do projeto à unidade

Transcrição

do projeto à unidade
ANO 4 >> Nº 19 >> JANEIRO 2011
DO PROJETO
À UNIDADE
BARRO ALTO, UMA
JORNADA DE SUCESSO
> Vista dos fornos calcinadores
do Projeto Barro Alto
NESTA EDIÇÃO:
PRAZER, ANGLO AMERICAN:
TIRANDO O CHAPÉU:
AGORA QUEM AINDA NÃO NOS
CONHECE, VAI CONHECER
OS VENCEDORES DO APLAUSOS EM
CERIMÔNIA DE GALA
PÁGINA 3
PÁGINAS 6 E 7
MEGA PARADA EM
NIQUELÂNDIA:
DEPOIS DE 29 ANOS, UM DESCANSO
PARA RETOMAR AS FORÇAS
PÁGINAS 10 E 11
[PRIMEIRA PESSOA]
[ACONTECE]
REMODELADAS
AS ESCOLAS
SAN DANIEL E LA
ESPERANZA
UM ANO QUE FEZ
A DIFERENÇA
Mais um ano para a vida de cada um
de nós. Mas não gostaria de lembrar de
2010 como apenas “mais um ano”. O bom
mesmo é ver cada ano que passa como um
ano que fez diferença em nossas vidas - e
diferenças boas, é claro. Afinal, como você
sabe, nós, da Anglo American, temos um
compromisso em fazer a diferença nas vidas
de todos aqueles que de alguma maneira se
relacionam conosco. Seja nas comunidades
localizadas à volta de nossas operações
ou com nossos empregados, trabalhamos
juntos para garantir que todos se beneficiem
da atividade de mineração.
E com todas as edições de 2010 do Jornal da Anglo pudemos acompanhar exemplos
reais dessa diferença. Aliás, para virarmos o
ano, estamos passando por várias diferenças
e mudanças em nosso jornal... A começar
pelo nome: não estamos mais chamando
este canal de “jornal”, e sim “revista”... além
disso, vamos casar o “Anglo” do antigo jornal
com o “American”, fortalecendo a nossa
marca Anglo American, revigorada em 2010,
inclusive com uma logo redesenhada. Resultado? Revista Anglo American.
Publicação bimestral dirigida aos
empregados do Negócio Níquel
da Anglo American no Brasil e na
Venezuela.
ANO 4 >> Nº 19 >> JANEIRO 2011
www.angloamerican.com.br
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JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
Acompanhando essas mudanças de
aparência da revista, agora toda adaptada
à nova identidade da organização, estamos
focando cada vez mais os textos em nossos
objetivos estratégicos, levando a todos
informação que nos guie rumo à liderança
mundial em mineração. Cada linha dessa
revista mostrará aos leitores como nós
temos feito uma diferença real e duradoura
nessa busca.
Os destaques desta edição são exemplos
disso. Na matéria de capa, estamos fazendo
uma recapitulação dos principais acontecimentos em 2010 sobre o andamento das
obras em Barro Alto, que está prestes a deixar de ser projeto para se tornar uma operação. Também temos duas páginas exclusivas
para a cerimônia final do Programa Aplausos,
onde Silvia Almeida foi nossa campeã mundial! Além desses temas, estamos cada vez
mais trazendo textos sobre nossos trabalhos
na Venezuela, como nossas notas e matérias
sobre o programa de reflorestamento nas
margens do rio Mesi e os projetos de reforma
e recuperação de igrejas e escolas no entorno
de Loma de Níquel.
Boa leitura... e bom 2011!
Walter De Simoni
Presidente da Unidade de Negócio Níquel
COMITÊ EDITORIAL
A pauta do jornal é definida com a colaboração dos
Grupos de Comunicação formados por empregados
de todas as áreas das unidades de Niquelândia /
Horto Aranha / Barro Alto, São Paulo e Venezuela
EDITOR
Bruno Polizio (Comunicação Corporativa da Anglo
American) – MTb 55.574/SP
Crianças com salas apropriadas e uma
comunidade disposta a trabalhar para resolver
problemas são as recompensas de um voluntariado que realiza melhorias. As crianças e os
jovens da comunidade venezuelana do Estado
de Aragua foram surpreendidos em novembro,
ao entrarem nas salas das Escolas San Daniel
e La Esperanza. As paredes, que em junho
haviam sido deixadas rachadas e que, inclusive, tinham palavras e desenhos rabiscados,
agora brilham impecáveis, bem pintadas e sem
buracos. “As instalações fizeram a diferença
na volta às aulas”, conforme comenta Pedro
Leal, técnico do projeto de aproveitamento
de areia industrial de Loma de Níquel.
As melhorias dos espaços foram produto de um trabalho coletivo. Os campus
educativos localizados no Estado de Aragua
motivaram, no caso de San Daniel, quatorze
organizações, incluindo Loma de Níquel.
Treze delas foram contratadas na região
e entre seus habitantes. Com uma escala
menor de participação, mas com resultados
tão decisivos quanto os das Escolas de San
Daniel, foram as melhorias realizadas na
Escola La Esperanza.
Prevê-se que, no futuro, a empresa e a
comunidade, juntos, continuem realizando a
manutenção das duas unidades educacionais na época das férias “para que os alunos
tenham sua escola sempre em bom estado”,
afirma Leal. O empregado da mineradora espera que os contratados continuem dando seu
valioso apoio voluntário e que acrescentem
ambulatórios aos planos de remodelação.
COORDENAÇÃO
Valéria Lapa (Com. Corporativa da Anglo American)
– MTb 30.665/SP e Leandro Duarte (Agência Nuts)
APURAÇÃO E REDAÇÃO
Paulo Celestino – MTb 998/RN, Fernanda Radtke
(Agência Nuts) e Virginia La Cruz (Grupo Open Mind)
COLABORAÇÃO
Carlos Dini, Fabrícia Bernardi, Kerlley Oliveira, Maisa
Tomaz, Nilton Moreno, Raissa de Souza Rossi e
Tatiane Torezan.
IGREJA DE TIARA COM FACHADA RENOVADA
Para oferecer um presente de Natal ao
povo venezuelano de Tiara, foi remodelado o
ícone religioso mais importante desta povoação, localizado no município de Santos
Michelena. A operação Loma de Níquel, bem
como as cooperativas e os representantes da
comunidade vizinha, propuseram-se um objetivo: recuperar a paróquia araguenha. E, antes
do final de 2010, conseguiram pintar paredes,
renovar pedestais e recuperar o altar principal
do recinto católico, em tempo recorde.
Para Expedita Gamez, membro do projeto e trabalhadora dos refeitórios escolares da Paróquia, a iniciativa “não beneficia
apenas os habitantes locais, mas também
a empresa, porque a Igreja é para todos”.
Conta que faz três anos que a mineradora
vem cooperando com a freguesia. “No ano
passado, presentearam o templo com seis
ventiladores e seis lustres. Também nos
apoiam na organização de atividades festivas”, disse ela.
No dia oito de dezembro, dia da Virgem
Maria da Imaculada Conceição, Expedita espera que a comunidade fique agradavelmente
surpreendida, pois confessa que existem
pessoas que ainda não foram ao templo
para ver as melhorias, “este é um daqueles
dias em que o povo se reúne para celebrar
a festividade de verão e o lindo trabalho que
fizemos juntos”, comentou. Ela destaca ainda
> Igreja de Tiara
ganha presente de
Natal
>A BAIXO, À ESQ.:
Dona Expedita
(centro) aplaude a
reforma
APLAUSOS PARA ELES TAMBÉM
Ao longo do segundo semestre de 2010, muitos empregados da Unidade de
Negócio Níquel receberam outros prêmios importantes além dos do Programa
Aplausos, levando os holofotes da Anglo American para nossas operações do
Brasil e Venezuela. Veja abaixo:
Smart Ideas 2010 (Ideias Inteligentes)
O evento visa reconhecer projetos de soluções e inovações desenvolvidos por jovens
engenheiros da Anglo American ao redor do
mundo. Nesse ano, aconteceu no Chile, entre
os dias 26 e 28 de outubro. Thiago Moreira
Pinto, de Barro Alto, ganhou o 1º lugar na
categoria Segurança e Desenvolvimento Sustentável e Otávio Henrique Custódio Lopes
Otávio, também de Barro Alto, recebeu as
premiações 1º lugar em Melhor Apresentação
e 3° lugar pelo Melhor Trabalho Escrito.
ARTE E PRODUÇÃO GRÁFICA
Agência Nuts
FOTOS
Bruno Polizio, Flavita Valsani, Kerlley Oliveira, Sílvio
Simões, Raissa de Souza Rossi e Tatiane Torezan
TIRAGEM
1.900 exemplares
[email protected]
o trabalho conjunto e avalia a contribuição
da Anglo American. “Estou muito agradecida
porque sou beneficiária do plano de cultivo
da Loma de Níquel. Eles doam a mim suas
hortaliças para o refeitório escolar”.
JIMEC - Junior Interdivisional Metallurgists Colloquium (Colóquio Interdivisional de Metalurgistas Júnior)
Camila de Savio Silva recebeu o prêmio por
seus trabalhos com a tecnologia ARNi para o
Projeto Jacaré. O JIMEC é um colóquio anual
e interdivisional da Anglo American, em que
jovens metalurgistas da empresa apresentam
seus trabalhos na área. Cada unidade de negócio da Anglo American indica um ou dois profissionais para participar e cada ano uma unidade
é responsável pelo evento. Esse ano foi Kumba
Iron Ore e o evento aconteceu entre 9 e 11 de
novembro em Pretória, na África do Sul.
Programa de Excelência de Gestão
Realizado na Universidade Adolfo Iñaez, no
Chile, durante a segunda semana de outubro.
O programa deu a vitória à equipe de Loma de
Níquel formada por Yelisce González, Alfonso
Spinelli, Lorenzo Elías, Carlos Betancourt e
Luis Gómez pelo projeto Monitoração e Controle Sem Fio em duas categorias – Excelência da
Manutenção e Melhor Aluno.
Capability Accelerator
(Acelerador de Capacidade)
Esse prêmio da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain) da Anglo American reconhece o
foco e o investimento na entrega de valor para
fazer o nosso aprendizado real, relevante e eficiente. Tiago Affonso Ferreira Nunes ganhou o
prêmio máximo na categoria Entrega de Valor
por ter contribuído na economia de 40 milhões
de dólares para o CAPEX de Barro Alto.
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
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[ACONTECE]
ANGLO AMERICAN
“BADALADA”
Uma série de eventos e premiações dão visibilidade às
conquistas da empresa e de seus profissionais
A participação em uma verdadeira maratona de eventos desde agosto de 2010
eleva a visibilidade da marca Anglo American
e também contribui para a troca de experiências e conhecimento técnico entre seus
profissionais e o mercado. Jaqueline Carvalho, prestadora de serviços em comunicação
externa, explica que a presença da empresa
nos eventos e premiações com temáticas
variadas, que passam pela engenharia até o
combate à AIDS e sustentabilidade, vai ao
encontro da ambição global da organização
de ser a empresa líder mundial em mineração, gerando reconhecimento dentro e fora
do Brasil.
Um dos destaques foi a inclusão da
Anglo American no Guia Exame de Sustentabilidade 2010 da revista Exame, no
início de novembro, cujo ranking determina
quais companhias priorizaram projetos com
foco em melhorias ambientais e sociais de
forma continuada. A Anglo American está
relacionada entre as 20 empresas modelo
em sustentabilidade entre 143 empresas
inscritas nesta 11a edição do Guia. “É uma
grande satisfação receber este reconhecimento. A preocupação com o desenvolvimento sustentável está expressa em nossa
política mundial e estamos constantemente
buscando novas formas de tornar nossos
processos mais eficientes”, disse o presidente da Unidade
de Negócio Níquel,
>PRÊMIO GUIA
Walter De Simoni,
EXAME DE SUSTENsobre a menção no
TABILIDADE: Equipe
ranking.
do Negócio Níquel.
Outra participaDa esquerda para
ção de importância,
direita: Jaqueline
também em novembro, Carvalho, Gilberto
Barbeiro, Ana Paula
entre os dias 22 e 25,
Cutolo, Juliana
foi na Exposibram, um
Rehfeld, Walter De
dos principais eventos
Simoni, Ernesto Katda área de mineração
surayama e Marco
nas Américas. RealizaLeandro.
4
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
da em Belém, no Pará, a Exposição e todas
as atividades relacionadas tiveram como tema
a natureza sustentável da indústria mineral,
reunindo empresários, fornecedores, especialistas, acadêmicos e estudantes, além de
gestores públicos. A Anglo American esteve
presente na feira como patrocinadora e recebeu o público em seu estande.
EM LONDRES
A Unidade de Negócio Níquel deu as caras
em Londres também durante a Conferência
da Cadeia de Suprimentos (Trade Fair Supply
Chain) na primeira semana de novembro. O
evento reuniu mais de 100 fornecedores e
executivos de todas as unidades de negócios
do mundo. O encontro teve como objetivo
compartilhar atividades e oportunidades de
todo o Grupo para o desenvolvimento de
fornecedores globais. O Brasil foi representado pelo gerente geral de Supply Chain, Osnir
Montin, contando ainda com a participação do
presidente de Níquel, Walter De Simoni, e do
diretor Financeiro, Ernesto Katsurayama.
OUTROS ENCONTROS
EM QUE A UNIDADE DE
NEGÓCIO NÍQUEL MARCOU
PRESENÇA:
1. 3o Prêmio Top de Engenharia
realizado pela Universidade Federal de
Minas Gerais, que prestou reconhecimento
à Anglo American por sua atuação no
ramo das engenharias e pela trajetória de
desenvolvimento sustentável (agosto);
2. Participação e estande na Feira de
Carreiras da Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo (agosto);
3. Patrocínio do Congresso Brasileiro
de Geologia, em Belém (setembro);
4. Participação e estande na Exposição
Agropecuária em Barro Alto
(setembro);
5. Prêmio CEAIDS, voltado para a
discussão da prevenção de DST´s/AIDS
(outubro);
6. Patrocínio, estande e apresentação
sobre o mercado de Níquel e a Anglo
American por Walter De Simoni,
presidente do Negócio Níquel, no
Simpósio do Grêmio MineroMetalúrgico Louis Ensch (GMMLE),
em Belo Horizonte (novembro);
7. Patrocínio e estande na Feinox -
Feira da cadeia do aço inoxidável
(novembro);
8. Prêmio no Programa de
Qualificação de Fornecedores da
ArcelorMittal Inox Brasil, um dos cliente
fundamentais para o Negócio Níquel no
Brasil (novembro).
[ACONTECE]
A NOVA CARA DA
EMPRESA
Campanha mundial de propaganda reposiciona
identidade da empresa e reforça sua ambição de
ser líder global em mineração
Foi com muita surpresa que o operador de Produção
Fábio Lucas, da Codemin em Niquelândia, ficou sabendo
que sua foto estrearia a nova campanha publicitária da
Anglo American. De folga, os colegas disseram que ele
estava “famoso”. Já tinha até esquecido da sessão de
fotografias, mas ao retornar para o turno viu os cartazes
espalhados na operação sobre os anúncios publicados
com sua foto. “Ficou muito bom. A foto é mesmo muito
representativa de nosso trabalho”, disse sobre a imagem
na campanha.
A campanha publicitária global foi desenvolvida em
parceria entre a Anglo American e a agência internacional Ogilvy&Mather. O tema de todo o trabalho foi o
próprio slogan da Anglo American “Mineração e pessoas
que fazem a diferença” (Real mining, Real people, Real
difference). “A campanha está associada à estratégia de
negócio do Grupo Anglo American. A ideia é mostrar uma
empresa sólida, que pode e deve ser melhor reconhecida dentro e fora do Brasil. Para isto, é preciso mostrar
suas características, o que é feito por meio de histórias
escolhidas para os anúncios, demonstrando ‘mineração e
pessoas que fazem a diferença’”, explica a coordenadora
de Comunicação, Valéria Lapa.
O primeiro passo da campanha publicitária foi o lançamento de um “Manifesto” que nos apresentava ao público
externo da organização. Esse anúncio circulou na primeira
semana de outubro nas principais revistas e jornais do
País, como Exame, Época, Veja, Folha de São Paulo,
Estado de São Paulo, O Globo, além de outdoors em
aeroportos nos Estados em que a Anglo American tem
presença. A partir disso, os próximos passos estão sendo
apresentar histórias de nossos empregados que demonstram o espírito de ser e o posicionamento estratégico
da organização. “A campanha terá duração de um ano e
aborda temas como Saúde e Educação (com histórias da
Unidade Níquel) e Água e Relacionamento com Comunidade (com histórias da Unidade Minério de Ferro Brasil).
Em 2011, prevemos a inclusão de mais temas como
Inovação e Segurança, e outras fotos de empregados do
Brasil”, complementa Valéria.
A advogada da Anglo American, Eleonora de Mathias
de Oliveira Calvo, que trabalha na área do Direito do
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Trabalho, “sentiu na
pele” a repercussão
positiva da campanha
publicitária. Logo
que foi veiculada, ela
recebeu vários telefonemas de profissionais
prestadores de serviços
nas áreas da saúde ocupacional, engenharia e segurança
do trabalho, advogados externos e outros, expressando
sentimento de orgulho de trabalhar em parceria com
a Anglo American. Para Eleonora, a campanha reflete
aspectos positivos da empresa porque, principalmente,
“está demonstrando o maior investimento que sempre foi
feito pela Anglo American: a manutenção da integridade
física do trabalhador”.
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FÁBIO LUCAS, UMA DAS CARAS
DA ANGLO AMERICAN
Fábio integra a empresa há cinco anos e conhece muito
bem a planta mesmo com os seus (apenas) 23 anos de
idade. Ele entrou como office boy, função que desempenhou por mais de dois anos, e depois trabalhou nas
mais diversas áreas, passando, entre elas, pela Operação
de Painel, Controle da Ponte, Calcinação, Escória e até
trabalhou como forneiro. “Eu sou autorizado a trabalhar
em tudo na minha área. Meu supervisor me chamava
até de coringa”, revela. Além disso, conhece a empresa
desde criança. Seu pai, Edir Lucas da Costa, trabalhou
na planta por 25 anos. “Todo mundo me conhece por lá
desde o tempo do meu pai”, afirma Fábio.
No momento, Fábio Lucas faz o curso técnico em
Metalurgia no SENAI de Niquelândia e já pensa em estender seus estudos na mesma área na universidade. “É
o que eu sempre fiz e sei fazer”, ressalta. Casado há três
anos (“foi só ‘fichar’ e em seguida casei”), sua esposa
Érica também ficou satisfeita ao ver o marido na campanha. “De vez em quando, ele chega mesmo desse jeito
aqui e me dá trabalho”, disse sorrindo sobre o marido,
que parece estar cheio de fuligem no rosto na foto.
Fábio Lucas representa, na campanha publicitária
global, a Anglo American e também a Unidade Níquel.
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REVISTA DA ANGLO AMERICAN
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[ESPECIAL]
APLAUSOS. APLAUSOS.
Silvia Almeida e a equipe de Segurança de
Barro Alto são os grandes homenageados
da Unidade Níquel na festa final de
premiação do Programa Aplausos, quando
a presidente mundial Cynthia Carroll foi a
mestre de cerimônia em noite de gala no
Rio de Janeiro
“Eu me senti a segunda mulher mais importante daquela noite”.
Essa é a definição da assistente de Responsabilidade Social da
Anglo American, Silvia Almeida, para o evento final de anúncio
dos vencedores do Programa Aplausos do ano 2010, no qual foi
a vencedora da categoria Sustentabilidade. A primeira mulher a
que ela se refere é a presidente do Grupo Anglo American Cynthia
Carroll, que conduziu a cerimônia juntamente com outros executivos da organização. A Unidade Níquel também foi reconhecida com
a menção honrosa ao Projeto Barro Alto pelo seu incrível desempenho em Segurança Ocupacional.
O evento realizado no Hotel Copacabana Palace, em outubro de
2010, no Rio de Janeiro, reuniu 25 finalistas individuais e dois representantes de cada equipe finalista. Além deles, estavam presentes os
principais executivos de todas unidades da Anglo American no mundo.
O momento foi de confraternização e reconhecimento pelo trabalho
desempenhado pelos empregados nas unidades espalhadas nos quatro
cantos do mundo. Ao todo, o jantar de gala contou com a participação
de quase 200 pessoas. O evento teve jeitão de Oscar. A cada categoria, os finalistas eram apresentados com vídeos sobre a trajetória deles
e o motivo da indicação. “Foi uma noite inesquecível”, resume Silvinha.
Além do jantar de celebração, os finalistas também tiveram direito a uma programação especial, com passeios a pontos turísticos
do Rio de Janeiro, como Corcovado e Pão de Açúcar. Um verdadeiro presente para quem fez por merecer, afinal, são os nossos
exemplos a serem seguidos em segurança, colaboração, sustentabilidade e inovação, as quatro categorias do Programa.
SILVINHA É CAMPEÃ
Silvinha foi uma das grandes vencedoras da noite. Ela foi finalista em
duas categorias, a única dos participantes nessa situação: Sustentabilidade Individual, na qual foi vencedora, e Colaboração Individual. Segundo a comissão do prêmio, Silvinha foi aplaudida “por sua
colaboração em reduzir os efeitos do HIV/AIDS nas nossas unidades
brasileiras e nas comunidades vizinhas, por contribuir na melhoria de
nossa imagem e reputação, além de promover os direitos humanos”.
“O prêmio é uma valorização do trabalho e das boas ideias. É muito interessante a empresa pensar no empregado com reconhecimento
e cuidado. O resultado é a autoestima e o incentivo às novas ideias.
É um valoroso reconhecimento ao que nós fazemos”, avalia Silvinha
sobre a premiação. Ela ressalta ainda que, em seus 16 anos de luta
contra o HIV, este é o primeiro prêmio individual que recebe e o reconhecimento se reverte para a própria causa do combate à infecção.
Na ocasião, Cynthia Carroll ainda destacou que se orgulhava de fazer
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JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
APLAUSOS.
>AO LADO: Silvia
Almeida, vencedora
mundial em
Sustentabilidade,
Cynthia Carroll,
presidente mundial,
e Ed Crawford,
finalista em
Sustentabilidade
>ABAIXO, À
ESQ.: Jantar de
confraternização do
Programa Aplausos
Cícero Alves Ferreira, comentou a menção honrosa. “Para nós, a nomeação foi um grande presente porque é um grande trabalho que se
faz (na construção). O interessante é que também fomos nomeados
na categoria colaboração e esta é a essência de nosso trabalho. É
justamente trabalhar junto com todos, sempre colaborando para que a
segurança chegasse a esses níveis”, avalia.
Cícero destaca que, no início da obra, especialistas falavam
que obras desse tamanho apresentavam historicamente acidentes com mortes. Agora, nossos colegas da equipe de segurança
do Projeto Barro Alto demonstram ao mundo todo que, dentro da
Unidade de Negócio Níquel, essa não é a realidade. “Estes resultados se devem aos nossos princípios, procedimentos, políticas,
liderança e comprometimento. A regra é clara e não é negociável:
segurança é prioridade. Não é só divulgação, e a premiação é
prova disso”, disse.
MUNDO ANGLO AMERICAN ESTEVE NO RIO DE JANEIRO
Os executivos de todas as unidades de negócio da Anglo American estiveram no Rio de
Janeiro entre os dias 4 e 6 de outubro para outro compromisso além do Programa Aplausos. Na ocasião, foi realizada a Reunião Executiva Bianual, que contou com a presença
de 140 representantes. O último encontro tinha sido na China. Nessa reunião de outubro,
foram discutidos temas como estratégia da organização e cenário atual da indústria de
mineração no mundo.
parte de uma organização que contava com
uma mulher como Silvinha.
>C ynthia Carroll fala aos
executivos no Rio de Janeiro
E O PROJETO BARRO ALTO TAMBÉM
O Brasil e a Unidade Níquel foram ainda reconhecidos com uma menção honrosa ao time
de segurança do Projeto Barro Alto. A referência veio pelo trabalho da equipe em manter
ótimos níveis de segurança na construção da
planta, seguindo à risca a visão “Zero Harm”
(Zero Lesão) e garantindo a vida de mais de
25.000 trabalhadores que passaram pela
obra. O projeto já se tornou um benchmarking
(referência) em segurança na construção de
grandes obras ao atingir mais de 13 milhões
de horas-homem sem acidentes com afastamento alcançados em outubro de 2010.
“Persistente, disciplinada, dedicada, preparada, competente, efetiva”, classificou Cynthia
Carroll ao anunciar a menção honrosa.
A homenagem foi recebida pelo diretor
do projeto Euler Piantino. O coordenador de
segurança do trabalho do projeto Barro Alto,
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REVISTA DA ANGLO AMERICAN
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[CAPA]
SAI “PROJETO” E ENTRA
UNIDADE
Neste início de 2011, Barro Alto torna-se operacional,
concretizando um sonho que virou projeto no fim de 2006,
quando o investimento foi aprovado pela Anglo American
Mas agora, quatro anos depois, é hora do sonho virar realidade, ou
melhor, “unidade” de produção de ferroníquel. Para celebrar a realização
do grande empreendimento mundial de níquel da Anglo American, preparamos para você uma retrospectiva com os momentos fundamentais
do dia a dia de Barro Alto, desde fins de 2006. Para Walter De Simoni,
presidente do Negócio Níquel, todos os momentos da história do Projeto
comprovam uma jornada de sucessos e grandes realizações promovidas
pelas equipes envolvidas, que ultrapassaram todos os desafios possíveis, desde questões ligadas ao dia a dia da obra até uma crise financeira global no fim de 2008. “Ao olhar para o projeto hoje, com quase
> Minério transportado
pelas esteiras do pátio de
homogeneização durante
comissionamento
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JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
100% da construção concluída, vejo não somente nossa nova planta de
ferroníquel, mas um exemplo mundial de dedicação, comprometimento,
desempenho em segurança, excelência em tecnologia e respeito ao
meio ambiente e comunidades nas quais operamos”, comenta.
APROVAÇÃO DO PROJETO
Como ponta pé inicial de nossa retrospectiva, vamos considerar o estudo de viabilidade e a estimativa de custos do investimento de capital
(CAPEX) para o projeto que foram finalizados no fim de 2006. A partir disso, a Anglo American aprovou todo o investimento em dezembro
DESAFIOS E MAIS DESAFIOS
O cenário inicial que estava sendo trabalhado
ao longo de 2007 e início de 2008 considerava
um CAPEX para o desenvolvimento do projeto
de USD 1.2 bilhão, com início de operação
previsto para dezembro de 2009 para a linha
de produção número 1 e março de 2010 para
a linha 2. “Mas muitos eventos inesperados surgiram no caminho que mudaram esse cenário”,
comenta Euler Piantino, diretor do Projeto Barro Alto. No fim de 2008, o mundo passou por
uma crise financeira global sem precedentes na
história econômica recente que começou com
a quebra de instituições de crédito dos Estados
Unidos, que concediam empréstimos hipotecários de alto risco (em inglês: subprime loan
ou subprime mortgage). Essa situação arrastou
vários bancos para uma situação de insolvência, repercutindo fortemente sobre as bolsas
de valores de todo o mundo. Nessas circunstâncias, o mercado de níquel foi extremamente
afetado, com preços e demanda por níquel
caindo drasticamente. Ainda em 2008, tivemos
greves e uma manifestação de empregados
nas instalações para contratadas na obra que
resultou no incêndio do próprio acampamento.
“Foram momentos difíceis, com muitas coisas
importantes acontecendo ao mesmo tempo.
Mas não nos deixamos abalar e, juntos, procuramos e encontramos soluções para continuarmos com o projeto”, relembra Euler.
E fácil a situação não era mesmo. Esses
acontecimentos foram grandes responsáveis
por uma revisão do cronograma e dos custos
do projeto. As análises de custo, estudos de
cronograma e risco concluíram em fevereiro de
2009 que o projeto deveria ser atrasado por 12
meses, com início previsto para início de 2011,
e que o CAPEX deveria ser atualizado para
USD 1.8 bilhão. Causa significativa do aumento do CAPEX foi ainda resultado da valorização
do Real frente ao dólar, situação iniciada antes
mesmo da crise financeira global. O Conselho
Administrativo da Anglo American (Board of
Directors) aprovou as recomendações e é esse
o cenário que tem sido trabalhado até agora.
Para Walter, foi uma grande oportunidade de
demonstração de competência da equipe de
Barro Alto. “Era um caminho sem volta. O
Projeto precisava continuar. Nós não deixamos
a peteca cair e hoje o mercado, o conselho e
os acionistas sabem que estamos seguindo o
caminho certo”, diz.
ENGENHARIA E DIA A DIA NA OBRA
A maioria dos serviços de engenharia prestados por empresas especializadas (SLM/Minerconsult) foi concluída em meados de 2009
com um forte aporte do time de projeto da
Anglo American. Todo trabalho de engenharia restante, gestão da obra e atividades de
suporte de design técnico foram absorvidas
pelas equipes da construção do Projeto de
maneira conjunta e integrada, no site, a partir
de setembro de 2009. A maioria dos serviços
de compras e aquisições de equipamentos e
materiais foi finalizada em dezembro de 2009
e suas respectivas entregas seguem dentro
do cronograma.
No início de dezembro de 2010, o Projeto
Barro Alto encontra-se bem desenvolvido
e se aproxima rapidamente de sua conclusão. O bom ritmo das obras ao longo de
2010 havia levado à expectativa de produzir
o primeiro metal ainda em dezembro, mas
dificuldades do dia a dia fizeram com que
voltássemos com o cenário inicial para essa
produção, no início de 2011.
EXEMPLO PARA O MUNDO
Segundo Euler, com as superações de todos
os desafios listados acima, “o Projeto Barro
Alto é reconhecido interna e externamente à
Anglo American como um modelo de projeto
e um padrão a ser seguido no desenvolvimento de projetos”. Uma recente auditoria
feita pela própria Anglo American classificou
o Projeto em seu relatório final em agosto
de 2010 como um exemplo de boa gestão e
desempenho acima das expectativas.
Outro exemplo que Barro Alto está dando
é o excelente desempenho em segurança.
O grande marco desse desempenho foi o
incrível recorde de mais de 13 milhões de
horas-homem trabalhadas sem acidente com
afastamento atingida em outubro de 2010.
Por tudo isso, em 2010, o programa global
de reconhecimento da Anglo American, o
Aplausos, celebrou todo esse trabalho e
99%
do Projeto concluído
100%
DADOS DE DEZEMBRO/2010
do mesmo ano. O Projeto incluía a construção de um complexo minero-metalúrgico para
processamento do minério de Barro Alto para
produção de ferroníquel, utilizando tecnologia
desenvolvida, aprimorada e provada por mais
de 40 anos em operações da Anglo American (Morro do Níquel, Codemin e Loma de
Níquel) e processo RKEF (Rotary Kiln/ Forno
Rotativo - Electric Furnace/ Forno Elétrico).
A primeira fase de execução do projeto foi
planejada para janeiro de 2007, e assim as
obras começaram!
dos serviços de
engenharia concluídos
99,9%
dos serviços de Aquisições
e compras concluídos
98%
da construção
física concluída
concedeu à equipe de segurança do Projeto
um prêmio especial de segurança, decisão
unânime entre os grandes executivos da
organização (veja matéria sobre os vencedores do Aplausos na página 6). Outro grande
reconhecimento recebido foi o da Revista
Minérios & Minerales, que considerou também em 2010 a mina de Barro Alto a mais
segura do País no segmento de Mineração
de Grande Porte, baseando-se no número
total acumulado de horas trabalhadas sem
acidentes com afastamento.
FUTURO
“A nossa preocupação na virada de 2010
para 2011 é terminar o comissionamento necessário para iniciarmos a produção na linha
1”, comenta Walter, “e isso vai acontecer em
questão de semanas, logo nesse início de
2011”. Depois, mais desafios. Com a linha 1
operacional, o comissionamento começa na
linha 2 e, a partir disso, vem nosso objetivo
maior: atingirmos a produção planejada com
as duas linhas operacionais no tempo previsto pelo projeto.
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
9
[IDEIAS E INOVAÇÃO]
UM NOVO
CORAÇÃO PARA
A CODEMIN
Forno elétrico I ganha sua reforma após
29 anos de bons serviços prestados. A
reportagem da Revista Anglo American
esteve na obra e conta a megaoperação
que abre um novo ciclo para a planta
Uma abertura na parede lateral do
“Nossa empresa tem nos colocado
forno elétrico deixa ver todo o movimento
dentro do que parece ser um salão de
metas ambiciosas de Otimização
obras. Esmeris* lançam fagulhas que
Os principais objetivos da reforma
de Ativos, e este é um excelente e
esvoaçam para todos os lados e iluminam
são garantir a segurança das operações,
bem sucedido exemplo. Destaque
o ambiente. Operários indo e vindo com
constante em quase suas 3 décadas de
todos seus equipamentos de proteção
funcionamento, e proporcionar melhorias
tanto na revitalização de um
(EPIs) ou trabalhando sobre andaimes code processo. O forno II já tinha sofrido sua
equipamento tão importante, mas
nectados aos seus cintos de segurança.
parada em 2008 para a reforma e o forno
também no aprendizado e inovação I estava programado para 2009, mas foi
Do lado de fora, mais fagulhas são lançada equipe de Níquel”
das a partir de um maçarico que corta um
reprogramada para 2010. Para isso, uma
grande bloco de metal. O forno elétrico
pequena intervenção tinha sido realizada
GUILHERME MELO, GERENTE DE
I da Codemin em Niquelândia passa por
para garantir que a operação fosse prolonsua reforma.
gada sem impactos para a planta.
OTIMIZAÇÃO DE ATIVOS
Para isto, o forno foi quase completaDurante a parada do forno, a produmente desmanchado, as chapas de metal
ção naturalmente reduzida nos meses de
das paredes trocadas e o revestimento refratário renovado. Assim,
outubro e novembro e metade de dezembro já que a produção ficou
um dos corações da Codemin ganha nova cara e energia para, por
por conta só da linha 2. A partir do 15 de dezembro espera-se que a
que não, mais outros 29 anos de operação. Ao todo, 500 pessoas
produção seja normalizada com as duas linhas em plena capacidade.
envolveram-se na operação. Além do pessoal da própria Codemin, mais Com a renovação do forno aliado ao projeto de melhorias na Codemin
cinco empresas foram contratadas (para demolição, soldagem, conforto III, a usina terá um aumento na produção de 14 a 15%.
térmico – especializada em questões térmicas para desaquecer e rea*Máquina utilizada para polimento
quecer o forno – montagem dos tijolos e fornecimento das chapas).
Para o sucesso da operação, os procedimentos vêm sendo plane- A OPERAÇÃO
jados desde o início do ano de 2010. Com um investimento significaUma verdadeira força-tarefa foi montada no dia 30 de setembro para
tivo, o tempo total de parada foi de 75 dias, dos quais os últimos 15
um dos momentos mais críticos para o sucesso da reforma: a drenaforam programados para o comissionamento e retomada da produção, gem total do metal que existe dentro do forno, quando os eletrodos
no momento em que também enfrentamos o comissionamento do
são desligados. Esta operação requer cuidados especiais e muita
Projeto Barro Alto. “Tudo isso demandou muito preparo, com reuniões experiência, o que nossos profissionais em Niquelândia têm de sobra
técnicas sobre diversos temas, como detalhes finais de engenharia,
– muitos já trabalharam na Morro de Níquel e Loma de Níquel.
acompanhamento de materiais, logística, suporte técnico, suprimenO forno é uma estrutura de 14,9 metros de diâmetro de chapa a
tos etc. Uma das questões importantes foi fechar com os fornecedochapa. Durante a reforma, apenas são aproveitadas algumas estrures, pois com a economia aquecida, muitos estavam comprometidos
turas metálicas já existentes, como o piso e parte da cobertura, que
com outras demandas no mercado”, disse o gerente de Produção da
também ganha novo revestimento. Em vez do procedimento comum de
Codemin, Mario de Abreu.
vazamento do metal, a parede é perfurada mais abaixo do que o nível
10
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
>V isão interior da
reforma do forno
elétrico da linha 1
de produção
PASSO A PASSO DA
REFORMA
1.O forno é desligado e é feito um furo
mais abaixo na parede – drenagem em
dois níveis
2.O metal e escória são derramados ao
máximo
3.O processo de drenagem demora 9
horas
4.A parede é demolida para a entrada
de equipamentos que irão promover
a demolição e limpeza dos refratários
(metal e escória)
5.Um trator com martelo demolidor entra
para quebrar os resíduos solidificados
(metal, escória e refratários)
6.Enquanto isso, o metal retirado é
cortado para ser reaproveitado
7.As chapas das paredes do forno são
trocadas e soldadas
8.O forno ganha novo revestimento
refratário
9.O forno passa por um processo de
aquecimento gradual e se inicia a fase
de produção novamente
normal com o objetivo de drenagem quase
total do ferroníquel. A ação atinge o revestimento refratário, o que inutiliza o equipamento. Uma canaleta e um reservatório foram
construídos para escoamento do metal.
A operação de drenagem levou mais de
nove horas. A equipe de forneiros foi inteira
mobilizada, com 15 empregados ao todo
trabalhando na operação, 100% dedicados.
Eles acompanharam todo o escoamento. O
metal, a 1500ºC dentro do forno, esfria em
contato com o ar e a temperatura ambiente, tornando o material menos fluido com a
consequente solidificação. Para manter o
escoamento do material contínuo e fluido, os
forneiros utilizam o cálcio-silício metálico e
sopros com lança de oxigênio. Com o metal
mais a escória já esfriados e solidificados na
área externa, as equipes cortam os blocos de
metal com lanças de oxigênio para serem reaproveitados na produção. “São mais de 400
toneladas de metal drenados”, informa Mário.
Ainda segundo o gerente, um dos maiores
desafios da operação é o fato de o forno I estar localizado mais próximo a outras dependências da Codemin, como o Almoxarifado, onde
também passam linhas de energia e de fibra
ótica. Tudo teve de ser protegido. Uma das situações de risco programadas era a quebra da
calha até o reservatório, o que resultaria no espalhamento do metal a mais de 1500ºC. Para
mitigar, foram criados poços auxiliares que
terminaram sendo utilizados (como medida
de segurança). “A operação foi mais tranquila
no forno II, pois o espaço é mais amplo, sem
outras construções ao redor”, lembra Mário.
Além disso, as condições climáticas se
tornaram importantes para a operação, pois
não houve chuvas. O metal líquido não pode
entrar em contato com água em grande
quantidade, com o risco de explosão térmica.
Como medida preventiva, foi providenciada
uma cobertura do canal de drenagem.
Claro que para que tudo isso ocorresse
sem maiores problemas, a segurança foi redobrada, com um esquema especial repassado nos encontros de segurança diariamente.
“É muita atividade fora do normal, peças que
têm de ser elevadas, amarradas, transportadas de um lado para o outro, com muita
gente trabalhando no chão e em andaimes.
Tudo isto é repassado nos encontros de
segurança”, explica Mário. Enfim, muitas atividades fora da rotina da planta que poderiam
impactar na segurança da operação e dos
empregados.
Para o gerente, a operação foi muito bem
sucedida, desde a demolição propriamente
dita do forno até a etapa final de revestimento e religamento do forno. “Um dos
momentos mais críticos é o do escoamento
da carga líquida. A demolição do forno é
um trabalho bruto, contínuo, de 24 horas/
dia. Outra atividade contínua é a soldagem
controlada da carcaça do forno, que dura 12
dias. Em seguida, começou a montagem do
tijolo refratário. É uma atividade bem mais
artesanal e delicada, como a montagem de
um ‘Lego’, com tijolos com formatos especiais que têm de se encaixar entre eles. É um
momento bem delicado da operação junto
com o acionamento do forno”, avalia Mário
sobre o processo.
APRENDIZADO E FUTURO
Ainda segundo Mário, uma operação de
parada de forno como a vivenciada pela
Codemin é um momento de aprendizado
para as equipes. Ele já acumula no currículo
a participação na equipe de construção de
Loma de Níquel. Mas pela primeira vez está à
frente do processo. “Pessoalmente, tenho de
agradecer muito pela oportunidade. São momentos únicos da metalurgia, pois para se ter
uma ideia, este trabalho se deu depois de 30
anos da construção do forno. A primeira vez
você aprende, na segunda você melhora e, na
terceira, você melhora mais ainda”, disse.
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
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[PARCERIAS]
SÓ VENDO PARA CRER
Metodologia voltada para a melhoria na produção de leite de pequenos
produtores rurais está em implantação em Barro Alto pela ONG Care,
com patrocínio da Anglo American. O Seu Joaquim Tôca já dobrou a
produção. E agora quer tirar mil litros de leite por dia
A história de Joaquim Borges Guimarães como produtor rural começou quando ele decidiu largar seu cargo
de gerente bancário para criar vaca leiteira. Anos depois,
Seu Joaquim Tôca, como é mais conhecido, viu na televisão o pesquisador da Embrapa Artur Chinelato mostrando
uma metodologia de melhoria de produção de leite no
Globo Rural e falou para sua esposa Rosimeire que um
dia ainda o veria em sua propriedade. Mais brincadeira do
que profecia, Seu Joaquim se surpreendeu quando cerca
de seis meses depois o mesmo Chinelato entrava porteira
adentro. A propriedade de Joaquim, no distrito de Santa
Bárbara-Raizama, em Barro Alto, tinha sido escolhida
para a implantação de uma unidade demonstrativa do
Programa Via Láctea.
O Via Láctea é um programa que utiliza uma metodologia formulada pela Embrapa que reúne pequenas ações
para a melhoria da eficiência e qualidade da produção de
leite. Implantado em Barro Alto pela Care com o patrocínio da Anglo American, o programa é voltado principalmente para pequenos produtores rurais. Seu Joaquim
está entre um grupo de 10 produtores de Barro Alto
escolhidos para serem os primeiros multiplicadores da
metodologia e já serve de exemplo para os demais.
Desde a implantação do programa, Seu Joaquim já
dobrou a sua produção de leite passando de cerca de
200 para 440 litros por dia em média, e espera chegar
aos 1000. Além do aumento da produção, está reduzindo
os custos e otimizando a mão de obra. O próprio Joaquim
diz que só vendo para crer como o método já alterou sua
produção.
“Se eu falar as pessoas não acreditam, então eu falo
que filosofia de goiano é só vendo para crer. Com apenas
quatro vacas, produzimos mais do que as 44 vacas de
todo o rebanho do meu pai, do meu irmão e de uma
vizinha juntas”, disse.
Isto acontece a partir de técnicas que envolvem ações
como orientação e cuidados para a ordenha, tratamento
do pasto e do gado, reprodução dos animais, implantação
de metodologia de utilização de dados de temperatura,
umidade e de chuvas no manejo, análise dos custos
envolvidos e definição de métricas para a produção. O
projeto tem um cronograma de 4 anos até atingir os objetivos propostos. Houve ainda investimento de recursos
12
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
na implantação de melhorias de acordo com as necessidades de cada propriedade. Na propriedade do Seu Joaquim foi implantado um sistema de irrigação. “O objetivo é
catalisar o processo para que a iniciativa sirva de exemplo
e seja absorvida e aceita por outros produtores rurais”,
disse o coordenador de relacionamento com a comunidade da Anglo American em Barro Alto, Liomar Vidal.
Segundo a engenheira agrônoma e coordenadora
do programa Goiás da Care, Beatriz Valladão de Barros
Bandeira, os principais requisitos para ingresso no Proggrama foram que o interessado fosse agricultor familiar e
que executasse as ações acordadas com o consultor de
Campo nas visitas técnicas à propriedade. “O produtor
é que vai ter que aderir e implantar as técnicas”, disse a
coordenadora. Um dos pontos do programa é também a
utilização das propriedades como sala de aula e “vitrine”
das modificações.
Assim, segundo Liomar, é possível difundir a técnica
com outros produtores, e buscar outros financiadores
para a sustentabilidade do projeto. “Com o sucesso das
primeiras unidades, a articulação com a Prefeitura e com
outras entidades como o Banco do Brasil e a Cooperativa
de Goianésia serão importantes para a continuidade e
sustentabilidade do programa”, afirmou.
>Com o método de
produção de leite
Balde Cheio, Joaquim e sua esposa
Rosimeire já dobraram sua produção
de leite passando de
cerca de 200 para
440 litros por dia
[PARCERIAS]
CAMINHO VERDE PARA A
AUTOSSUSTENTABILIDADE
Conservação ambiental e sustentabilidade motivam a Anglo American e a
comunidade a executar projetos de reflorestamento no rio Mesia
Mil e duzentos e cinquenta pés de
manga foram semeados na bacia do
caudal hídrico da paróquia de Tiara,
vizinho a Loma de Níquel, no Estado de
Aragua, região centro-norte da Venezuela. “Trabalhamos em um programa
completo de reflorestamento desta bacia
com duas finalidades: uma é o cuidado
ambiental e a outra é torná-lo sustentável para que a região possa gerar seus
próprios recursos”, explica Félix Cabrera,
gerente de Segurança, Higiene e Ambiente (SHA).
Cabrera informa que com o início da
atividade florestal em 2010, foram plantadas “1.250 árvores frutíferas de manga
em um pouco mais de 3 hectares da zona
do afluente, considerando uma densidade
de semeadura de 400 árvores por cada
unidade de medida”. Além disso, “também
foram plantados 1,12 hectares de Vetiver
na área da mina”.
Ainda segundo o líder do projeto, “a
magnitude foi maior em 2010 e pensamos em implementar a atividade como um
plano, para que ela tenha um futuro sustentável com as comunidades e convertê-lo em um desenvolvimento endógeno
em médio e longo prazos. Isso atende
aos objetivos da preservação natural e da
sustentabilidade para a região”.
Todos na região desejam que o projeto
cresça e as plantas se desenvolvam de
acordo com o previsto. Mas para isso, o
projeto depende tanto do bom clima como
da valorização do meio ambiente pela
comunidade e empregados, já que grande
parte da população local vive da agricultura e do campo. Se cada um mantiver o
espírito e a atuação ecológica, Cabrera
acredita que essas frutas poderão ser
usadas posteriormente para outros fins e
“desenvolver uma indústria artesanal de
>Somente no ano
de 2010 a equipe
de Loma de Níquel
plantou mais de
1.500 árvores nas
vizinhanças da usina
40 MIL
árvores semeadas
em Loma de Níquel
desde 2000
geleias, por exemplo”, explica. O engenheiro diz que como parte da responsabilidade social empresarial, a Anglo American almeja que o programa passe para
as mãos das comunidades. “Se o projeto
florescer, nós não o manejaremos. Quem
o fará será a comunidade, sustentavelmente” afirma.
Desde 2000, Loma de Níquel semeou
cerca de 40.000 árvores de distintas
espécies, em diversos setores, incluindo a mina, nas vias de acesso, na área
industrial e nos arredores da represa de
Santa Elena, localizada entre os estados
de Aragua e Miranda.
AS AÇÕES EVIDENCIAM A FILOSOFIA
Cabrera, como guia principal da gestão
ambiental no rio Mesia, diz que a visão da
Anglo American e a mística daqueles que
trabalham na Loma de Níquel têm sido
fundamentais para executar o projeto,
porque buscam respeitar ou minimizar seu
impacto ambiental e favorecer o desenvolvimento sustentável e as comunidades.
O projeto foi elaborado no mês de
junho e implementado em agosto e
setembro de 2010, quando se começa a
trabalhar a terra. Encerrou seu primeiro ciclo no final do mês de outubro e, por ora,
cuida do cultivo. Foi um trabalho conjunto,
feito com as cooperativas da região e que
exigiu uma dedicação de dois meses.
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
13
[PESSOAS REAIS]
OS CAMINHOS PARA O SUCESSO
NA ANGLO AMERICAN
O novo Modelo de Competências e o novo processo de Gestão de Desempenho
padronizam a estrutura básica para desenvolvimento e carreira disponível aos
empregados e os critérios de mensuração de desempenho e bonificação da empresa
Quais são as atitudes e comportamentos necessários para se tornar
bem sucedido dentro da empresa?
Como avaliar os meus pontos fortes
e minhas necessidades de desenvolvimento? Quais os critérios para
os meus superiores me avaliarem?
Quais são as bases de cálculos
para o bônus anual? O lançamento
do novo Modelo de Competências
(PDW – People Development Way) e
do Processo de Gestão de Desempenho vêm responder estas e outras
questões tão importantes para todos
os empregados. E isso agora vale
para o mundo inteiro, pois processos
e regras foram unificados para toda a
Anglo American.
O Modelo de Competências
fornece ao empregado o que é
necessário para ser bem sucedido, estabele> Para autodesenvolcendo os comportamentos, conhecimentos,
vimento online, foi
habilidades e atitudes que precisamos ter para
lançado um portal
fazermos a organização alcançar sua ambição
interativo do novo
Modelo de Comde se tornar a líder mundial em mineração. O
petências
(www.
novo modelo está agora sintonizado com a
peopledevelopmennova estratégia da organização e tendências
tway.com)
do mercado. Para monitorar como esse desenvolvimento tem se manifestado na prática,
temos também um novo processo de Gestão de Desempenho que,
apesar de diferir em alguns detalhes para os diferentes cargos, estabelece uma dinâmica de trabalho, entre superior e subordinado, muito
mais contínua, aberta e transparente. Finalmente, para recompensar o
bom desempenho de todos em relação às metas, o processo de Gestão de Desempenho recompensa o empregado, dependendo do cargo,
com bônus anuais, remuneração variável por desempenho individual ou
PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Outra novidade agora é que ambos os processos “tiram do papel”
os valores da Anglo American, que passam a definir o que se espera
de cada um. O gerente de RH de Niquelândia e Barro Alto, Marcos Cangussú, destaca que agora há uma escala de avaliação para
verificar se os valores foram demonstrados de forma coerente, clara
14
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
e consistente pelo empregado. “É
uma novidade no novo processo
que vai impactar no bônus a ser
recebido”, informa.
Estes processos estão sendo
divulgados por meio de treinamentos realizados nas unidades
de negócios do mundo inteiro ao
longo de novembro e dezembro
de 2010, para gestores e demais
empregados. Na Unidade de
Negócio Níquel, empregados de
São Paulo, Niquelândia, Barro
Alto, Goiânia, Belo Horizonte e
Venezuela foram treinados.
Para o comprador Antonio
Carlos Ribeiro, da Cadeia de
Suprimentos em São Paulo, os
novos processos vão dar condições para uma melhor gestão de
desempenho. Ele destacou ainda a importância do treinamento, que
deu mais clareza à forma correta de definição das metas a serem
incorporadas. “Todo o processo tem que ser planejado, ter uma boa
reunião com o gestor, a começar pelo preenchimento do documento.
Trabalhando assim, desde o início do ano, vai melhorar muito”, avaliou.
SINTONIA COM A REALIDADE DA ANGLO AMERICAN
Tudo agora está sendo pensado dentro da ambição da empresa para
se tornar a líder global em mineração. Segundo explica a gerente
de RH corporativo da Unidade de Negócios Níquel, Cristina Isola, o
Modelo de Competências é o centro de todos os processos de RH e
o processo de Gestão de Desempenho é dirigido para os empregados
entenderem em que contexto estão dentro da empresa. “Os novos
processos foram aprimorados com o objetivo de ter um padrão global
no que consideramos os principais mecanismos de gestão dentro da
empresa”, disse.
Ainda segundo Cristina, os processos servem como ferramenta de
retenção e atração de pessoas. “Mais do que nunca, os candidatos
trazem na entrevista o interesse pela remuneração diferenciada, que
está ligada ao desempenho individual. Tanto esses quanto os que
estão dentro da empresa esperam cada vez mais serem reconhecidos
pela entrega individual”, afirma.
[PESSOAS REAIS]
“SOU COMO CUPIDO”
Vendedora de flores conquista o coração da família mineira em Loma de Níquel
Josefina Correa de Rangel tem um espaço em Loma de Níquel, todas as quintas e
sextas-feiras, para oferecer girassóis, rosas,
edelvais, gérbera e plantas exóticas. “Meu
trabalho é ser um pouco cupido” – declara
- “vendo flores que alegram a vida tanto de
quem as compra como de quem as recebe.”
Depois de saber que até janeiro de 2010 ela
só vendia as flores no quilômetro 8 da Autopista Regional do Centro, a Revista Anglo
American decidiu entrevistá-la para descobrir
se sua chegada foi amor à primeira vista ou
se foi difícil conquistar o coração da família
mineira… Afinal, não é qualquer um que
pode dizer “vou à mina vender flores”.
Como surgiu a ideia de vender flores
em uma mina?
Não foi ideia minha e sim dos mineiros (risos).
Eu vendia na rua e os operários me diziam
“suba para a mina”, mas eu achava que seria
difícil. Em dezembro (de 2009), o Sr. Dini (Carlos Dini, do departamento de Comunicação)
me perguntou se eu gostaria de vender as flores na mina. Eu disse a ele que sim. Pediu-me
que o chamasse em janeiro e foi o que fiz.
Vale a pena subir até a mina?
O esforço vale a pena, estou em um lugar
que é mais seguro que a Autopista, embora
eu continue no quilômetro 8 aos sábados
e domingos. Além disso, todos são muito
agradáveis.
Quantas flores você vende na mina
aproximadamente?
Meu Deus! Teria que fazer a conta, mas em
geral vendo bem. Só de girassol, que é uma flor
que sempre levo, vendo um fardo, e um fardo
contém 5 dúzias (60 flores). Vendo mais em
ocasiões especiais. No Dia das Mães (segundo
domingo de maio) vendi quase cem pacotes de
rosa, e cada pacote contém 24 rosas.
Você cultiva as flores ou as compra em
outro lugar?
Os dois. Meu marido cultiva o girassol, o
edelvais, o jasmim-manga, o papiro e as rosas. As outras, eu compro dos meus vizinhos
em Tiara ou em Los Teques.
Por que você é como cupido?
Vou lhe contar, mas não posso dizer os nomes
(risos). Um senhor me mandou fazer um
arranjo floral e em seguida me perguntou se
seria possível levá-lo para “fulana” no escritório.
Eu disse a ele: “claro que sim, eu as levo”. Foi
aí que virei cupido. Mas, infelizmente, quando
levei as flores, a moça não estava lá, mas
todos quiseram ver o arranjo. Diziam “que lindo!
Vejam!”. As pessoas sabem que guardo segredo e gosto disso porque também confio nelas.
Como é vender flores em Loma de
Níquel?
Lá em cima (na mina) convivo com todos e é
muito bom. No refeitório me cumprimentam.
A venda é parecida com a do quilômetro 8 da
Autopista, mas a convivência não é a mesma.
Eu gosto dos mineiros, de como trabalham,
como são entre eles e com os outros. Não
posso comparar porque não conheço outras
empresas, mas posso dizer que nunca em
minha vida alguém me deu uma oportunidade
como eles me deram. Eles valorizam meu
trabalho.
JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN
15
ALMANAQUE
UM DESTINO E DUAS ROTAS
Perto da mina da Anglo American na Venezuela, praias cristalinas entre a cordilheira
montanhosa convidam ao relaxamento ou à aventura. Perfeito para férias de verão
No norte da América do Sul, um país deslumbra o turista com
sua natureza, apesar de ser um território mais conhecido por seus
recursos energéticos e minerais do que por sua variedade de espécies e ecossistemas. Essa é a Venezuela, um dos 19 países com
maior diversidade biológica do mundo. Sua geografia combina regiões
áridas, praias, selva, extensas savanas das planícies e parte da cordilheira andina. Possui o conjunto de áreas protegidas mais extenso da
América Latina, que inclui seus parques nacionais.
Em pleno litoral central, há algumas horas de Loma de Níquel,
encontra-se o parque nacional mais antigo do país: o Henry Pittier. “Visitar este reservatório, bem como as praias vizinhas, é uma
recompensa depois de uma semana de trabalho”, conta Pedro Reyes,
analista de Segurança, Higiene e Ambiente (SHA) da mineradora.
“Vizinhas ao parque, as praias de Chuao são uma boa opção”, comenta referindo-se a uma das mais antigas povoações do Estado de
Aragua. Nesta vila se cultiva o melhor e mais fino cacau do mundo.
Para ele, caminhar entre plantações que deitaram raízes há mais de
400 anos, conhecer gente hospitaleira, degustar um chocolate artesanal e ir à praia, permitem sentir que no mar a vida é mais saborosa,
como diz um ditado popular venezuelano.
É interessante chegar a Chuao caminhando pelo Parque Nacional
Henry Pittier. São 60 km de percurso. Sua flora e fauna são variadas,
com mais de 500 espécies de aves e os rios e cascatas recebem
quem abre caminho entre o bosque e a selva nublada, até chegar às
praias da região costeira.
Pedro recomenda ainda visitar Playa Cepe (também vizinha ao
Parque). De fina areia branca, banhada por águas de cor azul claro,
conta com uma barreira de coral que emerge até a superfície do
mar e rompe as ondas antes que cheguem à praia, o que a converte em uma verdadeira piscina natural. Ele sugere fazer antes uma
parada no quiosque Los amigos para “comer uma deliciosa ‘catalana’ frita”.
Cepe possui dois únicos acessos: pela montanha, por meio da
cidade de Turmero, atravessando o bosque e a selva tropical que
oferece o Henry Pittier, ou pelo mar, saindo de Puerto Colombia,
no píer de Choroní. Ali o turista deve tomar uma lancha ou um barco
e navegar por cerca de 30 minutos até chegar à praia. O principal,
independentemente da rota escolhida, é a experiência.
O paraíso de areia e mar, no Henry Pittier e arredores, costuma estar bem cuidado. “Quando algumas destas praias não estão
próprias para banho, simplesmente se publica na imprensa ou sai
na televisão”, afirma o trabalhador da mineradora. “Em matéria de
segurança, a polícia da região costuma estar mais espalhada na
alta temporada. Em outras épocas, alguns policiais fazem a ronda”.
Existem restaurantes que abrem somente aos finais de semana,
e por isso, recomenda-se sempre um pouco de pesquisa antes da
aventura.
Ainda na região, em Ocumare de la Costa há várias outras praias
paradisíacas. Bahía de Cata, Catica e Cuyagua são as mais conhecidas. Veja abaixo e aproveite quando estiver em terras venezuelanas.
CATICA
CHUAO
BAHÍA DE CATA
URICAO
CUYAGUA
Atravessando o parque
Henri Pittier ou partindo
de lancha da Bahía de
Cata, chega-se a esta
praia. É tranquila e de
areia branca. É necessário
levar provisões, porque
possui somente um local
onde se pode comer e que
abre esporadicamente.
Imensa e linda baía em
forma de meia-lua, com
areia branca e água
escura, devido ao rio que
desemboca perto do cais
da vila, ao lado desta
praia. Conta com sanitários e quiosques nos quais
se pode comprar comida
“criolla”, cacau e bebidas.
De águas cristalinas
profundas, areia branca e altos coqueiros. É
muito visitada aos finais
de semana. Conta com
serviços de alojamento,
alimentação, sanitários e
estacionamento.
Paradisíaca baía de areia
branca e mar transparente de cor turquesa.
Costuma ser visitada para
acampar devido a sua boa
topografia, mas não possui infraestrutura turística.
Só é possível chegar a
ela de lancha, partindo do
píer de Choroní.
É o lugar preferido dos
surfistas pelo forte
movimento das ondas.
Também é visitada por
aqueles que querem
acampar, já que perto da
praia há um rio, usado
para tirar a água salgada
do corpo.
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JANEIRO 2011
REVISTA DA ANGLO AMERICAN