PDF - Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de

Transcrição

PDF - Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de
PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL
2005
PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL
2005
©2005. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC
Secretaria de Tecnologia Industrial
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada à fonte.
Co-Promotores
Adilson Primo – Siemens Ltda.; Almir Narciso – Nokia do Brasil Tecnologia Ltda.; Armando Queiroz Monteiro Neto –
Confederação Nacional da Indústria; Danilo Olivo Carlotto Remor – Federação das Indústrias do Estado do Pará;
Erney Felício Plessmann de Camargo – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Flávia
Skrobot Barbosa Grosso – Superintendência da Zona Franca de Manaus; Guilherme Peirão Leal – Natura Cosméticos
S.A.; Isa Assef dos Santos – Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica; Jaime Benchimol –
Benchimol, Irmão e Cia. Ltda. e Sociedade Fogás Ltda.; Jorge Eduardo Levy Mattoso – Caixa Econômica Federal;
Júlio Augusto Miranda Filho – Ação Pró-Amazônia; Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque – Associação Brasileira das
Instituições de Pesquisa Tecnológica; Maneio Lima Cordeiro – Banco da Amazônia S.A.; Marilene Corrêa –
Sécretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas; Miguel Krigsner- O Boticário Franchising S.A.; Miguel
Milano – Fundação O Boticário de Proteção à Natureza; Olavo Egydio Setúbal – Banco Itaú S.A.; Paulo Okamoto –
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; Paulo Shuiti Takeuchi – Honda South America Ltda.;
Phelippe Daou Jr – Amazon Sat; Rolf-Dieter Acker – Basf para a América do Sul; Rossano Maranhão Pinto – Banco
do Brasil S.A.; Silvio Crestana – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; Theo van der Loo – Schering do Brasil,
Química e Farmacêutica Ltda.; Wilson Lang – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.
Prêmio Professor Samuel Benchimol 2005 / Ministério do Desenvolvimento Indústria e
Comércio Exterior, Federação das Indústrias do Estado do Pará. – Brasília: MDIC/STI:
FIEPA, 2005.
226p.
Conteúdos: Resumo dos projetos apresentados ao Prêmio Professor Samuel Benchimol
2005.
1. Desenvolvimento sustentável, Amazônia 2. Meio Ambiente, Amazônia I. Federação das Indústrias do Estado do
Pará. II. Título.
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretaria de Tecnologia Industrial
Departamento de Articulação Tecnológica
Esplanada dos Ministérios, bloco J, sobreloja
70053-900 – Brasília-DF – Brasil
Tel.: 55 (61) 2109-7391 Fax: 55 (61) 2109-7286
http://www.desenvolvimento.gov.br – e-mail: [email protected]
Federação das Indústrias do Estado do Pará Travessa Quintino Bocaiúva, 1588 – Nazaré 66035-190 – Belém-PA –
Brasil Tel.: 55 (91) 4009-4816 Fax: 55 (91) 224-7415 http://www.fiepa.org.br – e-mail: [email protected]
■ Agradecimentos
Agradecemos aos Ministérios do Turismo; do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; da Ciência e Tecnologia; da
Integração Nacional; do Meio Ambiente; Ação Pró-Amazônia; Amazon Sat; Associação Brasileira das Instituições de
Pesquisa Tecnológica – Abipti; Banco da Amazônia S.A.; Banco do Brasil S.A.; Banco Itaú S.A.; Basf para a América
do Sul; Benchimol, Irmão e Cia. Ltda. – Bemol; Caixa Econômica Federal; Confederação Nacional da Indústria – CNI;
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – Confea; Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico – CNPq; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa; Federações das Indústrias
da Amazônia Legal, sobretudo a Federação das Indústrias do Estado do Pará – Fiepa; Fórum Permanente das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte; Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – Fucapi;
Fundação O Boticário de Proteção à Natureza; Moto Honda da Amazônia Ltda.; Natura Cosméticos S.A.; Nokia do
Brasil Tecnologia Ltda.; O Boticário Franchising S.A.; Schering do Brasil, Química e Farmacêutica Ltda.; Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae; Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do
Amazonas – SECT-AM; Siemens Ltda.; Sociedade Fogás Ltda.; Superintendência da Zona Franca de Manaus –
Suframa, pela participação no Prêmio Professor Samuel Benchimol 2005.
Sumário
Apresentação
13
Introdução
15
Projetos agraciados com o Prêmio 2004 e contratados
17
Sistemas agroflorestais e turismo como alternativa de desenvolvimento local no assentamento
Tarumã Mirim: comunidade agrícola de Tarumã Açu
19
Formação e manejo de bacurizeiros nativos como alternativa econômica para as áreasdegradadas da
Amazônia
21
Agua limpa para pequenas comunidades da Amazônia
23
Qualificação de produtores rurais para aproveitamento de espécies vegetais destinadas a insumos de
fitoterápicos e fitocosméticos
24
Projetos agraciados com o Prêmio 2005
25
Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais da região de várzea em Silves-AM
28
Pesquisa & desenvolvimento do óleo essencial das folhas de pau-rosa
35
Inovações tecnológicas no transporte e beneficiamento de caranguejo-uçá
37
Rede de colaboração solidária para industrialização e comercialização de produtos oriundos da
pesca artesanal e da fruticultura extrativista e familiar
41
Laboratório de computadores para inclusão digital
47
Guia-Amazônia – Catálogo virtual de espécies amazônicas Parte 1 – Plantas
49
Esforço integrado de conservação, melhoramento genético e biotecnologia de pau-rosa (Aniba
rosaeodora, Ducke) e espécies relacionadas: subsídios para o desenvolvimento sustentável e
exploração racional da espécie
50
Agrofloresta, uma alternativa produtiva e ambiental para a região
57
Programa para geração de energia a partir de óleos vegetais na Amazônia através da adaptação de
motores diesel existentes – Provenat
61
Projetos apresentados ao Prêmio 2005
63
Categoria econômica/tecnológica
65
Proposta de implantação de tecnologia dos semicondutores no Amazonas
65
Identificação e controle de cupins urbanos
66
Desenvolvimento de tecnologia para enriquecimento nutricional de farináceos de mandioca com
soro de leite bovino
Açaí: novas perspectivas de negócios
67
68
Sistema integrado de análise e monitoramento da sustentabilidade da Amazônia
Elaboração e melhoramento de produtos e subprodutos da caiçúma
69
70
Seleção e domesticação de espécies da flora amazônica para introdução na indústria de produção de
plantas ornamentais para consumo interno e exportação
71
Desenvolvimento de um modelo de produção integrada de frutos e polpa de açaí nos principais
municípios produtores do Estado do Amapá
72
Parcerias florestais
73
Programa de integração econômica da Amazônia
77
KIT MCH
77
Produção sustentável de fibras artificiais celulósicas
78
Desenvolvimento energético do Acre
79
Crediselva – Microcrédito da Floresta
80
Detecção molecular de fungos filamentosos produtores de aflatoxinas em castanha-do-brasil83
Projeto demonstrativo de produção de óleo de dendê por pequenos produtores familiares em
projetos de assentamento,para uso como biodiesel em região de fronteira
84
Agris – Gestão Agrícola e do Agronegócio
85
Açaí da Amazônia
86
O valor de “não uso”: possibilidade econômica para a Amazônia
87
Estudo do aproveitamento econômico de resíduos madeireiros do Estado do Amazonas
87
Estudo de secagem da madeira de três espécies florestais em secador à base de resíduos industriais
na região de Santarém-PA
88
Mel de abelhas nativas da área indígena Sateré-Mawé: estudo prospectivo para otimização do
produto visando a atender às exigências do mercado interno e externo
90
Aproveitamento dos frutos de munguba (Pseudobombax munguba) para produção de fibras
perfumadas com aromas amazônicos na confecção de travesseiros, bonecas e outros, nas
proximidades de Manaus
91
Curtimento de pele de peixe de água doce para fins de beneficiamento
92
Aproveitamento de palmeiras e cascas de espécies arbóreas para confecção de móveis
94
Percepções do Amapá: capacitação de monitores ambientais na bacia do Rio Maracá
95
Bioprocesso nos arranjos produtivos locais e na agroindústria para a conversão dos frutos em
bebidas alcoólicas fermentadas (vinhos) com cores, sabores e aromas da Amazônia
100
Utilização de agregado reciclado em argamassa para revestimento
102
Mercado amazônico – Site multimídia para divulgação, venda e exportação de produtos
amazônicos
102
Pesquisa de parâmetros técnicos e viabilidade econômica da produção de azeite e farinha de
castanha-do-brasil
103
Combustor ciclônico para queima de resíduos de serraria com minimização de impacto
ambiental
105
Inovação tecnológica: produção de brotos de guaraná
106
Aproveitamento de resíduos de despolpamento de frutos regionais na elaboração de ingredientes
para ração de peixes
107
Adopción del camu-camu (Myrciaria dubia) en sistemas tradicionales inundables
109
Implantação e operacionalização de uma unidade de beneficiamento de farinha de peixe “piracuí” e
de pescado salgado e seco a serem aplicados à merenda escolar de comunidades rurais do
Amazonas
110
Criação de galinha caipira – Sistema Colonial
112
Cultivo orgânico de plantas medicinais amazônicas certificadas
112
Nacionalização da tecnologia de gaseificação de biomassa e formação de recursos humanos na
Região Norte – Gaseibras
113
Categoria social
115
Caracterização dos genótipos do HIV em doadores de sangue soropositivos da Fundação de
Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
115
Ressocialização de presidiários: uma proposta de participação familiar
116
Inovação tecnológica e inclusão social entre os ribeirinhos de Iranduba-AM
117
Reciclagem: nada se perde, tudo se transforma
120
A Suframa e a dinâmica do desenvolvimento regional nortista
121
Desenvolvimento de tecnologias para implantação de meliponários em comunidades da
Amazônia
122
Programa Agroambiental em escolas do Projeto de Assentamento Tarumã-Mirim, na Região de
Manaus-AM
125
Farol do conhecimento – Apostando no protagonismo juvenil aliado à sabedoria de pescadores
experientes para o desenvolvimento de comunidades pesqueiras
127
A capacitação profissional como instrumento de inclusão social, visando ao desenvolvimento
sustentável do turismo na comunidade amazônica Marcos Freire, no Município de Presidente
Figueiredo
128
Ação em contribuição ao comércio e uso sustentável de produtos da floresta no Município de
Manaquiri-AM
130
Gente de fibra
131
Mulheres e artes na floresta amazônica
132
Difusão de tecnologias de culturas alimentares destinadas aos agricultores familiares de várzea do
Amazonas
132
Centro Social de Educação Integral “Mamãe Margarida”
134
Mitigando impactos socioambientais – ações de empoderamento de populações atingidas por
barragens
134
Projeto sementes para a paz
135
Otimização do mouse ocular
136
Centro Interdisciplinar de Atenção aos Distúrbios Nutricionais
137
O dilema florestal
138
Bolsa de Iniciação Tecnológica de Roraima
140
Projeto aplicativo
141
Implantação de residências ecológicas autossustentáveis
141
Prevenção do surgimento de surtos de malária a partir do comportamento climático
144
Mulheres amazônidas fazendo a sua própria diferença
146
O fazer virtuoso: geração de renda, empoderamento e consciência ambiental no igarapé
Mata Fome
147
Pastoral da Criança
148
Categoria ambiental
150
Monitoramento das áreas de atuação da Petrobras: potenciais impactos e riscos ambientais da
indústria do petróleo e gás no Amazonas – Piatam
150
Projeto piloto de recuperação da mata ciliar do igarapé do Parque Municipal do Mindu
152
Impacto ambiental e consequências socioeconômicas da expansão da agricultura no sudoeste da
Amazônia
153
Remuneração por preservação: oportunidade amazônica no Protocolo de Quioto
156
Desenvolvimento de tecnologias agroecológicas inovadoras para o fortalecimento da cadeia
produtiva do frango caipira na região do Portal da Amazônia
159
Criação de minhocas nativas e obtenção de húmus em composto orgânico obtido a partir do resíduo
de pescado
160
Oficina-escola de resíduos: proposta para envolvimento e desenvolvimento sustentável do Tupé,
Manaus-AM
161
Estudo das condições de habitabilidade da comunidade quilombola do Abacatal
162
A inclusão social por meio do aproveitamento sustentável dos recursos naturais e de solução
tecnológica apropriada
Produtos não-madeireiros Maués – PNM-Maués
164
166
Corredores de biodiversidade na Amazônia – evolução conceitual, práticas e as políticas de
desenvolvimento socioeconômico e ambiental. Caso do Estado do Amapá
168
Proposta para redução do impacto do esgoto sanitário de embarcações, flutuantes e palafitas na
Região Amazônica
170
Projeto de desenvolvimento sustentável Jequitibá
171
Comunidade no Jardim Botânico de Manaus – Adolpho Ducke
172
Coleta do lixo orgânico e químico (lixo branco)
173
Planejamento de transportes: estradas vicinais em áreas de várzea na Amazônia
173
Treinamento de mateiros em identificação botânica como um subsídio para conservação por meio
do manejo florestal, o exemplo da família Anacardiaceae no vale do Jari, Monte
Dourado-PA
174
Tecnologia em couro: curtimento de peles de peixes amazônicos utilizando curtente
vegetal
176
Uso sustentável e conservação de arraias de água doce no Rio Negro, Estado do
Amazonas
177
A educação ambiental como instrumento de preservação do meio ambiente amazônico: proposta de
criação de cartilha ambiental
179
Monitores de trilhas para unidades de conservação em assentamentos agrários
181
Mapa da reciclagem de Manaus
182
Filtro ecológico para remoção de metais pesados
183
Comunicação e educação para gestão ambiental e transferência de tecnologias em comunidades
ribeirinhas do Rio Madeira, Porto Velho-RO
185
Regulamento do Prêmio 2005
187
Regulamento do Prêmio 2006
201
Cerimonial – Prêmio 2004
209
Manifestações
211
Comissão organizadora
217
Comissão julgadora
218
Comissão mobilizadora
220
Índice de autores
224
Apresentação
Em 2004, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio de
nossa Secretaria de Tecnologia Industrial – STI, decidiu pela implementação do Prêmio Professor
Samuel Benchimol, tendo como objetivo maior a promoção da reflexão sobre as perspectivas
econômicas, ambientais e sociais para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.
Com premiações previstas pelo regulamento de se agraciar ideias ou projetos nas categorias
tecnológica/econômica, ambiental e social, o Prêmio Professor Samuel Benchimol privilegia a
criatividade, a invenção, permitindo ao candidato apresentar sua proposta independente de
vinculações institucionais, hierárquicas, constituindo, portanto, uma importante iniciativa para a
inovação. A essa singularidade de liberdade de pesquisa e de convocação da inteligência para
pensar a Amazônia, soma-se a abrangência do concurso, não o restringindo aos nossos limites
geográficos, mas à Amazônia territorial, desde que os projetos oriundos de outros países envolvam
em sua execução instituições brasileiras. Em 2006, o regulamento, além de prever essas
premiações, incluirá a categoria Prêmio Professor Samuel Benchimol para empresários que
reconhecidamente vêm contribuindo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
É preciso lembrar que a Amazônia Legal brasileira cobre 60% do território nacional e tem
em torno de 23 milhões de habitantes (em 2005), o que representa pouco mais de 12% da população
brasileira. Sua importância global, segundo estudiosos na área, pode ser observada tanto por meio
de sua rica biodiversidade (50.000 espécies conhecidas de plantas, 3.000 de peixes, 2.000 de
pássaros). A substituição do desmatamento pelo aproveitamento da biodiversidade faz com que o
Prêmio Professor Samuel Benchimol torne-se um instrumento permanente de desenvolvimento
dessa Região.
O Congresso Mundial de Parques, em Durban, promovido pelo Banco Mundial para a
reflexão para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia até 2007, sugeriu algumas linhas de
ações que, junto a outros estudos semelhantes, como os realizados pelo próprio Professor
Benchimol – empresário erudito e pesquisador de problemas e perspectivas da Amazônia – devem
ser vistos como referência na formulação de critérios para o fomento e julgamento das propostas
que conduzam à geração de emprego e renda, ao desenvolvimento econômico e ao gerenciamento
sustentável dos recursos naturais daquela Região.
Premiar ideias constitui uma iniciativa louvável, mas implementá-las caracteriza intervir no
processo de desenvolvimento. Dessa forma, merece destaque a ação articulada pelo Banco da
Amazônia com a nossa Secretaria de Tecnologia Industrial, contratando quatro dos nove projetos
agraciados em 2004 com o Prêmio Professor Samuel Benchimol. Espera-se, por conseguinte, que a
iniciativa do Banco da Amazônia seja seguida por outras instituições e, sobretudo, pelo setor
empresarial, como apoio ao empreendedorismo e inclusive de responsabilidade social das
Empresas, configurando a promoção do desenvolvimento Regional.
Na formulação do Prêmio participaram os Ministérios da Ciência e Tecnologia, do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Integração Nacional, do Meio Ambiente, do
Turismo, além do Banco da Amazônia, da Superintendência da Zona Franca de Manaus, da
Confederação Nacional da Indústria, da Ação Pro-Amazônia e do Sebrae Nacional.
Quero registrar o meu agradecimento a todas as instituições que vêm apoiando esta
iniciativa, da qual tanto nos orgulhamos.
Luiz Fernando Furlan
Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior
Introdução
O resultado dos projetos aprovados para receberem o Prêmio Professor Samuel Benchimol
determina a busca de parceria entre o Governo e o setor empresarial, no sentido de estes
viabilizarem a sua execução, bem como com o complexo de Ciência & Tecnologia do País, dentre
estes, o Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA, pela sua ação articuladora entre empresas e
a comunidade acadêmica. O objetivo é não só buscar uma resposta a questões e diagnósticos
levantados por estudiosos sobre o potencial da biodiversidade da Amazônia, apontando as razões
pelas quais esta ainda não conseguiu ser mais expressiva na pauta de produção, mas sim
empreender a implementação de iniciativas que levem ao desenvolvimento regional.
Reconheço a importância da Bioprospectiva e da Prospecção Tecnológica para os diversos
setores industriais não apenas para a Amazônia, mas para o Brasil como um todo. É preciso, desse
modo, estabelecer um monitoramento de inteligência das tendências tecnológicas, oportunidades e
desafios para a indústria, à cultura da inovação e a capacitação de recursos humanos.
No entanto, paralelamente a esse esforço, é necessário que iniciativas como o Prêmio
Professor Samuel Benchimol cresçam não em número de projetos premiados, mas em qualidade de
propostas que tenham verdadeiro impacto no desenvolvimento da Amazônia.
Se em 2004 conseguimos a apresentação de 56 projetos, em 2005 quase duplicamos esse
número, com 98 projetos, esse indicador não pode ser considerado como única medida de sucesso
do Prêmio. É preciso que a origem dos projetos cresça em abrangência nacional e até internacional.
É fundamental que as propostas cresçam na qualidade e com real impacto no desenvolvimento
amazônico.
O Professor Samuel Benchimol, cujo nome honra essa iniciativa e cuja extensa bibliografia
refletiu essa macrovisão dos problemas amazônicos e dos amazônidas, é mais uma vez referência
para a concepção de propostas para os Prêmios. É célebre a citação de Gilberto Freyre ao referir-se
ao Professor Benchimol, quando de sua visita ao Recife, como o mais objetivo, o mais científico, o
mais idôneo, no conjunto de saberes sobre a Amazônia. É essa visão tecnológica e científica que
almejamos das propostas para o Prêmio Benchimol.
O regulamento do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2006 reflete um pouco desse desafio
para uma adequação crescente das propostas aos reais problemas amazônicos. Ao mesmo tempo, o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, ao criar uma nova
categoria de premiação a empresários que ali atuam, segue mais uma vez a orientação do Ministro
Luiz Fernando Furlan. Segundo ele, a cultura de premiar os que se sobressaem, os que são
criativos, não se limitando a reproduzir o que outras gerações fizeram, precisa ser reconhecida e
aplaudida. Essas premiações constituem um estímulo e um reconhecimento ao processo de
inovação, ao crescimento da indústria brasileira para uma sociedade mais justa, com mais emprego,
mais exportação e um melhor nível de vida para nosso povo.
Assim, tenho o prazer de apresentar um relatório do Prêmio Benchimol 2005 com a lista e
os respectivos resumos dos projetos contratados pelo Banco da Amazônia, decorrentes do processo
de seleção de 2004, os premiados em 2005 e um resumo dos demais projetos apresentados.
Quero destacar o apoio do Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, VicePresidente da Confederação Nacional da Indústria e Presidente Executivo do Prêmio Professor
Samuel Benchimol 2005, Danilo Remor, nessa iniciativa de desenvolvimento regional e, sem
dúvida, de crescimento da competitividade industrial brasileira. Registro, também, o meu
agradecimento ao Presidente do Banco da Amazônia, Mâncio Lima Cordeiro, pela implementação
dos projetos selecionados pala contratação, assim como a todos os Ministérios e instituições que, de
alguma forma, contribuíram para mais essa edição do Prêmio Professor Samuel Benchimol.
Jairo Klepacz
Secretário de Tecnologia Industrial
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
PROJETOS AGRACIADOS COM O PRÊMIO 2004 E CONTRATADOS
Receberam o apoio financeiro do Banco da Amazônia quatro projetos de pesquisa
agraciados, pré-seiecionados dentre os nove premiados com o Prêmio Professor Samuel
Benchimol/2004
por
uma
comissão
julgadora,
instituída
pelo
Ministério
do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com representantes dos Ministérios do
Meio Ambiente, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Turismo, da Ciência e
Tecnologia e da Integração Nacional: 1 – Sistemas agroflorestais e turismo como
alternativa de desenvolvimento local no assentamento Terumã Mirim: comunidade agrícola
de Tarumã-Açú (2o lugar na categoria ambiental); 2 – Formação e manejo de bacurizeiros
nativos como alternativa econômica para áreas degradadas da Amazônia (1.º lugar na
categoria econômica); 3 – Água limpa para pequenas comunidades da Amazônia (1.º lugar
na categoria social); e 4 – Qualificação de produtores rurais para aproveitamento de
espécies vegetais destinadas a insumos de fitoterápicos e fitocosméticos (2o lugar na
categoria social).
Sistemas agroflorestais e turismo como alternativa de desenvolvimento local no assentamento
Tarumã Mirim: comunidade agrícola de Tarumã Açu
Jesuéte Bezerra Pacheco
José Carlos Martins Brandão
Ronisley da Silva Martins
Jader Marconi de Albuquerque Portela
Descrição resumida da proposta do projeto: O assentamento Tarumã Mirim, constituído de 13
comunidades, em cujo perímetro possui cinco (5) reservas florestais, localizado nas proximidades
da cidade de Manaus, vem sendo procurado por visitantes nos feriados, finais de semana e, por
alguns, em período de férias de trabalho. Os atrativos que chamam atenção são os naturais e o
modo de vida da população do local. Em uma das comunidades denominada Comunidade Agrícola
Tarumã Açu, constituída de 73 lotes de assentados, possui uma reserva florestal em que o atrativo
mais buscado é uma cachoeira, porém as atividades cotidianas também atraem os visitantes, quer
pelo passeio nas roças ou pelos entretenimentos da comunidade. Por conseguinte, a atividade
econômica da comunidade está centrada nos produtos oriundos da agricultura e da fruticultura,
além do que aproveitam a madeira dos roçados para o fabrico de carvão em caieira de forno que
também é um atrativo e um complemento de renda familiar. Vale ressaltar que essa atividade,
futuramente, se não tiver mais uma alternativa, pode conduzir o assentado a se dirigir para floresta
em busca da matéria-prima.
Por outro lado, considera-se muito comum, nas propriedades rurais e de assentamentos do
Amazonas, abertura de áreas primárias por meio da expansão da fronteira com os roçados de
monocultivos. Por conta disso, no momento em que a fertilidade natural do solo se esgota, como
consequência ocorre à queda da produtividade e produção, que por sua vez provoca a abertura de
novas áreas, conduzindo ao uso de mais recursos naturais subtraídos da mata primária. Dessa
forma, uma das alternativas viáveis para situações em propriedades rurais e em específico na
comunidade de Tarumã Açu é a implantação de sistemas agroflorestais, pois do ponto de vista
econômico caracterizar-se-á como uma forma de desenvolvimento local capaz de proporcionar o
seu enriquecimento, a partir da implantação de maior diversidade de espécies agronômicas e
florestais nos lotes em que passam as trilhas planejadas para visitação turística, contribuindo, dessa
forma, para um melhor aproveitamento, maior produção e, consequentemente, para melhores
condições ambientais. Além disso, o aspecto de ambiente equilibrado, produtivo e agradável que o
lugar apresentará pode ser utilizado de forma proveitosa no sentido de atrair visitantes em atividade
de descontração e lazer, como é caso da atividade turística.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Introduzir sistemas agroflorestais e a viabilização do
agroturismo como alternativa de desenvolvimento local, bem como a amenização da pressão à mata
primária, aproveitamento de áreas abertas para os monocultivos e enriquecimento das propriedades
de assentados com vistas a atender aos interesses econômicos, sociais e ambientais da comunidade.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Proceder ao levantamento e diagnóstico da área; identificar o
perímetro das propriedades a serem trabalhadas, considerando o planejamento das trilhas de
visitação turística; implementar a formação e/ou capacitação agroturística dos membros das
famílias de assentados; implantar um módulo de infraestrutura para abastecimento de água;
proceder ao levantamento e aquisição de espécies vegetais de preferência das famílias assentadas;
elaborar o desenho esquemático do sistema a ser implantado, considerando as espécies
selecionadas; proceder ao levantamento dos recursos (material reprodutivo, sacos, matéria
orgânica, etc.) para a produção de mudas das espécies; implantar o viveiro comunitário para
produção de mudas das espécies desejadas pelas famílias para compor os sistemas; implementar
cursos de orientação em Educação Ambiental, Turismo e Sistemas Agroflorestais; acompanhar as
atividades de produção, preparo das áreas para recebimento das mudas (demarcação, coveamento,
adubação, etc.); organizar a distribuição de mudas e a forma de plantio nas propriedades do
assentamento da comunidade de acordo com o croqui do Sistema; sugerir uma comissão para
gestão de implantação e implementação dos SAFs; tratar os resíduos sólidos orgânicos por meio da
técnica de compostagem; elaborar Relatório Parcial por ano e um final na conclusão das atividades.
Local de execução: Comunidade Tarumã Açu
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Telefone: 92.237-1435
Fax: 92.613-6900
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua B5, c/1662 – Conjunto 31 de Março
Manaus – AM, Brasil CEP: 69076-220
Formação e manejo de bacurizeiros nativos como alternativa econômica para as
áreasdegradadas da Amazônia
Alfredo Kingo Oyama Homma
Descrição resumida da proposta do projeto: O bacurizeiro (Platonia insignis Mart.- Clusiaceae)
possuí uma característica ímpar de efetuar o brotamento a partir de suas raízes. Dessa forma, nas
antigas áreas de ocorrência de bacurizais verifica-se o brotamento dessa espécie arbórea, como se
fosse uma erva daninha, na luta para a sobrevivência. O objetivo seria transformar esses rebentos
que nascem espontaneamente mediante o manejo, colocando no espaçamento apropriado, controle
das copas e dos brotos, das ervas invasoras e adubação, permitindo a formação de bosques de
bacurizais, criando novas alternativas para as terras degradadas da mesorregião do nordeste
Paraense.
O extrativismo do bacuri faz parte do elenco de “produtos invisíveis” extraídos da floresta
amazônica (pupunha, uxi, tucumã, bacaba, etc.) e outros já domesticados (jambu, pupunha, etc.)
que não são computados nas estatísticas oficiais, que são importantes na estratégia de sobrevivência
da agricultura familiar. Além dessa escassez de informações econômicas, pouco se conhece sobre
os aspectos tecnológicos dos sistemas de manejo de bacurizeiro desenvolvidos pelos próprios
coletores. As instituições de pesquisa científica agora é que estão despertando para a importância
do manejo e das primeiras tentativas de sua domesticação. O bacurizeiro é uma árvore perene que
ocorre em baixa densidade na floresta primária entre 0,5 a 1,5 árvore/hectare e que suas brotações
aumentam na vegetação aberta de transição, especialmente das áreas já derrubadas que pode
alcançar até 1.800 rebentos/hectare (MEDINA; FERREIRA, 2003). As árvores adultas podem
atingir até 35 metros de altura, com tronco de até dois metros de diâmetro à altura do peito (DAP),
tornando-o atrativo para a exploração madeireira, o que tem sido motivo de sua destruição.
A área de maior concentração do bacurizeiro é o estuário do rio Amazonas, com ocorrência mais
acentuada na região do Salgado, na Ilha do Marajó e em alguns municípios da microrregião
Bragantina (CAVALCANTE, 1991). Nesses ambientes antrópicos, o bacurizeiro prolifera com
extrema facilidade, principalmente por brotações de raízes, muitas vezes chegando a dominar
completamente a paisagem sem, contudo, conseguir recuperar o tamanho original, decorrente da
sua destruição pelas contínuas roçagens. O manejo do bacurizeiro seria efetuado a partir das
brotações radiculares dessa planta nas áreas derrubadas para os roçados abandonados. A produção
dos frutos ocorre se as árvores forem salvas de derrubadas futuras e da entrada do fogo, entre oito a
dez anos. Trata-se de uma planta rústica que, em função do crescimento do mercado de frutos,
passou a receber atenção de agricultores que começaram a salvar algumas árvores de bacurizeiros
nos quintais, sem nenhuma técnica.
O “manejo atual” consiste em privilegiar as brotações mais vigorosas deixando um espaçamento
aleatório de 4 a 8 metros nos roçados que são abandonados, e os cuidados posteriores referem-se
apenas a roçagens anuais e, quando adultas para facilitar a coleta dos frutos. O desenvolvimento de
técnicas de manejo apropriadas para bacurizeiros teria a condição de modificar a capacidade de
suporte para uma capacidade limite, equivalente a de um plantio racional, semelhante ao que está
ocorrendo com os açaizais (PETERSON; FISHER, 1977; FISHER, 1981; NOGUEIRA, 1977).
Com isso, modificaria também os custos de extração e a rentabilidade.
No caso do bacurizeiro que sofre duplo extrativismo (coleta de fruto e extração de madeira) e da
competição com atividades agrícolas em termos de substituição do espaço, o crescimento do
mercado de fruto deve ser aproveitado para consolidar a mesorregião do nordeste Paraense como
um grande centro produtor dessa fruta. Com a valorização dos frutos do bacurizeiro, sobretudo, nos
últimos dez anos, seria importante determinar práticas de manejo adequadas para recomendação
para produtores da mesorregião do nordeste Paraense. O fato de as áreas de ocorrência de
bacurizeiros sofrerem forte pressão de ocupação pode estar restringindo as possibilidades desse
aproveitamento futuro com grandes perspectivas de mercado, de geração de renda e emprego e de
regeneração das áreas degradadas. Por outro lado há necessidade de incentivar plantios dessa
árvore, cuja procura pelas agroindústrias para atender compromissos de exportação (nacionais e
externos) apresenta limitações por serem totalmente dependentes de estoques nativos. O
crescimento do mercado de bacuri também está induzindo a realização de plantios “pé franco” por
meio de sementes e, mediante enxertia, no Município de Tomé-Açu, para apressar a frutificação e o
tamanho da copa.
Dessa forma, é importante conhecer os atuais sistemas de manejo que estão sendo utilizados pelos
agricultores nas áreas de ocorrência dos bacurizeiros no Estado do Pará e desenvolver novas
técnicas de manejo, face à inexistência de maiores conhecimentos experimentais sobre essa planta.
Existe, também, grande limitação quanto a maiores conhecimentos sobre seu cultivo, que precisam
ser avaliados a partir dos estoques naturais existentes. As possibilidades de mercado para a polpa
do bacuri são semelhantes a do açaí e do cupuaçu, verificando-se um evidente conflito entre a
oferta natural e a pressão da demanda dessa fruta. Esse mercado potencial indica que o setor
produtivo já deveria estar com a mesma área plantada de cupuaçuzeiros na Amazônia, estimada em
mais de 25 mil hectares e, no caso dos açaizeiros, o Banco da Amazônia S/A já financiou até 2002,
cerca de 16.000 hectares. A frutificação é sazonal e a queda dos frutos ocorre, em sua maior parte,
de janeiro a março. A polpa do bacuri é cotada a R$ 10,00/quilo e na entressafra alcança R$ 16,00,
três vezes mais do que a polpa de cupuaçu. Não existe plantio comercial em produção e a árvore
nativa só frutifica depois de oito a dez anos e as mudas enxertadas começam a ser vendidas a R$
25,00 podendo frutificar depois de cinco anos. Uma árvore adulta produz de 100 a 800 frutos, com
uma média de 400 frutos por ano, que poderia render R$ 80,00 ao agricultor (SHANLEY et al„
1998; PEREIRA FILHO, 2001; MEDINA; FERREIRA, 2003). O preço da fruta está cotado a R$
0,25 a R$ 1,00 nas feiras livres de Belém (SHANLEY et al., 1998). Outro problema do bacuri é o
baixo rendimento da polpa que é de apenas 10 a 12% do peso do fruto e os equipamentos
industriais não conseguem despolpar o bacuri, que constituem desafios para a pesquisa.
Principais objetivos: Adaptar sistemas de manejo de bacurizeiros obtidos através da regeneração
natural nas áreas degradadas da mesorregião do nordeste Paraense e da Ilha de Marajó, uma das
mais antigas áreas de ocupação da Amazônia, transformando a vegetação secundária de baixo
rendimento em áreas com rentabilidade apropriada. Espera-se que, a partir de aperfeiçoamento dos
sistemas de manejo adotados pelos produtores, possa servir de modelo para difusão para aumentar
a produtividade da terra e da mão de obra e a conservação dos recursos naturais; avaliar os
coeficientes técnicos de produtividade, densidade de bacurizeiros, gastos de mão de obra e
rentabilidade, para servir de modelo para financiamentos de projetos dessa natureza.
Local de execução: Mesorregião Nordeste Paraense e Ilha de Marajó.
Instituição: Embrapa Amazônia Oriental
Telefone: 91.299-4582 Fax: 91.276-9845
E-mail: [email protected]
Endereço: Trav. Enéas Pinheiro, s/n, Bairro Marco
Belém-PA, Brasil
CEP: 66095100
Água limpa para pequenas comunidades da Amazônia
João Tito Borges
Descrição resumida da proposta do projeto: Serão construídas estações de tratamento de água
que poderão ser utilizadas em pequenas comunidades estabelecidas tanto em águas negras quanto
águas barrentas. A estação de tratamento de água é movida manualmente (onde se faz a
coagulação/floculação e a decantação) e a água tratada passará por um filtro de seixos construído
com materiais disponíveis em qualquer região. O sistema poderá ser utilizado em qualquer região
do interior da Amazônia, em pequenas comunidades, vilarejos, aldeias e sistemas flutuantes. O
pesquisador já fez ensaios em pequena escala e já tem o projeto modelado para diversas situações.
É necessário prover a região com sistemas de abastecimento de água alternativos com o objetivo de
reduzir o número de doenças causadas pela veiculação hídrica.
Principais objetivos: Prover água limpa com baixo custo e baixa manutenção para as populações
Amazônicas; reduzir as doenças de veiculação hídrica; promover a melhor qualidade de vida a
essas populações, por meio da potabilização das águas.
Local de execução: Comando Militar do Amazonas
Instituição: Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica
Telefone: 92.616-3002
Fax: 92.616-2688
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Paraíba 670
Manaus-AM, Brasil CEP: 69057-020
Qualificação de produtores rurais para aproveitamento de espécies vegetais destinadas a
insumos de fitoterápicos e fitocosméticos
Juan David Revilla Cardenas
Descrição resumida da proposta do projeto: Projeto de capacitação e qualificação de produtores
rurais para coleta e manuseio de espécies vegetais que sirvam de insumos para a indústria de
fitoterápicos e fitocosméticos. Os produtores são da comunidade Santo Antônio, localizada na
estrada Manaus-ltacoatiara- Km 47 (Município de Manaus). A capacitação será realizada por meio
de oficinas e cursos, com foco no manejo sustentável dos recursos existentes na comunidade. O
projeto visa a dar condições aos comunitários de geração de emprego e renda no próprio local onde
moram.
Principais objetivos: Capacitação de recursos humanos para a coleta e manejo adequados dos
recursos vegetais da Região Amazônica visando a atender a demanda do mercado de Fitoterápicos
e Fitocosméticos; desenvolvimento de técnicas de coleta, secagem e armazenamento dos recursos
vegetais; disseminação de informações e orientações técnicas sistemáticas sobre as espécies de
interesse econômico, sobretudo dos aspectos botânicos e de manejo das espécies, visando à
sustentabilidade do recurso numa produção comercial.
Local de execução: Comunidade de Santo Antônio, Rodovia AM 010, Km 47 (Município de
Manaus).
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Telefone: 92.3643-3115
Fax: 92.3643-3115
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. André Araújo, 1756 – Aleixo
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69011-970
Projetos agraciados com o Prêmio 2005
Categoria Econômica / Tecnológica
1.º colocado:
Bárbara Schmal
Título: Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais da região de várzea em
Silves-AM
Instituição: Associação Vida Verde da Amazônia – Avive
Estado: Amazonas
2.º colocado:
Lauro Euclides Soares Barata
Título: Pesquisa & Desenvolvimento do óleo essencial das folhas de pau-rosa
Instituição: Laboratório de Química de Produtos Naturais, Instituto de Química da Unicamp
Estado: São Paulo
3.º colocado:
Masayoshi Ogawa
Título: Inovações tecnológicas no transporte e beneficiamento de caranguejo uca
Instituição: Laboratório de Recursos Aquáticos – LARAq/DEP/UFC
Estado: Ceará
Categoria Social
1.º colocado:
Nicolau Priante Filho
Título: Rede de colaboradores solidária para a industrialização e comercialização de produtos
oriundos da pesca artesanal e da fruticultura extrativista e familiar
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT
Estado: Mato Grosso
2.º colocado:
Alessandro Dinelli de Paiva
Título: Laboratório de computadores para a inclusão digital
Instituição: Comitê para Democratização da Informática do Amazonas – CDI-AM
Estado: Amazonas
3.º colocado:
Karine Gomes Queiroz
Título: Guia Amazônia – Catálogo Virtual de Espécies Amazônicas – Parte 1 – Plantas Instituição:
Instituto de Ensino Superior – CESF/Fucapi
Estado: Amazonas
Categoria Ambiental
1.º colocado:
Luis Antônio Serrão Contim
Título: Esforço integrado de conservação, melhoramento genético e biotecnologia de pau-rosa
(Aniba rosaedora, Ducke) e espécies relacionadas: subsídios para o desenvolvimento sustentável e
exploração racional da espécie
Instituição: Centro Universitário Nilton Lins / Laboratório de Biotecnologia Vegetal
Estado: Amazonas
2.º colocado:
Sérgio Roberto Lopes
Título: Agrofloresta, uma alternativa produtiva e ambiental para a Região
Instituição: Associação dos Pequenos Agossilvicultores do Projeto Reca
Estado: Rondônia
3° colocado:
Suani Teixeira Coelho
Título: Programa para a geração de energia a partir de óleos vegetais na Amazônia através da
adaptação de motores diesel existentes – Provenat
Instituição: Centro Nacional de Referência em Biomassa – Cenbio
Estado: São Paulo
Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais da região de várzea em
Silves-AM
Barbara Schmal
O objetivo geral da iniciativa é a promoção de alternativa econômica de forma demonstrativa para
as mulheres de comunidades do município de Silves-AM, via extração sustentável de óleos
essenciais da várzea e terra firme bem como a produção de produtos afins com envolvimento
comunitário, utilizando-se de tecnologia branda de baixo impacto e integração de ações de
conservação.
Dentre os objetivos específicos, temos: identificar, selecionar e estudar a ecologia e biologia das
espécies potenciais produtoras de óleos essenciais, resinas e óleos graxos para produção; capacitar
comunitários/as e sócias da Avive na produção de espécies nativas aromáticas de forma
ecologicamente correta e da produção e uso do óleo das mesmas; produzir, certificar e
comercializar uma linha de produtos aromáticos por meio do uso de tecnologias de baixo impacto
ambiental, preservando os direitos de propriedade do conhecimento tradicional local.
Breve descrição do projeto:
A grande extensão da Amazônia e sua posição no Trópico Úmido conferem à região potenciais
energéticos e econômicos de alta relevância. A Floresta Amazônica abriga a mais notável e
diversificada fonte de produtos naturais do planeta. Dentro dessa biodiversidade os óleos vegetais
formam uma classe de produtos naturais dos mais aproveitáveis na Região Amazônica. A partir do
trabalho de Le Cointe (1931), passou-se a ter um relato sobre as possibilidades de aproveitamento
de oleaginosas, bálsamos, resinas e óleos essenciais da vasta flora da Amazônia. Com isso,
pesquisadores de diversas instituições iniciaram estudos mais profundos a respeito, e hoje já
encontramos diversas publicações científicas que relatam a ocorrência de constituintes químicos em
espécies vegetais oleaginosas, tais como das espécies pau-rosa, sacaca, louro nhamuhy, copaíba,
andiroba, pimenta longa, preciosa, entre outras. Todas as essências obtidas dessas plantas, pelos
seus constituintes, são potencialmente comerciáveis, por meio de uma produção sustentável, para o
uso em perfumaria, aromaterapia, cosmética natural e fitoterapia.
Os óleos essenciais são componentes aromáticos encontrados em muitas plantas e suas partes:
flores, folhas, galhos, tronco, casca, raiz, frutos e sementes. Ao se exporem no ar a temperaturas
comuns eles evaporam, e por isso os chamamos de voláteis, etéreos ou essenciais.
A extração dos óleos essenciais pode ser por arrasta a vapor (Destilação), extração alcoólica e
prensagem a frio. Os óleos essenciais ocupam um lugar preponderante nos mercados de farmácia,
perfumaria, cosméticos e na indústria alimentícia.
São empregados para aromatizar chicletes, bebidas, sabonetes, perfumes, para mascarar odores
desagradáveis em ambientes de trabalho e instalações sanitárias, além de serem usados como
insumo em diversos produtos das indústrias de plásticos, tintas, borrachas, inseticidas e outras.
Muitos desses óleos fornecem compostos de partida para a síntese de outras substâncias úteis nas
indústrias farmacêuticas e de transformação. Outros componentes têm propriedades farmacológicas
e são usados como analgésicos, bactericidas, sedativos, expectorantes, reumáticos, estomáquicos na
composição de diversos medicamentos.
Já os óleos graxos, também chamados de gordurosos e/ou fixos, tais como o de andiroba, cumaru,
patauá, babaçu, entre outros, são extraídos por meio da prensagem a frio na maioria das vezes das
sementes da planta. São produtos importantes, usados com fins farmacológicos, industriais e
nutricionais.
Para a maior parte dos óleos, portanto, a possível variedade química natural e indesejável alteração
por condições de extração e armazenamento inadequadas dificultam sua comercialização pela
ausência de padrões bem definidos de composição, garantia de qualidade e pureza. As análises
cromatográficas realizadas para as diferentes espécies, para os diversos espécimes, visam a balizar
e a estabelecer os padrões necessários e essenciais para a produção de óleos essenciais e fixos de
qualidade, para que possam ser comercializados no mercado interno ou externo com maior valor
agregado, viabilizando, dessa forma, o esforço da população tradicional na sobrevivência pelo
extrativismo dessas espécies.
As perspectivas de extração de óleos essências com o processamento das folhas e galhos das
árvores, como alternativa ao abate destas, são promissoras. Pesquisas científicas vêm sendo
desenvolvidas no sentido de intensificar o uso da técnica de desbaste com vistas a que não seja
mais necessário o sacrifício das árvores para a produção de tão importante insumo das indústrias
perfumista e cosmética.
A realização de um empreendimento que visa a um só tempo à geração de renda para comunitárias
e comunitários e à conservação dos recursos naturais, por certo, é uma iniciativa animadora. O
mercado de cosméticos naturais à base de plantas, principalmente as da Amazônia, é seguro e
crescente (SEBRAE, 1995), tanto no Brasil como no exterior, onde empresas e consumidores estão
dispostos a pagar um preço de até 40% acima do normal, pela aquisição de produtos naturais
amazônicos, de origem certificada, desenvolvidos de forma ecologicamente correta e socialmente
justa.
A presente proposta visa, portanto, à continuidade e ao fortalecimento do projeto comunitário
realizado até o presente, permitindo a elaboração e o desenvolvimento de uma linha de óleos
essenciais da várzea e terra firme, produzidos e comercializados por comunitários, com especial
atenção para as mulheres, valorizando o potencial de trabalho e a identidade da mulher “Amazona”.
Leve-se em consideração os pontos principais de que:
•
Silves já foi importante centro de produção de óleo essencial de pau-rosa;
•
o uso de óleos essenciais de Pau-rosa, Copaíba, Andiroba, Cumaru, entre outros, faziam e
ainda fazem parte das formulações caseiras locais;
•
os óleos essenciais são um insumo de extrema importância para as indústrias de cosméticos
e perfumaria;
•
técnicas de extração e manejo sustentáveis e certificadas levam a um menor prejuízo ao
meio ambiente;
•
produtos certificados apresentam maior valor agregado;
•
os óleos essenciais amazônicos obtidos das folhas e galhos, sementes e resinas são ainda
inéditos nos mercados nacional e global.
De imediato deverá reverter o quadro de produção artesanal de óleos vegetais e cosméticos
naturais, registrando o empreendimento e os produtos nos órgãos estaduais e federais, atendendo,
assim, a mesma legislação aplicável às indústrias de cosméticos em geral. Em curto prazo, o projeto
pretende implantar um programa de capacitação e suporte para que as mulheres possam administrar
o empreendimento com padrões de autogestão plena e caráter empresarial dentro de um sistema
cooperativo.
Deverá continuar com os treinamentos e palestras para as Mulheres da Avive e de comunidades do
município, em parceria com o Sebrae, o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia e a
Universidade Federal do Amazonas, visando à formação de multiplicadoras de conhecimentos –
produtoras de cosméticos naturais, artesãs, educadoras ambientais, agentes comunitárias de saúde
natural e bem-estar, valorizando, assim, a mão de obra feminina nas comunidades amazônicas. Ao
mesmo tempo, o projeto pretende identificar e classificar os recursos naturais de espécies
promissoras para produção de óleos em áreas de reserva legal de, no mínimo, cinco comunidades
do município para fins de manejo.
Posteriormente, o projeto pretende promover a diversificação do uso de recursos da floresta,
ampliando o número de espécies exploradas a agregando valor aos produtos, por meio do seu
beneficiamento ecologicamente correto. A proposta será concluída com a implementação do
empreendimento, produção e comercialização de uma linha de produtos cosméticos naturais e
certificados Avive, incluindo uma estratégia de marketing. Espera-se que a renda gerada pela
introdução de uma linha de produtos devidamente registrados e certificados venha a promover a
independência da iniciativa até o final de 2006, propiciando o bem-estar social e econômico de suas
empreendedoras e das comunidades de Silves, no Amazonas.
Principais atividades previstas
•
Promover o registro da Avive e seus produtos no Ministério da Saúde: Implantar edificações
específicas para a produção/ depósito/ expedição/ administração, firmar convênio de
controle de qualidade, contratação de responsável técnico, proceder elaboração de etiquetas
– para atender às exigências fitosanitárias da Anvisa e do Ministério da Saúde;
•
Realizar saídas de campo durante dois anos para fins de avaliação e identificação de
espécies florestais nativas potenciais no Município de Silves-AM para uso em cosméticos
naturais e suas embalagens;
•
Proceder aos treinamentos e palestras (sobre terapias naturais, educação ambiental, cerâmica
e artesanato regional) para as Mulheres da Avive e de comunidades do município, visando à
formação de multiplicadoras de conhecimentos – artesãs, educadoras ambientais, agentes
comunitárias de saúde natural e bem-estar;
•
Realizar treinamentos e capacitações técnicas em autogestão e administração pró-ativa
empresarial do grupo associado à Avive e Cooperativa (computação, técnicas de vendas,
boas práticas de fabricação, contabilidade básica, exportação entre outros);
•
Produzir no viveiro da Avive mudas de reposição e estimular o plantio de espécies florestais
nativas em áreas degradadas e Reservas Legais das comunidades nos conceitos da
Agricultura Natural e Permacultura;
•
Promover a certificação dos produtos e subprodutos florestais da Avive;
•
Aprimorar as técnicas atuais de produção de óleos essenciais (pau-rosa, puxuri, preciosa,
macacaporanga, breu) a partir de folhas, galhos e resina para o uso em produtos cosméticos
e de perfumaria;
•
Elaborar uma cartilha informativa e educativa sobre os óleos, a sua produção e uso de
produtos naturais cosméticos da Amazônia;
•
Elaborar e implementar o sítio Avive e Cooperativa na Internet;
•
Desenvolver, testar, aprovar e produzir uma linha de cinco óleos essenciais e produtos afins,
100 % natural e vegetal com uso de matérias-primas amazônicas para comercialização nos
mercados local, regional, nacional e exterior.
Resultados a serem gerados
•
Produção e comercialização de óleos e cosméticos naturais, certificados e socialmente
responsáveis, desenvolvidos e introduzidos no mercado brasileiro e exterior, e cumprindo as
exigências legais do Ministério da Saúde e dos órgãos internacionais;
•
Comunidade em geral mais conscientizada sobre o dano dos saques ao patrimônio natural
promovido pela exploração predatória das espécies amazônicas, em especial as sob ameaça
e risco de extinção, por meio de campanhas de educação ambiental em parceria com o
Ibama e WWF;
•
Ecologia e biologia conhecidas e produção correta que subsidiarão manejo e gestão
ambiental do recurso, estimulando essa vertente na exploração florestal;
•
Valorização dos recursos naturais locais e da mão de obra feminina da Amazônia.
Entidades parceiras
WWF/ Brasil
A parceria tem por objetivo a realização de estudos e apoio à implantação do projeto comunitário
de exploração sustentável, com certificação FSC e reflorestamento de espécies nativas para
extração em âmbito demonstrativo e em microescala, de óleos essenciais das espécies aromáticas,
entre ameaçadas de extinção e/ou de uso popular tradicional para fins cosméticos e medicinais,
(www.wwf.org.br).
Ibama
O Ibama é parceiro da Avive na execução do subprojeto 045/02 do ProVárzea “Projeto comunitário
de produção sustentável de óleos essenciais da várzea na região de Silves-AM”, que iniciou-se em
Dezembro 2002 e terminará em Novembro 2005 e que tem o apoio técnico-financeiro do Ibama,
KfW
(Kreditanstalt
fur
Wiederaufbau),
Banco
Mundial,
DFIFeGTZ.
(www.ibama.gov.br/provarzea/).
Sebrae-AM
Desde 2000 a parceria com o Sebrae-AM visa à realização de seminários e capacitações em Silves
sobre Marketing, elaboração de logomarca, associativismo, custos, formação de preço de venda,
televendas, entre outros, como também consultorias para elaborar embalagens para os óleos e
produtos afins. O Sebrae-AM é responsável pela divulgação de diversas matérias sobre a Avive em
jornais e emissoras de TV e pela divulgação dos produtos Avive em feiras temáticas nacionais e
internacionais. A iniciativa da Avive foi incluída no livro “Histórias de Sucesso Vol. 1”, publicado
em 2003, como uma das experiências empreendedoras modelos em âmbito nacional
(www.sebrae.am.com.br).
Amigos da Terra
Através do web-site do seu Balcão de Serviços para Negócios Sustentáveis, a ONG está
divulgando o trabalho produtivo da Avive (www.amazonia.org.br / www.negocios.org.br).
Grupo Pão de Açúcar
A parceria iniciou-se em 2003 com o Programa Caras do Brasil, a partir da comercialização de
velas aromáticas em 08 lojas da rede de supermercados em São Paulo e Rio de Janeiro
(www.grupopaodeacucar.com.br/www.fomezero.org.br).
Entidades Participantes
Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA
Desde 2001, a Coordenação de Pesquisa de Silvicultura Tropical do INPA, por intermédio do Prof.
Dr. Paulo de Tarso Barbosa Sampaio, tem orientado as atividades da Avive:
•
realizando inventários na área de Floresta da Terra Firme (Ramal da Petrobras) onde a
Avive está implantando a Al E (área de importância ecológica)” Aquarosa”, com especial
atenção às Anibas (pau-rosa – Aniba roseadora, preciosa – Aniba canelilla, macacporangaAniba fragrans)\
•
iniciando uma plano de negócios referente à produção do óleo resina de copaíba e sabonetes
aromatizados com esse óleo para o mercado hoteleiro regional e nacional;
•
capacitando proprietários de terras e pequenos agricultores no entorno da futura AIE,
envolvendo cinco comunidades ao longo da Estrada da Várzea no Município de Silves-AM,
em atividades de conservação, produção de mudas e plantio das mesmas em áreas
degradadas;
•
plantando, junto às mulheres, 2.000 mudas de pau-rosa em clareiras naturais da AIE, em
janeiro 2004, visando à poda das folhas e galhos para produção do seu óleo essencial.
Desde Julho 2004, a Avive conta com a orientação técnica do Dr. José Eduardo Ribeiro do
Departamento de Botânica do INPA, para a identificação botânica das espécies nativas de interesse
para o projeto da Avive.
Universidade Federal do Amazonas – UFA
O Dr. Jamal da Silva Chaar realiza, em parceria com a Avive, as análises químicas dos óleos e
extratos (gascromatograma). A Prof. Lídia Medina de Araújo é responsável pela formação técnica
das Mulheres da Avive e Cooperativa em “Boas práticas de fabricação”.
Secretaria de Desenvolvimento Sustentável do Governo do Estado do Amazonas – SDS
A secretaria, por meio de sua Agência de Florestas (Afloram), tem sido parceira de diversas
instituições comunitárias do Estado do Amazonas, incentivando e apoiando a produção e
comercialização legal de produtos florestais não madeireiros e a exposição dos mesmos em feiras
temáticas regionais e nacionais. A parceria visa também ao apoio técnico para implantar em SilvesAM uma casa de produção no terreno da Avive, para atender às exigências legais da Avisa e do
Ministério da Saúde.
Quem somos
A Associação Vida Verde da Amazônia – Avive, fundada em 1999 na cidade de Silves-AM, é uma
entidade não governamental sem fins lucrativos. Tem como missão a defesa, preservação e
recuperação do meio ambiente, dos bens e valores culturais, em busca da melhoria da qualidade de
vida humana, com especial atenção para as mulheres, no âmbito do bioma Floresta Amazônica.
O projeto, que conta hoje com 45 mulheres, realiza pesquisa e aprimora técnicas e métodos de
exploração sustentável de espécies nativas aromáticas e medicinais, bem como desenvolve
atividades de educação ambiental e capacitação técnica.
Por meio da Cooperativa – Copronat, fundada em 2003, as mulheres produzem e comercializam
produtos naturais, tais como sabonetes, velas aromáticas e repelentes, incensos, águas aromáticas e
artesanatos como alternativa econômica visando a melhorar sua vida e a de seus familiares,
aplicando e preservando também seus conhecimentos tradicionais e populares sobre plantas
regionais amazônicas.
O trabalho das Mulheres da Avive ganhou real propulsão com a realização de uma parceria com o
WWF/ Brasil em 1999, para a implantação do “Projeto comunitário de produção sustentável de
óleos essenciais e produtos afins no Município de Silves-AM”. Desde dezembro de 2002, a
parceria com o ProVárzea/ Ibama está viabilizando as atividades e fortalecendo a iniciativa das
Mulheres da Avive no âmbito do “Projeto comunitário de produção sustentável de óleos essenciais
da região de várzea em Silves-AM”, com apoio técnico-financeiro do MMA, DFID, KfW, GTZ e
Banco Mundial.
Instituição: Associação Vida Verde da Amazônia – Avive
Telefone: 92.3528-2161
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Cizenando Grana, 622
Silves-AM, Brasil
CEP: 69110000
Pesquisa & desenvolvimento do óleo essencial das folhas de pau-rosa
Lauro Euclides Soares Barata
Descrição resumida da proposta do projeto: O Projeto “P & D do óleo essencial das folhas de
pau-rosa” representa uma estratégia viável ao desenvolvimento econômico sustentável da
Amazônia. Considera os aspectos econômicos, tecnológicos, sociais e ambientais envolvidos e em
consequência gera benefícios quantificáveis como emprego e renda para a população local. O
conhecimento científico-tecnológico do Coordenador do projeto definiu o aspecto econômicotecnológico como o norte deste projeto, que deverá gerar benefícios à economia Amazônica e às
suas estruturas produtivas. Deve inclusive melhorar a qualidade de um produto crucial da Região
que é o óleo de pau-rosa. O projeto deve proporcionar crescimento econômico e desenvolvimento
tecnológico à região e ter impacto positivo no tecido social. Deve também melhorar a distribuição
de renda diminuindo as diferenças sociais. Do ponto de vista Ambiental, sendo uma proposta de
desenvolvimento sustentável, tem como objetivo a recuperação de áreas degradadas, preservação de
uma espécie ameaçada e a reintrodução de uma espécie nativa, o pau-rosa.
Provavelmente, meio milhão de árvores de pau-rosa já foram abatidas desde o início da exploração
predatória iniciada na década de 30. O óleo essencial do pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) é
produzido da madeira de árvores centenárias abatidas e reduzidas á cavacos para a extração do óleo.
A espécie é endêmica apenas na Amazônia, onde já foi praticamente extinta nos Estados do Amapá
e Pará, outrora grandes produtores. As mais importantes casas de Perfumaria Internacionais são os
clientes preferenciais dessa fragrância fina e inigualável que não tem substituto, o óleo sintético é
usado para fragrâncias de segunda linha. Representa uma importante economia para a Amazônia
(exportação de aproximadamente US$ 2 milhões/ano) à custa da extração seletiva de cerca de 4.000
árvores/ano contribuindo para a devastação da floresta nativa. A reposição de 80 árvores/tambor de
180L de óleo não tem reduzido o impacto sobre a espécie, levando à sua inclusão na “Lista de
espécies em perigo de extinção” (portaria 37 do Ibama, de 3/4/1992). Tanto o Ibama como os
produtores reconhecem que, o estado atual da exploração do pau-rosa levará à extinção da atividade
extrativa na região, à institucionalização de práticas ilícitas, e ao empobrecimento maior das 1000
pessoas envolvidas na produção.
Estudos desenvolvidos no Laboratório de Química de Produtos Naturais da Unicamp, mostraram
que o óleo essencial das folhas de pau-rosa pode ser um novo produto às Indústrias de Perfumaria
fina como a Chanel, já que a fragrância do novo óleo, principalmente quando destilado e
concentrado em Linalol, pode substituir com vantagem o Linalol extraído do óleo da madeira do
pau-rosa. Os novos derivados do óleo das folhas foram testados em duas casas de perfumaria
internacionais (Firmenich e MANE do Brasil), passando pelo teste olfativo. Adicionalmente, numa
colaboração iniciada com a Faculdade de Farmácia da Universidade de Messina, Itália, a análise
sensorial do óleo de folhas de pau-rosa foi feita por cromatografia sniffe quando comparada ao óleo
da madeira levou a uma melhor performance.
Coordenado pela Unicamp, o projeto tem a parceria de um produtor tradicional de óleo de pau-rosa
e da UFRA e visa à produção sustentável do óleo essencial das folhas do pau-rosa via Cultivo e
Extração por arraste a vapor, técnica simples e tradicional entre os extratores de óleo essencial.
Consorciado com outras plantas aromáticas de retorno rápido, a extração do óleo essencial de
folhas se dará pela poda anual ou bianual de arvoretas de até cinco anos, gerando empregos e renda
localmente. Prevê-se que o produtor utilizará uma área de cerca de 30ha para plantar 10.000 mudas
de pau-rosa consorciadas com outras ervas aromáticas de crescimento rápido e sombreadas com
banana, para que haja o pagamento dos custos mínimos no menor prazo. Serão realizadas etapas de
cultivo, manejo, tratos silviculturais e agronômicos, análise foliar e análise do solo, sistema de poda
de folhas e galhos, extração por arraste a vapor, controle de qualidade, análises químicas e
sensorial, e estabilização do óleo. Complementarmente, será realizada a análise da viabilidade
técnica e econômica da produção via estudo de mercado para o novo óleo.
O preço de venda (FOB) do óleo essencial das folhas do pau-rosa em função do apelo ecológico
deve ficar em US$ 75/litro, já que o preço de óleo de madeira exportado atualmente é US$ 60/kg,
embora os produtores que dependem de financiamento da rede local o vendam a US$ 30/kg. No
mercado internacional o óleo pode custar US$ 240,00/kg. Nossos cálculos, no entanto, estabelecem
um preço modesto de US$ 50/ kg. Esta é a primeira fase de um projeto que busca a autosustentabilidade, e deve viabilizar-se economicamente a partir do quinto ano quando entrará na fase
industrial. No quinto ano a produção de 30ha será de 960 litros do óleo essencial de folhas de paurosa que somado ao cultivo de outras espécies, levará a um faturamento de US$ 50.000,00.
O Patchouly, também conhecido como Oriza no Pará, já foi cultivado na Amazônia em épocas
anteriores e o óleo produzido experimentalmente. Existe uma demanda mundial de mil toneladas de
óleo de Patchouly/ano e o Brasil não o produz, mas importa. O óleo essencial de Priprioca teve sua
produção iniciada recentemente por uma Indústria de Belém-PA especialmente para a Empresa
Natura que lançou em março de 2005 perfume com o mesmo nome, e que tendo menos de 5 g do
óleo é vendido a Ft$ 150,00/ 10Oml. O preço do óleo de Priprioca sendo praticado por empresa de
Belém é de US$ 1.250,00/kg.
Principais objetivos desenvolvimento de cultivos experimentais de 30 hectares na Amazônia com
10.000 árvores de pau-rosa e outras plantas aromáticas; poda e pré-produção industrial, por
destilação das folhas do pau-rosa (arraste vapor) produzindo no quinto ano, cerca de 1.000 kg de
óleo essencial das folhas de pau-rosa/30 ha; desenvolvimento das condições de Padronização e
Controle de Qualidade do óleo essencial das folhas de pau-rosa; desenvolvimento de um “Estudo
de viabilidade Técnico-Econômico” para a produção do óleo essencial das folhas de pau-rosa.
Instituição: Laboratório de Química de Produtos Naturais, Instituto de Química da Unicamp
Telefone: 19.3287-6822
Fax: 19.3788-3023
E-mail:lbarata@ iqm.unicamp.br
Endereço: Instituto de Química – Unicamp, CP 6154
Campinas-SP, Brasil
CEP: 13083970
Inovações tecnológicas no transporte e beneficiamento de caranguejo-uçá
Masayoshi Ogawa
Resumo
Este projeto teve como foco principal estabelecer estratégias inovadoras para maximizar o
aproveitamento do potencial já explorado do caranguejo de mangue, traçando uma nova
metodologia de transporte de caranguejo vivo, do manguezal para os centros de consumo,
reduzindo a mortalidade atual, de 30% a 40%, para menos de 10%, resultando em um aumento de
aproveitamento em torno de 25% Buscamos também melhorar a qualidade da matéria-prima (carne
de caranguejo), agregando valor ao produto e de um novo sistema para abate de crustáceos (SIAC),
desenvolvido e já patenteado pelo Laboratório de Recursos Aquáticos da Universidade Federal do
Ceará juntamente com um professor do Departamento de Física da mesma universidade.
Justificativa
O caranguejo-uçá é uma das espécies mais importantes que compõem a fauna dos manguezais
brasileiros, ocorrendo em abundância variada em toda a extensão da costa do Brasil, desde o Estado
do Amapá até o Estado de Santa Catarina (COSTA, 1972).
Como iniciativa da Superintendência do Ibama-CE, o Grupo Permanente de Estudos – GPE do
caranguejo-uçá se reuniu em 1991, para discutir sobre a falta de controle da captura e a sobrepesca
desse crustáceo no Nordeste brasileiro. Naquela ocasião, no Nordeste já se notava a diminuição do
tamanho dos exemplares distribuídos comercializados nas praias de Fortaleza-CE, provenientes do
Delta do Rio Parnaíba.
A mortalidade de caranguejo durante a operação de transporte desde o produtor até o consumidor é
outro gravíssimo problema. Estima-se, em Fortaleza-CE, um consumo semanal de 60 mil
caranguejos e, considerando-se um índice de mortalidade de 30 a 40% que acontece atualmente,
devem ser transportados de 80 a 100 mil caranguejos.
É grande o desperdício desse recurso de manguezais brasileiros, tornando-se imprescindíveis e
inadiáveis pesquisas que visem à redução da taxa de mortalidade pelo menos para valores abaixo de
10%.
Em experimento laboratorial foi alcançado um índice de sobrevivência superior a 95%, entretanto,
precisa-se aplicar o sistema para uma escala maior, considerando o volume de caranguejos que é
transportado na prática real.
Quanto á carne desse crustáceo, a preocupação concentra-se em torno da qualidade, sobretudo no
que se refere à contaminação microbiana decorrente do processamento artesanal.
Com o objetivo de se elaborar um produto que não seja um risco para a saúde do consumidor e,
consequentemente, elevar o valor comercial desse produto, sugerimos um fluxograma de
processamento com recomendações para inclusão de mesa de inspeção para eliminação de resíduos
de carapaça, de esqueleto, de hemolinfa (sangue) coagulada, etc., e melhoramento do material de
embalagem para permitir fechamento a vácuo e que seja apropriado para suportar o processo de
pasteurização para eliminação de bactérias causadoras de doenças advindas de contaminação
durante o manuseio. Assim sendo, tornam-se necessárias uma aplicação e adaptação das etapas e
equipamentos sugeridos ao sistema artesanal vigente.
A captura do caranguejo-uçá envolve inúmeros pescadores que habitam áreas próximas ao
manguezal e dele sobrevivem. A constante procura por esse caranguejo vem resultando anualmente
em uma diminuição do estoque natural, refletindo em uma redução drástica desse crustáceo que
atinge diretamente a sobrevivência de centenas de famílias. A redução dos índices de mortalidade a
partir do estabelecimento de metodologia adequada de transporte e estocagem diminuiria a pressão
de captura sobre os estoques, dando-se um grande passo para a manutenção desse recurso, além do
que, evitando o desperdício, contribuiríamos de forma positiva para economia do setor.
No Norte e Nordeste brasileiro, a carne congelada de caranguejo-uçá, embalada em envoltório
plástico ou alumínio, é encontrada, com facilidade, nas lojas especializadas ou supermercados. Em
geral, esses produtos são de fabricação clandestina, não sendo beneficiado em estabelecimento
licenciado pelo Serviço de Inspeção Federal – SIF, preparados sem nenhum controle higiênico
durante o processamento. Não obedecem a um padrão; contêm grande quantidade de fragmentos de
carapaça e de cartilagem além de coágulos de hemolinfa. Através da embalagem plástica
transparente, a carne apresenta uma coloração escura e, pelas condições de beneficiamento, é
provável que apresente um alto número de bactérias.
O rendimento da carne extraída pode variar com o período de captura caracteres biológicos
(reprodução, muda de carapaça, etc.), uso de máquina, mão de obra e outros fatores, entretanto, um
rendimento de 21,2% foi reportado por Ogawa e colaboradores (1973a e b). Este mesmo trabalho
apresentou técnicas para o processamento da carne congelada, pasteurizada-congelada, e enlatada,
em escala laboratorial, tendo como resultado um produto sem problemas de contaminação
bacteriana e com um aspecto mais atraente, de coloração mais clara.
Transporte
A equipe do Laboratório de Recursos Aquáticos – LARAq (www.laraq.ufc.br). sob a Coordenação
do Prof. Dr. Masayoshi Ogawa, desenvolveu tecnologias de transporte de animais vivos fora dá
água. Esses trabalhos foram iniciados, na prática, com o transporte de lagostas para o Japão, o que
demandou 36 horas, mantendo-se vivas. Esses conhecimentos foram aplicados a caranguejos,
conseguindo-se também uma sobrevivência de 100%, após 72 horas.
Tais resultados foram objetos de premiação: 3.º lugar do “Prêmio Professor Samuel Benchimol”, na
Categoria Econômica/Tecnológica, e Prêmio Amazônia, cujo título do trabalho foi “Inovações
tecnológicas no transporte e Beneficiamento de caranguejo-uça”.
Já foi comprovado que os caranguejos não resistem à temperatura igual ou abaixo a 15°C, como a
lagosta, sendo a temperatura ideal próxima a 18°C. Nessa temperatura, os animais vivem mais
tempo gastando menos energia em função do abaixamento do metabolismo.
O uso de caminhão com cobertura de lona, com viagens realizadas à noite possibilitou uma
significativa redução da mortalidade dos caranguejos. No entanto, as proximidades da boca do
caranguejo devem ser molhadas, pois aqueles caranguejos que têm água estocada internamente no
corpo têm mais vitalidade. Os caranguejos, quando sopram água, apresentam ciclo de vida
limitado. Vale ressaltar que, na prática, pesquisas devem ser conduzidas com o transporte de
caranguejos em caminhão frigorífico.
Beneficiamento
O Brasil é responsável pela elaboração do Codex alimentarius dos produtos pesqueiros –
caranguejo e lagosta junto ao Programa Padrão de Alimentos da FAO (Food and Agriculture) /
WHO (World Health Organization) of United Nations. Desse modo, deve-se priorizar a excelente
qualidade dos produtos.
Pretendemos instalar uma fábrica piloto na beira de manguezal do Norte e Nordeste do Brasil onde
vivem as comunidades carentes de pesqueiro de caranguejo, tendo a concordância e permissão da
Inspeção Federal, número do SIF aprovado e com direito de comercializar nacional e
internacionalmente.
Sabe-se
que, atualmente,
a
carne
congelada
está
sendo
vendida
clandestinamente, pois é processada em fábricas (fundos de quintal) sem nenhum controle
higiênico-sanitário.
Para a viabilização da atividade de beneficiamento de caranguejos, destacam-se:
1) Uso da máquina SI AC – Sistema de Imobilização e Abate de Crustáceos (equipamento
desenvolvido e patenteado pelo Prof. Dr. Masayoshi Ogawa e equipe), a qual pode controlar os
seguintes pontos:
•
O sistema permite o uso de uma pulsação elétrica fraca, para paralisar o animal, evitando a
morte do mesmo que, assim, pode retornará vida, e não sofre ataque microbiano. O uso do
SIAC é, portanto, de extrema importância higiênico-sanitária;
•
A linha de processo é devidamente planejada uma vez que não se precisa matar animais
mais do que o necessário no determinado período;
•
Ocorre um aumento no rendimento de 3 a 5% de carne retirada. Parece que esse choque
elétrico descola a carne da carapaça do animal, favorecendo a retirada total da carne;
•
Não ocorre queda das patas ficando o animal com o corpo intacto, o que agrega valor
comercial ao mesmo.
2)
Processo da pasteurização
Após a carne ser retirada e embalada em saco de PVC, submete-se a mesma ao processo de
pasteurização e choque térmico, com os seguintes objetivos:
•
Evitar a contaminação bacteriana patogênica e coliformes;
• Tornar a carne mais clara (esbranquiçada);
•
Possibilitar também o beneficiamento por meio de Retort Pouch para permitir a estocagem à
temperatura ambiente.
Portanto, para evitar que a produção e o beneficiamento desse crustáceo não venham passar pela
mesma crise que vem passando outras espécies como a lagosta, deve-se incrementar urgentemente
estratégias para evitar o agravamento dessa atividade.
Instituição: Laboratório de Recursos Aquáticos-LARAq/DEP/UFC
Telefone: 85.4008-9737
Fax: 85.3287-3423
E-mail: [email protected]
Endereço: Campus Universitário do Piei, Bloco 840/LARAq
Fortaleza-CE, Brasil
CEP: 60356000
Rede de colaboração solidária para industrialização e comercialização de produtos oriundos
da pesca artesanal e da fruticultura extrativista e familiar
Nicolau Priante Filho
Introdução
A fruticultura e/ou exploração de frutas tropicais tem sido inviabilizada, dentre outros fatores, em
função da alta perecibilidade das frutas e das deficiências nas estruturas viárias e de
comercialização da região. A perecibilidade desses frutos tropicais está ligada às suas altas taxas
respiratórias, características principais de frutos climatéricos. Por esses fatores e pela ausência de
técnicas adequadas de armazenamento, amadurecimento e de comercialização, faz-se necessário o
desenvolvimento de tecnologias alternativas para a conservação desses frutos, evitando-se a grande
perda pós-colheita observada até o momento. O baixo nível de renda, as dificuldades com o
transporte e as limitações culturais de produtores de frutas ou de extrativistas da região são fatores
que dificultam o atendimento da demanda comercial local e de outros centros consumidores.
Em uma experiência piloto realizada durante o período da piracema de 1999, a ação integrada da
Cooperativa de Pescadores e Artesãos de Pai André e Bonsucesso – Coorimbatá com a
Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT e a rede de Supermercados Modelo propiciou aos
pescadores cooperados a venda de manga Bourbon colhida na região a R$0,50 por quilograma,
aproximadamente 12 vezes mais do que pagavam os “mangueiras” – compradores de manga
oriundos de outras regiões do País. Apesar dessa imediata vantagem, diversas dificuldades foram
observadas nessa experiência, uma vez que a colheita das mangas mostrou uma atividade de alto
risco, pela altura das mangueiras. Durante as piracemas de 2000 a 2004, repetiu-se a experiência
anterior, com o apoio das Centrais Elétricas de Mato Grosso – Rede Cemat e do Corpo de
Bombeiros, que forneceram escadas e treinamento aos pescadores para o trabalho em alturas.
Desde 1999, a UFMT, com os seus pesquisadores, tem direcionado pesquisas acadêmicas para a
solução de problemas do fluxo produtivo da Coorimbatá. Como resultado, alguns cooperados da
Coorimbatá passaram a se dedicar ao processamento de frutas passas e produção de húmus, mesmo
fora do período da piracema, já que há atualmente escassez de peixes no rio Cuiabá.
Um dos principais resultados da atuação conjunta iniciada com a experiência piloto foi o patrocínio
da Petrobras para o projeto “Rede de colaboração solidária para industrialização e comercialização
de produtos oriundos da pesca artesanal e da fruticultura extrativista e familiar”, que está
viabilizando várias ações de geração de renda para comunidades da Baixada Cuiabana. Mesmo com
o grande empenho dos pesquisadores e dos cooperados e com o apoio de grandes empresas da
região, as dificuldades administrativas e a falta de um fluxograma de produção e de distribuição dos
produtos acarretaram em balanço negativo da Coorimbatá no ano de 2000 e que se repetiu em
2001. Além de perdas iniciais causadas por problemas nas embalagens das frutas passas, o processo
de comercialização não foi suficientemente organizado para escoar a produção da Coorimbatá. A
dificuldade com a divulgação dos produtos foi também um fator limitante para a sua
comercialização. No final de 2003 e início de 2004, com o início dos repasses oriundos do projeto
acima citado, foi possível a efetivação de um gerente que acompanha todos os processos tanto de
produção quanto administrativos e de gerenciamento, dando suporte técnico direto aos cooperados
em suas atividades econômicas e estabelecendo o diálogo com as outras instituições que compõem
essa rede solidária; criou-se, portanto, um horizonte que garantiu um faturamento bruto anual da
Coorimbatá para o ano de 2004 em torno de R$100.000,00.
São comercializadas na cidade de Cuiabá 100 toneladas/mês de manga in natura entre os meses de
agosto a dezembro, e 20 toneladas/mês durante a entre safra, sendo que 80% desse valor é relativo
à manga rosa e 20% à manga Bourbom. Vale ressaltar que a Cooperativa já teve experiências com a
exportação de manga in natura para outros Estados, também em fase experimental. Com relação a
frutas passas, são comercializados aproximadamente 500 quilogramas/mês, com um valor que varia
de R$9,00 a R$22,00 o quilograma.
Um levantamento efetuado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa Agropecuária – Empaer, em
2003, identificou 981 piscicultores em todo o Estado com produção naquele ano de 12.000
toneladas de pescado, sendo um produto de fácil comercialização, desde que devidamente
processado e com registro no Serviço de Inspeção Federal – SIF. Quanto ao peixe (tambacu),
comercializa-se de 300 a 400 toneladas/mês com um valor variando na faixa de R$ 2,60 R$ 3,29
por quilograma e de 20 a 100 toneladas/mês de peixes de rio, tais como o pintado, o dourado, o
piau, o barbado, a jeripoca, entre outros.
Com a atuação de pesquisadores da UFMT, que têm direcionado suas pesquisas para a solução de
diversos problemas típicos de uma cooperativa de pessoas de baixa renda, tem sido possível obter
certificação para os seus produtos que estão sendo comercializados, com sucesso, em grandes redes
de supermercados da Baixada Cuiabana. Os produtos da Coorimbatá comercializados atualmente
são: banana passa, manga passa, abacaxi passa, doces de banana, de abóbora e de manga, banana
frita (banana chips) e húmus de minhoca. Peixes, pescados legalmente, são também
comercializados pela Coorimbatá na Rede de Supermercados Modelo, que dá privilégios nos
prazos de pagamento e nas margens de venda.
A ideia básica é a execução de um projeto que se utilize dessa articulação já conquistada, para se
conseguir um case de sucesso envolvendo pesquisadores, grandes empresas de comercialização e
de distribuição, atuando de modo integrado com empresas parceiras baseadas na produção e
processamento artesanal de produtos regionais, de modo sustentável. Para isso é fundamental a
consolidação deste Projeto para que essa experiência e seus resultados possam ser difundidos e para
que outras regiões da Amazônia mato-grossense possam também ser beneficiadas.
Principais objetivos e metas
Dentre os objetivos deste projeto, espera-se desenvolver estratégias que minimizem os impactos
negativos das mudanças de uso da terra, trabalhando as implicações sociais do atual processo de
ocupação da Amazônia, trabalhando com alternativas ao desmatamento no setor de agricultura que
sejam econômica e socialmente viáveis para o desenvolvimento da Amazônia.
As metas do projeto Rede de Colaboração Solidária são:
•
Ampliar para 200 o número de cooperados atuando em parceria com a Banavita Produtos
Alimentícios Ltda. e com a Universidade Pública Comunitária – UPC;
• Consolidar uma Rede de Colaboração Solidária que promova o bem viver das comunidades
envolvidas e o desenvolvimento ecológico e socialmente sustentável expandindo novas
relações de produção e consumo onde as características locais devem ser respeitadas;
•
Otimizar e ampliar a infraestrutura rural e agroindustrial de cultivo e processamento
múltiplo já disponível, no processo de produção cooperativo, considerando: fruta in natura,
processamento de pescado, frutas desidratadas, barras de cereais, elaboração de geléias,
doces em massa, frutas em calda e cristalizadas ou glaceadas, a partir da utilização das
estruturas de empresas regionais, associações e de cooperativas de produtores de Mato
Grosso;
• Integrar e dar suporte para empresas da região, na viabilização de alternativas de produção
para pequenos produtores rurais e pescadores, de modo a gerar produtos de qualidade para
serem comercializados nas grandes redes de supermercados e/ou que possam ser exportados
para outros Estados e/ou países;
• Fomentar o desenvolvimento da agroindústria no Estado por meio da geração de tecnologia
de baixo custo, agregando valor às frutas regionais em processo extrativista sustentável, no
caso da manga, por exemplo.
Situação atual com visão prospectiva
A UFMT tem se empenhado em estabelecer uma forma ágil de garantir o sucesso de ações
articuladas junto às comunidades de baixa renda, envolvendo pesquisadores de diferentes áreas do
conhecimento, o Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá Cefet-Cuiabá, atuando
juntamente com empresas como o SEBRAE, Supermercados Modelo e a Coorimbatá. Diversas
reuniões de planejamento estratégico foram realizadas, nas dependências da rede de supermercados
Modelo, com a participação de pesquisadores da UFMT, cooperados da Coorimbatá e de outras
cooperativas de pequenos produtores rurais, com empresários dos setores atacadistas de frutas, de
distribuição e de comercialização. Graças ao apoio dessas empresas, do empenho dos pesquisadores
e dos cooperados, e como resultado dessas reuniões, tem sido possível manter em funcionamento as
atividades da Coorimbatá.
Os recursos aprovados para o Projeto pela Petrobras estão na ordem de R$500.000,00,
representando um investimento de R$2.000,00 por família beneficiada, que é um valor
relativamente baixo quando analisado à luz do objetivo de oportunizar a autonomia financeira
dessas famílias, a partir do momento em que estas se integram à Rede Solidária.
Atualmente a Coorimbatá desenvolve atividades no processamento e comercialização de manga in
natura, frutas passas, doces de frutas regionais, banana frita, pescado e húmus de minhoca
(vermicompostagem). Na vermicompostagem, além da utilização dos resíduos sólidos oriundos dos
processamentos de frutas, rapadura, cachaça de frigoríficos, é utilizada a cinza oriunda da queima
da palha ou lenha nos fornos de olarias.
Em Mato Grosso, quase todas as cooperativas de pessoas de baixa renda estão desativadas. Em boa
parte do Estado e, particularmente, na Baixada Cuiabana, não há tradição em associativismo e
cooperativismo. Muitas iniciativas governamentais ou de recursos e/ou estruturas físicas para
cooperativas ou associações dessa região, não obtiveram sucesso. Problemas causados pela falta de
acesso às soluções tecnológicas, pela falta de uma cultura informativa em gestão empresarial por
parte dos cooperados, envolvendo aspectos de planejamento e a falta de controle de gastos nas
atividades realizadas pelas cooperativas, impedem o funcionamento das mesmas. As soluções
desses problemas dependem geralmente do investimento de altos recursos financeiros e da
participação de profissionais de diversas áreas, que geralmente são acessíveis apenas às grandes
empresas. Elas dependem também, de um mecanismo eficaz que possibilite a incorporação de
aspectos culturais e operacionais em pesquisas realizadas nas universidades, com respaldo de
grandes empresas de comercialização e que tenham a confiança das comunidades envolvidas.
A Coorimbatá, criada em 1997 com o objetivo de fazer o processamento de peixes e derivados e
húmus de minhoca, sofreu, até 1999, com os problemas que têm sido as causas de insucessos de
diversas cooperativas e associações de pessoas de baixa renda no Estado. Por outro lado,
pesquisadores da UFMT dedicaram-se durante muitos anos a pesquisas buscando alternativas para
pessoas de baixa renda, sem conseguir encontrar caminhos que considerassem aspectos culturais e
operacionais que possibilitassem a aquisição dos resultados dessas pesquisas pelas cooperativas ou
associações da região.
A Coorimbatá formalizou, em 2000, a pesquisa científica como um dos objetivos da Cooperativa.
Criou a figura do Pesquisador Cooperado que é um(a) pesquisador(a) da Universidade,
formalmente associado(a) à Cooperativa, que direciona as suas pesquisas para a solução de
problemas tecnológicos da Coorimbatá e as executa conjuntamente com os seus cooperados que se
apropriam dos resultados práticos obtidos antes mesmo de serem publicados. O Pesquisador
Cooperado é um funcionário da Universidade Pública e não participa da renda do setor produtivo
da Coorimbatá, porém, caso a Cooperativa tenha prejuízos, ele, como cooperado, terá também que
se responsabilizar por isso. Essa forma de atuação propicia um maior envolvimento dos
pesquisadores com a comunidade, ampliando aspectos educativos de formação e autoformação,
além de sua especialidade técnica, favorecendo, assim, a atuação interdisciplinar. A pesquisa
executada juntamente com aquelas pessoas de baixa renda que estão beneficiadas leva em conta
aspectos culturais e operacionais que normalmente são desconsiderados, quando se isola um
problema para ser estudado em laboratórios ou fazendas experimentais que funcionam dentro das
universidades. Quando o Pesquisador Cooperado é também afetado diretamente pelos possíveis
prejuízos da cooperativa, ele precisa se envolver totalmente com a solução dos problemas,
utilizando, assim, todo o potencial existente na universidade, sua competência técnica e também o
seu status social para fazer a interação universidade – sociedade.
Com a universidade dentro da Cooperativa, as atividades desenvolvidas consideram aspectos
culturais, educacionais, técnicos, organizacionais e mercadológicos, de pessoas de baixa renda, e
têm garantido a comercialização de seus produtos por grandes redes de supermercados com regras
do Comércio Justo.
Essa prática de Economia Solidária motivou a UFMT a ser a primeira universidade pública do
Brasil a formalizar o seu apoio ao Programa Fome Zero, por meio do Programa de Apoio à
Mobilização Social do Programa Fome Zero em Mato Grosso – Talher-MT. A UFMT assume o
papel de articuladora para a inclusão social de comunidades excluídas e/ou de baixa renda.
Conclusão
A experiência de sucesso da UFMT/Coorimbatá indicou alternativas que viabilizaram o surgimento
de outros projetos integrados, apresentados pelo Governo do Estado de Mato Grosso. Entre as
alternativas, destacam-se a colheita, processamento e comercialização das mangas dos quintais das
comunidades ribeirinhas. Essa alternativa tem um importante impacto ambiental positivo, já que a
safra da manga coincide com o período da piracema, em que a pesca é proibida. Alguns pescadores
das comunidades de Pai André e Bonsucesso já têm nessas atividades a sua fonte de renda
principal.
Essas atividades produtivas passarão a integrar, de modo articulado, os projetos Rede de
Colaboração Solidária, (patrocinado pela Petrobras), Agregação de Valor a Produção Através da
Agroindustrialização (com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e
Central de Comercialização da Agricultura Familiar (com recursos do Ministério de
Desenvolvimento Agrário) quando estiverem implantados.
Com essa integração ficou fortalecida a capacitação das comunidades envolvidas para se
organizarem em empreendimentos solidários. A ampliação dos benefícios gerados pela parceria
construída pela Rede de Colaboração Solidária certamente irá minimizar as práticas de pesca ilegal
na região.
A aprovação do Projeto “Rede de colaboração solidária” pela Petrobrás, projeto este selecionado
entre 5884 de todo o País, contribuirá para consolidar a figura do Pesquisador Cooperado como
forma alternativa para o desenvolvimento sustentável da região Amazônica e para a divulgação
dessa forma de atuação para outras universidades brasileiras.
A parceria UFMT-Coorimbatá é assim, um exemplo inovador de Tecnologia Social na
implementação de sistema de gestão no setor produtivo que compatibiliza as expectativas de
pessoas de classes sociais diferentes, atuando com direitos e deveres iguais em um mesmo
empreendimento. Este projeto, portanto, inova na academia, criando a figura do Pesquisador
Cooperado. Graças a essa forma inovadora de atuação, a Coorimbatá recebeu o Prêmio FINEP de
Inovação Tecnológica 2004, na categoria “Processo”.
A viabilização também de empreendimentos sustentáveis em comunidades quilombolas é difícil e
há poucos exemplos de sucesso no Brasil. Este projeto também tem propiciado atuação junto às
comunidades quilombolas de Mata Cavalo que hoje se encontram entusiasmadas com suas famílias
envolvidas nos módulos de plantio comunitário. O grande entusiasmo das famílias quilombolas nas
culturas implantadas com o apoio da Coorimbatá, motivou outros grupos a se dedicarem também a
atividades semelhantes. É talvez a primeira vez que se identifica esse tipo de trabalho no quilombo.
Assim, a Coorimbatá vai conseguindo apoio e realizando suas atividades com o espírito da
solidariedade, contribuindo para a melhoria de vida de famílias desamparadas e empenhada na
busca de novos projetos e oportunidades para o desenvolvimento da região.
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Telefone: 65.3661-3681
Fax: 65.3615-8738
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua dos Eucaliptos, N. 7 Quadra 15, J. das Palmeiras
Cuiabá-MT, Brasil
CEP: 78080130
Laboratório de computadores para inclusão digital
Alessandro Dinelli de Paiva
Os principais objetivos são a Montagem de Infraestrutura para manutenção de computadores das
Escolas de Informática e Cidadania – EICs do CDI Amazonas e a capacitação de educadores e
pessoas da comunidade na atividade de manutenção de computadores.
Descrição resumida da proposta do projeto
Montagem de infraestrutura de laboratório de informática para capacitação de comunidades de
baixa renda e portadores de necessidades especiais das escolas de informática e cidadania do CDI
Amazonas, que hoje possui 21 Escolas no Estado do Amazonas com 70 educadores e 2000 alunos.
Atualmente, as atividades de manutenção dos computadores das EICs estão sendo realizadas com o
auxílio de voluntários, os quais só podem dedicar pequena parte do tempo disponível, fora de suas
ocupações profissionais. Assim, em função da quantidade de Escolas em completo funcionamento,
torna-se complicado e às vezes difícil para o suporte técnico dar a devida atenção de maneira rápida
e com qualidade, em face ao complexo número de máquinas e periféricos em uso. O laboratório
terá capacidade para oferecer cursos de manutenção de computadores (ampliando as possibilidades
de continuidade e progresso no aprendizado), visando à capacitação dos educadores, o que
promoverá, na própria comunidade, mais agilidade com acompanhamento profissional de alto
nível.
A criação desse centro de treinamento é de suma importância para a estratégia do CDI Amazonas
que visa a levar a cidadania e o conhecimento da informática para a população de baixa renda
contribuindo, assim, de maneira substancial com a Inclusão Digital da população de baixa renda do
Estado do Amazonas.
Benefícios esperados
Situação atual
As Escolas de Informática e Cidadania encontram dificuldades para a manutenção dos
computadores, em razão das condições em que estes chegam até nosso suporte: a maioria com
danos irreparáveis, desafiando nossos técnicos a aproveitarem poucas peças; equipamentos com
tecnologia defasada (muitas vezes sendo esta a razão da doação); volume de tarefas com as
máquinas em uso conflitando com a necessidade de concluir novas recuperações de computadores
doados.
Diante da situação, têm-se, então, dificuldades de logística e tempo para que a equipe de
manutenção formada majoritariamente por voluntários chegue às escolas para realizar a
manutenção, ou até mesmo a troca dos equipamentos. Assim, podendo até mesmo onerar o
andamento dos cursos e prejudicar a qualidade de ensino para os jovens das comunidades.
Melhoria esperada
• Capacitação dos educadores em primeiro plano para criação de massa crítica de pessoas
preparadas para dar manutenção em computadores;
• Redução do custo de logística da ida de voluntários para dar manutenção nos computadores
das escolas, assim o mesmo voluntário poderá e será usado para outros trabalhos dentro da
estratégia do CDI Amazonas de oferecer capacitação para a comunidade, trazendo o
aumento da sustentabilidade das escolas;
• Com educadores capacitados no Laboratório, ora proposto, poderemos gerar receita para as
escolas, ofertando cursos de manutenção de computadores nas próprias EICs;
•
Criação de mais um centro de capacitação de pessoas, contribuindo, assim, para criação de
um local com infraestrutura para divulgação de informação e ensino de práticas essenciais
no exercício da cidadania, colaborando para a formação de pessoas com consciência
democrática e que possam influenciar na melhoria da qualidade de vida da comunidade e da
sociedade como um todo.
Abrangência dos benefícios a serem gerados
Local: Com o Laboratório de Computadores para Inclusão Digital, capacitaremos educadores,
oriundos das próprias comunidades, dando-lhes mais conhecimento técnico (teórico e prático),
garantindo o perfeito funcionamento dos computadores e periféricos das EICs de Manaus, onde
estão lotados, e oferecendo-lhes condições de emprego e renda nos horários em que não estão em
atividades nas escolas.
Estadual: O Laboratório de Computadores para Inclusão Digital proporcionará às EICs do interior
do Estado capacitarem seus educadores de maneira a tornarem os mesmos autossuficientes no que
diz respeito à manutenção dos computadores das EICs, o que hoje é feito com autocusto, uma vez
que os computadores e periféricos dessas localidades são enviados para Manaus, para serem
recuperados ou reparados.
Regional: A iniciativa de criar e manter o Laboratório de Computadores para Inclusão Digital vai
possibilitar a capacitação de educadores de EICs da Região com acesso a Manaus, por terra e/ou
água, com um custo de transporte mais baixo. Esse Laboratório poderá receber computadores e
periféricos das cidades próximas durante a Campanha Megajuda Nacional e recuperá-los e/ou
repará-los, servindo as EICs da capital e interior.
Nacional: Levando em consideração que a cidade de Manaus está localizada em um ponto distante
dos grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo, no entanto, mais próxima de centros menores
(nem por isso menos importante) como: Roraima, Acre, Rondônia e Amapá, o Laboratório de
Computadores para Inclusão Digital será o Centro de recepção e triagem de computadores e
periféricos doados durante a Campanha Nacional Megajuda.
Instituição: Comitê para Democratização da Informática do Amazonas
Telefone: 92.3234-8654
Fax: 92.3234-8654
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Ayrão 1281 altos – Praça 14
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69025-050
Guia-Amazônia – Catálogo virtual de espécies amazônicas
Parte 1 – Plantas
Karine Gomes Queiroz
Descrição resumida da proposta do projeto: Desenvolvimento de um multimídia que contenha
um banco de imagens e informações sobre as espécies da biodiversidade amazônica, com vistas a
fornecer um aparato didático e ilustrativo das espécies nativas do Brasil e mais especificamente da
Amazônia. O material desenvolvido deverá fornecer uma reconstituição do ambiente próprio
daquela biodiversidade retratada por meio de elementos dinâmicos de multimídia, como a
luminosidade, fatores climáticos, vídeos, esboços dinâmicos, ilustrações e fotografias. A reunião
dessas informações e a complexidade dos conteúdos trazem à tona a necessidade de que o projeto
de interação seja multidisciplinar e que contemple desde a visão do cientista e biólogo que conhece
e atua cientificamente no meio retratado, até a visão de um estudante de ensino fundamental com
curiosidade sobre o tema. Pode-se também retratar a visão das populações tradicionais e estratégias
de reconhecimento das espécies por um leigo.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Desenvolver um recurso multimídia para a pesquisa
acadêmica, científica e escolar sobre a biodiversidade amazônica, especialmente nesse primeiro
volume, sobre plantas amazônicas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Sensibilizar as comunidades
acadêmicas e não acadêmicas para a necessidade de conhecimento e preservação da biodiversidade
amazônica; fomentar o intercambio de informações sobre as plantas amazônicas na população em
geral; fornecer subsídios didáticos para a pesquisa ação em design digital por poder proporcionar a
elaboração de um multimídia cuja temática, dada a complexidade das informações das plantas
amazônicas, possibilita o exercício de categorias da ergonomia cognitiva e de demais áreas da
configuração de um multimídia; democratizar os conhecimentos sobre as plantas amazônicas
favorecendo a população a identificação de plantas em regiões circunvizinhas o que poderá
estimular a valoração dessa mesma biodiversidade.
Instituição: Instituto de Ensino Superior CESF / Fucapi
Telefone: 92.3614-3170
Fax: 92.3613-2701
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Danilo Matos Areosa, 381, Distrito Industrial
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Esforço integrado de conservação, melhoramento genético e biotecnologia de pau-rosa (Aniba
rosaeodora, Ducke) e espécies relacionadas: subsídios para o desenvolvimento sustentável e
exploração racional da espécie
Luis Antônio Serrão Contim
Apesar de ser considerada como o mais rico reservatório de diversidade biológica do planeta, a
Amazônia, não só a brasileira, tem sofrido constantes incursões estrangeiras e bioprospecção ilegal
de sua biodiversidade. Podemos observar ainda, nessa região, um franco processo de
desmatamento, ameaçando um número inestimável de espécies à extinção. Dentre as principais
espécies ameaçadas de extinção estão alguns membros da família Aniba, entre eles o pau-rosa,
Aniba rosaeodora Ducke, Ducke (1938) e algumas espécies relacionadas. O óleo essencial de paurosa, rico no monoterpeno linalol, é alvo de grande interesse das indústrias de cosméticos e
farmacêuticas por ser um excelente fixador, utilizado em formulações de perfumes finos e por suas
atividades terapêuticas. Em função da exploração desordenada, as populações naturais de pau-rosa
foram praticamente dizimadas, existindo um pequeno número de indivíduos remanescentes em
reservas florestais, com consequente enfraquecimento de uma atividade econômica importante para
a região.
Entre as principais limitações para o desenvolvimento de uma tecnologia, que vise à conservação e
à exploração da espécie em um modelo racional, podemos citar a escassez de informações sobre a
variabilidade natural da espécie e a dificuldade para a produção de mudas. Propõe-se com este
projeto estudar a variabilidade genética e química remanescente da espécie, os mecanismos de
regulação gênica da rota de síntese de linalol, a montagem de uma coleção representativa da
espécie, a seleção de progênies superiores quanto ao teor e qualidade de óleo, o desenvolvimento
de uma tecnologia eficiente para a produção de mudas em larga escala e a articulação para a
aplicação das tecnologias geradas aos segmentos produtivos do óleo essencial de pau-rosa. Desse
modo, partindo dos conhecimentos gerados até então sobre essa espécie, identificamos os principais
pontos considerados críticos para a conservação de espécies do gênero Aniba e sua utilização
econômica de modo sustentável. Este é um projeto inovador para espécies nativas da Amazônia, de
importância estratégica, ecológica, social e econômica.
Justificativa
A Amazônia brasileira abriga a mais rica biodiversidade e representa o maior banco genético do
mundo. Por causa da exploração florestal desordenada e da carência de tecnologias e fiscalização,
várias espécies arbóreas de grande importância para a Região Amazônica estão em processo de
extinção ou já foram, praticamente, extintas (ROSA et al., 1997). Dentre essas espécies ameaçadas
estão alguns membros do gênero Aniba, espécies com alto valor econômico e grande importância
ecológica. O pau-rosa, Aniba rosaeodora Ducke var. amazônica Ducke, Lauraceae, sinônimo
Aniba duckei Kostermans, é um membro da família Lauraceae, intensamente explorada,
principalmente entre as décadas de 1960 e 1980. Outras espécies relacionadas também são
erroneamente chamadas de pau-rosa, como a A. canelilia (casca preciosa) e a A. riparia, também de
grande importância econômica.
O óleo essencial de pau-rosa possui grande demanda e alcança altos preços no mercado nacional e
internacional, sendo comercializado em Manaus entre US$ 80,00 a US$ 100,00 por litro de óleo
bruto (CLAY, 1992). É constituído em grande parte de linalol, um monoterpeno utilizado
principalmente como componente de perfumes finos na indústria de cosméticos (ALENCAR &
FERNANDES, 1978). Em plantas, o linalol, associado a outras moléculas voláteis, está relacionado
com a composição e o aroma, principalmente de flores e frutos, em diversas espécies
(LEWINSOHN et al., 2001). A síntese do linalol ocorre por meio de uma reação de único passo,
catalisada pela enzima Sintase do Linalol, a partir de geranil-pirofosfato (GPP), uma molécula
intermediária da biossíntese de várias moléculas de terpenos em plantas (PICHERSKY et al.,
1995). A enzima Sintase do Linalol foi o primeiro membro isolado da família “Sintase dos
Terpenos” que catalisa a formação de um monoterpeno acíclico (DUDAREVA et al., 1996). Mais
recentemente foram confirmadas as atividades terapêuticas do linalol, como anestésico local
(GHELARDINI et al., 1999) e, antimicrobiana (INOUYE et al., 2001; ROSA et al., 2003; SIMIC
et al., 2004), despertando o interesse da indústria farmacêutica. Apesar da disponibilidade do linalol
sintético no mercado, o bouquet de óleos encontrados na espécie é muito particular e não permite
sua substituição pela substância sintética pura na indústria de cosméticos.
As margens dos principais rios da Amazônia central são povoadas por pequenas comunidades
ribeirinhas, constituídas de famílias de caboclos que sobrevivem do extrativismo em pequena
escala da floresta, convivendo com o ambiente natural, normalmente com baixo nível de impacto.
A cadeia de exploração de pau-rosa inicia-se com a identificação e o corte das árvores na floresta,
feita pelos próprios ribeirinhos. Os troncos, donde tradicionalmente é extraído o óleo, são
transportados até as destilarias, onde são moídos e processados. Desse modo, essa tecnologia antiga
e destrutiva de exploração contribuiu de modo decisivo para o desaparecimento da espécie de
grandes áreas da floresta. Há muito já é sabido que a maior concentração de óleo está presente nas
folhas e ramos juvenis, 2,4%, em contraste com baixas concentrações encontradas na madeira, 1,1
% (ARAÚJO et al., 1971). Uma tonelada de folhas e galhos jovens produz aproximadamente 24
litros de óleo essencial, enquanto que uma tonelada de madeira produz somente de 9 a 12 litros de
óleo (ALENCAR; FERNANDES, 1978; PRANCE, 1987).
Dados recentes demonstraram que as propriedades químicas do óleo extraído a partir das folhas e
ramos juvenis são igualmente apropriadas para a indústria de perfumaria (Prof. Lauro Barata,
Unicamp; comunicação pessoal). Coletivamente, esses dados demonstram que a espécie tem sido
explorada de maneira inadequada, o que provocou uma drástica redução das populações naturais,
restringindo a principal fonte de matéria-prima, e consequente queda da exportação desse produto
nas últimas décadas. Entre os anos dei 960 a 1980, cerca de 30 destilarias funcionavam no Estado
do Amazonas, representando o terceiro produto exportado da Região Amazônica nos anos de 1971
e 1972, e, apenas duas continuavam em atividade em 1996 (SECEX/ DTIC-SERPRO, 1996),
mantendo suas atividades até hoje. A manutenção da atividade das destilarias é mantida por
pequenos plantios, mas a heterogeneidade das matrizes quanto à composição de óleos e a mistura
com espécies relacionadas têm comprometido a qualidade do óleo extraído.
Por causa desse processo contínuo de grande pressão de exploração, as populações naturais de paurosa foram praticamente dizimadas na Floresta Amazônica, existindo um pequeno número de
indivíduos remanescentes, principalmente em reservas florestais (a Reserva Florestal Adolpho
Ducke – INPA-AM, a Estação Experimental de Cura-Uma-PA e a gleba Camaçari / Silves-AM são
as mais significativas). Esse pequeno número de indivíduos limita as fontes de variabilidade
genética da espécie para serem utilizadas em programas de seleção e melhoramento genético. As
informações disponíveis sobre a estrutura genética da espécie e sua diversidade são raras. Contim et
al. (2005) determinaram que o genoma de pau-rosa é representado por aproximadamente 2.3x109
pares de bases, distribuídos em 12 pares de cromossomos, número conservado para a maioria das
espécies da família Lauraceae. Santos (2004) encontrou níveis significativos de variabilidade
genética entre os indivíduos que compõem a população da Reserva Adolpho Ducke.
Adicionalmente, informações coletadas com pesquisadores e técnicos de campo das reservas
florestais supracitadas indicam a existência de três grupos de indivíduos (ecotipos), que seriam
fenotipicamente distintos, em função tanto de alterações fisiológicas, na morfologia de alguns
órgãos e quanto do teor de óleo. Desse modo, os possíveis grupos de indivíduos são identificados
como “mulatinho”, “preciosa” e “itaúba”, respectivamente, do grupo com maior ao com menor teor
de óleo (BASTOS, 1943), mas nenhum estudo confirmou essa hipótese até hoje.
Outra limitação para a implantação do plantio, reposição das reservas naturais e exploração da
espécie em modelos extrativistas racionais são as limitações naturais de reprodução da espécie. O
pau-rosa se propaga naturalmente por sementes, que são severamente predadas por pássaros e
insetos antes da maturação (MAGALHÃES; ALENCAR, 1979) e por roedores após a maturação
(SPIRONELLO et al., 2004). Uma árvore em frutificação produz aproximadamente 400 frutos,
porém apenas podas sementes podem ser coletadas, germinando entre 60 e 120 dias após o plantio,
sendo que a porcentagem de germinação varia entre 37 a 91% (ALENCAR; FERNANDES, 1978;
LOUREIRO et al., 1979). A propagação vegetativa por estaquia também é limitada. Estudos
revelaram que o índice de sobrevivência de estacas de pau-rosa é de 50% a 70%, quando obtidas de
ramos juvenis, mas há pouca disponibilidade de matrizes para a produção de mudas em grande
escala (SAMPAIO, 1987). Freitas (2005) encontrou uma boa resposta morfogênica in vitro a partir
de ápices caulinares, com a formação de um grande número de brotações, um alto índice de
enraizamento in vitro e a formação de embriões somáticos a partir de calos friáveis, e, se
apresentando como a alternativa mais viável, em curto e médio prazos, de propagação e produção
de mudas.
Propomos neste projeto estudar a variabilidade genética e química remanescente da espécie; os
mecanismos de regulação gênica da rota de síntese de linalol; a montagem de uma coleção
representativa da espécie; a seleção de progénies superiores quanto ao teor e qualidade de óleo; o
desenvolvimento de uma tecnologia eficiente para a produção de mudas em larga escala; e, a
articulação para a aplicação das tecnologias geradas aos segmentos produtivos do óleo essencial de
pau-rosa. Desse modo, partindo dos conhecimentos gerados até então sobre esta espécie,
identificamos os principais pontos considerados críticos para a conservação de espécies do gênero
Aniba e sua utilização econômica de modo sustentável. Este é um projeto multidisciplinar e
inovador para espécies nativas da Amazônia, de importância estratégica, ecológica, social e
econômica.
Produtos oriundos de espécies nativas da Amazônia têm sido alvos constantes de grupos de
pesquisa estrangeiros e, entre eles, o óleo essencial do pau-rosa. A seleção de progénies superiores
e a disponibilidade de material vegetal para plantios, além de fornecer matéria-prima superior ao
setor produtivo, contribuindo com a qualidade do produto final, com consequente agregação de
valor, contribui de forma ativa à redução da exploração e conservação das populações nativas.
Desse modo, além de desenvolver um projeto inovador e de grande importância regional, propomos
romper os limites acadêmicos na geração de tecnologia, levando o produto aos setores interessados
para sua pronta aplicação.
Objetivos
Objetivo Geral
Estudar aspectos genéticos, desenvolver produtos biotecnológicos, dar suporte ao setor produtivo
de óleo essencial de pau-rosa e contribuir para a conservação de populações naturais de espécies do
gênero Aniba.
Objetivos específicos
•
Enriquecer as coleções ex situ e in vitro de Aniba rosaeodora e espécies relacionadas
depositadas no Horto de Plantas Medicinais do Centro Universitário Nilton Lins;
• Caracterizar a diversidade e estrutura genética em populações de pau-rosa (Aniba
rosaeodora) e espécies relacionadas, comparando os padrões de distribuição da
variabilidade genética;
•
Inventariar e analisar a variabilidade genética, química (bouquet de óleos essenciais) e
geográfica dos acessos depositados na coleção;
• Determinar o comportamento da morfogênese in vitro de explantes obtidos a partir de ápices
caulinares de plântulas de pau-rosa;
•
Isolar, sequenciar e caracterizar genes da enzima Sintase do Linalol de A. rosaeodora;
• Articular a criação de ilhas de alta produtividade de pau-rosa junto a comunidades
envolvidas com a cadeia de produção;
• Agregar as competências interessadas em programas biotecnológicos com espécies florestais
ameaçadas de extinção, na Amazônia Ocidental, para o desenvolvimento de trabalhos em
cooperação interinstitucional e fortalecimento do grupo.
Benefícios e dificuldades esperadas
Considerando a abrangência do projeto, podemos apontar benefícios tecnológicos, econômicos,
sociais e ambientais. A falta de informações sobre a diversidade genética e a biologia reprodutiva
da espécie, assim como as limitações naturais para sua propagação, correspondem ao grande
“gargalo” para o desenvolvimento de tecnologias apropriadas á sua exploração sustentável. Essa
lacuna inviabiliza o desenvolvimento de tecnologias e políticas para a produção da espécie em larga
escala, para uso como matéria-prima e aumenta a pressão de exploração sobre as populações
naturais remanescentes. A geração de uma tecnologia eficiente para a produção de mudas clonais
de A. rosaeodora em larga escala, fornecendo material de qualidade e em quantidade suficiente
para a manutenção dos plantios, representa um avanço tecnológico significativo para a
reestruturação da atividade. Os benefícios econômicos consideram a franca desaceleração da
atividade extrativa de óleo de pau-rosa, em função da drástica redução das populações naturais e
consequente escassez de matéria-prima para as destilarias.
A obtenção de progénies com alta capacidade de produção de óleo essencial e de alta qualidade
química, aliada à disponibilidade de mudas e incentivos ao plantio, atende de forma mais específica
à necessidade da indústria, agregando valor ao produto regional e gerando renda ao produtor.
Consequentemente, esses avanços podem atingir pequenas comunidades ribeirinhas, que povoam as
margens dos principais rios da Amazônia central e são constituídas de famílias de caboclos que
sobrevivem do extrativismo em pequena escala da floresta, inclusive da extração do pau-rosa. Com
a exaustão das reservas naturais, muitas comunidades perderam uma importante fonte de renda,
aumentando a pobreza e o fluxo migratório para os centros urbanos. A reestruturação de uma
atividade econômica importante para a região, reaquecendo os setores de produção de matériaprima e processamento, contribui para o aumento de emprego e renda, com consequente melhoria
de vida para as comunidades envolvidas com o projeto.
Do ponto de vista ambiental, o enriquecimento da coleção de germoplasma de pau-rosa e das
espécies relacionadas permitirá fácil acesso de pesquisadores ao material, servindo de referência
para pesquisas posteriores a serem desenvolvidas na região ou em outras partes do País. A obtenção
de tecnologia de produção de mudas em larga escala e plantio, como uma forma de obtenção de
matéria-prima, poderá contribuir para a redução da pressão de exploração sobre as populações
naturais remanescentes, permitindo também a reintrodução de germoplasma representativo onde a
espécie já foi extinta.
A princípio, os fatores críticos para o sucesso do projeto são mínimos. A equipe envolvida é
altamente especializada, com larga experiência nos assuntos abordados pelo projeto e a instituição
executora e as participantes possuem a estrutura física adequada para a realização das atividades
previstas. O projeto está sendo parcialmente financiado por duas fontes de recursos: Recursos
próprios da UniNiltonLins e pelo CNPq, edital 27-2005/ CT-Amazônia. Os recursos adicionais,
necessários ao pleno desenvolvimento dos trabalhos, estão sendo buscados em outras fontes e junto
à iniciativa privada.
Entidades parceiras e equipe envolvida
Centro Universitário Nilton Lins/ Fundação Nilton Lins, Manaus, AM – Instituição executora: Luis
Antônio Serrão Contim, Dr.; Acilino do Carmo Canto, Dr.; Sérgio Ricardo Nozawa, Dr.; Mônica
Stropa Ferreira Nozawa, Dra.
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus, AM – Instituição parceira: Charles Roland
Clement, Dr.; Maristerra Rodrigues Lemes, Dra.; Wilson Roberto Spironello, Dr.; Rogério Gribel
Soares Neto, Dr.
Universidade Federal do Amazonas/ Instituto de Ciências Biológicas – Instituição parceira:
Eduardo Ossamu Nagao, Dr.
Instituição: Centro Universitário Nilton Lins
Telefone: 92.3642-3464
Fax: 92.3643-2111
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Prof Nilton Lins 3259, Bairro Parque das Laranjeiras
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69058040
■ Referências
ALENCAR, J.C.; FERNANDES, N.P. Desenvolvimento de árvores nativas em ensaios de espécies.
I. Pau-rosa (Aniba dukei Kostermans). Acta Amazônica, 8: 523-541, 1978.
ARAÚJO, V. C et al. Óleos essenciais da Amazônia contendo linalol. Acta Amazônica, 1:4547,1971.
BASTOS, A. M. O Pau-rosa da indústria da essência. Rodriguesia, Rio de Janeiro, 7(16): 4554,1943.
CLAY, J. W. A Rain Forest Emporium. Garden, v. 14, p. 2-6, 1992.
LAS CONTIM, Freitas; CARVALHO C. Nuclear DNA content and karyotype of rosewood. In:
Genetics and Molecular Biology. 2005.
DUDAREVA N, et al. Evolution of floral scent in Clarkia: Novel Patterns of s-linalool syntase
gene expression in the C. Breweri flower. The Plant Cell 8: 1137-1148, 1996.
LAS CONTIM, Freitas. Caracterização genética e propagação in vitro de Pau-rosa (Aniba
rosaeodora Ducke). Dissertação de mestrado, Ciências de Florestas Tropicais, Manaus:
INPA/UFAM, AM. 2005.
GHELLARDINI C. et al. “Local anaesthic activity of the essential oil of Lavandula angustifolia.”
Plant Med. 65, 700-703,1999.
INOUYE, S. ; TAKIZAWAT.; YAMAGUCHI, H. Antibacterial Activity of Essential Oils and
Their Major Constituents Against Respiratory Tract Pathogens by Gaseous Contact. J Antimicrob
Chemoth 47, 565-573, 2001.
LEWINSOHN, E. et al. Enhanced levels os the aroma and flavor compound s-linalool by metabolic
engineering of the terpernoid pathway in tomato fruits. Plant Physiology 127:1256-1265, 2001.
LOUREIRO, A. A; SILVA, M.F.; ALENCAR, J.C. (1979) Essências madeireiras da Amazônia.
Manaus: INPA, 1979. 2v.
MAGALHÃES, L.M.S.; ALENCAR, J.C. Fenologia de pau-rosa (Aniba duckei Kostermans)
Lauraceae em floresta primária na Amazônia Central. Acta Amazônica 9(2): 227-232,1979.
PICHERSKY, E.; LEWINSOHN, E.; CROTEAU, R. Purification and characterization of Slinalool syntase, an enzime involved in the prodiction os floral scent in Clarkia breweri. Arch
Biochem Biophys 316: 803-807,1995.
PRANCE, G.T. Biogeography of neotropical plants. In: Biogeography and quaternary history in
tropical America. Claredon: Oxford, p. 175-196. 1987.
ROSA, L. S. et al. Crescimento e sobrevivência de mudas de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke)
oriundas de três procedências, em função de diferentes níveis de sombreamento, em condições de
viveiro. Boletim da Faculdade de Ciências Agrárias do Pará. B. FCAP, 28: 37-62, 1997.
ROSA, M.S. et al. Antileishmanial Activity of a Linalool-Rich Essential Oil from Croton cajucara.
Antimicrobial Agents and Chemoterapy 47(6): 1895-1901, 2003.
SAMPAIO, P.T.B. Propagação Vegetativa do Pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) pelo método da
estaquia. Tese de mestrado, INPA/FUA, Manaus AM, 1987. SANTOS, R. Diversidade genética de
populações de Pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke). Dissertação de mestrado, Ciências de
Florestas Tropicais, INPA/UFAM, Manaus AM, 2004.
SIMIC, A. et.al. The chemical composition of some Lauraceae oils and their antifungal activities.
Phytother Res 18(9): 713-717,2004.
SPIRONELLO, W.R. ; SAMPAIO, P.T.B; RONCHI-TELES, B. Produção e predação de frutos em
Aniba rosaeodora Ducke var. amazônica Ducke (Lauraceae) em sistema de plantio sob floresta de
terra firme na Amazônia Central. Acta Bot Bras 18(4): 801-807,2004.
Agrofloresta, uma alternativa produtiva e ambiental para a região
Sérgio Roberto Lopes
Primeiramente temos que buscar um referencial comum no entendimento do que vem a ser uma
agrofloresta. Para nós, produtores familiares da Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do
Projeto de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado, mais conhecido por Projeto
RECA, agrofloresta foi o meio encontrado para produzir e fixar as famílias na região Ocidental da
Amazônia, mais especificamente na Ponta do Rio Abunã, abrangendo parte dos Municípios de
Porto Velho-RO, Acrelândia-AC e Lábrea-AM.
Agrofloresta é o trabalho de plantar e cultivar em uma mesma área várias espécies florestais com
potencial econômico, juntamente com leguminosas, além de nos primeiros anos se cultivar também
a lavoura branca e a possibilidade de se consorciar com pequenos animais. É imitar um pouco a
floresta primária onde inúmeras espécies de plantas e animais convivem e dividem o mesmo
espaço. É fugir do monocultivo que tem trazido empobrecimento ao meio ambiente e o desemprego
para milhões de trabalhadores. É fugir do sistema tradicional utilizado na região, tecnicamente
chamado de pousio, que é o sistema de derrubar e queimar uma área para plantar e após breve uso,
pois o solo é fraco e frágil e já não responde com a fertilidade necessária para se ter produtividade,
abandoná-lo para que forme capoeira e após alguns anos voltar e reiniciar o ciclo de derruba,
queima, planta e abandona. É proteger do ardor do sol, da ação e força dos ventos e chuvas não só o
solo, mas também os trabalhadores. É construir um sistema produtivo que preserve não só a terra,
mas que delegue às gerações presentes e futuras um meio de vida e produção. Isto é agrofloresta!
Ela pode também ser chamada de sistema agroflorestal (SAFs), permacultura, consórcio de culturas
permanentes, agrossilvicultura, sistema agrossilvopastoril, entre outras denominações ou práticas
com algumas características próprias, mas com uma grande base comum. Para entender melhor,
colocamos a poesia de Marcelo Talini, 10 anos, filho e neto de agrossilvicultores.
Treze anos depois...
No sítio do meu avô
Tem abiu e tem goiaba
Tem rambotã, tem laranja
Tem limão que não se acaba
Mapati, cana e banana
Tem lindos pés de bacaba
Cupuaçu, fruta boa
Que da lá no meu roçado
Pupunha, que gosto tanto,
Também tenho plantado
Pupunha como cozida,
Cupu, como adoçado
A família está contente,
Por ter na mesa o seu pão
Os paióis abarrotados
Nos enchem de emoção
Ao saber que no domingo
Tem missa e reunião.
Agora vamos apresentar um pouco do jeito de viver e produzir de centenas de famílias de
produtores familiares do Projeto RECA que desenvolveram uma maneira singular de se organizar e
têm como sua base produtiva o cultivo da agrofloresta. Pois é lá que queremos ampliar e consolidar
ainda mais a proposta da agrofloresta como um sistema produtivo viável e importante para o
desenvolvimento da região.
A Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca, (Reflorestamento Econômico
Consorciado e Adensado), uma referência para o desenvolvimento da Amazônia, por praticar uma
agricultura solidária, de convivência com a floresta e com a sua dinâmica, por assegurar alimentos
e qualidade de vida para quem produz, tem origem no encontro de dois mundos, de um grupo de
agricultores oriundos de várias partes do Brasil, assentados em uma área de regularização fundiária
do INCRA, no antigo seringal Santa Clara e Nova Califórnia em meio a seringueiros que tiveram
suas colocações divididas em lotes, impossibilitando-os de continuar a exercer as suas atividades
extrativistas. As famílias de agricultores migrantes, assim como os extrativistas ficaram em uma
condição muito difícil. Os primeiros praticando os sistemas de produção trazidos, ou seja,
realizando o desflorestamento para realizar o plantio de lavoura branca com alto custo e baixa
produtividade e as culturas especialmente do café e do cacau com problemas de preço, sanidade e
mercado. Os extrativistas, por sua vez, tendo sua área cortada, não dispunham mais do espaço
necessário para exercer suas práticas de extração do látex, coleta da castanha e de caça,
especialmente. Sem apoio oficial, relegados à própria sorte, com o malogro dos sistemas produtivos
até então praticados e com a presença constante da malária, perceberam que “– os mesmos desafios
que a vida apresenta são ao mesmo tempo oportunidades que ela dá para gente se desenvolver”
(Esmeraldo Pedroso, agrossilvicultor do Reca). Os agricultores migrantes e os extrativistas
começaram a se reunir e discutir como fazer para viver e produzir de forma adaptada ao clima, ao
solo e a vocação florestal da região. Juntando os conhecimentos de organização e cooperação dos
migrantes com os conhecimentos das famílias que já viviam na região, de forma empírica,
conceberam que a saída produtiva seriam plantas nativas, bem conhecidas e com mercado na região
como a castanheira, cupuaçuzeiro, pupunheira, açaizeiros e essências florestais (copaíba, andiroba,
mogno, entre outras) e iniciaram o plantio dessas espécies em meio a seus roçados.
Nos primeiros tempos, o desafio foi construir um modelo de organização que respeitasse o jeito de
produzir e viver das famílias da Amazônia. Ousamos afirmar que sem um associativismo e um
cooperativismo amazônico, isto é, não copiar simplesmente o modelo existente em outras regiões e
países, é difícil organizar e desenvolver comunidades rurais. E, nesse sentido, a família Reca
desenvolveu um associativismo singular que conseguiu romper com os sistemas tradicionais de
eleição e cota partes existentes e construiu um modelo participativo, transparente e envolvente que
dá sustento à proposta agroflorestal.
No segundo momento, após ter implantado e cultivado mais de 1.200 ha de agrofloresta em vários
esquemas de plantio, pois cada família dá seu toque pessoal à sua área de agrofloresta, veio o
desafio de beneficiar e comercializar os produtos, ou seja, fechar a cadeia produtiva dos vários
produtos e subprodutos. Na atual safra, 2005, foram beneficiados 243.914 quilos de polpa de
cupuaçu, 50.000 quilos de manteiga de cupuaçu, 37.520 quilos de sementes de pupunha lisa, mais
de 80.000 quilos de palmito de pupunha drenado, 36.000 quilos de torta de cupuaçu, 4.500 quilos
de polpa de açaí. Tudo isso com todos os registros e documentos legalmente exigidos. Quase toda
produção é vendida por representantes (Rio Branco-AC, Porto Velho-RO, Vitória-ES, Rio de
Janeiro-RJ, São Paulo-SP) ou diretamente como matéria-prima a grandes empresas, que reembalam
ou processam e comercializam com suas marcas. Exceção é o palmito que é comercializado com
nome e registros do Reca quando destinado ao mercado nacional, no entanto quando para
exportação vai com o nome e registro de outras organizações.
Além desses produtos, de forma mais artesanal estão sendo trabalhados alguns derivados, como
licores, doces, geléias, sabonetes de manteiga de cupuaçu e mel. Contudo, já está no planejamento
legalizar, personalizar e produzir para o mercado esses produtos a partir de 2006.
Todo trabalho é realizado em uma unidade de beneficiamento de polpas, uma de extração de
manteiga de cupuaçú, uma de beneficiamento de palmito de pupunha, uma de beneficiamento de
sementes, todos construídos dentro dos padrões exigidos e com os registros necessários feitos junto
aos órgãos municipais, estaduais e federais responsáveis.
Para desenvolver e consolidar a cadeia produtiva desses produtos agroflorestais, contou-se muito
com uma rede de parceiros e amigos que levam o nome da organização Reca a muitos lugares e que
prestam apoio na divulgação e consolidação desses produtos. Estes, por sua vez, ainda estão um
tanto restritos aos mercados regionais, necessitando de um grande trabalho para chegar aos
mercados nacionais e internacionais. As feiras, rodadas de negócio, encontros e intercâmbios
realizados por todo o País têm sido de fundamental importância para que esses produtos sejam
conhecidos e comecem a ocupar espaço no mercado.
Para divulgação e popularização da proposta da agrofloresta é necessária uma constante troca de
experiência entre produtores, suas organizações (cooperativas, associações, ONGs, movimento
social, ribeirinhos, povos indígenas, quilombolas), além de envolvimento das academias e centros
de pesquisas, priorizando a agrofloresta, somando-se o poder público por meio do estabelecimento
de políticas de crédito, fomento, assistência técnica específicos para a agrofloresta.
Outra atividade necessária para distinguir o trabalho social e ambiental realizado pela agrofloresta é
a certificação. Com esse intuito o Reca está realizando a Certificação Agrícola e a Certificação
Sócia Participativa. No fim do ano de 2005, o primeiro grupo de associados do Reca,
aproximadamente 25 produtores, estará sendo certificado.
Em cima dessa experiência que acabamos de apresentar e com as condições organizacionais e
produtivas que dispõe a Associação Reca é que propusemos o projeto “Agrofloresta: uma
alternativa produtiva e ambiental para a região”. Com ele pretendemos dar as condições para que a
proposta de agrofloresta hoje com 1200 ha seja aumentada em mais 3000 ha; que o número de
famílias envolvidas, em torno de 300 seja ampliado para 1000; que o faturamento, hoje na casa de
R$ 3.000.000,00 ano, seja aumentado para R$ 30.000.000,00 em cinco anos. Para isso, há
necessidade de investimento na organização das famílias, investimento e custeio para instalação das
novas áreas de agrofloresta, ampliação e modernização das instalações agroindustriais, capacitação
na área de gestão e assessoria para apoiar todas as etapas do planejamento acima acenadas. Para tal
serão necessários investimentos em torno de R$ 5.000.000,00.
Outro desafio que se põe não só a produtores, suas organizações, parceiras e Governo, mas a toda
sociedade é a mudança de hábitos e costumes. Destacamos a necessidade de que a sociedade, como
consumidora, busque e valorize, enfim, aprenda a consumir produtos desenvolvidos por sociedades
organizadas que produzem com respeito ao meio ambiente, aos trabalhadores e suas famílias e
principalmente ao próprio consumidor, ofertando produtos naturais, certificados que muito
contribuem para a saúde dos cidadãos.
Encerramos, usando para expressar o papel que a agrofloresta tem no desenvolvimento da
Amazônia o último parágrafo do texto escrito pelo Bispo Dom Moacir Grecchi na apresentação do
livro Nosso jeito de caminhar, a história do Projeto Reca contada por seus associados, parceiros e
amigos: “– Inspiração para uma Amazônia (ou Amazônias) tão diferente. Não mais ‘colônia’ para
brasileiros e estrangeiros explorarem e deixarem aqui só a desolação de “buracos’ cinzas, águas
contaminadas, doença, miséria e morte, Mas Amazônia fonte de vida e alegria para amazônidas, em
primeiro lugar, para todos os brasileiros e, enfim, para todos os seres humanos deste planeta.
Instituição: Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca
Telefone: 69.3253-1007, 68.9984-5548
Fax: 69.3253-1046
E-mail: [email protected]/[email protected]
Endereço: Distrito de Nova Califórnia, BR 364, km 142 após o Abunã
Porto Velho-RO, Brasil
CEP: 78928000
Programa para geração de energia a partir de óleos vegetais na Amazônia através da
adaptação de motores diesel existentes – Provenat
Suani Teixeira Coelho
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto Provenat é uma parceria entre Centro
Nacional de Referência em Biomassa – Cenbio, do Instituto de Eletrotécnica e Energia – IEE da
Universidade de São Paulo – USP, Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia
da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Coppe-UFRJ, Empresa Brasileira de Pesquisas
Agropecuárias – Embrapa e Centrais Elétricas do Pará – Celpa, Prefeitura Municipal de Moju e da
empresa MWM. O projeto tem como objetivo central implantar um sistema de geração e de
distribuição de eletricidade, a partir de um motor diesel convencional, equipado com um kit de
conversão, desenvolvido e aprimorado no Brasil, para utilizar óleo de palma in natura, como
combustível na comunidade de Igarapé-Açu, Município de Moju, Pará. Este projeto visa a
possibilitar o desenvolvimento de um kit de conversão inteiramente nacional, permitindo assim,
operacionalizar qualquer grupo gerador desativado e abandonado na Amazônia ou implantar novos
grupos em comunidades isoladas, utilizando óleos vegetais produzidos localmente e também criar
um modelo para suprimento de energia nestas comunidades, incluindo análises da viabilidade
técnica e econômica e dos aspectos socioambientais.
O projeto Provenat utiliza a experiência adquirida no projeto Provegam, que mostrou a viabilidade
do uso de óleos vegetais in natura como combustível em sistemas isolados na Região Amazônica.
O projeto Provegam disponibilizou por seis horas diárias a energia elétrica em Vila Soledade,
durante quase dois anos. A implantação do projeto possibilitou a criação de estabelecimentos
comerciais e a compra de máquinas para o processamento do açaí, importante complemento
alimentar da região, que é vendido na própria comunidade.
Com o projeto deu-se início ao curso noturno de ensino fundamental na escola existente na Vila,
frequentado principalmente pelos adultos. Pela primeira vez foi implantada a quinta série, que só
funciona à noite. Notou-se que a escolaridade dos adultos é baixa e que, em geral, as mulheres são
mais instruídas que os homens. As crianças e jovens, no entanto, frequentam a escola da Vila que é
grande e adequada ao ensino e que recebe alunos de várias outras comunidades próximas e,
atualmente, é mais bem aproveitada em função das aulas também no período noturno. Outro
indicador do sucesso do projeto Provegam foi a parceria com a MWM, empresa fabricante do
motor utilizado neste projeto e que em função dos satisfatórios resultados apresentados com a
utilização do óleo de dendê in natura no motor, resolveu doar par o projeto Provenat um motor
igual ao que está instalado em Vila Soledade.
Principais objetivos: Instalar um motor diesel convencional, MWM, de 115 kVA, adaptado para
operar com óleo de palma in natura, na comunidade de Igarapé-Açu; organizar na comunidade um
programa de agricultura familiar para capacitar os moradores a extrair o óleo vegetal cultivado;
implantar uma rede elétrica suficiente para abastecer as famílias da comunidade; implantar uma
atividade produtiva na comunidade visando a dar sustentabilidade ao sistema de geração ao final do
projeto; elaborar um sistema de conversão eficiente, capaz de operar o grupo gerador tanto como
óleo diesel como também óleo de dendê e nacionalizar a tecnologia para possíveis replicações em
outras comunidades da região.
Instituição: Centro Nacional de Referência em Biomassa – Cenbio
Telefone: 11.3091-2649
Fax: 11.3091-2653
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Professor Luciano Gualberto, 1289, Cidade Universitária
São Paulo-SP, Brasil
CEP: 05508010
PROJETOS APRESENTADOS AO PRÊMIO 2005
Categoria econômica/tecnológica
Proposta de implantação de tecnologia dos semicondutores no Amazonas
Admilton Pinheiro Salazar
Descrição resumida da proposta do projeto: Ampliação do conhecimento técnico proporcionado
a engenheiros por meio de treinamento no exterior por períodos de um a seis meses, em empresas
ou laboratórios de projeto e fabricação de Circuitos Integrados. Implantação de programas de
computador adequados a projeto de circuitos integrados e disponíveis em poucos centros de
desenvolvimento no exterior, e ainda não existente no Brasil.
A instalação no CT PIM da atividade de projeto de Circuitos Integrados – CIs reflete o
comprometimento da Unidade de Gestão Estratégica com a evolução do PIM, para atenderá
convergência digital, na qual os produtos atuais do PIM, analógicos de Áudio e Vídeo, podem ter
sua vida contada em poucos anos pela frente. Todos os produtos dessa faixa de negócios devem
incorporar um Cl dedicado, passando a ser um ‘bem de informática’. Para evitar de o PIM
continuar a importar os componentes, ou mesmo perder suas indústrias eletrônicas para outras
regiões do País, é estratégico, primordial, urgente, tornar o polo atrativo para essas novas indústrias
e evitar sua redução e queda de oferta de empregos.
O Governo Federal escolheu Manaus, e o CT PIM em particular, como um dos cinco Centros no
País a dedicar um esforço de implantação urgente dessa competência, abrindo campo para novos
empreendimentos, e manutenção dos empregos em Manaus, e muito mais que isso: aumentar o
nível de conhecimento, em tecnologia inédita, elevando o seu nível salarial. Apoio aos programas
de pós-graduação nas Universidades locais, primeiro por meio de convênios (já firmados) com
outras universidades do sul do País, e, posteriormente, ao criar pesquisadores Doutores promover a
competência local para a independência dos programas de Mestrado e Doutorado autônomos.
Principais objetivos: Formação de mão de obra especializada em semicondutores, em número
superior a 20 engenheiros; atração de especialistas nessa área; atração de empresas para
implantação de produção e de concepção de Circuitos Integrados Semicondutores em Manaus.
A cadeia de produção de um circuito integrado engloba, essencialmente, as seguintes etapas:
projeto, fabricação da pastilha (a qual lança mão de processos físico-químicos cada vez mais
sofisticados), encapsulamento e testes. Os investimentos para a implantação de unidades fabris com
capacidade de produção de pastilhas são tipicamente da ordem de centenas de milhões de dólares
norte-americanos, ou pelo menos dezenas de milhões, em se tratando de plantas para realizar as
etapas de encapsulamento e testes.
No entanto, é possível participar do negócio de circuitos integrados com investimentos
relativamente modestos, da ordem de algumas centenas de milhares de dólares por instalação,
iniciando o acesso por meio da implantação da atividade de projeto (design), ao mesmo tempo em
que se contribui para a formação de recursos humanos imprescindíveis a uma posterior expansão
das atividades produtivas locais na produção de circuitos integrados. Para projetar circuitos
integrados, precisamos combinar capital humano e ferramentas especializadas e programas de
computador para a criação e aperfeiçoamento de circuitos integrados, abrangendo desde o projeto
do CI em si e o projeto do reference design associado ao CI, até a criação de simuladores de CIs, de
sistemas operacionais e de ferramentas de desenvolvimento (software development kits), como
também o projeto do firmware e do software embarcado (embedded software) dos circuitos
integrados.
Dentro do Programa CI-BRASIL (Projeto para formação de recursos humanos e apoio para
Empresas de Projeto de Circuitos Integrados – Design Houses-no Brasil), criado pelo Ministério de
Ciência e Tecnologia, o CT-PIM foi apontado para ser um centro de competência em
microssistemas e tecnologias de produção de componentes de microeletrônica, constituindo-se em
agente nucleador e irradiador para os setores produtivo e acadêmico do polo industrial de Manaus,
de tecnologias fundamentais para a agregação de valor e geração de inovação por parte da indústria
de bens eletrônicos instalada na Zona Franca de Manaus.
Local de execução: Manaus-AM.
Instituição: Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo Industrial de Manaus
Telefone: 92.2123-0819
Fax: 92.2123-0811
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Salvador, 391
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69057040
Identificação e controle de cupins urbanos
Agno Nonato Serrão Acioli
Descrição resumida da proposta do projeto: Os cupins estão entre os principais insetos
causadores de danos e prejuízos nas áreas urbanas e muitas empresas dedetizadores se ocupam da
atividade de combatê-lo e controlá-lo, movimentando milhões de reais por ano. Entretanto, o
controle e combate são feitos de forma sem que se conheça a biologia, ecologia e nome da espécie
que está sendo combatida.
Dessa forma, na maioria das vezes, o mesmo método e inseticida de largo espectro são aplicados
para todas as espécies de cupins, sejam elas de madeira ou de solo.
Principais objetivos: Identificar as espécies de cupins causadoras de danos e prejuízos em áreas
urbanas; conhecer a biologia e ecologia das espécies urbanas; propor métodos de controle e
utilização de cupinicidas voltados para a espécie identificada; distinguir entre espécies pragas e
espécies que não são pragas.
Local de execução: Manaus (qualquer cidade).
Instituição: Inpa
Telefone: 92.3667-1969
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua 59a, Número 6, Quadra 123, Nova Cidade
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69000-000
Desenvolvimento de tecnologia para enriquecimento nutricional de farináceos de mandioca
com soro de leite bovino
Aluízio Alves da Costa
Descrição resumida da proposta do projeto: Desenvolvimento de tecnologia para
enriquecimento nutricional de farináceos de mandioca, a partir de pesquisa no aproveitamento de
manipueira e soro de leite bovino na alimentação humana.
Principais objetivos: Desenvolver tecnologia ao alcance dos pequenos produtores, capaz de
agregar valor à farinha de mandioca e melhorando seus atributos nutricionais e organolépticos,
oferecendo praticidade ao consumidor. A farinha constitui um dos principais produtos da mandioca,
e seu uso é muito difundido em todo o País. É um alimento rico em carboidratos e fibras e, com
esse projeto, visamos a melhorar a qualidade proteica, entres outras propriedades funcionais.
Segundo estudo Usdec 2004, o soro de leite possui excelente qualidade proteica perdendo somente
para ovo integral, demonstrando ser potencialmente nutritivo. O soro de leite bovino, por se tratar
de resíduo, causa contaminação ao meio ambiente, quando desprezado as margens dos rios e
mesmo em lagoas de decantação. Oportuno se faz utilizar desse resíduo no enriquecimento
nutricional da farinha de mandioca, agregando valor e diminuindo o impacto ambiental.
Local de execução: Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá-MT – Cefet- Cuiabá.
Instituição: Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá – Cefet
Telefone: 65.3341-2124
Fax: 65.3341-2106
E-mail: [email protected]
Endereço: BR 364 KM 329 – São Vicente da Serra
Cuiabá-MT, Brasil
CEP: 78106000
Açaí: novas perspectivas de negócios
Antônio Carlos Tinoco de Alencar
Descrição resumida da proposta do projeto: Na Região Amazônica, somente nas cidades de
Codajás-AM e Belém-PA, são descartadas, segundos estudos divulgados pela Universidade Federal
do Pará – UFPA, entre 300 e 350 toneladas/dia de caroços de açaí. O descarte desses caroços nos
lixões acarreta sério comprometimento ao meio ambiente, uma vez que a decomposições desse
material resulta na produção de uma massa fermentada nociva aos rios e igarapés próximos aos
aterros.
Com o projeto, esses caroços passam a ser aproveitados na fabricação tanto de ração animal como
aditivo para produtos destinados à alimentação humana (pães, massas e biscoitos). Além disso, com
a valorização dos caroços, os produtores de açaí passam a dispor de mais uma opção de renda, já
que o produto passa a constituir insumo básico na indústria de ração animal. A partir do
beneficiamento da fibra que reveste o caroço, é possível obter um material bastante resistente,
próprio para a produção de vasos de xaxim, tapetes, isolantes acústico, e ainda como substituto da
fibra do carbono (fibra de vidro).
Principais objetivos: Aproveitar os caroços de açaí que são descartados nas cidades da Amazônia
onde há produção e destiná-los à fabricação de ração animal, alimentação humana e fibra industrial.
Local de execução: Codajás-AM e Belém-PA.
Instituição: Produtos Regionais do Brasil Ltda. – PRB
Telefone: 92.3637-7011
Fax: 92.3637-6364
E-mail: pbrltda@ hotmail.com
Endereço: Rua Itacoatara, 184, Bairro Cachoeirinha
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69065090
Sistema integrado de análise e monitoramento da sustentabilidade da Amazônia
Antonio Ferreira Santana Filho
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto “Sistema integrado de análise e
monitoramento da sustentabilidade da Amazônia” visa ao desenvolvimento de uma metodologia
que possa ser aplicada para integrar as áreas envolvidas em estudos de desenvolvimento sustentável
– como as áreas social, ambiental, econômica e institucional – em um sistema para o apoio à
tomada de decisão em políticas de desenvolvimento da Amazônia brasileira. Para isso, se faz
necessário o acompanhamento sistemático de indicadores que possam fornecer informações
relevantes acerca da sustentabilidade da região em foco, um tratamento qualitativo eficiente desses
indicadores e a utilização de visões adequadas sobre o conceito de desenvolvimento sustentável que
possam servir de base para a implementação de modelos de simulação e de previsão de impactos
das políticas a serem executadas. A disponibilização do sistema, para que a sociedade possa se
beneficiar dos seus resultados, é um fator que garante retornos nas diversas áreas contempladas
pelo estudo e que permite uma maior conscientização sobre a busca de alternativas de
desenvolvimento que estejam associadas à preservação e à eficiência no emprego dos recursos
dessa imensa e importante região do planeta.
Principais objetivos: Tendo em vista a grande quantidade de argumentos e diferentes visões sobre
as temáticas que envolvem a análise de sustentabilidade, é primordial fazer um estudo de métricas
adequadas para essa análise que possam ser aplicadas à Região Amazônica. Como os estudos que
se propõem a medir o nível de sustentabilidade de regiões geográficas do planeta geralmente têm
um enfoque multidisciplinar, e não raro com aspirações interdisciplinares, torna-se necessário
promovera integração dos mais diversos domínios de conhecimento em uma perspectiva coerente
com a Teoria Geral de Sistemas. Para a análise dos impactos de políticas públicas ou privadas de
desenvolvimento para a Região Amazônica, seja na área social, econômica, ambiental ou
institucional, devem ser criados mecanismos informatizados que deem suporte a modelos de
simulação de cenários que possam auxiliar na tomada de decisões por parte dos responsáveis pela
definição e implementação de tais políticas.
Local de execução: Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas, Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia e Universidade Federal do Amazonas.
Instituição: Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas – Cefet-AM
Telefone: 92.3613-4382
Fax: 92.3621-6767
E-mail: [email protected]/[email protected]
Endereço: Travessa São Pedro, 11-A. Raiz
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69068140
Elaboração e melhoramento de produtos e subprodutos da caiçúma
Antônio José do Nascimento Fernandes
Descrição resumida da proposta do projeto: A fabricação de bebidas fermentadas iniciou com a
própria humanidade e com a criação da vida ritualizada. Os ingredientes, o modo de preparar e a
maneira de tomar variam entre cada grupo étnico. Entre os índios do sul da América, o uso ritual e
social das bebidas fermentadas é ligada ao sagrado, ao divertimento, e em certos casos à política. A
caiçúma é uma bebida alcoólica consumida em festas de vários grupos indígenas. Sua produção,
apesar de rudimentar, possui etapas fundamentais distintas: preparação das matérias-primas,
mistura e adição de aditivos, e a fermentação. A preparação das matérias-primas consiste em
macerar a batata sem sua casca, separando o amido insolúvel e úmido, conhecido nessa forma
como “goma”. Antes do processo de fermentação apresenta sabor adocicado, encorpado e neutro a
levemente alcalino, com tom semelhante ao leite, assim como sua cor e aspecto. Nota-se que desse
processo se pode obter subprodutos alcoólicos e não alcoólicos com possibilidades de utilização e
distribuição para consumo em escala industrial. Dessa forma, pretende-se com este trabalho
desenvolver um energético de médio valor calórico e com sabor semelhante ao leite, contribuindo
como uma alternativa alimentar com baixo custo de produção, valorizando os hábitos e produtos da
cultura regional bem como a sua identidade.
Principais objetivos: Obter produtos e subprodutos de viabilidade econômica da produção da
caicúma, favorecendo a melhoria das técnicas de produção, bem como a qualidade dos produtos
acabados obtidos.
Local de execução: Centro de Estudos Superiores da UEA de Tabatinga.
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Telefone: 97.3412-4192
Fax: 97.3412-4192
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida da Amizade, 74, Bairro Centro
Tabatinga-AM
CEP: 6964000
Seleção e domesticação de espécies da flora amazônica para introdução na indústria de
produção de plantas ornamentais para consumo interno e exportação
Aparecida Donisete de Faria
Descrição resumida da proposta do projeto: O mercado mundial de plantas ornamentais
movimenta cerca de US$ 49 bilhões anuais. Em 2003, o Brasil acumulou um crescimento de 30,2%
sobre os valores exportados de flores e folhagens em 2002, sendo de US$ 13,3 milhões o saldo da
balança comercial do setor, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Floricultura – Ibraflor
(2002). Dentre os diversos tipos de flores e folhagens exportadas, as tropicais de corte produzidas
no Brasil vêm ganhando importância no mercado mundial, sendo apontadas como um dos setores
de maior potencial para o futuro das exportações brasileiras de plantas ornamentais.
Novidades no setor vão ao encontro das expectativas dos produtores e importadores, devendo
contribuir para o aumento das exportações e, consequentemente, do ganho de todos os envolvidos
na cadeia produtiva de plantas ornamentais.
O presente projeto tem como objetivo o estudo de 30 espécies com alto potencial ornamental e cujo
ciclo de desenvolvimento seja relativamente rápido, possibilitando seu acompanhamento. As
espécies serão selecionadas dentre as ervas, lianas, epífitas e hemiepífitas da flora amazônica,
cultivadas em área apropriada a ser construída no Jardim Botânico de Manaus Adolpho Ducke e
estudadas quanto a seu desenvolvimento, floração e reprodução. As pesquisas envolverão uma
equipe multidisciplinar (botânicos, fisiologistas vegetais e agrônomos) e deverão contar com apoio
de estudantes estagiários e jovens carentes selecionados entre os moradores do entorno do Jardim
Botânico. Os resultados proporcionarão a inserção de novos produtos na indústria de produção de
plantas ornamentais e atuará como um grande incentivo no aumento da produção e na consolidação
da cadeia produtiva de plantas ornamentais no Estado do Amazonas, o que resultará no aumento da
oferta de empregos, melhoria do nível de vida de importante parcela da população e consequente
aquecimento da economia local.
Além disso, a indústria de produção de ornamentais é limpa, não poluente, utiliza áreas reduzidas
para plantio, possibilita produção consorciada com vegetação existente e atua, fortemente, na
conservação de espécies de grande valor econômico em seu habitat natural, já que essas espécies
serão reproduzidas e produzidas em escala industrial.
O desenvolvimento do presente projeto irá inaugurar pesquisas com domesticação de espécies
nativas no Jardim Botânico de Manaus, que tem por principais objetivos, como todos os jardins
botânicos do mundo, a atuação nas áreas de conservação, pesquisa, educação e lazer.
Principais objetivos: Selecionar, a partir de levantamentos florísticos já feitos e a serem
realizados, 30 espécies da flora Amazônica que apresentem grande potencial ornamental e,
crescimento e desenvolvimento relativamente rápidos (ervas, arbustos epífitas, hemiepífitas e
lianas), para estudos de domesticação e posterior introdução no mercado de horticultura ornamental
nacional e internacional; cultivaras espécies selecionadas e desenvolver as pesquisas de
domesticação nas dependências do Jardim Botânico de Manaus Adolpho Ducke, inaugurando, no
local, trabalhos de pesquisa em uma das principais áreas de atuação de jardins botânicos em todo o
mundo, a horticultura; realizar os estudos de domesticação em colaboração com agrônomos,
fisiologistas vegetais, técnicos agrícolas e uma equipe de jovens selecionados no entorno do Jardim
Botânico Adolpho Ducke, que deverão ser treinados para diversas etapas de execução dos
trabalhos; estudar o ciclo de vida, período de floração, melhor forma de reprodução, necessidades
nutricionais, tempo de vida para início de floração e duração das flores das espécies selecionadas;
estudar influência de fotoperíodo e respostas a diferentes hormônios no tamanho da planta e no
desenvolvimento e duração de suas flores; desenvolver protocolos sobre os processos ideais para
reprodução e cultivo das espécies selecionadas; proporcionar aumento na geração de renda a todos
os envolvidos na cadeia de produção industrial de plantas ornamentais para consumo local e
exportação, a partir da introdução de espécies nativas da Amazônia, inéditas no mercado;
proporcionar formação profissional na área de horticultura ornamental, uma das áreas de maior
expansão no Brasil e outras regiões de todo o mundo, para parte dos jovens moradores do entorno
do Jardim Botânico de Manaus Adolpho Ducke; iniciar o desenvolvimento, no Jardim Botânico de
Manaus Adolpho Ducke, órgão sob responsabilidade do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia e Prefeitura de Manaus, de pesquisa na área de seleção, domesticação e introdução no
mercado nacional e internacional, de novas espécies ornamentais nativas da Amazônia brasileira.
Local de execução: Coordenação de Pesquisas em Botânica (Inpa) e Jardim Botânico de Manaus
“Adolpho Ducke” (Inpa/Cedema).
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Telefone: 92.3651-7831
Fax: 92.3643-3263
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Minas gerais, 4, Pq. das Laranjeiras, Bairro Flores
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69058290
Desenvolvimento de um modelo de produção integrada de frutos e polpa de açaí nos
principais municípios produtores do Estado do Amapá
Arnaldo Bianchetti
Descrição resumida da proposta do projeto: O interesse pelo plantio tem se dado pelo fato de o
suco de açaí, antes destinado totalmente ao consumo local, vir conquistando novos mercados e ter
se transformado em importante fonte de renda e emprego. Isso refletiu diretamente na expansão das
áreas manejadas nas várzeas, estimada em mais de dez mil hectares, em 2002, somente no Estado
do Pará, financiadas pelo Fundo Constitucional de Financiamento do Norte.
Além disso, os açaizais passaram a ser explorados de forma indiscriminada em função da grande
quantidade de produto demandada pelas fábricas. Isso tem provocado a degradação da espécie,
principalmente nos locais onde não se pratica qualquer forma de manejo e nem se observa o tempo
mínimo suficiente para a recomposição dos estoques de plantas adultas. No Amapá, por exemplo, a
produção de frutos decresceu de 2.600 t, em 1995 para 1.371 t, em 2002 (IBGE, 1995-2003) por
falta de manejo adequado que permitisse a recomposição do estoque de plantas adultas.
Principais objetivos: Desenvolver, organizar e implementar um modelo de Produção Integrada de
Frutos de Açaí – PIFAP para a produção de polpa no Estado do Amapá, estabelecido pelas
Instruções Normativas números 12 e 20, do MAPA (BRASIL, 2001), respeitando as normas
internacionais, preconizadas pela Organização Internacional de Controle Biológico – OICB, bem
como oferecer subsídios ao trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na
regulamentação de critérios e procedimentos formais necessários à implantação do Cadastro
Nacional de Produtores e Empacotadoras no Regime de Produção Integrada de Frutas.
Local de execução: Municípios de Macapá, Santana e Mazagão, Amapá.
Instituição: Universidade Federal do Amapá
Telefone: 96.3241-5066
Fax: 96.3242-5066
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. JK km 02
Macapá-AP, Brasil
CEP: 68900000
Parcerias florestais
Carla Morsello
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto tem como objetivo esclarecer como e de
que forma os acordos comerciais entre comunidades florestais e empresas podem servir à melhoria
na qualidade de vida dessas comunidades, ao mesmo tempo em que promovem a conservação das
florestas. Em particular, o projeto foca os acordos comerciais para a comercialização de produtos
florestais não-madeireiros por sociedades indígenas e extrativistas.
Nos últimos anos, o número de acordos comerciais entre grupos indígenas e extrativistas da
Amazônia com empresas que adotam estratégias de Responsabilidade Social Corporativa tem
crescido consideravelmente no Brasil, particularmente no setor de cosméticos, mas também no
setor de alimentos, artesanato e varejista. Esses acordos têm sido estabelecidos frequentemente com
o auxílio de organizações da sociedade civil, sob a premissa de que a comercialização de produtos
florestais, e em particular daqueles não-madeireiros, pode servir ao duplo objetivo de promover a
conservação das florestas enquanto melhora a qualidade de vida de seus habitantes (CLAY, 1992;
MORSELLO, 2002, 2005). Apesar do crescimento na atividade, há carência de informações
sistematizadas que permitam esclarecer quais os formatos e arranjos adotados que têm sido capazes
de promover os melhores resultados, tanto em termos socioeconômicos quanto ambientais.
Em dois estudos prévios coordenados pela autora, realizados em áreas indígenas (A’Ukre-Kayapó,
Arawete e Asurini) e uma Reserva Extrativista (RESEX Médio Juruá), três acordos comerciais
desse tipo foram avaliados em profundidade, por meio do levantamento de dados empíricos
sazonais das atividades realizadas, da interação com o uso tradicional de recursos naturais para a
subsistência, de seu retorno financeiro, da distribuição dos benefícios entre os membros do grupo e
da melhoria na qualidade de vida em geral desses grupos. Esses estudos possibilitaram entender
quais são os principais fatores envolvidos na comercialização e na problemática relativa à
distribuição equitativa dos benefícios, bem como relativos à conservação dos recursos florestais.
Porém, o pequeno número de casos avaliados não permite que muitas das lições aprendidas possam
ser generalizadas e, dessa forma, que os resultados científicos do projeto possam ser transformados
em ensinamentos práticos e de políticas públicas a serem adotados por organizações
governamentais ou da sociedade civil organizada.
A presente proposta pretende, portanto, preencher essa lacuna ao levantar informações de um
conjunto de parcerias comerciais semelhantes na Região Amazônica, com objetivo de esclarecer
como devem ser estruturados os acordos comerciais para maximizar as chances de sucesso em
termos socioeconômicos e ambientais. Além disso, pretende propor estratégias de intervenção,
agrupadas em um “manual” de princípios para a implementação de acordos comerciais entre
empresas e comunidades amazônicas, que poderão ser adotados por comunidades, organizações da
sociedade civil, empresas e o setor público.
O projeto tem uma abordagem interdisciplinar e, portanto, foca aspectos e técnicas de diversas
áreas do conhecimento. Pretende superar as limitações de abrangência aplicada de estudo anterior
da autora baseado em “estudos de caso” que, apesar de propiciar o levantamento e a discussão de
aspectos em maiores detalhes, provê informações que são mais contexto-específicas e, portanto,
menos generalizáveis. O projeto baseia-se na aquisição de informações por meio de um
levantamento geral de dados das parcerias existentes na Amazônia, bem como a avaliação de um
subconjunto destas pela técnica Delphi. Será feito um levantamento geral das parcerias existentes
na Amazônia por meio de fontes secundárias, em particular, o Banco de Dados público do Projeto
Balcão de Negócios Sustentáveis – Amigos da Terra (ver http://negocios.amazonia.org.br/), além
da consulta a material publicado e não publicado.
Além disso, o levantamento contará com o auxílio de organizações da sociedade civil que têm
atuado na área e que participam, juntamente com a coordenadora do projeto, de grupo de discussão
sobre o assunto em São Paulo. Após esse levantamento, o qual identificará, dentre outros aspectos,
o produto comercializado, o ramo de atividade e a presença de mediadores, será selecionado um
subconjunto de iniciativas representativas do contexto geral e sua variabilidade (cerca 10-15). Para
estas, serão identificados informantes-chave, os quais serão convidados a participar de um estudo
Delphi com o objetivo de avaliar as motivações, oportunidades, problemas e consequências das
parcerias.
A técnica Delphi consiste em uma série iterativa de questionários que permite organizar opiniões e
respostas de um painel formado por especialistas no assunto. Esses especialistas permanecem
anônimos entre si, mas têm acesso às respostas do grupo nas diferentes fases do estudo (ADLER;
ZIGLIO, 1996; GUPTA; CLARKE, 1996). A técnica apresenta as seguintes vantagens: (i) é
relativamente rápida e de baixo custo; (ii) evita problemas inerentes a discussões cara-a-cara como
a pressão social, influência da personalidade e a dominação exercida por certos indivíduos; (iii)
permite a disseminação das informações e o debate indireto entre os participantes; (iv) conduz ao
pensamento independente e à evolução gradual das opiniões; e (v) permite una análise ampla,
sistematizada e estruturada do problema estudado.
Os dados coletados serão parcialmente qualitativos e, portanto, a análise seguirá as seguintes etapas
(OPPENHEIMER, 1982): (i) familiarização com os dados; (ii) transcrição em verbatim do material
gravado; (iii) organização e indexação por tópicos e pré-temas; (iv) processo de anonimato; (v)
codificação por pré-temas; (vi) identificação de novos temas; (vii) formulação e refinamento de
novas categorias. Após a codificação, o processo de análise envolverá o cruzamento das
motivações, problemas e resultados das iniciativas, pelas características das parcerias. Envolverá,
além disso, a utilização de estatística descritiva (medidas de tendência central e dispersão), ainda
durante o segundo turno de aplicação dos questionários pela técnica Delphi, como forma de
retornar aos participantes a opinião conjunta do grupo (i.e. mediana), bem como o grau de
discordância entre estes (desvio quartílico ou interquartile range).
Os dados serão disseminados de diferentes formas. Em primeiro lugar, a própria participação no
estudo Delphi implica a disseminação das informações resultantes, de forma sistematizada, para o
conjunto dos participantes. Além disso, os resultados serão divulgados por meio de sítio na Internet
já estruturado (www.parceriasflorestais.org), na forma de artigos científicos, mas também de
material de divulgação mais ampla. Por fim, pretende-se após a finalização do estudo, preparar a
publicação de um livro, juntamente com o material resultante de estudo anterior coordenado pela
autora.
Principais objetivos: Avaliar as motivações das comunidades e das empresas no estabelecimento
das parcerias; entender o conteúdo dos compromissos assumidos pelas empresas e as políticas e os
processos pelos quais elas procuram implementá-los (por exemplo, formalidade/informalidade dos
contratos, monitoramento, processos de certificação, auditoria etc.); entender quais os problemas,
bem como as oportunidades criadas pelo estabelecimento de parcerias para as comunidades e
empresas, assim como para a conservação florestal; avaliar quais são os resultados ou as
consequências das parcerias para as comunidades (i.e. repartição de benefícios, diferenciação,
desigualdade social e transformação no uso tradicional de recursos naturais) e o meio ambiente (i.e.
transformação no uso da terra e no uso de recursos); indicar quais as políticas públicas, formas de
monitoramento ou processos de autorregulação (por exemplo, certificação) que poderiam aumentar
a probabilidade de sucesso das parcerias e de que forma devem ser estruturados.
Local de execução: Base operacional: Universidade de São Paulo, São Paulo-SP. Foco da ação:
Amazônia como um todo.
Instituição: Universidade de São Paulo
Telefone: 11.3872-2220
Fax: 11.3875-5317
E-mail: [email protected]
Endereço: R. Ministro Godoy, 1353
São Paulo-SP, Brasil
CEP: 05015001
■ Referências
ADLER, M.; ZIGLIO, E. (Eds.). Gazing into the oracle: the Delphi Method and its applications to
social policy and public Health. Bristol: Jessica Kingsley, 1966.
CLAY, J. Building and supplying markets for Non-Wood Tropical Forest products. In: The
Rainforest Harvest. London: Friends of the Earth, 1992, p. 250-255.
GUPTA, U. G.; CLARKE, R. E. Theory and application of the Delphi Technique: A Bibliography
(1975-1994). Technological Forecasting and Social Change, 1996. v. 53. p. 185-211.
MORSELLO, Carla. Market integration and sustainability in Amazonian Indigenous livelihoods:
the Case of the Kayapó. Thesis. School of Environmental Sciences, University of East Anglia,
2002. 301 p.
MORSELLO, Carla. Company-community non-timber forest product deals in the Brazilian
Amazon: A review of opportunities and problems. Forest Policy And Economics, 2005.
OPPENHEIMER, A. N. Questionnaire design and attitute measurement. London: H.543p.
Programa de integração econômica da Amazônia
Cassiano Figueiredo Ribeiro
Descrição resumida da proposta do projeto: Visa a contribuir com políticas para o
fortalecimento do comércio intra-regional com ações de baixo impacto orçamentário e alto grau de
resposta aos estímulos econômicos.
Principais objetivos: Criação de um portal de e-commerce de produtores regionais; promover
estudos para identificação de gargalos que impedem o incremento das relações econômicas entre os
Estados da Amazônia Legal; identificar nichos de mercados de produtos existentes na região e que
hoje são importados de outras; fortalecimento de um Programa de Desenvolvimento de
Fornecedores em âmbito regional; apresentação de Books de produtos amazônicos por segmentos e
Estados; realização de feiras e rodadas de negócios de produtos amazônicos.
Local de execução: Amazônia Legal.
Instituição: ADA
Telefone: 91.4008-5539
Fax: 91.4008-5539
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Almirante Barroso 426
Belém-PA, Brasil
CEP: 66090900
KIT MCH
Ciles Paulo de Moraes Junior
Descrição resumida da proposta do projeto: Produzir uma microturbina – compacta (modulo –
caixa – contendo mecanismo turbina/gerador/quadro elétrico/ válvulas/ regulador/....) Tudo junto
compacto...
Principais objetivos: Facilidade de transporte, manutenção e montagem, etc., de geração elétrica
de 0,5kw até 250kw e acompanha o projeto de linha de transmissão subterrânea a qual não afeta a
mata, não modifica o ambiente... A micro turbina é fio de água/ barranco de rio, o que não afeta a
fauna e flora, pois esse local já é habitual permanecer molhado/ inundado. Seu peso reduzido
facilita transporte. Utiliza tecnologia nacional. É prática, eficiente e eficaz.
Local de execução: Produção vários locais, montagem, Irani-SC.
Instituição: Ciles Turbinas
Telefone: 49.432-0058
Fax: 49.432-0058
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua: Monge João Maria – 1049 – Bairro Alto Irani
Irani-SC, Brasil
CEP: 89680000
Produção sustentável de fibras artificiais celulósicas
Décio Ferreira de Oliveira
Descrição resumida da proposta do projeto: Consiste na implantação de uma fábrica (com
sistema de recuperação de lixívias, bem como estação de tratamento de efluentes e reuso da água)
de fibras artificiais celulósicas, basicamente: Viscose, Acetato e Lyocell, sendo esta última
considerada “ecologicamente correta”, no Município de Almeirim, Estado do Pará, para exportação
e atendimento do consumo do mercado interno brasileiro (reduzindo-se a necessidade de
importação). Essas fibras servem de matéria-prima para fabricação de tecidos e fios de alta
qualidade, não-tecidos, produtos farmacêuticos e de higiene, entre outros. Partindo-se do princípio
de aproveitamento de parte da celulose solúvel kraft branqueada (produzida atualmente pela Jari
Celulose S.A.), visa também ao incremento da sustentabilidade das atividades no referido local, à
implementação de um pólo Têxtil e de Confecção na Região do Jari (Amazônia), bem como ao
aumento do PIB local e regional, com o mínimo de impacto ambiental.
Principais objetivos: Implantação de uma fábrica para produção de fibras artificiais celulósicas:
Viscose, Acetato e Lyocell; aumento das exportações brasileiras e redução da necessidade de
importações dessas fibras; implantação de tecnologia de produção, inexistente na Região
Amazônica, com o mínimo de impactos ao meio ambiente, com Etedi’s e sistemas de reuso, bem
como do PIB regional; aumento da geração de empregos e renda local e regional, com a
implementação de um pólo têxtil e de confecções; auxílo à ampliação das atividades sustentáveis na
Região Amazônica; conscientização da população e melhoraria do grau de escolaridade e
qualificação profissional da região; fomento da atividade de pesquisa e de investimentos na região;
auxílio ao fomento à interação permanente dos setores empresarial, acadêmico, governamental e
social da Região do Jari e da Amazônia, entre outros.
Local de execução: Município de Almeirim, Pará.
Instituição: Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Centro de Tecnologia da Indústria
Química e Têxtil – Senai-Cetiqt/RJ
Telefone: 21.9988-8062
Fax: 21.2712-8062
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Mendes Ribeiro, 140 – Patronato
São Gonçalo-RJ
CEP: 24431635
Desenvolvimento energético do Acre
Diones Assis Salla
Descrição resumida da proposta do projeto: O Estado do Acre, região mais ocidental do Brasil,
se prepara para desenvolver um programa energético, a partir do mais antigo e mais importante dos
processos naturais de “colher a energia do sol”: a fotossíntese. No passado, foi a abundância da
energia fóssil quem provocou o maior desenvolvimento agrícola das regiões temperadas do globo
terrestre. A abundância da radiação solar nas regiões de clima tropical, disponível durante o ano
todo, favorece sobremaneira o crescimento das plantas, fazendo com que sua reação aos materiais
genéticos selecionados e às práticas culturais seja muito mais pronunciada do que nas zonas de
clima temperado.
Nunca se falou tanto como agora dos problemas energéticos para a humanidade. Com a crescente
crise energética, iniciada há 30 anos, associada às crescentes instabilidades nos preços do barril de
petróleo e as frequentes hostilidades que cercam o domínio desse produto, tem-se como
consequência a corrida por fontes alternativas de energia, capazes de diminuir nossa dependência
aos combustíveis fósseis. A potencialidade e importância dos produtos derivados da mandioca, por
exemplo, cresceram na mesma proporção, não somente pela viabilidade do seu uso, como matériaprima na fabricação de álcool, mas porque é uma das culturas que apresentam ótima eficiência
fotossintética líquida, o que a torna grande produtora de energias.
Por meio do emprego de material genético selecionado e de práticas agrícolas adequadas, as regiões
tropicais podem superar em muito as temperadas em termos de produtividade energética. Nasce
assim, no aqui e agora, uma possibilidade de distribuição mais equilibrada da riqueza do mundo, ou
seja, um maior equilíbrio econômico entre as regiões temperadas e tropicais. Para o Acre,
inteiramente importador de energia, o futuro se resume numa simples escolha: utilizar recursos para
desenvolver um programa energético, a partir de culturas locais, produtoras de carboidratos, como é
o caso da mandioca, ou utilizá-los, como sempre se fez, na importação de combustíveis fósseis,
mantendo-o atado ao ritmo de desenvolvimento ditado pelos outros.
Para os genótipos de mandioca naturais do Acre, a pesquisa terá inicio em dezembro de 2005.
Nesse ambiente, a Embrapa mantém um Banco Ativo de Germoplasma – BAG com 120 genótipos
de mandioca. Esses materiais, de procedência conhecida, foram coletados por diferentes
pesquisadores por meio de itinerâncias pelas mais diferentes regiões do Acre. Em outras palavras:
os materiais a serem pesquisados representam basicamente todo o território acreano. Para os
genótipos de mandioca procedentes do Estado de São Paulo, ricos em produção de amido, as
atividades de importação, transporte e cultivo estão previstas para outubro de 2005. Os trabalhos de
pesquisa com esses materiais terão início em dezembro de 2006, 14 meses após o plantio,
observando-se as especificidades cultivacionais próprias de cada genótipo. Em Botucatu, Estado de
São Paulo, no laboratório da Unesp-Cerat, Departamento de Energia para a Agricultura, será
investigada a produção de etanol a partir de raspas de mandioca, fermentadas em diferentes
misturas com cana-de-açúcar.
Principais objetivos: O objetivo do trabalho é analisar o potencial energético de genótipos de
mandioca procedentes do BAG, da Embrapa-Acre, bem como aqueles procedentes do Estado de
São Paulo. Ambos os experimentos visam a identificar as características ligadas com a produção de
amido e de etanol.
Local de execução: Rio Branco, Acre.
Instituição: Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal
Telefone: 68.3226-4365
Fax: 68.3227-1993
E-mail: [email protected]
Endereço: Conjunto Universitário III, Q-c, Casa 04
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69915300
Crediselva – Microcrédito da Floresta
Ecio Rodrigues
Descrição resumida da proposta do projeto: No intuito de gerar emprego e renda, em especial
junto a parcela excluída da população, o atual governo do Estado do Acre, idealizou o que chamou
de “Projeto Semente”. A ideia central era apoiar as famílias beneficiárias do Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil – Peti, com oferta de microcrédito produtivo, assumindo que em
curto e médio prazo essas famílias poderiam conseguir gerar sua própria renda, desobstruindo os
limitados instrumentos públicos e alcançando algum tipo de ascensão social.
As estatísticas dão conta de que somente em Rio Branco, capital do Estado e cidade de maior e
melhor dinamismo econômico, tem-se o registro de mais de 5.000 famílias inseridas no Peti. Com
uma renda per capita familiar inferior a meio salário mínimo, as comunidades beneficiárias do Peti
não tinham a menor chance de empreender, ou seja, montar seu próprio negócio. Paradoxalmente
as pesquisas também apresentavam elevadas taxas de sentimento empreendedor nessa camada da
população. O sonho da maioria dos entrevistados, mais que 70%, era gerir seu próprio negócio e
sair da dependência do Governo. Com as dificuldades inerentes à administração pública, oriundas
de um sem número de amarras legais e normativas erguidas nos últimos 15 anos, o Governo viu-se
limitado para operacionalizar o microcrédito e realizou licitação pública para selecionar uma
entidade do terceiro setor, qualificada como Oscip pelo Ministério da Justiça, com esse tipo de
perfil de atuação.
A Associação Andiroba, única entidade no Acre a atuar com microfinanças, venceu a licitação e
iniciou a operacionalização do “Projeto Semente”. No entanto, após dois anos de atuação e
realização de mais de 800 operações de microcrédito, a entidade encontrou limitações para
ampliação do programa e atendimento da demanda existente. Uma limitação singular foi que
nossos estudos demonstraram que o cliente, após análise de sua condição social e econômica,
realizada pela equipe de Agentes de Crédito, recebe o recurso para investir em seu próprio negócio
– geralmente pequenos valores que variam entre R$ 120,00 a R$ 1000,00 preocupa-se
sobremaneira em honrar o compromisso assumido com o pagamento, mas não se atém com o
mesmo empenho na viabilidade do negócio. O resultado é uma inadimplência zero (para se ter uma
ideia o índice nacional de inadimplência para microcrédito é de 5%), e uma taxa de sobrevivência
dos negócios inferior a 10% das operações. O ciclo de vida médio dos empreendimentos limita-se
ao período de vigência da operação de crédito.
A constatação devidamente testada e comprovada nos levantamentos realizados pela entidade é que
o tomador de empréstimo, por um conjunto variado de razões sendo, provavelmente, a mais
importante a formação educacional, não possui compreensão exata do sistema de crédito e, por sua
vez, é desqualificado para manuseá-lo de maneira adequada. Além disso, a postura empreendedora
é inversamente proporcional à capacidade de administrar o negócio. Na grande maioria das vezes o
tomador de crédito com maior nível de empreendedorismo, aquele que mais vislumbra e busca a
ampliação do seu negócio, que mais arrisca e que mais trabalha, é o que possui menos capacidade
de gerenciamento.
Uma segunda limitação igualmente singular é a rigidez da carteira de microcrédito oferecida. Com
todas as possibilidades produtivas inseridas no universo urbano, um público grandioso envolvido
com atividades de manejo florestal não tem acesso aos financiamentos. O extrativista florestal, que
tem na floresta sua maior ocupação é, sem medo de errar, o maior, em termos numéricos, setor
produtivo do Acre e da Amazônia. No caso acreano estima-se que 350 mil pessoas possuam algum
tipo de dependência com a produção florestal. Um público que não pode, em hipótese alguma, ser
desprezado no sistema de microcrédito. Evidente que essa limitação possui maior grau de
complexidade. Trata-se da necessidade em se delinear uma carteira de crédito voltada
exclusivamente aos interesses do “manejador florestal”, aquele seringueiro que quer ampliar sua
produção florestal de acordo com a potencialidade daquele ecossistema.
Se não há lacunas técnicas que permitem o desenho de um programa de microcrédito para apoiar a
safra de produtos tradicionais como, por exemplo, borracha e castanha-do-brasil, cujos coeficientes
técnicos são de amplo domínio, o mesmo não se pode afirmar das mais de 50 alternativas
produtivas existentes como, por exemplo, as frutas tropicais (abacaba, pataua, murmuru, buriti), as
resinas e óleos vegetais (copaíba, andiroba, tucumã, pupunha), as sementes (cedro, mogno, jatobá,
ipê, sumaúma) e assim por diante. Sem esquecer de mencionar os serviços como os de purificação
do ar (sequestro de carbono) e os de qualidade e quantidade de água.
Na verdade, a incorporação do produtor extrativista ao sistema de microcrédito é uma via de mão
dupla. Da mesma forma que para o sistema de microcrédito o atendimento da demanda do produtor
florestal é condição de sustentabilidade, para o produtor florestal, o acesso ao microcrédito também
é condição de sustentabilidade de sua atividade. O microcrédito porque a conquista de uma escala
de operações, calculado em uma carteira ativa superior a cinco milhões de reais, que lhe forneça
sustentabilidade operacional, somente será alcançada com a incorporação desse tomador de
empréstimo que é maioria na Região. Por seu turno, o produtor florestal, em função de suas
peculiaridades sociais e econômicas, com suas unidades de produção dispersas no interior da
floresta em endereços desconhecidos para o serviço postal, possui uma resistência histórica à
obtenção de documentos vários. Até uma simples certidão de nascimento obriga o produtor a
deslocamentos longos até a cidade e depois até os cartórios, locais onde o extrativista geralmente se
sente intimidado em frequentar. No final das contas esse produtor não consegue acessar o crédito
oficial porque não pode oferecer garantias e não possui documentos.
Desta feita, o microcrédito, cuja principal característica é justamente a facilidade de acesso, surge
como opção preferencial e às vezes única para o produtor florestal. Uma conjunção de interesses
faz com que um casamento perfeito ocorra, onde de um lado o produtor encontra uma fonte
acessível de recursos financeiros para apoiar sua atividade produtiva, e de outro, o sistema de
microcrédito diversifica sua carteira de crédito para atender ao maior setor produtivo da região e
atinge, assim, sua escala apropriada e sustentabilidade.
É nesse contexto que se insere a presente proposta. Para aumentar o ciclo de vida dos
empreendimentos, o projeto irá desencadear um amplo processo de qualificação dos tomadores de
crédito em gerenciamento, empreendedorismo e manuseio de crédito. Da mesma forma, para
diversificar a carteira de crédito e envolver os manejadores florestais, o projeto irá definir
coeficientes técnicos, prazos de carência, limites de financiamento, parcelamento e assim por diante
para todos os produtos e serviços que o ecossistema florestal pode ofertar.
Por fim, o projeto se propõe, ao final de 24 meses, a qualificar 3.000 empreendedores, conceber e
definir novas linhas de financiamento destinadas ao produtor florestal, prontas para captação de
recursos financeiros e formação de carteira de crédito ativa.
Sem dúvida um trabalho pioneiro e único no Acre, na Amazônia e possivelmente no Brasil, onde
um “trabalho de formiga”, realizado passo a passo com muito esmero, fruto de uma ação conjunta
do Estado do Acre e da sociedade civil, tem mudado a história de muitas famílias que antes
sobreviviam em condições de exclusão, e que hoje têm oportunidade de almejar novos horizontes a
partir de seu próprio esforço.
Principais objetivos: Possibilitar ascensão social com geração de emprego e renda no Acre, por
intermédio da oferta de microcrédito para comunidades de baixa renda, localizadas em áreas
urbanas e florestais.
Local de execução: Estado do Acre.
Instituição: Associação Andiroba
Telefone: 68.9204-1500
Fax: 68.3244-1534
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Silvestre Coelho, 348, Bosque
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69909360
Detecção molecular de fungos filamentosos produtores de aflatoxinas em castanha-do-brasil
Edna Maria Morais Oliveira
Descrição resumida da proposta do projeto: A castanha-do-brasil é um produto oriundo das
áreas mais úmidas da Região Amazônica, sendo suscetível à contaminação por fungos
cosmopolitas, como Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, que são produtores de aflatoxinas.
A produção da castanha-do-brasil é uma atividade com impactos socioeconômico e ambiental
fundamentais para a Região Amazônica, no que tange o sustento de famílias de baixa renda. A
atividade exclusivamente extrativista para a obtenção da castanha-do-brasil contribui ainda mais
para que ocorra a contaminação por aflatoxinas em função do tempo de coleta, manuseio,
transporte e armazenamento. As aflatoxinas apresentam efeitos agudos e crônicos em animais e
humanos.
A cultura da castanha assume uma grande importância em função da geração de divisas para o
Brasil com as exportações para a União Europeia e os Estados Unidos. Atualmente, as exportações
estão seriamente comprometidas, pois a produção brasileira de castanha tem sido afetada por
crescente contaminação por aflatoxinas. Dentro desse contexto existe a necessidade de desenvolver
metodologias mais sensíveis e específicas para a detecção e quantificação de aflatoxinas, para que
os produtos exportados possam atenderás exigências internacionais, cujos limites máximos de
presença de aflatoxinas, estabelecidos pelo regulamento 2001/466/CE, são de 4 ppb (sendo 2 ppb
para a aflatoxina B1). A introdução de métodos moleculares para a detecção e quantificação de
fungos aflatoxígenos, e a verificação da existência de correlação entre a biomassa fúngica e os
níveis de aflatoxinas presentes nos frutos podem direcionar novas estratégias de controle, que
poderão ser desenvolvidas para minimizar ou eliminar a contaminação por aflatoxinas.
Principais objetivos: Isolar e identificar os fungos filamentosos produtores de aflatoxinas em
castanha-do-brasil; desenvolver método para diagnosticar a presença de fungos filamentosos
produtores de aflatoxinas em castanha-do-brasil utilizando PCR; quantificar a biomassa fúngica
potencialmente produtora de aflatoxinas em castanha-do-brasil, pelo PCR em tempo real; verificar
a existência de correlação entre a biomassa quantificada de fungos filamentosos e os níveis de
aflatoxinas em castanha-do-brasil.
Local de execução: Embrapa Agroindústria de Alimentos.
Instituição: Embrapa Agroindústria de Alimentos
Telefone: 21.2410-9644
Fax: 21.2410-1090
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. das Américas 29.501, Guaratiba
Rio de Janeiro-RJ, Brasil
CEP: 23020470
Projeto demonstrativo de produção de óleo de dendê por pequenos produtores familiares em
projetos de assentamento, para uso como biodiesel em região de fronteira
Edson Barcelos
Descrição resumida da proposta do projeto: Implantação de Projeto Demonstrativo com a
cultura do dendezeiro, com efetiva participação de 100 famílias de pequenos agricultores, em área
de floresta alterada na região de fronteira entre o Brasil, Colômbia e Peru, visando à validação da
dendeicultura como atividade âncora na geração de ocupação e renda, para a pequena propriedade
rural, voltada para a produção de óleo vegetal, para uso como insumo energético/biodiesel, a ser
utilizado em comunidades isoladas da Amazônia.
Principais objetivos: Uso da dendeicultura como atividade âncora em Projeto Demonstrativo em
assentamento envolvendo 100 famílias de pequenos agricultores; geração de informações sócioeconômicas sobre a população envolvida, coletadas e analisadas no ponto zero do projeto e em
diversos momentos de sua execução; obtenção de Coeficientes Técnicos e custos reais de
implantação da cultura do dendezeiro nas condições locais; identificação de impedimentos e
limitações físicas e biológicas para o desenvolvimento da cultura; geração de ocupação e renda
sustentáveis e em níveis dignos para a população envolvida no projeto, por um período de mais de
25 anos; treinamento e capacitação dos produtores envolvidos, sobre a cultura de dendezeiro e
sobre outras atividades produtivas, viáveis na região; avaliação da viabilidade técnico, econômica,
social
e
ecológica
da
dendeicultura
como
atividade
âncora
em
projetos
de
colonização/assentamento na Região Amazônica; divulgação junto à sociedade em geral e
autoridades locais, estaduais, regionais e nacionais, sobre a viabilidade técnica, econômica,
ambiental e social da dendeicultura como atividade sustentável capaz de gerar riqueza e bem-estar
social para a população da Amazônia, além de contribuir para a preservação do meio ambiente, por
substituir a exploração predatória das florestas, a agricultura itinerante e reduzir a pressão sobre os
recursos naturais.
Local de execução: Ao longo do eixo da Rodovia BR 230 entre os Municípios de Benjamin
Constant e Atalaia do Norte do Estado do Amazonas, região das fronteiras do Brasil, Colômbia e
Peru.
Instituição: Embrapa / Governo do Estado do Amazonas
Telefone: 9236132830
Fax: 926134251
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Ramos Ferreira, 199 – Ed Rio Negro Apto 1603
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69010120
Agris – Gestão Agrícola e do Agronegócio
Einstein Lemos de Aguiar
Descrição resumida da proposta do projeto: Sistema de informações para controle e gestão da
atividade agrícola, integrando fatores da agricultura de precisão com gestão de custos e custeios,
determinação e cumprimento de metas, controle de atividades e de resultados produtivos, controle
de patrimônio, recursos humanos, e demais funcionalidades necessárias, para resultar em uma fonte
de informações sólida para tomada de decisões operacionais, gerenciais e estratégicas, com o uso
de alta tecnologia da informação e geoinformação.
Principais objetivos: Ser referência nacional e internacional em tecnologia da informação para
gestão de propriedades agrícolas, tornando-as mais modernas, eficientes e ambientalmente
adequadas, com o controle do planejamento, execução e resultados das atividades, sem deixar de
lado os aspectos da gestão da empresa como controle do patrimônio, resultados produtivos,
finanças e questões econômicas, ambientais, recursos humanos, contabilidade e obrigações fiscais.
Este projeto poderá criar uma melhoria geral na produtividade e na eficiência das propriedades
agrícolas, provocando um aproveitamento maior das áreas produtivas, contendo, assim, o aumento
das fronteiras agrícolas. O sistema de informações proposto neste projeto agregará valores
diferenciados àqueles que o disponha em seus processos produtivos e organizacionais.
Local de execução: Propriedades agrícolas de Mato Grosso.
Instituição: Icase Tecnologia da Informação Ltda.
Telefone: 65.3025-1708
Fax: 65.3025-1708
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Jose Rodrigues do Prado, 312A – Santa Rosa
Cuiabá-MT, Brasil
CEP: 78040000
Açaí da Amazônia
Francirene do Socorro Macedo Leão
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto Açaí da Amazônia propõe-se a
desenvolver uma experiência-piloto no Município do Laranjal do Jarí, e tem como objetivo a
implementação de processos adequados para promover, de forma coletiva e sustentável, as
atividades de extrativismo e beneficiamento do açaí no município, visando a aumentar as
oportunidades de emprego e renda em regiões tipicamente amazônicas.
Principais objetivos: Desenvolver o potencial coletivo e organizacional da associação,
considerando a característica participativa do projeto; instituir um trabalho de Boas Práticas
Agrícolas nas áreas de abrangência do projeto, para viabilizar a incorporação de procedimentos e
técnicas quanto ao uso e manejo das reservas naturais de açaí; instituir um padrão e controle de
qualidade da produção de polpa e das batedeiras de açaí atendidas pelo projeto; elevar a capacidade
técnica e gerencial dos produtores para aumentarem sua renda familiar; criar uma marca comum
para os produtos desenvolvidos pelos beneficiários do projeto; estimular novos canais de
escoamento da produção, praticando um preço justo e viável; elevar as ocupações relacionadas às
atividades produtivas desenvolvidas pela Ateaepa.
Local de execução: Laranjal do Jarí-AP.
Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo – Sete
Telefone: 96.3212-4136
Fax: 96.321-2403
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Leopoldo Machado, 355 – Trem
Macapá-AP, Brasil
CEP: 68908000
O valor de “não uso”: possibilidade econômica para a Amazônia
Francisco de Assis Matos de Abreu
Descrição resumida da proposta do projeto: Este projeto apresenta uma forma de olhar e ver o
desenvolvimento econômico da Amazônia de maneira nova e diferente, considerando suas
peculiaridades e a enorme importância estratégica que a mesma tem para todo o planeta. Ela está
pautada na ideia e no desenvolvimento de uma teoria do “não uso” para valoração ou precificação
de seus bens naturais, em especial de suas águas, no contexto do ciclo hidrológico como um todo.
Este está agregado, de forma indissociável, à floresta e aos demais ecossistemas da Região e a
consequente utilização desse “valor ou preço de não uso” como “moeda”, “crédito” ou
“compensação” para o benefício dos amazônidas, dos brasileiros e, enfim, de forma direta ou
indireta, de todos os habitantes da Terra.
Principais objetivos: Quantificar, de maneira consistente e fundamentada, a quantidade da matéria
água existente na bacia do Rio Amazonas, inclusive as reservas estratégicas (subterrâneas);
estabelecer, de forma esquemática, o ciclo das águas na bacia; identificar os métodos de medição
de valor de bens ambientais e a aplicação dos mesmos nos recursos naturais da Amazônia, em
especial às águas; propor mecanismos de captação de recursos advindos do “não uso” das águas da
bacia como “moeda”, “crédito” ou “compensação” para o benefício dos amazônidas, dos brasileiros
e, enfim, de forma direta ou indireta, de todos os habitantes da Terra.
Local de execução: Universidade Federal do Pará – UFPA, Belém.
Instituição: Universidade Federal do Pará – UFPA
Telefone: 91.3183-1619
Fax: 91.3224-8149
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Augusto Corrêa, n.° 01, Campus Universitário do Guamá
Belém-PA, Brasil
CEP: 66075110
Estudo do aproveitamento econômico de resíduos madeireiros do Estado do Amazonas
Francisco Raimundo da Silva
Descrição resumida da proposta do projeto: Este trabalho tem como finalidade estudar a
utilização de resíduos madeireiros no Estado do Amazonas, contando com o levantamento de um
sistema de informações estatísticas relacionado à utilização desses resíduos, como matéria-prima
para a fabricação de móveis e artefatos de madeira, agregando valor econômico aos mesmos,
gerando alternativa de oportunidades de trabalho e renda.
Principais objetivos: Estudar a utilização dos resíduos madeireiros nos Municípios amazonenses
de Presidente Figueiredo, Itacoatiara e Fonte Boa, como matéria-prima para a fabricação de móveis
e artefatos de madeira, agregando valor econômico aos mesmos, gerando alternativa de
oportunidade de trabalho e renda para a população tradicional do Amazonas; levantar os métodos
de aproveitamento de resíduos madeireiros adotados no Brasil e/ou no exterior por meio de
bibliografia relacionada; quantificar o volume de resíduos madeireiros gerados e sua destinação nos
Municípios de Fonte Boa, Itacoatiara e Presidente Figueiredo do Estado do Amazonas; avaliar se as
formas de utilização adotadas nos municípios estudados estão de acordo com os modelos mais
eficientes; levantar os custos para implantação de uma marcenaria/escola para treinamento de
pessoal e produção de artefatos de madeira no Estado do Amazonas, com a utilização de design,
tendo como matéria-prima resíduos madeireiros; apresentar propostas às populações urbana e
interiorana para uma utilização econômica dos resíduos madeireiros, em condições de competir nos
mercados local, nacional e internacional.
Local de execução: Municípios do Estado do Amazonas.
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação e Tecnológica – Fucapi
Telefone: 9236143050
Fax: 9236132688
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Gov. Danilo Areosa, 381 – Distrito Industrial
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Estudo de secagem da madeira de três espécies florestais em secador à base de resíduos
industriais na região de Santarém-PA
Gisele do Socorro dos Santos Pompeu
Descrição resumida da proposta do projeto: Os estudos sobre tecnologia da madeira vêm se
tornando cada vez mais importantes no que diz respeito à produção de produtos de melhor
qualidade e, consequentemente, com maior aceitação no mercado consumidor. Dentre esses
processos tecnológicos, destaca-se a secagem da madeira, onde nos últimos anos tem-se procurado
gerar trabalhos que contribuam para o aprimoramento de técnicas que venham suprir a enorme
carência existente. O número de produções a esse respeito ainda é pequeno no Brasil,
principalmente na Região Norte, prejudicando o melhor aproveitamento do expressivo volume de
madeira nessa região.
Em virtude do pouco conhecimento sobre a secagem de madeiras da Região Amazônica, os
produtos obtidos após a secagem ainda apresentam qualidade inferior quando comparados às
demais madeiras já muito estudadas, tais como pinus e eucaliptus. A ausência de trabalhos nesse
sentido tem proporcionado baixo aproveitamento dessas madeiras, além de provocar desperdício
em função do grande número de defeitos ocasionados por uma secagem deficiente.
No processamento primário da madeira, a secagem é considerada uma das fases mais importantes.
A secagem em estufa permite a redução do teor de umidade mais rapidamente do que na secagem
natural e, quando bem conduzida, diminui os defeitos que desvalorizam o produto. Secadores à
queima de resíduos têm se mostrado bastante eficiente para conduzir todo o processo, além de
fornecerem uso adequado aos resíduos das indústrias.
A ampliação de tecnologias nesse sentido vem se tornando cada vez mais necessária, visando a
contribuir para o aumento da produtividade industrial aliado à sustentabilidade da floresta, haja
vista que haverá diminuição do desperdício de madeira por meio de uma secagem mais adequada e
a diminuição dos resíduos provenientes da atividade industrial madeireira. Assim, é de fundamental
importância o desenvolvimento de trabalhos nos mais variados seguimentos da tecnologia dos
produtos florestais, tendo a função não somente de criar inovações tecnológicas para o aumento da
produção, mas também de contribuir para o desenvolvimento sustentável da Região e da matériaprima de que depende. Vários são os métodos conhecidos para promover a secagem da madeira e a
maioria, a exemplo de outros processos tecnológicos, teve grandes avanços nos períodos
correspondentes ao advento das duas Grandes Guerras. Este estudo será realizado na indústria
Minhoto Madeira LTDA., situada na Travessa Couto Magalhães, Bairro Aeroporto Velho no
Município de Santarém-PA.
O secador destinado a este estudo funciona à queima de resíduo e foi adaptado do modelo industrial
Sutec, com capacidade máxima para 30 metros cúbicos de madeira. Será feita uma amostragem no
pátio industrial da empresa para a coleta de amostras. O controle da secagem será realizado a partir
de pesagens periódicas das amostras testemunhas de acordo com a metodologia proposta por
Martins & Oliveira. Essas amostras serão distribuídas de forma sistemática em posições
estratégicas no interior das pilhas de secagem. Assim, haverá três níveis de temperatura máxima de
secagem os quais podem ser considerados: Nível 1 (70-80°C); Nível 2 (60-70°C) e Nível 3 (5060°C).
Este estudo obedecerá a um delineamento inteiramente casualizado, no qual se pretende obter ao
final madeira seca em um menor período de tempo e com a menor incidência de defeitos. Para cada
um dos tratamentos (nível de temperatura de secagem) serão realizadas três repetições num total de
nove parcelas. O volume de madeira em cada uma das repetições será de 30 metros cúbicos no caso
da tatajuba e da garapa, e de 15 metros cúbicos para o tauari.
Tendo em vista que este estudo será realizado em um secador industrial, para os propósitos do
mesmo os resultados alcançados estarão assim mais próximos da realidade industrial. Serão
realizados estudos anatômicos e das propriedades físicas da madeira. Espera-se, portanto, descrever
as propriedades anatômica e física da madeira, obter produto com o mínimo de defeitos e obter um
programa específico de secagem para cada espécie, bem como diminuir o acúmulo de resíduos nas
indústrias do município de Santarém-PA.
Principais objetivos: Dentro desse contexto, este estudo tem como objetivo, estabelecer programas
de secagem em secadores à queima de resíduos, para três espécies florestais da Região Amazônica:
Bagassa guianensis Aubl (Moraceae) vulgarmente denominada Tatajuba, Apuleia praecox
C.Martius (Leguminosaea) ou Garapa e o Couratari oblongifolia Ducket R.Knuth (Lecythidaceae)
denominado vulgarmente Tauari. Pretende-se também realizar estudos de anatomia e das
propriedades físicas da madeira; avaliar a qualidade do produto final; viabilizar o uso de resíduos
proveniente do parque industrial madeireira de Santarém; testar programas específicos de secagem
para três espécies mais relevantes do parque industrial de Santarém-PA.
Local de execução: Município de Santarém-Pará.
Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia
Telefone: 91.3227-4995
E-mail: [email protected]
Endereço: Travessa dos Andradas n° 331, Bairro Icoaraci.
Belém-PA, Brasil
CEP: 66810060
Mel de abelhas nativas da área indígena Sateré-Mawé: estudo prospectivo para otimização do
produto visando a atender às exigências do mercado interno e externo
Helyde Albuquerque Marinho
Descrição resumida da proposta do projeto: Trata-se de um projeto que tem como objetivo
central contribuir para o bem-estar social e econômico da tribo Sateré-Mawé, gerando e
transferindo para os índios tecnologias de manejo na conservação do mel de abelhas Scaptotrigona
e Melipona nativas da Amazônia, que garantam a competitividade e a qualidade dos produtos
oferecidos no mercado e para o autoconsumo de acordo com a peculiaridade da área, considerando
que um dos principais problemas que interfere na vida de prateleira do mel está vinculado à
deterioração pela fermentação, que representa perda econômica significativa. O sucesso do projeto
beneficiará diretamente a comunidade Sateré-Mawé de Barreirinha, com o aumento da renda,
geração de trabalho e melhoria das condições de vida, e indiretamente as demais comunidades
indígenas que, no futuro, poderão adotar essa atividade.
Principais objetivos: Avaliar e caracterizar a qualidade dos méis de abelha sem ferrão dos
produtores Sateré-Mawé, sob os aspectos relativos ao nível de umidade dos méis e aos riscos de
fermentação; conhecimento e evolução do nível de umidade em potes fechados; desumidificação
dos méis e relação com o tempo antes da fermentação. Considerando a importância do mel e a
limitada existência de pesquisas voltadas à durabilidade e à manutenção de sua qualidade original,
amostras oriundas das comunidades Sateré-Mawé serão estudas, sob o ponto de vista
microbiológico, microscópico e físico-químico e quanto à determinação do espectro polínico e teor
de umidade, tendo em vista também o estabelecimento da provável vida-de-prateleira desse produto
apícola.
Local de execução: Área indígena Sateré-Mawé no Município de Barreirinha.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Telefone: 92.3643-3059
Fax: 92.3643-3061
E-mail: [email protected]
Endereço: AV. André Araújo 2936
Manaus-AM, Brasil
CEP:6908000
Aproveitamento dos frutos de munguba {Pseudobombax munguba) para produção de fibras
perfumadas com aromas amazônicos na confecção de travesseiros, bonecas e outros, nas
proximidades de Manaus
Íris Cleide Almeida Revilla
Descrição resumida da proposta do projeto. O projeto visa à utilização da fibra de munguba
Pseudobombax munguba, espécie amplamente distribuída nas várzeas alagadas por rios de água
barrenta. Essa espécie faz parte importante na paisagem da várzea, mas seu papel principal é a
produção de sementes para a alimentação dos peixes. A fibra é dispersa pelo vento para longas
distâncias não sendo aproveitada. Antes do aparecimento das fibras sintéticas, a fibra de munguba
era utilizada na elaboração de colchões, travesseiros, bonecas, almofadas de carro e outros. Essa
fibra tem uma estimativa de vida de 20 anos, não ocasiona alergias, não retém umidade e não forma
bolas como o algodão.
Este projeto trata em resgatar a cultura popular usando novas técnicas e processos atrelados à
sustentabilidade e à regularidade dessa fibra. No trabalho serão apresentadas informações
silviculturais, estimativas de produção, preços de mercados, inserindo a possibilidade de maior
valor agregado quando utilizado nesses perfumes diversos com aromas amazônicos. Também será
elaborada uma cartilha ilustrativa relatando a produção da munguba desde o conhecimento da
planta até os compradores potenciais.
Principais objetivos: Coletar fibras para enchimento de artigos como travesseiros, bonecas
almofadas e outros, a partir dos frutos de munguba; mapear as árvores de munguba ao longo da
área em trabalho; coletar os frutos para retirar as fibras para o enchimento dos artigos elaborados;
produzir material didático explicativo para disseminação do conhecimento, por meio de cartilhas e
outros. Capacitar os comunitários para o manejo da espécie e do produto.
Local de execução: Comunidade do Catalão e Xiborena no Município de Iranduba próximo a
Manaus, Amazonas.
Instituição: ICA Revilla ME
Telefone: 92.3234-7614
Fax: 92.3234-7614
E-mail: [email protected]; [email protected]
Endereço: Av. Castelo Branco, n.° 1.071 B Cachoeirinha.
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69065011
Curtimento de pele de peixe de água doce para fins de beneficiamento
Izabel da Silva Valente
Descrição resumida da proposta do projeto: Muito tem se discutido sobre a economia do Estado
do Amazonas e sua excessiva dependência da Zona Franca de Manaus. Não será possível perpetuar
o modelo da Zona Franca de Manaus, ou mesmo manter suas vantagens comparativas com outras
regiões do País, uma vez que esse modelo foi elaborado com base em incentivos fiscais,
principalmente federais, e na política econômica vigente na época no País, de substituição de
importações. Com a globalização da economia, por meio da abertura econômica, e com a reforma
fiscal/tributária, o modelo da Zona Franca de Manaus reduzirá, indubitavelmente, sua importância
para o Estado. É necessário buscar alternativas econômicas urgentes que reduzam a dependência
excessiva do Estado do modelo da Zona Franca de Manaus. Essas alternativas devem contemplar
atividades autossustentáveis, que aproveitem o potencial dos recursos naturais da Região, sejam
economicamente viáveis, e ecologicamente adequadas.
Este projeto ambiciona demonstrar que o curtimento da pele de peixes da região para
beneficiamento é sim mais uma alternativa de desenvolvimento regional e pode ser ecologicamente
correta, o que contribuirá para o crescimento econômico do Estado e bem-estar da população, por
meio do aproveitamento do enorme potencial pesqueiro do Estado. Alguns estudos têm-se
desenvolvido sobre o Beneficiamento da Pele de Peixe. A Suframa em Julho/04 realizou um
Workshop, no qual o objetivo era estimular a discussão sobre esse importante segmento da cadeia
produtiva pesqueira. O encontrou reuniu, além de acadêmicos e Empresários, profissionais que
atuam direta ou indiretamente nessa atividade. Os principais pontos abordados foram: o atual
estado da arte na região, barreiras ao processo de desenvolvimento dessa atividade, experiências de
sucesso local e em outros Estados. Conforme material cedido pela Suframa, a ideia da realização do
Workshop para tratar da questão do “Beneficiamento e Processamento Industrial da Pele do Peixe”
teria nascido da necessidade de se conhecer, com maior riqueza os dados e informações, o estado
da arte dessa atividade no âmbito local, regional e nacional.
Um case de sucesso do beneficiamento da pele de peixe é o de Corumbá, Mato Grosso do Sul, onde
mulheres de pescadores se organizaram para ter uma alternativa de renda e fundaram o “Amor
Peixe”, que é uma associação onde são produzidos artesanatos com o couro de peixe. O que antes
era jogado fora, hoje é aproveitado e transformado em várias peças como agendas, porta moedas,
bolsas, etc. Conforme citado na reportagem no sítio www.riosvivos.org.br, para os integrantes da
associação, esta é uma oportunidade de buscar uma vida melhor: “Queremos ter nosso próprio
dinheiro”, diz Márcio da Cunha, 26 anos e desempregado. Márcio é o único homem que faz parte
da associação e acredita que esta é uma alternativa para sua vida, já que está difícil arrumar
emprego em Corumbá. Vale ressaltar que essa associação recebe apoio da WWF-Brasil, Embrapa
Pantanal, Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, Instituto de Meio Ambiente Pantanal –
IMAP, Fundação de Cultura, Senai e Sebrae.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Averiguar os estudos, custos e técnicas existentes
sobre o curtimento e beneficiamento da pele de peixe na nossa região, e até que ponto essa
atividade é uma alternativa para o desenvolvimento regional, dentro do aspecto econômico e
ecológico. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Identificar as técnicas e etapas básicas do processo de
beneficiamento de pele de peixes de nossa região; levantar os custos total das etapas básicas do
beneficiamento de pele de peixes de nossa região; identificar os principais fornecedores potenciais
de peles de peixes in natura de nossa região; levantar os mercados consumidores existentes e
potenciais, tanto internos quanto externos, que venham demandar os produtos a serem ofertados;
levantar as fontes de investimentos e incentivos fiscais para a atividade; identificar o impacto
ambiental da atividade; desenvolver interesse dos empresários que já atuam na atividade pesqueira;
estimular o Governo a fundarem cooperativas de pescadores, incentivando inicialmente o
curtimento artesanal para aproveitamento dos resíduos do peixe, em especial a “pele”.
Local de execução: Manaus-AM.
Projeto Acadêmico. Não está vinculado a nenhuma Instituição.
Telefone: 92.3644-7824
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua B, No. 134 – Loteam. Carijó (Ouro Verde) Bairro: Coroado III
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69082000
Aproveitamento de palmeiras e cascas de espécies arbóreas para confecção de móveis
Jadir de Souza Rocha
Descrição resumida da proposta do projeto: As investigações sobre palmeiras na Amazônia
revelam a existência de aproximadamente 180 espécies distribuídas em 39 gêneros. Desse total,
estima-se que 70% apresentam elevado potencial econômico, ecológico, ornamental, alimentar e
medicinal. A extração de material lenhoso das palmeiras, objetivando a obtenção de produtos
alternativos aos das espécies arbóreas, a baixo custo, em pequenos períodos de tempo e sem alterar
o ecossistema, constitui-se uma nova fonte de estudos para os especialistas que desenvolvem
pesquisas nas áreas de produtos florestais e de tecnologia da madeira. Por meio dos estudos
desenvolvidos pelo Inpa, o Brasil alcança a segunda colocação mundial como produtor de palmito
da pupunha e também dos frutos, dos quais têm sido elaborado vários produtos alimentícios.
Recentemente, visando ao aproveitamento integral da referida espécie, estudaram-se algumas
características e propriedades tecnológicas do estipe (tronco) da pupunha com o objetivo de utilizar
essa matéria prima na confecção de pequenos objetos, móveis e instrumentos musicais, cujos
resultados obtidos são de grande relevância, Rocha & Bessa (2000), Rocha et al. (2002), Rocha et
al. (2002). A utilização dos pecíolos do buriti e do inajá justifica-se na facilidade de sua renovação,
tanto nas plantas adultas como em plantas jovens a partir de 36 meses, que já produzem pecíolos
com satisfatória quantidade volumétrica de tecido lenhoso para produção de painéis. Pela primeira
vez serão realizados estudos com o pecíolo do inajá e com cascas de espécies arbóreas. O volume
dessa matéria-prima é altíssimo, haja vista na Amazônia existirem cerca de 4000 espécies contendo
cascas de diferentes cores, espessuras, texturas e figuras decorativas, cujo aproveitamento será a
partir de árvores mortas, árvores abatidas em áreas de assentamentos, de chácaras, sítios e ainda de
toras nas indústrias de base florestal. Diante do acima exposto, essa proposta tem por objetivo
principal desenvolver estudos de caracterização tecnológica em palmeiras e cascas de espécies
arbóreas, processos de conversão mecânica e de acabamento superficial visando à utilização desses
novos materiais na confecção de móveis.
Principais objetivos: Desenvolver estudos tecnológicos e processos visando ao aproveitamento do
estipe da pupunha, dos pecíolos do buriti e inajá, e de cascas de espécies arbóreas na confecção de
móveis; contribuir para a redução do consumo de espécies arbóreas originárias de florestas nativas
na indústria moveleira; aumentar o elenco de alternativas de materiais de origem vegetal que
possuem características e propriedades tecnológicas satisfatórias para confecção de móveis, cujo
aproveitamento esteja fundamentado nos padrões da sustentabilidade.
Local de execução: Coordenação de Pesquisa em Produtos Florestais – CPPF, do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – INPA
Telefone: 92.3643-3069
Fax: 92.3643-3078
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida André Araújo, 2936. Petrópolis
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69083000
Percepções do Amapá: capacitação de monitores ambientais na bacia do Rio Maracá
Jadson Luís Rebelo Porto
Descrição resumida da proposta do projeto: O desenvolvimento sustentável vem respeitando a
diretriz de se considerar a participação local na resolução dos problemas, seguindo-se uma
tendência universalizada internacionalmente. Na Lei 9.985 (SNUC), o artigo segundo suscita a
sustentabilidade, definindo o “uso sustentável” como a “exploração do ambiente de maneira a
garantir a perenidade dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a
biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente
viável”. Também define que na conservação da natureza, a utilização pelo uso humano deve seguir
os preceitos de sustentabilidade.
Ao mesmo tempo em que essas extensões protegidas garantem a manutenção da biodiversidade,
representam para as comunidades residentes em seu entorno um fator restritivo de
desenvolvimento, em função das diversas limitações impostas pela condição de Áreas de Proteção
Integral. Em geral, trata-se de comunidades pequenas, cuja economia é baseada na agricultura de
subsistência e pequenas criações e com pequeno incremento do comércio local. É preciso criar
possibilidades de sobrevivência/desenvolvimento para essas comunidades, adequando-as com as
ações de conservação e, para tal, o ecoturismo apresenta-se como a “alternativa que é capaz de
conciliar a conservação do patrimônio natural e cultural com o uso, dito, racional” (RODRIGUES,
1996).
Hoje a Região Amazônica é procurada cada vez mais para turismo e lazer acarretando, muitas
vezes, carga excessiva sobre certos atrativos, trilhas e, principalmente, degradação, uma vez que a
educação ambiental é fato recente e pouco disseminado. A cultura do uso do meio como produto de
consumo precisa ser suplantada por uma atitude reflexiva que oriente novos valores (CASCINO,
1999), o que seguramente não vem sendo conseguido com a prática de acompanhamento ao
visitante que vemos hoje.
O projeto de capacitação em monitoria ambiental pretende promover a melhoria de vida da
população do interior amapaense que pode estimular o ecoturismo como alternativa econômica. O
turismo em áreas naturais traz à população a oportunidade de conhecer e ter contato com a
natureza, mas pode se tornar um fator de desagregação da cultura e costumes locais e gerador de
desequilíbrio do meio pela ação incorreta no uso e pela poluição das trilhas, caminhos, rios e
cachoeiras, fogo, como também a remoção de cobertura em áreas impróprias. Este projeto integra o
projeto interinstitucional intitulado “Percepções do Amapá”, cuja proposta visa a analisar os
diversos aspectos das dinâmicas das políticas públicas de cunho social, econômico e ambiental
amapaense, a partir do pressuposto de que o Amapá é um Estado em construção.
Ao contribuir para a investigação interdisciplinar, os estudos sobre percepção do meio ambiente
vêm estimular um intercâmbio de informações e uma discussão dos pontos levantados em projetos
direcionados às comunidades, propiciando a geração de novas percepções, interpretações e
conhecimentos sobre a paisagem vivida, podendo subsidiar programas relativos à gestão integrada
de recursos, em especial aqueles que são tomados como diretrizes políticas de conservação e
manejo ambiental, destinados à implantação de projetos que priorizem a valorização paisagística
em suas diferentes instâncias. Também, ao enquadrar-se no campo dos estudos de desenvolvimento
de comunidades, vem subsidiar, por meio do conhecimento de perfis das mesmas, a articulação de
políticas e projetos de planejamento socioambiental que atendam de maneira coerente aos objetivos
sociais, produtivos e ambientais dos grupos envolvidos no seu entorno, bem como na gênese das
dinâmicas e dos processos que conduzem à própria sustentabilidade.
Transformado em Estado pela Constituição de 1988, teve, na década de 1990, intensas
transformações políticas, econômicas e político-administrativas. Dentre elas, destaca-se a busca por
alternativas embasadas na preocupação da valorização do meio ambiente e das comunidades da
floresta, exigindo outra reflexão sobre o processo de desenvolvimento econômico local, estimulado
pelas normatizações de proteção à biodiversidade e no convívio com o processo econômico local.
O Estado do Amapá possui 58% de suas terras protegidas (unidades de conservação e terras
indígenas). Com isso, possui limitações de uso de seu espaço. Uma alternativa é explorar
racionalmente as belezas cênicas em atividades ecoturísticas, onde o homem amazônico, a sua
cultura, a sua história e seu conhecimento tradicional são valorizados. Está prevista a construção de
uma ponte binacional Brasil/França, cuja expectativa de crescimento demográfico no Estado será
elevada (atualmente o crescimento demográfico desde sua transformação em Estado é o maior do
Brasil, segundo o IBGE), como também aumentará a entrada de turistas franceses, advindo da
Guiana Francesa. Uma das potencialidades do Estado do Amapá é o turismo, notadamente o
ecoturismo.
Porém, nessas áreas, esse setor requer estudos aprofundados no que se refere aos seguintes
aspectos: capacidade de suporte de suas áreas turísticas já identificadas; impactos dessa atividade
sobre a população local; políticas públicas destinadas a esse setor da economia; análise dos índices
epidemiológicos do Estado, a exemplo dos casos de malária na área de estudo; e treinamento da
população local em monitorar o seu potencial ecoturístico. Dentro das atividades ecoturísticas,
podemos destacar a espeleologia, rafting, trilhas ecológicas, montanhismo, acampamentos. No caso
amapaense, têm sido descobertas várias áreas que podem ser utilizadas para o ecoturismo, com uma
população carente de estudos e infraestrutura capazes de estimular o aproveitamento da mão de
obra e das belezas cênicas do Estado. Dentre as potencialidades cênicas naturais amapaenses
destacamos rios encachoeirados (Jarí, Oiapoque, Araguari, Maracá), como também as recentes
descobertas de cavernas, com ocorrência de urnas funerárias indígenas que, além da necessidade de
identificação, catalogação e análises, precisam ser protegidas pela população local, a fim de
aproveitarem aquilo que a natureza oferece, bem como a sua história local, chegando a ser précolombiana.
O Grupo de Pesquisa Percepções do Amapá tem realizado estudos envolvendo três aspectos: o
geoeconômico, ao analisar as transformações econômicas e institucionais amapaense; o geológico,
ao estudar o seu potencial espeleológico; e o arqueológico, ao apoiar atividades que visam a
identificar novas alternativas de gestão do patrimônio histórico-arqueológico. Atuando na região da
bacia do Maracá há três anos, esse grupo de pesquisa já realizou levantamentos espeleológicos no
sul do Estado, com defesa de trabalhos no Congresso Brasileiro de Espeleologia (2003 e 2005) e
por duas vezes obtendo moções de apoio da Sociedade Brasileira de Espeleologia – SBE. Dos
trabalhos existentes sobre a área de estudo, destacam-se os estudos botânicos, geológicos e
hidrológicos do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – Iepa; os
levantamentos arqueológicos, realizados pelo Museu Paraense Emílio Goeldi e pelo Instituto
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan; os estudos antropológicos e socioeconômicos,
realizados pelo Núcleo de Altos estudos Amazônicos (Naea/UFPa); e, mais recentemente, pelo
Grupo de Pesquisa Percepções do Amapá. Na bacia do rio Maracá (Mazagão-AP), a atuação de
políticas públicas (seja na implantação de assentamento extrativista, seja na criação de uma reserva
extrativista no seu entorno) necessita de aprimoramentos e acompanhamentos capazes de estimular
as melhorias de condições de vida da população local, sendo que as imediatas atividades
econômicas a serem estimuladas são o extrativismo e o ecoturismo.
No primeiro caso, percebe-se a intensa exploração da castanha-do-brasil, óleo da andiroba, e
madeiras de lei no sul do Estado. No segundo, ressalte-se a ocorrência de cavernas e de sítios
arqueológicos na bacia (urnas funerárias e pinturas rupestres), os quais necessitam de estudos
apropriados antes de serem realizadas atividades turísticas capazes de depredar esse patrimônio
espéleo-arqueológico. Tem havido informações sobre o potencial turístico, espeleológico e
arqueológico do Estado do Amapá, porém esse Estado ainda requer de profissionais treinados para
analisar a capacidade de turismo dessa unidade federativa os impactos sociais dessa atividade na
comunidade imediatamente envolvida e uma política de fomento ao setor turismo. Nesse sentido,
este projeto se propõe a exercer uma série de atividades de treinamento na Escola Família do
Maracá, estimulando os alunos do ensino fundamental a pesquisarem sobre suas realidades e seu
potencial ecoturístico.
A Vila do Maracá foi instituída em 1992 no Município de Mazagão-AP e localiza-se no
Assentamento Extrativista Maracá II. Possui cerca de 800 habitantes de baixa renda, cuja atividade
econômica básica é o extrativismo (castanha-do-brasil, andiroba, madeira). A energia elétrica não
atinge a vila, há o consumo de energia por motor a diesel, que funciona quatro horas por dia
(somente há motor na Escola Família e no Restaurante). Localiza-se a 135 km de ao sul do
Município de Macapá, cujo acesso pode ser feito via hidroviária e rodoviária. A rodovia que acessa
essa Vila é a BR-156, que atravessa o Estado de Norte (Oiapoque) a Sul (Laranjal do Jarí). É
parada obrigatória de fluxo rodoviário por possuir o único restaurante em 270 km de rodovia (30
km asfaltado e 240 em chão batido) entre Macapá e Laranjal do Jarí, cuja viagem é feita em sete
horas no período seco (julho/dezembro) e 14 horas no chuvoso (janeiro/junho).
Nessa Vila há uma experiência de atividade educacional, chamada Escola Família. Esse modelo
educacional existe em mais cinco vilas no Estado do Amapá. Consiste em atividades pedagógicas
vinculadas à Rede das Escolas Família do Estado do Amapá, que concentram alunos e professores
de ensino básico e fundamental por 15 dias na escola, os quais ficam hospedados nas dependências
escolar, com aulas sobre a realidade locacional, com a programação de conteúdo estabelecida pelo
MEC, e com alimento aos discentes e docentes. A Escola Família de Maracá possui cerca de 150
alunos de ensino básico e fundamental que precisam ser estimulados a continuarem os seus estudos,
sem perder o vínculo com o lugar onde moram, como também a criarem alternativas de renda para
suas famílias.
Quando se enfoca o patrimônio espéleo-arqueológico, o problema se agrava, pois nesse Estado há
somente um arqueólogo um espeleólogo registrado pela SBE. Contudo, quando se observa o setor
turismo, há três faculdades privadas com curso de Bacharel em Turismo e um curso técnico na
capital do Estado, que atuam principalmente na capital e não no interior. Nesse sentido, para se
atender às necessidades do interior, almeja-se treinar a população local, que esteja inserida no
ensino fundamental, por conhecem as suas realidades e seus ambientes. Quanto à capacitação de
monitores, este vem se firmando como eficiente estratégia para conservação das áreas naturais,
viabilizando a inclusão dos moradores locais no mercado de trabalho do ecoturismo, valorizando a
história e a cultura regionais e fortalecendo a organização comunitária e a sua relação com o
ambiente. Assim, a capacitação da monitoria ambiental é fundamental para a criação de uma rede
solidária de serviços ecoturísticos, contribuindo para fortalecer as demais práticas de manejo
sustentável e projetos socioambientais nas regiões beneficiadas. Esse projeto vem atender parte da
demanda para aprimorar a formação desses Monitores Ambientais, para trabalharem nos
municípios e unidades de conservação das regiões escolhidas, reforçando o papel fundamental dos
cidadãos e entidades envolvidas na busca do desenvolvimento sustentável.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – O ecoturismo vem se apresentando como alternativa
para algumas áreas de preservação e para a inclusão das comunidades locais na passagem de uma
economia basicamente de subsistência para uma de mercado. Porém, essa alternativa acarreta uma
degeneração da cultura e pressão sobre as áreas protegidas, exigindo ações que venham garantir a
nova fonte de renda e um baixo impacto sobre a cultura, costumes. O número de visitantes em áreas
destinadas à preservação vem aumentando ano a ano, evidenciando a divulgação do patrimônio
natural e das possibilidades do turismo ecológico, mas fazendo surgir uma gama de fatores
impactantes sobre o meio e o espaço social. Muitas vezes os moradores são chamados, pela
necessidade econômica, a servirem como guias de ecoturismo, já que conhecem os locais usados
para essa prática sem, contudo, estarem cientes dos impactos causados e principalmente não
obtendo resultados de educação ambiental nas visitas.
Este projeto pretende capacitar moradores locais para atuarem como monitores ambientais,
ordenando as atividades de ecoturismo, atuando como educadores ambientais e criando novos
mercados de trabalho/fonte de rendimentos para essas comunidades, obtendo subsídios para futuras
ações em áreas distintas desta, reforçando o papel fundamental dos cidadãos e entidades envolvidas
na busca do desenvolvimento sustentável e sistematizar os procedimentos e técnicas para o manejo
turístico da área de estudo. Com essa capacitação em monitoria ambiental, buscam-se caminhos
para uma melhor elaboração de currículos, práticas pedagógicas, temáticas, tempo de mudança de
valores essenciais ao exercício da monitoria e conhecimentos a se adquirir no Estado do Amapá.
Assim, almeja-se, a realização de uma série de cursos básicos de Capacitação em Monitoria
Ambiental, voltados à recepção e condução de visitantes na Bacia do rio Maracá, Mazagão-AP,
visando à criação de roteiros ecoturísticos e do turismo cultural nessa área onde há ocorrências
espéleo-arqueológicas, possibilitando a geração de renda junto aos moradores locais, estimulando
as ações comunitárias, a educação ambiental e a pesquisa científica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Inventariar a oferta turística da bacia do rio Maracá, criando roteiros
ecoturísticos para a comunidade; levantar planos, programas, estudos e projetos existentes sobre o
setor do turismo no Estado do Amapá, particularmente na bacia do rio Maracá, a partir de
atividades de pesquisa bibliográfica; coleta de dados estatísticos; entrevistas com setores da
administração pública municipal e estadual; entrevistas com setores privados atuantes no turismo
estadual. Pretende-se, também, identificar o potencial espéleo-arqueológico da bacia do rio Maracá;
identificar e analisar o patrimônio espéleo-arqueológico da bacia do rio Maracá. Atividades, por
meio da exploração terrestre e fluvial; localização de novas cavernas com GPS; espeleo-topografia;
análise geológica das cavernas; registro fotográfico das cavernas; cadastro das cavernas na
Sociedade Brasileira de Espeleologia; identificar valores atribuídos dos habitantes à paisagem e
representações simbólicas da bacia do rio Maracá; avaliar a valoração paisagística da comunidade,
com vistas ao estímulo da atividade do turismo, a partir de entrevistas com moradores e dirigentes
locais com questionários; análise das respostas dos questionários; aprimorar propostas capacitação
de discentes da Escola Família do Maracá, a fim de estimular o desenvolvimento local embasado
em atividades que prescrevam a proteção do patrimônio espéleo-arqueológicos, bem como das suas
potencialidades naturais, sob a ênfase das necessidades imediatas da sua população, valorizando o
conhecimento tradicional das comunidades envolvidas, e contribuindo para o resgate históricocultural da região e o exercício da cidadania; elaborar atividades de capacitação, monitorias e
treinamentos sobre as potencialidades econômicas e políticas públicas para as bacias dos rios Jari e
Maracá, por meio de pesquisa bibliográfica; coleta de dados estatísticos; cursos e oficinas de
atualização e de extensão.
Local de execução: Bacia do rio Maracá, Vila do Maracá, no município de Mazagão-AP.
Instituição: Universidade Federal do Amapá
Telefone: 96.3241-5066
Fax: 96.3241-5066
E-mail: [email protected]
Endereço: Caixa Postal, 282 Centro
Macapá-AM, Brasil
CEP: 68906970
Bioprocesso nos arranjos produtivos locais e na agroindústria para a conversão dos frutos em
bebidas alcoólicas fermentadas (vinhos) com cores, sabores e aromas da Amazônia
Jerusa de Souza Andrade
Descrição resumida da proposta do projeto: Como o Departamento de Tecnologia de Alimentos
– CPTA, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa, iniciou em 1996 a linha de
pesquisa em Tecnologia de Bebidas, detém tecnologias de produção de bebidas alcoólicas
fermentadas (vinhos), mantém uma coleção de vinhos de frutas (abacaxi, abiu, açaí, acerola, araçáboi, araçá-pera, bacaba, bacuri, banana, biribá, buriti, caju, camu-camu, carambola, cubiu, cupuaçu,
graviola, jaca, jambo jenipapo, manga, mangarataia, maracujá, laranja, mapati, mari, melancia,
murici, pupunha, puruí, taperebá, uxi amarelo), vem formando e treinando recursos humanos
qualificados na área (orientações, disciplinas, cursos de extensão), divulgando (publicações,
prêmios, patentes, apresentação em congressos e cursos), e, diante da viabilidade do processo e do
produto, esta proposta tem como objetivo otimizar e concretizar a transferência das tecnologias
geradas pelo MCT/Inpa/CPTA ao longo de dez anos de pesquisa com o tema na Amazônia, a quem,
de direito, o empreendedor.
Para atingir esse objetivo, o projeto consta das seguintes atividades: divulgação na mídia local
(televisão e jornal) da facilidade da implantação do bioprocesso, das características apropriadas das
matérias-primas (frutos), dos atributos de qualidade dos produtos (bebidas alcoólicas fermentadas
ou vinhos), do retorno financeiro da comercialização junto ao segmento de turismo (hotéis e pontos
turísticos), da viabilidade da produção agrícola (Arranjo Produtivo Local – APL) e da
agroindústria; realização de cursos (teórico e prático) de extensão para repassar aos potenciais
empreendedores, as técnicas do bioprocesso para a produção de bebida alcoólica fermentada
(vinho) dos frutos da Amazônia. Nesses cursos serão repassadas as informações sobre: seleção das
matérias-primas, redução da flora contaminante, chapitalização do mosto, monitoramento do
processo fermentativo, obtenção e estabilização das bebidas, embalagens, controle de qualidade;
prestação de assessoria a empreendedores para implantação de bioprocessos na Amazônia; otimizar
tecnologias em função da demanda e da necessidade para a implantação: em função da
simplicidade do processo, que no âmbito de pequenos empreendimentos necessita apenas de
ambiente adequado à manipulação de alimentos, garrafões de plástico ou vidro como cubas de
fermentação e de decantação, frutos, açúcar, ácido cítrico (se necessário), Saccharomyces
cerevisiae (fermento de pão) e embalagens, quando transposto para escala maior necessita de
melhorias para a otimização do volume de produção e manutenção da qualidade; estabelecimento
de parcerias e apoio técnico ao: a) Setor Governamental da União e dos Estados que compartilhem
formas de apoio à agroindústria, à agricultura familiar e ao uso racional dos recursos naturais; b)
Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA para implementação do setor de alimentos a partir da
biodiversidade e para fazer a interface entre pesquisa e indústria; c) Escola Agrícola Rainha dos
Apóstolos para qualificação da futura mão de obra técnica para o interior do Estado; d) Arranjos
Produtivos Locais – APL, cujos empreendimentos e empreendedores tem os frutos como atividade
produtiva predominante; e) Federação das Indústrias para implementação no setor industrial; f)
Sebrae para apoio na implantação das tecnologias nas empresas e na comercialização dos produtos
no segmento turístico.
Principais objetivos: Otimizar e concretizar a transferência das tecnologias geradas pelo
MCT/INPA/CPTA ao longo de dez anos de pesquisas com produção de bebidas alcoólicas
fermentadas a partir de frutos na Amazônia, a quem, de direito, o empreendedor.
Local de execução: INPA, Uninilton Lins e UFAM em Manaus para otimização dos processos,
cursos e assessorias; Centro de Biotecnologia da Amazônia – CBA (a ser contatado) em Manaus
para a interface pesquisa-indústria; Escola Agrícola Rainha dos Apóstolos (em fase de orientação e
implantação) no Município de Manaus; outros locais onde houver demanda e viabilidade.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Telefone: 92.3643-1848
Fax: 92.3643-1846
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida André Araújo, 2936, Petrópolis
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69011970
Utilização de agregado reciclado em argamassa para revestimento
José Zacarias Rodrigues Júnior
Descrição resumida da proposta do projeto: Estudo de viabilidade técnica para a utilização de
entulho de construção (agregado reciclado) na preparação de argamassa para revestimento. Para
isso, serão preparados corpos de prova em número estatisticamente representativo, que servirão
para o levantamento de diversos parâmetros técnicos do material em estudo.
Principais objetivos: Testar a viabilidade técnica da utilização de agregado reciclado em
argamassa de revestimento; redução do custo de construções; redução de entulho despejado no
meio ambiente.
Local de execução: Unama-Belém-PA.
Instituição: Universidade da Amazônia – Unama
Telefone: 91.4009-3120
Fax: 91.4009-3012
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Alcindo Cacela, 287
Belém-PA, Brasil
CEP: 66060902
Mercado amazônico – Site multimídia para divulgação, venda e exportação de produtos
amazônicos
Karine Gomes Queiroz
Descrição resumida da proposta do projeto: O presente projeto propõe a criação de um portal de
exportação de produtos amazônicos em que os produtores – cooperativas, artesãos e
microempresários – possam ter uma intermediação com o mercado consumidor potencial nacional e
internacional. O portal receberá provisoriamente a denominação de MERCADO AMAZÔNICO e
busca retratar experiências de sucesso de mercados virtuais trazendo o diferencial de ser
intermediado por uma ação de uma fundação e de parceiros para o desenvolvimento regional.
Nesse sentido, o presente projeto, tem como característica fundamental ser um objeto de interação
entre as cooperativas de artesanato, micro empresários, artífices e os consumidores de produtos
amazônicos e em especial nos mercados de exportação, podendo servir de instrumento democrático
de comercialização desses produtos. A perspectiva do Mercado Amazônico é de ser uma
ferramenta importante para a motivação de interesses de desenvolvimento regional democrático
atrelado à possibilidade de mediação da tecnologia, podendo ser um passo importante para a
emancipação financeira de comunidades não urbanas.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Desenvolver um recurso multimídia para a
comercialização de produtos amazônicos, oferecendo, por um lado, a artesãos, cooperativas e
comunidades de artífices um recurso gratuito de divulgação e comercialização de seu trabalho, e
para os consumidores de produtos amazônicos, a possibilidade de aquisição fácil desses produtos.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Sensibilizar as comunidades acadêmicas e não acadêmicas para a
necessidade
de
conhecimento
e
preservação
da
sócio-biodiversidade
amazônica
pela
disponibilização de vários tipos de cultura material, polpas, ornamentos, artesanal e outros tipos de
produtos de procedência amazônica; fomentar o intercambio de informações sobre a produção
artesanal na população em geral; servir de um recurso de fomento à cultura exportadora
apresentando e viabilizando a exportação por meio de recursos e assistência como: desembaraço
aduaneiro, formas de envio e viabilização de acesso a mercados potenciais para o produto
amazônico; fornecer subsídios didáticos para a pesquisa ação em design digital por poder
proporcionar a elaboração de um multimídia, cuja temática, dada a complexidade das informações
de um mercado livre amazônico, possibilita o exercício de categorias da ergonomia cognitiva e de
demais áreas da configuração de um multimídia; democratizar os conhecimentos e acesso a
produtos provenientes da Amazônia, favorecendo a população a identificação de produtos de
municípios e etnias diversas, o que poderá estimular a valoração dessa mesma diversidade de
produção; possibilitar a comunidades e artesões a formação e manutenção de renda pela venda de
produtos, sendo uma alternativa para a venda direta ao consumidor.
Local de execução: Estado do Amazonas, para o projeto piloto, com possibilidade de extensão
para os Estados e países que compreendem a Amazônia
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – Fucapi
Telefone: 92.3614-3170
Fax: 92.3613-2701
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Danilo Matos Areosa, 381, Distrito Industrial
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Pesquisa de parâmetros técnicos e viabilidade econômica da produção de azeite e farinha de
castanha-do-brasil
Luis Fernando Laranja da Fonseca
Descrição resumida da proposta do projeto: A Ouro Verde Agroindustrial é uma empresa de
pequeno porte que atua na área florestal e agroindustrial e está atualmente consolidando uma
unidade de beneficiamento de castanha-do-brasil por meio da pesquisa e desenvolvimento de novos
derivados de matéria-prima regional, a saber, o óleo e a farinha da castanha-do-brasil. Após a
realização das pesquisas técnicas e mercadológicas iniciais, propõe-se neste projeto o
estabelecimento de uma estratégia de desenvolvimento, comercialização e marketing desses
produtos derivados da castanha e inéditos no mercado brasileiro.
Principais objetivos: O principal objetivo desta pesquisa é levantar dados e informações relevantes
para permitir a organização industrial da cadeia da castanha-do-brasil no norte do Mato Grosso,
buscando avaliar, de acordo com as especificidades da nossa Região, quais os pontos críticos ao
longo das fases de processamento, e quais técnicas devem ser utilizadas para viabilizar o
processamento e aproveitamento ao máximo dos subprodutos gerados. O alcance desses objetivos
está em consonância com as eminentes propostas de políticas públicas para a Região, que buscam
valorizar e amparar atividades produtivas baseadas na conciliação de desenvolvimento econômico e
preservação ambiental e na valorização dos atributos da Região. Como principais vantagens devese dar especial ênfase à disponibilização de conhecimento tácito e prático para que haja maior
aproveitamento dos castanhais do Estado, que em geral são indiscriminadamente consumidos por
empresas madeireiras.
A organização do mercado da castanha-do-brasil abre, portanto, a possibilidade de haver retorno
econômico por um longo período de tempo aos produtores que dispõem de árvores de castanha em
suas propriedades, em especial agricultores familiares, sendo uma alternativa sustentável à lógica
econômica atual, que geralmente impele esses produtores a vender seus castanhais por preços
irrisórios para a indústria madeireira. Essa possibilidade de obter receita econômica a cada safra a
partir da venda ou beneficiamento dos frutos da castanha-do-brasil é especialmente importante em
regiões que contam com a presença de assentamentos, como é o caso do norte do Estado do Mato
Grosso.
Local de execução: Alta Floresta-MT.
Instituição: Ecoban Agroindustrial Ltda.
Telefone: 66.3521-8969
Fax: 66.3521-8969
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Ariosto da Riva, 349
Alta Floresta-MT, Brasil
CEP: 78580000
Combustor ciclônico para queima de resíduos de serraria com minimização de impacto
ambiental
Manoel Fernandes Martins Nogueira
Descrição resumida da proposta do projeto: Atualmente grande parte dos resíduos da indústria
madeireira tem dois fins: ou são lançados diretamente no meio ambiente ou são queimados em
monstruosos incineradores, em um processo sem controle, poluente e de alto custo em função das
dimensões dos incineradores. Como consequência, as indústrias madeireiras criaram a reputação de
serem grandes poluentes, tornando-se alvo de fiscalizações amiúde pelos órgãos ambientais que
imputam pesadas multas. Essas multas estão comprometendo a viabilidade econômica e financeira
dessas empresas. Atualmente, centenas de empresas buscam por um equipamento compacto,
eficiente, barato e que emita o permitido pela legislação ambiental. Como subproduto, é desejável
poder utilizar do calor de combustão nos processos dessas indústrias.
O estudo da queima de resíduos de biomassa permite o perfeito entendimento dos processos
envolvidos em sua combustão, contribuindo para a melhoria dos projetos das câmaras de
combustão por meio do desenvolvimento de câmaras mais eficientes e fisicamente menores. Tudo
isso contribui para diminuir o custo de fabricação, além de conduzir ao desenvolvimento de
tecnologias que proporcionem a redução dos níveis de emissão de poluentes para a atmosfera. A
combustão em câmara ciclônica é uma das principais alternativas à queima convencional. Em uma
câmara de combustão ciclônica, a queima acontece a uma pressão positiva, em lugar de uma leve
pressão negativa associada com a queima em sistemas convencionais, e o processo acontece em
reatores cilíndricos especialmente projetados e onde os gases de combustão são descarregados a
elevadas temperaturas. Na câmara ciclônica a biomassa (carvão, resíduos agroindustriais e de
madeira) tipicamente pulverizada com tamanho médio de 0,3 mm é soprada no queimador onde
rapidamente é volatilizada. A ação centrífuga força as partículas para a parede cilíndrica da câmara
onde a oxidação do carvão residual acontece na camada de limite perto da parede. Turbulência é
gerada a altas taxas permitindo que a volatilização e a oxidação aconteçam dentro de
milissegundos. A intensidade da combustão em queimadores ciclônicos é então consideravelmente
mais alta que a combustão de suspensão em fornos convencionais. O vigor com que a ação
ciclônica acontece, forçando as partículas para a parede ciclônica, não só facilita a combustão
rápida mas também a remoção de produtos sólidos. Fornos ciclônicos removem em média 70% dos
produtos sólidos de combustão (tipicamente como escória). Só aproximadamente 30% dos produtos
sólidos de saída da câmara entram na caldeira. Essa redistribuição dos produtos sólidos de
combustão facilita o uso de incineradores menores com taxas mais altas de aproveitamento da
energia e espaçamentos menores dos tubos em relação a sistemas convencionais. Vários tipos de
biomassa podem ser queimados em câmaras ciclônicas.
O grupo de Energia, Biomassa, e Meio Ambiente – EBMA, da UFPA, desenvolveu até 2005
estudos que levaram à construção de um pequeno modelo laboratorial de uma câmara de combustão
ciclônica que apresentou uma performance satisfatória. Busca-se neste projeto o desenvolvimento e
construção de um protótipo de nível pré-industrial que demonstre a viabilidade técnica e econômica
da câmara ciclônica para o setor produtivo.
Principais objetivos: Busca-se aqui o desenvolvimento e construção de uma câmara ciclônica de
combustão para resíduos de madeira e da agroindústria. Será também foco desta pesquisa o
controle dos efluentes gasosos e a realização de testes com diferentes resíduos agroindustriais e
resíduos da indústria madeireira. Ressalta-se que neste projeto não será utilizado o calor de
combustão, pois em função do volume de recursos disponíveis, foi dada preferência a oferecer a
solução mais premente do setor produtivo, o qual é obter uma queima eficiente e dentro dos
parâmetros legais. Por outro lado, neste projeto será desenvolvido um trocador de calor para
aproveitar o calor dos gases de escape para gerar vapor visando à secagem da madeira beneficiada.
Local de execução: Laboratório de Engenharia Mecânica, UFPA, Laboratório do Grupo Energia,
Biomassa e Meio-Ambiente – EBMA.
Instituição: Universidade Federal do Pará
Telefone: 91.3086-1335
Fax: 91.3223-1754
E-mail: [email protected]
Endereço: Campus Universitário do Guamá, Lab. Engenharia Mecânica
Belém-PA, Brasil
CEP: 66075110
Inovação tecnológica: produção de brotos de guaraná
Manoel Paulo Mello Ribeiro
Descrição resumida da proposta do projeto: Os brotos são alimentos consumidos crus mantendo
assim a integridade da riquíssima variedade e quantidade de enzimas e nutrientes nele existentes
acima da que existe em qualquer outro alimento. O processo de cozinhar elimina essa enzimas
existentes no alimento. A ingestão do broto reduz a produção e a atividade das enzimas no processo
digestivo, deslocando a energia do corpo e as enzimas para outras funções construtivas nas células.
O envelhecimento é relacionado à diminuição da presença das enzimas nas células e o broto o
combate, sendo este o motivo de o broto ser chamado a Fonte da Juventude. A característica de
rejuvenescimento do Broto foi estabelecida por pesquisadores de renome e reconhecimento, tais
como Dr. Edward Howell, MD., Dr. David G. Williams, Dr. Clive Mckay, (Cornell University),
Dr. William S. Peary and Warren Peary, pela The Johns Hopkins University, a melhor escola de
medicina dos Estados Unidos, e Paul Talalay MD., American Cancer Society. O broto transmite a
força de vitalidade por ser um alimento vivo, crescendo vagarosamente quando embalado.
Principais objetivos: Complementação da pesquisa realizada pelo autor deste projeto e
implantação de empresa para a produção dos brotos de guaraná.
Local de execução: Cidade de Manaus e, posteriormente, a capital Belém do Pará.
Empreendedor/pesquisador
Telefone: 92.3646-8912
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua 51, N.º 7, Quadra 72. Bairro Francisca Mendes 7
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69095820
Aproveitamento de resíduos de despolpamento de frutos regionais na elaboração de
ingredientes para ração de peixes
Manoel Pereira Filho
Descrição resumida da proposta do projeto: A empresa Cupuama, sediada na cidade do
Castanho, Município do Careiro, Amazonas, vem desde 1995 atuando no agronegócio do
despolpamento de frutos regionais, extraindo polpas de 15 espécies frutíferas, que em sua
totalidade são vendidas no mercado local. Essa produção de polpa resulta em um grande volume de
resíduos, considerando as várias porcentagens de aproveitamento de cada tipo de fruto, como o
camu-camu, com produção de 25% de resíduo, o cupuaçu, com 35% de sementes, o araçá-boi com
produção de 11% de resíduo, o jenipapo com 20% de resíduos, entre outros. O montante de
resíduos úmidos produzido pela empresa no ano de 2003 foi de 40 toneladas. Outros subprodutos
do despolpamento são as sementes secas do cupuaçu e maracujá. A semente seca do cupuaçu
apresenta, segundo análises realizadas no INPA, 45% de óleo, que é extraído por uma firma local.
O resíduo dessa extração de óleo resulta em 70% de resíduos contendo 19% de proteína bruta e
10% de gordura. Os óleos do cupuaçu e do maracujá são de interesse para indústrias locais tanto
para uso na alimentação humana quanto para cosméticos. Até o momento, esses resíduos, em sua
maioria, são subaproveitados como adubo em cultivos locais, ou descartados, com gastos para o seu
transporte pelos coletores de lixo da prefeitura municipal até os depósitos sanitários, sendo um
problema de natureza ambiental. Por outro lado, há muito os resíduos da agroindústria vêm sendo
estudados como possível fonte de alimento para as criações domésticas, como alternativa para os
locais onde a produção de insumos para ração não existe ou é insuficiente para atender à demanda.
Esses resíduos também servem para evitar que os animais entrem em competição com o homem
por alimentos como o milho, por exemplo, e aproveitem aqueles insumos impróprios para consumo
humano, mas portadores de nutrientes de boa qualidade.
O Município do Careiro conta com inúmeros criadores de peixes, notadamente matrinxã, Brycon
cephalus, e tambaqui, Colossoma macropomum, mas como na maior parte do Estado do Amazonas,
tem uma produção de ingredientes para ração insignificante, tendo de comprar ração em Manaus,
onde os preços desses insumos já são considerados altos em comparação aos preços praticados em
outras regiões do País com tradição agrícola. Dessa forma, pretende-se estudar o potencial de cada
insumo individualmente como fonte de ingrediente para ração animal, analisá-los para conhecer
suas composições bromatológicas, e transformá-los em farinhas que deverão ser testadas em ensaios
de digestibilidade in vitro e incluídas em rações em substituição a ingredientes tradicionais, que
serão testadas por meio do crescimento em peso e comprimento de tambaquis.
Os processos empregados para se atingir o produto desejado envolvem a avaliação bromatológica
de cada resíduo produzido, sua avaliação inicial como fonte de nutriente para peixes por meio de
testes de digestibilidade in vitro, que resultarão na seleção dos resíduos que potencialmente melhor
podem ser aproveitados pelos peixes, e posteriormente esse potencial será testado por meio da
inclusão dos itens selecionados em rações em substituição a ingredientes tradicionais como o milho
e a soja, e será avaliado o potencial de cada item como promotor de crescimento de tambaquis
jovens. As principais plataformas tecnológicas a serem utilizadas são as da fruticultura e da
piscicultura, com a empresa participando ativamente do projeto fornecendo a matéria-prima
(resíduos de despolpamento de frutos), bem como das atividades do processamento final dos
produtos selecionados, notadamente as fases de secagem e de moagem para a obtenção das farinhas
de resíduos, os produtos que se pretende obter.
Principais objetivos: Realizar análises bromatológicas em resíduos de despolpamento de frutos
regionais (cupuaçu, camu-camu, araçá-boi, cubiu, açaí, buriti, taperebá, jenipapo), e frutos
introduzidos na região (abacaxi, acerola, caju, goiaba, graviola, manga e maracujá), e tortas de
extração de óleo de sementes de cupuaçu e de maracujá. Para esse objetivo, a meta é conhecer a
composição bromatológica (umidade, proteína, gordura, minerais, fibra bruta, energia, composição
em aminoácidos e em ácidos graxos) de 15 resíduos do despolpamento de frutos, bem como de três
tipos de sementes após a extração de óleo. Todas as fontes de resíduos serão processadas para
análise, as de maior teor de umidade serão liofilizadas e depois, junto as que são naturalmente secas
serão trituradas para tornar possível as analises bromatológicas. Será elaborado um relatório
descrevendo os resultados dessa fase, que servirá de base para a meta seguinte.
Pretende-se também avaliar, baseado em análises bromatológicas e ensaios de digestibilidade in
vitro, o potencial de uso como ingredientes de ração, de cada item estudado. Os resíduos
previamente analisados serão classificados segundo suas composições, como potenciais substitutos
de fontes tradicionais de energia ou de proteína em rações animais. Estes serão submetidos a testes
de digestibilidade in vitro, com uso de enzimas digestivas exógenas. Será feita uma classificação
das fontes de resíduos, segundo seu potencial aproveitamento pelos peixes.
Além disso, visa-se a elaborar rações destinadas à alimentação de tambaqui, para testar os
subprodutos mais promissores dentre os itens analisados. Os resíduos cuja composição
bromatológica e teste de digestibilidade in vitro o apontem como potencial ingrediente de rações
serão testados como substitutos de ingredientes tradicionais, por meio do crescimento em peso e
comprimento de juvenis de tambaqui. Serão realizados seis experimentos com duração de 45 dias,
antecipados por cinco dias de adaptação dos peixes às condições experimentais, testando-se
substituições parciais e total de uma fonte tradicional de energia ou de proteína, segundo a aptidão
do resíduo testado. Dessa fase deverão resultar de quatro a seis publicações em revista de
divulgação científica, e apresentações em encontros de natureza técnico/científica. Por fim, tem-se
o preparo de farinhas prontas para inclusão em ração. Os resíduos que poderão ser aproveitados
como ingredientes para ração serão transformados em sua forma final. Aqueles cuja umidade for
superior a 10% serão submetidos à secagem e, a seguir, triturados em uma granulometria adequada
para inclusão em ração. Será elaborado um documento contendo as sugestões de uso segundo as
potencialidades de cada ingrediente resultante, para distribuição aos potenciais usuários finais dos
produtos, bem como aos profissionais ligados à produção animal.
Local de execução: Castanho-AM (Cupuama e Manaus-AM, Inpa).
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Telefone: 92.3643-1882
Fax: 92.3642-1384
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. André Araújo, 2936, Bairro de Petrópolis
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69083000
Adopción dei camu-camu (Myrciaría dubia) en sistemas tradicionales inundables
Mario Pinedo Panduro
Descrição resumida da proposta do projeto: Se pretende continuar con la experiencia
emprendida en la amazónia peruana y que esta logrando mejorar el nivel de vida de productores
riberenos de manera sostenible de varzea.
Principais objetivos: Promover el cultivo dei camu-camu en restingas bajas.
Local de execução: Cuenca dei rio amazonas, poblados cercanos a la ciudad de Iquitos.
Instituição: Instituto de Investigaciones de la Amazônia Peruana
Telefone: 065-265515
Fax: 065-265527
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. ab.quinones km 25
Iquitos, Peru
Implantação e operacionalização de uma unidade de beneficiamento de farinha de peixe
“piracuí” e de pescado salgado e seco a serem aplicados a merenda escolar de comunidades
rurais do Amazonas
Nilson Luiz de Aguiar Carvalho
Descrição resumida da proposta do projeto: A Amazônia possui a mais rica fauna de água doce
do mundo, com mais de 2000 espécies conhecidas e destas cerca de 100 espécies podem ser
frequentemente encontradas nos mercados de peixe das maiores cidades amazônicas, e sua
produção muda, radicalmente, durante todo o ano, de acordo com as flutuações do nível da água o
que leva a população a optar por aquela de sua preferência dependendo da época. A importância do
pescado como fonte alimentícia na Amazônia é amplamente reconhecida. A esparsa população
humana da Região Amazônica brasileira, estimada em nove milhões, está concentrada,
principalmente ao longo dos rios, a fim de que se possa desfrutar da fauna aquática, do transporte
fluvial barato. Os rios do oferecem uma imensa quantidade de espécies de peixes saborosos os
quais fazem parte da culinária rica em sua diversificação. Alguns peixes como bagres raramente
são consumidos porque não há necessidade, uma vez que há uma gama de outras espécies
disponíveis para o alimento. Porém, mesmo alguns peixes comercialmente valiosos não são
consumidos por certas pessoas em determinados períodos, por serem considerados reimosos.
Por meio dos séculos, o índio e depois o caboclo aprendeu a conservar o peixe por métodos de
preparação simples e fácies de aplicáveis a cada espécie. Os tabus em relação a algumas dessas
espécies destinadas à alimentação causados por mitos, superstições e lendas fazem parte da cultura
do caboclo. A trajetória da alimentação institucional brasileira foi marcada há décadas por vários
programas de intervenção nutricional junto à sociedade carente.
No Amazonas os primeiros movimentos estão sendo realizados pelas pesquisas desenvolvidas pelo
INPA na cidade de Manaus e imediações com a finalidade de promover a melhoria dos padrões
alimentares e nutricionais de crianças em idade escolar por meio da merenda escolar. O principal
objetivo desta pesquisa é a diversificação de alimentos de origem animal para ser implantada no
consumo diário da Merenda Escolar de crianças das comunidades do interior da Amazônia.
Principais objetivos: Verticalizar as atividades da cadeia produtiva do pescado promovendo
agregação de valor aos produtos elaborados, gerando informações mercadológicas sobre todos os
agentes da cadeia produtiva do pescado, objetivando a ocupação de mão de obra no meio rural;
estimular a geração de empregos, por meio de ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da
cadeia produtiva do pescado, promovendo o desenvolvimento rural, de modo sustentável,
valorizando as vocações produtivas regionais e suas potencialidades; suprir do mercado
consumidor com produtos elaborados à base de pescado, integrado à produção, estimulando o
processo de comercialização para os produtos oriundos do setor pesqueiro, estimulando a economia
da região com incremento da produção e geração de atividades econômicas; implementar na prática
os estudos e pesquisas existentes nos Institutos de Pesquisa destinados à identificação de
potencialidades socioeconômicas e ambientais, propondo estratégias e ações compatíveis; estimular
a criação de cooperativas e microempresas para atuar na cadeira produtiva do pescado na região, a
partir da mobilização do seu potencial, bem como viabilizar a produção e a comercialização dos
produtos elaborados; difundir tecnologias compatíveis que viabilizem agronegócios, utilizando
sistemas de produção competitivos ecologicamente adequados e socialmente desejáveis,
proporcionando maior nível de autossustentabilidade e competitividade da unidade produtiva.
Local de execução: Os municípios do Estado do Amazonas localizados na 3.º Sub-região- região
do Rio Purus. Com altitude: 60 m acima do nível do mar. Possui área Territorial de 266.993 Km2,
com uma temperatura média: 27,4° C e acesso: Via Fluvial. Com distância e linha reta entre e a
Capital do Estado é de cerca 610 km, por via fluvial e a Capital do Estado, 1.672 Km. A atividade
econômica dessa região baseia-se principalmente no setor primário com forte tendência para a
agricultura onde predominam as culturas temporárias, ressaltando-se a mandioca, abacaxi, arroz,
batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo e milho. Entre as culturas permanentes destacam-se
abacate, banana, laranja e limão. O setor pecuário não tem muito significado econômico na
formação do setor. Resume-se à criação de bovinos e suínos cuja produção de carne destina-se ao
consumo local. A principal riqueza do município é o setor da Pesca tanto artesanal quanto de
subsistência, sendo rica na produção de peixes de várias espécies e quelônios.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Telefone: 92.3656-6834
Fax: 92.3643-1846
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Tarumã, 525 – Centro
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69025040
Criação de galinha caipira – Sistema Colonial
Raimundo Nonato Lopes Ad-Vincola
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto pretende atender a 13 famílias com a
construção de galpões e piquetes de alimentação alternativa para 300 aves.
Principais objetivos: Melhoria de condições socioeconômicas das famílias envolvidas e abastecer
o mercado de carne de aves.
Local de execução: Polo Agrofloretal Wilson Pinheiro.
Instituição: Emater-AC
Telefone: 68.9984-2157
E-mail: [email protected]
Endereço: Conjunto Esperança Q-30 C-11
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69905550
Cultivo orgânico de plantas medicinais amazônicas certificadas
Schubert Pinto
Descrição resumida da proposta do projeto: É o primeiro projeto agromedicinal do Estado do
Amazonas, visando à pratica da agricultura orgânica, atualmente muito valorizada na sociedade
moderna, em substituição aos cultivos tradicionais que se utilizam de fertilizantes químicos,
herbicidas e pesticidas, além da produção de insumos que atendam à demanda das indústrias de
fototerápicos e fitocosméticos locais, que hoje são obtidas aleatoriamente do caboclo com base no
extrativismo, sem nenhuma segurança no que diz respeito à idoneidade (cultivo, manuseio,
transporte e secagem). Para concluir exemplificamos com um desafio, onde você compraria hoje
em Manaus 1000 kg de semente de urucum? 200 kg de mastruz? 200 kg de amor crescido? ou 500
kg de mangarataia? Esse é o nosso desafio, montar uma estrutura técnica/científica que atenda a
essa demanda.
Principais objetivos: Cultivo orgânico de plantas medicinais amazônidas previamente
selecionadas; fornecimento de plantas medicinais certificadas (folhas e raízes), para atender as
demandas das indústrias de fototerápicos e fitocosméticos regionais, nacionais e internacionais;
incentivos dos arranjos produtivos locais – APLs; fixação do homem no campo, para cultivo das
espécies de interesses medicinais.
Local de execução: Sítio Vanessa BR 174 km 175.
Instituição: Pharmakos D’Amazônia
Telefone: 92.3613-6563
Fax: 92.3613-3120
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Rod. Otávio, 1886 – Dist. Industrial – Cide
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075630
Nacionalização da tecnologia de gaseificação de biomassa e formação de recursos humanos na
Região Norte – Gaseibras
Suani Teixeira Coelho
Descrição resumida da proposta do projeto: O Projeto Gaseibras, financiado pelo Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e Ministério de Minas e Energia –
MME, tem como objetivo projetar, desenvolver, construir e testar um sistema de gaseificação de
biomassa in natura, com tecnologia totalmente nacional, de fácil operação e manutenção, apto a ser
instalado em comunidades isoladas da Região Amazônica. Este projeto foi concebido a partir do
conhecimento adquirido com o desenvolvimento do projeto Gaseifamaz, financiado pela
Financiadora de Estudos e Projetos, entre os anos de 2002 e 2005, e vencedor do I Prêmio
Professor Samuel Benchimol, na categoria ambiental. O projeto Gazeifamaz teve o objetivo de
estudar a geração de energia elétrica por meio da tecnologia de gaseificação de biomassa,
importada do Indian Institute of Science – IISc.
O projeto visou a avaliar as condições de operação desse sistema de gaseificação/limpeza de gases
e geração de energia elétrica e a transferir a tecnologia para o Brasil, colaborando com as
instituições que já trabalham nessa área. O projeto Gaseibras irá utilizar esses dados para
desenvolver a tecnologia nacional de gaseificação de biomassa in natura e implementá-la em
comunidades isoladas na Região Norte do País, de maneira sustentável, oferecendo uma alternativa
aos combustíveis fósseis, permitindo a formação de recursos humanos na Região Norte do País,
capacitando pessoal local na operação e manutenção desse sistema.
Principais objetivos: Desenvolver, projetar, construir e testar um sistema de gaseificação de
biomassa de 20 kW, com tecnologia totalmente nacional, de fácil operação e manutenção, apto para
ser instalado em comunidades isoladas da Região Amazônica; instalar esse sistema em uma
comunidade isolada na Região Amazônica para a geração de energia elétrica, oferecendo uma
alternativa aos combustíveis fósseis; capacitar pessoal local na operação e manutenção desses
sistemas; identificar empresas nacionais para fabricação desse equipamento no Brasil e criar
modelo de sustentabilidade para cobrir os custos de operação e manutenção do sistema.
Local de execução: Desenvolvimento, construção e testes do sistema de gaseificação de 20 kW –
São Paulo. Instalação em uma comunidade isolada – Estado do Amazonas.
Instituição: Instituto de Eletrotécnica e Energia – IEE
Telefone: 11.3091-2654
Fax: 11.3091-2653
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289
São Paulo-SP, Brasil
CEP: 05508010
CATEGORIA SOCIAL
Caracterização dos genótipos do HIV em doadores de sangue soropositivos da Fundação de
Hematologia e Hemoterapia do Amazonas
Adriana Malheiro
Descrição resumida da proposta do projeto: O presente projeto tem como objetivo analisar, por
meio de técnicas de biologia molecular, PCR e genotipagem, o vírus HIV das amostras dos
indivíduos que apresentarem resultados positivo ou indeterminado para HIV na triagem sistemática
dos doadores de sangue da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas – Fhemoam, na
cidade de Manaus. Os objetivos propostos neste projeto visam, em médio e longo prazos, a
implantar e a implementar a técnica de biologia molecular para a detecção e genotipagem do HIV,
bem como outros vírus, como HCV, HBV e HTLV na Fhemoam. Com a implementação dessa
metodologia será possível, além de alavancar as pesquisas referentes às doenças causadas pelos
patógenos acima, também favorecer o desenvolvimento de uma tecnologia de biologia molecular in
house, proporcionando a implantação de métodos diagnósticos mais precisos, como o PCR, para a
detecção desses vírus que hoje ainda não são feitos nessa região como rotina.
Principais objetivos: Analisar, por meio da técnica de PCR, amostras de doadores de sangue que
apresentarem Western Blot positivo ou indeterminado para HIV nos testes de triagem sorológica;
genotipar e determinar os subtipos por sequenciamento do vírus HIV nas amostras de doadores de
sangue PCR positivas; determinar o perfil epidemiológico dos subtipos do vírus HIV na população
de doadores de sangue da Fhemoam.
Local de execução: Fhemoam/ FHRP.
Instituição: Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas – Fhemoam
Telefone: 92.3655-0111
Fax: 92.3655-0112
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida Constantino Nery, 4397
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69050002
Ressocialização de presidiários: uma proposta de participação familiar
Creso Machado Lopes
Descrição resumida da proposta do projeto: Com a criação do Núcleo de Estudos, Eventos e
Pesquisas em Saúde, cadastrado no Diretório de Pesquisadores do CNPq, do qual o criador deste
projeto é líder, foram criadas as linhas de pesquisas: DST/HIV/Aids; Uso Indevido de Drogas;
Sexualidade e Violência Intrafamiliar, onde, a princípio, agrupamos vários temas, tendo em vista
evitar a criação de vários grupos pequenos, além de facilitar o agrupamento dos docentes e a sua
consequente maximização nas ações. Nesse sentido, com a criação dessa linha, elaboramos a
presente proposta com a participação de Docentes do Departamento de Ciências da Saúde e do
Departamento de Filosofia e Ciências Sociais, como forma de também envolver os alunos de
Enfermagem, Medicina, Educação Física e Ciências Sociais da UFAC, para desenvolver atividades
de extensão universitária e, com isso, não só aplicar os conhecimentos teóricos, mas, sobretudo,
aumentar o conhecimento dos problemas sociais e propor medidas de solução/prevenção junto à
clientela presidiária com o perfil por nós estabelecido.
Um outro ponto a destacar é a necessidade da perfeita integração e trabalho em conjunto com a
Direção da Unidade e com os profissionais de Nível Superior (Médico, Enfermeiro, Dentista,
Assistente Social, Psicólogo, Advogado) para que possamos fazer um trabalho integrado e com a
perspectiva de alcançar bons resultados. Assim, diante dos resultados e das experiências com as
atividades, pesquisas, as reuniões com os detentos, direção, técnicos, familiares e alunos, nos foi
possível entender um pouco mais a problemática do sistema penitenciário, a criminologia, e as
experiências com a elaboração da presente proposta, visando a desenvolver uma nova abordagem
com o preso e família, proporcionando a sua recuperação e re-inserção no meio familiar e social.
Com a experiência percebemos tanto aspectos positivos quanto negativos ao agir com o detento,
tratando-se de um campo fértil de experiências e possibilidade de inovações. Dessa forma,
acreditamos nesta proposta, pois percebemos a boa aceitação dos detentos, quando são oferecidas e
executadas atividades por profissionais não policiais, o que nos faz pensar nos possíveis embates,
tanto na rua como no próprio presídio.
Ao concluir, acreditamos que as atividades de recuperação são importantes, mas o componente
familiar representa fator crucial, pois com o preparo dos familiares e uma atenção mais próxima,
pode contribuir significativamente na sua recuperação e novamente proporcionar a inclusão social.
Como proposta metodológica, terá que se trabalhar o Juiz, direção, técnicos, policiais, alunos e
familiares, sobre a nova abordagem com um grupo de presos diferenciados, e que, inclusive, terá
que ser mudada a sistemática de atender a essa clientela nova que dá entrada no sistema
penitenciário, fruto de crimes menos preocupantes, para, com isso, se evitar problemas com os que
já estão mais tempo no sistema, pois esses detentos não ficarão junto com os outros com crimes
mais severos e, além disso, desde o início desenvolverão trabalhos internos, culminando assim com
uma proposta diferenciada e com a participação mais livre da família.
Vale ressaltar a importância da participação da família, desde o início da prisão, pois com sua
aproximação mais eficaz, acreditamos que podemos em muito trabalhar o bom comportamento do
próprio familiar em não tentando levar objetos, instrumentos ou outras coisas, evitando, assim,
piorar ainda mais a situação do detento. Para que possamos ter um atendimento mais personalizado,
esses detentos terão constantes reuniões de acompanhamento, avaliação, destacando seus aspectos
positivos e mostrando um horizonte mais sombrio.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Empreender medidas socioeducativas com a
participação familiar junto à clientela presidiária envolvida com pequenos crimes e na condição de
réu primário. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Desenvolver uma experiência piloto na recuperação
dos detentos envolvidos com pequenos crimes; – Envolver a participação familiar na recuperação
do detento; – Estabelecer mecanismos de monitoramento do comportamento do detento e dos
familiares no apoio ao detento; – Medir os resultados comparados com outros grupos semelhantes
que não tiveram esta experiência; – Diminuirá reincidência do crime e consequentemente o
reingresso no sistema penitenciário; e – Aliviar a tensão no Sistema Penitenciário de Rio BrancoAcre com a iniciativa inovadora na recuperação do detento com a participação da família.
Local de execução: Unidade de Recuperação Social Dr. Francisco de Oliveira Conde, do Sistema
Penitenciário de Rio Branco-Acre.
Instituição: Universidade Federal do Acre – Centro de Ciências da Saúde e do Desporto
Telefone: 68.3224-1650
Fax: 68.3224-1650
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua das Palmeiras, n.° 598 ou Quadra 7, Casa 20, Jardim Tropical II – Bairro São
Francisco
Rio Branco-AC
CEP: 69910540
Inovação tecnológica e inclusão social entre os ribeirinhos de Iranduba-AM
Edson Lessi
Denise Cerávolo Verreschi
Descrição resumida da proposta do projeto: O modelo de desenvolvimento econômico da
Amazônia que gerou a Zona Franca de Manaus é um modelo concentrador de renda que cria
grandes disparidades entre a capital Manaus e as cidades do interior. Desse modo, a geração de
renda nas comunidades ribeirinhas das cidades do interior é de extrema relevância social, pois
promove a inclusão social e fixa o homem na zona rural, impedindo a migração para os grandes
centros urbanos e diminuindo os problemas gerados pelo aumento da pressão demográfica.
Iranduba é um dos 62 municípios do Estado do Amazonas. Atualmente possui uma população
estimada em 38.661 habitantes, dos quais cerca de dez mil são residentes da zona urbana. Dentro
desse contexto, existem apenas alguns domicílios permanentes com sistema de abastecimento de
água e coleta de lixo (aproximadamente 2,5 mil domicílios). O restante, e maioria, da população
são moradores da zona rural, onde se situam as comunidades ribeirinhas, como a Comunidade do
Caldeirão, com 42 moradores, ribeirinha do lago Ariauzinho, que pratica a pesca como principal
atividade de subsistência familiar.
De modo geral, o resíduo da pesca não é aproveitado e acaba sendo descartado de forma
inadequada nos rios e arredores das casas. O uso e aproveitamento dos resíduos, nas suas diferentes
formas, são alternativas para a elaboração de subprodutos que agregam valor e geram novas fontes
de renda. A inclusão da tecnologia de aproveitamento de resíduos da pesca nas atividades
familiares das comunidades ribeirinhas de Iranduba permitirá assegurar a inclusão social das
mesmas pelo aumento da qualidade de vida.
Como mecanismo para viabilizar os esforços relacionados com as atividades de transferência de
tecnologia nas comunidades, duas linhas de ação serão consideradas: o fortalecimento de atividades
de P&D relacionadas com a geração, adaptação e validação de tecnologias para viabilizar o uso dos
resíduos da pesca, com ganhos sociais, econômicos e baixos níveis de impacto ambiental, e o
apoio, por meio de ações voltadas para a pesquisa participativa, aos núcleos comunitários. Para
isso, o projeto será dividido em quatro etapas: 1.º – identificação de comunidades potenciais; 2.o –
levantamento da fonte de resíduos da região; 3.º – capacitação de agentes multiplicadores e; 4.o –
aplicação e difusão de tecnologia nas comunidades potenciais de Iranduba-AM.
Na 1.º etapa, com o apoio da Comunidade do Caldeirão – Iranduba-AM e prévia experiência
existente entre os pesquisadores e a mesma, serão identificadas outras comunidades ribeirinhas
potenciais para o desenvolvimento e aplicação das tecnologias propostas neste projeto. Na 2o etapa
será realizado um levantamento de identificação de líderes; organizações formais e informais
representantes das comunidades e fontes de resíduos disponíveis na Região (além do resíduo de
pescado). Nessa etapa serão realizadas: reuniões, palestras, demonstrações e dias de campo para a
abordagem de tópicos indicados pela população como de prioridade para eles. Possíveis tópicos a
serem abordados: “Formas e possibilidades de aproveitamento de resíduos da pesca pela
comunidade” e “Redução da poluição por descarte inadequado de resíduos orgânicos”. Na 3.º etapa
será realizado o treinamento de agentes multiplicadores na Coordenação de Pesquisas em
Tecnologia de Alimentos – CPTA/Inpa, onde serão elaborados os seguintes subprodutos: ensilado
biológico, hidrolisado proteico, farinha de peixe, compostagem e sabão. Os hidrolisados e a farinha
de peixe serão utilizados como ingrediente proteico em ração de peixes a serem analisados
biologicamente na Coordenação de Pesquisas em Aquicultura – CPAq/Inpa. Na 4.ª etapa, os líderes,
com o acompanhamento dos pesquisadores, irão aplicar as tecnologias atuando como agentes
multiplicadores de sua comunidade.
Como resultados a serem alcançados, espera-se: aprovar o plano de difusão de tecnologia de
aproveitamento do resíduo do pescado; assegurar a sustentabilidade da atividade pesqueira
comunitária de Iranduba; estruturar o setor comunitário pesqueiro; promover a inclusão social da(s)
comunidade(s) de Iranduba a partir das tecnologias absorvidas e; desenvolver e difundir tecnologia
de aproveitamento de resíduos da pesca, gerando expansão da produção familiar e redução de
desperdícios.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Proporcionar a inclusão social das famílias em
comunidades ribeirinhas de Iranduba-AM por meio da identificação de problemas e o
desenvolvimento e consolidação de tecnologias sustentáveis, incluindo o uso e aproveitamento do
resíduo da pesca com destino a produtos úteis na vida cotidiana. OBJETIVOS ESPECÍFICOS –
Informar os participantes nas comunidades locais quanto às diferentes formas de utilização dos
resíduos da pesca e seu aproveitamento na agropecuária familiar; utilizar produtos regionais e
subprodutos (resíduos) da produção industrial para elaboração de ensilado biológico; produzir
ensilado biológico, utilizando resíduo de peixe, farinha de trigo, açúcar cristal, sal de cozinha e soro
de queijo como matéria-prima e insumos; produzir ensilado para a formulação de rações para
suínos e frangos para, no futuro, realizar ensaios biológicos; recuperar a fonte proteica existente nos
resíduos da pesca por meio da produção de hidrolisado proteico sob ação enzimática exógena;
utilizar ensilado e hidrolisado proteico como fonte de proteína em dietas formuladas para peixes
com avaliação do desempenho em ensaio biológico; elaborar farinha de resíduo de peixe; utilizar o
óleo obtido na elaboração da farinha de resíduo de peixe na produção de sabão de uso na Medicina
Veterinária; produzir compostagem a partir do resíduo de peixe para utilização como insumo para a
agricultura; reduzir o descarte inadequado dos resíduos da pesca sobre os rios.
Local de execução: Iranduba-AM.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Telefone: 92.3643-1846
Fax: 92.3643-1846
E-mail: [email protected], [email protected]
Endereço: Av. André Araújo, 2936 CxP. 478
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69011710
Reciclagem: nada se perde, tudo se transforma
Estefânia Maria Pereira Pontes
Descrição resumida da proposta do projeto: O Município de Rio Branco apresenta um número
preocupante de desempregados em risco social nos bairros periféricos que buscam alternativas em
variadas formas de trabalho para o sustento de suas famílias. Essa situação perversa está expressa
na proporção de pobres do município, que representa 32,1 % da população (medida pela proporção
de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 75,50, equivalente à metade do salário
mínimo vigente em agosto de 2000- IBGE).
O desemprego e a exclusão são os principais desafios sociais planetário da virada do milênio. No
Brasil, a crônica marginalização de milhões de pessoas em relação à sociedade produtiva e de
consumo será agravada por um novo desemprego, atingindo trabalhadores previamente integrados,
sobretudo no setor industrial, resultante dos avanços da informatização, da automação e da
internacionalização da economia. Para fazer frente a essa realidade é necessário proporcionar meios
para que os jovens venham a se qualificar e, assim, poder competir nesse mercado de trabalho de
forma mais igualitária. Os jovens de baixa renda familiar encontram grandes dificuldades de
inserir-se no mercado de trabalho, pois não têm acesso aos meios que possibilitem a sua
capacitação profissional. Nos bairros periféricos da cidade é comum encontrar jovens nas ruas
ociosos o que, posteriormente, pode contribuir para o ingresso destes no mundo da criminalidade.
No Acre, a fabricação de produtos a partir do reaproveitamento de madeiras é uma tendência em
expansão. O que serviria apenas para ser queimado ou virar lixo se transforma em matéria-prima,
com enfoque no mercado ecologicamente correto. O que é “problema” para as serrarias e
madeireiras pode ser a possibilidade de uma vida mais digna para muitas famílias. Brinquedos,
peças de utilidades, artefatos educativos, decorativos e artísticos podem ser desenvolvidos por essa
mão de obra juvenil ociosa e, a princípio, desqualificada. Nesse sentido, o projeto tem como
objetivo oferecer às comunidades carentes a possibilidade de uma renda alternativa, aproveitando a
mão de obra juvenil ociosa e desqualificada. Baseia-se numa proposta de educação ambiental, em
que conceitos da reciclagem serão transmitidos à comunidade, por meio da sensibilização,
treinamento e comercialização dos produtos.
Inicialmente será realizada com os jovens das comunidades carentes uma oficina que incorpore
conceitos de reciclagem e reaproveitamento dos recursos naturais, estimulando o uso de sobras de
madeiras encontradas em marcenarias, demolições e outros locais de onde se possa encontrar os
materiais necessários para utilização. A partir dessa oficina serão escolhidos 100 jovens com
afinidade para participarem durante seis meses de um curso de capacitação em artefatos de
madeira. Após a conclusão do curso será criada uma cooperativa, pela qual efetivará a geração de
renda, pois estes possuirão meios concretos de comercializarem seus produtos.
Para a execução do projeto serão estabelecidas parcerias com outros projetos desenvolvidos no
município, de modo a realizar ações integradas em redes. Pretende-se ainda formalizar parcerias
com as serralherias, madeireiras e marcenarias, de modo que estes possam facilitar o repasse da
matéria-prima para o reaproveitamento em objetos artesanais de madeira. E, por fim, é primordial o
envolvimento do Sebrae-AC no incentivo ã comercialização dos produtos fora do Estado.
Por meio dessas ações será reduzido o número de jovens em situação de desemprego no Município
de Rio Branco, garantindo uma política de geração de renda aliada à preservação ambiental, tendo
como foco o desenvolvimento sustentável das famílias. Isso concretizará as políticas sociais
voltadas à proteção social básica das famílias que vem sendo desenvolvida pela Política Nacional
de Assistência Social no município, incorporando ações voltadas a todos os membros da família.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Reduzir o número de jovens em situação de
desemprego no Município de Rio Branco, por meio de uma política pública voltada ao
desenvolvimento sustentável e geração de emprego e renda. OBJETIVO ESPECÍFICO – Capacitar
100 jovens no manuseio e confecção de artefatos de madeira; conscientizar a comunidade da
importância da utilização racional dos recursos naturais; oferecer às comunidades carentes a
possibilidade de uma renda alternativa; contribuir para a preservação do meio ambiente por meio
do reaproveitamento das sobras de madeiras utilizadas pelas madeireiras, marcenarias e serrarias,
evitando a queima das mesmas e, consequentemente, a poluição do meio ambiente.
Local de execução: Rio Branco-AC.
Instituição: Secretaria Municipal de Assistência Social – Semas
Telefone: 6832112454
Fax: 6832112460
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua do Aviário 972 – Aviário
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69909170
A Suframa e a dinâmica do desenvolvimento regional nortista
Francisco Elno Bezerra Herculano
Descrição resumida da proposta do projeto: O estudo sobre o desenvolvimento regional da
Amazônia tem sido uma constante de diversos pesquisadores e instituições dos mais diferentes
tipos. E assim o era de se esperar, tamanha é a complexidade de suas diferentes realidades.
Qualquer que seja a abordagem dessas avaliações, olvidar a presença de determinadas instituições
corresponde negar a odisseia do homem nortista no empenho pela ocupação e desenvolvimento
desse importante espaço geográfico nacional. Instigado por essa perspectiva, pretende-se realizar o
presente estudo, com o objetivo de buscar a essência da contribuição da SUFRAMA para o
desenvolvimento regional, haja vista a importância que reside na compreensão sistêmica do
processo, considerando que o principal sustentáculo da economia da Amazônia Ocidental é
administrado por essa Autarquia.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL- Analisar o poder de indução dos programas de
interiorização da Suframa na dinâmica do desenvolvimento intrarregional no período 1997 a 2001.
Em outros termos, o estudo visa a analisar a força de despolarização desses programas na formação
do capital produtivo na Amazônia Ocidental. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Analisar o resultado
do esforço da Suframa na formação de estoque de capital produtivo privado na cidade de Manaus e;
analisar a formação de estoque de capital social básico patrocinado pela SUFRAMA no interior da
Amazônia Ocidental, no sentido de dotar essa sub-região de condições mínimas de
desenvolvimento.
Local de execução: Manaus-AM.
Instituição: FUCAPI – Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação e Tecnológica
Telefone: 92.3614-3050
Fax: 92.3613-2688
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Gov. Danilo Areosa, 381 – Distrito Industrial
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Desenvolvimento de tecnologias para implantação de meliponários em comunidades da
Amazônia
Gislene Almeida Carvalho-Zilse
Descrição resumida da proposta do projeto: As abelhas, assim como qualquer outro ser vivo,
apresentam uma razão de existir. Elas são responsáveis pela elaboração não só de um produto
muito apreciado e largamente comercializado, o mel, como também do pólen e da própolis, ambos
com elevado valor de mercado. O mel de abelha da Amazônia não é tão conhecido como deveria,
nos mercados Nacional e Internacional, apesar de sua excelente qualidade. Mas a utilidade da
abelha não se restringe à produção de mel, pólen e própolis, isto é, na Amazônia, as abelhas sem
ferrão são polinizadores primários de 30-90% das árvores (KERR et al., 2001), justificando a
necessidade de se conhecer o conjunto das diferentes espécies de plantas e das diferentes abelhas
que visitam e/ou polinizam determinada espécie florestal, buscando seu néctar, pólen e resina
(ROUBIK, 1993).
As abelhas, pela polinização, determinam a produção de frutos que mantêm enorme número de
espécies de animais e são diretamente responsáveis pela enorme biodiversidade tanto vegetal
quanto animal (inclusive peixes). Cada vez mais áreas de florestas tropicais estão sendo destruídas
pela ação de fatores referentes à desorganização social e ao desequilíbrio ambiental, gerados pela
intervenção humana e por fenômenos naturais (KERR et al., 2001). Os desmatamentos são
responsáveis pela retirada dos ambientes naturais, abrigos de um vasto número de espécies,
tornando acentuado um número elevado nas estimativas de redução de colônias naturais. As
queimadas, coivaras e destruição das florestas, cuja frequência têm aumentado, são provocadas
pelo homem em pequenas e grandes propriedades rurais, levando à morte colônias presentes no
interior de árvores ou ninhos subterrâneos, muito próximos à superfície do solo (KERR et al.,
1996).
A ocupação humana desordenada, leva à extinção do ambiente natural de inúmeras abelhas sem
ferrão, impossibilitando o estudo dessas espécies e a relação das mesmas com as árvores
polinizadas ou frequentadas por elas. Existem mecanismos que podem amenizar, senão reverter, o
rápido extermínio desses insetos, contribuindo para manter a diversidade genética. É o caso da
criação racional dessas abelhas (Meliponicultura) que promove o aumento das populações e
consequente garantia da polinização, gerando perpetuação das espécies vegetais e fornecendo
alimento e abrigo para espécies da fauna. Os meliponíneos, pela sua essencial ação polinizadora da
flora nativa, têm sido alvo de estudos palinológicos, que em muito contribuem para o conhecimento
da relação polinizador/planta. O equilíbrio dessa relação promove não só a perpetuação das
espécies como também a conservação da biodiversidade. As abelhas sociais superiores estão na
família Apidae, na subfamília Apinae (gênero Apis) e Meliponinae (54 gêneros dos quais o gênero
Melipona – uruçu, jandaíra, jupara, entre outros) vem sendo mais rapidamente destruído por conter
abelhas que produzem mais mel.
A Amazônia, berço mundial dos meliponíneos, abriga mais de 200 das 300 espécies já descritas.
Isso demonstra a importância desses insetos sociais na estrutura das comunidades florísticas.
Algumas espécies, muitas do gênero Melipona, são bastante específicas, como demonstram os
trabalhos de Absy et al. (1984). Analisando espécies de Melipona da Amazônia, encontraram que
em M. seminigra merrillae e M. rufiventris paraensis, 28,0% e 11,3% coletaram pólen de uma só
sp; 30,8% e 18,6% apresentaram pólen de 2 sp e 41,2% e 70,1% de três ou mais espécies. Esses
dados são claros quanto à influência dessas abelhas para as gerações futuras das plantas por elas
polinizadas.
As abelhas sem ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), diferentemente das Apis mellifera
(italianas, africanas ou ainda, europeias), como o próprio nome diz, não possuem glândula de
veneno, nem ferrão. São abelhas nativas que produzem um mel bem característico, muito apreciado
por todos que o provam. Além do mel, estas abelhas têm um papel importantíssimo na manutenção
da floresta: são polinizadores de até 90% das plantas dependendo da Região (KERR et al., 1996).
Os 300.000 km2 de terra inundável (várzeas e igapós) da Amazônia dependem, sem dúvida, de
polinizadores para a frutificação de seus arbustos, arvoretas e árvores de grande porte. Dos frutos
dessas plantas dependem, direta ou indiretamente, todas as imensas populações de peixes
(GOULDING, 1980) que se estima chegue perto de 4.000 espécies. Portanto, essas áreas
funcionam como um banco de alimento na época da cheia dos rios, não só para os peixes, mas
também para as aves, répteis e mamíferos. Ainda dessas áreas o ribeirinho tira seu sustento da
pesca e agricultura.
Todo esse ecossistema estaria seriamente comprometido se não houvesse a frutificação e produção
de sementes da floresta inundada. A retirada indiscriminada de ninhos de abelhas sem ferrão, sem
dúvida, irá afetar o equilíbrio das populações de floresta da várzea pela consequente escassez de
polinizadores, o que inviabilizaria a reprodução dessas plantas e diminuiria sua frequência em
poucas gerações. Além de aumentar a abundância de frutos em matas inundadas, a criação de
abelhas sem ferrão (Meliponicultura) é uma atividade que pode aumentar a renda do agricultor
ribeirinho, podendo ser conduzida até mesmo por crianças e jovens que teriam ocupação em horas
vagas, além de promover uma postura ecológica mais atuante de todos os envolvidos.
A presença de indivíduos extrativistas chamados de “meleiros” ou “abelheiros” causam a
destruição de inúmeros ninhos de abelhas nativas dia a dia. Sem usar técnicas para a colheita do
mel, levam as colônias de meliponíneos à destruição completa. Essas pessoas, caso treinadas,
poderiam, ao invés de destruir, criar racionalmente essas espécies de abelhas e ter, então, uma
fonte, se bem manejada, inesgotável de mel, pólen, cera e consequente melhoria da produtividade e
qualidade de frutos pela polinização.
A Amazônia possui mais de 200 espécies de abelhas sem ferrão, das aproximadamente 400
espécies que existem em todo o mundo. Tanto potencial pode e deve ser aproveitado,
implementando a produção agrícola do homem da várzea, dando-lhe mais opções para a melhoria
de sua qualidade de vida, tendo ganhos em diferentes aspectos, seja no aumento de renda bruta,
pela venda direta dos produtos das abelhas ou serviços afins como confecção de colméias para a
criação racional e acessórios para a Meliponicultura, seja na conservação do ambiente em que vive
e do qual é dependente.
O subprojeto em si levará os conhecimentos e técnicas necessárias para que as comunidades da
várzea possam explorar de maneira eficiente esse recurso natural na forma de treinamentos,
conscientização, implantação de estrutura para a criação de abelhas sem ferrão, manejo de
reposição para espécies de plantas de dupla importância: melífera e ictífera, aumento das taxas de
polinização na floresta de várzea e igapós e aumento na produção de fruteiras cultivadas por
polinização decorrente do manejo de abelhas. Uma das principais atividades será a formação de
recursos humanos, justificando o maior investimento em serviços de terceiros com a contratação de
estagiários, auxílio a produtores e auxiliares de campo. Eles serão treinados tanto em técnicas
referentes a Meliponicultura quanto à coleta, identificação e aumento da flora polinizada por essas
abelhas tanto de plantas silvestres quanto de fruteiras e hortaliças de valor comercial e nutritivo
para as comunidades beneficiadas pelo projeto.
A ênfase do projeto é repassar as técnicas e conhecimentos necessários para o manejo da fauna
silvestre de abelhas nativas com potencial produtivo, dando condições para que a comunidade em
foco continue com a atividade e se beneficie dela. Para tal, alguns feitos são imprescindíveis e entre
eles o conhecimento da área em relação aos recursos naturais (abelhas e plantas). Esse potencial
será avaliado e disponibilizado para a comunidade, de tal maneira que haja o aproveitamento e o
manejo adequado pelos próprios moradores. Dentro desse traço geral, o retorno financeiro de longe,
não será menosprezado, muito pelo contrário, a comunidade estará apta a comercializar o produto
das abelhas tendo para tal a assessoria do IN PA representado pelos profissionais da equipe deste
projeto. Avaliação/monitoramento.
As áreas estabelecidas para o desenvolvimento do subprojeto serão avaliadas obedecendo sete
critérios básicos: número de colméias dos meliponários (criadouros de abelhas sem ferrão);
avaliação individual para cada colméia feita em cada visita programada; elaboração de fichários
para cada colônia nos quais constarão as notas de avaliação; quantificação da produção por caixa;
reuniões com comunitários; relatório individual por visitas às áreas; distribuição de questionários.
Principais objetivos: O projeto tem como objetivo principal incentivar a meliponicultura na
Região Norte, em especial no Estado do Amazonas, proporcionando alternativas de
desenvolvimento sustentável, oferecendo uma nova opção de renda aos produtores rurais,
manutenção da biodiversidade faunística por meio da polinização cruzada que as abelhas realizam e
o enriquecimento da dieta alimentar da população rural com a introdução do pólen como fonte
proteica e do mel como fonte energética e vitaminas.
Local de execução: Comunidades do interior do Estado do Amazonas nas proximidades de
Manaus (Comunidade Panelão e adjacências) e Parintins (Comunidade do Granav e adjacências).
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Telefone: 92.3642-3440
Fax: 92.3642-3440
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. André Araújo, 2936, Petrópolis
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69083000
Programa Agroambiental em escolas do Projeto de Assentamento Tarumã-Mirim, na Região
de Manaus-AM
Joanne Régis da Costa
Descrição resumida da proposta do projeto: Nos últimos anos, com o agravamento da ocupação
desordenada do solo, a destruição das coberturas vegetais e a poluição dos corpos d’água, tem-se
acumulado um passivo socioambiental na zona rural amazonense. Isso reflete diretamente na
redução da qualidade de vida da população, notadamente nas condições de saúde, seguridade
alimentar e higiene. Para contribuir com a minimização desses problemas, o projeto pretende
implantar um Programa Agroambiental em escolas localizadas no Projeto de Assentamento
Tarumã-Mirim, na zona rural de Manaus. O projeto faz parte dos objetivos dos Programas
“Embrapa & Escola” e “Qualidade de Vida” da Embrapa Amazônia Ocidental. O Programa
Embrapa & Escola foi criado em 1997 pela Assessoria de Comunicação Social da Embrapa e já
beneficiou mais de 1 mil e 600 estudantes em todo o Brasil. O Programa Qualidade de Vida foi
criado em 2004, mas já recebeu um prêmio oferecido pela diretoria da Embrapa como
reconhecimento da importância de suas ações.
O Programa Agroambiental utilizará a metodologia sócio-construtivista VER, JULGAR e AGIR,
desenvolvida pela Embrapa Meio Ambiente, com a realização de cursos, gincanas, palestras e
oficinas sobre educação ambiental e pomares diversificados, que serão implantados em espaços
livres das escolas rurais. O público-alvo formado por jovens e seus responsáveis será sensibilizado
e capacitado a identificar e buscar alternativas capazes de contribuir para a melhoria da qualidade
de vida local. Por meio de um trabalho de motivação e orientação, o cenário socioambiental
existente na área do Assentamento Tarumã-Mirim poderá ser melhorado, por meio da implantação
de espécies para produção de frutos e hortaliças para complementação nutricional, a serem inclusos
no cardápio da merenda escolar, assim como na oferta de remédios naturais, obtendo, ainda, a
composição de novas paisagens reflorestadas.
Principais objetivos: Promover a melhoria das condições alimentares da população de baixa renda
do Projeto de Assentamento Tarumã-Mirim; capacitar jovens e adultos em temas relacionados ao
meio ambiente e produção de alimentos, formando multiplicadores; implantar pomares
diversificados com espécies frutíferas, medicinais e hortaliças em áreas livres das escolas do
Assentamento.
Local de execução: Projeto de Assentamento Tarumã-Mirim, na região de Manaus-AM.
Instituição: Embrapa Amazônia Ocidental
Telefone: 92.3621-0345
Fax: 92.3621-0300
E-mail: [email protected]
Endereço: Rod. AM 070, s/n, km 29
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69010970
Farol do conhecimento – Apostando no protagonismo juvenil aliado à sabedoria de
pescadores experientes para o desenvolvimento de comunidades pesqueiras
João Vicente Mendes Santana
Descrição resumida da proposta do projeto: A proposta do “Farol do conhecimento” consiste na
ação educativa junto aos jovens, filhos e filhas de pescadores do município de Curuçá-PA, com a
participação de alunos dos Cursos Técnicos em Pesca e Aquicultura do Cefet-PA, sob a supervisão
dos professores, tendo como motivador a Acarp, Empresa Júnior vinculada aos referidos cursos,
bem como a participação efetiva de “professores leigos”, selecionados entre os pescadores mais
experientes da Comunidade, oferecendo treinamento e acompanhamento no desenvolvimento das
atividades ligadas à pesca e aquicultura, no sentido de proporcionar condições para o exercício
dessas atividades de forma sustentável, além da viabilização do processo de comercialização, que
atualmente envolve uma grande rede de intermediários. O projeto deverá contemplar, ainda , a
capacitação para a gestão de projetos de financiamento já contratados, e que atualmente se
encontram inadimplentes, entre outros motivos, por deficiências nesse processo.
A aposta no protagonismo juvenil prevê o trabalho de educação ambiental e o envolvimento das
filhas de pescadores, que participarão do projeto nas atividades de confecção e conserto de
materiais de pesca, além da prática de cultivo de organismos aquáticos, sob a supervisão dos jovens
estudantes da Acarp. Nesse sentido, tendo em vista a situação atual das organizações sociais dos
pescadores e demais lideranças locais, em sua maioria formadas por pessoas leigas e provenientes
dos mais diversos setores e atividades, o “Farol do conhecimento” funcionará como laboratório
para a formação e capacitação de jovens lideranças, que passarão a atuar na Comunidade sob uma
nova perspectiva de crescimento e desenvolvimento. Paralelamente, os pescadores mais velhos e
com maior experiência participarão ativamente do processo, sendo responsáveis pela parte prática
dos treinamentos, em conjunto com alunos e professores, com o objetivo de valorizar e difundir
conhecimentos. Além dessas atividades, serão promovidas palestras sobre diversos temas, de
especial interesse para os jovens, contribuindo para o seu desenvolvimento e uma participação ativa
no desenvolvimento da comunidade da qual fazem parte.
Principais objetivos: Possibilitar o intercâmbio de conhecimentos entre os jovens estudantes da
Acarp com os jovens pescadores de Curuçá, incentivando o protagonismo juvenil como forma de
desenvolvimento comunitário; capacitar os jovens, filhos e filhas de pescadores, para a prática da
pesca de forma sustentável, incluindo o acesso a novas tecnologias; capacitar os jovens, filhos e
filhas de pescadores, para a gestão de empreendimentos, tendo como grande diferencial a
recuperação de projetos inadimplentes; incluir a participação das jovens, filhas de pescadores, no
processo gestão dos empreendimentos, além de outras atividades, como a confecção e conserto de
materiais de pesca e o cultivo de mariscos, contribuindo com a renda familiar; melhorar a renda dos
pescadores, por meio da implementação de novas formas de comercialização, com o apoio da
Acarp e a participação dos jovens da comunidade; reduzir os danos ambientais causados pela
prática da pesca predatória, por meio da capacitação e conscientização dos jovens pescadores; atuar
na formação e capacitação de novas lideranças locais.
Local de execução: Município de Curuçá-PA.
Instituição: Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará
Telefone: 91.3211-0398
Fax: 91.3226-9710
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Almirante Barroso, 1155 – Bairro Marco
Belém-PA, Brasil
CEP: 66093020
A capacitação profissional como instrumento de inclusão social, visando ao desenvolvimento
sustentável do turismo na comunidade amazônica Marcos Freire, no Município de Presidente
Figueiredo
Ludy Mariana Siqueira Pinheiro
Heliamara Rodrigues Gomes
José Camilo da Silva
Leonor Farias de Abreu
Turibio José Correa da Costa
Ana Maria Agra Pereira
Carlossandro Carvalho de Albuquerque
Descrição resumida da proposta do projeto: Este projeto tem como principal finalidade a
geração de trabalho e renda para os membros da comunidade Marcos Freire, localizada no
Município de Presidente Figueiredo no Estado do Amazonas. Esse município, em especial a
comunidade citada, possui forte tendência para o desenvolvimento do turismo comunitário, a partir
do aproveitamento de forma racional dos atrativos naturais existentes, constituídos de belíssimas
cachoeiras, corredeiras e igarapés. A principal estratégia a ser utilizada para atingir a finalidade do
projeto será a capacitação da mão de obra local, por meio da realização de cursos
profissionalizantes, visando ao aproveitamento da mão de obra capacitada na atividade turística, a
qual deverá ser desenvolvida de forma responsável no local.
Dentre os cursos a serem propostos, de acordo com as necessidades identificadas a partir de
diagnóstico feito, inicialmente serão realizados os de artesanato regional, enfatizando a fabricação
de doces de cupuaçu e seus derivados, bem como o aproveitamento da fruta de forma sustentada e a
utilização racional de outras matérias primas utilizadas na produção artesanal encontradas na
região, como por exemplo, madeiras nobres; curso de corte e costura, enfatizando a fabricação de
moda verão para ser comercializada preferencialmente entre os visitantes e moradores do
município; curso de Informática básica, visando à inclusão digital dos membros da comunidade.
Além dos cursos a serem ministrados, serão realizadas atividades voltadas para a valorização
ambiental e turismo por peio de oficinas de sensibilização e ações socioeducativas, envolvendo o
maior número possível de moradores nas várias faixas etárias.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Desenvolver ações que possibilitem a geração de
trabalho e renda para os moradores da comunidade Marcos Freire, por meio da capacitação da mão
de obra local voltada para o atendimento da demanda turística existente, visando à melhoria da
qualidade de vida, proporcionando também a distribuição dos benefícios oriundos da atividade
turística, de forma equitativa. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Realizar reuniões com as principais
lideranças comunitárias, com a finalidade de estimular seu envolvimento e participação efetiva no
desenvolvimento do processo; implantar um curso de capacitação em corte e costura; realizar
cursos de artesanato regional e utilização adequada das matérias primas locais, enfatizando a
fabricação de doces e derivados do cupuaçu e a utilização racional de outras matérias-primas
utilizadas na produção artesanal encontradas na região, como por exemplo, madeiras nobres;
realizar oficinas e atividades voltadas para a sensibilização ambiental e turística, visando ao melhor
relacionamento dos membros comunitários com o meio onde estão inseridos; buscar parcerias junto
às repartições públicas e/ou privadas; estimular a permanência dos comunitários no município, após
sua capacitação, por meio do aproveitamento de seu trabalho no atendimento ao turista; estimular a
criação de núcleos multiplicadores com a finalidade de dar continuidade ao processo de
capacitação; realizar eventos para operacionalizar a exposição dos trabalhos de corte e costura e
artesanato produzidos nas comunidades; criar uma cooperativa de corte e costura e artesanato, por
meio de parcerias com entidades afins; oportunizar a Inclusão Digital dos comunitários, a partir da
realização de cursos de capacitação em Informática, por meio de parceiras com entidades públicas
e/ou privadas; criar um núcleo de avaliação e monitoramento de todo o processo, bem como
estimular sua auto-gestão pelos próprios comunitários.
Local de execução: Comunidade rural Marcos Freire – Município de Presidente Figueiredo
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Telefone: 92.3664-1483
E-mail: [email protected] / [email protected]
Endereço: AV. Tefé, 172 – Japiim
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69078000
Ação em contribuição ao comércio e uso sustentável de produtos da floresta no Município de
Manaquiri-AM
Lucilene Ferreira de Melo
Descrição resumida da proposta do projeto: A proposta pretende criar um local de referência das
atividades (projeto próvárzea manejo de dez espécies e projeto fito pesquisa sobre três espécies de
plantas) que estão sendo realizadas no município para: museu com permanente exposição dos
produtos da floresta; entreposto comercial de compra e venda de produtos certificados; balcão de
negócios; local de informações sobre produtos, produção de insumos; orientação aos comunitários,
seja de compra e venda, da possibilidade de negócios, de cultivo e das perspectivas sobre novas
atividades; fornecimento de informações técnicas sobre plantas, animais e projetos em andamento
no município, balcão de informações sobre cursos, palestras, oficinas e treinamento sobre produtos
da floresta no município (mural, programações, impressos e outros); atendimento no uso de plantas
medicinais para saúde.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Propiciar aos moradores e visitantes do Município de
Manaquiri um programa que ofereça um conjunto de atividades e serviços (de comprar, vender,
produzir, extrair, receber orientação, capacitação e outros) para facilitar a comercialização, o uso e
a exploração de produtos da floresta, com acompanhamento de profissionais, da área social,
econômica e botânica. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Implantar um local que agrupe as atividades
desenvolvidas no município que estejam relacionadas com os recursos naturais; realizar
permanentemente exposições de produtos acabados ou in natura para compra, venda e orientação
no uso de plantas medicinais, como um museu, servindo de ponto turístico; disponibilizar
informações especializadas sobre produção, uso e comércio de produtos da floresta; oferecer
serviços para atendimento, orientação e encaminhamento de atividades sobre valor econômico, da
possibilidade de negócios de compra e venda, cultivo e uso dos produtos da floresta; comprar e
vender produtos certificados; servir de balcão de informações sobre cursos, palestras, oficinas e
treinamentos sobre produtos de floresta (mural, programações, distribuições de impressos e outros);
orientar no uso de plantas medicinais para saúde.
Local de execução: Manaquiri-AM.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia – Inpa
Telefone: 92.3232-0660
Fax: 92.3234-7614
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Parintins 146, Cachoeirinha
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69065050
Gente de fibra
Luzia Maria Soares de Oliveira
Descrição resumida da proposta do projeto: A proposta pretende apoiar comunidades produtivas
por meio de constituição, capacitação e incubação de cooperativas e ou associações para despertar
o espírito empreendedor nos moradores da floresta por meio da criação de negócio com produtos
nativos como a fibra do carrapilho, do buriti e paxiuba, entre outros. Tais produtos são pouco
valorizados na região, mas muito procurados por visitantes. O carrapinho tem a mesma utilidade do
sisal. Há em abundância na região e normalmente é queimado. Outro produto não vemos rentável
são as sementes nativas. Ajarina, a semente do açaí e o tucum são as mais procuradas.
Recentemente, a jarina começou a ser comercializada como Marfim Vegetal. De forma
desordenada e ainda tímida é vendida para atravessadores que vendem por um preço significativo.
Hoje, são poucas as mulheres e seringueiros que veem oportunidades nesse produto.
Organizar, capacitar e educar os seringueiros para a prática do cooperativismo empreendedor é uma
alternativa necessária, viável e criativa. O projeto pretende ainda fazer com que alguns membros
das famílias que moram na floresta migrem do trabalho da agricultura para o manejo florestal de
forma sustentável e organizada. Como a falta de informação é visível nas comunidades da floresta,
a incubação de negócios sustentáveis é a melhor e a mais eficiente forma de desenvolver riquezas e
promover a inclusão social no Estado do Acre. Os povos da floresta também sonham com melhoras
de vida e acreditam que podem fazer a diferença. O desfio de continuar na floresta com tantas
dificuldades comprovam sua persistência ousadia e criatividade.
Principais objetivos: Ajudar comunidades carentes por meio da incubação de negócios
sustentáveis; fortalecer dois tipos de trabalho viável na floresta: “Gente de fibra” e “Catadoras de
semente”; implantar tecnologias para beneficiamento de produto; aumentar a renda familiar dos
envolvidos; aproveitar de forma inteligente produtos da floresta; viabilizar alternativas de trabalho
sustentáveis.
Local de execução: Cruzeiro do Sul e Tarauacá-AC.
Instituição: Ciga
Telefone: 68.3222-7390
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Farropilha 62
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69906390
Mulheres e artes na floresta amazônica
Maria das Graças Carlos da Silva
Descrição resumida da proposta do projeto: Apoiar grupos de mulheres e jovens de artesanato
do Projeto de Assentamento Extrativista – PAE Remanso, por meio da aquisição de materiais e
insumos necessários para produção de artesanato com sementes florestais. Com este projeto, o
Grupo poderá realizar processos de inclusão social da mulher extrativista na sociedade, por meio da
busca do conhecimento social, ambiental, econômico e moral visando à auto-gestão e à
sustentabilidade do grupo na floresta. O projeto contribui, ainda, para diminuição do êxodo rural, a
permanência do homem no campo, desenvolvimento de tecnologias e metodologias adaptadas à
realidade florestal dos seringais da Amazônia. O projeto deverá desenvolver um sistema de gestão e
comercialização dos produtos confeccionados pela comunidade.
Principais objetivos: Fortalecimento da organização comunitária, envolvendo 60 famílias do
Projeto de Assentamento Extrativista – PAE Remanso, a partir dos grupos de mulheres e jovens das
associações desse PAE; proporcionar instrumentos que viabilize ações sustentáveis na floresta
amazônica, por meio da arte com produtos florestais manejados e certificados em sua origem, via
FSC.
Local de execução: PAE Remanso, Capixaba, AC, Brasil.
Instituição: Centro dos Trabalhadores da Amazônia
Telefone: 68.3223-2727
Fax: 68.3223-2727
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Epaminondas Jácome, 1994, Cadeia Velha
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69908420
Difusão de tecnologias de culturas alimentares destinadas aos agricultores familiares de
várzea do Amazonas
Miguel Costa Dias
Descrição resumida da proposta do projeto: O Estado do Amazonas é grande importador de
produtos alimentares, como feijão caupi, milho, arroz e hortaliças, o que implica em evasão de
divisas na sua economia. Atualmente, os agricultores familiares amazonenses não conseguem
produzir em escala comercial em decorrência de não disporem de crédito, assistência técnica,
sementes de variedades mais produtivas e adaptadas à região, regularização fundiária e
infraestrutura de secagem, armazenamento e opções para comercialização de seus produtos, fatores
estes determinantes ao desenvolvimento da agricultura. O projeto objetiva, inicialmente, treinar e
capacitar os agricultores das comunidades envolvidas nos Municípios de Iranduba, Manacapuru e
Barreirinha, abrangendo aspectos conceituais e tecnológicos com a finalidade de atender os
objetivos do projeto com as culturas de feijão caupi, milho e arroz.
Posteriormente, o projeto será viabilizado por meio de metodologia participativa, com a
implantação de Unidades Demonstrativas – UDs, visando a facilitar a compreensão, assimilação e
aplicação dos conhecimentos referentes ao desenvolvimento das atividades da cadeia produtiva do
arroz, feijão e milho. Considerando que no Estado, no cultivo das culturas de arroz, feijão caupi e
milho predominam baixo nível tecnológico, será proporcionada assistência técnica constante e
sistemática em todas as fases de cultivo, esperando-se, ao final, de dois anos do projeto propiciar
uma assistência técnica efetiva e capaz de transformar as áreas de cultivo em um padrão de cultura
rentável e racional.
Com o engajamento dos agricultores adotando as recomendações preconizadas pela pesquisa,
espera-se possibilitar alternativas de cultivo aos agricultores familiares com garantia da
comercialização da produção, incremento de mão de obra no meio rural dos municípios envolvidos,
e, assim, uma melhor distribuição de renda, visto que cada hectare das culturas poderá ocupar três
pessoas por ciclo e, ainda, uma ocupação anual, contribuindo para diminuição do êxodo rural,
aumento da oferta de proteína vegetal, bem como na geração excedente de produção e redução do
desequilíbrio social.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Contribuir para o desenvolvimento sustentável das
comunidades de várzea do Amazonas. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Reduzir o déficit alimentar
das áreas carentes de várzea na calha dos rios Solimões/Amazonas, com a introdução de cultivares
de feijão caupi, milho e arroz pré-selecionados; proporcionar aos agricultores familiares práticas
agronômicas, visando a otimizar a produção de feijão caupi, milho e arroz; capacitar técnicos da
Assistência Técnica e Extensão Rural – Ater e líderes comunitários nas culturas pré-estabelecidas;
promover estratégias de organização dos produtores familiares para a convivência em associações
e/ou cooperativas.
Local de execução: Várzeas dos municípios de Iranduba, Manacapuru e Barreirinha
Instituição: Embrapa Amazônia Ocidental
Telefone: 92.3621-0300
Fax: 92.3621-0320
E-mail: [email protected]
Endereço: Rodovia AM-010, km 29, Caixa Postal 319
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69048660
Centro Social de Educação Integral “Mamãe Margarida”
Myriam Freitas Gomes
Descrição resumida da proposta do projeto: Este projeto visa à construção de uma infraestrutura
física de um Centro de Promoção Humana Integral que possa favorecer o desenvolvimento da
cidadania, do esporte, da cultura, da saúde, da religiosidade e do entretenimento, voltado para
crianças, adolescentes, jovens e adultos da Comunidade Carlos Marighela em Ananindeua-PA, e
tem como objetivo geral a promoção do desenvolvimento humano do público beneficiário em vista
da sadia convivência social e saúde física e moral, proporcionando, dessa forma, a defesa,
promoção e controle dos direitos humanos e infanto-juvenis.
Principais objetivos: Criar uma área de acolhida e reflexão das necessidades da comunidade;
contribuir para a conscientização dos direitos e deveres de cidadania; incentivar a saudável
ocupação do tempo livre por meio da prática do esporte, entretenimento, reforço escolar etc.;
oferecer à comunidade um espaço de convivência e formação permanente; promover atividades
socioeducativas como medida preventiva contra a violência, uso de entorpecentes, prostituição etc.;
desenvolver atividades de promoção, proteção e defesa da criança (creche de atendimento integral).
Local de execução: Ocupação Carlos Marighela – Ananindeua/Pará.
Instituição: Associação Damas Salesianas
Telefone: 92.3233-2272
Fax: 92.3241-3535
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida Pedro Miranda, 2403 – Pedreira
Belém-PA, Brasil
CEP: 66080000
Mitigando impactos socioambientais – ações de empoderamento de populações atingidas por
barragens
Nirvia Ravena de Sousa
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto “Mitigando impactos socioambientais –
ações de empoderamento de populações atingidas por barragens” busca, junto à população atingida
pela construção da hidrelétrica de Tucuruí, ações que permitam o desenvolvimento de práticas de
organização embasadas pelos princípios da formação de capital social e a subsequente melhoria da
qualidade de vida dessas populações por meio de mecanismos de geração de renda associados a
práticas de construção de bens coletivos.
Principais objetivos: Organização da população segundo princípios de cultura cívica,
desenvolvimento de ações voltadas a geração de renda, utilizando as novas condições ambientais
criadas a partir da construção da hidrelétrica.
Local de execução: Tucuruí.
Instituição: Universidade da Amazônia
Telefone: 91.4009-3200
Fax: 91.4009-3012
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Alcindo Cacela, 287
Belém-PA, Brasil
CEP: 66060000
Projeto sementes para a paz
Oro Serruya
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto “Sementes para a paz” tem abrangência
no Estado do Pará, especificamente nas regiões insular e metropolitana de Belém, com ações de
plantio e semeadura de espécies vegetais amazônicas com valor econômico para as populações
locais, em áreas degradadas, além de ministrar cursos de capacitação em educação ambiental e
planejamento do desenvolvimento sustentável das localidades em tela.
Principais objetivos: Criar mecanismos de interação das populações locais assistidas pelo projeto
com práticas racionais de aproveitamento dos recursos naturais preexistentes e a serem criados
mediante
plantio
e
semeadura
de
espécies
vegetais
nativas
em
preponderantemente.
Local de execução: Belém-PA
Instituição: Congresso Internacional Israelita de Sociosfera na Amazônia – Cisa
Telefone: 91.3222-2383
Fax: 91.3224-5716
E-mail: [email protected]
Endereço: Avenida Gentil Bittencourt 867 Ap 1501
Belém-PA, Brasil
CEP: 66040000
áreas
degradadas
Otimização do mouse ocular
Rogério Caetano
Descrição resumida da proposta do projeto: A capacidade de comunicação do ser humano com
seus semelhantes e o seu ambiente representa uma das necessidades mais básicas da sua existência,
com a qual este expressa seus anseios e sua evolução quanto à sua identidade. Perder tal capacidade
pela imobilidade de movimentação e expressão torna a existência de um indivíduo uma terrível
tortura pelo aprisionamento da sua mente num corpo que passa a ser o seu cativeiro. Numa
abordagem sistêmica em que integramos conhecimentos de diversas áreas da ciência no objetivo de
estabelecer uma tecnologia que possibilite a comunicação desses indivíduos para recuperar a sua
capacidade de expressão, foi desenvolvido pela Fundação Desembargador Paulo Feitoza – FPF o
Mouse Ocular. O Mouse Ocular pode ser definido como um transdutor que converte os movimentos
dos músculos que estão ao redor do globo ocular em sinais elétricos que comandam o
funcionamento de equipamentos eletroeletrônicos e/ou diversos softwares por meio do controle do
cursor do mouse na tela de um microcomputador. Entre as funcionalidades que o Mouse Ocular
oferece, destaca-se a possibilidade de seus usuários, por meio apenas da movimentação dos olhos,
digitarem textos e passarem a acessar a Internet com a possibilidade de comunicação por meio de
todos os recursos disponíveis: enviar e receber e-mail, navegar no ciberespaço para distração e
aprendizagem, utilizar programas de bate-papo, ler livros e-books, etc. Sua aplicação é de
fundamental importância na comunicação de pacientes com paralisias crônicas, advindas desde
acidentes automobilísticos até distrofias musculares e doenças degenerativas congênitas, bem como
em pós-operatório de pacientes com graves enfermidades.
Como mencionado anteriormente, após a sua captura por eletrodos de ECG colocados na face do
usuário, os sinais elétricos analógicos são digitalizados e processados, o que possibilita o controle
do cursor na tela de um microcomputador, o qual pode ser usado para selecionar em um teclado
virtual letras ou palavras chaves (tais como sede, fome, água, frio, calor, etc.), as quais representam
os pedidos mais importantes para pessoas com total impossibilidade de comunicação tanto oral
quanto física. Desse modo, utilizando o Mouse Ocular, o usuário pode, com apenas um
deslocamento dos olhos para a esquerda, direita, acima ou abaixo, movimentar um cursor na tela do
microcomputador. Ao atingir a posição desejada o usuário pode efetuar com apenas um piscar de
olhos a seleção de uma letra ou palavra. Contudo, apesar do sistema do Mouse Ocular já ter
provado e comprovado a sua eficácia no auxílio a pessoas portadoras de necessidades especiais,
este ainda necessita de diversas otimizações e aperfeiçoamentos para poder se tornar um produto
que possa ser utilizado por um número maior de deficientes e possa atender melhor às suas
necessidades.
Principais objetivos: Este projeto tem como objetivo otimizar o hardware e o software (sistema)
atual do Mouse Ocular de modo a possibilitar uma melhor e mais ampla utilização por um número
maior de deficientes físicos motores que tenham os movimentos dos membros superiores altamente
comprometidos. Dentre as otimizações previstas estão a miniaturização e o aperfeiçoamento do seu
hardware, reprojetando-o totalmente, de modo a reduzir/substituir os componentes atualmente
utilizados e obter consequentemente um equipamento de tecnologia mais moderna e custo muito
mais reduzido. Além disso, pretende-se desenvolver melhorias no software, de modo a atender
melhor às necessidades dos usuários do sistema, que por se tratarem de pessoas portadoras de
necessidades especiais requerem que o software de acesso ao computador tenha a sua usabilidade
com características diferenciadas.
Local de execução: Manaus-AM
Instituição: Fundação Desembargador Paulo Feitoza
Telefone: 92.3614-9790
Fax: 92.3614-9760
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Gov. Danilo Areosa S/N lote 164
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Centro Interdisciplinar de Atenção aos Distúrbios Nutricionais
Silvana Gomes Benzecry
Descrição resumida da proposta do projeto: O Brasil, à semelhança de outros países, atravessa
uma situação denominada transição nutricional e epidemiológica. Ao mesmo tempo em que declina
a ocorrência da desnutrição em crianças e adultos num ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência
de sobrepeso e obesidade na população brasileira. A projeção dos resultados de estudos efetuados
nas últimas três décadas é indicativa de um comportamento claramente epidêmico do problema da
obesidade. Estabelece-se, dessa forma, um antagonismo de tendências temporais entre desnutrição
e obesidade, definindo uma das características marcantes do processo de transição nutricional do
País (POF, 2004). Tal situação demonstra um perfil epidemiológico complexo, que exige
acompanhamento competente e minucioso, assim como estratégias de intervenção e avaliação da
eficácia de programas, a fim de subsidiar políticas públicas. A constatação dessas evidências pode
estar atrelada ainda à segurança alimentar e ao sistema de vigilância alimentar e nutricional. A
despeito da complexidade dos distúrbios nutricionais e metabólicos e, possivelmente, por não
existirem muitos trabalhos científicos com esse grupo vulnerável da população do Estado do
Amazonas e da alta prevalência dessas ocorrências nessa Região, inexiste um ambulatório
especializado no atendimento de crianças e adolescentes com distúrbios nutricionais. Além da
atenção de forma interdisciplinar, o trabalho de educação nutricional é fundamental para melhorar
esse cenário tão grave.
Por isso, propõe-se implantar e implementar na cidade de Manaus, um centro de referência
denominado de Centro Interdisciplinar de Atenção aos Distúrbios Nutricionais – Ciadin,
direcionado à atenção, educação e pesquisa dos distúrbios nutricionais, tendo como público-alvo
crianças, adolescentes e seus responsáveis. Considerando-se a etiologia multifatorial desses
distúrbios pretende-se trabalhar com equipe interdisciplinar composta por nutrológo-pediatra,
hebiatra, pediatra, nutricionista, psicólogo, odontopediatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, educador
físico, assistente social, enfermeiro, etc., assim como, fazer parceria com outras entidades
(exemplo: Inpa, Embrapa, Conseas, etc.) que nos auxiliem a promover uma melhor qualidade
nutricional e de vida.
Principais objetivos: Implantar e implementar Centro de Referência Interdisciplinar que se propõe
a: atenção de crianças e adolescentes com desnutrição primária (ausência ou deficiência de ingestão
adequada de nutrientes), desnutrição secundária [a doença cardíaca – cardiopata que não ganha
peso para a cirurgia –, a doença hematológica e oncológica, o pré e pós-cirúrgicos, a neuropatas, a
pós-internações hospitalares (evitando o seu retorno breve ao serviço hospitalar), a Aids, etc.],
baixa estatura, sobrepeso e obesidade de causa exógena; educação, treinamentos e desenvolvimento
de profissionais e alunos da área de saúde com enfoque interdisciplinar sobre a temática nutrição,
assim como aos responsáveis pelas crianças atendidas no Ciadin; por meio de oficinas e palestras
em cozinha educacional; os especialistas envolvidos no Ciadin farão pesquisa cuja temática central
é nutricional, com os dados obtidos da população atendida no serviço; estabelecer parceria com
outras Instituições de pesquisa, em suas áreas específicas.
Local de execução: Manaus-AM
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Telefone: 92.3646-4214
Fax: 92.3646-4214
E-mail: [email protected]
Endereço: Tv. Darcy Vargas 3000 apto. 104
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69055720
O dilema florestal
Tatiana Aparecida Balzon
Descrição resumida da proposta do projeto: Na segunda metade do século XX, mais
precisamente em meados de 70, o tema ambiental adquiriu grande importância no contexto
mundial, reforçando as discussões sobre o desafio das sociedades em construir um ambiente que
consiga equilibrar as necessidades do capital com o ritmo da natureza. Nesse cenário a Amazônia
passa a ser incorporada ao processo de acumulação de capital e para que isso aconteça de forma
natural, diversas políticas são criadas em prol do desenvolvimento e posteriormente, numa segunda
fase, em nome do desenvolvimento sustentável da região. A partir daí começaram a surgir
alternativas de desenvolvimento que norteiam a exploração dos recursos naturais. Na Amazônia, o
Estado do Acre aparece com destaque na discussão ambiental, por demonstrar interesse em se
estabelecer com uma economia voltada para floresta.
O nosso estudo de caso, o plano de Manejo Florestal Comunitário do Projeto de Assentamento
Extrativista Porto Dias, pode ser considerado um dos precursores das experiências que entidades da
sociedade civil vêm conduzindo com produção madeireira. O Projeto iniciou em 1996, por meio de
uma parceria estabelecida entre o Centro de Trabalhadores da Amazônia- CTAe a Associação
Seringueira Porto Dias. Verificaremos neste trabalho quais os aspectos positivos e os negativos
dessa atividade. E concluímos que embora o Plano de Manejo Florestal Sustentável Comunitário do
P.A.E. Porto Dias tenha movimentado a economia local, consideramos que as populações
tradicionais não estão aptas a lidar com uma atividade que requer conhecimentos empresarias e
gerenciais, deixando na mão do CTA a maioria das tomadas de decisões e acompanhamento das
ações do projeto. Isso obviamente é um risco ao sucesso do projeto, pois ao invés de elevar a
qualidade de vida daquelas famílias, faz com que cada vez mais eles fiquem alienados a uma
estrutura que não pertence ao seu universo.
Principais objetivos: A escolha do tema deste trabalho deu-se a partir da necessidade de buscar
avaliar a efetividade econômica dos projetos de manejo florestal comunitários que estão sendo
implantados no Estado do Acre, especialmente nos Projetos de Assentamento Extrativistas. Este
trabalho deve identificar quais os aspectos positivos e os negativos do manejo florestal comunitário
implementados no Estado do Acre desde 1996, a partir do Estado de Caso do P.A.E. Porto Dias,
localizado na parte leste desse Estado.
Local de execução: Projeto de Assentamento Extrativista Porto Dias – Acrelândia-AC.
Instituição: Universidade Federal do Acre
Telefone: 68.9994-9511
Fax: 68.3223-8543
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua dos Engenheiros II, Residencial Rio Branco, Bloco I, Apt.02, Estação Experimental
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69912470
Bolsa de Iniciação Tecnológica de Roraima
Thelma Maria Linhares Coelho
Descrição resumida da proposta do projeto: Com o propósito de alavancar o desenvolvimento
das micro e pequenas empresas, as entidades se unem em forma de parceria, para estimular a
competitividade saudável entre as mesmas, de modo a possibilitar a superação de uma considerável
quantidade de problemas, propondo as soluções mais adequadas que cada caso venha a exigir.
Além do mais, com base nas experiências bem sucedidas de anos anteriores, de concessão de
Bolsas de Iniciação Tecnológica, as entidades envolvidas nessa parceria têm plena consciência de
estar caminhando na direção certa, bem como de estar contribuindo de forma decisiva para
estimular o aumento da competitividade entre as empresas roraimenses de micro e pequeno porte.
O projeto tem ainda a capacidade de oferecer oportunidades a estudantes, de aprenderem não só
teoria, mas ainda de terem uma vivência prática daquilo que os empresários experimentam a cada
dia de trabalho e, assim, poderem aplicar aquilo que aprenderam em sala de aula. Tudo isso
representa um estímulo aos micro e pequenos empresários, o que justifica plenamente a
implementação do presente projeto.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Contribuir para o aumento da competitividade entre
as micro e pequenas empresas do Estado de Roraima. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Identificar
problemas e apresentar sugestões de soluções, por meio dos estudantes de graduação, de bom
desempenho acadêmico, devidamente orientados por professores universitários; preparar
profissionais para atuarem nas pequenas e micro empresas; estabelecer novos padrões de
relacionamento entre o setor produtivo e o acadêmico, possibilitando melhor aproveitamento do
potencial de ambos; premiar os professores cujas orientações mais tenham contribuído para os
objetivos das Bolsas; divulgar os trabalhos de maior destaque como efeito demonstração do projeto.
Local de execução: Boa Vista-RR.
Instituição: Instituto Euvaldo Lodi – IEL
Telefone: 95.621-3571
Fax: 95.621-3570
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Capitão Júlio Bezerra 363 – Centro
Boa Vista-RR, Brasil
CEP: 69301410
Projeto aplicativo
Thelma Maria Linhares Coelho
Descrição resumida da proposta do projeto: Qualificação e inclusão social dos alunos
cadastrados no programa de Estágio Supervisionado.
Principais objetivos: Qualificar para o mercado de trabalho jovens de 16 a 18, cursando o ensino
médio e inscritos no programa de estágio por meio do Programa de Formação para Jovens.
Local de execução: Instituto Euvaldo Lodi – IEL
Instituição: Instituto Euvaldo Lodi – IEL
Telefone: 95.621-3571
Fax: 95.621-3570
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Capitão Júlio Bezerra 363 – Centro
Boa Vista-RR, Brasil
CEP: 69301410
Implantação de residências ecológicas autossustentáveis
Ugo Souto Orlando
Descrição resumida da proposta do projeto: Aproximadamente 6.000 crianças morrem todos os
dias de doenças entéricas provocadas por falta de saneamento e higiene inadequado. Por volta de 1
bilhão de pessoas no mundo, sendo estas a maioria crianças, estão infectadas por parasitas
intestinais, que afetam diretamente o seu crescimento e a quantidade de nutrientes para seus
organismos. O principal fator responsável por todas essas doenças é a escassez de saneamento e o
descarte para o meio ambiente de fezes humanas sem tratamento. Durante o século 20, tivemos
várias revoluções e melhorias na saúde pública, incluindo imunizações por vacinas em crianças, a
erradicação de algumas doenças, melhoria no suprimento de água, uma grande revolução no campo
de produção de alimentos e expansão dos cuidados na saúde na primeira infância. O único
problema que ainda não foi resolvido na última década, foi a falta de saneamento para mais da
metade da população mundial. Portanto, saneamento ecológico aparece no nosso cenário como o
início da revolução na saúde pública.
Tal saneamento baseia-se na preservação da poluição e de doenças causadas pela excretas humanas
por meio do reuso e reciclagem da urina e fezes. Esse processo imitando a natureza, retorna os
nutrientes das fezes e urina humana para o solo, melhorando sua estrutura e realizando o
complemento de nutrientes. Saneamento ecológico pode ser definido como um processo em três
etapas que resulta no tratamento das excretas humanas por meio de acondicionamento, sanitização
e reciclagem. Com a implantação deste projeto, espera-se demonstrar um novo conceito de moradia
visando a proteger a saúde humana e o meio ambiente, fazendo com que haja uso de menos água e,
consequentemente, não ocorra o descarte de efluentes sanitários contendo patógenos para a
natureza.
No Estado do Amazonas, as técnicas de saneamento residenciais mais comumente utilizadas
baseiam-se nos banheiros com descargas líquidas e banheiros secos típico das populações de baixa
renda e que habitam, na sua maioria, margens de rios e igarapés. Em todos esses casos, ocorre um
transporte das excretas do local de sua geração até o seu destino que, na maioria das vezes, é o
recurso hídrico. Todos esses sistemas misturam fezes, papel, urina, água de lavagens e banho, o que
tornará para a cidade bastante dispendioso o dimensionamento da estação de tratamento e o próprio
tratamento desses efluentes. Residências ecológicas oferecem soluções alternativas com ou sem o
uso de água envolvendo técnicas como banheiros com compostagem no solo, banheiros secos (sem
uso de água na descarga) com separação de urina e fezes contendo tanques de acondicionamentos,
banheiros com separação fezes urina utilizando água na descarga, entre outros.
Neste projeto, além da implantação do novo sistema de saneamento nos banheiros, serão
apresentados sistemas de tratamento para águas de lavagens por meio do uso de filtros biológicos,
leitos de secagem e wetlands, assim como será demonstrado sistemas alternativos de coleta e reuso
de águas pluviais e tratamento de resíduos gerados nas cozinhas como restos de alimentos. A
reciclagem dos nutrientes da urina e fezes é a chave principal das residências ecológicas propostas
neste projeto. As concentrações de nitrogênio, fósforo e potássio encontradas na urina a tomam um
valioso fertilizante e a alta concentração de matéria orgânica nas fezes faz com que o produto de
sua compostagem (húmus) seja um excelente condicionador de solo.
As residências ecológicas serão desenhadas utilizando alguns parâmetros físico-químicos e
biológicos para eliminar organismos patogênicos das fezes e urina. Esses processos ocorrem em
dois processos distintos: processo primário e secundário. O processo primário ocorre em locais e
condições próximos aos banheiros, dentro de pequenos containers que na sua maioria estão
localizados abaixo dos banheiros. Nesses containers as fezes são estocadas por um determinado
período e durante esse período, grande número de organismo patogênicos são eliminados devido ao
tempo de estocagem (6/12 meses), decomposição, desidratação e aumento de pH. O processo
secundário dar-se-á com a intenção de fazer com que as fezes humanas estejam livre de
contaminação e que possam ser retornadas ao solo sem agressão ao meio ambiente. Este processo
secundário ocorre normalmente no jardim da casa ou em uma estação ecológica dentro da
comunidade contendo uma pequena área para a compostagem.
Nas residências ecológicas em áreas rurais, o chefe de família é o responsável pela manipulação e
reciclagem de seus próprios resíduos. Em zonas urbanas, esses resíduos poderiam ser reciclados
pela prefeitura. Para áreas urbanas sugerimos também o uso de sistemas de desidratação com
tratamento primário e secundário ou a coleta de resíduos pelas autoridades municipais após o
tratamento primário e transporte para um local especial para o tratamento secundário. Nas
residências, o tratamento secundário poderia ser simplesmente por meio da adição das excretas no
jardim após passar por um simples tratamento de compostagem que será apresentado
posteriormente no detalhamento do projeto. A urina separada apresenta menor risco e poderia ser
utilizada quase que imediatamente para fertilizar o solo contendo verduras e frutas no jardim. As
fezes por conter a maioria dos patógenos presentes nas excretas humanas e por ser umas das
principais fontes de contaminação causando doenças entéricas infecciosas, deve ser tratada
seguindo algumas regras básicas: não misturar urina com fezes e não adicionar grande quantidade
de água nas fezes e se possível não adicionar água; evitar dispersar o material que contém
patógenos, fazendo com que o mesmo seja acondionado em lugar seco e seguro até se tornar estéril
e pronto para reciclar; reduzir o volume e o peso do material contendo patógenos por meio da
desidratação e ou decomposição para facilitar o estocagem, transporte e tratamento; reduzir o
número de patógenos nas fezes por meio do tratamento primário in locu (desidratação,
decomposição, aumento de pH e retenção) seguido do tratamento secundário com alta temperatura
de compostagem (30-50 °C) e aumento de pH com adição de carbonatos ou ureia.
Principais objetivos: OBJETIVOS GERAIS – Demonstrar um novo conceito de moradia a partir
de modelos alternativos residenciais (residências ecológicas), visando a proteger a saúde humana e
o meio ambiente por meio da não geração de efluentes sanitários; implantar nas residências
ecológicas os processos de tratamento primário e secundário para excretas humanas e disponibilizar
treinamento a comunidade; inserir política de educação ambiental para informar à população os
benefícios encontrados por meio da implantação do saneamento ecológico; implantar
sustentabilidade nos processos de reciclagem fazendo com que a própria comunidade faça uso ou
comercialize os fertilizantes produzidos e outros produtos gerados por meio do saneamento
ecológico. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Utilizar parâmetros físico-químicos e biológicos para
eliminar organismos patogênicos de fezes e urina; aplicar técnicas de reuso e reciclagem de
excretas humanas e resíduos domésticos como restos de alimentos, além de técnicas de reuso de
águas pluviais; aplicar tecnologia de baixo custo para tratamento das águas residuárias originadas
durante lavagens de mãos, banho e roupas.
Local de execução: Manaus-AM.
Instituição: Greentech Engenharia Ambiental
Telefone: 92.3234-2220
Fax: 92.3633-8280
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Visconde de Porto Alegre, 1019
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69020130
Prevenção do surgimento de surtos de malária a partir do comportamento climático
Uvedel Bernabé Del Pino Paz
Descrição resumida da proposta do projeto: A malária é uma doença que afeta um número
crescente de seres humanos, provocando a morte de milhares de pessoas todos os anos em todo
mundo. Numa escala global foi identificada como sendo a doença com maior possibilidade de ser
afetada pelas alterações climáticas. Dessa forma, torna-se necessária a previsão dos potenciais
impactos das alterações climáticas na saúde, nomeadamente no que diz respeito à malária. Desejase encontrar na Amazônia possíveis dependências entre variável climática e o comportamento da
malária, para predizer os surgimentos de surtos de malárias a partir de combinações de fatores
climáticos que estiverem presentes. Dessa maneira se pode atuar contra possíveis endemias dessa
doença, tanto pelo saneamento ambiental como colocando a infra- estrutura da saúde adequada para
seu controle.
O informativo da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS/OMS) (Brasil 13 Nov 2000)
expressa: «O clima e o tempo afetam a saúde humana de diversas maneiras. Furacões, tempestades
e inundações matam milhares de pessoas a cada ano e comprometem água e alimentos. As secas
provocam fome e desnutrição. Chuvas fortes podem desencadear epidemias de doenças como a
malária» A malária é uma doença infecciosa potencialmente grave, causada por parasitas
(protozoários do gênero Plasmodium) que são transmitidos de uma pessoa para outra pela picada de
fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles. A malária, contra a qual não estão disponíveis vacinas,
é uma preocupação geral. O número de casos de Malária no Estado do Amazonas desde 1999 até
2004 ascende a 669294. A transmissão é mais comum no interior das habitações, em áreas rurais e
semi-rurais, mas pode ocorrer em áreas urbanas principalmente na periferia. Em altitudes
superiores a 2000 metros, no entanto, o risco de aquisição de malária é pequeno. O principal
transmissor na Região Amazônica é o Anopheles darlingi, que tem como criadouro grandes
acúmulos de água. Esses mosquitos têm maior atividade durante a noite, do crepúsculo ao
amanhecer e, geralmente picam no interior das habitações. A temperatura média, a temperatura da
noite, a temperatura em combinação com a precipitação, e a temperatura média de novembro e de
dezembro, foram encontradas para ser relacionadas à malária em Zimbábue, o setor de Debre Zeit
de Etiópia, de Ruanda, e da província noroeste da fronteira em Paquistão, respectivamente.
No presente trabalho se faz um estudo das possíveis dependências entre os comportamentos do
clima e a malária na Amazônia. Deseja-se predizer os surgimentos de surtos de malárias,
determinando combinações de fatores climáticos que estiveram presentes.
Proposta 1: Estudo da dependência entre variáveis meteorológicas e número de casos positivos da
malária na região do Alto Solimões. Obviamente as observações das temperaturas extremas diárias
necessárias serão fornecidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia. Na região do Alto Solimões,
o INM tem a estação Benjamin Constant # 82410 e conta com observações sobre as variáveis
climáticas: Temperaturas, Umidade Relativa, Vento, Precipitação, Evaporação, Insolação,
Visibilidade e Nuvens do Gênero. As séries temporais dessas variáveis vêm desde o século
passado. Também existem os dados meteorológicos, da Força Aérea Brasileira no Aeroporto
Internacional de Tabatinga. As observações sobre o numero de casos de malárias serão fornecidas
pela Secretaria de Saúde Estadual Susam. Quando se tiver os valores das variáveis, tanto climáticas
como de saúde, realizar-se-ão análises gráficas entre ambos os tipos de variáveis, para encontrar
possíveis conexões com a frequência de casos de malária. Nas situações em que é possível inferir
dependências, se procederá fazer uma modelação matemática de forma que as possíveis correlações
entre variáveis climáticas e variáveis da malária fiquem determinadas.
Proposta 2. Validação das relações encontradas entre variáveis meteorológicas e número de casos
positivos da malária. Usando outros municípios do Estado, como por exemplo: Tabatinga, se
procederá validar as relações encontradas na primeira proposta. Para validar se usarão os dados de
meteorologia e malária desse outro município, com esses dados e as relações encontradas se
utilizará a previsão para os casos da malária presente nesse lugar. Se existe concordância entre os
casos de malárias e as previsões, se poderá considerar como válidas essas relações. Para o exame da
validade se usará métodos da estatística matemática, em particular testes de ajustes.
Proposta 3: Predizer o surgimento de surtos de malárias por meio dos modelos estatísticos
matemáticos encontrados. Nesta proposta se desenvolvem propriamente as predições dos surtos de
malárias. Avaliando-se os resultados obtidos com aqueles que poderiam haver sido obtidos se o
surto da malária no se predize. Confeccionar-se- á um sistema informático para a predição
automática dos surtos de malárias, a partir de dados climáticos. A predição dos surgimentos de
surtos de malárias a partir de combinações de fatores climáticos que estiverem presentes permite
atuar contra possíveis endemias dessa doença, tanto pelo saneamento ambiental como colocando a
infraestrutura da saúde adequada para seu controle. Dessa forma, diminuiriam-se os altos custos
originados pela malária.
Desde que existam condições para o desenvolvimento do projeto, pode-se começar com a proposta
de se encontrar possíveis conexões entre variáveis climáticas e frequência de casos de malária. Os
modelos encontrados serão validados em outros pontos da geografia da Amazônia para depois
elaborar os sistemas de predição do surgimento de surtos de malárias a partir de determinados
comportamentos climáticos.
Principais objetivos: Encontrar na Amazônia possíveis dependências entre variável climáticas e o
comportamento da malária, para predizer os surgimentos de surtos de malárias a partir de
combinações de fatores climáticos que estiverem presentes. Dessa maneira pode-se atuar contra
possíveis endemias dessa doença, tanto pelo saneamento ambiental como colocando a infraestrutura
da saúde adequada para seu controle.
Local de execução: Municípios de Alto Solimões, Sede: Centro de Estudos Superiores da UEA em
Tabatinga.
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Telefone: 97.3412-4192
Fax: 97.3412-4192
E-mail: ubpaz@ uea.edu.br
Endereço: Avenida Amizade # 74
Tabatinga-AM, Brasil
CEP: 69640000
■ Referências
LOPES, P, ALVES, J., LOURENÇO, P. Utilização de detecção remota para a determinação de
zonas de risco de contaminação por malária e a influência das alterações climáticas globais na
sua
expansão
–
Região
de
Algarve
como
caso
de
estudo.
http://air.dcea.fct.unl.pt/pedro_garrett/papers%5CRSMalaria.pdf. MARTINS, F.S.V.
CASTINEIRAS,
T.M.PP;
PEDRO,
L.G.F.
Malária.
http://www.cives.ufrj.br/informacao/
malaria/mal-iv.html 12-09-2005. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS/
OMS)- BRASIL Informativo: Clima e Saúde 13 de Novembro de 2000. SUCEN Superintendência
de controle de endemias MALARIA, http://www.sucen.sp.gov. br/doencas/ index.htm 2005.
McMICHAEL, A.J.; FOSTER, A.. Implicações da mudança do clima na malária em Karnataka,
índia.
Maio
2005.
climate_change_and_malaria.htm
www.brown.edu/Research/EnvStudies.Theses/full9900/creid/
Mulheres amazônidas fazendo a sua própria diferença
Vera Lúcia Lourenço Gurgel
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto tem na sua proposta o fortalecimento
organizacional voltado para o desenvolvimento empreendedor com sustentabilidade, buscando o
seu por meio do desenvolvimento organizacional e empoderamento para gerar renda, melhoria da
qualidade do tecido social comunitário e melhoria de vida das pessoas atores do projeto por meio
da incubação de pequenos negócios sustentáveis.
Principais objetivos: Fortalecimento organizacional; capacitação voltada para negócios
sustentáveis; incubação de grupos caminhando para a formalização de empresa cooperativa;
empoderamento e auto gestão do grupo; utilização e transformação de recursos naturais sem
degradar a natureza.
Local de execução: Porto Acre e Bujarí.
Instituição: Cooperativa Incubadora e Gestão Avançada – Ciga
Telefone: 68.3222-7390
Fax: 68.3227-1993
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua das Palmas, 136
Rio Branco-AC, Brasil
CEP: 69910560
O fazer virtuoso: geração de renda, empoderamento e consciência ambiental no igarapé Mata
Fome
Voyner Ravena Canete
Descrição resumida da proposta do projeto: O objetivo do projeto está relacionado à busca da
reconstrução da autoestima por meio da geração de renda em mulheres de áreas caracterizadas pela
exclusão social com vistas à formação de atores sociais proativos e participativos em uma
perspectiva de gênero. A reconstrução da autoestima viabiliza também para essas mulheres uma
nova relação com a família, com a comunidade e com elas mesmas, o que finda por caracterizar um
processo de empoderamento que se espraia, das relações pessoais e domésticas, para outras áreas
do cotidiano, assim como na relação e contribuição na comunidade em que esse grupo de mulheres
atua. Além do aspecto econômico torna-se necessária a perspectiva de multiplicar a experiência,
consolidando, assim, a proposta de criação de agentes multiplicadores da metodologia empregada.
O projeto aqui proposto busca consolidar um grupo de empreendedoras mediante uma experiência
já iniciada de geração de renda. A atividade base a ser desenvolvida é a realização de uma
qualificação e capacitação para atividades de reciclagem de papel e fibras de um grupo de 25
mulheres, com atuação na comunidade Bom Jesus, às margens do Igarapé Mata Fome avançando
com a proposta institucional da Unama que tem na questão de geração de renda a partir da ótica de
gênero, especificamente o empoderamento da mulher, um de seus focos de atuação. O objetivo do
projeto visa à busca de reconstrução da autoestima por meio da geração de renda em mulheres de
áreas caracterizadas pela exclusão social, com vistas à formação de atores sociais proativos e
participativos em uma perspectiva de gênero. O projeto, voltado para a geração de renda, busca
consolidar um grupo de empreendedoras mediante uma experiência já testada em outras duas
comunidades do entorno do igarapé Mata Fome e agora desdobrada para a comunidade Bom Jesus.
Principais objetivos: Capacitar e qualificar um grupo de mulheres para atuar como agente de
geração de renda na área do igarapé Mata Fome; capacitar e qualificar um grupo de especialistas
denominado como promotoras legais de saúde e direito com vistas a uma atuação destas enquanto
agentes multiplicadores das informações adquiridas; consolidar e manter um espaço de
empoderamento da mulher onde as informações para o acesso para o acesso aos direitos das
mulheres sejam garantidos; consolidar um espaço de empoderamento da mulher por meio da
multiplicação da metodologia utilizada na área do igarapé Mata Fome.
Local de execução: Comunidade Bom Jesus (bairro do Tapanã) às margens do igarapé Mata Fome.
Instituição: Universidade da Amazônia – Unama
Telefone: 91.4009-3120
Fax: 91.4009-3012
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Alcindo Cacela, 287
Belém-PA, Brasil
CEP: 66060000
Pastoral da Criança
Zilda Arns Neumann
Descrição resumida da proposta do projeto: A Pastoral da Criança é uma rede de solidariedade
formada mais de 242 mil pessoas capacitadas, trabalhando voluntariamente em todo o Brasil, no
combate à desnutrição e à mortalidade infantil e colaborando para a melhoria da qualidade de vida
das crianças brasileiras. É um serviço de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
– CNBB, que acompanha gestantes e crianças em bolsões de pobreza e miséria de todo o País,
independente de cor, raça, crença religiosa ou política.
Principais objetivos: A Pastoral da Criança desenvolve uma série de ações básicas de saúde,
nutrição, educação e cidadania em favor da gestante e do desenvolvimento integral da criança. Os
familiares das crianças acompanhadas, especialmente as mães, aprendem a valorizar e trabalhar
com vigilância nutricional, a identificar problemas de desnutrição, fortalecer o aleitamento
materno, alimentação enriquecida, controle de doenças respiratórias e diarreia, uso do soro caseiro,
prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de acidentes domésticos, e outras ações que
propiciam condições saudáveis para o desenvolvimento da criança. A Pastoral da Criança
desenvolve ações simples, baratas e facilmente replicáveis, para chegar às comunidades que mais
necessitam de apoio.
Local de execução: Região Amazônica.
Instituição: Pastoral da Criança
Telefone: 41.336-0250
Fax: 41.336-9940
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Jacarezinho, 1691
Curitiba-PA, Brasil
CEP: 80810900
Categoria ambiental
Monitoramento das áreas de atuação da Petrobras: potenciais impactos e riscos ambientais
da indústria do petróleo e gás no Amazonas – Piatam
Alexandre Almir Ferreira Rivas
Descrição resumida da proposta do projeto: A nova postura mundial e, particularmente
amazônida, sobre as questões ambientais tem exigido um constante monitoramento das atividades,
principalmente daquelas consideradas potencialmente poluidoras. Nesse cenário, a indústria do gás
e do petróleo do Estado do Amazonas vem buscando cada vez mais entender o ambiente
amazônico, a fim de melhor compreender os efeitos de suas atividades sobre esse exuberante e, ao
mesmo tempo, frágil ecossistema. Apesar de todo o esforço que essa indústria tem envidado no
sentido de desenvolver ferramentas para ajudar no monitoramento e na gestão ambiental da atividade, existem, ainda, muitas oportunidades de melhoria para que esses esforços se tornem efetivos.
Assim, considerando-se a necessidade de ampliação da base do conhecimento ecológico, social e
econômico, a Universidade Federal do Amazonas – Ufam, o Instituto de Pesquisas da Amazônia –
Inpa, a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – Fucapi e o Instituto
Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – Coppe, num esforço
convergente de interesses com a Petrobras e com a Financiadora de Estudos e Projetos – Finep,
apresentam o Piatam que, criado em 2000 como um projeto da Ufam, se transformou em um
programa interinstitucional de grande relevância para a geração do conhecimento necessário à
adequada conservação dos recursos naturais da Amazônia.
Com a denominação “Monitoramento das áreas de atuação da Petrobras: potenciais impactos e
riscos ambientais da indústria do petróleo e gás no Amazonas”, o Piatam é um grande programa de
pesquisa socioambiental criado para monitorar as atividades de produção e transporte de petróleo e
gás natural no Estado. O objetivo principal do programa é realizar a caracterização ambiental na
área de atuação da Petrobras no Estado do Amazonas, por meio da construção de séries históricas
úteis ao monitoramento ambiental. Além desse monitoramento, o programa também possui várias
ações de extensão por meio das quais busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida das
populações amazônicas, particularmente aquelas que residem nos quase 400 km ao longo das
margens do Rio Solimões, onde o programa atua diretamente. Todo os produtos gerados no Piatam
têm por base excursões padrões que ocorrem quatro vezes por ano, coincidindo com o período
hidrológico do Solimões/Amazonas, ou seja, seca, enchente, cheia e vazante. Nessas excursões,
pesquisadores das várias áreas interagem entre si e com as comunidades onde o Piatam operar.
Todo o trabalho realizado no campo é transferido para uma base de dados integrada, residente no
Sistema de Proteção da Amazônia – Sipam, a partir da qual pesquisadores geram várias
informações úteis ao monitoramento e conservação ambiental. Os principais resultados do
programa são a construção de uma série histórica de dados ambientais e sociais organizados numa
base de dados integrada e geo-referenciada; desenvolvimento de um sistema de gestão de projeto
ambiental que permite importantes ganhos de eficiência e eficácia no uso dos recursos escassos;
importante interação com as comunidades tradicionais que habitam a Região e que veem no Piatam
uma oportunidade de desenvolver uma relação do tipo ganho-ganho; desenvolvimento de
indicadores ambientais e sociais para uso na gestão ambiental e descobrimento de sítios
arqueológicos importantes para a história de uso e ocupação da Amazônia.
Por seus resultados altamente positivos, o Programa Piatam estimulou a criação do Piatam Mar,
cuja área de abrangência compreende os Estados do Amapá, Maranhão e Pará. Ele também é
modelo para a Petrobras para criação do Piatam Oceano, o qual cobrirá a área oceânica da
Amazônia. Atualmente as áreas de pesquisa do Piatam são arqueologia, doenças tropicais,
entomologia, flora, ictiofauna, limnologia, macrófitas aquáticas, Solos, modelagem ambiental e
sensoriamento remoto, socioeconomia, história e meio ambiente, tecnologia da informação,
comunicação, design e multimídia e gestão.
Principais objetivos: O Programa Piatam desenvolve importante papel na aglutinação de
competências, por meio da contribuição das ações da Petrobras no Estado, do aumento na sinergia
entre projetos de pesquisas local, nacional e internacional, e da geração de produtos importantes
para a sociedade.
OBJETIVO GERAL
Caracterização ambiental na área de atuação da Petrobras no Estado do Amazonas, por meio da
construção de séries históricas necessárias ao monitoramento ambiental, gerando dados e
informações sistematizados; contribuição na identificação de ações indispensáveis ao
desenvolvimento das populações ribeirinhas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Construir um sistema de informações geo-referenciadas aplicado ao planejamento, controle e
prevenção de danos socioambientais causados pelas atividades da indústria de petróleo e gás na
Amazônia, de forma a evitá-los e a reduzir seus potenciais impactos nos ecossistemas da região e
nas populações ribeirinhas; desenvolver uma metodologia para análise integrada dos dados
socioeconômicos e de segurança, meio ambiente e saúde, de modo a elaborar uma rotina de
diagnósticos periódicos como subsídio ao planejamento das atividades da indústria; criar uma
interface segura a ágil para o intercâmbio de dados e análises entre o banco de dados integrado
Piatam-Sipam, as instituições participantes do projeto e a indústria do petróleo; implementar a
utilização de sistemas de monitoramento e modelagem ambiental por meio de recursos tecnológicos
de última geração; identificar ações e oportunidades para a promoção da melhoria da qualidade de
vida das populações humanas na área de atuação da indústria de petróleo e gás no Amazonas; gerar
recursos humanos qualificados para trabalhar as questões de preservação ambiental e
desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Local de execução: Universidade Federal do Amazonas – Ufam.
Instituição: Universidade Federal do Amazonas – Ufam
Telefone: 92.3086-2920
Fax: 92.3647-4062
E-mail: [email protected], [email protected], [email protected]
Endereço: Av. Gen. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000, Campus Universitário, Reitoria. Bairro
Coroado I. Manaus-AM, Brasil
CEP: 69077000
Projeto piloto de recuperação da mata ciliar do igarapé do Parque Municipal do Mindu
Antônio de Lima Mesquita
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto em questão é prioritário para as áreas de
fragmentos florestais urbanos de Manaus, pois essa unidade municipal vem sofrendo a degradação
ambiental em função do rápido crescimento populacional da cidade de Manaus. Uma alternativa
viável para a preservação do igarapé do Parque do Mindu é a recuperação de sua mata ciliar, visto
que esse ecossistema desempenha importantes funções hidrológicas como filtragem de sedimentos
e nutrientes, controle no aporte de nutrientes, da erosão e ainda da temperatura do ecossistema
aquático. Além disso, a mata ciliar tem como função primordial o equilíbrio e manutenção da
biodiversidade, pois se constitui em abrigo e alimentação para ictiofauna, avifauna e mamíferos em
geral, por isso a existência ou recuperação. Diante desse contexto, a Ambiental Amazônia submete
este projeto ao Prêmio Samuel Benchimol, acreditando que o projeto contribuirá para a manutenção
do equilíbrio ecológico do Parque Municipal, bem como promoverá a sensibilização ambiental da
comunidade do entorno e uso racional dos recursos naturais.
Principais objetivos: Recuperação da Mata Ciliar do Igarapé do Parque do Mindu, com vistas à
melhoria da qualidade ambiental da área e do entorno do Parque; realizar 12 Palestras sobre
Educação Ambiental no Bairro do Parque Dez (Parque do Mindu); instalar Viveiro Rústico em área
selecionada no Parque Municipal do Mindu; treinar e capacitar 25 comunitários como agentes
multiplicadores de educação ambiental junto à comunidade, assim como instrutores no programa de
recomposição da mata ciliar mediante o replantio de espécies nativas ao longo do Igarapé do
Mindu; realizar duas campanhas ambientais na Comunidade do Bairro do Parque Dez; realizar
Plantio de 5.000 (cinco mil) mudas de espécies nativas ao longo do igarapé do Parque Municipal do
Mindu; elaborar mapas temáticos da Cobertura Vegetacional do Parque Municipal do Mindu para o
monitoramento desse ambiente fitoecológico; e, possibilitar o incremento na taxa de C02 visando à
inclusão do Parque Municipal no mercado internacional de Crédito de Carbono.
Local de execução: O Parque Municipal do Mindu está localizado no perímetro urbano de
Manaus, no bairro do Parque Dez de Novembro, ocupando uma superfície aproximada de 30,95 ha.
Instituição: Empresa Ambiental Amazônia Ltda.
Telefone: 92.3642-4898
Fax: 92.3642-4898
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Peru, número 13, Conjunto Eldorado, Parque Dez.
Manaus-AM
CEP: 69050500
Impacto ambiental e consequências socioeconômicas da expansão da agricultura no sudoeste
da Amazônia
Carlos Clemente Cerri
Descrição resumida da proposta do projeto: A crescente demanda de grãos, fibras e carne para
exportação tem acarretado significativas mudanças no cenário agrícola em todo território brasileiro.
Áreas nativas estão sendo ocupadas por pastagem e agricultura. Terras ocupadas com pastagem
estão sendo convertidas para agricultura, e aquelas em uso agrícola há mais tempo estão sendo
submetidas a sistemas de manejo mais intensivos e tecnicamente mais avançados. Os dois
primeiros usos e mudanças de uso da terra vêm ocorrendo em grandes proporções e de forma
bastante acelerada na Amazônia Legal. A atual fronteira agrícola, provavelmente a mais extensa do
mundo, abrange uma área com mais de 1 milhão de km2 nos Estados de Mato Grosso e Rondônia.
As mudanças no uso e cobertura da terra que vêm ocorrendo nos últimos 30 anos certamente estão
causando significativos impactos ambientais globais, sobretudo no que se refere ao aquecimento da
Terra. Além disso, a intensificação do uso agrícola pode estar provocando degradação das terras em
escalas regional e local.
A presente pesquisa baseia-se na hipótese de que a expansão agrícola no sudoeste da Amazônia tem
grande impacto ambiental, pois potencializa significativamente a emissão de gases do efeito estufa
– GEE para a atmosfera, tanto pelo desmatamento como pela degradação da matéria orgânica do
solo, embora gere benefícios socioeconômicos importantes, apesar de temporários, para a Região.
O objetivo principal é avaliar o impacto ambiental provocado pelo uso e mudança do uso da terra
no sudoeste da Amazônia nos últimos trinta anos no que se refere às emissões de gases do efeito
estufa (C02, CH4 e N20), expressos em C02 eq. Em complemento será avaliada a intensificação da
degradação da matéria orgânica do solo, fonte natural dos gases do efeito estufa, e seu efeito sobre
a produtividade agrícola.
Esta pesquisa também se propõe a analisar as implicações socioeconômicas em função da expansão
agrícola na Região que, juntamente com os objetivos anteriores, constituem elementos
indispensáveis para a formulação de planos de política pública que visam ao desenvolvimento
sustentável da Região. Para atingir o objetivo desta pesquisa multidisciplinar, faz-se necessária a
participação de pesquisadores com especialidades distintas. O cumprimento das atividades
propostas requer técnicas de geoprocessamento envolvendo sistema de informação geográfica e
sensoriamento remoto, viagens ao campo para coleta de solo, planta e gases, e levantamento de
dados socioeconômicos. Análises convencionais e isotópicas de atributos físicos, químicos e
biológicos do solo, avaliação das alterações na taxa de emissão dos gases oriundos do solo em
função da conversão do uso da terra e adoção de diferentes sistemas de manejos (convencional e
conservacionistas) completam o elenco de parâmetros a serem analisados. Para o tratamento dos
dados gerados será necessária a participação de especialistas em modelagem matemática, análises
estatísticas e de incertezas e em diversos aspectos de socioeconomia.
A estimativa da emissão de GEE para a atmosfera nos últimos 30 anos será efetuada para toda a
área dos Estados de Rondônia (239.349 km2) e Mato Grosso (907.035 km2). Esse cálculo
contemplará as emissões, quantificadas em condições de campo e laboratório, em função da
conversão dos diferentes tipos de vegetação nativa (floresta, cerradão e cerrado) em outros usos
(pecuária e agricultura), e também por causa dos diferentes usos da terra (pastagem, arroz, soja,
milho, algodão e suas respectivas culturas de sucessão) e práticas de manejo (sistemas
conservacionista e convencional).
No que se refere à degradação da matéria orgânica do solo – MOS serão avaliados aspectos
quantitativos (diferença dos estoques de C e N do solo com e sem interferência antrópica) e
qualitativos (origem do carbono introduzido no sistema solo, atividade biológica e estabilidade
estrutural do solo). Para obter os estoques de carbono e nitrogênio e qualidade da MOS, serão
coletadas amostras de solo nos vários locais representativos cobertos por diferentes tipos de
vegetação nativa, pastagem, culturas agrícolas e sistemas de manejo.
Os resultados obtidos na presente pesquisa, em associação com aqueles da literatura, serão
utilizados para alimentar modelos de simulação da dinâmica da MOS e emissão de GEE
contemplando cenários atuais, retrospectivos e prospectivos. Os resultados, associados com outros
da literatura, também constituirão uma importante base de dados de GEE, MOS e socioeconomia.
Durante o desenvolvimento do projeto, pretende- se organizar simpósios, seminários, cursos,
palestras, publicações técnicas e científicas e divulgação na mídia especializada para difundir os
conhecimentos. A interpretação dessas informações será oferecida a instituições que tratam de
políticas públicas ambientais.
Principais objetivos: O objetivo principal é avaliar o impacto ambiental provocado pelo uso e
mudança do uso da terra no sudoeste da Amazônia em função das emissões de gases do efeito
estufa (C02, CH4 e N20) nos últimos 30 anos. Em complemento, será avaliada a degradação da
matéria orgânica do solo, fonte natural dos gases do efeito estufa, e a produtividade agrícola. Essa
pesquisa também se propõe a analisar as implicações socioeconômicas em função da expansão
agrícola na região que, juntamente com os objetivos anteriores, constituem elementos
indispensáveis para a formulação de planos de política pública que visam à produção de alimentos
associadas ao desenvolvimento sustentável da região.
Como objetivos específicos destacam-se: estimar os estoques de carbono e nitrogênio contidos na
biomassa vegetal aérea dos principais tipos de vegetação nativa (floresta, cerradão e cerrado) e
avaliar as emissões de GEE em função da conversão para pastagem e agricultura; estimar os fluxos
(emissões/absorções) de GEE do solo em função do uso e cobertura da terra com pastagem e
culturas agrícolas sob sistemas de manejo conservacionista e convencional; estimar os estoques de
carbono e nitrogênio dos solos e outros atributos físicos, químicos e biológicos antes da
interferência antrópica na região e suas mudanças em razão dos cultivos e sistemas de manejo;
calcular as quantidades totais de C02, CH4 e N20 e expressá-las em termos de equivalente em C02.
Esses dados são básicos para pesquisas que avaliam a contribuição do uso e da mudança do uso da
terra no aquecimento global; Simular, por meio de modelagem matemática, os efeitos nos atributos
do solo e emissão de GEE em função dos diferentes cenários atuais, retrospectivos e prospectivos
de uso da terra e sistemas de manejo adotados para a produção de alimentos; analisar os impactos
socioeconômicos positivos e negativos decorrentes das mudanças do uso da terra, por meio de ciclo
de seminários e workshopscom a participação de especialistas; transferira base de dados e demais
informações científicas e tecnológicas obtidas nesta pesquisa a instituições de ensino e pesquisa e
órgãos governamentais que tratam de políticas públicas visando ao desenvolvimento sustentável da
região e do País; formar e/ou aperfeiçoar recursos humanos no âmbito de graduação e pósgraduação de instituições locais e regionais, por meio de cursos de extensão universitária e
palestras sobre as informações obtidas e que servirão de base para o processo de educação
ambiental.
Local de execução: Rondônia e Mato Grosso.
Instituição: Cena/USP
Telefone: 19.3429-4727
Fax: 19.3429-4726
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Centenário, 303
Piracicaba-SP, Brasil
CEP: 13416000
Remuneração por preservação: oportunidade amazônica no Protocolo de Quioto
Denis Minev
Descrição resumida da proposta do projeto: A Amazônia, a despeito de previsões milenaristas
catastróficas, entra no século XXI como a maior e mais bem preservada floresta mundial e uma
grande fornecedora internacional de serviços de sequestro de carbono da atmosfera. O Brasil, a
despeito de ter seu território largamente ocupado pela floresta e, portanto, ser o maior fornecedor
de tais serviços, nunca foi remunerado.
Nos últimos anos, finalmente, foram desenvolvidos mecanismos para a recompensa de iniciativas
que reduzem a emissão de carbono à atmosfera, no contexto do Protocolo de Quioto. Esses
desenvolvimentos apresentam uma grande oportunidade aos proprietários da Amazônia.
Esta proposta, por sua vez, está voltada a apontar uma alternativa que beneficie a Amazônia nesta
nova conjuntura internacional. No contexto desta proposta, em longo prazo, estima-se um potencial
de renda de R$45 bilhões por ano. A proposta é a criação de um sistema no qual se estabelece um
limite estadual de desmatamento. Permissões negociáveis de desmatamento (totalizando o limite
estadual de desmatamento) seriam leiloadas, sendo que a renda seria arrecadada aos cofres
públicos. As permissões poderiam, se não utilizadas para desmatar a floresta, ser transformadas em
CERs (Certificate of Emissions Reduction, ou Certificado de Redução de Emissões), instrumentos
negociáveis de sequestro de carbono no mercado internacional. Dessa forma, pela primeira vez,
seriamos remunerados pela não-utilização da Amazônia. A maior dificuldade seria negociar com o
conselho executivo da UNFCCC (United Nations Framework Convention on Climate Changeórgão ambiental da ONU) a aceitação de reduções de desmatamento como unidades de redução de
emissões de carbono. Atualmente tais reduções não são reconhecidas.
Principais objetivos: Esta proposta seria mais uma ruminação de propostas anteriores se o
contexto mundial não tivesse evoluído. A comunidade internacional vem caminhando desde 1992,
com a assinatura de mais de 180 países da UNFCCC, que iniciou o processo de redução da emissão
de GHG. Esse acordo evoluiu para o Protocolo de Quioto, no qual países desenvolvidos signatários
se comprometem a reduzir suas emissões de GHG aos níveis de emissão de 1990.
Uma proposta brasileira ao secretariado da convenção em Bonn, em 1997, evoluiu para a criação
do CDM (Clean Development Mechanism, ou Mecanismo de Desenvolvimento Limpo): caso os
países signatários não consigam reduzir suas emissões aos níveis estipulados ou descubram que tais
reduções são demasiado custosas para suas economias, o Protocolo de Quioto criou um mecanismo
para que esses países comprem CERs junto a países em desenvolvimento que tenham projetos de
CDM. Assim, reduções em países emergentes poderiam ser contabilizadas como reduções de
emissões por um país desenvolvido.
Um projeto CDM reduz, de forma não trivial, o volume de GHG que teria sido emitido à atmosfera
de outra forma. Os CDMs são a forma mais eficiente encontrada para reduzir emissões de GHG,
pois esses projetos são efetuados onde reduções de emissões são menos custosas (guiados pela mão
invisível de Adam Smith, um dos mecanismos mais brilhantes imaginados por economistas nos
últimos anos) e, portanto, podem gerar o melhor bem social e econômico.
Além do benefício de reduzir emissões de GHG CDMs trazem as seguintes vantagens: para países
em desenvolvimento, permite obter investimentos e renda de forma limpa e para países
desenvolvidos, permite alcançar os objetivos estabelecidos no Protocolo de Quioto a um custo mais
baixo.
CDMs já são uma realidade, mesmo no Brasil, onde um número razoável de projetos tem sido
autorizado, recebendo os valiosos CERs, unidades que têm sido vendidas no mercado internacional
a preços atraentes. Este ano, por exemplo, o valor de uma CER (equivalente à economia de emissão
de uma tonelada de GHG por ano) tem flutuado entre Euro 8 e 15. A maioria dos projetos
atualmente gera reduções de emissões entre 100 mil e 500 mil toneladas, que são considerados de
relativo pequeno porte.
Os parâmetros principais para um projeto qualificar como CDM (o que é essencial para obter
CERs) são: ir ao encontro dos objetivos de desenvolvimento sustentável do país-sede; reduzir
emissões de GHG além do business as usual; levar em consideração emissões fora do projeto mas
atribuíveis ao projeto; estar em país signatário do Protocolo de Quioto (o que o Brasil é).
Existem hoje alguns sérios entraves a qualificação e investimento em reduções de emissões da
floresta. Os principais são os três seguintes:
1. Limitações de emissão de CERs ligados a atividades florestais, dado que o foco principal
das emissões atuais aparenta ser por vias de atividades industriais. Guias que explicam a
implementação de um projeto CDM focam sempre em atividades que reduzem emissões e
não atividades que evitam emissões, que seria o caso da Amazônia. Para análise de
propostas de CDM foi criado um conselho executivo do CDM, nomeado pelos países
signatários da UNFCCC; este seria o principal órgão a ser convencido científica e
politicamente, da validade de reduções de desmatamento para consideração como CDMs.
2. A demanda por CERs é projetada de ser relativamente pequena até 2010. Dada a magnitude
amazônica, essa demanda é uma fração do nosso potencial. Estimativas do mercado de
negociação de carbono para 2010 variam entre 100 e 500 milhões de toneladas por ano
(CERs), a um preço estimado de US$11 por tonelada, fazendo com que o mercado potencial
seja de US$5,5 bilhões em 2010.
3. A duração limitada dos comprometimentos com o Protocolo de Quioto, que têm poder legal
somente até 2011. A partir de então um novo tratado deve ser estabelecido, indicando novas
metas. Tal incerteza deve ser considerada em qualquer esforço concentrado; caso a
incidência de eventos catastróficos naturais aumente até lá (que parece ser o caso com
furacões, enchentes e secas mais frequentes no nível global), é provável que um novo
protocolo seja adotado com medidas mais restritivas e com a participação de vossa senhoria,
superpotência mundial.
4. O Governo Federal atualmente dá prioridade a reflorestamento e não a nãodesflorestamento, conforme o texto abaixo do sítio do Ministério da Ciência e Tecnologia:
“Em princípio, dar-se-ia prioridade no Brasil para projetos de: • Fontes renováveis de
energia; • Eficiência/conservação de energia; • Reflorestamento e estabelecimento de novas
florestas; • Outros projetos de redução de emissões: projetos de aterros sanitários e projetos
agropecuários. De acordo com o ponto de vista do governo brasileiro, que segue a lógica do
ponto de vista da atmosfera, são esses os projetos que efetivamente podem contribuir para a
mitigação da mudança do clima”.
Para qualquer mudança internacional que valorize a preservação da Amazônia é necessário ter o
apoio e esforço de várias esferas do governo. Dentre estas, a mais importante é a Comissão
Interministerial de Mudança Global do Clima, a autoridade nacional que supervisiona projetos
CDM no Brasil. O Brasil é um dos países que tem se manifestado com mais intensidade na
implementação do Protocolo de Quioto (mais informações no sítio www.mct.gov.br/clima/quioto),
buscando, assim, trazer benefícios não só ambientais mas econômicos também. É importante que
essa visão empresarial do Ministério seja estendida à valorização da Amazônia para maximizar os
benefícios ao País e finalmente estabelecer um regime que justifique, nas palavras do Professor
Benchimol, o nadir econômico-social em que vive o homem amazônico frente ao zénite ambiental
à sua frente. Neste novo contexto mundial que começa a reconhecer o valor monetário de serviços
ambientais, o Brasil continua seguindo o caminho austero e altruísta de conter o desenvolvimento
amazônico em troca de apertos de mão. É razoável esperar que a Amazônia, como grande
provedora de serviços ambientais, seja também grande beneficiária desse processo.
Local de execução: Qualquer município ou Estado da Amazônia.
Instituição: Sociedade Fogás
Telefone: 92.8114-7366
Fax: 92.362-21354
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Fortaleza, 523 Apto. 1400
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69057080
Desenvolvimento de tecnologias agroecológicas inovadoras para o fortalecimento da cadeia
produtiva do frango caipira na região do Portal da Amazônia
Domingos Jari Vargas
Descrição resumida da proposta: O objetivo do projeto “Desenvolvimento de tecnologias
agroecológicas inovadoras para o fortalecimento da cadeia produtiva do frango caipira na região do
Portal da Amazônia” é de gerar e repassar conhecimentos sobre as boas práticas de produção de
frango caipira à base de ração alternativa. Serão desenvolvidas atividades de mobilização e
capacitação nos polos de atuação e visitas técnicas em todos os municípios. Sua duração é de dois
anos e meio. O projeto pretende realizar pesquisas e diagnóstico participativo com os agricultores
familiares da Região Amazônica sobre espécies típicas da Região Amazônia e da agricultura
familiar como alternativas para fórmulas de ração, estimulando a diversificação de culturas e
diminuindo os custos produtivos do frango caipira.
O projeto vai atender cerca de 70 famílias de agricultores familiares que são produtores de frango
caipira nos sete municípios da região do Portal da Amazônia, sendo eles: Terra Nova do Norte,
Guarantã do Norte, Matupá, Nova Santa Helena, Marcelândia, Alta Floresta, Carlinda. Serão
implantadas duas unidades de Fabricação de Ração Alternativa para frango caipira e uma Unidade
Agroindustrial de abate e processamento de frango caipira, todas em locais estratégicos que vão
beneficiar a todos os produtores. Serão ministrados cursos de formação e capacitação em
cooperativismo e associativismo. O investimento em qualidade de produto e na formação do capital
social e humano irão gerar resultados positivos para a região do Território do Portal da Amazônia
na forma de inclusão social, preservação ambiental e melhoria de renda para as famílias dos
agricultores. No final do projeto serão realizadas ações de intercâmbio e divulgação dos resultados
práticos e avanços conquistados e gerados a partir do projeto.
Principais objetivos: GERAL – Gerar alternativas de aumento de renda e melhora da qualidade de
vida do produtor rural da região do Território Portal da Amazônia; promover a inclusão social, a
redução da pobreza rural em famílias assentadas, por meio da criação e comercialização de frango
caipira; fortalecer e incentivar no Território do Portal da Amazônia ações de associativismo e
Cooperativismo. ESPECÍFICOS – Desenvolver a atividade de produção de frango caipira entre
agricultores familiares e assentados na região do Território do Portal da Amazônia; pesquisar e
disseminar formas alternativas e tecnologias inovadoras para compor a ração do frango caipira com
produtos oriundos da Amazônia; conceituar, por meio de palestras e reuniões, a ideia de
desenvolvimento sustentável e a importância da cultura local em agregar valores à renda familiar;
realizar, a partir de oficinas de trabalho, diagnósticos participativos para identificar e elencar as
prioridades e organização do trabalho; estruturar e/ou fortalecer as associações/cooperativas
existentes na região do Território Portal da Amazônia; ministrar cursos de aperfeiçoamento sobre a
produção coletiva e associativa; estudar e criar condições e possibilidades junto aos órgãos
competentes sobre a realização de feiras para produtos da agricultura familiar e produtos orgânicos;
identificar empresas potenciais com interesse na aquisição dos produtos da agricultura familiar;
articular as políticas públicas para o apoio aos processos de organização da produção e
comercialização dos produtos orgânicos da agricultura familiar; construção de um abatedouro e de
uma fábrica de ração para a produção de frango caipira.
Local de execução: A partir do Município de Terra Nova do Norte-MT, sede da Cooperativa dos
agricultores ecológicos do Território Portal da Amazônia – COOPERAGREPA, abrangendo
também os Municípios de Alta Floresta, Carlinda, Guarantã do Norte, Marcelância, Matupá, Nova
Guarita, Nova Santa Helena, Novo Mundo e Peixoto de Azevedo.
Instituição: Cooperativa dos Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia - Cooperagrepa
Telefone: 66.3534-1884
Fax: 66.3534-1884
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Ceará, 74. Centro
Terra Nova do Norte-MT, Brasil
CEP: 78.505-000
Criação de minhocas nativas e obtenção de húmus em composto orgânico obtido a partir do
resíduo de pescado
Elisiana Pereira de Oliveira
Descrição resumida da proposta do projeto: O projeto se propõe a empregar resíduo de pescado
que será coletado nas feiras de Manaus, colocado em tambores e cobertos com cal, permanecendo
nesse tambor durante 14 dias para desidratação e descontaminação do resíduo. Esse produto será
compostado com o pó de serragem e material areador (folhas) na proporção de 1:1:1, formando o
substrato a ser utilizado no experimento. Em dez bandejas de 40cmX30cmX10cm contendo o
composto orgânico, serão adicionadas 50 minhocas adultas que serão monitoradas semanalmente
para verificação da reprodução das minhocas, produção de húmus e mortalidade. O húmus
produzido será analisado físico-quimicamente para caracterização dos macro, micro nutrientes e
matéria orgânica incorporados no produto. Esse húmus será utilizado como adubo orgânico na
agricultura familiar, nos jardins públicos, em produção de mudas de plantas nativas da Amazônia.
Principais objetivos: Desenvolver uma tecnologia simples e de baixo custo para o aproveitamento
do resíduo de pescado, originado nas feiras livres de Manaus; avaliar a eficiência do processo de
compostagem utilizando o resíduo de pescado; domesticar minhocas nativas para substituição das
minhocas exóticas no processo de compostagem; Utilizar o húmus produzido como adubo
orgânico.
Local de execução: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Telefone: 92.3643-1828
Fax: 92.3643-1925
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. André Araújo, 2936 – Bairro do Aleixo
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69060020
Oficina-escola de resíduos: proposta para envolvimento e desenvolvimento sustentável do
Tupé, Manaus-AM
Eilen Barbosa de Andrade
Descrição resumida da proposta do projeto: A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do
Tupé – Redes do Tupé, localizada na área rural de Manaus-AM, é uma área de proteção ambiental,
integrante do sistema municipal de unidades de conservação e parte componente do mosaico de
áreas protegidas, estaduais e federais, situadas no Baixo Rio Negro, formando o Corredor
Ecológico da Amazônia. A presente proposta será realizada naquela reserva, sob a coordenação da
Universidade Federal do Amazonas – Ufam, por meio do seu Programa Tupé, em parceria com
outras instituições públicas e privadas, além de organizações sociais mas, principalmente, com
participação ativa das populações tradicionais daquela reserva – ribeirinhos, indígenas e caboclos
beneficiando diretamente seis comunidades da reserva e com potencial para beneficiar outras
pequenas comunidades isoladas similares na Amazônia.
Durante os três anos de sua realização, todas as atividades previstas serão desenvolvidas pela Ufam
e seus parceiros, de modo participativo e cooperativo, com estudos e ações integradas, buscando o
necessário envolvimento sustentável, indispensável a qualquer desenvolvimento qualificado como
sustentável. Os recursos humanos, materiais, de infraestrutura e financeiros necessários à realização
dessas atividades serão viabilizados com recursos próprios da Ufam e de seus parceiros, como
também com recursos a serem captados junto a entidades de fomento à pesquisa e ao
desenvolvimento rural sustentável, na expectativa de que o Prêmio Professor Samuel Benchimol
possa viabilizar apenas dois custos indispensáveis para a execução desta proposta: a) o pagamento
de bolsas para alunos da Ufam e para comunitários da Redes do Tupé, com dedicação exclusiva à
execução das atividades desta proposta, e; b) a aquisição de alguns equipamentos e ferramentas
básicas para iniciar a produção e a construção, naquela área protegida, de Módulos Sanitários
Residenciais – MSRs, cujo projeto original já foi desenvolvido pela Ufam e por artesãos da Redes
do Tupé, em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente –
Sedema/PMM.
Principais objetivos: OBJETIVOS GERAIS – Contribuir para a gestão ambiental participativa da
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé – Redes do Tupé, por meio da reflexão e da ação
integrada de agentes e agências da sociedade; colaborar para a formação continuada e permanente
dos agentes e agências sociais envolvidos na realização desta proposta, capacitando-os para
qualificar sua reflexão e ação nas etapas de planejamento, execução e avaliação, numa estratégia de
desenvolvimento do capital humano e social; contribuir para geração de ciência e tecnologia, a
partir da valorização da cultura regional e dos conhecimentos e vivências populares e acadêmicas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Planejar, implantar e avaliar um empreendimento comunitário – a
Oficina-escola de resíduos, na Redes do Tupé; produzir Módulos Sanitários Residenciais – MSRs,
em caráter demonstrativo do sistema produtivo a ser implantado na Oficina-escola de resíduos da
Redes do Tupé; implantar, nas comunidades da Redes do Tupé, os MSRs produzidos na Oficinaescola de resíduos dessa reserva; avaliar a sustentabilidade dos MSRs produzidos e implantados na
Redes do Tupé, como alternativa tecnológica de saneamento básico para pequenas comunidades
isoladas da Amazônia; realizar, ao longo de todo o período de implantação desta proposta,
atividades educativas abordando legislação ambiental, desenvolvimento sustentável, gestão
ambiental participativa, organização social, gestão de empreendimentos, economia solidária,
saneamento básico e demais temas relacionados à realização desta proposta; produzir material
educativo impresso e audiovisual de apoio às atividades desta proposta e para divulgação educativa
dessas atividades e de seus resultados.
Local de execução: Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé – REDES do Tupé, área
rural de Manaus-AM.
Instituição: Universidade Federal do Amazonas – Ufam
Telefone: 92.9981-7690
Fax: 92.3647-4432
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Gal. Rodrigo Octávio Jordão Ramos, 3000 – Campus UFAM – Faculdade de
Tecnologia – Coroado
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69070000
Estudo das condições de habitabilidade da comunidade quilombola do Abacatal
Erasmo Borges de Souza Filho
Descrição resumida da proposta do projeto: Esta proposta tem como objetivo o estudo e análise
das condições de habitabilidade na Comunidade do Abacatal, localizada no Aurá, em Ananindeua,
no Estado do Pará, e formada por remanescentes de escravos.
Isso implica um novo olhar sobre o ambiente em seus aspectos físicos, socioeconômicos e culturais,
onde se inserem pessoas, grupos e suas práticas, conceitos, além da troca de saberes e onde se
identificam e vivem.
Pensar o meio ambiente é pensar o meio ambiente como um todo, ou seja, o homem nas suas
múltiplas dimensões, repensando caminhos e alternativas que deem conta do dinamismo presente
no seu espaço de habitalibilidade. Isso implica num conhecer da realidade da comunidade, sua
história de vida, lutas, formas de organização e produção, principais problemas e dificuldades, que
auxilie na busca de políticas e ações voltadas para o fortalecimento da sua identidade e questões
socioambientais.
A partir dos resultados obtidos com este estudo, pretende-se não só dar um retorno reflexivo à
comunidade, mas, principalmente, subsidiar propostas, estratégias e ações com o envolvimento de
instituições acadêmicas e públicas. Nesse aspecto, o resultado desta pesquisa, que se volta para o
processo gradual de melhoria da qualidade efetiva de vida da comunidade, é o de propor estratégias
e iniciativas que possam ser operacionalizadas com políticas públicas saudáveis, tais como: saúde;
habitação; e meio ambiente, na sua totalidade.
O reconhecimento da gama de fatores que influenciam na saúde vem evoluindo desde os antigos
conhecimentos de saneamento básico, dirigido à prevenção e controle de riscos biológicos, até a
situação atual, em que se reconhece a importância da qualidade de vida e comporta uma série de
novos fatores de risco (químicos, psicossociais, físicos, sindrômicos) à saúde presente na habitação
e no péri-domicílio. Existem diversas evidências científicas que mostram que a saúde está muito
relacionada ao modo de viver das pessoas e as interações com o ambiente e não à ideia hegemônica
do determinismo biológico e genético. Os componentes da vida social contribuem para uma melhor
ou pior qualidade de vida.
A Promoção de Saúde como Política de Saúde tem no seu arcabouço princípios como
universalidade, integralidade, equidade, diretrizes de descentralização e organização hierarquizada,
constituindo uma visão ampliada em âmbito nacional e tendo como ponto central sua preocupação
com o processo gradual de melhoria da qualidade de vida, que será obtido pela implementação de
políticas públicas saudáveis. Políticas que exigem a ação intersetorial e uma nova institucionalidade
social, materializada por meio de propostas como a estratégia da saúde da família, desenvolvidas no
local. Estratégia que deve englobar o paradigma do ambiente como determinantes da saúde e ser
efetivada na habitação, como espaço essencial e veículo de construção da saúde da família.
O desafio está, então, na consolidação da intervenção sobre os fatores determinantes da saúde no
espaço construído entendendo como determinante da saúde a biologia humana, o meio ambiente e
estilos de vida, que são os três elementos que na habitação compõem as principais causas de
enfermidade e morte.
Principais objetivos: Fazer um estudo e análise das condições de habitabilidade, com o propósito
de levantar indicadores para a melhoria da qualidade de vida da comunidade, tendo como pano de
fundo as condições de habitabilidade, e, ao mesmo tempo, sugerir ações e políticas articuladas e
não fragmentadas ou pulverizadas, com os vários níveis do poder público Federal, Estadual e
Municipal.
Local de execução: Comunidade Quilombola do Abacatal, Ananindeua, Pará.
Instituição: Universidade da Amazônia – Unama
Telefone: 91.4009-3120
Fax: 91.4009-3119
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Municipalidade 949 Ed Marte 302
Belém-PA, Brasil
CEP: 66060902
A inclusão social por meio do aproveitamento sustentável dos recursos naturais e de solução
tecnológica apropriada
Fernando Santos Folhadela
Descrição resumida da proposta do projeto: No que se refere às estratégias de desenvolvimento,
pode-se caracterizar o final do século XX como sendo aquele que apresentou o esgotamento de
uma estratégia desenvolvimentista, pois elas têm se mostrado ecologicamente predatórias,
socialmente perversas e politicamente injustas, sem que as questões básicas da eficiência produtiva,
da eficácia alocativa, da justiça distributiva e do ordenamento institucional tenham se mostrado de
forma positiva . A busca do desenvolvimento econômico e social, hoje mais do que nunca, tem sido
a esperança de superação de desigualdades, agregação de valor, geração de emprego e renda e
propagação do bem-estar. Essa busca constante faz com que a soberania e a autonomia dos países
passem, em nível mundial, por uma nova leitura. Nessa leitura, estão incluídos o nível de
conhecimento, a educação e o desenvolvimento científico e tecnológico, já que alavancar o
desenvolvimento implica em acelerar a introdução desses elementos, lançando os alicerces
necessários para atingir o objetivo maior que é o de proporcionar qualidade de vida aos habitantes
da terra.
Corroborando com essa busca, o ambiente organizacional do século XXI é o da Sociedade da
Informação. Um ambiente em constante mutação, no qual a informação e o conhecimento
significarão valores mais do que necessários para que as empresas possam compreender essas
mudanças ambientais e, mais do que isso, possam se posicionar de forma competitiva no mercado.
Estamos diante de um novo paradigma técnico-econômico, de acentuada dimensão política (na
medida em que a infraestrutura de informações possibilita novos negócios) e social (em virtude da
sua capacidade de reduzir distâncias entre pessoas e aumentar o seu nível de informação e
conhecimento), gerando um fenômeno transformador global de integração.
Os últimos 20 anos testemunharam uma profunda reestruturação da economia, do papel dos
governos, das empresas e dos indivíduos. Esse contexto ensejou investigações de diversos
pesquisadores de sorte a entenderem, de forma sistemática, os determinantes da introdução de
novas estratégias tecnológicas e seus impactos na produção fabril e de serviços em vários locais,
por um quantitativo de empresas aglomeradas, de vários tamanhos, para a produção de bens e
serviços diferenciados, para serem vendidos em múltiplos mercados, quer sejam eles locais,
regionais ou internacionais.
Nesse sentido, a economia com base em conhecimento parece ser o modelo mais adequado para
uma nação obter o seu desenvolvimento econômico sustentável e estável. No entanto, apenas o
conhecimento não é capaz de gerar riqueza econômica, mas, se o integrarmos a um conjunto de
ações sinérgicas que harmonizem as ações do Capital Humano, da Pesquisa e do Desenvolvimento,
das Empresas, Instituições e Políticas Governamentais, teremos o ambiente ideal a propiciar os
meios necessários para alavancar os processos de inovação tecnológica, os quais são o clímax da
capacidade intelectual posta em prática.
O Brasil tem apresentado nos últimos anos avanços consideráveis na produção de conhecimento e
geração de inovações tecnológicas, implementando um sistema de C&T&I (Ciência, Tecnologia e
Inovação) bastante abrangente, formado, sobretudo, por instituições de ensino superior, institutos
de pesquisa e empresas públicas e privadas focadas na busca do conhecimento e de sua aplicação
prática no processo produtivo. Não se pode negar, infelizmente, que esse desenvolvimento ocorreu
de forma assimétrica, com forte concentração nas Regiões Sul e Sudeste e sem uma participação
ativa do setor empresarial, principalmente se compararmos o desenvolvimento do Brasil com os
países desenvolvidos do sudeste asiático.
A mobilização da sociedade e do Governo, para estimular um ambiente de participação entre o
setor produtivo integrado ao ambiente de pesquisa localizado nas universidades e institutos se
impõe, com a finalidade de aplicar o conhecimento gerado, na solução de problemas concretos do
dia a dia, produzir riqueza e gerar qualidade de vida. Um instrumento necessário para alavancar
esse ambiente foi a criação dos Fundos Setoriais, como instrumento de articulação e ações
conjuntas, envolvendo as instituições e assegurando recursos estáveis ao financiamento de soluções
que a sociedade espera.
Desde o início dos anos 80, percebe-se o dinamismo tecnológico e competitivo de aglomerações
industriais localizadas em regiões específicas, como por exemplo, o Vale do Silício, nos EUA, os
distritos industriais da Terceira Itália, detentoras de um forte poder de inovação, seja tecnológica ou
mesmo organizacional, e ainda o polo de microeletrônica para próteses, bio-ships, biosensores,
corações artificiais em Otawa, no Canadá, reconhecido cluster de pesquisa médica regional
desenvolvido por meios de fundos específicos.
Nesse contexto, nos países em desenvolvimento como o Brasil, é importante se discutir a
necessidade e a importância dessas aglomerações, pois essas concentrações espaciais de negócios
independentes que se comunicam, dialogam e transacionam para partilhar coletivamente tanto
oportunidades quanto ameaças, gerando novos conhecimentos, concorrência inovadora e chances
de cooperação. Esses aspectos é que deram origem ao tema desenvolvido neste trabalho.
Infelizmente, algumas instituições de ensino, pesquisa, órgãos governamentais e da iniciativa
privada, desconhecem a relação integradora que um Arranjo Produtivo Local – APL tem como
instrumento de desenvolvimento. A partir de sua implementação, muitos problemas podem ser
resolvidos por meio das ações integradoras que a ferramenta apresenta, principalmente no tocante à
conscientização do papel dos atores promotores do desenvolvimento, como o apoio estatal, político,
financeiro e de articulação com os institutos de pesquisa, agentes de inovação e classe empresarial.
Principais objetivos: Promover a inclusão social e a geração de renda, por meio do
aproveitamento dos recursos naturais e da aplicação de soluções tecnológicas apropriadas
desenvolvidas no Arranjo Produtivo Local – APL de Piscicultura do Estado do Amazonas,
permitindo a geração de alimentos para a subsistência familiar e o surgimento de pequenos
produtores e pequenos empresários entre as famílias assentadas; potencializar a divulgação do
conhecimento gerado pelos atores envolvidos, sistematizando um processo para implementação das
soluções apresentadas, como fatores fundamentais de geração de emprego e renda; incrementar a
produção de Matrinchã em cativeiro, consolidando nova tecnologia de criação em canais de
igarapés, em construções simples e de baixo custo, porém, com elevada produtividade e baixo
impacto ambiental.
Local de execução: Lotes do assentamento do Tarumã Mirim, Km 21 da BR-174.
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – Fucapi
Telefone: 92.3613-2470
Fax: 92.3613-2688
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Gov. Danilo Areosa, 381 – Distrito Industrial
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Produtos não-madeireiros Maués – PNM-Maués
Gisele Stark
Descrição resumida da proposta do projeto: A Floresta Estadual de Maués foi criada em 19 de
julho de 2003, com os objetivos de promover o manejo de uso dos múltiplos recursos naturais, a
manutenção e a proteção da biodiversidade, a recuperação de áreas degradadas, a educação
ambiental, bem como a melhoria das condições de vida das populações nela existentes. Ao longo
dos seus 438.442 ha, a Floresta Estadual de Maués representa uma oportunidade ímpar para o
desenvolvimento do município por meio do manejo florestal (o plano de manejo sustentável é uma
forma de extração, aprovada pelo Estado, que respeita o equilíbrio ecológico da área explorada) de
produtos como a andiroba, a castanha, o babaçu, o buriti dentre outras espécies promissoras.
Atualmente as mais de 15 comunidades inseridas na floresta se dedicam ao extrativismo e
comercialização de produtos in natura sem qualquer tipo de beneficiamento e orientação técnica. O
Projeto PNM Maués, é um projeto destinado à criar uma área de beneficiamento (fixa ou móvel) de
PNM adjacente à Floresta Estadual de Maués visando ao aproveitamento dos recursos naturais não
madeireiros pelas comunidades da Região. O entendimento da situação atual dos habitantes da
floresta e do processo extrativo desses recursos por eles praticado é fundamental para a elaboração
de proposta de exploração economicamente viável e sustentável. A criação de novas fontes de
renda para o município, além de garantir a sobrevivência das florestas adjacentes, agrega valor aos
produtos oriundos da exploração sustentável dos recursos e garante maior retorno às comunidades
envolvidas no processo. A organização dessa cadeia produtiva é fundamental para o
desenvolvimento de negócio rentável para as comunidades, além de contribuir para o
fortalecimento do agronegócio brasileiro, gerando produtos de qualidade garantida pela
implementação de procedimentos adequados à realidade da região, e garantindo o fornecimento do
produto ao mercado.
Principais objetivos: Este projeto tem como objetivo, primeiramente, identificar o potencial de
exploração de PNM na Floresta Estadual de Maués, principalmente aqueles usados na indústria de
cosméticos e perfumaria como óleos fixos e essenciais. Identificados os produtos e áreas propícias
para o manejo, pretende-se elaborar o Plano de Manejo, capacitar os comunitários em técnicas de
exploração sustentável e incentivar o plantio de espécies promissoras em áreas degradadas. Numa
segunda fase pretende- se selecionar os processos envolvidos na obtenção desses produtos,
desenvolver equipamentos e procedimentos adequados à produção de cada produto selecionado e
planejar a exploração comercial dos mesmos com o apoio da Prefeitura Municipal de Maués. A
construção de uma Unidade de Beneficiamento (fixa ou móvel) no município deve ser capaz de
atender a todas as comunidades da floresta, centralizando o processamento da matéria-prima na
unidade.
Finalmente pretende-se capacitar os operadores da agroindústria nos procedimentos a fim de
garantir a qualidade do produto final. Com a produção de lotes-piloto pretende-se analisar a
qualidade dos óleos vegetais em laboratório credenciado e promover os devidos ajustes no
processo. O projeto será desenvolvido juntamente com grupos já organizados (associações de
extrativistas, cooperativas) da floresta, e ao seu término será oficialmente repassado à comunidade.
A continuidade do projeto vai depender da manutenção da cadeia produtiva, mantida com o apoio
de diversos atores (públicos e privados), parcerias privadas e de mercado justo para os produtos
gerados. A Fundação Paulo Feitoza fará visitas semestrais de auditoria e verificação dos resultados
com a finalidade de acompanhar e propor ajustes que ainda se fizerem necessários.
Local de execução: Maués-AM.
Instituição: Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza
Telefone: 92.3614-9797
Fax: 92.3614-9700
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Gov. Danilo de Matos Areosa s/n lote 164
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69075351
Corredores de biodiversidade na Amazônia – evolução conceituai, práticas e as políticas de
desenvolvimento socioeconômico e ambiental. Caso do Estado do Amapá
Alandy Simas
Alberto Pereira Góes
Descrição resumida da proposta do projeto: A concepção deste projeto baseia-se na evolução
conceituai dos corredores de biodiversidade na Amazônia, nas práticas socioambientais voltadas
para o econômico e social das populações, dando importância a novos elementos inovadores do
processo de desenvolvimento do Estado do Amapá, tais como: a rede de cooperação institucional e
órgãos não governamentais que possa garantir a continuidade das parcerias envolvidas neste estudo
e a gestão dos recursos naturais desenvolvendo controle e monitoramento dessas ações.
Por definição, “Corredor de Biodiversidade” compreende uma rede de áreas protegidas entremeada
por áreas com diversos graus de ocupação humana, na qual o manejo é integrado para garantir a
sobrevivência de todas as espécies, a manutenção de processos ecológicos e evolutivos e o
desenvolvimento de uma economia regional forte e resiliente baseada no uso sustentável dos
recursos naturais (C.I., 2002). Dentro desse mesmo contexto foi conceituado paralelamente pela
Resolução do Conama n° 09/96 o termo Corredor Ecológico como “sendo uma faixa de cobertura
vegetal existente entre remanescentes de vegetação primária em estágio médio e avançado de
regeneração, capaz de propiciar habitat ou servir de área de trânsito para a fauna residente nos
remanescentes. Os corredores entre remanescentes constituem-se de faixas de cobertura vegetal
existentes nas quais seja possível a interligação dos mesmos, em especial, às unidades de
conservação e áreas de preservação permanentes”.
A partir dessa premissa básica e do amparado legal que as estratégias para conservação da
biodiversidade têm destacado a criação de unidades de conservação, de forma que
tradicionalmente, na maioria das vezes, se esquecem de considerar o processo de ocupação pelas
comunidades no seu entorno. Essas mesmas áreas possuem grande potencial de conservação da
biodiversidade e, para que isso ocorra, é necessário o desenvolvimento de técnicas de abordagem,
de forma que se possa estar incluído o manejo dessas áreas.
A importância da criação e implementação do Corredor de Biodiversidade emerge da necessidade
do desenvolvimento de práticas dinâmicas de gestão e de sua demarcação por meio de seus
representantes legais: órgãos federais, estaduais e municipais, bem como as escolas, associações,
produtores, extrativistas e pecuaristas que se encontram dentro desta proposta. Dessa forma,
estima-se que as escalas de estudo sejam ampliadas por meio de diversas ações de pesquisa
contínua, de forma a assegurar a evolução desses conceitos abordados por diversos autores nos
corredores de biodiversidade da Amazônia, bem como suas práticas de uso e formas de agregar
valor aos recursos naturais de forma a propiciar ao homem um saber que o permita viver em
harmonia com o meio ambiente.
O termo Corredor de Biodiversidade vem sendo usado por diversas instituições federais e ONGs
com abordagens similares e sempre correlacionando com a escala ou limite da área que se pretende
conservar, bem como as ações que se distinguem no que diz respeito à gestão e ao manejo dos
recursos naturais. Considera-se, portanto, que a parceria entre o Governo do Estado do Amapá com
a Conservação Internacional do Brasil – C.I. e Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais
Renováveis-Ibama tem sido o maior responsável pelo avanço desta proposta, que iniciou desde
setembro de 2003, despertando muitas expectativas promissoras de desenvolvimento para o Estado
do Amapá, bem como de interesses em comum com outras instituições ONGs.
Ao longo dos encaminhamentos de 2004 até junho de 2005, com a organização de duas reuniões
técnicas intituladas inicialmente a primeira “Desafios e Oportunidades” em que se apresentou a
referida proposta a fim de entender a concepção da ideia e oportunizar no processo as parcerias
participativas com os principais atores sociais inseridos no corredor. A segunda reunião técnica
“Consolidando Parcerias” teve como objetivo dar continuidade ao processo de construção do
Corredor de Biodiversidade do Amapá, uma concepção que concilia conservação e preservação
ambiental com desenvolvimento econômico e social promovendo melhor qualidade de vida aos
atores locais. Nessa reunião técnica foram disponibilizadas várias informações, entre as quais a
apresentação da proposta conceituai do corredor por vários Estados do Brasil e outros países tais
como em Washington (EUA). Percebeu-se que após todos esses momentos conquistou-se um
público de parcerias que se interessaram pelo projeto com o intuito de compartilhar essas ações. Ao
final da segunda reunião técnica do Corredor de Biodiversidade ocorrida em 2005, foi elaborado
um Protocolo de Intenções, firmando parcerias entre o Governo do Amapá, Ibama, CI, WWF, GTZ
Alemã, Museu Paraense Emílio Goeldi, Amigos da Terra e Fumbio. De posse de todos esses
interesses e articulações junto a vários órgãos públicos (MMA, MCT, MDA e SEAIN) nas esferas
Federais e organizações governamentais, foi proposto ao Estado do Amapá, pelo Ministério do
Meio Ambiente – MMA, um memorando de intenções para ser assinado até setembro de 2005.
A ideia de promover o desenvolvimento do Estado do Amapá por meio do Corredor de
Biodiversidade apoia-se na legislação do SNUC para se trabalhar na elaboração de atividades com
responsabilidade dos órgãos federais, estaduais e municipais. Para isso faz-se necessário um correto
planejamento e a integração dos referidos órgãos.
Dentro dessa programação do Corredor de Biodiversidade, a concepção é que haja uma visão
integrada das Unidades de Conservação e que as mesmas sejam utilizadas, ou seja, vistas como
instrumentos de ordenamento territorial para a gestão ambiental e o desenvolvimento econômico
nas áreas.
A partir desse entendimento, espera-se que as Diretrizes do Corredor de Biodiversidade do Estado
do Amapá que envolve os Polos de Desenvolvimento do Estado do Amapá trabalhe com todas elas
voltadas para o setor econômico e social sob a ótica da biodiversidade, sempre se preocupando com
as técnicas de manejo a serem usadas de forma sábia e que haja a continuidade das ações e serviços
ambientais da cadeia produtiva e empreendedora.
Principais objetivos: Contribuir para o desenvolvimento do Estado do Amapá, com bases
economicamente viáveis e sustentáveis que trate a conservação ambiental interrelacionada com o
desenvolvimento humano e econômico, permitindo, portanto, agregar novos conceitos à
conservação da biodiversidade no Estado do Amapá, de forma a proporcionar à sociedade da
Região Norte oportunidades de externar os desejos e expectativas reais para interagir com as
implantações e implementações das propostas criadas nas tomadas de decisões públicas.
Local de execução: Estado do Amapá.
Instituição: Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico
Telefone: 96.3212-4174
Fax: 96.321-4174
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Tiradentes, 263
Macapá-AP, Brasil
CEP: 68900000
Proposta para redução do impacto do esgoto sanitário de embarcações, flutuantes e palafitas
na Região Amazônica
João Tito Borges Homero
Antonio da Silva Neves Lacerda
Descrição resumida da proposta do projeto: Na busca de propor alternativas para o problema
causado pelos esgotos domésticos que vêm contaminando igarapés e águas subterrâneas, o projeto
objetiva desenvolver protótipos para o tratamento localizado desses esgotos. Os protótipos serão
adaptados para a Região Amazônica, visando a atender às enormes demandas por saneamento
básico existentes no Estado do Amazonas e na Região Norte. Nesse sentido, prevê-se a construção
de protótipos que possam se adequar a residências, instituições, pequenas empresas e embarcações
diversas.
No final será realizada a transferência das técnicas propostas para esse público, adequando-as aos
desafios propostos. O projeto pressupõe contribuir para a melhoria das condições de vida da
população, ao propor soluções para ajudar a solucionar a questão de saneamento básico nos
pequenos municípios, periferias das grandes cidades, embarcações e também de comunidades
isoladas da Região Amazônica.
Os protótipos terão volume útil afixado em aproximadamente 1 m3 com objetivo de realizar testes e
de facilitar o aspecto construtivo dos mesmos em função da confecção de moldes.
Principais objetivos: Projetar e implantar três protótipos de volume de 1 m3, para o tratamento de
esgoto em embarcações, palafitas e comunidades.
Local de execução: Igarapé de São Raimundo, Comunidade Nova Esperança (Tarumã), Flutuante
(a viabilizar)
Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica – Fucapi
Telefone: 92.3614-3002
Fax: 92.3613-2700
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Paraíba 670-5-303
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69057020
Projeto de desenvolvimento sustentável Jequitibá
Joel Mauro Magalhães
Descrição resumida da proposta do projeto: Projeto de Inclusão Social de Cunho Ambiental
para incorporar ao sistema produtivo agroecológico 140.000 ha de terras públicas federais da Gleba
Jacundá, recoberta por florestas, ombrófilas aberta e densa, insertas na subzona 2.1 da 2a Aprox. do
ZSEE/RO, por meio do assentamento de 650 famílias de trabalhadores florestais.
Principais objetivos: Promover o ordenamento territorial e ambiental de 140.000 ha de terras
públicas federais da subzona 2.1 da 2a Aprox. do ZSEE/RO, destinadas à exploração florestal;
promover o Manejo Florestal de Rendimento Sustentável Comunitário em 140.000ha de terras
públicas federais da Gleba Jacundá, visando ao uso múltiplo da floresta para aproveitamento
integral de produtos madeireiros e não madeireiros (raízes, cascas, galhos, folhas, flores, frutos,
resinas, taninos, látex, óleos, gomas, plantas medicinais e ornamentais e outros) além da produção
de mel, própolis, cera e desenvolvimento da piscicultura, em tanques redes, sem barramento dos
cursos d’água; desenvolver Sistemas Agroflorestais e Silvo-pastoris utilizando consórcios entre
espécies madeiráveis de grande valor econômico e rápido crescimento com fruticultura,
entremeados por cultivos agrícolas em arranjos polistratificados, como pe: Caixeta x Mamão x
Feijão; Teca x Coco x Amendoim; Andiroba x Café x Abacaxi; Seringueira x Pastagem etc.
Produzir óleo de copaíba; biodiesel a partir de babaçu; castanha-do-brasil; folha fumada e couro
vegetal a partir do látex de seringueira nativa, etc.
Local de execução: Gleba Jacundá, Município de Candeias do Jamari – Rondônia.
Instituição: Incra-Superintendência Regional de Rondônia
Telefone: 69.3229-1545
Fax: 69.3229-4017
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Lauro Sofré, 3050 – Parque dos Tanques
Porto Velho-RO, Brasil
CEP: 78904300
Comunidade no Jardim Botânico de Manaus – Adolpho Ducke
Jorge Luiz Ramos Lobato
Descrição resumida da proposta do projeto: O Jardim Botânico Adolpho Ducke está localizado
na Reserva Florestal Adolpho Ducke, a qual é palco das pesquisas do Inpa e de outras instituições
de pesquisa e ensino da Amazônia, do Brasil e do mundo. Por isso, a proposta do Projeto é
popularizar a Ciência, levando o conhecimento às comunidades carentes da periferia de Manaus,
destacando a importância e os benefícios do Jardim Botânico (da própria Reserva Ducke), bem com
das pesquisas ali desenvolvidas. Apesar da grande ênfase social, o Projeto melhor enquadra-se na
categoria ambiental.
Principais objetivos: Desenvolver a sensibilização para as questões socioambientais, a
preservação e a valorização da Reserva Ducke e do Jardim Botânico, por meio de ações educativas
que permitam a socialização de informações científicas, momentos de vivência afetiva, cognitiva,
cultural e de integração comunitária. Promover o contato com a flora e a fauna livres existentes nas
trilhas interpretativas, por meio de visitas orientadas (com guias) e oferecer atrações culturais
(encenações, corais, danças, gincanas, oficinas, palestras, etc.) vinculadas às temáticas
socioambientais e educativas do Projeto.
Local de execução: Jardim Botânico de Manaus – Adolpho Ducke.
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Telefone: 92.3643-3252
Fax: 92.3643-3252
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. André Araújo, 2936 – Petrópolis
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69083000
Coleta do lixo orgânico e químico (lixo branco)
José Roberto Guedes de Oliveira
Descrição resumida da proposta do projeto: Coleta seletiva do lixo de hospitais, laboratórios,
consultórios dentários, farmácias, pronto-socorros, postos de saúde, clínicas radiológicas e outras
similares, por pessoas previamente qualificadas, treinadas, sob a orientação dos órgãos da saúde,
prefeituras e secretarias municipais.
Principais objetivos: Trata-se de coleta específica do lixo orgânico e químico, considerado como
lixo branco, de empresas e estabelecimentos comerciais que tratam de componentes relacionados
com a saúde, evitando o contágio, acidentes pessoais com transmissões de doenças, etc.
Local de execução: Prefeituras de todo o País.
Instituição: Associação Preparando Pessoas-APP
Telefone: 3875-2827
Fax: 3875-5234
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Bororo, 218 – Vila Maria Helena
Indaiatuba-SP, Brasil
CEP: 13335500
Planejamento de transportes: estradas vicinais em áreas de várzea na Amazônia
Jussara Socorro Cury Maciel
Descrição resumida da proposta do projeto: A problemática dos transportes está sempre voltada
para questão urbana das cidades, uma vez que o fluxo de pessoas, cargas e serviços são mais
concentrados do que nas áreas rurais. Contudo, vale ressaltar que os transportes das áreas rurais
também possuem relevância no contexto do desenvolvimento econômico dessas áreas e para o
abastecimento das grandes cidades. Na Amazônia, os obstáculos relacionados aos transportes
possuem dimensão proporcional à área que ela ocupa, sendo que a concentração dos sistemas
também está voltada para as capitais, restando para as áreas rurais, alternativas tecnológicas
simplificadas no que diz respeito aos modais. As áreas de várzea do Estado do Amazonas possuem
um sistema bimodal, ou seja, rodo-fluvial, alguns municípios possuem estradas vicinais que fazem
ligação das áreas rurais com a sede e as cidades circunvizinhas.
Essas estradas são utilizadas tanto para o transporte da produção quanto para o transporte de
pessoas, apresentando função econômica e social para essas áreas. As especificidades das estradas
vicinais em área de várzea estão relacionadas à sazonalidade, pois durante um período do ano elas
estão alagadas, em função do ciclo hidrológico da Região. Outra característica, é que grande parte
dessas estradas não são pavimentadas. Contudo, as populações utilizam essas estradas mesmo
nessas condições. Além da preocupação logística dos transportes para estas áreas, há também, a
questão ambiental, uma vez que a várzea possui especificidades que necessitam ser preservadas,
mas com a interferência das estradas, essas áreas são impactadas. Nesse sentido, este projeto visa a
caracterizar as estradas vicinais em áreas de várzea, destacando as políticas de planejamento de
transportes voltadas para estas estradas e seu papel na Amazônia.
Principais objetivos: Apresentar as especificidades das estradas vicinais em áreas de várzea,
destacando as políticas de planejamento de transportes voltadas para estas estradas e seu papel na
Amazônia; realizar o levantamento das estradas vicinais nas localidades de Iranduba, Manacapuru e
Careiro da Várzea; avaliar as políticas públicas voltadas para as estradas vicinais; identificar, no
que tange a implantação de estradas vicinais, pontos que estimulem a adoção do planejamento
ambiental; caracterizar a produção agrícola das áreas que utilizam as vicinais.
Local de execução: Manacapuru, Iranduba e Careiro da Várzea.
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Telefone: 92.3671-4037
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua São Paulo n.° 138, São Jorge
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69033180
Treinamento de mateiros em identificação botânica como um subsídio para conservação por
meio do manejo florestal, o exemplo da família Anacardiaceae no vale do Jari, Monte
Dourado-PA
Márcia Orie de Sousa Hamada
Descrição resumida da proposta do projeto: A floresta amazônica é caracterizada por sua grande
heterogeneidade florística, porém pouco se conhece sobre as espécies que as compõem e suas interrelações. Muitos lugares nunca foram explorados botanicamente e alguns são considerados
desconhecidos em função da falta de material herborizado e de dificuldades de coletar material
botânico, tornando-se um obstáculo para os estudos de identificação que visam a conhecer melhor
as espécies. Outra dificuldade é que em inventários comerciais as espécies são chamadas por nomes
vernaculares, levando agrupamento de diferentes espécies sob um nome só e, com a variação em
nomes entre mateiros e entre regiões, causa confusões prejudiciais ao manejo e ameaça as espécies
mais raras ou menos conhecidas. A qualidade de identificação deveria ser um critério no processo
de certificação, e a metodologia de treinamento de identificadores das empresas buscando
certificação deveria ser uma área de importância para bom manejo. Este projeto tem como objetivo
investigar a ocorrência de espécies de Anacardiaceae no vale do rio Jari – Monte Dourado, Pará,
elaborando meios de identificação inovadores para melhorar o Manejo Florestal e o desempenho
dos identificadores no campo.
A confusão entre as espécies resulta num produto heterogêneo, de menor valor no mercado. O
agrupamento de espécies botânicas leva à ineficiência do manejo e especialmente deletério para as
espécies raras. Assim, a identificação botânica correta é muito importante para o manejo e
preservação das espécies, e está começando a ser vista como medida de avaliação para a
certificação. Cabe aos botânicos demonstrar a importância de boas identificações aos gerentes
florestais, e também trabalhar junto com as empresas para melhorar a qualidade do inventário.
Método da pesquisa.
O trabalho será desenvolvido nas áreas de exploração da empresa Orsa Florestal, localizada no
Município de Almerim, Estado do Pará, e também no Laboratório de Botânica da Embrapa
Amazônia Oriental. Com base no inventário florestal já realizado pelo grupo Orsa Florestal (Jari),
será coletado o material botânico da família Anacardiaceae, visando à área do inventário e as
árvores anteriormente plaqueadas e identificadas pela empresa, também serão realizadas coletas ao
acaso. As coletas botânicas consistirão em retirada de ramos com folhas maduras, que contenham
flores e/ou frutos, com auxilio do podão, e depositadas em saco plástico para o transporte. Durante
a coleta serão anotadas todas as características de campo da planta, como: altura e circunferência,
hábito, forma, disposição dos ramos, forma do tronco, tipo de exsudação, coloração das flores e
tamanho, textura e cor dos frutos, tipos de odor, nome vulgar e o seu uso. Essa metodologia de
coleta e conservação do material coletado está baseada segundo Martins-da-Silva (2002). Após a
montagem será identificado por meio da comparação entre as amostras do herbário da Embrapa
Amazônia Oriental (IAN) e do herbário do Museu Goeldi-MG, usando literatura especializada, se
for necessário mandando material para o especialista John Mitchell do Jardim Botânico de Novo
Iorque (NY). A partir dessa parte do estudo serão adquiridos dados quantitativos sobre a qualidade
de identificação da empresa e conhecimento prático sobre as características das espécies que
ocorrem na área.
Na segunda parte, o conhecimento das espécies e suas características morfológicas será usado para
desenhar e produzir materiais didáticos apropriados para mateiros. Usando esse material, e em
forma de uma aula prática especificamente sobre Anacardiaceae, será fornecido treinamento aos
mateiros da empresa no reconhecimento destas espécies no campo. Os mateiros vão continuar
inventariando, e depois de um tempo, será avaliada a qualidade das identificações feitas em novos
inventários pós-treinamento. A experiência e os comentários serão usados para melhorar a
qualidade do material didático. Espera-se, portanto, descrições botânicas das espécies ocorrentes,
de pelo menos dez espécies dessa família e conhecimento sobre as diferenças entre espécies e
variação dentro das espécies; elaboração e publicação de material didático para mateiros e
comunitários sobre a identificação; estatísticas sobre a eficiência de treinamento básico em
identificação dado aos mateiros e, assim, sobre a contribuição de botânicos no melhoramento da
base científica de manejo florestal; mateiros da empresa Orsa florestal capacitados para reconhecer
espécies raras; recomendações sobre treinamento em identificação, para subsidiar critérios de
certificação.
Principais objetivos: Investigar a ocorrência de espécies de Anacardiaceae no vale do rio Jari –
Monte Dourado, Pará; elaborar meios de identificação inovadores para melhorar o Manejo Florestal
e o desempenho dos identificadores no campo, mediante: levantamento e caracterização
morfológica das espécies da família Anacardiaceae ocorrentes na área; treinamento dos mateiros da
empresa, mediante cursos e palestras; verificação do impacto do treinamento nos mateiros.
Local de execução: Empresa ORSA Florestal no vale do rio Jari – Monte Dourado, Pará.
Instituição: Universidade Federal Rural da Amazônia – Ufra
Telefone: 91.3233-0032
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Curuçá, Ed. João de Lima Paes, no 866, apt.601,
Bairro do Telégrafo Belém-PA, Brasil
CEP: 66113250
Tecnologia em couro: curtimento de peles de peixes amazônicos utilizando curtente vegetal
Maria do Perpetuo Socorro Silva da Rocha
Descrição resumida da proposta do projeto: O interesse mundial em desenvolver tecnologias
limpas e aproveitar o potencial dos recursos naturais renováveis vem crescendo na última década.
Preservar o meio ambiente de poluentes é atitude que faz parte do diálogo dos cientistas, dos
empresários, dos tomadores de decisões, tendo em vista o potencial econômico da diversidade
biológica. O grande obstáculo enfrentado hoje é a falta de tecnologia direcionada para o
beneficiamento dos produtos regionais, decorrente da falta de investimentos na Amazônia. A
solução é investir pesadamente nos produtos regionais, não mais da forma utilizada no período do
extrativismo predatório, mas com uma necessária elevada taxa de valor agregado. O cromo
constitui o principal problema de poluição para a maioria dos curtidores. Não apenas por ser
utilizado em 90% da produção de couro, mas também por ter a reputação de ser um perigoso
contaminante, de difícil tratamento. Os conhecimentos adquiridos ao longo dos anos em curtimento
com pele de peixes, mais precisamente utilizando curtimento mineral, vêm agora investir esforços
em pesquisa, no desenvolvimento de novas tecnologias, voltadas ao curtimento vegetal (taninos).
Principais objetivos: Desenvolver processo de curtimento de peles de peixes substituindo o
curtente mineral (cromo) que é tóxico poluente, por curtentes naturais (taninos) de plantas da
Amazônia.
Local de execução: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa
Telefone: 92.3234-2170
Fax: 92.3643-1846
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua: Luiz Antony,882 Centro
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69010100
Uso sustentável e conservação de arraias de água doce no Rio Negro, Estado do Amazonas
Maria Lúcia Góes de Araújo
Descrição resumida da proposta do projeto: Introdução Arraias de água doce, Família
Potamotrygonidae são os únicos Elasmobrânquios que vivem exclusivamente em água doce
(THORSON, 1970). Esse grupo está confinado à região Neotropical, em Bacias com drenagem
para Oceano Atlântico (ROSA, 1985). A maioria das espécies ocorre no Brasil (17), com
distribuição em áreas restritas. A maior diversidade de espécies ocorre no Rio Amazonas e
tributários (COMPAGNO; COOK, 1995). Ao menos, 11 espécies de arraias de água doce são
encontradas em águas Amazônicas, com representantes dos três gêneros: Potamotrygon,
Paratrygon, e Plesiotrygonl (ROSA, 1985). Elasmobrânquios são predadores em todos os
ambientes aquáticos onde ocorrem, e as características peculiares do seu ciclo de vida os tornam
vulneráveis à exploração pesqueira (HOLDEN 1974, HOENIG; GRUBER, 1990). Além das
limitações impostas pelo ciclo de vida, as arraias de água doce apresentam restrições ambientais
que os Elasmobrânquios marinhos não apresentam pois estão confinadas em água doce
(COMPAGNO; COOK, 1995). As restrições ambientais, muitas vezes, tornam as arraias
vulneráveis à ação da pesca negativa. Em virtude da lesão causada pelo ferrão, que resulta para o
indivíduo lesionado em 6 horas de dor e necrose, os ribeirinhos têm por hábito matar ou mutilar as
arraias de água doce (CASTEX, 1963; CASTELLO, 1975; ARAÚJO, 1998).
Nas últimas duas décadas as arraias de água doce adquiriram importância econômica como peixe
ornamental. Atualmente, 16.000 unidades de arraias podem ser exportadas num regime de quotas
do Estado do Amazonas, por meio da Portaria regulatória 036/ 2003 do Ibama-AM. As quatro
espécies permitidas para exportação são: Potamotrygon motoro, Potamotrygon orbignyi,
Potamotrygon schroederi, e Potamotrygonsp (arraia cururu). Como uma exigência do artigo 60 da
Portaria No 022/98, e 30 da Portaria No 036/2003, a indústria de peixe ornamental do Estado do
Amazonas tem desenvolvido desde 1998 um plano de monitoramento para a utilização racional
desse recurso. Esse plano tem como objetivo desenvolver em médio prazo um programa de
conservação para as arraias de água doce, considerando não apenas a pesca de peixes ornamentais
sobre as populações mas também as mudanças nos seu habitat e o impacto da pesca negativa sobre
as populações dessas espécies. Pretende-se, portanto, elaborar um banco de dados para o
desenvolvimento de um programa de conservação para as espécies de arraias de água doce
utilizadas como peixe ornamental na Bacia do Rio Negro-AM.
A Portaria No. 036/2003 do Ibama-AM é a única portaria na América Latina que regula o uso de
Elasmobrânquios como peixe ornamental. Esse modelo de Portaria será usado pela SSG (Shark
Specialist Group-Cites) para elaboração em nível global de programa de conservação de arraias de
água doce. Esse programa só será possível com acompanhamento das populações e o uso
sustentável desse recurso. Área de coleta: todas as amostras serão provenientes do Rio Negro, das
áreas captura de peixes ornamentais da região de Barcelos (0°30’ S, 63°12’ W). Periodicidade – as
viagens de pesca serão realizadas junto com os pescadores de peixes ornamentais, com duração de
dez dias, durante a safra de pesca (setembro a março). Os locais de amostragens dentro de cada área
de captura serão randomizados de acordo com metodologia desenvolvida por Araújo (1998). As
variáveis ambientais tais como temperatura (°C), oxigênio dissolvido (mg/l), condutividade (mS), e
pH serão coletadas com auxílio de instrumentos de medição específicos, na área de captura, durante
o transporte e na área de exportação. A fauna bacteriana para o estudo da necrose da lesão será
determinada de acordo com protocolo de coleta e preparo desenvolvido por Matsuura (1998). Um
número mínimo de três peixes de cada espécie será utilizado neste estudo. O impacto da pesca será
avaliado de acordo com recomendações proposta para os Elasmobrânquios marinhos (HOFF;
MUSICK, 1990). O esforço de pesca será determinado para quantificação do CPUE. Um total de
50 indivíduos de cada espécie serão amostrados para análise de conteúdo estomacal, reprodução,
idade e crescimento. A técnica de marca e recaptura, com utilização de marca espaguete numerada
de 0 a 1000, será utilizada para validação dos estudos de idade e crescimento.
Principais objetivos: Determinar o ciclo de vida das espécies de arraias utilizadas como peixe
ornamental; determinar o impacto da pesca e das mudanças ambientais nas populações de arraias de
água doce utilizadas como peixes ornamentais, dando ênfase às espécies que são endêmicas da
Bacia do Rio Negro; estudar a mortalidade pós-captura (desde a área de captura até o centro
importador); estudar os aspectos clínicos associados com a lesão causada por acidentes com ferrão
de arraias; reduzir o impacto da pesca negativa sobre as populações de arraias de água doce, por
meio de um programa de educação ambiental com ribeirinhos e pescadores.
Local de execução: Barcelos.
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas
Telefone: 92.3214-9702
Fax: 92.3214-9700
E-mail: [email protected]
Endereço: Av. Carvalho Leal 1777. Cachoeirinha
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69065001
A educação ambiental como instrumento de preservação do meio ambiente amazônico:
proposta de criação de cartilha ambiental
Noeliana Rodrigues Laurido
Descrição resumida da proposta do projeto: A proposta “sub examine” emergiu da necessidade
de se trabalhar o estudo do meio ambiente e sua importância na escola, de forma pedagógica. O
objetivo principal do projeto apresentado é suscitar a importância da preservação por intermédio da
educação a partir da escola para a sociedade, enfocando aspectos educacionais e sociais que o
envolvem e despertar a consciência ambiental coletiva.
O meio ambiente abrange a natureza original e artificial, como bens culturais correlatos,
compreende, portanto, o solo, a água, o ar, a flora, as belezas naturais, o patrimônio histórico,
artístico, turístico, paisagístico e arqueológico, meio ambiente seria então, o conjunto de condições,
leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas. O direito ao meio ambiente ecologicamente preservado é direito
fundamental que encontra proteção no art. 225, caput, de nossa Lex Maior, asseverando que todos
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Nesse panorama, a educação ambiental surge
como instrumento de caráter preventivo do meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Um dos objetivos da educação ambiental é evitar que a utilização dos recursos naturais ocorra de
forma desordenada, causando gravame para todo o planeta, gerando poluição direta ao meio
ambiente. A poluição causa a degradação da qualidade ambiental e é resultante de atividades que
direta ou indiretamente prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população, criando
condições adversas às atividades sociais e econômicas, afetando desfavoravelmente a biota. A
preservação do meio ambiente, por expressa disposição constitucional, é dever do Estado, que será
exercitada por diversos instrumentos, sendo a educação ambiental um deles, que necessariamente
será trabalhada na escola, de forma transversal, com o escopo de sensibilizar os alunos da
preservação de todo o meio ambiente.
Como se pode observar, a aceleração da história apresenta desafios cada vez maiores, e diante da
necessidade de transformação dos parâmetros anteriores, em face dessa conjuntura, a educação
passa a adquirir novos significados no processo construtivo da sociedade e participativo na defesa
do meio ambiente. O sistema educacional, de fato, tem se mostrado como verdadeiro escudeiro da
sociedade, inserindo conhecimentos e informações que permitem uma mudança de pensamento e
uma postura responsável diante dos desafios deste século. Calha frisar que, em vista de sua
importância, a educação ambiental foi alvo de debates mundiais e emergiu como uma das
alternativas que a sociedade dispõe para conscientização coletiva. Dessa forma, diante das
crescentes ameaças à própria existência humana, uma vez que o meio ambiente tem influência
conexa com a vida, torna-se importante definir claramente as razões que se deve acreditar na
Educação Ambiental como forma de preservação ambiental. Tais considerações são elementares
para situar e entender a gênese do projeto, trabalhando a Educação Ambiental na escola, formando
mentalidades ambientalmente corretas e cidadãos capazes de modificar o cenário de poluição do
meio ambiente. A cartilha, por sua vez, instrumentaliza tais propostas, por se apresentar acessível a
todos os alunos, do ensino fundamental ao médio, usando linguagem simples e uma forma não
agressiva da necessidade de preservação ambiental.
O projeto iniciou com o desenvolvimento de estudos do meio ambiente e sua importância para a
perfeita qualidade de vida do ser humano. Passo seguinte surgiu à necessidade de instrumentalizar
os ensinamentos sobre educação ambiental de forma que fosse possível, em linguagem acessível e
simples, explicitar a necessária mudança de consciência a respeito do meio ambiente, a uma, por
ser de vital importância a nossa sobrevivência, a duas, pela sabença da esgotabilidade dos recursos
ambientais e sua influência direta no globo terrestre. Destarte, idealizou-se a confecção de uma
cartilha ilustrativa tratando do tema como nova estratégia pedagógica, ao mesmo tempo
trabalhando a importância da preservação do meio ambiente.
Importância da Proposta em relação ao Projeto pedagógico da escola: revela-se importante uma vez
que o tema “preservação ambiental” é integrante, ainda que transversalmente, das diretrizes
pedagógicas do Ministério da Educação. Mais ainda, por trabalhar com o alunado, que funcionara
como multiplicador de informações.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Suscitar a importância da preservação por intermédio
da educação a partir da escola para a sociedade, enfocando aspectos educacionais e sociais que o
envolvem. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Suscitar a importância da preservação ambiental às
sociedades modernas; despertar a consciência ambiental coletiva; apontar os estudos de educação
ambiental como um instrumento de preservação ambiental; criar uma cartilha de preservação
ambiental; trabalhar a necessidade de reciclagem do lixo urbano, de forma correta; criar de oficinas
para reciclagem do lixo, transformando em arte.
Local de execução: Manaus-AM.
Telefone: 92.3663-7726
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Rio Solimões 09 São Sebastião/Aleixo
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69067570
Monitores de trilhas para unidades de conservação em assentamentos agrários
Ronisley da Silva Martins
Jesuéte Pacheco Brandão
Jader Marconi de Albuquerque Portela
Francisco Everardo Girão
Descrição resumida da proposta do projeto: Propõem neste projeto desenvolver a sensibilização
socioambiental nos comunitários, visitantes e monitores de trilhas, tornando-os multiplicadores das
informações sobre percepção, interpretação e educação ambiental por meio de ações planejadas,
interagindo o homem com os meios culturais, sociais, ambientais, econômicos e históricos,
envolvendo todos os usuários e adeptos de uso de trilhas em unidades de conservação a refletir os
valores para a melhor qualidade de vida, visando à sustentabilidade dos recursos. Os monitores de
trilhas, além de proporcionar aos visitantes um contato direto com a natureza e levá-los a reflexão
da conjuntura dos valores, terá também uma formação para atuarem como gestores do ambiente
natural, no planejamento, implantação e manejo dos recursos.
O objetivo do projeto é despertar nos visitantes, comunitários e monitores de trilhas, uma visão
ampla dos diferentes ecossistemas e paisagem no ambiente, bem como a harmonia e interação do
homem com o meio de forma reflexiva, na construção do pensamento de respeito e valorização
com o meio para a melhoria da qualidade de vida. Os monitores de trilhas são indivíduos
responsáveis por coordenar e orientar as atividades dos visitantes, tendo como função despertar nos
visitantes a curiosidade para a observação detalhada do meio ambiente por meio de atividades
dinamizadas dentro de uma temática levando-os a discutir problemáticas referentes ao meio
ambiente e dando soluções para a melhoria da qualidade de vida. Deverão ser pessoas das
comunidades locais onde estão localizadas as unidades de conservação. Estas deverão ter
disposição para aprender as diversas técnicas de planejamento de trilhas, manejo, controle de
impacto, percepção e interpretação ambiental, em conformidade com as habilidades adquiridas no
decorrer do curso de formação. No curso de formação, eles passarão por treinamentos seguindo um
cronograma com alguns módulos para o cumprimento de uma carga horária de 135h com a duração
de três meses. As instruções serão passadas de forma teórica e prática, em que os alunos colocarão
em prática o que foi ensinado na sala de aula, por meio de algumas instruções em ambientes de
floresta.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Trabalhar na formação de valores socioambientais e
econômicos na troca de experiências e sensibilização para a construção do conhecimento,
motivando a mudança de atitudes positivas na interação com o meio natural, cultural, social,
histórico e econômico com ações planejadas, comprometidos com a geração atual e as futuras
gerações de forma sustentável. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Realizar um inventário de fauna e
flora; promover o ordenamento da visitação na unidade de conservação proporcionando alternativas
de atividades que possibilitam a compreensão dos indivíduos sobre as questões socioambientais,
histórico-culturais e econômicas; formatar e disponibilizar materiais de apoio para a realização de
atividades de interpretação e educação ambiental; proporcionar aos visitantes uma área de
interpretação ambiental instrutiva, que possibilite o acesso às informações das culturas ambientais;
promover cursos de formação e aperfeiçoamento para os monitores de trilhas e voluntários da
comunidade ao redor; promover oficinas periódicas com a comunidade local para sensibilizá-los
das questões ambientais locais e regionais visando à sustentabilidade; implantar programas de
campanha para sensibilização dos valores ambientais; incentivar as pessoas a conhecerem
ambientes naturais por meio de caminhadas planejadas; promover mudanças de comportamento por
de ações que submeta aos visitantes um contato direto com a natureza; ensinar de forma prática a
educação ambiental; propiciar o desenvolvimento do espírito de liderança e trabalho em equipe;
incentivar o espírito de empreendedorismo; promover a cidadania e civismo; implantar um sistema
de sinalização; implantar infraestrutura receptiva ao visitante; desenvolver projetos de
sensibilização para o desenvolvimento do ecoturismo; formar parcerias com entidades, ONGs,
Prefeitura de Manaus, órgãos ambientais e profissionais.
Local de execução: Comunidade Agrícola do Tarumã Açu do Assentamento Tarumã Mirim
localizado na altura do km 21 da BR 174, com acesso terrestre pelo Ramal do Pau-Rosa, e fluvial
pelos igarapés Tiú e o igarapé Tarumã Açu.
Instituição: Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Telefone: 92.3237-1435
Fax: 92.3633-7065
E-mail: [email protected], [email protected]
Endereço: Rua, 04 ,casa 11 , Alvorada III
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69043150
Mapa da reciclagem de Manaus
Rosana Zau Mafra
Descrição resumida da proposta do projeto: O “Mapa da reciclagem” é o resultado de uma
preocupação com o meio ambiente urbano onde as pessoas adiam certas limpezas dos seus porões
porque não querem jogar fora Materiais (refugos) aproveitáveis, mas não sabem o que fazer com
tais refugos. Essas pessoas querem saber visualmente e de forma mais objetiva onde se localizam
os centros ou postos voluntários de coleta e reciclagem desses materiais e o que vendem. As
pessoas também quase nunca sabem onde encontrar boas lojas de segunda mão ou outros centros de
reciclagem, pois não há endereços (informações sistemáticas) formais para disposição de material
pós-consumo de forma adequada. O mapa de reciclagem de Manaus informa: os locais que
compram e ou vendem objetos recicláveis / usados; e os locais que aceitam, voluntariamente,
materiais recicláveis / usados. Para a confecção do Mapa optou-se pela adaptação do mapa, já
existente, da cidade de Manaus, de tamanho 50 x 50, dobrável. Os locais e os materiais recolhidos,
comprados ou vendidos, e que constam no Mapa são os mais diversos: brechós, sebos, indústrias,
escolas, lojas, etc. que trabalham com papel, plástico, metal, etc. e estão identificados, na parte
FRONTAL do Mapa, com os símbolos correspondentes aos materiais recicláveis que recebem,
tratam e revendem, entre outros. Para detalhes sobre a transação daqueles materiais, os endereços e
ou contatos são apresentados no verso do mapa, obedecendo a lógica “Material Reciclável -Bairro”.
Principais objetivos: Auxiliar a população de Manaus a contribuir com o processo de reciclagem
por meio de informações visuais e, ao mesmo tempo, a conhecer melhor o entorno onde vive, além
de contribuir com os educadores ambientais para que tenham ferramentas metodológicas com
informações locais.
Local de execução: Diversos bairros de Manaus.
Instituição: Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas – Ciesa
Telefone: 92.8112-5977
Fax: 92.3642-4243
E-Mail: [email protected]
Endereço: Travessa 2 de Agosto, 161, Bairro União
Manaus-AM, Brasil
Cep: 69050670
Filtro ecológico para remoção de metais pesados
Ugo Souto Orlando
Descrição resumida da proposta do projeto: Em tempos recentes, em função da grande
preocupação dos impactos que os processos industriais estão causando no meio ambiente, muitos
pesquisadores estão tentando minimizar o uso de reagentes químicos perigosos e desenvolvendo
tecnologias limpas e alternativas para sintetizar novos materiais. Desde o início dos anos 70,
resíduos da agricultura têm sido foco de estudos e investigações por sua grande facilidade de reagir
e formar polímeros. Resíduos de agricultura, tais como casca de arroz, bagaço de cana de açúcar,
serragem e casca de coco têm sido aplicados como eficientes materiais para remoção de metais
pesados e outros contaminantes em águas industriais. O uso desses resíduos da agricultura
certamente está ajudando a minimizar a condição não ecológica desses materiais no meio ambiente
e, ao mesmo tempo, criando novas alternativas eficazes para utilização desses resíduos sólidos.
Convencionalmente, resinas de troca catônica são produzidas a partir da celulose, derivados de
petróleo e resíduos da agricultura utilizando reagentes químicos perigosos e em etapas múltiplas do
processo de polimerização. Em muitos casos, solventes orgânicos, agentes dissolvedores de
celulose e alguns tipos de catalisadores são utilizados para aumentar a eficiência do processo
químico. Este presente projeto apresenta o método mais simples até hoje descoberto, eficiente e
ambientalmente correto para o preparo de resinas de troca iônica, a partir de um resíduo da
agricultura disponível em grande escala em países de clima tropical, o bagaço de cana-de-açúcar. A
resina de troca catiônica foi sintetizada após reação com ureia e bagaço da cana-de-açúcar com
auxílio de radiação em microondas e em forno simples de aquecimento. Essas resinas, tendo ureia
como grupo funcional, possuem dois átomos doadores de elétrons responsáveis pela capacidade de
adsorção, isto é, um átomo de oxigênio e um átomo de nitrogênio. Ureia foi utilizada como não
tóxico reagente, e por ser um sólido e estável em temperatura ambiente, de acordo com a
publicação (EPA, Office of Solid Waste and Office of Pollution Prevention and Toxics, 1998,
Waste Minimization Prioritization Tool, Spreadsheet Document for the RCRA Waste Minimization
PBT Chemical List Docket. #F-98-MMLP-FFFFF, EPA,Washington, DC. September), não é
classificado em nenhum ranking internacional como reagente nocivo à saúde e perigoso para o
meio ambiente. Bagaço considerado como um dos mais abundantes e disponíveis resíduos de
agricultura em países tropicais, com uma produção anual global de 234 milhões de toneladas, foi
facilmente convertido em uma resina de troca catiônica com alta afinidade para remoção de cobre e
mercúrio. Os resultados foram comparados com uma resina com forma macroreticular contendo
grupos funcionais tiol (S-H) comercialmente disponível no mercado, Duolite GT-73.
Principais objetivos: Descobrir um método eficiente e aplicando conceitos de tecnologia limpa
para produção de resinas de troca catiônica com alta afinidade na remoção de metais pesados;
produzir filtros com as resinas e ofertara um custo baixo para população de baixa renda,
principalmente para aquelas famílias que moram no interior do Estado e que fazem uso da água do
rio com alta concentração de metais pesados; testar as resinas como filtros para remoção de outros
metais pesados além de cobre e mercúrio; criar novas alternativas no Brasil para reutilização e
reciclagem de resíduos sólidos, produzindo resinas com eficiência comparáveis com as produzidas
a partir de derivados de petróleo e largamente utilizadas nos filtros para obtenção de água
deionizada. Além de o método ser simples, utilizando apenas uma etapa de polimerização, não
utilizando solventes orgânicos, catalisadores inorgânicos e outros reagentes nocivos a saúde e ao
meio ambiente, os filtros devem ser testados quanto a seu aspecto microbiológicos.
Local de execução: Manaus ou interior do Estado.
Instituição: Greenwich Engenharia Ambiental Ltda.
Telefone: 92.3234-2220
Fax: 92.3633-8280
E-mail: ugosouto@greentechambiental
Endereço: Rua Visconde de Porto Alegre 1019, Centro
Manaus-AM, Brasil
CEP: 69020130
Comunicação e educação para gestão ambiental e transferência de tecnologias em
comunidades ribeirinhas do Rio Madeira, Porto Velho-RO
Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira
Descrição resumida da proposta do projeto: A expansão das atividades agropecuárias e o
crescimento populacional das comunidades rurais do entorno de Porto Velho têm provocado uma
pressão sobre o uso dos recursos naturais em áreas de floresta e nas várzeas do Rio Madeira.
Ocorre, pois, a necessidade de se desenvolver um processo articulado de gestão ambiental,
mediador dos conflitos socioambientais, tendo por princípio a participação das comunidades locais
em atividades e projetos que visem ao uso equitativo e sustentável de recursos naturais, a
conservação da diversidade biológica, e o aprendizado dessas interações. Nesse contexto, o
objetivo do projeto é desenvolver um processo de comunicação para a transferência de tecnologias,
por meio de estudos que valorizem o saber local e gerem bases de informação e disseminação do
conhecimento sobre os recursos naturais, como estratégia para promover a participação de
agricultores familiares na gestão de recursos naturais em comunidades ribeirinhas do Rio Madeira,
em Porto Velho-RO.
As comunidades selecionadas, Cujubim Grande (74 famílias) e Porto Seguro (82 famílias)
desenvolvem atividades agroextrativistas, principalmente a pesca artesanal e a agricultura de
subsistência, buscam alternativas de produção para minimizar o impacto sobre a atividade
pesqueira, e estão inseridas no programa de produção de alimentos para o Fome Zero. Será
promovida uma abordagem interdisciplinar e interinstitucional da gestão dos recursos naturais,
utilizando-se metodologias e técnicas que articulam componentes de comunicação e educação para
a gestão ambiental, planejamento participativo e construção coletiva do conhecimento, levando em
conta a contribuição dos conhecimentos tradicional e científico. Espera-se com esse projeto
promover a inserção de princípios da Educação Ambiental no processo de Pesquisa e Transferência
de Tecnologia, em comunidades ribeirinhas gerando métodos e procedimentos que possam ser
empregados em outras comunidades habitadas por populações tradicionais, de modo a aumentar
suas capacidades de administrar o uso dos recursos naturais de maneira sustentável.
Principais objetivos: OBJETIVO GERAL – Desenvolver processo de comunicação e educação
para a gestão ambiental – por meio de estudos que valorizem o saber local e gerem bases de
informação e disseminação de conhecimentos sobre a realidade local – como estratégia para
promover a participação de agricultores familiares na gestão dos recursos naturais em comunidades
ribeirinhas do rio Madeira em Porto Velho-RO. OBJETIVOS ESPECÍFICOS – Construir
coletivamente, conhecimentos sobre a realidade local, por meio de estudos e discussão sobre
aspectos legais, ambientais, operacionais e sócios econômicos das atividades extrativistas agro
florestais: com ênfase em plantas medicinais e ornamentais; frutas, óleos vegetais, e quintais
agroflorestais; desenvolver estudos agroecológicos sobre o manejo e conservação do solo e água,
no sistema produtivo da mandioca; construir, coletivamente, conhecimentos sobre a realidade local,
por meio de estudos e discussão sobre aspectos legais, ambientais, operacionais e sócios
econômicos da atividade pesqueira artesanal, nas comunidades beneficiárias; viabilizar a
participação comunitária no processo de comunicação, educação e planejamento para a gestão
ambiental; inserir princípios da educação para a gestão ambiental no processo de pesquisa e
transferência de tecnologia; promover eventos de capacitação para a produção agroecológica e
otimização do uso dos produtos extrativistas.
Local de execução: Porto Velho-RO.
Instituição: Embrapa Rondônia
Telefone: 69.3222-0014
Fax: 69.3222-0409
E-mail: [email protected]
Endereço: Br 364. km 5,5
Porto Velho-RO, Brasil
CEP: 78900970
REGULAMENTO DO PRÊMIO 2005
PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL 2005
Seção I – Introdução
Art. 1o. O Prêmio Professor Samuel Benchimol foi instituído pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior – MDIC, em parceria com o Pró-Amazônia, instituição integrada
pelas Federações de Indústrias da Região Amazônica, a Federação de Indústrias do Estado do
Amazonas, a Confederação Nacional da Indústria – CNI e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas – Sebrae Nacional. Associaram-se a essa iniciativa os Ministérios do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, do Meio Ambiente, da Integração Nacional, da
Ciência e Tecnologia e do Turismo e o Banco da Amazônia com o objetivo de:
1. Promover a reflexão sobre as perspectivas econômicas, ambientais e sociais para o
desenvolvimento sustentável da Região Amazônica;
2. Fomentar a interação permanente entre os setores governamental, empresarial,
acadêmico e social da Região Amazônica; e
3. Identificar, avaliar, selecionar e divulgar projetos de interesse empresarial e
oportunidades de investimento a potenciais financiadores, públicos ou privados.
Art. 2o. A seleção dos projetos a serem premiados será realizada por uma Comissão Julgadora
especificamente designada na forma deste regulamento.
Seção II – Das Inscrições
Art. 3o. As inscrições para o Prêmio Professor Samuel Benchimol deverão ser realizadas pelo site
www.amazonia.desenvolvimento.gov.br, na forma do Formulário de Inscrição especificado no
Anexo I – Inscrição. As propostas poderão ser feitas por qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro
vinculado a uma instituição nacional e associado a um cidadão brasileiro, sendo incentivadas as
inscrições por parte de:
1. Instituições de representação empresarial, sindical ou profissional;
2. Instituições universitárias ou de pesquisa sediadas no País ou no exterior;
3. Instituições de crédito e financiamento, de direito público ou privado, inclusive as
multilaterais;
4. Instituições, públicas ou privadas, devotadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia;
e
5. Instituições que tenham o objetivo de promover o desenvolvimento regional, nacional ou
internacional.
Seção III – Da Comissão Julgadora e do Processo Seletivo
Art. 4o. Fica instituída uma Comissão Julgadora com o objetivo de selecionar até 9 (nove) projetos
para o Prêmio “Professor Samuel Benchimol” a serem classificados em três áreas:
econômica/tecnológica, ambiental e social.
Parágrafo Primeiro – A Comissão Julgadora será constituída por 15 (quinze) membros, a convite do
Presidente Executivo do Prêmio “Professor Samuel Benchimol”, obedecendo a seguinte
composição:
a) 6 (seis) representantes do governo federal (MDIC, MCT, MT, MMA, MDS, Ml);
b) 1 (um) representante dos governos estaduais da região;
c) 2 (dois) representantes do setor empresarial da região;
d) 2 (dois) representantes do setor acadêmico e de pesquisa regional;
e) 2 (dois) representantes de potenciais investidores e financiadores dos projetos; e
f) 1 (um) representante do Confeag e 1 (um) representante da Suframa.
Parágrafo Segundo – A função de Secretário Técnico do Prêmio “Professor Samuel Benchimol”,
inclusive do processo de julgamento, será exercida por um representante da Secretaria de
Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Parágrafo Terceiro – A Comissão Julgadora, que será presidida pelo Secretário de Tecnologia
Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, realizará, pelo menos,
duas reuniões plenárias presenciais, a de abertura e a de finalização dos trabalhos. As demais serão
realizadas, preferencialmente, por meio eletrônico.
Art. 5o. A Comissão Julgadora avaliará apenas as propostas inscritas em plena observância do
disposto nos termos da Seção II.
Parágrafo Primeiro – A avaliação das Propostas se fará mediante a pontuação atribuída pelos
membros da Comissão Julgadora. Para efeitos de pontuação, a Comissão Julgadora levará em conta
os seguintes sete critérios: benefícios a serem gerados; os custos de execução; o prazo de
implantação; a originalidade da proposta; a coerência com as políticas públicas definidas para a
região; a atratividade financeira; e a viabilidade técnica e econômica.
Parágrafo segundo – Em caso de empate entre Propostas, a Comissão Julgadora Temática é
soberana para estabelecer o processo de desempate a partir dos critérios de avaliação.
Art. 6o. Após a seleção de até 09 (nove) Propostas de Projetos, caberá ao Secretário Técnico do
Prêmio Professor Samuel Benchimol a comunicação aos candidatos do resultado do julgamento.
Seção IV – Da Premiação
Art. 7o. Os projetos e as propostas selecionados pela Comissão Julgadora serão agraciados com o
Prêmio “Professor Samuel Benchimol”. O valor total da premiação para cada categoria será de R$
50.000,00 (cinquenta mil reais), sujeitos a dedução de IR.
Parágrafo Primeiro – No caso de serem selecionados três projetos em uma mesma categoria, caberá
ao primeiro colocado receber o valor de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); ao segundo
colocado, R$ 15.000,00 (quinze mil reais); e ao terceiro colocado, R$ 10.000,00 (dez mil reais). No
caso de serem selecionados dois projetos, caberá ao primeiro colocado receber R$ 35.000,00 (trinta
e cinco mil reais) e ao segundo colocado, R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
Seção V – Prazos
Art. 8o. O Prêmio “Professor Samuel Benchimol” atenderá o seguinte cronograma: Inscrições:
02/05/2005 a 23/09/2005 Julgamento: 25/10/2005 Entrega do Prêmio: 24/11/2005
Seção VI – Disposições Finais
Art. 9o. Caberá à Comissão Organizadora do Prêmio Professor Samuel Benchimol decidir sobre
casos omissos ao presente regulamento.
PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL AWARD 2005
Regulation
Section I – Introduction
Art. 1. The Professor Samuel Benchimol” Award and the Annual Forum on the Amazon were
established by the Ministry of Development, Industry and Foreign Trade – MDIC under a
partnership with Pró-Amazônia, an institution embodying the Federations of the Industries in the
Amazon Region, the Federation of Industries of the State of Amazon, the National Confederation
of Industry – CNI and the Brazilian Service for the Support to the Micro and Small Enterprises –
National SEBRAE, and their objectives are:
1) To promote the reflection on the economic, environmental and social perspectives for
the sustainable development of the Amazon Region;
2) To foster the permanent interaction among the government, business, academic and
social sectors in the Amazon Region; and
3) To identify, evaluate, select and disseminate projects of business interest and
opportunities for investment and potential public or private sponsors.
Art. 2. The Annual Forum on the Amazon will be divided into three Panels for the presentation and
discussion of projects, strategies and policies for the sustainable economic development. The
Panels will consider the three main aspects of the theme: economic/technologic, environmental and
social. Each panel will have the presentation of up to three projects contemplated with the
“Professor Samuel Benchimol” Award.
Art. 3. The selection of projects rewarded and presented at the Panels will be performed by a
Judging Commission especially nominated pursuant to these regulations.
Section II – The Registrations
Art. 4. The registrations for the “Professor Samuel Benchimol” Award shall be made at the site
www.amazonia.desenvolvimento.gov.br, through the Registration Form specified in Attachment I –
Registration. The proposals can be submitted by any Brazilian citizen or foreigner tied to a national
institution and associated with a Brazilian citizen, being encouraged registrations by:
1) Institutions representing the business, union or professional sectors;
2) University or research institutions located in Brazil or abroad;
3) Credit and financing institutions, of public or private law, including the multilateral
ones;
4) Public or private institutions dedicated to the Amazon sustainable development; and
5) Institutions which objective is to promote the regional, national or international
development.
Section III – The Judging Commission and the Selection Process
Art. 5. A Judging Commission is hereby established with the objective of selecting nine (9)
projects for the “Professor Samuel Benchimol” Award to be classified under three areas:
economic/technological, environmental and social. The projects selected will compose the panels
on themes at the Annual Forum on the Amazon.
Sole Paragraph – The Judging Commission shall be composed of twelve (12) members, invited by
the Executive President of the “Professor Samuel Benchimol” Award and of the Annual Forum on
the Amazon, according to the following composition:
a) Five (5) representatives form the federal government (MDIC, MCT, MMA, MDS, Ml);
b) One (1) representative from the state governments in the region;
c) Two (2) representatives from the business sector in the region;
d) Two (2) representatives of the academic and the regional research sectors; and
e) Two (2) representatives from potential investors and sponsors of the projects.
Second paragraph – The duties of the Technical Secretary of the “Professor Samuel Benchimol”
Award and the Annual Forum on the Amazon, including the judgment process, will be performed
by a representative of Industrial Technology of the Ministry of Development, Industry and Foreign
Trade.
Third paragraph – the Judging Commission will hold at least two plenary presential meetings: the
opening one and that for the completion of the works. The other meetings will be held preferably,
through electronic means.
Fourth paragraph – No appeal will be admitted to the decisions of the Judging Commission.
Art. 6. The Judging Commission will only evaluate the proposals registered according to the
provisions in Section II.
First paragraph – The evaluation of the Proposals will be made through the points ascribed by the
members of the Judging Commission. For purposes of counting points, the Judgment Commission
will consider the following seven criteria: benefits to be derived, execution costs, time period for
implantation; originality of the proposal; coherence with the public policies defined for the region;
financial attractiveness; and the technical and economical feasibility. ATTACHMENT II – Guiding
Suggestions for the Presentation of Project’s Proposals presents a suggestion of probable metrics to
be used by the proponents to quantify the expected benefits and to present the other information
relevant to the judgment.
Second paragraph – the Project’s Proposals will be evaluated as follows:
a) The final points of the Proposal shall be the average of the points achieved in the seven
evaluation criteria; and
b) the members of the Judging Commission may, after the definition of the points’ levels,
ascribe a collective or individual mark. In the event the grade is individually ascribed by
each member and if a discrepancy occurs, the Technical Secretary may seek the consensus
among the members. If a consensual mark is not achieved, the final mark of a given criteria
will be the average of the individual marks given by each member of the Judging
Commission.
Third paragraph – In the event of a break even among the Proposals, the Thematic Judging
Commission is sovereign to establish a process to decide based on the evaluation criteria.
Art. 7 After the selection of up to nine (9) Projects’ Proposals, the Judgment Commission will
establish a contact with the winning proponents in order to obtain additional information for the
building of the corresponding Thematic Panels to be.
Section IV – The Awards
Art. 8. The projects and proposals selected by the Judging Commission to participate in the Annual
Forum on the Amazon, will be granted the “Professor Samuel Benchimol” Award. The total
amount of the award for each panel will be fifty thousand Reais (R$50,000.00).
First paragraph – The evaluation. In the event three projects are selected on a panel, the first in the
rank will receive the amount of twenty-five thousand Reais (R$25,000.00); the second one, fifteen
thousand Reais (R$15,000.00); and the third one, ten thousand Reais (R$10,000.00). Is two projects
are selected, the first one will receive thirty-five thousand Reais (R$35,000.00) and the second one,
fifteen thousand Reais (R$15,000.00).
Section V – Time Limits
Art. 9. The “Professor Samuel Benchimol” Award shall follow the following schedule:
Registrations: from 02/05/2005 to 23/19/2005 Judgment: 25/10/2005
Delivery of the Award and Holding of Forum: 24/11/2005
Section VI – Final Provisions
Art. 10. The Organizing Commission of the Award and of the Forum on the Amazon will decide
on the issued not provided for in this regulation.
PRIX “PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL”
Règlement
Section I – Introduction
Article 1. Le Prix “Professeur Samuel Benchimol” et le Forum Annuel sur l’Amazonie ont été
institués par le Ministère du Développement, de l’Industrie et du Commerce Extérieur – MDIC en
partenariat avec Prô-Amazônia, institution intégrée par les Fédérations d’Industries de la Région
Amazonienne, la Fédération d’Industries de l’Etat de l’Amazonas, la Confédération Nationale de
l’Industrie – CNI et le Service Brésilien de Soutien à la Micro et Petite Entreprise – SEBRAE
Nationale, et ont pour but de:
1) Promouvoir la réflexion sur les perspectives économiques, environnementales et sociales
pour le développement durable de la Région Amazonienne;
2) Encourager l’interaction permanente entre les secteurs gouvernemental, d’entreprises,
universitaire et social de la Région Amazonienne; et
3) Identifier, évaluer, sélectionner et divulguer des projets d’intérêt pour les entreprises et
des opportunités d’investissement pour des porteurs de fonds publiques ou privés
potentiels..
Article 2. Le Forum Annuel sur l’Amazonie sera constitué de trois Ateliers pour la présentation et
la discussion de projets, de stratégies et de politiques de développement économique durable. Les
ateliers porteront sur les trois principaux volets du sujet: économique/technologique,
environnemental et social. Chaque atelier contera sur la présentation de jusqu’à trois projets ayant
gagné le Prix “Professeur Samuel Benchimol”.
Article 3. La sélection des projets qui recevront le prix et seront présentés dans les Ateliers sera
assurée par un Jury spécifiquement désigné conformément à ce réglemente.
Section II – Les Inscriptions
Article 4. Les inscriptions pour le Prix “Professeur Samuel Benchimol” devront être faites au
moyen du site www.amazonia.desenvolvimento.gov.br, conformément au Formulaire d’Inscription
spécifié dans l’Annexe I – Inscription. Des citoyens brésiliens et des étrangers liés a des intituitions
nationnales et associés a des citoyens brésiliens peuvent présenter des propos. Il y aura des
encouragements a des inscritions de:
1) Institutions de représentation d’entreprises, syndicale ou professionnelle;
2) Institutions universitaires ou de recherche siégeant au Brésil ou à l’étranger;
3) Institutions de crédit et financement, de droit publique ou privé, y- comprises les
multilatérales;
4) Institutions, publiques ou privées, vouées au développement durable de l’Amazonie; et
5) Institutions ayant pour but de promouvoir le développement régional, national ou
international.
Section III – Le Jury et le Processus de Sélection
Article 5. Un Jury est créé avec le but de sélectionner jusqu’à 9 (neuf) projets pour le Prix
“Professeur Samuel Benchimol” qui seront classifiés en trois domaines: économique/
technologique, environnemental et social. Les projets sélectionnés feront partie des ateliers
thématiques du Forum Annuel sur l’Amazonie.
Paragraphe 1 – Le Jury sera constitué de 12 (douze) membres, à l’invitation du Président Exécutif
du Prix “Professeur Samuel Benchimol” et du Forum Annuel sur l’Amazonie, suivant la
composition ci-après:
1) 5 (cinq) représentants du gouvernement fédéral (MDIC, MCT, MMA, MDS, MI);
2) 1 (un) représentant des gouvernements d’états de la région;
3) 2 (deux) représentants du secteur d’entreprises de la région;
4) 2 (deux) représentants du secteur universitaire et de recherche régional et
5) 2 (deux) représentants d’investisseurs et porteurs de fonds potentiels des projets.
Paragraphe 2 – La fonction de Secrétaire Technique du Prix “Professeur Samuel Benchimol” et du
Forum Annuel sur l’Amazonie, y-compris du processus de jugement, sera exercée par un
représentant du Secrétariat à la Technologie Industrielle du Ministère du Développement, de
l’Industrie et du Commerce Extérieur.
Paragraphe 3 – Le Jury tiendra au moins deux réunions plénières présentielles, celle d’ouverture et
celle de clôture des travaux. Les autres seront préférablement tenues par des moyens électroniques.
Paragraphe 4 – Il n’y aura aucun appel des décisions du Jury.
Article 6. Le Jury évaluera seulement les propositions inscrites, tout en obéissant les dispositions
des termes de la Section II.
Paragraphe 1 – A L’évaluation des Propositions sera faite moyennant les points attribués par les
membres du Jury. A des fins d’attribution de points, le Jury tiendra compte des sept critères
suivants: avantages qui seront créés; les coûts d’exécution; le délai de mise en place; l’originalité
de la proposition; la cohérence avec les politiques publiques définies pour la région; l’attrait
financier; et la viabilité technique et économique. L’ANNEXE Il – Suggestion de Plan pour la
Présentation de Propositions de Projet présente une suggestion de métriques possibles qui devront
être utilisées par les candidats pour quantifier les avantages attendus et présenter les autres
informations importantes pour le jugement.
Paragraphe 2 – Les Propositions de Projets seront évaluées comme suit:
a) L’attribution finale de points de la Proposition sera la moyenne générale des points obtenus
conformément aux sept critères d’évaluation et
b) les membres du Jury pourront, après la définition de niveaux d’attribution de points,
attribuer la note de façon collective ou individuelle. Dans le cas où la note serait attribuée
individuellement, par chaque membre et, s’il n’y a pas d’accord, le Secrétaire Technique
pourra chercher le consensus entre les membres. S’il s’avère impossible d’obtenir une note
de consensus, la note finale d’un critère donné sera la moyenne des notes individuelles
attribuées par chaque membre du Jury.
Paragraphe 3 – Au cas d’égalité entre les notes attribuées à deux ou plus Propositions, le Jury
Thématique est souverain pour établir le processus de résolution de l’impasse à partir des critères
d’évaluation..
Article 7. Après la sélection de jusqu’à 09 (neuf) Propositions de Projets, le Jury se mettra en
rapports avec les candidats vainqueurs pour obtenir des informations additionnelles dans le but de
créer les Ateliers Thématiques correspondants, qui seront présentés au Forum Annuel sur
l’Amazonie.
Section IV – L’octroi des prix
Article 8. Les projets et les propositions sélectionnés par le Jury pour participer au Forum Annuel
sur l’Amazonie recevront le Prix de l’Amazonie “Professeur Samuel Benchimol”. La valeur totale
des prix pour chaque atelier sera de R$ 50.000,00 (cinquante mille reais).
Paragraphe 1 – L’évaluation, au cas où trois projets seraient sélectionnés dans un atelier, il
reviendra au premier de recevoir la somme de R$ 25.000,00 (vingt-cinq mille reais); au second, R$
15.000,00 (quinze mille reais); et au troisième, R$ 10.000,00 (dix mille reais). Au cas où deux
projets seraient sélectionnés, il reviendra au premier de recevoir R$ 35.000,00 (trente-cinq mille
reais) et au second, R$ 15.000,00 (quinze mille reais).
Section V – Délais
Article 9. Le Prix de l’Amazonie “Professeur Samuel Benchimol” suivra le calendrier suivant:
Inscriptions: du 02/05/2005 au 23/09/2005 Jugement: le 25/10/2005
Remise du Prix et Réalisation du Forum: 24/11/2005
Section VI – Dispositions finales
Article 10. Il reviendra à la Commission Organisatrice du Prix et du Forum de l’Amazonie de
décider sur des cas non prévus dans le présent règlement
PREMIO PROFESOR SAMUEL BENCHIMOL
Reglamento
Sección I – Introducción
Artículo 1. El Premio “Profesor Samuel Benchimol” y el Fórum Anual sobre Amazónia fueron
instituídos por el Ministério dei Desarrollo, Industria y Comercio Exterior – MDIC en asociación
con Pró-Amazônia, institución integrada por las Federaciones de Industrias de la Región
Amazônica, la Federación de Industrias dei Estado de Amazonas, la Confederación Nacional de la
Industria – CNI y dei Servido Brasileno de Apoyo a la Micro y Pequena Empresa – SEBRAE
Nacional, y tienen por objetivo:
1) Fomentar la reflexión sobre las perspectivas económicas, ambientales y sociales para el
desarrollo sostenible de la Región Amazônica;
2) Fomentar la interacción permanente entre los sectores gubernamental, empresarial,
académico y social de la Región Amazônica y;
3) Identificar, evaluar, seleccionar y divulgar proyectos de interés empresarial y oportunidades
de inversión para potenciales financiadores, públicos o privados.
Artículo 2. El Fórum Anual sobre Amazónia será constituído de tres Paneles para la presentación y
discusión de proyectos, estrategias y políticas de desarrollo económico sostenible. Los paneles
contemplarán las tres vertientes principales dei tema: económica/ tecnológica, ambiental y social.
Cada panei contará con la presentación de hasta tres proyectos agraciados con el Premio “Profesor
Samuel Benchimol”.
Artículo 3. La selección de los proyectos que serán premiados y presentados en los Paneles se
realizará por una Comisión Juzgadora especificamente designada en la forma de este reglamento.
Sección II – Las Inscripciones
Artículo 4. Las inscripciones para el Premio “Profesor Samuel Benchimol” se deberán realizar por
el site www.amazonia.desenvolvimento.gov.br,, en la forma dei Formulário de Inscripción
especificado en el Anexo I – Inscripción. Las propuestas podrán ser hechas por cualquier ciudadano
Brasilero o extranjero vinculado a una institución nacional y asociado a un ciudadano brasilero,
siendo incentivadas las inscripciones por parte de:
1) Instituciones de representación empresarial, sindical o profesional;
2) Instituciones universitárias o de investigación con sede en el País o en el extranjero;
3) Instituciones de crédito y financiación, de derecho público o privado, inclusive las
multilaterales;
4) Instituciones, públicas o privadas, devotadas al desarrollo sostenible de Amazônia y;
5) Instituciones que tengan el objetivo de fomentar el desarrollo regional, nacional o
internacional.
Sección III – La Comisión Juzgadora y el Proceso Selectivo
Artículo 5. Se instituye una Comisión Juzgadora con el objetivo de seleccionar hasta 9 (nueve)
proyectos para el Premio “Profesor Samuel Benchimol” que serán clasificados en tres áreas:
económica/tecnológica, ambiental y social. Los proyectos seleccionados compondrán los paneles
temáticos dei Fórum Anual sobre Amazônia.
Párrafo Primero – La Comisión Juzgadora será constituída por 12 (doce) miembros, mediante
invitación dei Presidente Ejecutivo dei Premio “Profesor Samuel Benchimol” y Fórum Anual sobre
Amazônia, obedeciendo a la siguiente composición:
a) 5 (cinco) representantes dei gobierno federal (MDIC, MCT, MMA, MDS, Ml);
b) 1 (un) representante de los gobiernos de los estados de la región;
c) 2 (dos) representantes dei sector empresarial de la región;
d) 2 (dos) representantes dei sector académico y de investigación regional; y
e) 2 (dos) representantes de potenciales inversionistas y financiadores de los proyectos.
Párrafo Segundo – La función de Secretario Técnico dei Premio “Profesor Samuel Benchimol” y
Fórum Anual sobre Amazônia, inclusive dei proceso de juzgamiento, será ejercida por un
representante de la Secretaria de Tecnologia Industrial dei Ministério dei Desarrollo, Industria y
Comercio Exterior.
Párrafo Tercero – La Comisión Juzgadora realizará, por lo menos, dos reuniones plenarias con
presencia obligatoria, aquella de abertura y aquella de cierre de los trabajos. Las demás se
realizarán preferiblemente por médio electrónico.
Parágrafo Quarto – No cabrá cualquier recurso a las decisiones de la Comisión Juzgadora.
Artículo 6. La Comisión Juzgadora evaluará solamente las propuestas inscritas en plena
observancia de lo dispuesto en los términos de la Sección II.
Párrafo Primero – La evaluación de las Propuestas se hará mediante los puntos atribuídos por los
miembros de la Comisión Juzgadora. Para efectos de puntaje, la Comisión Juzgadora tomará en
cuenta los siguientes siete critérios: benefícios que se generarán; los costos de ejecución; el plazo
de implantación; la originalidad de la propuesta; la coherencia con las políticas públicas definidas
para la región; la atracción financiera; y laviabilidad técnica y económica. El ANEXO II –
Sugerencia de Guión para la Presentación de Propuestas de Proyecto presenta una sugerencia de
posibles métricas que serán utilizadas por los proponentes para cuantificar los benefícios esperados
y presentar las demás informaciones relevantes para el juzgamiento.
Párrafo Segundo – Las Propuestas de Proyectos se evaluarán como sigue:
a) El puntaje final de la Propuesta será el promedio general dei puntaje obtenido en los siete
critérios de evaluación y;
b) los miembros de la Comisión Juzgadora podrán, después de la definición de niveles de
puntaje, atribuir la nota de forma colectiva o individual. En el caso de nota individual
atribuída por cada miembro y, si hubiere discordância, el Secretario Técnico podrá buscar el
consenso entre los miembros. Si no se puede obtener una nota consensual, la nota final de
un dado critério será el promedio de las notas individuales atribuídas por cada miembro de
la Comisión Juzgadora.
Párrafo Tercero – En caso de empate entre Propuestas, la Comisión Juzgadora Temática es
soberana para establecer el proceso de desempate a partir de los critérios de evaluación.
Artículo 7. Después de la selección de hasta 09 (nueve) Propuestas de Proyectos, la Comisión
Juzgadora establecerá contacto con los proponentes vencedores para informaciones adicionales
visando a la construcción de los Paneles Temáticos correspondientes que se presentarán en el
Fórum Anual sobre Amazónia.
Sección IV – La Otorga de Prémios
Artículo 8. Los proyectos y las propuestas seleccionados por la Comisión Juzgadora para participar
en el Fórum Anual sobre Amazónia serán agraciados con el Premio de Amazónia “Profesor Samuel
Benchimol”. El valor total de la otorga de prémios para cada panei será de R$ 50.000,00 (cincuenta
mil reales).
Párrafo Primero – La evaluación en el caso de selección de tres proyectos en un panei, le caberá al
primer colocado recibir el valor de R$ 25.000,00 (veinticinco mil reales); al segundo colocado, R$
15.000,00 (quince mil reales); y al tercer colocado, R$ 10.000,00 (dez mil reales). En el caso de
selección de dos proyectos, le caberá al primer colocado recibir R$ 35.000,00 (treinta y cinco mil
reales) y al segundo colocado, R$ 15.000,00 (quince mil reales).
Sección V – Plazos
Artículo 9. El Premio de Amazônia “Profesor Samuel Benchimol” atenderá al siguiente
cronograma:
Inscripciones: 02/05/2005 la 23/09/2005 Juzgamiento: 25/10/2005
Entrega dei Premio y Realización dei Fórum: 24/11/2005
Sección VI – Disposiciones Finales
Artículo 10. Le caberá a la Comisión Organizadora dei Premio y Fórum de Amazônia decidir sobre
casos omisos en el presente reglamento.
REGULAMENTO DO PRÊMIO 2005
PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL 2005
Capítulo I – Antecedentes, Objetivos e Categorias
Art. 1o. O Prêmio Professor Samuel Benchimol foi instituído pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior – MDIC, em parceria com o Pró- Amazônia, instituição integrada
pelas Federações de Indústrias da Região Amazônica, Federação de Indústrias do Estado de
Roraima, a Confederação Nacional da Indústria – CNI, o Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia – Confea e o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa –
Sebrae Nacional. Associaram-se a essa iniciativa os Ministérios do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome, do Meio Ambiente, da Integração Nacional, da Ciência e Tecnologia e do
Turismo e o Banco da Amazônia com o objetivo de:
1) Promover a reflexão sobre as perspectivas econômicas, tecnológicas, ambientais e sociais
para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica;
2) Fomentar a interação permanente entre os setores governamental, empresarial, acadêmico e
social da Região Amazônica; e
3) Identificar, analisar, selecionar e divulgar projetos de interesse empresarial e oportunidades
de investimento a potenciais financiadores, públicos ou privados.
Art. 2o. São duas as categorias distinguidas pelo Prêmio Samuel Benchimol:
1) Categoria projetos
2) Categoria empresários/executivos
Art. 3o. A seleção dos projetos a serem premiados será realizada por uma Comissão Julgadora
especificamente designada na forma deste regulamento.
Capítulo II – Das Inscrições
Art. 4o. As inscrições para o Prêmio Professor Samuel Benchimol deverão ser realizadas pelo
endereço eletrônico www.amazonia.desenvolvimento.gov.br. na forma do Formulário de Inscrição
especificado no Anexo I – Inscrição. Os projetos poderão ser feitos por qualquer cidadão brasileiro
ou estrangeiro vinculado a uma instituição nacional e associado a um cidadão brasileiro, sendo
incentivadas as inscrições por parte de pessoas vinculadas a:
1) Instituições de representação empresarial, sindical ou profissional;
2) Instituições universitárias ou de pesquisa sediadas no País ou no exterior;
3) Instituições de crédito e financiamento, de direito público ou privado, inclusive as
multilaterais;
4) Instituições, públicas ou privadas, devotadas ao desenvolvimento sustentável da Amazônia;
5) Instituições que tenham o objetivo de promover o desenvolvimento regional, nacional ou
internacional; e
6) Empresas públicas e privadas com investimento na Região Amazônica.
Capítulo III – Da categoria Projetos
Seção I – Da Comissão Julgadora e do Processo Seletivo
Art. 5o. Fica instituída uma Comissão Julgadora com o objetivo de selecionar projetos para o
Prêmio Professor Samuel Benchimol a serem classificados em três áreas: econômica/tecnológica,
ambiental e social, podendo este último contemplar aspectos de valorização da cultura local e de
turismo sustentável.
Parágrafo Primeiro – A Comissão Julgadora indicará, preferencialmente, apenas um projeto para
premiação em cada categoria, podendo ser indicados até três por categoria, somente quando os
projetos contemplarem resultados mais ou menos equivalentes ou se a diversidade geográfica dos
premiados for desejável ou por outro motivo relevante a critério da Comissão Julgadora.
Parágrafo Segundo – A Comissão Julgadora será constituída por 19 (dezenove) membros, a
convite do Presidente Executivo do Prêmio Professor Samuel Benchimol, obedecendo à seguinte
composição:
1) 6 (seis) representantes do Governo Federal (MDIC, MCT, MT, MMA, MDS, Ml);
2) 1 (um) representante de cada um dos governos estaduais da Região Amazônica;
3) 2 (dois) representantes do setor empresarial da Região Amazônica;
4) 2 (dois) representantes do setor acadêmico e de pesquisa regional;
5) 1 (um) representante de potenciais investidores e financiadores dos projetos;
6) 1 (um) representante do Banco da Amazônia;
7) 1 (um) representante do Confea;
8) 1 (um) representante da Suframa;
9) 1 (um) representante da CNI;
10) 1 (um) representante do SEBRAE nacional;
11) 1 (um) representante da sociedade civil organizada com notável atuação na Região
Amazônica; e
12) 1 (um) representante da Agência de Desenvolvimento da Amazônia.
Parágrafo Terceiro – A função de Secretário Técnico do Prêmio Professor Samuel Benchimol,
inclusive do processo de julgamento, será exercida por duas pessoas, sendo um representante da
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior e o outro representante da federação das indústrias do Estado que sediar a cerimônia de
outorga dos prêmios e distinções.
Parágrafo Quarto – A Comissão Julgadora, que será presidida pelo Secretário de Tecnologia
Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, realizará, pelo menos,
duas reuniões plenárias presenciais: a de abertura e a de finalização dos trabalhos. As demais serão
realizadas, preferencialmente, por meio eletrônico.
Art. 6o. A Comissão Julgadora avaliará apenas os projetos inscritos em plena observância do
disposto nos termos do Capítulo II.
Parágrafo Primeiro – A avaliação dos projetos se fará mediante a pontuação atribuída pelos
membros da Comissão Julgadora. Para efeitos de pontuação, a Comissão Julgadora levará em conta
os seguintes critérios:
1) Benefícios a serem gerados;
2) Proporcionalidade entre os custos de execução e os objetivos almejados;
3) Prazo de implantação;
4) Originalidade do projeto;
5) Coerência com as políticas públicas definidas para a Região;
6) Atratividade financeira; e
7) Viabilidade técnica e econômica.
Parágrafo segundo – Em caso de empate entre projetos, a Comissão Julgadora Temática é
soberana para estabelecer o processo de desempate a partir dos critérios de avaliação.
Art. 7o. Após a seleção de até 09 (nove) projetos, caberá ao Secretário Técnico do Prêmio
Professor Samuel Benchimol comunicar aos candidatos o resultado do julgamento.
Seção II – Da Premiação
Art. 8o. Os projetos selecionados pela Comissão Julgadora serão agraciados com o Prêmio
Professor Samuel Benchimol. O valor total da premiação para cada categoria será de R$ 65.000,00
(sessenta e cinco mil reais), sujeitos à dedução de IR.
Parágrafo Primeiro – No caso de serem selecionados três projetos em uma mesma categoria,
caberá ao primeiro colocado receber o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais); ao segundo
colocado, R$ 20.000,00 (vinte mil reais); e ao terceiro colocado, R$ 15.000,00 (quinze mil reais).
No caso de serem selecionados dois projetos, caberá ao primeiro colocado receber R$ 40.000,00
(quarenta mil reais) e ao segundo colocado, R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Capítulo IV – Da Categoria Empresários/ Executivos
Seção I – Objetivos e Distinções
Art. 9o. O Prêmio Professor Samuel Benchimol categoria empresários e executivos tem como
objetivo agraciar empresários que se destacaram no desenvolvimento sustentável da Amazônia
Legal nas modalidades ambiental, social e econômica/ tecnológica.
Parágrafo primeiro – Serão concedidas até 3 (três) honrarias Prêmio Professor Samuel Benchimol
categoria empresários/executivos, uma por modalidade.
Parágrafo segundo – As distinções serão conferidas em solenidade a ser agendada pelas
instituições organizadoras.
Seção II – Da Estrutura da Comissão Organizadora
Art. 10. A Presidência Executiva da Comissão Organizadora do Prêmio Professor Samuel
Benchimol categoria projetos e Prêmio Professor Samuel Benchimol categoria empresários/
executivos será exercida cumulativamente pelo Presidente da Federação das Indústrias do Estado
da Região Amazônica que sediar os eventos mencionados.
Parágrafo único – A Secretaria Executiva será exercida pelo MDIC.
Seção III – Da Comissão Julgadora
Art. 11. A Comissão Julgadora do Prêmio Professor Samuel Benchimol categoria projetos será
presidida pelo Secretário de Tecnologia Industrial do MDIC, que também acumulará a função de
julgamento do Prêmio Professor Samuel Benchimol categoria empresários/ executivos.
Art. 12. A Comissão Julgadora atuará na seleção dos indicados, com base nos seguintes termos
referenciais:
1) Originalidade, com base na inovação tecnológica, na criação, desenvolvimento e
implantação de produtos, serviços, processos ou sistemas produtivos ou de gestão na
indústria;
2) Equilíbrio entre o aumento da eficiência e da competitividade, sobretudo, industrial e a
capacidade de geração de empregos, obtido com base na gestão tecnológica, ambiental e
social;
3) Contribuição ao aumento da competitividade nacional, principalmente, no domínio de
processos tecnológico-industriais e à inserção dos produtos brasileiros no mercado mundial,
respeitando os princípios de desenvolvimento sustentável da Região Amazônica;
4) Impacto de iniciativas realizadas pelos indicados, principalmente, para o desenvolvimento
industrial, com o engajamento ao tema da responsabilidade social da empresa; e
5) Convergência com as políticas públicas, sobretudo nas opções estratégicas para o
desenvolvimento sustentável da Região Amazônica.
Parágrafo primeiro – Cada termo referencial poderá ser subdividido em critérios específicos mais
detalhados pela Comissão Julgadora, com fins de melhor aquilatar as realizações dos indicados.
Parágrafo segundo – Visando a uma maior equanimidade na atribuição das honrarias, a Comissão
Julgadora poderá considerar especificidades sociais, econômicas e ambientais da área geográfica de
atuação dos empresários e executivos indicados.
Parágrafo terceiro – A Comissão Julgadora será soberana na fixação dos critérios e na seleção dos
indicados
para
distinção
com
Prêmio
Professor
Samuel
Benchimol
categoria
empresários/executivos.
Parágrafo quarto – Não serão concedidas honrarias a empresários ou gestores post-mortem.
Art. 13°. As seguintes entidades poderão indicar até 3 (três) candidaturas ao Prêmio Professor
Samuel Benchimol categoria empresário/executivo:
1) Instituições de representação empresarial, sindical ou profissional;
2) Instituições universitárias ou de pesquisa;
3) Agências de desenvolvimento empresarial, tecnológico e industrial.
Art. 14. As indicações das entidades proponentes deverão ser acompanhadas de curriculum vitae e
de uma descrição precisa das ações que as justifiquem, ressaltando os termos referenciais
apresentados no Art. 12°.
Capítulo V – Prazos e Disposições Finais
Seção I – Prazos
Art. 16 O Prêmio Professor Samuel Benchimol atenderá ao seguinte cronograma:
Inscrições: 02/05/2006 a 25/08/2006 Julgamento: 26/09/2006 Outorga do Prêmio: 24/11/2006
Parágrafo único: Os prazos acima referidos poderão ser dilatados a critério da Comissão
Julgadora.
Art. 17° – Caberá recurso da decisão da Comissão Julgadora, no prazo de 05 (cinco) dias úteis, a
contar da data da publicação do resultado do julgamento dos projetos. Os recursos deverão ser
encaminhados para o seguinte endereço eletrônico: www.amazonia.desenvolvimento.gov.br. Após
o julgamento dos recursos e a publicação do resultado final, a decisão será definitiva e irrecorrível.
Seção II – Disposições Finais
Art. 18° Para os efeitos deste regulamento, entenda-se como Região Amazônica os Estados
brasileiros do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão (a oeste do meridiano 44), Mato Grosso,
Rondônia, Roraima e Tocantins e as regiões dos países limítrofes cobertas pela Hiléia
Amazônica.
Art. 19°. Caberá à Comissão Organizadora do Prêmio Professor Samuel Benchimol decidir sobre
casos omissos ao presente regulamento.
Cerimonial – Prêmio 2004
Discurso ao Prêmio Professor Samuel Bechimol 2004
Professora Dra. Marilene Corrêa da Silva Freitas*
* Secretária Estadual de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas; Pós-Doutora em Sociologia e Cooperação
Internacional pela Universidade Caen-Unesco, França, Professora Dra. em Ciências Sociais (Uncamp) da Universidade
Federal do Amazonas; Membro do Conselho Diretor do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia e Conselho
Científico do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, desde 2003. Pesquisadora do Departamento de
Ciências Sociais da Ufam e professora dos cursos de Mestrado Sociedade e Cultura na Amazônia e Ciências do
Ambiente e Sustentabilidade na Amazônia (Ufam) e do Mestrado Agricultura do Trópico Úmido (Inpa).
O princípio explicativo do estilo de socialização judaica, a simplicidade e a discrição são coerentes
com as expectativas de ser, viver, ficar e sobreviver judeu. Esse princípio pode ser resumido nas
palavras identidade e continuidade. Testados pelas adversidades históricas, os judeus cuidam para
evitar o enfraquecimento e a erosão da memória e da identidade. Samuel Benchimol, o intelectual,
o homem, o empresário empreendedor foi exemplar nessa tarefa. A vida dos judeus na Amazônia, a
Região Amazônica e o Estado do Amazonas são compreendidos no interior de toda a sua obra
como aspectos estruturantes de sua visão econômica, sociológica e antropológica.
O desenvolvimento amazônico qualifica-se no pensamento de Benchimol em várias ordens: a
objetiva e factual, a de ordem subjetiva, a de ordem espacial e a de ordem temporal. Gerado pela
necessidade de o Estado brasileiro expandir a sua fronteira econômica e humana, o equacionamento
do desenvolvimento ê de fácil formulação acadêmica e de complicada realização empírica. Às
clássicas indagações de desenvolvimento “por quê?” “para quem?” “onde?”, “em que período de
tempo?” correspondem, cada uma delas, os eixos de orientação e reflexão do futuro regional.
Abrem-se, na sociedade e na academia, questionamentos das mais diversas interpretações sobre os
problemas amazônicos: ocupação e titulação de terras, colonização e assentamento agrícola,
desmatamento e devastação, exploração agropecuária e florestal, garimpo e mineração, vocação
varzeana, construção rodoviária, migração e população indígena, incentivos fiscais, entre outros. A
discussão acerca do desenvolvimento amazônico dá-se tanto em nível acadêmico como político,
empresarial e popular. Configura-se, assim, a questão amazônica. Não escapa à percepção de
Benchimol a forte carga ideológica do debate, este próprio com aspectos positivos e negativos.
Despertar a consciência nacional sobre a importância do universo amazônico é um deles; introduzir
fatores de ordem emocional nos conflitos e tensões que surgem em todas as frentes pioneiras de
ocupação e de trabalho é outro.
Pode-se dizer que todas as preocupações com o desenvolvimento regional e seus nexos com o
desenvolvimento do Brasil foram discutidas coletivamente na questão amazônica, em diferentes
graus e interesses, na forma de responder às clássicas perguntas do caráter do desenvolvimento em
curso nas ordens sintetizadas por Benchimol. Na primeira, faz-se referência a origens, manejo
racional da floresta, recursos naturais, institucionais e tecnológicos e investimentos infraestruturais
para o conhecimento e uso do espaço físico e biológico. O uso e o manejo da floresta tropical
úmida como recurso renovável é o tema crítico de maior debate.
Na segunda ordenação, de natureza subjetiva, procura-se definir o papel, a vivência, a história, as
necessidades presentes e pretéritas às expectativas do futuro, do homem e da comunidade
amazônica. Na verdade, indaga-se quem serão os atores propulsores e os beneficiários do
desenvolvimento. Do mesmo modo, discutem-se formas de financiamento e os modelos de
operacionalizá-lo. O grande latifúndio, a grande pecuária e a grande empresa foram justificativas de
políticas e de incentivos fiscais para a conversão de florestas em pastagens. Trezentos e cinquenta
empreendimentos no sul do Pará, norte de Goiás e Mato Grosso custaram cerca de bilhão de
dólares e não produziram os resultados esperados.
Na terceira questão, de ordem espacial, Benchimol agenda as proposições estratégicas, táticas,
decisões políticas, delimitações das áreas focais do desencadeamento do processo de
desenvolvimento. Enfatiza a diversidade de paisagem da região, o litoral atlântico, a calha central, o
mediterrâneo de terra firme, os diferentes tipos de rios de água barrenta, preta e cristalina, os lagos
e varzeados, a vegetação costeira, as dunas, os mangues, as praias de rios, os campos, as savanas,
os lavrados e os cerrados. A complexidade dos ecossistemas amazônicos precisa ser analisada em
todas as suas dimensões climáticas, solos, recursos, potencial hidrelétrico, a natureza geográfica e
geopolítica das nascentes em outros países e Estados.
Na ordenação temporal, a dinâmica do tempo físico, histórico e cultural é pensado por Benchimol
em termos de diminuição de defasagens entre esses diferentes tempos e os diferenciados níveis de
inserção de grupos e sociedades que ainda estão separados em termos de valores, herança históricocultural, e das referências de identidade nacional. Nesse processo, a pressa só atrapalha. Benchimol
tem uma antevisão detalhada em tese de ouro ilustre intelectual brasileiro, o geógrafo Milton
Santos, sobre a força dos lentos.
Benchimol compreendeu como ninguém o enigma que distingue e/ou solda, as culturas e as
civilizações. Sem conhecer as realidades socioculturais da Amazônia, que é o nosso espaço-tempo,
projetos fracassam, a sociedade fragmenta-se em desigualdade maior ou estagna-se na perda do
sentido coletivo que cria os objetivos comuns.
O impacto do Prêmio Professor Samuel Benchimol deve também passar pelo crivo da reflexão mais
profunda de sua obra. Pesquisadores, empreendedores, instituições sentir- se-ão mais incluídos nas
preocupações com o pacto federativo, com a qualidade de vida e com o desenvolvimento humano
mais solidário e fraterno.
Manifestações ao Prêmio
“O Prêmio Prof. Samuel Benchimol inspira-se na extraordinária contribuição desse emérito e
inesquecível pesquisador ao dimensionamento dos desafios regionais e à busca de soluções
pragmáticas aos problemas amazônicos. O Prêmio é um importante instrumento motivador da
promoção e do avanço da pesquisa e uma contínua reflexão para ampliar o grau de integração
orientada entre o conhecimento científico, o domínio tecnológico e o empreendedorismo. A
interação entre ciência, tecnologia e inovação, neste contexto amazônico, possibilitará melhor
seletividade e maior agregação de valor à produção regional, contribuindo para a obtenção de um
nível adequado de sustentabilidade. Somente a partir da incorporação de novos conhecimentos e de
novos processos e métodos de produção e sua aplicação regionalizada é que será revelado o
verdadeiro potencial econômico que a vastidão amazônica ainda encobre. Este valioso Prêmio
concorre, assim, no sentido de ampliar as fronteiras do desenvolvimento sustentável, ou como diria
o Prof. Benchimol, do eco desenvolvimento, transformando os imensos recursos naturais da
Amazônia em riqueza efetiva, de forma ecologicamente correta e socialmente justa.”
Admilton Pinheiro Salazar
Diretor Geral do Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pólo Industrial de Manaus
“O Prêmio Samuel Benchimol coloca em relevo os destaques científicos na Amazônia. Não há
futuro para a Amazônia sem ciência. Não há ciência sem cientistas. Assim, trata-se de uma
iniciativa de significativo e oportuno simbolismo”.
Alex Bolonha Fiúza de Mello
Reitor da Universidade Federal do Pará
“Sempre defendi os programas mobilizadores como força propulsora para o desenvolvimento. A
convergência de ideias e objetivos conduz ao sucesso de atividades estratégicas. Dessa forma, o
Prêmio Professor Samuel Benchimol constitui uma referência de articulação, sobretudo por ter
tornado possível identificar ideias inovadoras nas áreas tecnológica, ambiental e social. Concebido
para ser apenas um prêmio, conquistou, pelo envolvimento entre entidades governamentais,
agências de desenvolvimento e setor privado, a contratação de projetos premiados, sendo, portanto,
uma significativa ação de intervenção positiva para o desenvolvimento da Amazônia”.
Antônio Sérgio Martins Mello
Secretário do Desenvolvimento da Produção Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Coordenador do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia
“Estimular, fomentar e dar visibilidade a ações de inovação, numa Região de tão ampla dimensão e
tão ampla diversidade, são, por um lado, um belo e gigante desafio, por outro, um projeto
estratégico que contribuirá para o desenvolvimento das populações mais distantes do nosso
conceito de modernidade”.
Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo
Chefe de Gabinete da Secretaria de Tecnologia Industrial
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
“Uma das maiores honras que recebi na minha gestão à frente da Federação das Indústrias do Pará
foi a de ter o privilégio de ser o Presidente Executivo do Prêmio Professor Samuel Benchimol
2005. Samuel Benchimol foi sem dúvida um dos maiores conhecedores da Amazônia que ele tanto
amou. Sou plenamente favorável ã posição que ele sempre defendeu para a Amazônia: gerar
emprego e renda sem causar impactos ambientais, reduzindo as desigualdades sociais.”
Danilo Remor
Presidente da Fiepa
Presidente Executivo do Prêmio Professor Samuel Benchimol
“A Universidade da Amazônia possui quatro princípios fundamentais em seu Projeto Institucional:
o princípio da organização; o princípio da qualidade; o princípio da regionalidade e o princípio da
comunicação. Pelo princípio da regionalidade sempre afirmamos a nossa ação na Amazônia.
Quando constato a grandeza do Prêmio Professor Samuel Benchimol, que inspira tanto
pesquisadores como empresários, a Unama tem de louvar a iniciativa e a ela se associar com
presença e participação.”
Édson Franco
Reitor da Universidade da Amazônia
“O Prêmio Professor Samuel Benchimol se constitui em importante estimulo a toda ação de
empreendedorismo focada na sustentabilidade e baseada em produtos ecologicamente corretos,
com características amazônicas e que promova a melhoria da qualidade de vida do homem.
Receber o Prêmio Professor Samuel Benchimol é uma honra e um reconhecimento desse
resultado”.
Fátima Chamma
Empresária e Medalha do Conhecimento 2004
“O Prêmio Professor Samuel Benchimol, tal como a Amazônia, possibilitou o surgimento de
projetos com uma diversidade ampla de aspectos relevantes: cobrem várias áreas de interesse; têm
fundamentos tanto científicos quanto práticos e técnicos; tratam tanto de questões estruturais
quanto de conjunturais e urgentes; os autores são tanto pesquisadores titulados quanto inventores
técnicos e empresários; e as instituições parceiras incluem tanto acadêmicas e governamentais
quanto empresariais. Nada melhor para simbolizar o quanto este Prêmio é, de fato, a melhor
expressão da Amazônia.”
Flávia Skrobot Barbosa Grosso
Superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus
“O Prêmio Professor Samuel Benchimol é um importante estímulo para que a sociedade debata e
reflita sobre os caminhos do desenvolvimento sustentável da Região Amazônica. Ele se destaca por
ajudar a transformar propostas em ações concretas, além de estimular a indispensável interação
colaborativa entre os diversos setores da sociedade. É motivo de orgulho para a Natura patrocinar
essa iniciativa do MDIC, cujo objetivo possui profunda identificação com o nosso compromisso em
contribuir para o desenvolvimento sustentável e para a construção de um mundo melhor”.
Guilherme Peirão Leal
Co-presidente do Conselho de Administração da Natura
“A segunda edição do Prêmio Professor Samuel Benchimol confirma o sucesso desta iniciativa. O
crescimento significativo do número de propostas inscritas revela sua aceitação pública e contribui
com a geração de conhecimento e iniciativas em favor da Amazônia. É um estímulo a mais na
promoção do desenvolvimento sustentável da Região, a partir do adensamento do estoque de
soluções científicas, indicando alternativas diferentes e inovadoras para o nosso desenvolvimento.”
Hélio Graça
Membro da Comissão Julgadora do Prêmio
Gerente Executivo do Banco da Amazônia
“A seriedade na organização, planejamento e julgamento do Prêmio Prof. Samuel Benchimol vem
conferindo crescente valor e destaque aos projetos vencedores cujos objetivos têm sido de estudar
novos conceitos e viabilizar atividades para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Nossa
família sente-se muito honrada em constatar que este Prêmio está se consolidando como fonte de
estímulo e reconhecimento a pesquisadores e empreendedores da nossa Região.”
Jaime Samuel Benchimol
Presidente do Grupo Bemol
“O Prêmio Professor Samuel Benchimol estimula a sociedade a premiar ideias para o
desenvolvimento da Amazônia, ao mesmo tempo em que reconhece os ideais dessa grande
personalidade.”
João César Dotto
Diretor Presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
“O Prêmio Professor Samuel Benchimol, pela seriedade e sensibilidade com que o MDIC o
formulou e o conduz, tem revelado a riqueza de alternativas próprias ou adaptadas existentes para
estimular o desenvolvimento da Amazônia e também a competência de sua gente ou de quem a
conhece com intimidade em trazer à tona essas opções. Constata-se, com esta experiência, que esse
desenvolvimento não obedece a modelos homogêneos ou hegemônicos. Como a própria Região, as
iniciativas nesse sentido hão que ter diversidade no mais amplo sentido do conceito”.
José Alberto da Costa Machado
Coordenador Geral de Estudos Econômicos e Empresariais - Suframa
Membro da Comissão Julgadora
“Samuel Benchimol foi um verdadeiro sábio, estudioso e grande conhecedor das coisas
amazônicas. Um prêmio que leva seu nome tem um tríplice sentido: homenagear essa ilustre figura,
que clamava por estudos dos problemas amazônicos e ação efetiva para resolvê-los; estimular
pesquisadores a aprofundar o conhecimento dessa ainda mítica Região; e, finalmente, atrair a
atenção de todas as entidades públicas e privadas que possam ajudar seu desenvolvimento.”
José Ephin Mindlin
Bibliófilo, Pesquisador e Medalha do Conhecimento 2003
“Acho que esta iniciativa resulta numa importante contribuição ao desenvolvimento da Amazônia.
Ela possibilita o acesso democrático, dando igual oportunidade, sobretudo, a todo povo amazônico
de se candidatar ao prêmio. Também estimula, de forma desburocratizada e rápida, o debate e a
produção do conhecimento sobre a região, num processo de valorização das potencialidades
regionais, expressado, principalmente, em propostas voltadas para o aproveitamento dos recursos
da biodiversidade lá existente. Por fim, também, contribui para a interiorização do desenvolvimento
com inclusão e/ou manutenção de população mais pobre ao processo produtivo e para a melhoria
de competitividade da Amazônia.”
Maria José Monteiro
Assessora Técnica do Departamento de Planejamento de Desenvolvimento Regional
Secretaria de Políticas de Desenvolvimento Regional
Ministério da Integração Nacional
“O Prêmio Professor Samuel Benchimol, ao estimular reflexões acerca das perspectivas
econômicas, ambientais e sociais para a Amazônia, consegue arregimentar uma gama de
pesquisadores renomados no Brasil e do exterior, a focar seus estudos em problemas da Região.
Isso potencializa o aparecimento de soluções criativas e inovadoras e é um dos caminhos para o
surgimento de soluções radicais, com mudança de foco para o desenvolvimento sustentável da
Amazônia.”
Maneio Lima Cordeiro
Presidente do Banco da Amazônia
“A criação deste Prêmio e a escolha do Professor Samuel Benchimol como patrono ilustram muito
bem a nossa potencialidade em oferecer aos brasileiros e ao mundo a oportunidade de conhecer
melhor os Amazônidas e sua capacidade de superar desafios. O Prêmio Professor Samuel
Benchimol tem a exata dimensão da nossa grandeza, da nossa exuberância e do que é melhor da
nossa riqueza cabocla.”
Maurício Loureiro
Presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas
“Contribuir para o desenvolvimento socioeconômico nacional respeitando a natureza é a própria
essência do que fazemos. Dessa forma, ao apoiarmos a realização do Prêmio Professor Samuel
Benchimol, reverenciamos a história e valorizamos tanto a ciência, como uma das mais formidáveis
regiões do nosso País, a Amazônia, com sua natureza maravilhosa e seu povo generoso.
Reafirmamos, assim, nossas crenças no desenvolvimento sem destruição e na real possibilidade de
construirmos um País mais justo e melhor para todos.”
Miguel G. Krigsner
Presidente do Boticário
“A criação do Prêmio Professor Samuel Benchimol é uma genuína demonstração da viabilidade de
se obter crescimento sustentável por meio do progresso industrial, político e econômico da Região
Norte. Manter nosso patrimônio ambiental e realizar o progresso industrial são fatores
preponderantes para a garantia do desenvolvimento da Amazônia.”
Paulo Shuiti Takeuchi
Diretor da Honda South America Ltda.
“O Prêmio Prof. Samuel Benchimol constitui-se num importante estímulo para as ideias inovadoras
em prol do desenvolvimento da Amazônia em bases sustentáveis, contemplando os seus
desdobramentos científicos, culturais, ambientais, sociais e econômicos. É um instrumento de
valorização da iniciativa empreendedora que gera ganhos para toda a sociedade.”
Rivaldo Fernandes Neves
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Roraima
“Samuel Benchimol, ao longo de sua trajetória, como empresário, pesquisador e mestre de várias
gerações, defendeu reiteradamente a necessidade imperativa de se mudar conceitos e elaborar uma
nova visão sobre a relação do homem com a natureza e de se trabalhar para construir uma nova
perspectiva em termos de desenvolvimento tecnológico para a Amazônia.”
Tenório Teles
Professor e escritor amazonense
“Em sua segunda edição, o Prêmio Samuel Benchimol consagra-se como uma das mais importantes
e louváveis iniciativas para o fomento e promoção do crescimento socioambiental do Brasil e a
conscientização da importância do desenvolvimento sustentável da Região Amazônica. A Schering
do Brasil orgulha-se em fazer parte da homenagem a esses profissionais e pesquisadores que fazem
a diferença em nosso País.”
Theo van der Loo
General Manager da Schering do Brasil
Prêmio Professor Samuel Benchimol 2005
Danilo Olivo Carlotto Remor
Vice-Presidente da Confederação Nacional da Indústria
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará
Presidente Executivo do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2005
José Rincon Ferreira
Diretor do Departamento de Articulação Tecnológica da Secretaria de Articulação Industrial do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretário Técnico do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2005
Ivanildo Pontes
Superintendente da Federação das Indústrias do Estado Pará Secretário Técnico Adjunto do Prêmio Professor Samuel
Benchimol 2005
Comissão organizadora
Jairo Klepacz
Secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Roberto Jaguaribe
Presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial
Ex-Secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Antônio Sérgio Martins Mello
Secretário do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Coordenador do Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia
Mâncio Lima Cordeiro
Presidente do Banco da Amazônia
Armando Queiroz Monteiro Neto
Presidente da Confederação Nacional da Indústria
Paulo Okamoto
Diretor-Presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Flávia Skrobot Barbosa Grosso
Superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus
Júlio Augusto Miranda Filho
Coordenador da Ação Pró-Amazônia
Comissão julgadora
Presidiu os trabalhos o Secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior, Dr. Jairo Klepacz.
Secretariaram a Comissão o Diretor do Departamento de Articulação Tecnológica da Secretaria de
Articulação Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e
Secretário Técnico do Prêmio Professor Samuel Benchimol, Dr. José Rincon Ferreira, e o
Superintendente da Federação das Indústrias do Estado Pará e Secretário Executivo do Prêmio
Professor Samuel Benchimol, Dr. Ivanildo Pontes.
Acompanhou os trabalhos da Comissão o Presidente Executivo do Prêmio, Presidente da FIEPA e
Vice-Presidente da CNI, Dr. Danilo Remor.
Membros
Reitor Alex Fiúza de Mello
Universidade Federal do Estado do Pará
Avay Miranda
Ministério do Meio Ambiente
Carlos Veloso de Melo Júnior
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, relator dos
projetos
César Rech
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae Nacional
Cláudio Brandão Nina
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Ivanildo Pontes
Federação das Indústrias do Estado do Pará
Fábio Cidrin Gama Alves
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Fernando Castanheira Neto e Ana Cecília A. Oliveira
Confederação Nacional da Indústria
Fernando Costa
Ministério do Turismo
Fernando Antonio Bemerguy
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Hélio Graça
Banco da Amazônia, relator dos projetos
Ismar Ferreira da Costa Filho
Secretaria do Desenvolvimento da Produção
Jaime Benchimol
Grupo Bemol
José Alberto Costa Machado
Superintendência da Zona Franca de Manaus
José de Moraes Falcão
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae Nacional
Maria José Monteiro
Ministério da Integração Nacional
Secretária Marilene Corrêa
Secretaria de C&T do Estado do Amazonas
Pepeu Garcia
Agência de Desenvolvimento da Amazônia
Reinaldo Danna
Ministério da Ciência e Tecnologia
Comissão mobilizadora
Alberto Fernandes de Sousa Neto
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Alice Rosas Maciel
Assessoria de Comunicação Social do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Secretário Antônio Sérgio Martins Mello
Secretaria do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Comitê
das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia
Carlos Fenley Dourado Botelho
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Carlos Manuel Pedroso Neves Cristo
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Carlos Roberto Rocha Cavalcante
Instituto Euvaldo Lodi
Carlos Veloso de Melo Júnior
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Carmem Eleonora C. Amorim Soares
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Cláudia David
Basf para a América do Sul
Edinaldo Nelson dos Santos Silva
Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia
Fábio Silva
Caixa Econômica Federal
Fátima Chamma
Chama da Amazônia
Gerson Soares Alves Barreto
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Genny Maria Domingues Coimbra
Gabinete do Ministro do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Hélio Graça
Banco da Amazônia
Heraldo Castro
Nokia do Brasil Tecnologia Ltda.
Isa Assef
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
Jaime Benchimol
Grupo Bemol
João César Dotto
Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
José Carlos Reston
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae-AM
José Cosmo
Souza Cruz
José Henrique Barreiro
Ministério da Ciência e Tecnologia
José Manuel de Aguiar Martins
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
José Mindlin
Bibliófilo e Medalha do Conhecimento 2000
Joyce Joppert Leal
Objeto Brasil
Juliana Costa Araujo
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Júlio Augusto Miranda Filho
Federação das Indústrias do Estado de Roraima, Ação Pró-Amazônia, Confederação Nacional da Indústria
Leandro Machado
Natura Cosméticos S.A.
Lena Vânia Pinheiro
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
Lynaldo Cavalcanti
Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica
Manuel Fernando Lousada Soares
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Márcia Antunes Caputo
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Marcos Formiga
Confederação Nacional da Indústria
Maria Auxiliadora Tupinambá
Superintendência da Zona Franca de Manaus
Maria Nazaré de Freitas Moreira
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
Marilene Correa
Secretaria de C&T do Estado do Amazonas
Maria Oslecy Rocha Garcia
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae-PA
Marly Guimarães
Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas
Miguel Milano
Fundação O Boticário de Proteção à Natureza
Milly Tepperman
Móveis Teperman
Patrícia Abreu
Banco do Brasil S.A.
Paulo Shuiti Takeuchi
Honda South America Ltda.
Rafael Romero Cardoso Machado
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Raimundo Moreira
Amazon Sat
Rivaldo Fernandes Neves
Federação das Indústrias do Estado de Roraima
Reitor Roberto Ramos Santos
Universidade Federal de Roraima
Rui Lima do Nascimento
Serviço Social da Indústria – SESI-DN
Saleh Hamdeh
Siemens Ltda.
Sérgio Abreu
Banco Itaú S.A.
Sérgio Melo
Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
Silvio Crestana
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Theo van der Loo
Schering do Brasil, Química e Farmacêutica Ltda.
Tiago Nunes Mello
Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Wilson Lang
Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
Índice de autores
Abreu, Francisco de Assis Matos de, 87
Abreu, Leonor Farias de, 128
Acioli, Agno Nonato Serrão, 67
Ad-Vincola, Raimundo Nonato Lopes, 112
Aguiar, Einstein Lemos de, 85
Albuquerque, Carlossandro Carvalho de, 128
Alencar, Antônio Carlos Tinoco de, 68
Andrade, Eilen Barbosa de, 161
Andrade, Jerusa de Souza, 100
Araújo, Maria Lúcia Góes de, 177
Balzon, Tatiana Aparecida, 138
Barata, Lauro Euclides Soares, 27, 35
Barcelos, Edson, 84
Bianchetti, Arnaldo, 72
Borges, João Tito, 23,170
Brandão, José Carlos Martins, 19
Caetano, Rogério, 136
Cahete, Voyner Ravena, 147
Cardenas, Juan David Revilla, 24
Carvalho, Nilson Luiz de Aguiar, 110
Carvalho-Zilse, Gislene Almeida, 122
Cerri, Carlos Clemente, 153
Coelho, Suani Teixeira, 61,113
Coelho, Thelma Maria Linhares, 140,141
Contim, Luis Antônio Serrão, 28, 50
Costa, Aluízio Alves da, 67
Costa, Joanne Régis da, 125
Costa, Turibio José Correa da, 128
Dias, Miguel Costa, 132
Faria, Aparecida Donisete de, 71
Fernandes, Antônio José do Nascimento, 70
Filho, Erasmo Borges de Souza, 162
Folhadela, Fernando Santos, 164
Fonseca, Luis Fernando Laranja da, 103
Girão, Francisco Everardo, 181
Góes, Alberto Pereira, 168
Gomes, Heliamara Rodrigues, 128
Gomes, Myriam Freitas, 134
Gomes, Silvana, 137
Gurgel, Vera Lúcia Lourenço, 146
Hamada, Márcia Orie de Sousa, 174
Herculano, Francisco Elno Bezerra, 121
Homma, Alfredo Kingo Oyama, 21
Lacerda, Homero Antonio da Silva Neves, 170
Laurido, Noeliana Rodrigues, 179
Leão, Francirene do Socorro Macedo, 86
Lessi, Edson, 117
Lobato, Jorge Luiz Ramos, 172
Lopes, Creso Machado, 116
Lopes, Sérgio Roberto, 57
Maciel, Jussara Socorro Cury, 173
Mafra, Rosana Zau, 182
Magalhães, Joel Mauro, 171
Malheiro, Adriana, 115
Marinho, Helyde Albuquerque, 90
Martins, Ronisleyda Silva, 19,181
Melo, Lucilene Ferreira de, 130
Mesquita, Antônio de Lima, 152
Minev, Denis, 156
Moraes Júnior, Cites Paulo de, 77
Morsello, Carla, 73
Neumann, Zilda Arns, 148
Nogueira, Manoel Fernandes Martins, 105
Ogawa, Masayoshi, 27,37
Oliveira, Décio Ferreira de, 78
Oliveira, Edna Maria Morais, 83
Oliveira, Elisiana Pereira de, 160
Oliveira, José Roberto Guedes de, 173
Oliveira, Luzia Maria Soares de, 131
Oliveira, Vânia Beatriz Vasconcelos de, 185
Orlando, Ugo Souto, 141,183
Pacheco, Jesuéte Bezerra, 19,181
Paiva, Alessandro, Dinelli de, 27, 47
Panduro, Mario Pinedo, 109
Paz, Uvedel Bernabé Del Pino, 144
Pereira Filho, Manoel, 107
Pereira, Ana Maria Agra, 128
Pinheiro, Lady Mariana Siqueira, 128
Pinto, Schubert, 112
Pompeu, Gisele do Socorro dos Santos, 88
Pontes, Estefânia Maria Pereira, 120
Portela, Jader Marconi de Albuquerque, 19,181
Porto, Jadson Luís Rebelo, 95
Priante Filho, Nicolau, 27, 41
Queiroz, Karine Gomes, 27, 49,102
Revilla, Iris Cleide Almeida, 91
Ribeiro, Cassiano Figueiredo, 77
Ribeiro, Manoel Paulo Mello, 106
Rivas, Alexandre Almir Ferreira, 150
Rocha, Jadir de Souza, 94
Rocha, Maria do Perpetuo Socorro Silva da, 176
Rodrigues Júnior, José Zacarias, 102
Rodrigues, Ecio, 80
Salaza, Admilton Pinheiro, 65
Salla, Diones Assis, 79
Santana Filho, Antonio Ferreira, 69
Santana, João Vicente Mendes, 127
Schmal, Bárbara, 27, 28
Serruya, Oro, 135
Silva, Francisco Raimundo da, 87
Silva, José Camilo da, 128
Silva, Maria das Graças Carlos da, 132
Simas, Alandy, 168
Sousa, Nirvia Ravena de, 134
Stark, Gisele, 166
Valente, Izabel da Silva, 92
Vargas, Domingos Jari, 159
Verreschi, Denise Cerávolo, 117
Coordenação da Coletânea
José Rincon Ferreira
Diretor do Departamento de Articulação Tecnológica, da Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretário Técnico do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2005
Ivanildo Pontes
Superintendente da Federação das Indústrias do Estado Pará Secretário Técnico Adjunto do Prêmio Professor Samuel
Benchimol 2005
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC
Coordenação Editorial
Juliana Costa Araujo
Normalização das Referências
Kelly Lemos da Silva Venauria da Silva Batista
Apoio Técnico
Alberto Fernandes de Sousa
Carlos Fenley Dourado Botelho
Carlos Veloso de Melo Júnior
Márcia Antunes Caputo
Rafael Romero Cardoso Machado
Tiago Nunes de Mello

Documentos relacionados