My greetings to you. Selo comemorativo para Correios Japoneses

Transcrição

My greetings to you. Selo comemorativo para Correios Japoneses
My greetings to you. Selo comemorativo para Correios Japoneses.
20 lugar concurso internacional
All Black. Marca para pub de São Paulo
Projeto SVA/School of Visual Arts (editorial/revistas)
The Bicycle Lover. Projeto editorial. SVA, School of Visual Arts, NY, EUA
AMAZÔNIA
SUSTENTÁVEL:
A EXPERIÊNCIA
DO AMAPÁ:
1995/2002
JANETE CAPIBERIBE
JOÃO ALBERTO CAPÇBERIBE
ALAIN E FRANÇOISE RUELLAN
ALAN CAVALCANTI DA CUNHA
ÂNGELA MARIA PIMENTAO AGUILLAR ARRUDA NETO
CHARLES ACHCAR CHELALA
ELIANA LEITÃO DE PINHO
ELSON MARTINS
FABIO ABDALA
IGNACY SACHS
IN SITU (JÉRÉMIE BERNARD, PIERRE-YVES
DOUGNAC, GÉRALDINE HOUOT, VALÉRIE RENAULT)
MANOEL CABRAL DE CASTRO
Casa
Amarela
Amazônia sustentável. Capa de livro. Editora Casa Amarela.
Edição
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Ano XI Número 121 Abril 2007
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o que é
ser de
esquerda?
O ENSAIO DO MÊS É DO
FOTÓGRAFO CHE GUEVARA
estréias: Voss, Hermes
e quadrinhos antigos
como é a cabeça dos
estudantes de jornalismo
GUTO LACAZ ANA MIRANDA OTAVIANO HELENE LIGHIA MATSUSHIGUE MARILENE FELINTO GEORGES BOURDOUKAN RICARDO
VESPUCCI PALMÉRIO DÓRIA JEFERSON MALAGUTI SOARES MARCOS ZIBORDI MYLTON SEVERIANO GLAUCO MATTOSO FREI BETTO
FERRÉZ MARIA DOLORES JOSÉ ARBEX JR. CESAR CARDOSO HAMILTON OCTAVIO DE SOUZA GUILHERME SCALZILLI CHE GUEVARA
ALESSANDRA SILVESTRI LEVY ANA LUIZA MOULATLET CAMILA GONÇALVES CAROLINA RUY JULIANA SASSI MARINA AMARAL MARCELO
SALLES SPENSY PIMENTEL JOÃO DE BARROS THIAGO DOMENICI GILBERTO FELISBERTO VASCONCELLOS RENATO POMPEU JOÃO PEDRO
STEDILE EMIR SADER NICODEMUS PESSOA GERSHON KNISPEL VENÍCIO A. DE LIMA CARLOS CASTELO FRANCO DE ROSA CLAUDIUS
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FOLHA EQUÍLIBRIO (VER SEQÜÊNCIA NO “CD”)
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Caderno Turismo e suplemento Folha equilíbrio. Jornal Folha de S. Paulo
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Protocolos críticos
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Adelaide Calhman de Miranda e outros
Claudio Daniel
Douglas Pompeu
Euardo de Araújo
Luciene
Luciana
Joana
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Teixeira
Azevedo
Araújo
Ribeiro
Luisa Destri
Rodrigo Almeida
Luz Pinheiro
Samantha Braga
Protocolos críticos
Marlova Aseff
Shirley de Souza
Gomes Carreira
Refletir sobre a
literatura brasileira
contemporânea,
principalmente
a produção ficcional,
poética e crítica
escrita a partir de 1980,
é a proposta de
Protocolos Críticos.
Espelho do momento
de fragmentação e
complexidade da
literatura brasileira, os
ensaios tratam dos temas
e autores mais diversos.
Nos 16 ensaios, divididos
em produção e crítica,
são analisadas aspectos
das obras de Caio
Fernando Abreu, Milton
Hatoum, Hilda Hilst,
Lourenço Mutarelli,
Marcelino Freire, Luiz
Ruffato, além da poesia
e rap, blogs, o mercado
da crítica literária, a
relação entre literatura e
imigração, prosa e poesia
homoerótica, tradução,
um mapeamento
da poesia contemporânea
etc. O processo de
realização do livro
também se insere
neste momento de
uma literatura brasileira
revigorada. Protocolos
Críticos é resultado
Protocolos
criticos
Protocolos
criticos
Protocolos
Protocolos críticos
Protocolos
criticos
Protocolos
criticos
Protocolos
criticos
Protocolos críticos
de um programa de
valorização do trabalho
da crítica literária,
o Rumos Literatura 20072008, do Itaú Cultural,
história que o leitor pode
acompanhar nos textos
Rumos Além dos Muros,
da jornalista, ensaísta e
professora Claudia Nina,
e A Crítica Literária...no
Laboratório, de Alckmar
Luiz dos Santos, poeta,
professor e consultor
do programa juntamente
com os críticos Leda
Tenório da Motta,
Heloisa Buarque de
Holanda, Tânia Ramos,
Luis Augusto Fischer,
Jaime Guinzburg e
Lourival Holanda.
A defesa e a necessidade
do trabalho literário
gerou o programa
Rumos Literatura.
A bola agora está com o
leitor, que pode avaliar
o trabalho dos 16 críticos
apresentados pelo livro.
E, esperamos, muitos
outros ensaios virão,
em um processo
de produção-avaliação
que os 16 autores
de Protocolos Críticos
passam agora a dividir
com o leitor.
Adelaide
Adelaide Calhman de Miranda e outros
Claudio Dan
ISBN 978-85-7321-294-5
9 788573 212945
Protocolos críticos. Capa de livro. Editora Iluminuras
Refletir sobre a
literatura brasileira
contemporânea,
principalmente
a produção ficcional,
poética e crítica
escrita a partir de 1980,
é a proposta de
Protocolos Críticos.
Espelho do momento
de fragmentação e
complexidade da
literatura brasileira, os
ensaios tratam dos temas
e autores mais diversos.
Nos 16 ensaios, divididos
em produção e crítica,
são analisadas aspectos
das obras de Caio
Fernando Abreu, Milton
Hatoum, Hilda Hilst,
Lourenço Mutarelli,
Marcelino Freire, Luiz
Ruffato, além da poesia
e rap, blogs, o mercado
da crítica literária, a
relação entre literatura e
imigração, prosa e poesia
homoerótica, tradução,
um mapeamento
da poesia contemporânea
etc. O processo de
realização do livro
também se insere
neste momento de
uma literatura brasileira
revigorada. Protocolos
Críticos é resultado
> epifânica da arte
Notas
sobre
o
cinematógrafo
Emilio Salgari
os
de
Tigres
mom
pra
cem
coleção
piratas da Malásia
Uma
Uma tempestade violenta
cai sobre a Ilha de Mompracem,
covil dos terríveis
piratas que aterrorizam
os mares orientais.
No alto de um alto
penhasco, apenas um homem
ainda está acordado,
à espera do navio que vai
trazer notícias da mulher
que aparece em seus sonhos,
antes mesmo de conhecê-la.
Trata-se de Sandokan, o Tigre
da Malásia, o temido chefe
daqueles bandidos, que não
hesitam em atacar e saquear
navios mercantes e naves de
guerra fortemente armadas
a uma simples ordem dele.
Ao tomar conhecimento
das notícias trazidas por
seu mais fiel companheiro, o
português Yanez, Sandokan
escolhe homens ousados e
corajosos, arma dois prahos,
os rápidos veleiros malaios
que ele e Yanez adaptaram para
que pudessem enfrentar
em pé de igualdade a maior parte
das embarcações, e parte em
busca da mulher amada, não
sem antes atacar um junco
carregado de mercadorias, cujo
comandante desavisado e sua
tripulação são poupados, e até
Robert
Bresson
Emilio Salgari
os
de
Tigres
mom
pra
cem
mom
pra
cem
Robert
Bresson
cinematográfica e
tornou-se uma bíblia
das especificidades
dessa linguagem
misteriosa que é
a chamada sétima arte.
Bresson influenciou
várias gerações
de realizadores,
de Jean-Luc Godard
a Lars Von Trier. Muitos
mandamentos do
Dogma 95, criado pelo
cineasta dinamarquês,
foram extraídos de Notas
sobre o cinematógrafo.
Para Godard, que
o homenageou em
um de seus filmes mais
recentes, Elogio ao amor,
“Bresson é o cinema
francês, como Dostoievski
é o romance russo, e
Mozart a música alemã”.
“Construa seu filme
sobre o branco, sobre
o silêncio e sobre
a imobilidade”, é
um dos ensinamentos
de Bresson que podem
ser ouvidos no filme
de Godard.
os
Tigres
de
tremer comandantes e tripulações
dos barcos e navios obrigados
a navegar pelos mares de Bornéu.
Um príncipe oriental,
despojado de seu trono, obrigado
a assistir ao extermínio de sua família, acaba se
transformando no Tigre da Malásia, um dos
mais temidos piratas do oriente. Perseguindo
implacavelmente os navios ingleses, acumula
tesouros inimagináveis em sua ilha, Mompracem.
Com seu fiel companheiro, o português Yanez, e seus
leais filhotes, Sandokan se lança em aventuras
perigosas, combates sanguinários e saques
consideráveis, até o momento em que ouve falar
de Marianna, a Pérola de Labuan.Perdidamente
apaixonado, o Tigre de Mompracem esquece
a prudência, o ódio à raça branca, o sentimento
de vingança que o movia até então e parte para
a conquista da mulher amada, correndo riscos
inimagináveis, enfrentando exércitos de homens,
animais selvagens e a fúria dos elementos da
natureza. Suas histórias proporcionam ao leitor
um reencontro com as aventuras de capa
e espada que vêm deleitando gerações
de admiradores em vários países.
os tigres de mompracem
S
Sandokan. Basta esse nome para fazer
Emilio Salgari
vida.
Jean-Luc Godard
Notas sobre o cinematógrafo é uma preciosa coletânea de frases que o cineasta francês
Robert Bresson foi fazendo ao longo das décadas
em que se dedicou à produção de filmes seminais
como Pickpocket, Um condenado à morte escapou
e A grande testemunha.
Bresson pensava a imagem como pintura
e o som, como uma partitura musical de ruídos,
sempre com o máximo de rigor, com o firme propósito de vislumbrar instantes de eternidade
nas ações mais prosaicas do cotidiano. Cinema,
para Bresson, era sinônimo de revelação: uma
espécie de decalque de um “real” que se manifesta se velando, nos religando à manifestação divina da própria vida. Era com essa convicção que
Bresson, católico jansenista, preparava cuidadosamente os seus filmes, criando “leis de ferro” para o próprio processo de criação. Notas sobre o
cinematógrafo é todo pontuado por essa visão >
Notas sobre o cinematógrafo
mesmo recompensados, após o
bem sucedido saque dos piratas.
Infelizmente a incursão
de Sandokan à ilha de Labuan
acaba sendo um completo
desastre. Seus dois navios
são destroçados pelo
cruzador inglês que estava
ancorado nas proximidades
da ilha. Seus homens são
mortos. Ele mesmo, até então
invencível, é atingido por
um tiro de pistola no peito
um pouco antes de cair no mar.
Fazendo um esforço sobrehumano, lutando contra
a febre que o faz delirar,
superando o enfraquecimento
causado pela enorme perda
de sangue, Sandokan consegue
nadar até a ilha e acaba
perdendo os sentidos nas
proximidades de um palacete,
para dentro do qual é levado
e tratado por ninguém menos
que Marianne, a jovem
com quem sonha há tempos.
O amor que sente por ela
vai levar o pirata a desafiar
perigos de todo tipo, a arriscar
sua ilha, seus tesouros,
seus barcos, seus homens
e a sua própria vida.
“Bresson é o cinema francês, como Dostoievski é
o romance russo, e Mozart a música alemã.”
Robert Bresson
Cinema por subtração,
sempre movido
por um minimalismo
desesperado em busca
da essência dos sons
e das imagens em
movimento. A ação
nos filmes de Bresson
se desenrola com muita
freqüência nas bordas
do quadro ou fora
dele, numa tentativa
de fazer com que cada
espectador confeccione
a narrativa na própria
mente, levando
assim ao paroxismo
as possibilidades
sugestivas da linguagem
cinematográfica.
Como escreve Le Clézio
no prefácio deste livro,
as frases de Bresson
são “cicatrizes,
marcas de sofrimento,
jóias preciosas (...)
que brilham como
estrelas, nos mostrando
o árduo e simples
caminho rumo
à perfeição”.
os
Tigres
de
mom
pra
cem
Robert Bresson e Os tigres de Mompracem. Capas de livro. Editora Iluminuras
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SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2004
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JORNAL DA TARDE
SÃO PAULO, SEGUNDA-FEIRA, 16 DE FEVEREIRO DE 2004
JORNAL DA TARDE
“
Foi trocando em miúdos que à conclusão cheguei:
nada acontece de novo daquilo que desejei... Eu
sou de humilde contato, tímido, nem sou loquaz.
Tenho espontâneo relato do meu ego e o que
me apraz. Sou como sou não pedi a vida e não
me fiz. Byron disse: estou aqui, estou comigo, sou
feliz!”, TRECHO DA LETRA INÉDITA ‘EXISTÊNCIA’, ASSINADA POR ADONIRAN BARBOSA EM 1963
NA PÁGINA DO JORNAL DA TARDE DE 22 DE JUNHO DE 1966, LETRA INÉDITA ATÉ HOJE, PUBLICADA COM EXCLUSIVIDADE
BARES DA VIDA
LETRA: Adoniran Barbosa
MÚSICA: Maestro Portinho,
1979
AMO SÃO PAULO
LETRA: Adoniran Barbosa
1964
E descortinou-se Pindorama
Com suas paisagens
deslumbrantes
A seiva, a mata que se inflama
Ardente terra de gigantes
O índio assustado vendo o
invasor
João Ramalho em sua labuta
Ouvindo ao longo o som do
tambor
Ecoando pela selva bruta
Martin Afonso subindo a serra
A fera indomada submissa
Maravilhoso belo se encerra
Nóbrega, Anchieta e a
primeira missa
Os jesuítas e as missões
Os aventureiros bandeirantes
Entradas, fronteiras e os
sertões
Histórias de sagas triunfantes
O Ipiranga da Independência
O céu tão puro de lindo azul
O marco-zero, a Sé, a
plangência
A zona norte e a zona sul
A zona oeste, leste e centro
Os jardins, a cidade e o mundo
Se unificaram num momento
Ibirapuera, Pedro II
O Manél da antiga padaria
Leva a freguesia em sua
manha
Outras raças, a grande euforia
E o ferro velho veio da
Espanha
Barraco de pau, teto de zinco
O imigrante que eu chamo
de irmão
O árabe da Rua 25
O Corinthians do meu
coração
O nôno italiano da cantina
Ravioli e inhoque de verdade
Canzonetas ao longe em
surdina
Sushi japonês da liberdade
O conhaque, a loira gelada
Garoto homem, homem
menino
Futebol de rua, uma pelada
Com os judeus da José
Paulino
As garotas dos shoppings,
que coisinha!
E o macarrão da mamma, al
dente
O pau-de-sebo, a amarelinha
Do Bixiga à Rua do Oriente
O bom baiano da feira livre
O estudante que é toda sapeca
Em toda parte eu já estive
Menininha levada da breca
Do bacalhau, paella e virado
Feijoada, quibe, pizza e
pastel
Trabalhadorque voltacansado
Pé-de-moleque e um
pão-de-mel
São Paulo atingiu o infinito
O hino do amor aqui se entoa
Tudo é sereno, em paz e
bonito
Na simplicidade que o
coroa
Fina garoa que é bem
paulista
Que seja eterna, desejo e
quero
Tem no seu filho alma de
artista
Juro e afirmo que sou
sincero
Minha bandeira das treze
listras’
Vivo como quem vive no
céu
Aqui se luta, vence e
conquistas
Amo São Paulo, que é nosso
e meu
Quanta dor de cotovelo
Eu bebi na minha vida
Spadoni, Parreirinha
Ponto Chic, Avenida...
Outros bares do Ipiranga
Eram a Consolação
“So mai zum” e era a conta
Pra minha desilusão
A noite ainda é criança
Diz o garção, o barman
No copo que é companheiro
Deixa a saudade de alguém
Se reparar no relógio
Os ponteiros vão correndo
Os olhos estão piscando
E o dia amanhecendo
Fico de pé, pago a conta
Bocejo, cigarro, dor...
Não quero saber de novo
De ter de viver o amor
Saio. Entro noutro bar
Antes que o corpo se deite
E para me despertar
Rosquinha e café com leite
DEBAIXO DA PONTE
GRAFITEIRO
PASSOU...
Tem contrabando, fumaça
Fogueirinha, carrapato
Panela velha, carôço
Sola usada de sapato
Vidros, plásticos, estopa
Jornal velho, cacarecos
Cavalinho, bola, trem
Urso rasgado, bonecos
Já não chega o
trombadinha
Quer na rua ou na esquina
Com a mancha
malandrinha
E com fala doce e fina:
“Olha o berro, passe a grana!”
Meu dinheiro da semana
Passou...
Como deve passar o que
passou?
Só sei que deve passar
Refrão
É, o que é que eu vi
Debaixo da ponte
O que é que eu vi
Quer que eu conte?
Já não chega a condução
Que sempre deixa na mão
O drogado de maconha
Êta cara sem vergonha
No metrô, bus ou no trem
Ou de pé, e agora quem?
LETRA: Adoniran Barbosa
MÚSICA: Sidney Moraes
Tem bóia fria, sem terra
Gente que veio do norte
Batente que não deu certo
Agora espera a sorte
Quatro estacas, um telhado
Táboa é casa e assento
Lá na ponte sol e céu
Debaixo frio e vento
LETRA: Adoniran Barbosa
1976
Vem agora o grafiteiro
Emporcalhando a cidade
A casa, o prédio inteiro
Na maior sujicidade
Grafita de baixo ao alto
Tudo na vida é assalto!
E tem criança com sede
Sem futuro, sem escola
Ladrão mistura com fome
Criança pedindo esmola
Quem devia ver aquilo
Dá risada, que beleza
De avião tá bom, tá bem
Lá no fundão, que tristeza
LETRA: Adoniran Barbosa
1979
O mistério de Adoniran Barbosa
Juvenal Fernandes, editor e amigo do compositor, abre com exclusividade ao JT letras que revelam uma face
desconhecida do autor de Trem das Onze. A polêmica história e os textos inéditos estão aqui e na página 6C
Como a onda sobre o mar
Como a ave sobre o ar
O rio das pedras lisas
As árvores sentindo as brisas
O vento pelas folhagens
As flores e as aragens...
Arquivo pessoal / Juvenal Fernandes
A pasta de plástico esquecida no
fundo da gaveta de um velho armário no número 1.700 da Avenida Rebouças guarda um Adoniran Barbosa que assusta sua própria família.
Folhas com letras inéditas atribuídas ao popular autor de ‘Trem das
Onze’ revelam um senhor culto de
fala rebuscada, um religioso de fé
cega em Jesus Cristo, um pensador
lírico e introspectivo que cita sério
o poeta inglês Lord Byron, o bandeirante João Ramalho e os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta.
Um homem que faz versos como
“os jesuítas e as missões / os aventureiros bandeirantes / entradas, fronteiras e os sertões / histórias de sagas triunfantes.”
As faces ocultas de Adoniran Barbosa estão na pasta do senhor Juvenal Fernandes, um antigo amigo do
sambista, ex-sócio da editora Fermata e atual sócio da editora e gravadora Arlequim. A soma do material é espantosa. Segundo o empresário, seu arquivo reúne perto de
100 letras, 95% delas intocadas até
hoje. Se Adoniran Barbosa tem 124
composições registradas, o mundo
só conheceria então um pouco
mais da metade de sua produção.
As criações teriam sido entregues a Juvenal Fernandes pelas
mãos do próprio Adoniran Barbosa
quando eram amigos. “Ele chegava
ao meu escritório na editora com
suas anotações feitas em qualquer
papel que achava pela frente e dizia: ‘Guarda aí com você Juvenal,
um dia a gente mexe nisso’.”
Quase ninguém havia visto o material até que, em 1989, Juvenal Fernandes foi ao Rio de Janeiro bater
na porta da senhora Maria Helena
Rubinato, filha e herdeira única de
Adoniran que sempre viveu à distância do pai. “Fui criada por uma irmã de Adoniran. Não vivi no meio
artístico.” O homem que Maria Helena define hoje como “educado,
acima de qualquer suspeita” entrou
em seu apartamento com uma relação de 41 músicas inéditas. Sem
ver as letras, Maria Helena assinou
um contrato a pedido do senhor Juvenal Fernandes e deu a ele poderes para lançar as músicas.
O peito de Adoniran começa a virar ‘tauba de tiro ao álvaro’ quando
a história salta para 2004, festa dos
450 anos de São Paulo. Juvenal Fernandes conversa com o amigo José
Chagas Reli, na Arlequim, e decide
bancar um projeto para o aniversário da cidade: convidar renomados
Passou...
O ódio que ficou de alguém
De estar só, sem ninguém
Passou ontem, passa hoje
Também amanhã vai
passar...
O sonho mau acordou
A dor doída estancou
A criança engatinhou
O velho manquetolou
O jovem fez, não pensou
A moça idealizou
Menino brincar, brincou
Tudo no fim já passou...
UMA VIDA
LETRA: Adoniran Barbosa
1977
E tem a moça esperando
E a senhora rezando
Um rato passa assustado
A paciência roendo
Se há mais de uma vida
Esta já me basta
Chega de ter
Que viver outra vez
Não foi demais
O que o mundo me deu?
Por que viver tudo outra vez?
Tive sobra de mágoas
Acreditei, será melhor
Mas, bicho, entrei bem
Quem podia dar um jeito
Prometeu e foi eleito
Esqueceu, votamos mal
Tamos ferrados, bem feito!
Melancolia e angústia inspiram um outro Adoniran
As dez letras desta página foram retiradas do arquivo de Juvenal Fernandes, todas assinadas
por Adoniran Barbosa. Algumas chegaram a ser musicadas depois de sua morte, mas nenhuma foi
gravada. Muitas seguem seu conhecido estilo cronista das ruas, como ‘Grafiteiro’ e ‘O Metrô’.
Mas um outro compositor, triste e espiritualizado, aparece em criações como ‘Uma Vida’ e ‘Passou...’
PRONTO SOCORRO
LETRA: Adoniran Barbosa,
1974
MÚSICA: Jorge Costa,
1984
Fui internado no hospital:
Pronto Socorro
Pois meu estado de saúde
eram bem mau
Da ambulância para a maca
num segundo
E os corredores claros que
não tinham fim...
Depois da maca para a mesa.
Homens de branco
me carregaram, me
largaram, fiquei só...
As enfermeiras a espiar só
tinham olhos
E as injeções começaram a
me picar,
A luz, o teto, tudo em volta
foi sumindo
Só acordei quando o
anestésico passou
Meu quarto cinza parecia
uma avenida
Gente pra cá, gente pra lá, o
caos total
Um com o soro, outro o
analgésico e outro olhava
Nemnozoológico animalraro
se viu...
Depois a junta médica
resolvia
Sem solução o meu caso
concluiu
Quadro final: ou largar dessa
mulher
Ou transplantar logo outro
coração
RECEITA DE PIZZA
DUVIDO QUE ISSO...
O pitzaiolo de branco
Amassa a massa e a farinha
Soco, murro e bofetada
Na coitada da bolinha
Ela descansa esticada
Antes do forno de lenha
Na maca - pá de madeira
E depois de preparada
Segue dura para a fogueira
Creio que o tempo parou
Quando ela foi embora
Mas a tristeza ficou
Companheira e agora chora
De aliche ou calabresa
Ou do que você quiser
Mutzarela, vinho tinto
Companhia de mulher
Você deixou a saudade
Nem sequer restaram traços
De que um dia de verdade
Voltaria pr’os meus braços
LETRA: Adoniran Barbosa
MÚSICA: Jorge Costa, 1977
“Mais uns chopes,
companheiro,
Com colarinho e gravata”
O cantor napolitano
Com piano e serenata
A receita que eu sugiro
Para o que der e vier
É sentar numa cantina
E da vida se esquecer
E coisa melhor do mundo
Aceite o meu convite
Traga muito apetite
E vontade de beber
LETRA: Adoniran Barbosa
1971
Ao lado, foto
dada a Juvenal
Fernandes
(abaixo) pelo
compositor:
“Ao meu
amigo Juvenal
um ‘Duvido
que Isso’, do
Adoniran”
Duvido que isso seja
A questão já resolvida
Quem ficou, espera e almeja
Melhores dias de vida
O METRÔ
LETRA: Adoniran Barbosa
1980
Um dia a casa cai
É o que diz o ditado
Igual minhoca que vai
O metrô segue deitado
Depois, já livre ele sai
E chega ao resultado
Metrô é muito bacana
Como se diz: é legal!
Leva milhões por semana
Do princípio até o final
Chega à Vila Mariana
Bijetivo principal!
Não tem nada de reboque,
ônibus, bonde, automóvel.
Jabaquara ficou perto
O que a mim muito comove
São Judas que me abençõe
Vou da Sé até meu love
JÚLIO MARIA
Nova biografia não fala das letras secretas
Adoniran – Uma Biografia chega
às lojas como a obra mais completa
publicada sobre a vida de João Rubinato, conhecido Adoniran Barbosa.
Seu autor é o jornalista Celso de
Campos Jr., um jovem com invejável disposição para iluminar a história de seu biografado. Foram três
anos de pesquisa, 80 entrevistados,
arquivos revirados e, ao final, um tijolo com 606 páginas e fotos inéditas que destrincham em miúdos a
vida do poeta do Bexiga. Sobre as
cem músicas secretas atribuídas a
ele por Juvenal Fernandes, há apenas uma menção.
À página 528, o escritor cita:
“Em uma duradoura convivência,
Adoniran deixou com ele (Juvenal Fernandes) diversas letras manuscritas que Juvenal, aos poucos, começou a distribuir para serem musicadas...” Celso de Campos
soube da existência de algumas letras. Ao
tomar conhecimento da polêmica que as
envolvia, preferiu deixá-las de fora. “O senhor Juvenal me mostrou algumas letras
mas não cheguei a pegá-las. Sei que Juvenal realmente conviveu com Adoniran e
que eram muito amigos. A quantidade
das inéditas me impressiona, isso é quase
o mesmo número de músicas registradas
por ele em vida. Mas acredito que muita
mos versos: “Quando cheguei já vi
que estava tudo no chão / chorei
feito bobo, senti um calor na oreia
/ peguei um tijolo e um pedaço de
teia / prá guardar de recordação.”
O texto só existe na página guardada nos arquivos do jornal.
Se Adoniran se interessaria por
bandeirantes e jesuítas? Segundo
ele mesmo, sim. Aos que o conheciam, improvável. Sua fase de experiências cinematográficas inclui
as filmagens de ‘O Sertanejo’. Adoniran Barbosa interpretaria Antônio Conselheiro e, para tal missão,
deveria ler o sisudo ‘Os Sertões’,
de Euclides da Cunha. O filme não
vingou porque sua produtora faliu. Já a leitura, diria o autor, fora um sucesso. Questionado se havia chegado à última
página, respondeu que sim e disse o que
havia achado: “meio cacete”.
O homem que teria escrito uma versão para o ‘Pai Nosso’ seria devoto suficiente para isso? Ninguém sabe. Adoniran Barbosa não era de conversa com estranhos. Fechado em si, pode ter escrito
coisas que o mundo duvida. Mas o ideal
para fechar o assunto seria mesmo seguir a dica dada ao repórter pelo biógrafo Celso de Campos Jr: “Você não tem
contato com ninguém lá no céu?”
Sérgio Castro/AE
Reprodução
Na foto rara encontrada pelo biógrafo,
Adoniran interpreta Antônio Conselheiro
para o cinema
coisa ali seja mesmo de Adoniran.”
Aos leitores da biografia, os traços ocultos de Adoniran Barbosa sugeridos pelas
composições ora se comprovam, ora se
contradizem. Se é estranho Adoniran Barbosa ter confiado suas criações a um amigo? Não, se considerado que o compositor
não tinha tanto apego a seus rascunhos.
Um deles foi entregue a um repórter do
Jornal da Tarde no dia 21 de junho de
1966. ‘Pincharam a Estação no Chão’ foi
uma composição exclusiva para o repórter, inspirada na demolição da estação de
trem do Jaçanã. Assim ficaram seus últi-
Três anos de pesquisas e 80
entrevistas usadas para
dar forma à maior biografia
publicada sobre o sambista.
Sobre as inéditas atribuídas
a ele, há apenas uma menção
compositores para musicarem as letras e participarem de um disco
com as canções inéditas. “Estamos
fazendo os convites para o disco
sair este ano”, diz Chagas. Cesar Camargo Mariano foi convidado por
e-mail e respondeu com interesse.
O compositor Caetano Zammataro
ficará responsável por 13 letras.
Izaías do Bandolim deve ser convocado em breve. Um juiz cantor e
compositor, Flávio Monteiro de Barros, fará músicas para outras três.
O mesmo material que tem poder para reescrever episódios inteiros da música brasileira ao traçar
um Adoniran Barbosa muitas vezes
distante do cronista das ruas que
cantava em português errado reserva pólvora para provocar uma cratera no meio artístico. Sérgio Rubinato, sobrinho de Adoniran, e Antonio
Gomes Neto, o Toninho, fundador
do Demônios da Garoa, não acreditam que a pessoa que escreveu os
versos secretos seja mesmo Adoniran Barbosa. Maria Helena Rubinato, a filha, estranha algumas letras.
O pesquisador Airton Mugnaini Jr.,
autor do livro ‘Adoniran: Dá Licença de Contar”, acha possível que as
autorias sejam do sambista. Celso
de Campos Jr., biógrafo do autor, estranha a quantidade das canções,
mas acredita que muitas sejam
mesmo do compositor.
Um Adoniran
muito diferente
Músicos que tiveram acesso às
obras obscuras não têm dúvidas de
que elas são de Adoniran Barbosa.
Tom Zé conta ter recebido de Juvenal Fernandes garranchos escritos
pelas mãos do sambista. “Era um
rascunho. Quis imaginar o que o
Adoniran queria com aqueles versos e os completei.” A música ‘Tangolomango’, uma das raras gravações saídas da pasta de Juvenal, está no disco ‘Com Defeito de Fabricação’, lançado em 1999. Nos créditos, a autoria: “Adoniran Barbosa e
Tom Zé”. O paulista Passoca fez em
2000 um álbum de tiragem mínima chamado ‘Passoca Canta Inéditas de Adoniran’, com 13 músicas
secretas. O compositor nunca questionou a autenticidade das letras.
“Aquilo tudo tem as mãos do Adoniran. O cara está ali.”
O fato é que o Adoniran Barbosa
autor de ‘Amo São Paulo’, uma emotiva e extensa declaração de amor à
cidade feita há exatos 40 anos, aparece com estilo bem diferente daquele que canta “eu sou a lâmpida
e as muié é as mariposa.” Ninguém
nunca esperou que criaria versos como: “E descortinou-se Pindorama /
com suas paisagens deslumbrantes
/ a seiva, a mata que se inflama / ardente terra de gigantes...”
Seu lado cristão teria vindo à tona em abril de 1980, dois anos antes de sua morte. ‘Pai Nosso’, uma
versão em prosa para a oração católica, será musicada para o disco pelo compositor Caetano Zammataro.
Uma hipótese é a de que, a esta altura, o artista andava espiritualmente
sensível com a possibilidade de estar em seus últimos dias: “Minha
Oração é o Pai Nosso / Que estais no
céu para sempre / Que seja santificado / o Seu nome, Senhor Deus ...”.
O Adoniran Barbosa autor de
‘Existência’, uma inspiração assinada em abril de 1963, fez um verso
que revela conhecimento da obra
do poeta romântico inglês Lord
Byron. “Sou como sou / Não pedi a
vida e não me fiz / Byron disse: estou aqui, estou comigo / sou feliz.”
Segundo Sérgio Rubinato, seu tio,
quando lia, preferia os cadernos de
esportes e as crônicas policiais.
Airton Mugnaini Jr., biógrafo do
sambista, não questiona a autenticidade dos versos. “Adoniran Barbosa
ia anotando suas idéias em guardanapos e guardando onde desse. Esse material ia para mãos de terceiros.” Sobre o estilo das escritas no
material de Juvenal Fernandes, opina: “Os compositores têm direito a
fazer coisas assim. São brincadeiras,
experiências. Nem tudo deveria ser
para virar música. Mas acredito
que, de qualquer forma, seja uma
obra menor com relação ao que ficou conhecido.” Juvenal Fernandes,
em meio à fogueira, toca o projeto
do disco de inéditas para sair o
quanto antes e se defende: “Minha
vontade é de rasgar estes papéis
quando dizem que não são de Adoniran Barbosa. Não faço isso porque
a história iria perder muito. Se não
foi o Adoniran quem escreveu isso
quem foi? O bispo? O papa?”
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Caderno SpVariedades. Novo projeto (2002). Jornal da Tarde/Grupo Estado
ESPECIAIS)
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(DEPOIS
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DO PROJETO/
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DO PROJET
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PROJETO/
ESPECIAIS)
ESPECIAIS)
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COPA 2002
(VER SEQÜÊNCIA NO “CD”)
COPA 2002
COPA 2002
(VER SEQÜÊNCIA NO “CD”)
(VER SEQÜÊNCIA NO “CD”)
COPA 2002
(VER SEQÜÊNCIA NO “CD”)
OUTROS
OUTROS
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ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE/ 2002
ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE/ 2002
ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE/ 2002
ELEIÇÕES PARA PRESIDENTE/ 2002
CARNAVAL 2004
CARNAVAL 2004
Cadernos especiais. Novo projeto (2002). Jornal da Tarde/Grupo Estado
CARNAVAL 2004
OUTRO
Sevilha. Fotografia de Michaella Pivetti