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PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA CADERNO DE DIAGNÓSTICO E DIRETRIZES PREFEITO MUNICIPAL DE GUARAPUAVA: LUIZ FERNANDO RIBAS CARLI SECRETÁRIA DE HABITAÇÃO E URBANISMO ARQ. ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO– CREA – PR 71.062/D MONTAGEM TEXTOS/REVISÃO TEXTOS/ APRESENTAÇÃO GERAL ENG. CART. MÔNICA R. BRISOLLA RÚBIO– CREA – SP 520.158/D CONSULTORIA GESTÃO URBANA CONSULTORIA LTDA. ENG. CIVIL ROBERTO D. V. DEL SANTORO – CREA – SP 61.611/D EQUIPE TÉCNICA ARQ. ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO – CREA – PR 71.062/D ENG. CIVIL CESAR RAMÃO SANCHEZ – CREA – PR 7.789/D ENG. CIVIL MARIA DE FÁTIMA WERNECK LANGE – CREA – PR 25.728/D ENG. CART. FLÁVIO ALEXANDRE – CREA – SP 177.818/D ARQ. LUIS MARCELO SANCHEZ – CREA – SC 45.712/D ENG. CART. MARCELO A. FURLANETTO RÚBIO – CREA –SP 520.042/D ENG. CART. MÔNICA R. BRISOLLA RÚBIO – CREA – SP 520.158/D ARQ. RICARDO BAVARESCO RODRIGUES CREA – RS 83.579/D ARQ. ROSSANA MIKI MATSUBARA – CREA – PR 34.778/D ARQ. TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT – CREA – PR 25.059/D ENG. CIVIL VALÉRIA LUSTOSA DE SIQUEIRA – CREA – PR 65.339/D MEMBROS DO CONPLUG ANA LÚCIA ODEBRECHT MASSARO TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT FLÁVIO ALEXANDRE RICARDO BAVARESCO RODRIGUES MÔNICA RODRIGUES BRISOLLA RÚBIO MARCELO ANTÔNIO FURLANETTO RÚBIO TAILA FALLEIROS LEMOS SCHMITT ROSSANA MIKI MATSUBARA ELEANE APARECIDA BISCHOF KECHE JOSÉ ELIAS SYDOR MIGUEL NICOLAU JÚNIOR LUCIANA RIBAS MARTINS ADEMIR PUPO JOÃO CÉSAR LOURES 1 MILTON DE LACERDA ROSEIRA JUNIOR ADRIANO LUIZ DOS SANTOS PAULO CÉSAR RODRIGUES DOS SANTOS CÍCERO MARTINS LEONARDO DA SILVA ROCHA VALÉRIA LUSTOSA DE SIQUEIRA EDSON LUIZ BRAGA SANDRO POHL DA SILVA JAIRO MACEDO GERMANO TOLEDO ALVES SANDRA A. DE CARLI NARDI MATILDE KESSLER RAIMUNDO MARTINS DIAS FRANCISCO FARIA NUNES ARLISSON SANCHES SALES JOEL AS SILVA LUIZ PEDRO RENATO FOGAÇA JOÃO DOMINGOS RAMBO BENEVENUTO DEMARCO ALCEU DO NASCIMENTO EQUIPE APOIO ADENILSON CAMARGO LUSTOSA CLÁUDIO MARCELINO DAYANE RIBEIRO FERREIRA ELSA LUSTOSA GELSON FELSKI GILBERTO NOGUEIRA LOPES ZULMÉIA CABRAL 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 6 2. METODOLOGIA .................................................................................................................................. 7 3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................................... 8 3.1. HISTÓRICO ...................................................................................................................................... 8 4. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E EXTENSÃO TERRITORIAL .............................................................. 10 5. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁREA DE ESTUDO ................................................................... 12 5.1. GEOLOGIA ..................................................................................................................................... 12 5.2. LITOESTRATIGRAFIA ................................................................................................................... 12 5.3. CLIMA ............................................................................................................................................. 13 5.4. VEGETAÇÃO.................................................................................................................................. 14 6. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS ................................................................................................ 14 6.1. SETOR PRIMÁRIO......................................................................................................................... 14 6.1.1. AGRICULTURA E PECUÁRIA ............................................................................................. 14 6.1.2. EXTRATIVISMO MINERAL.................................................................................................. 21 6.2. SETOR SECUNDÁRIO .................................................................................................................. 23 6.3. SETOR TERCIÁRIO ....................................................................................................................... 24 7. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E EXPANSÃO URBANA ................................................................ 25 7.1 DENSIDADE DEMOGRÁFICA ........................................................................................................ 26 7.2 DENSIDADE DEMOGRÁFICA GERAL........................................................................................... 26 7.3. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA DE GUARAPUAVA ...................................................... 30 7.4. DIAGNÓSTICO DA POLÍTICA HABITACIONAL............................................................................ 32 7.4.1. A POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO ......................................................................... 34 7.4.2. ANÁLISE DO DEFICIT HABITACIONAL ............................................................................. 35 7.4.3. DESENVOLVIMENTO DOS PROGRAMAS HABITACIONAIS ........................................... 37 7.5. MEIOS DE CONSUMO COLETIVO ............................................................................................... 39 8. INFRAESTRUTURA URBANA .......................................................................................................... 39 8.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTO............................................................. 39 8.2. PAVIMENTAÇÃO E GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS................................................................ 40 8.3. ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA.......................................................................... 41 9. EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS .......................................................................... 41 9.1. EDUCAÇÃO.................................................................................................................................... 41 9.2. SAÚDE............................................................................................................................................ 49 9.2.1- CRIAÇÃO E HABILITAÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE .......................... 50 9.2. 2 SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE..................................................................................... 51 9.2.3 DESCRIÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE........................................................... 54 9.2.4 HOSPITAIS ........................................................................................................................... 57 9.2.5 TOTAL DE LEITOS EXISTENTES E SUS............................................................................ 57 9.3 AÇÕES PROGRAMÁTICAS............................................................................................................ 58 9.4 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE....................... 58 9.5 PRINCIPAIS AÇÕES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE NO ANO DE 2005 ............... 59 9.6 UNIDADES QUE COMPLEMENTAM O SISTEMA DE SAÚDE MUNICIPAL ................................ 60 3 9.7. ANALISE DA SITUAÇÃO SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA ........................................................................................................ 62 9.8 INDICADORES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO REFERENTE AO ANO 2005................................... 63 9.9 CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA............................ 64 9.10 SERIE HISTÓRICA DE CASOS CONFIRMADOS DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA .................................................................................................................................... 65 10. PROMOÇÃO SOCIAL ..................................................................................................................... 66 10.1 DADOS DA REALIDADE SOCIAL DE GUARAPUAVA ................................................................ 66 10.2 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ......................................................................................... 66 11. SERVIÇOS URBANOS ................................................................................................................... 69 12. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E LIMPEZA PÚBLICA.............................................................. 69 13. SERVIÇOS FUNERÁRIOS.............................................................................................................. 70 14. TRANSPORTE COLETIVO ............................................................................................................. 70 15. SISTEMA VIÁRIO ............................................................................................................................ 71 16. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA.................................................................................................... 71 17. PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA ...................................................................................................................................... 72 18. LEVANTAMENTO DE DADOS E ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES ................................... 74 19. FORMULAÇÃO DAS MEDIDAS NECESSÁRIAS E AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................... 76 20. FORMULAÇÃO DA POLÍTICA LOCAL ........................................................................................... 78 20.1. OBJETIVOS................................................................................................................................. 78 20.1.1-OBJETIVOS DE ORDEM FÍSICO-TERRITORIAIS: ........................................................... 78 20.1.2. OBJETIVOS DE ORDEM AMBIENTAL ............................................................................. 79 20.1.3 OBJETIVOS DE ORDEM HABITAÇIONAL ....................................................................... 85 20.1.4 OBJETIVOS DE ORDEM EDUCACIONAL......................................................................... 85 20.1.5 OBJETIVOS DE ORDEM DE ÁREA DA SÚDE ................................................................. 88 20.1.5.1 PRIORIDADES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE.................................... 94 20.1.6. OBJETIVOS DE ORDEM SOCIAL:.................................................................................... 96 20.1.7 OJETIVOS DE ORDEM ECONÔMICA: .............................................................................. 97 20.1.8. OBJETIVOS DE ORDEM ADMINISTRATIVA: .................................................................. 98 21. MACROZONEAMENTO PROPOSTO PARA A CIDADE DE GUARAPUAVA ............................... 98 21.1 ÁREAS ESPECIAIS....................................................................................................................... 99 21.2 ÁREAS DE EXPANSÃO CONTROLADA E ÁREA DE PROTEÇÃO DA BACIA DO RIO CASCAVEL.......................................................................................................................................... 100 21.2.1 ÁREAS DE DENSIFICAÇÃO ............................................................................................ 100 21.2.2 ÁREA PARA EXPANSÃO DO CENTRO .......................................................................... 100 21.2.3 CÉLULAS DE PLANEJAMENTO ...................................................................................... 101 21.2.4 ÁREAS INDUSTRIAIS....................................................................................................... 101 22. RESULTADOS ANTERIORES DO USO DO PLANO DIRETOR NO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA .................................................................................................................................... 101 4 Nota O presente Caderno Diagnóstico e demais produtos relativos ao Plano Diretor do Município de Guarapuava é fruto de um trabalho iniciado em 1991, através dos técnicos do CEPLUG (departamento da Secretaria de Planejamento Urbano de Guarapuava da época) e acompanhado através de convênio estabelecido com a FAMEPAR (atualmente PARANACIDADE). A equipe técnica atual encontra-se diminuída (com a saída de alguns técnicos) e acrescentada por outros que ingressaram a partir de 1994. Desde esta época são desenvolvidos trabalhos de diagnóstico, planejamento, atualizações de dados (alfanuméricos e gráficos) propostas de legislações e consultas populares. O texto básico e as pesquisas que deram origem ao trabalho em 1991, foi desenvolvido então pelos técnicos da Secretaria na época, tendo como supervisor da Famepar o Eng. Ari Talamini Jr. e alguns técnicos que assumiram maior parte do trabalho como a Geógrafa Joseli Maria Silva, Eng. Flávio Alexandre, Eng. César Sanches, Arq. Eliane Álves Krüger, Arq. Isabel M. Borba Yamamoto, Arq. Isuru Yamamoto, Des. Luciano Christo Galvão, Eng. Cart. Márcia R. J. Ribeiro, Eng. Cart. Sílvio A. D. Andolfato, Historiadora Divanir Strugal e membros do já existente Conplug (Conselho do Plano Diretor de Guarapuava). Reanalizado pela equipe atual, também nominada, do CEPLUG, Surg, Conplug e demais técnicos de ensino médio e superior e participantes da Comunidade de Guarapuava, entendese que boa parte do trabalho desenvolvido ainda é bastante válido e atual, devido o seu grau de abragência, sua característica dinâmica, a boa metodologia adotada e a qualidade de trabalho em função dos recursos que se tinham disponíveis na época e também a credibilidade da autoria do trabalho. Em detrimento da sequência dada ao trabalho, foram desenvolvidos outros produtos, acompanhados de bases cartográficas atualizadas, sendo que o mesmo deve suprir as possíveis necessidades de dados atualizados. O Município de Guarapuava já conta desde 2001, com um Plano Diretor, através da Lei 1101/01. Devido ao Estatuto da Cidade e devido à abrangência do mesmo atingir mais especificamente a Cidade de Guarapuava, optou-se pela elaboração de um Novo Plano Diretor, atualizado para as demais áreas urbanas e diretrizes para toda a extensão territorial do Município, devendo estar acompanhado também de novas Legislações Complementares, como por exemplo Zoneamento de Uso e Ocupação do solo, Parcelamento do Solo, Código de Obras, etc. 5 1. INTRODUÇÃO A problemática das áreas urbanas é hoje um desafio para todas as sociedades, pois tais apresentam-se como habitat do homem moderno. Os espaços urbanos derivam de condicionantes externos e internos, intimamente articulados, provenientes das relações internacionais, sistemas econômicos, regimes políticos, conflitos entre grupos, movimentos, classes sociais, atuação de governos, partidos políticos, instituições públicas e privadas. Na realidade, podemos dizer que todas as relações sociais, são materializadas no espaço e, portanto, os problemas concretos que visualizamos não são mais do que manifestações exteriores das relações entre os homens numa sociedade capitalista. Se por um lado, as cidades brasileiras têm aspectos comuns em sua estruturação, pois são produtos da sociedade capitalista, por outro, apresentam características locais, pois a produção do espaço urbano, é também fruto das especificidades da evolução histórica da sociedade que a criou. Portanto, há necessidade de deixarmos de lado as explicações simplistas e generalizadoras que na sua maioria nos levam à concepções ingênuas e equivocadas e passarmos a produzir nossas próprias experiências no sentido de interferência do espaço urbano no âmbito municipal. Apesar das inúmeras tentativas de solucionar os problemas urbanos, sabe-se que suas raízes são profundas e que embora sejam resultantes de problemas de ordem muito mais ampla, e que para se "pensar" o urbano, deve-se partir de uma ótica global, sabemos que as práticas devem ser locais. Não podemos alterar o quadro das relações internacionais, nem tampouco, melhorar a distribuição de renda no país, no entanto a fim de tentar resgatar a nossa dívida social para com o povo de Guarapuava, podemos tentar diminuir as diferenças sociais. O essencial é buscar o atendimento à maior parcela possível da população, estendendo a ela o maior número de benefícios e distribuir, em favor de muitos, a valorização do espaço proporcionada a poucos, bem como contribuir para facilitar o acesso a terra urbana a todos os cidadãos. Para minimizar as mazelas do crescimento urbano acelerado, mais precisamente nas duas últimas décadas, vêm-se buscando uma maneira de re-direcionar o desenvolvimento das cidades atenuando as distorções sociais através do planejamento municipal. Um instrumento básico de planejamento municipal é o Plano Diretor. Este é definido pala Constituição Federal e Estatuto da Cidade como "instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana ". Tem caráter de lei e deve ser aprovado pelo Poder Legislativo (Câmara Municipal, nos Municípios), atendendo às características particulares de cada Município. Anexo ao Plano Diretor vêm as leis complementares que são parte integrante do Planejamento e gestão municipal. Os objetivos da política urbana na escala municipal, deve refletir os objetivos constantes na "Magna Carta": ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, realizar a função social da propriedade e assegurar o bem estar dos seus habitantes. Assim, com o Plano Diretor pretende-se garantir a todos os cidadãos: - O uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu território; - O acesso a todos os cidadãos, às condições adequadas de moradia, transporte público, saneamento básico, infraestrutura viária, saúde, educação, cultura, esporte, lazer e às oportunidades econômicas existentes no município; - A segurança e a proteção do patrimônio paisagístico, arquitetônico, cultural e histórico. - A preservação, proteção e recuperação do meio ambiente; 6 - A qualidade estética e referencial da paisagem natural e agregada pela ação humana. Embora o trabalho tenha como perspectiva, buscar uma cidade mais justa e principalmente reverter o padrão segregador que delineia nossa sociedade, sabemos que a utopia não deve direcionar nossas ações, pois tem-se consciência de que o Plano Diretor não é a receita milagrosa das transformações da sociedade e que embora seu conteúdo técnico-científico esteja bem fundamentado, sua eficácia dependerá das ações políticas que levarão à sua implementação. Sua validação acontecerá através das ações de uma sociedade que sentirá seu Município como sua própria casa, pois será co-participante do processo de seu desenvolvimento. A administração tem consciência de que o resgate da cidadania será um trabalho educativo de longo prazo, principalmente nestes tempos, onde se generaliza a descrença nas soluções políticas e quando a realidade hostil gera apatia e desesperança. No entanto, o Plano Diretor apresentou-se como uma das primeiras tentativas de levar à comunidade a discussão dos problemas pertinentes ao seu futuro. Na essência, este trabalho pretende não apenas buscar o desenvolvimento econômico, mas também desenvolver o progresso em seu conteúdo humano. 2. METODOLOGIA O Estudo do Plano Diretor de Guarapuava, tem seus trabalhos mais pormenorizados em relação às áreas urbanas do Município de Guarapuava, embora também estabeleça diretrizes para o Planejamento e Desenvolvimento da área rural, bastante extensa no Município. Conforme pode ser observado nos dados apresentados neste caderno, o Município de Guarapuava, conta com a Cidade de Guarapuava e mais algumas áreas urbanas consideráveis como Palmeirina, Distrito de Entre Rios (Colonias Samambaia, Jordãozinho, Vitória, Cachoeira, Socorro), Guará e Guairacá. A elaboração do trabalho deu-se a partir da motivação existente na Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, que criou a consciência da elaboração, tanto por questões legais quanto pela real necessidade da continuidade dos trabalhos de planejamento e Plano Diretor desenvolvidos até o presente momento. A equipe Técnica Local, é composta pelos técnicos da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo e Surg), além dos técnicos de nível médio (cadastradores, desenhistas, auxiliares administrativos) outros técnicos também da Surg e Secretaria de Obras e pelos Membros do Conpluerg (Conselho do Plano Diretor do Distrito de Entre Rios) e Conplug (Conselho do Plano Diretor de Guarapuava), compostos por outras secretarias municipais (Finanças, Meio Ambiente, Industria e Comércio, Etc), outros órgãos externos (Iap, Corpo De Bombeiros, Sanepar, Cflo, Etc) e outras representantes (Ugam, Acig, Aeag, Etc). Como apoio à equipe também foi contratada consultoria de Profissonal experiente na área. A proposta de trabalho se propõe a atualizar o caderno diagnóstico anterior, outros textos produzidos e dados (gráficos e alfanuméricos) já existentes, frutos dos trabalhos desenvolvidos ao longo dos anos, bem como a utilização de diretrizes e produtos produzidos anteriormente através da Sistemática CDP . Em todo processo de planejamento, independente do nível administrativo da entidade que o realiza ou da abrangência espacial ou temporal do seu objeto, depende-se de informações adequadas às tarefas em estudo. A característica essencial da informação para tornar-se útil para o 7 planejamento é a sua disponibilidade de forma sistematizada dentro da perspectiva dos produtos ou planos previstos. Por outro lado, deve ser procurada uma forma de apresentação desta informação, que facilite a identificação dos problemas e das potencialidades da área ou do objeto de estudo. A sua apresentação deve ser feita de forma tal, que facilite o diálogo entre os níveis técnicos e políticos e também a comunidade. Para a introdução do critério da eficácia no processo de planejamento e decisão, considerase necessária a utilização de métodos que possam ser aplicados mesmo com recursos escassos e reduzido dispêndio analítico e que considerem os diferentes níveis de qualificação e de acesso à informação de que dispõem os municípios, sempre tendo em vista resultados imediatos, que possam influir na definição das prioridades da ação do governo. A Metodologia CDP, já utilizada, aliada a outros dados produzidos ao longo dos anos, a experiência e o conhecimento do Município que foi sendo adquirido, a reunião de informações e necessidades levantadas nas diversas discussões dos Conselhos, das Conferências e Audiências realizadas, permitem um panorâma propício e seguro ao Planejamento e produção de diretrizes. Desta forma e sucintamente fazem parte das etapas de trabalho: - A COMPOSIÇÃO DE INSTRUMENTOS INFORMATIVOS – Reunião de Dados já existentes e sua atualização, produção de Dados Alfanuméricos, Gráficos (Mapas Temáticos), Organização da Informação. - A REUNIÃO E APRESENTAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES - A DIVULGAÇÃO DESTAS INFORMAÇÕES E SUA ANÁLISE - que permite a identificação de ações, a determinação de prioridades, a formulação de propostas e diretrizes - EFETIVAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO – através da produção dos instrumetos legais (elaboração de legislação e estruturação) 3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ÁREA DE ESTUDO 3.1. HISTÓRICO Todas as características atuais de Guarapuava são frutos das relações sociais estabelecidas no passado, que tornaram-se fundamentais para reprodução do modelo que vinha desenvolvendo-se nesta região. Mesmo salvaguardando as características locais deste espaço de estudo, Guarapuava acompanhou em linhas de análise mais geral, o processo de desenvolvimento do modelo adotado pelo país. Antes de 1850, as terras não eram de propriedade privada, eram terras devolutas e doadas aos cuidados dos senhores de "sangue nobre" com o nome de sesmarias. Foi, então, a partir da Lei de Terras, instituída em 1850, que a aquisição da terra não mais se daria, mediante a sua ocupação, mas sim apenas através da compra em dinheiro. 8 Os campos gerais, pela sua natureza de relevo suave e vestimenta rasteira, interrompida de quando em vez por capões de mata onde se sobrepunham as araucárias, sempre foram focos de povoamento. Nas investidas contra as missões jesuíticas do Rio Grande do Sul, os paulistas tomaram conhecimento dos campos limpos do 2º planalto do Paraná. Conhecida a predileção dos primeiros povoadores, em aproveitar os campos naturais pelo horizonte amplo, pela facilidade de defesa contra os índios, era natural se prever que a fixação da conquista se fizesse com a criação de cidades. Na faixa desimpedida de campos que atravessava da Itararé ao Rio Negro, formaram-se os primeiros núcleos, pousos naturais de tropas, como as cidades de Jaguariaíva, Piraí, Furnas, Castro, Pouso do lapó, Ponta Grossa, Palmeira, Lapa, Vila do Príncipe, todas elas surgidas ao longo do extenso caminho do sul. As opções ficavam entre o Planalto dos Campos da Freguezia de Nossa Senhora do Belém, os Campos do Pinhão, próximo ao Morro Chato e o Pontão das Estacadas, além do Campo Real. A insistência do Padre determinou, por fim, como ideal, o local entre o Rio Coutinho e o Jordão, na Freguezia de Nossa Senhora do Belém, por onde passava a pouca distancia o Rio Cascavel. Os fundamentos da nova cidade se fizeram com a demarcação da povoação e da Igreja em 19 de dezembro de 1819, Pretendeu-se na criação observar todas as prescrições contidas na Carta Régia de 1° de abril de 1809 do Conde de Linh ares. Em 1884 levantou-se o primeiro matadouro e no mesmo ano foi concluídos a reforma da igreja de Nossa Senhora do Belém, com largos auxílios do Visconde de Guarapuava. A primeira escola foi criada na residência de Dna. Bibiana, contando com 17 alunos, sendo dirigida pela professora Bibiana Carriel Bitencourt, No ano de 1892 foram criados os distritos de Pinhão, Reserva e Cavernoso. A população na região de Guarapuava era ainda muito restrita e caracterizava-se mais pelo desenvolvimento da pecuária e extração de erva-mate. No entanto com a facilidade de adquirir posses, a população começa a incrementar-se e inicia-se o incentivo ao comércio. Outro aspecto importante a ressaltar-se ao seu processo de ocupação é a fase caracterizada como tropeirismo, pois foi fator determinante para ocupação de seus campos. No entanto é na agricultura, mesmo calcada nesse processo de estruturação fundiária concentradora, que Guarapuava inicia seu processo de maior crescimento econômico e desdobrando-se posteriormente às atividades agro-industriais. Seu núcleo urbano teve como personagem importante em sua fase inicial o Padre Francisco das Chagas Lima, que procurou iniciar a aglomeração, baseado em alguns critérios de estética, utilizando alguns parâmetros para organização do povoado. Assim, como ponto gerador do núcleo citamos a Igreja Nossa Senhora de Belém, localizada no alto da Bacia do Rio Cascavel, que era um ponto referencial importante para a sociedade da época. Em 17 de julho de 1852, foi elevada à categoria de Vila. Em 02 de maio foi criada a Comarca de Guarapuava, sendo o Dr. José Antônio Araújo de Vasconcellos o seu primeiro Juíz de DireitoVila de Nossa Senhora de Belém recebeu foros de cidade em 12 de abril de 1871, pela Lei número 271. . A grande extensão territorial do Município começou a ser desmembrada a partir de 1877, o território do município de Guarapuava foi desmembrado de Castro em 1896. A denominação Guarapuava, surgiu do Tupi-Guarani, que significa: guara-lobo e puavabravo. 9 O município já sofreu vários desmembramentos e hoje está assim dividido: Distrito Sede de Guarapuava, criado em 2 de fevereiro de 1910; Palmeirinha, criado em 7 de janeiro de 1915; Guairacá, criado em 14 de novembro de 1951; Entre Rios, criado em 1962 e; Campina do Simão, criado em 26 de maio de 1967. Essa breve descrição sobre o início do processo de ocupação do território de Guarapuava, não esgota, de maneira alguma, a riqueza das lutas que fundamentam a história da região. 4. SITUAÇÃO GEOGRÁFICA E EXTENSÃO TERRITORIAL O Município de Guarapuava situa-se na região Sul do Brasil, Centro-Oeste do Paraná, Terceiro Planalto do Paraná, na Zona Fisiográfica dos Campos Gerais. Distâncias: -Curitiba: 266,00 Km -Brasília: 1.828,00 Km Aspectos Físicos: Coordenadas: -Latitude: 25o 23' 36'' Sul -Longitude: 51o 27'15''W Greenwich -Área: 3.503,835 Km2 -Altitude: 1.120,00 m Limites: -Norte: Santa Maria do Oeste e Turvo -Sul: Pinhão -Leste: Inácio Martins e Prudentópolis -Oeste: Candói e Cantagalo Guarapuava faz parte da meso-região Centro-Sul e faz parte da AMOCENTRO que é composta por 13 Municípios, quais sejam: Boa Ventura de São Roque, Campina do Simão, Iretama, Laranjal, Manoel ribas, Mato Rico, Nova Tebas, Palmital, Pitanga, Roncador, Santa Maria do Oeste, Turvo. 10 As extensões territoriais correspondentes ao Município e seus Distritos são os expressos na tabela abaixo: Áreas (Km2) Guarapuava (Município) 3.053,835 Distrito Sede 897,98 Distrito de Entre Rios 861,83 Distrito de Guairacá 440,79 Distrito do Guará 486,44 Distrito de Palmeirinha 243,19 Distrito de Atalaia 123,605 Fonte: IAP - Dados Oficiais Áreas 11 5. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁREA DE ESTUDO 5.1. GEOLOGIA O Estado do Paraná foi modelado pelos "(...) sistemas hidrogáficos, movimentos epirogenéticos e tectônicos, assim como, pela influência de alterações climáticas. Os sistemas hidrográficos e as linhas orográficas principais limitam as paisagens (...)"1, dando-lhe, portanto, configurações topográficas distintas, as quais podem ser divididas em: zona litorânea, serra do mar, primeiro planalto (planalto de Curitiba), segundo planalto (planalto de Ponta Grossa), terceiro planalto (planalto de Guarapuava). No Terceiro planalto, encontram-se os vales dos rios Tibagi, Ivaí, Piquiri e Iguaçu que o dividirá em 05 ambientes menores: a- planalto de Araiporanga; b- planalto de Apucarana; c- planalto de Campo Mourão; d- planalto de Guarapuava; e- planalto de Palmas (parte sul - Planalto do rio Iguaçu); O Município de Guarapuava está localizado no planalto homônimo, entre os rios Piquiri e Iguaçu, com 1.250 metros na testa da Escarpa Mesozóica, "(...) declinando para 350 metros nas serras Boi Preto e São Francisco, de onde cai um degrau estrutural de lençóis de 'trapp' até 350 metros, evidenciado na borda do 'canon' do rio Paraná 197 metros s.n.m."2. A escarpa Mesozóica que separa o terceiro planalto do segundo planalto , está sustentada por bancos de arenitos eólicos da Formação Botucatu e lavas da Formação Serra Geral. Este ambiente foi esculpido do nível geral dos derrames basálticos, obedecendo controles litológicos e estruturais. As linhas de serra são divisores de água, não ultrapassando o nível superior do planalto, o que acaba por conferir à área, uma paisagem formada por morros e colinas. Os cursos d'água de maior expressão do município são os rios Iguaçu, Piquiri, Cavernoso, Pinhão e Jordão. As linhas de queda desses rios e seus afluentes, estão rejuvenescidas por levantamentos epirogenéticos e também pelas bordas escalonadas dos derrames de basalto, o que originou corredeiras e saltos, aspectos estes, característicos da maioria dos cursos d'água do terceiro planalto. O fraturamento das rochas vulcânicas influenciou fortemente a direção dos rios e seus afluentes, ocasionando mudanças bruscas de orientação em função das direções de fraturamento. 5.2. LITOESTRATIGRAFIA [ As rochas que ocorrem no município de Guarapuava pertencem à Formação Botucatu e Serra Geral. A formação Botucatu, situada logo abaixo dos primeiros derrames basálticos da Formação Serra Geral "(...) é constituída predominantemente de arenitos com seleção de regular a boa, classe modal dominante de areia fina, com pouca matriz, estratificação cruzada de porte médio a grande, 1MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná, 1968, p.384. 2MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná, 1968, p.419. 12 com inclinação em torno de 30o, tangencial na base. Os grãos entre 0,25 e 0,50 mm têm, em geral, arredondamento entre 0,25 e 0,40 e esfericidade superior a 0,80. Os grãos maiores que 0,50 mm, contudo, têm esfericidade e arredondamento maiores e superfícies foscas e esburacadas. Localmente ocorrem arenitos conglomeráticos, mais comuns na parte inferior."3. As características litológicas e sedimentares da Formação Botucatu "(...)(arenito fino, com boa seleção, elevado grau de arredondamento dos grãos menores que 0,1mm de diâmetro e dotados de superfícies foscas e esburacadas) (...)", sugerem origem eólica, com depósitos por acreção de areia na frente das dunas. A extensão dos depósitos eólicos permite a dedução de que o ambiente de deposição era desértico. As dunas, em geral, eram do tipo barcana, as maiores atingido alturas de 10 a 15 metros e comprimento de 100 metros".4. A n'vel local podem ocorrer na base depósitos de origem fluvial-lacustre. A idade desta formação está estabelecida entre 230 a 140 milhões de anos, pertencente ao Triássico-Jurássico. A formação Serra Geral que recobre a Formação Botucatu compreende uma sequência de derrames de lavas basálticas, toleíticas, de textura geral afanítica, cinzas escuras e negras, amigdaloidais no topo dos derrames, com desenvolvimento de juntas horizontais e verticais. Na parte basal da Formação são comuns intercalações de camadas arenosas relacionadas a formação Botucatu. Ocorrem também rochas porfiríticas, castanho-claras, de aspecto bandado e de composição intermediária a ácida. O derrame basal compõem-se de três partes principais; basal, central e superior. A porção basal é constituída por uma zona de basaltos vítreos, pretos, brilho resinoso e basaltos microcristalinos, com disjunção horizontal . A Central é composta por basaltos compactos, grosseiros e com diaclasamento vertical. A porção superior congrega uma zona com fina disjunção horizontal em basaltos microcristalinos e outra de desgaseificação, onde são comuns os basaltos amigdaloidais, estando as amigdalas comumente preenchidas por quartzo, calcita, clorita e grande número de zeolitas. É comum na porção superior dos derrames ocorrer geodos de ágata, ametistas e quartzo. A Formação Serra Geral é resultado de intenso magmatismo de fissura, iniciado quando ainda perduravam as condições desérticas da sedimentação Botucatu. A idade da principal fase de vulcanismo situa-se no Cretáceo inferior, 120 a 130 milhões de anos. Derrames precursores teriam ocorrido já no Jurássico Superior, 140 milhões de anos. 5.3. CLIMA O Município de Guarapuava encontra-se na zona de clima quente-temperado subtropical, fresco até frio no inverno. Segundo MAACK, 1968, p. 189, Guarapuava possui uma temperatura média anual = 16,8 oC, o mês mais quente = 20,6oC, o mês mais frio = 12,9oC, máxima média = 24,4oC; o mês mais rico em chuva é janeiro com 182 mm, o mês mais seco é agosto com 72 mm, precipitação anual 1.653,7 mm. 3PETRI, S. Geologia do Brasil (fanerozóico), 1922, pg.211. 4PETRI, S. Geologia do Brasil (fanerozóico), 1922, pg. 219. 13 - Classificação segundo C. Troll = IV-7 : sempre úmido, quente no verão, clima subtropical quente temperado. - Classificação segundo H v. Wissmann = II-Fb: sempre úmido, fresco no verão < 23oC, clima de savana úmida subtropical. - Classificação segundo W. Koeppen = Cfb: sempre úmido, o mês mais quente < 22oC, onze meses > 10o C, até cinco geadas noturnas por ano. 5.4. VEGETAÇÃO A vegetação original de Guarapuava era de campo limpo (estepe de gramíneas baixas) com capões, matas de galeria e matas ciliares ao longo dos rios e arroios. Ilhas de Araucária distribuídas nos campos e capões com Arecastrum romanzoffianum, Cocos eriospatha (Butiá) e Diplotheminium campestre. Este tipo de vegetação é, na realidade, "relicto de um antigo clima semi-arido Pleistoceno" (MAACK, pp.192-93), sendo portanto, a formação florística mais antiga ou primária do Estado do Paraná. "... as matas somente conquistaram os primitivos campos a partir das matas de galeria, capões de nascentes e matas de encostas das escarpas, durante um clima constantemente úmido e rico em chuvas do Neo-Quaternário ou Holoceno."5 6. ASPECTOS SÓCIO-ECONÔMICOS 6.1. SETOR PRIMÁRIO 6.1.1. Agricultura e Pecuária A estrutura fundiária do Município de Guarapuava é bastante concentrata, seguindo as características nacionais. Embora esse assunto seja bastante polêmico, onde não é objetivo deste trabalho, discutir, a concentração exacerbada de terras, tem sido um dos maiores entraves para o desenvolvimento agrícola e da economia brasileira como um todo. No entanto destaca-se abaixo o período em que a concentração fundiária intensificou-se de maneira sensível no estado e que gerou profundas modificações tanto no espaço agrário como urbano. No período de 1970 e 1980, o Estado do Paraná sofreu a chamada modernização agrícola na qual ,apenas os grandes proprietários puderam beneficiar-se das novas tecnologias disponíveis no mercado. O processo competitivo e o maior incentivo à agricultura de exportação formou uma massa de pequenos proprietários, que possuíam apenas a função de produzir, a preços não compensadores, os gêneros alimentícios da classe trabalhadora. Esse período de intensificação da tecnologia agrícola, disponível apenas àqueles que pudessem entrar na esfera financeira de benefícios gerados pelo Estado, provocou uma imensa 5MAACK,R. Geografia Física do Estado do Paraná, 1968, p.253. 14 dispensa de mão de obra do campo. Estava-se diante do milagre da modernização; milagre este, que custou as terras de inúmeros pequenos proprietários, que não tiveram acesso à esses benefícios, ou, que não puderam entrar na onda de modernização reinante. A expulsão de pequenos produtores e dos trabalhadores rurais que incham nossa periferia urbana verificada nessas décadas ainda não terminou; é um processo que ainda persiste. Embora se saiba que a venda da terra seja apenas um dos vetores a demonstrar o desaparecimento da pequena propriedade e da pequena produção, os números são por demais significativos para serem ignorados. Os dados da Secretaria de Agricultura demonstram a venda de 44.203 imóveis rurais no Paraná em 1984, que só pôde ser entendida dentro de um movimento geral do capital em busca de sua valorização. O total de 44.203 propriedades rurais que foram vendidas em 1984, no estado do Paraná, encontram-se sssim distribuídos, conforme extratos de área: 11.368 propriedades com área entre 0 à menos de 5 ha; 8.893 de 5 ha à menos de 10 ha; 11.351 de 10 ha à menos de 20 ha; 5.407 de 20 ha à menos de 30 ha; 3.301 de 30 ha a menos de 50 ha; 2.260 de 50 ha à menos de 100 ha e 1.623 de 100 ha à mais. Guarapuava obteve nesse período, 3.684 transações destacando-se entre os dez municípios do Paraná com maior número de transações. Observa-se que o maior número de tansações foram feitas com as propriedades de menor tamanho. A explicação reside basicamente no grande número destes imóveis em relação às propriedades de maior extensão e principalmente na dificuldade de seus proprietários sem acesso às tecnologias, em conseguirem pelo menos reproduzir o preço da força de trabalho, já que a apropriação da renda e a taxa média de lucro na agricultura é impossível a esses agricultores. Os quadros 01 e 02, demonstram a estrutura fundiária do município. QUADRO 01 - ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO MUNICÍPIO EXTRATOS TOTAL DE PROPRIEDADES ÁREAS EXPLORADAS (em ha) Número - % Ha - % 0 à 10 1.865 - 27,85 9.032 - 1,50 10 à 25 1.871 - 27,94 32.074,6 - 5,32 25 à 50 1.163 - 17,36 42.050,5 - 6.98 50 à 100 727 - 10,85 50.907,0 - 8,45 100 à 500 865 - 12,91 182.145,0 - 30,22 500 à 1000 117 - 1,74 81.212,1 - 13,47 1000 à 10000 87 - 1,29 183.747,2 - 30,48 acima de 10000 1 - 0,01 21.600 - 3,58 TOTAL 6.696 - 100 602.768,4 - 100 Fonte: INCRA 15 QUADRO 02 - CATEGORIA DO IMÓVEL RURAL CATEGORIA DO NÚMERO % Ha % Minifúndio 3.181 47,50 30.102,3 4,99 Empresa Rural 932 13,91 183.999,1 30,53 Latifúndio/Explor. 2.527 37,73 366.432,2 60,79 Latifúndio/Dimen. 1 0,01 21.600,0 3,58 Não classificados 55 0,82 635,4 0,01 TOTAL 6.696 100 602.769,0 100 IMÓVEL Fonte: INCRA Os principais produtos da região: Cereais: soja, milho, feijão, arroz, aveia, cevada. Frutas: maçã, pêssego, nectarina, ameixa. Olerículas: batata, tomate, repolho, cebola, alho. QUADRO 03 - PRINCIPAIS PRODUTOS DO MUNICÍPIO Especificações/Ano Área Plantio(Ha) Produção Total (T) Produtiv. (Kg/ha) 89/90 - 90/91 - 91/92 89/90 - 90/91 - 91/92 89/90 - 90/91 - 91/92 Milho 62.000-69.000-43.700 161.220-184.230-169.535 2.600 - 2.670 - 3.879 Feijão das águas 12.000-11.000- 6.050 Soja 70.000-57.500-35.900 Arroz Lav. Com. 3.500- 3.350- 2.400 4.440- 5.500- 3.730 136.500-108.675- 81.110 7.350- 3.685- 370 - 500 - 616 1.950 - 1.890- 2.259 5.020 2.100 - 1.100- 2.091 Trigo 12.150- 6.900- 6.400 19.440- 12.040- 15.830 1.600 - 1.744 - 2.473 Cevada 12.220- 9.150- 7.400 24.885- 11.990- 17.035 2.036 - 1.310 - 2.302 4.100- 5.200- 4.420 4.920- 11.180- 10.085 1.200 - 2.150 - 2.281 Aveia Feijão Secas 200- 300- 250 Triticale 750- 460- 10 Centeio 300- 600- 450 Batata Águas 570- 700- 420 Batata Secas Maçã Pêssego 1.880- 2.160- 1.790 972- 965- 977 15- 22- 23 60- 300- 300 300 - 1.000 - 1.200 390- 1.056- 20 520 - 2.295 - 2.000 690- 610 1.200 - 1.150 - 1.355 14.165- 16.450- 8.190 24.850-23.500-19.500 33.840- 34.560- 26.675 18.000-16.000-14.902 11.175- 11.465- 9.570 11.496-11.880- 9.795 360- 45- 55- 60 3.000- 2.500- 2.608 Fonte: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento 16 A pecuária tem suporte principal na bovinocultura de corte e de leite. Diversos programas foram implantados visando o crescimento do rebanho, o aumento da comercialização e aprimoramento das raças, como inseminação artificial, novilho precoce, feiras do bezerro, suínos, pecuária leiteira. Os principais rebanhos: bovinos, suínos, caprinos, aves, equinos, ovinos. Em seguida são apresentados quadros informativos relativos à agricultura e pecuária: Caqui - quantidade produzida 10 tonelada Caqui - valor da produção 5 mil reais Caqui - área plantada 15 hectare Caqui - área colhida 15 hectare Caqui – rendimento médio 666 kg/hectare Erva-mate (folha verde) - quantidade produzida 2.900 tonelada Erva-mate (folha verde) - valor da produção 1.015 mil reais Erva-mate (folha verde) - área plantada 300 hectare Erva-mate (folha verde) - área colhida 300 hectare Erva-mate (folha verde) - rendimento médio 9.666 kg/hectare Laranja - quantidade produzida 55 tonelada Laranja - valor da produção 18 mil reais Laranja - área plantada Laranja - área colhida Laranja - rendimento médio 5 hectare 55 tonelada 11.000 kg/hectare Maçã - quantidade produzida 65 tonelada Maçã - valor da produção 65 mil reais Maçã - área plantada 13 hectare Maçã - área colhida 13 hectare Maçã - rendimento médio 5.000 kg/hectare Pêssego - quantidade produzida 225 tonelada Pêssego - valor da produção 293 mil reais Pêssego - área plantada 75 hectare Pêssego - área colhida 75 hectare Pêssego - rendimento médio 3.000 kg/hectare 17 Uva - quantidade produzida 45 tonelada Uva - valor da produção 45 mil reais Uva - área plantada 5 hectare Uva - área colhida 5 hectare Uva - rendimento médio 9.000 kg/hectare Lavoura Permanente - 2003 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2003. 32 tonelada Alho - quantidade produzida Alho - valor da produção 80 mil reais Alho - área plantada 8 hectare Alho - área colhida 8 hectare Alho - rendimento médio Arroz (em casca) - quantidade produzida Arroz (em casca) - valor da produção 4.000 kg/hectare 1.750 tonelada 933 mil reais Arroz (em casca) - área plantada 700 hectate Arroz (em casca) - área colhida 700 hectare Arroz (em casca) - rendimento médio 2.500 kg/hectare Aveia (em grão) - quantidade produzida 18.200 tonelada Aveia (em grão) - valor da produção 4.313 mil reais Aveia (em grão) - área plantada 6.500 hectare Aveia (em grão) - área colhida 6.500 hectare Aveia (em grão) - rendimento médio 2.800 kg/hectare Batata-doce - quantidade produzida 1.600 tonelada Batata-doce - valor da produção 480 mil reais Batata-doce - área plantada 80 hectare Batata-doce - área colhida 80 hectare Batata-doce - rendimento médio 20.000 kg/hectare Batata-inglesa - quantidade produzida 56.300 tonelada Batata-inglesa - valor da produção 36.032 mil reais 18 Batata-inglesa - área plantada 2.000 hectare Batata-inglesa - área colhida 2.000 hectare Batata-inglesa - rendimento médio Cebola - quantidade produzida Cebola - valor da produção 28.150 kg/hectare 180 tonelada 47 mil reais Cebola - área plantada 20 hectare Cebola - área colhida 20 hectare Cebola - rendimento médio 9.000 kg/hectare Centeio (em grão) - quantidade produzida 259 tonelada Centeio (em grão) - valor da produção 106 mil reais Centeio (em grão) - área plantada 150 hectare Centeio (em grão) - área colhida 120 hectare Centeio (em grão) - rendimento médio 2.158 kg/hectare Cevada (em grão) - quantidade produzida 40.750 tonelada Cevada (em grão) - valor da produção 15.078 mil reais Cevada (em grão) - área plantada 10.100 hectare Cevada (em grão) - área colhida 10.100 hectare Cevada (em grão) - rendimento médio 4.034 kg/hectare Feijão (em grão) - quantidade produzida 2.880 tonelada Feijão (em grão) - valor da produção 3.002 mil reais Feijão (em grão) - área plantada 2.700 hectare Feijão (em grão) - área colhida 2.700 hectare Feijão (em grão) - rendimento médio 1.066 kg/hectare Fumo (em folha) - quantidade produzida 18 tonelada Fumo (em folha) - valor da produção 56 mil reais Fumo (em folha) - área plantada 10 hectare Fumo (em folha) - área colhida 10 hectare Fumo (em folha) - rendimento médio Mandioca - quantidade produzida Mandioca - valor da produção Mandioca - área plantada 1.800 kg/hectare 2.600 tonelada 598 mil reais 130 hectare 19 Mandioca - área colhida Mandioca - rendimento médio 130 hectare 20.000 kg/hectare Melancia - quantidade produzida 80 tonelada Melancia - valor da produção 12 mil reais Melancia - área plantada 4 hectare Melancia - área colhida 4 hectare Melancia - rendimento médio 20.000 kg/hectare Milho (em grão) - quantidade produzida 251.500 tonelada Milho (em grão) - valor da produção 54.576 mil reais Milho (em grão) - área plantada 33.000 hectare Milho (em grão) - área colhida 33.000 hectare Milho (em grão) - rendimento médio 7.621 kg/hectare Soja (em grão) - quantidade produzida 130.500 tonelada Soja (em grão) - valor da produção 76.082 mil reais Soja (em grão) - área plantada 43.500 hectare Soja (em grão) - área colhida 43.500 hectare Soja (em grão) - rendimento médio 3.000 kg/hectare Tomate - quantidade produzida 330 tonelada Tomate - valor da produção 356 mil reais Tomate - área plantada 6 hectare Tomate - área colhida 6 hectare Tomate - rendimento médio 55.000 kg/hectare Trigo (em grão) - quantidade produzida 48.620 tonelada Trigo (em grão) - valor da produção 17.382 mil reais Trigo (em grão) - área plantada 19.000 hectare Trigo (em grão) - área colhida 19.000 hectare Trigo (em grão) - rendimento médio 2.558 kg/hectare Lavoura Temporária – 2003 Fonte: IBGE, Produção Agrícola Municipal 2003. 20 Bovinos - efetivo dos rebanhos 67.800 cabeça Suínos - efetivo dos rebanhos 74.400 cabeça Eqüinos - efetivo dos rebanhos 5.100 cabeça Asininos - efetivo dos rebanhos 18 cabeça Muares - efetivo dos rebanhos 135 cabeça Bubalinos - efetivo dos rebanhos 175 cabeça Coelhos - efetivo dos rebanhos 585 cabeça Ovinos - efetivo dos rebanhos 18.600 cabeça Galinhas - efetivo dos rebanhos 45.690 cabeça Galos, frangas, frangos e pintos - efetivo dos rebanhos 108.800 cabeça Caprinos - efetivo dos rebanhos 6.500 cabeça Vacas ordenhadas - quantidade (cabeças) 5.150 cabeça Leite de vaca - produção - quantidade (mil litros) 7.220 mil litros Ovinos tosquiados - quantidade (cabeças) 16.510 cabeça Lã - produção - quantidade (kg) Ovos de galinha - produção - quantidade (mil dúzias) Mel de Abelha - produção - quantidade (kg) 49.450 Kg 731 mil dúzias 19.250 kg Pecuária - 2003 Fonte: IBGE, Produção da Pecuária Municipal 2003. 6.1.2. Extrativismo Mineral A exploração mineral em Guarapuava é ainda incipiente. No entanto, estudos realizados pela MINEROPAR, demonstram algumas potencialidades para exploração e importantes em relação aos mercados locais. Em se tratando de oportunidades imediatas de exploração, ou seja, aquelas que não necessitam de maiores pesquisas, pois já se conhece sua aplicabilidade, é recomendada a exploração dos seguintes bens minerais: -água mineral: aproveitamento em balneários ou engarrafamento; -argila: aproveitamento em cerâmica vermelha, sobretudo no fabrico de tijolos e telhas; -areia da Formação Botucatu: utilização na construção civil; Alguns bens minerais que necessitam de pesquisas complementares mais específicas, a fim de comprovar sua real potencialidade são: -ametista, quartzo e ágata: utilização para o fabrico de adornos, artesanato e lapidação no fabrico de jóias; -pó de basalto: utilização como corretivo de solos; 21 -argila especiais: utilização em cerâmica; -areia da Formação Botucatu: utilização em vidraria, cerâmica, indústria química e fundição; Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - quantidade produzida 6.900 tonelada Produtos Alimentícios - erva-mate cancheada - valor da produção 5.175 mil reais Produtos Alimentícios - pinhão - quantidade produzida 55 tonelada Produtos Alimentícios - pinhão - valor da produção 28 mil reais Madeiras - carvão vegetal - quantidade produzida Madeiras - carvão vegetal - valor da produção Madeiras - lenha - quantidade produzida Madeiras - lenha - valor da produção Madeiras - madeira em tora - quantidade produzida Madeiras - madeira em tora - valor da produção Pinheiro Brasileiro Nativo - (nó-de-pinho) - quantidade produzida Pinheiro Brasileiro Nativo - (nó-de-pinho) - valor da produção 1.004 tonelada 151 mil reais 254.200 metro cúbico 1.576 mil reais 30.300 metro cúbico 2.273 mil reais 3.500 metro cúbico 63 mil reais Pinheiro Brasileiro Nativo - (árvores abatidas) - quantidade produzida 1 mil árvores Pinheiro Brasileiro Nativo - (madeira em tora) - quantidade produzida 2.400 metro cúbico Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - quantidade produzida 821 tonelada Produtos da Silvicultura - carvão vegetal - valor da produção 123 mil reais Produtos da Silvicultura - lenha - quantidade produzida Produtos da Silvicultura - lenha - valor da produção Produtos da Silvicultura - madeira em tora - quantidade produzida Produtos da Silvicultura - madeira em tora - valor da produção Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - 155.800 metro cúbico 966 mil reais 887.200 metro cúbico 51.552 mil reais 48.000 metro cúbico quantidade produzida Produtos da Silvicultura - madeira em tora para papel e celulose - valor da 1.200 mil reais produção Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - 839.200 metro cúbico quantidade produzida Produtos da Silvicultura - madeira em tora para outras finalidades - valor 50.352 mil reais da produção Extração Vegetal e Silvicultura 2003 22 Fonte: IBGE, Produção da Extração Vegetal e Silvicultura 2003. 6.2. SETOR SECUNDÁRIO O setor industrial, passou a ter grande importância no que diz respeito à receita municipal e principalmente como fonte geradora de empregos para população urbana crescente. Este, pelo menos parece ser um dos principais papéis que o poder público espera que o setor desempenhe. No entanto, o setor não tem conseguido desenvolver-se como se esperava, mesmo com os incentivos dados pelo Poder Público Municipal. Esse processo deve-se a condicionantes externos ao município, pois o país vem enfrentando situações desfavoráveis à investimentos no setor produtivo como a crise econômica, instabilidade e descrédito político. Outra tendência que parece estar sendo uma das saídas para geração de empregos, são as microindústrias, devido ao pouco investimento no capital fixo e principalmente pelos benefícios e incentivos fiscais que vêm recebendo. Por apresentar grande potencial no setor agrícola, implantou-se a agroindústria. Como exemplo, está instalada no município, a maior malteria da América do Sul, a AGROMALTE S.A., através da associação da Cooperativa Agrária Mista Entre Rios Ltda. com a Cia. Antárctica Paulista Indústria Brasileira de Bebidas e Conexos. Somam-se atualmente também a AGROGEN, IREKS DO BRASIL, dentre outras. Outro grande potencial, devido ao desenvolvimento da pecuária leiteira, poderá ser o desenvolvimento da indústria de laticínios na região. Assim, as características da produção agrícola poderão ser associadas ao setor industrial, gerando em Guarapuava um pólo agroindustrial desenvolvido. A transformação dos produtos agrícolas, poderá ser feita através de pequenas cooperativas e sua localização poderá ser próxima aos centro produtores. Nesse sentido, poderá ser ótimo condicionante de geração de emprego e retenção da população em áreas de produção. Bairro ALTO 1 Residencial 2 Misto 3 Comércio 4 Prestação de Serviço 5 6 8 Industrial Público Educacional 9 Saúde 374 15 15 0 0 0 1 1 ALTO DA XV 875 48 48 12 2 3 4 2 BATEL 1072 56 56 7 12 3 5 0 BONSUCESSO 1568 109 109 17 2 2 4 2 BOQUEIRAO 3394 60 60 4 9 4 7 3 CASCAVEL 338 3 3 2 1 0 1 1 CENTRO 1451 1347 1347 108 0 8 18 20 CONRADINHO 1717 104 104 27 0 2 2 1 DOS ESTADOS 1160 75 75 19 11 1 4 0 IMOVEL 486 5 5 0 11 2 1 0 1811 44 44 10 24 0 3 1 CASCAVEL MORRO ALTO INDUSTRIAL 23 Bairro JARDIM DAS 1 Residencial 2 Misto 3 Comércio 4 Prestação de Serviço 5 6 8 Industrial Público Educacional 9 Saúde 704 25 25 7 1 1 1 1 MORRO ALTO 2077 46 46 4 5 3 3 1 PRIMAVERA 1341 75 75 33 12 1 3 1 SANTA CRUZ 1675 71 71 14 0 0 12 2 SANTANA 1842 73 73 6 2 5 5 3 SAO 1674 62 62 10 5 4 3 1 TRIANON 1202 33 33 17 1 5 5 3 VILA BELA 2350 60 60 11 13 0 4 3 VILA CARLI 2021 79 79 13 3 0 3 2 AMERICAS CRISTOVAO Fonte: Cadastro Técnico Municipal – 2006 * Dados mais detalhados consulte-se Censo Econômico ACIG 6.3. SETOR TERCIÁRIO Por suas características de Pólo Regional, Guarapuava possui grandes potencialidades para se tornar centro comercial e de serviços. A chegada de novos cursos técnicos e de Ensino Superior em muito veio a contribuir com o Município. Desse processo, ocasionado também pela população flutuante, dependente dos serviços e comércios, decorrem alguns desdobramentos que interferem na vida da cidade como a circulação, o transporte, hospedagem, alimentação, comunicação, etc. Os principais serviços que caracterizam a cidade são: o comércio de produtos alimentícios, manufaturados e bens duráveis; seviços bancários e de créditos, serviços médico-hospitalares. Um aspecto a ser desenvolvido pelo Poder Público em Guarapuava é a atividade turística. Sua localização apresenta-se como rota turística do estado, pois é caminho de todo o fluxo de turistas latinos que visitam o litoral durante o veraneio e do fluxo que visita Foz do Iguaçu. O município oferece belezas naturais, pontos históricos de grande valor cultural e rico folclore. No entanto, essas potencialidades não foram exploradas e necessitam de grandes investimentos na estrutura urbana e serviços, a fim de tornar-se um grande Pólo Turístico. Atualmente as atrações de maior destaque, embora necessitando de melhor manutenção são: Museu Municipal Visconde de Guarapuava, Parque das Araucárias, Museu Entomológico Hipólito Schnaider, Parques e Áreas Verdes da Cidade, destacando-se Lagoa das Lágrimas, Parque Recreativo do Jordão, Praça da Fé, Parque do Lago, Parque das Crianças, Catedral Nossa Senhora do Belém, Distrito de Entre Rios, , Salto Curucaca, Salto São Francisco, e outros Saltos e Cachoeiras Catalogados. 24 Dados mais detalhados de Caracter Sócio Econômico podem ser consultados no Site da ACIG (Associação Comercial e Industrial de Guarapauava) através do Site www.acig.com.br, devido ao trabalho realizado que gerou os produtos do Censo Econômico de Guarapuava, Aspectos Econômico e os Índices de Qualidade de Vida. Valor adicionado na agropecuária - 2001 115.630 Valor adicionado na Industria - 2001 371.076 Valor adicionado no Serviço- 2001 464.169 Dummy- 2001 38.333 Impostos- 2001 84.414 PIB a Preço de mercado corrente- 2001 996.956 Valor adicionado na agropecuária- 2001 151.451 Valor adicionado na Industria- 2001 361.605 Valor adicionado no Serviço - 2002 527.602 Dummy - 2002 46.529 Impostos - 2002 72.866 PIB a Preço de mercado corrente - 2002 1.066.995 Fonte: Produto Interno Bruto - IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Contas Nacionais 7. ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E EXPANSÃO URBANA A concentração demográfica nas áreas urbanas e a rápida valorização das terras tem sido um dos subprodutos das relações sociais atuais. Na essência, o espaço é o reflexo ou materialização das relações entre as classes sociais. O acirramento das lutas de classe, tem se refletido espacialmente nos processos de invasões. As pressões sociais têm provocado o debate sobre a questão fundiária urbana; tanto estudiosos, como o Estado têm procurado algumas soluções a fim de amenizar o caótico quadro urbano criado pelo capital. Tal debate tende a tornar-se explosivo, já que tratar sobre a justiça social na cidade, significa ter embate direto contra aqueles que usufruem e lucram com tal sistema. A questão da terra urbana no Brasil tem sido exacerbada por uma alta taxa de urbanização. Esta urbanização tem sido fortemente influenciada pela dinâmica que a economia rural tem se desenvolvido. Porções extensas de áreas rurais foram ocupadas, notadamente na década de 70, por modernas unidades de produção; alienando desta forma, crescente parcela de trabalhadores e pequenos proprietários rurais, como já descrito em Aspectos Econômicos - Setor Primário. Á questão da modernização no campo, foi evidenciada, porque os problemas que manifestam-se como urbanos, na realidade são problemas embutidos no sistema estrutural da 25 sociedade. Por outro lado, esse processo global, não tem configurado um sistema alternativo para absorver produtivamente esses trabalhadores. Sua manifestação concreta está no processo de intensa periferização urbana. A modernização da economia brasileira, baseada nos objetivos de substituição de exportações, muda a face de um país agrário, para introdução, à curto prazo, de uma sociedade industrial. Ao analisarmos o intenso crescimento da população urbana em Guarapuava, através do gráfico seguinte, pode-se, embora de maneira superficial, ilustrar a intensidade de como esse processo global se reflete no município: 7.1 DENSIDADE DEMOGRÁFICA Popul Total Total Total Ho- Home Mu- Mu- ação Geral Urbana Rural mens ns lheres lheres (Urban (rural (Urban (Rural) o) ) a) Municípi 154.958 141.587 13.371 69.054 7.079 72.533 6.292 Sede 136.480 131.748 4.732 64.151 2.515 67.597 2.217 Entre 8.962 5.779 3.183 2.866 1.658 2.913 1.525 1.693 136 1.557 73 844 63 713 3.261 981 2.280 473 1.211 508 1.069 4.118 2.943 1.175 1.491 607 1.452 568 444 0 444 0 244 0 200 o Rios Guai racá Guar á Palm eirin ha Atala ia Censo IBGE - 2000 7.2 DENSIDADE DEMOGRÁFICA GERAL População Urbana Rural Total Município de Guarapuava – Censo IBGE 141.694 13.467 155.1 2000 Estimativa 61 IBGE ano de 2005 Município de Guarapuava – 166.8 97 IBGE - www.ibge.gov.br/cidadesat 26 Segundo dados do IBGE 2000 tem-se os seguintes dados de população por Bairro, no Distrito Sede – Cidade de Guarapuava População Bairro População HOMENS MULHERES IBGE-2000 Área dos Bairros (Km2) INDUSTRIAL 8655 4347 4308 3,26 PRIMAVERA 6746 3319 3427 2,07 520 331 189 6,98 CONRADINHO 7863 3853 4010 2,18 SÃO CRISTOVÃO 6859 3425 3434 1,78 MORRO ALTO 9872 4886 4986 3,19 VILA CARLI 9075 4438 4637 3,20 BONSUCESSO 6802 3308 3494 2,12 ALTO DA XV 2666 1282 1384 1,97 SANTANA 9382 4468 4914 2,43 CASCAVEL 2162 1026 1136 2,07 DOS ESTADOS 4667 2194 2473 1,69 CENTRO 6289 2893 3396 2,02 TRIANON 4353 2035 2318 1,13 JARDIM DAS AMÉRICAS 3707 1863 1844 2,70 ALTO CASCAVEL 1861 960 901 2,87 11350 5628 5722 3,34 BATEL 4549 2115 2434 1,30 SANTA CRUZ 6701 3211 3490 1,77 BOQUEIRÃO 17669 8569 9100 6,02 131.748 64.151 67.597 IMÓVEL MORRO ALTO VILA BELA TOTAL URBANA – Distrito Sede Fonte: IBGE 2000 27 Bairro Total de Lotes Não Total de Lotes Área Edificada Edificados Edificados Cadastrados Cadastrada (m2) Cadastrados Aldeia 650 0 0,00 Alto Cascavel 592 400 36.906,11 Alto da XV 461 984 172.843,82 Batel 181 1181 200.219,81 Bonsucesso 579 1758 297.620,07 Boqueirão 1262 3541 331.559,55 Cascavel 104 352 36.813,17 Centro 227 3506 860.695,91 Conradinho 601 1903 253.997,00 Dos Estados 298 1329 258.791,41 Im. Morro Alto 1303 498 47.635,67 Industrial 580 1863 209.211,85 Jardim das Américas 803 756 67.820,42 Morro Alto 1086 2080 168.910,01 Primavera 212 1497 186.427,23 Santa Cruz 305 1799 268.876,88 Santana 308 1970 277.175,29 São Cristóvão 480 1777 197.773,88 Trianon 122 1284 255.875,83 Vila Bela 1035 2489 257.455,53 Vila Carli 1127 2155 234.286,84 Total Geral 12.316 33.121 4.620.896,28 TABELA - dados do cadastro técnico - Valores em unidades e m2 (metro quadrado) Ano 2005 28 Mapa – Número Generalizado de Lotes Não Edificados Mapa – Número de Lotes Não Edificados de 1.000,00 a 10.0000 m2 29 Mapa – Número de Lotes Não Edificados de 600,00 a 1.0000 m2 7.3. EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA DE GUARAPUAVA GRÁFICO 01 Evolução da População Urbana 1950 1960 1970 1980 1991 120000 107022 100000 89951 80585 80000 61947 67639 68636 52511 60000 43262 40000 20000 16632 5489 0 Pop. Urbana Pop. Rural Fonte: IBGE Juntamente com o processo de concentração urbana, agravou-se a crise econômica, poucas oportunidades de trabalho e poucos investimentos no setor produtivo, tem sido feitas. Uma pequisa realizada nas ocupações irregulares da cidade demonstra os motivos da mudança da zona rural para zona urbana e como chegaram a morar em áreas de invasão. Na realidade, a favela não é um local temporário de moradia para os recém chegados do campo. Ao contrário, são locais definitivos para os 30 trabalhadores urbanos não qualificados, que não recebem o suficiente para sobrevivência de sua família. Em uma anterior pesquisa realizada 86% da população entrevistada tinha sua última residência, antes da favela, localizada na própria zona urbana. Cerca de 48% da população favelada tinha como procedência, a zona rural, e 52% já eram de outras zonas urbanas. Quanto aos motivos de mudança para a favela, a maior alegação, cerca de 76%, foi a de que não ganhavam o suficiente e não puderam mais arcar com a despesa do aluguel. A crescente concentração de renda entre certos extratos da população, principalmente nas duas últimas décadas, têm agravado a crise na estrutura urbana na cidade. Cerca de 83% dos favelados foram morar em áreas de invasão. Tal processo foi se intensificando, nos últimos seis anos, chegando à 33% do valor total obtido da soma das últimas duas décadas. Indubitavelmente a persistência da concentração de renda ao longo de um período de vinte anos, associado a determinados programas de políticas públicas, têm instigado grande parte da sociedade a repensar o crescimento urbano. Sabe-se que a concentração está conectada com o modelo econômico existente em nosso país, que o Estado funciona como gerenciador na apropriação do capital social e que tende a investir em produção de meios de consumo coletivo desigualmente dispostos no espaço, conforme pode ser observado nos mapas de serviço e infraestrutura urbana. O funcionamento do presente sistema, marcado pela alta concentração de renda, de riquezas e por monopólios, estabelece as bases, a partir das quais, a política urbana deve ser reconstituída. Nesse contexto a tentação de investir o excedente econômico em porções de terras urbanas, torna-se quase que irresistível. Nos últimos 10 anos, até por falta de políticas que incentivassem o uso de lotes disponíveis, registra-se a ocorrência de vários loteamentos, como pode ser observado no Mapa Temático, tanto por iniciativa pública, quanto por iniciativa privada. Os loteamentos de iniciativa privada vieram de certa forma, suprir uma demanda que não estava sendo atendida, pela indisponibilidade dos lotes já existentes não edificados e sub utilizados. O processo de venda dos lotes, por carteira (lotes financiados), permitiu que muitos se transferissem para o lote, se livrando do aluguel e investindo aos poucos nas suas unidades de moradia. O problema é que os loteamentos (novamente pela indisponibilidade de áreas mais contiguas ao sistema viário principal) foram sendo implantados cada vez mais distantes da área pertencente ao sistema viário principal, dos serviços públicos e de infraestrutura disponíveis. O Município em seu Plano Diretor em vigência, já se utilizou dos recursos de notificação e obrigatoriedade de parcelamento e edificação. A medida criou uma certa movimentação e disponibilização de algumas áreas, mas ainda insuficiente e não tão significante. Inicou-se também o processo de aplicação do Imposto Progressivo, mas que terá uma caracterização mais efetiva e incomodativa, quando da atualização da Planta Genérica de Valores. Desta forma faz se ainda necessário, medidas mais incisivas que obriguem a utilização. Por outro lado, faz se também necessário a medida de incentivos construtivos nas áreas passíveis de adensamento com disponibilidade de infraestrutura. Nos mapas temáticos elaborados, poderá ser observado os grandes vazios urbanos instalados na malha urbana, especialmente do Distrito Sede. Estes vazios são formados tanto por Áreas Grandes (Glebas não parceladas) quanto por lotes nao edificados já pertencentes a loteamentos implantados. 31 7.4. DIAGNÓSTICO DA POLÍTICA HABITACIONAL A Constituição Federal atribui ao Município um papel fundamental na implementação da política habitacional. A política habitacional deve ter como diretriz a realização do direito à cidade, da função social da propriedade e do direito à moradia. Vejamos os principais dispositivos constitucionais a respeito: Ao Poder Municipal cabe a execução da política de desenvolvimento urbano, tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes (art. 182, da Constituição Federal). O instrumento básico de política urbana é o Plano Diretor, necessariamente aprovado pela Câmara Municipal (art. 182, § 1º, CF). É o Plano Diretor que deve definir a função social da propriedade (art. 182, § 2º), visando garantir a realização do direito à cidade sustentável. A função social da propriedade é a principal característica da propriedade urbana. O Estado deve proteger o direito de propriedade urbana somente no caso da propriedade atender a sua função social. O direito a cidades sustentáveis é composto pelo direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer para as presentes e futuras gerações (art. 2°, I, do Estatuto da Cidade). A Constituição Federal por meio da Emenda Constitucional nº 26 de 14/02/2000 inseriu o direito à moradia, como direito social fundamental, assim como a saúde e educação. O direito à moradia dos habitantes da cidade é o elemento principal do direito a cidades sustentáveis. Assim a moradia é componente fundamental do direito à cidade. Sendo necessária a articulação entre a política habitacional e a política de desenvolvimento urbano, respeitando-se e garantindo-se o direito a cidades sustentáveis, à função social da propriedade e o direito à moradia. É fundamental o papel do Município como executor da política de desenvolvimento urbano, que definirá a função social da propriedade através do Plano Diretor. Em relação à competência sobre a política habitacional trata-se deles nos artigos 182; 21, inciso XX; e 23 incisos IX e X da Constituição Federal. O artigo 182 estabelece que a política de desenvolvimento urbano será executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em Lei, tendo por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes. O artigo 21, inciso XX, declara a competência privativa da União para instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos. Os Município detém competência para legislar sobre assuntos de interesse local, suplementar a legislação federal e estadual no que couber, e de promover o adequado ordenamento territorial, mediante o planejamento e controle do uso, parcelamento e da ocupação do solo urbano (art. 30, incisos I, II, e VIII da CF). O artigo 23 da Constituição Federal dispõe ser competência comum da União, Estados e Municípios a promoção de programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico (inciso IX); o combate às causas da pobreza e aos fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos (inciso X), dentre outras. Na Constituição do Estado do Paraná este problema é tratado nos artigos 212 e 213. 32 Embora a questão habitacional seja de responsabilidade comum dos três entes federativos acaba por merecer destaque na competência municipal por tratar-se de problema social de interesse local, isto é, por causa da sua proximidade com o cidadão. O Município, em razão de ser o principal ente federativo responsável pela execução da política urbana, deve desenvolver uma política habitacional de âmbito local. Para atender às necessidades e enfrentar o problema habitacional, o município pode constituir órgãos governamentais e instituições municipais de habitação; instituir um sistema municipal de habitação que compreenda o sistema de gestão da política habitacional com participação popular, como por exemplo, fundos públicos e constituir programas de habitação de interesse social e instrumentos urbanísticos. Para desenvolver a política de habitação local, o município deve instituir o Plano Diretor como instrumento básico desta política, de modo que sejam estabelecidas as diretrizes e os instrumentos sobre o uso e ocupação do solo urbano, formas de cooperação entre o poder público e privado e deve também disciplinar os critérios para o uso social da propriedade urbana. O município também pode adotar como instrumentos, leis específicas de habitação de interesse social e de planos de urbanização para assentamentos em condições precárias de habitabilidade. Diante da aprovação da Lei Federal nº 10.257/01 (Estatuto da Cidade), passam a valer as normas gerais de política urbana nela contidas, cabendo ao Município a obrigação de promover e executar a política urbana, tornando-se o responsável em ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, de modo a garantir o bem estar de seus habitantes e que a propriedade urbana cumpra sua função social, de acordo com os critérios e instrumentos estabelecidos no plano diretor. Portanto, a produção de habitação de interesse social e as questões relacionadas às regularizações de assentamentos precários devem ser objeto da política de habitação no Município, ou seja, as normas e instrumentos urbanísticos devem ser utilizados pelo Município com a finalidade de recuperar e regularizar as situações de assentamentos precários. O Estatuto da Cidade adota como diretrizes gerais da política urbana nos termos do artigo 2º, inciso VI, a ordenação do solo urbano de forma a evitar a utilização inadequada dos imóveis urbanos, prevendo no inciso XIV a regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação sócio-econômica da população e as normas ambientais. O Estatuto da Cidade estabelece os instrumentos de política urbana, destacando o Plano Diretor como principal instrumento de planejamento municipal. Ainda enumera os instrumentos jurídicos e urbanísticos que devem ser utilizados no desenvolvimento urbano pelo município. Baseando-se nas possibilidades legais previstas no Estatuto da Cidade e enfocando a situação específica das habitações de interesse social, destacamos os seguintes instrumentos: concessão de direito real de uso e o direito de superfície, transferência do direito de construir; outorga onerosa do direito de construir e zona especial de interesse social, operação urbana consorciada; outorga onerosa do direito de construir, consórcio imobiliário e edificação/parcelamento/utilização compulsória, direito de preempção; desapropriação de interesse social e desapropriação para fins de reforma urbana e consórcio imobiliário e usucapião urbano. 33 7.4.1. A POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO A análise da Política Municipal de Habitação do Município de Guarapuava tem como finalidade ser um processo de reflexão conjunta e de capacitação, capaz de apontar limites e potencialidades da legislação e dos programas e ações em implementação, contribuindo para a qualificação da ação pública e da tomada de decisão nas questões habitacionais. Constituindo-se como instrumento para ser utilizado em leituras mais detalhadas que permitam melhor identificar necessidades ou possibilidades de redefinição, qualificação ou redesenho dos programas e instrumentos existentes ou novas frentes de ação. A Lei Orgânica em seu artigo 11, atribui ao Município a competência de legislar na promoção de programas de moradia, melhorando as condições habitacionais e de saneamento básico, e em seu artigo 229 estabelece que promoverá, em consonância com sua política urbana e respeitadas as disposições do Plano Diretor, programas de habitação popular destinados a melhorar as condições de moradia da população carente do Município Na estrutura do Município, a Secretaria de Habitação e Urbanismo é o órgão responsável pelo planejamento e coordenação do desenvolvimento urbano e principal articulador da política habitacional no Município. A política habitacional é baseada nas Leis Municipais 043/81, alterada pela lei Municipal 153/90, que autorizam o Município a alienar terrenos às famílias de baixo rendimento econômico e estabelece os critérios das famílias de baixa renda quanto aos documentos necessários, numero máximo de parcelas, a contribuição ao Fundo Rotativo Habitacional, a perda em caso de abandono ou atraso por seis meses nas prestações, as clausula restritivas de inalienabilidade e impenhorabilidade, pagamento dos sucessores em caso de morte e transferências. A Carta Régia que é o documento de origem de todos os terrenos situados no perímetro urbano, também facilita os casos de regularização fundiária perante o registro de imóveis, pois possibilita a abertura de matriculas de terrenos pertencentes ao Município sem a necessidade de comprovação ou exibição da respectiva matricula. Lei Municipal 045/87 que disciplina o Parcelamento do Solo no perímetro urbano, foi alterada pela Lei Municipal 167/90 permitindo ao Município a diminuição quanto às exigências de infra-estrutura e dimensões mínimas de lotes na implantação de loteamentos com fins sociais. A Lei Municipal 1412/2004 permitiu a regularização dos assentamentos informais, tratados como Áreas de Regularização Especifica dos loteamentos Municipais São Miguel, São José, São Luiz e Guairá, que apesar de terem sido promovidos pelo Município tiveram ocupação diversa do estabelecido no Parcelamento, tendo por isso de ser realizado levantamento planialtimétrico cadastral para executar a reurbanização e após realizar a regularização fundiária aos ocupantes. Lei Municipal 1413/2004, desafetou as Áreas Institucionais de diversos loteamentos, permitindo a regularização fundiária a diversas famílias que ocuparam as mesmas, muitas assentadas pelo próprio Município. O Município tem utilizado para que as famílias que ocupam áreas invadidas em áreas vulneráveis, de preservação permanente e sem infra-estrutura o recurso de fornecer a Numeração Predial a titulo precário para que a família desses assentamentos informais possam ter acesso a água e energia elétrica, enquanto aguardam a remoção para assentamento em local definitivo. 34 A Medida Provisória 2220/2001 que estabelece o direito à concessão de uso especial para fins de moradia teve sua primeira aplicação somente em 2004 e tem sido pouco utilizada como instrumento de regularização fundiária. O Plano Diretor aprovado através da Lei 1101/2201, acrescentou pouco ou nada contribuiu para o enfrentamento do problema habitacional. Não delimitou em sua legislação as áreas para a aplicação dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade, como Zonas Especiais de Interesse Social, Instrumentos de Regularização Fundiária ou que incidirão Direito de Preempção. 7.4.2. ANÁLISE DO DEFICIT HABITACIONAL Segundos dados do IBGE a população total do Município é de 155.161 habitantes, sendo que 141.694 habitantes (91,32%) vivem na zona urbana e 13.467 habitantes (8,68%) vivem na zona rural, com uma população estimada em 01.07.2005 de 166.897 habitantes, que também estimando resulta numa população de 168.853 em 01.07.2006 (Censo 2000). A população do Município é dividida nas seguintes faixas de renda: Faixa de renda Habitantes % Total % menores de 10 anos 33.345 21,49 21,49 sem rendimento 50.548 32,58 54,07 até 1 salário mínimo 19.763 12,74 66,81 mais de 1 a 2 salários mínimos 21.591 13,92 80,72 mais de 2 a 3 salários mínimos 9.902 6,38 87,10 mais de 3 a 5 salários mínimos 8.802 5,67 92,78 mais de 5 a 10 salários mínimos 6.833 4,40 97,18 mais de 10 a 20 salários mínimos 2.734 1,76 98,94 mais de 20 salários mínimos 1.642 1,06 100,00 Assim pela tabela acima verifica-se que possuímos 87,10% da população que recebe até 3 salários mínimos. De acordo com a taxa de crescimento temos anualmente um acréscimo de 1.956 habitantes no Município, ou aproximadamente 600 famílias, sendo que muitos destes necessitam de habitações através de financiamentos públicos, o que gera uma necessidade anual de produção de 200 unidades habitacionais, sem contar com o déficit existente. Os dados relativos ao déficit habitacional do Município não podem ser precisados, pois os dados existentes são referentes somente às inscrições feitas no Departamento habitacional que passaram a serem sistematizados somente a partir de 1997, sem que fossem baixados os casos já atendidos, com os seguintes dados: 35 Ano Inscritos 1997 6003 1998 514 1999 2676 2000 1946 2001 1060 2002 1138 2003 1216 2004 971 2005 2029 Observa-se que no inicio do cadastro e nos anos eleitorais as inscrições aumentam consideravelmente. O cadastro não leva em consideração as famílias atendidas e a renda foi declarada em reais, devendo ser modificada para salários mínimos para se adaptarem a sistemática adotada. Analisando o Déficit Habitacional no Brasil 2000, realizado pela Fundação João Pinheiro para o Ministério das cidades, nos mostra um déficit de 3.174 famílias totalizando 7,58% dos domicílios, sendo que possuímos 4.238 domicílios vagos. No Paraná o déficit habitacional é de 196.520 domicílios ou 7,38 %. Em Guarapuava do total de famílias, 2.231 ganham até 03 salários mínimos o que representa 82,78% do déficit. E de três a cinco mais 274 famílias que representa 10,17 %, totalizando 92,95%. Déficit habitacional, conforme faixa de renda em Salário Mínimo. Faixa de Renda Mensal Até 3 salários Paraná Guarapuava Quantidade 85,4% 82,78% 2.231 De 3 a 5 8,2% 10,17% 274 De 5 a 10 3,9% 4,30% 116 Mais de 10 1,2% 2,75% 74 Participação dos componentes do déficit habitacional Componentes Quantidade Guarapuava Coabitação familiar 2626 82,74% Domicílios Rústicos 267 8,41% Domicílios improvisados 153 4,82% Cômodos 128 4,03% De acordo com a pesquisa 2.612 famílias moram em coabitação familiar, isto é que compreende a soma das famílias conviventes secundárias que vivem junto à outra família em um mesmo domicílio. 267 famílias moram em domicílios rústicos, isto é que não apresentam paredes de 36 alvenaria ou madeira aparelhada, o que resulta em desconforto para seus moradores e risco de contaminação por doenças.153 famílias moram em domicílios improvisados, que engloba todos os locais destinados a fins não-residenciais que sirvam de moradia. 128 famílias vivem em cômodos, cedidos, alugados ou próprios. Um dado da pesquisa que é interessante é que 4.009 domicílios ou seja 10,43% dos domicilio pesquisados tem inadequação fundiária urbana, casos em que pelo menos um dos moradores do domicílio declara a propriedade da moradia, mas afirma não possuir total ou parcialmente, o terreno em que aquela se localiza. Dados Habitacionais Guarapuava (2005): • 1050 famílias vivendo em ocupações irregulares ou situações precárias de moradia; • 215 famílias ocupando irregularmente terrenos privados; • Aproximadamente 3000 famílias ocupando áreas pertencentes ao município e não regularizadas; Produção Habitacional Ano Casas Lotes Total 1991 83 162 245 1992 152 219 371 1993 33 - 33 1994 201 478 679 1995 361 621 982 1996 139 211 350 1997 113 - 113 1998 250 698 948 1999 - 8 8 2000 405 1371 1776 2001 - - - 2002 - 18 18 2003 - - - 2004 - - - 2005 106 33 106 7.4.3. DESENVOLVIMENTO DOS PROGRAMAS HABITACIONAIS Regularização de Assentamentos em Áreas Institucionais de Loteamentos: Diversas administrações assentaram irregularmente famílias em áreas institucionais de Loteamentos que foram aprovados após a vigência da Lei 6.766/79 que veta o uso dessas áreas que 37 não sejam equipamentos públicos ou comunitários. Com a desafetação dessas áreas pela Lei 1413/2004 de 11 de novembro de 2004, eram condições para a regularização fundiária. Regularização de Assentamento Informais: São Loteamentos executados pelo Município e não documentados ou por problemas da documentação do domínio da propriedade ou pela descaracterização do parcelamento original, passando por novo processo de regularização como o assentamento conforme a ocupação, respeitando-se o mínimo do planejamento do Sistema Viário. Como exemplos de assentamentos já regularizados temos Vila São José, São Luiz, São Miguel e Guaíra em frente a A.A.B.B, com a Instituição do Programa de Regularização dessas áreas pela Lei 1412/2004 de 11 de novembro de 2004, e a entrega de títulos de concessão. Existem outros assentamentos como Vila Iraque (Jardim Carvalho II), Jordão I e Jordão II Regularização de Loteamentos Municipais: São Loteamentos executados pelos Municípios e não registrados por diversos motivos como Loteamento Vila Bela, Xarquinho, São Cristóvão, Alto Xarquinho I, Alto Xarquinho II, Guairá e Anita Kaminski, onde após a regularização é levado ao Registro de Imóveis. Áreas de invasões sem condições de regularização: São invasões que ocorrem no perímetro urbano sem condições de urbanização, especificamente por causa do aspecto ambiental como em áreas de preservação permanente, sujeitas a inundações, ou que estejam em Leitos de Vias Públicas. Um exemplo desse tipo de intervenção foi o ocorrido no Jardim das Américas, onde por causa da área de alagamento foram deslocadas as famílias para o Loteamento Paz e Bem (aproximadamente 300 famílias) e no Núcleo Rouxinol (94 casas) por se situarem na área da Bacia de captação do Município. Produção de Lotes Urbanizados: São lotes que ou através de desapropriação ou aproveitamento de excesso de área, são produzidos lotes para construção de unidades habitacionais pelo próprio cessionário, servido de infraestrutura mínima. Construção de Unidades Habitacionais: São construções com recursos próprios realizadas pelo Município em lotes isolados pertencentes ao Município para atender famílias em situação de risco, encaminhadas através da Secretaria de Promoção Social ou Justiça. Melhorias em unidades habitacionais: 38 São reformas com recursos próprios em unidades habitacionais precária onde a edificação e as condições de salubridade oferecem riscos a família que moram no local. Construção de casas de madeiras apreendidas: Numa parceria entre o Município, IAP, Polícia Florestal e Ministério Público, através de convênio para o aproveitamento de madeiras apreendidas no Município, na construção de casas populares, que em conjunto com a construção dos módulos sanitários beneficiará varias famílias. 7.5. MEIOS DE CONSUMO COLETIVO Os meios de consumo coletivos, ou seja, os serviços, a infraestrutura e os equipamentos urbanos apresentam-se como necessidades geradas à partir da escolha de um modelo de desenvolvimento industrial que fortalece o espaço urbano como gerador de riquezas, principal ponto de aglomeração e cenário da modernização do setor produtivo brasileiro. Esses espaços produzidos pelo capital, trazem consigo, a necessidade da reprodução do elemento primordial à valorização do capital, ou seja, a força de trabalho. Assim, as demandas sociais passam a ser providenciadas pelo serviço público, já que o Estado é um dos alicerces da modernização do setor produtivo brasileiro e agente principal na distribuição social e espacial dos equipamentos urbanos para as diferentes classes sociais. Portanto, observando a distribuição da infraestrutura, serviços e equipamentos urbanos nos mapas anexos, pode-se assegurar que muito mais do que figuras cristalizadas no espaço urbano e representadas cartograficamente, elas refletem a lógica do modelo adotado, a ação estatal contraditória e as disputas entre as diferentes frações da sociedade. O trabalho técnico é desenvolvido pelas concessionárias do serviço público e tem apresentado grandes deficiências no que diz respeito ao planejamento global, dificultando a convergência dos interesses e racionalização das ações de cada órgão que intervém na estrutura urbana .A qualidade e o alcance dos meios de consumo coletivos apresentam-se dentro dos indicadores apenas no que diz respeito ao abastecimento de água e luz. Os demais meios apresentam-se bastante deficientes como será demonstrado, a seguir, através de uma resumida exposição que é devidamente completada pelas tabelas, onde os dados encontram-se sistematizados, e também pelos mapas em anexo. 8. INFRAESTRUTURA URBANA 8.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA e ESGOTO O abastecimento de água é feito pela Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR. 39 A água é captada do Rio das Pedras. A partir da captação, a água é bombeada para a Estação de Tratamento de Água (ETA), onde recebe tratamento do tipo convencional. Da ETA, a água é distribuída para os reservatórios, cuja capacidade total é de 6.200 m3. O serviço de abastecimento de água é de boa qualidade e atende à 99,77% da população urbana. O serviço de rede de esgoto abrange 60,96% da população urbana. Existem 02 estações de tratamento de esgoto, e uma terceira em processo de implantação. Ligações Cod. Cadastradas Sistema Sist. Água Res. Com. Ind. Ut.Pub. P.Pub. Total 489 Entre Rios 1.753 110 4 22 21 1.910 782 Guará 189 7 2 1 8 207 113 Guarapuava 33.662 1.821 200 248 233 36.164 506 Palmeirinha 663 18 5 5 8 699 860 Vila Operária 106 1 1 2 1 111 Total do URGA =>> 36.373 1.957 212 278 271 39.091 Economias Água Esgoto Res. Entre Rios Guará Guarapuava Com. Ind. Ut.Pub. P.Pub. Total 2.010 121 4 22 21 2.178 205 7 2 1 8 223 38.503 2.203 208 252 241 41.407 Palmeirinha 711 22 5 8 8 754 Vila Operária 107 1 1 2 1 112 2.354 220 285 279 44.674 Total 41.536 Ligações 730 21.965 22.695 Econ. Res. 765 23.549 24.314 Fonte: Relatório Quantitativo Sanepar – 2006 * Para as demais áreas urbanas a infraestrutura deve ser observada nos mapeamentos temáticos. 8.2. PAVIMENTAÇÃO E GALERIAS DE ÁGUAS PLUVIAIS A cidade de Guarapuava conta atualmente, com aproximadamente 52,2% das ruas existente pavimentadas. A rede viária total é de 647.834,49 metros lineares, sendo 338.094,49 ml com 40 pavimentação asfaltica + poliedrica e 309.740,00 ml de leito natural ou Cascalho. A regra que tem obedecido ao processo de ampliação da área pavimentada da cidade é a continuação da malha existente de trafego intenso como Área Central, Av. Manoel ribas, Rua Capitão Rocha e atendimento à reinvidicações antigas de loteamentos e não necessariamente diretrizes como Vias do Transporte Coletivo, Vias de Ligação, Diretrizes de Uso e Ocupação. As últimas reinvidicações atendidas, inclusive algumas com sistema alternativo para viabilizar o atendimento, foram a pavimentação do Loteamento São Crsitovão II, Vila Palermo, Vila São Miguel, Loteamento chemim, Loteamento airton senna, Parque das Árvores, Jd. carvalho II, Vila Luiza, Vila Carli, São João, São Vicente, Vila Werner, Vila lerner, Jd. juliane. Após a revisão da Hierarquização das Vias, do Sistema de Transporte Coletivo e das Diretrizes de Uso e Ocupação deverão ser estabelecidos um planejamento prioritário para pavimentação inclusive com tipologia diferenciada para cada função de via. A área central da cidade é bastante problemática no que diz respeito à rede de galerias de águas pluviais, devido à deficiência de operação das antigas galerias de pedras. Também deverá ser observado nas próximas execuções a implantação de galerias que atendam mais efetivamente a Bacia do Rio Cascavel, de forma a se somar soluções para a área de proteção e inundacão. * Para as demais áreas urbanas a infraestrutura deve ser observada nos mapeamentos temáticos. 8.3. ENERGIA ELÉTRICA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA A energia elétrica é fornecida pela Companhia de Energia Elétrica - COPEL e distribuída pela Companhia Força e Luz do Oeste S.A. (C.F.L.O). As áreas servidas encontram-se representadas nos mapas temáticos. O serviço abrange cerca de 97% da população urbana. A avaliação se demonstra satisfatória e está cumprindo as exigências dos indicadores. A iluminação pública abrange a mesma área da extensão da rede de baixa tensão, portanto também cobre uma área satisfatória segundo os indicadores urbanos, no entanto, existem problemas de qualidade da iluminação, vandalismo, e a falta de manutenção do equipamento instalado. 9. EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS 9.1. EDUCAÇÃO Matrícula - Ensino fundamental - 2004 30.692 Matrícula - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2004 12.263 Matrícula - Ensino fundamental - escola públia federal - 2004 Matrícula - Ensino fundamental - escola publica municipal - 2004 0 16.458 Matrícula - Ensino médio - 2004 1.971 Matrícula - Ensino médio - 2004 6.346 Matrícula - Ensino médio - escola pública estadual - 2004 5.649 41 Matrícula - Ensino médio - escola pública federal - 2004 0 Matrícula - Ensino médio - escola pública municipal - 2004 0 Matrícula - Ensino médio - escola privada - 2004 Matrícula - Ensino pré-escolar - 2004 697 3.332 Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2004 0 Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública federal - 2004 0 Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2004 2.326 Matrícula - Ensino pré-escolar - escola privada - 2004 1.006 Docentes - Ensino fundamental - 2004 1.573 Docentes - Ensino fundamental - escola pública estadua - 2004 Docentes - Ensino fundamental - escola pública federal - 2004 608 0 Docentes - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2004 758 Docentes - Ensino fundamental - escola privada - 2004 207 Docentes - Ensino médio - 2004 466 Docentes - Ensino médio - escola pública estadual - 2004 370 Docentes - Ensino médio - escola pública federal - 2004 0 Docentes - Ensino médio - escola pública federal e municipal- 2004 0 Docentes - Ensino médio - escola privada - 2004 Docentes - Ensino pré-escolar - 2004 96 191 Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2004 0 Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2004 97 Docentes - Ensino pré-escolar - escola privada - 2004 94 Escolas - Ensino fundamental - 2004 87 Escolas - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2004 23 Escolas - Ensino fundamental - escola pública federal - 2004 0 Escolas - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2004 48 Escolas - Ensino fundamental - escola privada - 2004 16 Escolas - Ensino médio - 2004 27 Escolas - Ensino médio - escola pública estadual - 2004 21 Escolas - Ensino médio - escola privada - 2004 Escolas - Ensino pré-escolar - 2004 6 59 42 Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2004 38 Escolas - Ensino pré-escolar - escola privada - 2004 21 Matrícula - Ensino superior - 2003 6.249 Matrícula - Ensino superior - escola pública estadual - 2003 4.281 Matrícula - Ensino superior - escola privada - 2003 1.968 Docentes - Ensino superior - 2003 709 Docentes - Ensino superior - escola pública estadual - 2003 527 Docentes - Ensino superior - escola privada - 2003 182 Escolas - Ensino superior - 2003 4 Escolas - Ensino superior - escola pública estadual - 2003 1 Escolas - Ensino superior - escola privada - 2003 3 Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2004 Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - INEP , (1)Censo Educacional 2004,(2)Censo da Educação Superior 2003 I. Dados relativos aos déficit em relação à demanda escolar de Educação Infantil (56anos), Ensino Fundamental e Médio: MATRÍCULAS Educação Infantil Centros Municipais de Educação ABR/06 SEMEC 1850 Procura (lista de espera) 1.526 ABR/06 SEMEC Fonte: SEMEC Educação Infantil Pré-Escolar - Municipal 2004 IBGE 2.326 ABR/06 SEMEC 2.420 Educação Infantil Pré-Escolar - Privada 2004 IBGE 1.006 Déficit 2004 IBGE 3.491 Fonte: IBGE Ensino Fundamental 1ª a 4ª séries - Municipal 43 2004 IBGE 16.458 ABR/06 SEMEC 15.916 Ensino Fundamental 5ª a 8ª séries Municipal 2004 IBGE --- ABR/06 SEMEC 959 Ensino Fundamental - Privada 2004 IBGE 1971 Ensino Fundamental 5ª a 8ª séries - Estadual 2004 IBGE 12.263 ABR/06 NRE 13.154 TOTAL ENSINO FUNDAMENTAL 2004 IBGE 30.692 Fonte: IBGE Déficit População de 5 a 14 anos matriculada 30.692 População de 5 a 14 anos (IBGE/2004) 32.178 Déficit 1.496 Fonte: IBGE Ensino Médio - Estadual 2004 IBGE 5.649 ABR/06 NRE 6.874 Ensino Médio - Privada 2004 IBGE 697 TOTAL ENSINO MEDIO (15 a 19 anos) 2004 IBGE 6.346 Fonte: IBGE Déficit População de 15 a 19 anos matriculada 6.346 População de 15 a 19 anos (IBGE/2004) 15.383 Déficit 9.037 Fonte: IBGE II. População em idade escolar que não freqüente escola Nº de vagas oferecidas para alunos de Ensino Fundamental - 30.692 Nº de vagas oferecidas para alunos de Ensino Médio - 6.346 III. Disponibilidade de supletivos públicos 44 Municipal: EJA - 30 salas de aula = 789 alunos (abr/2006 SEMEC) Estadual: CEEBEJA - 19 salas de aula = 1932 alunos IV. Disponibilidade de cursos técnicos Rede Estadual : Curso Técnico Estabelecimento • Segurança do Trabalho Colégio Estadual Ana Vanda Bassara • Informática • Agropecuária • Agricultura • Pecuária • Eletromecânica Centro Educacional Professor Francisco Carneiro • Informática Martins • Meio Ambiente • Administração • Secretariado • Eletrônica Centro Educacional Prof. Arlindo Ribeiro Rede Privada Curso Técnico • Eletromecânica • Papel e Celulose • Agente Comunitário e Saúde • Estética e Cosmetologia • Produção de alimentos • Agropecuária • Gestão Administrativa • Enfermagem • Radiologia • Higiene dental • Enfermagem do Trabalho • Análises Clínicas • Enfermagem – saúde • Instrumentalização cirúrgica • Contabilidade • Farmácia • Radiologia médica • Estética Estabelecimento SENAI MARIA MONTESSOURI CEPEG IMPERATRIZ DONA LEOPOLDINA PRÓ-ENSINO SENAC FUTURA 45 • Secretariado • Agronegócios • Enfermagem • Estilismo e coordenação de moda • Transações imobiliárias • Hemoterapia • Marketing e Vendas I- Previsão da localização de novas escolas Escolas Totais (Em tempo integral) Local Bairro/Vila Previsão Jardim das Américas Alto Cascavel 2006 Adão Kaminski Morro Alto 2008 Xarquinho Xarquinho 2007 Jardim Araucária Jardim Araucária 2010 São João São João 2012 Local Bairro/Vila Previsão Escola Municipal Dom Bosco Vila Jardim 2006 Escola de Ensino Regular II- Listagem de escolas que necessitam de ampliação Anexo 1 III- Escolas que têm número maior ou menor de alunos do que a sua capacidade Escolas com previsão de construção ou ampliação (Anexo 1) IV- Modelo de distribuição de matrículas utilizado: Contempla área de abrangência comprovada por talão de água e luz V- Área de abrangência de cada escola É prevista, mas não funciona, pois pessoas se servem dos comprovantes de parentes e amigos. VI- Levantamento de necessidades na área (Incluir dados sobre disponibilidade de creches. 46 Anexo II ESCOLA Nº de salas p/ ampliação 01 Escola Municipal Abílio Fabriciano de Oliveira 02 02 Escola Municipal Alcindo de França Pacheco 02 03 Escola Municipal Antonio Lustosa de Oliveira 00 04 Escola Municipal Capitão Wagner 02 05 Escola Municipal Carolina G. Franco 00 06 Escola Municipal Dalila H. Teixeira 02 Previsão Escola Total nas proximidades 07 Escola Municipal Dom Bosco 08 Escola Municipal Domingos Sávio 02 09 Escola Municipal Enoch Tavares 01 10 Escola Municipal Francisco Peixoto Lacerda Werneck 01 11 Escola Municipal General Eurico Dutra 01 12 Escola Municipal Gabriel Hugo Rios 01 13 Escola Municipal Hildegard Burjan Escola Nova Escola Nova Previsão Escola Total nas proximidades 14 Escola Municipal Hipólyta Nunes de Oliveira 02 15 Escola Municipal Irene Guimarães Pupo 01 16 Escola Municipal Lídia S. Curi 01 17 Escola Municipal Luiza Pawlina do Amaral 01 18 Escola Municipal Manoel Moreira de Campos 01 19 Escola Municipal Maria de Jesus Taques 02 20 Escola Municipal Padre Estanislau Cebula 02 21 Escola Municipal Princesa Isabel 01 22 Escola Municipal Profª. Benedita dos Santos 00 23 Escola Municipal Profª. Carlita G. Pupo 02 24 Escola Municipal Profª. Carmen Teixeira Cordeiro 01 25 Escola Municipal Profº. Chester Kochanski 00 26 Escola Municipal Profº. Conrado G. de Oliveira 02 27 Escola Municipal Profª. Dirce Terezinha Jaeger 01 28 Escola Municipal Profº Dionísio Kloster Sampaio Escola Total Previsão Escola Total nas proximidades 29 Escola Municipal Profª. Elcidia de Santa Maria Pereira 01 30 Escola Municipal Profº. Francisco Contini 01 31 Escola Municipal Profª. Julieta Anciutti 00 32 Escola Rural Municipal Profº Maack 02 33 Escola Municipal Profª. Silvanira A. Lins Penha 01 Previsão Escola Total nas proximidades 34 Escola Municipal Profº. Pedro Itararé 01 35 Escola Municipal Profº Ruy Virmond Marques 02 47 36 Escola Municipal Raul Henrique Lupattelli 02 37 Escola Municipal Roberto Cunha e Silva 01 38 Escola Municipal Santa Cruz 01 39 Escola Municipal São Pedro Escola Total Previsão Escola Total nas proximidades 40 Escola Municipal São José 00 41 Escola Municipal Sofia Horst 00 42 Escola Municipal Vila Palmira 02 Total de salas p/ ampliação contemplando o Ensino Fundamental de 9 anos: 45 Escolas Totais – Curto prazo: 3 Unidades Médio prazo: 2 Unidades Escola de Ensino Regular: Curto prazo: 1 Escola ANEXO II LISTAGEM DE CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL Ampliação e/ou construção Centro Municipal de Educação Infantil Ampliação Previsão BONSUCESSO 5 salas 2007 BOQUEIRÃO 5 salas 2008 MORRO ALTO 4 salas 2007 PALMEIRINHA 1 sala 2009 SANTA CRUZ 4 salas 2008 SANTANA 4 salas 2008 VILA BELA 4 salas 2008 VILA CARLI 2 salas 2009 PRIMAVERA 4 salas 2009 VITÓRIA 3 salas 2008 Centro Municipal de Educação Construção Previsão CAMPO VELHO (Boqueirão) X 2009 XARQUINHO X 2008 RESIDENCIAL 2000 X 2008 PARQUE DAS ÁRVORES X 2010 Infantil/localidade 48 9.2. SAÚDE O Setor Saúde no Brasil tem passado por importantes mudanças com a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os princípios do SUS esta a descentralização das ações de saúde, cujo o processo tem transferido responsabilidades, prerrogativas e recursos para os governos municipais, possibilitando uma maior autonomia do nível local no uso dos recursos e na definição e implementação das políticas, com maior acesso e controle pelos setores organizados da população. A Constituição de 1988 incorpora conceitos,princípios e uma nova lógica da organização da saúde da reforma sanitária, expressos nos artigos de 196 a 200: o conceito de saúde entendido numa perspectiva da articulação de políticas econômicas e sociais; a saúde como direito social universal derivado do exercício da cidadania plena e não mais como direito previdenciário; a caracterização dos serviços e ações de saúde como relevância pública; a criação de um Sistema Único de Saúde – descentralizado,com um comando único em cada esfera de governo,atendimento integral e participação da comunidade; a integração da saúde a Seguridade Social. Estes tópicos representam um avanço considerável, sendo reconhecido como uma referencia em termos de política de saúde e base jurídico – constitucional. Seguidamente, foram elaboradas as Leis 8.080 e 8.142 em 1990, a chamada Lei Orgânica da Saúde, que dispõe sobre as condições para a promoção para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde ,regulamentando o capítulo da saúde na Constituição. Além disso foram criadas as Leis Orgânicas dos Municípios, adaptando-se a legislação em âmbito municipal e repetindo-se o processo de envolvimento da sociedade e a pactuação entre as diferentes forças políticas, e trazendo para os municípios um novo papel frente o Sistema Único de Saúde. Sendo o SUS,hoje em dia, a mais importante proposta de Reforma Sanitária do Estado brasileiro, em curso, e a Prefeitura Municipal de Guarapuava, através da Secretaria Municipal de Saúde, não se furta de garantir a saúde como um direito de todos e dever do Estado. Desde o inicio do governo, o Poder Executivo Municipal assumiu a responsabilidade política de provocar profundas transformações que se faziam necessárias no setor saúde, abrindo debates com os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde para estabelecer uma nova proposta de levar saúde para todos os cidadãos guarapuavanos, com o objetivo de tornar realidade a atenção primária, que alie qualidade técnica a humanização da assistência a saúde e pressupondo qualificação permanente de recursos humanos, capacitação de profissionais é que optou-se pela reestruturação de serviços existentes, potencializando a capacidade instalada de recursos físicos e humanos para que em prazos não muito distante a rede possa trabalhar de forma consolidada e fortalecida. Um planejamento de saúde deve ser um processo vivo, uma representação das aspirações e dos projetos consensuais que uma determinada sociedade é capaz de gerar, em seu especifico contexto temporal e espacial, e com base nas suas acumulações históricas. Assim é a proposta de direção da Secretaria Municipal de Saúde, com relação a sua participação na revisão do Plano Diretor do Município de Guarapuava, apresenta a síntese da 49 evolução complexa e avançada do sistema de saúde vigente, pactuada entre o poder público municipal e a sociedade civil, representados pelo Conselho Municipal de Saúde. Neste rumo,o documento registra os vários projetos, programas e serviços em andamento na Secretaria Municipal de Saúde, servindo de base para o cotidiano da gestão municipal, aprimorado por seus trabalhadores e usuários, nos espaços formais de controle social do sistema de saúde. A divulgação do trabalho municipal no Plano Diretor, tem o firme propósito de apoiar a política de saúde no município, para os próximos anos, que viabiliza o acesso de todas as pessoas que procuram a rede de assistência, oferecendo uma atenção oportuna, eficaz e segura, tendo as unidades de saúde como porta de entrada e elemento integrador dos demais pontos de atenção, sistemas de apoio e diagnostico terapêutico e assistência farmacêutica, e complementação da assistência através de seus convênios e contratos com terceiros. Guarapuava constitui-se hoje, num centro regional de saúde. O sistema municipal de saúde encontra-se totalmente gerenciado pelo município, dentro das ações e serviços de sua competência, fundamentando-se nas seguintes diretrizes básicas: -Descentralizar as ações e serviços mais próximos ao local de moradia dos cidadãos; -Garantir a todos os cidadãos, o acesso às ações e serviços de saúde; -Hierarquizar os serviços existentes, para permitir ao usuário dentro do SUS, o nível de complexidade necessária à resuloção de seus problemas de saúde; -Promover a participação da comunidade, dando ao usuário um papel de destaque nos processos de decisão; -Atuar na área de vigilância à saúde, através da ação conjunta entre vigilâncias epidemiológica e sanitária, visando o trabalho preventivo e estabelecendo um conceito assistencial baseado em Distritos Sanitários; Tal sistema, além da rede própria, é composto também por prestadores de serviços de caráter privado credenciados e cadastrados no Sistema Municipal de Saúde e especialistas lotados no CRE, com vínculo com o município e estado. 9.2.1- Criação e Habilitação da Secretaria Municipal de Saúde No artigo 9º da Lei Municipal Nº 222/91, define se a Secretaria Municipal de Saúde como órgão responsável pela coordenação e execução das atividades referentes à assistência medica,odontológica e hospitalar do Município. A Norma Operacional atualmente em vigor é a Norma Operacional de Assistência a Saúde – NOAS/SUS 01/2002, instituída pela Portaria GM/MS nº 373 de 27 de fevereiro de 2002 e com base nesta norma o município se encontra habilitado na condição de Gestão Plena de Atenção Básica Ampliada, designada pela Portaria nº 561,de 09 de maio de 2003 MS/GM. - Missão Promover as condições necessárias ao pleno exercício de ações individuais e coletivas visando promover, prevenir, reduzir ou eliminar riscos e agravos à saúde da população guarapuavana. 50 - Objetivos -Tornar realidade a atenção primária, aliando qualidade técnica à humanização da assistência a saúde e pressupondo qualificação permanente de recursos humanos, capacitação de profissionais, potencializando a capacidade instalada de recursos físicos e humanos, oferecendo desta forma ações e serviços com qualidade de resolução ao munícipes. -Colocar em pratica em prol da saúde da população guarapuavana os três alicerces do Sistema Único de Saúde: Universalidade- traduzida como a garantia de que os serviços cheguem a todos os cantos do município, Equidade- entendida como o principio que garante o direito de atendimento segundo as necessidades e vulnerabilidade de cada grupo ou pessoa,Integralidade- que garante ao munícipe o atendimento articulado com prevenção de doenças e promoção de sua saúde física e mental. -Criar ambientes favoráveis a saúde e a adoção de estilo de vida saudável, mediante a efetiva articulação intersetorial que permitam a atuação sobre as causas básicas gerando o perfil epidemiológico, sanitário adequado da população guarapuavana. -Ordenar as atividades da Secretaria Municipal de Saúde com prioridades elencadas que tem por meta intensificar ações que promovam a qualidade de vida dos cidadãos , tomando por eixo a atenção básica e garantindo quando necessário o atendimento especializado,seja ambulatorial ou hospitalar. - Responsabilidade A Secretaria Municipal de Saúde,gestora do SUS no município é responsável pela formulação e implantação de políticas, programas e projetos que visem promover, proteger e recuperar a saúde da população. - Meta As metas gerais da administração da Secretaria Municipal de Saúde são a melhoria de seus indicadores em conjunto com o gerenciamento profissional para maior eficiência de decisões, agilidade no atendimento ao cliente para a resolução de seus problemas, otimização de recursos financeiros na gestão de convênios com o Ministério da Saúde, intensificando ações que promovam a qualidade de vida da população guarapuavana. 9.2. 2 SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE SITUAÇÃO DE GESTÃO A norma Operacional atualmente em vigor é a Norma Operacional de Assistência a Saúde – NOAS/ SUS 01 / 2002 instituída pela portaria GM/MS nº 373 de 27 de fevereiro de 2002. O Município de Guarapuava encontra-se com base nessa Norma habilitado na condição de Gestão Plena de Atenção Básica Ampliada. 51 CAPACIDADE INSTALADA Os recursos humanos da Secretaria Municipal de Saúde estão assim distribuídos: FUNÇÃO Nº DE SERVIDORES AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE 179 AGENTE SOCIAL 07 ASSISTENTE SOCIAL 04 ATENDENTE POSTO TELEFÔNICO 01 ATENDENTE SOCIAL 04 AUXILIAR ADMINISTRATIVO 03 AUXILIAR CONSULTÓRIO DENTÁRIO 54 AUXILIAR DE ENFERMAGEM 121 AUXILIAR DE LABORATÓRIO 02 AUXILIAR OPERACIONAL 01 BIOQUIMICO 08 CIRURGIÃO DENTISTA 65 ENFERMEIRO 46 ENGENHEIRA DE ALIMENTOS 01 ESTAGIARIOS (AGENTES AMBIENTAIS) 28 FISCAL VIGILÂNCIA SANITÁRIA 08 FISIOTERAPEUTA 08 FONOAUDIOLÓGO 03 100 MÉDICO MÉDICO VETERINÁRIO 01 MOTORISTA 43 NUTRICIONISTA 01 OFICIAL ADMINISTRATIVO 15 OPERADOR DE COMPUTADOR 06 PSICÓLOGO 07 SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SAÚDE 01 SERVENTE DE LIMPEZA 71 SERVENTE DE OBRAS 01 TÉCNICO EM ENFERMAGEM 05 TÉCNICO EM HIGIENE DENTAL 06 TÉCNICO EM RADIOLOGIA 02 TÉCNICO MANUTENÇÃO SETOR ODONTO 01 TÉCNICO PRÓTESE DENTÁRIA 05 TELEFONISTA 02 TOTAL 810 52 INFRA – ESTRUTURA Distando da capital do estado 260 km, é sede da 5ª Regional de Saúde, serve de pólo de referência de pacientes para os municípios vizinhos, atendendo a uma população total de pouco menos de meio milhão de pessoas.Na rede própria, após a reestruturação conta com serviços de atendimento médico odontológico nos níveis primário, secundário e terciário e recursos humanos redistribuídos a fim de atender a demanda, distribuídos de forma estratégica no sentido de cobertura de praticamente todo os quadro urbano. No município existe atualmente 04 estabelecimentos hospitalares entre entidades privadas e filantrópicas, conveniadas ao SUS. PROCESSO DE TRABALHO: Objetivando readequar os serviços da rede ambulatorial municipal de forma a otimizar os recursos humanos e estrutura física existente é que a partir de 2005 houve uma reestruturação do sistema de municipal de saúde, melhorando a qualidade da assistência e a resolutividade da rede assistencial . A rede passou a trabalhar com uma infra-estrutura com 10 (dez) distritos sanitários que são sede de Centros Integrados de Atendimento e compostos pela vinculação de equipes de saúde da família, servindo de referência para estas equipes e conta com os seguintes serviços: - Coordenadores Administrativos – Diretamente subordinados ao Gabinete da Secretária, serão responsáveis por todas as unidades da área de abrangência dos distritos. Além da otimização de recursos humanos, permitirá uma visão unificadora do ponto de vista administrativo para a região. - Transporte – Os veículos estarão baseados nas sedes dos distritos e serão direcionados para as ESF adstritas mediante a utilização de uma escala previamente negociada entre as partes. Haverá comunicação do veículo com a respectiva unidade mediante utilização de telefones celulares ou rádio. Nos chamados de supostas urgências e emergências a comunicação permitirá rápido deslocamento de veiculo e elemento da ESF para avaliar o caso e providências necessárias. - Digitação de dados – Conforme anteriormente referido, há um potencial de informações no perfil nosológico da área de atuação de cada ESF. A utilização destas informações depende de uma sistemática de coleta, armazenamento e processamento de dados. Devido a impossibilidade pela ausência de equipamentos e recursos humanos, o sistemático processamento de dados das ESF adscritas é realizado na sede da Secretaria Municipal de Saúde, no Departamento de Tecnologia da Informação. - Coleta de exames laboratoriais – A coleta de exames laboratoriais processados pelo laboratório municipal será realizada de forma descentralizada nos CIA’s e nas equipes de Saúde da Família de forma a evitar deslocamentos de pacientes e criar a vinculação dos mesmos com o respectivo território. - Consultas de pediatria e ginecologia – Em cada distrito há a disponibilidade de consultas de pediatria e gineco-obstetrícia encaminhadas das ESF adscritas. A referência e contrareferência em pediatria gineco-obstetrícia permite uma maior resolutividade do PSF, com a possibilidade de troca de informações de forma ágil entre o clinico e os referidos profissionais. 53 - Rede especializada – Os pacientes referenciados para a especialidade são agendados via CIA e USF junto a central de marcação de consultas municipal, a qual agenda as consultas especializadas, tanto na rede própria como nos serviços do CISGAP – Consorcio Intermunicipal de saúde Guarapuava-Pinhão. No que se refere à odontologia, os pacientes atendidos pela ESBF e SB dos CIA’s que necessitem de atendimento especializado serão encaminhados para o Centro Municipal de Especialidade Odontológica (CEO), em funcionamento desde setembro de 2000, (atendimento nas seguintes áreas: endodontia, radiologia, periodontia, prótese dentária e cirurgia e atendimento a pacientes especiais). 9.2.3 DESCRIÇÃO DA REDE DE SERVIÇOS DE SAÚDE A rede de assistência do Sistema Municipal de Saúde de Guarapuava, é composta por diversas unidades de saúde de diferentes níveis de complexidade, distribuídas geograficamente de forma estratégica a proporcionar cobertura assistencial e acessibilidade aos serviços, a toda a população, tanto na zona urbana como na zona rural. Atualmente esta rede de assistência está composta por: 10 Unidades de CIA – Centro Integrado de Atendimento 20 Unidades de PSF – Programa Saúde da Família 02 Unidades de PS – Posto de Saúde 05 Unidades especiais – Centro de Saúde da Mulher PROSAM- Programa de Saúde Mental CÔAS – Centro de Orientação e Apoio Sorológico AMPDS- Ambulatório Municipal de Pneumologia e Dermatologia Sanitária CEO + LPD – Centro de Especialidades Odontologicas e Laboratório de Prótese Dentária. 01 – Laboratório Municipal 01 – Clinica de Reabilitação 01 – Farmácia Municipal 02 – Unidades Diferenciadas – Urgência Municipal – 24 Horas SAMU- Serviço de Atendimento Móvel de Urgência Também possuem atendimento especializado de consultas médicas através do Consórcio Intermunicipal – CISGAP (Consórcio Intermunicipal de Saúde Guarapuava/Pinhão). Os Distritos Sanitários estão organizados da seguinte forma: 54 DISTRITO SANITÁRIO SANTANA – Composto por: Endereço Tipo de Unidade CIA SANTANA Rua Domingos Marcondes, 710, NIS II Santana Sede própria Rua Pedro Siqueira, 364 Unidade Básica de PSF Santana Imóvel alugado/adaptado PSF SÃO MIGUEL DISTRITO SANITÁRIO MORRO ALTO CIA MORRO ALTO PSF MORRO ALTO I Rua XV de Novembro, 3461 NIS II Morro Alto Sede própria Rua Júlio Lourenço da Rosa, 86 Unidade Básica de PSF Alto da XV Imóvel alugado/adaptado Morro Alto PSF ADÃO KAMINSKI PSF RESIDENCIAL 2000 Av. Bento Camargo Ribas, 375 Unidade Básica de PSF Adão Kaminski Sede própria Rua dos Policiais,s/nº Unidade Básica de PSF Núcleo Habitacional 2000 Sede própria PS RIO DAS PEDRAS Unidade PS Sede própria DISTRITO SANITÁRIO BONSUCESSO – CIA BONSUCESSO PSF RECANTO FELIZ PSF SÃO CRISTOVÃO Av. Sebastião de Camargo Ribas,584 NIS II Bonsucesso Sede própria Rua das Gaivotas,159 Unidade Básica de PSF Recanto feliz Sede própria Rua Santa Rita s/nº Unidade Básica de PSF Sede cedida pela associação PSF PARQUE ARVORES DAS Rua Sorocaba,273 Conradinho Unidade Básica de PSF Sede alugada DISTRITO SANITÁRIO PRIMAVERA CIA PRIMAVERA Rua Alfredo Fabiane, s/nº NIS II Primavera Sede própria DISTRITO SANITÁRIO XARQUINHO CIA XARQUINHO PSF DOURADOS Rua Francisco Beltrão, 89 NIS II Xarquinho Sede própria Rua Dourados s/nº Unidade Básica de PSF Bairro Industrial Imóvel alugado/adaptado 55 PSF PINHEIROS Rua dos Pinheiros, 181 Unidade Básica de PSF Xarquinho Imóvel alugado/adaptado DISTRITO SANITÁRIO VILA CARLI CIA VILA CARLI PSF PAZ E BEM Av. Prof. Pedro Carli,172 NIS II Vila Carli Sede própria Rua Antônio Dorigon, s/nº Unidade Básica de PSF Vila Carli Sede própria DISTRITO SANITÁRIO VILA BELA CIA VILA BELA PSF JARDIM Av. Moacir Júlio Silvestri, 2680 NIS II Vila Bela Sede própria DAS Rua Uberlândia, 46 AMÉRICAS Jardim das Américas Unidade Básica de PSF Sede cedida pela associação PSF COLIBRI Rua Martin Afonso, 172 Unidade Básica de PSF Vila Colibri Sede própria DISTRITO SANITÁRIO BOQUEIRÃO CIA BOQUEIRÃO PSF TANCREDO NEVES PSF PLANALTO PSF CAMPO VELHO Rua Cândido Xavier, 411 NIS II Boqueirão Sede própria Rua José Linhares, 117 Unidade Básica de PSF Boqueirão Imóvel alugado/adaptado Rua Borges de Medeiros, 185 Unidade Básica de PSF Vila Bela Imóvel alugado/adaptado Rua Adão Joel Dala Rosa, 60 Unidade Básica de PSF Campo Velho Sede própria DISTRITO SANITÁRIO SANTA CRUZ CIA SANTA CRUZ PSF CONCÓRDIA PSF JORDÃO Av. Rubem Siqueira Ribas, 1226 NIS II Santa Cruz Sede própria Rua Xambré, 70 Unidade Básica de PSF Boqueirão Imóvel alugado/adaptado Rua Principal s/nº Unidade Básica de PSF Vila Jordão Sede própria DISTRITO SANITÁRIO ENTRE RIOS CIA ENTRE RIOS Rua Paraná 400 – Col. Vitória NIS II Sede própria PSF ENTRE RIOS II Rua Paraná 400 – Col. Vitória Unidade Básica de PSF Sede própria 56 Tipo de Unidade – Especificação / infra estrutura Unidade tipo NIS II com capacidade para atendimentos a uma população de até 15.000 hab, atendimento médico (clínica geral, obstetrícia, pediatria) Assistência de enfermagem, odontologia e terapias de apoio ( nutrição, psicologia, fisioterapia) Unidade PSF simplificada – Unidade de Saúde da família que presta atenção primária à saúde, clínica geral, assistência de enfermagem, odontologia e atendimento domiciliar Unidade PS – Unidade tipo Posto de Saúde, presta assistência básica e atendimento médico e odontológico periódico, assistência de enfermagem nível médio. 9.2.4 HOSPITAIS No município existem 4 Unidades hospitalares, sendo 2 de médio porte e 2 de pequeno porte, 1 instituição filantrópica e 3 privadas conveniadas ao SUS 1. Hospital de Caridade São Vicente de Paulo Rua Marechal Floriano Peixoto, 1059 Hospital Filantrópico de médio porte, com capacidade para atendimento em serviços de alta complexidade 2. Hospital Santa Tereza de Guarapuava Ltda. Rua Pedro Alves, 1283 Hospital privado conveniado, de médio porte, com capacidade para atendimento em serviços de alta complexidade 3. Hospital Estrela de Belém Ltda Rua Professora Leonídia, 1203 Hospital privado conveniado, de pequeno porte, com capacidade para atendimento em serviços de baixa complexidade 4. Hospital Fundação Semmelweis Av. Michael Moor, 1901 Colônia Vitória – Entre Rios Hospital privado conveniado, de pequeno porte, com capacidade para atendimento em serviços de baixa complexidade 9.2.5 TOTAL DE LEITOS EXISTENTES E SUS 57 INSTITUIÇÃO Nº DE LEITOS SUS Nº LEITOS TOTAL PRIVADOS LEITOS Hospital São Vicente 114 40 154 Hospital Santa Tereza 164 70 234 Hospital Estrela de Belém 92 36 128 Hospital Semmelweis 13 22 35 383 168 551 TOTAL O Tempo médio para realização de exames laboratoriais, é variável devido à diversidade de exames e de locais de realização (Os exames são realizados alguns no laboratório municipal e outros nos laboratórios privados / conveniados ao SUS). Entre a solicitação médica e a realização em geral o tempo médio é de 3 a 4 dias, considerando-se os exames da rede básica de menor complexidade. 9.3 AÇÕES PROGRAMÁTICAS O objetivo da Secretaria Municipal de Saúde de Guarapuava está baseado nas seguintes ações programáticas que envolvem atividades preventiva e/ou curativas: • Assistência Integral à Saúde da Criança • Assistência Integral à Saúde da Mulher • Assistência Integral à Saúde do Adulto • Assistência Integral ao Portador de Deficiência • Assistência Integral à Família • Vigilância a Saúde: Epidemiológica e Sanitária • 9.4 PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE Programa de Prevenção do Câncer de Colo do Útero Programa de Planejamento Familiar Programa de Controle e Acompanhamento do Hipertenso e do Diabético Programa de Atendimento Domiciliar aos Portadores de Deficiências Programa Anjo da Guarda Programa de Puericultura Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional PCCN- Programa de Combate as Carências Nutricionais / Bolsa Família Programa de Atendimento à Criança Desnutrida – Centro de Nutrição Renascer Programa de Imunizações – PNI Programa Leite das Crianças Programa de Atendimento à Gestante – SISPRENATAL 58 Programa de Hanseníase Programa de Tuberculose Programa de Prevenção de DST/AIDS (COAS) Programa Saúde da Família – PSF Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS Programa de Combate à Dengue Programa de Controle de Qualidade de Produtos de Origem Animal Programa SISÁGUA Programa Saúde do Trabalhador Programa de Controle de Zoonoses – Tuberculose e Brucelose Bovina Programa Clinica do Bebê Programa de Atendimento Especializado Odontológico – CEO Programa Odontologia Escolar Programa Dente de Leite 9.5 Principais Ações da Secretaria Municipal de Saúde no ano de 2005 - Reestruturação do atendimento nas unidades de saúde – implantação dos Distritos Sanitários, reativação dos CIA’s e expansão do funcionamento destes até as 21:00 horas; - Participação de reunião do Grupo Técnico Intergestores – GTI e Bipartite. - Realização de reuniões mensais do Conselho de Municipal de Saúde; - Implantação de coordenações sanitárias; - Elaboração do Diagnóstico Municipal; - Oficina – Construindo o Sistema Municipal de Saúde de Guarapuava; - Elaborção do PLANVIGI / VIGISUS II; - Campanha Cárie Tolerância Zero; - Implantação do CISGAP; - Reuniões e Fórum sobre o destino do resíduo de saúde. - Elaboração da LDO – 2006; - Organização do Reach Brasil no Guairacá e Banhados; - Participação nas reuniões do Polo Regional de Educação Permanente, com protocolo dos cursos de formação inicial de ACS e Urgência Pré-hospitalar; - Elaboração do Plano Plurianual – PPA; - Elaboração de Planilhas do PROESF Plus; - Participação do Curso de Humanização no Atendimento à Saúde (PREPS); - Participação na Conferência do Trabalhador; - Coordenação das reuniões do Programa Vida; - Elaboração e realização do Projeto de Coleta de Preventivo do Câncer de Colo de Útero; - Reformulação da atenção materno-infantil; - Realização de Teste Seletivo para contratação de médicos, dentistas e Agetes Comunitarios de Saúde; - Coordenação e realização da VII Conferência Municipal de Saúde; - Acompanhamento de visitas técnicas do PROESF em Guarapuava; 59 - Participação da Oficina de Avaliação do PROESF em Curitiba; - Participação do Fórum Futuro 10 Paraná; - Elaboração da Oficina de Prevenção de Incapacidades em Mal de Hansen; - Visita ao municipio de Cambé para conhecimento do Sistema de Saúde; - Reunião Técnica com Faculdades Campo Real para viabilização do Serviço de Verificação de Óbito; - Acompanhamento de visita do Técnico da Atenção Básica do Ministério da Saúde; - Mudança da estrutura da Urgência Municipal; - Reforma do CIA Entre Rios; - Reuniões com médicos obstetras e neurologistas da rede; - Reunião com diretores de hospitais para informação das mudanças na atenção maternoinfantil; - Aquisição de 12 autoclaves para os CIA’s e Central de Material de Esterilização; - Aquisição de móveis para estrutura fisica da Urgência Municipal e Laboratório; - Estruturação do Almoxarifado Central; - Participação do Evento junto com o Grupo Soroptimista de “Não Violência Contra a Mulher”; - Reativação da Clinica Municipal de Reabilitação; - Oficialização do SAMU Municipal com novas instalações e Central de Regulação. 9.6 UNIDADES QUE COMPLEMENTAM O SISTEMA DE SAÚDE MUNICIPAL ATENDIMENTO URGÊNCIA E INTERNAMENTOS EMERGÊNCIA -Hosp. São Vicente de Paula -Hosp Santa Tereza -Hosp. Santa Tereza – Colonia -Hosp. São Judas Vitoria e Distrito Sede -Hosp. Nossa Sra. do Belém -Hosp. e Maternidade São Judas -Hosp. São Vicente Tadeu Ltda -Hosp. Nossa Sra. do Belém -Clínica de Fraturas Santa Maria. Fonte: Secretaria Municipal de Saúde. Estabelecimentos de Saúde - Total 77 Estabelecimentos de Saúde públicos 42 Estabelecimentos de Saúde privados 35 Estabelecimentos de Saúde com internação 8 Estabelecimentos de Saúde com internação públicos 0 Estabelecimentos de Saúde com internação privados 8 60 Estabelecimentos de Saúde sem internação 54 Estabelecimentos de Saúde sem internação públicos 40 Estabelecimentos de Saúde sem internação privados 14 Estabelecimentos de Saúde de apoio à diagnose e terapia 15 Estabelecimentos de Saúde de apoio à diagnose e terapia públicos 2 Estabelecimentos de Saúde de apoio à diagnose e terapia privados 13 Estabelecimentos de Saúde com plano de saúde próprio 2 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviços a plano de saúde de 30 terceiros Estabelecimentos de Saúde com atendimento particular 32 Estabelecimentos de Saúde que prestam serviços ao SUS 59 Postos de trabalho de nível superior 463 Postos de trabalho de médicos 286 Postos de trabalho de enfermeiros 39 Postos de trabalho de odontólogos 57 Postos de trabalho de nível técnico/auxiliar 502 Postos de trabalho de auxiliar de enfermagem 410 Postos de trabalho de técnicos de enfermagem 9 Leitos 695 Leitos disponíveis ao SUS 496 Internações no ano de 2001 25.486 Equipamentos de diagnóstico através de imagem 47 Equipamentos de infra-estrutura 9 Equipamentos por métodos óticos 10 Equipamentos por métodos gráficos 21 Equipamentos para terapia por radiação 0 Equipamentos para manutenção da vida 174 Mamógrafos com comando simples 1 Mamógrafos com estereotaxia 1 Tomógrafos 4 Eletrocardiógrafos 17 61 Ultra-som dopller colorido 3 Ultra-som ecógrafo 6 Eletroencefalógrafos 4 Equipamentos de hemodiálise 22 Raio X para densitometria óssea 1 Raio X até 100mA existentes 8 Raio X de 100 a 500mA 6 Raio X mais de 500mA 4 Equipo odontológicos 64 Grupo de geradores 5 Fonte: IBGE, Assistência Médica Sanitária 2002 9.7. ANALISE DA SITUAÇÃO SAÚDE DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E SANITÁRIA A reorganização do sistema de saúde no Brasil pelo processo de municipalização representou a possibilidade de tornar conjuntas, pelos princípios da resolutividade e integralidade, as ações curativistas (procedimentos ambulatoriais, hospitalares e de diagnósticos) e as preventivas e de promoção da saúde (programas e projetos de saúde pública,campanhas, ações educativas), e até a Reforma Sanitária, assistência e prevenção eram vertentes separadas da atenção pública à saúde. Quando se analisa os problemas de saúde que uma população apresenta, nota-se que a maior parte, refere-se a processos e doenças que podem ser resolvidos no primeiro nível de atenção, através de procedimentos eficazes e de baixo custo e complexidade. Uma grande quantidade de problemas de menor complexidade pode ser prevenida, através de ações e procedimentos específicos, como por exemplo, as imunizações, ou ainda, através da melhoria geral das condições e as qualidade de vida, tanto a nível individual como coletivo. Trata-se de uma visão mais ampliada do conceito de saúde, e que é muito mais que não ficar doente, e envolve aspectos como educação, alimentação, condição de habitação, trabalho e meio ambiente, entre outros. É nesta visão que o município de Guarapuava, desde o inicio da atual administração, vem trabalhando e resgatando políticas que promovam a melhor da qualidade de vida da população, com programas direcionados a melhoria dos indicadores de saúde. Guarapuava, como outras cidades de grande porte, apresenta crescimento nos seus índices de morbi – mortalidade por causas externas , como violência, acidentes em geral e de transito; também devido ao estilo de vida de seus munícipes e toda a correria dos dias de hoje, imposta pela necessidade humana.Por conseguinte serão necessárias mudanças no perfil dos serviços e, principalmente,o incremento de ações inter-setoriais para desenvolvimento de processos educativos e de co- responsabilidade social. 62 Algumas especialidades precisam sofrer adequações entre a demanda e a oferta, como é o caso da assistência ao Pré – Natal e ao Parto. As unidades de saúde quando encaminham seus clientes para outros pontos de atenção, nem sempre conseguem acompanhar a evolução dos procedimentos. A Secretaria Municipal de Saúde, procurando sanar estas dificuldades, reestruturou apartir do inicio do ano de 2005, os seus Centros Integrados de Atendimento e adequando toda a rede, desta forma, buscando um melhor monitoramento do trajeto do usuário do sistema público ,avançando na proposta de consolidação do SUS. Enfrentar as questões de saúde exige das autoridades, gestores e técnicos, conhecer a realidade,focalizar as políticas publicas com planejamento e decisões racionais para priorizar esse ou aquele tipo de ação, e que tenham a maior efetividade e eficiência no uso dos recursos para a promoção, prevenção e recuperação da saúde, e através dos registros epidemiológicos, sanitários e demográficos pode-se observar que existe no município grupos populacionais que estão mais expostos a riscos na sua saúde, como por exemplo crianças menores de um ano, gestantes, idosos, trabalhadores sob certas condições de trabalho, portadores de determinadas patologias, etc. A vontade política da atual administração municipal e o atual momento de descentralização do SUS, permitiram a implantação de uma nova programação nas praticas de saúde do cidadão guarapuavano, como por exemplo; o programa Carie Tolerância Zero realizado em vários finais de semanas para suprir a demanda populacional, a expansão do horário de atendimento dos Centros Integrados até as 21:00 horas, entre outras ações programadas para uma pratica em saúde moderna, racional e para todos. 9.8 INDICADORES DE SAÚDE DO MUNICÍPIO REFERENTE AO ANO 2005 INDICADOR Taxa de mortalidade infantil Proporção de nascidos vivos com baixo peso ao nascer Proporção de óbitos em menor de um ano por causas mal definidas Taxa de internações por IRA em menor de 5 anos de idade Homogenecidade da cobertura vacinal por tetra valente em menor de 0 anos REF. 22,24% 8,92% 1,4% 1,48% 103,23% Taxa de mortalidade neonatal 16,6% Taxa de mortalidade materna 187,9% Proporção de nascidos vivos de mães com 4 consultas ou mais de consulta de Pré-natal Proporção de óbitos de mulheres em idade fértil investigados 93% 100% Razão entre exames citopatológicos cérvico vaginais em mulher de 25 a 59 anos população feminina nesta faixa etária Taxa de mortalidade de mulheres por Câncer de colo de útero Taxa de mortalidade de mulheres por Câncer de mama Proporção de nascidos vivos de mães com 7 ou mais consultas de Pré-natal Taxa de internação por AVC 19% 15,67% 8,95% 48% 55,67% 63 Taxa de mortalidade por doenças cérebrovasculares 168,1% Taxa de internações por ICC 105,4% 0% Proporção de internações por cetoacidoses e com diabete mellites 3,9% Proporção de internações por diabete mellites Proporção de abandono do tratamento da tuberculose 2,94% Taxa de incidência de Tuberculose pulmonar positiva 8,98% 0,6% Taxa de mortalidade por tuberculose 0 Proporção de abandono do tratamento de hanseníase 2,22 Taxa de detecção de casos novos de hanseniase 72,93% Proporção de cura dos casos novos de hanseníase diagnosticados 4,13% Taxa de prevalência da hanseníase Proporção do grau de incapacidade 1 e 11 registrados no momento do diagnostico 51,35% 12,39% Cobertura de 1ª consulta odontológica Razão entre os procedimentos odontológicos coletivos e a população de 0 a 14 3,8% anos 7,16 Proporção de exodontias em relação as ações básicas individuais 41,32% Proporção da população coberta pelo PSF Média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas 2 Média mensal de VD por família 1 Fonte: DIVE - 2006 9.9 Características Epidemiológica do Município de Guarapuava Serie Histórica de Mortalidade – 1997 a 2005 ANO População Total de Taxa Geral por População de Total de Taxa de Óbitos mil hab. Nascidos óbitos em Mortalidade Vivos < 1 ano Infantil por mil hab. 1997 154.446 994 6,43 3.826 129 33,71 1998 157.476 893 5,67 3.810 119 31,23 1999 160.510 1019 6,34 3.765 118 31,34 2000 163.555 962 5,88 3.620 95 26,24 2001 166.616 938 5,62 3.365 92 27,34 2002 159.103 900 5,65 3.123 85 27,21 2003 160.933 934 5,80 3.025 60 19,54 2004 162.754 932 5,72 3.051 59 19,35 2005 166.895 904 5,41 3.192 71 22,24 Fonte : DIVE- SMS - 2006 64 As três principais causas de óbitos de residentes no Município de Guarapuava, em 2005, segundo dados da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde foram as doenças ligadas ao aparelho circulatório, as neoplasias e doenças do aparelho respiratório, respectivamente. Entre os menores de um ano, a principal causa esta ligada a prematuridade, seguindo-se das maus- formações. O perfil sanitário prevalente no Município é diversificado e reflete a presença de diferentes perfis epidemiológicos, coexistem enfermidades infecciosas e parasitarias, características de cidades em desenvolvimento, e as doenças ditas crônicas , como as cardiovasculares e neoplasias, típicas dos paises desenvolvidos. Ainda nesse contexto, interagem e se refletem sobre o sistema de saúde municipal, aspectos associados a condições de vida da população, como saneamento e habitação. A seguir apresentamos a serie histórica de agravos de notificação compulsória, ocorridos entre os anos de 2000 a 2005, e os números de doenças e agravos ocorridos no município em seus bairros. 9.10 Serie Histórica de casos confirmados de agravos de notificação compulsória DNC 2000 Relação 2001 CI Nº 2002 CI Nº 2003 CI Nº 2004 CI Nº 2005 CI Nº CI Nº Ac. 31 18,1 15 9,0 26 16,3 22 13,6 62 38,0 62 37,1 53 32,4 27 16,2 42 26,3 33 20.5 48 29.4 44 26.3 107 65,4 93 55,8 79 49,6 92 57,1 115 70,6 109 65,3 - - - - - - - - 2 1,2 4 2,3 Dengue 2 1,2 - - 2 1,2 - - - - - - DST 338 206,6 191 114,6 151 94,9 131 81,4 120 73,7 118 70,7 Hansenias 38 2,3 31 2,0 33 2,0 42 2,6 43 2,6 37 2,2 - - - - - - - - - - 7 4,1 Hepatite A 98 59,9 58 34,8 25 15,7 7 4,3 47 28,8 131 80,8 Hepatite B 26 15,9 20 12,0 48 30,1 9 5,5 11 6,7 23 13,7 Hepatite C 1 0,61 1 0,6 17 10,6 2 1,2 - - 1 0,5 Leichmani 4 2,4 - - 2 1.2 1 0,6 4 2,4 1 0,5 1 0,6 1 0,6 2 1,2 - - - - 3 1,7 Animais Peçonhent os AIDS Atend. AntiRabico Coqueluch e e Hantaviros e ose Leptospiro se 65 27 16,5 22 13,2 20 12,5 8 4,9 8 4,9 6 3,5 Acidental 2 1,2 - - 1 0,6 1 0,6 - - 1 0,5 Tuberculos 39 23,8 54 32,0 43 27,0 58 36,0 50 30,7 34 20,3 Varicela - - - - - - - - 2 1,2 32 19,1 Intoxicaçõe 1 0,6 1 0,6 20 12,5 10 6,2 26 15,9 27 16,1 Meningite Tétano e s Fonte: DIVE – SMS – 2006 - Serie Histórica do Monitoramento da Doença Diarréica Aguda Ano referencia Número Total Coeficiente de Incidência 2001 2.345 1407,42 2002 4.147 2606,48 2003 4.420 2746,48 2004 3088 1897,34 2005 5.157 3089,96 Fonte: DIVE – SMS - 2006 10. PROMOÇÃO SOCIAL 10.1 Dados da Realidade Social de Guarapuava População potencialmente usuária da Assistência Social (Fonte: CENSO, 2000) População total do município de Guarapuava: 155161 Faixa 0 a 6 anos: 16855 Faixa 7 a 14 anos: 30908 Faixa 15 a 24 anos: 27053 Faixa 25 a 59 anos: 35090 Faixa 60 a +: 10737 Nº de famílias: 41980 Segundo IPARDES6 (2003), Guarapuava possui, com base no censo de 2000, um total de 44.6767 famílias das quais, 11.104 são famílias com renda mensal per capta até ½ salário mínimo, significando uma taxa de pobreza de 24,85%, que impõe a Política de Assistência Social a responsabilidade de inclusão social dessas famílias. Requerendo do município um investimento na área social via políticas públicas. A particularidade do município de Guarapuava como pólo regional, atraindo a população dos municípios vizinhos em busca de trabalho, serviços médicos e assistenciais, coloca desafios para a gestão da Política de Assistência Social, pois, criar uma dinâmica de inclusão social implica a articulação da Assistência Social com as demais políticas setoriais. 10.2 Política de Assistência Social 6 Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES. Famílias pobres no Paraná, 2003. 66 De acordo com o artigo primeiro da LOAS, “ a assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às necessidades básicas”. A Constituição Federal de 1988 traz uma nova concepção para a Assistência Social brasileira. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS – em dezembro de 1993, como política social pública, a assistência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. A LOAS cria uma nova matriz para a política de assistência social, inserindo-a no sistema do bem-estar social brasileiro concebido como campo de Seguridade Social, configurando o triângulo juntamente com a saúde e a previdência social. A inserção na Seguridade Social aponta, também, para seu caráter de política de Proteção Social articulada a outras políticas do campo social voltadas à garantia de direitos e de condições dignas de vida. Segundo DI GIOVANI (1998, p. 10), entende-se por Proteção Social as formas “institucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como a velhice, a doença, o infortúnio, as privações [...] Neste conceito, também, tanto as formas seletivas de distribuição e redistribuição de bens materiais (como a comida e o dinheiro), quando os bens culturais (como os saberes), que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas na vida social. Ainda, os princípios reguladores e as normas que, com intuito de proteção, fazem parte da vida das coletividades’’. Desse modo, a assistência social configura-se como possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e espaço de ampliação de seu protagonismo. A proteção social deve garantir as seguintes seguranças: segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida; e, convívio ou vivência familiar. A segurança de rendimentos não é uma compensação do valor do salário-mínimo inadequado, mas a garantia de que todos tenham uma forma monetária de garantir sua sobrevivência, independentemente de suas limitações para o trabalho ou do desemprego. É o caso de pessoas com deficiência, idosos, desempregados, famílias numerosas, famílias desprovidas das condições básicas para sua reprodução social em padrão digno e cidadã. Por segurança da acolhida, entende-se como uma das seguranças primordiais da política de assistência social. Ela opera com a provisão de necessidades humanas que começa com os direitos à alimentação, ao vestuário, e ao abrigo, próprios à vida humana em sociedade. A conquista da autonomia na provisão dessas necessidades básicas é a orientação desta segurança da assistência social. É possível, todavia, que alguns indivíduos não conquistem por toda a sua vida, ou por um período dela, a autonomia destas provisões básicas, por exemplo, pela idade – uma criança ou um idoso -, por alguma deficiência ou por uma restrição momentânea ou contínua da saúde física ou mental. Outra situação que pode demandar acolhida, nos tempos atuais, é a necessidade de separação da família ou da parentela por múltiplas situações, como violência familiar ou social, drogadição, alcoolismo, desemprego prolongado e criminalidade. Podem ocorrer também 7 Projeção realizada pelo IPARDES, com base no censo de 2000. 67 situações de desastre ou acidentes naturais, além da profunda destituição e abandono que demandam tal provisão. A segurança da vivência familiar ou a segurança do convívio é uma das necessidades a ser preenchida pela política de assistência social. Isto supõe a não aceitação de situações de reclusão, de situações de perda das relações. É próprio da natureza humana o comportamento gregário. É na relação que o ser cria sua identidade e reconhece a sua subjetividade. A dimensão societária da vida desenvolve potencialidades, subjetividades coletivas, construções culturais, políticas e, sobretudo, os processos civilizatórios. As barreiras relacionais criadas por questões individuais, grupais, sociais por discriminação ou múltiplas inaceitações ou intolerâncias estão no campo do convívio humano. A dimensão multicultural, intergeracional, interterritoriais, intersubjetivas, entre outras, devem ser ressaltadas na perspectiva ao convívio. Nesse sentido a Política Pública de Assistência Social marca sua especificidade no campo das políticas sociais, pois configura responsabilidades de Estado próprias a serem asseguradas aos cidadãos brasileiros. Marcada pelo caráter civilizatório presente na consagração de direitos sociais, a LOAS exige que as provisões assistenciais sejam prioritariamente pensadas no âmbito das garantias de cidadania sob vigilância do Estado, cabendo a este a universalização da cobertura e a garantia de direitos e acesso para serviços, programas e projetos sob sua responsabilidade. Na IV Conferência Nacional apontou como uma das principais deliberações a construção e implementação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, requisito essencial da LOAS para dar efetividade à assistência social como política pública. Desta forma, o SUAS materializa o conteúdo da LOAS para a realização dos objetivos e resultados que devem consagrar direitos de cidadania e inclusão social. O SUAS normatiza os padrões de serviços, da qualidade no atendimento, aponta indicadores de avaliação e resultados, nomina e padroniza a rede e os serviços socioassistenciais. Os serviços socioassistenciais no SUAS são organizados segundo as seguintes referências: Vigilância Social: refere-se à produção, sistematização de informações, indicadores e índices terretorializados das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida. Os a serem construídos devem mensurar no território as situações de riscos sociais e violação de direitos. Proteção Social: refere-se a segurança de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia, a segurança de convívio ou vivência familiar e segurança de acolhida. Defesa Social e Institucional: a proteção social básica e especial devem ser organizadas de forma a garantir aos usuários o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa. 68 11. SERVIÇOS URBANOS 12. RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E LIMPEZA PÚBLICA A problemática do lixo urbano é cada vez mais séria, pois, diariamente, grande volume deste material é produzido. Além da responsabilidade do Poder Público em oferecer todas as condições para eficiência no que diz respeito à coleta, destino e aproveitamento do lixo, seja de qualquer tipo de procedência, existe também a falta de cuidado, educação e conscientização da população em relação aos dejetos que produzem. Todo um processo de implantação de uma alternativa eficiente para solucionar tais questões implica em altos custos que os Municípios não estão em condições financeiras para arcar. Com uma população próxima de 170.000 habitantes, a produção diária de lixo é de cerca de 53,5 ton./dia (valor obtido, considerando a média da produção de lixo em países subdesenvolvidos, ou seja, 0,5 Kg/hab/dia). Sabe-se que vários são os fatores que devem ser considerados para uma projeção da produção e composição do lixo; as variações sazonais, a expansão física da cidade e as variações econômicas. No entanto, atualmente obtivemos a seguinte média na composição do lixo urbano de Guarapuava. GRÁFICO 04 Demonstrativo da Composição do Lixo Urbano de Guarapuava 60 50 Matéria Orgânica 40 Papel e Papelão Plástico Terra e Rocha 30 Metal Ferroso Diversos 20 Vidro Madeira Outros 10 0 Fonte: CAMARGO, Maurício - Estudo para Implantação de Usina Recicladora do Lixo em Guarapuava. Obs.: Os dados acima estão representados em percentuais. O aproveitamento do lixo tem sido uma alternativa de sobrevivência para a população carente. Os número de catadores tem se multiplicado na cidade, correndo grandes riscos de saúde 69 por estarem em contato com todo tipo de resíduo, inclusive hospitalar pois não tem sido feito nenhum tipo de separação na coleta e destino final. O destino final do lixo urbano é hoje localizado em uma área próxima ao Aeroporto Municipal localizado em fundo de vale, necessitando urgente de medidas efetivas para implantação de aterro sanitário. A degradação do solo, água e ar encontra-se bastante acentuada, necessitando de medidas urgentes. A determinação da quantidade da produção de resíduos hospitalares foi obtida através de bibliografia difundida* . Acredita-se que os valores que melhor exemplificam é a correlação entre o número de leitos e a quantidade de resíduos hospitalares totais produzidos. O valor médio que foi adotado como coeficiente de produção de resíduos sólidos hospitalares foi de 2 Kg./leito/dia. Guarapuava possui atualmente 524 leitos, portanto produz cerca de 1.048 Kg. de resíduo hospitalar por dia. Os serviços de limpeza pública são realizados pela SURG e Secretaria de Obras. Sua área de atuação restringe-se às centrais e núcleos habitacionais com ruas pavimentadas. È necessário medidas mais impositivas com relação à limpeza de terrenos não edifcados, construção de calçadas, muros de fechamento. 13. SERVIÇOS FUNERÁRIOS O gerenciamento dos serviços funerários é feito através da Prefeitura Municipal. Os quatro cemitérios existentes na cidade estão com sua capacidade esgotada. Existe a necessidade de criação de novas áreas, bem como a implantação de novos cemitérios 14. TRANSPORTE COLETIVO O transporte coletivo urbano é explorado pela empresa de Transportes Urbanos Pérola do Oeste Ltda. Embora o serviço atenda à quase a totalidade da área urbana e apresentando-se superficialmente satisfatório suas deficiências têm raízes mais profundas do que o simples raio de atendimento. Guarapuava, face ao seu estágio de desenvolvimento e de acordo com as tendências das diretrizes de uso e ocupação, necessitará de uma revisão no funcionamento do sistema, que deverá fortalecer a proposta de descentralização da prestação de serviço e comércio. Atualmente, a maior parte dos usuários do sistema tem desejo de viagem bairroxcentro, justamente devido a centralidade e disponibilidade de comércio e serviços concentrados na área central. A periodicidade e o tempo de espera, faz com que muitos não sejam usuários do sistema. Neste ano de 2006, foi realizado Disgnóstico do sistema, através de Convênio entre o Município e o Paranacidade, que permitirá o estabelecimento das diretrizes para novo funcionamento *Le Richê prevê 2 a 4 Kg/paciente dia. Hart indica 3 Kg/paciente/dia para hospitais normais e 8,2 Kg para hospitais de treinamento. Zaltsman aponta uma média de 1,77 Kg./leito/dia em um estudo efetuado no Centro Médico da Universidade de West Virginia 70 do sistema. A frota da empresa que efetua o transporte coletivo urbano no Município é igual a 54 Veículos. São 47 Linhas Urbanas e um total de 679.565 passageiros/mês. Um transporte alternativo que vem crescendo é o de “Vans”, bastante utilizado no transporte de estudantes e funcionários de determinadas empresas. Também há o transporte Distrital, uma vez que somam-se à área urbana do distrito Sede (Cidade de Guarapuava), as demais áreas urbanas (Palmeirinha, Distrito de Entre Rios, Guará e Guairacá). O Quadro seguinte, demosntra a frota existente no Município, no ano de 2004. Automóvel - Tipo de Veículo 26.700 Caminhão - Tipo de Veículo 3.492 Caminhão trator - Tipo de Veículo 762 Caninhonete - Tipo de Veículo 1.968 Micro-ônibus - Tipo de Veículo 148 Motocicleta - Tipo de Veículo 2.979 Motoneta - Tipo de Veículo 495 Ônibus - Tipo de Veículo 281 Trator de rodas - Tipo de Veículo 0 Fonte: Dados Frota - Ministério da Justiça, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN - 2004 15. SISTEMA VIÁRIO Devido a um Sistema de planejamento que vem sendo implantado tem se alcançado uma racionalização para maior eficiência do Sistema Viário para garantir a fluidez do tráfego e também para dar direcionamento para a distribuição de uso e ocupação de acordo com as funçoes das vias. A cidade possui, no centro, um traçado em xadrez. Algumas intervenções já foram adotadas a fim de garantir a ligações entre Bairros e maior fluidez de tráfego, mas ainda há bastante a ser feito. Uma característica da estruturação urbana que dificulta sobremaneira a melhoria do sistema viário, notadamente às ligações entre os bairros, são as grandes áreas vazias inseridas na malha urbana existente e a extensão territorial horizontal da Cidade, que onerou demasiadamente o Sistema Viário, além da ferrovia e aspectos hidrográficos. O Município possui Lei do Sistema Viário, que estabele a hierarquia das Vias, e os novos loteamentos tem obedecido as diretrizes estabelecidas. Ainda assim, estão sendo procedidas revisões, uma vez que as diretrizes para o novo Plano Diretor, dependerão muito da funcionalidade do sistema. 16. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA A atual organização administrativa da Prefeitura de Guarapuava, compõe-se das seguintes secretarias: 71 1- Administração direta: -Secretaria Executiva -Secretaria de Planejamento -Secretaria de Administração -Secretaria de Finanças -Secretaria de Educação -Secretaria de Promoção Social -Secretaria de Saúde -Secretaria de Viação, Obras e Serviços Urbanos -Secretaria de Indústria e Comércio -Secretaria de Habitação e Urbanismo -Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente -Secretaria de Turismo -Ouvidoria 2- Órgãos consultivos: Conselho Municipal de Assitêcnia Social Conselho Municpal dos Direitos da Criança Conselho Municipal dos Direitos da pessoa Portadora de Deficiência Conselho Municipal do Idoso Conselho Municipal da Mulher Conselho Municipal de saúde Conselho Municipal de Trânsito Conselho Municipal do Plano Diretor de Guarapuava Conselho municipal do Plano Diretor de Entre Rios 17. PARTICIPAÇÃO POPULAR NA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA Um fato que vem se generalizando em nossa sociedade, é a importância dada à participação popular processos políticos e de planejamento, especialmente naqueles vinculados às decisões que afetam às condições de vida das classes populares. As Associações de Bairros tornam-se cada vez mais importantes, em face ao processo espoliativo que caracteriza a dinâmica urbana da sociedade atual. A população tem garantido e demonstrado desejo de exercer sua influência nas esferas do poder que decidem o modo de governar a cidade. A Constituição Federal e o Estatuto da Cidade é uma clara demonstração da conquista do espaço para discussão e participação da política urbana. Forte exemplo neste sentido, é a obrigatoriedade da participação popular na elaboração do Plano Diretor. O processo participativo tem encontrado força nas regulamentações que tem sido estabelecidas. Tal processo vem tomando corpo. De um lado com a luta cada vez maior da 72 população em organizar-se a fim de lutar contra o processo segregador e espoliativo. E de outro, perfis ideológicos que caracterizam um ou outro governo local. A pauperização das classes populares e a real espoliação urbana, exercida pelo próprio Estado e expressada pela extorsão que se opera através de inexistência ou precariedade de serviços de consumo coletivo socialmente necessários, estimula e delineia a forte prática reivindicatória que identifica as ações das Associações de Bairros, gerando resultados que restringem-se à soluções paliativas e de alcance apenas localizado. Medidas de discussões setoriais, com entidades de classe e formadores de opinião, também tem contribuído para o processo de participação. As Conferêcnias das Cidades e os Planos Regionais de Desenvolvimento desenvolvidos pelo Estado tem incentivado e convocado a participação. Uma pesquisa realizada pela Prefeitura Municipal, sobre a participação da população em alguma organização comunitária, demonstra a fragilidade do processo e do exercício participativo do cidadão dentro de sua comunidade. Cerca de 76,15% da população não participa de nenhum tipo de organização comunitária. Acredita-se que é dentro das organizações da comunidade que pode-se obter o verdadeiro exercício e aprendizado da democracia direta, à de se alicerçar uma gestão democrática e participativa. Embora a conquista de tal espaço dependa muito mais das lutas entre os segmentos estratificados de nossa sociedade, acredita-se que é de responsabilidade do Poder Público a abertura de canais competentes para viabilizar a participação popular na gestão urbana. A fase de diretrizes tem-se caracterizado por maior maturidade do contexto político do processo de planejamento. As diretrizes foram discutidas através da revalorização do Conplug e Conpluerg (Conselho Municipais do Plano Diretor de Guarapuava e Entre Rios respectivamente) e a participação da sociedade civil organizada (AGIG, CDL, UGAM, AEAG, ect). O exercício da cidadania deve ser estimulado em todos os setores, deve ser diário e principalmente não apenas reivindicatório, mas que tenham como finalidade a conquista de espaços políticos mais amplos. O Poder Público deverá, portanto, mudar sua postura de relações paternalistas, de mera troca de favores entre comunidade e governantes, para exercer papel de veículo da conquista da sociedade organizada. Documentos comprobatórios demonstram como tem sido realizada a participação popular ao longo dos anos em que se tem trabalhado com Plano Diretor no Município de Guarapuava. Além das experiências anteriores, nestes anos de 2005 e 2006, tem sido efeticada a participação popular das seguintes formas: Foram realizadas reuniões do Conpluerg com representantes do Distrito de Entre Rios. Primeiramente com uma exposição Geral de dados e tendências. Posteriormente foram realizadas audiências setoriais em cada uma das Colonias (Samambaia, Jordãozinho, Vitória, Cachoeira, Socorro) e por último foi realizada uma audiência geral, com todas as Colonias, apresentando um resultado geral com aprovação das propostas. A audiêcnia teve grande partcipação popular e foi muito produtiva. Atas, filmes, fotos, questionários, mapeamentos e listas de presença são os documentos destas reuniões. No Distrito Sede, foram até o momento realizadas 04 audiências Setoriais. Material referente às mesmas pode ser consultado no caderno de Participação Popular. Após foi realizada audiência geral, no dia 14 de junho de 2006, no Clube Guaíra – Centro, onde foi convocada toda a população através de rádio, jornais e encaminhado oficios para uma diversidade de segmentos como por exemplo: Secretarias Municipais, Associações de Moradores, Associações Comerciais, Entidades 73 Representativas, Concessionários dos Serviços Públicos, Sindicato Rural, dentre. Também desta se tem documentos como Atas, filmes, fotos e listas de presença, questionários. Na audiência foi disponibilizado prazo de 15 dias, para que fossem encaminhadas propostas, alterações, considerações e/ou reinvidicações. Após esta data, foi preparado compendio de todo o materail produzido e cadernos de Legislações, como a Lei do Plano Diretor e Complementares e encaminhado ao Executivo e Procuradoria Geral para encaminhamento à Câmara de Vereadores. Tão logo o Plano Diretor seja encaminhado à Câmara, dverá ser realizada nova Audiência Pública na Casa Legislativa. 18. LEVANTAMENTO DE DADOS E ESTABELECIMENTO DE DIRETRIZES Os itens que se seguem até o final deste caderno ( do 17ao 24) são base para a elaboração de Plano de Ação e Investimento, cuja formulação tem por objetico a consolidação das diretrizes expressas. Também na sequência deverão ser base para a formulação de Planos Pluri-Anuais, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Leis Anuais de Orçamento. No Distrito Sede as informações coletadas sobre a área ou objeto de estudo, tem análise sob a ótica da Sistemática - CONDICIONANTES - DEFICIÊNCIAS - POTENCIALIDADES (CDP), conforme Plano Diretor em Vigência e também levantamentos anteriores. Também se tem diretrizes e dados novos representados em mapas temáticos, além dos que se repetem. Assim sendo, é feita uma breve descrição da classificação das categorias citadas que se encontra na área de estudo de Guarapuava, outras classificações e produtos podem ser analisados nos mapeamentos temáticos produzidos, dentre outros. Na área de estudo de Guarapuava pode-se classificar como condicionantes os seguintes elementos: -empreendimentos do poder público Federal, Estadual como é o caso da FERROESTE, -Constituições Federal, Estatuto da Cidade, Legislação Estadual e Municipal; -rede hidrográfica e suas respectivas faixas de preservação permanente; -área de inundação do Rio Cascavel; -áreas de vegetação nativa existente; -áreas de solos orgânicos; -áreas com declividade superior à 20%; -distribuição espacial do Sistema de Saúde; -rede escolar existente; -sistema viário principal; -as áreas verdes de lazer; -áreas institucionais; -núcleos habitacionais; -distritos industriais e indústrias já instaladas; -prédios de valor histórico; -áreas ocupadas por população de baixa renda; -infraestrutura existente; 74 Também foram identificados os seguintes elementos na área de estudo, como deficiências, que se reportam a situações encontradas que devem ser melhoradas ou problemas que devem ser eliminados: -área de inundação do Rio Cascavel já ocupada; -áreas de invasão com habitações subnormais; -áreas em processo erosivo; -área com carência de infraestrutura (água, luz, esgoto, pavimentação) -descontinuidade do Sistema Viário Principal; -deficiências no transporte coletivo; -incompatibilidade da oferta de vagas na educação em relação a demanda; -inexistência de projeto eficaz para o lixo urbano; -distribuição de focos de poluição por toda a cidade, como matadouros clandestinos, serrarias, cortumes, lançamento de esgoto "in natura"; lavadores de carro, etc; -processo de degradação do patrimônio histórico, paisagístico e cultural; -programas habitacionais insuficientes para a demanda. -localização de usos incompatíveis com a vizinhança: terminal de combustível, indústrias poluitivas, etc -falta de disponibilidade de distrito industrial para localização de Indústrias de carater incômodo e poluitivo -demanda educacional não atendida -carência de programas habitacionais -carência de cemitérios -Inexistência de Matas Ciliares ao Longo dos arroios e córregos -Insuficiêcnia de Áreas Verdes de Lazer e sua má distribuição -Localização da Biblioteca Municipal -Localização inadequada do Parque de Exposições -Inexistência de Centro de Eventos -Itinerários do Transporte Coletivo e Frequencia -Centralização do Comércio e Prestação de Serviços -Descontinuidade do Sistema Viário -Função de Corte da BR 277 e Pr 466 e PR 170 -Inexistência de Marginais e Continuidade da Perimetral -Usos Conflitantes -Áreas Isoladas e Carentes de Infraestrutura, Comércio e Serviços -Loteamentos irregulares -Falta de medidas para preservação e manutenção de prédios de valor histórico -Deficit habitacional para as várias classes sociais, especialmente baixa e média -Carência de áreas e recursos públicos para suprimento de demanda habitacional e de serviços públicos São elementos existentes, que podem ser classificados como potencialidades, que não tiveram total aproveitamento, ou que poderiam obter melhores resultados se melhor explorados. 75 Muitos são situações existentes que precisam apenas de melhor tratamento, como os listados a seguir: -área de inundação do Rio Cascavel; -áreas verdes nativas e fundos de vale; -áreas de afloramentos rochosos; -prédios de valor histórico; -áreas não parceladas inseridas na malha urbana; -áreas de baixa densidade que possibilitam o adensamento; -vazios urbanos (caracterizados por áreas não parceladas e por lotes não edificados) -áreas existentes para implantação de projetos paisagísticos e de equipamentos urbanos -Áreas de Fundos de Vale ainda não ocupadas ou degradadas -Riquezas Naturais do Município ainda não disponibilizadas à população -Possibilidade da Criação de Zona Central Extendida -Possibilidade de melhor aproveitamento do sistema viário para o estabelecimento de uso e ocupação, conforme função da via -Possibilidade de descentralização das áreas comerciais e de serviço -Possibilidade de adensamento nas áreas com disponibilidade de Infraestrutura -Possibilidade de ocupação ao Longo das Marginais para usos indicados - Áreas próprias para desenvolver atividades de esporte cultura e lazer: -Áreas de fundo de vale, pedreiras, áreas inundáveis, prédios de valor histórico, paisagístico e cultural -Loteamentos e Ocupações Irregulares que tem possibilidade concreta de regularização, -Grandes áreas e lotes não edificados no interior da malha urbana, servidas de infraestrutura caracterizadas apenas como reserva de valor -Instrumentos legais disponibilizados no Estatuto da Cidade 19. FORMULAÇÃO DAS MEDIDAS NECESSÁRIAS E AÇÕES PRIORITÁRIAS - Criação de estrutura administrativa e órgão fiscalizador para gerenciamento e acompanhamento do Plano - Execução das etapas de curto prazo previstas no Plano de Ação e Investimento, no que diz repeito a investimentos muncipais nos eixos principais do sistema viário, da zona central estendida, dos núcleos de células de planejamento, nos contornos de células a fim de dar identidade e iniciar o processo de implantação do Plano Diretor - Implantação de projeto para despoluição de áreas degradadas - Implantação de projeto para recuperação de fundo de vale - Canalização das áreas com faixa de domínio totalmente ocupadas - Remoção das invasões - Reformulação da Lei de Uso e Ocupação do Solo - Reformulação da Lei de Parcelamento do Solo - Reformulação do Código Tributário, nas matérias concernentes à instrumentalização do Plano Diretor - Reformulação do Código de Obras 76 - Homogeneização da estrutura física da rede escolar e racionalização de distritbuição de matrículas, conforme propostas levantadas - Implantação de novas escolas e creches para atendimento de demanda - Ampliação de escolas que funcionam com número superior à sua capacidade - Elaboração e implantação de projeto para o verde viário - Incremento da Rede de Esgoto e Implanatção de nova estação de tratamento - Implantação de projetos paisagísticos - Aprovação de medidas legais para reserva das áreas verdes nativas existentes - Melhoria e conservação de equipamentos esportivos e de lazer existentes - Criação de feiras livres - Criação do mercado popular - Criação de cooperativas para pequenos comerciantes - Melhoria e ampliação dos equipamentos de especialidades e diagnoticoterapia - Melhoria do acesso à medicamentos - Adequação física de unidades de saúde - Instauração de programas de assistência aos idosos - Programa de assistência social à comunidade carente - Ampliação dos programas alternativos para o menor de rua, infrator e viciados. - Exigência do Relatórios de Impacto Ambiental e de Vizinhança - Revisão na operacionalidade do transporte coletivo e seus equipamentos (pontos de parada, terminais) - Elaboração e implantação de projeto para a racionalização da coleta de lixo - Implantação da infraestrutura para o destino final do lixo não aproveitável, reciclável, saneamento da área atual de destino - Extinção de matadouros clandestinos - Criação de Leis específicas para lavadores de carro, instalação de antenas de telefonia celular, dentre outras - Criação de novos Cemitérios - Elaboração de Projeto de Desenvolvimento Regional - Utilização de áreas que servem como reserva de valor, inibição do processo especulativo - Criação de cooperativa e fundo habitacional habitacional, bem como fundo urbanístico - Remoção e regularização das ocupações irregulares - Exigência de infraestrutura nos casos de uso conflitante - Criação de projeto para solucionar os problemas com a enchente - Desenvolver e Executar Planos e Projetos para provimento de áreas para programas habitacionais - Utilização dos instrumentos constitucionais cabíveis - Execução de Planos Municipais de fortalecimento às propostas do Plano Diretor - Capacitação funcional - Execução de Plano Prioritário de Investimento Público - Uso dos Instrumentos Previstos no estatuto da Cidade - Implantação de novos distritos industriais - Execução da perimetral sul 77 - Execução de trincheiras e viadutos nas rodovias especialmente na BR 277 - Duplicação da BR 277 em toda a extensão em que intercepta o perímetro urbano - Intervenção nos vazios urbanos especialemte nas áreas do exército - Intervenção no “Lago do Irco” (Ilco Zacalusny). 20. FORMULAÇÃO DA POLÍTICA LOCAL 20.1. OBJETIVOS 20.1.1-Objetivos de Ordem Físico-Territoriais: -Promover o equilíbrio da oferta de solo urbano, bem como sua função social; -Promover a ocupação de lotes e glebas vagas ; -Otimizar a infraestrutura já instalada; -Garantir a continuidade da malha urbana; -Proibir a ocupação urbana nas áreas de fundos de vale, e inundação; -Restringir a ocupação das áreas de solos orgânicos turfosos, e áreas de riscos geológicos; -Recuperar as áreas de inundação, solos turfosos e riscos geológicos, já ocupadas; -Proibir novos loteamentos fora do perímetro urbano; -Coibir o parcelamento nas áreas de expansão não prioritárias até a efetiva consolidação e efetiva ocupação da malha urbana existente e só permitir no caso de execução de infraestrutura básica e complementar ; -Regularizar os loteamentos não aprovados pela Prefeitura Municipal ; -Promover os parcelamentos para fins sociais nas áreas de expansão prioritárias; -Suprir a demanda habitacional existente; -Promover a regularização fundiária às áreas que possuem características que assim o permitem e instalação de infraestrutura necessária; -Garantir infraestrutura necessária à população carente; -Desenvolver projetos específicos para destinação das famílias que encontram-se em áreas irregulares e impróprias à ocupação; -Ampliar o sistema de coleta e tratamento de esgoto; -Ampliar as áreas verdes de lazer e cultura -Preservar o patrimônio Histórico, Cultural e Paisagístico da cidade; -Recuperar as áreas degradadas da Bacia do Rio Cascavel dentro do perímetro urbano; -Implantar novos cemitérios; -Instituir plano de hierarquização viária; -Implementar as ligações de bairros; -Promover a continuidade das marginais; -Estabelecer rota para o desvio do tráfego pesado e Execução de Vias rápidas sem intersecções em nível nas rodovias que cortam o perímetro urbano; -Incentivar a implantação de ciclovias em áreas com declividade compatível -Implantar pavimentação priorizando as ruas do sistema viário principal e do transporte coletivo; 78 -Instituir Plano de Transporte Coletivo adequado à demanda, bem como seus equipamentos -Incentivar o adensamento comercial e serviços ao longo dos eixos que estruturam o sistema viário principal; -Incentivar a descentralização dos usos de comércio e serviços de caráter local estruturando centros de bairro ao longo das vias coletoras; -Indicar a localização das indústrias, de acordo com as tendências locais existentes, preservando as condições de preservação ambiental; -Implantar projeto de racionalização da coleta e destino final do lixo urbano; -prover áres para instalação de indústrias poluitivas e remoção de usos incompatíveis com a vizinhança 20.1.2. Objetivos de Ordem Ambiental A política municipal do meio ambiente tem como fundamento a busca da qualidade do meio ambiente assegurada as condições de desenvolvimento econômico e social , com os seguintes objetivos: I – A Operacionalização da Política Ambiental, que para tanto será necessário: a. Implementar o Conselho Municipal de Meio Ambiente; b. Criar Código Ambiental Municipal; c. Criar o Fundo Municipal de Meio Ambiente; d. Atualizar o Código de Postura; e. Definir Política Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos; f. Atualização e implementar a Política Municipal de Educação Ambiental; g. implementar uma Política de Desenvolvimento Rural Sustentável; h. Estabelecer dotação orçamentária municipal para implementação da Política Ambiental; i. Monitoramento das ações previstas na Política Ambiental II – A implemantação do Plano de Manejo e o Uso da Bacia do Rio das Pedras, que para tanto será necessário: a. Diagnosticar, atualizar e revisar dados; b. Complementar dados por meio de estudos específicos; c. Avaliar legislações existentes para estabelecer zoneamento; d. Realizar zoneamento com a participação de equipe multidisciplinar; e. Aprovar zoneamento por meio de consulta pública; f. Estabelecer e aprovar lei de uso e ocupação do solo da bacia do Rio das Pedras; g. Estabelecer programa de monitoramento contínuo; h. Promover programa de educação ambiental contínua; i. Buscar linhas de financiamento para a implementação do Plano de Manejo; j. Estabelecer legislação priorizando o SISLEG; k. Implementar uma política e um programa de desenvolvimento rural, visando a sustentabilidade das propriedades; l. Promover programa de educação ambiental contínua; 79 m. Implementar o Plano de Manejo e Uso da Bacia do Rio das Pedras com a participação dos diversos segmentos da sociedade; n. Promover programa de educação ambiental contínua; III – A implemantação do Plano de Manejo da Bacia do Rio Bananas, potencial manancial da cidade de Guarapuava, que para tanto será necessário: a. Realizar diagnóstico; b. Avaliar legislações existentes para estabelecer zoneamento; c. Realizar zoneamento com a participação de equipe multidisciplinar; d. Promover programa de educação ambiental contínuo; e. Buscar linhas de financiamento para a implementação do Plano de Manejo f. Aprovar zoneamento por meio de consulta pública; g. Estabelecer programa de monitoramento contínuo; h. Estabelecer legislação priorizando o SISLEG; i. Promover programa de educação ambiental contínua; j. Implementar uma política e um programa de desenvolvimento rural, visando a sustentabilidade das propriedades; k. Implementar o Plano de Manejo e o Uso da Bacia do Rio Bananas, com a participação dos diversos segmentos da sociedade; l. Promover programa de educação ambiental contínuo; IV – A elaboração e implematação de programas visando a conservação dos recursos hídricos, que para tanto será necessário: a. Realizar diagnóstico das bacias hidrográficas urbanas e/ou rurais; b. Desenvolver plano de controle do uso e ocupação das várzeas dos cursos d’água e da área de preservação permanente; c. Realizar parcerias com concessionárias de serviços públicos e entidades ambientais, governamentais ou não, instituições de ensino, visando a conservação dos recursos hídricos; d. Implementar o plano de manejo e uso dos cursos d’água e da área de preservação permanente; e. Promover programa de educação ambiental contínua; f. Avaliar e implantar sistema de contenção de cheias em bacias urbanas, por meio do estabelecimento de legislação específica; g. Implantar programa de despoluição ambiental para regularização dos lançamentos indevidos de esgoto nos corpos d'água, e em galerias pluviais, bem como, lançamento de águas pluviais na rede coletora de esgoto; h. Buscar linhas de financiamento para a implementação dos programas; i. Criar e implantar sistema municipal de informações sobre recursos hídricos; j. Atualizar o diagnóstico das bacias hidrográficas urbanas e/ou rurais; k. Promover programa de educação ambiental contínuo; l. Estabelecer um programa de monitoramento e remediação das bacias hidrográficas urbanas e/ou rurais; m. Manter o sistema municipal de informações sobre recursos hídricos; n. Promover programa de educação ambiental contínuo; 80 V – Efetivação de Programa da Arborização Urbana do Município de Guarapuava, que para tanto será necessário: a. Inventariar e diagnosticar a arborização urbana do município; b. Definir os espaçamentos mínimos entre as árvores e os elementos urbanos (postes, esquinas, acesso de veículos, telefonia, redes de água e esgoto, etc.), priorizando espécies nativas e adequadas; c. Rever a legislação municipal pertinente; d. Estabelecer legislação municipal específica para arborização; e. Elaborar e implantar Programa de Arborização Urbana; f. Monitorar o Programa de Arborização Urbana; g. Monitorar o Programa de Arborização Urbana; h. Monitorar o Programa de Arborização Urbana; VI - Incentivo ao fomento florestal no município, que para tanto será necessário: a. Elaborar e implantar Programa de Fomento Florestal no município; b. Monitorar Programa de Fomento Florestal no município; c. Monitorar Programa de Fomento Florestal no município; VII – Promover a organização e o Uso e ocupação das Unidades de Conservação Municipal, que para tanto será necessário: a. Realização e aprovação do Plano de Manejo b. Implantação das ações previstas no Plano de Manejo; c. Revisões do plano de manejo; VIII - Elaboração e Implementação do Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos para o Município, que para tanto será necessário: a. Compor uma Equipe Multidisciplinar para elaborar diagnóstico dos resíduos sólidos no município; b. Elaborar o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PGIRS); c. Implementar as ações previstas no PGIRS; d. Implantar aterro sanitário no município; e. Realizar ações de biorremediação da área do lixão; f. Viabilizar investimentos para implementação do PGIRS; g. Manter equipe técnica multidisciplinar para monitoramento e avaliação do PGIRS; h. Realizar ações de biorremediação da área do lixão; i. Realizar monitoramento do aterro sanitário; j. Implementar ações a médio prazo previstas no PGIRS; k. Fazer revisões necessárias no PGIRS; l. Realizar fiscalização, monitoramento e avaliação das diretrizes estabelecidas pelo PGIRS. m. Realizar ações de biorremediação da área do lixão; n. Realizar monitoramento do aterro sanitário; o. Implementar ações a longo prazo previstas no PGIRS; p. Fazer revisões necessárias no PGIRS; q. Realizar fiscalização, monitoramento e avaliação das diretrizes estabelecidas pelo PGIRS; 81 IX – Implantação de Programa de Coleta Seletiva no município, que para tanto será necessário: a. Implantar e monitorar a coleta seletiva de resíduos sólidos recicláveis na cidade; b. Elaborar estratégia para implantar a coleta seletiva na área rural do município; c. Implantar projeto de educação ambiental com a comunidade de caráter contínuo; d. Implantar projeto de capacitação periódica com os catadores de materiais recicláveis do município; e. Fomentar a implantação da coleta seletiva e reciclagem em associações de bairros, condomínios, organizações governamentais e não-governamentais, empresas e instituições de ensino públicas e privadas; f. Realizar campanhas publicitárias de conscientização com alcance abrangente nos meios de comunicação local; g. Viabilizar políticas de geração de trabalho e renda para as famílias de catadores que se encontram em situação de vulnerabilidade social; h. Estabelecer convênio ou termos de parceria entre a Administração Municipal e grupos organizados de catadores (cooperativas e/ou associações) para promover a inclusão destes ao processo de implantação da coleta seletiva; i. Monitorar o Programa de Coleta Seletiva no município por meio da capacitação dos catadores de materiais recicláveis e projeto de educação ambiental de caráter contínuo para a comunidade j. Monitorar o Programa de Coleta Seletiva no município por meio da capacitação dos catadores de materiais recicláveis e projeto de educação ambiental de caráter contínuo para a comunidade; X - Estabelecer um programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que refere ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais, que para tanto será necessário: a. Elaborar um programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que refere-se ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais b. Manter o programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que refere-se ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais; c. Manter o programa de monitoramento das bacias hidrográficas urbanas, no que refere-se ao lançamento dos efluentes e resíduos industriais; XI - Saneamento com rede coletora de esgoto sanitário na zona urbana de Guarapuava, nos índices estabelecidos conforme sejam: a. Ampliação da capacidade de tratamento de esgoto, com anuência do Município, elevando o nível de atendimento com coleta de esgoto sanitário para 70% até o ano 2008 e 80% até o ano 2010. b. Inclusão em zona industrial da área de abrangência da estação e tratamento de esgoto - Rua Rosa Domenico, código de logradouro 1676-5, proibindo loteamento residencial num raio de 500 metros. c. Ampliação de rede coletora de esgoto e ligações domiciliares; d. Proibir a ocupação urbana nas áreas de inundação e fundos de vale e restringir a ocupação nas áreas de solos orgânicos, rochosos, de riscos geológicos e aqueles inadequados para instalação de infra-estrutura; 82 e. Priorizar as ações de execuções de rede coletora de esgoto, rede de distribuição de água, galerias de águas pluviais, tubulações elétricas e telefônicas e etc. antecedendo a implantação do recapeamento asfáltico ou poliédrica; f. Criar programa para a correta destinação do esgoto doméstico em áreas rurais; g. Exigir das indústrias já instaladas e a serem instaladas medidas para a redução da poluição para a prevenção e combate a desequilíbrio ambiental e, quando for o caso, remoção das instalações pra áreas adequadas; h. Monitorar Programa Integrado de despoluição ambiental para regularização dos lançamentos indevidos de esgoto nos corpos d'água, e em galerias pluviais, bem como, lançamentos de águas pluviais na rede coletora de esgoto. i. Implantar programa para a correta destinação do esgoto doméstico em áreas rurais; j. Monitorar Programa Integrado de despoluição ambiental para regularização dos lançamentos indevidos de esgoto nos corpos d'água, e em galerias pluviais, bem como, lançamentos de águas pluviais na rede coletora de esgoto. XII - Manter o programa para a correta destinação do esgoto doméstico em áreas rurais, com Saneamento com abastecimento com água potável para população urbana da sede municipal de Guarapuava, que para tanto será necessário: a. Programa e controle de proteção de manancial, com recuperação e conservação do meio ambiente, conjugadas com a política ambiental; b. Manter o nível de abastecimento com água acima de 99% da população urbana da sede municipal. c. Criar um programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações; d. Manter o nível de abastecimento com água acima de 99% da população urbana da sede municipal. e. Implementar o programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações; f. Manter o nível de abastecimento com água acima de 99% da população urbana da sede municipal. g. Monitorar o programa de Conservação e Uso Racional da Água nas Edificações; XIII - Estruturar órgão municipal de fiscalização ambiental, que para tanto será necessário: a. Integrar as ações entre os órgãos públicos nas esferas municipal e estadual; b. Reavaliar as competências do órgão municipal responsável pela fiscalização ambiental redimensionando seus objetivos; c. Firmar convênio com órgão ambiental Estadual para estabelecer competências à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Florestal visando qualificar este órgão, bem como agilizar o processo de fiscalização ambiental no município; d. Desenvolver a política de recursos humanos visando promover a qualificação dos agentes de fiscalização ambiental do município em um processo contínuo. e. Estruturar o órgão ambiental para fiscalização ambiental; f. Desenvolver a política de recursos humanos visando promover a qualificação dos agentes de fiscalização ambiental do município em um processo contínuo. g. Desenvolver a política de recursos humanos visando promover a qualificação dos agentes de fiscalização ambiental do município em um processo contínuo. 83 XIV- Promover ação municipal a respeito da instalação de Cemitérios, quais sejam: a. Diagnosticar os impactos ambientais causados pelos cemitérios existentes no município; b. Realizar um plano de recuperação das áreas ocupadas por cemitérios; c. Implantar o plano de recuperação das áreas ocupadas por cemitérios; d. Identificar áreas para a implantação de novos cemitérios; e. Estudar alternativas de cemitérios que causem um menor impacto. f. Monitoramento dos cemitérios quanto à qualidade ambiental; g. Monitoramento dos cemitérios quanto à qualidade ambiental; XV – Promover o incremento na qualidade de vida, através da criação e manutenção de áreas de lazer e esporte, especialmente no eixo mapeado de lazer, cultura e turismo, salientando-se que a política municipal do esporte e lazer tem como fundamento a promoção de ações que possibilitem a utilização do tempo livre, a prática esportiva, a melhoria e conservação da saúde por meio da atividade física e socialização, que para tanto será necessário: a. formular, planejar, implementar e fomentar práticas de esporte, lazer e atividades físicas para o desenvolvimento das potencialidades do ser humano e de seu bem estar; b. desenvolver cultura esportiva e de lazer junto à população, com práticas cotidianas baseadas em valores de integração do homem com a natureza e da sua identificação com a cidade de GUARAPUAVA. -Implantar política ambiental municipal; -Instituir programa de educação ambiental para toda a sociedade; -Aumentar a área verde existente no perímetro urbano; -Efetivar programas de preservação das áreas verdes existentes; -Recuperar as áreas em processo de degradação; -Restringir a ocupação dos solos turfosos; -Elaborar e executar projetos para solucionar os problemas com as enchentes do Rio Cascavel; -Promover a fiscalização e extinção dos matadouros clandestinos; -Exigir infraestrutura de todas as atividades que provoquem danos ao meio ambiente; -Proibir o lançamento de qualquer tipo de efluentes nos corpos d'água; -Assegurar o tratamento de qualquer tipo de efluente nos corpos d'água; -Exigir RIMA (Relatório de Impacto Ambiental), às indústrias a serem instaladas no município, cujas atividades impliquem em alterações químicas, físicas e biológicas do meio ambiente, causadas por qualquer forma de energia ou substâncias sólidas, líquidas ou gasosas; -Instituir plano para solucionar a questão dos resíduos sólidos urbanos; -Proibir o uso indiscriminado de agrotóxicos, bem como promover a fiscalização e destino final das embalagens; -Gerir junto às outras instâncias de governo os impactos causados pela obra FERROESTE, dentro do perímetro urbano, até sua retirada -Gerir junto às outras instâncias de Governo, recursos para o cumprimento das disposições e necessidades levantadas 84 20.1.3 OBJETIVOS DE ORDEM HABITACIONAL -Suprir a demanda habitacional existente; -Compor uma cooperativa e fundo municipal de habitação; -Fazer estoques de terras para compor os programas habitacionais; -promover a regularição de áreas ocupadas passíveis da mesma 20.1.4 OBJETIVOS DE ORDEM EDUCACIONAL Curto prazo – período: ano de 2006 a 2009 EDUCAÇÃO INFANTIL 1. Ampliar e adequar o espaço físico, dos CMEIs, até 2008, para atendimento à demanda retida, por ordem de prioridade e necessidades. 2. Construir, a partir de 2007, três (03) CMEIS, para atendimento à demanda retida, nos bairros Xarquinho e Residencial 2000, Campo Velho (Boqueirão). 3. Adaptar os espaços físicos das instituições de educação infantil para acolher alunos portadores de necessidades especiais, até 2008. 4. Implantar, na Secretaria Municipal de Educação, sistema de coleta e atualização virtual de dados sobre a educação infantil, referentes à demanda e oferta de vagas no Município, condições físicas, materiais e pedagógicas das instituições, e caracterização dos profissionais que atuam nesta etapa da educação básica. ENSINO FUNDAMENTAL 1. Promover a ampliação, adequação e manutenção da rede de informatização das Instituições de Ensino do Município; 2. Transformar as classes isoladas unidoscentes remanescentes em escolas que ofertem pelo menos as quatro séries iniciais do Ensino Fundamental, até o final do ano letivo de 2007; 3. Ampliar progressivamente a rede municipal de ensino, construindo salas de aula para atendimento à demanda do Ensino Fundamental de 9 anos previsto em Lei. 4. Efetuar sistematicamente a manutenção das escolas da rede municipal, realizando ampliações, adaptações e reformas, conforme as necessidades detectadas. 5. Construir, a partir de 2006, três (03) Unidades de Escolas Totais, para atendimento à demanda, nos bairros Jardim das Américas, Xarquinho e Adão Kaminski, funcionando em período integral. 85 6. Prover, em parceria com o Estado e a União, o transporte escolar, com prioridade à clientela da zona rural e, quando necessário, à da zona urbana de forma a garantir o acesso e a escolarização de todos os alunos. 7. Reduzir, no mínimo 50% das taxas de reprovação e evasão no ensino fundamental, especialmente nas 5ª séries, por meio de um trabalho de conscientização e mobilização dos professores de 4ª e 5ª séries e das famílias dos alunos, visando a amenizar a transição nessa etapa escolar, com base em levantamento de dados e estudos sobre as principais causas do problema e apresentação de alternativas de solução, adotando medidas que venham a reverter esse quadro. 8. Adaptar os prédios escolares existentes, segundo padrões de infra-estrutura para atendimento dos alunos especiais. 9. Estabelecer, programas de alfabetização e de conclusão do ensino fundamental, com ampliação da oferta de vagas na rede pública e privada, e com a participação de ONGs, num esforço do Município em conjunto com o Estado e a União; 10. Firmar parcerias com instituições públicas ou privadas, para a oferta de cursos profissionalizantes aos alunos do ensino fundamental, na modalidade jovens e adultos; 11. Assegurar, nesse período a oferta de educação de jovens e adultos equivalente às quatro séries iniciais do ensino fundamental para 50% da população de 15 anos ou mais, que não tenham atingido este nível de escolaridade, ampliando a oferta em mais de trinta turmas de EJA; ENSINO MÉDIO Na perspectiva do Município de Guarapuava, o Ensino Médio, como etapa final da Educação Básica, deverá atender as seguintes demandas: 1. Adotar mecanismos para a oferta do Ensino Médio que possibilitem o ingresso e a permanência do aluno no ensino noturno, garantindo assim o atendimento às necessidades dos alunos trabalhadores. 2. Estabelecer critérios legais e específicos para o Ensino Médio regular noturno, incluindo a revisão de sua organização didático-pedagógica e administrativa, de forma a adequá-lo às necessidades do aluno que trabalha, sem com isso prejudicar a qualidade do ensino. 3. Garantir, em todos os turnos, o transporte escolar aos alunos do Ensino Médio que necessitam desse meio para o acesso à escola. 4. Não autorizar a implantação do Ensino Médio em escolas que não apresentem os padrões mínimos de infra-estrutura para o funcionamento desse nível de ensino. 5. Normatizar de forma definitiva, em um ano, o número máximo de alunos por sala de aula, estabelecendo a média de 35 alunos por turma, para a melhoria da qualidade do ensino e das condições de trabalho. 86 Médio prazo – período: ano de 2010 a 2012 EDUCAÇÃO INFANTIL 1. Construir, um (01) CMEI, para atendimento à demanda retida, no bairro Bonsucesso. 2. Implantar, na Secretaria Municipal de Educação, sistema de coleta e atualização virtual de dados sobre a educação infantil, referentes à demanda e oferta de vagas no Município, condições físicas, materiais e pedagógicas das instituições, e caracterização dos profissionais que atuam nesta etapa da educação básica. 3. Implantar nas instituições de educação infantil, de forma progressiva, o atendimento em tempo integral para crianças de 0 a 5 anos, até 2010. 4. Reduzir, em pelo menos 20% ao ano, a partir da implantação desse Plano, a demanda retida na Educação Infantil, assegurando até 2010, o atendimento a 75% da demanda de 0 a 4 anos e em 100 %, da demanda de 5 anos. ENSINO FUNDAMENTAL 1. Adaptar, até em 2010 os espaços físicos das escolas públicas para acolher alunos portadores de necessidades especiais. 2. Atender, neste período, padrões mínimos de infra-estrutura para o ensino fundamental, compatíveis com o tamanho dos estabelecimentos, incluindo: a. espaço, iluminações elétrica e natural, ventilação, água potável, rede elétrica, segurança e temperatura ambiente; b. Instalações sanitárias e para higiene; c. espaços para esporte com cobertura adequada, recreação, biblioteca e serviço de merenda escolar; d. mobiliários, equipamentos e materiais pedagógicos, especialmente laboratórios de informática. 3. Autorizar, a partir da implantação dos padrões mínimos, somente a construção/instalação e funcionamento de escolas que atendam aos requisitos de infra-estrutura definidos nos itens“a” a “d” da meta 02. 4. Garantir até em 2012 a construção de 02 Unidades de Escolas Totais, conforme padrões, para atender à demanda nos bairros Jardim Araucária e São João. Longo prazo – período: ano de 2013 a 2016 87 1. Adequar a construção de escolas e CMEI’s de acordo com a Zona de Densificação, atendendo a demanda local. 2. Redistribuir a oferta do Ensino Médio, de forma a assegurar acesso a todos os egressos do Ensino Fundamental, tendo em vista que a origem social e as necessidades especiais de aprendizagem da clientela não podem ser elementos determinantes para o ingresso, ou não, a esse nível de ensino. 3. Assegurar, a oferta de educação de jovens e adultos equivalente às quatro séries iniciais do ensino fundamental para a população de 15 anos ou mais, que não tenham atingido este nível de escolaridade, ampliando a oferta das turmas de EJA; CULTURA, ESPORTE E LAZER: -Instituir projetos para difusão da cultura e do saber; -Desenvolver o acervo histórico, científico e cultural; -Equipar a rede de bibliotecas existentes na cidade; -Criar Centro Integrado de Cultura abrindo espaço para coral, teatro, cinema e oficinas de arte; -Recuperar os equipamentos esportivos, praças e áreas de lazer existentes; -Dotar cada bairro da cidade de pelo menos uma área verde de lazer; SAÚDE: 20.1.5 OBJETIVOS DE ORDEM DE ÁREA DA SÚDE 1ª – Diretriz : Garantir e ampliar o acesso da população ás ações e serviços de saúde individuais e coletivos, prestando atendimento compatível com as normas vigentes, visando controlar os problemas prioritários de saúde. Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Oferecer procedimentos Ampliar a oferta de consultas e básicos a população procedimentos guarapuavana médicos,odontológicos e de Atenção Básica enfermagem básico. Reduzir as taxas de Melhorar a qualidade das Atenção Básica mortalidade materno e infantil. consultas de pré – natal para as Assistência Médica Reduzir o numero de gravidez gestantes. na adolescência Garantir fluxos de pacientes acompanhadas pelo SISPRÈNATAL de baixo risco para assistência obstétrica 88 adequada. Monitorar crianças menores de um ano, otimizando o Programa Anjo da Guarda. Implementar ações de planejamento familiar na rede de serviços . Reduzir agravos na infância Intensificar ações de atenção Atenção Básica integral a criança de 0 a 5 anos de idade. Manter níveis de cobertura Manter os níveis adequados de vacinal e vigilância de agravos cobertura vacinal. Vigilância Epidemiológica imunopreviniveis Detectar estágios de câncer de Aumentar a oferta de exames colo de útero em mulheres em de coleta de citopatologicos Atenção Básica idade de risco. Reduzir a incidência de carie Implementar ações de saúde dentaria na população de 0 a bucal nas escolas públicas e 14 anos. creches. Detectar casos de câncer de Realizar exames em todas boca. as consultas odontológicas Assistência Odontologica Assistência Odontológica na população acima de 40 anos. 2ª - Diretriz: - Estabelecer vinculo entre os profissionais de saúde e a população sob sua responsabilidade sanitária nas áreas de abrangência das unidades de saúde – CIA’s e PSF’s. Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Expandir a cobertura de Ampliar o numero de PSF’s e a de PACS. equipes de saúde da família Atenção Básica e contratação de agentes comunitários Monitorar as famílias das Geoprocessamento áreas de abrangência das informações e mapeamento equipes de PSF. inteligente. Monitorar casos de Cadastrar pacientes portadores de portadores doenças crônicas de e acompanhar Atenção Básica DTI Atenção Básica identificados pela rede. (hipertensão e diabetes) 89 Reduzir o coeficiente anual Realizar ações de vigilancia de de epidemiológica em controle incidência tuberculose pulmonar baciliferos, reduzir a taxa de DIVE- AMPDS para da Tb e ações do erradicação do MH abandono do tratamento. Reduzir o coeficiente de prevalência de hanseníase . Aumentar o diagnostico de Implementar casos de DST’s COAS e descentralização DIVE - COAS Atenção Básica do diagnostico e tratamento de DST na rede básica 3ª Diretriz: Garantir e ampliar o acesso da população as ações e serviços especializados, compatível com as normas preconizadas e problemas prioritários Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Oferecer Manter protocolos de referencia e contra consultas e Assistência Médica referencia para o CISGAP e rede credenciada procedimentos especializados a população de referencia Reduzir a Implantar o ambulatório de alto risco Assistência Medica mortalidade Garantir assistência ao parto e ao recém Controle,Avaliação materno infantil. nascido e Auditoria das gestantes cadastradas pelo SISPRENATAL e referenciadas na pactuação na PPI. Reduzir a Encaminhar,acompanhar e tratar portadores de Assistência Medica neoplasias. TFD a Realizar exames de identificação de lesões de Assistência Medica mortalidade por órgãos – alvo para portadores de hipertensão Atenção Básica doenças arterial e diabetes mellitus cadastrados na rede. mortalidade por neoplasias mais freqüentes. Reduzir do aparelho circulatório Acompanhar portadores de HAS e Diabetes e internações por AVC em que necessitem de atenção especializada . indivíduos de 30 90 a 59 anos. Reorientar a atenção saúde Ampliar as ações de prevenção e em acompanhamento das dependências químicas.. mental Implementar serviços do PROSAM com a segundo as Assistência Médica PROSAM política de CAPS. normas do MS. Reduzir incidência infecção HIV a Promover da seguras. pelo e outras DST. Oferecer e garantir a Aumentar a adoção de praticas sexuais Assistência Medica Assistência a capacidade de oferta de Laboratorial diagnostico,aconselhamento,acompanhamento DIVE e tratamento. COAS Redimensionar a oferta de leitos hospitalares. Controle, Avaliação e Auditoria internação hospitalar própria . Reduzir Garantir a realização de testes rápidos de HIV e Assistência a Saúde transmissão sífilis e disponibilizar antirretrovirais para mãe e DIVE - COAS materno recém nascido infantil do HIV e sifilis 4ª Diretriz: Promover ações intersetoriais para controle dos determinantes dos problemas prioritários de saúde. Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Reduzir a incidência da Reduzir o índice dengue e manter erradicada infestação predial a febre amarela Aedes aegypti. de VISA por PEA Implementar ações de Ampliar a capacidade de VISA vigilância saúde do detecção CMReabilitação à trabalhador de óbitos e amputações por acidentes Orteses e Próteses de trabalho. Acompanhar e tratar os portadores de LER/DORT identificados na rede. Reduzir o risco à saúde da Implementar população à vigilância serviços e serviços,alimentos, consumo de produtos e medicamentos utilização vinculados de medicamentos de interesse ações sanitária de VISA de e agrotóxicos. sanitário. 91 Reduzir a incidência acidentes por de animais peçonhentos. Implementar ações DIVE educativas e de combate VISA aos animais peçonhentos nas areas de maior ocorrência . 5ª Diretriz: Modernizar o sistema de informação em saúde para subsidiar o planejamento, a avaliação das ações e serviços de saúde. Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Informatizar e modernizar Implementar os serviços da SMS Nacional de Saúde Informatizar o a cartão rede DTI Controle,Avaliação de e Auditoria serviços. Manter atualizado cadastro o dos estabelecimentos de saúde e SIAB 6ª Diretriz: Controlar,avaliar e auditar os serviços públicos e privados cadastrados ao sistema. Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Assegurar o acesso dos Realizar verificações Controle, usuários e a regulação da periódicas da qualidade dos Auditoria. oferta, serviços Ouvidoria demanda e qualidade dos serviços de denuncias saúde. fazendo e averiguar as Avaliação e registradas, os encaminhamentos necessários 7ª Diretriz: Fortalecer e ampliar o controle social sobre o planejamento,execução e a avaliação das ações e serviços. Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Fortalecer e ampliar o Acompanhar a aplicação SMS 92 controle social. de recursos em ações e CMS serviços de saúde conforme a EC 29. Incentivar a participação dos conselheiros municipais de saúde. Ampliar os conselhos locais de saúde. Realizar a VIII Conferencia Municipal de Saúde. 8ª Diretriz: Desenvolver programas de educação permanente para todos os profissionais da área da saúde da SMS, proporcionando a constante atualização profissional para a realização de ações e serviços de saúde eficientes e eficazes e melhor acolhimento do usuário . Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Capacitar Recursos Humanos Educação Continuada Atenção Básica Treinamentos Específicos Assistência Médica SAMU 9ª Diretriz: Garantir o acesso da população em todos os níveis de atenção do cuidado, respeitando a hierarquização do sistema. Objetivo Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Adequar e manter a rede Construção de 05 unidades SMS física de saúde Administração da Secretaria Municipal de Saúde. Construção do Canil Planejamento e Projetos Municipal Aquisição de veículos – carros passeio , ambulâncias, odontomovel. Aquisição de aparelho de radiodiagnóstico Ampliar os CIA’s Primavera e Boqueirão com serviço de urgência e emergência – 24hrs 10ª Diretriz: Garantir a assistência farmacêutica. 93 Objetivos Estratégia de Ação Responsabilidade Institucional Garantir o usuários do acesso dos Implementar e informatizar SUS aos a medicamentos básicos. dispensação e suprimento medicamentos Assistência Farmacêutica o dos da lista básica. Monitorar a aquisição de medicamentos da lista básica 20.1.5.1 – PRIORIDADES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 1. PROMOÇÃO DE SAÚDE • Desenvolvimento de campanhas educativas • Intersetorialidade com outras secretarias • Elaboração de materiais educativos (áudio-visuais) 2. EXPANSÃO DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA E MELHORIA NA QUALIDADE DA ATENÇÀO PRIMÁRIA • Linhas de ação – 3 Componentes – Apoio ä conversão do modelo de Atenção Básica de Saúde – Desenvolvimento de Recursos Humanos – Monitoramento e Avaliação • Melhoria de Infra estrutura • .Melhoria da qualidade da Atenção Primária 3. MELHORIA ATENDIMENTO / ACESSO URGÊNCIA EMERGÊNCIA • Melhoria de Infra estrutura • Reestruturação do Pronto atendimento / Urgência municipal • Estabelecer fluxo de atendimento para Urgência / Emergência 4. MELHORIA DOS INDICADORES DE MORTALIDADE MATERNA E INFANTIL • Referência para Gestação de Alto Risco • Ações de Prevenção à Violência contra a Mulher • Reorganizar a assistência materno infantil • Reorganizar e otimizar o SISPRENATAL • Reestruturar o atendimento do Centro de Saúde da Mulher • Implantar ações diferenciadas para gestantes (grupos,cursos) • Priorizar ações para gestantes adolescentes 94 5. AMPLIAÇÃO ACESSO SADT / CONSULTAS ESPECIALIZADAS / CONSULTAS ELETIVAS / SAÚDE MENTAL • Consórcio - CISGAP • Implantação da central de agendamento de consultas • Ampliação da Assistência a Saúde Mental - CAPS 6. AMPLIAÇÃO ACESSO SAÚDE BUCAL • Câncer Bucal • Mutirões • Ampliação de Infra estrutura • Reestruturação do CEO 7. AMPLIAR A INFRA ESTRUTURA UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE • Adequação de equipamentos técnicos de apoio,diagnóstico e terapia • Construção de novas unidades de saúde • Sistematização da Assistência • Elaboração e operacionalização de Programas Especiais • Elaboração, estruturação e desenvolvimento de Sistemas de saúde Preventiva • Estruturação e implantação de Sistemas de Busca Ativa • Instalação da Clínica Central de Reabilitação • Instalação da Central de esterilização de material • Implantação do CIA Centro 8. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA • Ampliar oferta e acesso • Reestruturação da Farmácia Municipal. • Estabelecimento de protocolos de assistência farmacêutica • Adequação da oferta de medicamentos básicos 9. DESENVOLVIMENTO E CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS • Treinamento e Capacitação para Agentes Comunitários de Saúde • Treinamento e Capacitação para Equipes de PSF • Treinamento e Capacitação para Equipe SAMU • Qualificação em Humanização do Atendimento (Todo o quadro funcional) 10. MELHORIA NO GERENCIAMENTO E NA GESTÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE • Definição do Modelo de assistência • Planejamento Estratégico 95 • Plano Municipal de Saúde • Diretrizes • Reestruturação do Organograma • Informatização / Informação • Assumir Gestão Plena do Sistema Municipal • Captação de recursos (Projetos/Convênios) • Criar Protocolos de Atendimento • Estabelecer Fluxos de Assistência • Estruturação de Programas matriciados 11. CONTROLE SOCIAL • Ouvidoria • Necessidade de avaliação de satisfação do usuário • Avaliação de desempenho das Unidades de Atendimento • Avaliação dos Programas e projetos 12. VIGILÂNCIA SANITÁRIA • Saúde Ambiental • Saúde do Trabalhador A apresentação do Sistema Municipal de Saúde de Guarapuava, visa consubstanciar a priorização da atual administração, que elegeu como fundamental a questão saúde. Questão esta, não obstante de seus méritos sócio – sanitários, e conquistas de políticas públicas, amplamente reconhecidas, como o exemplo dos Centros Integrados de Atendimento, que traz consigo também a virtude de nunca ter acabado, de sempre reconhecer novas fronteiras a serem desbravadas, na busca de um encontro solidário e resolutivo com a cidadania guarapuavana. Em especial, nesta atual administração, adotou - se o lema “Saúde Pra Você”, potencializando a capacidade instalada na Secretaria Municipal de Saúde, indo de encontro com a futura política a ser instalada de gerenciamento pleno das ações e serviços de saúde A consistência das estratégias de saúde, ora apresentadas,fundamenta-se em propostas definidas a partir do diagnóstico feito pela Secretaria Municipal de Saúde, tendo respaldo orçamentário compatível , de forma a tornar as ações exeqüíveis e realistas. Desta forma acredita-se que o setor saúde de um município , é em sua essência , o compromisso administrativo para a melhoria da qualidade de vida e saúde de seus cidadãos. 20.1.6. OBJETIVOS DE ORDEM SOCIAL: Diretrizes - A organização da Assistência Social tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição Federal de 1988 e na LOAS: 96 - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais; - Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis; - Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social em cada esfera de governo; - Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos. Objetivos A Política Pública de Assistência Social deve ser realizada de forma integrada às políticas setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva: - Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem; - Contribuir com a inclusão e a equidade dos usuários e grupos específicos, ampliando acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural; - Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária. 20.1.7 OJETIVOS DE ORDEM ECONÔMICA: O desenvolvimento econômico integrado com programas práticos de industrialização rápida, deve ser considerado como meta para elevar o nível médio. Inicialmente se faz necessário o aumento de produtividade no setor agrícola, para posteriormente transpor o setor primário – agricultura e extração – para o secundário – indústria de transformação. -Priorizar investimentos no setor produtivo, objetivando a criação de empregos; -Apoiar a pequena e média empresa; -Auxiliar os pequenos e médios produtores rurais; -Incentivar a instalação de cooperativas de produção e transformação; -Promover a diversificação da produção; -Auxiliar as práticas associativistas ou cooperativistas; -Auxiliar a comercialização da produção local; -Tornar acessível aos pequenos e médios produtores, as técnicas e alternativas agrícolas; -Incentivar o desenvolvimento da atividade turística; -Priorizar atividades, obras e serviços que privilegiem a geração de empregos e promovam a melhoria de qualidade de vida da população. 97 20.1.8. OBJETIVOS DE ORDEM ADMINISTRATIVA: -Reestruturar as Secretarias Municipais, dotando-as de condições materiais e recursos humanos adequados para cumprir suas funções, notadamente os departamentos que imediatamente à aprovação do Plano, conviveram com a prática de sua aplicação, ressaltando-se os Departamentos da Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo, quais sejam: Deapro, Ceplug, DTC, CTU e Departamento Habitacional. -Promover a disponibilidade de hardware, software, sistemas, mapeamentos notadamente para as Secretarrias Municipais diretamente envolvidas no gerenciamento do Plano Diretor; -Reestruturar adequadamente o Conselho de Plano Diretor e Secretarrias Municipais diretamente envolvidas no gerenciamento do Plano Diretor, notadamente a secretaria de Habitação e Urbanismo; -Informatizar os setores da Prefeitura Municipal; notadamente os que dizem respeito à arrecadação, cobrança, fiscalização, planejamento e controle; -Capacitar e melhorar a qualidade do trabalho do corpo técnico, através de cursos de formação e incentivo à pesquisa; -Garantir a participação popular diretamente ou através das suas entidades organizadas no processo de planejamento. 21. MACROZONEAMENTO PROPOSTO PARA A CIDADE DE GUARAPUAVA Embora o presente estudo diagnóstico da cidade de Guarapuava seja bastante amplo e a síntese do trabalho já esteja expressa nas diretrizes que resultará na Lei do Plano Diretor, gostaríamos de dar ênfase à questão físico-territorial. A importância de tal destaque está presente no fato de que o assunto de maior autonomia e de responsabilidade única do município é organização do solo urbano. Tal autonomia no entanto, restringe-se quando tratamos dos demais assuntos como saúde, educação, emprego, etc... que possuem maior dependência das outras esferas de governo. Assim procuramos através da análise e síntese da realidade da organização físico territorial da área urbana do Distrito Sede de Guarapuava, apresentar o que deve ser em linhas gerais uma proposta para esboçar os objetivos que pretendemos alcançar quanto ao uso do solo, ou seja o Macrozoneamento. Desta forma os critérios de Uso e Ocupação do Solo devem atender às diretrizes, observando-se: I. A racionalização da distribuição de comércio e serviços de forma mais equilibrada e que promova um melhor atendimento à população como um todo. II. A utilização da Infraestrutura Urbana já instalada, disponível e subutilizada. III. A compatibilização do Uso do Solo com as funções das vias do sistema viário e transporte coletivo 98 IV. Hierarquização do sistema viário, em função do Transito e Uso, de forma a garantir o efetivo deslocamento de veículos e pedestres, atendendo às necessidades da população, do sistema de transporte coletivo. V. A Descentralziação das atividades comerciais e de prestação de serviços 21.1 ÁREAS ESPECIAIS São áreas pertencentes à Zona Especial as áreas de proteção ambiental, as de fundos de vale, de recursos hídricos, as matas nativas, as de solos orgânicos, as pedreiras, as lagoas, a área de inundação do Rio Cascavel e Xarquinho, a área que abastece a área de inundação, as de controle de gabarito, de interesse público, de interesse social, as de projetos específicos, etc. A cidade apresenta uma conjugação rica de fatores favoráveis para utilização racional das áreas necessárias à preservação. Desta forma deve ser planejado um eixo de cultura e lazer que se utilize dessas áreas a fim de coibir as ocupações não desejáveis. Essas áreas constituem-se em rico potencial para melhoria da qualidade do ambiente urbano, pois além de recuperar o aspecto paisagístico dos fundos de vale existe necessidade de real processo de recuperação dessas áreas já que a cidade sofre com as inundações periódicas do Rio Cascavel. Os Rios Cascavel e Xarquinho, uma vez recuperados seriam componentes saudáveis e barreiras entre as áreas industriais e as áreas residenciais existentes naquelas imediações. Existem apenas pequenas manchas de floresta nativa espalhadas pela malha urbana de Guarapuava. São remanescências de um processo desordenado de crescimento e são na sua maioria de propriedade particular. Todas elas devem ser preservadas à fim de resgatar o mínimo do patrimônio ecológico que ainda resta dentro do perímetro urbano. Após projetos específicos, seriam destinadas apenas à conservação, ou dependendo dos estudos efetuados e devido à carência de áreas verdes de lazer poderiam ser, consideradas Parque Municipais. A Área de solos turfosos também possui restrições de ocupação onde as condições geológicas não aconselham a edificação. Para nortear as restrições de ocupação baseadas em fatores do meio físico da área urbana, contamos com o diagnóstico e recomendações do Relatório Técnico da MINEROPAR. Também são áreas especiais as áreas adjacentes ou localizadas em lugares de observação da paisagem e pelos terrenos situados na encostas destas elevações, onde os parâmetros de ocupação do solo serão controlados de maneira a não causar interferências, especialmente às situadas no Vale do Jordão. Somam-se a estas as áreas de Controle de Gabarito onde se faz necessário a restrição de adensamento, ou o atendimento à uma necessidade específica, ou ainda a proteção do valor paisagístico e ecológico de determinados locais da cidade compreendendo: I-Entorno do Parque da Cidade II-Área delimitada no Plano Diretor, como de proteção dos recursos hídricos III-Área da pedreira – entorno do terminal rodoviário IV-Encosta do Vale do Rio Jordão V-Área seccionada pelo Feixe de Microondas da Telepar 99 VI-Área de entorno do Aeroporto VII-Áreas delimitadas pelo Conplug ao longo do período em que vigorar esta lei As Áreas Especiais de Interesse Social destinam-se primordialmente à execução, manutenção e recuperação das áreas de interesse social e compreendem: I-terrenos públicos, particulares e/ou loteamentos irregulares, em relação aos quais haja interesse ou possibilidade de se promover a urbanização e regularização jurídica; II-Áreas de expansão prioritária, necessários à implantação de programas habitacionais; As Áreas Especiais de Projetos Específicos são aquelas que necessitam de elaboração de estudos mais detalhados para implementação das obras e usos e promoção das mudanças necessárias. São exemplos de áreas de Projetos Específicos, a área de Inundação do Rio Cascavel, dos Eixos de Lazer e Cultura, previsão do sistema viário, área do entorno do aeroporto, encosta da Serra – Vale do Jordão - Avenida Serafim Ribas e demais áreas a serem delimitadas. 21.2 ÁREAS DE EXPANSÃO CONTROLADA E ÁREA DE PROTEÇÃO DA BACIA DO RIO CASCAVEL São áreas que caracterizam-se por estarem loteadas, com precariedade de infraestrutura, equipamentos, serviços urbanos e baixa densidade. Já que a diretriz básica para a racionalização da ocupação urbana é a homogeneização do acesso à terra e à esses bens, o Poder Público deverá prover esta infraestrutura à fim de direcionar a ocupação dessas áreas, ou incentivar sua ocupação por loteamentos e condomínios totalmente providos de infraestrutura e que seriam ocupados por população que não demandam tanto dos serviços públicos de educação, transporte coletivo, saúde e outros. 21.2.1 ÁREAS DE DENSIFICAÇÃO São áreas com disponibilidade de infraestrutura, e que encontram-se no raio de influência dos equipamentos e serviços urbanos, possui condições de intensificação de uso e promoção de sua diversificação. Caracterizam-se também por terem alta percentagem de lotes não edificados e subutilizados que indisponibilizam os bens de consumo coletivos existentes. Suportam a instalação de condomínios de pequeno porte seja com fins residenciais, mistos ou comerciais, além da verticalização Tal característica é resultado de processos já descritos no tópico sobre o processo de uso e ocupação do solo urbano, que faz parte deste documento. Caberá ao poder público utilizar-se dos instrumentos constitucionais existentes para dirigir tal processo de adensamento. 21.2.2 ÁREA PARA EXPANSÃO DO CENTRO Suas características de uso e ocupação deverão concentrar atividades AdministrativoInstitucionais do Serviço Público, de Passeio, Lazer, Diversão e Cultura, admitindo-se o uso habitacional e atividades comerciais e de prestação de serviços. Atividades comerciais e de prestação de serviço que se caracterizam por serviço e comércio de bairro e que por definição deveriam localizar-se disseminadamente e distribuidamente pelos 100 bairros e células de planejamento, devem ser redirecionadas e não incentivadas para ocupação na Zona Central Extendida. 21.2.3 CÉLULAS DE PLANEJAMENTO São contornos de áreas que através de sua delimitação se destinariam a promover uma melhor distribuição de uso, por todo o perímetro urbano da cidade. As vias principais de células seriam as Vias de Contorno, as Vias de Comércio e Serviço de Bairro, internas às células, e as Vias Principais do Sistema de Transporte Coletivo. 21.2.4 ÁREAS INDUSTRIAIS São áreas com aspectos favoráveis de topografia e localização em função da facilidade de escoamento de produção. Diferenciam-se em áreas para abrigar indústrias não poluitivas e áreas para abrigar indústrias de carcter poluitivas ou incomodas. 22. RESULTADOS ANTERIORES DO USO DO PLANO DIRETOR NO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA Gostaríamos de destacar neste capítulo alguns resultados relevantes e interessantes do uso dos Estudos e Diretrizes do Plano Diretor no Município de Guarapuava, sejam positivos ou negativos, que deverão nortear as diretrizes de atualização e inclusão, no novo Plano Diretor. • Execução de Recadastramento das Unidades Imobiliárias em 2001 e 2002 e Geoprocessamento; • Notificação da Zona de Densificação I e II para edificação e/ou parcelamento compulsório, e posterior aplicação de imposto progressivo, nas notificações não atendidas • Inclusão no Código Tributário do Imposto Progressivo • Inclusão na Lei do Plano Diretor dos Instrumentos de Controle Urbanísticos do Estatuto da Cidade • Aplicação de Concessão Onerosa para construções acima do Coeficiente Básico • Ligações Importantes – Sistema Viário: Bairro Jd. das Américas/Vila Carli – Rua Judite Bastos, Rua Lauro Sodré Lopes com Rua Rosa Lustosa Siqueira, Rua Elias zacalusny, Av. Castelo Branco, Rua Paraná, Rua Juarez Martins Lustosa, PRT 466 até Rua Mario Virmond, CDI com Vila Karem, Rua Bahia/Rua Brigadeiro Rocha, Prolongamento Rua Pres. Zcarias até Av. Ver. Rubem Siqueira Ribas, R. Luiz Cúnico com Av. Moacir J. Silvestri e Av. Aragão de Mattos Leão • Fortalecimento e maior instrução dos Conselhos do Plano Diretor de Guarapuava e Conpluerg, que possuem nomeações anuais e reuniões ordinárias mensais desde 1994 • Intervenções Várias no sistema Viário, como Revitalização Rua Saldanha Marinho, • Criação do Distrito Industrial Atalaia • Criação da Lei de Sistema Viário e Hierarquização das Vias • Execução de Loteamentos e Utilização de algumas glebas não utilizadas inseridas na malha urbana, como Loteamento Residencial Virmond, Morada do Sol, Área do Exército (Campus II da Unicentro), • Regularização Fundiária: Vila São Miguel, Vila São Luiz, Vila São José, Rua Guaíra 101 • Levantamento das Estradas Rurais Municipais e Disgnóstico • Levantamento Aerofotogramétrico da Bacia de Captação do rio das Pedras • Levantamento Cadastral e Ambiental da Bacia do Rio das Pedras (Bacia de Captação) Elaboração das leis de perímetros urbanos de todas as áreas urbanas do Município 102