Francisco Vidal, “Funky Portuguesas”, 2010
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Francisco Vidal, “Funky Portuguesas”, 2010
Francisco Vidal, “Funky Portuguesas”, 2010 “O Dia pela Noite” é o nome do conjunto de 10 intervenções feitas por 10 artistas plásticos, que durante 10 meses transformam o Lux. É desta maneira que queremos marcar o começo de uma nova década. A trocar “O Dia pela Noite”. 10 Artistas Plásticos / 10 Intervenções / 10 Meses / 01 Nova Década Gabriel Abrantes, Vasco Araújo, Pedro Barateiro, Alexandre Farto, Pedro Gomes, Rodrigo Oliveira, Francisco Queirós, Mafalda Santos, João Pedro Vale e Francisco Vidal odiapelanoite.luxfragil.com Durante estes meses, já sabemos, apetece estar lá fora. A obra que escolhemos destacar para este flyer da rentrée é “Funky Portuguesas”, a instalação de Francisco Vidal composta por 7 bandeiras alteradas que contam parte da história do nosso país. Porque o Cais da Pedra é um porto e Santa Apolónia está mesmo aqui em frente. Nas casas de banho do primeiro andar podemos ver e ouvir um vídeo enquanto fazemos outras coisas. “Bandeira Nacional di Fim” (2010), também produzido especialmente para “O Dia pela Noite” pelo mesmo artista, é uma animação feita a partir do antigo fim de emissão da RTP, em que o hino nacional soava sobre a imagem de uma bandeira esvoaçante. O som que ouvimos a ecoar pelas paredes das casas de banho é outro hino – uma peça da artista Rita GT, “Hino à Alegria em Miau”, de 2008. SP em parceria com a “Funky Portuguesas”, 2010 Tecido, metal (7x) 180 x 100 cm Foto: Luísa Ferreira Cortesia do artista Não tenhas medo, por que assim, é o medo que te tem a ti. Sente-o e ouve o que ele te avisa. Pergunta-lhe de volta que razões tem para te agitar. Matuta, tamborila os dedos e conclui se está certo ou a exagerar. A decisão de te aproximares ou dares um passo atrás é sempre tua. O medo é um grilo falante que não sabe tudo. O medo também aprende contigo. Este mês ensina o medo a dançar. JOSH WINK Quinta 02 Quinta 09 Há pessoas que se confundem com movimentos, estilos de música, tecnologias e épocas. Joshua Winkelman é uma dessas pessoas, o seu nome é sinónimo de acid house, mas para sermos transportados para o momento que fez explodir a música de dança electrónica e para a ressaca do famoso segundo Verão do amor, temos de lhe tirar algumas letras. Feita esta operação ficamos com Josh Wink, o homem responsável por clássicos como “Don’t Laugh” e “Higher State of Consciousness” que, em meados dos anos 1990, tiraram do underground o som inconfundível da mítica Roland-TB 303. O perigo dos clássicos é o revivalismo e a nostalgia, mas Josh Wink não corre esse risco. Após mais de vinte anos atrás dos pratos, o americano responsável pela Ovum está na mesma exactamente porque está diferente. Editou, em 2009, “When a Banana Was a Banana”, remisturado este ano por nomes como Radio Slave e Martin Buttrich, e celebra agora os quinze anos da sua editora. Para cumular colaborações com nomes tão diferentes – alguns improváveis mesmo – como King Britt, Ursula Rucker, Trent Reznor, Sting, Gus Gus, Steve Bug ou Alter Ego, é necessário ter mais do que uma carreira longa. É preciso ter a versatilidade e o savoir faire que esperamos dele no dia 9 de Setembro. Porque a história da música de dança é feita assim, em noites longas, por gente que acima de tudo gosta de música. PR DUBFIRE Quinta 16 Em 2007, depois de mais de uma década de glória mainstream, Ali Shirazinia cansou-se do sucesso que partilhava com Sharam nos Deep Dish e trocou o house progressivo e tribal por um techno que se houve melhor no alcatrão negro da cidade do que na areia clara da praia. Dubfire é o nome da encarnação techno de Ali. Com este alter ego invadiu as capas das revistas de música e tomou de assalto os top 10 dos sites de downloads de música electrónica. Nos últimos três anos, criou uma editora, a SCI + TEC Digital Audio e, a par de produções próprias, ofereceu-nos remisturas marcantes de Plastikman (“Spastik”), Love & Rockets (“I Feel Speed”) e Radio Slave (“Grindhouse”), para só citar algumas. Inesperadamente ou talvez não, Dubfire tem hoje o mesmo sucesso que no seu anterior projecto, mas agora com um som mais duro, espesso e escuro. Tal como no passado, continua a despertar ódios e paixões. As noites especiais pedem DJs carismáticos, controversos e com coragem para traçar caminhos novos. Dubfire tem tudo isso. Na noite Green Ray de dia 16 a pista será sua. PR Bar Disco Quinta 16 Green Ray Bar Grandmaster Flash Yen Sung Cheeks Disco Dubfire Expander Pinkboy SwitchSt(d)ance Sexta 03 Bar Disco U-Night Slight Delay (Tiago & Dj Al) André Cascais Innervisions: Kristian Beyer (Âme) Sexta 17 Leonaldo de Almeida Fiasco Pinkboy & Pansorbe Disco Hard Ass Sessions Buraka DJs Wildlife! Dj Marfox Diamond Bass Bar Sábado 04 Leonaldo de Almeida Dexter Disco Zé Pedro Moura Bar Terça 07 Bar Disco Sábado 18 Leonaldo de Almeida Fanfarlo (concerto) Bar Quinta 09 Quinta 16 Disco Dexter Josh Wink Yen Sung Quinta 23 Bar Disco Disco The Core (concerto / Festival jazz.pt #32) Leonaldo de Almeida Pinkboy HORSE meat DISCO James Hillard & Luke Howard Social Disco Club Bar Disco A to Z Rui Vargas & Rui Murka Disco Stardust Balls House of House Dexter HOUSE OF HOUSE Sexta 24 Sábado 25 Chocolate City Yen Sung convida Vítor Silveira Disco Trust! Bar Quinta 30 Bar Disco Sexta 10 Zé Pedro Moura Glam Slam Dance Sexta 01 Outubro Sexta 24 Sonic Fresh ‘10 Vladislav Delay Presents Sistol (live) Echocord Presents: Deadbeat (Live) + Kenneth Christiansen (Dj set) Disco Efdemin (Dj set) Maetrik (Live) Expander Manu O house até podia nem estar de volta e os House of House continuariam a fazer sentido. Nem que fosse só por causa de “Rushing to Paradise” nos ter (re)convertido definitivamente aos épicos de pista de dança, com piano, voz e drama. Saheer Umar e Oliver ‘Liv’ Spencer (Still Going) têm orquestrado, a partir de Nova Iorque, um regresso ao espírito da música de dança mais emotiva, capaz de nos fazer cantar refrãos enquanto levantamos os braços para o céu, com baixos que pulsam ao ritmo do coração e frases de piano que fazem pele de galinha. Vêm ao Lux para nos levar ao Paraíso. Let there be House! IS Bar Grandmaster Flash Quinta 16 Há DJs e DJs. Grandmaster Flash está numa categoria à parte. A dos pioneiros que traçaram o caminho. Sem ele, provavelmente o DJing seria pouco mais do que cruzar discos, muito embora, na essência, seja isso que o DJ faça. Mas Flash foi dos primeiros a fazê-lo com arte e minúcia e estabeleceu os rudimentos da coisa. Nas festas do Bronx, nos anos 70, Flash elevou os pratos de gira-discos e a mesa de mistura à categoria de instrumentos musicais e fê-lo cruzando discos como “Rapture” de Blondie, “The Mexican” de Babe Ruth, “Another One Bites de Dust” de Queen ou “Good Times” dos Chic. Da soma das partes (muitas vezes ínfimas) surgia algo completamente novo e assim Flash, qual super-herói, definiu os contornos da arte giradisquista tornando-a num dos pilares fundamentais do hip hop e fez do DJ uma estrela. Rendamo-nos aos seus super poderes. IS Decidido, Gunrose abre uma nova frente de ataque de rebelião sónica com as noites DSIDE, em representação do lado mais visceral e impulsivo da música electrónica actual. O quase impronunciável, mas eficaz manipulador, Djedjotronic e a irrequieta auto-denominada dupla hirsuta Les Petits Pilous, flanco gaulês da Boys Noize Records, chegam como convidados sob a insígnia da editora germânica para dominar o perímetro do clube. Mjc Bar Shtik (concerto / Festival jazz.pt #32) Sonja Zé Pedro Moura Rui Vargas & André Cascais Vamos tornar LISBOA a capital mundial de alguma coisa… Todos os elementos para Lisboa se tornar na capital de uma nova sonoridade musical, que tem como base a adaptação de todo o universo musical lusófono para as pistas de dança, estão presentes no panorama actual desta cidade, só falta ligar a tomada. A Enchufada deu o primeiro passo e criou as Hard Ass Sessions, uma colecção de discos, onde convidamos produtores de todo o mundo a criar um tema inspirado no movimento musical kuduro, que na última década tem vindo a ganhar uma relevância cada vez maior dentro do espaço lusófono e que tem vindo a agir como uma importantíssima ponte para o transporte de uma sonoridade única e original para o resto do mundo. Para o lançamento do terceiro volume desta série, achámos que tudo isto começava a precisar de uma casa, precisamos que a cidade viva estas músicas no seu ambiente natural, a pista de dança. A criação das noites Hard Ass tornou-se assim inevitável e o Lux o gerador onde se vai ligar a tomada. Quinta 23 Sexta 24 Sábado 11 Sexta 17 DSIDE Let’s spend the night together Leonaldo de Almeida & Zé Pedro Moura Disco Dside Les Petits Pilous Djedjotronic Gunrose Bar Sexta 10 Bar Dexter Zé Pedro Moura Rui Vargas Hard Ass Sessions Sábado 02 Outubro Bar Yen Sung Tiago Disco Rui Vargas Buraka DJs ≈ DJ Marfox ≈ Diamond Bass ≈ Wildlife! Sexta 17 Design Gráfico: Diogo Potes (Alva DesignStudio • alva-alva.com) Textos de: Isilda Sanches, Mário João Camolas, Pedro Rodrigues, Quim Albergaria e Susana Pomba. O Festival jazz.pt #32 marca o quinto aniversário da revista jazz.pt – única revista de jazz editada em Portugal – continuando o esforço de divulgação do melhor jazz que se pratica dentro e fora de fronteiras. De 8 a 12 de Setembro, fique a conhecer, em estreia absoluta, os novos trabalhos editoriais de músicos consagrados e novíssimos valores. Além de 8 concertos e do lançamento dos álbuns correspondentes, a programação contém motivos de interesse para todos, incluindo oficinas de jazz para crianças, mesas redondas, exposições, sessões de DJing e uma feira de discos. Quinta 09 Sexta 03 Terça 07 Quinta 23 Quinta 23 Programação completa em www.jazz.pt/festival/index.html
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