacional moderada e desbravamento da vegetação moderada. As áreas não demarcadas foram depois classificadas como “Habitats não transformados” 1 a 4 (Figura 5-7). Nas áreas consideradas não transformadas, ocorrem provavelmente diversos níveis de utilização pela população local, mas está disponível habitat adequado para a maioria das espécies de animais esperadas. Estas áreas podem ser classificadas como se segue (Figura 5-7): Habitat Não Transformado 1: Rio Govuro e planície de inundação, Lagoas Barreiras Habitat Não Transformado 4: Rio Costeiro Habitat Não Transformado 2: Mistura de Florestas e Bosques Habitat Não Transformado 3: Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia, bem como Florestas Costeiras e de Dunas, Rios Costeiros e Mangais. O Habitat Não Transformado 1 que compreende o Rio Govuro, é fortemente usado ao longo das orlas onde a terra não se encontra inundada, mas a vasta planície de inundação e a grande área de afluxo previnem o assentamento e por isso grande parte da área não foi impactada, para além de pescadores de subsistência e colectores de caniço. Esta área também inclui algumas Lagoas Barreiras a leste do rio, e está suficientemente intacta para proporcionar habitat a toda a fauna esperada no tipo de terras húmidas. O Habitat Não Transformado 2 cobre aproximadamente metade do tipo de vegetação da Mistura de Florestas e Bosques na Área de Estudo, contendo este tipo de vegetação (Figura 5-7). Esta área é suficientemente grande e intacta para proporcionar habitat a toda a fauna esperada neste tipo de vegetação. O Habitat Não Transformado 3, que compreende aproximadamente um terço do Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia na área de estudo, também inclui Florestas Costeiras e de Dunas, Rios Costeiros e uma grande Floresta de Mangal na costa. A área é capaz de servir como habitat adequado para todas as espécies de animais que são esperadas de ocorrer no tipo de vegetação das Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia. Certas áreas de florestas ainda são tão intactas que são abundantes aqui mamíferos de maior porte, incluindo o único bando de babuínos na região. As terras húmidas neste Habitat Não Transformado 3 proporcionam um habitat excelente para 29 espécies de rãs, 7 de répteis, 92 de aves e 28 de mamíferos. Poderão ocorrer aqui 5 espécies constantes da Lista Vermelha, nas áreas de mangal incluindo o vulnerável dugongo (Dugong dugong). O menor Habitat Não Transformado 4 inclui um Rio Costeiro com habitats intactos, prístinos. A combinação de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia e os diferentes tipos de terras húmidas a leste aumenta o número de espécies de animais, como ocorrem espécies das florestas e terras húmidas na mesma secção de Habitat Não Transformado. A combinação favorável de florestas e bosques não transformados e vários tipos de terra húmida resulta num grande conjunto de fauna esperada de 29 espécies de rãs, 56 de répteis, 275 de aves e 99 de mamíferos, praticamente todas as espécies esperadas em toda a área de estudo. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 53 FAUNA TERRESTRE Figura 5-7: Áreas com densidade populacional mais baixa que não são extensivamente usadas, demarcadas em quatro zonas de “Habitats Não Transformados” Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 54 FAUNA TERRESTRE 6.0 6.1 IMPACTOS DO PROJECTO Impactos na Fase de Construção A fase de construção é mais considerado um período de tempo específico do que a consequência de acções relacionadas com a construção. Por este motivo, os impactos da construção terminam quando a fase de construção termina e mesmo se houver efeitos residuais posteriores, estes são considerados serem impactos da fase operacional. 6.1.1 6.1.1.1 Impacto dos poços e linhas de fluxo Impacto de Perda de Habitat Dos 19 poços de petróleo e gás, 15 serão em áreas de poços novas, cada uma cobrindo uma área de 1 ha. Para a construção das linhas de fluxo, serão construídos 88,8 km dum total de 111,1 km, adjacente às estradas de acesso existentes (Figura 6-1). Ao longo destas estradas, a área necessária para o desbravamento do mato será limitada a uma faixa adicional estreita para acomodar a linha de fluxo, provavelmente não mais que numa largura de 10 m. Figura 6-1: Linhas de Fluxo onde serão necessárias novas estradas de acesso Tomando em conta o que foi dito acima, estima-se que uma área total de aproximadamente 133,4 ha será perturbada pela construção das áreas de poços e linhas de fluxo, dos quais aproximadamente 98 ha serão de vegetação não transformada. As restantes áreas serão de cultivo existente ou recente. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 55 FAUNA TERRESTRE A avaliação do impacto sobre o habitat (remoção da vegetação) está relacionada com o valor do componente estrutural da vegetação como habitat para a fauna, e não considera a composição das espécies da vegetação removida. A composição das espécies e o estatuto ameaçado da vegetação são tratados no Estudo Especializado no 9, Diversidade Botânica e Habitats. A perda de habitat é mínima em relação à área total de habitats semelhantes na área de estudo e na região, representando uma pequena fracção de 1% de tais habitats disponíveis para a fauna. O levantamento de campo também mostrou que a estreita faixa de habitat perdido será facilmente atravessada pela fauna e não irá criar uma barreira que influencia a distribuição das espécies. Embora a área de habitat por baixo das novas estradas (22,3 ha) será permanentemente perdida, ou pelo menos perdida para a duração do projecto, o habitat afectado pelas novas linhas de fluxo irá recuperar para uma condição que é adequada para ser usado pela fauna. A gravidade do impacto directo dos poços e linhas de fluxo na fauna é por isso baixa e a significância do efeito directo geral duma redução da disponibilidade de habitat na ocorrência e diversidade da fauna é provavelmente baixa. 6.1.1.2 Impacto de Perturbação da Fauna (Barulho e Poeira) A construção irá envolver uma série de actividades perturbadoras incluindo trabalhos de terraplenagem, obras civis, perfuração, colocação de tubos, soldadura e testes. Os impactos relacionados com incómodos incluirão poeira, barulho e vibrações. Estes impactos podem causar impactos locais nas espécies por um curto período, mas não é provável que qualquer um destes efeitos resulte em mais que uma diminuição temporário das populações das espécies mais sensíveis aos incómodos (espécies de pequenos antílopes, aves de rapina e aves de nidificação) perto dos locais. Espera-se que estes animais irão restabelecer-se na área depois da conclusão do trabalho das equipas de construção. Na base do levantamento de campo, não foram identificados locais que são particularmente sensíveis a incómodos, como colónias de reprodução de morcegos, habitats proporcionando locais limitadas para o empoleiramento das aves, covas ou outros habitats que são altamente limitados e que, se não estão disponíveis à fauna bravia devido aos incómodos da construção, poderiam causar falhas de procriação. A maior parte da construção irá ocorrer em áreas onde já foram criados acessos e onde a fauna bravia está habituada à presença do homem. Dado a natureza de curto prazo das actividades (1-2 meses por poço e um período semelhante ao longo das secções da linha de fluxo), a significância não mitigada deste impacto é considerada ser baixa. Uma gestão cuidadosa das actividades de construção, como supressão de poeira nas estradas, iluminação direccionada nos acampamentos e outras medidas padrão de gestão de construções, para minimizar incómodos desnecessários, irão reduzir ainda mais a significância do impacto para níveis insignificantes. 6.1.1.3 Impacto da Poluição relacionada com a Construção As equipas de construção empregam uma série de materiais que poderão causar poluição se forem libertados no ambiente natural ou causar a produção de resíduos, que podem ser resíduos gerais, perigosos, ou problemáticos. Os resíduos perigosos são definidos como resíduos que poderão potencialmente, mesmo em concentrações baixas, ter efeitos adversos significativos na saúde pública e/ou no ambiente devido às suas características químicas e físicas inerentes, como propriedades tóxicas, inflamáveis, corrosivas, cancerígenas e outras (DWAF, 1994). Os resíduos problemáticos foram classificados para os fins desta avaliação como aqueles que não são necessariamente perigosos, mas que requerem uma gestão e disposição especiais. Os resíduos gerais são geralmente secos, e são adequados para incineração no local. Este tipo de resíduos não é considerado constituir uma ameaça à fauna. Nos locais de perfuração, os resíduos incluirão todas as três categorias - lixo doméstico geral, óleo/diesel usado, água de lavagem da plataforma de perfuração e água da chuva contaminada, amparas de perfuração, lamas de perfuração e aditivos, água de processo, óleo/diesel/fluidos hidráulicos usados, ácidos/tensioactivos/solventes para limpeza, baterias, pesticidas e tinta. O acabamento dum poço também envolve a ignição de fluidos do poço numa cova de queima na área de poço. Ao longo das linhas de fluxo os resíduos incluirão lixo doméstico, possivelmente alguns óleos e lubrificantes usados, resíduos de soldadura, aparas dos calços dos tubos e resíduos de embalagens (papel, cartão, madeira). Durante o comissionamento das linhas de fluxo, será produzida água do teste hidráulico, provavelmente contendo inibidores de corrosão e biocidas, podendo ser ambos tóxicos e causar a mortalidade de fauna aquática se forem libertados no ambiente natural. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 56 FAUNA TERRESTRE Todas as substâncias e resíduos perigosos usados durante a construção serão geridos segundo os requisitos padrão para a gestão da construção de novas instalações da Sasol, que são incluídos nos PGA’s para a Construção dos poços e linhas de fluxo (SPT, 2006: SPT, 2006a) Os requisitos de gestão dos materiais e resíduos perigosos nestes PGA’s são desenhados no sentido de minimizar a significância do impacto da construção para níveis baixos. Eles também foram cuidadosamente revistos para os fins do presente EIA. Informações a este respeito constam do Estudo Especializado no 8, Resíduos. Ao longo dos últimos 10 anos, a Sasol tem estado amplamente envolvida na construção de estradas de acesso, poços de pesquisa e linhas de fluxo, tanto dentro como fora da Área de Influência Directa do presente projecto. A evidência ao longo desta infra-estrutura confirma a conclusão que os PGA’s para a Construção têm proporcionado instrumentos de gestão apropriados para minimizar os riscos de poluição – não foi encontrada evidência de impacto de poluição a médio ou longo prazo significativo nas populações da fauna que resultou da poluição causada por campanhas anteriores de construção ou perfuração. Não foi observada qualquer poluição residual em qualquer parte nas áreas onde a Sasol tem sido activamente engajada em pesquisas e na produção. Assim, sujeito à implementação dos requisitos dos PGA’s para a construção, como alterados pelo presente estudo, o risco do impacto da construção relacionado com a poluição nas populações de fauna circundantes é considerado ser de baixa significância (presunção de significância moderada na ausência de mitigação, que consiste nas medidas apresentadas nos PGA’s para a construção, como alterados pelo presente estudo). Observa-se que esta avaliação não inclui os potenciais impactos associados com um acidente grave, onde grandes quantidades de petróleo são perdidas devido a uma erupção durante a construção dum poço. Este potencial impacto é tratado numa outra parte nas avaliações do risco do derramamento de petróleo (Estudos Especializados nos 7 e 8). 6.1.1.4 Impacto da Caça e Perseguição A presença de equipas de construção é uma causa possível da mortalidade de fauna bravia, principalmente a medida que as equipas não são apropriadamente geridas e o pessoal da construção ou caça os animais selvagens para comida ou venda, ou persegue-os. O último caso aplica-se particularmente aos répteis, que são mortos pelo pessoal no local, a não ser que se promovam e imponham medidas específicas para prevenir isto através da PGA para a construção. Em todos os locais, o desbravamento do mato pode expor aqueles animais selvagens que tendem a esconder-se ao invés de fugir, e neste caso os animais são muitas vezes mortos, ou pelos buldózeres ou, se são perigosos, pelas próprias equipas de construção. A perda mais significativa e mais provável destes animais, seria provavelmente o pitão (Python natalensis), que é uma espécie protegida. Durante a construção do Gasoduto Moçambique - Secunda (MSP) foram registados casos de morte bem como de salvamento de pitões, juntamente com outras espécies de répteis como a cobra-cuspideira (Naja mossambica) e a cobra-da-floresta (Naja melanoleuca) (comunicação pessoal, Mark Wood, Março de 2014). A caça ou captura em armadilhas de animais selvagens está geralmente intimamente relacionada com a presença de acampamentos de construção. A sua ocorrência é menos provável quando o pessoal é trazido para o local todos os dias. No presente caso, não serão estabelecidos novos acampamentos de construção porque a Sasol planeia alojar a maioria dos trabalhadores de construção na CPF. Este acampamento está sendo muito fortemente controlado e a decisão de usá-lo para fins de construção irá minimizar o risco para a fauna bravia. A Sasol também incitou o seu pessoal de não matar cobras, cuja ocorrência é comum na CPF, e alguns trabalhadores foram treinados para capturá-las, e libertá-las mais tarde novamente na natureza. Estes trabalhadores poderiam ser usados para apoiar o salvamento de qualquer fauna bravia presa nas valas ou exposta em consequência do desbravamento do mato, ou poderiam ajudar na formação do pessoal contratado para fazer o mesmo. Do ponto de vista das populações, estes impactos têm pouca significância sem mitigação, dado que é improvável estarem envolvidas espécies da Lista Vermelha (nenhuma foi encontrada durante o levantamentos de campo), mas não obstante justificam uma gestão para minimizar mortes de todas as espécies, na medida do razoavelmente possível. Considera-se a significância do impacto não mitigado ser moderada. O actual PGA-c da Sasol proíbe a caça ou perseguição de animais selvagens. Sujeito à aplicação dos requisitos do PGA e a educação permanente do pessoal durante a vigência do contrato sobre a conservação da fauna bravia, o potencial impacto sobre a fauna bravia deve ser insignificante. Observa-se particularmente que os esforços para criar uma cultura de compreensão e interesse na conservação da Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 57 FAUNA TERRESTRE fauna bravia no seio do pessoal do projecto provaram ser altamente eficazes no projecto do MSP, resultando no salvamento de muitos animais que de outro modo seriam mortos. Fotografia 6-1: Pitão morto por trabalhadores da Fotografia 6-2: Caçador com dois cabritos-vermelhos construção ao longo do Gasoduto Moçambique - Secunda 6.1.1.5 Impacto de Matanças na Estrada e nas Valas Abertas Em contractos de construção anteriores da Sasol foram registadas mortes ocasionais de animais selvagens em consequência de colisões com veículos. Não são contudo comuns e é improvável serem significantes na Área de Estudo, desde que se apliquem os limites de velocidade. No caso das linhas de fluxo, há também um possível risco para os pequenos mamíferos, rãs e répteis de serem presos na vala aberta. Foram registados muitos casos de animais presas nas valas da linha de fluxo nos projectos de oleodutos/gasodutos anteriores da Sasol em Moçambique. A nível das populações, a significância destes impactos é baixa, mas eles justificam uma mitigação visto que são causadas mortes desnecessárias que facilmente podem ser evitadas. O actual PGA-c da Sasol não menciona matanças nas valas e o requisito de preservar a fauna bravia deve ser alargado no sentido de fazer referência à libertação de animais presas nas valas das linhas de fluxo. 6.1.1.6 Impacto de Queimadas Há um risco aumentado de queimadas em consequência da presença do pessoal de construção na área de estudo. A sua probabilidade está principalmente relacionada com a gestão do fumo. O efeito de queimadas pode ir muito além dos limites do local e na altura errada do ano pode ter um impacto sério na disponibilidade de habitat para as espécies da fauna bravia, causando mortes devido à fome. A maioria das espécies está habituada às queimadas naturais e as populações não são significativamente afectadas por mortes individuais, mas queimadas repetidas e na altura do ano errada podem ter um impacto sobre os animais lentos (tartarugas, camaleões, cobras, etc.) e na capacidade de pastagem da cobertura vegetal da terra, com impacto sobre os herbívoros. A significância do risco para a fauna bravia causado por queimadas é moderada e pode ser reduzido para baixa ou insignificante desde que se educam as equipas contratadas a este respeito e se colocam uma restrição nas áreas nas quais o fumo é permitido. Estes requisitos já estão incluídos no PGA para a Construção da Sasol existente. Uma comunicação pessoal do Gestor Ambiental responsável por grande parte das obras de construção passadas a leste do Rio Govuro diz que o PGA-c tem sido eficaz a este respeito e que não foram registadas quaisquer queimadas em consequência de acções dos trabalhadores de construção durante quaisquer contractos de construção nesta área (comunicação pessoal de M. Cosijn, Fevereiro de 2014). Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 58 FAUNA TERRESTRE 6.1.1.7 Impacto sobre a Fauna da Lista Vermelha e nos Habitats Sensíveis Não foram encontradas espécies de fauna terrestre da Lista Vermelha nos levantamentos de campo para o projecto. Embora se espera a ocorrência de fauna constante da Lista Vermelha na Área de Estudo, como descrito no Capítulo 5, não há locais conhecidos de espécies da Lista Vermelha na Área de Estudo que serão impactadas pelo projecto e que iriam justificar uma mudança na localização dos poços, linhas de fluxo ou estradas de acesso. Visto que grande parte da infra-estrutura de estradas proposta já existe, o impacto adicional das linhas de fluxo e poços adjacentes será relativamente menor e é muito improvável que a construção irá impactar directamente nas espécies da Lista Vermelha. No que se refere aos habitats sensíveis, a significância do impacto directo das estradas, poços e linhas de fluxo do APP propostos será baixa, com excepção de algumas áreas localizadas, como aglomerados de grandes árvores em redor de morros de muchém e fragmentos de floresta densa remanescentes, que criam microambientes que são habitats ricos em espécies de fauna. A Tabela 6-4 define as áreas (veja também Estudo Especializado no 9). Enquanto os impactos directos relacionados com a construção na fauna nestas áreas irá envolver uma pegada bastante pequena, irá causar impactos de significância moderada (veja os impactos indirectos na Secção 6.3.2.) Tabela 6-1: Proximidade dos Poços e Linhas de Fluxo propostas dos Habitats Sensíveis Infra-estrutura do Projecto Habitat Sensível T-G8PX-2 Pegada do poço dentro duma floresta fechada baixa não transformada T-G8-PX5 Poço localizado num boque baixo e fragmentos de floresta não transformada T-G8PX-3 Poço localizado num bosque baixo denso e um fragmento de floresta alta num morro de muchém I-G6PX-5 Poço localizado numa floresta fechada e bosque baixo não transformado I-G6PX-6 Localizado numa floresta fechada baixa e bosque baixo denso primários dentro de 630 m da costa I-G6PX-1 Localizado num bosque baixo não transformado dentro de 150 m dum rio costeiro curto IMS Localizado num bosque primário. 6.1.2 6.1.2.1 A Planta dos Líquidos e GPL do APP e o 5º Trem de Gás Impacto da Perda de Habitat nas Populações de Fauna e Espécies da Lista Vermelha Embora as instalações da CPF serão expandidas para proporcionar a necessária capacidade de processamento adicional, o novo equipamento para o 5º trem de gás (e Planta de GPL ‘independente’, se for construída) será localizado dentro dos limites da vedação da CPF existente e não irá causar perda de habitat. A Planta dos Líquidos do APP é proposta imediatamente adjacente à CPF, no limite oriental, e irá causar a perda de aproximadamente 9,5 ha duma Mistura de Florestas e Bosques. Não há habitats sensíveis nesta área, que se situa directamente adjacente à CPF existente e fica encaixada entre o limite da CPF, a central eléctrica da EDM e duas estradas de acesso. Não foram identificadas, ou são esperadas que ocorram, espécies ameaçadas. Em relação às espécies mais solitárias, a área é impactada pela sua proximidade das instalações industriais existentes e um assentamento rural denso a leste. A localização da nova planta é por isso ideal do ponto de vista de minimizar o impacto sobre a fauna. A gravidade das prováveis perdas de fauna, como consequência do desbravamento deste habitat, será menor e o impacto é considerado ser de baixa significância. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 59 FAUNA TERRESTRE 6.1.2.2 Impacto da Perturbação, Caça e Perseguição da Fauna As grandes equipas de construção trabalhando no local e alojadas na CPF irão aumentar a presença humana na área local. Isto pode levar as espécies mais sensíveis a se afastarem até à conclusão da construção. Na ausência de riscos para o êxito da procriação das espécies da Lista Vermelha, esta questão é insignificante. As actividades de construção estarão devidamente limitadas, ficando dentro da área vedada da pegada da nova planta. O alojamento do pessoal ficará dentro da área vedada existente do empreiteiro. Pressupondo uma formação inicial dos trabalhadores da construção em relação à preservação da fauna e o controlo de actividades como a colocação de armadilhas, é improvável que as equipas de construção terão um impacto significativo na fauna em redor da CPF e o impacto mitigado será insignificante. 6.1.2.3 Impacto da Poluição relacionada com a Construção Refere-se à avaliação na Secção 6.2.1.3. A construção na CPF é gerida por um PGA-c separado que é semelhante em termos de propósito e conteúdo aos Planos de Gestão Ambiental que controlam os impactos nos locais de perfuração e ao longo das estradas de acesso e linhas de fluxo. Sujeito a uma gestão apropriada dos materiais e resíduos perigosos, como apresentado no PGA-c existente, os riscos da poluição para as populações de fauna circundantes serão provavelmente insignificantes. Sujeito à implementação dos PGA-c, espera-se por isso que o impacto da poluição relacionada com a construção da nova planta na fauna circundante será insignificante. 6.2 Impactos na Fase Operacional 6.2.1 Impacto dos Poços e Linhas de Fluxo 6.2.1.1 Impacto das Operações em Curso Os poços e linhas de fluxo operam de dia para dia com pouca necessidade de manutenção. Cada poço em operação está circundado por uma vedação de segurança e está protegido por um guarda (Fotografia 6-3). Os poços em operação não produzem barulho significativo e não têm impacto material na fauna na área circundante. Evidência ao longo das linhas de fluxo existentes mostra que o restabelecimento é bom, deixando apenas a estrada de acesso de terra batida como perturbação permanente (Fotografia 6-4). O tráfego pouco frequente ao longo destas estradas significa que o risco de mortes de animais é extremamente baixo, e as estradas não constituem um impedimento ao movimento dos animais, incluindo os invertebrados de pequeno porte. É improvável que a presença esporádica duma viatura e duma pequena equipa de manutenção ao longo das linhas de fluxo e nos locais de poços tenha qualquer impacto directo significativo na ocorrência da fauna. Não foram registados impactos na fauna nos relatórios do OAL para a CPF ao longo dos últimos 10 anos e é improvável que esta situação muda em consequência das instalações de produção. Fotografia 6-3: Guardas na área de poço T-9 Fotografia 6-4: Reabilitação ao longo duma linha de fluxo enterrado dum poço de Temane para a CPF Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 60 FAUNA TERRESTRE 6.2.1.2 Impacto Indirecto causado pelo Acesso Melhorado O acesso melhorado incentiva o povoamento. As estradas oferecem um meio vital para a expansão da agricultura nas áreas que eram anteriormente demasiado remotas para serem trabalhadas. Isto resulta na perda de habitat e numa redução correspondente das populações de fauna bravia. Além disso, nas áreas onde novos acessos para o projecto penetram os habitats mais remotos (Figura 6-2), a fauna bravia tornase mais vulnerável à caça, e os animais de caça preferidos pelos caçadores locais ficam reduzidas. A Tabela 6-5 apresenta uma lista das espécies que são mais intensivamente caçadas, mas são mortos quase quaisquer animais que podem fornecer proteína, como se prova a águia-dominó morta por um caçador local de Inhassoro (veja a Fotografia 5-19). Onde existem boas estradas, isto não é uma questão significativa. Grande parte da Área de Estudo já é acessível, tomando em consideração a EN-1, a extensa rede de estradas para os poços de produção e de pesquisa da Sasol a leste e oeste do Rio Govuro e a estrada ao longo do Gasoduto Moçambique Secunda. Apenas 21 % dos 105,5km de estrada que o projecto necessita precisa de ser construído de raiz (veja a Figura 6-1), o que é uma indicação do geralmente bom acesso existente. Para a maior parte da área de estudo isto irá reduzir a significância do impacto indirecto dos acessos do projecto na fauna para níveis baixos. Contudo, restam algumas áreas que são relativamente remotas e onde a fauna bravia tem escapado à sobreexploração. Isto é particularmente o caso da parte oriental isolada do habitat crítico apresentado na Figura 6-2, que inclui as comunidades da Floresta Costeira e da Floresta de Dunas, o maior Rio Costeiro na área de estudo e os Mangais na foz do rio. A presença de babuínos da espécie de Papio ursinus (avistados) e do leopardo (reportado) nesta área entre Mangarelane 1 e Mapanzene durante os estudos de campo é indicativo da sensibilidade da área, visto que estas espécies são apenas encontradas em lugares que proporcionam uma protecção razoável da acção dos homens. A Tabela 6-5 descreve estas e outras espécies que são particularmente vulneráveis à caça e perseguição. Nesta parte da área de estudo, o novo acesso apresentado na Figura 6-1 irá causar um impacto indirecto a longo prazo na fauna terrestre e aquática, provavelmente com uma significância alta. A Tabela 6-6 descreve o tipo de actividades que o acesso melhorado a esta área irá incentivar. Tabela 6-2: Fauna selvagem vulnerável à caça Fauna Esperada na Área de Estudo Razão da Ameaça Crustáceos da água doce Caçados para comida (caranguejos e camarões). Peixe (todos os tipos) Usado como comida, seco, fumado ou fresco; as espécies mais pequenas são usadas como isca para apanhar peixes maiores. Rã-boi (Pyxicephalus edulis) Caçada para comida. Provavelmente a única espécie de rã usada localmente como comida. Tartarugas marinhas (visitam a costa para reproduzir-se) Caçadas para comida. Os ovos são desenterrados e comidos. Os cascos de tartaruga podem ser vendidos. Crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus) e pitão (Python natalensis) Perseguidos como animais daninhos. Às vezes são usadas as peles e a carne. Cobras (em geral) Perseguidas por medo. Tartarugas Caçadas para comida, apanhadas facilmente. Aves (especialmente patos, galinhas-domato, francolins, pombos) Caçadas para comida. Praticamente todas as espécies de aves (grandes e pequenas) são caçadas, geralmente através da colocação de armadilhas e o uso de caçadeiras. Abutres Usados como muti (remédio tradicional). Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 61 FAUNA TERRESTRE Fauna Esperada na Área de Estudo Razão da Ameaça Babuínos, macacos e jagras Caçados para comida. Babuínos e macacos são perseguidos por assaltar culturas e roubar comida. Leopardos (Panthera pardus) e servais (Felis serval) Perseguidos como animais daninhos por atacar gado. Às vezes são usadas as peles. Chacais Perseguidos como animais daninhos por atacar gado. Genetas, civetas e mangustos Perseguidos como animais daninhos por atacar gado. Às vezes são usadas as peles. Porcos-bravos (Potamochoerus porcus) e javalis-africanos (Phacochoerus aethiopicus) Caçados para comida. Hipopótamos-comuns (Hippopotamus amphibius) Caçados para comida e devido ao seu hábito de invadir as culturas Dugongos (Dugong dugong) Caçados para comida. Muitas vezes morrem afogados nas redes de pesca. Animais de caça de pequeno porte (p. ex.: o cabrito-cinzento, o antílope africano) Caçados e armadilhados para comida. Animais de caça de maior porte (p. ex.: antílopes como a inhala, a impala, o cudu, a imbabala e o chango). Caçados e armadilhados para comida. Pangolins (Manis temminckii) e ursosformigueiros (Orycteropus afer) Caçados para comida e como muti (remédio tradicional). Porcos-espinhos do Cabo (Hystrix africaeaustralis) e os ratos-grandes-dascanas (Thryonomys swinderianus) Caçados para comida. Pequenos roedores Caçados para comida em tempos de necessidade. Lebres-de-nuca-dourada (Lepus saxatilis) e os ratos-gigantes (Cricetomys gambiensis) Caçados para comida. Tabela 6-3: Acções relacionadas com o homem incentivadas pelo acesso e que podem impactar nas populações de fauna Questão Acções Específicas Mortes de animais Remoção ou mudança de habitat Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Caça de espécies de animais de caça; Caça de outras espécies para comida (roedores, aves e os seus ovos, mamíferos de pequeno porte); Perseguição de animais daninhos detectados; Perseguição de animais antipáticas (cobras, escorpiões, aranhas). Desbravamento de terras agrícolas; Recolha de madeira morta (lenha); Abate de árvores (material de construção, lenha, carvão vegetal); Abertura de bosques e remoção da cobertura necessária; Queima de grandes áreas de habitat natural (fora da época própria); 62 FAUNA TERRESTRE Perturbação dos animais Uso de morros de muchém como material de construção (barro); Perturbação da superfície do solo (lavoura, extracção de areia); Sobrepastoreio por gado bovino e caprino. Movimento de viaturas e pessoas; Ocupação permanente por aldeias; Luzes nocturnas (insectos) Barulho Figura 6-2: Habitat crítico suportando o Rio Costeiro Mapanzene 6.2.2 6.2.2.1 Impactos da Planta dos Líquidos e GPL do APP e do 5º Trem de Gás Incómodos, Poluição e outros Riscos O impacto da planta existente na fauna circundante é um modelo preciso daquilo que se pode esperar como consequência da planta operacional combinada. A planta existente tem pouco efeito na fauna na área circundante e não se espera que o acréscimo da Planta de Líquidos e GPL do APP irá mudar isso. Embora perceptível nas áreas em redor da planta, não se considera que o barulho constitui um impacto afectando Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 63 FAUNA TERRESTRE materialmente a ocorrência da fauna em redor do perímetro da planta. Enquanto as espécies mais solitárias podem ficar longe dos arredores imediatos da planta onde as actividades associadas com a planta são perceptíveis, em geral espera-se que o impacto directo da planta nas populações da fauna circundante será insignificante. Não são prováveis impactos na fauna circundante, nem da poluição do ar nem da poluição da água. A qualidade do ar continuará a satisfazer os padrões exigidos para a protecção da saúde humana fora dos limites da planta e por isso são improváveis efeitos negativos na fauna. Actualmente não há emissões de águas residuais tratadas da CPF fora do local e isto continuará o caso para a planta combinada. Por isso, espera-se que a significância do impacto da planta em operação na fauna será baixa, sujeito à implementação contínua do PGAo, como alterado. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 64 FAUNA TERRESTRE 7.0 MITIGAÇÃO E MONITORIZAÇÃO RECOMENDADAS Abaixo vêm descritas as recomendações para a mitigação e monitorização dos impactos na fauna terrestre identificada. Cumprir com os requisitos da CPF existente para minimizar os impactos Impacto de perda de nos habitats para além da pegada do projecto. habitat Impactos de perturbação (barulho e poeira) Cumprir com os requisitos da CPF existente para minimizar os impactos de barulho e poeira nos habitats. Impacto da poluição relacionada com a construção Impacto da caça e perseguição Cumprir com os requisitos do PGA-c existente para minimizar a probabilidade e as consequências de qualquer incidente relacionado com a poluição; Emendar o PGA-c para incluir um requisito adicional de realizar testes de rastreio de bioensaio como base para a libertação da água do teste hidráulico no ambiente. O actual PGA-c apenas faz uma afirmação geral em relação à gestão da poluição causada pela água dos testes hidráulicos. Nos testes de rastreio realizados para a construção do Gasoduto Moçambique - Secunda da Sasol, com peixe (Poecilia reticulata) e a pulga de água (Daphnia pulex) constatou-se que a água não podia ser libertada directamente no ambiente natural e que era necessária a sua contenção, seguida de evaporação ou diluição, para garantir que não houvesse letalidade de organismos aquáticos (Conselho Sul-africano de Pesquisas Científicas e Industriais - CSIR, 2003). Além disso, porque as águas afectadas por biocidas e inibidores de corrosão são consideradas ‘águas residuais industriais complexas’, das quais a análise química padrão da qualidade do efluente descreve a toxicidade inadequadamente, os bioensaios constituem a metodologia de ensaio apropriada. Cumprir com os requisitos do PGA-c existente para minimizar o risco de caça e perseguição dos animais selvagens Impacto de matanças na estrada e nas valas abertas Cumprir com os requisitos do PGA-c existente. Incluir requisitos de inspecções diárias para libertar animais que poderão ter caído na vala durante a noite. Impacto (directo) na Fauna da Lista Vermelha e nos Habitats Sensíveis Deslocar os poços e linhas de fluxo que estão situadas em microambientes que se encontram em habitats ricos em espécies de fauna, nomeadamente T-G8PX-2 (50 m), T-G8-PX5 (500 m), T-G8PX-3 (90 m), e I-G6PX-5 (60 m). Emendar o PGA-c existente para gerir os impactos em caso de se encontrar por acaso espécies da Lista Vermelha. A Sasol encontra-se no processo de preparação de cursos de formação, cobrindo todas as questões ambientais relacionadas com a operação da CPF. Estes cursos de formação irão incluir material didáctico sobre a conservação da fauna bravia para sensibilizar os trabalhadores e empreiteiros da Sasol. Deslocar os poços e linhas de fluxo que estão situadas no habitat crítico do principal rio costeiro na área de estudo, nomeadamente I-G6PX-1 (deslocar 750 m para o oeste) e I-G6PX-6 (deslocar 690 m para o oeste na área de poço existente I-6). A Figura 6-2 mostra a localização da área definida como de habitat crítico e a deslocação dos poços G6PX-1 e IG6PX-6. Consultar o Governo para determinar como todas as partes poderão cooperar no sentido de incentivar o uso sustentável do habitat crítico no futuro. Impacto de Incómodos e Perseguição Impacto (indirecto) do Acesso Melhorado Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 65 FAUNA TERRESTRE Monitorização dos Impactos Cumprir com os requisitos dos PGA-c e PGA-d existentes Alargar a monitorização de base do habitat definido como crítico para incluir trabalho de campo sazonal mais abrangente, que pode ser usado como base do planeamento futuro detalhado do uso sustentável da área. A Sasol deve assumir responsabilidade por esta monitorização inicial. Depois disso qualquer monitorização subsequente poderá ser determinada através de discussões entre as partes pertinentes. A monitorização deve incluir as Florestas Costeiras e de Dunas, o Rio Costeiro e os Mangais. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 66 FAUNA TERRESTRE 8.0 CLASSIFICAÇÃO DA SIGNIFICÂNCIA DOS IMPACTOS As Tabelas 8-1 a 8-4 apresentam a classificação dos impactos do projecto na fauna terrestre, com e sem mitigação, para a fase de construção bem como a fase operacional. Tabela 8-1: Matriz da avaliação dos impactos ambientais das estradas de acesso, linhas de fluxo e áreas de poço – fase de construção Significância Ambiental Significância PS Probabilidade Extensão Duração Gravidade Significância Extensão Duração Gravidade Impacto Potencial Depois da mitigação PS Probabilidade Antes da mitigação Perda de habitat 2 4 1 5 35 B 2 4 1 5 35 B Perturbação da fauna 2 2 2 3 18 B 2 2 1 2 10 D Poluição relacionada com a construção 8 2 2 4 48 M 2 2 1 2 10 D Caça e perseguição 6 2 2 5 50 M 2 2 2 1 6 D Acidentes rodoviários e outros 4 2 2 3 24 B 4 2 2 1 8 D Queimadas 7 2 3 4 48 M 7 2 3 2 24 B Fauna da Lista Vermelha e Habitats Sensíveis 6 4 2 4 48 M 4 4 2 2 20 B Tabela 8-2: Matriz da avaliação dos impactos ambientais da planta de Líquidos e do GLP do APP e o 5º Trem de Gás – fase de construção Significância Ambiental Significância Gravidade Duração Extensão Probabilidade 4 1 5 35 B 2 4 1 5 35 B Poluição relacionada com a construção 5 2 2 5 40 B 4 2 2 1 8 D Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 67 Significância Probabilidade 2 PS Extensão Perda de Habitat e Espécies da Lista Vermelha Impacto Potencial PS Duração Depois da mitigação Gravidade Antes da mitigação FAUNA TERRESTRE Tabela 8-3: Matriz da avaliação dos impactos ambientais das estradas de acesso, linhas de fluxo e áreas de poço – fase operacional Significância Ambiental Extensão Probabilidade Significância Gravidade Duração Extensão Probabilidade PS Significância 2 2 2 12 B 2 2 2 1 6 B Acessibilidade caça) aumentada (cultivo, 10 4 2 5 80 A 5 4 2 3 33 B PS Duração 2 Impacto Potencial Risco de poluição Depois da mitigação Gravidade Antes da mitigação Tabela 8-4: Matriz da avaliação dos impactos ambientais da planta de Líquidos e do GLP do APP e o 5º Trem de Gás – fase operacional Significância Ambiental Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 68 PS Significância 33 Probabilidade 3 Extensão 2 Duração Probabilidade 4 Gravidade Extensão Incómodos, poluição e outros riscos Significância Duração 5 Impacto Potencial Depois da mitigação PS Gravidade Antes da mitigação B 3 4 2 1 9 D FAUNA TERRESTRE 9.0 CONCLUSÕES A significância dos impactos na fauna terrestre na fase de construção será baixa a insignificante, sujeito à implementação dos requisitos dos PGA-c e PGA-d existentes, versão alterada. Os impactos na fase de construção ao longo dos poços e linhas de fluxo consistem principalmente no desbravamento das áreas, perturbação, riscos de poluição menores e as actividades das pessoas na área imediata da construção. O período de construção é relativamente curto e as áreas são pequenas e controladas. Grande parte das estradas de acesso, necessárias para apoiar a construção das linhas de fluxo, já existe. Os impactos podem ser mitigados com sucesso pela implementação dos PGA’s existentes com pequenas alterações, particularmente se houver ligeiros ajustamentos de alguns dos locais dos poços para evitar microambientes de alta biodiversidade. Durante a fase operacional, os impactos relacionados com perturbações serão menores. A principal preocupação será a acessibilidade aumentada facultada pelas novas estradas de acesso numa área de habitat crítico perto da costa, consistindo nas Florestas Costeiras e de Dunas, um Rio Costeiro e um grande Mangal. O acesso melhorado a áreas anteriormente remotas tem mostrado ter efeitos graves no habitat, o que, juntamente com uma pressão crescente dos caçadores devido à acessibilidade melhorada pode ter um efeito grave nas populações de fauna. Enquanto grande parte da Área de Estudo tem bom acesso existente, a área de habitat crítico está relativamente isolada e o acesso a dois dos novos poços irá aumentar significativamente o risco de impactos secundários nesta área. A significância do impacto não mitigado é considerado alto, mas sujeito à deslocação dos poços e outras acções necessárias para garantir que o habitat é protegido, a significância pode ser reduzida a baixa. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 69 FAUNA TERRESTRE 10.0 BIBLIOGRAFIA Alexander, G., Marais, J. 2007. A guide to the reptiles of southern Africa. Struik Publishers, Cape Town. 408 pp. BRANCH, B. 1998.Field guide to the snakes and other reptiles of Southern Africa. Struik Publishers, Cape Town.399 pp. Channing, A. 2001.Amphibians of central and southern Africa. Protea Bookhouse, Pretoria. Pp 470. De Castro & Brits. 2014. Sasol Petroleum Mozambique & Sasol Petroleum Temane Limitada. PSA Development and LPG Project. Environmental Impact Assessment. Specialist Study 9. Terrestre Flora and Wetlands. Authors De Castro. T. & Grobler. R. Du Preez, L. &Carruthers, V. 2009. A complete guide to the frogs of Southern Africa. Struik Nature, Cape Town. Harrison, J.A., Allan, D.G., Underhill, M., Herremans, M., Tree, A.J., Parker, V. & Brown, C.J. 1997. The atlas of Southern African Birds. Volume 1: Non-passerines. Avian Demography Unit. Birdlife SA. Pp 786. Harrison, J.A., Allan, D.G., Underhill, M., Herremans, M., Tree, A.J., Parker, V. & Brown, C.J. 1997. The atlas of Southern African Birds. Volume 2: Passerines. Avian Demography Unit. Birdlife SA. Pp 786. IUCN, 2010.IUCN Red List of Threatened Species. Website: www.iucn.org/redlist. Marais, J. 2004. A complete guide to the snakes of southern Africa. Struik Publishers, Cape Town.312 pp. Mark Wood Consultants. 2001. Sasol Natural Gas Project – Mozambique to South Africa: Environmental Impact study of a proposed natural gas field at Temane and Pande em Mozambique. Mark Wood Consultants. 2002. EIA 2002 - Seismic Exploration, Exploratory and Development drilling Temane and Pande. Mills, G,.Hes, L. 1997.The complete book of southern African mammals. Struik Publishers, Cape Town.356 pp. Monadjem, A., Taylor, PJ., Cotterill F.P.D., Schoeman, M.C. 2010. Bats of southern and central Africa: A biogeographic and taxonomic synthesis. Wits University Press. Pp. 596. Pomeroy, D. 1992. Counting birds: A guide to assessing numbers, biomass and diversity of Afrotropical birds. AWF technical Handbook Series: 6. Nairobi, Kenya. Pp 1-48. Ryder, R. A. 1986. Songbirds. In: Cooperrider, A.Y., Boyd, R.J. & Stuart, H.R., eds. 1986.Inventory and monitoring of wildlife habitat.U.S. Dept. Inter., Bur. Land. Manage. Service Center.Denver, Co. xviii, 858 pp. Schneider M.F., Buramuge, V.A., Aliasse L., Serfontein F. (2005) Checklist and centres of vertebrate diversity em Mozambique. Internet: www.fzi.uni-freiburg.de/VertebratesMOC/maps/diversity.pdf. SKINNER, J. D., SMITHERS, H. N. 1990. The mammals of the southern African subregion. University of Pretoria.771 pp. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 70 FAUNA TERRESTRE GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LIMITADA NUIT 400196265 Directores: RA Heath, G Michau e R Hounsome Golder, Golder Associates e a GA globe design são marcas registadas da Golder Associates Corporation. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 71 FAUNA TERRESTRE ANEXO A Rãs Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE RÃS: Habitat disponível, ocorrência esperada e presença observada de rãs durante o levantamento (Du Preez e Carruthers, 2009). Biótopos diferentes pesquisados: Tipos de Vegetação/Habitat: 1. Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia 2. Mistura de Florestas e Bosques 3. Rio Govuro e planície de inundação 4. Terras húmidas costeiras Na lista abaixo constam as rãs esperadas de ocorrer nos habitats naturais disponíveis da área de estudo (ver a tabela acima). As palavras em negrito indicam o habitat apropriado (habitat preferido) para cada espécie, e os itálicos sublinhados indicam o habitat inapropriado (a razão pela qual é improvável encontrar a rã nos biótopos abrangidos pelo levantamento). As células sombreadas indicam o biótopo que compreende o habitat preferido, e o número na célula dá o número de exemplares ou vestígios certos detectados durante os levantamentos. Espécies de rãs Habitat Preferido Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Família: Arthroleptidae Sapo-de-patas-de-pá do Norte (Arthroleptis stenodactylus) Fragmentos de floresta, leito de folhas de florestas ribeirinhas. Áreas arborizadas com leitos de folhas abundantes e solos arenosos. Florestas de dunas costeiras secas e florestas de acácias. Sapo-de-costas-castanhas (Leptopelis mossambicus) Reproduz-se em savana arborizada, florestas na areia e mangais na proximidade de correntes e depressões. Enterra-se no solo durante períodos de seca. 1 Família: Bufonidae Sapo-azeitona (Amietophrynus garmani) Vários tipos de vegetação de florestas no bioma de savana. Prefere áreas baixas bem arborizadas onde há relativamente muita chuva (acima de 600mm/ano). Reproduz-se em vleis (depressão sazonal intermitente periodicamente enchida com água), depressões e represas em savana aberta ou arborizada. Às vezes em braços mortos tranquilos de rios e poças ao longo de correntes pequenas de água lenta. A metamorfose dos girinos está completa depois de 64-91 dias. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies de rãs Sapo gutural (Amietophrynus gutturalis) Habitat Preferido Bioma de savana, prados e bosques: Reproduz-se em poças abertas pouco profundas, vleis, represas, rios, correntes ou outras águas mais ou menos permanentes. Comum em jardins suburbanos e terras agrícolas. Escava tocas em terra macia. A metamorfose dos girinos está completa depois de 5-6 semanas. Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 3 2 Família: Hemisotidae Sapo-marmóreo (Hemisus marmoratus) Savanas: ambientes semiáridos. Áreas pantanosas e em margens de rios arenosas em savana arborizada em toda a África Subsariana. Reproduz-se nas margens de depressões, charcos e poças isoladas que se formam nos leitos dos rios onde há bancos de lama expostos. Corpos de água temporários pouco profundos. Família: Hyperoliidae. Subfamília: Hyperoliinae Rela-sarapintada (Hyperolius marmoratus taeniatus) Estiva debaixo de pedras e troncos. A copa de árvores circundantes ou vegetação emergente. Locais de coaxo: canas e carriços emergentes, árvores, ervas, arbustos, vegetação flutuante. 4 Rela de Argus (Hyperolius argus) Prado arborizado costeiro, ao ou perto do nível do mar. Reproduz-se em depressões pouco profundas temporariamente enchidas de água ou depressões costeiras, favorecendo as com vegetação emergente ou flutuante. 2 Rela-dos-lírios (Hyperolius pusillus) Depressões abertas com ervas, lagoas, vleis e represas em savana aberta e prado; muitas vezes encontrada pousando em vegetação flutuante, como folhas de nenúfares. Reproduz-se em depressões e vleis, especialmente onde há nenúfares e outras plantas flutuantes. Os ovos são postos em ninhadas numa única camada entre folhas de nenúfares sobrepostas na superfície da água ou em aglomerados em redor de vegetação aquática. Rela-vermelho (Hyperolius tuberilinguis) Reproduz-se em canaviais na periferia de pântanos ou rios, ou vegetação densa em redor de depressões inundadas. Reproduz-se em águas moderadamente profundas com vegetação densa ao longo de rios ou em depressões, poças e represas em áreas baixas de savana; especialmente em florestas costeiras ou prados. Os ovos são postos folgadamente colados a canas ou pés de ervas acima da linha de água. Família: Hyperoliidae Subfamília: Kassininae Sapo de Senegal (Kassina senegalensis) Grande variedade de tipos de vegetação em biomas de savana e prados. Sapo-de-patas-vermelhas (Kassina maculata) Grande variedade de tipos de vegetação de florestas. Reprodução – depressões, vleis, pântanos, e represas com boa vegetação. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 6 1 FAUNA TERRESTRE Espécies de rãs Habitat Preferido Sapo-das-folhas-delicado (Afrixalus delicatus) Mato e prados costeiros tropicais e subtropicais, incluindo pântanos e florestas dos pântanos. Sapo-das-folhas-gigante (Afrixalus fornasinii) Grande variedade de habitats com vegetação densa nos pântanos costeiros, correntes e represas em florestas e prados. Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação 7 4 2 Terras húmidas costeiras Família: Breviceptidae Sapo-da-chuva (Breviceps adspersus) Bioma de savana: Habitats semiáridos com solos arenosos a franco-arenosos. Vegetação de floresta com um estrato inferior com ervas e um estrato superior distinto de plantas lenhosas. Sapo de Moçambique (Breviceps mossambicus) Encontrado numa variedade de habitats, incluindo florestas abertas ou prados. Solos rochosos rasos, bem drenados, ricos em húmus. Não necessita de água parada. Família: Microhylidae Sapo-de-duas-listas (Phrynomantis bifasciatus) Variedade de tipos de vegetação de florestas num bioma de savana. Ambientes semiáridos quentes (50-1450m). Reproduz-se em depressões e poças temporárias pouco profundas, ou prados inundados em savanas e acácias. Também pequenas represas pouco profundas. 3 Família: Pipidae Platana-trópical (Xenopus muelleri) Habitat de reprodução = habitat de não-reprodução. Grande variedade de corpos de água permanentes, incluindo depressões, lagunas e regiões tranquilas de rios nas terras baixas. Tolerante a altas temperaturas. Enterra-se em lama seca para estivar quando as poças secam. Família: Phrynoatrachidae Rã-dos-charcos-anã de Mababe (Phrynobatrachus mababiensis) Savana aberta a arborizada; menos frequentemente prados; altitudes altas e baixas. Precipitação no verão: 500-1000mm por ano. Os coaxos das margens da água bem escondidos pela vegetação. Rã-dos-charcos de África Oriental (Phrynobatrachus acridoides) Savanas, áreas arbustivas, prados e habitats costeiros secos e húmidos; tolera habitats transformados. Uma espécie oportunista que se reproduz em depressões, valas de beira de estrada, depressões, charcos, poças, pântanos e vleis inundados e com ervas. Os ovos são postos em torrões colados à vegetação imediatamente abaixo da superfície da água. Rã-dos-charcos (Phrynobatrachus natalensis) Uma variedade de tipos de vegetação no bioma de savana e prados. Abriga-se debaixo de rochas perto de locais de procriação. Família: Ptychadenidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 4 2 FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 1 1 Espécies de rãs Habitat Preferido Rã-ornada (Hildebrandtia ornata) Variedade de tipos de vegetação de florestas. Solos arenosos profundos. Reproduzse em depressões temporárias pouco profundas em florestas abertas secas, muitas vezes com ervas emergentes. Rã-da-erva (Ptychadena anchietae) Bioma de savana. Foi encontrada abrigando-se entre gramíneas e plantas e resíduos vegetais nas margens dos locais de procriação. Os adultos ocorrem nas margens com ervas dos rios e correntes, escapando na água. Rã-de-focinho-estreito (Ptychadena oxyrhynchus) Savana e floresta aberta e húmida. Reproduz-se em depressões com carriço, vleis, prados inundados, poças em afloramentos de rocha e outras poças temporárias. 2 Rã-da-erva de Mascarene (Ptychadena mascareniensis) Ao longo de correntes e em água parada temporária e permanente. Charcos, pântanos e depressões em savana de planície aberta. Depressões e poças semipermanentes e permanentes. Também poças costeiras salobres. 1 Rã-de-listas-largas (Ptychadena mossambica) Espécie da savana; tipos de vegetação de florestas, prados abertos. Escondem-se em tufos de ervas perto de vleis, áreas de infiltração e depressões. Terras Húmidas de rios e prados inundados. Estação seca: fendas profundas na lama seca das depressões. Coaxo da vegetação da margem da água. 1 Família: Pyxicephalidae Rã-boi (Pyxicephalus edulis) Vários tipos de vegetação de florestas. Áreas baixas planas em florestas abertas com ervas, que ficaram inundadas depois de chuvas fortes ou contendo depressões sazonais pouco profundas. Reproduz-se em poças enchidas pela chuva. Rã-da-areia (Tomopterna krugerensis) Ocupa uma variedade de habitats nas áreas de savana. Reproduz-se em poças de chuva e depressões temporárias. Rã-tremola (Tomopterna cryptotis) Uma variedade de habitats em savana aberta e prados, incluindo áreas áridas. Paisagens áridas abertas com solos arenosos formam o habitat desta espécie. As rãs ficam grande parte do ano enterradas no solo; hibernam a meio metro ou mais debaixo da superfície do solo. Os machos coaxam de locais expostos nas margens de correntes, poças e charcos. Coaxam pelo menos também parcialmente de refúgios subterrâneos. Família: Rhacophoridae Sapo-de-ninho-de-espuma (Chiromantis xerampelina) Bioma de savana. Reproduz-se nas depressões temporárias, vleis e rios construindo ninhos de espuma. É encontrada em redor de corpos de água aberta sazonais ou permanentes, numa variedade de tipos de vegetação de florestas no bioma de savana. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 1 1 1 FAUNA TERRESTRE ANEXO B Répteis Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE RÉPTEIS: Habitat disponível, ocorrência esperada e presença observada de répteis durante o levantamento (Branch, 1998 e Marais, 2004). Biótopos diferentes pesquisados: Tipos de Vegetação/Habitat: 1. Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia 2. Mistura de Florestas e Bosques 3. Rio Govuro e planície de inundação 4. Terras húmidas costeiras Na lista abaixo constam os répteis esperados de ocorrer nos habitats naturais disponíveis da área de estudo (ver a tabela acima). As palavras em negrito indicam o habitat apropriado (habitat preferido) para cada espécie, e os itálicos sublinhados indicam o habitat inapropriado (a razão pela qual é improvável encontrar o réptil nos biótopos abrangidos pelo levantamento). As células sombreadas indicam o biótopo que compreende o habitat preferido, e o número na célula dá o número de exemplares ou vestígios certos detectados durante os levantamentos. Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Família: Testudinidae (tartarugas terrestres) Cágado-articulada (Kinixys belliana belliana) Savana, planície costeira e floresta de dunas, entrando em prados com arbustos espinhosos. Antigos morros de muchém ou pequenas tocas em aterros Pouco preocupante Tartaruga-verde (Chelonia mydas) Oceano UICN 2010: Em perigo Tartaruga-de-bico-de-falcão (Eretmochelys imbricate) Oceano UICN 2010: Em perigo crítico Família: Cheloniidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Tartatuga-olivacea (Lepidochelys olivacea) Oceano UICN 2010: Vulnerável Tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) Oceano UICN 2010: Em perigo Rios, lagos e poças de água estagnada. Enterra-se em lama macia. Nadador rápido. Prefere mais os substratos arenosos que os lamacentos. Apanhador de peixe altamente especializado, alimentando-se em mexilhões apenas quando não há peixe. Os mexilhões são desenterrados do substrato de rios e lagos, usando as garras poderosas nas patas anteriores. As tartarugas adultas podem nadar até vários quilómetros da costa e, nos dias sem vento, até meia dúzia delas pode geralmente ser vista flutuando na superfície refastelando-se ao sol. As tartarugas fêmeas vêm à praia à noite para pôr os seus ovos entre os fins de Janeiro e Abril. Os ninhos ficam na sombra debaixo de árvores e arbustos, geralmente dentro de 200 m da água. Pões ovos numa ninhada de 17-25 em ninhos em covas escavadas pouco profundas. As crias são numerosas em Janeiro e podem ser encontradas debaixo de pedras soltas e troncos ao longo da linha de preia-mar. Moçambique - Risco Menor/preocupação menor Cágado-de-ventre-amarelo (Pelusios castanoides) Lagos e pântanos de água parada a baixa altitude. Água pouco profunda; enterra-se na lama quando as poças secam. Pouco preocupante Cágado-de-carapaçaarticulada (Pelusios subniger) Depressões efémeras das regiões nortenhas de savana arenosa. Depressões sazonais ou temporárias com água temporária relativamente pouco profunda coberta duma massa densa de ervas e plantas aquáticas flutuantes nas florestas e áreas de matagal. Períodos secos – deixam as depressões e enterram-se em terra nas áreas circundantes até o regresso das condições favoráveis. Pouco preocupante Rios maiores, lagos e pântanos. Fozes de rios, estuários e mangais. Quando novo – cava uma toca para abrigar-se; fica durante muito tempo fora da água comendo pequenas presas. Os quase adultos preferem os pântanos e braços mortos, comendo peixe, pequenas tartarugas de água doce, aves e pequenos Pouco preocupante Família: Trionychidae Cágado-de-carapaça-mole de Zambeze (Cycloderma frenatum) Família: Pelomedusidae Família: Crocodylidae Crocodilo do Nilo (Crocodylus niloticus) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques mamíferos. Aninham-se ao sol nos bancos de areia acima do nível das águas com boa drenagem e cobertura perto. Família: Typhlopidae Cobra-cega de Zambese (Rhinotyphlops schlegelii mucruso) Variado; mato costeiro a savana arenosa. Solo profundo. Variedade de tipos de savana, principalmente solo arenoso. Os adultos grandes ficam mais baixos na terra que os exemplares menores, vêm à superfície apenas depois de chuvas fortes terem inundadas as terras. Pouco preocupante Variado; prado, mato costeiro, savana moderadamente húmida a árida. Enterram-se no solo. Geralmente ficam debaixo de pedras, debaixo de rochas no solo, debaixo de troncos em decomposição, entre raízes de ervas. Pouco preocupante Regiões de savana aberta, particularmente áreas rochosas e vegetação raquítica ribeirinha. Vales húmidos, rochosos, bem arborizados, caniçais ou mesmo mato, raramente aventuram-se para longe de água permanente. Os ovos são postos em troncos de árvores ocos, buracos de ursos-formigueiros, covas ou antigos morros de muchém. Gostam muito de água onde podem deitar-se e caçar. Mergulham-se em poças profundas, ficam submersos por períodos longos. Pouco preocupante Cobra-das-casas-castanha (Boaedon capensis) Ampla distribuição: Regiões de prados de terras altas e Karoos áridos. Noctívago terrestre. Os ovos são postos em material vegetal em decomposição, morros de muchém ou outro local adequado. Variedade de habitats: Morros de muchém moribundos ou qualquer forma de refúgio. Tolerante de expansão urbana. Pouco preocupante Cobra-de-dorso-dentado do Cabo (Mehelya capensis capensis) Florestas abertas, principalmente savana; entrando em florestas costeiras e regiões áridas. Abriga-se debaixo de grande rochas, troncos ou outros detritos. Pouco preocupante Cobra de Mopane (Hemirhagerrhis nototaenia) Áreas de savana ou savana arborizada até 1550m. Debaixo da casca áspera de árvores, muitas vezes associadas com mato de mopane. Pouco preocupante Família: Leptotyphlopidae Cobra-cega-lustrosa (Leptotyphlops scutifrons scutifrons) 1 Família: Boidae Pitão (Python natalensis) 1 Família: Colubridae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Cobra-comedora-decentípedes de Africa Oriental (Prosymna stuhlmannii) Savana, prolongando-se em colinas arborizadas. Fossoriais: Debaixo de pedras, troncos, ou montes de material vegetal em decomposição. Nos morros de muchém e outros locais semelhantes. Pouco preocupante Cobra-de-focinho-vermelho (Rhamphiophis rostratus) Terrenos de espinheiros ou florestas – cercanias rochosas. Pouco preocupante Cobra-de-ventre-listrado (Psammophis subtaeniatus) Bosques abertos e vegetação raquítica em áreas áridas, savana seca aberta, prados com arbustos espinhosos ou bosques. Encostas rochosas secas em fendas entre rochas, grandes morros de muchém, debaixo de casca solta ou troncos mortos. Pouco preocupante Cobra-da-erva-azeitona (Psammophis mossambicus) Planícies costeiras e savana das terras altas. Mais o matagal ao longo de correntes e rios que a área seca mais aberta. Vive principalmente na terra – na relva; pode subir arbustos e arbustos até à copa, para apanhar sol. Perseguida: movimenta-se rapidamente, fugindo para uma cobertura grossa onde fica parada. Os ovos são postos em montes de folhas mortas ou num outro local semelhante. Pouco preocupante Cobra-da-barriga-listrada (Psammophis orientalis) Florestas das terras baixas e savana húmida. Diurnal; muitas vezes encontrada perto de água. Vive no chão mas aventura-se nos arbustos e na vegetação raquítica ou para apanhar sol ou procurar comida. Pouco preocupante Cobra-estílete (Atractaspis bibronii) Variável: prados, vegetação raquítica e florestas abertas a florestas costeiras em climas semiáridos a bastante húmidos (do nível do mar até 1700m), prados de terras altas ao semideserto. Às vezes encontrada na superfície nas noites chuvosas quentes no verão. Morros de muchém moribundos. Troncos em decomposição, debaixo de troncos no solo, debaixo de pedras, e fendas a nível do chão ou debaixo de detritos. Pouco preocupante Cobra-comedora-decentípedes do Cabo (Aparallactus capensis) Variado: Prados das terras altas e montanhas, florestas abertas, áreas de matagal aberto, prados e mato costeiro. Zonas de mato aberto ou savana. Encontrada em morros de muchém moribundos, que oferecem refúgio, calor e comida. Debaixo de pedras, debaixo de troncos, entre as raízes de arbustos e ervas. Pouco preocupante Cobra-de-vermelha-listrosa (Amblyodipsas polylepis Bosques abertos e áreas de matagal a florestas costeiras a altitudes do nível do mar até 1300m, savana, e entrando na floresta Pouco preocupante Atractaspididae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, polylepis) seca. Fossorial (escavador de tocas) e movimentando-se lentamente. Em tocas ou montes de vegetação, não é encontrada debaixo de rochas ou troncos. Vista fora depois de chuvas fortes que alagaram o solo. Cobra-fina-de-duas-cores (Xenocalamus lineatus) Areias fundas, areias de aluvião: savana húmida, savana árida e áreas de matagal do Karoo. Escavador noctívago de tocas muito profundas nas areias de aluvião; também debaixo de troncos em decomposição, morros de muchém abandonados. Pouco preocupante Cobra-do-mato-variegada (Philothamnus semivariegatus) Florestas abertas, vegetação raquítica e florestas costeiras, florestas abertas ou savana: Floresta aberta ou mato, mesmo seco e muito longe de água, contudo mais frequentemente onde há água – nada facilmente. Planícies costeiras, ao longo de correntes e rios ou ao longo dos cursos dos rios. Nas encostas rochosas e montanhas, arbustos nas cristas rochosas. Cavidades nas árvores ou debaixo de casca solta. Nas fendas entre ou debaixo de rochas. Nas cavidades de grandes morros de muchém das Macrotermes. Quando perturbadas procuram refúgio nas árvores. Pouco preocupante Cobra-verde do Sul (Philothamnus hoplogaster) Variado: Planícies costeiras (mato), savana do interior a altitudes maiores (savana árida e moderadamente húmida) e mesmo florestas de montanha. Vive perto de corpos de água onde caça rãs, frequentando pântanos, lagoas, rios, caniçais, depressões, vleis e correntes. Debaixo de troncos, pedras e debaixo de detritos. Prefere locais húmidos como pântanos de caniço, bosques ribeirinhos e as planícies de inundação de lagos e rios. Pouco preocupante Cobra-verde do Natal (Philothamnus natalensis natalensis) Florestas de montanha húmidas e florestas secas. Caniçais, vleis e correntes. Vive perto de corpos de água onde caça rãs, frequentando pântanos, lagoas, rios, caniçais, depressões, vleis e correntes. Debaixo de troncos, pedras e debaixo de detritos. Prefere locais húmidos como pântanos de caniço, bosques ribeirinhos e as planícies de inundação de lagos e rios. Pouco preocupante Cobra-de-mármore (Dipsadoboa aulica) Florestas ribeirinhas e costeiras. Debaixo de alguns detritos debaixo de grandes árvores de sombra; troncos ocos, debaixo de casca, montes de vegetação. Pouco preocupante Come-ovos (Dasypeltis scabra) Muito espalhada na maioria dos tipos de savana: do nível do mar até a uma altitude de 2300m. Comum em prados e florestas. Apenas ausente do deserto verdadeiro e florestas de copas fechadas. Principalmente terrestre, mas sobe árvores na busca de ovos de Pouco preocupante Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 3 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques aves. Qualquer lugar onde pode encontrar refúgio: Morros de muchém moribundos, fendas nas rochas, faces de rochas, montes de detritos, troncos em decomposição. Cobra-de-lábios-vermelhos (Crotaphopeltis hotamboeia) A maioria dos habitats: savana e florestas abertas; Prados a florestas costeiras mas não no deserto. Preferência para locais húmidos. Áreas pantanosas. Debaixo de praticamente qualquer cobertura disponível: Debaixo de rochas, em morros de muchém. Os ovos são postos em material vegetal. Pouco preocupante Cobra-tigre (Telescopus semiannulatus semiannulatus) Savana e terrenos arenosos: Áreas bem arborizadas do nível do mar até 1600m. Pode ser encontrada nos prados. Terrestre, árvores mortas antigas, debaixo de rochas, em fendas, em pequenos arbustos e ninhos de tecelões. Pouco preocupante Cobra-trepadeira de Moçambique (Thelotornis mossambicanus) Boques de savana: Florestas abertas ou fechadas ou florestas costeiras do nível do mar até 1200m. Quase exclusivamente arbórea: Vive entre os ramos das árvores. Entra em buracos nas árvores sempre-verdes nas encostas durante períodos frios. Pode hibernar num buraco duma árvore e mesmo numa cova no solo. Pouco preocupante Cobra-das-árvores (Dispholidus typus typus) Comum na maioria das regiões arborizadas fora florestas tropicais propriamente dito. Das florestas fechadas às áreas mais abertas às áreas de matagal, do nível do mar até 1700m. Diurnal, principalmente arbórea; movimenta-se nos ramos das árvores e arbustos. O acasalamento ocorre nas árvores e os ovos são depositados em buracos ou cavidades das árvores, ninhos de picapaus ou leitos de folhas no chão em qualquer parte com condições adequadas. Abriga-se em cavidades nas árvores e grandes morros de muchém e hiberna em cavidades nas árvores. Pouco preocupante Cobra-de-cauda-longa (Elapsoidea sundervallii longicaudata) Variado: florestas costeiras, prados de terras altas, savana árida e moderadamente húmida. De Kwa-Zulu Natal ao sudeste de Mpumalanga. Antigos morros de muchém e debaixo de pedras. Pouco preocupante Cobra-de-escudo de Moçambique (Aspidelaps scutatus fulafula) Regiões arenosas e argilosas, savana húmida e árida. Procura comida à noite, abrindo-se um caminho através do solo arenoso. Pouco preocupante Cobra-de-focinho (Naja annulifera) Savana: Geralmente em regiões mais secas – mato e terras baixas. Vive ou retira-se de forma permanente ou semipermanente. Tocas de animais ou outras covas no solo ou numa árvore, em morros de Pouco preocupante 1 Família: Elapidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques muchém ou debaixo de afloramentos de rochas ou rochedos. Os ovos são postos num buraco ou cavidade abrigada e adequada no solo ou em árvores. Cobra-cuspideira (Naja mossambica) Savana: Afloramentos e encostas rochosos em florestas bastante fechadas a altitudes do nível do mar a 1750m ao longo de rios ou locais perto de água. Áreas desbravadas em antigas florestas. Buracos em morros de muchém e outras pequenas tocas de animais. Pouco preocupante Cobra-da-floresta (Naja melanoleuca) Florestas tropicais e florestas costeiras tropicais e subtropicais. Pouco preocupante Mamba-verde (Dendroaspis angusticeps) Mato e dunas costeiras e florestas nas escarpas. Arbórea. Pouco preocupante Mamba-negra (Dendroaspis polylepis) Savana e mato costeiro aberto abaixo de 1500m: Florestas mais abertas, mais secas e de menor altitude e vegetação raquítica a prados arborizados, savana húmida e florestas de baixa altitude (900-1200m). A cobra vive no chão, também no mato, arbustos ou árvores - em bosques, geralmente nas encostas e afloramentos, montículos de granito, morros de muchém, troncos ocos de árvores. As fêmeas irão encontrar um bom lugar para pôr ovos, a cova deve ser húmida mas não molhada, e quente, mas não demasiado quente (ninhos de formigas). Pouco preocupante Oceano Índico e Pacífico. Cobra do mar verdadeiramente pelágico e é principalmente uma espécie que fica na superfície e tende a flutuar sem se mexer. Pouco preocupante Muito espalhado: Prados, vegetação raquítica e savanas lenhosas, do nível do mar a 1800m. Apenas ausente do deserto, florestas densas e dos topos de montanha. Qualquer tipo: rocha sobre rocha, rocha no solo, troncos, ervas moribundas. Pouco preocupante Areias de aluvião com savana moderadamente húmida. Geralmente encontrado debaixo de pedras em solos arenosos ou húmicos. Pouco preocupante 2 1 Sub-Família: Hydropphiinae Cobra-do-mar (Pelamis platurus) Família: Viperidae Víbora-comum (Bitis arietans arietans) Família: Amphisbaenidae Anfisbenio-de-focinho-redondo de van Dam (Zygaspis vandami vandami) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Anfisbenio-delgado (Monopeltis sphenorhynchus) Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Areias fundas do Kalahari ou aluvião costeiro. Pouco preocupante Lagartixa-sem pés (Acontias aurantiacus aurantiacus) Areias costeiras e terrenos arenosos. Debaixo de troncos. Pouco preocupante Lagartixa-da-costa-leste (Trachylepis depressa) Bosques costeiros sobre solos arenosos. Terrestres; solos arenosos em redor duma base de bosques; sobe os troncos e entra na folhagem. Pouco preocupante 2 Lagartixa-com-listas (Trachylepis striata) Variedade de tipos de bosques e savana, e uma ampla gama de condições ecológicas do nível do mar até aos topos de montanhas altas, do deserto ao mato tropical. Embora principalmente arbórea, também habita koppies (pequenos montes) rochosos e irá atravessar terrenos abertos facilmente. Entre rochas e rochedos, no chão e em árvores. Pouco preocupante 3 Lagartixa-variada (Trachylepis varia) Variado: Muito adaptável, ampla variedade de habitats: do nível do mar às encostas de montanhas altas: Florestas, florestas abertas e prados com vegetação raquítica sem rochas e prados. Deserto, veld de Karoo, prados de montanhas, savana, mato costeiro, bosques moderadamente húmidos. Terrestre e diurnal: Entre rochas e pedras em locais rochosos ou pedregosos, mas evita áreas rochosas grande. Terrenos irregulares, bases de rochas e árvores. Também correndo na superfície da terra. Usa caules das árvores, rochas ou troncos como pontos de observação para examinar os arredores e encontrar presas. Procura comida no leito de folhas debaixo de árvores ou arbustos ou nos e debaixo dos tufos de ervas, debaixo de troncos de árvores ou em qualquer buraco conveniente no chão. À noite: entre pedras, debaixo da casca de troncos caídos, em buracos no chão ou escondida na cama de folhas. Pequenos afloramentos rochosos, abrigando-se em tocas debaixo de rochas e troncos, fendas nas rochas enchidas de solo. Pouco preocupante 1 Lagartixa-com-marcas de Moçambique (Mochlus afrum) Planície costeira oriental. Solo arenoso debaixo de troncos e montes de detritos vegetais. Pouco preocupante 1 Lagartixa-de-olhos-cobra (Afroblepharus wahlbergii) Savana árida e moderadamente húmida. De prados de terras altas e topos de montanha a florestas e até as terras baixas. Procura comida entre as ervas e camas de folhas, procurando presa debaixo de folhas caídas. Abriga-se entre tufos de ervas, raízes de Pouco preocupante Família: Scincidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques ervas, debaixo de pedras e troncos em decomposição, em morros de muchém moribundos e nas camas de folhas em lugares à sombra debaixo de arbustos, em morros de muchém, e em terrenos acidentados. Os ovos são postos debaixo duma pedra ou tronco ou abrigados debaixo de pedras e troncos em decomposição ou entre folhas caídas e matagal em lugares à sombra, deitados no solo húmido ou entre as raízes duma árvore ou arbusto, lugares com ervas, arbustos e árvores. Afloramentos rochosos e encostas rochosas. African Coral Rag Skink (Cryptoblepharus africanus) Afloramentos de rocha costeiros Pouco preocupante Lagarto-de-escamas-rugosas (Meroles squamulosa) Savana árida e moderadamente húmida, encontrada em zonas arenosas e de florestas. Florestas abertas, vegetação raquítica e prados, a altitudes de 250-1400 m. Mais comum em áreas com substratos arenosos, clareiras planas arenosas. Particularmente nos solos arenosos onde se abriga em buracos no solo ou onde pode enterrar-se. Procura comida entre tufos de ervas ou nas bordas de arbustos. Pouco preocupante Lagarto-de-escamas-rugosas do Cabo (Ichnotropis capensis) Savana árida e moderadamente húmida Pouco preocupante Savana árida e moderadamente húmida. Baixo veld em florestas abertas a bastante fechadas – em redor de afloramentos rochosos ou koppies isolados em zonas florestais. Afloramentos rochosos – fendas ou cavidades entre rochas e rochedos. Locais de procriação em desuso de animais como ursos-formigueiros, javalis, tocas de animais de pequeno porte - lebres saltadoras, etc. Antigos morros de muchém. Raramente encontrado longe da toca – retira-se quando há sinais de perigo. Fendas em pequenos afloramentos de rocha cheios de vegetação e também em antigos morros de muchém. Põe ovos debaixo de troncos em solo húmido, ou numa fenda na em rocha. Pouco preocupante Savana e zonas de mato aberto ou florestas, florestas abertas, encostas rochosas, cristas e afloramentos. Áreas de Karoo mais Pouco preocupante Família: Lacertidae Família: Gerrhosauridae Lagarto-mulato-com-placas (Gerrhosaurus major major) Família: Varanidae Varano-das-rochas (Varanus albigularis albigularis) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 5 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras húmidas. Terrestre. Cava túneis debaixo de saliências de rochas. Fendas e fissures entre ou debaixo de rochas, ou em tocas de animais em desuso ou em árvores ocas ou buracos nas árvores. Trepadores excelentes: árvores e rochas. Grandes viajantes – mesmo longe de água. Os ovos são depositados em buracos em solo adequado cavado até 150-230 mm – cobre e camufla o ninho. Os ovos em ninho vivo de formigas, árvore oca, geralmente num buraco na areia húmida fofa. Varano do Nilo (Varanus niloticus niloticus) Perto de água: rios, represas, depressões e grandes lagos. Vales dos grandes rios. Abriga-se em covas nas margens, em tocas de animais ou em fendas entre rochas ou debaixo de rochas, vegetação marginal. Apanha sol nas rochas, afloramentos, cepos das árvores, ramos suspensos de árvores ou entre a vegetação nas margens nunca longe da água. Foge na água – nada rapidamente. Procura comida na vegetação marginal. Hiberna em grandes escarpas de rocha sobre falésias rochosas ou koppies adjacentes aos rios. Quando novo – canaviais marginais. Os ovos são depositados pela fêmea num buraco cavado fundo num ninho vivo de formigas ou banco de areia e rudimentarmente cobertos – as formigas vão tapar seguramente. Pouco preocupante Agama de Moçambique (Agama mossambica) Savana de terras baixas e orlas de florestas. Igualmente à vontade nas árvores e no solo, sobe a árvore mais próxima quando perturbada. Pouco preocupante 1 Agama-com-espinhos-tropical (Agama armata) Semideserto e savana: Florestas abertas em florestas de acácia arenosas e áreas de caliche onde há tocas de roedores e outras tocas adequadas para abrigo. Abriga-se em tocas e debaixo de rochas planas, ficando semienterrada no solo. Vive em buracos no solo; principalmente os dos animais que constroem tocas: gerbilos, esquilos terrestres e lebres-saltadoras. É também encontrada em morros de muchém abandonados. Hiberna em buracos dentro do solo ou debaixo de pedras e em fendas nas rochas. Savana: terrestre, solo solto. Pouco preocupante 1 Vários tipos de floresta: Boques de savana; e prados arborizados, ao longo de correntes. Áreas arborizadas; ramos de árvores; ramos de arbustos; Florestas abertas e mato, florestas de savana. Põe Pouco preocupante 1 1 Família: Agamidae Família: Chamaeleonidae Camaleão-de-pescoçoachatado (Chamaeleo dilepis dilepis) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 7 FAUNA TERRESTRE Espécies Total de habitats Estatuto: Moçambique, Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 3 1 ovos num túnel num solo macio húmido num lugar abrigado. Diurnal, espécie arbórea, comum num habitat adequado. Família: Gekkonidae Osga-anã-vulgar-comum (Lygodactylus capensis capensis) Savana seca bem arborizada: Florestas abertas e savana seca bem arborizada. Osga diurnal e arbórea. Vive em árvores com buracos ou casca solta, oferecendo refúgio. Também abriga-se entre rochas e vegetação morta. Preferência acentuada pelo embondeiro, acácia e mopane – bastante casca áspera adequada como cobertura. Os ovos são postos em fendas nas rochas, rachas, debaixo de pedras ou debaixo de casca solta. Procura comida na vegetação raquítica baixa e nas árvores mortas. Observada agarrada, cabeça para baixo, perto da base duma árvore esperando a presa. Pouco preocupante Lagarto-amarelo-com-placas (Hemidactylus mabouia) Variado; savana árida e moderadamente húmida, e mato costeiro. Arbórea na natureza e muito territorial. Comum debaixo de casca de árvore solta e nas cavidades das árvores (particularmente o embondeiro), nas coroas de palmeiras, e nas fendas nas rochas e rachas. De facto, em qualquer lugar escuro conveniente no ou acima do solo (também montes de detritos). Na natureza os ovos são postos debaixo duma rocha ou numa racha e às vezes num depositário comunal. Principalmente noctívago. Pouco preocupante Osga-de-cabeça-chata (Hemidactylus platycephalus) Áreas de alta pluviosidade - florestas de mopane e miombo a baixa altitude. Troncos de embondeiros. Fendas em rochas, casas. Pouco preocupante Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE ANEXO C Aves Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE AVES: Habitat disponível, ocorrência esperada e presença observada de aves durante o levantamento (Gibbons, 1997; Harrison et al, 1997; Hockey et al, 2005 – últimas alterações dos nomes). Biótopos diferentes pesquisados: Tipos de Vegetação/Habitat: 1. Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia 2. Mistura de Florestas e Bosques 3. Rio Govuro e planície de inundação 4. Terras húmidas costeiras Na lista abaixo constam as aves esperadas de ocorrer nos habitats naturais disponíveis da área de estudo proposta (ver a tabela acima). As palavras em negrito indicam o habitat apropriado (habitat preferido) para cada espécie, e os itálicos sublinhados indicam o habitat inapropriado (a razão pela qual é improvável encontrar a ave nos biótopos abrangidos pelo levantamento). As células sombreadas indicam o biótopo que compreende o habitat preferido, e o número na célula dá o número de exemplares ou vestígios certos detectados durante os levantamentos. Os subcabeçalhos na coluna de “Mosaico de Florestas e Bosques” sublinham a importância dos aspectos de Floresta e Bosque como entidades de habitat salientes nos biótopos de Julbernardia-Brachystegia e Mistura de Florestas e Bosques. RR dá a Frequência de Notificação (Reporting Rate) segundo o Atlas of South African birds (Harrison, et al, 1997) AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Flamingos Flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) Terras húmidas eutróficas rasas, depressões salinas e lagunas costeiras abrigadas. Águas interiores e costeiras salobres ou salinas maiores. UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Corpos de água doce ou moderadamente alcalina, quentes e rasos com fornecimentos de peixe adequados. Lagos pouco fundos, depressões nas planícies de inundação, estuários, baías costeiras abrigadas, lagunas. Empoleira-se em terra seca. Localmente comum Pelicanos Pelicano-branco (Pelecanus onocrotalus) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.35-0.51 Mosaico de Florestas e Mosaico de Rio Govuro Bosques Florestas e Mistura de Terras e planície Bosques de Florestas e húmidas de Florestas Bosques Julbernardia- Bosques inundação costeiras Brachystegia FAUNA TERRESTRE AVE Pelicano-cinzento (Pelecanus rufescens) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Terras húmidas permanentes para procurar comida e árvores para procriação. Grandes lagos de água doce ou alcalina. Grande variedade de terras húmidas, incluindo lagos, rios de fluxo lento, poças salinas, lagunas, estuários, baías abrigadas. Localmente comum 0.25-0.36 Corvo-marinho-defaces-brancas (Phalacrocorax lucidus) Águas costeiras e doces: Represas, correntes e rios. Principalmente aquático, tanto na água salgada como na água doce. No interior - correntes e rios. Localmente comum 0.25-0.63 Corvo-marinho-africano (Microcarbo africanus) Praticamente todos os habitats de água doce excepto as correntes de fluxo rápido. Prefere margens suavemente inclinadas. Também estuários, lagunas e águas costeiras abrigadas. Terras húmidas de água doce (qualquer tamanho) e corpos de água doce: habitats efémeros, grandes rios e correntes de fluxo rápido com poças, terras húmidas artificiais: represas, estação de tratamento de esgotos. Comum 0.25-0.82 Terras húmidas de água doce, rios e correntes; evita as águas de fluxo rápido e turbulentas; adaptado às terras húmidas artificiais. Corpos de água doce parados e de fluxo lento, com água aberta. Raro nos rios de fluxo rápido e nas áreas com vegetação flutuante densa. Prefere áreas com árvores mortas, rochas ou margens onde pode descansar depois de ter comido. Comum 0.25-0.65 Garça-real (Ardea cinerea) Corpos de água aberta rasa. Terras Húmidas – rios, represas, depressões, pântanos e estuários – desde que há água rasa suficiente para se alimentar. Áreas montanhosas: ficam nos vales. Árvores altas, canaviais e escarpas para empoleirar-se. Também a zona marinha entremarés, estuários, lagunas. Raramente em prados secos. Comum 0.25-0.90 Garça-branca-pequena (Egretta garzetta) Áreas abertas de água rasa: margens de lagos, represas, rios, pântanos, depressões salinas, estuários e mangais. Reproduz-se perto de água em árvores ou arbustos. Margens de rios e lagos, estuários, depressões, pântanos, e depressões salinas. Também mangais, costeiro aberto. Comum 0.44-1.18 Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas Corvos-marinhos 2 Mergulhões-serpente Mergulhão-serpente (Anhinga rufa) Garças Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 2 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Garça-brancaintermédia (Egretta intermedia) Água pouco profunda ou prados húmidos. Margens de lagos, rios, depressões salinas e estuários; especialmente corpos de água sazonais, pântanos e prados inundados. Prefere águas rasas, mas também forrageia em prados secos perto de água. Residente comum e nómada 0.25-0.44 Garça-branca-grande (Egretta alba) Água pouco profunda aberta nos lagos, rios, planícies de inundação, prados inundados, pântanos, depressões salinas e estuários. Comum 0.25-0.52 Garça-de-cabeça-preta (Ardea melanocephala) Habitats abertos, preferindo prados. Pastagens e restolhais perto de terras húmidas. Árvores altas para procriação e empoleirar-se. Comum 0.25-0.71 Garça-vermelha (Ardea purperea) Corpos de água e terras húmidas maiores: Caniçais, pântanos, rios e lagos orlados de caniço; áreas inundadas com ervas, juncos e carriços altos. Vegetação emergente densa, especialmente canaviais orlando terras húmidas rasas; também mangais. Comum 0.43-1.1 Carraceira (Bubulcus ibis) Terrestre; prados baixos abertos. Nidifica em árvores e caniçais. Comum 0.25-0.9 Garça-caranguejeira (Ardeola ralloides) Habitats de água doce: vegetação densa Comum emergente/orlando os braços mortos calmos de lagoas e as margens de rios e correntes de fluxo lento. Cobertura de caniço adequado e pré-requisitos são alguns arbustos ou árvores. Prados alagados e depressões efémeras com vegetação emergente. 0.25-0.43 Garça-do-lago (Ardeola idea) Pequenos pântanos com ervas, lagos e lagoas, correntes. UICN (2014): Em perigo. Reproduz-se em Madagáscar; tem uma grande zona de distribuição de nãoreprodução. Garça-de-barrigavermelha (Ardeola rufiventris) Pântanos densos e prados inundados. Residente Raro e migrante local 0.37-0.58 Garça-de-dorso-verde (Butorides striata) Rios, estuários, correntes, lagos, lagoas, pântanos e mangais com vegetação densa. Áreas arborizadas em redor de margens de rios, correntes, lagos, estuários, mangais, caniçais, e pântanos onde a vegetação fica suspensa sobre a água. Ocasionalmente - lodaçais, prados temporariamente inundados e a praia marítima. Bastante comum 0.25-0.49 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 2 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Garça-nocturna (Nycticorax nycticorax) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Vegetação densa ao longo das margens de água rasa, parada ou de fluxo lento, como rios, lagos, depressões, pântanos ou planícies de inundação sazonais. Água com muita vegetação e de fluxo lento - estuários, mangais. Empoleira-se em árvores e caniçais. Residente comum e migrante paleárctico 0.39-0.72 Bico-aberto (Anastomus lamelligerus) Vários habitats aquáticos abertos – pântanos, planícies de inundação, depressões efémeras, arrozais, baixios nos rios e margens de lagos. Terras Húmidas, incluindo planícies de inundação, depressões temporariamente inundadas, pântanos, charcos, lagoas, baixios nos rios, correntes, margens de lagos, lagunas, baixios de maré. Localmente comum, migrante intra-africano 0.41-0.82 Jabiru (Ephippiorhynchus senegalensis) Águas interiores maiores: grandes rios em savanas abertas, terras húmidas e pântanos de água doce: represas, depressões, planícies de inundação, pântanos; geralmente numa zona aberta ou ligeiramente arborizada. Margens de lagos de água doce e alcalina. Ausente das florestas. Raro; movimentos sazonais 0.42-0.95 Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Cegonhas Colhereiros Colhereiro-africano (Platalea alba) Habitats aquáticos rasos de água doce: terras húmidas, Residente comum e pântanos, depressões, prados temporariamente inundados, migrante local. planícies de inundação, rios, represas. Quase exclusivamente habitats aquáticos rasos, preferindo as margens de lagos e rios, depressões sazonais e permanentes, lagunas costeiras e estuários. 0.25-0.6 Íbis-preto (Plegadis falcinellus) Habitats de prados, associados com habitats de água doce: águas interiores rasas, pântanos nas margens de lagos e rios, depressões sazonais, prados inundados. Pântanos ribeirinhos, rios rasos. Localmente comum 0.25-0.39 Singanga (Bostrychia hagedash) Prados húmidos abertos e savana, ao longo de cursos dos rios com muita vegetação; também pântanos, prados inundados, margens de grandes terras húmidas, jardins. Comum 11.86-29.2 Íbis-sagrada (Threskiornis aethiopicus) Habitat de prados, associado com habitats de água doce: pântanos, estuários e represas. Comum 0.25-0.65 Íbis Pássaros-martelos Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 8 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Pássaro-martelo (Scopus umbretta) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Grandes corpos de água perenes (lagos, represas e rios), vleis e terras húmidas efémeras, rios perenes e sazonais com poças. Margens e águas rasas de lagos, depressões, pântanos e charcos, rios, correntes e lagoas sazonalmente inundadas, incluindo charcos relativamente pequenos. Comum 0.25-0.8 Pato-assobiadorarruivado (Dendrocygna bicolor) Águas interiores maiores: planícies de inundação, vegetação aquática abundante. Corpos de água rasos. Vegetação densa de ervas aquáticas e outras plantas. Alimenta-se nas terras húmidas parcialmente inundadas / pantanosas. Localmente comum 0.25-0.34 Pato-assobiador-defaces-brancas (Dendrocygna viduata) Águas interiores, principalmente em savanas e prados. Vastidões de água rasa com vegetação emergente: braços mortos de rios maiores, planícies de inundação com ervas, pequenas depressões efémeras. Alimenta-se na água geralmente em baixios de terras húmidas permanentes ou sazonais, ou prados inundados; em terra – em prados naturais. Comum 0.25-0.74 Pato-ferrão (Plectopterus gambensis) Águas interiores / terras húmidas: corpos de água maiores, vegetação flutuante; terras de cultivo. Fica na muda em terra: Represas e lodaçais densos. Reprodução: sistema menor ou baía isolada, vegetação emergente nas margens. Rios - áreas rasas abertas. Comum 0.25-0.7 Pato-de-carúncula (Sarkidiornis melanotos) Águas interiores: depressões inundadas sazonais e vleis. Rios - áreas rasas abertas. Localmente comum nómada e migrante intra-africano 0.25-0.53 Pato-orelhudo (Nettapus auritus) Lagos de água doce com vegetação flutuante, especialmente nenúfares Nymphaea; nidifica num buraco numa árvore. Poças nos rios. Localmente comum 0.25-0.38 Pato-de-bico-vermelho (Anas erythrorhyncha) Água doce eutrófica rasa, permanente ou temporária, com cercanias com ervas. Comum 0.25-0.61 Pato-hotentote (Anas hottentota) Águas interiores com vegetação emergente como planícies de inundação, vleis, pântanos com juncos. Localmente comum 0.36-0.63 Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas Patos e gansos Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 4 1 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas Jaçanãs Jaçanã (Actophilornis africanus) Habitats aquáticos: depressões sazonais e planícies de inundação; ao longo das margens de rios sinuosos de fluxo lento – plantas hidrófitas flutuantes emergentes, para se alimentar. Terras húmidas rasas de água doce, permanentes, sazonais e efémeras e margens de rios de fluxo lento com vegetação emergente baixa. Prefere áreas dominadas por nenúfares e potamogeto. Anda nas plantas flutuantes ou nada quando as plantas hidrófitas não oferecem suporte insuficiente. Comum 0.48-1.36 Abutre-real (Torgos tracheliotus) Savanas, especialmente nas áreas mais áridas; nidifica e empoleira-se nas árvores. UICN estatuto (2014): Vulnerável. Abutre-de-cabeçabranca (Trigonoceps occipitalis) Savanas abertas; empoleira-se e nidifica nas árvores. UICN estatuto (2014): Vulnerável. Raro a localmente comum Zonas abertas: Savana, florestas abertas, prados e áreas de arbustos raquíticos. UICN estatuto (2014): Vulnerável. Raro a localmente comum Águia-pesqueira (Pandion haliaetus) Águas interiores e costeiras. Muito espalhada. Na costa ao longo da costa marítima, e nos estuários e lagunas; no interior nos lagos e grandes rios. Razoavelmente comum Falcão-cuco (Aviceda cuculoides) Florestas fechadas, com árvores indígenas ou exóticas. Raro a localmente bastante comum Peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus) Grande distribuição: Mais abundante nos prados com áreas cultivadas. Comum 5.82-13.0 Milhafre-de-bicoamarelo (Milvus parasitus) Grande variedade de habitats: especialmente florestas (áreas de precipitação maior) Comum migrante intra-africano 3.76-11.41 1 1 Abutres 0.25-0.44 Secretários Secretário (Sagittarius serpentarius) Falcões e águias Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.33-0.46 3.17+ 2 6 1 1 3 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Águia-pesqueiraafricana (Haliaeetus vocifer) Muito espalhada. Na costa ao longo da costa marítima, e nos estuários e lagunas; no interior nos lagos e grandes rios. Geralmente associada com grandes corpos de água, ou correndo ou parada, incluindo estuários. Às vezes ao longo da orla costeira aberta. Pode ficar nos rios sazonalmente secos uma vez secas as últimas poças, sobrevivendo em aves e limpando carcaças. Ausente de rios que correm por apenas algumas semanas do ano. Comum Águia-cobreira-de-peitopreto (Circaetus pectoralis) Zonas abertas; florestas de savana, áreas de arbustos raquíticos, semideserto. Raro a localmente comum nómada e possível migrante intra-africano Águia-cobreira-castanha (Circaetus cinereus) Florestas áridas. Reproduz-se e empoleira-se nas árvores. Localmente comum; nómada 2.49-5.94 Águia-sem-rabo (Terathopius ecaudatus) Floresta e savana nas planícies abertas, incluindo a floresta de acácias do Kalahari. Nidifica geralmente na copa ou numa ramificação horizontal duma grande árvore, 8-12-16m acima do chão. Empoleira-se nas árvores. UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Comum 18.7-32.21 Tartaranhão-africano (Circus ranivorus) Nidifica em grandes caniçais; procura comida nas canas, margens de lagos, planícies de inundação e florestas. Localmente comum a raro 0.41-0.78 Tartaranhão-rabilongo (Circus macrourus) Prados abertos, campos cultivados, menos vezes em savanas semiáridas abertas. Depressões abertas ou planícies de inundação. UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Raro migrante paleárctico. Secretário-pequeno (Polyboroides typus) Principalmente nas florestas. Florestas fechadas, vegetação ribeirinha alta e ravinas bem arborizadas. Parcialmente em conjuntos de árvores alienígenas. Bastante comum Gaivão-papa-lagartos (Kaupifalco monogrammicus) Savana e florestas, especialmente florestas decíduas de folhas largas maduras. Localmente comum residente Açor-cantor-escuro (Melierax metabates) Florestas e savana: evita florestas e savana árida. Ninho: Plataforma de paus 4,5-9,0m acima do chão numa ramificação vertical duma árvore dentro da copa. Geralmente empoleira-se no topo duma árvore, examinando o chão para ver presa. Açor-africano (Accipiter tachiro) Principalmente florestas indígenas; também florestas ribeirinhas fechadas e plantações exóticas. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 0.25-0.56 1 0.61-2.12 2 24.99+ 1 Raro 3.12-7.77 4 Comum 0.57-1.39 2 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Gaivão-shikra (Accipiter badius) Todos os tipos de floresta – nidifica nas florestas abertas. Residente comum e nómada local Gaivão-pequeno (Accipiter minullus) Tipos de floresta e bosque: florestas de vegetação densa, mato ribeirinho e bosques. Localmente comum 1 Açor-preto (Accipiter melanoleucus) Floresta, ravinas e desfiladeiros arborizados, plantações exóticas (especialmente de eucalipto) em prados. Localmente bastante comum 1 Bútio-comum (Buteo buteo) Áreas abertas: áreas de arbustos raquíticos, prados, savana, florestas abertas e florestas de acácia. Também encontrado nas florestas fechadas. Abundante migrante paleárctico 6.38-11.73 Águia de Wahlberg (Hieraaetus wahlbergi) Florestas – áreas planas: ribeiras e florestas ribeirinhas. Reprodução nas árvores ribeirinhas altas em prados e florestas. Comum migrante intra-africano 0.74-3.63 Águia-dominó (Aquila spilogaster) Florestas: reproduz-se nas encostas dos montes ou ao longo de dos rios em árvores altas. Raro 0.25-0.51 Águia-calçada (Hieraaetus pennatus) As aves em reprodução ocorrem em zonas montanhosas semiáridas e as margens de Karoo; As aves fora da reprodução ocorrem numa ampla variedade de habitats das florestas ao semideserto. Raro migrante paleárctico 0.36-0.55 Águia de Ayres (Hieraaetus ayresii) Florestas densas, margens de florestas, arvoredos de eucaliptos nas cidades; evita as cidades áridas. Residente Raro e migrante intra-africano 0.25-0.32 Águia-belicosa (Polemaetus bellicosus) Prados abertos e áreas de vegetação raquítica. Grandes árvores para os ninhos. Grande número de tipos de vegetação: desertos, áreas densamente arborizadas. UICN 2014 Estatuto: Vulnerável. Localmente comum 0.55-1.2 Águia-Coroada (Stephanoaetus coronatus) Floresta indígena densa, incluindo floresta ribeirinha de galeria; pode voar para longe da floresta para caçar. UICN 2014 Estatuto: Quase ameaçada. Localmente bastante comum 0.42-0.88 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1.42-4.24 1 1 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Falcões, esmerilhões e francelhos Falcão-de-Dickinson (Falco dickinsoni) Falcão-Sombrio (Falco concolor) Falcão-peregrino (Falco peregrinus) Savana de palmeiras e florestas abertas, muitas vezes perto de embondeiros. Áreas costeiras ou pantanosas tropicais e subtropicais, savanas húmidas e orlas de florestas. Na estação de nãoreprodução alimenta-se de grandes insectos nos prados e campos abertos com árvores. Reproduz-se em colónias em ambientes quentes, áridas; nas escarpas, pequenas ilhas rochosas e montanhas de deserto acidentadas onde a sua procriação coincide com a migração de outono das aves de pequeno porte nas quais se alimenta. Raro 1.83-4.79 UICN 2014 NT: Quase ameaçada. Uma proporção pequena mas desconhecida invernos nas áreas costeiras de Moçambique. Falésias, montanhas, desfiladeiros íngremes; pode caçar nos prados abertos, terras agrícolas e florestas; raramente entra nas cidades para caçar pombos. Residente Raro e migrante paleárctico 0.33-0.44 Perdiz-das-pedras (Peliperdix coqui) Savana ou floresta com muita relva, áreas arenosas com boa cobertura arbustiva: clareiras com ervas e ao longo das margens de florestas. Comum a localmente comum 1.61-4.54 Perdiz-de-crista (Dendroperdix sephaena) Florestas com um componente de vegetação raquítica densa. Prefere áreas com uma invasão de matagal nas savanas e suporta fraca cobertura herbácea. Perdiz de Shelley (Scleroptila shelleyi) Savanas de acácias com boa cobertura herbácea, os cantos de terras cultivadas, muitas vezes sobre solo pedregoso. Localmente comum Perdiz-de-gola-vermelha (Pternistes afer) Desfiladeiros arborizados, margens das florestas sempreverdes das terras altas, vegetação ribeirinha raquítica; alimenta-se nas áreas desbravadas e terras cultivadas. Comum Galinha-do-mato-decrista (Guttera pucherani) Margens de florestas, bosques e florestas fechadas. Galinha-do-mato (Numida meleagris) Savana misturada com áreas de cultivo. Vive na maioria das regiões agrícolas. Francolins e perdizes 29.32-47.94 2 15 0.25-0.48 29.3+ 6 Localmente comum 7.76-16.58 1 Comum 2.51-15.89 Galinhas-do-mato Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Codornizes Toirão-comum (Turnix sylvatica) Prados abertos: não muito altos nem muito densos. Savana. Terras em pousio. Localmente comum 0.79-1.83 Prados densos, carriços, caniçais, juncos, papiro, bosques pantanosos, arbustos e outra vegetação junto a águas doces e estuarinos correntes, paradas ou abertas. Ocorre em vegetação emaranhada na qual as aves sobem, empoleiram-se e nidificam. Na cobertura fina ao longo de correntes muito pequenas em regiões áridas. Comum 0.25-0.47 Grande variedade de habitats pantanosos de água doce, de prados de relva e carriço sazonalmente encharcados a caniçais permanentemente inundados. Tipos de vegetação das terras húmidas, cobertura densa, terra firme ou vegetação baixa. Áreas pantanosas, encharcadas, poças orladas de caniço, pântanos, vleis, dambos, vegetação pantanosa orlando rios, correntes, lagos. Fragmentos isolados de terra húmida em prados, bosques e florestas. Residente comum 0.25-0.34 Rios estagnados ou de fluxo lento e águas estagnadas abrigadas, limpas a salobras, orladas ou cobertas por canas, juncos, carriços, etc. Todos os pântanos e charcos com água permanente, e terras húmidas inundadas efémeras e sazonais. Comum 0.38-0.65 Mato, savana, prado, vleis, terras cultivadas. Bastante comum 0.43-0.94 Frangos-de-água Frango-de-água-preta (Amaurornis flavirostris) 1 Frangas-de-água Franga-de-água-depeito-vermelho (Sarothrura rufa) Galeirões, frangos-deágua e galinhas-deágua Caimão-comum (Porphyrio madagascariensis) Abetardas Abetarda-de-barrigapreta (Lissotis melanogaster) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 2 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas Borrelhos e tarambolas Borrelho-grande-decoleira (Charadrius hiaticula) Estuários e terras húmidas do interior: Substrato lamacento, arenoso e saibroso. Linhas costeiras suavemente inclinadas e condições de água eutróficas – vegetação sem influência. No interior sobre bancos de lama e de areia ao longo de rios e nas terras húmidas, favorecendo orlas costeiras ampla e nuas com pouca vegetação emergente. Empoleirase na orla costeira descoberta, aberta. Comum migrante paleárctico 0.33-0.46 Borrelho de Kittlitz (Charadrius pecuarius) Lama seca e aberta e ervas baixas, geralmente perto de água. Depressões naturais – lama seca e ervas baixas. Também estuários, pântanos salgados e planícies de inundação. Residente raro e nómada local 0.46-1.04 Borrelho-de-três-golas (Charadrius tricollaris) Qualquer habitat de água doce com uma orla costeira aberta. Margens abertas de qualquer habitat de água doce, favorecendo poças, correntes e corpos de água infiltrada. Também nas poças de marés, estuários e lagunas. Comum Borrelho-de-colararruivado (Charadrius pallidus) Lagunas salinas, depressões salinas e salobres, salinas; às vezes estuários e lagunas arenosas. Raramente em habitats de água doce. UICN 2010: NT Quase ameaçada. Borrelho-de-frontebranca (Charadrius marginatus) Margens arenosas das águas marinhas e águas interiores maiores (lagos, depressões, rios). Principalmente margens arenosas e dunas costeiras, estuários ao longo de grandes rios e lagos; também nas costas rochosas e lodaçais entremarés. Empoleira-se principalmente longe da água nas orlas costeiras amplas e abertas. Tarambola-de-asanegra-pequena (Vanellus lugubris) Savana aberta de ervas baixas, muitas vezes em áreas recentemente queimadas. Tarambola-coroada (Vanellus coronatus) Prados baixos, secos e sobrepastejados ou queimados. Muito espalhado numa série de tipos de prado e bosque. Ausente das áreas montanhosas e desérticas. 2 0.25-0.38 Residente raro e migrante local 0.42-0.82 0.25-3.98 Pilritos e outras aves pernaltas Perna-verde-comum (Tringa nebularia) Habitats aquáticos: locais costeiros e terras húmidas do interior com margens rasas. Vleis, depressões, e rios. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Comum migrante paleárctico 8 0.25-0.61 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Maçarico-bastardo (Tringa glareola) Orlas costeiras pantanosas: depressões efémeras, vleis, pântanos, correntes, planícies de inundação e partes superiores de estuários. Margens lamacentas, arenosas ou saibrosas de represas e lagoas, prados baixos inundados, leitos dos rios arenosos e lamacentos, depressões naturais, praias rochosas e arenosas mistas, pântanos salinos, estuários, lagunas de marés ou não e mangais. Prefere mais condições pantanosas que orlas costeiras abertas. Comum migrante paleárctico 0.25-0.57 Maçarico-das-rochas (Actitis hypoleucos) Qualquer habitat aquático, mas prefere correntes e margens de rios com substratos arenosos, saibrosos, pedregosos ou rochosos, estuários, enseadas de marés em pântanos salinos, mangais. Margens de água abertas: correntes, rios, pântanos, vleis, lagunas costeiras e partes superiores dos estuários de marés. Prefere mais condições húmidas adjacentes à água que vadear na água. Comum migrante paleárctico 0.25-0.53 Pilrito-de-bico-comprido (Calidris ferruginea) Terras Húmidas: depressões e terras húmidas com margens lamacentas. Abundante migrante paleárctico 0.38-0.62 Pilrito-pequeno (Calidris minuta) Margens lamacentas das terras húmidas. Comum migrante paleárctico Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 1 Maçarios-galegos e Maçaricos-reais Maçario-galego (Numenius phaeopus) Quase exclusivamente áreas orlas costeiras abertas e nas lagunas e estuários costeiros. Prefere habitats entremarés arenosos e rochosos, pântanos salinos e mangais; nas margens rochosas. Maçario-real (Numenius arquata) Terras húmidas costeiras; forrageia nos bancos de lodo e areia entremarés e empoleira-se nos pântanos salgados, dunas de areia, mangais ou rochas adjacentes. 0.25-0.39 Alcaravões Alcaravão-de-água (Burhinus vermiculatus) Principalmente nas terras húmidas de água doce, especialmente grandes rios, lagos e represas. Também mangais, estuários e praias abertas. Prefere locais com bancos de areia abertos; também áreas rochosas, mas evita fortemente as margens de terras húmidas com vegetação. Residente comum 0.25-0.57 Alcaravão do Cabo (Burhinus capensis) Vários tipos de prados; todo o highveld da RAS. Prados abertos e savana, margens de bosques, semideserto com vegetação raquítica, encostas pedregosas de colinas baixas, terra cultivada. Cobertura do solo escassa onde o solo é pedregoso. Residente comum 0.25-0.88 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Terras húmidas 1 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Pernas-longas Perna-longa (Himantopus himantopus) Águas rasas, abertas vastas: lagunas costeiras e depressões salinas. Terras húmidas no interior e costeiras, abrangendo campos inundadas, planícies de inundação e pântanos de papiro. Empoleira-se tipicamente em comum em áreas abertas. Residente nómado comum 0.25-0.52 Margens das terras húmidas e áreas abertas perto de água Localmente comum migrante intra-africano e migrante paleárctico 0.4-0.67 Rola do Senegal (Spilopelia senegalensis) Savana aberta, Florestas de Acácia e prado; evita prados naturais de grande altitude. Abundante 0.25-19.55 Rola do Cabo (Streptopelia capicola) Grande escolha de habitats: todos os tipos de vegetação, excepto florestas. Abundante 43.58-61.41 11 10 Rola-de-olhosvermelhos (Streptopelia semitorquata) Árvores altas na proximidade de água. Bosques ribeirinhos, margens de florestas e outras áreas bem arborizadas. Comum 59.66+ 2 4 Rola-esmeraldina (Turtur chalcospilos) Vários tipos de florestas decíduas e florestas de Acácia mais húmidas; matagais ou linhas de drenagem e em vales – vegetação mais densa e mais alta. Comum 84.74+ 37 58 Rola-rabilonga (Oena capensis) Bosques abertos e savanas secas a semi-áridas. Mais habitat aberto. Residente comum e migrante local 0.25-5.79 Pombo-verde (Treron calva) Áreas bem arborizadas, ao longo de rios permanentes. Figueiras para comida. Nidifica nos bosques mais secos. Comum, movimentos locais 0.89-4.0 2 Papagaio-de-pescoçocastanho (Poicephalus fuscicollis) Floresta de folhas largas com grandes árvores emergentes e florestas ribeirinhas. Localmente comum 0.86-2.27 2 Papagaio-de-cabeçacastanha (Poicephalus cryptoxanthus) Florestas e florestas ribeirinhas. Nidifica num buraco numa árvore; até 10m acima do chão. Gregário em pequenos grupos nas árvores mortas ou folhosas. 2 Perdizes-do-mar Perdiz-do-mar-comum (Glareola pratincola) Rolas e pombos Papagaios e periquitos Pittas e bocarras Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 33.68-44.04 3 4 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Bocarra (Smithornis capensis) Biótopo (área geográfica) Florestas e matagais; comum; facilmente negligenciado quando não estiver a expor-se. Estatuto na África Raro a localmente comum RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas 4 12 1 4 4 1 1 1 0.25-0.37 Touracos Touraco de Krysna (Tauraco corythaix) Florestas sempre-verdes e ribeirinhas, matagais densos. 0.26-2.56 Touraco-de-cristavioleta (Tauraco porphyreolophus) Floresta fechada, particularmente florestas ribeirinhas, floresta secundária, fragmentos onde o bosque se aproxima gradualmente à floresta, floresta costeira, vegetação raquítica densa e matagais nos morros de muchém. Floresta ribeirinha, matagais sempre-verdes, bosques, florestas de Acácia densas, savana, parques e jardins. Touraco-cinzento (Corythaixoides concolor) Florestas abertas, Florestas de Acácia, perto de água. Comum 0.25-3.07 Cucal de Bengala (Centropus grillii) Prados húmidos com vegetação luxuriante. Raro a localmente comum residente e migrante intra-africano 0.37-0.56 Cucal de Burchell (Centropus superciliosus) Caniçais e matagais, geralmente perto de água. Comum Cucal de Burchell (Centropus burchellii) Vegetação luxuriante e emaranhada. Caniçais, pântanos, e matagais, mato costeiro. Ao longo de linhas de drenagem, margens de terras húmidas. 56.97+ Cucais 46.35+ 27.08-46.35 Cucos Cuco-de-bico-grosso (Pachycoccyx audeberti) Florestas ribeirinhas e bosques. Residente Raro Cuco-de-peito-vermelho (Cuculus solitarius) Florestas e habitats bem arborizados: vegetação ribeirinha, matagais e florestas sempre-verdes. Árvores em redor de habitações. Residente comum e 9.79-15.74 migrante intra-africano Cuco-bonzeado-menor (Chrysococcyx klaas) Florestas, bosques e savanas húmidas. Árvores em redor de habitações. Residente comum e 5.83-10.33 migrante intra-africano Cuco-bonzeado-maior (Chrysococcyx caprius) Variedade de habitats: de margens de florestas ao semideserto. Não em florestas e raro em mopane. Residente comum e migrante intra-africano Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.38-0.5 0.81-3.42 3 2 FAUNA TERRESTRE Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Margens de florestas, florestas ribeirinhas, mato, plantações exóticas, terras agrícolas, áreas suburbanas., bosques ribeirinhos e florestas de Acácia mistas. Residente comum e migrante intra-africano 1.39-3.8 3 Coruja-das-torres (Tyto alba) Grande variedade de tipos de vegetação. Florestas nortenhas. Precisa de grandes árvores para empoleirar-se. As corujas nómadas movimentam-se em resposta a uma explosão da população de roedores. Comum 3.46-6.63 Mocho-de-facesbrancas-austral (Ptilopsus granti) Floresta, savana, floresta de acácia árida, mato ribeirinho. Comum 0.72-1.6 Corujão-africano (Bubo africanus) Grande variedade de habitats. Estruturas feitas pelo homem. Áreas rochosas, bosques, margens de florestas, savana, semi-deserto. Cidades. Comum 2.42-5.33 Coruja-da-floresta (Strix woodfordii) Florestas sempre-verdes e ribeirinhas, bosques fechados, mato costeiro, plantações de pinheiros; raramente na savana. Comum 10.74+ Mocho-barrado (Glaucidium capense) Bosques maduros, matagais, florestas e margens de florestas. Localmente comum 0.85-2.17 Noitibó-de-pescoçodourado (Caprimulgus pectoralis) Florestas densas de folhas largas, savana, mato costeiro e plantações alienígenas. O solo, preferindo áreas onde há um leito de folhas denso. Comum 2.68-7.7 Noitibó de Moçambique (Caprimulgus fossii) Matagal com terrenos arenosos abertos em savana e mato ribeirinho. Os ovos são postos no chão entre resíduos vegetais. Muitas vezes debaixo de arbustos espinhosos. Comum 0.92-2.36 AVE Cuco-preto (Cuculus clamosus) Biótopo (área geográfica) Corujas 1 Noitibós Andorinhões e rabosespinhosos Rabo-espinhosomalhado (Telacanthura ussheri) Aéreo, por cima de savana e bosques; muitas vezes ao longo de rios arborizados. Reproduz-se em árvores ocas ou hastes verticais; muitas vezes associado com embondeiros. Rabo-espinhoso de Böhm (Neafrapus boehmi) Aéreo, por cima de savana e bosques; muitas vezes perto de embondeiros. Reproduz-se em árvores ocas ou hastes verticais. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 4.77+ Localmente comum 0.59-1.25 1 5 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Andorinhão-daspalmeiras (Cypsiurus parvus) Determinado pela distribuição das palmeiras flabeliformes, nidifica por baixo de folhas mortas. Residente comum e migrante local 2.01-6.41 Andorinhão-pretoeuropeu (Apus apus) Aéreo e amplamente distribuído; muitas vezes em grandes bandos; empoleira-se na asa. Principalmente em campos abertos, mas ocorre quase em qualquer parte. Comum migrante paleárctico 0.75-1.51 Andorinhão-pequeno (Apus affinis) Por cima de todos os tipos de vegetação: prefere prados abertos e Karoo, não prados alpestres de grande altitude. Ocorre por cima da água e nidifica debaixo de saliências secas Residente comum 0.25-0.9 Andorinhão-cafre (Apus caffer) Procura comida por cima de terrenos abertos. Falésias. Em qualquer parte: comum no sul e este mais húmidos. Residente comum e migrante intra-africano 3.79-8.1 Rabo-de-junco-de-peitobarrado (Colius striatus) Florestas, matagais e bosque moderadamente húmidos subtropicais. Ecótonos: Margens de florestas e florestas fechadas, linhas de drenagem arborizadas e jardins. Comum 39.22-56.02 Rabo-de-junco-defaces-vermelhas (Urocolius indicus) Bosques de savanas, bosques húmidos, matagal. Evita florestas e prados abertos. Residente comum 7.03-16.25 Florestas sempre verdes e ribeirinhas, bosques fechados, bosques de Acácia húmidos, mato costeiro, bosques nos vales, plantações de caniçada. Nidifica em buracos naturais nas árvores ou em cepos mortos. Forrageia saindo repentinamente do poleiro, apanhando uma presa nas folhas, nos ramos ou no ar. Razoavelmente comum residente 5.26-10.57 Poupa (Upupa africana) Grande uso de diversos habitats. Savana com bosques de Acácia alta. Floresta. Solo descoberto e ervas baixas. Comum 3.18-14.3 Zombeteiro-de-bicovermelho (Phoeniculus purpureus) Arbóreo. Maioria dos tipos de floresta. Margens de florestas sempre-verdes. Comum 7-19.4 Bico-de-cimitarra (Rhinopomastus cyanomelas) Florestas áridas tropicais e subtropicais. Ausente de florestas de copa fechada. Comum 26.51-38.06 Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 3 20 Rabos-de-junco 6 1 4 3 Republicanos Republicano (Apaloderma narina) Poupas e zombeteiros Pica-peixes Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Pica-peixe-de-poupa (Alcedo cristata) Ambientes rigorosamente aquáticos – disponibilidade de peixe. Margens de rios e correntes – árvores, arbustos e ervas ribeirinhas e vegetação cheia de ervas daninhas reclinada. Prefere rios e correntes de fluxo lento com muita vegetação, mas não com copa fechada sobre o rio. Margens abrigadas, lagunas costeiras, estuários de marés, mangais. Comum 0.25-0.6 Pica-peixe do Senegal (Halcyon senegalensis) Florestas bem desenvolvidas; fragmentos ribeirinhos altos de Acácia e mopane; gramíneas sub-bosques fortemente pastejadas. Residente comum e migrante intra-africano 0.52-1.22 Pica-peixe-de-barretecastanho (Halcyon albiventris) Margens de florestas sempre-verdes, bosques e bosques ribeirinhos. Comum 37.67-50.56 Pica-peixe-riscado (Halcyon chelicuti) Florestas abertas, de folhas largas e Acácia; condições moderadamente húmidas e áridas. Comum 23.93-37.63 Pica-peixe-malhado (Ceryle rudis) Ambientes aquáticos – disponibilidade de peixe. Qualquer corpo de água com peixes pequenos, incluindo grandes rios e correntes perenes, estuários, lagos, áreas temporariamente inundadas, costas rochosas e zona costeira entremarés. Menos comum ao longo de correntes de fluxo rápido bem arborizados. Comum 3.8-11.59 Abelharuco-dourado (Merops pusillus) Áreas semi-áridas às áreas de muita chuva. Espaços abertos para procurar comida – arbustos baixos ou canas. Savana e bosques abertos. Comum 24.89-35.12 Abelharuco-andorinh (Merops hirundineus) Grande variedade: de vegetação raquítica semi-desértica às margens de floresta. Savana de Acácia árida, árvores e vegetação raquítica ribeirinhas, clareiras e margens de bosques. Residente comum com movimentos locais 3.99-12.36 Abelharuco-persa (Merops persicus) Margens de deserto, perto de água. Áreas de bosques áridos. Localmente bastante comum migrante paleártico Abelharuco-europeu (Merops apiaster) Variedade de bosques e habitats arbustivos, evita condições relativamente pouco húmidas e áridas. Abelharuco-róseo (Merops nubicoides) Florestas abertas e savanas; planícies de inundação e estepe de Acácia árida; nidifica em escarpas de areia recém-cortadas. Dispersa para lugares abertos com ervas numa variedade de tipos de florestas. Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas 2 4 2 2 Abelharucos Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 2 1 0.41-0.8 4 Comum migrante paleárctico 6.66-13.18 10 12 Residente comum e migrante local 0.52-1.42 15 1 2 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Rolieiros Rolieiro-europeu (Coracias garrulus) Florestas e prados. Florestas abertas. UICN 2014 NT: Quase ameaçada; Comum migrante paleárctico 0.25-0.45 6 Rolieiro-de-peito-lilás (Coracias caudatus) Ecótono entre bosques abertos e áreas abertas com ervas. Savana e florestas abertas (de folhas largas e Acácia) Residente comum e migrante local 50.17-64.1 2 Rolieiro-cauda-deraquete (Coracias spatulatus) Floresta alta, especialmente de miombo. Raro 0.41-0.85 Rolieiro-desobrancelhas-brancas (Coracias naevius) Floresta uniforme e floresta (de folhas largas e Acácia). Raro a comum residente e migrante intra-africano 4.65-14.03 Rolieiro-de-bico-grosso (Eurystomus glaucurus) Floresta ribeirinha e savana adjacente. Localmente comum residente e migrante intra-africano 11.88-18.79 1 2 1 Calaus Calau-de-bico-amarelo (Tockus leucomelas) Variedade de bosques de savana abertos e secos (de folhas largas e Acácia) Calau-coroado (Tockus alboterminatus) Matagal espinhoso seco e denso na savana de planície, bosques fechados, margens de florestas. Floresta primária e secundária e bosques fechados altos; de fragmentos de floresta montanhosa e costeira a faixas lineares de florestas ribeirinhas e nas escarpas. Forrageia principalmente em árvores. Empoleira-se em comum nos ramos finos expostos de cima; locais abrigados por baixo da copa. Residente comum e nómada local Calau-cinzento (Tockus nasutus) Bosques mais altos (de folhas largas e Acácia) em savanas secas e húmidas. Bosques. Comum 0.25-3.07 Calau-trombeteiro (Bycanistes bucinator) Floresta, bosques fechados com árvores altas, bosques ribeirinhos. Fragmentos de florestas costeiras e quentes de baixa altitude, especialmente ao longo de rios. Altitudes mais baixas - florestas de montanha, em bosques húmidos e mangais, e ao longo de faixas de floresta ribeirinha em savana árida. Movimenta-se à busca de frutos. Residente comum e nómada local 3.79-9.71 Calau-do-solo (Bucorvus leadbeateri) Qualquer bosque, savana, prados abertos, terras agrícolas. Raro; principalmente confinado a grandes reservas 0.25-0.71 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.25-4.43 48.86+ 5 12 1 4 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Barbaças e barbadinhos Barbadinho-derabadilha-limão (Pogoniulus bilineatus) Floresta de folhas largas. Forrageia como a felosa na vegetação. Nidifica em buracos escavados em troncos mortos ou na parte inferior de ramos inclinados das árvores. Empoleirase em árvores altas enquanto canta. Comum 18.5-39.23 Barbadinho-de-fronteamarela (Pogoniulus chrysoconus) Bosques de folhas largas, bosques húmidos – floresta mista e colinas rochosas. Comum 5.62-13.54 Barbaças-malhado (Tricholaema leucomelas) Savanas áridas, presença de árvores de madeira macia (Acácia), linhas de drenagem arborizadas em prados. Barbaças-de-colar-preto (Lybius torquatus) Áreas de Miombo, húmidas e arborizadas, ao longo de encostas da escarpa voltadas para o este, Áreas costeiras orientais. Savanas mais secas: limitada à vegetação ribeirinha. Mato costeiro, bosques, margens de floresta, floresta ribeirinha, parques, jardins. Comum 22.51-38.57 Barbaças-de-crista Savana, bosques e matagais – bosques de folhas largas. (Trachyphonus vaillantii) Bosques mistos e habitats de Acácia. Bosques de Acácia, matagais em bosques, bosques ribeirinhos, plantações exóticas, parques, jardins. Comum 2.08-13.65 12 12 7 9 0.25-4.11 Indicadores Indicador-de-peitoescamoso (Indicator variegatus) A copa de florestas ribeirinhas sempre-verdes e mais altas, bosques, vales densamente arborizados, plantações exóticas. Raro a localmente comum 0.77-1.6 Indicador-grande (Indicator indicator) Bosques áridos e húmidos: Grande variedade de tipos de bosques. Raro a localmente comum 1.68-3.84 Indicador-pequeno (Indicator minor) Grande variedade de habitats arborizados: savanas com árvores dispersas a margens de floresta, bosques ribeirinhos; plantações exóticas, jardins. Comum 0.25-0.45 1 Grande variedade de tipos de bosques e savana. Comum 21.82+ 2 4 Pica-paus Pica-pau-de-caudadourada (Campethera abingoni) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 2 Pica-pau-cardeal (Dendropicos fuscescens) Grande variedade de bosques e savana. Comum 18.05-27.65 Pica-pau-de-bigodes (Dendropicos namaquus) Tipos de savana mais áridos. Savana e bosques, árvores altas em contextos de parques abertos. Floresta de folhas largas com árvores altas e árvores mortas. Comum 2.89-7.71 Cotovia-de-nucavermelha (Mirafra africana) Variedade de habitats: fragmentos descobertos, cobertura herbácea escassa, poleiros adequados. Prados abertos com morros de muchém ou arbustos dispersos e fragmentos descobertos, bosques de savana abertos com uma cobertura herbácea escassa entre as árvores, fragmentos descobertos em terras em pousio e terras cultivadas. Comum e muito espalhado 0.97-4.98 3 Cotovia-das-castanholas (Mirafra rufocinnamomea) Florestas: clareiras ou linhas de drenagem. Comum 19.58+ 3 18 Cotovia-cor-de-areia (Calendulauda africanoides) Matagal e savana, geralmente com solos arenosos. Calhandra-sombria (Pinarocorys nigricans) Florestas abertas e savana; muitas vezes em áreas recentemente queimadas. Razoavelmente comum migrante intraafricano 0.37-0.61 Andorinha-das-barreiras (Riparia riparia) Prados abertos húmidos, águas interiores, caniçais, pastagens irrigadas e culturas. Localmente comum migrante paleárctico 0.33-0.49 Andorinha-de-rabadilhacinzenta (Pseudhirundo griseopyga) Prados secos ou queimados, terrenos descobertos nas margens de vleis, clareiras nos bosques, terras em pousio, campos de pólo, campos de golfe. Localmente comum residente e migrante intra-africano 0.48-1.08 Andorinha-daschaminés (Hirundo rustica) Todos os habitats: mais comum na metade oriental com mais chuva: prados mais húmidos e bosques. Migrante paleárctico abundante 25.6-33.01 29 24 Cotovias 0.25-0.78 Andorinhas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Andorinha-cauda-dearame (Hirundo smithii) Sempre associada com corpos de água, incluindo grandes rios, correntes, planícies de inundação, prados abertos adjacentes, áreas abertas de miombo, bosques de mopane, bosques de Acácia e margens de florestas. Rios, correntes e represas, geralmente em bosques e em redor de edifícios. Reproduz-se amplamente em savanas moderadamente húmidas de menor altitude, mas é confinada à proximidade de água permanente, especialmente os rios maiores. Residente comum e migrante intra-africano 0.25-0.84 Andorinha-estriadapequena (Cecropis abyssinica) Variedade de habitats de bosques e savana. Residente comum e migrante intra-africano 0.25-1.44 Mosque Swallow (Cecropis senegalensis) Florestas abertas, muitas vezes perto de rios e especialmente perto de embondeiros. Localmente comum 5.69-12.71 Andorinha-dos-beiras (Delichon urbicum) Grande variedade de habitats: prados, bosques de savana e áreas cultivadas. Campos abertos acidentados. Comum migrante paleárctico 0.25-0.46 Andorinha-preta (Psalidoprocne pristoptera) Correntes, vleis e clareiras na floresta, bosques fechados e plantações exóticas. Localmente comum 2.17-7.16 Lagarteiro-cinzento-ebranco (Coracina pectoralis) Florestas altas, especialmente de miombo e florestas ribeirinhas. Raro a localmente comum 0.25-0.5 Lagarteiro-preto (Campephaga flava) A copa de bosques húmidos, tanto florestas de folhas largas como florestas de Acácia. Bosques húmidos, áridos e ribeirinhos. Localmente comum residente e migrante local 9.86-16.15 Drongo-de-caudaquadrada (Dicrurus ludwigii) Estrato médio de florestas sempre verdes. Localmente comum 0.45-1.08 Drongo-de-caudaforcada (Dicrurus adsimilis) Grande variedade de tipos de vegetação: Mato aberto e bosques; margens de fragmentos de floresta; Highveld – árvores alienígenas. Comum Folhagem luxuriante em copas que dão sombra. Árvores de folhas largas. Faixas ribeirinhas. Razoavelmente comum migrante paleárctico Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 2 2 Lagarteiros Drongos 15.05-49.45 Papa-figos Papa-figos-europeu (Oriolus oriolus) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.37-0.56 4 2 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Papa-figos-de-cabeçapreta (Oriolus larvatus) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 1 Terras húmidas Bosques húmidos; sempre-verdes ou ligeiramente decíduos. Florestas montanhosas africanas. Sobrevoam grandes habitats impróprios – prados. Comum 38.41-50.87 Grande variedade de biomas: não relacionado com a vegetação, não na parte sul do Kalahari. Comum 59.72 Toutinegra (Pycnonotus tricolor) Grande variedade de habitats: bosques mais húmidos e savana, mato ribeirinho, margens de florestas e floresta em restabelecimento (não no interior da floresta), áreas de vegetação raquítica montanhosas e densas, vegetação raquítica, plantações alienígenas. Não em prados abertos. Abundante 95.84+ 16 10 1 Tuta-sombria (Andropadus importunus) Floresta, mato costeiro e ribeirinho, matagal fechado. 70.08+ 10 19 3 Tuta-amarela (Chlorocichla flaviventris) Matas, bosques fechados e margens de floresta. 46.68+ 1 3 Tuta-da-terra (Phyllastrephus terrestris) Floresta sempre verde, principalmente nas terras baixas, mato e floresta ribeirinhas, matagais fechados. 26.27+ Florestas ribeirinhas, matagais em bosques. Esconde-se em vegetação emaranhada e densa, forrageia em vegetação baixa, no leito de folhas no chão. Ninhos bem escondidos, numa ramificação baixa de mato fechado. Canta a partir dum poleiro escondido nos ramos superiores das árvores. 30.41+ 9 Corvos Seminarista (Corvus albus) 1 Toutinegras, Tutas Comum 13 Nicators Tuta-de-gargantabranca (Nicator gularis) 2 13 7 2 Petinhas Pássaro-do-algodãocinzento (Anthoscopus caroli) Bosques de folhas largas bem desenvolvidos. Chapim-preto-meridional (Parus niger) Florestas de folhas largas. Zaragateiros Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Comum 0.52-1.14 38.74-50.01 FAUNA TERRESTRE AVE Zaragateiro-castanho (Turdoides jardineii) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 3 Matas ou faixas de vegetação mais densa ao longo de linhas de drenagem sazonais. Florestas de folhas largas e florestas mistas. Comum 0.25-3.96 Florestas e matagais. Habitats de floresta de folhas largas e floresta mista húmida. Comum 13.23-23.51 4 Tordos Tordo-chicharrio (Turdus libonyana) Piscos Pisco-de-peito-branco (Cossypha humeralis) Matas adjacentes aos cursos de água secos nos bosques e bosques de Acácia. Florestas abertas – matagais fechados, debaixo de grandes árvores de sombra. Morros de muchém e lugares livres de fogo nas colinas rochosas. Pisco do Natal (Cossypha natalensis) Florestas e bosques sempre verdes, vegetação ribeirinha, matagais decíduos, florestas ribeirinhas. Fica na vegetação rasteira das florestas, forrageia no chão (ao anoitecer), deslocase sazonalmente aos estratos mais altos da floresta quando os frutos amadurecem. Canta a partir de poleiros baixos. Em geral, prefere habitats lineares (p. ex. ao longo de cursos de água húmidos e secos). 0.25-1.0 Comum 0.43-1.1 1 Rouxinóis Rouxinol-do-mato-debigodes (Erythropygia quadrivirgata) Lowveld e floresta ribeirinha mista. Florestas e matagais, especialmente com entrelaçamentos espinhosas e com ervas ao longo de correntes e ravinas. Forrageia nos arbustos baixos ou saltitando no chão, bicando no leito de folhas. Nidifica em fendas ou cavidades nas árvores ou atrás de casca solta, 1-3m acima do chão. Inactivo durante o calor do dia, ficando na cobertura fechada. Pisco do Natal (Cossypha natalensis) Florestas e bosques sempre verdes, vegetação ribeirinha, matagais decíduos, florestas ribeirinhas. Fica na vegetação rasteira das florestas, forrageia no chão (ao anoitecer), desloca-se sazonalmente aos estratos mais altos da floresta quando os frutos amadurecem. Canta a partir de poleiros baixos. Em geral, prefere habitats lineares (p. ex. ao longo de cursos de água húmidos e secos). Rouxinol-do-matoestriado (Erythropygia leucophrys) Habitats de floresta e de bosques. Fragmentos de vegetação rasteira densa nos bosques de Acácia e de bosques de folhas largas. Felosas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.38-0.63 1 Comum 53.17+ 2 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Rouxinol-dos-caniçosafricano (Acrocephalus baeticatus) Geralmente em áreas húmidas ou molhadas, incluindo margens de canas, juncos, carriços, ervas altas e outras plantas floridas, e gramíneas altas e arbustos ao longo das margens de rios. Pântanos: Periferias de caniçais onde há uma mistura de gramíneas, carriços, juncos e ervas salgueiras altas. Comum migrante intra-africano Felosa-palustre (Acrocephalus palustris) Matas e pântanos: Margens de caniçais, ervas daninhas à beira de água, matagais lenhosos nos morros de muchém e vegetação folhosa ao longo de rios. Matagais luxuriantes densos com vegetação rasteira herbácea luxuriante, geralmente longe de água. Migrante paleárctico comum Rouxinol-pequeno-dospântanos (Acrocephalus gracilirostris) Pântanos: Phragmites na água. Caniços e juncos nas águas paradas em estuários, lagunas, rios, pântanos. Comum 0.25-0.48 Felosa-musical (Phylloscopus trochilus) Qualquer bosque: margens de florestas sempre-verdes, savanas, jardins, parques, plantações exóticas. Em qualquer parte com árvores e arbustos, i.e., com copas adequadas, copas adequadas. Migrante paleárctico abundante 0.25-0.66 Apalis-de-peito-amarelo (Apalis flavida) Floresta ribeirinha, matagal húmido, floresta mista, bosques de Acácia desenvolvidos, matagais, no meio de florestas sempre verdes de baixa altitude, vegetação raquítica a restabelecer-se. Comum Apalis de Rudd (Apalis ruddi) Matagal de Acácia fechado e floresta mista. Cobertura ribeirinha emaranhada. Campos arenosos, bosques secos densos. Florestas arenosas e ribeirinhas. Vegetação rasteira bem desenvolvida. 1.89-6.69 Felosa-de-dorso-verde (Camaroptera brachyura) Florestas sempre verdes: florestas das terras baixas, ribeirinhas, montanhosas e temperadas. Pequenos fragmentos de floresta ou vegetação secundária densa e matagais. 41.31+ Felosa-de-dorsocinzento (Camaroptera brevicaudata) Matas e cobertura fechada nos bosques decíduos mais secos. Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 1 3+ 1 Apalis 43.22+ 1 7 1 8 Felosas Carriças Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Comum 26.03-41.31 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Felosa de Stierling (Calamonastes stierlingi) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas 11.38-21.58 Bosques de folhas grandes; matagais nos morros de muchém. Forrageia principalmente no ou perto do chão; quando perturbada sobe para a copa. Ninhos de teias de aranha em folhas pendentes. Toutinegras Toutinegra-de-facesvermelhas (Sylvietta whytii) Bosques de miombo, margens das florestas sempre-verdes das terras baixas e ribeirinhas. 0.94-2.16 Toutinegra-de-bicocomprido (Sylvietta rufescens) Florestas; áreas de matagal. Usa grande diversidade de bosques – não é encontrada nos prados não arborizados e no interior das florestas. Comum Fuinha-chocalheira (Cisticola chiniana) Savana arborizada – Florestas de Acácia onde os prados são intercalados com árvores e matagais ou áreas arbustivas. As margens de bosques fechados e em fragmentos de vegetação raquítica costeira. Comum a abundante Fuinha-de-dorso-preto (Cisticola galactotes) Savana de Acácia. Fragmentos de mato em prados abertos e áreas arbustivas de Karoo, bosques em restabelecimento em terras cultivadas antigas e em jardins. Fuinha do Natal (Cisticola natalensis) Prados húmidos abertos luxuriantes, margens de vleis, geralmente com arbustos ou árvores dispersas; também em clareiras e margens das florestas e em vegetação secundária em restabelecimento. Comum 0.25-0.42 Fuinha-de-cabeça-ruiva (Cisticola fulvicapilla) Vegetação raquítica das dunas, na vegetação raquítica e gramíneas luxuriantes nas encostas dos montes, nas margens dos bosques e plantações, na vegetação secundária e em savana de bosques de Acácia. Vegetação rasteira dos bosques. Tolerante da vegetação alienígena. Evita prados densos – não pode alimentar-se a nível do chão. Especialmente nos bosques dos vales. Comum 39.93+ Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis) Prados naturais e áreas com ervas daninhas, margens de vleis, represas, depressões, e pântanos salinos. Pastagens de gramíneas Eragrostis, campos agrícolas com cereais, margens de terras cultivadas, terras em pousio, e quaisquer áreas abertas com gramíneas luxuriantes. Associada com terras húmidas. Comum 6.68-13.28 2 63.25+ 13 Fuinhas Prínias Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 20 2 0.86-3.13 1 15 10 2 2 1 FAUNA TERRESTRE AVE Prínia-de-flancoscastanhos (Prinia subflava) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 60.95+ 8 Pântanos: Nas canas e carriços em vleis. Fragmentos de vegetação relativamente altos e densos: gramíneas luxuriantes nas bermas de estradas ou margens de terras agrícolas, linhas de drenagem e margens de represas e rios, fragmentos de matagal nas savanas de bosques, matagais secundários, canas e carriços em terras húmidas, ecótonos entre prados e bosques e florestas densas e altas. Jardins suburbanos e rurais. Comum Papa-moscas do Paraíso (Terpsiphone viridis) Bosques: florestas sempre-verdes e bosques de folhas largas. Faixas ribeirinhas, vegetação ribeirinha. Residente comum e 7.58-15.24 migrante intra-africano Papa-moscas-pálido (Bradornis pallidus) Principalmente bosques de folhas largas e savana com vegetação rasteira bem desenvolvida. Menos vezes savana de Acácia. Na ramificação de árvores com folhagem densa, perto do tronco ou longe num ramo, 1,5-4m acima do chão. Empoleira-se num ramo exterior baixo na margem duma clareira, deixa-se cair no chão para apanhar presa. Localmente comum Papa-moscas-pretoafricano (Melaenornis pammelaina) Florestas perto da superfície da água; vegetação mais alta, não necessariamente aglomerada, espaço aberto a nível do chão. Comum Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata) Florestas abertas; habitat onde ramos sem folhas alternam com espaços abertos. Habitat aberto com estrato médio e inferior menos bem estruturado. Comum migrante paleárctico 9.41-16.5 Papa-moscas-azulado (Muscicapa caerulescens) Margens das florestas sempre-verdes das terras baixas, estratos superiores de florestas ribeirinhas, matagais em bosques mais secos, savana mais húmida, desfiladeiros arborizados. Comum 1.97-5.07 Papa-moscas-rabo-deleque (Myioparus plumbeus) Vegetação densa, estratos superiores. Faixas ribeirinhas. Buracos nas árvores para fazer ninhos. Localmente comum 0.44-0.94 8 Papa-moscas 15.29+ 1 5 20.15-32.01 1 1 1 1 1 Batis Batis de Woodward (Batis fratrum) Florestas maduras com árvores de pau-ferro. Unhas-longas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.25-0.38 1 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Unha-longa-amarelo (Macronyx croceus) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África Gramíneas luxuriantes, margens de vleis, linhas de drenagem pantanosas, com árvores e arbustos dispersos ou em savana ou bosques abertos. RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 2.73-10.65 4 Terras húmidas Petinhas Petinha-do-capim (Anthus cinnamomeus) Prados: extensões abertas orlando as depressões, savana ligeiramente arborizada, planícies de inundação secas com vegetação baixa e áreas abertas recentemente queimadas. Evita vegetação luxuriante densa. Campos em pousio. Comum 0.99-5.35 Picanço-de-dorso-ruivo (Lanius collurio) Bosques de Acácia de média densidade. Habitats abertos com menos árvores menores para os machos; fêmeas – escondem-se nos bosques mais altos. Campos em pousio com corte em talhadia de arbustos de Acácia, fragmentos de vegetação raquítica. Comum migrante paleárctico 10.86-19.41 4 6 Brubru (Nilaus afer) Boques de savanas. Acácia e bosques de folhas largas. Florestas mistas, bem desenvolvidas e altas, orlas de florestas, áreas cobertas de matagal dispersas. Comum 13.89-22.11 2 2 2 Picanço-de-almofadinha (Dryoscopus cubla) Bosques e florestas indígenas. Florestas densas. Comum 69.8+ 12 9 2 Picanço-assobiador-decoroa-preta (Tchagra senegala) Habitats de matagal e bosques. Bosques moderadamente húmidos de folhas largas. Comum 56.94+ 12 5 2 Picanço-assobiador (Tchagra australis) Bosques e vegetação raquítica – limitado à vegetação rasteira. Bosques de Acácia mopane e de folhas largas. Comum 40.9+ 5 5 Picanço-ferrugíneo (Laniarius ferrugineus) Vegetação rasteira emaranhada densa, matagais ao longo de cursos de água numa ampla gama de tipos de bosques; todos os tipos de bosques e floresta. Florestas e plantações exóticas. Prados - matagais ao longo de cursos de água. 62.68+ 27 22 Picanço-de-peito-laranja (Chlorophoneus sulfureopectus) Floresta. Bosques ribeirinhos mistos. 8.89-16.46 2 11 Picanços Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Comum 1 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 32+ 3 12 2 Picanço-quadricolor (Chlorophoneus quadricolor) Matagais densos nas margens de terras baixas a florestas sempre-verdes de média altitude e bosques bastante secos; floresta de dunas; mato ribeirinho, entrelaçamentos de vegetação secundária. Forrageia na vegetação rasteira e no chão, rasteja na vegetação mais densa quando perturbado. Nidifica a 0,6-1,5m (geralmente 1m) acima do chão na vegetação rasteira emaranhada ou em mato denso, bem escondido. Picanço-de-cabeçacinzenta (Malaconotus blanchoti) Floresta de densidade média. Comum 21.69-30.86 1 Atacador-de-poupabranca (Prionops plumatus) Bosques decíduos de folhas largas – procriação. Caso contrário – Savana de Acácia. Residente comum movimentos locais 10.79-20.62 4 Atacador-de-poupapreta (Prionops retzii) Bosques decíduos quando em procriação. Fora da procriação: dispersa-se em savana de Acácia e outros tipos de bosques secos. Forrageia principalmente nos ramos maiores e troncos das árvores. Nidifica a 3-20m acima do chão num ramo horizontal robusto duma grande árvore (especialmente Pterocarpus rotundifolia). Comum 2.39-5.68 4 Estorninhos Estorninho-de-barrigapreta (Notopholia corruscus) A copa de florestas sempre-verdes das terras baixas e bosques fechados adjacentes. Forrageia principalmente na copa das árvores, raramente fica no chão. Num buraco natural ou dum ninho antigo duma barbuda ou pica-pau numa árvore, bastante alto. Estorninho-grande-deorelha-azul (Lamprotornis chalybaeus) Florestas abertas, savana, floresta ribeirinha, matagal. Geralmente com uma cobertura do solo densa e bastante alta. Forrageia principalmente enquanto corre no chão. Nidifica num buraco natural numa árvore. Empoleira-se em comum em árvores ou caniçais. Comum Estorninho-de-dorsovioleta (Cinnyricinclus leucogaster) Bosques abertos; bosques de folhas largas mistos. Residente comum e migrante intra-africano Estorninho-caranculado (Creatophora cinerea) Prados secos e campos abertos secos; nidifica em árvores espinhosas. Residente comum e nómada Beija-flores Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 3.44-9.03 1.03-7.14 0.94-5 0.25-0.72 1 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR UICN (2014): Quase ameaçada. É raro no sul de Moçambique, população total de menos que 500 aves) e decrescendo. 0.42-0.58 Beija-flor-de-gargantaazul (Anthreptes reichenowi) Floresta costeira sempre verde, mangal e floresta de miombo. Florestas costeiras, Androstachys johnsonii (pauferro) alto. Na vegetação, fica na cobertura profunda. Beija-flor-cinzento (Cyanomitra veroxii) Principalmente a copa e sub-copa de florestas costeiras sempre-verdes e bosques de vale bem desenvolvidos, no interior fragmentos de florestas de montanha. Florestas abertas. Beija-flor-preto (Chalcomitra amethystina) Tipos de florestas de folhas largas. Jardins e conjuntos de árvores alienígenas. Comum 0.25-0.91 Beija-flor-de-peitoescarlate (Chalcomitra senegalensis) Floresta, savana, mato ribeirinho, jardins. Comum 43.25+ Beija-flor-de-colar (Hedydipna collaris) Florestas sempre verdes ribeirinhas e de baixa altitude; mato costeiro, especialmente com plantas rasteiras emaranhadas. Ninho suspenso num ramo suspenso duma árvore ou arbusto folhoso na orla da floresta. Comum 25.62+ Beija-flor de Neergaard (Cinnyris neergaardi) É limitado à faixa costeira, floresta mista longe da costa. Bosques, especialmente secos, floresta densa em solo arenoso. Também vive nas áreas de matagal costeiras. UICN 2014 NT: Quase ameaçada. No sul de Moçambique, como o habitat de floresta costeira da espécie se encontra altamente ameaçado, particularmente pelo abate comercial de árvores e florestamento com espécies de árvores não nativas. Beija-flor-de-barrigabranca (Cinnyris talatala) Grande variedade de tipos de bosque e mato – bosques húmidos. Savana aberta. Comum Beija-flor de Marico (Cinnyris mariquensis) Bosques de Acácia. Florestas dominadas por Acácia. Aloés. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 1.73-5.53 0.46-0.97 27.01-42.26 0.25-0.79 1 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Beija-flor-de-peito-roxo (Cinnyris bifasciata) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Bosques, savana húmida e arbustos costeiros. Comum 28.57+ Bosques, áreas de vegetação raquítica, floresta e jardins. Comum 0.25-0.62 Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Olhos-brancos Olho-branco-amarelo (Zosterops senegalensis) Pardais Pardal-de-cabeçacinzenta (Passer diffusus) Vários tipos de bosques: de folhas largas e de Acácia. Populações de árvores alienígenas. 14.39-23.09 Pardal-de-cabeçacinzenta (Passer griseus) Diversidade de habitats bastante abertos até 2500m; comensal com o homem. Comum Pardal-de-gargantaamarela (Gymnoris superciliaris) Floresta de folhas largas e savana. Localmente comum 3 14.39-23.09 2 Tecelões Tecelão de Cabanis (Ploceus intermedius) Savana de Acácia, bosques, bosques secos, árvores ribeirinhas, geralmente perto de água. Forrageia principalmente nas copas das árvores e explorando flores. Nidifica suspenso dum ramo duma árvore, muitas vezes sobre água até 18m acima do chão. Às vezes também em canas ou arbustos baixos. Em pequenas colónias de 10-20 ninhos. Tecelão-de-lunetas (Ploceus ocularis) Bosques altos ou outra vegetação alta, orla de fragmentos de floresta e em bosques e matagais ribeirinhos. Razoavelmente comum residente 12.37-22 Tecelão-dourado (Ploceus xanthops) Vegetação luxuriante, canas e arbustos ao longo de correntes e rios, margens de florestas. Localmente comum 0.25-0.46 Tecelão-de-máscara (Ploceus velatus) Nidifica em canas, arbustos e árvores ao longo de cursos de água. Também em árvores perto de propriedades e em outra vegetação longe de água. Comum e muito espalhado 0.25-5.04 Tecelão-malhado (Ploceus cucullatus) Perto de água; diferentes tipos de vegetação dos bosques ao longo de vales de rios. Bosques de Acácia abertos, mas não em florestas e prados sem árvores. Margens de florestas ribeirinhas, geralmente perto de água. Grande variedade de tipos de bosques ao longo dos vales de rios. Raro 8.2-14.45 Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 0.43-0.82 1 1 2 2 1 1 1 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Estatuto na África RR Tecelão-das-florestas (Ploceus bicolor) Floresta e bosques fechados. Localmente comum 10.81-23.45 Tecelão-de-cabeçavermelha (Anaplectes melanotis) Bosques, savana, geralmente não longe de água. Forrageia na folhagem. Ninhos fixado num ramo de árvore, geralmente vários metros acima do chão. Localmente comum 0.79-3.24 Tecelão-de-bico-grosso (Amblyospiza albifrons) Tipos de floresta: floresta ribeirinha, canas ou juncos perto de florestas. Na estação de procriação nos pântanos, rios, com ervas luxuriantes, caniçais e papiro. Comum 0.25-5.2 A maioria dos tipos de vegetação. Bosques e prados. Ervas anuais e água superficial. Comum nómada 1.32-5.72 Viúva-de-espáduasvermelhas (Euplectes axillaris) Prados húmidos abertos, margens de vleis, encostas com ervas luxuriantes, pântanos, margens de canaviais. Comum 0.25-0.99 Viúva-de-asa-branca (Euplectes albonotatus) Bosques e prado: vegetação luxuriante nas margens de áreas abertas com ervas, geralmente perto de água. Margens de áreas cultivadas cobertas de vegetação. Planícies de inundação sazonalmente inundadas e prados de gramíneas altas. Comum 0.25-0.72 Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície Terras húmidas 1 2 Queleas Quelea-de-bicovermelho (Quelea quelea) Viúvas 1 Bispos Viúva-de-rabadilhaamarela (Euplectes capensis) Prados alpestres: orlas raquíticas das florestas de montanha. Gramíneas luxuriantes ou lugares pantanosos nas encostas íngremes ou nos fundos dos vales em zonas acidentadas ou montanhosas, geralmente com árvores e arbustos dispersos, muitas vezes na orla de bosques ou de fragmento de floresta; também nas margens de canaviais e campos de algodão. Áreas húmidas com ervas e vegetação rasteira. 0.25-0.6 Auroras Aurora-melba (Pytilia melba) Savana de Acácia; prados abertos perto de cobertura; vegetação espinhosa mista e savana de folhas largas com matagais. Floresta de folhas largas com fragmentos de gramíneas e matagais ou arbustos espinhosos. Pintadinhas Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Comum 4.68-11.3 3 FAUNA TERRESTRE AVE Pintadinha-de-peitorosado (Hypargos margaritatus) Biótopo (área geográfica) Estatuto na África Bosques áridos e prados. Vegetação raquítica densa e seca, entrelaçamentos espinhosos e matagais em bosques. Savana de palmeiras e margens de florestas sempre verdes, incluindo florestas na areia. Matagais densos de Acácia. RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 0.48-1.25 Terras húmidas 3 Freirinhas Freirinha-bronzeada (Lonchura cucullata) Habitats das margens; dependente da água. Áreas húmidas arborizadas. Freirinha-de-dorsovermelho (Lonchura nigriceps) Floresta ribeirinha, matagais húmidos, margens de florestas sempre verdes costeiras, das terras baixas ou de média altitude, às vezes com ervas altas. Abundante 29.37-45.31 8 0.45-0.97 Peitos-de-fogo Peito-de-fogo-de-bicovermelho (Lagonosticta senegala) Bosques, savana, vegetação ribeirinha e de matagal – perto de água. Comum 0.25-0.62 Peito-de-fogo de Jameson (Lagonosticta rhodopareia) Florestas de folhas largas – áreas abertas com ervas com matagais; cursos de água. Ervas luxuriantes, margens de matagais, vegetação secundária, terras cultivadas, margens de florestas ribeirinhas, ravinas cheias de arbustos e encostas rochosas. Comum 1.11-5.36 2 Bico-de-lacre-comum (Estrilda astrild) Prados luxuriantes, caniçais, terras de cultivo, estuários costeiros, terras húmidas do interior e represas, ao longo de rios efémeros e permanentes. Comum 5.13-11.54 24 Peito-celeste (Uraeginthus angolensis) Savanas espinhosas áridas. Dependente da disponibilidade de água superficial. Comum 69.63-81.26 4 5 Viuvinha (Vidua macroura) Grande variedade de habitats abertos moderadamente húmidos. Na margem de habitats humanos. Terras húmidas. Comum 0.84-4.36 2 3 Viuvinha-do-paraiso (Vidua paradisaea) Bosques e savanas semi-áridas – savana espinhosa. Savana aberta de Acácia com grandes áreas com ervas. Árvores salientes. Comum com movimentos locais 4.01-8.91 1 4 Peitos Viuvinhas Canários Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 8 FAUNA TERRESTRE AVE Biótopo (área geográfica) Canário-de-peito-limão (Crithagra citrinipectus) Bosques áridos e savana de palmeiras. Canário-de-ventreamarelo (Crithagra mozambicus) Grande variedade de habitats de bosques: bosques de Acácia ligeiramente arborizados, bosques de folhas largas húmidos, ao longo de cursos dos rios. Evita florestas de Acácia. Plantações alienígenas. Chamariço-de-cabeçaestriada (Crithagra gularis) Vegetação associada com as montanhas e uma topografia acidentada: Vales arborizados. Áreas bem arborizadas; bosques decíduos e de miombo mais secos. Evita prados abertos, florestas de Acácia áridas. Margens de florestas sempre-verdes e vegetação raquítica nas encostas das montanhas. Estatuto na África RR Mosaico de Florestas e Mosaico de Mistura de Rio Govuro Bosques Florestas e Florestas e e planície 0.43-0.63 Comum a abundante 6.05-21.66 6 0.25-0.96 Escrevedeiras Escrevedeira-de-peitodourado (Emberiza flaviventris) Bosques de folhas largas abertas e bosques mistos e savana. Comum Escrevedeira de Cabanis (Emberiza cabanisi) Bosques e savana húmida. Localmente comum Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 16.67-29.41 0.38-0.61 5 7 Terras húmidas FAUNA TERRESTRE ANEXO D Mamíferos Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE MAMÍFEROS: Habitat disponível, ocorrência esperada e presença observada de mamíferos durante o levantamento (Monadjem, et al, 2010; Skinner, e Smithers, 1990. Mills, e Hes, 1997). Biótopos diferentes pesquisados: Tipos de Vegetação/Habitat: 1. Mosaico de Florestas e Bosques de Julbernardia-Brachystegia 2. Mistura de Florestas e Bosques 3. Rio Govuro e planície de inundação 4. Terras húmidas costeiras Na lista abaixo constam os mamíferos esperados de ocorrer nos habitats naturais disponíveis da área de estudo (ver a tabela acima). As palavras em negrito indicam o habitat apropriado (habitat preferido) para cada espécie, e os itálicos sublinhados indicam o habitat inapropriado (a razão pela qual é improvável encontrar o mamífero nos biótopos abrangidos pelo levantamento). As células sombreadas indicam o biótopo que compreende o habitat preferido, e o número na célula dá o número de exemplares ou vestígios certos detectados durante os levantamentos. Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Ordem: Insectivora Família: Soricidae Musaranhoalmiscardo-vermelho (Crocidura fuscomurina) Todas as latitudes, tolerância ampla. Terrestre. Cobertura como detritos, árvores caídas, pilhas de madeira ou tufos densos de gramíneas. Dados insuficientes Musaranhoalmiscardo-vermelho (Crocidura hirta) Em situações húmidas ao longo de rios e correntes. Arbustos baixos, vegetação rasteira densa, montes de detritos e troncos caídos. Dados insuficientes Família: Chrysochloridae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 1 Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Toupeira-amareladourada (Calcochloris obtusirostris) Solos arenosos em savana arborizada e dunas costeiras de areia. Faz corredores de forragear na subsuperfície que estão ligados a tocas mais profundas, contendo câmaras de nidificação, geralmente localizadas debaixo das bases das árvores. Pouco preocupante. Uma espécie muito espalhada na região Morcego-frugívoro de Wahlberg (Epomophorus wahlbergi) Florestas tropicais e florestas ribeirinhas sempreverde; florestas e orlas de florestas nas áreas de savana mais secas, matagais com árvores carregadas de frutos. Penetra os vales de rios com florestas sempre-verdes. Fica pendurado durante dia na copa densa de grandes árvores sempre-verdes. Desloca-se por vários quilómetros cada noite para alcançar árvores em frutificação. Pouco preocupante. Morcego-frugívoro de Egipto (Rousettus aegyptiacus) Quase todos os habitats. Totalmente dependente na presença de covas. Empoleira-se de modo gregário em grutas. A distribuição está mais influenciada pela disponibilidade de locais de descanso adequado que por associações de vegetação. Depende de árvores em frutificação. Nómada. Pouco preocupante. Bosques de savana: habitats abertos, evita florestas fechadas. Superfícies verticais de troncos de árvores, faces de rochas - na sombra. Pouco preocupante. Ambiente rochoso com abundância de fendas. Fendas estreitas em rochas e árvores. Pouco preocupante. Família: Pteropodidae Família: Emballonuridae Morcego-dassepulturas-sulafricanas (Taphozous mauritianus) Família: Molossidae Morcego-pequeno-decauda-livre (Chaerephon pumilus) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 8 3 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Morcego-de-caudalivre de Ansorge (Chaerephon ansorgei) Savana arborizada seca, imediações de colinas acidentadas e cordilheiras com escarpas rochosas e precipícios. Poleiros naturais - fendas estreitas em rochas, especialmente em falésias. Edifícios; pontes altas. Pouco preocupante. Morcego-Angolano-decauda-livre (Mops condylurus) Grande diversidade de habitat. Fendas estreitas nas faces de rochas e covas; cavidades em árvores. Pouco preocupante. Morcego-do-Natal-dededos-compridos (Miniopterus natalensis) Temperado do subtropical. Savanas e prado. Depende de cavernas. Migra entre cavernas. Pouco preocupante. Morcego-borboleta (Glauconycteris variegata) Bosques de savana. Bosques abertos e não florestas. Mato aberto. Bosques ribeirinhos e costeiros. Áreas fortemente arborizadas ou florestadas. Empoleira-se sozinho ou em pares na folhagem densa. Pouco preocupante. Anchieta's pipistrelle (Hypsugo anchietae) Ocorre amplamente mas de forma dispersa. Savana e bosques. Zonas bem arborizadas, como vegetação ribeirinha. Pouco preocupante. Dusky pipistrelle (Pipistrellus hesperidus) Locais bem arborizados como vegetação ribeirinha e fragmentos de floresta, especialmente na proximidade de água. Empoleira-se em árvores e estruturas antrópicas; fendas estreitas em rochas graníticas esfoliantes; casca solta de árvores mortas. Pouco preocupante. Morcego-caseiro Hottentot (Eptesicus hottentotus) Ocorre amplamente mas de forma dispersa. Empoleira-se em afloramentos rochosos - covas e fendas. Pouco preocupante. Morcego-caseiroamarelo (Scotophilus dinganii) Savana e mato misto: fendas estreitas, buracos e em árvores ocas. Depende da presença de árvores. Evita habitats abertos - prados e vegetação raquítica de Karoo. Pouco preocupante. Família: Vespertilionidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Morcego-caseiroverde (Scotophilus viridis) Savana e bosques quentes de baixa altitude. Evita habitats abertos (prados). Condições ribeirinhas bosques ribeirinhos altos. Vários abrigos - buracos em árvores, telhados de casas. Pouco preocupante. Morcego-lanosopequeno (Kerivoula lanosa) Florestas ribeirinhas e habitat montanhoso irregular. Condições ribeirinhas e com terra bem regada. Pouco preocupante. Morcego-lanoso de Damaralândia (Kerivoula argentata) Boques de savana. Condições ribeirinhas e com terra bem regada. Empoleira-se na folhagem entre as folhas ou em ninhos de aves. Pouco preocupante. Morcego-caseiro de Somalia (Neoromicia zuluensis) Bosques de savana - associados com habitats ribeirinhos. Empoleira-se entre as folhas mortas de aloés. Pouco preocupante. Morcego-debananeiras (Neoromicianana) Floresta e savana de bosques; habitats bem arborizados - vegetação ribeirinha; fragmentos de floresta na proximidade de água: Perto de bananeiras ou estrelícias, folhas terminais enroladas de bananeiras; Também outras folhas. Pouco preocupante. Morcego de Schlieffens (Nycticeinops schlieffeni) Bosques de savana de baixa altitude: lugares bem arborizados como vegetação ribeirinha ao longo de rios e linhas de drenagem ; não em florestas. Empoleira-se nas rachas em árvores. Pouco preocupante. Morcego-orelhudopiloso (Nycteris hispida) Grande variedade de requisitos de habitat. Bosques de savana secos e florestas altas. Pouco preocupante. Morcego-de-orelhasgrandes (Nycteris macrotis) Florestas e bosques de savana húmidos. Abrigos: cavernas, troncos de grandes árvores. Pouco preocupante. Morcego-grandeorelhudo (Nycteris grandis) Florestas ribeirinhas (nos bosques) bem desenvolvidas e sempre-verdes. Cavidades em grandes árvores, cavernas baixas na rocha. Pouco preocupante. Família: Nycteridae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Morcego-orelhudo de Egipto (Nycteris thebaica) Bosques de savana abertos; Karoo; evita prados abertos: cavernas, grandes árvores ocas ou buracos no chão. Cavernas (não profundas) e habitats subterrâneos (tocas de ursos-formigueiros); savana e matagal temperados. Estruturas antrópicas. Precisa de cobertura de árvores. Pouco preocupante. Morcego-ferradura de Hildebarandt (Rhinolophus hildebrandti) Bosques de savana; empoleira-se em cavernas, minas, edifícios em desuso, cavidades em rochas ou grandes árvores ocas Pouco preocupante. Morcego-ferradura de Darling (Rhinolophus darlingi) Savana de bosques: Cavernas, e entre montes de rochedos soltos. Empoleira-se em cavernas e habitats subterrâneos (minas) em colónias de tamanho médio. Pouco preocupante. Morcego-ferradura de Damaralândia (Rhinolophus fumigatus) Bosques de savana abertos; orlas de florestas. Ausente das florestas, deserto e semi-deserto. Empoleira-se em cavernas, minas, bueiros. Pouco preocupante. Morcego-ferradura de Lander (Rhinolophus landeri) Florestas e bosques de savana. Condições ribeirinhas com terras bem regadas. Morador de cavernas. Empoleira-se em cavernas, minas, e grandes árvores ocas. Empoleira-se em pequenos grupos. Pouco preocupante. Morcego-ferradura-denariz-de-sela (Rhinolophus blasii) Bosques; savana: Empoleira-se em cavernas e habitats subterrâneos (minas) em pequenos grupos. Pouco preocupante. Morcego-ferraduradas-savanas (Rhinolophus simulator) Boques de savana; floresta ribeirinha e ao longo de linhas de drenagem arborizadas. Depende de bastante abrigo na forma de covas, pequenas cavernas em afloramentos rochosos, bueiros e minas. Empoleirase em grandes grupos. Pouco preocupante. Família: Rhinolophidae Família: Hipposideridae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Percival's short-eared trident bat (Cloeotis percivali) Boques de savana. Descansa em cavernas. Cobertura suficiente na forma de cavernas e poços mineiros para empoleirar-se de dia. Empoleira-se em fendas estreitas. Forrageia numa confusão (na vegetação). Pouco preocupante. Morcego-focinho-defolha-estriado (Hipposideros vittatus) Depende de grandes cavernas para procriação. Variedade de habitats de bosques e savana – árido a húmido. UICN 2014: Quase ameaçada Giant leave-nosed bat (Hipposideros gigas) Savana moderadamente húmida e floresta. Pouco preocupante. Morcego-de-narizenfolhado da Cafraria (Hipposideros caffer) Boques de savana: Grande variedade de cavernas, esgotos de pia e habitats subterrâneos (cavidades); poleiros antropogénicos: minas e bueiros. Colónias – dezenas a centenas. Locais ribeirinhos. Procura comida dentro e em redor de matagais e vegetação rasteira bem desenvolvida, evitando áreas abertas. Voa lentamente através dum ambiente desordenado. Pouco preocupante. Jagra-gigante (Otolemur crassicaudatus) Florestas, matagais e bosques bem desenvolvidos. Penetra em zonas secas em florestas e bosques ribeirinhos. Durante o dia – na folhagem espessa das árvores. Pouco preocupante. Jagra de Grant (Galagoides granti) Florestas sempre verdes a baixa altitude e prefere as partes densas do habitat, com uma altura de 6-20m. Pouco preocupante. Jagra-pequena (Galago moholi) Bosques: Noctívago; arbórea – buracos em árvores, folhagem espessa, ninhos de pássaros em desuso. Floresta aberta degradada. Pouco preocupante. Macaco-cão-cinzento (Papio ursinus) Muito espalhado, diurnal: À noite - Falésias e árvores altas Pouco preocupante. Macaco-simango (Cercopithecus mitis) Floresta aberta Pouco preocupante. Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Família: Lorisidae Família: Cercopithecidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 5 Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Macaco-de-cara-preta (Cercopithecus aethiops) Floresta, diurnal: À noite – Folhagem espessa em árvores altas, escarpas rochosas Pouco preocupante. Leopardo (Panthera pardus) Muito espalhado. Áreas acidentadas ou florestas. Noctívago e solitário. UICN (2014): NT Quase ameaçada. Gato-bravo-africano (Felis lybica) Muito espalhado – Grande tolerância de habitat. encostas rochosas, vegetação rasteira, caniçais, fragmentos de ervas altas. As crias nascem na vegetação rasteira densa ou numa outra cobertura substancial. Pouco preocupante. Gato-serval (Felis serval) Proximidade com água é requisito essencial, juntamente com a disponibilidade de cobertura adequada; ervas altas, vegetação rasteira ou canaviais - durante o dia. Prados húmidos, vleis e canaviais. Pouco preocupante. Chacal-listrado (Canis adustus) Savana e condições bem regadas; ervas altas. Floresta aberta; savana. Pouco preocupante. Chacal-de-costaspretas (Canis mesomelas) Muito espalhado. Grande tolerância de habitat. Terrenos abertos. As crias nascem em buracos no solo. Pouco preocupante. Lontra do Cabo (Aonyx capensis) Predominantemente aquática; água doce um requisito essencial: Rios, lagos, pântanos e represas. Muito espalhado. Afluentes de rios em pequenas correntes habitat com comida. As crias nascem em buracos nas margens de rios. Água estuarina e marinha. Pouco preocupante. Maritacaca (Ictonyx striatus) Muito espalhado. Grande tolerância de habitat. Cobertura de vegetação enfezada, prados abertos, e bosques de savana. Buracos no solo. Pouco preocupante. Família: Felidae Família: Canidae Família: Mustelidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 4 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Texugo-de-mel (Mellivora capensis) Muito espalhado. Não no deserto. Usa fendas em áreas rochosas, também cava abrigos. Koppies rochosos, áreas arenosas com vegetação raquítica, prados abertos, bosques abertos, bosques ribeirinhos e prados de planície de inundação. Pouco preocupante. Geneta-de-malhasgrandes (Genetta tigrina) Partes melhor irrigadas: Floresta, áreas de matagal abertas e prados secos ou áreas de vlei secas. Árvores. Noctívaga – nidifica em buracos no solo ou em árvores ocas. Pouco preocupante Civeta-africana (Civettictis civetta) Amplamente distribuída – floresta e bosques onde está disponível água. Noctívaga e solitária. As crias nascem em buracos ou na vegetação rasteira densa. Pouco preocupante Manguço-vermelho (Galerella sanguinea) Muito espalhado. Áreas abertas. Vegetação rasteira ou buracos no solo, buracos em morros de muchém. Pouco preocupante Manguço-de-caudabranca (Ichneumia albicauda) Bosques de savana: Áreas bem irrigadas. Não no deserto, semi-deserto ou floresta. Pouco preocupante Manguço-d’água (Atilax paludinosus) Áreas bem irrigadas: Rios, correntes, charcos, pântanos, vleis húmidos, represas e estuários de marés - cobertura adequada de canaviais ou fragmentos densos de ervas semi-aquáticas. Na costa em mangais em água salobra. Pouco preocupante Manguço-gigantecinzento (Herpestes ichneumon) Nas margens de rios, pântanos, lagos e represas. Vegetação rasteira ribeirinha ou canaviais. Pouco preocupante Manguço-listrado (Mungos mungo) Grande tolerância de habitat. Requisito de habitat essencial: bosques, vegetação rasteira, detritos no substrato como troncos caídos e outros detritos vegetais. Bosques de Acácia. Pouco preocupante Manguço-anão (Helogale parvula) Muito espalhado. Bosques abertos secos e em prados onde há detritos no substrato e morros de muchém. Vive em buracos permanentes – morros de muchém, escava tocas profundas. Pouco preocupante Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras 1 1 Família: Viverridae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 2 FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 1 2 Família: Equidae Zebra de Burchell (Equus burchellii) Planícies abertas à savana fortemente arborizada Pouco preocupante Muito espalhado. Grande tolerância de habitat. Bosques abertos, vegetação raquítica e prados. Noctívago. Vive em grandes tocas. Pouco preocupante Porco-bravo (Potamochoerus porcus) Florestas, matagais, vegetação rasteira ribeirinha, canaviais ou fragmentos de gramíneas altas onde há água. Ninhos feitos de ervas em lugares abrigados. Floresta linear. Pouco preocupante Javali-africano (Phacochoerus aethiopicus) Áreas abertas de prados, planícies de inundação, vleis e em redor de charcos e depressões. Covas de ursos-formigueiros abandonadas. Floresta linear. Pouco preocupante Água permanente, aberta, profunda, adequada (suficientemente profunda para permitir a submersão total) com bancos de areia suavemente inclinados deve estar disponível e fontes de comida adjacentes. Extensões abertas de água permanente. Lugares de descanso temporário durante o alagamento em meandros ou a montante nos afluentes de grandes rios. UICN (2012): VU Vulnerável. Família: Orycteropodidae Urso-formigueiro (Orycteropus afer) Família: Suidae Família: Hippopotamidae Hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação 4 6 1 1 3 Família: Dugongidae Dugongo (Dugong dugong) Águas costeiras e insulares entre a África Oriental e Vanuatu entre as latitudes de cerca de 27° Norte e Sul do Equador. Os dugongos são principalmente mamíferos marinhos. Habitam as águas rasas, com profundidades de cerca de 10 m, às vezes mergulham até profundidades de 39 m para se alimentar. As áreas rasas são tipicamente localizadas nas baías protegidas, canais de mangal largos e em áreas abrigadas de ilhas perto da costa. Os leitos de ervas marinhas consistindo de ervas marinhas fanerógamas - fonte principal de alimentação, coincidem com estes habitats perfeitos. Também observado em águas mais profundas onde a plataforma continental é larga, nerítica e abrigada. Bancos de areia e estuários entremarés que são bastante rasos, são potenciais áreas adequadas para os partos. UICN (2014): VU Vulnerável. Cabrito-cinzento (Sylvicapra grimmia grimmia) Muito espalhado. Presença de mato. Bosques com ampla vegetação rasteira, prados de ervas médias e altas. Descansa em arbustos ou nas ervas altas. Pouco preocupante Changane (Neotragus moschatus) Copa florestal fechada com uma alta densidade de troncos e baixa cobertura do solo. Pouco preocupante. Cabrito-vermelho (Cephalophus natalensis) Floresta, matagais densos, ravinas densamente arborizadas e mato costeiro denso onde há água superficial. Pouco preocupante. Chipene (Raphicerus campestris) Muito espalhado. Áreas abertas: prados abertos com fragmentos de ervas altas, arbustos dispersos ou vegetação raquítica e plantas floridas que não sejam ervas. Evita áreas densamente arborizadas. Pouco preocupante. Floresta aberta. Bosques densos, floresta ribeirinha, mato grosso e áreas acidentadas com cobertura arbustiva. Pouco preocupante. Família: Bovidae Chipene-grisalho (Raphicerus shapei) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 1 Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Palapala-negra (Hippotragus niger) Bosques abertos. Áreas com um estrato de vegetação bem desenvolvida. Depende da disponibilidade de água. Pouco preocupante. Cudo (Tragelaphus strepsiceros) Muito espalhado em bosques de savana. Áreas acidentadas, rochosas com cobertura de bosques e água aberta. Pouco preocupante. Imbabala (Tragelaphus scriptus) Áreas ribeirinhas e matagais perto de água. Pouco preocupante. Chango (Redunca arundinum) Água aberta com cobertura; fragmentos de ervas altas ou canaviais Pouco preocupante. Piva, Inhacoso, Namedouro (Kobus ellipsiprymnus) Habitats de savana com gramíneas médias e altas na proximidade de água. Pouco preocupante Grande tolerância de habitat, ausente das florestas. De dia – montes de folhas ou outros detritos vegetais, buracos no solo. Pouco preocupante. Muito espalhado: Todos os tipos de terreno para além de áreas pantanosas, florestas muito húmidas e áreas desérticas áridas. Noctívago. Abriga-se – descansando em covas, cavidades na rocha, buracos no solo. Ausente das florestas. Usa cavidades abandonadas de ursos-formigueiros e outros tipos de buracos no solo ou fica debaixo das raízes de árvores expostas pela erosão. Pouco preocupante Muito espalhada nos solos arenosos: Noctívaga – descansa em tocas. Evita o chão duro ou solos muito argilosos. Savana. Pouco preocupante Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras Ordem: Manidae Família: Pholidota Pangolim (Manis temminckii) Ordem: Rodentia Família: Hystricidae Porco-espinho do Cabo (Hystrix africaeaustralis) 2 Família: Pedetidae Lebre-saltadora (Pedetes capensis) Família: Sciuridae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Esquilo-do-sol (Heliosciurus mutabilis) Florestas sempre verdes das terras baixas ou das montanhas, mas também ocorre em florestas ribeirinhas e matagais arborizados. Usa buracos em árvores ou lugares abrigados entre tufos densos de plantas rasteiras altas nas árvores florestais para descansar. Pouco preocupante. Esquilo-vermelho-dafloresta (Paraxerus palliatus) Varia de florestas da montanha, sempre-verdes e húmidas ao longo da orla ocidental da planície costeira, às floresta e matagais costeiros mais densos e mais secos. Foge pelos ramos para lugares de refúgio na folhagem densa. Nidifica em buracos nas árvores. Pouco preocupante. Muito espalhado em bosques: Boques de savana incluindo uma ampla variedade de tipos de bosques. São preferidas árvores com buracos adequados para ninhos. Diurno – descansa em buracos nas árvores. Pouco preocupante Faixas de floresta e florestas abertas em qualquer parte onde há tapetes de ervas altas ou canas crescendo em lugares húmidos ou molhados. Caniçais ou áreas de ervas altas densas com caniço grosso ou caules como cana doce. Nas imediações de rios, lagos e pântanos - nunca encontrado longe de água. Lugar de descanso na parte mais densa do canavial. Cobertura – tapete de ervas altas e finas, buracos nas margens das correntes, debaixo do sistema radicular das árvores adjacentes a gramíneas e canas. Usa buracos existentes ou simplesmente usa tapetes de vegetação. Pouco preocupante Esquilo-da-savana (Paraxerus cepapi) Família: Thryonomyidae Rato-grande-dascanas (Thryonomys swinderianus) Família: Bathyergidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 1 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Rato-toupeiraHottentot (Cryptomys hottentotus) Solos arenosos soltos a solos pedregosos e colinas a condições montanhosas e de escarpa. Tendência para solo arenoso solto - especialmente solos do aluvião ao longo de grandes rios e correntes. Tipos de veld de Karoo, bosques costeiros, florestas costeiras, bosques de Acácia, veld de mopane, savana e prados puros, bem como florestas temperadas e transicionais, vegetação raquítica e matagal. Savana, campos cultivados. Pouco preocupante Rato-gigante (Cricetomys gambiensis) Florestas e bosques sempre verdes. Áreas urbanas. Floresta linear, morros de muchém. Pouco preocupante. Gerboa de Peters (Gerbilliscus leucogaster) Muito espalhado – Sobrevive independentemente do tipo de vegetação ou grau de cobertura existente, tendo sido registado em prados abertos, bosques de Acácia ou áreas de vegetação raquítica, e bosques de mopane. Geralmente encontrado em antigas terras cultivadas. Ocorre no solo duro, mas prefere solos arenosos leves ou solos arenosos do aluvião. Noctívago e terrestre. Geralmente não escava as suas próprias tocas mas usa buracos em morros de muchém ou debaixo de raízes de árvores, podendo contudo escavar tocas em solos arenosos. Estas tocas são geralmente encontradas na base de pequenos arbustos, mas também ao ar livre, e têm câmaras de descanso com leitos de detritos vegetais. No período da manhã uma rampa fresca de areia é deixada na entrada às tocas, seguido de actividades nocturnas. Independente de água, mas não tolera condições sem água. Dados insuficientes Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques 1 4 Família: Cricrtidae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Família: Muridae Rato-espinhoso (Acomys spinosissimus) Rato-bochechudo (Saccostomus campestris) Espécies do Ratovermelho-da-savana (Aethomys ineptus) Rato-arbóreo-dasavana (Thallomys paedulcus) Muito espalhado – associado com áreas/terrenos rochosos: Noctívago e terrestre (singular ou em grupos) – descansa em fendas nas rochas, debaixo de raízes de árvores. Habitat mais comum: entre rochedos num habitat rochoso. Rochas pendentes abrigadas, debaixo de porções esfoliadas e em outras fendas abrigadas. Também solos arenosos do aluvião ao longo de rios, bosques secos e em matagais; usa a cobertura das raízes de árvores expostas pela erosão; ou buracos em morros de muchém. Os ninhos são feitos de ervas e outros detritos em fendas ou debaixo de placas de rocha foliadas. Pouco preocupante Muito espalhado com uma ampla tolerância de habitat: Em tocas, solo arenoso ou arenoso do aluvião, margens abertas com ervas baixas de depressões, koppies rochosos, orlas de florestas de baixa altitude. Exclusivamente terrestre, predominantemente solitário e noctívago. Pouco preocupante Muito espalhado – Prados abertos com uma associação de arbustos, bosques abertos, margens de depressões. Solo arenoso ou arenoso do aluvião, ou solo duro – buracos ou fendas nas rochas e montes de rochedos. Associado com cobertura: fendas rochosas, montes de detritos, tufos de gramíneas ou árvores caídas. Vegetação raquítica seca de Acácia, bem como na vegetação na orla de florestas sempre-verdes. Abriga-se em tocas debaixo do mato nas planícies. Vive em tocas com caminhos interligados; pode frequentar antigos morros de muchém. Alto potencial reprodutivo em condições favoráveis. Não é gregário; os abrigos são usados por apenas um par ou uma família. Pouco preocupante Florestas de Acácia: Vive em fendas nos troncos, debaixo de faixas de casca solta ou em buracos no solo entre as raízes duma árvore (Especialmente acácias). Noctívago. Pouco preocupante Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) 1 6 3 Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Rato-uniraiado (Lemniscomys rosalia) Boques de savana a áreas de matagal abertas e secas. Factor comum: Prados - escava tocas debaixo da cobertura de tapetes de ervas. Dados insuficientes Rato-multimamilado de Natal (Mastomys natalensis) Grande tolerância de habitat (espécies pioneiras seca, queima, lavra), do nível do mar a áreas de altitude, ausente de áreas áridas: Gosta de prados onde há alguma cobertura de vegetação raquítica. Agregados familiares; orlas de terras agrícolas; Em associações ribeirinhas correndo para o oeste em áreas áridas. Florestas degradadas, campos. Muitas vezes ocorre em grandes números. Vive em comum, é terrestre e noctívago. Constrói as suas próprias tocas mas muitas vezes usa tocas existentes de outros roedores. Pouco preocupante. Rato-de-dentescanelados (Pelomys fallax) Rios, vleis, pântanos e lugares com água – lugares húmidos. Ecótono: terras húmidas e secas. Savana, campos cultivados Pouco preocupante. Rato-comum-dafloresta (Grammomys dolichurus) Predominantemente arbóreo: em florestas e matagais, geralmente em lugares húmidos; constrói ninhos de ervas ou folhas na vegetação rasteira densa. Pouco preocupante Rato-Moçambicanoda-floresta (Grammomys cometes) Bosques densos, bem desenvolvidos. Região oriental de elevada pluviosidade. Pouco preocupante. Rato-pigmeu (Mus minutoides) Em todos os tipos de vegetação. Grande variedade de habitats. Noctívago e terrestre, não vive em comum. Áreas razoavelmente húmidas onde há ervas altas, matagal ou outra cobertura. Faz as suas próprias tocas em terreno mole. Normalmente encontra refúgio debaixo de montes de detritos, troncos caídos de árvores e tipos de cobertura semelhantes, também rochedos ou buracos em morros de muchém. Pouco preocupante Rato-pigmeu de Thomas (Mus sorella) Florestas de baixa altitude húmidas subtropicais ou tropicais, florestas de montanha húmidas subtropicais ou tropicais, e savana seca. Associado com clareiras abertas nas florestas das terras baixas e de montanha, e também nas áreas de savana. Pouco preocupante. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE Mosaico de Florestas e Bosques Mamífero Habitat Estatuto (RAS) 2002 Florestas Rato de Rudd (Uranomys ruddi) Prados sazonalmente inundados e secos sobre solos do aluvião na proximidade de rios e correntes. Pouco preocupante. Arganáz-arbóreo (Graphiurus murinus) Muito espalhado nos bosques. Áreas arborizadas. Árvores grandes oferecem buracos como abrigo. Vive em buracos em árvores ou debaixo de casca solta. Pouco preocupante Arganáz-da-savana (Graphiurus parvus) Áreas arborizadas. Árvores grandes oferecem buracos como abrigo. Pouco preocupante. Bosques de savana e em áreas de matagal, ervas altas. Ausente de florestas, deserto e prados abertos. Floresta aberta, savana. Pouco preocupante Florestas ribeirinhas e sempre-verdes bem desenvolvidas com vegetação rasteira densa. Pouco preocupante. Bosques Mosaico de Florestas e Bosques de JulbernardiaBrachystegia Mistura de Florestas e Bosques Rio Govuro e planície de inundação 2 6 2 Família: Gliridae Família: Leporidae Lebre-de-nucadourada (Lepus saxatilis) Família: Macroscelididae Musaranho-elefantede-quatro-dedos (Petrodromus tetradactylus tetradactylus) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Terras húmidas costeiras FAUNA TERRESTRE ANEXO E Animais da Lista Vermelha Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Animais da Lista Vermelha (vertebrados) para Moçambique, segundo a Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da UICN (UICN, 2014) Espécies Nome comum Estatuto Tendência da população PEIXE Amarginops hildae Buzi Grunter (Porco Bravo) Dados insuficientes Desconhecida Aplocheilichthys sp. nov. 'Rovuma' Varião do Rovuma Vulnerável Desconhecida Barbus sp. nov. 'Banhine' Banhine Barb Em perigo crítico Desconhecida Barbus sp. nov. 'Chimanimani' Chimanimani Chubbyhead Vulnerável Desconhecida Chetia brevis Tilápia-de-lábios-vermelhos Em perigo Desconhecida Copadichromis geertsi Vulnerável Desconhecida Copadichromis trewavasae Vulnerável Desconhecida Haplochromis tweddlei Vulnerável Desconhecida Iodotropheus stuartgranti Vulnerável Desconhecida Maylandia phaeos Vulnerável Desconhecida Opsaridium microcephalum Vulnerável Decrescendo Oreochromis karongae Em perigo Decrescendo Oreochromis lidole Em perigo Decrescendo Oreochromis mortimeri Tilápia de Kariba Em perigo crítico Decrescendo Oreochromis mossambicus Tilapia de Moçambique Quase ameaçada Desconhecida Em perigo Decrescendo Tilápia-de-boca-grande Em perigo Desconhecida Stephodaedes anotis Sapo de Chirinda Em perigo Decrescendo Nothophryne broadleyi Rã-da-montanha de Broadley Em perigo Decrescendo Oreochromis squamipinnis Serranochromis meridianus RÃS Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Espécies Nome comum Estatuto Tendência da população Rã-dos-regatos de Chimanimani Vulnerável Decrescendo Caretta caretta Tartaruga-cabeçuda Em perigo Precisa de actualização Chelonia mydas Tartaruga-verde Em perigo Decrescendo Cordylus meculae Lagarto-de-cinta de Mecula Em perigo http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_2_3 Desconhecida Cycloderma frenatum Cágado-de-carapaça-mole de Zambeze Risco Menor/near ameaçad http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_2_3 Precisa de actualização Dermochelys coriacea Tartaruga-gigante Vulnerável Decrescendo Eretmochelys imbricata Tartaruga-de-bico-de-falcão Em perigo Decrescendo Kinixys natalensis Cágado-articulada do Natal Risco Menor/near ameaçad http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_2_3 Precisa de actualização Lepidochelys olivacea Tartatuga-olivacea Vulnerável Decrescendo Lycophidion nanus Cobra-lobo-anã Vulnerável http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_2_3 Desconhecida Platysaurus imperator Lagarto-achatado-imperador Vulnerável http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_2_3 Desconhecida Acrocephalus griseldis Felosa-do-iraque Em perigo Decrescendo Agapornis lilianae Pássaro-de-amor de Lilian Quase ameaçada Decrescendo Alethe choloensis Alete de Cholo Em perigo Decrescendo Anthreptes reichenowi Beija-flor-de-garganta-azul Quase ameaçada Decrescendo Apalis chariessa Apalis-de-asas-brancas Vulnerável Decrescendo Apalis lynesi Apalis de Namuli Quase ameaçada Decrescendo Ardeola idae Garça-do-lago Em perigo Decrescendo Strongylopus rhodesianus RÉPTEIS AVES Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Espécies Nome comum Estatuto Tendência da população Ardeotis kori Abetarda-gigante Quase ameaçada Decrescendo Artisornis moreaui Felosa-de-bico-comprido Em perigo crítico Decrescendo Balearica regulorum Grou-corodao-austral Em perigo Decrescendo Bucorvus leadbeateri Calau-do-solo Vulnerável Decrescendo Bugeranus carunculatus Grou-carunculado Vulnerável Decrescendo Charadrius pallidus Borrelho-de-colar-arruivado Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Estável Circaetus fasciolatus Águia-cobreira-barrada-oriental Quase ameaçada Decrescendo Circus macrourus Tartaranhão-rabilongo Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Cinnyris neergaardi Beija-flor de Neergaard Quase ameaçada Decrescendo Coracias garrulus Rolieiro-europeu Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Dendropicos stierlingi Pica-pau de Stierling Quase ameaçada Estável Diomedea exulans Albatroz-migratório Vulnerável Decrescendo Egretta vinaceigula Garça-ardósia Vulnerável Decrescendo Falco concolor Falcão-Sombrio Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Falco fasciinucha Peneireiro-Taita Quase ameaçada Estável Falco vespertinus Falcão-de-pés-vermelhosocidental Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Gallinago media Narceja-maior Quase ameaçada Decrescendo Glareola ocularis Perdiz-do-mar-malgaxe Vulnerável Decrescendo Gyps africanus Abutre-de-dorso-branco Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Gyps coprotheres Abutre do Cabo Vulnerável Decrescendo Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Espécies Nome comum Estatuto Tendência da população Hirundo atrocaerulea Andorinha-azul Vulnerável Decrescendo Limosa limosa Fuselo-de-cauda-preta Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Modulatrix orostruthus Pisco-montanha-malhado Vulnerável Decrescendo Morus capensis Alcatraz do Cabo Vulnerável Decrescendo Necrosyrtes monachus Abutre-de-capuz Em perigo Decrescendo Neotis denhami Abetarda-real Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Numenius arquata Maçario-real Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Phalacrocorax capensis Corvo-marinho do Cabo Quase ameaçada Decrescendo Phoeniconaias minor Flamingo-pequeno Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Ploceus olivaceiceps Tecelão-de-cabeça-olivácea Quase ameaçada Decrescendo Polemaetus bellicosus Águia-belicosa Vulnerável Decrescendo Procellaria aequinoctialis Pardela-preta Vulnerável Decrescendo Rynchops flavirostris Talha-mar-africana Quase ameaçada Decrescendo Sagittarius serpentarius Secretário Vulnerável Decrescendo Sheppardia gunningi Akalati-de-costa-leste Quase ameaçada Decrescendo Spheniscus demersus Penguim do Cabo Em perigo Decrescendo Stephanoaetus coronatus Águia-coroado Quase ameaçada Decrescendo Swynnertonia swynnertoni Pisco-da-floresta de Swynnerton Vulnerável Decrescendo Terathopius ecaudatus Águia-sem-rabo Quase ameaçada Decrescendo Thalassarche carteri Albatroz-de-bico-amarelo-Indiano Em perigo Decrescendo Thalassarche chlororhynchos Albatroz-de-bico-amarelo-Atlántico Em perigo Decrescendo Torgos tracheliotos Abutre-real Vulnerável Decrescendo Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Estatuto Tendência da população Espécies Nome comum Trigonoceps occipitalis Abutre-de-cabeça-branca Vulnerável Decrescendo Zoothera guttata Melro-manchado Em perigo Decrescendo Acinonyx jubatus Chita Vulnerável Decrescendo Carpitalpa arendsi Toupeira de Arends Vulnerável Desconhecida Ceratotherium simum Rinoceronte-branco Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Aumentando Diceros bicornis Rinoceronte-preto Em perigo crítico Aumentando Dugong dugon Dugongo Vulnerável Desconhecida Eidolon helvum Morcego-frugívoro-gigante Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Hippopotamus amphibius Hipopótamo-comum Vulnerável Decrescendo Hipposideros vittatus Morcego-focinho-de-folha-estriado Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Hyaena brunnea Hiena-castanha Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Loxodonta africana Elefante-africano Vulnerável http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Aumentando Lycaon pictus Cão-do-mato Em perigo Decrescendo Panthera pardus Leopardo Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Decrescendo Panthera leo Leão Vulnerável Decrescendo Paraxerus vincenti Esquilo de Vincent Em perigo Decrescendo Praomys delectorum Rato de Mulange Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Estável MAMÍFEROS (Excluindo as espécies marinhas – golfinhos e baleias) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE Espécies Rhynchocyon cirnei Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Nome comum Musaranho-elefante-axadrezado Estatuto Quase ameaçada http://www.iucnredlist.org/static/categories_criteria_3_1 Tendência da população Desconhecida FAUNA TERRESTRE ANEXO F Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto no 12/2002, de 6 de Junho de 2002) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE O Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia (Decreto no 12/2002, de 6 de Junho de 2002) contem uma lista de espécies de animais em Moçambique que são protegidas e cuja caça é ilegal, incluindo certas espécies de avifauna costeira/marinha. São as seguintes, entre outras: Aves Flamingos - Flamingo-comum (Phoenicopterus ruber) e Flamingo-pequeno (Phoeniconaias minor) Gaivotas Garças Marabu (Leptoptilos crumeniferus) Pelicanos - Pelicano-branco (Pelecanus onocrotalus) e Pelicano-cinzento (Pelecanus rufescens) Secretário (Sagittarius serpentarius) Abetarda-gigante (Ardeotis kori) Avestruz (Struthio australis) Calau-do-solo (Bucorvus cafer) Répteis Tartarugas marinhas Mamíferos Cabrito das pedras (Oreotragus oreotragus) Caracal (Felis caracal) Chacal-listrado (Canis adustus) Chacal-de-costas-pretas (Canis mesomelas) Chango (Redunca arundinum) Chita (Acinonyx jubatus) Civeta-africana (Civettictis civetta) Dugongo (Dugong dogon) Doninha-de-nuca-branca (Poecilogale albinucha) Gato-bravo-africano (Felis lybica) Serval (Felis serval) Girafa (Giraffa camelopardalis) Hiena-castanha (Hyaena brunnea) Cão-do-mato (Lycaon pictus) Macaco-de-cara-preta (Cercopithecus pygerythrus) Macaco-simango (Cercopithecus mitis) Maritacaca (Ictonyx striatus) Palapala-cinzenta (Hippotragus equinus) Mezanzi (Damaliscus lunatus) Pangolim (Manis temminckii) Protelo (Proteles cristatus) Raposa orelhuda (Otocyon megalotis) Texugo-de-mel (Mellivora capensis) Rinoceronte-de-lábio-preensil (Diceos bicornis) Rinoceronte-branco (Ceratotherium simum) Sitatunga (Tragelaphus spekei) Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE ANEXO F Curricula Vitae Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) CURRICULUM VITAE DR ANDREW RICHARD DEACON CONTACT DETAILS PO Box 784 MALALANE 1320 South Africa Tel (h) 087 802 5272 Cell 082 325 5583 Email: [email protected] Personal: Born in Klerksdorp, South Africa in 10/08/1951. Matriculated at the Goudveld High School in 1969. Male South African citizen. Married to Jacqueline, one child, Allison. Language: English and Afrikaans: good written and oral skills Identity number: 5108105091082 FORMAL EDUCATION Ph.D., Zoology (RAU 1987) Thesis: "The nutritional ecology and physiology of Tilapia rendalli and Oreochromis mossambicus in a warm, sewage-enriched habitat". M.Sc., Zoology (RAU 1983) Thesis: "The occurrence and feeding habits of Anguilla-species in selected rivers of the Transkei". B.Sc., Hons. - Zoology (RAU 1980) B.Sc., majors Zoology and Botany (PU for CHE 1974) PROFESSIONAL EXPERIENCE 2012-2013 Full-time Environmental Consultant 1989-2011 Scientific Services, Kruger National Park, SANParks 2000-2011 Programme Manager: Small vertebrates – in 15 Savanna National Parks (Kalahari, Kruger, Addo, Richtersveld, Mapungubwe, etc.) Responsible for the co-ordination of small vertebrate (fish, amphibian, reptile, bird & small mammal) research programs in the parks: Devise monitoring protocols for the small vertebrate bio-monitoring and propose management actions Test and administer monitoring program in order to establish anthropologicalrelated influences on the small vertebrates in the Savanna parks Co-ordinate all small vertebrate monitoring and research in the Savanna parks Co-ordinate and assist in Reserve Determination of the Savanna parks rivers Conduct management related research concerning the National Parks (pest control; fish kills; silt releases; EIA's and scoping; etc). 1989-2000 Senior Scientist: Freshwater Ecologist. Responsible for the co-ordination of river management and research in the KNP: Co-ordinate and manage logistic support for the participants of the KNP River Research Programme. Involved in the catchment management of the Lowveld rivers (until September 1997). Champion or the Rivers Health Programme in the Greater Kruger region. Responsible for the co-ordination of river research in the KNP 1988 Consulting - Technikon of RSA; Berghoek Nature Reserve; Klaserie Nature Reserve. 1985-1987 Lecturer (Part-time) - Witwatersrand Technikon. Biology for the Food Technologists. 1984-1986 Lecturer - Department of Zoology at RAU. Biology and Taxonomy. 1983 Lecturer - Goudstad College of Education. Zoology. 1979-1982 Research assistant - Department of Zoology at RAU. Supervisor: Freshwater aquarium, student practical classes, field excursions and museum. 1978 Research technician - Onderstepoort Veterinary Institute. Helminthology - Taxonomy and physiology of South African helminths. 1975 – 1977 Teacher - Biology and Science CONSULTING PROJECTS Terrestrial fauna survey projects: 68 projects in Africa Aquatic ecology survey projects: 38 projects in Africa Projects relevant to the SASOL proposal: Mark Wood Consultants: Sasol pipeline crossings over the major rivers in Mpumalanga – Impacts on the aquatic environment (2003-2007). Mark Wood Consultants: Sasol Gas Pipeline (Mozambique): Survey and monitoring with regard to the recovery of the herbaceous field layer on the Temane - Resano Garcia pipeline (500km) (2005-2011). Mark Wood Consultants: Fungurume-Tenke copper mining, DRC. The potential impacts of the mining development on the faunal component and associated habitat (2006). Golder Associates Africa: Tenke Fungurume Mining (DRC): Biodiversity Monitoring Fauna (2008). Golder Associates Africa: Transnet Pipeline, Durban to Heidelberg. – River crossing evaluation (2009). ERM Southern Africa: Inhassoro Gas Development Project: Environmental Impact Study Phase. Terrestrial and Aquatic Ecosystem Assessment (2009). Environmental Resources Management Ltd (ERM): An aquatic ecology specialist study for the ROMPCO Loop Line (the SASOL Project), Mozambique (2012). OTHER Completed the Environmental Impact Assessment short course at the University of Cape Town. Accredited for SASS4 Macro-invertebrate Biomonitoring Methods. Completed: Wetland Introduction and Delineation – Centre for Environmental Management: University of the Free State SCIENTIFIC PAPERS IN REFEREED JOURNALS Deacon, A.R. December 1994. The River Systems of the Kruger National Park. In: Endangered Species and Habitats in the SARCCUS Region. Southern African Regional Commission for the Conservation and Utilisation of the Soil (SARCCUS). Edited by dr G. de Graaff. Seymore, T., H.H. du Preez, J.H.J. van Vuren, A. Deacon and G. Strydom. 1994. Variations in selected water quality variables and metal concentrations in the sediment of the lower Olifants and Selati rivers, South Africa. KOEDOE 37/2, 1-18. Van Vuren, J.H.J., H.H. du Preez and A.R. Deacon. 1994. Effect of pollution on the physiology of fish in the Olifants River (Eastern Transvaal). Final Report, Project K5/350. Buermann, Y., H.H. du Preez, G.J. Steyn, J.T. Harmse and A.R. Deacon. 1995. Suspended silt concentrations in the lower Olifants River (Mpumalanga) and impacts of silt releases from the Phalaborwa Barrage on water quality and fish survival. KOEDOE 38/2, 11-34. Venter, F.J. and A.R. Deacon. 1995. Managing rivers for conservation and ecotourism in the Kruger National Park. Wat. Sci. Tech. Vol. 32, No. 5-6, pp. 227-233. Steyn J.G., C.L.Gagiano, A.R. Deacon & H.H. du Preez. 1996. Notes on the induced reproduction and development of the tigerfish, Hydrocynus vittatus (Characidae), embryos and larvae. Environmental Biology of Fishes. 47: 387-398. Roux, D.J., Kleynhans, C.J., Thirion, C., Hill, L., Engelbrecht, J.S., Deacon, A.R., Kemper, N.P. 1999. Adaptive assessment and management of riverine ecosystems: The Crocodile/Elands river case study. Water SA, 25:4. Huchzermeyer, KDA., Govender, D., Pienaar, DJ., Deacon, AR. 2011. Staetitis in wild sharptooth catfish, Clarias gariepinus (Burchell), in the Olifants and Lower Letaba Rivers in the Kruger National Park, South Africa. Journal of Fish Diseases, 34, 489-498. McLoughlin, CA., Deacon, AR., Sithole, H., Gyendu-Ababio, T. 2011. History, rationale, and lessons learned: Thresholds of potential concern in Kruger National Park river adaptive management. Koedoe, Vol. 53, No 2. Ferreira, S., Deacon, AR., Sithole, H., Bezuidenhout, H. Daemane, M., Herbst, M. 2011. From numbers to ecosystems and biodiversity: A mechanism approach to monitoring. Koedoe, Vol. 53, No 2. FAUNA TERRESTRE ANEXO G Limitações do Documento Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE LIMITAÇÕES DO DOCUMENTO O presente documento foi providenciado pela Golder Associados Moçambique Lda. (Golder) sujeito às limitações seguintes: i) Por definição a AIA é um processo preditivo que ocorre na fase mais cedo possível do processo de desenvolvimento do projecto. O principal benefício de realizar uma AIA numa fase logo de início é que os resultados da AIA podem ser usados para influenciar o desenho do projecto. Ao mesmo tempo, os regulamentos aplicáveis à AIA exigem que seja obtida autorização antes de se iniciar qualquer actividade e determinam também que a AIA deve estar finalizada numa fase inicial do processo de desenvolvimento do projecto. Embora estes requisitos sejam importantes, estes impõem uma limitação importante à AIA, que é o facto de que a AIA é baseada no que é em grande parte um desenho básico e não um desenho detalhado. ii) A transição de desenho básico para desenho detalhado, e as limitações resultantes sobre a informação que se encontra disponível é um facto amplamente reconhecido no processo da AIA. Na realidade os profissionais envolvidos na Avaliação dos Impactos Ambientais irão directamente visar obter informação que é vital para a AIA, mas que tipicamente só se encontra disponível durante o desenho detalhado do projecto. Por exemplo, os dados relativos a todos os aspectos ambientais devem estar disponíveis para a realização da AIA, e estes incluem emissões atmosféricas, descarga de águas residuais, tipos e quantidades de resíduos sólidos e outra informação semelhante. Nos casos em que esta informação não se encontre directamente disponível, o profissional da AIA irá usar suposições conservadoras com base nos ‘piores casos possíveis’ a fim de assegurar que os impactos sejam exagerados em vez de serem subestimados na AIA. iii) O âmbito e o período de Serviços da Golder são conforme se encontram descritos na proposta da Golder, e estão sujeitos a restrições e a limitações. O presente Documento foi elaborado com a finalidade específica delineada na proposta da Golder, e não é aceite qualquer responsabilidade pelo uso do presente Documento, no todo ou em parte, em outros contextos ou para quaisquer outros fins. iv) Nos casos em que os dados fornecidos pelo cliente ou por outras fontes externas tenham sido usados, incluindo dados de pesquisa anterior realizada no local, foi feita a suposição de que a informação está correcta a menos que de outra forma especificado. A Golder não aceita qualquer responsabilidade por dados incompletos ou inexactos que tenham sido disponibilizados por outras partes. v) O decorrer do tempo afecta a informação e a avaliação apresentada no presente Documento. As opiniões da Golder são baseadas em informação que existia na altura em que foi elaborado este Documento. vi) Como resultado do que foi descrito acima, a informação detalhada específica ao local do projecto só se torna disponível à medida que o gasoduto vá sendo progressivamente estabelecido e é óbvio que tal limita a informação que se encontra disponível na altura da finalização da AIA. Este facto não deve ser considerado como debilitando a integralidade da AIA, mas serve simplesmente para facilitar o entendimento de que certa informação não está directamente disponível na altura em que a AIA foi finalizada. É importante sublinhar nesta altura do processo que a finalidade principal da uma AIA é a tomada de decisão. Constitui assim encargo e responsabilidade dos profissionais envolvidos na AIA certificarem-se que identificaram e avaliaram na AIA, todas as questões que são relevantes para a tomada de decisão. Foram envidados esforços significantes na recolha das fontes para fins da presente AIA, não de toda a informação, mas certamente de toda a informação necessária para proporcionar a tomada de uma decisão eficaz. vii) O Cliente concorda que só avançará com a apresentação de quaisquer reclamações e com vista a procurar recuperar perdas, danos ou outras responsabilidades da parte da Golder Associados Moçambique Lda. e não de qualquer das empresas afiliadas à Golder. Na medida do que é permitido em termos da lei, o Cliente reconhece e concorda que não terá qualquer recurso legal e renuncia a Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) FAUNA TERRESTRE qualquer despesa, perda, reclamação, demanda ou instauração de caso contra as empresas afiliadas da Golder, seus trabalhadores, técnicos e directores. viii) Qualquer uso do presente Documento por uma terceira parte, ou qualquer consideração sobre o Documento ou decisões tomadas com base no mesmo, constituem a responsabilidade única das terceiras partes em questão. A Golder não aceita qualquer responsabilização por danos, caso existam alguns, incorridos por qualquer terceira parte como resultado de decisões ou acções tomadas com base no presente Documento. GOLDER ASSOCIADOS MOÇAMBIQUE LDA. Outubro 2014 Relatório Nº: 1302793 - 10712 - 20 (Port) Golder Associados Moçambique Limitada Avenida Patrice Lumumba Nº 577 Maputo Moçambique T: [+258] (21) 301 292