Bem-vindo ao São Judas
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Bem-vindo ao São Judas
A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 2 | DEZ 2009 Eu Faço Assim Os pequenos investigam os bichinhos de jardim No Meu Tempo... Médica, feliz e com saudade do colégio On-line O São Judas agora no Twitter! Bem-vindo ao São Judas carta ao leitor Fotomontagem Dezembro 2009 | nº 2 A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 2 | DEZ 2009 Reportagem de Capa A escola é um lugar onde todos são bem-vindos e que deve garantir o bem-estar e o aprendizado dos alunos. Por isso, é importante trabalhar o respeito à diversidade EU FAÇO ASSIM Os pequenos investigam os bichinhos de jardim NO MEU TEMPO... Médica, feliz e com saudade do colégio 4 ON-LINE O São Judas agora no Twitter! Bem-vindo ao São Judas 8 Eu Faço Assim Projeto da Educação Infantil ensina sobre bichinhos de jardim 10 Aluna Repórter Interdisciplinaridade nas aulas do São Judas: como e por quê? expediente Colégio SÃO JUDAS TADEU Rua Clark, 213 - Mooca São Paulo - SP - 03167-070 fone: 11 2174.6422 | Fax 11 2174.6424 [email protected] www.saojudas.br SUPERVISÃO GERAL Ivan Galvão Bueno Trigueirinho 10 São Judas on-line Agora o colégio pode ser acompanhado no Twitter! 10 Fique por Dentro Novas instalações para os pequenos e transporte Leva e Traz 11 No Meu Tempo Maithê, médica dedicada e realizada, conta suas histórias 12 Escola Cheia de Vida Arquivo pessoal Dito Dog: três décadas de sucesso CONSELHO EDITORIAL Cesar Farid Haddad Domingos da Silva Biondi Erica Camocardi Licastro Reginaldo Rodrigues de Oliveira REVISÃO José Paulo Ferrer PROJETO GRÁFICO Fred Barbour [email protected] IMPRESSÃO Duocollore www.duocollore.com.br fone: 11 2093.7879 CRIAÇÃO, COORDENAÇÃO E TEXTO So Ham – Comunicação para Educação www.sohamcomunicacao.com.br fone: 11 3542.8322 Geração São Judas | dez.09 A escola de portas abertas C aro leitor, Nesta edição, tenho a alegria de apresentar o tema da reportagem de capa A primeira palavra: bem-vindo. Todos os anos, novos estudantes chegam ao Colégio São Judas Tadeu, tornando mais rica a convivência entre alunos, educadores e funcionários. Falamos sobre por que cada um é importante e sobre como a escola lida com a diversidade e o respeito em suas ações. Vamos contar histórias interessantes, de alunos estrangeiros que, depois da ansiedade inicial, hoje estão completamente felizes e adaptados. Você vai poder ler também a respeito do projeto Bichinhos de Jardim, feito com os pequenos da Educação Infantil. Depois dele, as crianças deixaram de matar os insetos que vivem no jardim da escola, pois entenderam a importância de preservar a vida e o meio ambiente. Conheça, ainda, a Maithê, uma médica supercompetente, que ama o que faz, e que tem ótimas memórias do seu tempo no São Judas. A aluna repórter desta edição é Thaís Betim, do 3º ano de Administração. Ela fala do que é o trabalho interdisciplinar desenvolvido na escola. Na última página, o assunto é uma delícia: contamos um pouco da história do Dito Dog. Você sabe há quanto tempo ele trabalha ao lado da escola? Tem ideia de como tudo começou? Por fim, é com orgulho que comunico a inauguração da nossa seção de cartas. Aqui ao lado, você poderá conferir o que os nossos estudantes e funcionários estão achando da nova revista. E, claro, não deixe de dar a sua contribuição, mandando mensagens para o endereço no box ao lado. Um abraço, A reprodução de textos desta edição é permitida, exclusivamente para uso editorial, desde que citada a fonte. Textos assinados e fotos com crédito identificado somente podem ser reproduzidos com autorização, por escrito, de seus autores. 2 a vez do leitor Ivan Trigueirinho Diretor do Colégio São Judas Tadeu Sobre o nome Quando recebi a revista, de imediato gostei do nome. Geração São Judas engloba todos os estudantes, de qualquer série. Fiquei curiosa e queria ver como era. Gostei. Victória, 9EFMA Novo canal O Colégio fez bem em criar um veículo de comunicação para alunos, funcionários e comunidade. A revista vai se tornar uma ferramenta importante para divulgar as atividades do colégio. José, inspetor 7º EFTA opina Achamos a revista bacana, mas faltam mais fotos e cores. Os textos podem ser mais de interesse dos jovens, como dicas de filmes, bandas e shows da escola, eventos e esportes. Curtinha Acho que a revista deveria ter mais páginas e sair mais vezes durante o ano. Por enquanto, parabéns pela revista inaugural! Caroline, 9EFMA À Tia Con A senhora ficou linda na foto, nós adoramos. Seguimos muitos dos seus ensinamentos em nossa casa, como respeito e humildade. Temos orgulho de fazer parte dessa família. Mamãe Silvana e Catharina, 4EFTB Se quiser participar de nossa revista, escreva para [email protected] e sugira uma reportagem ou indique algum assunto de seu interesse para as seções. Geração São Judas | dez.09 3 reportagem de capa A primeira palavra: “ BEM-VINDO ” Receber de braços abertos quem chega à escola e trabalhar no cotidiano a diversidade e o respeito: premissas do Colégio São Judas Tadeu Fotomontagem E 4 Geração São Judas | dez.09 m 2001, foi lançado um documentário chamado “Promessas de um Novo Mundo”, que conta a história de sete crianças israelenses e palestinas. O filme revela que o ódio passado de geração em geração criou um precipício entre as crianças que moram na região, separadas por suas crenças religiosas, por muros e por barreiras com soldados armados. Porém, ao proporcionar o encontro entre pequenos palestinos e judeus, os diretores do filme mostraram que, em algum momento, a intolerância pode ser questionada – e, quem sabe um dia, vencida – pela lógica simples das crianças. O mais lamentável, porém, é observar a angústia, o ódio e as dúvidas criadas na cabeça de seres humanos tão jovens. Um deles disse: “Eu sinto tanta raiva que parece que meu coração vai explodir”. Com 8 anos de idade, esse menino deveria estar preocupado com o resultado do futebol, com a lição de casa ou com o que tem de gostoso no jantar. Perceber que a intolerância – em menor ou maior grau – é fruto de construções sociais e que é algo transmitido pelos adultos é fundamental. É certo que vivemos em um país multicultural, que acolhe pessoas do mundo inteiro e que é formado pela rica mistura entre povos e culturas. No entanto, saber trabalhar a diversidade na escola é premissa para qual- quer instituição que preze o desenvolvimento pleno de seus estudantes. É também dever de todos consolidar cada vez mais valores como respeito e tolerância, para que nossa sociedade nunca corra o risco de tornar-se berço da discriminação. Por isso, no Colégio São Judas Tadeu, a primeira palavra que se diz a todo e qualquer estudante – e seus familiares – é “bem-vindo”. Por princípio, a escola é um lugar para todos e para todas. Primeiras experiências É no ambiente escolar que, desde cedo, as crianças estabelecem relações afetivas e sociais que muito contribuirão para sua formação como adultos e cidadãos. É justamente por isso que existe uma forte preocupação dos educadores para garantir um lugar de respeito e de acolhida. Isso não significa ser apenas um ambiente bacana, como o clube ou a casa da avó. Afinal, o objetivo primeiro da escola é o aprendizado de seus alunos. Os jovens Diogo Joaquim Moreira, de 10 anos, e Rute Moreira, de 15 anos, chegaram de Portugal há bem pouco tempo e foram matriculados no São Judas para cursar o segundo semestre de 2009. A mãe deles, Maria Isabel Carvalho Moreira, conta que, no início, temia que os filhos não se adaptassem. “Isso Geração São Judas | dez.09 5 reportagem de capa passou logo na primeira visita ao colégio. Na entrevista com a diretora Conceição, notei que meu filho ficou muito à vontade. Fiquei tranquila com o modo como ela o tratou. Nós íamos visitar mais uma escola naquele dia, mas o Diogo não quis nem saber. Disse que era ali que queria estudar”, lembra Maria Isabel. Os colegas de classe de Diogo também foram muito acolhedores. “Foi estimulante para a turma. Apesar de falarmos o mesmo idioma, o sotaque e a diferença no vocabulário tornavam difícil a compreensão do que ele falava. Isso deu pano pra manga. Eles passaram a conversar sobre palavras e expressões de cada país e suas diferenças e a falar sobre as brincadeiras das crianças portuguesas”, conta Marcela Guimarães Fante, professora do Diogo no 5º ano. Tímido, o menino não permitia que a professora o abraçasse ou beijasse para cumprimentá-lo, como faz com toda a turma. “No fim do ano, fizemos um amigosecreto de chocolate. Foi muito bonito, pois ele permitiu contato físico e se mostrou à vontade. O Diogo está feliz e vai muito bem nas aulas”, afirma Marcela. “Quando eu soube que a gente viria para o Brasil, achei ótimo. Eu estava curioso, mas fiquei mal por ter de deixar meus amigos”, conta Diogo. “No primeiro dia de aula, fiquei um pouco nervoso. Minha outra escola era menor e o São Judas é enorme. Mas logo me enturmei e a tia Conceição agora brinca dizendo que eu já estou no esquema”, conta. A socialização e o bem-estar do aluno são fundamentais. No entanto, como já dito, o objetivo primordial da escola é o compromisso com o aprendizado dos alunos. “Nossa expectativa como pais era que as matérias dadas fossem da melhor qualidade possível, bem como o preparo dos docentes. Estamos satisfeitos porque, apesar de no Brasil a carga horária ser metade da carga da Europa, notamos que os conteúdos passados nesse primeiro semestre de aulas foram consistentes”, afirma o pai Joaquim Jorge Oliveira Moreira. O casal tem, além de Diogo e Rute, uma filha universitária que estuda na Inglaterra. Para que Rute, que 6 Geração São Judas | dez.09 agora está matriculada no Ensino Médio, possa seguir os passos da irmã, a família levou em consideração a qualidade do ensino, que, segundo eles, deveria estar no mesmo nível da educação européia. “Contou muito também o fato de haver a oferta do ensino superior. Nossa meta é que a Rute entre na Universidade de São Judas Tadeu e, depois, possa se matricular na Inglaterra”, afirma. Para a jovem, a mudança não foi nada fácil. Mas ela já está bem adaptada. “O mais difícil foi deixar meus amigos. Fiquei bem triste. Mas estou bem nas aulas e já até tenho três amigonas, que me ajudam no que eu preciso e me explicam tudo sobre a cidade, o jeito de falar e os hábitos”, conta. Idioma não é barreira Diferentemente da experiência dos dois jovens portugueses, que se mudaram para um país com o mesmo idioma, duas pequenas gêmeas chinesas precisaram de um pouquinho mais de tempo para se adaptarem. Mas não pense que o idioma foi um problema. A professora Alessandra de Lourdes Marques Balbino, que deu aulas para as duas em 2009 no 2º ano, contou que a presença das meninas foi enriquecedora. “Foi o primeiro ano delas na escola. No começo, as garotas da turma escreviam bilhetinhos para elas em português, com desenhos. Com o tempo, as duas começaram a fazer seus textos em chinês e, depois, já arriscavam escrever em português também”, conta. Hoje, as irmãs acompanham muito bem as aulas. No fim do ano, naturalmente, elas tiveram mais dificuldade com a escrita, mas o rendimento escolar foi excelente, segundo a educadora. Como os pais das meninas também estão há pouco tempo no país, Alessandra adapta os bilhetes que lhes envia para facilitar a compreensão, usando números, desenhos e símbolos. Quando necessário, a mãe comparece na escola com o tio das meninas, que atua como tradutor. E assim o trabalho pedagógico caminha, sem atropelos. Fotos: arquivo pessoal Explorando o novo lugar: no Museu do Ipiranga, a família portuguesa conhece o ponto turístico de São Paulo Xiao Jie Zhu, acima, e Wang Mei Ling, ao lado: sorridentes, as irmãs chinesas posam para a foto de matrícula do colégio Alessandra afirma que, como docente do São Judas, atua na perspectiva da solidariedade e do respeito às diferenças. “Uso as oportunidades que surgem em sala de aula, não só com as meninas, mas com os demais alunos, para tratar de questões como qualidades e limitações de cada um, mostrando que todos nós precisamos de ajuda e podemos ajudar”, conta a professora. “Não coloco o foco apenas nelas. Mostro que diferente todo mundo é, seja na constituição familiar, no idioma, na religião, no pensamento, na cor ou na escolha do time de futebol”, explica. Para isso, Alessandra afirma que é preciso estudar, ter um número adequado de alunos por sala e conhecer bem o processo de alfabetização das crianças para garantir o aprendizado. Ter esse cuidado ao abordar as diferenças é importante para não reduzir a questão apenas à origem geográfica ou a um outro fator qualquer. Quando um aluno não participa dos festejos de Natal porque isso não é tradição em sua religião, por exemplo, o educador pode incentivar a troca de informações entre os alunos. Mas não colocando aquele aluno específico na posição de diferente dos demais. O trabalho é incentivar que ele fale de algo natural em sua vida, sendo que os demais também podem fazer o mesmo. Simples assim. Na adolescência Se com crianças menores os assuntos sobre as diferenças aparecem naturalmente nas brincadeiras e nas conversas, já entre os adolescentes a questão é mais delicada. A vergonha e a timidez, típicas dessa etapa da vida, requerem dos educadores estratégias diferen- tes para a abordagem em sala de aula. A professora de Língua Portuguesa Maria Paula Del Bianco, do Ensino Fundamental II, explica que usa textos e filmes para tratar de questões como respeito e diversidade. Ela tem, por exemplo, alunos cujos pais são de origem grega, japonesa, libanesa... Nos 34 anos em que leciona na escola, pelas suas mãos já passaram estudantes de várias origens, etnias, classes sociais e religiões. E ela afirma que, com adolescentes, não adianta dar sermão. Por isso, utiliza textos e filmes e provoca, em seguida, reflexões entre os alunos. Quando é preciso, ela compara o que foi visto com situações e atitudes do cotidiano, para que cada um pense sobre suas ações e possa construir uma conduta ética e pacífica para sua vida. • Assista Promessas de um Novo Mundo (Promises), 2001 (Israel, EUA, Palestina) Diretores: Justine Arlin, Carlos Bolado, B.Z. Goldberg, 116 min, documentário Geração São Judas | dez.09 7 Arquivo pessoal eu faço assim N por Cibele Cortelli Trigueirinho* Bichinhos de jardim o início de 2009, comecei o projeto Bichinhos de Jardim com as professoras da unidade Dente de Leite, do Colégio São Judas Tadeu, e suas respectivas turmas. O objetivo foi proporcionar às crianças a observação de pequenos seres que habitam o jardim da escola e que, muitas vezes, passam despercebidos. Foram estudados o tatu-bola, a minhoca, a lagartixa, o caracol, a joaninha, o grilo, a lagarta, a borboleta, a abelha, a formiga, a centopeia, o besouro, o vaga-lume, a lesma, a cigarra e a aranha. Participaram do trabalho nove turmas: maternal (1 ano e meio), infantil 1 (3 e 4 anos), infantil 2 (4 e 5 anos) e 1º ano do Ensino Fundamental (5 e 6 anos). Considero a pedagogia de projetos uma das mais avançadas propostas educacionais. Com ela, é possível estruturar o ensino e a aprendizagem com maior articulação de informações, sem perder de vista a individualidade dos alunos e a interdisciplinaridade na construção do conhecimento. O primeiro passo foi estruturar as etapas do trabalho e compartilhar com todos – professores, crianças, pais e responsáveis e demais funcionários da escola. Pedi ajuda especial aos adultos para capturar os bichos mais comuns nos jardins. Conforme as doações chegavam, íamos montando um pequeno terrário. Os pequenos aprenderam a não matar mais as formigas e os outros animais que habitam os jardins. Projeto ensina a crianças sobre a vida de pequenos seres encontrados no parque Com ele, foi possível demonstrar a diferença entre os bichos, citando que a maioria deles pertence à classe dos insetos. Também aproveitamos para estudar sobre o hábitat de cada um, o modo e o ciclo de vida, a metamorfose e as utilizações dadas pelos homens às produções de alguns (como mel, seda e húmus). Os pequenos viram que o terrário é apropriado para a realização de investigações, mas que era preciso devolver os bichos capturados ao local de origem após o período de pesquisa. É fundamental que as crianças percebam a importância de Aluna da Ed. Infantil exibe produções: resultado de suas aprendizagens respeitarmos a vida e o meio ambiente, desenvolvendo a consciência ecológica. À medida que elas se familiarizaram com os pequenos seres, foram confeccionando um grande painel com desenhos e registros das falas delas durantes as observações. Para tornar o trabalho mais interessante, a cada mês foi dado destaque a um bichinho por meio da leitura de poesias, fábulas e contos. Textos de grandes autores como Vinicius de Moraes, Cecília Meireles e Elias José foram compartilhados. Após cada roda de leitura, as crianças foram estimuladas a representar os animais com sucatas, tintas, recortes e colagens, massinhas de modelar etc. Cada turma também teve como missão preparar uma poesia, que foi apresentada em outubro, durante a semana de comemoração do Dia da Criança. Nessa etapa, aproveitamos para abordar temas como sentimentos de rejeição e acolhimento, amizade e caridade. Com o projeto Bichinhos de Jardim, as crianças agora respeitam mais os pequenos animais e aprenderam a não matar mais as formigas e os outros seres que habitam os jardins. Antes, era comum vê-las passar com suas motocas por cima dos animais indefesos que encontram no parque na hora do lanche e das atividades externas. • * Cibele é diretora da unidade Dente de Leite, do Colégio São Judas Tadeu. 8 Geração São Judas | dez.09 Geração São Judas | dez.09 9 Novas instalações aluna repórter Thaís Betim, aluna do 3º ano de Administração Arquivo pessoal Interdisciplinaridade é a palavra de ordem V ivemos em uma época em que a dispersão de valores é o maior obstáculo para o ser humano. Ética e cidadania, por exemplo, estão sendo banidas e deixadas de fora da formação dos indivíduos. Para impedir que isso continue acontecendo, instituições sociais, como a escola, se sensibilizam cada vez mais com o tema e tentam mudar a situação. Aqui, no Colégio São Judas Tadeu, todos os professores têm a preocupação de propor trabalhos com temáticas que proporcionem aos alunos desenvolver o respeito à opinião alheia e a ética na atuação profissional. Para colocar isso em prática, o São Judas propõe a interdisciplinaridade por meio de atividades realizadas pelos estudantes das áreas de humanas e exatas, mais especifica- mente pelos formandos dos cursos de Publicidade, Administração, Informática e pelos jovens do 1º ano de humanas. Os projetos desenvolvidos são apresentados na Mostra de Trabalhos Interdisciplinares, que este ano ocorreu no dia 13 de outubro, no auditório da Universidade São Judas Tadeu. A nona edição do evento contou com a presença de pais, estudantes, professores, convidados e diversos profissionais das áreas de Administração, Publicidade e Informática, que tiveram a missão de avaliar os trabalhos apresentados. Essa experiência nos mostra que a interdisciplinaridade é fundamental para compreendermos as relações de ética e respeito no mundo profissional, competências que serão exigidas de nós no mercado de trabalho. • São Judas on-line | www.csjt.com.br CSJT no Twitter é uma das mais recentes ferramentas de comunicação da internet. Com ela, é possível publicar pequenos textos (de até 140 caracteres) e acompanhar as atualizações da rede de contatos. O Colégio São Judas Tadeu já aderiu à nova mídia. Para seguir as notícias da escola, acesse twitter.com/CSJT. 10 Geração São Judas | dez.09 Em 2010, as instalações da unidade Dente de Leite, que atende turmas de Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental, terão um novo endereço. Elas serão transferidas para o prédio em que ficam os demais anos do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Com isso, os pequenos terão acesso à mesma infraestrutura oferecida aos maiores, como piscinas e quadras. O espaço será isolado dos outros níveis de ensino. O portão de acesso e o horário de entrada e de saída também serão diferenciados. Todos os ambientes foram adaptados, garantindo que as crianças recebam o atendimento adequado para a faixa etária. As matrículas já estão abertas para o próximo ano, lembrando que crianças a partir de 1 ano e meio são aceitas. Transporte gratuito O Transporte Leva e Traz serve aos alunos do Colégio São Judas Tadeu há mais de 20 anos. Trata-se de um serviço prestado pela escola para quem mora no bairro do Tatuapé ou para os que vêm e vão de metrô. Qualquer estudante pode utilizálo: basta fazer a carteirinha apresentando o comprovante de matrícula na sala da diretoria e informar o curso e o ano. Se você se interessou, fique atento aos horários, pontos de partida e destinos. Destino: Colégio São Judas Tadeu Ponto de partida: Pça. N. Senhora do Bom Parto Horário: às 6h30 Destino: Colégio São Judas Tadeu Ponto de partida: Metrô Belém Horário: às 7h Destino: Metrô Belém Ponto de partida: Colégio São Judas Tadeu Horário: às 11h45 Destino: Metrô Bresser Ponto de partida: Colégio São Judas Tadeu Horário: às 12h40 Destino: Metrô Bresser Ponto de partida: Colégio São Judas Tadeu Horário: às 13h15 no meu tempo... Nerd, sim. E muito feliz! No São Judas, Maithê sempre tirava 10, se divertia e aprendia a viver S into um carinho especial pelo São Judas, pois ali vivi bons momentos e aprendi a cultivar as amizades e a ser ética na minha vida pessoal e profissional. Ingressei na 1ª série, com 7 anos. Como morava pertinho, da janela do meu quarto era possível ouvir o sinal da escola. Que saudade! Daquela época, ainda tenho quatro grandes amigos e, vez ou outra, encontro alguns professores, como a Cleide, de Ciências, e o Ribeiro, de Química. Ele era como um pai, em quem eu confiava e com quem podia falar sobre família, religião e valores. Minha mãe, Maria Therezinha Pimentel Tomarchio, é professora de piano do Colégio e também me conta as novidades por lá. Eu amava as aulas de Língua Portuguesa, com o Dagô, e as de Matemática, com o Levi. A verdade é que eu era uma nerd! Tirava 10 em tudo e achava o máximo. Meu pai vivia dizendo para eu parar um pouco de estudar. Mas eu não vivia só entre livros. Fazia esporte, viajava e ia para a balada. Já no Ensino Médio, sabia que queria ser médica e, por isso, optei pelo curso regular. Passei em duas universidades que ficavam fora de São Paulo e não me matriculei, pois não queria ficar longe da família. Fiz um ano de cursinho e ingressei na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santos. Seis anos depois, passei numa prova federal e me tornei médica da Aeronáutica. Depois de formada, fiz três especializações. Hoje, tenho dez empregos. Calma! Minha vida é corrida, mas sobra tempo para viajar e passear bastante. • aithê Pimentel Tomarchio tem 30 anos. É médica e 1ª tenente da Aeronáutica. Ao concluir medicina, especializou-se em clínica médica, UTI (medicina intensiva) e endocrinologia. Atua em hospitais da capital paulista, em uma academia de ginástica, em uma clínica particular e em seu consultório. Também é preceptora de clínica médica, ou seja, leciona para médicos recém-contratados do Sistema Único de Saúde (SUS), na prefeitura. É solteira e não tem filhos. Mora com a mãe e ama viajar. Estudou no Colégio São Judas Tadeu entre 1986 e 1997 (da 1ª série ao Ensino Médio). Contato: [email protected] Fotos: arquivo pessoal fique por dentro Geração São Judas | dez.09 11 escola cheia de vida Você já comeu no Dito? O dono da famosa barraca de cachorro-quente instalada nos arredores do São Judas enfatiza seu respeito e gratidão pela escola V anderlei Benedito Pavão tem 61 anos e está instalado nos arredores do Colégio São Judas Tadeu há 32 anos. Para quem ainda não o conhece, ele é o dono da famosa barraca Dito Dog, procurada por alunos e funcionários da escola que querem um caprichado lanche. Até mesmo ex-alunos aparecem para relembrar o sabor do cachorro-quente preparado por ele e sua mulher, Maria Aparecida Gerônimo Pavão, de 60 anos. De tão famoso, o hot dog ganhou uma comunidade no site de relacionamento Orkut chamada “Eu Já Comi no Dito”, que tem 620 integrantes. O segredo de tanto sucesso, segundo o proprietário do negócio, é a alta qualidade. “Os produtos são de primeira linha”, conta. “Além disso, minha esposa acorda às 4 horas da manhã para preparar todos os molhos e fazer a maionese.” O vendedor também aposta no bom rela- cionamento com os clientes. “Sou honesto e amigo de todos”, revela. Em seu pequeno comércio, não há bebida alcoólica, cigarro e bagunça. Dito lembra que o início não foi fácil. Em agosto de 1977, aos 28 anos, ele encostou seu carrinho de cachorroquente em frente a um lava-rápido, nas redondezas. Dois anos depois, precisou procurar outro ponto. A troca foi boa, pois conseguiu um lugar mais perto de sua clientela, bem ao lado da escola. Mais dois anos e o comerciante pôde investir na compra de uma barraca e oferecer mais opções de alimentação, como os lanches de carne louca, os crepes e as minipizzas. Em 1987, a fama do Dito Dog já era grande e isso encorajou seu criador a expandir ainda mais os serviços. Com a ajuda da família, Dito montou um pequeno buffet. “Devo ao Colégio São Judas Tadeu tudo o que tenho”, completa. •