Relatório do evento

Transcrição

Relatório do evento
2016
20 A 22 DE MAIO CASASHOPPING
Relatório
do evento
Apresentação
De 20 a 22 de Maio
de 2016, realizou-se
a terceira edição do
Vinhos de Portugal
no Rio, uma iniciativa
dos jornais Público
e O Globo em parceria
com a ViniPortugal
no Casa Shopping.
Foi a primeira vez
que o evento foi
VEJA
realizado na
O VÍDEO
Barra da Tijuca.
6611 450
Produtores
O evento
em números
Rótulos
de Vinhos
Sessões de
degustação
8000
Visitantes
em três dias
42% BARRA DA TIJUCA
31% ZONA SUL
16% ZONA NORTE,
11% OUTRAS REGIÕES
OU CIDADES
Mercado
profissional
A abertura foi na manhã do dia
20 de Maio com uma sessão de 2 horas
e meia dedicada aos profissionais
em que cerca de 130 pessoas do sector,
desde donos de restaurantes ou de garrafeiras,
a jornalistas especializados ou sommeliers.
Estiveram presentes o Presidente do Instituto
da Vinha e da Vinho, Frederico Falcão,
o Presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro,
os presidentes das CVRs Aletenjana e de Setúbal,
Francisco Mateus e Henrique Soares,
o membro da direcção da CVR do Dão,
Rui Ribeiro e o representante do IVDP,
Carlos Soares.
Mercado
de vinhos
66 produtores, 450 rótulos, 10 sessões:
na terceira edição do evento, repetimos
os slots de 2 horas que fizeram sucesso
em 2015: quatro no sábado e três
na 6.ªf e no domingo.
O ministro da Agricultura, Luís Capoulas
Santos, participou da primeira sessão
e cumprimentou todos os produtores
presentes. O Ministro ainda participou
de uma prova e de uma sessão
do Tomar um Copo. Foi acompanhado
pelos presidentes do IVV, ViniPortugal
além dos presidentes
e representantes das CVRs
VEJA
Alentejana, de Setúbal,
O VÍDEO
e Dão e do IVDP.
Provas
de Vinhos
Os inscritos nas provas (max 30 lugares)
tiveram a oportunidade de participar
em degustações conduzidas por críticos
dos jornais Público e O Globo, além
de Dirceu Vianna Júnior, o único Master
of Wine de língua portuguesa no mundo
e do diretor da Revista de Vinhos.
Críticos de Vinhos
Manuel Carvalho, Pedro Garcias Público
Pedro de Mello e Souza O Globo,
Luís Lopes Revista de Vinhos.
Master of Wine
Dirceu Vianna Júnior
Harmonizações
Houve também lugar para
duas provas de Harmonização:
com queijos e com doces.
Crítico de Vinho
Manuel Carvalho Público
Críticas de Gastronomia
Alexandra Prado Coelho Público
Cursos de Vinhos
Cursos básicos com duração de 1 hora
da Academia de Vinho de Portugal
– ViniPortugal. Todos os participantes
receberam certificados.
Crítico de Vinhos
Luís Lopes Revista de Vinhos
15 23
Tomar
um Copo
Actividades
em números
Provas
3
2
Harmonizações
Cursos
Tomar um Copo
Foi tamanho o sucesso do espaço de bate-papo
acessível ao público na área de convivência que
ampliamos o número de sessões em 2016. Os criticos
dos dois jornais conduziam os temas como enoturismo
das regiões do Porto e Douro, Setúbal, Alentejo e Dão,
sempre com degustação de dois rótulos de vinhos.
Este ano também falámos sobre a ligação entre vinho
e literatura com a participação da Universidade
de Coimbra e tivemos oradores das CVRS de Setúbal
e do Dão. A capacidade máxima é de 30 pessoas
por bate-papo.
Críticos de Vinhos
Jornalista de Gastronomia
Manuel Carvalho,
Pedro Garcias
Alexandra Prado Coelho Público
Público
e Luís Lopes
Revista de Vinhos
Oradores
Adriana Calcanhotto e Professor
Carlos Reis Universidade de Coimbra,
Henrique Soares CVR de Setúbal
e Rui Ribeiro CVR do Dão
23468
Bate
Papos
Tomar um Copo
em Números
Oradores
Vinhos
Degustados
3
675
Críticos
Participantes
Área de
Convivência
Espaço exterior,
aberto a todo público,
para relaxar e ter experiências
com as marcas dos
patrocinadores.
Este ano o grande sucesso foi
a loja de vinhos da Deli Delícia
patrocinadora do evento que
vendeu só vinhos de produtores
presentes no mercado.
O outro grande destaque
foi o Espaço SENAC (também
patrocinador do evento) com
sessões de harmonização
e gastronomia com vinhos
e produtores portugueses.
Espaço
Jornal Público
Área lounge de activação
da marca Público e contato
com o consumidor
carioca através do mote
“O jornal que vê de fora”
Neste espaço foram
distribuídos sacos, jornais
e edições do suplemento
de viagens Fugas. Foram
também distribuídos os
guias de vinhos do crítico
do Público Rui Falcão das
regiões de Setúbal, Dão,
Alentejo, Porto e Douro.
Espaço Jornal
O GLOBO
Lounge do Globo com
a bike Clube Sou + Rio,
Distribuição gratuita
do jornal do dia e sacos
especiais para carregar
garrafas de vinho para
os assinantes do jornal.
l O GLOBO
l Rio l
Domingo 24 .4.2016
l Rio l
Terça-feira 26.4.2016
INES VERGARA/TV GLOBO
Rafa Brites, 29
anos, encarna
Beyoncé, a
supercantora
americana, 34,
no “SuperStar
Web”, programa
que comanda
no Gshow. Esta
semana, entre
uma entrevista
e outra, ela vai
cantar “Love on
top”, de
Beyoncé. Cá
entre nós, Rafa
é linda,
talentosa e...
corajosa
Ponto Final
OS MELHORES VINHOS DE
PORTUGAL JÁ ESTÃO PRONTOS
PARA CHEGAR À CIDADE.
O BIQUÍNI DA JACQUELINE CAIU
A coluna lembrou, ontem, a música
“Demolição”, de Juca Chaves, feita em
1973. Trata-se de uma sátira à
construção civil nacional, depois dos
desabamentos do viaduto da Paulo de
Frontin, no Rio, e da Gameleira, em BH.
Aos 77 anos, morando em Salvador, o
artista diz que a queda da Ciclovia Tim
Maia, no Rio, mostra que a história se repete: “Faltam
pontualidade, honestidade e capacidade.”
Juca, assim como centenas de leitores, esclareceu que os
versos “só o biquíni da Jacqueline/é que caiu porque ela quis”
se referiam mesmo a Jacqueline Onassis (1929-1994),
ex-Kennedy, fotografada por um paparazzo numa ilha grega
(veja a foto), naquele ano.
Aliás, na época, em plena ditadura, Millôr foi processado
porque escreveu uma maldade sobre Jacqueline no
“Pasquim”: “Ela nasceu com a bunda pra lua e aprendeu a
usá-la.” Mas aí é outra história.
Daniel Gullino
e-mail: [email protected]
Fotos: [email protected]
l 13
12
CHICO OTAVIO
[email protected]
O secretário de Segurança, José
Mariano Beltrame, criticou ontem a legislação infantojuvenil
brasileira, que, segundo ele, é
insuficiente para frear a escalada de violência envolvendo
adolescentes no estado. Beltrame declarou apoio ao grupo de
promotores e procuradores do
Rio de Janeiro que levou ao
Congresso Nacional uma proposta de mudanças na lei. O objetivo da iniciativa é tornar mais
dura a aplicação de medidas socioeducaticas a menores que
praticarem, com violência ou
grave ameaça, condutas previstas na Lei de Crimes Hediondos
(Lei 8.072/1990).
— Não que eu queira encarcerá-los, mas eles precisam receber uma contrapartida proporcional ao ato praticado. Têm
de entender que não vale a pena praticar crimes. Se isso não
ocorrer, como acontece hoje,
esses jovens acabam progredindo na escalada criminosa, sendo cada vez mais violentos —
afirmou o secretário.
O Ministério Público defende
mudanças no Artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê a aplicação de medidas diferenciadas
de acordo com os crimes cometidos, e na Lei nº 12.594/2012,
que disciplina a execução das
punições. Embora permita a
aplicação de medidas socioeducativas de até três anos de internação, a legislação obriga os
magistrados a revalidar suas decisões a cada seis meses. De
acordo com o Artigo 42 da Lei
nº 12.594, a gravidade do ato infracional e os antecedentes não
podem fundamentar a renovação: apenas o comportamento
do infrator dentro da unidade
deve ser considerado.
As mudanças propostas permitiriam à Justiça aplicar a punição máxima sem a necessidade
de revalidação. Para justificar a
iniciativa, promotores alertaram
que não havia, em março, um
único jovem mantido por mais
de dois anos no sistema, nem
mesmo os que se envolveram
em crimes bárbaros. Dos 729
adolescentes que, no mês passado, cumpriam medidas socioeducativas no estado, apenas 1%
estavam em unidades fechadas
há mais de um ano e meio.
— O Estado precisa dar uma
resposta, mas a atual legislação
não contempla esta necessidade. Como o mundo pós-moderno usa leis como as nossas, os legisladores brasileiros acham que
temos de partir para algo desta
natureza como se fôssemos a Dinamarca ou a Alemanha. Mas
nossa sociedade é a carioca. Não
sou contra, mas não sou totalmente a favor. Do jeito que está,
não dá — disse Beltrame.
Como a revalidação das medidas de internação depende somente de relatórios técnicos,
elaborados por psicólogos ou
assistentes sociais, promotores
entendem que o conteúdo pode
estar comprometido com a política de esvaziamento de unidades superlotadas do Departa-
| Opinião |
PARA O DEBATE
TEMA QUE desata discussões apaixonadas, a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente, a fim de
eliminar ou no mínimo reduzir seu paternalismo,
recebe boa contribuição do
Ministério Público.
MERECE SER levada em
conta a ideia do MP de permitir que a Justiça imponha
ao menor infrator o cumprimento de uma só vez da
maior pena prevista no ECA,
três anos de internação. E
não de forma parcelada, a
depender de renovações
periódicas.
ISSO NÃO deve, entretanto,
substituir projeto que tramita no Congresso que permite
a redução do limite da maioridade, para efeito de punição, no caso de crimes graves, e mediante parecer do
MP e da Justiça.
l O GLOBO
Sábado 14.5.2016
DIOR TRAZ PARA O BRASIL APARELHO QUE MOSTRA TODAS AS NECESSIDADES DA PELE
MP propôs ao Congresso fim de sistema que reavalia punição a infrator
REPRODUÇÃO
U
O GLOBO
Beltrame apoia ação por mais
rigor na legislação infantojuvenil
SUCESSO
DE ‘SUPER
STAR’
CÚTIS EM ALTÍSSIMA DEFINIÇÃO
mento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). De janeiro
até domingo, de acordo com a
Secretaria estadual de Segurança, foram apreendidos 128 menores apenas na área do 19º
BPM (Copacabana).
TALITA DUVANEL
[email protected]
À
REPRESENTANTE DA OAB CRITICA
Presidente da Comissão de Criminologia da OAB/RJ, o advogado Carlos Eduardo Machado
é contrário a mudanças na legislação. Para ele, nada indica
que elas reduziriam a prática de
atos infracionais: proporcionariam, segundo Machado, somente “um inútil alongamento”
da internação de menores:
— A proposta baseia-se na já
desmoralizada crença de que a
exacerbação da punição reduzirá
comportamentos indesejados.
Esse raciocínio é equivocado em
casos de menores infratores, visto que atuam de forma impulsiva, nada reflexiva, via de regra influenciados por companhias e
circunstâncias momentâneas.
Machado disse ainda que
não vê razões para desconfiança em relação aos pareceres
elaborados por profissionais
que atuam no processo socioeducativo, inclusive o juiz:
— Imaginemos que um magistrado fixou um período mínimo de dois anos de internação.
Como pode ele presumir, sem
qualquer elemento sobre o
comportamento daquele menor, que, após um ano de internação, ainda seja necessário
mais um? Isso sem falar que o
número de menores reincidentes é bem menor que o dos condenados com mais de 18 anos. l
primeira vista, você
pode até pensar que
a Dior entrou no
mundo dos celulares,
e que as mais anima-
das não vão demorar a sair
por aí com seu aparelho grifado. Mas não é bem assim.
O aparelhinho na foto ao lado é o Skin Analyzer, um gadget da maison francesa que
desembarca na Beauty Boutique, do shopping VillageMall, e promete analisar com
precisão toda a condição
— Através da foto e de alatual da pele.
goritmos do programa, conCom uma câmera de altís- seguimos ir além da aparênsima definição, o Analyzer, cia e saber o que está havenao ser encostado na pele do do dentro da pele — explica
rosto, determina, em apenas Édouard Mauvais-Jarvis, dioito segundos, o grau10de Ohiretor
de comunicação cientíGLOBO
l BARRA
dratação, resistência, brilho
fica.19.5.2016
que esteve no Rio na úlQuinta-feira
e homogeneidade do tom.
tima semana. Comum em
l
marcas asiáticas (eles adoram esse tipo de tecnologia),
um aparelho assim é importante na combinação certa
de produtos, independente
da marca escolhida.
O fato de “fotografar” tão
de perto e ter acesso a cor
original do rosto com precisão faz do Skin Analyzer
também uma boa
ferramenta para ajudar na
escolha
do
tom perfeito
da
base. Para quem gosta de aliar beleza e tecnologia, é um
tremendo brinquedo. l
DIVULGAÇÃO
REPRODUÇÃO
BRT, VLT, BRS e ciclovia
As duas primeiras audiências
públicas foram na Câmara dos
Vereadores e divididas por temas: mobilidade e meio ambiente, na primeira; e operação e
infraestrutura, na seguinte. Os
estudos de mobilidade realizados pelo consórcio formado
por Odebrecht e Queiroz Galvão para a Operação Urbano
Consorciada (OUC) nas Vargens têm duas grandes novidades: a presença de uma linha
de BRT, já apelidada de Transvargens; e de transporte aquaviário, este ainda um projeto
longínquo, já que depende de
outros fatores, como a dragagem dos canais da região.
O novo corredor de BRT teria
21 quilômetros e ficaria pronto
para ser transformado, no futuro, em VLT. A linha teria integração com o Transoeste e correria paralelamente a ele até se
ligar ao Transolímpico, na altura da Ilha Pura. O caderno de
propostas do PEU das Vargens
cita apenas o VLT como alternativa de mobilidade, porém,
técnicas da Secretaria municipal de Urbanismo explicaram,
nas audiências, que o BRT também é uma possibilidade.
O transporte aquaviário apro-
veitaria as dezenas de canais
da região e iria até a Lagoa de
Jacarepaguá. Diferentemente
do Transvargens, que seria
complementar ao sistema viário já em operação, precisaria
de uma nova concessão. Os estudos do consórcio detalham
ainda uma ampla rede de ciclovias, com 160 quilômetros
(quase metade de toda a rede
existente na cidade hoje), com
500 bicicletários ao longo do
trajeto, e uma série de BRSs nas
principais vias da região, como
a Estrada dos Bandeirantes.
O especialista Willian Aquino,
contratado pelo consórcio para desenvolver os estudos de
mobilidade, explicou que a região não será como um “bairro de passagem”.
— Não estamos contemplando vias expressas. A ideia não
é atrair o deslocamento em
carros, mas sim em transporte público e bicicletas — explicou ele, que também opinou sobre uma possível rede
de VLT. — Para ser sustentável, o VLT deveria cobrir toda
a Barra, e não só Vargens.
Na terceira audiência, em
Vargem Grande, o foco foi o
novo PEU.
Parques
lineares.
No projeto
da Operação
Consorciada
Urbana, as
margens
dos canais da
região seriam
ocupadas por
áreas de lazer
O desenvolvimento de infraestrutura proposto pelo consórcio foi dividido em sete temas principais: drenagem, esgoto, água, elétrica, iluminação, gás e telecomunicações.
O saneamento básico, um dos
principais problemas hoje nas
Vargens, recebeu atenção especial durante as audiências
públicas. O plano, mais uma
vez com números superotimistas, cita redes de 260 quilômetros de esgoto e 470 quilômetros de abastecimento de
DE DESEMBARCAR MAIS UMA VEZ NA CIDADE
água. Se concretizado, Sérgio
Dias, ex-secretário municipal
de Urbanismo, cujo escritório
foi responsável pela elaboração dos estudos, diz que seria
o primeiro caso de uma região
totalmente coberta por esgoto
na cidade.
A todo momento, técnicos citavam o caso do Porto Maravilha como inspiração para a
infraestrutura das Vargens.
Os passeios padronizados foram um exemplo. Ernani
Costa, que atuou nos dois
projetos, explicou que o esgoto das Vargens seria ligado à
nova estação de tratamento
da Barra, criada pela Cedae,
em frente ao Parque Olímpico. Além disso, haveria 18 estações elevatórias espalhadas
pelas Vargens.
A sustentabilidade também se
faz presente no plano, que
prevê iluminação inteligente,
com sensor de presença; aproveitamento da água da chuva;
e instalação subterrânea de
rede de telecomunicações.
20/05 - 6a FEIRA
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
14h às 16h | 17h às 19h | 20h às 22h
21/05 - SÁBADO
22/05 - DOMINGO
MERCADO DE VINHOS
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 14h30 às 16h30
17h30 às 19h30 | 20h30 às 22h30
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 15h às 17h | 18h às 20h
CENTRO MÉDICO HIPERBÁRICO RJ
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MERCADO DE VINHOS
3 Orquídeas
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 14h30 às 16h30
17h30 às 19h30 | 20h30 às 22h30
,
por
PROVAS E CURSOS
(*)duração
Serviço restrito às seguintes áreas:
com 1 hora de
Barra, Centro e Zona Sul do Rio.
Convênios
com 1 hora de duração
2424-6699
(21) 2239-7165/ (21) 97242-9774
11h | Academia
11h | Grandes Brancos
Introdução ao Vinho
Português
qorquideas.com.br/qclubedeorquideas
Pedro Garcias
Luís Lopes
13h | Setúbal: a excelência do Moscatel
Luís Lopes
13h | Harmonização de doces e vinhos do Porto
Manuel Carvalho e Alexandra Prado Coelho
17h | Academia
Introdução ao Vinho Português
15h | Grandes Tintos
Luís Lopes
Pedro Garcias
13h | Grandes Brancos
Pedro Garcias
15h | Vinhos brancos do século XXI
Pedro Mello e Souza
17h | SENAC - Prova gratuita
Inscrições 30min. antes no local
Sujeito à lotação
19h | Porto Clássico
Manuel Carvalho
19h | Grandes produtores, safras históricas
Master of Wine Dirceu Vianna Júnior
21h | Vinhos refrescantes para o Rio
Master of Wine, Dirceu Vianna Júnior
12
PROVAS, CURSOS
E HARMONIZAÇÃO
- Aceleração de Cicatrizaçã
o.
- Lesões de Esporte
- Recuperação de Cirurgias
Plásticas
.
Sessões de 2 horas de degustação
ASSINATURA DE ORQUÍDEAS.
PROVAS, CURSOS
Você encomenda, a Q! entrega (*).
E HARMONIZAÇÃO
E todo mês a emoção é renovada.
com 1 hora de duração
11h | Grandes Tintos
Pedro Garcias
O GLOBO
.
MERCADO DE VINHOS
R$ 117,00* (a partir de)11h às 13h | 15h às 17h | 18h às 20h
Sessões de 2 horas de degustação
14h às 16h | 17h às 19h | 20h às 22h
OS MELHORES VINHOS DE PORTUGAL JÁ
ESTÃO PRONTOS PARA CHEGAR À CIDADE.
Indicações:
21/05
SÁBADO sua casa mais bonita.
22/05 - DOMINGO
ou- deixar
20/05 - 6a FEIRA
17h | Academia
Introdução ao Vinho Português
Luís Lopes
19h | Vinhos brancos do século XXI
Pedro Mello e Souza
21h | Harmonização de Queijos e Vinhos
Manuel Carvalho e
Alexandra Prado Coelho
21h | Grandes Vinhos de Setúbal
Luís Lopes
l O GLOBO
l Rio l
Quarta-feira 18 .5.2016
COFRE VAZIO
_
Estado extinguirá secretarias e cargos por decreto
Decisão foi anunciada por Dornelles, que precisará de aval da Alerj caso queira cortar autarquias e fundações
LUIZ ERNESTO MAGALHÃES
[email protected]
O governador em exercício,
Francisco Dornelles, disse
ontem que vai promover por
decreto a extinção de secretarias e cargos comissionados
como parte da reforma administrativa para cortar custos
do estado. Dornelles, no entanto, observou que essas
REVISTA O GLOBO
ações ainda serão insuficientes para reequilibrar as finanças do governo. Ele defendeu
a renegociação das dívidas
com a União.
Caso Dornelles queira fazer
mais cortes, que incluam a extinção de autarquias e fundações ou a demissão de servidores concursados há menos
de três anos, que estão em estágio probatório, ele precisará
de aprovação na Assembleia
Legislativa (Alerj).
Dornelles disse que, no processo de reestruturação, levará em conta sugestões feitas
pela Alerj para reorganizar a
administração. No Legislativo, acredita-se que as medidas serão anunciadas até o
fim deste mês, aproveitando
que vários secretários já terão
que deixar o cargo para poder
disputar as eleições munici- Tecnologia, como estavam espais de outubro, abrindo ca- peculando.
minho para os cortes. No Pa— Não há prazo. Nós estalácio Guanabara, comenta-se mos examinando — explicou
que a tesourada ocorrerá de Francisco Dornelles, após
uma só vez, numa tentativa de participar do 28º Fórum Naminimizar o impacto político. cional, realizado no BNDES,
O governador em exercício, onde ocorreu um painel com
no entanto, preferiu não ante- vários governadores para decipar datas. Disse apenas que bater a situação financeira
Segunda-feira
não pretende fundir as
secre- 16.5.2016
dos estados.
tarias de Educação e Ciência e
Dornelles disse ainda não
saber como arcará com os salários do funcionalismo em junho, pois ainda se preocupa
em honrar as despesas deste
mês. Em tom de brincadeira,
ao ser questionado sobre como conseguirá recursos, devolveu a pergunta.
— Eu ainda estou pensando
neste mês. Vocês têm dinheiro
para me emprestar? Aceito —
disse Dornelles. l
l Rio l
O GLOBO
Manifestantes cobram respostas
queda da Ciclovia Tim Maia
VENHA DEGUSTAR OSsobre
MELHORES
8 DE MAIO DE 2016
FOTOS DE DIVULGAÇÃO/ANDRÉ GODOY
VINHOS DE PORTUGAL
l 9
MÁRCIA FOLETTO
Protesto no Leblon aconteceu em trecho da via que está liberado
RENAN RODRIGUES
[email protected]
A queda de um trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, em São Conrado, na altura da Gruta da Imprensa, foi
lembrada, ontem de manhã,
durante manifestação que reuniu cerca de 30 pessoas no Mirante do Leblon. Elas cobraram
OS MELHORES VINHOS DE PORTUGAL ACABAM
esclarecimentos sobre a tragédia que provocou a morte de
duas pessoas em 21 de abril.
O protesto foi organizado
por Cláudia Medeiros, de 48
anos. Moradora do Leblon, ela
conta que sempre incentivou a
filha, de 18 anos, a pedalar pela
ciclovia. Cláudia ficou “angustiada” com a tragédia.
— Imagina se ela, no feriado,
está na ciclovia e morre. Desde
aquele dia esse assunto me deixa
angustiada. Queremos respostas.
O acidente ocorreu três meses
após a abertura da ciclovia. A
obra custou R$ 44 milhões. Na
queda, morreram o engenheiro
Eduardo Marinho Albuquerque,
de 54 anos, e o gari Ronaldo Severino da Silva, de 60.
Perícia feita pela Polícia Civil
constatou falha no projeto da
obra, executada pelo consórcio
Contemat-Concrejato, que não
previu o impacto das ondas no
tabuleiro da ciclovia nem amarração da pista com o restante da
estrutura. Investigações sobre o
caso ainda estão em andamento.
A ciclovia está liberada no
trecho entre o Mirante do Leblon e o Vidigal. l
Justiça. Manifestantes na ciclovia: ato cobrou respostas sobre o acidente
DE DESEMBARCAR MAIS UMA VEZ NA CIDADE
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20/05 - 6a FEIRA
21/05 - SÁBADO
MERCADO DE VINHOS
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 14h30 às 16h30
17h30 às 19h30 | 20h30 às 22h30
Sessões de 2 horas de degustação
14h às 16h | 17h às 19h | 20h às 22h
PROVAS E CURSOS
PROVAS, CURSOS
E HARMONIZAÇÃO
com 1 hora de duração
com 1 hora de duração
11h | Grandes Tintos
Pedro Garcias
SELEÇÃO. Peças de pequeno e médio porte serão exibidas no interior da galeria, enquanto um banco de dois metros ficará na entrada
15h | Grandes Tintos
Pedro Garcias
17h | Academia
Introdução ao Vinho Português
Luís Lopes
idade adulta aos 200 anos e pode viver mos uma técnica para esculpir com a
até 1.200. Raríssimas espécies têm essa motosserra que tem 100% de aproveilongevidade. Além de ser uma árvore tí- tamento das formas orgânicas.
pica brasileira, só ocorre na Mata AtlânNa balança da produção de esculturas
tica e no Sul da Bahia — esclarece Hugo. mobiliárias, Hugo esmiúça que 40% são
— É a única madeira que sobrevive às para uso interno e 60%, externo.
queimadas. A gente usa o que é chama— As pessoas tendem a associar o
do de resíduo florestal.
meu trabalho ao mobiliário urbano.
O manuseio da madeira é feito com Mas gosto muito de trazer a árvore pa18ra dentro de casa. A madeira rústica dá
uma motosserra. De propósito.
— A proposta é desconstruir o sím- suavidade, equilíbrio e um contraste
bolo do desmatamento. Desenvolve- muito bacana — defende o designer. l
17h | SENAC - Prova gratuita
Inscrições 30min. antes no local
Sujeito à lotação
19h | Porto Clássico
Manuel Carvalho
19h | Grandes produtores, safras históricas
Master of Wine Dirceu Vianna Júnior
21h | Vinhos refrescantes para o Rio
Master of Wine, Dirceu Vianna Júnior
21/05 - SÁBADO
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
14h às 16h | 17h às 19h | 20h às 22h
PROVAS, CURSOS
E HARMONIZAÇÃO
19h | Vinhos brancos do século XXI
Pedro Mello e Souza
21h | Harmonização de Queijos e Vinhos
Manuel Carvalho e
Alexandra Prado Coelho
Roseau
Dominica
Martinica
Santa Lúcia
N
este roteiro de sete
noites, os passageiros do MSC Orchestra, navio para
2.550 passageiros, se divertem com a recepção calorosa
e até cômica e extravagante
da tripulação. Entretenimento não falta a bordo: cassino,
lojas, piscinas, teatro, boate e
coquetéis com noites de gala.
A cada dia, há apresentações
nos diferentes bares do navio, com luzes e estofados
chamativos, como o Savannah Bar, sempre com alguém
cantarolando no palco.
Empresa italiana, a MSC
traz um pouco da caricatura
feita por Woody Allen no filme “Para Roma, com amor”
(2012). Assim como no filme,
os paparazzi estão lá e insistem para que as pessoas posem como celebridades. O
jeito é levar na esportiva e, se
quiser, depois comprar as fotografias na lojinha do navio.
No almoço e no jantar, a
bebida é liberada, com chope Heineken ou vinho italiano. Apesar do luxo das mesas
no jantar, o destaque no serviço vai para a simpatia de
garçons e atendentes. As cabines são confortáveis e a
EUROPA INESQUECÍVEL
VI
LO
•
•
•
E
é a
RO
SBOA
maioria tem varanda com
vista para o mar. Um bom livro ou algumas horas de descanso são perfeitos para recarregar as energias enquanto lá fora a paisagem se renova. Na hora de desembarcar e
passear, quem prefere mais
conforto, pode agendar os
passeios com a equipe de excursão do cruzeiro, que custam entre € 20 e € 100.
OUTROS NAVIOS PELA REGIÃO
Há navios de outras companhias que circulam pelo Caribe Sul. Para a temporada
que recomeça no fim do ano,
das que operam no mercado
brasileiro, além da MSC,
Costa, Royal Caribbean, NCL
e Pullmantur também levam
embarcações para lá. A MSC
terá o MSC Poesia. A NCL leva o Norwegian Gem a Porto
Rico, visitando Martinica e
Barbados, entre outras ilhas.
A Costa faz roteiros com o
Costa Magica por Martinica,
Guadalupe, Trinidad e Tobago. Da Pullmantur, o Zenith,
com saídas de Porto Rico, vai
a Santa Lúcia e Barbados. O
Jewel of the Seas e o Adventure of the Seas, da Royal Caribbean, incluem Porto Rico,
além de Dominica, Barbados
e Granada no roteiro. l
Bruno Góes viajou a convite de
MSC Cruzeiros
Porto.
Passageiros
desembarcam
em uma das
escalas do
cruzeiro
CARIBE
OCEANO
ATLÂNTICO
Trinidad e Tobago
O cruzeiro
Mar à vista e um lugar para ler um livro
EUA
VENEZUELA
Barbados
Granada
20/05 - 6a FEIRA
21/05 - SÁBADO
MERCADO DE VINHOS
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
14h às 16h | 17h às 19h | 20h às 22h
Martinica. Não há voo regular do Brasil para
Martinica. Em voo da American Airlines (via
Miami e San Juan), a passagem a Fort-deFrance sai por R$ 7.216, com taxas, para
maio. Neste voo, é preciso visto para os EUA.
Guadalupe
22/05 - DOMINGO
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 15h às 17h | 18h às 20h
Mais informações e venda de ingressos: vinhosdeportugalnorio.com.br
Serviço Caribe Sul
MAR DO
CARIBE
VENHA DEGUSTAR OS MELHORES
VINHOS DE PORTUGAL
17h | Academia
Introdução ao Vinho Português
Luís Lopes
Como chegar
p50
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 14h30 às 16h30
17h30 às 19h30 | 20h30 às 22h30
11h | Grandes Brancos
Pedro Garcias
13h | Setúbal: a excelência do Moscatel
Luís Lopes
21h | Grandes Vinhos de Setúbal
Luís Lopes
BRUNO GÓES
A confecção é uma gincana. Hugo se divide entre dois ateliês, um em Trancoso,
na Bahia, outro em Louveira, em São
Paulo, e um showroom na cidade. No primeiro, onde passa uma semana por mês,
tem cinco escudeiros. No segundo, quatro. A produção gira ao redor de dez a 15
peças em 30 dias. É de seu escritório em
São Paulo que recebe a notícia, por telefone, quando uma árvore é encontrada.
— O pequi, enquanto matéria-prima,
tem um valor arqueológico. Ele chega à
13h | Harmonização de doces e vinhos do Porto
Manuel Carvalho e Alexandra Prado Coelho
15h | Vinhos brancos do século XXI
Pedro Mello e Souza
20/05 - 6a FEIRA
MERCADO DE VINHOS
22/05 - DOMINGO
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 15h às 17h | 18h às 20h
com 1 hora de duração
11h | Academia
Introdução ao Vinho Português
Luís Lopes
13h | Grandes Brancos
Pedro Garcias
CARIBE
Durante o mês de Maio
foi publicada uma série
de anúncios no jornal
O Globo e nas suas
plataformas digitais
promovendo o evento,
inclusive nos suplementos
de viagem e gourmet
e na revista de domingo.
GARANTA JÁ O SEU INGRESSO: vinhosdeportugalnorio.com.br
INFRAESTRUTURA
Rede de esgoto cobrindo toda a área
OS MELHORES VINHOS DE PORTUGAL ACABAM
Mídia de
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VENHA DEGUSTAR OS MELHORES
VINHOS DE PORTUGAL
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da Dior
MOBILIDADE
-
20
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Vacinas
É preciso levar o certificado internacional de
vacinação contra febre amarela.
OS MELHORES VINHOS DE PORTUGAL JÁ
ESTÃO PRONTOS PARA CHEGAR À CIDADE.
Cruzeiros
MSC
Poesia. Sete noites por Martinica, Guadalupe,
Santa Lúcia, Barbados, Trinidad e Tobago,
Granada, Dominica. Saída: 21/1/2017. Por R$
3.076,71 por pessoa (cabine dupla externa
com varanda sem taxas). A MSC negocia roteiro
com voo fretado de São Paulo a Martinica para
a temporada. Até o fechamento desta edição os
valores da parte aérea não estavam disponíveis.
ROYAL CARIBBEAN
Jewel of the Seas. Sete noites: Porto Rico, St.
Croix (Ilhas Virgens Americanas), St. Maarten,
Dominica, Barbados, Granada. Saídas de
27/11/2016 a 5/2/2017. Por R$ 1.882 por
pessoa (cabine interna dupla sem taxas).
Adventure of the Seas. Sete noites por Porto
Rico, St. Maarten, Saint Kitts, Antígua, Santa
Lúcia; Barbados. Saídas entre 19/11/2016 e
21/1/2017. Desde R$ 2.057 por pessoa
(cabine interna dupla sem taxas).
PULLMANTUR
Zenith. Sete noites por Santo Domingo e La
Romana (República Dominicana), St. Maarten;
Antígua; Sta. Lúcia; Barbados. Saídas:
23/12/2016, 30/12/2016. Por R$ 3.359 por
pessoa (cabine interna dupla sem taxas).
COSTA CRUZEIROS
Costa Magica. Sete noites por Guadalupe,
Trinidad e Tobago, Barbados, Granada, Santa
Lúcia, Martinica. Saída: 23/12/2016. Desde
R$ 3.348 por pessoa. Ou roteiro de sete noites
por Guadalupe, Trinidad e Tobago, Barbados,
Granada, St. Lucia, Martinica.
Saída: 20/1/2017. Por R$ 2.198 por pessoa
(Preços em cabine interna dupla sem taxas).
NCL
Norwegian Gem. Sete noite por Porto Rico,
Barbados, Martinica, St. Kitts, St. Maarten, St.
Thomas (IVA). Saída: 23/10/2016. A partir de
R$ 1.910 (por pessoa em cabine dupla).
Mais informações e venda de ingressos: vinhosdeportugalnorio.com.br
20/05 - 6a FEIRA
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
14h às 16h | 17h às 19h | 20h às 22h
PROVAS E CURSOS
com 1 hora de duração
21/05 - SÁBADO
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 14h30 às 16h30
17h30 às 19h30 | 20h30 às 22h30
PROVAS, CURSOS E HARMONIZAÇÃO
com 1 hora de duração
11h | Academia - Introdução ao Vinho Português - Luís Lopes
22/05 - DOMINGO
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 15h às 17h | 18h às 20h
PROVAS, CURSOS E HARMONIZAÇÃO
com 1 hora de duração
11h | Grandes Brancos - Pedro Garcias
13h | Grandes Brancos - Pedro Garcias
13h | Harmonização de doces e vinhos do Porto
Manuel Carvalho e Alexandra Prado Coelho
15h | Vinhos brancos do século XXI - Pedro Mello e Souza
15h | Grandes Tintos - Pedro Garcias
17h | Academia - Introdução ao Vinho Português - Luís Lopes
17h | Academia - Introdução ao Vinho Português - Luís Lopes
17h | SENAC - Prova gratuita
Inscrições 30min. antes no local - Sujeito à lotação
11h | Grandes Tintos - Pedro Garcias
19h | Porto Clássico - Manuel Carvalho
21h | Vinhos refrescantes para o Rio
Master of Wine, Dirceu Vianna Júnior
19h | Grandes produtores, safras históricas
Master of Wine Dirceu Vianna Júnior
21h | Grandes Vinhos de Setúbal - Luís Lopes
13h | Setúbal: a excelência do Moscatel - Luís Lopes
19h | Vinhos brancos do século XXI - Pedro Mello e Souza
21h | Harmonização de Queijos e Vinhos
Manuel Carvalho e Alexandra Prado Coelho
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 14h30 às 16h30
17h30 às 19h30 | 20h30 às 22h30
22/05 - DOMINGO
MERCADO DE VINHOS
Sessões de 2 horas de degustação
11h às 13h | 15h às 17h | 18h às 20h
TER 19 MAI 2015
Mídia de
Divulgação
ESCRITO “Não farão grandes coisas os que se deixarem levar por tendências, novidades e a opinião geral”
scritor norte-americano
norte-americano
NA PEDRA Jack Kerouac (1922-1969), escritor
EI conquista Ramadi Dos martelos de pedraa dos
e Bagdad aposta
chimpanzés às ferramentas
mentas
as
no apoio dos xiitas humanas mais antigas
CFP recusa-se a
avaliar programas
dos partidos
Tomada da capital de Anbar é
o maior vitória do EI desde o
início dos ataques aéreos p24
Para Teodora Cardoso, CFP
não tem as “ferramentas”
para avaliar os programas p11
É a primeira análise digital
da superfície das pedras com
que partem nozes p26/27
O RESPEITINHO NÃO É BONITO
Pensar antes de partilhar
PÚBLICO
João Miguel Tavares
D
á-me ideia que, em relação
ao cyberbullying, há muita
gente com dificuldade
em perceber a parte do
“cyber”. Só mesmo essa
ignorância sobre redes
sociais, e a forma como elas
amplificam um vídeo como o do
bullying da Figueira da Foz, pode
justificar que muitas dezenas
de milhares de pessoas tenham
decidido partilhar aquelas imagens
com as caras dos miúdos — e
muito em particular a da vítima —
a descoberto. A partilha daquele
rosto é parte integrante do
cyberbullying, e cada pessoa que
ajudou a espalhar o vídeo antes de
os rostos serem pixelizados, por
muito que estivesse indignada e
desejosa de justiça, o que fez foi
dar uma chapada cibernética na
cara do agredido.
Convém que a indignação não
nos emparveça e que a vontade
de exibirmos ao mundo a nossa
self-righteousness não prejudique
inocentes. Se alguém se desse ao
trabalho de pensar durante cinco
segundos na vítima deste caso, não
demoraria a chegar à conclusão de
que muito pior do que as lambadas
que apanhou durante 13 minutos
foi esta projecção descontrolada
Durante o mês de Maio
foi publicada uma série
de anúncios de promoção
do evento no Jornal
Público e todas as suas
plataformas digitais.
da agressão para um auditório
nacional, aumentando
exponencialmente a sua vergonha
e impedindo-o de andar na rua
usufruindo do anonimato a que
tem direito. A agressão ocorreu
há quase um ano, e nenhum de
nós faz a menor ideia se o miúdo
tinha ou não ultrapassado aquilo.
Mas isto, sabemos que não vai
ultrapassar: uma avalanche
pública de indignação capaz de lhe
dar cabo da vida durante muito
tempo.
Entretanto, a revista Nova
Gente garante ter descoberto
o responsável pela publicação
do vídeo, que afirmou que as
imagens foram encontradas
num cartão de telemóvel caído
na casa de banho de um bar da
Figueira da Foz. Após meditar
duas ou três semanas sobre o
que fazer, o detentor do vídeo
decidiu que “o melhor seria
publicar numa rede social”. “Não
para humilhar a criança”, disse,
“mas para a ajudar a ter força e
mostrar que ela seria mais forte
do que quem a agredia.” Eh pá,
obrigadinho. Cá está a santimónia
em todo o seu esplendor: em
vez de entregar o caso à polícia
ou — seria o mínimo — de se
preocupar em editar as imagens
para que as caras não fossem
visíveis, nada como promover o
vídeo no YouTube e no Facebook,
para que o mundo inteiro, no
sempre colorido tribunal das
redes sociais, tenha oportunidade
de mostrar a sua raiva contra
os autores das agressões e
destruir o dia-a-dia do agredido
enquanto dele se vai apiedando.
Os Deolinda têm uma famosa
canção que diz “o teu bem faz-me
tão mal”, e agora temos o avesso
disso — o teu mal faz-me tão bem.
É
claro que quem sofre
bullying não pode ficar
encerrado na dinâmica
silenciosa da relação vítimaagressor; é claro que a
vítima precisa de quebrar
esse círculo e de comunicar com
aqueles que a podem ajudar.
Mas até pela gigantesca dose de
vergonha e de humilhação que o
bullying provoca, e que é aquilo
que em última análise consome
a vítima, quebrar esse círculo
não pode ser nunca passar do
silêncio para a praça pública.
Quando tal acontece, o efeito
é o contrário daquele que se
pretende atingir — não estamos a
ajudar a vítima, mas a prejudicála ainda mais. É por isso que o
cyberbullying é um desafio muito
mais assustador do que o bullying
propriamente dito: a amplificação
da humilhação atinge o agredido
de um modo muito mais profundo
do que as agressões físicas. Ora,
não é preciso ser-se génio, nem
licenciado em Psicologia, para
perceber isto. Basta ter um mínimo
de sensibilidade — e pensar um
bocadinho antes de partilhar.
Jornalista
[email protected]
Lotaria
6
6
8
5
2
1.º Prémio
600.000€
Pais do Amaral diz
que a proposta que
entregou garante
“independência” da TAP
Privatização
Raquel Almeida Correia
Empresário assegura que
concorre à privatização
rodeado de investidores
internacionais com “elevada
experiência” na aviação
Três dias depois de ter apresentado
uma proposta de compra da TAP,
Miguel Pais do Amaral falou pela
primeira vez sobre a decisão, garantindo que a oferta que entregou, e
que concorre com as de David Neeleman (Azul) e de Germán Efromovich
(Avianca), garante a “independência”
da companhia de aviação nacional e
evita que se torne uma subsidiária de
um grupo estrangeiro.
“A TAP não tem vocação para ser
uma subsidiária. Seria uma pena, para não falar do risco, se a TAP, com
uma história de 70 anos de sucesso,
fosse absorvida por empresas de menor dimensão”, refere o empresário
português, em declarações enviadas
ao PÚBLICO. Pais do Amaral acrescenta que “a TAP deve permanecer
uma empresa independente, na medida em que tem recursos técnicos
altamente qualificados e uma base
de clientes e de rotas que fazem da
empresa uma das grandes companhias aéreas do mundo”, frisando
que a proposta que entregou “garante a independência da empresa e a
sua autodeterminação estratégica”.
O investidor diz ainda que a oferta
assegura “que o centro de decisão se
mantém em Portugal assim como o
hub em Lisboa”. Dois requisitos contemplados no caderno de encargos.
E, sem adiantar detalhes, revela que
o consórcio através do qual apresentou a proposta “é composto por investidores financeiros internacionais
de grande dimensão com elevada experiência no sector da aviação”.
Até agora, sabe-se apenas que a
oferta pela TAP foi entregue em nome
da sua holding pessoal, a Quifel, e que
o empresário já não está na corrida
“A TAP não tem
vocação para ser
uma subsidiária”
de um grupo
estrangeiro, diz
o empresário
português
com o antigo dono da Continental Airlines, Frank Lorenzo. Fonte próxima
de Pais do Amaral referiu ao PÚBLICO
que a proposta que este apresentou
“é superior aos valores já referenciados pela comunicação social [sobre a
proposta de Efromovich] com a nuance de ser em cash [dinheiro] pago no
primeiro dia”. A oferta conhecida em
maior detalhe é a de Efromovich, que
pressupõe 35 milhões pelas acções da
TAP, 12 novos aviões avaliados em 100
milhões e uma injecção de mais 250
milhões ao longo de dois anos.
Contribuinte n.º 502265094 | Depósito legal n.º 45458/91 | Registo ERC n.º 114410 | Conselho de Administração - Presidente: Ângelo Paupério Vogais: António Lobo Xavier, Cláudia Azevedo, Cristina Soares E-mail [email protected] Lisboa Edifício Diogo Cão, Doca de Alcântara Norte,
1350-352 Lisboa; Telef.:210111000 (PPCA); Fax: Dir. Empresa 210111015; Dir. Editorial 210111006; Redacção 210111008; Publicidade 210111013/210111014 Porto Praça do Coronel Pacheco, nº 2, 4050-453 Porto; Telef: 226151000 (PPCA) / 226103214; Fax: Redacção 226151099 / 226102213;
Publicidade, Distribuição 226151011 Madeira Telef.: 934250100; Fax: 707100049 Proprietário PÚBLICO, Comunicação Social, SA. Sede: Lugar do Espido, Via Norte, Maia. Capital Social €50.000,00. Detentor de 100% de capital: Sonaecom, SGPS, S.A. Impressão
Unipress, Travessa de Anselmo Braancamp, 220, 4410-350 Arcozelo, Valadares; Telef.: 227537030; Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, SA, Estrada Consiglieri Pedroso, 90, Queluz de Baixo, 2730-053 Barcarena. Telf.: 214345400 Distribuição Urbanos Press –
Rua 1.º de Maio, Centro Empresarial da Granja, Junqueira, 2625-717 Vialonga, Telef.: 211544200 Assinaturas 808200095 Tiragem média total de Abril 36.557 exemplares Membro da APCT – Associação Portuguesa do Controlo de Tiragem
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10
l O GLOBO
l Rio l
2ª Edição Sexta-feira 20 .5.2016
COFRE VAZIO
_
Saneamento privatizado: ‘Por mim, faria hoje’
Dornelles quer conceder água e esgoto na Barra e Zona Sul, atualmente com Cedae, mas ‘martelo não está batido’
MÁRCIA FOLETTO/4-5-2016
CARINA BACELAR E LUIZ GUSTAVO SCHMITT
[email protected]
Defensor de concessões e parcerias com o setor
privado, o governador em exercício Francisco
Dornelles anunciou que pretende privatizar o
abastecimento de água e o serviço de esgoto na
região da Barra e na Zona Sul. Hoje, o saneamento nessas áreas é feito pela Cedae. Segundo
o governador, se a decisão dependesse apenas
dele, o sistema seria concedido imediatamente:
— O que puder ser privatizado vai ser, inclusive a Cedae. Nós temos a inU
tenção de fazer um sistema de
concessão, transferindo para
Números
o setor privado a distribuição
de água e a exploração de esgoto na Barra e na Zona Sul.
No entanto, Dornelles recoMILHÕES
nheceu que o “martelo não
Lucro líquido
está batido” nem na cúpula
da Cedae em
do governo, nem na própria
2015, valor
Cedae.
45,9% menor
— Estou dizendo que é o
que o
caminho que eu queria seregistrado no
guir. Mas há posições muito
ano anterior
contrárias a essa, sob o fundamento de que a receita recebida pela Cedae para a exploração da água na Barra e
BILHÕES
na Zona Sul é importante,
Possível
para que ela faça investiarrecadação
mentos em áreas mais pocom a
bres do Rio, como a Baixada
concessão do
serviço na área Fluminense. Contudo, acho
que muitas vezes o que receda Barra
beríamos, caso a concessão
fosse feita, daria para fazer investimentos
com mais eficiência nessas áreas. Se dependesse de mim, faria isso hoje — ressaltou.
Nos bastidores, a estimativa é que a negociação do serviço apenas na região da Barra,
do Recreio e de Jacarepaguá poderia render
cerca de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) para o caixa do estado. Quem é contra
a medida alega que a companhia não recebe
repasses do tesouro (logo, não dá despesa),
R$ 248,8
R$ 14
Mídia Livre
VINHOS DE PORTUGAL
Novo comando. Operários consertam uma tubulação de esgoto em Ipanema: bairro poderá ficar com o setor privado
tem baixo valor de mercado e dívidas, como
um grande passivo trabalhista. Em 2015, a
companhia contribuiu, pela primeira vez,
com R$ 60 milhões para o tesouro estadual,
recursos relativos ao exercício de 2014. O repasse está previsto na lei federal que dispõe
sobre o pagamento de dividendos a acionistas — o governo do estado detém 99% das
ações da Cedae.
ESPECIALISTAS DEFENDEM REGULAÇÃO
Um dos defensores da privatização é o presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB). Do lado contrário, está o próprio governador licenciado Luiz Fernando Pezão. Em entrevista ao GLOBO no início do ano, ele disse que a
arrecadação da Cedae com o serviço prestado na Barra faz parte das garantias de empréstimos que o governo fez para construir a
Estação de Tratamento Guandu II, que vai
garantir o fornecimento de água para toda a
Baixada. Na época, Pezão informou que estava repassando R$ 1,5 bilhão para a obra e
que havia nove grandes projetos da companhia em andamento.
A crise financeira também afeta a Cedae.
No ano passado, a empresa teve um lucro líquido de R$ 248,8 milhões, 45,9% a menos
que os R$ 460 milhões registrados em 2014.
“O panorama econômico do Brasil não é favorável, e devemos esperar que o quadro recessivo perdure em 2016”, diz o “Relatório de
administração e demonstração de atividades
financeiras 2015”, da Cedae.
Para especialistas em saneamento e hidrologia, a concessão pode ser benéfica para os usuários dos serviços de esgoto e água. No entanto,
afirmam, é essencial que o estado seja eficiente
na regulação das concessionárias privadas.
Segundo Paulo Carneiro, pesquisador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, a sociedade deve ter o poder de, junto com as agências governamentais, regular o serviço prestado
pelas concessionárias:
— Algumas concessões já estão em curso.
A Cedae não tem demonstrado capacidade
de fazer os investimentos necessários. As razões, eu não sei. Eles estão anunciando investimentos para ampliar a Estação de Tratamento Guandu. Mas o fato é que estamos
há décadas sem conseguir aumentar o percentual de esgoto tratado. É preciso avançar
nisso e universalizar esse sistema. Isso tem
que ser feito com regulação. A gente precisa
ter um órgão regulador forte e transparente.
SEGUNDO ESTUDIOSO, FALTA TRANSPARÊNCIA
Já para Alceu Galvão, pesquisador do Instituto
Trata Brasil, a necessidade de regulação está entre as premissas fundamentais para a concessão, mas esse trabalho ainda está muito incipiente no Estado do Rio. Ele também disse que o
desempenho da Cedae não é satisfatório:
— A Cedae é tida como uma das empresas
menos transparentes do Brasil. Você abre a
possibilidade de mostrar que há chances de
se obter mais resultados e avançar na universalização dos serviços. Quando você olha
para Niterói e São Gonçalo, que são vizinhos,
vê o serviço em Niterói, que foi entregue à
iniciativa privada, universalizado e o outro,
em São Gonçalo, com problemas e obras não
terminadas.
Divulgado em março, um levantamento feito pela ONG Trata Brasil sobre serviços de saneamento nas cem maiores cidades brasileiras põe o Rio de Janeiro — onde a atividade
cabe, principalmente, à Cedae — na 50ª posição. Entre as capitais, ficou em 11º lugar. Dentro do próprio estado, a capital fica na quinta
colocação, atrás de Niterói, Petrópolis, Campos e Volta Redonda, onde grupos privados
cuidam da água e do esgoto. Nas áreas atendidas pela Cedae no estado, apenas 40% do esgoto são tratados. l
VINHOS DE PORTUGAL
O GLOBO
ENDEREÇO NOBRE
MARTIN HENRIK/PÚBLICO
MARCELO DE JESUS
CUSTÓDIO COIMBRA
ALGUNS FAZEM
Exemplos de anúncios
de patrocinadores.
Instituições
e comissões que
apoiaram o evento.
VINHOS
OUTROS FAZEM
HISTÓRIA.
Sem uso. O palacete, tombado em 1965: ele não abriga governadores desde Rosinha e Anthony Garotinho
Para pagar as contas, governo
quer pôr paraíso à venda
OS CURSOS E AS PROVAS
8
24
Palácio de Brocoió, na Baía de
Guanabara, poderá ser negociado
com a rede hoteleira
PRO CE S S O S E LE T IVO V IA E N E M
E
E CADA UM CONTA UMA
HISTÓRIA DIFERENTE.
ntre os dois mil imóveis que Francisco Dornelles quer colocar à venda
para desafogar os cofres do estado,
um chama atenção. Com seis quartos, três salas e cinco banheiros, o Palácio de
Brocoió, situado na ilha de mesmo nome, na
Baía de Guanabara, é um nobre endereço
que entrará no saldão do governo.
A ilha, de uso restrito do estado, foi comprada em 1944 pela prefeitura do então Distrito Federal e, mais tarde, passou para o patrimônio do governo estadual. Já o palácio,
construído no terreno de 200 mil metros quadrados na década de 1930, foi iniciativa do
então proprietário da área, Octávio Guinle. O
projeto é do mesmo arquiteto do Copacabana Palace, o francês Joseph Gire.
Em 1965, o palácio foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Quem se hospeda no imóvel desfruta de
W W W . U C . P T / B R A S I L
/ U N I V E R S I D A D E C O I M B R A B R A S I L
PA
T
também um só de uma uva francesa. A tarefa era dura, mas a ideia era que fosse assim. Afinal, o que estava em jogo era o
mesmo processo de escolha que tantas
vezes deixa os apreciadores de vinho em
dúvida sobre o que comprar.
Na edição do ano passado da prova de
vinhos brancos, escrevemos que o júri tinha privilegiado a acidez em detrimento
da fruta ao colocar em primeiro lugar um
branco do Douro, feito com a casta Moscatel: o Quinta do Vallado Prima 2014. Este ano, pode-se dizer que a escolha se dirigiu para um rótulo que, de alguma forma,
é mais consensual: o Cortes de Cima de
2014, um vinho branco que apresenta um
bom balanço entre a expressão da fruta, o
volume de boca e a sua acidez.
Luis Costa, um dos membros do júri,
sublinhou-lhe a “classe”. Beatriz Machado descreveu-o como apresentando
aromas cítricos e de fruta tropical, detectou-lhe alguma adstringência, boa
acidez e boa estrutura. Este vinho pro-
Organização
das Nações Unidas
para a Educação,
a Ciência e a Cultura
MÓ
RI
TA
GE
NIO MUN
D
•
PATRIM
O
I
Universidade de
Coimbra – Alta e Sofia
inscrita na Lista do Património
Mundial em 2013
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VINHOS DE PORTUGAL
VINHOS DE PORTUGAL
AOS ENCONTROS
MEMORÁVEIS
COM MOSCATEL
DE SETÚBAL
PAULO RICCA/PÚBLICO
VINHOS DE PORTUGAL
VINHOS DE PORTUGAL
ADRIANO MIRANDA/PÚBLICO
ENRIC VIVES-RUBIO/PUBLICO
Há mais de 500 anos a criar momentos doces,
frescos e intensos com o Brasil.
Nas garrafeiras. Cresce a procura por rótulos de menor teor alcoólico: mais baratos e fáceis de beber
farto de pesadelos. A moda do vinho
pesado acabou.
Dirk reconhece que os seus vinhos
menos extraídos e com menos álcool
são penalizados em prova cega, mas a
recepção dos consumidores e as vendas
“têm sido fantásticas”, assegura, mostrando-se convicto de que os críticos
“vão ter que se adaptar ao mercado”.
Beatriz Machado — diretora de vinhos no hotel The Yeatman, no Porto, e
mestre em viticultura e enologia pela
Universidade da Califórnia — é autora
de uma tese na qual pretendeu desmistificar as pontuações elevadas atribuídas pelos jornalistas mais conceituados a nível mundial.
— As pessoas que gostam e compram vinho não querem beber só um
copo. Querem poder beber uma garrafa ao longo da refeição ou em conversa
com amigos — sublinha.
E isso não é possível com vinhos
muito concentrados e alcoólicos e, ainda por cima, caros.
A adaptação a uma tendência não se
faz de um dia para o outro, mas alguns
vinhos das colheitas de 2012 e 2013
que chegaram ao mercado sugerem
que há mais produtores renomados
querendo fazer o mesmo caminho de
Dirk Niepoort. Um deles é a duriense
Quinta do Noval, mais famosa pelos
seus Porto Vintage e Porto Colheita,
mas com crescente notoriedade nos vinhos tranquilos. Os seus tintos de
2007, 2008, 2009 e 2011 tinham todos
14,5%. Mas o 2012, o último a ser lançado, já só tem 13,5%.
Este é também o mesmo volume de álcool do lendário Barca Velha. Apesar das
mudanças do clima, da enologia e das
tendências de consumo, o último Barca
Velha, de 2004, tem os mesmos 13,5% de
álcool do primeiro Barca Velha, de 1952.
Ou seja, continua na moda. l
Seja responsável. Beba com moderação.
Onde está a verdade? O bom senso
apontaria para o meio termo, para o
centro, que é onde está a virtude. Mas
não se trata de saber quem está certo
ou errado. Cada um bebe do que gosta.
Mas estes dois exemplos testemunham
bem os dilemas e os paradoxos que
existem no mundo do vinho.
Um estudo de cinco investigadores
publicado há alguns meses pelo “Journal of Wine Economics” sugere que os
rótulos dos vinhos estão sendo manipulados para conquistar mais consumidores: o teor de álcool que apresentam
nem sempre corresponde à realidade.
Por que razão os produtores inflacionam o teor alcoólico dos vinhos?
Porque nas últimas décadas os principais críticos têm pontuado melhor
os vinhos mais robustos, potentes e
concentrados. E esta preferência foi
incutindo no consumidor a ideia de
que álcool elevado é sinal de qualidade. Perante a opinião da crítica e o
gosto dos consumidores, os produtores se sentem como o tolo no meio da
ponte. A necessidade de ganhar dinheiro também não ajuda. Os vinhos
são vendidos cada vez mais cedo, e é
mais fácil beber um vinho novo mais
alcoólico do que beber um vinho novo com menos álcool, mas mais ácido
e um pouco mais tânico.
Em Portugal, estes dilemas e paradoxos nunca foram tão evidentes como
hoje. Basta ver as classificações atribuídas nos últimos anos pelas principais
revistas de vinhos nacionais e internacionais para se constatar que os vinhos
tintos mais pontuados estão todos acima dos 14% de álcool, e que os brancos
não têm menos de 13%. O mais curioso,
ou caricato, é que não há um crítico de
vinho que não discurse sobre o excesso
de álcool nos vinhos. Queixam-se, criticam, mas, na hora de pontuar, acabam
sempre por dar melhores notas aos vinhos mais potentes e alcoólicos.
Dirk Niepoort, um dos produtores que
mais tem ajudado a melhorar a imagem
dos vinhos portugueses na cena mundial, tem uma explicação para o descompasso entre a crítica e o mercado:
— Os críticos não levam as provas a
sério e vão pelo caminho mais fácil,
que é pontuar melhor o que é mais óbvio e impressionante. A fineza e a
elegância passam-lhes mais ao lado do
que a “brutaleza”. O consumidor está
F
az sentido que um júri que se
prepara para fazer uma prova
cega de vinhos tenha muitas
perguntas. O papel de alumínio
que cobre as garrafas esconde
segredos e experimentar um vinho sem informações é sempre um desafio que esconde perigos. Ainda mais porque, deliberadamente, a prova de vinhos
brancos que propusemos este ano ao
nosso júri era ousada e cheia de riscos.
Na mesa estavam vinhos que iam das
vindimas de 2012 até a do ano passado.
Havia vinhos com e sem estágio em barricas de madeira. Havia vinhos que fermentaram nas borras finas durante meses (o
processo tecnicamente conhecido como
bâttonage) e outros que foram de imediato filtrados e passaram para as cubas de
fermentação. Havia bebidas do Norte e do
Sul de Portugal, de vinhas junto às praias
ou cultivadas nas montanhas. Havia vinhos de uma só uva e de lote. Havia vinhos só com uvas portuguesas, mas havia
RI
Prova às cegas reúne dez
brancos que exprimem a
Desafie os seus sentidos. Aprecie o que é único.
diversidade regional, as castas
e as principais opções da
enologia atual. No final,
www.winesofportugal.com
ganhou o Cortes de Cima,
nascido perto das praias
@WoPBR
alentejanas
Wines of Portugal BR
MANUEL CARVALHO, DO “PÚBLICO”
NDIAL •
Vitória do
Alentejo
junto
ao mar
Portugal tem uma longa história e tradição na criação
de vinhos únicos. Desde 2000 A.C., sucessivas gerações
dedicaram-se a cuidar das vinhas, a aperfeiçoar
processos de vinificação e a instituir as 250 castas
típicas, que são um patrimônio vivo de Portugal. Os
nossos produtores combinam uma herança rica e
métodos tradicionais com a tecnologia de ponta na
produção vinhos exclusivos, considerados por muitos
como os melhores do mundo. Vinhos que podem
surpreender até aos mais exigentes apreciadores.
Manuel Carvalho e
Alexandra Prado
Coelho repetem a
dobradinha e vão
procurar e mostrar
harmonias entre
diferentes queijos e
vinhos de variados
estilos. Estarão à mesa
brancos com estágio
em barrica, vinhos do
Porto LBV frutados e
intensos e vinhos
tintos do Douro, do
Alentejo e do Dão,
com nervo e estrutura
capazes de
acrescentar mais valor
aos sabores dos
queijos. Esgotado.
E
WORLD H
O Moscatel de Setúbal
faz parte da trilogia dos
grandes vinhos
licorosos de Portugal —
ao lado do Vinho da
Madeira e do Porto. A
sua capacidade de
melhorar ao longo dos
anos e sua sofisticação
lhe garantem um clube
de adeptos fiéis. É a
As combinações de
vinho do Porto com a
doçaria tradicional
fazem parte de uma
longuíssima tradição
gastronômica de
Portugal — e do Brasil.
Nesta prova, o
jornalista e crítico de
vinhos do “ PÚBLICO”
Manuel Carvalho e a
jornalista do
“PÚBLICO”
especializada em
gastronomia
Alexandra Prado
Coelho vão recuperar
as memórias destes
sabores com
TESTE
QUEIJOS E VINHOS
Domingo, das 21h às 22h.
•
A região da Península
de Setúbal, que fica a
menos de uma hora da
capital Lisboa, é das
que mais têm crescido
na preferência do
AS HARMONIZAÇÕES
DOCES E VINHOS DO
PORTO
Sábado, das 13h às 14h.
diferentes doces
capazes de se
ajustar a diferentes
estilos de vinho do
Porto. Esgotado.
MO
GRANDES VINHOS DE
SETÚBAL
Sábado, das 21h às 22h.
SETÚBAL: A
EXCELÊNCIA DO
MOSCATEL
Domingo, das 13h às 14h.
garantia de sensações
únicas. Uma prova
conduzida por Luís
Lopes.
L
IA
Esta é uma prova
inédita. Serão
degustados vinhos de
produtores ícones de
Portugal. Vão ser
provados vinhos do
mesmo produtor de
uma safra recente
comparados com uma
safra histórica com
cerca de dez anos de
consumidor português.
E são justamente os
vinhos desta região que
o crítico e editor da
“Revista de Vinhos”
Luís Lopes vai explorar
nesta prova. Para quem
não conhece, é um
convite à degustação e
uma dica para a
próxima viagem a
Portugal.
E
GRANDES
PRODUTORES, SAFRAS
HISTÓRICAS
Sábado, das 19h às 20h.
diferença. O objetivo é
analisar a evolução do
vinho, a
complexidade, e o
potencial contínuo de
envelhecimento. O
único Master of Wine
de língua portuguesa,
o brasileiro Dirceu
Vianna Júnior, virá de
Londres para conduzir
a prova e responder às
perguntas, que vão
desde os métodos de
produção até
armazenamento e
futuro envelhecimento
dos vinhos. Esgotado.
N
estilos de vinhos
brancos e rosés que são
refrescantes e se
adaptam perfeitamente
ao clima e à
gastronomia cariocas.
Prova ideal para quem
quer saber como
harmonizar vinhos
refrescantes e leves,
bons para o ano todo na
Cidade Maravilhosa.
No paredão. Os rótulos que foram testado pelos seis jurados em dois momentos: puros e acompanhado refeições
(Quinta dos Carvalhais, Quinta do Perdigão, Quinta de Lemos, entre outros),
para além de belíssimos exemplos no
Alentejo (Paulo Laureano) e Tejo
(Quinta da Lagoalva).
A região do Dão é igualmente o espaço
privilegiado da Jaen, uva oriunda da região espanhola de Bierzo (onde tem o nome de Mencía) e que está em Portugal
desde o final do século XIX. Por fazer vinhos tintos com pouca cor, no Dão foi
quase sempre usada para os “blends”
mais baratos, com uma ou outra honrosa
exceção, como é o caso da Quinta das
Maias, que, desde os anos 90, aproveitou
uma vinha antiga de Jaen para fazer algumas safras memoráveis. Atualmente,
marcas como Quinta da Pellada, Casa da
Passarela, Quinta da Alameda ou Titular
produzem vinhos Jaen que espelham o
que de bom esta uva tem: delicadeza e
sofisticação, num perfil elegante que
lembra por vezes o do Pinot Noir.
O cenário da uva Castelão é bem distinto. É ainda a terceira mais plantada
em Portugal, mas nos últimos 30 anos
18
a área de plantação desceu dramaticamente, e hoje quase ninguém planta
uma vinha nova com Castelão. Já foi
uva dominante nas regiões do Tejo, de
Lisboa e do Alentejo. Atualmente, apesar de também aí valer cada vez menos, apenas mantém a liderança na Península de Setúbal. E, na verdade, é
nesta região que a Castelão se mostra
plenamente, sobretudo nos terrenos
arenosos de Palmela e nas vinhas mais
antigas. Aí, rótulos como Leo d’Honor,
Periquita Superyor, Pegos Claros ou
Horácio Simões mostram a verdadeira
Castelão, a sua complexidade (lembra
ameixa, tabaco, especiarias), os taninos polidos e suaves, a grande frescura
de boca.
Se as vinhas velhas de Palmela são
sobretudo de Castelão, já as centenárias vinhas do Douro escondem várias
dezenas de uvas diferentes, algumas
delas desconhecidas até dos produtores que as cultivam. São essas vinhas
que, na última década, têm fornecido
matéria para diversas experiências ví-
nicas com variedades de que só alguns
ouviram falar. É o caso da Bastardo, nome pouco abonatório para uma uva
que origina vinhos bem curiosos, como o produzido pela marca Conceito.
Ou ainda o tinto Quinta de Cidrô da variedade Rufete e o rótulo Carvalhas feito de Tinta Francisca, ambos da Real
Companhia Velha.
Mas não é apenas no Douro que se recuperam castas raras a partir de vinhas
antigas. A quase desaparecida Tinta
Grossa, outrora a uva tinta tradicional
da sub-região da Vidigueira (Alentejo)
recuperou recentemente a grandeza
num rótulo de Paulo Laureano.
Todas estas uvas proporcionam ao
apreciador internacional mais conhecedor, acostumado a néctares de todas
as origens, uma experiência absolutamente única: beber um vinho de grande qualidade com aromas e sabores
nunca antes experimentados. E isto é
apenas o princípio. A arca do tesouro
enterrada nas vinhas portuguesas ainda está por abrir e por explorar. l
que os consumidores mais exigentes
reconhecem e valorizam a diferença e
o caráter, apostar em algumas uvas
menos conhecidas é uma opção que
cada vez mais enólogos e produtores
começam a tomar.
Um dos caminhos para a diferença
passa por aproveitar uvas que são muito
utilizadas em “blend”, mas que têm sido
bastante desprezadas nas últimas décadas, não sendo por muitos consideradas
suficientemente nobres para originar
um vinho varietal. Essas variedades,
quando plantadas no local certo e objeto de vinificação cuidada, podem fazer
(e fazem!) vinhos de muito bom nível e
E CADA UM CONTA UMA HISTÓRIA DIFERENTE.
vincada personalidade. É o caso, entre
outras, das uvas brancas Rabigato, Viosinho, Síria e Cercial, e das uvas tintas Alfrocheiro, Jaen e Castelão.
Rabigato e Viosinho são duas uvas
que entram em quase todos os lotes de
vinho branco da região do Douro, mas
raramente são engarrafadas a solo. É
pena, porque a Rabigato origina vinhos
com enorme frescura ácida, muito im16
portante numa região quente como o
Douro. A marca duriense Dona Berta
percebeu isso e faz há vários anos um
Rabigato muito bem-sucedido. Frescura é algo que a Viosinho dificilmente
consegue sozinha no Douro, mas, no
clima atlântico da região de Lisboa, a
música é outra, e começam aí a surgir
vinhos muito interessantes elaborados
unicamente com esta uva, de rótulos
como Adega Mãe ou Quinta do Gradil.
A variedade Síria é apelidada de Roupeiro no Alentejo, região onde é usada
sobretudo nos “blends” dos brancos
mais simples. O calor alentejano não
permite tirar o máximo partido desta
uva, mas, no frio planalto da Beira Interior, a mais de 600 metros de altitude, a
Síria é a base de brancos muito aromáticos, finos e expressivos, de que a Quinta
do Cardo é o principal expoente.
O caso mais notável, no entanto, é o
da Cercial. Esta uva típica da Bairrada,
existente em pequenas quantidades,
foi sempre misturada com as variedades Maria Gomes e Bical para fazer os
brancos bairradinos. Há mais de uma
década, a Quinta de Foz de Arouce faz
pouco mais de mil garrafas de um belo
vinho desta uva. Mas, só muito recentemente, os vinhos de produtores bem
conhecidos, Luís Pato e Campolargo,
vieram chamar a atenção do mundo
para o extraordinário potencial da Cercial, capaz de originar alguns dos melhores brancos lusitanos.
No que diz respeito a uvas tintas de
Portugal, a Alfrocheiro é certamente
das mais injustiçadas. Trata-se de uma
variedade de excelente qualidade,
existente sobretudo no Dão e no Alentejo, mas também no Tejo e em Lisboa.
No Dão, ficou sempre tapada pela fama da Touriga Nacional e, no Alentejo,
perdeu espaço para uvas como Aragonez ou Alicante Bouschet. E, no entanto, a Alfrocheiro origina vinhos de
enorme elegância e finura, que em nada ficam a dever à Touriga Nacional.
Felizmente, hoje em dia, são já vários
os produtores do Dão que apostam nas
virtudes desta uva em vinhos varietais
duzido pelo dinamarquês Hans Jorgensen e por sua mulher, a americana Carrie Jorgensen, é produzido com as castas
Alvarinho, Sauvignon Blanc e Viognier
na mais nova fronteira aberta no Alentejo: a zona de Vila Nova de Milfontes, a
curta distância do mar, o que ajuda a explicar a sua frescura.
Como habitualmente, as escolhas do
“PÚBLICO” e do GLOBO tiveram como
baliza dez vinhos situados numa faixa de
preço entre R$ 30 e R$ 50 (no mercado
português). Nem são vinhos simples,
nem incríveis — em Portugal, claro. Detalhe: todos os rótulos participantes estão disponíveis no mercado brasileiro.
Para a prova, foi convocado um time
de experts: Beatriz Machado, mestre
em ciências da viticultura e enologia
da Universidade da Califórnia e diretora do serviço de vinhos do hotel The
Yeatman, em Vila Nova de Gaia; Lígia
Santos, uma engenheira que trabalha
na área da gastronomia (foi a primeira
vencedora do concurso Masterchef em
Portugal) e gere um estabelecimento
de turismo rural na zona dos Arcos de
Valdevez (as Casas da Li); o jornalista
da RTP Luís Costa; Joe Álvares Ribeiro,
administrador do grupo de vinhos Symington; Ivone Ribeiro, dona de uma
loja de vinhos em Matosinhos, a Garage Wines; e Pedro Garcias, jornalista
do “PÚBLICO”.
Como é tradição, a prova desenrolouse em dois momentos: de manhã, sem
comida, e depois durante o almoço, momento em que os vinhos foram sujeitos
ao duro teste de sua vocação gastronômica. Como sempre acontece, houve vinhos que saíram muito bem no primeiro momento e perderam fulgor à mesa.
Também aconteceu o contrário.
O Quinta da Covela Edição Nacional —
que é da região dos vinhos Verdes, mas
nasce nas margens do Rio Douro, onde a
casta Avesso conhece o seu local de eleição — foi um dos casos em que o vinho
brilhou à mesa. Com o Quinta do Cume
Reserva de 2014, um branco dos planaltos do Douro, aconteceu exatamente o
contrário. Mas houve também alguns vinhos que mostraram o mesmo valor
quer em momentos de descontração,
quer na hora de se baterem com comida.
O júri foi pouco influenciado pelo estilo dos vinhos ou por sua proveniência regional. Os com marcas evidentes de madeira, caso do Quinta do Cume ou do
28
MARTIN HENRIK/PÚBLICO
A NOBREZA
VEM DO BERÇO
Prova de vinhos. Os jurados durante o teste às cegas: vinho puro e durante uma refeição
VINHO
PURO
COM COMIDA
TOTAL
MÉDIA
Cortes de Cima 2014
Quinta do Cume
Reserva 2014
Paulo Laureano
Reserva 2014
Quinta da Fata Encruzado
2013
Duas Quintas 2014
Dona Maria Amantis 2012
Quinta do Ameal Loureiro
2015
Covela Edição Nacional 2014
José Maria da Fonseca Col.
Privada Verdelho 2014
Quinta do Pinto Estate
Collection 2014
522
520
1042
86.8
531
497
1028
85.6
501
525
1026
85.5
500
515
1015
84.5
505
511
502
489
1007
1000
83.9
83.3
495
472
967
80.5
446
499
945
78.7
443
487
930
77.1
416
484
900
75
Paulo Laureano Reserva, ficaram lado a
lado com vinhos mais diretos e menos
trabalhados pela marca da barrica, como
é o caso do Duas Quintas ou o Cortes de
Cima. E, se nos lugares de topo ficaram
vinhos de lote, também é verdade que os
monocastas não se portaram mal. Neste
caso em concreto, o Encruzado do Dão
foi mais pontuado que o Viognier no
Alentejo ou o Loureiro e Avesso nos Vinhos Verdes. Quanto ao protagonismo
das regiões, o Alentejo e o Douro mantiveram um interessante duelo corpo a
corpo nos cinco primeiros lugares, onde
só o Dão com a sua casta emblemática, o
Encruzado, se intrometeu. l
Berço da Touriga Nacional, a mais nobre casta
tinta portuguesa, e do Encruzado, uma das
mais nobres entre as brancas, os vinhos do
Dão refletem uma elegância rara: distintos,
robustos, sedutores e cheios de alma porque
nobreza é algo que vem do berço.
Viaje e explore a elegância na Rota de
Enoturismo do Dão. Mais informações
em www.rotavinhosdao.pt
www.cvrdao.pt
um espaço luxuoso. A banheira na suíte do
governador foi escavada num bloco maciço
de mármore, e as torneiras são de bronze.
Os últimos governadores que estiveram no
local foram Rosinha e Anthony Garotinho, há
mais ou menos dez anos. Desde então, o valor para custear o palácio abandonado é de
cerca de R$ 180 mil anuais, incluindo o salário de cinco funcionários e serviços de limpeza, segurança, água e luz para a ilha.
O governador Sérgio Cabral, que deixou o
cargo em 2014, gastou ainda R$ 1 milhão para fazer a reforma do local, depois de anunciar que a ilha seria aberta para a visitação, o
que acabou não ocorrendo.
Já o sucessor de Cabral, o governador licenciado Luiz Fernando Pezão, falava em tornar o
casarão uma escola de hotelaria. Agora, Dornelles quer atrair a cobiça de hoteleiros, tentando transformar a mansão histórica em dígitos na conta bancária do estado.
— Eu acho que tem que fazer privatização
de tudo que puder. A ilha é muito bonita,
bem localizada. A impressão que eu tenho é
que um grupo econômico pode fazer daquilo
um grande resort — projeta. l
Ativação
do Parceiro
VINIPORTUGAL
Mercado profissional, com logo
da ViniPortugal em mais de um
terço das mesas de produtores.
Três cursos da Academia de
Portugal. Distribuição de apostilas,
sacos e material informativo
e certificados para quem
participou dos cursos. Assinatura
como parceiro em todo o material
de divulgação e cenografia.
VINHOS DE PORTUGAL
MARCELO DE JESUS
ALGUNS FAZEM
VINHOS DE PORTUGAL
Ativação
do Parceiro
PAULO RICCA/PÚBLICO
OUTROS FAZEM
HISTÓRIA.
NÉLSON GARRIDO/PÚBLICO
PÚBLICO
OS CURSOS E AS PROVAS
estilos de vinhos
brancos e rosés que são
refrescantes e se
adaptam perfeitamente
ao clima e à
gastronomia cariocas.
Prova ideal para quem
quer saber como
harmonizar vinhos
refrescantes e leves,
bons para o ano todo na
Cidade Maravilhosa.
QUINTA DA
ROMANEIRA
O GLOBO
QUINTA-FEIRA
19.5.2016
oglobo.com.br
Em dezembro de 2012, o destino da cobiçada Quinta da Romaneira, no coração
do vale do Douro, voltou a mudar. Notícias vindas de Paris davam conta que a
sociedade de investimentos francesa IDI
tinha vendido a maioria do capital a um
sul-americano por cerca de 21 milhões de
euros. Poucas semanas depois, a identidade do investidor misterioso foi desvendada: o novo dono da magnífica quinta
voltada para o rio era o milionário brasileiro André Esteves, CEO e maior acionista do BTG-Pactual.
Desde essa data, a sorte do principal
acionista da Romaneira (o outro é Christian Seely, britânico que desde os anos 90
é o diretor-geral da Axa Milésimes) mudou. Em dezembro de 2015, Esteves foi
para esquema de prisão domiciliar e só no
mês passado foi libertado. Mas, apesar da
8
turbulência, a Romaneira
se mantém
como um dos projetos mais consistentes
do Douro contemporâneo.
Nos últimos anos, o investimento em
novas vinhas e numa adega tirou a quinta do
esquecimento em que esteve mergulhada
durante décadas. A maior parte da produção
(80%) se destina a vinhos do Douro, onde,
com a ajuda do enólogo Antônio Agrellos
(uma das estrelas do vinho do Porto), os
proprietários esperam produzir vinhos capazes de se baterem com os “Grands Crus"
franceses. A quinta tem atualmente em
produção 86 hectares de vinha, mas a área
plantada pode crescer para 125 hectares. Os
seus vinhos do Porto, especialmente os mais
velhos, impressionam a crítica, e os seus
Douro começam a disputar um lugar entre
os melhores da região. (MC)
40
consumidor português.
E são justamente os
vinhos desta região que
o crítico e editor da
“Revista de Vinhos”
Luís Lopes vai explorar
nesta prova. Para quem
não conhece, é um
convite à degustação e
uma dica para a
próxima viagem a
Portugal.
garantia de sensações
únicas. Uma prova
conduzida por Luís
Lopes.
AS HARMONIZAÇÕES
DOCES E VINHOS DO
PORTO
Sábado, das 13h às 14h.
diferentes doces
capazes de se
ajustar a diferentes
estilos de vinho do
Porto. Esgotado.
QUEIJOS E VINHOS
Domingo, das 21h às 22h.
Causou impacto no Douro a notícia que a
Quinta da Boavista, que pertenceu no século
XIX ao barão de Forrester (personagem
lendário do Douro) tinha passado para uma
empresa brasileira. Apesar de a Lima &
Smith já ter, às portas de região, a bela Quinta da Covela e de ser conhecido o seu objetivo de fazer vinhos no Douro, a história e a
localização privilegiada da Boavista a deixavam de fora das mais ousadas cogitações.
Ainda por cima comprada da Sogrape, o
gigante português do mundo dos vinhos.
Marcelo Lima, acionista do grupo paulistano Artesia, com negócios nas áreas financeira, têxtil e de refrigeração industrial, tem
um objetivo: quer que os vinhos produzidos
na Boavista possam estar entre os melhores
e mais apreciados do mundo. Para chegar
pelo icônico Château Petrus, aceitou associar-se ao enólogo da casa, Rui Cunha, depois
de ter provado os lotes resultantes dessa
primeira colheita — as primeiras garrafas, da
safra de 2013, que começam a chegar ao
mercado em um mês.
— Ele provou os vinhos que estavam
em lotes separados e adorou — disse
Marcelo Lima na época em que foi anunciada a colaboração do enólogo francês.
— Berrouet não esteve na primeira
vindima, mas os lotes já foram feitos em
articulação com Rui Cunha — explica
Tony Smith, sócio de Lima no projeto.
No coração da região, com vinhas quase
centenárias e impressionantes socalcos de
xisto que se erguem sobre a margem direita
do rio, a Boavista era já referida na primeira
demarcação da região, em 1757, como
produtora de “vinhos finos de feitoria”, os
melhores vinhos do Porto para exportação.
Portugal tem uma longa história e tradição na criação
de vinhos únicos. Desde 2000 A.C., sucessivas gerações
dedicaram-se a cuidar das vinhas, a aperfeiçoar
processos de vinificação e a instituir as 250 castas
típicas, que são um patrimônio vivo de Portugal. Os
nossos produtores combinam uma herança rica e
métodos tradicionais com a tecnologia de ponta na
produção vinhos exclusivos, considerados por muitos
como os melhores do mundo. Vinhos que podem
surpreender até aos mais exigentes apreciadores.
Desafie os seus sentidos. Aprecie o que é único.
www.winesofportugal.com
O caso do projeto Duas Árvores é a história clássica dos descendentes que um dia,
já bem na vida, decidem ir investir no país
dos antepassados. José Castanheira,
consultor financeiro, e Luís Oliveira, gestor que já foi CEO (administrador principal) de grandes empresas brasileiras,
vivem em São Paulo, mas têm raízes
portuguesas. Depois de algumas viagens
a Portugal, ficaram com vontade de investir na área dos vinhos. Indecisos entre
o Alentejo e o Douro, acabaram, em 2012,
por escolher o Douro e a Quinta da Marcela, uma propriedade com 20 hectares,
sendo 16 de vinha. Fica na freguesia de
Celeirós, na margem direita do Rio Pinhão, em frente a Vale Mendiz.
José Castanheira e Luís Oliveira não discu-
@WoPBR
tiram
muito oBR
preço da quinta, mas só fechaWines
of Portugal
ram o negócio depois de a proprietária ter
convencido o sobrinho, o enólogo Diogo
Frey Ramos, a aceitar fazer os vinhos.
— Era a quinta e o enólogo ou nada —
recorda, rindo, o próprio Diogo, que na
época estava ligado à Quinta do Côtto.
Hoje, faz os vinhos da Duas Árvores e da
Ávidos Douro e ainda de outros projetos
numa adega que arrendou em Armamar.
Até agora, a principal prioridade da
dupla brasileira recaiu na recuperação da
casa que existia no local e que foi remodelada para receber provas e visitas (mas não
tem quartos; só salas e cozinha). A produção de vinho começou em 2013, com o
tinto reserva Duas Árvores (cinco mil garrafas apenas). Na última colheita, as quantidades aumentaram um pouco e ao tinto
juntou-se um rosé, com a marca Botas.
— A ideia é fazer apenas vinhos da
própria quinta, nada de grandes produções — diz Diogo.
41
VINHOS
de Portugal
+ Evento reúne
66 produtores no
Casa Shopping
diferença. O objetivo é
analisar a evolução do
vinho, a
complexidade, e o
potencial contínuo de
envelhecimento. O
único Master of Wine
de língua portuguesa,
o brasileiro Dirceu
Vianna Júnior, virá de
Londres para conduzir
a prova e responder às
perguntas, que vão
desde os métodos de
produção até
armazenamento e
futuro envelhecimento
dos vinhos. Esgotado.
Manuel Carvalho e
Alexandra Prado
As combinações de
Coelho repetem a
vinho do Porto com a
dobradinha e vão
doçaria tradicional
procurar e mostrar
fazem parte de uma
harmonias entre
GRANDES
SETÚBAL: A
longuíssima tradição
diferentes queijos e
PRODUTORES, SAFRAS
EXCELÊNCIA DO
gastronômica de
vinhos de variados
HISTÓRICAS
MOSCATEL
Portugal — e do Brasil.
estilos. Estarão à mesa
Sábado, das 19h às 20h.
Domingo, das 13h às 14h.
Nesta prova, o
brancos com estágio
Esta é uma prova
O Moscatel de Setúbal
jornalista e crítico de
em barrica, vinhos do
inédita. Serão
faz parte da trilogia dos
vinhos do “ PÚBLICO”
Porto LBV frutados e
degustados vinhos de
grandes vinhos
GRANDES VINHOS DE
Manuel Carvalho e a
intensos e vinhos
produtores ícones de
licorosos de Portugal —
SETÚBAL
jornalista do
tintos do Douro, do
Portugal. Vão ser
ao lado do Vinho da
Sábado, das 21h às 22h.
“PÚBLICO”
Alentejo e do Dão,
provados vinhos do
Madeira e do Porto. A
A região da Península
especializada em
com nervo e estrutura
mesmo produtor de
sua capacidade de
de Setúbal, que fica a
gastronomia
capazes de
uma safra recente
melhorar ao longo dos
menos de uma hora da
Alexandra Prado
acrescentar mais valor
comparados com uma
anos e sua sofisticação
capital Lisboa, é das
Coelho vão recuperar
preso por suspeitas
de
obstrução
à
justiça
lá,
Jean-Claude
Berrouet,
o
francês
que sabores dos
aos
safra histórica com
lhe garantem um clube
que mais têm crescido
as memórias destes
na operaçãocerca
Lava-Jato,
depois
durante
maiscom
de 40 anos foi responsável
queijos. Esgotado.DUAS ÁRVORES
de dez
anospassou
de
de
adeptos
fiéis.
É
a
na preferência
do
sabores
QUINTA DA BOAVISTA
VINIPORTUGAL
Mídia livre de
divulgação no Jornal
O Globo impresso
e digital incluindo
publicidade na Revista
Vinhos de Portugal.
Este suplemento foi
distribuido para os
assinantes do Globo
na véspera do evento
e no Casa Shopping
durante o evento.
1 70 M I L
EX E M P L A R ES
VINHOS
+A diversidade
das uvas
portuguesas
+ O teor
alcoólico
em debate
O GLOBO
1 70 M I L
EX E M P L A R ES
QUINTA-FEIRA
19.5.2016
oglobo.com.br
VINHOS DE PORTUGAL
VINHOS
de Portugal
ANTES DO EVENTO
+ Evento reúne
66 produtores no
Casa Shopping
+A diversidade
das uvas
portuguesas
+ O teor
alcoólico
em debate
VINHOS DE PORTUGAL
REVISTA VINHOS DE PORTUGAL
Suplemento especial do evento que
foi distribuido para os assinantes
do Globo na véspera do evento
e no Casa Shopping durante
o evento. A Revista, uma grande
fonte de conteúdo sobre os vinhos
e as regiões de Portugal, foi editada
pelo jornalista/crítico de vinhos
do Público Manuel Carvalho
e a editora do Globo Inês Amorim.
VINHOS DE PORTUGAL
FOTOS DE DATO DARASELIA/PÚBLICO
TENDÊNCIA
Naturalmente, da
uva até a garrafa
Cresce em todo o mundo o mercado do chamado vinho
natural, que é feito por meio de processo praticamente
artesanal, sem qualquer aditivo químico ou filtragem
PEDRO GARCIAS, DO “PÚBLICO”
A
té agora, quando nos referíamos a grandes vinhos,
falávamos quase sempre
de vinhos velhos, como
um Madeira ou um Porto,
por exemplo. Virou lei no
setor que, para poder ser considerado
extraordinário, um vinho não basta
nascer soberbo: tem que crescer em
garrafa, complexar e durar o máximo
possível em grande nível, ao ponto de
um dia poder emocionar quem o beber. Os artífices destes vinhos costumam recomendar paciência, mas, ao
invés disso, muitos produtores de vinhos naturais quase que imploram
para que suas bebidas sejam consumidas depressa, nos próximos dois ou
três anos, no máximo.
Será que o mundo do vinho virou
do avesso? Ainda não. O que se está
a assistir é a um movimento em favor do vinho saudável e do respeito
pela natureza, uma versão líquida
do slow food e dos alimentos bio.
Está em alta em países como França, Estados Unidos, Itália e Espanha. Não é uma moda qualquer,
nem um devaneio de uns quantos
produtores hippies. Há cada vez
mais consumidores ávidos por vinhos artesanais e saudáveis, e também produtores interessados em
seguir uma via mais naturalista e
emocional em contraponto com o
ambiente anódino do industrialismo vinícola.
20
— Já ouvi muita gente dizer que os
vinhos naturais são apenas uma moda que vai passar depressa, mas eu
faço uma pergunta: a cerveja artesanal é uma moda que também vai passar? Basta ver como esse segmento
de nicho se desenvolveu e cresceu
para entender que não — diz o brasileiro Ricardo Melo, proprietário da
Mondinowines, uma pequena distribuidora de vinhos naturais em Londres, na Inglaterra.
Mas, afinal, o que distingue um vinho natural de um dito convencional? Embora não haja legislação específica, nem mesmo uma definição
consensual, ele é feito sem aditivos
químicos ou produtos industriais
desde as uvas até a garrafa. A fermentação é feita com leveduras indígenas (presentes nas uvas), não
são toleradas correções ou intervenções como colagens e filtragens, e,
acima de tudo, está vedada a adição
de sulfito, o mais poderoso conservante do vinho. Basicamente, é sumo de uva fermentado sem qualquer intervenção química e com mínima intervenção humana.
As leveduras industriais e o sulfuroso são os patinhos feios que os produtores de vinhos naturais querem
ver longe das suas adegas. Mas este
radicalismo tem enormes riscos. O
uso de sulfuroso no vinho não é uma
inevitabilidade, mas é uma necessidade quando se pretende fazer vi-
nhos estáveis e duráveis. Ao optarem
pela fragilidade em nome da pureza
e da autenticidade, os produtores de
vinhos naturais estão oferecendo ao
consumidor vinhos que podem estar
hoje extraordinários e imbebíveis
daqui a alguns uns meses. Ainda assim, é um risco que muita gente parece disposta a correr.
Em Portugal, o movimento dos vinhos naturais só agora começa a fazer o seu caminho. Ricardo Filipe,
produtor dos vinhos Humus (Óbidos), é o rosto principal deste movimento em solo português. Em 2015,
um ano fantástico para este tipo de
vinhos, ele fez cerca de 20 mil garrafas de vinho natural. Discreto e tímido, Rodrigo Filipe é uma espécie de
anti-vedete do vinho.
— Comecei a fazer vinhos naturais
DE porque
PORTUGAL
como umVINHOS
desafio,
tinham algo que me interessava, que era a autenticidade. E gostei do resultado.
DRINQUES
São vinhos
que me dão muito prazer
de beber. E também tenho tido bons
feedbacks de pessoas que são intolerantes aos sulfitos — diz.
O termo “natural” tem por vezes
algo de maniqueísta e dogmático. A
existência de vinhos “naturais”
pressupõe que os outros não são naturais, logo são piores. Este confronto não é meramente etimológico. O
famoso escritor de vinho inglês Andrew Jefford afirmou à revista “Decanter” que alguns produtores naturais perseguem uma “perversão de
ideias de naturalidade fundamentalista”.Bares
O crítico
americano
investem
em Robert
Parker foi mais contundente, classicoquetéis
quenaturais
usam como
ficando
os vinhos
uma vinhos
gigantesca
fraude.
portugueses
Não há razões para tanto. É verdade que se vendem vinhos naturais (a
preços até mais elevados do que os
convencionais) que estão cheios de
defeitos;
é verdade
não há qualPAULA
L ACERDA,que
DO GLOBO
quer entidade que ateste a sua elaboração; e também
verdade
que água
inho doé Porto
branco,
existe alguma arrogância
emBatizada
muitos Portônica e gelo.
dos seus praticantes,
colocarem
tonic, a ao
combinação
que vitodos os outrosrou
produtores
vinho
um mustdenos
balcões
no lado dos maus.
dos bares de Portugal e ouMas tambémtros
há enormes
virtudes tampaíses europeus
nestebém
movimento,
pode ajuchegou a porque
casas cariocas.
Na verdar osão
setor
a optar
por práticas
mais de
básica
ou acrescida
de rodelas
sustentáveis
e a intervir
limão, raminhos
de menos
hortelãquie outras
l tudo.
micamente
bossas, no
ela vinho.
está com
— Hoje em dia, as pessoas estão pedindo bebidas mais secas e amargas,
e
21
como o Porto tem um toque um pouco
mais adocicado, apesar de não ser doce como o licor, é bom para aprimorar
o paladar — explica Alex Miranda, que,
junto com o mixologista Lelo Forti, comanda o misto de bar e escola de bartenders Mixing, no Rio Comprido.
Na Mixing, os drinques são criados a
partir de uma entrevista com o cliente.
Mas Miranda adianta duas combinações que já caíram no gosto do público: uma com Porto, tônica e laranja e
outra com Porto, tônica, manjericão e
grapefruit, ambas a R$ 25.
Em terras brasileiras, onde o calor
predomina praticamente o ano todo, o
fato de não ser mais verão — estação
que “pede” um Portonic — pouco importa. Incluído no ano passado no cardápio do Stuzzi Bar, no Leblon, com a
chegada do novo barman da casa,
Porto,
tônica e
outras
bossas
Uma das maiores
críticas a estes vinhos é
que, como não levam
conservantes, são
instáveis e devem ser
bebidos jovens. Podem
estar hoje
extraordinários e
imbebíveis daqui a
alguns uns meses
V
Definição básica: sumo de uva fermentado sem intervenção química e com mínima intervenção humana
48
ADRIANO MIRANDA/PÚBLICO
É crescente a
aceitação e o
reconhecimento
dos ‘blanc de
noir’ (vinho
branco de uva
tinta)
representa cerca de 65% da produção anual de
espumantes portugueses, apenas uma pequena parte (cerca de 1,5 milhão de garrafas) é certificada, com as inerentes dificuldades de controle de qualidade.
É neste cenário que a Comissão Vitivinícola da
Bairrada lançou, no verão do ano passado, as bases do projeto Baga Bairrada. As regras entraram
em vigor em meados do ano passado, com a adesão de cinco produtores de referência, aos quais
se juntaram outros dois. Pretende-se que os seus
espumantes sejam essencialmente brancos de
uvas tintas, mas as regras estabelecidas não excluem os rosés e tintos. Os espumantes ideais devem ter 100% de Baga, mas podem entrar na designação se tiverem por base pelo menos 85%
desta uva no corte final. A sua acidez total deve
estar sempre acima do 5,5 g/l, e a referência ao
ano de colheita é obrigatória.
A esperança dos produtores e da Comissão é
que o projeto arraste um aumento de certificação e consequente controle de qualidade, sem
guerras de preços e aumentando a imagem e a
identidade dos espumantes. Com uma expectativa de 250 mil garrafas vendidas no ano de arranque, os números apontam já para uma estimativa de um milhão de garrafas de Baga Bairrada em 2018, ou seja, a rondar os 10% da produHáçãomais
deque
500
criar
momentos
nacional
é deanos
cerca dea11
milhões.
À mesa, os Baga Bairrada já se batem com os
frescos
e intensos com o Brasil.
populares Cavas e até com alguns Champanhes. Mas, em termos de vendas e prestígio,
ainda há muito caminho para andar. A marcha
só agora está a dar os primeiros passos. l
AOS ENCONTROS
MEMORÁVEIS
COM MOSCATEL
DE SETÚBAL
FRESCOS, CREMOSOS E COMPLEXOS
PAULO RICCA/PÚBLICO
O projeto Baga Bairrada é a consequência natuOnde está a verdade? O bom senso
ral de um movimento de transformação e moapontaria para o meio termo, para o
dernização que há anos anima a região. Em pacentro, que é onde está a virtude. Mas
ralelo com o estudo da casta, o número de pronão se trata de saber quem está certo
dutores de qualidade que recorrem à Baga para a
ou errado. Cada um bebe do que gosta.
produção de espumantes não para de aumentar.
Mas estes dois exemplos testemunham
Por vezes, a Baga é associada a castas brancas tíbem os dilemas e os paradoxos que
picas da região. Mas é crescente a aceitação e o
existem no mundo do vinho.
reconhecimento dos blanc de noir (brancos de
Um estudo de cinco investigadores
uvas tintas) produzidos em exclusivo a partir da
publicado há alguns meses pelo “Jouruva emblemática da região. Além da estrutura e
nal of Wine Economics” sugere que os
complexidade aromática, os espumantes de Barótulos dos vinhos estão sendo manipuga se caracterizam também pela cremosidade,
lados para conquistar mais consumidomineralidade e pelo bom apetite gastronômico.
res: o teor de álcool que apresentam
Faltava apenas consolidar esse percurso. Para
nem sempre corresponde à realidade.
alguns dos produtores mais consagrados que
Por que razão os produtores inflacise uniram em torno da Baga, era necessário um
onam o teor alcoólico dos vinhos?
novo fôlego para reforçar o prestígio dos espuPorque nas últimas décadas os prinmantes da Bairrada. É que, se a região produz
cipais críticos têm pontuado melhor
por ano cerca de oito milhões de garrafas, o que
os vinhos mais robustos, potentes e
concentrados. E esta preferência foi
34
incutindo no consumidor a ideia de
que álcool elevado é sinal de qualidade. Perante a opinião da crítica e o
gosto dos consumidores, os produtores se sentem como o tolo no meio da
ponte. A necessidade de ganhar dinheiro também não ajuda. Os vinhos
são vendidos cada vez mais cedo, e é
mais fácil beber um vinho novo mais
alcoólico do que beber um vinho novo com menos álcool, mas mais ácido
e um pouco mais tânico.
Em Portugal, estes dilemas e paradoxos nunca foram tão evidentes como Nas garrafeiras. Cresce a procura por rótulos de menor teor alcoólico: mais baratos e fáceis de beber
hoje. Basta ver as classificações atribuídas nos últimos anos pelas principais farto de pesadelos. A moda do vinho muito concentrados e alcoólicos e, ainrevistas de vinhos nacionais e internaci- pesado acabou.
da por cima, caros.
onais para se constatar que os vinhos
Dirk reconhece que os seus vinhos
A adaptação a uma tendência não se
tintos mais pontuados estão todos aci- menos extraídos e com menos álcool faz de um dia para o outro, mas alguns
ma dos 14% de álcool, e que os brancos são penalizados em prova cega, mas a vinhos das colheitas de 2012 e 2013
não têm menos de 13%. O mais curioso, recepção dos consumidores e as vendas que chegaram ao mercado sugerem
ou caricato, é que não há um crítico de “têm sido fantásticas”, assegura, mos- que há mais produtores renomados
vinho que não discurse sobre o excesso trando-se convicto de que os críticos querendo fazer o mesmo caminho de
de álcool nos vinhos. Queixam-se, criti- “vão ter que se adaptar ao mercado”.
Dirk Niepoort. Um deles é a duriense
cam, mas, na hora de pontuar, acabam
Beatriz Machado — diretora de vi- Quinta do Noval, mais famosa pelos
sempre por dar melhores notas aos vi- nhos no hotel The Yeatman, no Porto, e seus Porto Vintage e Porto Colheita,
nhos mais potentes e alcoólicos.
mestre em viticultura e enologia pela mas com crescente notoriedade nos viDirk Niepoort, um dos produtores que Universidade da Califórnia — é autora nhos tranquilos. Os seus tintos de
mais tem ajudado a melhorar a imagem de uma tese na qual pretendeu des- 2007, 2008, 2009 e 2011 tinham todos
dos vinhos portugueses na cena mundi- mistificar as pontuações elevadas atri- 14,5%. Mas o 2012, o último a ser lanal, tem uma explicação para o descom- buídas pelos jornalistas mais conceitu- çado, já só tem 13,5%.
passo entre a crítica e o mercado:
ados a nível mundial.
Este é também o mesmo volume de ál— Os críticos não levam as provas a
— As pessoas que gostam e com- cool do lendário Barca Velha. Apesar das
sério e vão pelo caminho mais fácil, pram vinho não querem beber só um mudanças do clima, da enologia e das
que é pontuar melhor o que é mais ób-MARCOcopo.
poder beber uma garra- tendências de consumo, o último Barca
ANTÔNIOQuerem
REZENDE
vio e impressionante. A fineza e a fa ao longo da refeição ou em conversa Velha, de 2004, tem os mesmos 13,5% de
elegância passam-lhes mais ao lado do com amigos — sublinha.
álcool do primeiro Barca Velha, de 1952.
que a “brutaleza”. O consumidor está
E isso não é possível com vinhos Ou seja, continua na moda. l
Seja responsável. Beba com moderação.
Promoção
Editorial
com o conhecimento aprofundado de castas e
territórios, e continuou nas adegas. Na mudança
estiveram casas históricas, como as Caves S. João,
São Domingos, Montanha, Primavera ou Aliança,
que deixaram de alimentar a produção com vinhos comprados a granel, a que se associam produtores de nova geração como as casas Campolargo, Colinas de S. Lourenço e, mais recentemente, a Rama & Selas. Ou ainda o assinalável exemplo de consistência que constitui a Adega Cooperativa de Cantanhede. Ou, ainda, produtores empenhados numa procura de identidade e caráter,
como são os casos da família Pato — Luís, o pai, e
a filha Filipa —, ou a Quinta das Bágeiras.
É neste contexto de renovação e orientação
para a qualidade que a Baga emerge como casta com potencial de identidade e como símbolo
agregador da ideia de Bairrada. A Baga há muito que se estava a impor pelo caráter extraordinário dos seus vinhos tintos, excelentes para
envelhecer em garrafa. Mas era sabido também
que a sua maturação tardia acarreta problemas
à agricultura e faz com que as suas qualidades
só se revelem por completo nos anos em que a
vindima se faz antes da chegada das chuvas. E
essa não é, claramente, a regra.
Para os produtores, o projeto Baga Bairrada
dá uma ajuda a superar esse constrangimento.
Uma vez que o grau de maturação das uvas para se fazer espumante é menor do que, por
exemplo, para os vinhos tintos, os produtores
têm mais possibilidades de fazer a vindima antes das chuvas, correndo assim menos riscos.
Depois de vindimarem a uva Baga para espumantes, podem esperar mais alguns dias ou semanas pela maturação ideal e pelo clima apropriado para fazerem os grandes vinhos tintos.
DIVULGAÇÃO/ALLE VIDAL
24
Stuzzi. Soda artesanal de baunilha e vinho do Porto branco, com cerejinhas no fundo da taça
DIVULGAÇÃO/ TOMAS RANGEL
ANA BRANCO
Johnny Araújo, o drinque segue firme e
forte. Lá, o Portonic é uma soda artesanal de baunilha e vinho do Porto branco, e a taça ainda vem com cerejinhas
ao fundo (R$ 34,90). No restaurante
Guimas, na Gávea, a aposta é a versão
mais tradicional e básica: é água tônica, Porto e limão (R$ 25). Bem parecida
com a versão do Usina 47, no Leblon, o
Portônica Taylors, uma mistura de Vinho do Porto branco Taylors Chip Dry,
água tônica, limão e hortelã.
E nem só a dobradinha vinho do Porto branco e água tônica cai bem. Da
terrinha, opções de Porto rosé e tinto
também são incorporadas às receitas
de outros drinques pela cidade. No Paris Bar, o mixologista Alex Mesquista
usa o Porto Tawny no drinque Your Time, defumado com bourbon e combinado com cachaça Signature Merlet, licor Grand Marnier e xarope de cerveja
Witbier (R$ 38).
— O carioca está desenvolvendo um
paladar mais voltado para o gosto pelo
seco. E a gente não tem qualquer herança neste sentido, mas, sim, de coisas doces — diz Mesquita.
Os restaurantes da cidade também
estão abraçando vinhos de Portugal
em sua carta de drinques. A Casa Momus, no Centro, tem o Porto Bello, uma
combinação de vinho do Porto com
vodca, morango, amora e pimenta dedo-de-moça (R$ 26). No bar e restaurante El Gordo, o Grappe Dry Porto (R$
34) leva vinho do Porto branco ou rosé,
tônica e hortelã. E no Quadrucci, no
Leblon, o vinho usado é do Alentejo, o
Vinha das Servas Branco Herdade das
servas, um branco encorpado, seco,
puxando para frutas cítricas e tropicais, que ganha frutas e especiarias para virar o Tarsila (R$ 29). l
.....................................................................................................................................
ENDEREÇOS
Usina 47. Com Porto branco Taylors Chip Dry
Guimas. Básico: água tônica, Porto e limão
Casa Momus. Rua do Lavradio 11, Lapa (3852-8250).
Seg, das 11h30m às 17h. Ter e qua, das 11h30m à
meia-noite. Qui e sex, das 11h30m às 2h. Sáb, das 18h
às 2h. El Gordo. Av. General San Martin 1.219, Leblon
(3079-9581). Ter a sáb, das 17h às 2h. Dom, das 15h
às 23h. Guimas. Rua José Roberto Macedo Soares 5,
Gávea (2259-7996). Diariamente, do meio-dia à 1h.
Mixing Bar is cool. Rua Aristides Lobo 229, loja 3, Rio
Comprido (2225-7555). Sex e sáb, das 19h às 3h. Paris
Bar. Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa. Praia do
Flamengo 340, Flamengo (2551-1278). Ter a qui, das
19h às 23h30m. Sex e sáb, das 19h à meia-noite.
Quadrucci. Rua Dias Ferreira 233, Leblon (2512-4551).
Diariamente, das 12h à 1h. Stuzzi. Rua Dias Ferreira 48,
Leblon (2274-4017). Diariamente, das 19h às 2h.
Usina 47. Rua Rita Ludolf 47, Leblon (2249-9309). Ter
a sáb, das 19h às 2h. Dom, das 18h à meia-noite.
49
doces,
Promoção
Editorial
ANTES DO EVENTO
ELA GOURMET (O GLOBO)
Um guia especial para
o evento na coluna
do crítico Luiz Horta
no suplemento do jornal
O Globo sobre life&style,
com vários destaques
e matérias de gastronomia.
l O GLOBO
Sábado 7.5.2016
Pedro
Henriques
São Paulo além
da priprioca
E
m 1997, uma associação patronal, com a chancela
da Câmara de Vereadores local, conferiu a São
Paulo o exagerado título de “Capital Mundial da
Gastronomia”. Vanglória promocional à parte, São
Paulo é considerada a cidade brasileira onde melhor se come, com os seus mais de 12 mil restaurantes oferecendo a culinária de 52 nações.
Em São Paulo, os restaurantes, como os conhecemos hoje, surgiram nos idos de 1860-1870, alojando-se, prioritariamente, em
hotéis, e atendendo a burguesia emergente e francófila enriquecida pelo ciclo do café, que se tornara a força motriz do Brasil.
Além dos países — notadamente, Itália, Japão e Líbano — que
contribuíram para a multiplicidade dos sabores de São Paulo, a
cidade, como a principal hospedaria das migrações internas,
recebeu a inspiração das culturas regionais, indígena e caipira
(do interior do estado). Pratos como o virado à paulista, o camarão à paulista e o cuscuz à paulista sumarizam as adaptações de suas influências. A fortuna de referências incentivou até
a criação de recintos qualificados com repastos multinacionais,
como os franco-italianos Parigi e La Tambouille.
No momento, a ênfase é pelo estímulo à cozinha brasileira,
seja ela tradicional ou autoral, com a releitura e a revelação de
produtos nacionais. Essa opção, que privilegia o uso de ingredientes mais em conta, deriva, sobretudo, da crise econômica,
que expele do mercado a maioria das novas casas antes de elas
atingirem um ano de idade. Atualmente, mesmo os estabelecimentos caros não conseguem conservar a despensa guarnecida
com a abundância de provisões importadas. Para tentar manter
a aparência de normalidade e a clientela exigente, alguns desses recintos agrandaram alimentos corriqueiros ou extravagantes, revestindo-os de ares sobrenaturais. Louve-se a iniciativa de
se potencializar os produtos brasileiros e de se oxigenar a nossa
gastronomia, mas sem mitificações, sem vender Nicolas Cage
como se fosse Marlon Brando.
Nesta cruzada verde-amarela, o D.O.M. tornou-se simbólico,
pela sincera devoção do seu chef à causa e por se abastecer na
quitanda nacionalista há tempos. Ali, existe um misto genuíno
de pragmatismo econômico e de dogmatismo gastronômico.
Alex Atala é um grande chef moderno; um militante criativo
com técnica apurada e reais preocupações ambientais e sociais.
Seu garimpo alimentar, no entanto, lavra pepitas semipreciosas.
A alegórica priprioca — erva amazônica da qual se come a raiz
e que é valorizada pela indústria farmacêutica —, a despeito do
alarido, não fez transposição revolucionária do universo dos
cosméticos para o mundo dos comestíveis. No site do D.O.M., o
chef fala em sonho e em missão, sintetizando bem o espírito do
seu distinto trabalho, que, às vezes, no nosso entender, é lesado
pelo caráter catequizador.
E
D
De fato, na média, come-se
melhor em São Paulo do que no
Rio. E mais barato também.
Assumindo-se “ítalo-caipira”, o Attimo é um dos estabelecimentos que melhor promoveu o aggiornamento da culinária
brasileira com outra de além-mar. A essência dos pratos é italiana, mas os produtos são, majoritariamente, pátrios, em uma
mescla quase sempre satisfatória. O arroz de linguiça artesanal,
grão de bico, peperoncino e costeletas de porco é apreciável,
assim como a paleta de cordeiro, tagliatelle e legumes. Como
contratempo, a ameaça — nem sempre concretizada, felizmente — de repertório sertanejo como fundo musical.
Sem brasileirismos e cream cheese, o japonês Jun Sakamoto
seduz os foodies. O menu degustação, com 14 sushis, um prato frio
e outro quente e a sobremesa, evoca sucessivas exclamações. O
arroz levemente aquecido e o dashi (caldo básico da culinária
japonesa) de peixe-serra sustentam o conjunto, com destaque para
os sushis de carapau, robalo, pargo e linguado — estes dois últimos
abençoados pela erva chinesa shissô. A trilha sonora — curiosamente, impressa no cardápio — é tão elegante (Chet Baker, Billie
Holiday etc) quanto os pratos e os saquês da casa, o que mitiga a
inconveniência de música em ambientes de alta gastronomia.
Os preferidos da coluna em São Paulo, contudo, são o conservador Fasano e o contemporâneo Maní. O Fasano serve comida
italiana clássica, com acanhadas novidades. Suas virtudes são a
excelência dos produtos, o profissionalismo dos serviços e a
adega do sommelier Manoel Beato. Seu maior diferencial, porém, é a ancestralidade do restauranter Rogério Fasano, que a
tudo controla. O Fasano não é restaurante de chef — embora o
tenha bom —, mas de um ótimo restauranter, cuja família está
há mais de 100 anos no ramo.
O Maní talvez seja, hoje, a experiência mais inovadora e encantadora do país. Das mãos dos chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo
saem refinadas poesias mastigáveis. No menu degustação desfilam
sensações, texturas e delicadezas invulgares. O penne de aspargos
branco e verde com queijo castanho e a bochecha de boi com
lardo e pupunha recheada de tutano em molho de açaí são notáveis. O ceviche de caju e o nhoque de mandioquinha com dashi de
tucupi transcendem e poderiam ser, orgulhosamente, assinados
por qualquer extraordinário chef do planeta. Pena que os vinhos
da harmonização não estejam à altura do banquete.
De fato, na média, come-se melhor em São Paulo do que no
Rio. E mais barato também. Palmirinha, você venceu.
A touriga e
outras castas
ELUIZ HORTA/[email protected] D
T
erceira edição do EVinhos de Portugal D no
Rio leva crítico do Ela Gourmet a traçar um
roteiro por grandes rótulos de cinco regiões vinícolas
portuguesas: Alentejo, Douro, Dão, Setúbal e Lisboa.
PORTUGUESES.
Pêra-Manca,
Quinta da
Bacalhôa,
Quinta da Leda
e Julia Kemper:
grandes vinhos
REPRODUÇÕES
4
Já contei minha relação com os vinhos
portugueses, parecida com a de todo
neto de imigrantes, o vinho diluído
com água e açúcar passado debaixo
da mesa pelo avô, uma bicadinha só,
aquele gosto de uva sem uva, amargo,
não exatamente uma paixão na primeira provada. Daquele episódio até
hoje, o meu gosto cresceu bastante, extrapolou os limites portugueses, mudou, sofisticou (palavra horrível) e até
virou profissão. Mas como existe “confort food”, há também os vinhos que acalentam, levam de volta ao seu território
da memória. O meu é a região do Porto,
os vinhos do Porto. Não que sejam meus
favoritos, isto não existe, faço declarações de amor a diversas garrafas, depende da circunstância e da comida. Mas
um cálice de um Porto Tawny 20 anos é
como minha aromaterapia, viajo mesmo, entra ali naqueles reduzidos mililitros uma carga afetiva e emocional
equivalente a uma abertura de Wagner, uma obra de arte completa.
Lendo a lista de participantes do
próximo evento de vinhos portugueses, a terceira edição do Vinhos de Portugal no Rio, sinto o
mesmo entusiasmo que vocês,
mas também aquela taquicardia da ansiedade, a vontade de
provar tudo, estar em todos os
stands, assistir todas as aulas.
Começo pelo Sul, ou pelo
Centro? Provo todos os brancos e depois os tintos? E se
não der tempo, se não conseguir chegar nos Portos, justo
neles? Talvez a estratégia seja acompanhar uma cepa, a Touriga Nacional
em diferentes regiões, mas desisto, é
mecânico demais, técnico, vai me ensinar sem muito prazer.
Resolvi fazer uma lista de preferências, quem quiser segui-la como bússola
sem obrigação, está aí abaixo. É inteiramente pessoal, baseada no meu gosto.
É como o Waze: dá uma dica de percurso. Siga se achar que ajuda. Como sou
sistemático, disfarçado de desorganizado, comecei do Sul. O Alentejo está
muito bem representado, a Cortes de
Cima entra na minha lista com seu
branco admirável e o Syrah/Touriga
Nacional (citaria muitos outros,
pois todos são bons). A Herdade do Esporão também com
brancos muito bons, o Verdelho, o Reserva branco e tintos
DOURO
DÃO
PORTUGAL
LISBOA
PENÍNSULA
DE SETÚBAL
ALENTEJO
sutis e equilibrados, como o Quatro Castas. A Fundação Eugenio de
Almeida, que produz um dos vinhos mais queridos pelos
brasileiros, o Pêra-Manca,
tem dois soberbos brancos, o EA e o Cartuxa. E a
Arrepiado Velho, onde não
há erro, com uma predileção
pelos Arrepiado Collection (branco e tinto), que são tesouros.
Perto de Lisboa está o belo palácio
renascentista (com fantasmas, dizem,
mas já dormi lá sem maiores problemas), a Quinta da Bacalhôa, cujo rótulo
homônimo é um clássico, e seu Moscatel maravilhoso. Como estamos na Península de Setúbal, está ali também
José Maria da Fonseca. Eu posso beber
Moscatel o dia todo, com queijo, com
doce, com pensamentos de leveza.
No Dão é preciso provar os vinhos
mais modernos de Julia Kemper, feitos
com enorme cuidado e os preciosos
Quinta dos Carvalhais. Antes de chegar
ao Porto, preciso mencionar a Covela,
com seus elegantes brancos de Arinto e
Avesso. E a Quinta do Ameal, onde operam a magia de fazer da Loureiro uma
uva de alta dignidade, são vinhos muito
especiais, estão na minha lista de tops.
E então, o Douro. Aqui, meus amigos,
cada um por si, pois só há grandes nomes e o melhor é provar e comparar, escolher seu estilo de estimação. Como
vou falar do Crasto e do Vallado se também preciso falar de Adriano Ramos
Pinto, Symington, Real Companhia Velha e Domingos Alves de Souza? Quero
todos, gosto de todos. Provem, provem.
E não se esqueçam da Casa Ferreirinha, que espero esteja lá com seus
Esteva e Papa Figos e o monumento
chamado Quinta da Leda.
Bom passeio, Portugal vale mais que
uma visita, por mais que se conheçam
seus vinhos não passamos nunca de
aprendizes. Esqueci de dezenas de rótulos, lista de cabeça é assim, de propósito, que cada um monte a sua.
99.000S
LEITOREDOS*
ESTIMA
Vinhos de Portugal no Rio é realizado pelo
GLOBO em parceria com o jornal português
“Público”. Com patrocínio de Senac, Deli
Delícia e Casa Shopping e parceria com
Vinhos de Portugal, o evento acontece nos
dias 20, 21 e 22 de maio, no Casashopping, na
Barra. A programação completa, com horários
e preços, está no site:
www.vinhosdeportugalnorio.com.br.
* FONTE: Tom Micro, Jan a Dez/2015
LER
ARTIGO
Promoção
Editorial
ANTES DO EVENTO
RIO SHOW (O GLOBO)
Rio Show é o suplemento
de programação cultural
do jornal O Globo.
Publicou no dia de abertura
matéria sobre o Vinhos
de Portugal no Rio com
a programação do evento
que teve muita repercussão.
4
GASTRONOMIA I
RIOSHOW
SEXTA-FEIRA 20.5.2016
RIOSHOW
SEXTA-FEIRA 20.5.2016
MARCELO DE JESUS
I
5
FOTOS DE VERA MOUTINHO/PÚBLICO
.................................................................................................................................................................................................................
Um programa com ‘terroir’
Mercado de Vinhos: Sex, das
14h às 16h; das 17h às 19h; e
das 20h às 22h. Sáb, das 11h
às 13h; das 14h30m às
16h30m; das 20h30m às 22h.
Dom, das 11h às 13h; das 15h
às 17h; das 18h às 20h.
Ingresso: R$ 110.
l
291.000S
LEITOREDOS*
ESTIMA
l
PROVAS. Nas
aulas, público
experimenta
rótulos
portugueses
VINHOS DE PORTUGAL NO RIO
Bebendo
direto
da fonte
O maior evento de vinhos do país
chega à 3ª edição e reúne 66
produtores da Terrinha no Casa
Shopping, na Barra, de hoje a domingo
Aulas e provas com vagas
Ingresso: R$ 110.
“Vinhos brancos do século
XXI”, Pedro Mello e Souza, do
GLOBO. Sex, das 15h às 16h.
Dom, das 19h às 20h.
“Grandes brancos”, Pedro
Garcias, do “PÚBLICO”. Sex,
das 13h às 14h.
“Harmonizações de doces e
vinhos do Porto”, Manuel
Carvalho e Alexandra Prado
Coelho, do “PÚBLICO”. Sáb,
das 13h às 14h.
“Grandes vinhos de Setúbal”,
Luís Lopes, da “Revista de
Vinhos”. Sáb, das 21h às 22h.
“Setúbal: a excelência do
Moscatel”, Luís Lopes, da
“Revista de Vinhos”. Dom, das
13h às 14h.
B
ons motivos (e
ótimos vinhos)
não faltam para
brindar neste fim
de
semana,
quando acontece a terceira
edição do Vinhos de Portugal
no Rio. Realizado pelo GLOBO e pelo jornal português
“PÚBLICO”, o maior evento de
vinhos do país está de endereço novo e ocupa, de hoje a domingo, o Casa Shopping, na
Barra, com feira de produtores, provas e harmonizações
com especialistas.
Lá, os amantes da bebida terão a oportunidade de conhecer de perto 66 produtores da
Terrinha, que levarão para o
Mercado de Vinhos 450 rótulos. Cada sessão tem duas horas de duração e, ao comprar
o ingresso (R$ 110), o visitante
tem acesso à taça inteligente,
que é equipada com o chip
que registra os rótulos prova-
COMIDINHAS. Quiosque da Deli Delícia
dos. Depois, o participante recebe, por e-mail, informações
sobre os vinhos degustados.
O evento — que tem patrocínio do Senac, do Casa Shopping e da Deli Delícia e parceria do Vinhos de Portugal — é
o lugar certo para quem quer
aprender mais sobre o assunto. Conduzidas por especialistas e críticos dos dois jornais,
as provas e harmonizações
são um dos pontos altos da
agenda. Algumas das aulas,
como as comandadas pelo
único Master Of Wine do país,
Dirceu Vianna Júnior, já estão
com os ingressos esgotados.
Mas há vagas em diversas
sessões, como “Harmonizações de doces e vinhos do Porto”, com Manuel Carvalho e
com inscrição 30 minutos antes
do evento.
Vinho do Porto, com Manuel
Carvalho. Sex, às 14h30m e às
21h30m. Sáb, às 20h30m.
Dom, às 18h30m.
Vinhos de Setúbal, com
Alexandra Prado, Henrique
Soares e Luís Lopes. Sex, às
16h30m e às 20h30m. Dom, às
11h30m e às 16h30m.
Eça de Queirós, com Adriana
Calcanhotto e Carlos Reis. Sex,
às 18h30m. Sáb, às 12h30m e
às 18h30m. Dom, às 12h30m.
Dão, com Alexandra Prado e
Rui Falcão. Sáb, às 15h30m.
Alentejo, com Luís Lopes. Sáb,
às 16h30m. Dom, às 15h30m.
Grandes tintos, com Pedro
Garcias. Sáb, às 17h30m.
Grandes brancos. Dom, às
20h30m.
Vinhos de Setúbal, com o
Master of Wine Dirceu Vianna
Júnior. Sáb, às 21h30m.
l Tomar um Copo: Atividade
gratuita na área de convivência,
Área de convivência: Casa
Shopping: Av. João Cabral Melo
Neto, 2º piso, Bloco P, loja 210,
Barra. Sex, das 10h às 23h. Sáb,
das 11h às 23h. Dom, das 11h
às 22h30m. Grátis.
Alexandra Prado Coelho, ambos do “PÚBLICO”, e “Vinhos
brancos do século XXI”, com o
colunista do Rio Show Pedro
Mello e Souza. Os ingressos
também custam R$ 110.
Entre um gole e outro, ainda
dá para aprender mais sobre o
tema na área de convivência,
que tem entrada gratuita. Fica
ali o espaço Tomar um Copo,
onde especialistas falam sobre
algumas das principais regiões
vinícolas de Portugal: Porto,
Setúbal, Alentejo e Dão. Para
quem gosta de literatura, a pedida é assistir à atividade em
torno do escritor Eça de Queirós e sua relação com vinhos
portugueses, comandada por
Carlos Reis, professor da Universidade de Coimbra e o maior especialista em Eça de Portugal, e pela cantora e compositora Adriana Calcanhotto. As
inscrições são feitas na hora.
Ainda na área de convivên-
cia, o Senac também oferecerá atividades gratuitas. Para
participar, basta fazer inscrição no local meia hora antes
(sujeito a lotação).
Para completar o programa,
um quiosque da Deli Delícia
vende os vinhos do Mercado,
além de comidinhas. Depois
do aperitivo, ainda dá para esticar nos restaurantes do Casa
Shopping, que não cobrarão
taxa de rolha para a primeira
garrafa consumida.
Assinantes do Clube O Globo terão 20% de desconto no
ingresso para o Mercado de
Vinhos, além de transporte
gratuito: quatro vans farão o
percurso Parque dos Patins/
Casa Shopping / Parque dos
Patins de hoje a domingo. Para solicitar o transporte, é preciso entrar no site www.clubeoglobo.com.br e fazer o resgate do voucher para o horário
desejado. l
l
MERCADO.
Para conhecer
os produtores
MARCELO DE JESUS
TOMAR UM
COPO. Pedro
Garcias em ação
Para comer
& beber
Deli Delícia.
Num estande montado na
área de convivência, além de
vinhos portugueses, as comidas da Terrinha estão a postos. O cardápio variado e lusitano conta com pedidas como
bacalhau com natas (R$ 25),
torta de bacalhau (R$ 9), ciabatta com presunto cru e maionese de pesto (R$ 28), punheta de bacalhau (R$ 35),
sandes de leitão no pão da
mealhada (R$ 28), pastéis de
nata e de bacalhau (R$ 5), pão
de chouriço (R$ 12) e toucinho do céu (R$ 12).
AULA. O
crítico
português
Rui Falcão
Casa Shopping.
Quem quiser esticar do
evento para os restaurantes
do shopping não pagará taxa de rolha para a primeira
garrafa consumida (apenas
para quem estiver com a
pulseira do evento). Além
disso, algumas casas oferecem brindes aos clienes.
Participam L’Entrecote Paris, Mamma Jamma, Royal
Grill, Fogo de Chão, Enotria, GNutri, Manekineko,
P.F.Chang’s e Ráscal.
* FONTE: Tom Micro, Jan a Dez/2015
l O GLOBO
l Rio l
Domingo 15 .5.2016
Um brinde à paixão que
une cariocas e portugueses
DIVULGAÇÃO
LER
ARTIGO
Vinhos de Portugal no Rio acontece a partir da próxima sexta-feira
MARCELO DE JESUS/DIVULGAÇÃO
LUCIANA BARROS
[email protected]
Promoção
Editorial
ANTES DO EVENTO
O GLOBO
Diversos artigos
sobre o evento
em vários cadernos
do Jornal O Globo.
Portugal é tradição, aconchego. Mas
também modernidade e tecnologia.
Esses dois universos aparentemente
contraditórios, mas que refletem o
país hoje, estarão reunidos no próximo fim de semana em solo carioca,
na terceira edição do Vinhos de Portugal no Rio, que O GLOBO promove
em parceria com o jornal português
“Público”.
De sexta-feira, dia 20, até domingo,
dia 22, o evento acontece no CasaShopping, na Barra, com patrocínio de Senac, Deli Delícia e CasaShopping; e parceria de Vinhos de
Portugal. O novo endereço vai receber dezenas de produtores portugueses e os visitantes para cursos, provas, degustações e harmonizações.
As inscrições para as atividades já estão abertas no site vinhosdeportugalnorio.com.br, onde também pode
ser encontrada a lista completa de
atrações.
A grande estrela do evento é o Mercado de Vinhos (veja mais ao lado),
que promove o encontro direto entre
os apreciadores da bebida e seus produtores. As provas conduzidas por
especialistas são outro destaque. As
sessões têm até 30 participantes que,
por uma hora, serão guiados por críticos dos jornais “Público” (Alexandra Prado Coelho, Pedro Garcias e
Manuel Carvalho) e O GLOBO (Pedro
Mello e Souza), juntamente com Dirceu Vianna Júnior, o único brasileiro
que possui o título de Master of Wine,
e Luís Lopes, editor da “Revista de Vinhos”, de Portugal. A entrada custa
R$ 110, mais taxas.
— Quem não gosta de sentar, beber
um vinho e contar uma história? O
evento é uma experiência completa:
você conhece os produtores do vinho, faz degustações, têm aulas e
cursos sobre os diferentes produtos e
ainda pode comprar sua garrafa ao
fim — acredita a diretora internacional do “Público”, Simone Duarte.
O crítico português Luís Lopes ministrará o curso “Introdução ao Vinho Português”, oficial da Academia
de Vinho de Portugal, ViniPortugal.
Os participantes receberão certificado ao final da aula, que terá duração
291.000S
LEITOREDOS*
ESTIMA
14
Mercado de Vinhos com 20%
de desconto para assinantes
Tim tim. O evento este ano está de casa nova e acontece por três dias no CasaShopping, na Barra
U
PROVAS AINDA COM INGRESSO
INTRODUÇÃO
AO VINHO
PORTUGUÊS:
Com Luís Lopes,
da “Revista de
Vinhos”. Sex, das
17h às 18h.
PORTO CLÁSSICO:
Com o especialista
em vinhos do
“Público” Manuel
Carvalho. Sex, das
19h às 20h.
VINHOS
REFRESCANTES
PARA O RIO:
Com o único
Master of Wine
brasileiro, Dirceu
Vianna Júnior. Sex,
das 21h às 22h.
SETÚBAL, A
EXCELÊNCIA DO
MOSCATEL: A prova
é conduzida por
Luís Lopes. Dom,
das 13h às 14h.
GRANDES VINHOS
DE SETÚBAL:
Lopes conduz o
passeio pela região
que tem crescido
no gosto dos
portugueses. Sáb,
das 21h às 22h.
de uma hora. Outra atividade para
conhecer melhor os vinhos de Portugal são a “provas” – uma zona exclusiva de prova de vinhos do Porto
Clássico, tintos, harmonização com
doces, queijos e vinhos do Porto e
muito mais. Com uma hora de duração, a iniciativa leva os participantes,
guiados pelos críticos, a saborear alguns dos vinhos mais sofisticados
das diferentes regiões.
O evento ainda contará com uma
área de convivência com um lounge,
atrações gastronômicas e uma loja de
vinhos. A área de convivência funcionará na sexta e no sábado, das 11h às
23h e no domingo, das 11h às
22h30m. Este ano, a sessão “Tomar
um copo” terá a participação da cantora Adriana Calcanhotto e dos críticos de vinho que conversarão descontraidamente com os visitantes em
papos que sempre terminarão em
agradáveis degustações do produto.
Essa atividade é gratuita, por ordem
de chegada e com duração de 15 a 20
minutos.
Só é permitida a entrada de menores
de 18 anos na área de convivência
acompanhados pelo responsável. A
programação completa do evento, com
horários e preços, estão no site www.vinhosdeportugalnorio.com.br. l
As degustações estão por toda a parte no Vinhos de Portugal no Rio, mas em nenhum
local o público e os produtores estão tão próximos quanto no Mercado de Vinhos. Numa área com cerca de 500 metros quadrados no CasaShopping estarão reunidos 66 produtores de diversas regiões
vinícolas do país. Entre uma
taça e outra, é uma ótima
oportunidade para conhecer
e conversar com quem faz a
fama dos vinhos portugueses.
O ingresso dá direito a um período de duas horas, de acordo com a sessão escolhida na
hora da compra.
— Essas relações no mercado são muito intensas. Você
conhece a pessoa que faz o vinho, ou o dono da quinta onde
esse vinho é feito. Há histórias
de cariocas que passaram pelos estandes nas edições anteriores do evento, prometeram
visitar os produtores e, em viagens a Portugal feitas posteriormente, realmente bateram
na porta deles — conta Simone
Duarte, do “Público”.
De sexta-feira a domingo, se-
rão dez chances de participar
desses encontros. No primeiro
dia, haverá três sessões: das
14h às 16h; das 17h às 19h; e
das 20h às 22h. No sábado,
quatro horários: das 11h às
13h; das 14h30m às 16h30m;
das 17h30m das 19h30m; e das
20h30m às 22h. No domingo
acontecem as três últimas
sessões: das 11h às 13h; das
15h às 17h; e das 18h às 20h.
O ingresso para cada sessão
custa R$ 110. As compras podem ser feitas pela internet,
através do site vinhosdeportugalnorio.com.br, onde é cobrada uma taxa de R$ 11. Assinantes cadastrados no Clube O
GLOBO Sou + Rio têm 20% de
desconto. Também haverá
venda de entradas na hora, sujeita à lotação.
Quem participar do Mercado
usará uma Taça Inteligente,
projeto da Adegga vencedor do
Wine Business Inovation Summit, na Alemanha. A taça possui um chip que registra os
produtores visitados e destaca
os vinhos provados. As informações serão enviadas para o
e-mail do visitante. l
MARCELO DE JESUS/DIVULGAÇÃO
Hora de experimentar. É possível provar vinhos de várias regiões do país
CUSTODIO COIMBRA
Delícias e sorrisos servidos
de bandeja há 60 anos
NATÁLIA BOERE
[email protected]
Está vendo o sorrisinho fácil na foto?
É com ele que o garçom Waldir Ramos, de 78 anos, recebe os clientes
da Casa Cavé, no Centro, há 38. Mas
essa profissão ele abraçou bem antes, quando atingiu a maioridade e
se alistou no Exército. Os militares
perceberam que o soldado Ramos
poderia se dar bem com as bandejas
e o recrutaram para servir os oficiais.
— Meu pai tinha um armazém e eu
o ajudava, tinha aquela habilidade
para lidar com o público — conta.
Quando deixou o Exército, Waldir
foi dar expediente no extinto restaurante Bali Hai, em Ipanema. Lá, recebia clientes ilustres, como os come-
diantes Costinha e Grande Otelo:
— O que Costinha era no palco era
também batendo papo com a gente. Bacana, contador de piadas. Grande Otelo
não era de muita conversa. Uma vez servi o refrigerante antes de a comida ficar
pronta e ele me deu uma bronca.
Após uma temporada na leiteria Bol,
no Centro, Waldir passou a exibir sua
gravata-borboleta na Cavé. Na confeitaria portuguesa, o convívio com clientes famosos não parou. Ele recebeu o
dramaturgo Nelson Rodrigues e o poeta Carlos Drummond de Andrade:
— Nelson vinha sozinho, sentava-se
sempre na mesma mesa e pedia sorvete
de abacaxi. Não dava intimidade.
Drummond era mais humilde e sociável. Vinha com a irmã, comia torrada
americana e tomava chocolate quente.
Sem querer, Drummond acabou dando a Waldir uma lembrança que ele
guardou por anos com muito carinho.
— Um dia, ele esqueceu o guarda-chuva ao lado da mesa. Era preto, compridão, com cabo de louça. Guardei por um
tempo, mas ele não voltou para buscar,
aí levei para casa — conta o garçom, que
não tem mais a peça. — Meu garoto, sem
querer, destruiu. Saiu à noite e voltou
com o guarda-chuva arrebentado. Fiquei triste, era uma relíquia.
Na lista de fregueses famosos, estão
também Dercy Gonçalves, Regina Casé e
Miguel Falabella. O ator e escritor sem-
LER
ARTIGO
Domingo 24 .4.2016
O Rio quebrou
O lirismo de Di Cavalcanti
www.oglobo.com.br/ancelmo
ANCELMO
GOIS
O Estado do Rio vai superar no
quadrimestre o limite de 60% de
gastos com pessoal em relação à
receita, como determina a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Estima-se
que pode chegar a 80%.
Em tese, isto implica crime de
responsabilidade fiscal.
ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, DANIEL BRUNET,
DANIEL GULLINO E TIAGO ROGERO
Outra...
ALÊ DE SOUZA
Se Pezão resolvesse demitir todos
os secretários e todas as pessoas
que ocupam os cargos de confiança
do governo e tentasse, por mais
absurdo que pareça, governar
sozinho, economizaria R$ 1 bilhão
por ano.
Só que o buraco é estimado em
R$ 18 bilhões!
A conta da crise
Do historiador Daniel Aarão Reis:
— O que eu gostaria de saber é o
seguinte: quem vai pagar o custo da
superação da crise? Os de cima? Os
de baixo? Os do meio? E como vão
pagar?
Menores na Rio-2016
A crise no samba
Lembram que o Ministério Público
do Trabalho do Paraná quis impedir
que menores de 18 anos trabalhassem
como gandulas nos jogos da Copa do
Mundo de 2014?
O Conselho Nacional de Justiça
regulamentou na semana passada a
participação e a circulação de
menores nos eventos da Rio-2016 e
nas Paralimpíadas.
A recomendação autoriza que os
chefes de missão e de delegação se
responsabilizem pelos atletas menores
durante a estadia no Brasil.
Como é da tradição, o carnaval do
ano que vem deve tratar da crise. A
Inocentes de Belford Roxo, do grupo
de acesso, saiu na frente.
O enredo, do carnavalesco Wagner
Gonçalves, será “Os vilões — O verso
do reverso”.
Já...
O nome do ministro da Fazenda
de um eventual governo Temer não
está definido ainda, mas o modelo
sim: o escolhido terá ascendência
sobre os demais membros da
equipe econômica.
A intenção é evitar
curtos-circuitos como os que
ocorriam entre ministros de linhas
diferentes, como Joaquim Levy e
Nelson Barbosa.
Simpatia. Waldir Ramos e sua inseparável bandeja: ele não pensa em deixar o ofício
Os militares
perceberam que o
soldado Ramos
poderia se dar
bem servindo os
oficiais e decidiram
recrutá-lo
ra”. Mas ficou só na simpatia.
Para Waldir, não faltam histórias:
— Certa vez, uma moça fez uma
despesa, foi ao banheiro e se mandou. Depois de um tempo, voltou e
eu a reconheci. Disse que deveria
pagar adiantado e ela foi embora
Nascido em Três Rios, Waldir chegou à capital em 1968 e diz que não
pensa em voltar para lá. Também
não passa pela cabeça dele pendurar a gravata-borboleta:
— Continuo para manter um padrão de vida. Talvez, quando chegar
aos 80 anos, já dê para pensar. l
Sabe como um grupo de moradores
de Jacarepaguá está fazendo para não
perder tempo durante os
engarrafamentos? Estudando inglês.
Eles saem do bairro em um ônibus
do curso English on the Road, em
direção ao Centro. No percurso, têm
aula de inglês.
Fátima é 1.000!
O DOMINGO É DE...
... Bianca Bin, 25 anos, que anda roubando a cena como Maria em “Êta mundo
bom!”. A personagem participa de alguns dos momentos centrais da trama, e em
breve será pedida em casamento por Celso (Rainer Cadete). Que inveja... l
A coleguinha Fátima Bernardes
completa amanhã
mil programas à
frente do seu
“Encontro com
Fátima Bernardes”.
Teve gente que
considerou mau
passo ela deixar em
2011 a bancada do
“Jornal Nacional”,
que dividia com o
marido William
Bonner, para se aventurar
num programa próprio.
Deu certo. “Chegar ao
programa mil reforça
minha convicção de
que apostei no sonho
certo”, afirma Fátima.
Maravilha!
Vinhos de Portugal terá uma
nova edição no Rio mês que vem
Os portugueses descobriram o Brasil, mas agora
são os cariocas que vão poder descobrir um
pouco mais sobre o país, na terceira edição do
“Vinhos de Portugal no Rio”, que O GLOBO promove em parceria com o jornal português “Público”. Para conhecer melhor a bebida que a cada ano conquista mais os brasileiros, serão três
dias de evento: 20, 21 e 22 de maio. A grande novidade é que as atividades agora acontecem no
CasaShopping, na Barra.
Quase 70 produtores portugueses estarão no
evento, que tem patrocínio de Senac, Deli Delícia e
CasaShopping; e parceria de Vinhos de Portugal.
O público poderá participar de cursos, provas, degustações e de sessões batizadas de “tomar um copo”, além de curtir uma charmosa área de convivência. Haverá atividades gratuitas, por ordem de
chegada, e também pagas, através de inscrições
que começam na próxima quarta-feira, dia 27.
Uma das opções para os visitantes será conhecer o Mercado de Vinhos, onde 68 produtores de diversas regiões de Portugal oferecerão
uma experiência de degustação diferente. Durante duas horas, cada participante fará as degustações numa Smart Wine Glass, a “taça inteligente” premiada no Wine Business Innovation
Summit, na Alemanha. A taça contém um chip
que registra cada vinho degustado. Na semana
seguinte ao evento, os participantes receberão
por e-mail informações sobre os vinhos degustados, inclusive onde achá-los para compra.
Outra atividade será a Prova de Vinhos. Por uma
hora, 30 participantes farão provas e harmonizações guiadas por críticos dos jornais “Público”
(Alexandra Prado Coelho, Pedro Garcias e Manuel
Carvalho) e O GLOBO (Pedro Mello e Souza), juntamente com Dirceu Vianna Júnior, o único brasileiro que possui o título de Master of Wine, e Luís
Lopes, editor da “Revista de Vinhos”, de Portugal.
ASSINANTES TERÃO DESCONTO NA PRÉ-VENDA
O crítico português Luís Lopes ministrará o curso “Introdução ao Vinho Português”, oficial da
Academia de Vinho de Portugal, ViniPortugal.
Os participantes receberão certificado ao final
da aula, que terá duração de uma hora. Outra
atividade para conhecer melhor os vinhos de
Portugal são a “provas” – uma zona exclusiva de
prova de vinhos do Porto Clássico, tintos, harmonização com doces, queijos e vinhos do Porto e muito mais. Com uma hora de duração, a
VERA MOUTINHO/PÚBLICO
Que horror
A novidade, vendida discretamente
nas areias de Ipanema, é o “cokikank”.
Um biscoito feito com a droga skank,
apelidada pelos jovens de “kank”. A droga
é cultivada em laboratório com sete vezes
mais THC que a maconha tradicional.
Inglês sob rodas
Em relação aos gandulas, o CNJ fixou
a idade mínima em 14 anos. Mesmo
assim, apenas em alguns esportes.
Um czar na economia
Quando desabou o viaduto da
Paulo de Frontin, em 1971,
matando 26 pessoas, o escritor
Autran Dourado (1926-2012) disse
numa entrevista ao “JB”:
— Se os engenheiros que o
projetaram tivessem lido Machado
de Assis não errariam nos cálculos,
porque saberiam pensar. E teriam
uma formação humanista.
REPRODUÇÕES
Vem aí, dia 2 agora, um daqueles livros
lindos toda a vida do editor de arte Pedro
Corrêa do Lago. A Editora Capivara lança “Di
Cavalcanti — conquistador de lirismos”, que
traz uma seleção de 189 imagens de obras do
grande artista, selecionadas pela filha
Elizabeth, e com curadoria de Denise Mattar.
São todas, como estas duas, do período 1925-1949.
Venda de ingressos para evento do GLOBO com o jornal ‘Público’ começa quarta
pre tomava o sorvete Dina Teresa (em
homenagem à vedete e fadista portuguesa falecida em 1984), de creme,
chantilly e fios de ovos. Miguel confirma:
— Quando era menino, morava na
Ilha do Governador e ia ao Centro com
minha avó. Ela me levava à Cavé para
tomar aquelas taças de sorvete com fios
de ovos. Aquilo era como caviar.
PREOCUPAÇÃO COM A FAMÍLIA
O filho de Waldir, aquele do guardachuva, hoje é um taxista de 47 anos. O
garçom também é pai de uma pedagoga de 44. Nascido em uma família de oito pessoas, estudou até o 2º ano do ensino fundamental, mas queria que a
prole tivesse uma boa formação:
— O garoto não quis aproveitar, mas a
menina fez jus ao meu investimento. Para pagar os estudos deles, fazia extra em
casa de madame, preparando e servindo
canapés. Foi no período em que estive
separado (passou 14 anos divorciado,
mas reatou o casamento há 12). Em vez
de ir para a noitada ou curtir fossa, faturava para ter meu apê. Em 1995, comprei
um conjugado no Flamengo.
A mulher tinha ciúme do marido, que
nunca economizou nos sorrisos e até
hoje é paquerado por freguesas:
— Outro dia, perguntei a uma senhora
se ela ia querer a torrada Petrópolis com
mel. Ela disse: “Não. De mel já basta você”. Eu respondi: “A recíproca é verdadei-
l Rio l
Não basta ser técnico
ENCONTROS DE DOMINGO Waldir Ramos
Garçom da Casa Cavé há 38
anos, Waldir Ramos abraçou
a profissão quando atingiu a
maioridade e se alistou no
Exército. Na confeitaria do
Centro, já serviu clientes
ilustres como Nelson
Rodrigues e Drummond
l O GLOBO
Sabores únicos. As degustações estão por toda a parte durante o evento
Cena carioca
RENATO ROCHA MIRANDA/TVGLOBO
14
Um motorista parou para abastecer,
quarta passada, em um posto perto do
Centro Luiz Gonzaga de Tradições
Nordestinas, em São Cristóvão, na
Zona Norte. Como o estabelecimento
não tinha bandeira, o do volante
perguntou ao frentista:
— A aditivada está a R$ 3,75?
— Sim.
— Mas ela é confiável?
E o funcionários, com a sinceridade
que falta aos nossos políticos:
— E quem hoje em dia é?
Pano rápido.
U
ALGUMAS ATRAÇÕES DO EVENTO
CURSO
Introdução ao vinho.
Com Luís Lopes.
Dia 20 de maio
(sexta), às 17h; dia 21
(sábado), às 11h; e
dia 22 (domingo), às
17h.
PROVAS
duração de 15 a 20 minutos. A área de convivência funcionará na sexta e no sábado, das 11h às
23h e no domingo, das 11h às 22h30m.
— É um prazer ter novamente essa parceria
com o “Público” num evento que conquista
mais cariocas a cada ano. E com uma novidade
para os assinantes do GLOBO, que poderão garantir sua entrada antes e por um preço menor
na pré-venda para o Mercado de Vinhos. Amanhã, são 50% de desconto e, na terça-feira, 20%
de desconto. Basta entrar no site www.clubeoglobo.com.br e fazer o resgate — explica Sérgio
Almeida, gerente de Marketing do GLOBO.
Só é permitida a entrada de menores de 18
anos na área de convivência acompanhados pelo responsável. A programação completa do
evento, com horários e preços, estão no site
www.vinhosdeportugalnorio.com.br. l
Vinhos refrescantes
para o Rio.
Com o Master of Wine
Dirceu Vianna Júnior.
Dia 20 (sexta), às 21h.
A entrada custa
R$ 130, mais R$ 13
de taxas do site.
Grandes brancos.
Com Pedro Garcias.
Dia 20 (sexta), às
13h; e dia 22
(domingo), às 11h.
Vinho do Porto.
Com Manuel de
Carvalho. Dia 20
(sexta), às 14h30m e
21h30m; dia 21
(sábado), às 20h30m; e
dia 22 (domingo), às
18h30m.
Grandes vinhos de
Setúbal.
Com Luís Lopes. Dia
21 (sábado), às 21h.
A entrada custa R$
110, mais R$ 11 de
taxas do site.
iniciativa leva os participantes, guiados pelos
críticos, a saborear alguns dos vinhos mais sofisticados das diferentes regiões.
Para o Mercado de Vinhos, as provas e os cursos, é preciso comprar ingressos no site
www.vinhosdeportugalnorio.com.br. Todos
custam R$ 110 mais R$ 11 em taxas, com exceção das provas especiais, cujo valor é de R$ 130
mais R$ 13 em taxas.
O evento ainda contará com uma área de convivência com um lounge, atrações gastronômicas e uma loja de vinhos. Este ano, a sessão “Tomar um copo” terá a participação da cantora
Adriana Calcanhotto e dos críticos de vinho que
conversarão descontraidamente com os visitantes em papos que sempre terminarão em
agradáveis degustações do produto. Essa atividade é gratuita, por ordem de chegada e com
Porto clássico.
Com Manuel Carvalho.
Dia 20 (sexta), às 19h.
Grandes tintos.
Com Pedro Garcias.
Dia 20 (sexta), às
11h; e dia 21
(sábado), às 15h.
Vinhos brancos do
Século XXI.
Com Pedro Mello e
Souza. Dia 20 (sexta),
às 15h; e dia 22
(domingo), às 19h.
Concorrido. No ano passado, o evento levou milhares de cariocas ao Jockey Club: agora acontece no CasaShopping
PROVAS ESPECIAIS
Harmonização de
doces e vinho do
Porto.
Com Manuel Carvalho
e Alexandra Prado
Coelho. Dia 21
(sábado), às 13h.
Setúbal, a excelência
do moscatel.
Com Luís Lopes. Dia
22 (domingo), às 13h.
Harmonização de
queijos e vinhos.
Com Manuel Carvalho
e Alexandra Prado
Coelho. Dia 22
(domingo), às 21h.
A entrada para estas
provas custa R$ 110,
mais R$ 11 de taxas
do site.
TOMAR UM COPO
Eça de Queirós.
Com Adriana
Calcanhotto e Carlos
Reis). Dia 20 (sexta), às
18h30m; dia 21
(sábado), às 12h30m; e
dia 22 (domingo),
às 13h.
De graça, por ordem de
chegada.
MERCADO DE VINHOS
Dia 20 (sexta).
São três sessões
abertas: das 16h às
18h, das 17h às 19h e
das 20h às 22h.
Dia 21 (sábado).
Sessões das 11h às
13h, das 14h30m às
16h30m, das
17h30m às 19h30m,
e das 20h30m às
22h30m.
Dia 22 (domingo).
Sessões das 11h às
13h, das 15h às 17h, e
das 18h às 20h.
A entrada custa R$ 110,
mais R$ 11 de taxas do
site.
* FONTE: Tom Micro, Jan a Dez/2015
14
l
l
O GLOBO l BARRA
Quinta-feira 5.5.2016
BARRA l O GLOBO 15
Quinta-feira 5.5.2016
FABIO ROSSI/10-8-2015
Dia das Mães, tempo
de fazer o bem
Evento chega à Barra trazendo 66 produtores; ingressos estão à venda
MARCO STAMM
Entidades fazem eventos beneficentes: Retiro Humboldt promove
Festa de Maio, em Jacarepaguá; e Ação Social Recreio realiza brechó
MARCO STAMM
[email protected]
Comemorar o Dia das Mães é
como fazer um agradecimento. Melhor ainda quando é
possível retribuir o carinho recebido ajudando outras pessoas. Neste fim de semana, há
pelo menos duas oportunidades. No sábado, a Ação Social
Recreio promove um brechó
beneficente; e, no domingo, o
Promoção
Editorial
Retiro Humboldt, em Jacarepaguá, realiza a tradicional
Festa de Maio, sua principal
fonte de arrecadação.
A festa no Retiro Humboldt, lar para idosos, vai das
10h às 17h, com apresentações culturais, barracas com
comidas típicas alemãs e um
brechó de antiguidades.
O Brechó das Mães, no Recreio, será no sábado, das 9h às
17h. Venderá peças arrecada-
MARCELO DE JESUS
[email protected]
das pela Ação Social Recreio,
entidade formada por moradores do bairros, a preços a
partir de R$ 2. A renda vai para
ações beneficentes do grupo. l
+ INFO
Brechó da Ação Social: Rua HW
250, loja 105, Recreio.
Tel.: 99660-5644.
Festa de Maio: Rua Edgard
Werneck 204, Jacarepaguá.
Tel.: 2111-1300. R$ 5
Vinhos de Portugal
Carinho. Idosas do Retiro Humbolt, em Jacarepaguá
ANTES DO EVENTO
Depois de dois anos sendo realizado na Zona Sul, o evento
Vinhos de Portugal no Rio
chega à Barra, via CasaShopping. Nos dias 20, 21 e 22 deste
mês, os amantes da bebida
poderão conhecer a produção
de 66 vinicultores vindos de
Portugal. Os ingressos são limitados e já estão à venda.
Quem gosta de vinho terá
oportunidade de fazer cursos, degustar vinhos numa
taça inteligente e depois receber informações sobre cada rótulo, fazer provas acom-
OGLOBO
DOMINGO 15.5.2016 Nº 2.661
oglobo.com.br
Festa. Vinho é estrela do evento
panhadas por especialistas e
desfrutar uma área de convivência com lounge e loja de
vinhos.
Realizado pelos jornais O
GLOBO e “Público”, de Portugal, o Vinhos de Portugal no
Rio tem patrocínio de Senac,
Deli Delícia e CasaShopping
e parceria de Vinhos de Portugal. A programação completa do evento, com horários e preços, está no site vinhosdeportugalnorio.com.br, onde os interessados
também podem se inscrever
nas atividades oferecidas. l
+ INFO
Vinhos de Portugal no Rio —
CasaShopping, dias 20, 21 e 22
de maio. Vagas limitadas.
Entrada: Grátis
Atividades: a partir de R$ 110
São muitos endereços importantes no seu bairro.
E um que reúne todos eles: Bem Aqui.
Seja na versão impressa ou digital, no Bem Aqui você
encontra as melhores soluções de compras e serviços
do seu bairro.
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LER
ARTIGO
Satélites do WSL
Eventos paralelos agitam região durante
a etapa carioca do Mundial de Surfe Pág. 18
JORNAL DE BAIRROS
(BARRA DA TIJUCA)
Duas matérias especiais
Campinho
inclusive uma de capa
sobre o evento no
suplemento de O Globo
dedicado só para moradores
da Barra da Tijuca.
Está
servido?
Há 41 anos, a CAMIM trabalha
para oferecer o que há de melhor
em saúde para você e sua família.
*Pediatria todos os dias
s orários de atendi
Pechincha
Realengo
Festival Vinhos de Portugal no Rio
Anchieta
chega
ao CasaShopping com mais de
450 rótulos, palestras e degustações
PÁGS. 14 a 17
96.000ES*
LEITOR
* FONTE: Tom Micro, Jan a Dez/2015
321.000
LEITORES
ANTES DO EVENTO
BOA VIAGEM
Matéria Especial
sobre Portugal. Em
2016 foi sobre o
Alentejo. Em 2015,
havia sido sobre a rota
de enoturismo do Dão
ambas escritas por
jornalistas do Público.
PORTUGAL
Promoção
Editorial
EXEMPLARES
ANTONIO CARRAPATO/PÚBLICO
Pão,
6
185.164
pedra
vinho
e
Em passeio pelo Alentejo, pusemos a mão na massa
e visitamos ‘tesouros escondidos’ pela região
INÊS GARCIA PÚBLICO*
S
[email protected]
ão quase 11h, e o sol do Alentejo
está longe de queimar — há uma
brisa que nos acaricia os cabelos
e revolve as ervas daninhas. Estamos na Herdade do Freixo do
Meio, em Montemor-o-Novo. Há
animais à solta, árvores de fruta em sítios inusitados e uma piscina em que as crianças se
deliciam. Campos pintados de verde e amarelo — das plantas, da palha, da calma.
São quase 11h, mas aqui o dia começou
bem cedo. Rianne van den Bink levantou-se
às 7h, reuniu-se com os voluntários da quinta, distribuiu-lhes tarefas e pôs as mãos na
massa pouco depois. A esta hora já há duas
massas diferentes a levedar, numa sala contígua ao forno de lenha. A massa de pão alentejano está tapada e, em algumas horas, vai dar
para 35 pães. A do pão de bolota, acastanhada, mais escura, vai dar para uns 16.
Rianne é holandesa, fez enfermagem. Veio
a Portugal há oito anos e se apaixonou. Em
2013, fez voluntariado na Freixo do Meio.
— Foi no inverno, época das castanhas. Andei dias e dias a apanhar as bolotas e a trabalhar no campo. Mas gostei muito do convívio,
é muito diferente da Holanda, mas também
de outros sítios em Portugal que conheci —
conta Rianne, responsável pelos voluntários
e pelo atelier do pão, o mesmo onde tenta-
LER
ARTIGO
mos fazer o nosso próprio pão alentejano.
Ao ar livre, perto da cozinha,estão as panelas de barro postas sobre um lume de chão. É
lá que vai ser feito o cozido de grão-de-bico
para o almoço. Dentro, onde a água borbulha, estão carnes diversas. A seguir vêm os legumes (nabiças, couve-coração, batata, cenoura, nabo, feijão-verde), cozidos no caldo
das carnes para ficarem tenros e suculentos.
UMA RECEITA, MILHARES DE COMBINAÇÕES
A base deste almoço assenta numa sopa cozida lentamente. O fogo do cozimento incide
em só um lado da panela de barro.
— Há uma série de questões específicas ligadas à termodinâmica da panela e à própria
forma, tipo ovo, não é por acaso — diz Alfredo
Sendim, proprietário da Freixo do Meio.
A panela não mudou, nem os ingredientesbase. Mas hoje há porco, vitela, peru, frango.
Antes não — era o que havia, o que a natureza
dava, o que o mealheiro permitia comprar.
Mas “não há uma fórmula” ou lista de ingredientes concreta. Há “milhares de combinações” e todas resultam numa comida “riquíssima a nível nutricional”.
De volta ao forno, ao pão. O pão alentejano,
um ex-líbris da região que faz umas bocas salivar e outras refilar pela sua densidade.
— Os pães, de início, não cresciam. A base
era de amido. Mas depois percebeu-se que
podíamos compactuar com a natureza e um
micro-organismo chamado levedura, que
FERNANDA DUTRA/ARQUIVO
Cores.
Campos
pintados
de verde e
amarelo na
paisagem
alentejana
Massa. A
produção tem
participação
de voluntários
Pães.
Produto final,
feito à moda
antiga
Guia. Rianne,
responsável
pelo ateliê
do pão na
Herdade do
Freixo do Meio
Vinho.
Tintos
também estão
na produção
do Alentejo
FOTOS DE MARA CARVALHO/PÚBLICO
nem é uma bactéria, nem um fungo, é uma
coisa no meio — explica Sendim.
A levedura é a responsável por libertar carbono e transformá-lo e é o gás resultante que,
ao criar bolhas na massa do pão, vai provocar
o aumento do volume. Rianne, enquanto padeira, tem ajuda de uma máquina, que simula o movimento que era feito só pelos braços e
mãos da mantieira (a responsável, antes, por
manter o monte e fazer o pão). Mas nós, iniciantes, vamos sovar à moda antiga.
PÃO SOVADO À MODA ANTIGA
A receita padrão para um pãozinho está à vista (250g de farinha, 140ml de água, uma colher de chá de fermento, 5g de sal e 50g de fermento vivo), mas já foi decorada pelas pontas
dos dedos de Rianne. Imitamos. Sovamos,
uma e outra vez. “Só mais um bocadinho”, dizem-nos. Mais água. Mais uma pitada de farinha. Amassa de novo. Já está... Mas passou
mais de uma hora, e os braços estão doloridos. Damos forma e deixamos levedar para
levar ao forno a lenha. Para primeira vez, está
bonito, mas não amassado nem levedado o
suficiente — ficou duro como pedra. Dá para
um prato de sopa de miga.
Mas esse roteiro pela Freixo do Meio é só
um dos que estão disponíveis na plataforma
Compadres, que garante ao turista roteiros
personalizados e sob medida pelo Alentejo. l
(*) www.publico.pt
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Editorial
ANTES DO EVENTO
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O VÍDEO
* Média dos últimos meses
20
l O GLOBO
l Rio l
Domingo 22 .5.2016
Do Dão ao Porto, uma viagem
por grandes regiões vinícolas
SIBILA LIND/PÚBLICO
Vinhos de Portugal no Rio reúne 66 produtores de todo o país
FOTOS DE SIBILA LIND/PÚBLICO
RENATA MONTI
[email protected]
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ARTIGO
Cobertura
Editorial
O GLOBO
Várias matérias sobre
diferentes ângulos
do evento foram
realizadas pelos
repórteres do Globo.
Alentejo, Douro, Dão, Bairrada, Setúbal,
Verde, Tejo ou Porto? No evento Vinhos
de Portugal no Rio, no CasaShopping, é
possível sentir o gostinho de grandes regiões vinícolas do país europeu em um só
lugar, o Mercado de Vinhos. O espaço é
uma das principais atrações do evento —
uma realização do GLOBO e do jornal
português “PÚBLICO”, com patrocínio do
Senac, do Casa Shopping e da Deli Delícia e parceria do Vinhos de Portugal —
que tem ainda provas e harmonizações
conduzidas por críticos e especialistas.
Com 66 produtores, o mercado é a oportunidade conhecer quem faz a bebida. Cada sessão tem duas horas, e o público circula pelo espaço com a chamada taça inteligente, que tem um chip que permite
receber depois, por e-mail, as informações
dos vinhos provados. Os ingressos custam
R$ 110 e ainda há vagas hoje para as
sessões de 11h, 15h e 18h.
Para facilitar o passeio de quem for ao
último dia do evento, hoje, os críticos Pedro Garcias, do “PÚBLICO”, e Luís Lopes,
editor da “Revista de Vinhos”, dão dicas
de produtores que merecem atenção. Segundo Lopes, o carioca pode ir da tradição à inovação. Logo na entrada, estão
medalhões do Alentejo, uma região tradicional para os portugueses, que representa 46% das vendas no mercado lusitano.
Por ali, é possível encontrar marcas como
Adega de Borba, com mais de 50 anos de
história, e Cartuxa, o produtor do Pera
Manca, um dos vinhos mais estrelados de
Portugal, diz Lopes:
— O Alentejo produz vinhos clássicos
e reconhecidos em todo o mundo.
Falando ainda em tradição, o Douro é
hoje a região com maior projeção internacional. Para quem quer ir direto ao
ponto, o estande da Real Companhia
Velha é o mais disputado.
— A região do Douro tem muito além a
oferecer, com uma geração de pequenos
produtores que tem feito um trabalho elegante — diz Lopes, citando Quinta do Pessegueiro e Laura Regueiro, entre outros.
Enófilos. Adriana Calcanhotto e Carlos Reis no espaço Tomar um Copo
Um bate-papo animado
sobre Eça de Queirós
Adriana Calcanhotto
e historiador Carlos
Reis conversam
com o público
Na área de convivência do Vinhos de Portugal no Rio, que tem
entrada gratuita, uma das atrações é o espaço Tomar o Copo,
onde especialistas conversam
com o público e distribuem provas da bebida. Uma das sessões
mais concorridas foi a que teve
como tema a dobradinha vinho e
literatura. A cantora Adriana Calcanhotto, embaixadora da Universidade de Coimbra, e o professor de literatura Carlos Reis,
referência no autor Eça de Queiróz, falaram sobre o escritor e suas preferências no mundo enófilo. Hoje, eles repetem a dose.
— Em seus livros, Eça sempre
retratava momentos em torno
da mesa, delineando as regiões
vinícolas. Por exemplo, num
jantar literário da classe alta em
Lisboa, descreve os vinhos franceses. Já numa mesa de padres,
estavam os vinhos do Porto. Do
regresso de uma viagem, escrevia sobre os vinhos verdes — explicou o professor.
Adriana Calcanhotto ressaltou o papel do escritor português para a cultura enófila.
Variedade. No Mercado de Vinhos, público degusta provas de 66 produtores de Portugal
tem mostrado vinhos elegantes e delicados. A Quinta das Marias, Juliana
Kelman e Júlia Kemper são destacadas
pelos críticos. Para quem prefere vinhos robustos, a Bairrada é a pedida.
— Bairrada é a terra do leitão, então
os vinhos são mais complexos e gastronômicos — explica Garcia.
Provas. Especialistas sugerem harmonizações
Na sequência, estão os celebrados moscatéis da Península de Setúbal, onde Lopes destaca novos produtores de bom custo-benefício, como Quinta do Piloto, Adega de Palmela e Herdade da Comporta.
— Como Setúbal está à beira-mar, a
produção tem frescor e elegância. Vale
ter atenção também com a uva Castelão,
tradicional casta — diz Pedro Garcias.
E o passeio não para por aí. O Dão
No Museu
do Amanhã, a
primeira viagem
VAN GRÁTIS PARA ASSINANTES
O Clube O GLOBO Sou+Rio oferece transporte gratuito até o evento Vinhos de Portugal no Rio, no CasaShopping, na Barra.
Quatro vans fazem o percurso Parque dos
Patins/Casa Shopping/Parque dos Patins.
Para solicitar o transporte, é preciso entrar
no site www.clubeoglobo.com.br e fazer o
resgate do voucher para o horário desejado. As saídas da Lagoa acontecem entre
meio-dia e 20h. Já as partidas da Barra serão feitas entre as 15h e 22h. Quem não
resgatou voucher pode solicitá-lo no local
(sujeito à disponibilidade). Na área de
convivência, assinantes apresentando a
carteirinha do Clube ganham uma bolsa.
Os que não pertencem podem se associar
no momento ou através do site www.clubeoglobo.com.br. l
[email protected]
O
s olhos brilhavam em
meio aos painéis interativos. O som emitido em cada um dos espaços tornava o ambiente ainda mais imersivo.
“Me deu até arrepio”, confessa a pequena Kaylane, de 8 anos, com um
sorriso no rosto, ao lado da mãe, a
secretária Queise Peixoto de Oliveira, que, aos 35 anos, entrou em um
museu pela primeira vez na vida naquela tarde chuvosa de quarta-feira.
Elas passeavam pelo Museu do Amanhã, onde uma pesquisa feita com
839 visitantes entre os dias 16 e 29 de
janeiro revela que 42% das pessoas
entrevistadas não são frequentadoras de museus: 10% relataram que
nunca haviam nem pisado em um, e
outros 32% disseram que a última visita havia sido há mais de um ano.
— Foi um achado muito importan-
500 mil visitantes. A meta para este ano
era alcançar 450 mil. Moradora de Queimados, na Baixada Fluminense, Queise
conta que a distância sempre acabava desestimulando os passeios:
— Moramos tão longe de tudo — lamenta, sem antes relatar suas primeiras impressões da visita. — Foi muito
bom para ampliar nossos conhecimentos e totalmente diferente do que a gente imaginava. Achávamos que só iria ter
coisas antigas e agora estamos vendo
que não é nada disso.
CONHEÇA OS NÚMEROS
A coleta de dados foi realizada entre os dias 16 e 29 de
janeiro de 2016. Foram 839 visitantes entrevistados,
de ambos os sexos, com idade a partir de 12 anos
ONDE MORAM
CAPITAL
41%
FORA DA
CAPITAL
16%
OUTROS
PAÍSES
OUTROS
ESTADOS
CENTRO
ZONA
OESTE
3%
7%
ZONAL SUL
20%
40%
30%
ZONA
NORTE
43%
10%
32%
LER
ARTIGO
59%
94%
O QUE MAIS GOSTOU
FOI DA SESSÃO COSMOS
RELATARAM SER A PRIMEIRA
VISITA A UM MUSEU
DISSERAM QUE HAVIA
MAIS DE UM ANO QUE NÃO
IAM A UM MUSEU
REVELARAM QUE A
VISITA ESTIMULOU A
MUDANÇA DE HÁBITOS
FORAM AO MUSEU
ACOMPANHADOS, SENDO
28% POR NAMORADO/A
SATISFAÇÃO
GERAL
Fonte: Museu do Amanhã/J. Leiva Cultura & Esporte/Instituto Datafolha
ZONA NORTE É CAMPEÃ DE VISITANTES
Os dados mostram ainda de onde vem
a maioria dos visitantes. Na capital, a
abrangência é bem semelhante à distribuição demográfica medida no último
Censo pelo IBGE. De acordo com a pesquisa, a maioria dos frequentadores da
cidade mora nas zonas Norte (43%) e
Oeste (30%). Já da Zona Sul, vieram
20% do entrevistados e, do Centro, 7%.
Responsável pelo engajamento de pú-
ATRAÇÕES DE DOMINGO
Além da sessão com Adriana
Calcanhotto e Carlos Reis, às
12h30m, o espaço Tomar um
Copo deste domingo terá outras
atrações: Vinho do Porto, com
Manuel Carvalho (às 18h30m),
Vinhos de Setúbal, com Alexandra Prado, Henrique Soares e
Luís Lopes (às 11h30m e às
16h30m), Alentejo, com Luís
Lopes (às 15h30m) e Grandes
brancos (às 20h30m). A atividade é gratuita e, para participar, é
só fazer a inscrição no local, 30
minutos antes da sessão. l
NAVE DE DESCOBERTAS
Pesquisa revela que 42% dos visitantes não são frequentadores
de museus, sendo que 10% pisavam em um pela primeira vez
GUILHERME RAMALHO
— Eça tem uma relação profunda com a comida e o vinho.
Não se bebe ao acaso nos livros
dele — avalia a cantora, que é
fã de gastronomia e costuma
cozinhar para os amigos. Após
o bate-papo, ela conversou
com os fãs e posou para fotos.
Atenta, a plateia ainda pôde
fazer perguntas e conversar
com os palestrantes.
— Adorei este encontro, que
além do vinho, trouxe histórias
deliciosas da literatura portuguesa — elogiou a designer
Marília dos Santos.
O estudante Marcelo Vieira
também elogiou a iniciativa.
— Precisamos de mais encontros como esse. Comida é
história e cultura — disse.
NOTA
38%
O QUE O PÚBLICO
MENOS GOSTOU FOI DA
FILA/BILHETERIA
39%
94%
RECOMENDARIAM
O PASSEIO COM
CERTEZA
8,76
(DE 0 A 10 PARA
O MUSEU COMO
UM TODO)
Editoria de Arte
ANTONIO SCORZA
entender quem são nossos visitantes e
como é a experiência deles no museu.
O processo de pesquisa é algo permanente — contou.
Se fosse uma prova de escola, o
Museu do Amanhã também passaria com louvor. Entre 0 e 10, recebeu
a nota 8,76 dos entrevistados. A
principal reclamação, com 39%, foram as longas filas. Já a sessão Cos-
Também pelo Facebook, a atriz
Vera Gimenez puxou a orelha da
colega Sônia Braga pela manifestação
a favor de Dilma na apresentação de
“Aquarius”, em Cannes.
Vera diz que o filme “recebeu
verba da prefeitura petista de
Recife” e conta que, no passado,
chegou a vender um apartamento
para não deixar a produtora do
marido Jece Valadão falir.
Calma, gente!
PORQUE HOJE É SÁBADO...
O Rio Scenarium promove hoje, a partir das
...a coluna volta a se render aos encantos da Natureza. O passarinho aí da foto é
um saíra-beija-flor (Cyanerpes cyaneus) que vive nos galhos e ares do Parque
Estadual da Costa do Sol, criado, em 2011, pelo então secretário Carlos Minc,
abrangendo matas e praias de seis municípios da Região dos Lagos fluminense.
Um dos fatores que motivaram a criação do parque foi a necessidade de livrar os
remanescentes fragmentos de restinga, mangue, lagoas e lagunas da mira da
especulação imobiliária e até da favelização. Que Deus proteja esse azulzinho
de asas e o nosso verde, e que não nos desampare jamais. Amém l
parceria com a Life Change Project, ação
solidária no Lixão de Gramacho.
A Sociedade Brasileira de Uísque festeja hoje
28 anos em jantar no novo Copa Praia Hotel.
Segunda-feira
23 .5.2016
A Cultura Inglesa,
em parceria
com o T.T.
Burguer, ensina inglês fora da sala de aula.
O Museu do Amanhã recebe hoje, às 14h,
Gringo Cardia e Henrique Lins de Barros.
‘HAJA
CORAÇÃO’
PARA ELA
Na Barra,
mas com
o ‘terroir’
da Terrinha
Cobertura
Editorial
O GLOBO
Várias matérias sobre
diferentes ângulos
do evento foram
realizadas pelos
repórteres do Globo.
[email protected]
Taças, rolhas, borbulhas e o sotaque lusitano tomam conta
da Barra até domingo. Com a
abertura da terceira edição do
Vinhos de Portugal no Rio, ontem, no CasaShopping, os cariocas mostraram mais uma vez
o seu interesse pela bebida,
conversando com os 66 produtores a postos no Mercado de
Vinhos e, claro, provando o
melhor das safras portuguesas.
Além de brindar, os dois mil visitantes aproveitaram o clima
descontraído dos cursos com
especialistas e degustaram comidinhas na área de convivência. O evento é uma realização
do GLOBO e do jornal português “PÚBLICO”, com patrocínio do Senac, do Casa Shopping e da Deli Delícia e parceria do Vinhos de Portugal.
Pelos corredores do Mercado, era possível conversar com
grandes nomes da produção
portuguesa, como Anselmo
Mendes, Domingos Alves de
Sousa e Miguel Remédios. Até
mesmo o único Master of Wine
brasileiro, Dirceu Vianna Júnior, circulava pela área e tirava
dúvidas de curiosos.
— O evento é muito interes-
empresa F. Queiroz. Horas depois, ao
conferir o DashCam, dispositivo que
grava imagens do carro em movimento e
registra a velocidade, descobriu que o
manobrista deu um “rolezinho” antes de
estacionar o carro... sobre uma calçada.
Segue...
l Rio l
O GLOBO
l 11
O sujeito ainda subiu e desceu um
trecho da Grajaú-Jacarepaguá, onde
pisou fundo para testar o motor.
RAMON VASCONCELOS/TV GLOBO
FIM DE UMA TRADIÇÃO
GABRIEL DE PAIVA
FOTOS DE SIBLILA LIND/PÚBLICO
PODEROSAS
Depois de brilhar
em “Verdades
secretas”, a bela
atriz Agatha Moreira
dará vida à fotógrafa
de moda Camila
Varela em “Haja
coração”, a novela
que substitui
“Totalmente
demais”, a partir
de segunda,
dia 30. Fotografa
eu, Camila
Elas têm
a força
Enólogas assumem
quintas e marcam
presença no evento
S
e no mundo todo está em
voga falar em empoderamento feminino, no universo vinícola não é diferente. Já foi o tempo em que as
mulheres ficavam apenas nos bastidores da produção de vinhos.
Jornalista
de o número
Hoje, eé consultora
cada vez maior
Nova frota. Os veículos elétricos, normalmente usados em campos de golfe, trafegam pela primeira vez na orla de Paquetá: cavalos estão proibidos
moda,
sempre elegante
deaenólogas
à frente de quintas de
Mariaprestígio,
Prata, mulher
do marcam pree algumas
coleguinha
Pedro
Bial, lista
sença no
Mercado
de Vinhos.
alguns—
dosPara
aplicativos
provardeo vinho, temos
beleza
disponíveis
para identificando
mais
sensibilidade
no programa
aromas
e notas — acredita a enóMercados de Vinhos. Apreciadores puderam conversar com 66 produtores: cada sessão tem duas horas celulares
“Mundo
do canal
logaS/A”,
Joana
Vida,dena quarta geranotícias
Globonews,
vai da VenânU
ção da família àque
frente
ao arcio
hoje,
23h Lima, em Setúbal.
daàs
Costa
Agenda de hoje
Apostando em suas habilidatransporte de visitantes foram tinha que ver no verão! Às ve- da útil de até dez anos. InforMARCIA FOLETTO/27-11-2015
des, a ex-tenista
Sofia Brito e CuU
RENAN ALMEIDA
retirados pela prefeitura na últi- zes, eu observava os animais mou ainda que o veículo é
nha deixou as quadras para inMercado de Vinhos
[email protected]
ma quinta-feira. Deixaram sau- andando com feridas abertas, garantido por três anos.
Ponto
vestir na Quinta de São José, no
Sábado, há ingressos apenas
dade em alguns moradores, co- escorrendo sangue.
Ao todo, 17 carros elétriFinal
Douro. Desde 2011, ela comanda
para a sessão das 11h às 13h.
m dos principais mo Wilson Alves, de 79 anos:
A mudança deixou a ilha di- cos foram doados pela prea produção de dez hectares e parDomingo, há para os seguintes
símbolos de Pa— É muito triste. O bairro vidida. As sucessivas queixas feitura à antiga cooperativa
ticipa de feiras pelo mundo. No
horários: das 11h às 13h; das
quetá, as charre- ainda tem coisas boas, mas as contra as condições das co- de charreteiros da ilha ao
Mercado de Vinhos, faz questão
15h às 17h e das 18h às 20h.
tes, que circula- tradições estão se perdendo. cheiras e os maus-tratos aos custo de R$ 1,048 milhão —
de servir os visitantes um a um,
Ingresso: R$ 110.
vam pelo bairro desde o sé- Hoje acabou mais uma — dis- animais foram responsáveis cerca de R$ 61 mil, cada. Os
como se estivessem na sua adega.
culo XIX, foram substituídas se. — Em vez de gastar R$ 1 mi- pelo fim do uso de charretes — veículos têm capacidade
A mulher
tem um papel imAula comCunha,
vaga hojequando saiu a lista dos —
Eduardo
políticos
envolvidos
na manhã de ontem por car- lhão com os carros, por que proibidas por lei sancionada para carregar cinco passa“Grandes
vinhos
de Setúbal”,
mundo
do vinho porna
Lava Jato,
reclamou
da ausência deportante
Delcídio no
Amaral.
Disso
geiros e podem trafegar a
rinhos elétricos. Os 17 veícu- não cuidar dos animais e de na última quinta-feira.
com
Luís Lopes,
daseu
“Revista
sempre
esteve
em torno das
ele
entende.
Agora
alvo é Renan. Jáque
imaginou
uma
delação
los deixaram a sede da admi- outros problemas da ilha, coMas há quem critique tam- uma velocidade máxima
de Vinhos”.
21h
quintas,
participando
completa
doSábado,
Cunha?das
Seria
bom demais.
Iria espalhar
mais das colheinistração regional da ilha sob mo as ruas esburacadas?
bém o custo de manutenção de 19km/h. O valor da coràs 22h.
R$ 110.
tasSamarco.
e de todo
processo.
lama
do que
a explosão da barragem da
Oopaís
teria a Ela semgrande agitação: de um lado
Aborrecida por ver os cava- dos veículos, argumentando rida varia de R$ 15 (até três
pre esteve
envolvida
Master of Wine. Dirceu Viana Júnior tirou dúvidas dos visitantes
chance de conhecer, talvez, o mais completo
documento
dasnos negócida rua, um grupo vaiou e le- los estressados e com sinais de que o preço alto das baterias — pessoas) a R$ 25 (cinco
os. É do
natural
— político
acredita Sofia. vantou faixas de repúdio ao maus-tratos, a também mora- cerca de R$ 6 mil, cada — po- pessoas). Já o passeio comtenebrosas
transações que envolvem parte
mundo
Tomar um Copo
e Atividade
empresarial.
Vamos
torcer,
novo meio de transporte; do dora Julia Menezes, de 34 anos, deria inviabilizar o negócio.
pleto pelos pontos turístiVeterana no assunto, Laura Regratuita
na área
de vamos rezar.
pessoas aplaudiam e comemorou a troca:
A prefeitura confirmou o valor, cos de Paquetá, com todos
gueiro comanda há 20 anosoutro,
a
convivência, com inscrição 30
comemoravam a mudança.
— Os cavalos sofriam carre- mas afirmou que as baterias têm os assentos ocupados, cusQuinta da Casa Amarela, no Douminutos
de cada sessão.
e-mail:antes
[email protected]
Fotos:do
[email protected]
ro, cujo rótulo Casa AmarelaOs 31 cavalos que faziam o gando gente o dia inteiro. Você cinco anos de garantia e uma vi- ta R$ 100. l
“Vinho
Porto”, com Manuel
Grande Reserva 2011 (Tinto) foi
Carvalho: às 20h30m.
apontado como dos 50 melhores
“Eça de Queirós”, com Adriana
vinhos de Portugal.
Calcanhotto e Carlos Reis:
— Estamos orgulhosos de nosàs 12h30m e às 18h30m.
sos vinhos ganharem cada vez
FOTOS DE CAMILLE GARZON
“Dão”, com Alexandra Prado
mais expressividade. Prova de
Coelho e Rui Falcão: às
que mulher dá conta do recado.
15h30m.
Cláudia Cudel, da Quinta do
“Alentejo”, com Luís Lopes:
Cume, Carla Côrrea, da Quinta
às 16h30m.
do Val Passos e Juliana Kelmen
“Grandes tintos”, com Pedro
engrossam a lista de enólogas
Garcias: às 17h30m.
que particiam do evento. l
“Vinhos de Setúbal”, com o
TV GLOBO
Vinhos de Portugal no Rio reúne
apreciadores da bebida em torno
de aulas e rótulos no CasaShopping
RENATA MONTI
17h, o Tour Lavradio Imperial.
Bisi Teen fará desfile amanhã no Lagoon.
Doar Não Cansa promoverá amanhã, em
BELEZA
PELO CELULAR
Modernidade na ilha
sante porque reúne todos os
estilos e regiões portuguesas.
O que mais me comove é a presença dos produtores, que
mostram respeito com o consumidor ao virem de Portugal
— elogiou Dirceu, que no fim
da noite conduziu a prova “Vinhos refrescantes para o Rio”.
Quem não conhecia o evento
se surpreendeu com a programação variada, que inclui atividades gratuitas nos espaço
Senac e Tomar um Copo.
— Estávamos muito focados
em vinhos chilenos, franceses e
italianos, e adorei os portugueses — elogiou o arquiteto Ricardo Arruda, que veio pela primeira vez ao Vinhos de Portugal.
Os fãs do evento também
marcaram presença nas provas
com jornalistas do “PÚBLICO”
e GLOBO. O português Pedro
Garcias falou de grandes tintos
e brancos. Já o colunista do
GLOBO Pedro Mello e Souza
abordou os vinhos brancos do
século XXI.
— Participo desde a primeira
edição. E sempre é bom aprender com quem sabe do assunto
— comemorou o engenheiro
Marcelo dos Santos, que fez
uma prova de Portos Clássicos
com Manuel Carvalho, do
“PÚBLICO”. l
A chegada de carrinhos elétricos para substituir as antigas charretes divide opiniões em Paquetá
U
LER
ARTIGO
Aulas. Pedro Garcias falou sobre grandes tintos e brancos
Um fim de semana
movido a brindes
e descontração
Master of Wine Dirceu Vianna
Júnior: às 21h30m.
Oito mil pessoas
participam do
Vinhos de Portugal
no Rio, na Barra
RENATA MONTI
[email protected]
LER
ARTIGO
Comer, beber
e aprender
nas aulas de
harmonização
O brinde com terroir português atraiu oito mil pessoas
nos três dias do Vinhos de Portugal no Rio, pela primeira vez
no CasaShopping, na Barra.
Além de provar direto da fonte,
com 66 produtores no espaço
Mercado, os cariocas mostraram que são bons de copo em
provas, harmonizações e cursos dentro da programação do
evento — uma realização do
GLOBO e do jornal português
“PÚBLICO”, com patrocínio do
Senac, do CasaShopping e da
Deli Delícia e parceria do Vinhos de Portugal.
— Estamos satisfeitos com o
resultado, por termos levado para a Barra uma nova alternativa
de entretenimento e, para os vinhos de Portugal, uma nova
oportunidade de mercado —
avaliou Sérgio Abdon, gerente de
projetos especiais do GLOBO.
Para Simone Duarte, do “PÚBLICO”, a terceira edição do Vinhos de Portugal no Rio representou a consolidação de um
modelo que dá certo:
— Esse sucesso é a comprovação de que o evento já é parte da agenda carioca. Em 2017,
faz todo o sentido manter uma
edição no Rio e expandir, junto
com o GLOBO, para São Paulo.
Nos intervalos entre aulas e
provas, os visitantes curtiram a
área de convivência, onde estavam o estande da Deli Delícia, com vinhos e cardápio lusitano, o Espaço Senac, com
aulas da sommelière Deise No-
vakoski e de chefs estrelados,
além do Tomar um Copo, também com atividades gratuitas.
— É uma proposta simpática
para a Barra, uma alternativa para quem quer pesquisar, aprender ou simplesmente se divertir
— elogiou o empresário André
Gonçalves, que mora no Recreio.
O cheiro das fornadas de torta de bacalhau e pastéis de nata da Deli Delícia atraíram
quem estava na área. Os quitutes foram um dos mais pedidos
durante os dias de evento,
além das tábuas de queijos e
frios para compartilhar.
— Somos apreciadores da bebida e amigos há anos. Aproveitamos para fazer um encontro,
tomar bons vinhos e aprender
sobre os brancos — disse o dentista Roberto Prado, que depois
de uma aula sentou-se num
mesão com os amigos que vieram de Niterói e do Leblon.
DEGUSTAÇÕES GRATUITAS
Concorrido também estava o
Espaço Senac, que recebeu
chefs como Teresa Corção,
Frédéric Monnier, Christophe
Lidy e Silvana Bianchi, ao lado
da sommelière Deise Novakoski. Em cada sessão gratuita, o público podia provar
vinhos com receitas elaboradas na cozinha montada ali
mesmo. Os alunos do curso de
sommellier tiravam dúvidas.
— O importante é provocar
gostos e sensações diferentes.
Ensinar harmonizar comida e
bebida e ir um pouco além —
disse Deise.
A disputa era grande também
para o Espaço Tomar um Copo,
com degustações gratuitas e um
bate-papo informal. Ontem,
Adriana Calcanhotto repetiu a
dose ao lado do professor de literatura Carlos Reis. Outro que
marcou presença na área de
Críticos portugueses
ensinam a combinar
queijos e vinhos
Social. Área de convivência do CasaShopping virou ponto de encontro de amigos em intervalos de aulas ou mercado
Mestres. A sommelière Deise Novakoski e a chef Teresa Corção comandam uma aula gratuita no Espaço Senac
Compras. No quiosque da Deli Delícia, uma grande variedade de rótulos
convivência foi o ator português
Paulo Rocha, embaixador dos
vinhos de Setúbal.
— Os vinhos têm uma relação muito próxima com minha
essência. O evento está ótimo
— elogiou.
Teve ainda quem preferiu
comprar sua garrafa de vinho
na Deli Delícia e seguir para os
restaurantes do CasaShopping, que não cobraram taxa
de rolha durante o evento.
— Gostei muito dessa ideia, é
um atrativo para quem gosta de
comer e beber bem — elogiou o
engenheiro Marcelo Souza. l
Entre as concorridas aulas e provas oferecidas no Vinhos de Portugal no Rio, uma novidade agradou aos cariocas: a de harmonização de queijos e vinhos, conduzida pelos jornalistas do “PÚBLICO” Alexandra Prado Coelho
e Manuel Carvalho. Ao chegar,
todos os participantes recebiam
taças com bebidas e seis queijos:
o mineiro da Serra da Canastra,
quatro queijos portugueses e um
italiano.
No bate-papo, a dupla deu as
dicas para quem quer harmonizar em casa, sem complicação.
— Em geral, os queijos menos intensos, como os maturados de leite de vaca e cabra,
combinam com vinhos mais
leves, de uvas com teor refrescante, como Arinto e Encruzado. Já os queijos mais fortes,
como o gorgonzola, caem muito bem com vinhos robustos,
como o Porto, além das uvas
Touriga Nacional e os Moscatéis Roxos e de Setúbal — explicou Carvalho.
Mesmo partindo deste pressuposto, a dupla quis mostrar que
tudo depende do que se tem à
mesa. E surpreendeu os participantes colocando o vinho branco no meio da degustação.
— Escolhemos um branco,
Quinta do Cume Reserva
(2014), para acompanhar o
queijo de cabra maturado com
pimenta do reino. Assim, o sabor da especiaria não é anulado — ensinou Manuel.
O Serra da Canastra foi servido com o Arrepiado Collection
(2012). Os dois também conduziram, no sábado, uma aula
de harmonização de vinhos
com doces portugueses. l
Cobertura
Editorial
LER
ARTIGO
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ARTIGO
O GLOBO
Várias matérias sobre
diferentes ângulos
do evento foram
realizadas pelos
repórteres do Globo.
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