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O SÓCIO-PSICODRAMA APLICADO AO CENTRO DE REFERÊNCIA DE PREVENÇÃO E COMBATE A HOMOFOBIA Cláudia Amélia Silveira Andrade INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de uma equipe de trabalho através da abordagem sociodramática, ou seja, desenvolver um treinamento com um grupo de estagiários do Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate a Homofobia (CCH). O enfoque foi centrado no desenvolvimento do papel de estagiário, promovendo no grupo maior espontaneidade e criatividade, por entendermos que, segundo a concepção de J. L. Moreno, as relações humanas, em qualquer contexto, devem ser construídas e desenvolvidas a partir da espontaneidade. Para Moreno, a espontaneidade é definida como a capacidade de responder adequadamente às situações, sendo utilizada pela primeira vez na ocasião do nascimento. A teoria Moreniana é centrada no seu conceito de espontaneidade, como fator inato, força primária da conduta humana, entidade psicológica independente. Ele opõe o conceito de conserva cultural ao de espontaneidade, como sendo diametralmente opostos, pois para o desenvolvermos a espontaneidade e a criatividade nos nossos papéis sociais, devemos nos desapegar da escravidão ou submissão às conservas culturais, que influenciam nossos comportamentos. Consideramos que desenvolver a espontaneidade e a sensibilidade télica num grupo de trabalho é essencial para o desenvolvimento de uma equipe de trabalho. Segundo FOX (2002), Moreno definiu o Psicodrama como ciência que busca a “verdade”, por meio de métodos dramáticos, trabalhando com relações interpessoais e mundos privados, utilizando principalmente cinco instrumentos: o palco, o sujeito, o diretor, a equipe de egos auxiliares e a platéia. Porém, a amplitude da sua construção teórica vai além do Psicodrama propriamente dito, é denominada Socionomia, ciência que estuda as relações sociais, e se subdivide em Sociatria, Sociometria e Sociodinâmica. Escolhemos trabalhar com esta abordagem numa instituição de defesa dos direitos humanos, justamente por percebermos que a Socionomia abarca a dimensão da espontaneidade, da criatividade e da resolutividade, rompendo com o constituído, com as conservas culturais, pesquisando modos de resolver problemas e dificuldades no presente. Os participantes constroem seu espaço e sua autonomia como sujeitos e investigadores do processo em que estão inseridos. As mais diversas intervenções socionômicas asseguram um conceito mais ampliado de intervenção e pesquisa-ação, uma vez que “faz e pensa a formação humana na escola, no hospital, na clínica, na família, na comunidade e nos movimentos sociais” (MARRA, 2005, p. 17). Por isto escolhemos esta metodologia, pois ela contribui nos processos de formação, de aprendizagem e desenvolvimento do ser humano em suas complexidades. Este trabalho se constitui numa experiência sociodramática no contexto de uma organização social. Para realizar a nossa pesquisa, aproveitamos a nossa experiência profissional no CCH para desenvolvermos uma intervenção sociodramática numa capacitação dirigida aos nossos estagiários, que é uma equipe essencial nesta organização. Tendo como base a teoria socionômica de J. L. Moreno, acreditamos que trabalhando a espontaneidade num grupo de trabalho, poderemos evitar que o papel profissional se torne rígido, conservado, cristalizado pelas pressões sociais, reprimindo-se e enquadrando-se nas conservas culturais. Por saber que o ser humano pensa mítica e simbolicamente, sendo este o seu diferencial, resolvemos, enquanto assumindo a coordenação do CCH, trabalhar também com os valores e os mitos internos e externos do grupo de 11 estagiários de Psicologia, Serviço Social, Direito e uma Assistente Social no que se refere à questão sexual. Entendendo que o Centro de Referência trabalha com o público específico LGBT, e que esse público sofre de discriminação, preconceito e baixa auto estima, foi necessário que a equipe de estagiários conhecesse o universo LGBT e entendesse a diversidade do público o qual iria trabalhar. Finalmente, trabalhar o sociodrama como potencialização do indivíduo e o crescimento dos estagiários ao desenvolverem papéis que não são seus, mas que no dia a dia serão rotinas as quais o grupo terá que enfrentar, pois foram trabalhados os papeis sociais no contexto social. O SOCIODRAMA NA CAPACITAÇÃO DE ESTAGIÁRIOS DO CCH O sociodrama nas instituições traz como proposta estudar as relações interpessoais, estabelecendo assim uma dinâmica relacional entre pessoas/pessoas e entre pessoas e coisas. A este olhar, o psicodrama organizacional favorece a relação, mesmo que essa relação seja difícil, mas ao trabalhar na visão sociodramática, a mesma torna-se mais prazerosa. Para Drummond & Souza (2008), o sociodrama nas organizações é estratégia teórico-metodológica que, baseada nas realidades dos dados e fatos relacionais de um determinado grupo de trabalho ou instrumental, ajuda-nos a reorientar da melhor forma possível nossas relações para que sejamos pólos irradiadores e tenhamos uma qualidade de vida melhor. Consideramos que com esta estratégia, promovermos também a autonomia, o sentimento de pertencimento, de cidadania, a comunicação, a co-responsabilidade, a coesão e cooperação grupal. Neste contexto Drummond & Souza (2008, p.16) descreve o sociodrama como uma metodologia que trabalha as vincularidades das relações, e essas vincularidades são representadas por meio de papeis sociais desempenhados pelas pessoas no dia a dia. Resignificando esses vínculos, possibilitamos a mudança efetiva dos valores, e não apenas o treinamento para o desempenho de tais papéis. Partindo de uma visão sócio-pedagógica e organizacional, neste trabalho resolvemos seguir os princípios da teoria sócio-psicodramática para realizar a capacitação dos estagiários, tendo como objetivo geral trabalhar o desenvolvimento da espontaneidade, da sensibilidade e da percepção télica do grupo, assim como da noção de coresponsabilidade e a co-participação no âmbito individual e de equipe. Temos também como objetivos secundários: 1) desenvolver as habilidades de percepção, a comunicação e aprendizagem interpessoal, através da compreensão e da intervenção nos processos grupais e nas relações interpessoais; 2) Desenvolver conhecimentos básicos sobre o funcionamento institucional e da proposta de trabalho do CCH, assim como o questionamento do tema da sexualidade, seus valores, mitos e preconceitos. Segundo Drummond & Souza (2008), o sociodrama nas organizações ou psicodrama socio-educacional é utilizado em geral para dinamizar e ampliar a atuação dos profissionais que lidam com o processo de diagnóstico, implantação de novas tecnologias, reuniões, treinamento, desenvolvimento, seleção e avaliação de potencial/desempenho. Enfim, temos neste trabalho como objetivo promover e facilitar a interação do grupo de estagiários, as habilidades de percepção télica dos membros deste grupo, a compreensão dos processos grupais e a facilitação das interações interpessoais. A base do sociodrama organizacional são os fatos do cotidiano, pois os participantes interagem e elaboram o tema a ser vivenciado, trazendo para a realidade através das vivências de cada um e da própria organização. A metodologia do sociodrama organizacional ou sócio-educativo traz como missão fundadora o potencial humano e sua criatividade. METODOLOGIA Esta é uma pesquisa qualitativa que se caracteriza como uma pesquisa-ação. Fineman (2005, p. 4-19), ao definir uma pesquisa qualitativa, afirma que esta: ... pode explorar aspectos das emoções, como a excitação e as contradições emocionais, o esforço de nomeá-las, a não linearidade da experiência emocional, a maneira que diferentes interações podem desafiar sentimentos em relação a si, aos outros e a respeito de situações, favorecendo narrativas e discursos, em que surgem preocupações com as singularidades contextuais. Assim, um pesquisador, utilizando métodos qualitativos, pode compreender como as pessoas se apresentam, reconstroem e negociam suas emoções, bem como o contexto social que regula estes eventos. Neste trabalho, apesar de ser um treinamento, a subjetividade e a interpretação pessoal são valorizadas, as estratégias de pesquisa desenvolvidas refletem sua natureza eminentemente qualitativa. A proposta da pesquisa-ação privilegia a análise das diferentes formas de ação e interação grupal, nas quais os aspectos estruturais da realidade social estão presentes. Considera sempre a ação manifesta nas relações sociais, sendo a interação geradora de conhecimento e o pesquisador um “observador-participante”. A observação e a ação nos permitem progredir na descrição de situações concretas, emergentes e sociopolíticas, possibilitando o conhecimento do real (MARRA, 2004, p. 58-59). A nossa pesquisa foi desenvolvida com 12 sujeitos, 11 estagiários do CCH e 1 técnica de serviço social, 9 recentes no grupo, 3 mais antigos. Eram 4 do sexo masculino e 8 do sexo feminino, estagiários dos cursos de psicologia, serviço social e direito , na faixa etária entre 21 e 24 anos. Estavam 9 no seu primeiro estágio como estudantes. No curso de psicologia eram 5 , no serviço social 3 e no curso de direito 3. Também participando da capacitação a técnica de serviço social. A capacitação foi realizada no CCH e o espaço das dinâmicas e os jogos dramáticos foram na sala do auditório. As palestras foram ministradas na sala de reunião. Os recursos usados foram: televisão, DVD, panos e lenços para a dramatização, textos de casos, papel e caneta. O facilitador foi a Coordenadora do Centro/Psicóloga, que desenvolveu o projeto de implantação do CCH e elaborou a capacitação dos estagiários. O objetivo do projeto foi capacitar os estagiários aplicando um treinamento de equipe multidisciplinar para um melhor atendimento ao público do Centro de Referência em Direitos Humanos de Prevenção e Combate à Homofobia. Foi necessário dividir em três fases, cada fase contemplava um turno. Dois pela manhã e um à tarde. O total a carga horária da capacitação é de 12 horas. Os temas desenvolvidos foram: 1) Ambientação e Apresentação do Centro de Referência; 2) Dinâmicas de Reconhecimento e Integração Grupal: com a técnica da pérola, dinâmicas de integração e de reconhecimento de valores (dinâmica axiodramática). 3) Problematizando questões da Sexualidade: com dinâmicas de aquecimento e casos para dramatização pelo grupo. As técnicas utilizadas na capacitação foram de aquecimento inespecífico e de reconhecimento de si e do outro, onde não se levou em conta a preocupação em escolher o protagonista, e sim, encontrar-se consigo mesmo e com o colega. Os jogos dramáticos utilizados tiveram como objetivos explorar e incorporar a realidade no processo de trabalho na atuação da pessoa, buscando a catarse de integração coletiva ou uma saída saudável pela equipe. “Os jogos servem para maximizar uma questão ou um processo que visa a elaboração ou diagnóstico; concretizar um tema que ainda não esteja claro para o grupo, ou que faça parte do imaginário; ou espelhar uma situação, ser visto como algo externo ao próprio protagonista, valendo-se de objetos intermediários” (DRUMMOND, SOUZA, 2008 p. 51) Utilizamos também um jogo ou dinâmica que expõe os valores do grupo, seus preconceitos. Segundo Aníbal Mezher (2002), na palavra axiodrama, “axios” vem do grego, que tem sentido de valor, dignidade, e “drama” significa ação, acontecimento trágico. Segundo Moreno (apud Cukier, 2002), “o Axiodrama trata da avaliação dos valores religiosos, éticos e culturais na forma espontânea-dramática. (...) O axiodrama é uma síntese do psicodrama, e da ciência de valores (axiologia); (...) Dramatiza as aspirações morais do psiquismo individual e coletivo”. A importância desta capacitação foi proporcionar uma reflexão baseada em jogos e vivência sociodramática. Através de um diagnóstico institucional realizado pelo CCH, foi feita a proposta de capacitar a nova equipe de estagiários do Centro. Depois de um mapeamento das atividades e do cotidiano organizacional, foi estruturada a Capacitação que teve como tema: Capacitar é desenvolver metas, construindo a integração através do sócio-psicodrama. Após essa etapa, iniciou-se a capacitação aos estagiários com o viés no sociodrama organizacional. Em síntese, foram utilizadas diversas técnicas, em especial jogos e jogos dramáticos. Foram utilizadas nos encontros as três etapas de uma sessão psicodramática: aquecimento, dramatização do jogo e compartilhar. No primeiro encontro iniciamos com um aquecimento grupal, com o objetivo de apresentação do grupo e a “quebra do gelo”. Para essa atividade foi utilizada a técnica do fósforo, o qual cada participante só usaria o tempo que o fósforo tivesse acesso, e caso ele apagasse antes da pessoa se apresentar, o mesmo encerraria a apresentação. No final, foi perguntado se alguém gostaria de complementar a sua apresentação. Após o aquecimento ocorreu a apresentação da história do Centro de Referência, os objetivos, as metas e as conquistas. O último passo foi desenvolver foi a Dinâmica da pérola, que teve como objetivo compartilhar vivências pessoais e profissionais, angustias e, principalmente, visando a integração da equipe. No segundo encontro foi realizado como aquecimento uma dinâmica axiodramática e de integração, com o objetivo de refletir sobre os valores e preconceitos do grupo. Após essa etapa foi apresentada uma aula sobre sexualidade e vídeos de discriminação e preconceito. No final dessa etapa foi aberto um espaço para o compartilhamento. A terceira sessão foi desenvolvida inicialmente com uma dinâmica de aquecimento que trabalhou as expectativas e metas dos estagiários no CCH. A proposta seguinte foi de um role playing, ou seja, um jogo de papéis que culminou com uma dramatização em grupo, inspirada em 3 (três) histórias fictícias, mas que foram baseadas nas ocorrências cotidianas do CCH. RELATO DA EXPERIÊNCIA 1ª. sessão A primeira atividade foi o aquecimento inespecífico, que serviu para apresentação do grupo. A tarefa era: acender um fósforo e começar a apresentação; quando o fósforo apagasse não poderia mas continuar, passando assim para a próxima pessoa. No final, foi perguntado a todos se teriam algo a acrescentar, mas ninguém sentiu necessidade de complementar. Em seguida, foi feita a apresentação do CCH no data show, e após a apresentação foi realizado o compartilhamento. Na finalização, foi utilizada a dinâmica da pérola, cuja finalidade é compartilhar o que de melhor tem dentro de cada um. Foi explicado que a perola nasce como uma proteção e defesa a um corpo estranho que entra na ostra e a mesma tenta excluir. Que somente quando nos sentimos feridos é que produzimos pérolas. O facilitador solicitou que cada um ofertasse a sua pérola, o que tinha de melhor a oferecer no seu trabalho. Todos colocaram as suas perolas e seguem alguns relatos das falas: A - “Sou orfã de mãe e sofri com autoritarismo do meu pai e minha irmã teve que cuidar da gente, mas ela não agüentou e saiu de casa. Minha mãe morreu e eu tinha oito anos. Hoje me sinto vitoriosa. Sinto que sou o equilíbrio da família” (sic). Compartilhar Z- fala para A - “Você é uma perola”. X – fala da saudade que sente do irmão e da mãe Compartilhar A – X: Fala que saudade passa com o tempo, e que ela aprendeu a lidar com ela. Chora ao relatar as perdas e é acolhida pelo grupo. Z – Ao começar o relato, começa a chorar e comove a todos. “Perdi meu avô, que era mais que um pai, pessoa mais importante da minha vida” (sic). Nesse momento a diretora acolhe e o grupo solidariza com carinhos e abraços. W – “Eu nunca tive perdas, mas sou solidária” (sic). B – “Nunca tive perdas, mas sofri com a separação dos meus pais. Não tenho carinho por ele. Sou orgulhosa e não consigo pensar nos sentimentos e quando penso, me tranco no quarto. Estou aprendendo aqui no CCH” (sic). Compartilhar Z – “B, Voce precisa acreditar mais em você, voce é capaz” (sic). W – “Eu preciso vencer meus preconceitos...”(sic). D – “Eu vou falar sobre um caso que me aconteceu. Eu estava em casa quando meu tio ligou para mim, querendo que eu fosse até a casa da minha avó. Ele mora com ela. Chegando lá, ele disse que não podia conversar ali e que eu subisse na moto para ir a outro lugar. Ela parou na frente do motel e entrou. Eu não tava entendendo nada, mas entrei. Ao chegar lá, ele começou a se declarar e que gostaria de ficar comigo, assustado falei que não era assim e que eu não gostava disso. Sai de lá com nojo de tudo e até hoje não falo com ele” (sic). Após os relatos, foi aberto o compartilhar e solicitado que todos falassem sobre a dinâmica e como estavam se sentindo. Todos elogiaram a dinâmica e disseram que estavam mais unidos, mais perto um do outro. 2ª. Sessão: A segunda sessão começou com uma dinâmica axiodramática e o seu objetivo foi refletir sobre valores e preconceitos sociais. Foram distribuídas cartelas com palavras que geram comentários preconceituosos. Foi dividido o grupo em duplas e as escolhas das cartelas foram aleatórias. Alguns minutos foram dados para a dupla refletir e fazer uma cena ou um debate: um defendia e o outro negava. As palavras escolhidas foram: DROGA, IDOSO, FUMANTE, LÉSBICA e AIDS. Após cada apresentação de dupla, a platéia participava e interagia com o tema. No final das apresentações, foi o momento do compartilhar. Falas colhidas nesta dinâmica: 1ª. dupla (DROGA) – Defesa: “Sou a favor da droga, tudo tem que ser livre, nos somos livres!”(sic). Negação: “Acho que a vida vale mais que qualquer droga e deveria proibir a álcool também” (sic). 2ª. Dupla: (IDOSO) - Foi realizada pela dupla uma dramatização – um diálogo entre pai e filha: (FILHA): - “Pai, você acha certo casar com uma menina de 19 anos/ ela é mais nova que eu! O senhor tem 64 anos, ela só quer o seu dinheiro” (sic). (PAI): - “Minha filha, eu tenho que viver minha vida intensamente, já criei você, você sai e me deixa sozinho..” (sic). 3ª. Dupla:(FUMANTE) – Defesa: “O cigarro tira o estresse e a pessoa fica mais elegante” (sic). Negação: “Mas, mata quem fuma e quem está ao lado” (sic). 4ª. Dupla:(LÉSBICAS) – Foi realizada pela dupla uma dramatização: – (PROFESSORA): “Sou professora, recebi uma homenagem como melhor professora da escola e agora a senhora quer me colocar na secretaria? Só porque uma mãe de uma aluna é homofóbica? Eu nunca falei nada em sala” (sic). (COORDENADORA DA ESCOLA): -“É, mais infelizmente recebi uma reclamação de uma mãe, mesmo sabendo que a senhora tem todos os pré-requisitos do cargo, mas não posso fazer nada” (sic). 4ª. Dupla: (AIDS) – Defesa: “Deveria o Estado fazer mais campanha de conscientização nas escolas, nos eventos e principalmente em propaganda” (sic). Negação – “Quem quiser que faça o seu exame e que tenha a responsabilidade de fazer o controle de sua saúde, e não o Estado”. Após esta dinâmica e dos comentários a seguir, sobre valores e preconceitos, foi realizada a apresentação do tema “Sexualidade e Discriminação” em data show. No final da apresentação foi aberto para uma discussão sobre o tema. 3ª. sessão Iniciou-se com uma dinâmica de aquecimento que trata das expectativas dos estagiários e tem como objetivo estabelecer metas ou um desejo do que quer ser ou alcançar. Foi solicitado que cada pessoa respondesse as seguintes perguntas: (1) O que espero obter deste estágio? (2) Como será a minha contribuição? (3) O que espero que não aconteça? (4) O que a minha Coordenação espera que eu leve desse estágio? Após as respostas foi realizado um compartilhar, com a troca de feedback, fornecida pelo grupo e pela diretora. Algumas colocações dessa sessão: X – Respostas às questões: (1) “Desafio, dá conta da demanda e não estagnar”(sic); (2) “Dar visibilidade à população e ao CCH”(sic); (3) “Não ser transferida”(sic); D – Respostas às questões: (1) “Contribuir e enriquecer o currículo”(sic); (2) “Mostrar os valores fundamentais a eles”(sic); (3) “Compreensão, não passar na frente do outro”(sic). W – Respostas às questões: (1) “Aprendizado”(sic); (2) “Ajudar a combater a homofobia”(sic); (3) “Competição não deve acontecer”(sic). Z – Respostas às questões: (1) “Financeiro e aprendizado na clínica”(sic); (2) “ Me empenhar para fazer o meu melhor”(sic); (3) “Não tenho limites com a execução dos trabalhos”(sic). B – Respostas às questões: (1) “Aprendizado e ganhar experiência”(sic); (2) “Defender os diretos humanos, acolher e divulgar o CCH”(sic); (3) “Não ter desentendimentos no CCH”(sic). F – Respostas às questões: (1) “Aprender a prática”(sic); (2) “Defender e trazer conhecimento da universidade”(sic); (3) “Respeitar o espaço do outro”(sic). A – Respostas às questões: (1) “Vivenciar a teoria e a prática”(sic); (2) “Defender a homossexualidade”(sic); (3) “Ser paquerada por uma mulher”(sic). Z – Respostas às questões: (1) “Aprendizado e ajuda ao próximo”(sic); (2) “Aprender e passar conhecimento, acolher e tirar o preconceito dentro de mim”(sic); B – Respostas às questões: (1) “Ajudar na área de direitos humanos”(sic); (2) “Defender os direitos humanos, acolher e divulgar o CCH”(sic); (3) “Não ter desentendimento no CCH”(sic). Após comentarmos as expectativas do grupo, demos início ao segundo jogo, que teve como objetivo a dramatização dos 3 (três) casos distribuídos, onde foram vivenciados as fases do sociodrama como: aquecimento, dramatização e acolhimento. ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA Enquanto psicóloga e trabalhando na área organizacional, senti necessidade de realizar a capacitação dos estagiários com visão sociodramática organizacional, pois, acredito que por traz de uma instituição, quando este procura um psicólogo para trabalhar uma equipe, espera que o psicólogo traga as respostas concretas e diretas, mas por mais que se saiba que somos seres sociais e que, portanto, estamos sujeitos a qualquer influência do meio, o próprio homem constrói os fatos e é o ator principal dessa realidade. O trabalho foi desenvolvido em três fases. Na primeira fase se deu o aquecimento inespecífico, o qual teve como objetivo a apresentação do grupo e o seu aquecimento. A dinâmica do aquecimento tratava das expectativas dos estagiários e teve como objetivo estabelecer metas. Em seguida foi apresentação do CCH, onde foram explanados os objetivos, metas, conquistas e história do movimento social. Logo após foi desenvolvida uma dinâmica cuja finalidade é compartilhar o que de melhor tem dentro de cada um. No final da primeira sessão, foi utilizada a “dinâmica da pérola” e explicado que esta nasce como uma proteção, em defesa do corpo estranho que entra na ostra, que a mesma tenta excluir e que, metaforicamente, somente quando nos sentimos feridos é que produzimos pérolas. Nesse contexto, foi solicitado que cada um ofertasse a sua pérola, o que tinha de melhor a oferecer no seu trabalho. Nessa fase nos utilizamos, como Moreno salientava, “o Aqui e Agora” e que a importância de se pensar a respeito da interação humana e a compreensão do outro, se colocar no lugar do outro, inverter papéis. Consideramos que após este 1º encontro o grupo fortaleceu seus vínculos, desenvolvendo relações mais próximas, mais télicas e efetivas. A segunda sessão começou com uma dinâmica axiodramática, com o objetivo de refletir sobre valores e preconceitos sociais. Foram trabalhadas palavras que geram comentários preconceituosos. Como citamos anteriormente, foi divido em duplas e distribuídas cartelas aleatórias. Alguns minutos depois, deu-se inicio ao debate: um defendia e o outro negava. As palavras escolhidas foram: DROGA, IDOSO, FUMANTE, LÉSBICA e AIDS. No final das apresentações, foi o momento do compartilhar estes valores. A dinâmica aqueceu para o próximo passo que foi tema da sexualidade. Após uma explanação da sexualidade LGBT, abrimos para o compartilhamento. Moreno chamou essa última fase de “participação terapêutica do grupo”, onde cada elemento pode expressar os seus sentimentos vivenciais de conflitos semelhantes. Na terceira sessão o aquecimento foi direcionado para as expectativas e para estabelecer metas ou desejos do grupo. Logo após o aquecimento foi sorteado entre os grupos três casos fictícios, mas com conteúdo verdadeiro e pedido que eles dramatizassem as histórias, em cenas. O material utilizado foram retalhos de pano de variados tamanhos, mesa, cadeiras e outros assessórios da sala. Percebemos nesta experiência que a dramatização proporciona, segundo Moreno, o autoconhecimento, o resgate da espontaneidade e a recuperação de condição para o interrelacionamento. É o caminho através do qual o indivíduo pode entrar em contato com conflitos, que até então permaneciam em estado inconsciente (GONÇALVES, et all, 1998). O homem traz consigo fatores favoráveis ao seu desenvolvimento, mas no decorrer da vida, a criação, a espontaneidade, podem ser perturbadas por ambientes ou sistemas sociais constrangedores. Nesse contexto, o homem é o agente espontâneo, responsável pela transformação de si e dos contextos sociais. Os papeis sociais que nós exercemos no decorrer da vida, não podem ser limitados. Os papéis devem ser incluídos em três dimensões, os sociais, os psicossomáticos e os psicodramáticos. Ao trabalhar os papeis sociais na dimensão psicodramática na capacitação com os estagiários, notamos que o sociodrama contribuiu para o questionamento sobre fatos ocorridos com eles e, como era difícil falar em público, mediante o aquecimento naquele momento se sentiram acolhidos para relatar fatos pessoais. Para Moreno as palavras são insuficientes para a comunicação humana, e elas sofrem deformações. A ação, ao contrário das palavras, nos colocam em contato direto com os acontecimentos. Nos casos dramatizados pelos estagiários, eles conseguiram vivenciar a dor do outro como se fosse a sua, no “como se”, que para Moreno tem como objetivo tornar o aprendizado mais humano e significativo. Os grupos, ao dramatizarem, vivenciaram vários papeis e ficou demonstrado que, nas vivências dos papeis, eles desenvolveram a criatividade e a espontaneidade. Para Moreno, ao utilizar o role-playing , ou jogos de papeis, os indivíduos atuam a espontaneidade sem medo e ansiedade. Para Drummond e Souza (2008), os jogos servem para maximizar uma questão ou um processo que visa à elaboração ou diagnóstico. E esse foi o objetivo da coordenadora, ao propor os jogos para concretizar um tema que ainda não esteja claro para o grupo. Por serem temas ligados à discriminação e preconceito, os jogos psicodramáticos facilitaram a espontaneidade criadora dos estagiários no contexto da instituição. Na análise do trabalho desenvolvido por nós do Centro de Referência, o sujeito, quando trabalhado no palco, estabelece uma relação coesa consigo mesmo. Para Moreno, o homem não pode viver sozinho, e vivendo com os demais, tem que se adaptar a certas normas de convivência. Essas normas impõem uma maneira de agir, e um modo concreto de aceitar e adotar um papel. Um dado interessante no compartilhar é que, uma estagiária, ao encenar um papel de lésbica, criou mais cenas do que solicitada no script do caso e comentou: “é difícil ficar só no papel, quando a gente vivencia é como se fosse com a gente” (sic). Moreno relata que o indivíduo às vezes escolhe seu papel, outras vezes tem que aceitar o que lhe é imposto; num ou noutro caso, porem, a sociedade lhe exige uma conduta de acordo com esses papeis, uma adaptação. A estagiária, porém, ao vivenciar a lésbica se despiu de preconceito e acolheu todas as mazelas sofridas pela personagem que ela estava encenando. Nas três fases da capacitação, ficou claro que o sociodrama organizacional é um método de ação profunda, que analisa e provoca a catarse coletiva de problemas sociais, permitindo uma análise ciosa das origens profundas das tensões e dos conflitos intergrupais (Moreno, apud Drummond et all, 2008). Observamos ser o Socio-psicodrama um caminho para o conhecimento, para a busca e resgate da espontaneidade, pois nas dramatizações conseguimos externar conflitos que, através de protagonistas, tem como finalidade facilitar o entrar em contato com os conflitos do papel sexual de gays, lésbicas e portadores de AIDS/DSTs. Foi utilizado o role playing e a realidade suplementar, o “como se”. Por outro lado, em outros momentos o grupo pode se colocar como protagonista, ao vivenciar os conflitos grupais ou individuais, usando os seus papeis psicológicos e sociais. Na capacitação foram utilizados jogos dramáticos, onde a fantasia esteve em confronto com a realidade suplementar, e esse encontro aconteceu quando os estagiários foram solicitados para trabalhar a sexualidade. Neste momento, ficou claro que houve um nível de concretização, onde foi identificado um momento dramático da sessão, seguido pelo compartilhar de sentimentos. Podemos observar que tanto o coordenador quanto os estagiários, estão construindo e desconstruído valores e atitudes e, é vivendo papeis que conseguiremos minimizar os efeitos nocivos que o mundo constrói e que as pessoas assimilam, deixando de lado a espontaneidade e a criatividade, aprisionando-se em conservas culturais e preconceitos. À luz da teoria de Moreno, o mundo é construído pela informação e o que sabemos é fruto construído pelo homem no contexto social, onde formas se constroem em cima de valores muitas vezes cristalizados e, portanto: ...a teoria de Moreno propõe uma forma de entendimento das relações na busca de seres saudáveis e felizes. Por meio de representação teatral – na qual a uma pessoa real por traz do personagem, mesmo quando ele é “criado”, pois é representado por um ator, com valores e características assumidas em uma realidade vivida e cristalizada como modo final de realizar ações nesses papéis (DRUMOND, J., SOUZA, A. D, 2008). Mas, é claro que o mundo é vasto de conhecimento técnico-intelectual, e que jamais teremos todo o conhecimento, contudo, precisamos nos basear em novas ações, em novas análises, para a oportunidade de conduzirmos novas escolhas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Segundo Pierre Weil (2003, p. 21), os principais objetivos do psicodrama são: a vivência na tele, a experimentação sociométrica, a libertação e o desenvolvimento da criatividade, a catarse de tensões individuais e grupais, o desenvolvimento de empatia para a tele, a comunicação sem barreiras, o preparo para situações futuras e a regulamentação do controle emocional. O psicodrama tem como base o seguinte tripé: a Fenomenologia como filosofia (o modo de pensar sobre o homem e o mundo); o Hassidismo como filosofia religiosa (em que o divino faz parte do cotidiano); e o Teatro grego, como forma de atuação (DRUMMOND & SOUZA, 2008). Moreno vai buscar no teatro e especificamente no Teatro Espontâneo e no Jornal dramatizado as técnicas básicas que vão lhe ajudar a compor os métodos socionômicos, entre eles o Sociodrama, que é o alvo do nosso trabalho, pois se refere ao tratamento dos grupos sociais. Neste contexto, como trabalhamos com a área social e de direitos humanos, com a população LGBT e portadores de DST/AIDS, necessitamos treinar nossos atores sociais, nossa equipe de estagiários, jovens que estão aprendendo a lidar com esta nova e provocante realidade. Consideramos que a capacitação dos estagiários desenvolvida atingiu os objetivos esperados, cujos efeitos ainda estão em processo e andamento, mas, através da aplicação do sociodrama neste treinamento, ficou explicitado de maneira breve que o sociodrama organizacional pode nos ajudar a desenvolver o potencial humano pela promoção da espontaneidade e criatividade, facilitar a integração da equipe de trabalho, fortalecer vínculos, trabalhar emoções e expectativas relativas ao papel profissional emergente, questionar atitudes e decisões, mitos, valores, preconceitos, conhecimentos, etc. A equipe acolheu todo processo sociodramático que o coordenador dirigiu. Ao término do trabalho, foi aberto um tempo para a avaliação e o compartilhamento em grupo, onde também a coordenadora forneceu um loveback e um feedbak aos estagiários. Esse trabalho de Capacitação desenvolvido pelo CCH é de fundamental importância, pois o público alvo desse atendimento é vulnerável e frequentemente sofre preconceito por sua orientação sexual, seja no trabalho, na escola, nas universidades, na família ou da própria sociedade, que não os vê, ou melhor, no contexto social, são pessoas invisíveis ou excluídas. Por esses motivos, a capacitação dos estagiários do Centro, além de promover conhecimento específico e histórico do movimento LGBT, provoca um novo olhar nos direitos humanos, não só visando o movimento LGBT, mas na visibilidade das minorias. A capacitação também alcançou o objetivo que era conhecer a equiparação de direitos, do combate à violência e à discriminação homofóbicas, respeitando a especificidade de cada um desses grupos populacionais. Assim, os estagiários e a técnica do CCH, nas três fases da capacitação, compartilharam e vivenciaram através do sociodrama um pouco da realidade do mundo “invisível” ou subjetivo do público LGBT. Com o olhar diferente que os novos estagiários demonstraram no compartilhar nos momentos finais das atividades propostas, e com a certeza de que é através do conhecimento do novo ou do não conhecido, que nós, do Centro de Referência, vamos elaborar outras capacitações para os próximos anos. Esta experiência foi apenas uma semente a ser semeada. A continuidade do trabalho a ser desenvolvido será de fundamental importância para o crescimento do respeito à diversidade sexual, e também no que tange os Direitos Humanos. REFERÊNCIAS ANDRADE, C. A. S. Capacitar é fortalecer lideranças. Disponível em: http://www.forumseguranca.org.br/artigos/capacitar-e-fortalecer-liderancas#c1635 Acessado em: 20 de fev. 2009. BECKERT, Mara. Pacheco; Pacheco,Luiza; Scofano, Anna Cherubina. 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