Flyer 2010-05

Transcrição

Flyer 2010-05
João Pedro Vale, “Rainbow Kiss”, 2010
Se têm este flyer na mão já perceberam que muita coisa
está diferente... pela entrada, pelas escadas, na disco, no
bar, no terraço. “O Dia Pela Noite” é o nome do conjunto
de 10 intervenções feitas por 10 artistas plásticos, que
durante 10 meses transformam o Lux. É desta maneira
que queremos marcar o começo de uma nova década.
A trocar “O Dia pela Noite”.
10 Artistas Plásticos / 10 Intervenções / 10 Meses / 01 Nova Década
Gabriel Abrantes, Vasco Araújo, Pedro Barateiro, Alexandre Farto,
Pedro Gomes, Rodrigo Oliveira, Francisco Queirós, Mafalda Santos,
João Pedro Vale e Francisco Vidal
odiapelanoite.luxfragil.com
Durante os próximos meses vamos reproduzir neste
flyer mensal cada uma dessas obras. A peça deste mês
é a escultura cinética de grande escala colocada na
parede exterior, bem à entrada do Lux. João Pedro Vale
(n.1976, Lisboa) partiu das conhecidas esculturas de René
Bertholo para criar uma parede “céu” em que as nuvens se
movem e o arco-íris aparece e reaparece.
Aqui fica uma sugestão, se quiserem saber o significado
da expressão que dá nome a esta peça, “rainbow kiss”,
procurem nos dicionários “alternativos” que por aí
andam...
SP
“Rainbow Kiss”, 2010
Metal, plástico e mecanismo eléctrico
1290 x 400 cm (aprox.)
em parceria com a
Cortesia do artista e Galeria Filomena Soares
www.joaopedrovale.com
Maio é mês de poda,
Maio é mês de muda.
Maio não é mais ou menos, Maio é tudo de bom, é todos os
optimistas a saírem do armário e a deixarem lá dentro o peso
dos casacos de Inverno. Maio vê as calças a encolherem e os
ombros a invadiram as ruas. A pele volta à cidade e os cabelos
levantam-se para mostrar pescoços e nucas há tanto tempo
por detrás de cachecóis e outros abafos.Maio é mês de abrir as
janelas e deixar uma brisa fresca, nunca fria, entrar. Maio é mês
de limpezas e de começar a pensar com mais luz. Maio é mês
de tirar empecilhos da frente, fazer comida para os amigos e
mais uma data de gente. Este é o mês para se fazer um filho e
acreditar que ele ou ela vão fazer desta cidade um sítio ainda
melhor.
Maio é um bom mês para começar outra vez.
Esgotado
Quinta 06
Sábado 01
Quinta 20
Sexta 14
concerto
Sábado 22
Sexta 14
Sábado 15
DJ Mehdi & Riton
Quinta 13
Aeroplane
Quinta 06
Ora calmo planador ao largo
das ilhas baleares, ora temeroso
como o som de um stucka que
mergulha no conflito dos corpos,
Aeroplane é um aparelho voador
de comportamento imprevisível.
O seu lema também poderia
ser: voar como uma borboleta e
picar como uma abelha, metáfora
pugilística, mas com prazer em
vez de dor. Regressam em plena
Primavera depois de três cinturões
conquistados com as remisturas
de Au Revoir Simone, Lindstrom &
Christabelle e... Robbie Williams,
irreconhecivelmente bom! MJC
Carte Blanche
THE REVENGE
DJ Mehdi & Riton
1ªSemana
Quinta 13
O termo Carta Branca está
associado à liberdade e ao endosso
de poder, aplicando o termo à
música... a situação mantém-se. You
gonna love the house disse DJ Mehdi
a Riton e nesta casa não há divisões,
nem regras, o limite é Carte Blanche.
Quatro decks, uma mesa de mistura
e uma 909 veiculam a mensagem
de um house híbrido, filtrado, backto-basics com toque ghetto. “In The
Mix”, primeira faixa do EP em breve
lançado na Ed Banger, representa
esse aglomerado de influências, sem
o peso revivalista. Na pista o tempo
é agora. MJC
Quinta 06
Bar
Disco
Quinta 20
Pinkboy
Aeroplane
Glam Slam Dance
Bar
Disco
Sexta 07
Bar
Disco
Leonaldo de Almeida
Dj Ride
Horse Meat Disco
Bar
Disco
Sábado 08
Bar
Sexta 21
Henrik Schwarz (Live)
Kristian Beyer (Âme)
Dixon
Sexta 14
Os efeitos extraordinários do Raio
Verde são conhecidos, mas há
noites em que a sua potência pode
abrir mesmo as portas de uma
realidade paralela onde coisas
raras acontecem. Como quando
toda a trupe Innervisions se reúne
e põe em prática o seu plano de
dominação mundial a partir de uma
cabine de DJ em Lisboa.
É daquelas coisas que, mesmo antes
de acontecerem, já são importantes
– das melhores de sempre, se
quisermos ser apaixonados como
convém. Henrik Schwarz, Kristian
Beyer (Âme) e Dixon, 3 entidades, 3
pessoas, 6 mãos e alguma da melhor
música que alguma vez ouvimos,
ou poderemos ouvir. Não acontece
muitas vezes por isso é tão especial.
Esta noite Green Ray vai amplificar
toda a visão interior. Abram os
olhos, os braços e o coração! IS
Digitalism
The Revenge
Dexter
James Holden
Switchst(d)ance
DJ-KicKs
Disco
Sexta 21
Sexta 21
Design Gráfico:
Disco
Quinta 27
Dexter
D.I.S.C.O. TEXAS TITAN THURSDAYS
Carte Blanche (DJ Mehdi & Riton)
Double Damage
Gun n’ Rose
Tiago
Expander Junho
02.06
Sexta 28
Stardust Balls
Bar
Vítor Silveira Tensnake (live!)
Disco
António Alves Jacques Renault
Jepe (Johnwaynes) Dexter
Bar
Disco
Sexta 14
La Roux (concerto)
Green Ray
BarLeonaldo de Almeida
Zé Pedro Moura & Mário Valente
Disco
Innervisions:
Henrik Schwarz (live)
Kristian Beyer (Âme)
Dixon
Sábado 29 11.06
Sonja Horse Meat Disco
Dexter convidam Todd Terje
Disco
Adventures in Wonderland
Rui Vargas & Zé Pedro Moura 25.06
Sábado 15
Bar
Disco
Textos de:
Isilda Sanches,
Mário João Camolas,
Pedro Faro,
Pedro Rodrigues,
Quim Albergaria,
Susana Pomba.
Revisão:
Marta Martins
4ªSemana
Quinta 13
Bar
Diogo Potes
(Alva DesignStudio • alva-alva.com)
2ªSemana
Dixon
Henrik Schwarz
Bar
Theo Parish
Kristian Beyer (Âme)
A TO Z
Rui Vargas & Rui Murka
TRUST!
Sexta 21
James Holden não gosta do techno
certinho, com batida quatro-porquatro e introdução dj friendly.
Holden gosta demasiado de
música para desperdiçar um set
inteirinho só com um género e
gosta demasiado de nós para nos
privar do que ele gosta. Os seus
sets são sempre um desafio à nossa
curiosidade e uma boa surpresa
para quem não gosta de dançar
sempre o mesmo. Do analógico ao
digital, da caixa de ritmos à bateria,
da guitarra shoegazer à electrónica
experimental, James Holden
consegue misturar os sons mais
inesperados com beats irrecusáveis.
Uma noite de dança com Holden
na cabine é sempre singular,
imprevisível e controversa. Quem
prefere a criatividade ao consenso
e a novidade à rotina, deseja noites
assim, que sabem sempre a primeira
vez. PR
U-NIGHT
Slight Delay (Tiago + Dj Al)
Glass Candy (concerto)
Rui Vargas & André
Cascais
Sexta 07
Quinta 20
Jens Moelle e Ismail Tuefekci são
os dois alemães mais franceses de
Hamburgo. Quando nos visitaram
como Digitalism, em Janeiro de
2007, assinaram uma noite não
só memorável como altamente
premonitória em relação a muito
do que iria aconteceria a seguir.
Com os Justice, Simian Mobile
Disco, Erol Alkan e Soulwax, entre
outros, os Digitalism ajudaram a
escrever o livro de estilo sonoro
que regeu muitas pistas do planeta
nos últimos anos. Não é de
estranhar, portanto, que tenham
remisturado Tiga, Cut Copy,
Klaxons, Daft Punk e Depeche
Mode, tornando-se mestres na
adopção e na reconversão tanto do
que os influenciou, como dos que
lhes são contemporâneos. E agora?
Para onde vão a seguir? Como será
o sucessor de “Idealism”? O que têm
a propor à pista de dança em 2010?
Respostas no dia 20. PR
Digitalism (live)
Pinkboy
Há quem diga que os reedits são
a vingança do Disco. Se assim
for, The Revenge é um justiceiro
em missão. Não é o único, mas
actualmente é dos militantes mais
activos na causa dos reedits e tem
o toque de Midas necessário para
sobressair no meio da multidão.
Graeme Clark, escocês, 20
e poucos anos, faz música desde
a adolescência, dirige as editoras
Five20East e Instruments of
Rapture e tem na sua claque gente
como Greg Wilson, Todd Terje, ou
Gilles Peterson. Além disso
é metade de 6th Borough Project.
Uma folha de serviço incólume
e recomendações acima de
qualquer suspeita. Prova de que
a vingança pode ser feita com
emoção e estilo. IS
Sábado 22
André Nogueira Sousa
Dexter
DiscoRui Vargas
Innervisions
Leonaldo de Almeida
Zé Pedro Moura
Sexta 21
James + Luke convidam
Tiago
Bar
Sexta 21
3ªSemana
James Holden—DJ-KicKs
Glass Candy (Concerto)
Sábado 22
AMOR DIGITAL
Ansiávamos os sons e os
movimentos de Ida No, a vocalista
dos Glass Candy, descalça num
pequeno palco. Olhávamos para os
lados. A expectativa contaminava
o público com glamour
existencialista. Reflectíamos nos
outros a vontade de uma reacção
quimiluminescente colectiva.
Nos instrumentos, Johnny
Jewel exibia umas lágrimas,
aparentemente, tatuadas.
Do início ao fim do concerto, a
elasticidade sensual da repetição
é feita de uma bizarra sequência
de formas côncavas e convexas e
de uma sobreposição hipnótica de
linhas paralelas, perpendiculares
e diagonais. Os movimentos
angulares do corpo da vocalista,
estruturados pelo músculo de uma
voz que se apodera do espaço,
levam-nos da esquerda para
a direita, da frente para o verso
e, no subjectivo espaço do nosso
corpo, mimetizamos a expressão
plástica e pictórica de um som
flectido e inflectido sobre curvas
e contracurvas de graves e agudos
sintetizados. Naquela noite,
tocaram-nos sem nos tocar. PF
Pedro Faro viu Glass Candy,
em Paris no Festival Super
Mon Amour, Point Ephémère
(20/02/2010)
Sexta 14
Sexta 14

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