LP Recomendações 2Sem 2013 - Diretoria de Ensino

Transcrição

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AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM EM PROCESSO
COMENTÁRIOS E
RECOMENDAÇÕES
PEDAGÓGICAS
Subsídios para o
Professor de Língua Portuguesa
7º Ano do Ensino Fundamental
Prova de Língua Portuguesa
São Paulo
2° Semestre de 2013
5ª Edição
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Avaliação da Aprendizagem em Processo
APRESENTAÇÃO
A Avaliação da Aprendizagem em Processo é uma ação desenvolvida de modo
colaborativo entre a Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação
Educacional (CIMA) e a Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB), com
a contribuição de um grupo de Professores Coordenadores do Núcleo Pedagógico (PCNP) de diferentes Diretorias de Ensino.
Iniciada no segundo semestre de 2011, a aplicação foi voltada para o 6° ano do
Ensino Fundamental e a 1ª série do Ensino Médio. No primeiro e segundo semestres de 2012, as provas abrangeram os 6° e 7° anos do EF e as 1ª e 2ª séries do EM.
Em 2013, envolve todos os anos finais do Ensino Fundamental e todas as séries
do Ensino Médio.
Essa ação, fundamentada no Currículo Oficial da SEE, dialoga com as habilidades contidas nas Matrizes de Referência para a Avaliação (SARESP, SAEB, ENEM)
e tem sido bem avaliada pelos educadores da rede estadual paulista. Propõe o
acompanhamento da aprendizagem das turmas e do aluno de forma individualizada, por meio de um instrumento de caráter diagnóstico. Objetiva apoiar e
subsidiar os professores de Língua Portuguesa e de Matemática, que atuam nos
Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio da Rede Estadual de São
Paulo, na elaboração de estratégias para reverter desempenhos insatisfatórios,
inclusive em processos de recuperação.
Além da formulação dos instrumentos de avaliação – na forma de cadernos de
provas para os alunos , também foram elaborados documentos específicos de
orientação para os professores – Comentários e Recomendações Pedagógicas –
contendo o quadro de habilidades, gabaritos, itens, interpretação pedagógica
das alternativas, sugestões de atividades subsequentes às análises dos resultados e orientação para aplicação e correção das Produções Textuais. Espera-se
que, agregados aos registros que o professor já possui, sejam instrumentos para
a definição de pautas individuais e coletivas que, organizadas em um plano de
ação, mobilizem procedimentos, atitudes e conceitos necessários para as atividades de sala de aula, sobretudo, aquelas relacionadas aos processos de recuperação da aprendizagem.
Coordenadoria de
Informação, Monitoramento
e Avaliação Educacional
2 Coordenadoria de Gestão
da Educação Básica
Comentários e Recomendações Pedagógicas / Avaliação de Língua Portuguesa – 7º ano do Ensino Fundamental
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Avaliação da Aprendizagem em Processo - Língua Portuguesa
A Avaliação da Aprendizagem em Processo de Língua Portuguesa, em sua 5ª edição, apresenta quinze questões objetivas compostas por quatro alternativas e
prova de produção textual para os quatro anos finais do Ensino Fundamental e
para as três séries do Ensino Médio.
Para a seleção/elaboração das provas objetivas, foram considerados conteúdos e habilidades pautados no Currículo Oficial do Estado de São Paulo, Caderno do Professor:
Língua Portuguesa, Matriz de Referência para a Avaliação - SARESP, Prova Brasil, ENEM.
Quanto às produções escritas, os gêneros textuais abaixo elencados, conforme
série/ ano, obedecem ao que está previsto no Currículo do Estado de São Paulo
e, consequentemente, às Situações de Aprendizagem presentes nos Cadernos
do Professor e do Aluno e a temas propostos pelo SARESP e ENEM.
- 6º ano do Ensino Fundamental: conto;
- 7º ano do Ensino Fundamental: notícia;
- 8º ano do Ensino Fundamental: narrativa de aventura;
- 9º ano do Ensino Fundamental: artigo de opinião;
- 1ª série do Ensino Médio: artigo de opinião;
- 2ª série do Ensino Médio: artigo de opinião;
- 3ª série do Ensino Médio: artigo de opinião.
Com o intuito de apoiar o trabalho do professor em sala de aula e também de
subsidiar a elaboração do plano de ação para os processos de recuperação, são
colocados à disposição da escola, materiais com orientações para leitura e reflexão sobre as provas de Língua Portuguesa. Esses materiais contêm as matrizes
de referência elaboradas para essa ação, as questões comentadas, a habilidade
ou o descritor em cada um dos itens, as recomendações pedagógicas, as indicações de outros materiais impressos ou disponíveis na internet e as referências
bibliográficas.
Em relação à composição da prova, foram elaborados itens inéditos e outros
adaptados/retirados de avaliações externas (SARESP, ENEM, Prova Brasil).
Lembramos que, em se tratando de avaliação, a cada aplicação, os itens são testados e avaliados, inclusive, pelos professores da rede. Alguns desses itens, certamente, precisam ser modificados e, por vezes, substituídos, de forma a garantir a
eficácia da proposta para próximas edições.
Equipe de Língua Portuguesa
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MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE
Língua Portuguesa
7º Ano - ENSINO Fundamental
Nº do
Habilidades - 8º ano
item
Habilidade e Grupo –
Matrizes do SARESP
Identificar o sentido conotado de um vocábulo ou
01
expressão utilizados em segmentos de um texto
literário selecionando aquele que pode substituí-
H24 – GI (6ª Série/ 7º Ano)
-lo por sinonímia no contexto em que se insere.
02
Organizar os episódios principais de uma narra-
H35 – GII (6ª Série/ 7º
tiva literária em sequência lógica.
Ano)
Identificar formas de apropriação textual, como
03
paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou
indireto livre.
Identificar recursos verbais e não verbais utilizados em um texto com a finalidade de criar e mudar
04
comportamentos e hábitos
ou de gerar uma
mensagem de cunho político, cultural, social ou
ambiental.
05
Inferir tema ou assunto principal de um texto, com
H09 – GIII (6ª Série/ 7º
base em sua compreensão global.
Ano)
Identificar os interlocutores prováveis de um texto,
06
considerando o uso de expressão coloquial, jargão,
gíria ou falar regional.
H03 – GI (6ª Série/ 7º
Ano)
Identificar, em um texto, marcas relativas à variação
07
linguística, no que diz respeito às diferenças entre
a linguagem oral e a escrita do ponto de vista do
léxico, da morfologia ou da sintaxe
08
Inferir informação pressuposta ou subentendida
com base na compreensão global do texto.
Ano)
Estabelecer relações entre segmentos de um
09
texto, identificando o antecedente de um pronome oblíquo.
Distinguir um fato da opinião explícita enunciada
10
em relação a esse mesmo fato, em segmentos descontínuos de um texto.
4 H12 – GII (6ª Série/ 7º
Ano)
Ano)
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Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas
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por conjunções ou advérbios, identificando um
exemplo do texto que possa ilustrar essa relação.
Inferir o efeito de humor produzido em um texto
12
pelo uso intencional de palavras, expressões ou
imagens ambíguas.
Ano)
ano)
Identificar em um texto o efeito de sentido pro13
duzido pelo uso de determinadas categorias gramaticais (gênero, número, casos, aspectos, modo,
voz, etc.).
14
Identificar o provável público-alvo de um texto, sua
finalidade e seu assunto principal.
Identificar recursos semânticos expressivos (antí15
tese, personificação, metáfora, metonímia) em
segmentos de um poema, a partir de uma dada
definição.
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Gabarito de Prova
QUESTÕES
A
B
C
1
X
2
3
X
X
4
X
5
X
6
X
7
X
8
X
9
X
10
X
11
12
X
X
13
X
14
15
6 D
X
X
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Habilidade:
Identificar o sentido conotado de um vocábulo ou expressão utilizados em segmentos de um
texto literário selecionando aquele que pode substituí-lo por sinonímia no contexto em que se
insere. (H24 – GI)
Leia o poema e responda à questão 1.
Os sons do mundo
Elias José
Mais do que os gritos
e os gemidos de desespero
das bandas de rock,
ferem meus ouvidos
os mínimos ruídos da casa.
Quando a casa toda dorme,
o mundo inteiro dorme,
os ruídos surgem e crescem
e violentam minha insônia.
É um pingo d’água no banheiro,
Um móvel que estrala,
o tique-taque incessante do despertador,
os roncos que vêm dos quartos,
o vento que bate nas vidraças
e o cochicho de bisavós e avós
que sai dos amarelados retratos.
JOSÉ, Elias. Cantigas de adolescer. São Paulo: Atual, 2002.
Questão 1
O verso destacado no poema pode ser substituído, sem perder o sentido, por
A) e aumentam minha insônia.
B) e intensificam minha insônia.
C) e despertam minha insônia.
D) e agridem minha insônia.
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Comentários e recomendações pedagógicas
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno identifica o sentido conotado da
expressão utilizada no verso de um poema. Para chegar à resposta, é necessário reconhecer o sentido do vocábulo presente nas alternativas. A palavra,
agredir substitui o termo violentar, por uma relação sinonímica1. Assim a resposta adequada é a alternativa D: “ e agridem minha insônia.”
Para a leitura sistematizada, amparada pelo professor, o aluno poderá fazer uso
do dicionário, com a finalidade de auxiliar na compreensão e na apropriação
dos significados dos vocábulos. Nesse processo, é importante orientar os alunos para que observem a enumeração dos vários vocábulos dos verbetes e as
muitas possibilidades de substituição de palavras por outras de significação
equivalente.
Lembramos, entretanto, que a prática acima descrita é uma estratégia pedagógica e modifica o caráter primeiro da leitura de um poema: a fruição estética.
Sabe-se que o texto de valor literário tem características próprias, baseadas em
convenções discursivas que estabelecem modos e procedimentos de leitura
bastante particulares. Esses modos próprios de ler têm o objetivo básico de
permitir ao leitor apreender e apreciar o que há de singular num texto poético.
Sinonímia: Relação de sentido entre dois vocábulos que têm significação própria.
Disponível em: <http://alturl.com/g37nn>. Acesso em: 21 de março de 2013.
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Habilidade:
Organizar os episódios principais de uma narrativa literária em sequência lógica. (H35 – GII)
Leia o texto e responda à questão 2.
Tarde de sábado
Cecília Meireles
A tardezinha de sábado, um pouco cinzenta, um pouco fria, parece não possuir nada de muito particular para ninguém. Os automóveis deslizam; as pessoas entram e saem dos cinemas; os namorados conversam por aqui e por ali;
os bares funcionam ativamente, numa fabulosa produção de sanduíches e
cachorros-quentes. Apesar da fresquidão, as mocinhas trazem nos pés sandálias
douradas, enquanto agasalham a cabeça em echarpes de muitas voltas. Tudo
isso é rotina. Há um certo ar de monotonia por toda parte. O bondinho do Pão
de Açúcar lá vai cumprindo o seu destino turístico, e moços bem falantes explicam, de lápis na mão, em seus escritórios coloridos e envidraçados, apartamentos que vão ser construídos em poucos meses, com tantos andares, vista para
todos os lados, vestíbulos de mármore, tanto de entrada, mais tantas prestações,
sem reajustamento — o melhor emprego de capital jamais oferecido!
Em alguma ruazinha simpática, com árvores e sossego, ainda há crianças deslumbradas2 a comerem aquele algodão de açúcar que de repente coloca na paisagem carioca uma pincelada oriental. E há os avós de olhos filosóficos, a conduzirem pela mão a netinha que ensaia os primeiros passeios, como uma bailarina
principiante a equilibrar-se nas pontas dos sapatinhos brancos.
Andam barquinhos pela baía, com um raio de sol a brilhar nas velas; há uns pescadores carregados de linhas, samburás3, caniços4, muito compenetrados da sua
perícia; há famílias inteiras que não se sabe de onde vêm nem se pode imaginar
para onde vão, e que ocupam muito lugar na calçada, com a boca cheia de coisas
que devem ser balas, caramelos, pipocas, que passam de uma bochecha para a
outra e lhes devem causar uma delícia infinita.
Depois aparecem muitas pessoas bem vestidas, cavalheiros com sapatos
reluzentes, senhoras com roupas de renda e chapéus imensos que a brisa da
tarde procura docemente arrebatar. Há risos, pulseiras que brilham, anéis que
2
Que fica ou ficou fascinado ou maravilhado por algo; EMBEVECIDO; ENCANTADO.
Cesto de cipó ou de taquara de bojo largo e boca estreita, usado pelos pescadores para guardar iscas,
apetrechos de pesca e o que foi pescado.
3
Cana fina e comprida, usada para pescar (tendo para isso uma linha à qual se prende um anzol); vara de
pescar.
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faíscam, muita alegria: pois não há mesmo nada mais divertido que uma pessoa
toda coberta de sedas, plumas e flores, a lutar com o vento maroto, irreverente
e pagão5.
E depois são as belas igrejas acesas, todas ornamentadas, atapetadas, como jardins brancos de grandes ramos floridos.
Por uma rua transversal, está chegando um carro. E dentro dele vem a noiva, que
não se pode ver, pois está coberta de cascatas de véus, como se viajasse dentro
da Via láctea. Todos param e olham, inutilmente. Ela é a misteriosa dona dessa tardezinha de sábado, que parecia simples, apenas um pouco cinzenta, um pouco
fria. E a moça que vem, com a alma cheia de interrogações, para transformar
seus dias de menina e adolescente, despreocupados e livres, em dias compactos
de deveres e responsabilidades. É uma transição de tempos, de mundos. Mas os
convidados a esperam felizes, e ela não terá que pensar nisso. Ela mal se lembra
que é sábado, que é o dia de seu casamento, que há padrinhos e convidados. E
quando a cerimônia chegar ao apogeu6, talvez nem se lembre de quem é: separada dos acontecimentos da terra, subitamente incorporada ao giro do Universo.
Disponível em: <http://alturl.com/u4ah2>. Acesso em: 04 de março de 2013.
Questão 2
Escolha a alternativa que apresenta os fatos da história na sequência em que
ocorrem:
A) A noiva chegando em um carro. O bondinho do Pão de Açúcar vai e vem.
Tarde de sábado cinzenta. Andam barquinhos pela baía. Cavalheiros com sapatos reluzentes e senhoras com roupas de renda.
B) Cavalheiros com sapatos reluzentes e senhoras com roupas de renda. O bondinho do Pão de Açúcar vai e vem. Tarde de sábado cinzenta. A noiva chegando
em um carro. Andam barquinhos pela baía.
C) Tarde de sábado cinzenta. O bondinho do Pão de Açúcar vai e vem.
Andam barquinhos pela baía. Cavalheiros com sapatos reluzentes e senhoras com roupas de renda. A noiva chegando em um carro.
D) Tarde de sábado cinzenta. O bondinho do Pão de Açúcar vai e vem. A noiva
chegando em um carro. Cavalheiros com sapatos reluzentes e senhoras com roupas de renda. Andam barquinhos pela baía.
10 5
Diz-se de quem não foi batizado. Referência a ou próprio de pagão (mito pagão, sacrifício pagão).
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O ponto ou o grau mais elevado; ÁPICE; AUGE.
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O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno organiza, em sequência, os principais episódios de uma narrativa literária, no caso uma crônica. O enunciado
solicita que o aluno assinale a alternativa que apresenta os fatos principais da
história na sequência em que ocorreram. A resposta correta, portanto, é a alternativa C: “Tarde de sábado cinzenta. O bondinho do Pão de Açúcar vai
e vem. Andam barquinhos pela baía. Cavalheiros com sapatos reluzentes e senhoras com roupas de renda. A noiva chegando em um carro.” As
demais alternativas são fatos que estão no texto, mas não na ordem em que
são narrados; assim, mesmo fazendo a leitura da crônica, o aluno precisa retomar os fatos numa reconstrução narrativa sequencial.
Para que o aluno desenvolva essa habilidade, é importante que a progressão
narrativa seja explorada nesse e em outros textos, separando os fatos principais e enumerando-os em sequência lógica de acontecimentos. A princípio,
podem ser feitas marcações diretas no texto, a partir da ação das personagens.
Na resposta que envolve o texto “Tarde de sábado”, percebe-se que a sequência lógica, em que se apresentam os elementos mencionados, caminham
como que preparando a cena final, que delimita o desfecho da narrativa: o
aparecimento da noiva “a misteriosa dona dessa tardezinha de sábado” que
rompe a casualidade dos acontecimentos da tarde de sábado “que parecia simples apenas um pouco cinzenta, um pouco fria.”
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Habilidade:
Identificar formas de apropriação textual, como paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou
indireto livre. (H18 – GI)
Leia a tirinha do camundongo Níquel Náusea e de seu amigo, a barata Flit,
para responder à questão 3.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/niquel/seletas.shtml>. Acesso em: 04 de março de 2013.
Questão 3
Os balões da tirinha representam
A) as falas dos personagens.
B) o pensamento dos personagens.
C) o pensamento da barata Flit.
D) o pensamento do menino.
O objetivo desse item é avaliar se o aluno identifica o recurso empregado para
retratar as falas das personagens, conforme solicita o enunciado da questão.
A opção pela alternativa A sugere o reconhecimento da funcionalidade gráfica
do balão e da utilização do discurso direto em textos em quadrinhos. Fábulas,
contos, lendas, narrativas (de aventuras, de ficção científica, de enigma), além
dos quadrinhos, por exemplo, constituem bons instrumentos para o estudo da
posição discursiva das personagens.
Uma atividade simples, mas não menos importante, é relembrar a função dos
balões (da fala, do cochicho, do pensamento, do grito e outros) como recurso
linguístico-textual.
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Habilidade:
Identificar recursos verbais e não verbais utilizados em um texto com a finalidade de criar e
mudar comportamentos e hábitos ou de gerar uma mensagem de cunho político, cultural,
social ou ambiental. (H17 – GI)
Observe o cartaz e responda à questão 4.
Disponível em: <http://www.topmed.com.br/wp-content/uploads/downloads/2011/08/Cartaz-tabagismo.jpg.>. Acesso em: 06 de março de 2013.
Questão 4
De acordo com o cartaz, a qualidade de vida
A) está diretamente relacionada com a prática de atividade física.
B) é igual para fumantes e não fumantes.
C) está diretamente relacionada a viver ao ar livre.
D) é menor para o fumante do que para o não fumante.
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O objetivo dessa questão é avaliar a compreensão da mensagem do cartaz,
por meio dos recursos verbais e não verbais presentes no texto. Para responder
corretamente à questão, o aluno precisa ler a imagem, associando-a ao texto
verbal, que tem por finalidade associar a ideia de saúde à abstenção do tabagismo. A resposta correta encontra-se na alternativa D: “a qualidade de vida
do fumante é menor que a do não fumante”. O aluno, que respondeu corretamente, relacionou o recurso não verbal expresso pela imagem de jovens
brincando na praia, demonstrando a ideia implícita de saúde, ao slogan “Viver
bem é viver com saúde fique longe do cigarro”.
Para explorar a habilidade, o professor pode selecionar textos que se identifiquem com o gênero em questão. A escolha de cartazes e anúncios publicitários de ampla divulgação social pode favorecer a reconstrução de sentidos de
textos que envolvam o uso de recursos verbais e não verbais.
O trabalho com esse gênero textual também pode ser desenvolvido na disciplina de Ciências, em que existe a possibilidade de se discutir os temas das
campanhas sobre saúde.
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Habilidade:
Inferir tema ou assunto principal de um texto, com base em sua compreensão global. (H09
– GIII)
REFÚGIOS DE PREDADORES
Apesar da extrema redução das áreas de vegetação nativa no cerrado paulista,
devido ao desmatamento e à expansão do cultivo agrícola, os animais selvagens
estão encontrando meios de sobreviver. Estudo realizado por pesquisadores da
Universidade de São Paulo (USP) mostra que espécies carnívoras se refugiam
nas florestas de eucaliptos, tão comuns no estado como os canaviais. Durante
a pesquisa foram encontrados dez animais carnívoros ameaçados de extinção,
como o puma (Puma concolor) e o lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), apesar
da degradação ambiental na região.
De acordo com os biólogos autores do estudo, a sobrevivência dos animais na
região depende de inúmeros fatores, como a presença de vestígios da vegetação
nativa e de animais em posição inferior na cadeia alimentar.
Mas eles ressaltam que a plantação de eucaliptos não é a solução para reverter o
risco de extinção dos animais carnívoros. “Os ambientes naturais possuem diversidade e complexidade que não podem ser alcançadas em uma monocultura
como o eucalipto”, esclarecem. “É preciso orientar os agricultores para que pratiquem uma agricultura conservacionista”.
MARQUES, Juliana. Ciência Hoje On-line, Rio de Janeiro, 17 out. 2008. Disponível em: <http://cienciahoje.
uol.com.br/130824>. Acesso em: 6 fev. 2009. (fragmento) Questão adaptada do Relatório Pedagógico do
SARESP/2009, Disponível em: <http://alturl.com/d6xx4>. Acesso em: 27 de março de 2013.
Questão 5
O assunto principal do texto é:
A) a redução das áreas de vegetação nativa no cerrado paulista.
B) os animais selvagens estão encontrando meios para sobreviver.
C) a plantação de eucaliptos é a solução para reverter o risco de extinção.
D) os agricultores devem praticar uma agricultura conservacionista.
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O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno consegue inferir o tema ou assunto
principal de um texto, com base em sua compreensão global. A resposta correta encontra-se na alternativa B: “os animais selvagens estão encontrando
meios para sobreviver”. Para isso, o aluno deve ser levado a compreender
que as inferências “funcionam como hipóteses coesivas para o leitor processar
o texto. Funcionam como estratégias ou regras embutidas no processo” (MARCUSCHI, 2008, p. 249)7. O levantamento de hipóteses, portanto, é um instrumento pedagógico que auxiliará o aluno a construir informações semânticas a
partir daquelas que já conhece.
Nesse tipo de condução de leitura, a mediação do professor se faz necessária.
Para tanto, esse trabalho pode ser desenvolvido com os mais diferentes gêneros, por meio de roteiros de leitura, questões norteadoras e reflexão sobre o
texto.
MARCUSCHI, Antônio Luiz. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola
Editorial, 2008, p.249.
7
Leia o texto e responda às questões 6 e 7.
- Oi.
- Oi...você não estava trabalhando?
- Sim, estava.
- Então, porque você está me ligando?
- Ah... tive uma folga de 30 minutos e resolvi ligar pra você.
- Que bom que você ligou, preciso falar com você.
- Por quê? O que aconteceu?
- Bobinho... não aconteceu nada, só estava com saudades e queria te falar que te
amo muito!
- Ah gata, eu também te amo muito. Não sei o que seria de mim sem você.
- Amor, o seu tempo é tão curto, não precisava se preocupar comigo.
- Amor, pra falar com você, faço qualquer coisa, além do mais quando a gente
conversa fico de boa pra enfrentar um dia de trabalho. Te amo minha linda...
Disponível em: <http://vidadeadolecentes.loveblog.com.br/438319/conversa-entre-namorados/>.
Acesso em: 05 de março de 2013.
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Habilidade:
Identificar os interlocutores prováveis de um texto, considerando o uso de expressão coloquial,
jargão, gíria ou falar regional. (H03 – GI)
Questão 6
As expressões presentes nos trechos “Ah gata, eu também te amo muito”, “fico
de boa pra enfrentar um dia de trabalho” e “Te amo minha linda...” indicam que
a conversa ocorre entre:
A) indivíduos que não se conhecem.
B) colegas que estudam na mesma escola.
C) amigos se conhecem há muito tempo.
D) dois jovens que estão namorando.
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno identifica os prováveis interlocutores de um texto, considerando o uso de expressão coloquial, jargão, gíria
ou falar regional. Essa questão solicita que os alunos observem e reconheçam
marcas na linguagem para identificar os interlocutores do discurso. A resposta
correta é a alternativa D: “dois jovens que estão namorando”. O aluno que
optar por essa alternativa, possivelmente, reconhece a linguagem informal
usada no texto. Temos, a título de exemplificação, as expressões: “gata”, “fico
de boa” e “minha linda”.
Sugere-se a seleção de textos em que o discurso dialogado prevaleça. O estudo
da interlocução, a partir dos textos selecionados, conferirá um exercício de
identificação das variedades linguísticas e seus termos peculiares. Sabe-se que
as variações linguísticas se estruturam conforme condições históricas, regionais, culturais e sociais. Assim, surgem as diferentes falas regionais, situações
de fala formal e informal, modos de falar (gírias, jargão, entre outros).
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Habilidade:
Identificar, em um texto, marcas relativas à variação linguística, no que diz respeito às diferenças entre a linguagem oral e a escrita do ponto de vista do léxico, da morfologia ou da sintaxe.
(H19 – GI)
Questão 7
As palavras e/ou expressões que indicam o uso de uma linguagem que procura
se aproximar do modo como nos expressamos, em uma conversa informal, estão
presentes em:
(A) “Ah gata”; “fico de boa...”.
(B) “fico de boa”; “Por quê?”.
(C) “O que aconteceu?”; “fico de boa...”.
(D) “Ah gata”; “não precisava se preocupar comigo.”.
Nessa questão, o objetivo é avaliar se o aluno seleciona a alternativa que apresenta um conjunto de palavras com marcas de uso de uma variedade linguística.
Todas as alternativas apresentam palavras que sinalizam o uso da linguagem
informal. Entretanto, apenas a alternativa A é a correta: “Ah gata”; “fico de
boa”. Essa alternativa tem as duas expressões com marcas desse uso. As alternativas A, B e C estão incorretas porque, junto à palavra que sinaliza o uso informal da linguagem, há outra que é usada em contexto mais formal ou ainda em
outra variedade da língua.
O estudo das variantes linguísticas está presente no Currículo do Ensino Fundamental e Médio. Esse estudo pretende fazer com que o aluno reflita sobre o
uso intencional das variantes para produzir o efeito de sentido desejado.
Para isso, é necessário intensificar a leitura reflexiva de diversos gêneros e propor a reescrita dos textos dos alunos, apontando ou não a necessidade de adequação nas escolhas das palavras e na construção dessas produções.
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Habilidade:
Inferir informação pressuposta ou subentendida com base na compreensão global do texto.
(H08 – GIII)
QUERIDOS LEITORES:
Eu sempre gostei muito de livros, de revistas e de jornais. Eu passava todo tempo
esperando ganhar um novo livro, esperando o Tico-Tico, que era uma revista que
saía às quartas-feiras, e esperando que chegasse o Almanaque do Tico-Tico, que
saía sempre perto do Natal.
Era um livro grande e colorido e falava de tudo um pouco: de coisas sérias e
de coisas engraçadas; histórias e lendas, brincadeiras e anedotas, adivinhações e
enigmas. Há muitos anos não se publica o Almanaque do Tico-Tico.
Então eu resolvi fazer um almanaque destinado a meus queridos leitores. Escolhi uma porção de histórias, brincadeiras, piadas e adivinhações, muitas poesias,
brinquedos que a gente mesmo pode fazer e mais muitas surpresas.
Espero que vocês gostem tanto quanto eu gostava do meu velho Tico-Tico.
Um beijo da RUTH ROCHA
Fonte: ROCHA, Ruth. Almanaque Ruth Rocha. São Paulo: Ática, 2005. p. 9.
Questão 8
Pelas informações da autora Ruth Rocha, o almanaque que ela está publicando
éo
A) primeiro.
B) segundo.
C) terceiro.
D) último.
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O texto é, por sua estrutura e organização de composição, uma carta de
apresentação com conteúdo constituído de informações explícitas de fácil
compreensão.
O enunciado da questão indica claramente a tarefa segundo a qual é avaliado
se o aluno consegue deduzir sentidos que extrapolam as informações expressas no texto e inferir sua ideia global. Ao realizar essa operação é necessário
que ele retome o texto, fazendo uma leitura atenta de todas as informações
nele expressas para chegar à alternativa correta A.
Recomenda-se que o professor desenvolva estratégias de leitura que solicitem ao aluno inferir informações pressupostas ou subentendidas, com base na
compreensão global do texto. Sugerem-se alguns procedimentos como: analisar os distratores que as alternativas apresentam, compreender o enunciado,
analisar e refletir sobre os elementos verbais e nãos verbais, checar hipóteses,
analisar o contexto de produção, o público-alvo, a intencionalidade do texto,
entre outros.
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Habilidade:
Estabelecer relações entre segmentos de um texto, identificando o antecedente de um pronome oblíquo. (H12 – GII)
Uma exótica iguaria
As minhocas são ricas em fontes de proteína
Por André Jockyman
As minhocas já fazem parte do cardápio exótico de algumas tribos indígenas.
Para os chineses, são um prato refinado. Que o diga o jogador de futebol Murilo,
do Sport Club Internacional, de Porto Alegre, RS, que trabalhou quatro meses
no clube Xandu, na China, e ficou horrorizado quando lhe serviram uma sopa
de minhocas. “Eu olhei aquilo e meu estômago enrolou de vez”, lembra. O garçom ainda tentou convencê-lo de que se tratava de um bom alimento, dizendo
“good, good”. Mas Murilo fez que não ouviu. Ele ficaria surpreso ao saber que, no
Brasil, já existem empresas pesquisando a produção de uma farinha de minhoca
para ser utilizada, por enquanto, como ração animal. Mas já se pensa na possibilidade de incluí-la na dieta humana. Segundo a farmacêutica Lucette Morais,
que deu consultoria à empresa Minhoca e Cia, empresa de Brasília produtora de
húmus, a farinha de minhoca chega a ter 78% de proteína. “Ela é a melhor fonte
proteica de origem animal”, garante. “Além disso, tem vitaminas e sais minerais.”
Lucette considera, no entanto, que deve haver um rígido controle de qualidade
na produção da farinha, seja para consumo humano ou animal, com um cuidado
que começa na seleção do local onde serão criadas, que não pode ter elementos
contaminantes.
Disponível em: <http://galileu.globo.com/edic/92/nossa_terra1.htm>. Acesso em: 6 de março de 2013.
(Adaptado)
Questão 9
No trecho “O garçom ainda tentou convencê-lo (...)”, o elemento destacado se
refere:
A) ao rígido controle de qualidade.
B) ao Sport Club Internacional.
C) ao jogador de futebol Murilo.
D) ao clube chinês Xandu.
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O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno estabelece relações entre os segmentos de um texto, identificando o antecedente de um pronome oblíquo,
estabelecendo, assim, a coesão referencial para integrar as partes do texto de
forma a atribuir-lhe sentidos.
A alternativa correta é a C: “ao jogador de futebol Murilo”. Assim, é necessário
que os alunos relacionem informações, que estão em segmentos diferentes do
texto.
Recomenda-se um trabalho sistemático de coesão referencial, que pode ser
ampliado para além da observação do antecedente de um pronome oblíquo.
Sugere-se, para isso, criar atividades para que os alunos observem as relações
entre segmentos de um texto como: destacar as palavras e pedir que encontrem os termos usados para fazer referência a elas; selecionar os pronomes e
solicitar que agrupem todas as palavras que se referem a eles, além de propor
substituições lexicais.
Elementos coesivos na leitura dos textos e, especialmente, nas revisões de produção, que podem ser a princípio coletivas, auxiliam na construção da percepção desses recursos da língua. Além disso, esse procedimento possibilita
um ensino de gramática voltado à construção de textos, tornando esse tipo de
estudo mais significativo para os alunos.
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Leia o texto e responda às questões 10 e 11.
O mistério dos brinquedos desaparecidos
Meninos e meninas que começam a sair da infância contam que ainda gostam de
brincar, mas em segredo.
GABRIELA ROMEU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Responda rápido: boneca ou show da Avril Lavigne? Carrinho ou Videogame?
Bola ou bate-papo na internet? Até lembra poesia: ou isto ou aquilo? Ou as duas
coisas?
“Ou” é uma palavra que quer dizer “alternância, exclusão, dúvida e incerteza”. É
a palavra que bem define uma fase vivida por meninos e meninas com 9, 10 e 11
anos de idade, quando a boneca, a bola e o carrinho já nem sempre estão nas
listas de “melhores amigos”, mas ainda não foram parar no fundo do armário ou
no quartinho da bagunça.
É quando a palavra “criança” já começa a ficar pequena para alguém que esticou, mudou de preferências e começa a virar pré-adolescente, um ensaio para a
adolescência. É ser “meio-termo, nem criança nem adolescente”, define Sophia
Monteiro Ribeiro, 10.
E aí os objetos da infância – os brinquedos – até viram um segredo guardado
a sete chaves. Assim acontece com Dora Galvão de França Amaral, 9, dona da
boneca Lili, um presente da avó da menina, num tempo em que ela só gostava
de bonequinhas.
De vez em quando, lá está ela brincando com a Lili, seu brinquedo de estimação. Mas Dora conta isso meio baixinho: “Acho que não tenho mais idade para
brincar de boneca, eu fico com vergonha”. Para as amigas, ela explica que Lili é
só “enfeite” do quarto. “Eu não sei se elas (as colegas) ainda brincam, vai que elas
já pararam e só eu que brinco”, raciocina. Às vezes criança e às vezes mocinha,
Clara Pompeu Motta Lacerda, 10, gosta de “trocar roupinhas da boneca” e curte
o som da Avril Lavigne, cantora que arrastou a menina para seu primeiro show
de rock. “Não brinco mais que a boneca é minha filhinha, essas coisas, mas gosto
de escolher a roupa que ela vai usar”, explica.
Gabriella Bergmann Flores de Moraes, 11, conta que as meninas de sua idade têm
mesmo vergonha de falar que gostam de bonecas porque isso “é infantil”. Ela
mesma diz que hoje prefere ficar conversando com as amigas. Falando de quê?
“Sobre...sobre...sei lá, às vezes, sobre meninos.” (...)
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di08100505.htm>. Acesso em: 6 de março
de 2013.(Adaptado)
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Habilidade:
Distinguir um fato da opinião explícita enunciada em relação a esse mesmo fato, em segmentos
descontínuos de um texto. (H15 – GII)
Questão 10
No texto O mistério dos brinquedos desaparecidos, há várias opiniões de adolescentes que ainda gostam de brincar. O trecho do texto que apresenta uma
opinião é:
A) “De vez em quando, lá está ela brincando com a Lili”.
B) “Bola ou bate-papo na internet ?”.
C) “É ser meio-termo, nem criança nem adolescente”.
D) “boneca ou show da Avril Lavigne?”.
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno identifica uma opinião enunciada
sobre um fato em uma notícia. O enunciado solicita que o aluno leia o texto
e, a partir dessa leitura, identifique qual a frase que expressa a opinião de um
dos adolescentes entrevistados que comentam sobre as dúvidas referentes às
escolhas na adolescência. A resposta correta é a alternativa C: “É ser meio-termo, nem criança nem adolescente”.
É importante, nas práticas realizadas em sala de aula, privilegiar o trabalho com
textos que tratem de questões relevantes para a faixa etária dos alunos, nos
quais se possa buscar uma leitura reflexiva, feita de forma compartilhada, destacando os fatos e as opiniões elencadas pelas vozes presentes no texto. O
professor pode elaborar uma tabela para que os alunos enumerem os fatos e
as opiniões.
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Habilidade:
Estabelecer relações lógico-discursivas marcadas por conjunções ou advérbios, identificando
um exemplo do texto que possa ilustrar essa relação. (H14 – GII)
Questão 11
O trecho da notícia que estabelece uma condição para realização de uma ação é:
A) “vergonha de falar que gostam de bonecas porque isso ‘é infantil’”.
B) “Às vezes criança e às vezes mocinha”.
C) “Sobre...sobre...sei lá, às vezes, sobre meninos.”
D) “Para as amigas, ela explica que Lili é só ‘enfeite’ do quarto.”
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno consegue estabelecer relações
lógico-discursivas marcadas pela conjunção “porque”, que imprime uma causa
para realização da ação.
A resposta correta é a alternativa A: “vergonha de falar que gostam de
bonecas porque isso ‘é infantil’”. Para responder corretamente, o aluno deve
perceber que o uso da conjunção “porque” estabelece a causa para a realização da ação.
Recomenda-se explorar os sentidos das relações lógico-discursivas marcadas
pelo uso de conjunções e/ou advérbios, por meio de estratégias de leitura em
diferentes gêneros, favorecendo maior familiaridade com esses termos e relações que são estabelecidas em um texto.
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Habilidade:
Inferir o efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras, expressões
ou imagens ambíguas. (H22 – GIII )
Leia a tira abaixo e responda à questão 12.
Disponível em: <http://alturl.com/iswwn>. Acesso em: 20 de março de 2013.
Questão 12
O humor desta tira está
A) na explicação que Valber dá a Lola sobre como guardar um segredo.
B) na atitude inesperada de Lola em revelar o segredo de Valber.
C) na posição em que Valber aparece no penúltimo quadrinho.
D) na opinião de Lola sobre a dificuldade de guardar um segredo.
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno infere o efeito de humor produzido em um texto pelo uso intencional de palavras ou expressões. A resposta
correta está na alternativa B: “na atitude inesperada de Lola em revelar o
segredo de Valber”.
A evolução da narrativa gera expectativa em relação à fala da personagem Valber que explica à andorinha Lola como guardar um segredo: “Ficando de bico
fechado!” No entanto, essa expectativa é quebrada no último quadrinho com
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a ação inusitada da personagem Lola, em optar por escrever o segredo de seu
amigo, uma vez que ficou impossibilitada de partilhá-lo oralmente.
É relevante acrescentar que também há outro efeito de humor, ainda que não
descrito na alternativa , que é o fato da andorinha obedecer literalmente o conselho de seu amigo Valber e fechar o bico com o auxílio de um pregador.
Recomenda-se para o trabalho em sala de aula a seleção de palavras e expressões, com a intenção de produzir determinados efeitos de sentido. Assim,
explorar textos como charges, piadas, anedotas, histórias em quadrinhos, favorece a percepção da construção/quebra da expectativa de sentido, que muitas
vezes é responsável pela presença do humor nesses gêneros.
Habilidade:
Identificar em um texto o efeito de sentido produzido pelo uso de determinadas categorias
gramaticais (gênero, número, casos, aspectos, modo, voz etc.). (H23 – GI)
Leia a tirinha para responder à questão 13.
Disponível em: <http://alturl.com/5w79z>. Acesso em: 20 de março de 2013.
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Questão 13
No último quadrinho da tira acima, a palavra “voltei” indica:
A) uma ideia de acontecimento que está sendo planejado.
B) uma ideia de acontecimento que ocorrerá no futuro.
C) a ação que ocorre no momento do diálogo das personagens.
D) a ação que ocorreu antes da fala da personagem.
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno consegue identificar em um texto
o efeito de sentido produzido pelo uso de determinadas categorias gramaticais (gênero, número, casos, aspectos, modo, voz etc.), nesse caso, o uso do
tempo passado expresso no verbo “voltei”. A resposta correta está na alternativa D: a ação ocorreu antes do pensamento do personagem. O aluno que
optou por essa alternativa, provavelmente compreendeu o uso que se faz do
verbo “voltei” e seus efeitos de sentido no texto, considerando a sequência
narrativa da tira.
Sugerimos ao professor que leve outras tiras, HQ ou textos de gêneros diversos,
para o estudo dos efeitos de sentido causados por verbos, adjetivos, locuções
adjetivas, advérbios, locuções adverbiais , tempos verbais e outros aspectos
gramaticais.
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Habilidade:
Identificar o provável público-alvo de um texto, sua finalidade e seu assunto principal. (H01 – GI)
Alimentação no verão
O verão está chegando e, com ele, a diminuição do apetite para muitos. Mas
não precisa se descabelar desde já com as crianças que costumam dar trabalho
para comer, pois a gente separou algumas dicas de orientação alimentar para
os pequenos nessa época do ano (na verdade, as dicas servem para qualquer
período). Em geral, o verão pede alimentos leves e ricos em água. Tentar manter
a rotina na hora da alimentação mesmo em período de férias escolares é um
desafio que os pais devem enfrentar. Prestando um pouco de atenção no prato,
dá para aproveitar o clima quente ao máximo, com muita energia e sem ficar
doente!
Disponível em: <http://revistapaisefilhos.uol.com.br/saude/filhos/alimentacao-no-verao>. Acesso em: 6
de março de 2013. (Adaptado)
Questão 14
O texto tem a finalidade de orientar sobre
(A) a diminuição do apetite das crianças.
(B) a rotina na hora da alimentação.
(C) a alimentação das crianças no verão.
(D) o período das férias escolares.
O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno consegue identificar a finalidade
do texto. A resposta correta encontra-se na alternativa C: “a alimentação das
crianças no verão.” As demais não recorrem, de forma integral, às pistas que
o texto oferece.
Recomenda-se identificar elementos como os protagonistas do discurso, os
objetivos do texto, o suporte utilizado, o gênero (e seus componentes) e os
espaços de circulação envolvidos no discurso, além dos valores sociais associados às variantes linguísticas utilizadas como parte essencial para a compreensão do texto. Por isso, uma das competências básicas do leitor, em qualquer
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nível de proficiência, é a de resgatar, com base nas suas marcas específicas
(como os dêiticos de pessoa, tempo e lugar, as determinações linguísticas do
suporte etc.), aspectos das condições de produção relevantes para a compreensão de uso ou de parte dele.
O público-alvo, a finalidade e o assunto são conhecimentos específicos, implicados à aprendizagem sistemática da área de Língua Portuguesa. Quando
se compreendem as razões de produção de texto e seu público-alvo, muitos esquemas de leitura são acionados. A fim de favorecer o contato com as
nomenclaturas específicas da área, sugere-se que estas sejam apresentadas e
trabalhadas com os alunos nas atividades de análise textual.
Habilidade:
Identificar recursos semânticos expressivos (antítese, personificação, metáfora, metonímia) em
segmentos de um poema, a partir de uma dada definição. (H31 – GI)
Leia a definição de hipérbole e a letra de música para responder à questão 15.
Hipérbole:
figura que engrandece ou diminui exageradamente a realidade8.
8
MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia melhoramentos, 1998.
Exagerado
Cazuza, Ezequiel Neves, Leoni.
Amor da minha vida
Daqui até a eternidade
Nossos destinos foram traçados
Na maternidade
Paixão cruel desenfreada
Te trago mil rosas roubadas
Pra desculpar minhas mentiras
Minhas mancadas
Exagerado
Jogado aos teus pés
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Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Eu nunca mais vou respirar
Se você não me notar
Eu posso até morrer de fome
Se você não me amar
E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
E por você eu largo tudo
carreira, dinheiro, canudo
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais
Exagerado
Disponível em: <http://www.vagalume.com.br/cazuza/exagerado-cifrada.html>. Acesso em: 7 de março
de 2013.
Questão 15
Na letra de música, ocorre hipérbole em:
A) “Pra desculpar minhas mentiras”.
B) “Eu nunca mais vou respirar”.
C) “Eu sou mesmo exagerado”.
D) “Adoro um amor inventado”.
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O objetivo dessa questão é avaliar se o aluno identifica recursos semânticos
expressivos (hipérbole), a partir de uma dada definição, em segmentos de uma
canção popular. As alternativas apresentam versos retirados do texto e a tarefa
a ser realizada consiste em assinalar a alternativa em que ocorre a hipérbole.
Por meio da leitura dos versos e da aplicação da definição, a resposta correta
está na alternativa B: “Eu nunca mais vou respirar”.
Recomenda-se que nas atividades de leitura o professor ofereça aos alunos o
contato com gêneros textuais, que utilizem recursos expressivos (hipérbole,
antítese, metáfora, metonímia), orientando-os a perceber e a analisar os efeitos
de sentido recorrentes nesses textos (contos, crônicas, letras de música, entre
outros).
Sugere-se, ainda, que o professor promova momentos em que, além de reconhecer os recursos semânticos, o aluno também analise o efeito de sentido
desses recursos na construção do texto.
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Referências bibliográficas
JOSÉ, Elias. Cantigas de adolescer. São Paulo: Atual, 2002.
MARCUSCHI, Antônio Luiz. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008,
p.249.
ROCHA, Ruth. Almanaque Ruth Rocha. São Paulo: Ática, 2005. p. 9.
MICHAELIS. Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo: Companhia melhoramentos, 1998.
Sites pesquisados
http://alturl.com/u4ah2. Acesso em: 04 de março de 2013.
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http://www2.uol.com.br/niquel/seletas.shtml. Acesso em: 04 de março de 2013.
http://www.topmed.com.br/wp-content/uploads/downloads/2011/08/Cartaz-tabagismo.jpg. Acesso em: 06 de março de
2013.
http://cienciahoje.uol.com.br/130824. Acesso em: 6 de fevereiro de 2009.
http://alturl.com/d6xx4. Acesso em: 27 de março de 2013.
http://vidadeadolecentes.loveblog.com.br/438319/conversa-entre-namorados/. Acesso em: 05 de março de 2013.
http://galileu.globo.com/edic/92/nossa_terra1.htm. Acesso em: 6 de março de 2013.
http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di08100505.htm. Acesso em: 6 de março de 2013.
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http://alturl.com/5w79z. Acesso em: 20 de março de 2013.
http://revistapaisefilhos.uol.com.br/saude/filhos/alimentacao-no-verao. Acesso em: 6 de março de 2013.
http://www.vagalume.com.br/cazuza/exagerado-cifrada.html. Acesso em: 7 de março de 2013.
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Avaliação da Aprendizagem em Processo
Comentários e Recomendações Pedagógicas – Língua Portuguesa
Coordenadoria de Gestão da Educação Básica
Coordenadora: Maria Elizabete da Costa
Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional
Coordenadora: Maria Lucia Barros de Azambuja Guardia
CIMA
Departamento de Avaliação Educacional
Diana Yatiyo Mizoguchi
Maria Julia Filgueira Ferreira
Silvio Santos de Almeida
William Massei
CGEB
Língua Portuguesa
Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, Katia Regina Pessoa,
João Mário Santana, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso,
Rozeli Frasca Bueno Alves.
Elaboração, Leitura Crítica e Revisão
CGEB – Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, Katia Regina
Pessoa, João Mário Santana, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso, Rozeli Frasca Bueno Alves.
PCNP – Ademilde Ferreira de Souza, Adriana da Silva Guerrieri, Alexandre da Silva Rigobelo, Ana
Carolina Medeiros Gatto Vieira Carvalho, Andrea Righeto, Edilene Bachega Rodrigues Viveiros,
Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Luciane Idalgo Gonçalves Gobbatto, Magda Regina Pereira
Bizio, Márcia Cristina Gonçalves, Maria Márcia Zampronio Pedroso, Marisa Aparecida Palhares
Raposo, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Sônia Maria Rodrigues.
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Anotações
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