Iraque revisirá licença sobre empresas de segurança
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Iraque revisirá licença sobre empresas de segurança
ESCALAPB 2% 5% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 95% 98% PB 100% ESCALACOR Produto: ESTADO - SP - 14 - 19/09/07 2% 5% 10% 15% 20% 30% 40% 50% 60% 70% A14 - COR 80% 85% 90% 95% 98% 100% Cyan Magenta Amarelo Preto %HermesFileInfo:A-14:20070919: A14 INTERNACIONAL QUARTA-FEIRA, 19 DE SETEMBRO DE 2007 O ESTADO DE S.PAULO AMÉRICA LATINA Bolívia cresce sob o governo de Evo Morales Apesar de disputas políticas, há estabilidade, reservas dobram e receita com petróleo dispara Simon Romero THE NEW YORK TIMES COCHABAMBA O noticiário noturno fala de um país à beira da balcanização. La Paz e Sucre travam uma disputa para abrigar a sede do governo. Santa Cruz, no leste, clama por autonomia.Ogovernadordaprovíncia que abrange Cochabamba pede a renúncia do presidenteEvoMorales.MasEvo,primeiro índio a governar a Bolívia desde a conquista espanhola, há mais de quatro séculos, sabe sobre distúrbios, já que organizou protestos durante anos como líder cocaleiro. Apesar dos temores de que seu radicalismo criaria turbulências econômicas e políticas, há uma surpreendente estabilidade. “Um dos debates mais acirrados do meu gabinete é se deveríamos gastar parte de nossas reservas cambiais”, disse Evo ao New York Times, explicando como as reservas mais do que dobraram desde sua posse, em janeiro de 2006, atingindo US$4bilhões.Cedendoàortodoxia econômica, acrescentou: “Por enquanto, não quero.” A Bolívia continua sendo o país mais pobre da América do Sul, com 60% da população de 9,1milhõesdehabitantesmergulhados na miséria, o que torna tais de debates cruciais. Mas Evo tem surpreendido até os mais céticos com os resultados de suas políticas, principalmente no setor energético, após a nacionalização, em 2006, da indústria petrolífera. Temida como Chávez receberá porta-voz das Farc ●● ● O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse ontem que receberá “nas próximas semanas” o portavoz das Farc, Raúl Reyes. Por meio da senadora Piedad Córdoba (que esteve recentemente com Reyes), Chávez recebeu cartas e um vídeo do grupo rebelde colombiano. Numa carta, o grupo reitera a exigência de uma zona desmilitarizada na Colômbia – o que Bogotá rejeita – para negociar uma troca de prisioneiros. No vídeo, Reyes sugere 8 de outubro para uma reunião na Colômbia entre Chávez e o líder das Farc, Manuel Marulanda, e agradece pelo apoio dos presidentes Lula, Daniel Ortega (Nicarágua) e Nicolás Sarkozy (França) à mediação de Chávez. ● AFP uma medida radical, a nacionalização foi em grande parte uma renegociação de condições com as empresas estrangeiras de energia que ficaram na Bolívia. A receita com petróleo e gás natural subiu de 5% do PIB em 2004 para 13,3% em 2006. Isso pôs a Bolívia em seu patamar econômico mais invejável em anos. Espera-se um crescimento de 4% este ano. No aspecto político,críticosdizemqueEvotende para o autoritarismo, em parte por causa da proposta de seus partidáriosdequeelesejareeleito indefinidamente. Mas ele parece à vontade, após atingir os maiores índices de aprovação de qualquer presidente na memória recente. “Estamos criando outro modo de governar, mas não tem sido fácil.” ● GUERRA SEM FIM QUESTÃO NUCLEAR Iraque revisará licença de empresas de segurança Rússia e China rejeitam ameaça de guerra contra Irã Decisão é tomada depois da morte de 11 civis iraquianos em tiroteio em Bagdá, no qual se envolveram guardas de uma companhia americana Ambas defendem diplomacia; ministro francês acusa mídia de manipulação PATRICK BAZ/AFP SERGEI ILNITSKY/EFE Mariana Della Barba MOSCOU O governo iraquiano anunciou ontem que revisará a licença de todas as empresas privadas de segurança que operam no país. Adecisão foitomada depoisque guardasdacompanhiaamericana Blackwater se envolveram num tiroteio que deixou 11 mortos em Bagdá, no domingo. O porta-voz do governo, Ali al-Dabbagh, informou que Bagdá e Washington criaram uma comissão para investigar as mortes. Na segunda-feira, o Ministério do Interior iraquiano já havia suspendido a licença da Blackwater para atuar no país. “Não pretendemos suspender (as empresas de segurança) indefinidamente, mas elas precisam respeitar as leis”, disse Dabbagh. De acordo com a polícia, ossegurançasdaBlackwaterteriam atirado aleatoriamente contra os iraquianos, após granadas de morteiro terem caído perto do comboio em que estavam. A empresa alegou que seus funcionários reagiram “apropriadamente” a um ataque hostil. Assim como outras empresas particulares que atuam no Iraque, aBlackwaterfaz a segurança,principalmente,dediplomatas americanos. Estima-se que haja 127 mil seguranças civisnoIraque.Segundo umestudo apresentado ao Congresso americano, 1.001 seguranças morreram no Iraque até julho. O uso de seguranças particulares – que também ocorre em conflitoscomo odo Afeganistão –éduramentecriticadoporopositores do presidente americano, George W. Bush. Isso porque eles são acusados de ignorar leis nacionais e internacionais, já que não precisam prestar contas nem ao governo iraquiano nem ao Exército dos EUA. Outra crítica é que há um gasto maior com esses seguranças, porque eles ganham mais que os soldados. “O problema é queonúmerodesoldadosamericanos é insuficiente. Por isso, o governo transfere funções como proteger diplomatas e funcionários de grupos humanitários para essas empresas privadas”,disseaoEstadoMarkSchneider, especialista em política externa americana do International Crisis Group. “Mas, como A Rússia e a China manifestaram ontem sua inquietude com relação aos comentários do chanceler francês, Bernard Kouchner, sobre a possibilidade de uma guerra com o Irã. O chanceler russo, Serguei Lavrov, disse ontem que é contra o uso da força contra o Irã ou a imposição de sanções unilaterais para penalizar Teerã por seu programa nuclear. “Estamos convencidos de que nenhum problema moderno tem uma solução militar e isso é aplicável também ao programa nuclear iraniano”, disse Lavrov depois de receber Kouchner em Moscou. “Preocupam-nos seriamente as informações cada vez mais freqüentes de que se está considerando uma ação militar contra o Irã”, acrescentou. “O resultado disso, para uma região que já enfrenta graves problemas no Iraque e no Afeganistão, está além de qualquer conjectura.” A China também se disse contra ameaçar o Irã com o uso da força. “Acreditamos que a melhor opção é resolver pacificamente a questão nuclear, por meio de negociações diplomáticas”, afirmou o porta-voz da chancelaria chinesa, Jiang Yu. O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, disse ontem que não dá importância às advertências francesas: “As declarações divulgadas pela imprensa são diferentes das de Kouchner e não as levamos a sério.” Kouchner, que provocou uma onda de críticas internacionais ao dizer no domingo que a França precisa estar preparada para uma possível guerra com o Irã, acusou ontem a imprensa de “manipular” suas declarações. Ele buscou reduzir o impacto de seu comentário, dizendo que teve a intenção de transmitir uma “mensagem de paz”. “Não quero queusem isso para dizer que sou um militarista”, disse o chanceler francês ao jornal Le Monde, dias antes de os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – França, China, Rússia, Grã-Bretanha e Esta- EQUADOR IMPUNIDADE – Seguranças particulares estrangeiros e iraquianos em Bagdá: acusados de ignorar leis ENCONTRO – Kouchner (E) e Lavrov UE não pretende impor sanções próprias a Teerã ●● ● O alto representante da União Européia para Política Externa, Javier Solana, afirmou ontem que o bloco não pretende aplicar sanções ao Irã por causa de seu programa nuclear, paralelamente às já impostas pela ONU. “A UE segue uma política de duas vias com o Irã: as resoluções da ONU e o diálogo”, disse. A França vem pressionando a UE a adotar sanções contra o Irã, que teriam como alvo os setores de crédito, seguro e finanças. Duas resoluções da ONU não conseguiram persuadir Teerã a paralisar seu programa de enriquecimento de urânio. Teerã afirma que seu programa tem fins civis. ● EFE E AP ● Fevereiro de 2005 – Ex-funcionários da Custer Battles acusam colegas de atirar em civis e de atacar carro com crianças. Empresa nega acusações ● Dezembro – Funcionário alcooli- ● Maio – Após atirarem em ● Maio de 2007– Segurança da tropas americanas e em civis, 16 guardas da Zapata Engineering são presos Blackwater mata civil que se aproximava da sede da empresa. Companhia defende ação ● Julho de 2006 – Dois empregados da Triple Canopy acusam o supervisor de atirar em civis por divertimento. Os três são demitidos por não relatar incidente ● Setembro – Seguranças da Bla- podemos ver com o caso da Blackwater, é uma péssima idéia.” “Com o caos no Iraque, a necessidade de proteção dos comboiosexcedeuqualquerplaneja- mento que os especialistas poderiam ter feito”, disse o militar da reserva Gerald Schumacher, autor do livro A Bloody Business – War Zone Contractors andtheOccupationofIraq(Negócio Sangrento – Seguranças Privados na Guerra e a Ocupação do Iraque). O problema com as companhias particulares é uma das principais preocupações de Washington. “Controlar o crescimento dessas empresas é dificílimo. Os EUA já estão dependentes demais delas”, disse Schumacher. Para Schneider, “o ideal seria os EUA não se envolverem em tantos conflitos ou, antes de entrar em um, garantir que outros países os apóiem militarmente”. Por causa da polêmica com as empresas privadas, os funcionários americanos foram proibidos ontem de sair da Zona Verde, área fortemente protegida no centro de Bagdá. ● COM AP REUTERS PAQUISTÃO EUA IRÃ Musharraf só deixará farda após reeleição Simpson é acusado de assalto e seqüestro Jornalista detida em Correa se encontrará Teerã volta para os EUA com Lula em Manaus Toledo sugere frente contra o populismo O presidente paquistanês, Pervez Musharraf (foto), deixará a chefia do Exército, mas apenas depois de ser reeleito para um segundo mandato no próximo mês, disse ontem seu advogado à Suprema Corte. A Casa Branca disse que quer eleições livres e justas no Paquistão, mas não se pronunciou sobre se Musharraf deve deixar a farda antes. O ex-astro do futebol americano O. J. Simpson foi acusado ontem pela promotoria de Las Vegas de envolvimento em assalto a mão armada e seqüestro. Se condenado, Simpson, acusado com mais três homens, pode pegar prisão perpétua. Ele foi detido domingo, após invadir o quarto de hotel de um colecionador e levar embora troféus e fotos – que alega pertencerem a ele. A jornalista americana de origem iraniana Parnaz Azima deixou o Irã ontem e viajou para os EUA. Parnaz, que trabalha em uma rádio americana, estava detida no Irã desde janeiro, quando foi visitar sua família. Ela é um dos quatro americanos de origem iraniana que foram detidos e acusados de espionagem e ameaça à segurança do regime iraniano. Os ex-presidentes Vicente Fox (México), Ricardo Lagos (Chile) e Fernando Henrique Cardoso são parte de um movimento antipopulista que ajudaria a conter a influência de Hugo Chávez, disse o ex-líder peruano Alejandro Toledo ao jornal mexicano ‘Reforma’, incluindo-se no grupo. Consultado, FHC disse desconhecer tal frente anti-Chávez. INCIDENTES COM FIRMAS DE SEGURANÇA NO IRAQUE zado da Blackwater mata segurança do vice-presidente xiita Adel Abdul-Mahdi. Incidente está sob investigação ckwater matam 11 civis em tiroteio. Governo iraquiano acusa seguranças de atirar aleatoriamente. Funcionários alegam autodefesa dos Unidos – se reunirem para discutir possíveis novas sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear. O Ocidente teme que o objetivo do programa seja fabricar a bomba atômica. O governo americano assinalou ontem que está buscando medidas diplomáticas para resolver o impasse com o Irã. “Estamos trabalhando com a França e os outros países da União Européia para pressionar o Irã a cumprir suas obrigações sob as regras do Conselho de Segurança”, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino. ● ASSOCIATED PRESS, REUTERS, FRANCE PRESSE E EFE AAMIR QURESHI/AFP – 14/11/2006 NoMundo O presidente equatoriano, Rafael Correa, começa hoje uma viagem por Argentina, Brasil e EUA. Amanhã, Correa chega a Manaus onde terá uma reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. No mesmo dia, Lula se reunirá com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, com quem discutirá questões ligadas ao Gasoduto do Sul. PERU