Indústria Mercados Promoção externa Europa Indústria
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Indústria Mercados Promoção externa Europa Indústria
Jornal da Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos Notícias 2 Indústria Empresas da fileira investem contra a crise 5 Mercados Calçado com forte aposta na China 7 Promoção externa Jovens talentos estreiam-se na feira de Düsseldorf 15 Europa Dossier “made in” volta à casa de partida 195 janeiro 2013 janeiro 2013 2 É uma expressão corriqueira no dialeto empresarial português. “É nos momentos de maior dificuldade que surgem, muitas vezes, as melhores oportunidades”. Fiéis a essa máxima, várias empresas da fileira do calçado têm em curso planos de investimentos, que visam assegurar novos ganhos de competitividade. No total, são mais de 45 empresas que estão a investir no futuro. O investimento previsto ascende a 25 milhões de euros. desta feita o destino foi Castelo de Paiva. Em pouco tempo, a aposta em 15 colaboradores revelou-se insuficiente. José Machado planeia, num curto prazo, a contratação de mais duas dezenas. “Vamos continuar a in- permitirá um maior controlo de todo o processo de elaboração da sola, desde o fabrico dos moldes, passando pela secção de borracha, injeção das solas até ao acabamento e embalagem do produto. Esta mudança vai Inovação Em Felgueiras, ultima-se a construção de duas novas Marca unidades industriais de raiz para o fabrico de calçado. Mas essa nem tem sido uma aposta recente do setor. A falta de mão de obra nos principais pólos produtivos tem sido um obstáculo ao crescimento das empresas. Por esse motivo, a deslocalização regional interna tem sido uma oportunidade. A Joia deslocalizou para Cabeceiras de Basto, onde montou uma pequena unidade de costura com aproximadamente 40 colaboradores. Luís Sá, responsável comercial da empresa, admite que “o número de trabalhadores na nova unidade poderá aumentar no decorrer de 2013”. O mesmo processo de deslocalização regional está a efetuar a Macosmi, mas vai refletir-se na qualidade do produto”. Também a Procalçado, que celebra em março próximo o 40.º aniversário, acaba de construir três novos pavilhões e finaliza a instalação de equipamentos de última geração para dois fins distintos. Por um lado, o grupo de José Pinto adquiriu novos equipamentos para a produção de solas e, por outro, máquinas para a produção de calçado injetado. É que a Wock, a marca de calçado profissional criada em 2004, prossegue o Grupo Kyaia está numa fase de investimento, alargando as instalações da unidade industrial de Penselo, em Guimarães. Implementado num terreno adjunto, com uma área total de 32.000 m2 e recentemente adquirido para o efeito, o novo pavilhão industrial dotará a Kyaia de um novo e moderno centro logístico com 6.000 m2 de área operacional, um novo cais de embarque para pesados, 300 m2 de área administrativa, bem como uma nova can- Internacionalização vestir em Castelo de Paiva. Parece uma boa opção e permite que a Macosmi otimize a sua capacidade de resposta”. Ainda no plano estritamente industrial, a Bolflex, uma das mais importantes empresas portuguesas de componentes para calçado, está a investir num novo parque industrial. Esta aposta e investimento na mudança do espaço produtivo, para uma área mais ampla e duas vezes superior à área atual, deve-se, segundo a empresa, “ao crescimento que a Bolflex tem vindo a assistir e à expansão do mercado das solas”. No início de 2013, a empresa começa a laborar no novo espaço, em Felgueiras, que Flexibilidade “melhorar o processo de produção, para dar uma resposta ainda mais célere às necessidades dos nossos clientes”, sublinhou a administração da empresa. “As condições de trabalho para os nossos colaboradores vão melhorar e isso seu trajeto de expansão internacional. O investimento total foi de vários milhões de euros. Considerando que o mercado está a mudar e a exigir das empresas uma reposta cada vez mais pronta e capaz, também o tina para os funcionários e outras novas valências sociais. No plano comercial, são vários os projetos em curso. A Seaside, inaugurou há pouco mais de um mês a primeira loja em Luanda. O ambicioso plano de 3 indústria Promoção externa expansão da marca de calçado de origem portuguesa passa por garantir 15 postos de venda em Angola até ao final de 2015. O Centro Tecnológico de Calçado de Portugal está a acompanhar vários desses projetos de investimento. “Só o CTCP está a acompanhar investimentos superiores a 25 milhões de euros a concretizar em 2013 e 2014”, destacou Rui Moreira, responsável pela área da Organização e Gestão de Projetos. “A generalidade dos investimentos estão focalizados no desenvolvimento de estratégias de marca própria (existente ou a criar) para mercados internacionais (Europa e fora da Europa), mas há a assinalar várias apostas na reengenharia produtiva com introdução de novas tecnologias”. Acresce que há outras empresas como a JAM Fernandes, em Guimarães, e Marisport, em Felgueiras, que estão a investir na ampliação de instalações. Investir em tempo de crise dezembro 2012 4 5 mercados Calçado português com aposta sem precedentes no mercado chinês Estima-se que na atual China cerca de 5% da população tenha um poder de compra elevado. Em termos práticos, são 65 milhões de potenciais consumidores de produtos de gama superior ou de luxo. Um argumento de peso que está a atrair empresas de todo o mundo. Também o setor português de calçado está atento, de tal modo que este ano promoverá a maior ofensiva de sempre em território chinês. Em causa estão várias ações. A começar, em abril, 12 empresas portuguesas participarão na MICAM Shangai. Em julho, várias empresas deverão participar na Novomania, uma espécie de feira da moda jovem da China. As exportações portuguesas para a China (todos os setores de atividade) cresceram 30% em 2012, para o valor recorde de 1,128 mil milhões de euros, confirmando “o bom relacionamento económico bilateral”, defendeu o embaixa- dor de Portugal em Pequim, José Tadeu Soares. “Houve um abrandamento a partir do verão, mas, no conjunto, as exportações mantiveram um nível alto de crescimento, com perspetivas otimistas para este ano”, realçou o diplomata à agência Lusa. MICAM Shangai Capital económica da China e sede de um município com cerca de 23 milhões de habitantes, Xangai é igualmente a maior e mais cosmopolita cidade chinesa. Em abril próximo, receberá o primeiro grande evento 100% destinado à fileira do calçado realizado por uma entidade europeia, a MICAM. Com efeito, os organizadores daquela que é a maior feira de calçado do mundo, que se realiza duas vezes por ano (março e setembro) em Milão, estão fortemente empe- nhados em realizar uma grande operação em território chinês. Para além de empresas italianas, também marcas de referência espanholas e portuguesas participarão neste grande evento. teis de Hong Kong, Alan Fang, com lojas em várias cidades da China. “O nome, ‘novo’, vem diretamente do latim. Nem sequer temos um nome em chinês”, explicou Guilherme Faria. Novomania Oito empresas portuguesas - cinco da área do calçado e três de vestuário - estiveram representadas na edição de 2012 da “Novomania”, numa participação sem precedentes numa feira dirigida sobretudo à juventude urbana chinesa. Uma das feiras internacionais de moda que se realizam anualmente em Xangai, com marcas de dezenas de países, tem um nome latino e é dirigida por um gestor português radicado há mais de uma década no Extremo Oriente. “Portugal tem imenso potencial. O nosso calçado, por exemplo, é de grande qualidade”, realçou à agência Lusa Guilherme Faria, diretor-geral do “Novomania International Fashion Trade Show”. Trata-se de uma feira promovida pelo Novo Group, consórcio chinês fundado pelo filho de uma família de industriais têx- Este ano, em julho, o número poderá ser ainda maior: “talvez dez ou uma dúzia”. A “Novomania” também deverá crescer: em 2013, os organizadores esperam reunir produtos de 200 marcas (mais 70 do que em 2012) e atrair 20.000 visitantes, quase o dobro de há apenas dois anos. “Os chineses estão à procura de inovação e qualidade e, nesse aspeto, o fator Europa ainda conta”, defendeu Guilherme Faria. 7 promoção externa Jovens talentos com estreia marcada para a GDS Ella Montcordova, Guava, Senhor Prudêncio, Ramalhoni, Rutz e Xprimental Shoes são seis novas marcas de calçado que se vão estrear na GDS Ella Montcordova, Guava, Senhor Prudêncio, Ramalhoni, Rutz e Xprimental Shoes. Estas são seis das novas marcas portuguesas de calçado lançadas recentemente por jovens talentos do setor. Em março próximo, todos se estrearão na GDS, a “feira das feiras” de Düsseldorf. De 13 a 15 março próximo, mais de 70 empresas de calçado vão participar na GDS. Cinco das empresas vão participar pela primeira vez em certames profissionais no exterior. É o caso da Ramalhoni, criada por Miguel Ramalhão. “A Ramalhoni quer dar a conhecer na GDS a sua evolução como marca e como produtor de calçado de gama alta. Queremo-nos afirmar como uma “Boutique Brand” criando em cada cliente emoções e experiências únicas. Uma vez que a nossa génese foi com calçado por medida, queremos que essa experiência de um cliente se sentir especial com “o seu” par de sapatos passe para todas as peças que produzimos”. Segundo o jovem criador da marca “o processo de design da Ramalhoni Shoes está intrinsecamente ligado ao estilo e construção inglesa (goodyear welted) e ao design italiano, mas com um “twist” muito típico dos países do Norte da Europa, onde os looks mais minimais e ao mesmo tempo com algum arrojo são muito populares”. Assim, “procuramos encontrar nestes países canais de venda para as nossas linhas de produtos e, acima de tudo, parceiros que se identifiquem com a marca e com o conceito pessoal que ela transmite”. A Ramalhoni produz atualmente calçado em três segmentos distintos (GoodYear, Sneakers e Made to Measure). Em estudo está a criação de uma pequena linha de acessórios, de gravatas, de carteiras e de porta cartões. “Pensamos que se incluem muito facilmente no nosso conceito “Boutique Brand” e que seriam um complemento interessante”. Também Célia Silva considera que, “sendo a Xperimental uma empresa muito recente e que se pretende posicionar, preferencialmente, no mercado internacional, esta será uma boa oportunidade de apresentarmos o nosso produto numa das principais feiras mundiais”. Para a responsável da Xprimental Shoes, “o nosso principal objetivo nesta participação consistirá em dar o primeiro passo no processo de internacionalização da marca, cuja matriz assenta no cariz artesanal da concepção dos sapatos, no design diferenciador e numa nova forma de pensar e idealizar o calçado”. “A nossa partici- pação no Design Attack traduzir-se-á no primeiro contacto da marca com o mercado internacional e será o princípio de algo que queremos muito... tornar a médio prazo a marca XPERIMENTAL relevante internacionalmente”, sublinhou. Célia Silva considera que “a XPERIMENTAL é um conceito muito peculiar de sapato que se reveste de um espírito muito próprio e que, acreditamos, terá uma forte aceitação internacional. Assim, queremos no curto prazo crescer de forma sustentada, primeiro nos mercados europeus, e de seguida nos mercados orientais”. 9 formação Alterações de fundo no Centro de Formação O Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado (CFPIC) vai sofrer profundas alterações. O objetivo, na opinião de Eduardo Costa, diretor do organismo, passa por “adaptar-se a uma indústria de calçado com novas exigências ao nível do design, da inovação e mesmo da internacionalização”. “É chegado agora o momento de darmos um novo impulso, trabalhando num regime de parceria, quer com as empresas, quer com as escolas, de modo a ganhar a batalha da qualidade e do desenvolvimento”, sublinhou. As alterações em curso são profundas. Desde logo, o CFPIC deverá passar a ter uma nova imagem e designação desenvolvidas pelo Gabinete de Comunicação da APICCAPS. O objetivo passa por “oferecer uma boa relação custo-eficácia na gestão da marca, unificando a oferta de serviços debaixo de um «guarda-chuva» reconhecível e com impacto juntos dos seus destinatários (jovens e empresas). As alterações não se esgotam, no entanto, ao nível da imagem e da comunicação. Numa altura em que a reindustrialização passa a ser um desígnio europeu, os cursos vão ser reestruturados. “A nossa oferta cobre todas as áreas da fileira do calçado e algumas transversais. Presta formação, nomeadamente, em três áreas críticas. Para jovens e para adultos, nas áreas de aprendizagem, formação de jovens, especialização tecnológica, formação modelar e formação dedicada às empresas. Diria que é uma oferta formativa abrangente, que necessitará naturalmente de ser aqui e ali retocada”. Recorde-se que desde a sua criação, há 40 anos, já formámos mais de 80.000 colaboradores das empresas. A taxa de empregabilidade é altíssima e em alguns cursos é mesmo de 100%. A grande aposta passa, por um lado, por atrair novos jovens para “rejuvenescer o setor” (a campanha terá como slogan “Vem fazer parte da indústria mais sexy da Europa”) e, por outro, priorizar a formação destinada às empresas. “A escassez de mão de obra especializada poderá ser ultrapassada, uma vez que as empresas poderão recorrer aos nossos serviços para formar os quadros de que necessitam”. FITA REFORÇO ORLAR (MISTA) 20º Aniversário www.slatel.com Rua da Madeira – Zona Ind.nº 1 | Apartado 158 | 3700-176 S. João da Madeira Tels. 256 822627 / 256 823042| Fax 256 827374 / Fax online 213 516768 E-mail: [email protected] / [email protected] 11 empresas Carlos Santos em destaque na Pitti Uomo A Carlos Santos, uma marca portuguesa especializada na produção de calçado de homem de excelência, esteve em plano de destaque na Pitti Uomo, a mais prestigiada feira de moda masculina do mundo, que decorreu em Florença, de 8 a 11 de janeiro. A 83.ª edição da Pitti Uomo acolheu 1.063 expositores e mais de 30 mil visitantes, e surtir os efeitos desejados 25 anos Petasil para a marca de S. João da Madeira. “A Pitti Uomo é fundamental para a nossa marca, não só pelos negócios que se concretizam, mas porque fundamentalmente permite abordar novos clientes de topo e novos mercados”, referiu Carlos Santos. Acresce que a Pitti Uomo “é essencial para a imagem da nossa marca”, uma vez que acolhe profissionais da área da comunicação de todo o mundo, desde as mais Surgiu pouco tempo depois da adesão de Portugal à União Europeia. Vinte e cinco anos depois, «está para as curvas» e o calçado da Petasil é vendido em praticamente todo o mundo. “Ao longo destas duas décadas passámos por fases muito distintas”, revelou Mário Tavares. A grande mudança ocorreria em 1999, quando a Petasil importantes revistas como os blogues de referência internacional. Em simultâneo, a Carlos Santos está a investir em novos mercados, como os EUA, tendo participado na MaRket 2013, que decorreu de 20 a 22 de janeiro, em Nova Iorque. “Foi importante esta aposta para quem começa a dar os primeiros passos no mercado norte-americano”, destacou Carlos Santos. abdicou da área produtiva e se concentrou na área comercial. “Especializámo-nos no desenvolvimento das coleções e na área comercial. Fazemos porém questão que a produção seja exclusivamente nacional”. A grande aposta da empresa passa pela apresentação de artigos distintos. “O desenvolvimento de novos produtos é essencial. Des- de o design, à pesquisa dos materiais, passando pela escolha e execução dos moldes, tudo é com grande profundidade pensado no seio da empresa. Depois, acompanhamos e controlamos todo o processo produtivo”. Com uma produção media diária de 800 pares de sapatos, a Petasil exporta 95% do seu produto, direcionando apenas 5% para o mercado interno. “O calçado de criança é o mercado de excelência da marca Petasil e vai continuar a ser a imagem de marca da empresa”, destacou Mário Tavares. No entanto, “a empresa está a enveredar pelo setor do calçado de conforto para senhora com a marca TAPE”. Trata-se de um produto que “está a ser promovido essencialmente no centro da Europa, Japão e China”. www.spedycargo.pt SOLUTIONS THAT WORK. exigências dos mercados nacional e internacional. A SPEDYCARGO empenha-se em encontrar as soluções mais adequadas e melhor desenhadas para os desafios da industria no presente e no futuro. A SPEDYCARGO representa em Portugal o HTFN Global Logistics Partner. O HTFN é uma associação de empresas transitárias privadas com representação mundial que permite uma cobertura global através de parcerias com empresas congéneres de elevada reputação em cada mercado. Como membro a SPEDYCARGO beneficia de parcerias com mais de 120 agentes em cerca de 200 países servindo mais de 600 portos e aeroportos. Aéreo A Spedycargo oferece gama de opções no transporte de carga aérea. Garantimos uma operação bem estruturada resultante da criatividade e experiência da nossa equipa. Marítimo Rodoviário Aduaneiro A Spedycargo assegura coordenação total da operação de transporte seleccionando a opção que melhor responda às exigências de cada embarque ao custo mais competitivo. Em parceria com os seus agentes na Europa, a Spedycargo oferece serviço regular de transporte em Camião de e para várias origens e destinos. A Spedycargo dedica especial atenção a este segmento para o qual criou o seu próprio departamento aduaneiro no que conta com pessoal especializado e licenciado. Transportes Especiais A Spedycargo tem uma vasta experiência no segmento de: · Feiras e Exposições · Transportes Especiais · Armazenagem e Distribuição SPEDYCARGO, TRANSITÁRIOS, S.A. Via Central de Milheirós nº. 726 · 4475-330 Maia · Portugal Head Office Lisbon Office Aeroporto da Portela Terminal de Carga · Edificio nº. 134 sala 2119/2120 · 1750-364 Lisboa · Portugal Telf. +351 229 993 650 · Fax. +351 229 964 962 Tel. +351 218 480 369 / +351 218 487 683 · Fax. +351 218 480 370 TRANSITÁRIO ESPECIALIZADO EM FEIRAS INTERNACIONAIS 13 GAPI Portuguesa Vírus Moda vence processo contra empresa inglesa A empresa AS - Indústria de Calçado Lda, detentora de marcas como Chocolate Negro, Vírus Moda, Too by Virus e CN Shoes acaba de ganhar um processo de oposição ao registo de uma marca comunitária designada Chocoolate. A empresa portuguesa apresentou, em novembro de 2011, um processo de oposição contra uma empresa inglesa - itnk tm limited, que pretendia obter o registo comunitário da marca Chocoolate, para comercializar produtos relacionados com o calçado (classe 25) e marroquinaria, malas e carteiras / acessórios em pele (classe 18). A argumentação desta oposição foi baseada em três pontos cruciais: conceptual, fonético e visual. Para a AS seria incomportável que existisse no mercado europeu uma marca idêntica que comercializasse os mesmos produtos, uma vez que estas seriam facilmente confundíveis pelo consumidor final. O organismo responsável pelo registo de marcas comunitárias - IHMI – Instituto de Harmonização do Mercado Interno, deu razão à empresa portuguesa, emitindo a decisão final do processo a seu favor, impedindo assim que a marca Chocoolate fosse registada nas classes 18 e 25. A marca comunitária Chocolate Negro foi registada pela empresa AS em 2009 e desde essa altura que a empresa comercializa produtos no mercado europeu com essa designação. O Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial do CTCP elaborou e acompanhou todo o processo, quer no registo da marca, quer no processo de oposição. O registo é fundamental O calçado e as marcas portuguesas têm cada vez mais prestígio internacional e, por isso, estão também cada vez mais sujeitas a imitações e cópias. Por isso, torna-se cada vez mais importante o registo. Para as empresas se defenderem de situações como a descrita anteriormente, que são cada vez mais frequentes, é decisivo que as marcas estejam devidamente registadas. janeiro 2013 14 EUA e UE iniciam negociações para criar maior zona de comércio livre mundial Os Estados Unidos e a Europa vão iniciar conversações com vista à criação da maior zona de comércio livre ao nível mundial. O anúncio foi feito por Barak Obama no mais recente discurso sobre o estado da nação. “Iriemos lançar negociações sobre um Comércio Transatlântico abrangente e uma parceria de investimento com a União Europeia - porque o comércio, que é livre e justo através do Dia de Portugal nas televendas do Japão Durante 24 horas, a cadeia de televisão Jupiter Shop Chanel, canal de assinatura paga que chega a 27 milhões de lares no Japão, dedicará um dia à comercialização de produtos portugueses, em especial artigos de pele, calçado, ourivesaria e relojoaria. Recentemente, vieram a Portugal selecionar as empresas. A encabeçar a delegação nipónica esteve o diretor geral da Jupiter Shop Channel. A ele coube efetuar a avaliação das empresas e dos produtos. Ricardo Simões, da Câmara de Comércio e Indústria Franco-Portuguesa, que serviu de intermediária nos negócios, assegura que “os japoneses sabiam muito bem o que queriam”. O programa está agendado para o verão e nessa altura prometem regressar para fazer mais compras. Ricardo Simões acredita que “as propostas nacionais vão ser bem recebidas”. Os telespectadores do canal são principalmente mulheres. Cerca de 700 novos produtos são apresentados aos telespectadores cada semana. Desde há 2 anos decidiram abrir as portas do mercado a produtos de moda feminina e acessórios que continuam a vender através do canal com bastante sucesso. Destaque para a presença de marcas internacinalmente conhecidas como Lancel ou Marc Jacob. Atlântico, suporta milhões de empregos norte-americanos bem remunerados”, sublinhou o Presidente dos EUA. A medida atenderia aos pedidos crescentes da Europa para criar um grande pacto comercial para estimular o crescimento em ambos os lados do Atlântico - abrangendo uma região onde o comércio bilateral atingiu 646 mil milhões de dólares (480 mil milhões de euros) no ano passado. Ficha Técnica Propriedade APICCAPS - Associação dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos Rua Alves Redol, 372 4011-001 Porto Tel: 225 074 150 Fax: 225 074 179 [email protected] www.apiccaps.pt Director Fortunato Frederico - Presidente da APICCAPS Edição Gabinete de Imprensa da APICCAPS [email protected]. pt Concepção Gráfica salto alto e laborpress e Execução Participação Especial Frederico Martins (fotografia capa) Distribuição Gratuita aos Associados Tiragem 2 000 exemplares 15 news Dossier “made in” volta à casa de partida -Nova Diretora Geral da CEC esteve em Portugal Após sete anos de avanços e recuos, continua na agenda política. O dossier “made in” que havia sido, no final de 2012, rejeitado pela Comissão Europeia por falta de consenso entre os parceiros europeus será de novo reapreciado. Em causa está a obrigatoriedade de rotulagem de produtos extracomunitários importados pela União Europeia. Ainda recentemente, John Clancy, porta-voz da CE para o comércio, admitia que “a proposta apresentada pela Comissão Europeia em 2005 e aprovada pelo Parlamento Europeu em 2010 não mereceu o consenso entre os Estados–membros”. Feitas as contas, o dossier «made in» ficaria na gaveta. Indeterminantemente. “Mesmo que houvesse um amplo apoio no Parlamento Europeu para a presente proposta, os Estados-membros ocupam posi- ções muito diferentes”, sublinhava John Clancy. “Tornou-se claro que não há futuro para esta proposta. Esta retirada está em linha com as competências da Comissão Europeia no âmbito da sua agenda de regulamentação”. Dois meses depois, o tema volta à ribalta, fruto da grande pressão exercida pela CEC, a Confederação Europeia da Indústria de Calçado, do qual Portugal faz parte desde a primeira hora. Para os produtores europeus, “não é admissível que os consumidores no ato da compra desconheçam a origem dos produtos”. Nova DG da CEC visita Portugal A nova Diretora Geral da CEC esteve recentemente em Portugal. Para além de reuniões de trabalho na APICCAPS e Centro Tecnológico de Calçado de Portugal, Carmen Arias Castellano visitou várias empresas da fileira do calçado, nomeadamente empresas de calçado, de componentes e de bens de equipamento. O objetivo passou por aprofundar “o conhecimento sobre a realidade portuguesa”. No final, Carmen Castelhano revelou-se “impressionada” com o desenvolvimento do setor português de calçado. 17 internacional Lucros da H&M sobem 7% A H&M, gigante sueca do setor da moda, anunciou que os lucros de 2012 ascenderam a 1.955 milhões de euros. Os lucros antes de impostos subiram 6% para os 2.584 milhões de euros, enquanto os resultados operacionais ascenderam a 2.522 milhões de euros, uma subida de 7%. Michele Norsa, diretor-executivo da Salvatore Ferragamo, afirmou que a marca vai seguir os passos dados pelo maior grupo de luxo mundial, o LVMH, e irá subir os preços nas próximas semanas (entre 5 a 9%) na Europa em produtos que são mais comprados por turistas, como bolsas e calçado. O presidente executivo da H&M, Karl-Johan Persson, salientou em comunicado que a cadeia “continua forte num mercado têxtil exigente e em muitos países tem sido ainda mais difícil em 2012 do que em 2011”. Karl-Johan Persson destacou ainda o aumento dos custos resultante dos investimentos de longo prazo em áreas como vendas pela Internet, o lançamento da nova marca “& Other Stories” e o reforço da gama de produtos que ainda não gerou receitas. O mesmo responsável considerou como “necessárias e razoáveis” estas despesas porque o seu objetivo é “assegurar a expansão e ganhos no futuro e reforçar a posição da H&M”. Nursing Care desenvolve sapato para diabéticos A Nursing Care, concebeu um sapato destinado a diabéticos que apresentou ao mercado no final do ano passado. Segundo Fernando Pimenta, a grande diferença deste sapato em relação aos normais é o facto de não ter costuras por dentro, “minimizando o risco de feridas nos pés”, membros onde os diabéticos não têm sensibilidade. O sapato possui também uma palmilha amovível. Ao retirá-la do calçado, o diabético pode medir, com precisão, se o tamanho poderá provocar ou não feridas nos pés. No ano passado, a marca sueca abriu 304 lojas, sendo que a China e Estados Unidos foram os principais mercados para a expansão. Este ano, a H&M prevê inaugurar 325 lojas em cinco países: Estónia, Lituânia, Sérvia, Indonésia e Chile. Salvatore Ferragamo aumenta os preços A marca de luxo italiana Salvatore Ferragamo vai aumentar os preços de venda na Europa nos próximos meses, juntando-se assim a outras marcas de luxo, de modo a responder ao impacto do aumento dos turistas chineses no velho continente. O aumento dos preços para os artigos de luxo vendidos na Europa tornou-se uma questão central para os executivos da indústria, já que os turistas, a maior parte dos quais chineses, representam até 70% das vendas de artigos de gama alta nas cidades europeias. Esses turistas colocaram em causa as empresas de artigos de luxo ao escolherem fazer compras na Europa. Tipicamente, os bens de luxo são cerca de um terço mais baratos no mercado europeu do que no chinês, onde os impostos locais ajudam a inflacionar os preços. Numa entrevista ao Financial Times, O sensor e o alarme de «validade» dos sapatos poderiam prevenir danos futuros aos pés dos seus proprietários, explica o texto da patente. O sistema é composto por três itens: o detetor da validade expirada, o processador que lida com os dados do detetor e um alarme para avisar o utilizadores para «aposentar» os sapatos. A tecnologia é semelhante aquela que é usado na linha Nike+, que tem sensores capazes de monitorizar e agrupar informações sobre o desempenho do utilizador durante treinos (e compatível com dispositivos da Apple). Patente da Apple revela sensor que avisa a altura de reformar sapatos velhos Uma dúvida que aflige a humanidade há séculos – qual é a altura certa para aposentar os sapatos velhos – está com os dias contados. Uma patente da Apple, descoberta pelo Apple Insider, revela planos da empresa de criar um sensor com alarme para avisar a hora certa de trocar sapatos gastos por outro par novo. O Gabinete de Patentes e Marcas dos Estados Unidos recebeu em Julho de 2012 um pedido de registo da Apple para esse sistema que alerta o dono dos sapatos sobre o período de desgaste máximo do item, nem sempre aparente para o «utilizador». Os seus inventores são Curtis A. Vock e Perry Youngs. “As duas técnicas tornam o produto numa mais-valia para os diabéticos”, destacou o industrial. A Nursing care é uma empresa que se dedica ao fabrico, desenvolvimento e comercialização de calçado destinado ao setor da saúde, linha de conforto ortopédico, e comercializa uma vasta gama de dispositivos médicos. A empresa é constituída por técnicos de calçado e pessoal especializado na área da saúde. “Por isso sabemos bem quais os requisitos que os sapatos têm de ter, e para quem se destinam, e tendo por experiência pessoal quanto era difícil encontrar no mercado calçado com essas caraterísticas, a Nursing Care desenvolveu vários modelos”, explicou. A Nursing Care destaca-se pelo conforto, a higiene, a durabilidade e a segurança. A gama de produtos produzidos por esta empresa da Benedita está disponível em farmácias e ortopedias, por todo o país. 19 blogosfera Raquel Fernandes Teenie Weenie Yellow Polka Dot Bikini - Fashion Diary Como nasceu o blogue “teenie weenie blog”? Nasceu como uma espécie de portfólio de quem queria trabalhar em moda e não tinha formação. Resultou! O que distingue o seu blogue na atualidade? Acho que hoje em dia existem tantos que é difícil dizer. Já cá estou há três anos, é um blog honesto. Não quero viver do blog, não gosto de seguidismo e pedinchices de seguidores novos, nem quando estou a dar alguma coisa. Acha que a moda portuguesa tem evoluído nos últimos anos? Sim e não. Evoluiu no sentido em que se tornou mais conhecida e requisitada. Não no sentido em que os criadores ainda não encontraram bem a sua identidade. Quais são os seus criadores de eleição? Diogo Miranda, Nuno Baltazar e Filipe Oliveira Batista. Que opinião tem sobre o setor de calçado em Portugal? Vai bem e recomenda-se. No essencial, acha que o calçado português tem uma boa imagem? Acho que sim, principalmente no exterior. As pessoas sabem que há bons designs e qualidade. Quais são as suas marcas de calçado preferidas? Acne e YSL. 21 mercados Seaside abre caminho em Angola Um mês depois de terem aberto a primeira loja Seaside em Angola, a marca de calçado de origem portuguesa anunciou um ambicioso plano de expansão para aquele país. Durante este ano serão inauguradas mais quatro lojas em território angolano de modo a cumprir um plano de crescimento que tem como meta ter 15 lojas em Angola até ao final de 2015. Com uma área de cerca de 500 metros quadrados, a primeira loja Seaside está localizada no bairro de São Paulo, em Luanda. A estreia em nome próprio aconteceu em dezembro, seis meses depois de a mar- ca se ter unido à Stockcash para abrir um centro comercial em Cacuaco. Segundo Paulo Condeço, diretor-geral da Seaside Angola, com a abertura de espaços, a marca pretende “democratizar o acesso ao calçado neste país através de uma estratégia assente na qualidade, moda e preço competitivo.” A Seaside exporta atualmente calçado para sete países. Em Portugal, a marca detém 68 espaços comerciais, entre lojas de rua, lojas em centros comerciais e megastores autónomas, e continua a crescer. 23 solidariedade Vamos ajudar a Ritinha É um projeto de solidariedade social que está a envolver toda a opinião pública portuguesa. Ritinha é uma menina de oito anos, que sofre de paralisia cerebral. Familiares e amigos empenharam-se para a construção de uma casa. A obra está praticamente concluída. Faltam apenas os acabamentos finais. A iniciativa “Vamos Ajudar a Ritinha” está a ser desenvolvida pela Fundação Filos, que recebe os donativos expressamente para a construção deste projeto. Falta apenas uma pequena parte, depois de uma caminhada longa. Num primeiro momento, foi a Caritas Diocesana do Porto, com o direto empenhamento do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que proporcionou a aquisição do terreno. Depois, a Fundação Manuel António da Mota e vários docentes da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto projetaram a casa e trataram do seu licenciamento. Mais tarde, associou-se a Fundação Filos, gerindo a angariação de todas as contribuições/materiais, financeiras e humanas). O passo seguinte passou pela criação da “Associação Maria Rita de Apoio aos Cuidadores”, que tem como obetivo central ajudar pessoas que tenham a seu cargo deficientes como a Ritinha. Depois de um longo percurso, falta apenas um último esforço. Segundo Maria do Céu Santos, a mentora desta iniciativa, “neste momento, a Casa da Ritinha está parada porque faltam donativos para a terminar, pelo que apelamos à ajuda de todos aqueles que este projeto tocou nos seus corações”. As empresas poderão ajudar a Ritinha, através da Fundação Filos (NIB 0036 0073 991000 70843 96; email: [email protected]).