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“Cego Bartimeu”
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“CEGO BARTIMEU”
MARCOS 10: 46 – 52
[POR BIANCA BRANCO E FILIPA CANDEIAS]
[PASSAGEM]
46. Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o
cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando.
47. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de David, tem misericórdia
de mim.
48. E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de David! Tem
misericórdia de mim.
49. E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te,
que ele te chama.
50. E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.
51. E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.
52. E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.
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(v.46) Quem é a personagem principal?
Bartimeu;
Timeu: significa homem honrado;
Bartimeu: filho de um homem honrado;
Cego: mais do que um mendigo, mais do que um deficiente, alguém sem esperança, não podia
trabalhar, não podia ter filhos, ter família...e além de não ter esperança não tinha honra. Ainda por
cima carregava o fardo cultural "do castigo divino", pois os judeus consideravam os doentes como
castigados por Deus;
(v.46) O que é que Bartimeu estava a fazer ali?
Estava a pedir esmola, alguém o colocou ali.
Teria sido a sua família? Teria família? E Timeu, onde estaria?
(v.46) Qual seria a história dele?
Será que ele foi sempre cego?
Quantos anos teria?
(v.46) O que estaria ele a sentir... vamos pôr-nos na pele dele?
Sem esperança, revoltado com Deus e com os outros, à espera de um milagre...
E sonhos? Quais seriam os seus sonhos?
E medos?
(v.47) Porque é que ele chama Jesus? Onde é que ele tinha ouvido falar de Jesus?
Ouviu rumores bons e maus, se calhar ouviu alguém contar um milagre, se calhar um amigo dele,
um mendigo que foi curado...
(v.47) Será que ele tinha a certeza que Jesus era o Filho de David?
De certeza que teve dúvidas, mas ele não tinha nada a perder, provavelmente era a sua única
hipótese de encontrar Jesus, decidiu arriscar.
(v.48) O que é que terá passado pela cabeça de Bartimeu? O que é que ele sentiu?
Sentiu-se confuso, com medo, ansioso, esperançoso talvez...
E a multidão, quem era? O que sentiam em relação a Bartimeu?
Multidão
o Discípulos: "outro doente, não! O mestre está cansado!"
o Outros amigos de Jesus: "será que não vêem que Jesus está ocupado?"
o Fariseus: "mais um desgraçado...vamos lá ver o que Jesus vai fazer..."
o Curiosos: " mais um cego não, queremos ver outras coisas..."
o Doentes: " agora sou eu, cheguei primeiro, cala-te!"
(v.49) Porque é que Jesus parou?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
[DESCOBRIR O TEXTO]
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Porque preocupou-se com o grito desesperado de Bartimeu. Mesmo no meio da multidão,
conseguia OUVIR os indivíduos. O que só nos mostra que ele se preocupa individualmente com
cada um de nós.
(v.49)Porque é que não foi ter com Bartimeu? Porque o mandou chamar, e não foi ter com ele?
Tratou-o como o nome dele indica "homem honrado" e não como um cego mendigo, deu-lhe
espaço e liberdade para correr riscos e lutar pelo que queria.
(v.50) Porque é que Bartimeu tirou a capa? O que é que ele sentiu?
Capa: segurança (Êxodo 22:25, Deuteronómio 24:10-13);
Decidiu confiar, arriscar tudo em Jesus, alguém podia ter roubado a capa, afinal ele era cego e a
capa era tudo o que ele tinha;
No fundo aquilo foi o passo de fé dele;
Sentiu-se apaixonado por Jesus ou pelo menos encorajado pelo convite que Ele lhe fez, de tal
modo que ficou disposto a largar a sua segurança por causa de um desconhecido. Houve alguma
coisa nas palavras do desconhecido que fez com que Bartimeu o achasse "mesmo o filho de
Deus";
(v.50) O que é que a multidão sentiu?
A multidão chamou-o e passou a dar-lhe importância, porque Jesus também lhe deu importância,
mudou a sua atitude ou pelo menos deixou de impedi-lo de estar com Jesus.
Se isto fosse um filme, de repente o foco de luz estava em Bartimeu e em Jesus e no seu diálogo,
e todos os outros eram figurantes. A música parava e sentia-se a expectativa no ar. Acho que foi
assim que a multidão se sentiu, na expectativa e talvez até envergonhada por não ter dado
importância a alguém que o mestre considerou importante.
(v.51) Qual era a intenção de Jesus ao perguntar isto?
Acham que Jesus não sabia a resposta? Provavelmente sabia, mas queria que Bartimeu tivesse a
oportunidade de, talvez pela primeira vez em muitos anos, DIZER aquilo que queria. Mais uma vez
Jesus tratou-o como um Homem e não como um cego!
O facto de Jesus fazer isto publicamente e não num lugar à parte, mostra-nos um Deus pedagógico,
com vontade de ensinar não só Bartimeu, mas também a multidão que os ouvia. Talvez, depois disto
aquelas pessoas começassem a olhar para os cegos de outra maneira.
O que é que isto nos ensina sobre a maneira como Jesus se relaciona com as pessoas?
Jesus respeita as pessoas, inclusive os seus desejos e as suas decisões;
Qual foi a reacção de Bartimeu à pergunta de Jesus?
Nota: Provavelmente, nunca ninguém tinha perguntado a Bartimeu "o que ele queria", muito menos
alguém tão importante;
Para tornar a situação ainda mais “estranha”, de repente, eles invertem os papéis, Bartimeu já não
tem de mendigar... Jesus está a oferecer e a perguntar o que ele quer. Talvez por isso, Bartimeu em
vez de "Filho de David" passe a chamar-lhe "Mestre". [Mestre é alguém a quem se ama, se admira, se
quer seguir. Isto antes de ter sido curado, só por causa de um curto diálogo.]
(v.52) Que atitudes e acções Tu consideras actos de fé?
Clamar sem o conhecer, e sem ter a certeza da reacção favorável de Jesus, e ir contra a mutidão;
Resposta ao convite de Jesus (caminhar para o desconhecido, e ainda por cima sendo cego);
Largar a capa;
Pedir para ver (podia ter pedido dinheiro, casa, família, riqueza, outra capa...)
Porque é que Bartimeu não disse apenas “obrigada” e “adeus”?
Afinal ele tinha uma vida pela frente para viver e experimentar. Mas ele não vai porque apaixonou-se
por Jesus e só tinham trocado algumas palavras... Bartimeu percebeu que Ele era "Mestre" e decidiu
segui-lo, talvez porque não tinha mais ninguém, talvez porque Jesus foi o único que perguntou aquilo
que ele queria, o único que o tratou como Bartimeu, homem Honrado!
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Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
“Cego Bartimeu”
“Cego Bartimeu”
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[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. Quantos Bartimeus existem à nossa volta? Ouvem rumores bons e maus... e uns decidem arriscar,
mesmo sem ver Deus! Será preciso ver Deus para acreditar/confiar Nele?
2. O que é que esta "capa" representa na tua vida? Existe alguma coisa na tua vida que tem
representado "segurança" (ex. dinheiro, relacionamentos, posição, planos futuros)? Sabendo que
Bartimeu largou a sua capa perante o convite de Jesus... como te sentes?
3. Se à semelhança do versículo 51, Jesus te perguntasse: " O que queres que te faça?" o que é que
responderias?
5. Por falar em multidão, aquela multidão tentou calar Bartimeu, e em relação a ti? Há alguma
"multidão" que te tenta abafar quando chamas Jesus?
6. Ficaste surpreendido com alguma coisa neste texto? Por exemplo? O que é que vais guardar deste
estudo?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
4. A que grupo da multidão pertences? (Discípulos, curiosos, fariseus, doentes, curiosos, cépticos, os
que fingiam ser religiosos....)
“Cura do Leproso”
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“CURA DO LEPROSO”
MARCOS 1: 40 – 45
[POR CONNIE DUARTE E EDITH VILAMAJO1]
[PASSAGEM]
40. E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres,
bem podes limpar-me.
41. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.
42. E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo
43. E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
44. E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua
purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45. Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus
já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes
iam ter com ele.
[NOTAS IMPORTANTES SOBRE O TEXTO]
1. Onde está Jesus? O que é que Ele tem andado a fazer? Marcos 1:15 (Jesus está na Galileia) Jesus
começa o seu ministério público e a primeira coisa que faz é anunciar o seu propósito:"o reino de
Deus está próximo, arrependam-se e acreditem". Jesus agora está a fazer o "trabalho do Reino"... Esta
é a vida no reino, é sobre mudança de estilos de vida, libertar os atormentados (1:21), curar os
doentes (1:29-34), dependendo totalmente da força de Deus (1:35-39), purificar o impuro (1:40-45).
2. Em Marcos 1:39 Jesus começa a pregar na Galileia e não sabemos exactamente onde é que este
encontro com o leproso acontece.
3.
(v.40) Um homem vem ter com Jesus. Ele vê Jesus ao longe... Porquê? Como? Ele era impuro e por
isso não podia circular tão livremente...
4. (v.40) Ele ajoelha-se e implora...isto não é só um pedido isto é humilhante, doloroso, desesperado.
Basicamente quando te ajoelhas tu estás a bloquear o caminho. Tu não podes ser ignorado. Aqui, ele
enfrenta a sua última oportunidade duma vida vivida em total humilhação.
6. (v.41) Será por causa disto talvez que Marcos acrescenta: " Jesus estava cheio de compaixão"? Este
homem nunca teve carinho, compaixão...quando ele andava na rua tinha de gritar "impuro" e as
pessoas afastavam-se dele... mas Jesus não... o estado "patético" deste homem não provocou o
desdém de Jesus, mas despertou a sua compaixão...não pena (que é patética) mas compaixão!
7. (v.41) Jesus toca-lhe. Como é que isso terá sido...ser tocado!? Quanto tempo passou desde a última
vez que este homem foi tocado por alguém? E Jesus não precisava disso... Nós sabemos que Ele podia
ter apenas falado e que o homem seria curado assim... mas o que o homem precisava era de um
toque.
8. (v.41) O toque não curou o homem! Jesus tocou-o no seu estado sujo, impuro! Foi só depois de Jesus
ter dito que ele estava curado que o homem ficou curado.
9. (v.43) Mandou-o embora, imediatamente. Não para se ver livre dele mas para restaurar a imagem
dele perante a sociedade. Quanto mais depressa o homem se mostrasse aos sacerdotes mais
depressa poderia declarar-se "limpo" e reentrar na vida comunitária.
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Traduzido por Bianca Branco
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
5. (v.40) O homem não questiona a capacidade de Jesus (como nós costumamos fazer). Ele questiona o
desejo de Jesus o curar ou não. Ele não tem problemas com milagres...ele tem é um problema com a
falta de confiança no amor.
“Cura do Leproso”
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10. (v.43) Ao mesmo tempo, Jesus disse para ele não contar a ninguém. Então além de devolver este
homem à comunidade, Jesus também quer permanecer na comunidade para continuar a sua
proclamação (voltamos ao 1:38... vamos para outro lado – para as vilas dos arredores - para que
também possa pregar lá, pois foi para isso que vim.) Se o homem contasse então Jesus não poderia
chegar aos locais onde seria possível alcançar mais pessoas...dentro das vilas.
11. (v.44) "Mostra-te ao sacerdote": para provar que Jesus pode curar (e só Deus pode curar). Para
mostrar que Jesus não era contra a lei mas que veio para a completar. Isto foi para servir de
testemunho para eles... não para Deus, mas para satisfazer os líderes judeus.
12. (v.45) No vv.40 o homem quer ser limpo... para poder participar na vida normal de um judeu...mas
logo depois de ter tido um encontro com Jesus as prioridades dele mudam. Ele não está tão
interessado na sua posição na sociedade... mas em Jesus e no que Jesus fez por ele. Como a mulher
no poço, este homem partilha acerca de Jesus com as mesmas pessoas que o evitavam.
13. (v.45) O resultado é que Jesus agora está mais limitado no seu ministério. Ele agora não pode ir onde
quer... mas isto não o pára... ele, meramente, muda de local de ministério.
14. (v.45) Em vez de Jesus ir ter com as pessoas elas agora vêm ter com Ele. Em vez do seu ministério ser
limitado por não poder entrar nas cidades, Jesus tem mais espaço e mais pessoas... e não tem de se
deslocar.
15. Na versão de Lucas a parte final do versículo (Lucas 5:16 – diz que Jesus frequentemente procurava
sítios sossegados para orar). Sempre uma dependência de Deus... e o desejo de passar tempo com
Deus.
16. Não se fala do estado espiritual do homem aqui. Aqui não há referência ao pecado... não se menciona
que o homem tem de ser salvo. Porquê? Talvez porque o homem já era um judeu temente a Deus?
Talvez o homem já acreditasse que Jesus era o Messias.
17. Parece que Jesus não faz a distinção entre o físico e o espiritual. Ambos são importantes e necessitam
de ser cuidados. A vida no Reino é holística... curar o corpo e a alma... restaurar a sociedade para
aquilo que devia de ser.
[DESCOBRIR O TEXTO]
1. Brainstorming com a palavra "lepra/leproso".
Que imagens é que te vêm à mente?
Pequena explicação sobre a lepra no velho testamento (Levítico 13:45 – 46).
2. Lê o texto: Marcos 1:40-45
(nota: se for um grupo muito grande... separem-se... não se mantenham juntos mas foquem-se no
leproso e depois em Jesus.)
a. (Imagina que és o leproso) – Lê Marcos 1:40-45
O que estás a sentir?
O que estás a ver (das pessoas à tua volta)?
O que estás a pedir?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
“Cura do Leproso”
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O que é que chama a tua atenção/surpreende?
b. (que és um observador) – Lê Marcos 1:40-45
Onde está Jesus? Porque é que ele está lá?
O que é que Ele vê?
O que é que Ele sente?
O que Ele faz?
3. Compara e observa os contrastes das duas listas.
4. Sumariza as implicações daquilo que Jesus fez pelo leproso:
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
2. Alguma vez te passou pela cabeça que tu és o leproso?
3. Agora, repensa o que leste... e o que Jesus fez por ti...e pelos outros leprosos à tua volta?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
1. Qual é a nossa resposta para os "leprosos" da nossa universidade?
(identifica os leprosos)
“Cura do Leproso”
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A história podia ter acabado aqui com a cura do leproso...ele está limpo. Nós até podemos achar que
esta é uma óptima história que se torna má... o leproso ignora a ordem de Jesus de "não falar e de se
apresentar ao sacerdote" e como consequência nós vemos que Jesus já não pode estar dentro das vilas, tudo
por causa do que o leproso fez. Mas foi mesmo isso que aconteceu??...
4. O que é que o leproso fez e porquê?
5. Como é que a minha vida foi mudada pelo meu encontro com Jesus?
6. Como é que este encontro mudou a comunidade à volta do leproso?
7. Como é que o vosso (plural) encontro com Jesus mudou a vossa turma, faculdade, a cultura da vossa
universidade?
9. Quando os nossos planos mudam inesperadamente como é que reagimos? Qual é a nossa
perspectiva? Por exemplo: queremos ter um estudo Bíblico do núcleo numa sala mas não temos a
sala garantida.
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
8. Como é que as consequências da reacção do leproso mudaram o ministério e Jesus?
“Cura do Leproso”
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[CONCLUSÃO]
Um encontro com Jesus não acaba com cura e limpeza. No entanto, continua com restauração. É uma
cura holística que não termina com o indivíduo mas continua na comunidade, ninguém é deixado intacto num
encontro com Jesus.
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
O modo como nós respondemos a este encontro vai levar-nos para mais perto de Jesus ou para mais
longe. Vai inspirar-nos para o partilharmos com a nossa comunidade ou para o crucificar em conjunto com
ela. Não nos deixa intactos, não é neutro. Um encontro com Jesus muda tudo!
“Jovem Rico”
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“JOVEM RICO”
MARCOS 10: 17 – 27
[POR BIANCA BRANCO]
[PASSAGEM]
17. E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom
Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
18. E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
19. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não
defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.
20. Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
21. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos
pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
22. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
23. Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os
que têm riquezas!
24. E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão
difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!
25. É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.
26. E eles se admiravam ainda mais, dizendo entre si: Quem poderá, pois, salvar-se?
27. Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para
Deus todas as coisas são possíveis.
[DESCOBRIR O TEXTO]
1. (v.17) Porque é que lhe chama "Bom mestre"? Quais são as intenções? E porque é que faz esta
pergunta? O que é que o preocupa?
3. (v.19) Quantos mandamentos há? Onde estão escritos? Êxodo 20:1-17. Jesus está a citar todos? Existe
alguma intenção na ordem de enumeração?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
2. (v18) Como é que Jesus reage ao título que lhe foi dado? O que é que Ele quer dizer quando diz que só
Deus é bom?
“Jovem Rico”
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4. (v.20) Será verdade que ele tem sempre obedecido a estes mandamentos? Porque é que ele diz isto?
5. (v.21) Será que Jesus acreditou que ele tem sempre obedecido? Porque é que não o confronta com a
verdade? Como é que Jesus responde? O que é que sente por ele? Porque é que Jesus responde desta
maneira? O que é que a sua resposta nos ensina sobre Ele?
6. (v.22) Como é que o rapaz se sentiu ao ouvir a resposta de Jesus? E o que é que ele fez? E porque é
que o fez? O que é que ele estava à espera que Jesus respondesse? Ao ir-se embora que mandamento
é que Ele quebrou?
7. (v.23) Porque é que Jesus olhou ao redor? Porque é que comentou com os discípulos a conversa com
o rapaz? Porque é que faz este tipo de comentário? O que é que isso significa?
9. (v.26) Será que depois de duas explicações os discípulos perceberam o que Jesus queria ensinar? O
que é que faz isto tão difícil de entender? E vocês perceberam?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
8. (v.24 – 25) Porque é que os discípulos se admiraram? O que é que Jesus acrescenta nesta segunda
explicação?
“Jovem Rico”
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10. (v.27) Porque é que Jesus diz isto? Como é que os discípulos se sentiram depois de ouvir isto?
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. O que é que eu tenho de fazer para herdar a vida eterna?
2. Como é que eu faço isso no dia a dia?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
3. Que riquezas é que tenho de deixar para trás?
“Cura do Paralítico”
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“CURA DO PARALÍTICO”
MARCOS 2: 1 – 12
[POR CONNIE DUARTE E EDITH VILAMAJO2]
[PASSAGEM]
1. E alguns dias depois entrou outra vez em Cafarnaum, e soube-se que estava em casa.
2. E logo se ajuntaram tantos, que nem ainda nos lugares junto à porta cabiam; e anunciava-lhes a palavra.
3. E vieram ter com ele conduzindo um paralítico, trazido por quatro.
4. E, não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, descobriram o telhado onde estava, e, fazendo
um buraco, baixaram o leito em que jazia o paralítico.
5. E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho, perdoados estão os teus pecados.
6. E estavam ali assentados alguns dos escribas, que arrazoavam em seus corações, dizendo:
7. Por que diz este assim blasfémias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus?
8. E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre
estas coisas em vossos corações?
9. Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados; ou dizer-lhe: Levanta-te, e toma o
teu leito, e anda?
10. Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra poder para perdoar pecados (disse ao
paralítico),
11. A ti te digo: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa.
12. E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e
glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.
[NOTAS IMPORTANTES SOBRE O TEXTO]
1. (v.1) Jesus entra novamente na cidade e, naturalmente, as pessoas apercebem-se. Ele foi para casa.
(provavelmente, a casa de Simão Pedro - Marcos 1:21, 29).
2. (v.2) Pregou-lhes a palavra. Desta vez, as pessoas parecem satisfeitas em ir ter com Jesus e ouvi-lo
(pelo menos, para além do paralítico não há menção que Jesus estivesse a curar). Agora ele está a
fazer aquilo para o que veio. (Marcos 1:15)
4. (v.5a) Quando Jesus viu a fé deles... de novo, como com o Centurião (Lucas 7:1-10), Jesus cura por
causa da fé de alguém.
5. (v.5b) Jesus perdoa o pecado deste homem! Porquê? Porque é que Jesus não cura primeiro o corpo?
Afinal qual foi a sua intenção (antes dos fariseus começarem a questionar Jesus)? Terá sido, a fé dos
amigos a razão de Jesus ter perdoado os pecados deste homem?
6. (v.5b). "Filho"... uma expressão de afecto e ligação.
7. (v.6) Os Escribas estavam a pensar para si próprios – desta vez não estão a falar sem pensar primeiro.
Os pensamentos deles não estão errados... só Deus pode perdoar pecados... aqui Jesus declara ser
Deus... mesmo que ele fosse Messias, na cabeça deles, ainda assim Jesus não era Deus.
8. (v.8) Jesus sabia no seu espírito, que era isso que eles estavam a pensar em seus corações... um dom
que pode ser dado, mas que não temos acesso... mas temos de encontrar formas de descobrir o que
as pessoas estão a pensar (necessidade de fazer perguntas).
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Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
3. (v.4) Estes homens não desistiram. Mesmo com a multidão, que não dava espaço para entrarem
dentro da casa, eles não desistiram... foram pelo telhado. Tiveram de entrar pelo telhado... não foi
uma tarefa fácil.
“Cura do Paralítico”
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9. (v.9) Eles não estavam a perceber. Tinham visto os milagres que Jesus fez (as curas), mas ainda estão
divididos entre o físico e espiritual (mas Jesus não). Então Ele pergunta "o que é mais fácil?"...
Nenhum! Ambos são impossíveis para o homem (difíceis), mas ambos são fáceis para Deus.
10. O que é engraçado é que Jesus não menciona o facto de saber o que eles estavam a pensar... o que é
impossível para os homens!
11. Para provar que tem razão Jesus cura o paralítico... o que me faz pensar se, no inicio, tinha sido essa
a sua intenção... talvez a mais genuína e mais profunda “deficiência” deste homem era a "condição do
coração".
12. (v.10) Uma obvia declaração de ser Deus... o "Filho do Homem"... Daniel. 7:13-14.
13. (v.12) O milagre foi mesmo público... porquê? Porque é que Jesus não lhe diz para manter isso secreto
como fez com o leproso (Marcos 1:43)?
14. As pessoas estão maravilhadas e louvam a Deus... louvam a Deus... não Jesus. Parecem compreender
que Jesus VEM DE Deus mas isso não indica que eles realmente acreditam que ELE É Deus.
15. Ideia Principal:
"O reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas ". Marcos 1:15. Jesus diz que
é esta a sua missão. Foi isto que Ele veio fazer. Começou a fazer isso e as pessoas começaram a
interessar-se e a entusiasmar-se com a sua mensagem... Especialmente com a parte dos milagres.
Agora chegamos ao segundo capítulo de Marcos e é-nos dado um exemplo vivo, um drama, se
reparares, uma mensagem de arrependimento, boas novas do reino e do seu Rei, e como a vida no
reino deve ser.
5 Homens (pelo menos) descobrem o caminho para o Reino e para conhecer o Rei. Eles acreditam
nele e arrependem-se... mas não acaba aqui... o reino não termina com o arrependimento... então há
vida no reino... a cura física deste homem. A vida do reino é espiritual e física, holística… uma
completa restauração para o Rei.
[DESCOBRIR O TEXTO]
1.
o
o
o
(v.3-4) Fala sobre os amigos... o que te chama a atenção acerca deles?
Pensa:
No desejo que estes amigos tinham de levar o seu amigo paralítico a encontrar-se com Jesus;
Nas dificuldades com que eles se depararam (põe-te no lugar deles, e tenta sentir o peso da cama, o
calor, as pessoas a bloquearem no caminho, a impossibilidade de entrar na casa);
Quem terá tido a ideia de ir para o telhado? Será que todos concordaram com isso no inicio?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
É por isso que os sacerdote têm problema... eles não gostam deste reino. Eles querem que o seu reino
de Israel seja restaurado... estão a lutar por um reino caído.
“Cura do Paralítico”
2.
(v.5b) Na tua opinião qual a razão para Jesus ter perdoado o pecado do homem, antes de o curar?
3.
(v.6-8) Porque achas que Jesus era tão criticado pelos sacerdotes?
Uma das razões era o facto de ele se afirmar como Messias… Mas um Messias que não vinha
restaurar a independência de Israel, que não vinha implantar um Reino político em Israel, mas o
Reino de Deus.
Era um messias que estava mais preocupado com as pessoas, do que com as regras religiosas.
Perante este Messias, os Sacerdotes eram desafiados a tomar uma decisão: Jesus ou era O Messias,
Filho de Deus; ou era um louco, blasfemo. [Se eles olhassem com cuidado para as escrituras e para a
vida de Jesus iriam ver a coerência entre as profecias messiânicas e a vida deste messias…mas isto
era demasiado desafiador, incomodo, e implicava grandes mudanças, então preferiram o caminho
mais fácil e mais confortável: a crítica e a descrença.]
4.
(v.5/11) Porque achas que Jesus curou o paralítico?
Lembra-te que Jesus perdoou os seus pecados, e curou…valorizou as duas coisas.
15
5.
O que é diferente nesta passagem, tendo em conta Jesus, e o que ele está a fazer?
6.
(v.9) “O que era mais fácil? Curar o corpo, ou curar pecados?” O que Jesus queria dizer com isto?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
a. Como podes explicar esta cura, à luz do Reino de Deus?
“Cura do Paralítico”
7.
(v.10) Jesus chama a ele próprio “o filho do Homem”. Porquê? O que ele quer dizer com isso? O que
queria isso dizer para as pessoas naquela multidão naquele dia?
8.
(v.5) Jesus chamou a este homem “filho”. Porque achas que ele usou este termo?
16
a. O que isto te ensina sobre Jesus?
9.
(v.12b) O que achas que surpreendeu as pessoas? Para onde a glória vai? O que achas que isso
significa?
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
1. À luz do que estes quatro indivíduos fizeram pelo seu amigo paralítico.
a. O que vocês estão a fazer para que os que estão “à vossa volta” conheçam Jesus “cara a
cara”? [Pensa nos possíveis empecilhos e como podes ultrapassá-los]
b. Acreditas que Jesus pode curar os teus colegas? Como estás a exercitar a tua fé?
c. Avalia: Se Jesus perdoasse os teus colegas e/ou os curasse baseado na tua fé agora… eles
seriam perdoados e curados?
2. Neste episódio vemos que os 4 amigos levaram o paralítico a Jesus devido à sua condição.
a. Todos nós vamos a Jesus por muitas razões: paz, medo…etc. Qual a razão que te fez
procurar Jesus?
b. Como foi para ti, descobrir que ele tinha a vontade e a capacidade de perdoar os teus
pecados?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
“Cura do Paralítico”
17
c. Alguma vez tiveste medo de te expor completamente perante Jesus? Com todos os teus
medos, dúvidas, fúrias, pecados? Como é que sabes que ele vai lidar contigo com amor?
Como é que sabes que podes confiar Nele?
d. Como é que podes desafiar os teus amigos para conhecer Jesus? O que lhes vais contar
sobre Jesus que vai fazer com que fiquem entusiasmados em conhece-lo?
3. Às vezes não vemos aquilo que é completamente óbvio na Bíblia, porque não queremos vê-lo...
vai condenar-nos, vai desafiar-nos a mudar, etc. Escreve agora, as áreas da tua vida, em que
“como que te recostas numa cadeira, cruzas os braços e até te atreves a pensar que Jesus está
errado”. O que achas que Jesus podia dizer-te?
4. Tens problemas com a dualidade na tua vida? Fazes uma distinção entre a tua vida e o teu
ministério entre o corpo e a alma? Achas que Jesus fez?
6. Temos de olhar para Jesus como um todo (ele faz milagres e cura pecados…as duas coisas são
importantes). Isto porque, se olharmos só para os milagres, ele será apenas um Deus utilitário…
um curandeiro; se olharmos só para a parte divina, ele será apenas uma figura digna de adoração,
mas muito distante.
a. O que nos devemos lembrar acerca disto? Qual é o nosso papel como “evangelistas”?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
5. Achas que os teus amigos iriam acreditar em Jesus se eles pudessem ver um milagre a acontecer?
Se o “milagre” não acontecer, como podes ajudar os teus amigos a conhecerem Jesus?
a. Estás interessado? Jesus estava. Ele nem sempre precisava de fazer sinais e maravilhas
para mover multidões… o que ele dizia era “muito à frente”… percebes-te (“apanhas-te”)?
Como podes redescobrir o entusiasmo da mensagem de Jesus? Discute em grupo, como
podes fazer com que a mensagem de Jesus fale entusiasticamente a esta geração?
“Cura do Paralítico”
18
7. Jesus
a. Porque é que a divindade de Deus é uma questão tão importante para nós hoje? Como
vais explicar isto aos teus colegas?
b. Quais os outros títulos importantes de Jesus, que precisamos ajudar os nossos colegas
entender? Quais os títulos de Jesus, que são os teus preferidos?
8. Analisámos a forma como Jesus tratou o paralítico (“Filho”):
a. Como é que isto torna Jesus atractivo e acessível para esta geração?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 1]
9. O que te fascina hoje sobre Jesus? [Partilha isso com um amigo.]
“Estranhos neste Mundo”
2
“ESTRANHOS NESTE MUNDO”
I PEDRO 1: 1 – 12
[IN: LIFE GUIDE BIBLE STUDY 1]
[PASSAGEM]
1. Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia;
2. Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do
sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.
3. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou
de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
4. Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós,
5. Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último
tempo,
6. Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um
pouco contristados com várias tentações,
7. Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache
em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo;
8. Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo
inefável e glorioso;
9. Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.
10. Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi
dada,
11. Indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava,
anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir.
12. Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora
vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as
quais coisas os anjos desejam bem atentar.
[INTRODUÇÃO]
Todos nós já experimentamos momentos em que sentimos que não nos encaixamos: chegar
demasiadamente bem vestidos (ou mal vestidos) a um encontro social, não conhecer a língua falada ao nosso
redor, fazer parte de uma minoria racial ou de género, ser-se o único a sustentar uma opinião diferente em
um debate inflamado. Mas, por detrás deste embaraço e dos momentos dolorosos, por vezes deparamo-nos
com uma sensação de que talvez não nos encaixemos mesmo em nenhum lugar.
1. Podes partilhar algum momento em que te sentiste desadequado, ou fora do lugar, como um estranho
que não tem onde pertencer?
[REFLEXÃO PESSOAL]
1. Se soubesses que estavas prestes a entrar numa situação difícil, onde a tua fé seria testada, como é que
te prepararias para tal?
1
Traduzido por Flávia Mendes
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
[DISCUSSÃO EM GRUPO]
“Estranhos neste Mundo”
3
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
Os cristãos da igreja primitiva foram submetidos a vários tipos de isolamento. Por causa da sua fé cristã
(que tem como origem o judaísmo) foram rejeitados pelos judeus, por crerem que Jesus era o Messias. Os
Romanos, eventualmente usaram os cristãos como bodes-expiatórios, culpando-os de todo o tipo de lamento
político. E os pagãos viam os cristãos como ateístas, pois insistiam em adorar apenas um Deus. Neste cenário,
Pedro oferece aos cristãos do primeiro século (e a nós) um diferente sentido de pertença.
1. (v.1-2) Imagina que és um dos cristãos do primeiro século a receber a carta de Pedro. Depois de leres a
primeira parte da carta, o que te motivaria a continuar a ler?
2. (v.1-2) Observa a descrição que Pedro faz das pessoas que receberam a carta. Como é que esta
descrição ajuda a explicar o porquê de eles serem “estranhos neste mundo”?
• Foca-te na palavra “estrangeiros”.
3. Como é que a introdução desta carta te ajuda a perceber Deus e as suas diferentes formas de se
mostrar a nós?
5. (v.3-9) Pedro diz no verso 6: “ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por
todo o tipo de provação”. Se tu ouvisses este tipo de mensagem, que informações neste parágrafo te
ajudariam a suportar este sofrimento?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
4. (v.3-5) Pedro diz que Deus deu ao seu povo um “novo nascimento”. O que é que, segundo ele, provém
deste novo nascimento?
“Estranhos neste Mundo”
4
6. Como o futuro descrito aqui por Pedro pode oferecer-te esperança no teu contexto de vida?
7. (v.7-9) O que Pedro descreve como uma fé genuína?
8. (v.8) Pedro elogia os seus leitores por crerem em Jesus e amarem-no mesmo sem o terem visto. Como
é que tu e os teus colegas hoje lidam com o facto de não terem conhecido pessoalmente Jesus?
9. Quando foi que viste Jesus (através de uma pessoa ou experiência) de maneira a observar que a tua fé
não ficou igual?
11.Pedro refere-se ao “novo nascimento” ou salvação, nesta passagem, como uma diferença central entre
os cristãos e o mundo que os cerca. Que tensões já experimentaste por causa destas diferentes formas
de ver o mundo (cosmovisões)?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
10.(v.10-12) Através de quais diferentes caminhos a mensagem de salvação chegou aos leitores da carta
de Pedro?
“Estranhos neste Mundo”
5
12.Como a dádiva da salvação te ajuda a lidar com estas tensões?
[PARA AGORA OU DEPOIS]
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
Medita outra vez nos versos I Pedro 1: 8-9. Pensa sobre o amor e a alegria e a forma como Pedro os descreve.
Agradece a Deus pela alegria que perdura no meio dos problemas.
“Será que eu quero crescer?!”
6
“SERÁ QUE EU QUERO CRESCER?!”
I PEDRO 2: 1 – 12
[POR: BIANCA BRANCO E CÁTIA SANTOS]
[PASSAGEM]
1. Deixando, pois, toda a malícia, e todo o engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações,
2. Desejai afectuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por
ele vades crescendo na vossa salvação;
3. Se é que já provastes que o Senhor é benigno;
4. E chegando-vos para ele a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e
preciosa,
5. Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios
espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
6. Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e
preciosa; e quem nela crer não será confundido.
7. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, a pedra que os edificadores reprovaram,
essa foi a principal da esquina,
8. E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo,
9. Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
10. Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado
misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia.
11. Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais que
combatem contra a alma;
12. Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de
malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
- "Vais mandar-me para a escola?" – o Peter Pan perguntou.
- "Sim."
- "E depois para um escritório?"
- "Penso que sim."
- "Brevemente vou ser um homem?"
- "Muito brevemente."
-"Eu não quero ir para a escola e aprender coisas sérias – respondeu ele.
- "Oh mãe da Wendy, eu não quero ser um Homem se tiver de acordar e sentir que tenho uma barba."
- "Peter"- disse a Wendy - "Eu vou gostar de ti mesmo com barba!"
E a mãe da Wendy estendeu os braços para o Peter num abraço, mas ele afastou-se.
- "Afaste-se, ninguém vai apanhar-me e fazer de mim um homem."
[DISCUSSÃO DE GRUPO]
1. Quando é que desejaste, nem que tenha sido apenas por um momento, não ser um adulto?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
[ILUSTRAÇÃO]
“Será que eu quero crescer?!”
7
[REFLEXÃO PESSOAL]
1. Que pessoas ou situações é que Deus usou para te ajudar a crescer? Faz uma lista ou uma cronologia
e agradece a Deus pelo que aconteceu.
[DESCOBRIR O TEXTO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
Nota: O apóstolo Pedro inicia esta parte da sua carta insistindo que os seus leitores "cresçam na sua
salvação".
1. (v.1) Que características de maturidade espiritual é que tu encontras nesta passagem?
2. (v.3) O que significa “Se é que já provaste que o Senhor é benigno”?
• Experimenta ler o versículo 3, depois o 2 e por fim o 1. E agora? O que achas que Pedro está a
ensinar?
4. (v.5) O que é que Pedro quer ensinar com esta frase? Porque é que ele usa esta metáfora da construção
e das pedras?
5. (v.5) O que esperas ver numa pessoa que tem imitado Jesus e que se tornou numa "pedra viva"?
Conheces alguém?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
3. (v.4) O que é que o “E” no início do versículo 4 te sugere?
“Será que eu quero crescer?!”
8
6. (v.6) Porque é que achas que Pedro refere esta passagem de Isaías (Isaías 28:16 – “Portanto, assim diz o
Senhor Jeová: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa, de
esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse”)?
7. (v.8) De que maneira é que Jesus foi uma “pedra de tropeço” para os que não acreditaram? E será que
ainda hoje é?
8. (v.9) O que é que o “Para que” implica? Como vivemos estas implicações? Que coisas é que vocês como
núcleo ou grupo cristão podem fazer para viver assim?
10.(v.11-12) Podemos ter vários tipos de peregrinos e forasteiros. Uns que estão apenas a atravessar uma
terra, durante dois ou três dias e outros que, apesar de não terem vindo para ficar, planeiam
permanecer algum tempo – imigrantes. Pensa nas diferenças de comportamento destes dois grupos. A
que grupo é que os cristãos se devem assemelhar? Porquê?
11.(v.12) Um que é um “viver honesto”?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
9. (v.9) O que é que significa HOJE “Jesus chamou-me das trevas para a sua maravilhosa luz”? (explica isto
como se estivesses a falar com uma criança de 4 anos).
“Será que eu quero crescer?!”
9
12. (v.12) Como é que as pessoas podem falar mal de nós e glorificar a Deus ao mesmo tempo? Dá
exemplos.
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
13.Como é que este texto te ajuda a ultrapassar a tendência de ser um "Peter Pan" espiritual?
“Se estou a viver de uma forma correcta, porque sofro Tanto?!”
10
“SE ESTOU A VIVER DE UMA FORMA CORRECTA, PORQUE SOFRO TANTO?!”
I PEDRO 3: 8 – 22
[IN: LIFE GUIDE BIBLE STUDY 2]
[PASSAGEM]
8. Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais
fraco; como sendo vós os seus co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas
orações.
9. Não tornando mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; sabendo que para isto
fostes chamados, para que por herança alcanceis a benção.
10. Porque quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem
engano.
11. Aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.
12. Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos às suas orações; mas o rosto
do Senhor é contra os que fazem o mal.
13. E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?
14. Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles,
nem vos turbeis;
15. Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com
mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
16. Tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem
confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo.
17. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal.
18. Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus;
mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito;
19. No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;
20. Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé,
enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água;
21. Que também, como uma verdadeira figura, agora vos salva, o baptismo, não do despojamento da
imundície da carne, mas da indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus
Cristo;
22. O qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e
as potências.
Frequentemente assumimos que existe uma ligação directa em viver correctamente e viver
facilmente. Mas quando lutamos com o sofrimento esta suposição torna-se uma acusação silenciosa. Viramonos para nós mesmos e perguntamo-nos o que fizemos de errado, ou então sentimos que Deus anda a fazer
batota, como se ele de alguma maneira nos devesse um pagamento pelo nosso bom comportamento.
[DISCUSSÃO DE GRUPO]
1. Coisas más acontecem a boas pessoas, às vezes, porque estão precisamente a fazer coisas boas e
correctas.
2
Traduzido por Cátia Santos e Bianca Branco
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
[INTRODUÇÃO]
“Se estou a viver de uma forma correcta, porque sofro Tanto?!”
11
[REFLEXÃO PESSOAL]
2. Quando é que tu, ou alguém chegado a ti, sofreram por causa de fazerem aquilo que acreditam ser
correcto?
• Em oração revê essa situação: primeiro examina as tuas motivações e acções. Depois coloca nas
mãos de Deus o que aconteceu e pede-lhe ajuda para entenderes este estudo bíblico.
[DESCOBRIR O TEXTO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. Que descrições do modo correcto de viver e de sofrimento é que vez nesta passagem?
2. (v.8-12) Enumera as frases em que está descrito aquilo que um cristão deve ser e fazer.
a. O que é que tu achas difícil neste modo de vida descritos no v.8-12?
• O que é que neste modo de vida, achas atractivo?
4. (v.3-17) Pedro sabia que, em vez de vivermos “no paraíso”, os cristãos podiam encontrar dificuldades.
Que concelhos é que Pedro dá para lidarmos com o sofrimento?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
3. Que razões é que Pedro sugere para vivermos desta maneira?
“Se estou a viver de uma forma correcta, porque sofro Tanto?!”
12
5. (v.15) Como é que fazer de Jesus o Senhor da nossa vida, como diz o versículo 15, nos ajuda a suportar
o sofrimento?
6. (v.15-17) Porque é que os não-cristãos poderão estar à espera de ouvir palavras de esperança da boca
das pessoas que vivem de um modo como Pedro descreve?
7. (v.18) Aqui temos uma descrição do trabalho e propósito de Cristo. O que é que podemos descobrir
neste versículo sobre o porquê da vinda de Jesus e aquilo com que Ele estava comprometido?
8. Como o sofrimento de Jesus pode ser comparado com aquilo que os cristãos devem esperar?
10.(v.21-22) Porque é que os cristãos são baptizados?
11.O nosso mundo é frequentemente injusto. Pensa nos teus sofrimentos passados ou presentes. No
contexto destes sofrimentos, como é que o retrato de Jesus presente nesta passagem te traz
esperança?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
9. Olha cuidadosamente para a informação confusa dos versículos 19 e 20. Qual é a melhor explicação
para isso?
“Cristão Em Risco”
13
“CRISTÃO EM RISCO”
I PEDRO 4: 1 – 11
[IN: LIFE GUIDE BIBLE STUDY 3]
[PASSAGEM]
1. Ora, pois, já que Cristo padeceu por nós na carne, armai-vos também vós com este pensamento, que
aquele que padeceu na carne já cessou do pecado;
2. Para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas
segundo a vontade de Deus.
3. Porque é bastante que no tempo passado da vida fizéssemos a vontade dos gentios, andando em
dissoluções, concupiscências, borrachices, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias;
4. E acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós.
5. Os quais hão de dar conta ao que está preparado para julgar os vivos e os mortos.
6. Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos, para que, na verdade, fossem julgados
segundo os homens na carne, mas vivessem segundo Deus em espírito;
7. E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.
8. Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de
pecados.
9. Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações,
10. Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
Deus.
11. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder
que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para
todo o sempre. Amém.
[INTRODUÇÃO]
A perseguição é parte da vida de cristãos por todo o mundo. Na China, líderes cristãos são torturados,
com pesos pendurados aos seus membros de forma a aumentar a sua dor. No Afeganistão, 12 cristãos,
envolvidos num trabalho humanitário, estiveram em risco de perder a vida por serem acusados de
converterem refugiados muçulmanos. Na Nigéria, igrejas cristãs foram completamente queimadas por
rebeldes criminosos.
[DISCUSSÃO DE GRUPO]
[REFLEXÃO PESSOAL]
1. Ao aprenderes com os cristãos que sofrem por causa da sua fé, que perguntas te vêm à mente? Faz
uma lista.
3
Traduzido por Filipa Candeias
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
1. Se fosses um dos perseguidos citados a cima, pensa no que farias? Que perguntas estarias a fazer a
acerca de Deus? Que ajuda gostarias de receber dos teus irmãos e irmãs cristãos? Anota algumas
perguntas.
“Cristão Em Risco”
14
[DESCOBRIR O TEXTO]
Quando escreveu esta carta, Pedro assumiu que “o fim de todas as coisas está perto” (4:7), e ele sabia
que os seus leitores cristãos estavam em risco – risco de se afastarem dos elevados padrões de vida que Jesus
tinha estabelecido para os seus seguidores e risco de um profundo sofrimento por causa da sua fé.
1. O versículo 1 chama atenção para a nossa atitude. Que atitudes são pedidas aos cristãos em risco, neste
capitulo?
2. De acordo com o parágrafo inicial de Pedro, como é que os cristãos devem diferir dos pagãos (v.1-6)?
(Aponta acções e atitudes)
3. Alguns comentários bíblicos interpretam o versículo 1, dizendo que as pessoas que aceitam a morte de
Cristo pelos seus próprios pecados estão simbolicamente ligados ao Seu sofrimento. Olhando para o
versículo 2, que aspectos práticos devem fazer parte da vida dos cristãos?
5. Observa as palavras de Pedro no início do versículo 7: “ O fim de todas as coisas está próximo.” Que
resposta emocional pensas que estas palavras trouxeram aos seus leitores?
6. Que instruções específicas Pedro dá aos cristãos em sofrimento, os quais estavam cientes de que o fim
de todas as coisas estava próximo (v.7-11)?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
4. Por vezes as nossas dúvidas tentam-nos. “De que te serve a fé cristã? Deus não te protege. Quando a
tua vida acabar, vais morrer como o resto das pessoas.” Como é que a informação contida nos
versículos 4-6 nos ajuda a lidar com estas dúvidas?
“Cristão Em Risco”
15
7. Que valores espirituais e práticos têm estas instruções?
8. O versículo 11 fala de duas formas de liderança na igreja primitiva: aqueles que pregam (ensinam) e
aqueles que servem?
9. Lê I Pedro 4:12-19. De acordo com estes versículos, quais são alguns dos aspectos certos e errados
pelos quais os cristãos sofrem?
10.O termo “cristão” é usado apenas três vezes no Novo Testamento – aqui e em Actos 11:26 e 26:28. Para
descrentes, esta palavra provavelmente despertava desprezo, mas para os crentes significava “ ser
adoptado na família de Cristo”. Porque é que um cristão deve esperar encontrar sofrimento por causa
deste nome?
12.Olha as questões colocadas na discussão em grupo ou na reflexão pessoal. Como é que os
ensinamentos de Pedro te ajudam a lidar com estas questões?
Estudos Bíblicos, GBU [Bloco 2]
11.Como é que o versículo 19 deve ser um conforto e desafio para um cristão que sofre pela sua fé?
“Missão Integral – Estudo 1”
2
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 1”
TIAGO 1: 2 – 18
[CONNIE MAIN DUARTE 1]
[PASSAGEM]
2. Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações;
3. Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência.
4. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma.
5. E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e serlhe-á dada.
6. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo
vento, e lançada de uma para outra parte.
7. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa.
8. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos.
9. Mas glorie-se o irmão abatido na sua exaltação,
10. E o rico em seu abatimento; porque ele passará como a flor da erva.
11. Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se
murchará também o rico em seus caminhos.
12. Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o
Senhor tem prometido aos que o amam.
13. Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
14. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.
15. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
16. Não erreis, meus amados irmãos.
17. Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem
sombra de variação.
18. Segundo a sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como primícias das suas criaturas.
Neste semestre vamos estudar juntos o livro de Tiago. Como o nosso tema é “Missão Integral”, não
me consigo lembrar de melhor livro por onde começar (embora toda a Bíblia deixe bastante implícito que as
nossas vidas devem ser vividas de forma integrada).
O livro de Tiago parece lidar com alguns dos mesmos problemas com que lidamos hoje ao viver uma
vida dualista: como cristãos uma parte do tempo e como pessoas do mundo no resto do tempo. Para Tiago
ser cristão afectava e infectava cada área da nossa vida: a forma como lidamos com a tentação e a provação,
sofrimento e dor, a forma com agimos (ou não), como tratamos os outros, como a nossa fé e obras funcionam
juntas, como falamos (controladamente ou não), a sabedoria que temos, se somos submissos ou não e onde
colocamos a nossa fé.
Em todas estas coisas Jesus deve ter a última palavra. A nossa cristandade é a nossa identidade e não
meramente algo em que acreditamos ou praticamos. Se Jesus não é completamente parte das nossas vidas,
então, realmente, ele não é de todo parte das nossas vidas. Para muitas pessoas Jesus é o seu Salvador, mas
Tiago lembra-nos que ele também precisa ser o nosso Senhor!
[QUEM ESCREVEU ESTE LIVRO]
Para encontrar a maior parte desta informação só precisas de consultar alguns comentários bíblicos2.
Sabemos que o autor do livro é Tiago e não há muito debate sobre qual Tiago se trata. A maioria
concorda que é Tiago, o irmão de Jesus Cristo. De qualquer forma, o que nós sabemos é que este Tiago era
judeu, estava bem colocado no Concílio de Jerusalém (Actos 15) e era um líder altamente respeitado (Gálatas
2:9).
Sendo judeu e estando no seu lugar passava uma imagem bastante paternal (no sentido da literatura
de sabedoria do Velho Testamento). Uma leitura rápida através de Tiago soa muito parecido ao escritor de
Provérbios. Consigo imaginar um homem velho a escrever a um grupo de pessoas novas com toda a sabedoria
da idade e experiência, tentando passar as verdades importantes e as realidades sobre a vida... especialmente
1
2
Traduzido por Cátia Santos
(sugiro que consultes mais que um porque conhecer diferentes perspectivas pode ser útil)
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
[INTRODUÇÃO]
“Missão Integral – Estudo 1”
3
sobre a vida com Jesus. Ao longo do livro podem notar várias semelhanças com muitas coisas que Jesus disse
e que se encontram no livro de Mateus. Não falhamos ao perceber que Tiago conhecia o que Jesus falara
sobre a vida no Reino de Deus.
[A QUEM SE DESTINA O LIVRO]
Sabemos que Tiago escrevia aos conterrâneos judeus pelo que podemos ver quando saúda as “doze
tribos que andam dispersas pelo mundo”. Eles estariam familiarizados com literatura de sabedoria, por isso o
estilo da carta encaixa muito bem no que eles compreendem.
[DISCUSSÃO EM GRUPO]
Tiago 1:2-18
Lê estes versos algumas vezes e em algumas traduções diferentes. Depois cada um anota o que acha
ser o ponto principal da passagem. Opcional: se estiverem mesmo interessados podem espreitar Mateus 5:1112 e tentar encontrar algumas semelhanças.
Há alguma coisa que te incomoda nesta passagem? Alguma coisa que te frustra, que não faz sentido?
Anota todas as tuas questões, dúvidas e frustrações num papel e verifica se encontraste as respostas para elas
no fim do estudo. Se não, então coloca-as ao grupo e trabalhem-nas em conjunto.
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
2.
(1:3) Tiago torna claro que as provações de que fala vêm sob a forma de perseguição por causa da
nossa fé. Como é que isso se concretiza hoje em dia? Isso é um problema? Ou é tão subtil que talvez
nem percebemos que estamos a ser atacados?
Fala sobre isto no teu grupo.
3.
(1:4) Não seria melhor se nunca tivéssemos de enfrentar perseguição? Em 2009, será realista ter
alegria quando somos submetidos a provações? E como é que as evitamos? E qual a importância toda à
volta da perseverança?
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
1. Pensa sobre o ano lectivo. Quando é que costumas enfrentar provações? Quais são as alturas mais
difíceis? Qual é a tua reacção natural às provações? O que é que tu fazes concretamente quando és
atingido por estes momentos?
4.
(1:4) A que achas que Tiago se refere quando fala de sermos maduros e completos, não tendo falta de
nada?
5.
(1:5) “A sabedoria não é a colecção de informação mas conhecimento prático com implicações
espirituais.” O que achas que isto quer dizer? Lembras-te de alguns exemplos, no último mês, em que
tenhas precisado de sabedoria, sabedoria real para enfrentar algo ou alguém?
6.
(1:6) Já alguma vez pediste a Deus alguma coisa e depois duvidaste que a viesses a receber? O que
fizeste? O que pensaste? Lembra-te que, neste contexto, Tiago não está a falar de bens, ele está a falar
de sabedoria.
7.
(1:6-8) Tiago faz uma afirmação muito vaga: “[ele] é semelhante às ondas do mar, levadas pelos
ventos, lançadas de uma parte para outra parte.” Não achas a afirmação um bocado agressiva? O que
achas da lógica de Tiago aqui?
8. (1:9-11) Isto parece completamente o inverso da ordem mundial… especialmente de um ponto de vista
ocidental e capitalista. Qual é a mensagem de Tiago?
9. (1:9-11) Pensa acerca da actual crise económica. Como havemos de viver isto como cristãos? Será
mesmo uma provação e que afecta todos no Ocidente? Qual é a diferença entre a forma como o
“mundo” vai lidar com isto e como nós precisamos lidar com isto?
4
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
“Missão Integral – Estudo 1”
“Missão Integral – Estudo 1”
5
10. (1:12) Tiago volta a buscar a ideia de 1:2-4. Ele continua o ciclo. Primeiro, as provações desenvolvem
perseverança e a perseverança leva à sabedoria que, eventualmente, leva a recompensas eternas.
a) Nós gostamos das recompensas agora. Esperar é algo que não estamos muito habituados a fazer.
Somos a geração “mereço”. Mas, para Tiago, a recompensa é futura... mas será só futura? Será que
vivemos só para o “depois-da-vida” ou existem recompensas a ganhar aqui? Se a resposta for sim, de
que recompensas potenciais estamos a falar?
b) 1:13-18 – Um novo tópico em Tiago… nem por isso. Provações e tentações são duas formas do
mesmo ataque. Uma é de origem exterior, a outra, interior. Nenhuma é de Deus, mas Deus permite
que enfrentemos ambas.
11. (1:13-15) O que achas mais difícil, tentação ou provação? Porquê? Qual a mais mortífera de acordo com
Tiago? Porquê?
13. (1:18) O que são os primeiros frutos? Já alguma vez te consideraste e aos teus amigos como os
“primeiros frutos”? Como é que começou o teu relacionamento com Jesus Cristo? Partilha-o com o
grupo.
• Provações e tentações são parte da vida. O que precisamos é de aprender a enfrentá-las e tomar
consciência de que o fazemos melhor em comunidade. Estamos a tornar-nos uma geração de
pessoas isoladas embora valorizemos os nossos amigos agora ainda mais do que em qualquer
outro momento da História. Optamos muitas vezes por passar tempo online, ao telefone... tudo,
menos juntos. Por isso, quando enfrentamos provações e tentações, tendemos a desistir mais
rápido porque não temos o apoio de que precisamos.
• Como um grupo do GBU podemos realmente ajudar-nos uns aos outros a aprender a enfrentar as
provações e a lutar contra as tentações. Isso envolve honestidade e vulnerabilidade mas vai valer
a pena. Este tipo de comunidade é o que a nossa geração deseja ter. Simplesmente por viver
desta forma nós seremos um testemunho para as pessoas à nossa volta... mas não pode parar
por aí. O nosso exemplo não apresenta as pessoas a Jesus, só as torna mais receptivas. Nós
precisamos aprender a falar de forma aberta e em amor sobre Jesus, aquele que torna este estilo
de vida possível. É com as nossas bocas que Jesus é confessado e explicado.
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
12. (1:16-17) “Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem
não há mudança nem sombra de variação.” Esta frase conforta-te ou frustra-te? Pensa sobre o que está
a acontecer na sociedade no que toca à moralidade. O que é que esta verdade nos diz acerca de Deus?
Como devemos então encarar a nossa sociedade?
“Missão Integral – Estudo 1”
6
14. Como podes viver este tipo de vida, juntos, no teu grupo do GBU? Como podes partilhar Jesus com os
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
teus amigos?
“Missão Integral – Estudo 2”
7
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 2”
TIAGO 1: 19 – 27
[CONNIE MAIN DUARTE]
[PASSAGEM]
19. Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.
20. Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus.
21. Por isso, rejeitando toda a imundícia e superfluidade de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a
qual pode salvar as vossas almas.
22. E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.
23. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu
rosto natural;
24. Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era.
25. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço,
mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.
26. Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã.
27. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardarse da corrupção do mundo.
[ILUSTRAÇÃO]
O problema de ouvir não está limitado só aos cristãos... é um grande problema para todos. Os
relacionamentos desmoronam-se quando as pessoas envolvidas invertem a ordem do que vamos ler a seguir
no livro de Tiago. Toma alguns minutos para analisar a música dos Black Eyed Peas “Shut up” (deixo o aviso
que usam alguma linguagem mais forte de forma explícita).
A música é sobre duas pessoas que são muito rápidas em falar mas muito lentas (senão paradas) em ouvir.
We try to take it slow
But we're still losin control
And we try to make it work
But it still isn't the worst
And I'm craaazzzy
For tryin to be your laaadddy
I think I'm goin crazy
Girl, me and you were just fine (you know)
We wine and dine
Did them things that couples do when in love (you know)
Walks on the beach and stuff (you know)
Things that lovers say and do
I love you boo, I love you too
I miss you a lot, I miss you even more
That's why I flew you out
When we was on tour
But then something got out of hand
You start yellin when I'm with my friends
Even though I had legitimate reasons (bull shit)
You know I have to make them evidence (bull shit)
How could you trust our private lives girl
That's why you don't believe my lies
And quit this lecture
Why does he know she gotta move so fast
Love is progress if you could make it last
Why is it that you just lose control
Every time you agree on takin it slow
So why does it got to be so damn tough
Cuz fools in lust could never get enough of love
Showin him the love that you be givin
Changing up your livin
For a lovin transistion
Girl lip so much she tryin to get you to listen
Few mad at each other has become our tradition
You yell, I yell, everybody yells
Got neighbors across the street sayin
Who the hell?!?
Who the hell?
What the hell's going down?
Too much of the bickering
Kill it with the sound and
Girl our love is dyin
Why can't you stop tryin
I never been a quitah
But I do deserve betta
Believe me I will do bad
Let's forget the past
And let's start this new plan
Why? Cuz it's the same old routine
And then next week I hear them scream
Girl I know you're tired of the things they say
You're damn right
Cuz I heard them lame dame excuses just yesterday
That was a different thing
No it ain't
That was a different thing
No it ain't
That was a different thing
It was the same damn thing
Same ass excuses
Boy you're usless
Whhoooaaaa
Stop the talking baby
Or I start walking baby
Is that all there is
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
“Shut up”
Shut up
Just shut up
Shut up
Shut it up, just shut up
Shut up
Just shut up
Shut up
Shut it up, just shut up
“Missão Integral – Estudo 2”
8
O que achas da música? Entendes do que eles estão a falar? Já tiveste experiências semelhantes nos
teus relacionamentos? Como lidaste com elas? Qual foi o resultado? As consequências de não nos ouvirmos
uns aos outros podem provocar danos para além dos relacionamentos. Podem afectar literalmente o mundo
inteiro. Vejam só um dos erros de comunicação mais mortíferos do século passado.
Foi quase no fim do Segunda Guerra Mundial quando os japoneses começaram a sua guerra com os
Estados Unidos. Eles atacaram Pearl Harbour e os americanos retaliaram. Depois, na primavera de 1945 os
japoneses entenderam que já tinham perdido a guerra... o seu povo estava a sofrer, já muitos tinham morrido
e os americanos tinham armas que o Japão não tinha. Então, em Julho 1945, foi feita a Declaração de
Potsdam onde constava os termos da rendição “não condicional”. Os japoneses ficaram aliviados, pois os
termos da rendição eram muito mais leves que estavam à espera. Todos concordaram que eles tinham de
aceitar a declaração. Mas havia um problema. Até agora, eles só tinham recebido a declaração por canais nãooficiais. Como podiam eles responder sem receber a declaração oficial e ao mesmo tempo preparar o seu
povo para a realidade da rendição? O Primeiro-Ministro Suzuki tinha a tarefa de explicar aos jornalistas que o
gabinete ainda não tinha tomado uma decisão oficial sobre o acordo. Sem uma afirmação clara sobre a
rejeição ou não do acordo, o povo ia entender o que ia acontecer sem o fazer de forma oficial. Infelizmente a
palavra que Suzuki usou foi mokusatsu que é ambígua em japonês. Mokusatsu (“abster-se de comentar”)
pode também ser traduzido como "ignorar". Os tradutores que trataram da notícia em inglês não sabiam o
significado dado por Suzuki e traduziram a palavra com o segundo sentido.
A resposta americana foi rápida e no dia 6 de Agosto de 1945 as bombas atómicas caíram nas cidades
de Hiroshima e Nagasaki. E a Rússia declarou guerra com Japão.
[INTRODUÇÃO]
Agora vamos ao nosso texto. As palavras são perigosas, podem magoar profundamente. E apesar que
usamos palavras todos os dias, temos uma grande tendência para interpretar mal o que é dito. Muitas vezes
os nossos sentimentos, preconceitos, cansaço, etc. ajudam a determinar como interpretamos o que é dito.
Corremos o risco em todas as nossas conversas de interpretar mal o que é dito... e de começar guerras. Mas
conseguimos mudar esta tendência se seguirmos o conselho de Tiago... ouvir antes de falar...e manter a
calma (dos dois lados)!
[REFLEXÃO PESSOAL]
[DESCOBRIR O TEXTO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. (v.19) “Ouvir muito e falar pouco... e também ser lento em se irritar.” Como está a tua vida nesta área?
Conhecem-te como uma pessoa que ouve muito e fala pouco, uma pessoa equilibrada
emocionalmente? Uma pessoa que dá o benefício da dúvida? Quais podem ser as consequências de
não ouvir e de falar muito quando estás a tentar partilhar a tua fé com os teus colegas? Achas que é
possível desenvolver melhor esta área da sua vida? Como?
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
Lê o texto duas vezes. Tenta fazer um sumário de duas ou três linhas. Escreve todas as perguntas que tenhas...
se não ficarem respondidas quando chegarem ao fim do estudo então fala com o grupo.
“Missão Integral – Estudo 2”
9
2. V. 21 – “...desembaracem-se de tudo o que é sujo e mau...” Que coisas são estas hoje em dia? São
coisas físicas? Conceptuais? Outras?
3. V. 21 - Que “palavra” é esta que pode salvar as nossas almas? Como podes explicar nas tuas palavras?
Porque achas que Tiago usou a palavra “semeada” em ti? Que ideia quer ele passar com isso?
4. Nos versículos 22 e 26 o mesmo conceito é usado: iludir/enganar. Tiago dá dois exemplos do mesmo
problema, quais são?
6. V. 25 – Quando o mundo fala acerca de ser “livre” não tem nada a ver com o Cristianismo. Mas aqui,
Tiago disse que a Palavra de Deus torna-nos livres. Como podes explicar isso aos teus amigos na
universidade? Quais são as bençãos que vamos receber por viver assim (vê também Mateus 5:3-12).
7. V. 26-27 – Aqui a palavra “religião” tem a ver com os nossos actos. O que achas que Tiago quer dizer
com isso? Como é que a nossa língua consegue negar as nossas acções?
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
5. V. 22- 24 – Já enfrentaste isto na sua vida? Podes contar o que aconteceu? Porque achas que é difícil
ouvir a palavra de Deus e depois agir? Quais são os maiores obstáculos?
• Achas que o mundo nota que temos problemas com isso? Como? Quais são as criticas que ouves?
Qual é a realidade que vês?
• Qual é o remédio? Como podemos melhorar nesta área?
“Missão Integral – Estudo 2”
10
8. V. 27 – Faz-te lembrar outras passagens parecidas? Quais? Somos fiéis na nossa religião?
9. Os tempos são diferentes hoje em dia. Ainda temos orfãos mas, pelo menos aqui em Portugal, as viúvas
conseguem trabalhar, recebem pensões, etc. Então, quem são “os órfãos e viúvas” de hoje em dia?
Quem são “os órfãos e viúvas” na universidade?
10. Que exemplos podes dar da “corrupção do mundo”? Existe na universidade? Onde e como?
Se nós vamos ser discípulos de Jesus não podemos só falar mas temos de também agir. O mundo está
farto de ver cristãos que falam acerca do amor de Jesus e da sua compaixão mas que ao mesmo tempo lutam
uns com os outros, mostram muito amor ao mundo mas não têm nada para dizer acerca da pobreza, fome,
sofrimento, injustiça...
Os estudantes universitários, colegas teus, são muitas vezes mais activos na sociedade do que jovens
cristãos... Tiago diz que isso não pode ser.
Nós temos de ler a Palavra de Deus e fazer o que diz. Se não estamos a fazer é porque não estamos a
ler a Bíblia ou não estamos minimamente interessados na prática do que ela diz. Ou seja, a Palavra de Deus
passa a ser um texto interessante que lemos mas que não tem consequências nenhumas na nossa vida. O
mundo vai continuar a achar que somos hipócritas... e não é um insulto... é a verdade.
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
[CONCLUSÃO]
Missão Integral – Estudo 3”
11
MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 3”
TIAGO 2: 1 – 13
[CONNIE MAIN DUARTE3]
[PASSAGEM]
1. Meus irmãos, não tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas.
2. Porque, se no vosso ajuntamento entrar algum homem com anel de ouro no dedo, com trajes preciosos, e entrar
também algum pobre com sórdido traje,
3. E atentardes para o que traz o traje precioso, e lhe disserdes: Assenta-te tu aqui num lugar de honra, e disserdes ao
pobre: Tu, fica aí em pé, ou assenta-te abaixo do meu estrado,
4. Porventura não fizestes distinção entre vós mesmos, e não vos fizestes juízes de maus pensamentos?
5. Ouvi, meus amados irmãos: Porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé, e
herdeiros do reino que prometeu aos que o amam?
6. Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não vos oprimem os ricos, e não vos arrastam aos tribunais?
7. Porventura não blasfemam eles o bom nome que sobre vós foi invocado?
8. Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.
9. Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois acusados pela lei como transgressores.
10. Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.
11. Porque aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se tu pois não cometeres adultério,
mas matares, estás feito transgressor da lei.
12. Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade.
13. Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo.
[ILUSTRAÇÃO]
Gosto muito de desporto... mas o que eu não gosto no desporto é a maneira como o público trata os
atletas. As pessoas esperaram durante horas no aeroporto só para poderem ver os seus atletas preferidos.
Ficam em filas enormes só para conseguir um autógrafo, compram jornais e revistas só para saber mais
detalhes pessoais dos seus jogadores preferidos. Compram as roupas que os atletas promovem e vestem as
camisolas com o nome e o número dos jogadores... e porquê? Será porque o seu jogador preferido é uma
grande pessoa? Porque é uma pessoa generosa, carinhosa, solidária, ética ou honesta? Porque é que
tratamos os atletas com tanta honra, sem realmente conhecer o seu verdadeiro carácter? O que nos faz
chamar “heróis” as estas pessoas e não a outras? É por serem famosos? Ricos? Talentosos? Ou todas as
anteriores?
[INTRODUÇÃO]
E em relação à nossa universidade, o lugar em que passamos a maior parte de seu dia. Pensa sobre os
alunos da tua turma. Há alguém que esteja um bocado “fora de contexto”? Existem alunos que se vestem de
maneira um pouco diferente, num estilo nada “fixe”. Talvez tens colegas que falem de maneira diferente,
cheirem de maneira diferente, etc… Como é que os tratas? Porquê?
[DESCOBRIR O TEXTO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
Nota: Tiago toca numa questão muito real da nossa sociedade: o modo como nos definimos uns aos outros,
porque razão o fazemos e quem favorecemos.
3
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
Somos engraçados, não somos? Não conheço muitas pessoas que iriam aplaudir o sistema de castas
tal como existe na Índia de hoje. A maioria admitiria que o sistema de castas é cruel e injusto. É limitante
daqueles que são forçados à escravatura só porque nasceram numa determinada família. Muitos de nós têm
lutado, em nossas próprias comunidades fora da Índia, para ver esta prática abolida. Sentimo-nos cheios de
justiça e de orgulho em nós próprios por estarmos indignados com esta prática. Mas pergunto-me se somos
assim tão diferentes afinal.
Missão Integral – Estudo 3”
12
1. (v.2-4) Tiago está-nos a dar um exemplo daquilo que via nos seus dias. Discute isso em grupo.
Reescreve estes dois versículos para os dias de hoje, na tua cidade, na tua universidade. Se Tiago
andasse na escola contigo, que exemplo que ele usaria?
2. (v. 5) Olha para Mateus 5:3-12 – 3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos
céus; 4Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados; 5Bem-aventurados os mansos,
porque eles herdarão a terra; 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos; 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia; 8Bem-aventurados
os limpos de coração, porque eles verão a Deus; 9Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão
chamados filhos de Deus; 10Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque
deles é o reino dos céus; 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo,
disserem todo o mal contra vós por minha causa. 12Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso
galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. – Tiago está a
reforçar a ideia de que o Reino de Deus é o inverso da ordem do mundo. (Discute em grupo)
4. (v. 8) “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Enquanto estudantes universitários, como é que isso
acontece nos dias que correm? Como podes colocar isso em prática, agora?
5. (v. 9-11) Temos tendência a graduar o pecado. Alguns pecados são maiores do que outros, ou noutras
palavras, pensamos que alguns pecados são piores do que outros. Tiago não concorda (nem o resto das
Escrituras). Se não cumprires uma parte da lei, não cumpres a lei de todo.
O que pensas sobre isso? Entendes que mostrar favoritismo é tão mau como adultério e homicídio?
Porquê ou porque não?
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
3. (v. 6.7) Porque razão temos uma atracção pelos ricos e famosos? O que é tão atraente na vida deles?
Compra a "Caras", "Hola" ou "Maria"... lê alguns dos artigos e agora responde outra vez à pergunta.
Será que vale a pena invejar estas vidas? São elas quem nós queremos ter como ideal? (Discute isto
como um grupo.)
Missão Integral – Estudo 3”
13
6. (v. 12-13) "Julgados pela lei da liberdade". Discutam juntos esta frase. Como pode a lei ser da
liberdade? Não são as leis uma limitação à liberdade? O que quer Tiago dizer com isto?
7. (v. 13) " e a misericórdia triunfa do juízo". Tenta pensar em alguns exemplos concretos disto. Como é que
podes mostrar misericórdia com os teus colegas? Como é que podes ser misericordioso com os teus
colegas?
[CONCLUSÃO]
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
Uma e outra vez o Novo Testamento deixa muito claro que não existe nenhuma diferença entre
homens e mulheres, escravos ou livres, ricos ou pobres. Somos todos humanos e todos nós somos preciosos
para Deus. O que determina a nossa natureza humana, o termos sido feitos à semelhança de Deus … não é a
nossa riqueza ou a nossa fama. Não é a quantidade de poder que temos e podemos usar. O que determina a
nossa natureza humana é o modo como escolhemos amarmo-nos uns aos outros, honrarmo-nos uns aos
outros, mostrar misericórdia, justiça, compaixão e igualdade. Deus não olha para a nossa conta bancária, o
nosso “Currículos Vitae”, antes de escolher amar-nos. Ele olha para nós como nós somos e escolhe amar-nos
tal como somos. Se o Deus que nos criou olha para nós desta forma, não deveríamos nós também fazer a mesma
coisa uns aos outros?
“Missão Integral – Estudo 4”
14
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 4”
TIAGO 2: 14 – 26
[CONNIE MAIN DUARTE4]
[PASSAGEM]
14. Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?
15. E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
16. E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o
corpo, que proveito virá daí?
17. Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
18. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha
fé pelas minhas obras.
19. Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demónios o crêem, e estremecem.
20. Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
21. Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?
22. Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada.
23. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o
amigo de Deus.
24. Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.
25. E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os
despediu por outro caminho?
26. Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.
Quando tinha 16 anos pensava que tinha tudo controlado. Tinha muitos amigos na escola e era a líder
do grupo de jovens da igreja. No entanto, se me observasses à distância podias ver duas pessoas muito
diferentes nesses dois ambientes... e um dia, eu pensei que podia tentar juntá-las.
A minha amiga Debbie era uma das pessoas mais inteligente que já tinha conhecido. Ela tinha uma
cabeça matemática e a paciência de Jó para explicar tudo. Por outro lado, eu era o lado cómico que ela não
tinha. Dávamo-nos muito bem. Eu nunca tinha falado com a Debbie sobre ser cristã, acho que o assunto
nunca surgiu. Mas um dia eu comecei a sentir-me um pouco culpada por isso, então convidei-a para o meu
grupo de jovens numa sexta-feira à noite. Para minha grande surpresa, ela concordou.
Naquela noite tínhamos planeado um tempo de jogos e convívio. A Debbie deu-se muito bem com
todos os meus amigos da igreja. Achei que tínhamos tido um bom tempo juntos. Na segunda-feira seguinte
perguntei à Debbie o que ela tinha achado. Ela olhou-me bem nos olhos e disse, "Eu gosto dos teus amigos,
eles são muito fixes. Mas tu és totalmente diferente com eles. Se és o que um cristão deve ser, então, não
quero ter nada a ver com isso... És uma hipócrita ". A Debbie nunca mais falou comigo.
“Hipócrita”… quando ela me chamou isso, senti-me como se tivesse levado uma chapada. Eu nunca
tinha pensado em mim como uma hipócrita... eu achava que estava apenas a ser "relevante" nas várias
situações. Mas quanto mais pensava nisso, mais eu sabia que a Debbie estava certa. Sim, eu acreditava em
Deus (mas como Tiago diz "... os demónios também acreditam"), mas Deus não tinha relevância real na minha
vida. Eu poderia levá-lo ou deixá-lo como me desse jeito. Eu tinha "fé", ou talvez melhor, eu "acreditava", mas
eu não tinha qualquer prova de minha fé. Nas palavras de Tiago, a minha fé era morta e isso não servia a
ninguém... nem mesmo para mim.
[INTRODUÇÃO]
Tiago 2:14-26 – são versículos para todos aqueles que tentam acreditar e que são, ao mesmo tempo
completamente passivos. Estes são avisos para aqueles que dizem que acreditam e isso é o suficiente, as
obras são para os liberais. Nestes poucos versículos, Tiago leva-nos a examinar não só a nossa fé em Jesus,
mas também os frutos que a nossa fé produz. Tiago recorda-nos que este não é um novo ensinamento, pelo
contrário, temos uma longa herança daqueles cujas obras provaram a riqueza da sua fé.
4
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
[ILUSTRAÇÃO]
“Missão Integral – Estudo 4”
15
[REFLEXÃO PESSOAL]
Tira algum tempo para ler esta passagem algumas vezes. Enquanto lês tenta pensar em exemplos na tua vida
em que a fé e as obras estavam lado a lado.
[DESCOBRIR O TEXTO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. (v. 14-17) Mesmo sem dizer a palavra "hipocrisia" é bastante óbvio que é a isto que Tiago se está a
referir. Já viste isto na tua vida? No teu grupo do GBU? Na tua universidade? Como é que te sentiste?
Qual tem sido a tua reacção à hipocrisia? E quanto aos teus amigos que não são cristãos? Qual tem sido
a reacção deles?
2.
(v. 15-16) Como podes reescrever estes versículos de forma a aplicá-los à tua vida universitária?
4. Como achas que os teus amigos vêem os cristãos? Com mais fé ou com mais obras?
5.
(v. 18) Concordas com Tiago? É impossível demonstrar a fé sem obras? Porquê?
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
3. O que é mais difícil para ti? Fé ou obras? Porquê?
“Missão Integral – Estudo 4”
6.
(v. 19) Porque é que achas que Tiago incluiu este versículo? A que tipo de pessoa estava a responder?
7.
(v. 21) A história de Abraão é interessante porque também é utilizada pelo autor de Hebreus (Hebreus
11:17-20), apesar de que, em Hebreus, a ênfase está na fé de Abraão. Achas que estas duas passagens
se contradizem? Se não, como as explicas?
8.
(v. 25) Qual é a história de Raabe? Porque é que ela é usada aqui?
16
10. Que coisas estão a acontecer na universidade em que podes participar? Que coisas podias criar?
[PARA CASA]
Se tiveres tempo esta semana lê um dos Evangelhos (Marcos, é o mais curto) e vê o exemplo de fé e
obras que Jesus demonstrou e ensinou. Leva algum tempo, a examinar a tua própria vida (certifica-te que o
fazes com graça e misericórdia, como sabes que Jesus também o faria). A tua fé pode motivar-te a agir? As
tuas obras ajudam a explicar e a dar vida à tua fé? Estás a viver uma vida íntegra ou fragmentada?
[CONCLUSÃO - ILUSTRAÇÃO]
Quanto a mim e à Debbie, como eu disse, ela nunca mais falou comigo desde essa altura. Mas eu
ainda oro por ela. Oro para que Deus traga um melhor cristão à vida dela, alguém que viva de um modo mais
consistente do que eu. E eu? Bem, aquela conversa mudou o curso da minha vida. Foi a minha crise de fé. Ao
longo das semanas e meses seguintes, eu lutei com as minhas crenças acerca de Deus e da realidade de Deus
na minha vida. Aos 17 anos fiz um compromisso com Deus, de segui-Lo completamente ou deixá-lo para
sempre. O facto de ter escrito este estudo, mostra o caminho que escolhi. Graças a Deus!
Estudos Bíblicos, Gbu-Lisboa [Bloco 3]
9. Como podes viver uma vida mais íntegra como indivíduo e como grupo? Como é que a tua fé pode
inspirar as tuas obras? Que causas/obras é que seriam úteis e boas para estares envolvido agora,
enquanto estudante universitário?
“Missão Integral – Estudo 5”
2
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 5”
TIAGO 3: 1 – 12
[CONNIE MAIN DUARTE 1]
[PASSAGEM]
1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.
2 Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para
também refrear todo o corpo.
3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.
4 Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme
para onde quer a vontade daquele que as governa.
5 Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno
fogo incendeia.
6 A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina
todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
7 Porque toda a natureza, tanto de bestas feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi
domada pela natureza humana;
8 Mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.
9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus.
10 De uma mesma boca procede benção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.
11 Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?
12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas, ou a videira figos? Assim tampouco pode uma fonte dar
água salgada e doce.
[INTRODUÇÃO]
O início do capítulo três é muito conhecido e não conheço ninguém que tenha alguma vez discordado com
ele. Todos nós, facilmente, podemos pensar em pessoas que nos magoaram profundamente com o que elas
disseram. A maioria de nós conhecemos pessoas que dizem uma coisa a uma pessoa e depois a outra, dizem
uma coisa totalmente diferente. Todos nós, se fossemos honestos teríamos de admitir que a nossa própria
língua nos traz mais problemas do que gostaríamos.
O que eu nunca vi muito (inclusive na minha própria experiência) é um verdadeiro esforço por parte das
nossas comunidades em trabalhar juntos neste problema. Tentamos fazê-lo sozinhos... e francamente os
resultados são muito pobres. Aprender a domar a língua requer um reconhecimento e compreensão do
problema e, depois, muita confiança da nossa comunidade para nos ajudar a mudar, mantendo uma
constante dependência de Jesus e do Espírito Santo para nos dar a força e a capacidade para mudar.
[REFLEXÃO PESSOAL]
Tira algum tempo para ler esta passagem algumas vezes. Tira realmente algum tempo... Talvez já tenhas lido
isto muitas vezes antes, mas tenta lê-lo como se fosse a primeira vez. Experimenta escrever as tuas próprias
perguntas. Tens alguma dúvida sobre esta passagem? Não esqueças de tentar responder-lhes antes de
acabares o estudo.
1
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 4]
Tiago sabe que a língua tem poder para dividir igrejas, movimentos, famílias e amigos. Ele mostra-nos
claramente o problema da língua e deixa-nos aprender, com a ajuda de Deus e uns aos outros, a controlá-la.
“Missão Integral – Estudo 5”
3
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. (v.1) Se estás a dirigir este estudo, então, este versículo deveria preocupar-te tanto quanto me
preocupa! E se não estás a liderar este estudo, mas alguma vez tiveste de ensinar, este versículo é para
ti! Porque é que achas que Tiago começou esta passagem com este versículo, quando ele irá centrar o
resto do tempo na língua?
2. (v.1) Porque é que achas que os professores têm mais responsabilidade? Os alunos não têm
responsabilidade?
3. (v.2) Será que este versículo te conforta? Porquê?
5. (v.3-5) Estes versículos são exemplos de pequenas peças que movem grandes coisas (cavalos e navios).
Que tipo de coisas é que a língua controla...? O que é que hoje é controlado por aquilo que é dito?
6. (v.5) Que tipo de coisas são ditas, que são como que uma faísca que põe uma floresta em chamas? Já
alguma vez foste apanhado no fogo? Alguma vez apagaste o incêndio?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 4]
4. (v.2) Aqui, Tiago mostra como a língua é poderosa (a meio do versículo). Explica o que é que Tiago quer
dizer com "se alguém não tem falha no que diz, é um homem perfeito..."
“Missão Integral – Estudo 5”
4
7. (v.6) Concordas com Tiago? A língua é má? O que é que Tiago quer dizer? A que é que ele se está a
referir no final do versículo?
8. (v.7-8) Será que a língua é incapaz de ser treinada? Se isso é verdade, estamos sem esperança?
Consegues pensar em exemplos na tua vida em que conseguiste controlar a tua língua? E quando
falhaste?
9. (v.9-12) – Aqui parece que Tiago está a mudar um pouco a sua ênfase... ainda está a falar sobre o que a
língua faz, mas também o que é que a motiva. Qual é a fonte. Se nós pudermos descobrir a origem do
problema talvez possamos encontrar a cura. Qual é que achas que é a fonte do mal que existe na
língua? Qual o remédio?
[CONCLUSÃO]
Poderia ser interessante fazer uma experiência durante uma semana. Experimenta escrever todas as vezes
que dizes uma coisa que gostavas de não ter dito. Verifica se existe algum padrão nos tipos de coisas que
disseste. Após a experiência, partilha os resultados com um amigo verdadeiro e pede ajuda. Não te esqueças
de orar e convidar Jesus a participar no processo.
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 4]
10. Como é que nos podemos ajudar uns aos outros no que diz respeito ao controlo da nossa língua? Que
papel a comunidade poderá ter aqui? Na tua universidade, como é que podes trabalhar, tanto
individualmente como em conjunto, a controlar as vossas línguas? (Na universidade, em que áreas
perigosas é que a língua te pode colocar?)
“Missão Integral – Estudo 6”
5
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 6”
TIAGO 3: 13 – 18
[CONNIE MAIN DUARTE2]
[PASSAGEM]
13 Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em mansidão de
sabedoria.
14 Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais
contra a verdade.
15 Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica.
16 Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa.
17 Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de
misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia.
18 Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.
[INTRODUÇÃO]
Estes são cinco dos versículos mais difíceis que eu conheço na Bíblia. Não porque são tão difíceis de entender.
Na verdade, eles até são fáceis de perceber e talvez esse seja o problema. Seria mais fácil se pudéssemos “nos
fazer de parvos” e fingir que não percebemos o que Tiago estava a tentar dizer. No entanto, o facto é que
Tiago é bastante claro no que diz. Então, a dificuldade nestes cinco versículos não é porque não entendemos
o que ele quer dizer… pelo contrário, é pôr em prática o que ele diz que nos causa todo o tipo de
complicações.
No mundo Ocidental, temos sido convencidos que é o nosso destino, o nosso direito, quase o nosso dever, ser
rico, bem sucedido e poderoso. Quanto mais tens, melhor és. Quando mais tu controlas (incluindo pessoas)
mais poderoso és. Quanto mais longe na tua carreira fores, mais sucedido és. A questão é: Como é que
consegues obter todas essas coisas? Como consegues obter mais riqueza? Como é que obténs poder? Como
consegues ir mais longe na tua carreira?
A televisão, os filmes promovem a ideia de que vais conseguir ir mais longe se “levares tudo à tua frente”, se
cuidares de ti mesmo, se “fizeres à tua maneira” (nas palavras de Frank Sinatra). Ética empresarial como é
ensinada nos livros é óptima… mas na prática, parece que só é seguida apenas se nos trouxer um lucro
considerável.
Mas não é apenas nos negócios que estes problemas existem. Como é a ética na tua universidade ou
faculdade? Tens uma competição saudável que empurra cada pessoa para fazer o seu melhor? Ou a
competição transformou-se numa guerra onde só os fortes sobrevivem (sendo os fortes aqueles que são
auto-promotores, que roubam o trabalho de outras pessoas, copiam e fazem cabulas nos exames, etc.)
E quanto à amizade? As nossas amizades serão uma interacção honesta de dar e receber, de construir,
corrigir, encorajar, desafiar as pessoas a tornarem-se melhores? Ou as nossas amizades são basicamente
construídas na conveniência, no poder pessoal, no "quem tu conheces"?
[REFLEXÃO PESSOAL]
Tira algum tempo para ler esta passagem algumas vezes. Anota os teus pensamentos imediatos, as coisas que
te incomodam, que te deixam entusiasmado, que te desafiam, que te encorajam. Enquanto lês tenta fazer
comparações com o teu mundo... Estás a viver de acordo com aquilo que Tiago escreveu? Há algumas áreas
que precisas de trabalhar?
2
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 4]
Se não, bem, então algumas coisas podem e devem ser ignoradas. Sim, devemos cuidar do meio ambiente,
dos pobres, dos trabalhadores na base da cadeia... e nós fazemos isso, enquanto servir os nossos objectivos
de um lucro justo para a empresa.
“Missão Integral – Estudo 6”
6
[DESCOBRIR O TEXTO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. (v.13) - Uma das palavras que usamos muito, especialmente nos círculos cristãos, é a palavra
"sabedoria". Mas o que é que "sabedoria" realmente significa?
2. (v.13) - Tiago encoraja aqueles que dizem que são sábios e cheios de entendimento para mostrá-lo
pelas suas boas vidas. O que achas que ele entende por uma “boa vida”? Faz o contraste com o que
achas que a maioria da Europa Ocidental iria descrever como uma "boa vida".
4. (v.14) - Este versículo parece-te estranho? A parte sobre o "não neguem" é compreensível, embora
difícil de admitir. Mas o que Tiago quer dizer com "não vos glorieis disso"... Achas que as pessoas
realmente se vangloriam de ter rancor e inveja? Tenta pensar em exemplos que poderiam ajudar a
tornar isto mais compreensível.
5. (v.15-16) - Tiago não pode ser mais claro, este tipo de sabedoria não vem de Deus, na verdade, é muito
terrena. As consequências deste tipo de sabedoria são o que resulta no v.16.
Tenta fazer isto mais compreensível no contexto da tua universidade. Onde existem desordem e mal?
Consegues ver isso? O que está por detrás disto? Pode ser corrigido? Como?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 4]
3. (v.13) - "as suas obras em humildade", o que é que isso significa? Consegues pensar em algum exemplo
de alguma coisa, que tu ou outra pessoa que conheces, tenha feito em humildade?
“Missão Integral – Estudo 6”
7
6. (v.17) - Chegámos à descrição da sabedoria divina. Olha para cada palavra e tenta descrever. Depois,
torna isso prático... Novamente, faz isso no teu contexto de estudante.
• Pura;
• Pacífica;
• Moderada;
• Tratável;
• Cheia de misericórdia;
• Cheia de bons frutos:
• Imparcial;
• Sincera (sem hipocrisia):
Isto não é uma lista fácil para o mundo ocidental moderno. Quais são os resultados possíveis, ao tentar
viver assim na nossa sociedade? Quais são algumas das coisas que poderás ter de desistir? Quais são
algumas das coisas que poderás ter que "engolir"?
7. (v.18) – Aqui, Tiago é bastante poético... Mas o que ele quer dizer? Como é que vamos "semear a paz" e
o que é uma colheita de justiça?
[CONCLUSÃO]
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 4]
Parece-me que a melhor forma de "chegar ao topo", hoje em dia, é passar por cima das pessoas. Mas se
fizermos isso, em que tipo de pessoas nos vamos tornar? De que é que estamos mesmo à procura? É de ser
ricos, poderosos e bem sucedidos? Efectivamente, de que é que estamos à procura? Ou será possível que
hajam objectivos mais nobres a alcançar que nos permitam viver mais tranquilamente, mais carinhosamente,
e mais divinamente no nosso mundo?
“Missão Integral – Estudo 7”
2
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 7”
TIAGO 4: 1 – 17
[CONNIE MAIN DUARTE 1]
[PASSAGEM]
1 De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos
membros guerreiam?
2 Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque
não pedis.
3 Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5 Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
6 Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
7 Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8 Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.
9 Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.
10 Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e,
se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
[INTRODUÇÃO]
No outro dia vi um episódio antigo da “Anatomia de Grey”. Era cerca de casais que tinham tido casos e,
depois, estavam a tentar decidir se deviam ser honestos com o companheiro que enganaram. A história é
centrada em 3 casais:
Addison e Derek: Adisson enganou Derek com o melhor amigo dele, mas deu sempre a impressão que tinha
sido apenas uma noite (não foi). Por outro lado, Derek, sempre admitiu que o caso que tinha tido com uma
interna (estagiária) tinha sido um relacionamento de longo prazo.
Callie e George: Callie acusou George de ter um caso emocional com as colegas de casa, Izzie e Meridith,
deixando-a sempre para segundo plano. Por “vingança”, Callie dormiu com um colega, que tinha reputação de
destruir relacionamentos.
À medida que o episódio avança, vemos a angústia de todas as partes envolvidas perguntando-se se deviam
contar aos seus companheiros a verdade sobre o que tinham feito. Em primeiro lugar, pensam no que os terá
motivado. No final do dia, ninguém está feliz com o que tinham feito, ninguém está orgulhoso. A frase chave
no episódio todo, é quando a mulher divorciada está a ter uma conversa com Adisson. Ela admite a Adisson
que vai contar ao marido o que tinha feito. Adisson fica surpreendida e pergunta porque é que ela iria fazer
isso. A resposta dela é simples “A primeira vez que dormi com o meu ex-marido senti-me horrivelmente
culpada, mas decidi não contar ao meu marido porque sabia que não iria acontecer outra vez. Mas aconteceu,
uma e outra vez… até que parei de me sentir culpada. Agora, preciso contar-lhe, porque eventualmente a
verdade vai vir ao de cima, isto tem de vir ao de cima…isto virá ao de cima”.
Se quiseres saber quem confessa a quem, bem, vais ter de alugar a série (série 3). Mas o meu objectivo em
contar isto é porque, embora a “Anatomia de Grey” seja baseada na ficção, acho que a realidade em que
vivemos é muito semelhante. Nesta passagem de Tiago, vamos ser forçados a confrontar a realidade do nosso
1
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
Um casal divorciado: Entraram na sala das urgências porque ficaram "presos" um ao outro durante o acto
sexual. Apesar de terem sido casados durante 17 anos, agora são divorciados, e a mulher casou novamente.
Sempre que este casal divorciado se encontra não conseguem controlar-se e acabam por dormir juntos.
“Missão Integral – Estudo 7”
3
mundo e os desejos que vivem dentro de nós. Tiago vai dizer-nos como deixamos para trás estes desejos, mas
não vai ser fácil. Assim como os actores no episódio de “Anatomia de Grey, a culpa que antes podia fazer-nos
parar, há muito que desapareceu.
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
Lê a passagem algumas vezes e começa a perguntar a ti mesmo algumas das questões que Tiago faz…
1. (v.1) – O que causa guerras e discórdia entre vocês?
a. O que é que no meio dos teus amigos, mais frequentemente, te leva a lutar? O que é que não
te deixa dormir à noite por causa da tua raiva?
b. O que é que queres que não consegues alcançar?
2. (v.2) – Concordas com Tiago? A maior parte das vossas lutas e discórdias são porque queremos
alguma coisa que os outros têm?
a. O que achas que Tiago está a dizer na frase seguinte? “Não têm porque não pedem a Deus”?
Tenta pensar numa resposta independentemente da frase que vem a seguir. O que
aconteceria se pedisses a Deus essas coisas? Pensas que Ele iria permitir-te tê-las?
4. (v.4) – “A amizade do mundo é a inimizade de Deus”, O que é que pensas desta afirmação? Não
parece contradizer outras passagens das escrituras? O que pensas que Tiago quer dizer com “A
amizade do mundo”? O que é que isto significa para vocês enquanto estudantes universitários?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
3. (v.3) – Tiago é bastante claro sobre o porquê de não termos aquilo que mais pedimos… porque
iríamos usar isso para o nosso próprio prazer. Como é que isto te soa? Faz sentido, mesmo pensado
que isto seria em 2009? Não temos, nós, o direito de gastar o nosso dinheiro connosco próprios? Será
que o prazer é errado?
“Missão Integral – Estudo 7”
4
5. (v.5-6) – O espírito de inveja está dentro de nós… faz parte do nosso ADN, mas mesmo assim não
estamos “safos”… foi-nos dado o acesso à graça que contraria a nossa tendência invejosa.
a. Como esta graça tem sido visível na tua vida nesta área de combate à inveja?
b. Onde é que falhaste?
c. A maioria dos estudantes luta com o quê, nesta área?
6. (v.7) – “Sujeitem-se” a Deus.
a. Durante algum tempo define “submissão”. Submissão é uma coisa boa, má ou é neutra?
b. Achas que submetermo-nos a Deus é melhor do que submetermo-nos à nossa própria
natureza? Outra vez, achas que viver uma vida de prazer é errado?
c. Alguma vez tiveste a experiência em que te mantiveste firme e o diabo fugiu de ti?
8. (v.9-10) – Isto não é comum na nossa sociedade… atrevo-me até dizer que nas nossas igrejas e grupos
de GBU não é assim tão diferente. Não levamos o pecado muito a sério… ele não nos perturba assim
tanto. Isto era o que estava a acontecer na história da “Anatomia de Grey”… pecado, quando o
praticamos vezes suficientes ele torna-se parte da nossa rotina diária. Já não nos afligimos, choramos
ou lamentamos… apenas encolhemos os ombros, murmuramos uma pequena oração a pedir perdão
e depois seguimos com o nosso dia. Achas que é importante voltar a levar o pecado mais a sério?
Porquê? O que vais fazer em relação a isso? Sozinho ou em comunidade?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
7. (v.8-10) – Nestes versículos são-nos dadas uma série de "coisas a fazer" para lutar contra os desejos
que se levantam contra nós. Observa a lista. São coisas que costumas fazer? Porquê?
a. v.8 (a) – Apercebeste-te de alguma coisa estranha neste versículo? Incomodou-te? Porque
achas que a ordem é tão importante?
b. v.8 (b) – Tiago está a falar sobre limpar os sítios onde existe pecado… que sítios são esses?
“Missão Integral – Estudo 7”
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9. (v.11-12) – Como é que estás a lidar com isto? Como é que isto acontece na tua universidade? É
comum falar mal uns dos outros? Costumam difamar-se uns aos outros para parecerem melhores na
frente dos vossos amigos? Professores? Etc.
a. Alguma vez te perguntaste: “se estou a julgar alguém, quem vai julgar-me?”
b. E, “Quem sou eu para julgar o meu colega, o meu amigo? O que faz de mim melhor ou até
diferente?”
c. Achas que faria diferença se todos nós, em primeiro lugar, fizéssemos estas perguntas a nós
mesmos? Porquê?
10. (v.13-17) – Agora Tiago apresenta mais um exemplo para a mesma questão que fez no versículo 1; “O
que causa guerras e discórdia entre vocês?”. Aqui está mais uma razão…
a. Podemos dar um nome ao problema real que Tiago está a tentar mostrar-nos? Como
descreverias o problema (ou problemas)?
b. “O problema com todos os avisos até agora é devido a uma visão distorcida de nós mesmos e
a um interesse insuficiente no que Deus tem para nos dizer. Nenhuma destas coisas seriam
um problema se nós prestássemos mais atenção a Deus e à Sua vontade e tivéssemos menos
confiança em nós mesmos”. Qual é a tua resposta a esta citação? Concordas? Porquê? Na
prática, como é que isto pode funcionar?
Vivemos no mundo do “eu mereço”. Temos fome e sede do que as outras pessoas têm e traçamos planos, a
fim de obter o que outras pessoas têm com o mínimo de custos para nós. Se fizermos isso o tempo suficiente
tornamo-nos adormecidos pela nossa própria culpa, e deixamos de senti-la para sempre. Mas o custo é alto...
pessoalmente e na sociedade. Seria muito bom para todos se nos lembrássemos de ficar firmes e muito perto
de Deus e se permitíssemos que Ele chegue mais perto de nós.
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
[CONCLUSÃO]
“Missão Integral – Estudo 8”
6
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 8”
TIAGO 5: 1 – 6
[CONNIE MAIN DUARTE 2]
[PASSAGEM]
1 Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão-de vir.
2 As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça.
3 O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a
vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.
4 Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos
que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.
5 Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança.
6 Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.
[INTRODUÇÃO]
Estamos agora no último capítulo de Tiago e enquanto lês a passagem seguinte podes ser tentado a aplaudir
juntamente com Tiago, sabendo que, no final, os "maus" vão "ter o que merecem". Mas eu quero que
avancemos mais devagar e que levemos esta passagem muito a sério. Quero que imaginemos que, afinal,
Tiago está a falar para nós. "Bem, espera aí", podes tu dizer, "eu sou um estudante universitário português, eu
não sou rico nem poderoso, não tenho pessoas a trabalhar para mim, nem retive os salários de ninguém...".
Tudo isso pode ser verdade, mas é também preciso lembrar que vivemos na Europa Ocidental e, portanto,
para a maior parte do mundo, tu és muito rico.
Não acreditas em mim? Pára agora mesmo e olha à tua volta... olha para ti. Descreve as roupas que tens
vestidas. Quanto é que pagaste pelo teu último corte de cabelo? Quanto é que custou a tua maquilhagem e o
teu perfume? O que é que tens na tua mala ou na mochila? Tens um telemóvel? Chaves do carro? Um passe
de autocarro? Um portátil? Dinheiro na tua carteira? Se tens alguma destas coisas... e eu quase posso garantir
que tens mais do que uma… na realidade, quando comparado com a maioria do resto do mundo, tu és rico.
Por isso, o que Tiago fala nos seis versículos seguintes é para ti e para mim.
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
1.
2
(v.1) Tiago não começa de uma forma muito encorajadora (e só para te prevenir, não vai ficar
melhor). "Deviam chorar e lamentar-se por causa das desgraças que hão-de cair sobre as vossas
vidas" (versão O Livro).
a. Porque achas que a miséria virá sobre os ricos? É errado ou mau ser rico? Qual é o problema
ou o potencial problema em ser rico?
b. Motiva-te ser rico/abastado? O dinheiro que podes ganhar foi um factor motivador para
escolheres o curso que estás a tirar? Quais são as tuas expectativas em relação à tua própria
riqueza?
c. Já tiraste algum tempo para pensar no que gostarias de fazer com o dinheiro que vais ganhar?
Que tipo de vida gostarias de ter? Tira uns momentos para pensar nestas perguntas.
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
“Missão Integral – Estudo 8”
7
2. (v.2-3) Tiago está a falar como se isto já tivesse acontecido: “As vossas riquezas apodrecem de
inutilidade. A vossa roupa vai sendo comida pela traça. O vosso ouro e a vossa prata não servem para
nada.” (versão O Livro). Isto não é um julgamento futuro, isto já aconteceu. O que achas que ele quis
dizer com isto?
3. (v.4) Consegues relacionar este versículo contigo (e connosco, Europeus ocidentais)? Como
poderíamos ficar envolvidos nas mesmas coisas que Tiago está a acusar os ricos de fazer no seu
tempo?
5. (v.6) Esta é talvez a afirmação mais forte de Tiago. O que achas que ele quer dizer? Será que no
ocidente somos culpados deste tipo de comportamento? Se sim, qual é a nossa responsabilidade,
hoje, para começar a corrigi-lo? Achas que podes desempenhar um papel nisto… hoje, como
estudante universitário? De que forma?
[CONCLUSÃO]
Falar sobre dinheiro e riqueza não é fácil para nós. Nascemos a acreditar que ganhar dinheiro, ter uma boa
casa, um carro ou dois não era luxo, mas um direito nosso. Estudamos para que possamos ter mais do que os
nossos pais tiveram (obviamente, há outras razões para estudarmos, mas geralmente este é um factor).
Consumimos sem pensar de onde vêm os nossos bens, a quem é que fizeram mal, e quem é que sofre
enquanto nós estamos melhor vestidos.
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
4. (v.5) Achas que as críticas de Tiago para estas pessoas ricas poderiam ser feitas contra nós?
a. De que forma estás a viver, neste momento, que podia ser considerado luxo e autoindulgente?
b. É sempre errado ou mau viver com luxo e auto-indulgência? Porquê?
c. Alguma vez criticaste alguém mais rico do que tu pela forma como eles vivem? Já alguma vez
foste criticado pela forma como vives por alguém menos rico? Como é que isso te fez sentir?
Eles tinham razão?
“Missão Integral – Estudo 8”
8
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
Enquanto cristãos não podemos continuar a ignorar estas coisas. E enquanto cristãos ricos seremos
responsabilizados pela quota-parte de problemas que a nossa riqueza causou. Temos que pensar mais.
Precisamos fazer escolhas mais cuidadosas com o nosso dinheiro: como é que o ganhamos, onde o gastamos,
e como vivemos com ele... não só porque tem a capacidade de nos corromper... mas também tem a
capacidade de destruir a vida de muitas outras pessoas.
“Missão Integral – Estudo 9”
9
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 9”
TIAGO 5: 7 – 12
[CONNIE MAIN DUARTE 3]
[PASSAGEM]
7 Sede pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o
com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.
8 Sede vós também pacientes, fortalecei os vossos corações; porque já a vinda do Senhor está próxima.
9 Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.
10 Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.
11 Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Job, e vistes o fim que o Senhor
lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.
12 Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis, nem pelo céu, nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas
que a vossa palavra seja sim, sim, e não, não; para que não caiais em condenação.
[INTRODUÇÃO]
Quando descobri que estava grávida do nosso primeiro filho fiquei emocionada. Tínhamos andado a tentar
engravidar apenas à 6 meses, mas para alguém como eu, que tem paciência limitada, 6 meses pareciam muito
tempo! Mas isso não foi nada!! Depois de descobrir que estava grávida (apenas 2 semanas depois de
engravidar) comecei mesmo a esperar. Nove meses, 40-42 semanas, cerca de 270 dias. Todos os dias
acordava e olhava para o espelho para ver se conseguia ver alguma diferença na minha barriga. Sonhava
sobre como seria o bebe, seria um rapaz ou uma rapariga, como seria a personalidade dele/dela, etc. Com o
passar dos meses a espera não melhorava. Estava cada vez mais ansiosa por conhecer o nosso novo bebe.
Já tinha visto muita televisão e filmes na minha vida, por isso eu tinha a certeza que o trabalho de parto ia ser
doloroso, mas para ser honesta, pensava que aqueles gritos todos eram um bocado exagerados. Achava que
Hollywood exagerava e fazia com que fosse difícil olhar, quase impossível. Errado! Hollywood fazia-o bastante
parecido! Nunca tinha conhecido a dor como conheci durante o trabalho de parto. Não tive tempo para levar
um epidural, por isso senti tudo. O trabalho de parto não demorou muito e por volta das 22:00h o Joshua
tinha nascido. Que alívio e que alegria finalmente conhece-lo face a face. Toda aquela espera…toda aquela
dor… e eu sabia que o faria outra vez. Ao olhar para o meu filho, eu sabia que valia a pena.
Na nossa sociedade, não somos bons a esperar. Concebemos o nosso mundo para não termos que esperar.
Temos microondas, para que possamos ter uma refeição em 5 minutos ou menos. Até temos comida
instantânea, para não termos de perder tempo a preparar a comida. Usamos aspiradores porque são mais
rápidos que as vassouras. Temos carros, que torna o andar a pé (que é lento) desnecessário. Temos escovas
de dentes eléctricas, assim não temos de mover a mão para cima e para baixo muitas vezes, etc.
E se não somos bons em esperar, somos terríveis no que diz respeito a sofrer. Sofrer é pior que morrer.
Evitamos sofrer a todo o custo, ao ponto de escolher formas mais rápidas para morrer, se pudermos evitar
qualquer sofrimento desnecessário e mau.
O que é que perdemos quando evitamos a espera e o sofrimento? Será que eles têm algum propósito?
Deveriam ser evitados a todo o custo ou deveríamos deixa-los fazer o seu trabalho nas nossas vidas?
3
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
Finalmente estavam a decorrer as 2 últimas semanas, e mesmo assim, estava impaciente, cada noite na
esperança que seria a noite em que iria acordar a precisar de ir para o hospital. Finalmente, no dia 8 de
Dezembro de 2004 acordei a precisar ir para o hospital. E foi quando a paciência deu lugar a algo novo…
sofrimento!
“Missão Integral – Estudo 9”
10
Tiago aborda estas duas questões, a espera e o sofrimento na altura em que está no fim da sua carta. Não nos
podemos esquecer do contexto em que Tiago escreveu. Ele estava escrever a um grupo de pessoas disperso,
pessoas que estão dispersas porque estavam a ser perseguidas por causa da fé que tinham em Jesus. A vida
delas não era fácil e eu posso imaginar que estavam ansiosas pelo dia que Jesus iria voltar e confortá-las, para
lhes dar uma oportunidade de viver numa nova terra, por ver toda a injustiça tornar-se em justiça, e para
finalmente encontrarem descanso. Tiago encoraja-os com este conceito importante: ser paciente… mesmo no
meio do sofrimento.
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. (v.7-8) – Ser paciente.
a. Quando é que achas que é mais difícil ser paciente?
b. Qual é a parte mais desafiadora quanto a ser estudante (relacionado com a paciência)?
i. Qual é a parte mais desafiadora quanto a ser um estudante cristão?
ii. É diferente de ser um estudante não-cristão? Porquê?
c. Enquanto estudante, quando pensas na vinda de Jesus, em que é que pensas? Como é que
pensas que será? Assusta-te ou encoraja-te?
3. (v. 10-11) – Tira alguns minutos para rever o que sabes sobre os profetas e sobre Job. Tenta recontar
algumas das histórias da Bíblia Hebraica (Velho Testamento), especialmente Job.
a. O que é que podemos ganhar se formos pacientes ao passar pelo sofrimento?
b. Como é que sofres, enquanto estudante universitário?
c. Tens a noção de que existem estudantes que estão a sofrer a sério agora mesmo? Como é
que os podes ajudar? Tenta e sê mesmo prático.
4. (v.11(b) – “O Senhor é grande em compaixão e amor”.
a. Achas que a maioria dos teus amigos iria concordar com esta afirmação? Porquê?
b. Concordas com esta afirmação? Porquê?
c. Como é que vocês, como grupo, podem partilhar e mostrar a misericórdia e compaixão de
Deus durante este semestre?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
2. (v.9) – Esta não é a primeira vez que Tiago fala sobre lutar e julgar uns aos outros. Porque achas que
ele é tão persistente neste assunto?
a. Tens problemas nesta área? Consegues ver algum padrão nos argumentos e lutas que tens? O
que podes fazer em relação a isso?
“Missão Integral – Estudo 9”
11
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
5. (v.12) – Este versículo é, provavelmente, o mais culturalmente contextualizado desta passagem. Nos
dias de Tiago era muito comum fazer juramentos (e Tiago não tinha problema com isso como Jesus
fez [Mateus 26:63-64]; como Paulo fez [Romanos 1:9; 9:1]). O problema de Tiago tinha a ver com
serem irreverentes ao tentarem garantir os juramentos usando o nome de Deus ou um objecto
sagrado.
a. Consegues pensar em exemplos reais, de hoje, onde as pessoas tentam garantir os seus
juramentos sem reverência?
b. Deixas o teu “sim” ser “sim” e o teu “não” ser “não”? É sempre fácil? Porquê?
c. Em 2009, qual o poder de “dar a tua palavra”? Será que actualmente “dar a tua palavra”
garante ainda alguma coisa? Quando dás a “tua palavra”, fazes um compromisso ou tomas
alguma responsabilidade, segues sempre em frente com isso? As pessoas podem confiar no
teu “sim ou não”? Se não, quais foram as consequências?
“Missão Integral – Estudo 10”
12
“MISSÃO INTEGRAL – ESTUDO 10”
TIAGO 5: 13 – 18
[CONNIE MAIN DUARTE 4]
[PASSAGEM]
13 Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.
14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do
Senhor;
15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
16 Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode
muito em seus efeitos.
17 Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses,
não choveu sobre a terra.
18 E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.
[REFLEXÃO PESSOAL]
Tiago está agora no final da sua carta, mas não vai usar uma passagem inteira só para dizer adeus. Nos
últimos cinco versículos da carta, Tiago reúne uma série de informações importantes e lembretes que nos vão
ajudar a viver melhor, de uma forma mais saudável e, na realidade, mais felizes. Não tenhas pressa nestes
últimos cinco versículos, antes, lê-os mais algumas vezes e pensa em cada frase. O que significa colocar em
prática cada um desses itens, na tua vida quotidiana? Como poderiam estes conceitos e práticas ajudar-te a
viver melhor, mais consistente, mais saudável, mais feliz, e mais aberto para com as outras pessoas?
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
2. (v.13b) - Quando foi a última vez que louvaste a Deus simplesmente por seres feliz? Quando foi a
última vez que tiveste um dia realmente bom? O que fizeste? Como reagiste? Como reagem os teus
amigos quando estão felizes? Quem recebe o crédito? Porquê? Porque achas que Tiago nos diz para
louvar a Deus quando estamos felizes?
4
Traduzido por Cátia Santos
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
1. (v.13a) - Quando estás com problemas, orar é a primeira coisa que fazes? O que é que fazes a seguir?
É a última coisa que fazes? O que é que fazes primeiro? Porque achas que Tiago diz-nos para orarmos
quando estamos em dificuldade? O que devemos esperar que aconteça? Como devemos esperar que
aconteça?
“Missão Integral – Estudo 10”
13
3. (v.14-15) - O que pensas acerca destes versículos? Tens alguma pergunta ou dúvidas sobre eles?
Quais? Não "desligues" a cerca do óleo... isto pode significar tanto medicinalmente ou como um sinal
de fé... O que é que Tiago está realmente a sugerir que façamos quando alguém está doente? Porque
achas que ele está a sugerir que se chame os líderes da igreja? Alguma vez experimentaste cura (ou
viste alguém ser curado) através da oração? Compartilha essas experiências. O que acontece quando
alguém não é curado, quais são algumas possíveis respostas?
4. (v.15b) - Da mesma forma Tiago parece sugerir que através da oração, os pecados de alguém podem
ser perdoados. Lembras-te de alguma história dos evangelhos? (Ver Marcos 6:13).
5. (v.16) - Tiago diz que devemos confessar os nossos pecados uns aos outros... fazes isso? Porquê?
Porque é que será importante para nós fazermos isso? Como é que entendes a última parte deste
versículo. Achas que és uma pessoa justa? Acreditas que as tuas orações são poderosas e eficazes?
Tiago já nos falou sobre isso durante toda a carta (relê o primeiro e quarto capítulo, se tiveres
problemas em responder a esta pergunta).
7. (v.19-20) - Qual é a importância da comunidade? Como é que podes manter uma comunidade forte, o
suficiente para ser capaz de confrontar alguém quando está errado ou em pecado?
[CONCLUSÃO]
E assim, sem sequer dizer adeus, Tiago termina a sua carta. Termina-a com o lembrete mais poderoso:
a importância de fazer parte do Corpo de Cristo. Somos dependentes uns dos outros e temos um papel muito
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
6. (v.17-18) - Lê I Reis 17:1; 18:41-46, a história de Elias, o profeta. Achas que Elias é como tu? Porquê?
Se é difícil para ti acreditar que Elias é como tu... então não te esqueças de ler I Reis 19, também.
Como podes começar a orar pelos teus amigos? Como podes começar a orar pelos vizinhos, pela tua
comunidade, pelos teus líderes, e pelo teu mundo? Acreditas que as orações podem ser respondidas?
“Missão Integral – Estudo 10”
14
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
importante em ajudarmos a manter um bom relacionamento, uns com os outros, e com Deus. A vida não é
fácil, está cheia de desafios, tentações, mensagens erradas, doenças, etc. Como cristãos, não temos de
enfrentar qualquer um destes isoladamente. Nós temos uns aos outros para nos suportarmos, nos ouvirmos,
nos guiarmos, para nos corrigirmos e nos amarmos. Mas a nossa comunidade não é apenas dependente de
pessoas. Ela é suportada, orientada e cuidada por Deus, por Jesus e pelo Espírito Santo.
“Jesus chama Filipe e Natanael”
2
“JESUS CHAMA FILIPE E NATANAEL”
JOÃO 1: 43 – 51
[PASSAGEM]
43 ¶ No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
44 E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro.
45 Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas:
Jesus de Nazaré, filho de José.
46 Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê.
47 Jesus viu Natanael vir ter com ele, e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
48 Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu, e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse,
te vi eu, estando tu debaixo da figueira.
49 Natanael respondeu, e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei de Israel.
50 Jesus respondeu, e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas
verás.
51 E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus
subindo e descendo sobre o Filho do homem.
1. Contexto: No início do seu ministério Jesus é baptizado por João Baptista. Jesus escolheu dois dos
seus discípulos de entre o grupo que acompanhava João Baptista. Neste texto Jesus está a ir para a
Galileia a fim de revelar-se lá.
2. (v.43) encontrou Filipe – foi iniciativa de Jesus encontrá-lo e iniciar uma conversa. "segue-me" não foi
um convite para acreditar ou ter fé, mas para seguir, para conhecer, para ser amigo, ser aluno.
3. (v. 44) Betsaida: localidade.
4. (v.45) Natanael : João 21:2
5. (v.46) Nazaré: Natanael tinha razão as profecias do velho testamento não falam de Nazaré.
"Vem e vê" um convite para um Natanael cheio de dúvidas.
6. (v.47) Jesus reconhece a honestidade de Natanael e valoriza as suas questões e dúvidas.
7. (v. 48) "debaixo da figueira" : um sitio muito usado pelos judeus para estudar as escrituras. "um
verdadeiro Israelita" também pode significar alguém que lê muito atentamente as escrituras.
Jesus quer mostrar a Natanael que Ele é mesmo o Messias, quer mostrar-lhe que sabe tudo sobre ele
(a sua espera pelo messias, as suas dúvidas e a sua personalidade).
8. (v.49) Jesus é reconhecido como rei de Israel.
9. (v.50-51) seguir Jesus significa que o Natanael reconheceu em Jesus a existência de Deus. Apesar dele
não ter visto os anjos, ele consegue ver o Pai em Jesus.
[INTRODUÇÃO]
Ler João 20:30-31 “Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não
estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e
para que, crendo, tenhais vida em seu nome.”
É assim que João descreve o seu alvo ao escrever sobre Jesus e a sua vida.
Jesus o Filho de Deus: para as pessoas que vão à igreja há muito tempo esta expressão é muito familiar, mas
para quem não costuma ir à igreja isto é incrível. Uma coisa é acreditar que houve um homem há 2000 anos
atrás chamado Jesus, filho de um carpinteiro, que viajou entre a Galileia e a Judeia para pregar e fazer
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
[NOTAS SOBRE O TEXTO]
“Jesus chama Filipe e Natanael”
3
milagres. Outra coisa diferente é acreditar que este Jesus é o filho de Deus em pessoa. Talvez seja por isso que
João logo no início do livro conta um encontro de Jesus com uma pessoa que tinha muitas dúvidas.
[DESCOBRIR O TEXTO]
1. Como é que Filipe reagiu ao convite de Jesus? Será que ele estava à espera disso? Se fosses tu como é
que reagias?
2. Porque é que Filipe diz a Natanael "vem e vê"?
3. Natanael não mostra muita confiança em Jesus no princípio da conversa, em que parte da conversa é
que ele muda de opinião?
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. O que é que gostaste mais na história?
2. O que aprendeste?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
4. Qual é o resultado da confiança que Natanael passou a ter em Jesus depois da conversa?
“Jesus chama Filipe e Natanael”
4
3. O que é que esta conversa te ensinou sobre Jesus?
[CONCLUSÃO]
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
(O amor e a compreensão que ele demonstra para com Natanael apesar das suas dúvidas; a segurança e a
certeza que Jesus tinha de quem era, Ele não ficava chateado quando as pessoas não acreditavam, Ele sabia
que era Deus; a influência que Jesus tem em Filipe e depois a influência que Filipe tem em Natanael... temos
de aprender a ser assim; a valorização que Filipe faz da experiência pessoal da amizade com Jesus "vem e vê"
é o único argumento utilizado, Filipe não perde muito tempo com explicações!)
“Jesus Acalma a Tempestade”
5
“JESUS ACALMA A TEMPESTADE”
MARCOS 4: 35 – 41
[PASSAGEM]
35 ¶ E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
36 E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros
barquinhos.
37 E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
38 E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que
pereçamos?
39 E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande
bonança.
40 E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
41 E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?
1. Contexto: Uma grande multidão rodeava Jesus. Directamente dum barco Ele falou e ensinou a multidão
através de parábolas. Os discípulos já acompanhavam Jesus há algum tempo, já tinham testemunhado os
seus milagres e ouvido os seus ensinamentos.
2. (v. 35-36) Ao fim de um longo dia Jesus está cansado. Ele retira-se e pede aos discípulos que mandem a
multidão embora. Ele quer estar sozinho com os seus discípulos.
3. (v.37-38) Os pescadores experientes ficam com medo de morrer. Eles não sabem o que fazer para
enfrentar a fúria da natureza. Nesta crise eles expressam todos os seus sentimentos. Eles estão
aborrecidos com o facto de Jesus não estar a prestar atenção às preocupações deles. Eles dizem-lhe que
têm medo de morrer. Respeitam-no como Mestre e procuram a ajuda dele, apesar de ser como último
recurso quando já estão mesmo desesperados e com medo de morrer.
4. (v. 39-40) Jesus tem poder sobre a natureza e sobre as nossas preocupações.
Jesus não ajuda os discípulos a tirar a água do barco com um balde e não os tenta acalmar, mas muda a
situação. Deus está no controle mesmo quando não parece.
Jesus fala com os discípulos sobre os seus medos, Ele não quer saber sobre o que é que eles têm medo
(tempestade) mas porque é que eles têm medo (falta de fé).
Jesus questiona-os sobre a fé, eles têm fé no geral mas falham em não aplicar a fé às situações difíceis.
5. (v.41) Os discípulos voltam a ter medo. Agora têm medo do homem que está com eles no barco e não do
que está fora do barco. Estão assustados com o seu poder, Ele é mais do que um professor, Ele é...
6. Esta passagem fala do poder de Jesus e da confiança daqueles que acreditam Nele.
[DESCOBRIR O TEXTO]
1. Lembrem-se que Jesus passou o dia a ensinar a multidão. Porque é que acham que Jesus disse para
atravessarem para o outro lado do mar da Galileia?
2. O que é que os discípulos pensaram e sentiram quando perguntaram a Jesus: "Mestre, não te
preocupas que estejamos quase a morrer afogados?" Como é que eles lidaram com o medo?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
[NOTAS SOBRE O TEXTO]
“Jesus Acalma a Tempestade”
6
3. Como é que esperavas que Jesus reagisse?
4. As forças da natureza obedeceram a Jesus, o que é que isto nos ensina sobre Ele?
5. Jesus faz uma pergunta em resposta ao medo dos discípulos. Porque é que Ele faz essa pergunta?
7. Porque é que Jesus desafiou e confrontou os seus medos?
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. Como os discípulos às vezes sentimo-nos com medo e indefesos, em que situações é que isto
acontece?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
6. A última pergunta é uma das perguntas mais importantes feitas pelos discípulos, o que é que eles
estariam a pensar? Como é que a opinião deles sobre Jesus mudou? O que é que aprenderam sobre a
sua identidade?
7
2. O que fazemos quando temos medo?
3. Esta história mostra um encontro de Jesus e os discípulos. O que é que podemos aprender com este
encontro e aplicar ao nosso encontro com Jesus?
4. Jesus estava completamente calmo! Onde é que eu preciso de me acalmar na vida?
5. A opinião dos discípulos acerca de Jesus mudou completamente nesta situação. E a tua mudou?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
6. Se tivesses de responder à última pergunta dos discípulos o que é que dizias? O que é que Jesus
significa para ti?
“Um Pai Desesperado”
8
“UM PAI DESESPERADO”
MARCOS 9: 14 – 29
[PASSAGEM]
14 ¶ E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com
eles.
15 E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram.
16 E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles?
17 E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo;
18 E este, onde quer que o apanha, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando; e eu disse aos teus
discípulos que o expulsassem, e não puderam.
19 E ele, respondendo-lhes, disse: O geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda?
Trazei-mo.
20 E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra,
revolvia-se, escumando.
21 E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância.
22 E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem
compaixão de nós, e ajuda-nos.
23 E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.
24 E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.
25 E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te
ordeno: Sai dele, e não entres mais nele.
26 E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam
que estava morto.
27 Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
28 E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar?
29 E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.
1. Contexto: Jesus, Pedro, Tiago e João tinham voltado do monte onde Jesus se tinha transfigurado
(marcos 9: 2 -13). Ali os 3 discípulos testemunharam a glória de Deus. Agora voltaram para onde os
outros discípulos estavam com uma grande multidão.
2. (v.14) Os outros discípulos estavam a discutir com os escribas (religiosos importantes). Foi a falta de
autoridade e fé dos discípulos que provocou esta discussão, esta disputa começou porque Jesus não
estava presente.
3. (v.15) As pessoas estão a tratar Jesus com respeito e ficam felizes quando ele aparece. Jesus resolve a
discussão.
4. (v.16) Jesus quer saber o que os discípulos estão a fazer e ao mesmo tempo presta atenção ao pai e
ao filho.
5. (v.17-18) Aqui vemos o sofrimento do filho, o desespero do pai e a sua desilusão com os discípulos.
6. (v.19) Jesus mostra-se desapontado com a descrença do pai. A nossa falta de fé não é apenas um
sentimento nosso que guardamos só para nós é também uma coisa que deixa Deus triste.
Jesus toma a iniciativa e chama o rapaz, em vez de dar uma aula/lição sobre fé ele enfrenta o
sofrimento do rapaz e ajuda-o.
7. (v.20-22) O sofrimento do rapaz mostra-nos a intenção de destruição do diabo (porque ele vem para
roubar, matar e destruir João 10:10). O sofrimento do rapaz também é exemplo da condição humana,
porque ele já não tem controle sobre a sua vida, isto acontece muito num grupo de amigos onde as
pessoas deixam de ter opinião própria e fazem só o que os outros fazem.
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
[NOTAS SOBRE O TEXTO]
“Um Pai Desesperado”
9
Aqui vemos Jesus interessado num rapaz e no seu sofrimento, Ele pára tudo para estar com ele e para
o ajudar. Também vemos a fé do pai que estava desesperado.
8. (v.23-24) A conversa com Jesus aumenta a fé do pai! É interessante se repararmos no pedido que o
pai faz a Jesus, ele não pede só que o seu filho seja curado mas que ele próprio tenha mais fé. Aqui
Jesus não está interessado apenas em curar o rapaz mas também em ajudar o pai a acreditar. Jesus
não se importou com o facto do pai ainda ter algumas dúvidas. Apesar disso, Deus vais sempre ouvir
as nossas orações, mesmo que nós no início não tenhamos a certeza se Ele vai responder ou não.
9. (v.25-27) As palavras de Jesus trazem cura, Ele não está a usar nenhuma magia. As suas palavras e a
sua personalidade são mais poderosas do que qualquer poder do diabo.
Jesus não só cura o rapaz, como lhe dá a mão e o levanta, aqui vemos Jesus a tratar com amor e
respeito este rapaz.
10. (v.28-29) os discípulos não estão satisfeitos, eles querem descobrir os segredos da sua autoridade.
Eles estão a aprender e querem ir mais longe nesta aprendizagem.
Jesus relembre que a oração, isto é, o relacionamento íntimo com Deus é o segredo da autoridade. O
jejum, pode acompanhar a oração mas só vai ajudar se fizer com que o nosso relacionamento com
Deus fique mais forte. Se calhar os discípulos estavam à espera de ouvir um super segredo, mas Jesus
diz que o relacionamento com Deus é o segredo!
[DESCOBRIR O TEXTO]
1. Jesus chega mesmo no meio de uma discussão. O que será que as pessoas que estavam lá pensaram
dele?
3. Este rapaz estava a ser controlado pelo diabo. Será que há pessoas que não fazem o que querem, mas
o que os amigos querem, ou a televisão, os filmes?
4. Jesus preocupou-se só com o rapaz? Se não, com quem é que se preocupou mais?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
2. Os discípulos não tiveram tempo para responder à pergunta que Jesus lhes fez (v.16) porque um pai
interrompeu a conversa. O que é que o comportamento deste pai mostra sobre o que ele estava a
sentir? Qual era o problema dele?
“Um Pai Desesperado”
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5. Como é que Jesus reage ao pedido do pai? O que é que Ele faz? (ele chama o filho, pede informações
detalhadas, fala seriamente com o pai...).
6. No v. 22, o que é que o pai estava a pensar? Se tu fosses o pai o que é que terias dito a Jesus?
7. O que é que a resposta de Jesus no v.23 significa? O que é que Ele quer ensinar?
8. Depois desta pequena conversa o que é que muda na maneira do pai falar com Jesus?
[PERGUNTAS DE APLICAÇÃO]
(reflecte, medita, ouve, partilha)
1. O que é que eu gostei mais em Jesus nesta história?
2. Depois de ouvir isto, o que é que me faz acreditar mais em Jesus?
Estudos Bíblicos, Gbu [Bloco 5]
9. Jesus cura o rapaz no fim da conversa, porquê? O que é que isto nos ensina sobre Jesus?