Bem-vindo ao São Judas

Transcrição

Bem-vindo ao São Judas
A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 2 | DEZ 2009
Eu Faço Assim
Os pequenos
investigam
os bichinhos
de jardim
No Meu Tempo...
Médica, feliz e com
saudade do colégio
On-line
O São Judas agora
no Twitter!
Bem-vindo ao São Judas
carta ao leitor
Fotomontagem
Dezembro 2009 | nº 2
A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano I – Nº 2 | DEZ 2009
Reportagem de Capa
A escola é um lugar onde todos são bem-vindos
e que deve garantir o bem-estar e o aprendizado
dos alunos. Por isso, é importante trabalhar
o respeito à diversidade
EU FAÇO ASSIM
Os pequenos
investigam
os bichinhos
de jardim
NO MEU TEMPO...
Médica, feliz e com
saudade do colégio
4
ON-LINE
O São Judas agora
no Twitter!
Bem-vindo ao São Judas
8
Eu Faço Assim
Projeto da Educação Infantil ensina sobre bichinhos de jardim
10
Aluna Repórter
Interdisciplinaridade nas aulas do São Judas: como e por quê?
expediente
Colégio SÃO JUDAS TADEU
Rua Clark, 213 - Mooca
São Paulo - SP - 03167-070
fone: 11 2174.6422 | Fax 11 2174.6424
[email protected]
www.saojudas.br
SUPERVISÃO GERAL
Ivan Galvão Bueno Trigueirinho
10
São Judas on-line
Agora o colégio pode ser acompanhado no Twitter!
10
Fique por Dentro
Novas instalações para os pequenos e transporte Leva e Traz
11
No Meu Tempo
Maithê, médica dedicada e realizada, conta suas histórias
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Escola Cheia de Vida
Arquivo pessoal
Dito Dog: três décadas de sucesso
CONSELHO EDITORIAL
Cesar Farid Haddad
Domingos da Silva Biondi
Erica Camocardi Licastro
Reginaldo Rodrigues de Oliveira
REVISÃO
José Paulo Ferrer
PROJETO GRÁFICO
Fred Barbour
[email protected]
IMPRESSÃO
Duocollore
www.duocollore.com.br
fone: 11 2093.7879
CRIAÇÃO, COORDENAÇÃO E TEXTO
So Ham – Comunicação para Educação
www.sohamcomunicacao.com.br
fone: 11 3542.8322
Geração São Judas | dez.09
A escola de
portas abertas
C
aro leitor,
Nesta edição, tenho a alegria de apresentar o tema da reportagem de capa A primeira palavra: bem-vindo. Todos os anos,
novos estudantes chegam ao Colégio São Judas Tadeu, tornando
mais rica a convivência entre alunos, educadores e funcionários.
Falamos sobre por que cada um é importante e sobre como a
escola lida com a diversidade e o respeito em suas ações. Vamos contar histórias interessantes, de alunos estrangeiros que,
depois da ansiedade inicial, hoje estão completamente felizes e
adaptados.
Você vai poder ler também a respeito do projeto Bichinhos de
Jardim, feito com os pequenos da Educação Infantil. Depois dele,
as crianças deixaram de matar os insetos que vivem no jardim
da escola, pois entenderam a importância de preservar a vida e
o meio ambiente. Conheça, ainda, a Maithê, uma médica supercompetente, que ama o que faz, e que tem ótimas memórias do
seu tempo no São Judas.
A aluna repórter desta edição é Thaís Betim, do 3º ano de Administração. Ela fala do que é o trabalho interdisciplinar desenvolvido na escola. Na última página, o assunto é uma
delícia: contamos um pouco da história do Dito Dog.
Você sabe há quanto tempo ele trabalha ao lado da escola? Tem ideia de como tudo começou?
Por fim, é com orgulho que comunico a inauguração da nossa seção de cartas. Aqui ao lado, você poderá conferir o que os nossos estudantes e funcionários
estão achando da nova revista. E, claro, não deixe de
dar a sua contribuição, mandando mensagens para o
endereço no box ao lado.
Um abraço,
A reprodução de textos desta edição é permitida,
exclusivamente para uso editorial, desde que citada
a fonte. Textos assinados e fotos com crédito
identificado somente podem ser reproduzidos
com autorização, por escrito, de seus autores.
2
a vez do leitor
Ivan Trigueirinho
Diretor do Colégio São Judas Tadeu
Sobre o nome
Quando recebi a revista, de
imediato gostei do nome. Geração
São Judas engloba todos os
estudantes, de qualquer série.
Fiquei curiosa e queria ver como
era. Gostei.
Victória, 9EFMA
Novo canal
O Colégio fez bem em criar um
veículo de comunicação para
alunos, funcionários e comunidade.
A revista vai se tornar uma
ferramenta importante para
divulgar as atividades do colégio.
José, inspetor
7º EFTA opina
Achamos a revista bacana, mas
faltam mais fotos e cores. Os
textos podem ser mais de interesse
dos jovens, como dicas de filmes,
bandas e shows da escola, eventos e
esportes.
Curtinha
Acho que a revista deveria ter mais
páginas e sair mais vezes durante o
ano. Por enquanto, parabéns pela
revista inaugural!
Caroline, 9EFMA
À Tia Con
A senhora ficou linda
na foto, nós adoramos.
Seguimos muitos dos
seus ensinamentos
em nossa casa, como
respeito e humildade.
Temos orgulho de fazer
parte dessa família.
Mamãe Silvana
e Catharina, 4EFTB
Se quiser participar de nossa
revista, escreva para
[email protected]
e sugira uma reportagem
ou indique algum assunto
de seu interesse para as seções.
Geração São Judas | dez.09
3
reportagem de capa
A primeira palavra:
“ BEM-VINDO ”
Receber de braços abertos quem chega à escola
e trabalhar no cotidiano a diversidade e o respeito:
premissas do Colégio São Judas Tadeu
Fotomontagem
E
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Geração São Judas | dez.09
m 2001, foi lançado um documentário chamado “Promessas
de um Novo Mundo”, que conta
a história de sete crianças israelenses e palestinas. O filme revela que o ódio passado de geração em
geração criou um precipício entre as
crianças que moram na região, separadas por suas crenças religiosas, por
muros e por barreiras com soldados
armados. Porém, ao proporcionar o
encontro entre pequenos palestinos
e judeus, os diretores do filme mostraram que, em algum momento, a
intolerância pode ser questionada –
e, quem sabe um dia, vencida – pela
lógica simples das crianças.
O mais lamentável, porém, é observar a angústia, o ódio e as dúvidas
criadas na cabeça de seres humanos
tão jovens. Um deles disse: “Eu sinto tanta raiva que parece que meu
coração vai explodir”. Com 8 anos
de idade, esse menino deveria estar
preocupado com o resultado do futebol, com a lição de casa ou com o
que tem de gostoso no jantar.
Perceber que a intolerância – em
menor ou maior grau – é fruto de
construções sociais e que é algo transmitido pelos adultos é fundamental. É certo que vivemos em um país
multicultural, que acolhe pessoas do
mundo inteiro e que é formado pela
rica mistura entre povos e culturas.
No entanto, saber trabalhar a diversidade na escola é premissa para qual-
quer instituição que preze o desenvolvimento pleno de seus estudantes.
É também dever de todos consolidar
cada vez mais valores como respeito
e tolerância, para que nossa sociedade nunca corra o risco de tornar-se
berço da discriminação.
Por isso, no Colégio São Judas
Tadeu, a primeira palavra que se diz
a todo e qualquer estudante – e seus
familiares – é “bem-vindo”. Por
princípio, a escola é um lugar para
todos e para todas.
Primeiras experiências
É no ambiente escolar que, desde cedo, as crianças estabelecem
relações afetivas e sociais que muito contribuirão para sua formação
como adultos e cidadãos. É justamente por isso que existe uma forte
preocupação dos educadores para
garantir um lugar de respeito e de
acolhida. Isso não significa ser apenas um ambiente bacana, como o
clube ou a casa da avó. Afinal, o objetivo primeiro da escola é o aprendizado de seus alunos.
Os jovens Diogo Joaquim Moreira, de 10 anos, e Rute Moreira,
de 15 anos, chegaram de Portugal
há bem pouco tempo e foram matriculados no São Judas para cursar
o segundo semestre de 2009. A mãe
deles, Maria Isabel Carvalho Moreira, conta que, no início, temia que
os filhos não se adaptassem. “Isso
Geração São Judas | dez.09
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reportagem de capa
passou logo na primeira visita ao colégio. Na entrevista com a diretora Conceição, notei que meu filho ficou
muito à vontade. Fiquei tranquila com o modo como ela
o tratou. Nós íamos visitar mais uma escola naquele dia,
mas o Diogo não quis nem saber. Disse que era ali que
queria estudar”, lembra Maria Isabel.
Os colegas de classe de Diogo também foram muito
acolhedores. “Foi estimulante para a turma. Apesar de
falarmos o mesmo idioma, o sotaque e a diferença no
vocabulário tornavam difícil a compreensão do que ele
falava. Isso deu pano pra manga. Eles passaram a conversar sobre palavras e expressões de cada país e suas
diferenças e a falar sobre as brincadeiras das crianças
portuguesas”, conta Marcela Guimarães Fante, professora do Diogo no 5º ano.
Tímido, o menino não permitia que a professora o
abraçasse ou beijasse para cumprimentá-lo, como faz
com toda a turma. “No fim do ano, fizemos um amigosecreto de chocolate. Foi muito bonito, pois
ele permitiu contato físico e se mostrou à
vontade. O Diogo está feliz e vai muito bem nas aulas”, afirma Marcela.
“Quando eu soube que a gente
viria para o Brasil, achei ótimo.
Eu estava curioso, mas fiquei mal
por ter de deixar meus amigos”,
conta Diogo. “No primeiro dia
de aula, fiquei um pouco nervoso. Minha outra escola era menor
e o São Judas é enorme. Mas logo
me enturmei e a tia Conceição agora
brinca dizendo que eu já estou no esquema”, conta.
A socialização e o bem-estar do aluno
são fundamentais. No entanto, como já
dito, o objetivo primordial da escola é
o compromisso com o aprendizado dos
alunos. “Nossa expectativa como pais
era que as matérias dadas fossem da melhor
qualidade possível, bem como o preparo dos docentes.
Estamos satisfeitos porque, apesar de no Brasil a carga
horária ser metade da carga da Europa, notamos que
os conteúdos passados nesse primeiro semestre de aulas
foram consistentes”, afirma o pai Joaquim Jorge Oliveira Moreira.
O casal tem, além de Diogo e Rute, uma filha universitária que estuda na Inglaterra. Para que Rute, que
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agora está matriculada no Ensino Médio, possa seguir
os passos da irmã, a família levou em consideração a
qualidade do ensino, que, segundo eles, deveria estar
no mesmo nível da educação européia. “Contou muito
também o fato de haver a oferta do ensino superior.
Nossa meta é que a Rute entre na Universidade de São
Judas Tadeu e, depois, possa se matricular na Inglaterra”, afirma.
Para a jovem, a mudança não foi nada fácil. Mas ela
já está bem adaptada. “O mais difícil foi deixar meus
amigos. Fiquei bem triste. Mas estou bem nas aulas e
já até tenho três amigonas, que me ajudam no que eu
preciso e me explicam tudo sobre a cidade, o jeito de
falar e os hábitos”, conta.
Idioma não é barreira
Diferentemente da experiência dos dois jovens
portugueses, que se mudaram para um país
com o mesmo idioma, duas pequenas
gêmeas chinesas precisaram de um
pouquinho mais de tempo para
se adaptarem. Mas não pense
que o idioma foi um problema.
A professora Alessandra de
Lourdes Marques Balbino,
que deu aulas para as duas em
2009 no 2º ano, contou que a
presença das meninas foi enriquecedora. “Foi o primeiro ano
delas na escola. No começo, as
garotas da turma escreviam bilhetinhos para elas em português,
com desenhos. Com o tempo, as duas
começaram a fazer seus textos em chinês
e, depois, já arriscavam escrever em português também”, conta. Hoje, as irmãs
acompanham muito bem as aulas. No fim
do ano, naturalmente, elas tiveram mais
dificuldade com a escrita, mas o rendimento
escolar foi excelente, segundo a educadora.
Como os pais das meninas também estão há pouco tempo no país, Alessandra adapta os bilhetes que
lhes envia para facilitar a compreensão, usando números, desenhos e símbolos. Quando necessário, a mãe
comparece na escola com o tio das meninas, que atua
como tradutor. E assim o trabalho pedagógico caminha,
sem atropelos.
Fotos: arquivo pessoal
Explorando o novo lugar:
no Museu do Ipiranga,
a família portuguesa
conhece o ponto turístico
de São Paulo
Xiao Jie Zhu, acima,
e Wang Mei Ling, ao lado:
sorridentes, as irmãs
chinesas posam para
a foto de matrícula
do colégio
Alessandra afirma que, como docente do São Judas,
atua na perspectiva da solidariedade e do respeito às diferenças. “Uso as oportunidades que surgem em sala de
aula, não só com as meninas, mas com os demais alunos,
para tratar de questões como qualidades e limitações de
cada um, mostrando que todos nós precisamos de ajuda
e podemos ajudar”, conta a professora. “Não coloco o
foco apenas nelas. Mostro que diferente todo mundo é,
seja na constituição familiar, no idioma, na religião, no
pensamento, na cor ou na escolha do time de futebol”,
explica. Para isso, Alessandra afirma que é preciso estudar, ter um número adequado de alunos por sala e
conhecer bem o processo de alfabetização das crianças
para garantir o aprendizado.
Ter esse cuidado ao abordar as diferenças é importante para não reduzir a questão apenas à origem geográfica ou a um outro fator qualquer. Quando um aluno
não participa dos festejos de Natal porque isso não é
tradição em sua religião, por exemplo, o educador pode
incentivar a troca de informações entre os alunos. Mas
não colocando aquele aluno específico na posição de
diferente dos demais. O trabalho é incentivar que ele
fale de algo natural em sua vida, sendo que os demais
também podem fazer o mesmo. Simples assim.
Na adolescência
Se com crianças menores os assuntos sobre as diferenças aparecem naturalmente nas brincadeiras e nas
conversas, já entre os adolescentes a questão é mais
delicada. A vergonha e a timidez, típicas dessa etapa
da vida, requerem dos educadores estratégias diferen-
tes para a abordagem em sala de aula. A professora de
Língua Portuguesa Maria Paula Del Bianco, do Ensino
Fundamental II, explica que usa textos e filmes para tratar de questões como respeito e diversidade.
Ela tem, por exemplo, alunos cujos pais são de origem grega, japonesa, libanesa... Nos 34 anos em que leciona na escola, pelas suas mãos já passaram estudantes
de várias origens, etnias, classes sociais e religiões. E ela
afirma que, com adolescentes, não adianta dar sermão.
Por isso, utiliza textos e filmes e provoca, em seguida,
reflexões entre os alunos. Quando é preciso, ela compara o que foi visto com situações e atitudes do cotidiano,
para que cada um pense sobre suas ações e possa construir uma conduta ética e pacífica para sua vida. •
Assista
Promessas de
um Novo Mundo
(Promises), 2001
(Israel, EUA, Palestina)
Diretores: Justine Arlin,
Carlos Bolado,
B.Z. Goldberg,
116 min, documentário
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Arquivo pessoal
eu faço assim
N
por Cibele Cortelli Trigueirinho*
Bichinhos
de jardim
o início de 2009, comecei o projeto Bichinhos de Jardim com as professoras da
unidade Dente de Leite, do Colégio São Judas
Tadeu, e suas respectivas turmas. O objetivo foi
proporcionar às crianças a observação de pequenos seres
que habitam o jardim da escola e que, muitas vezes, passam despercebidos. Foram estudados o tatu-bola, a minhoca, a lagartixa, o caracol, a joaninha, o grilo, a lagarta,
a borboleta, a abelha, a formiga, a centopeia, o besouro,
o vaga-lume, a lesma, a cigarra e a aranha. Participaram
do trabalho nove turmas: maternal (1 ano e meio), infantil 1 (3 e 4 anos), infantil 2 (4 e 5 anos) e 1º ano do Ensino
Fundamental (5 e 6 anos).
Considero a pedagogia de projetos uma das mais avançadas propostas educacionais. Com ela, é possível estruturar o ensino e a aprendizagem com maior articulação
de informações, sem perder de vista a individualidade
dos alunos e a interdisciplinaridade na construção do conhecimento. O primeiro passo foi estruturar as etapas do
trabalho e compartilhar com todos – professores, crianças, pais e responsáveis e demais funcionários da escola.
Pedi ajuda especial aos adultos para capturar os bichos
mais comuns nos jardins. Conforme as doações chegavam, íamos montando um pequeno terrário.
Os pequenos aprenderam a não matar
mais as formigas e os outros animais
que habitam os jardins.
Projeto ensina
a crianças sobre
a vida de pequenos
seres encontrados
no parque
Com ele, foi possível demonstrar a diferença entre os
bichos, citando que a maioria deles pertence à classe dos
insetos. Também aproveitamos para estudar sobre o hábitat de cada um, o modo e o ciclo de vida, a metamorfose e as utilizações dadas pelos homens às produções de
alguns (como mel, seda e húmus). Os pequenos viram
que o terrário é apropriado para a realização de investigações, mas que era preciso devolver os bichos capturados ao local de origem após o período de pesquisa. É
fundamental que as crianças percebam a importância de
Aluna da Ed. Infantil exibe produções:
resultado de suas aprendizagens
respeitarmos a vida e o meio ambiente, desenvolvendo
a consciência ecológica.
À medida que elas se familiarizaram com os pequenos
seres, foram confeccionando um grande painel com desenhos e registros das falas delas durantes as observações.
Para tornar o trabalho mais interessante, a cada mês foi
dado destaque a um bichinho por meio da leitura de
poesias, fábulas e contos. Textos de grandes autores
como Vinicius de Moraes, Cecília Meireles e Elias José
foram compartilhados. Após cada roda de leitura, as
crianças foram estimuladas a representar os animais com
sucatas, tintas, recortes e colagens, massinhas de modelar
etc. Cada turma também teve como missão preparar uma
poesia, que foi apresentada em outubro, durante a semana de comemoração do Dia da Criança.
Nessa etapa, aproveitamos para abordar
temas como sentimentos de rejeição e
acolhimento, amizade e caridade. Com o projeto Bichinhos de Jardim, as crianças agora respeitam mais
os pequenos animais e aprenderam a não matar mais as
formigas e os outros seres que habitam os jardins. Antes,
era comum vê-las passar com suas motocas por cima
dos animais indefesos que encontram no parque na hora
do lanche e das atividades externas. •
* Cibele é diretora da unidade Dente de Leite, do Colégio São Judas Tadeu.
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Geração São Judas | dez.09
Geração São Judas | dez.09
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Novas instalações
aluna repórter
Thaís Betim, aluna do 3º ano de Administração
Arquivo pessoal
Interdisciplinaridade
é a palavra de ordem
V
ivemos em uma época em
que a dispersão de valores é
o maior obstáculo para o ser
humano. Ética e cidadania,
por exemplo, estão sendo banidas
e deixadas de fora da formação dos
indivíduos. Para impedir que isso
continue acontecendo, instituições
sociais, como a escola, se sensibilizam cada vez mais com o tema e tentam mudar a situação.
Aqui, no Colégio São Judas Tadeu,
todos os professores têm a preocupação de propor trabalhos com temáticas que proporcionem aos alunos desenvolver o respeito à opinião
alheia e a ética na atuação profissional. Para colocar isso em prática, o
São Judas propõe a interdisciplinaridade por meio de atividades realizadas pelos estudantes das áreas de
humanas e exatas, mais especifica-
mente pelos formandos dos cursos
de Publicidade, Administração, Informática e pelos jovens do 1º ano
de humanas.
Os projetos desenvolvidos são apresentados na Mostra de Trabalhos Interdisciplinares, que este ano ocorreu
no dia 13 de outubro, no auditório
da Universidade São Judas Tadeu.
A nona edição do evento contou com
a presença de pais, estudantes, professores, convidados e diversos profissionais das áreas de Administração, Publicidade e Informática, que
tiveram a missão de avaliar os trabalhos apresentados.
Essa experiência nos mostra que a
interdisciplinaridade é fundamental
para compreendermos as relações de
ética e respeito no mundo profissional, competências que serão exigidas
de nós no mercado de trabalho. •
São Judas on-line | www.csjt.com.br
CSJT no
Twitter é uma das mais recentes
ferramentas de comunicação da
internet. Com ela, é possível publicar
pequenos textos (de até 140 caracteres)
e acompanhar as atualizações da rede
de contatos. O Colégio São Judas Tadeu já
aderiu à nova mídia. Para seguir as notícias
da escola, acesse twitter.com/CSJT.
10 Geração São Judas | dez.09
Em 2010, as instalações
da unidade Dente
de Leite, que
atende turmas de
Educação Infantil e
do 1º ano do Ensino
Fundamental, terão um novo endereço.
Elas serão transferidas para o prédio
em que ficam os demais anos do Ensino
Fundamental e o Ensino Médio. Com
isso, os pequenos terão acesso à mesma
infraestrutura oferecida aos maiores,
como piscinas e quadras. O espaço será
isolado dos outros níveis de ensino. O
portão de acesso e o horário de entrada
e de saída também serão diferenciados.
Todos os ambientes foram adaptados,
garantindo que as crianças recebam
o atendimento adequado para a faixa
etária. As matrículas já estão abertas para
o próximo ano, lembrando que crianças a
partir de 1 ano e meio são aceitas.
Transporte gratuito
O Transporte Leva e Traz serve aos alunos
do Colégio São Judas
Tadeu há mais de
20 anos. Trata-se
de um serviço
prestado pela
escola para
quem mora no
bairro do Tatuapé ou para os que vêm e vão
de metrô. Qualquer estudante pode utilizálo: basta fazer a carteirinha apresentando
o comprovante de matrícula na sala da
diretoria e informar o curso e o ano. Se você
se interessou, fique atento aos horários,
pontos de partida e destinos.
Destino: Colégio São Judas Tadeu
Ponto de partida: Pça. N. Senhora do Bom Parto
Horário: às 6h30
Destino: Colégio São Judas Tadeu
Ponto de partida: Metrô Belém
Horário: às 7h
Destino: Metrô Belém
Ponto de partida: Colégio São Judas Tadeu
Horário: às 11h45
Destino: Metrô Bresser
Ponto de partida: Colégio São Judas Tadeu
Horário: às 12h40
Destino: Metrô Bresser
Ponto de partida: Colégio São Judas Tadeu
Horário: às 13h15
no meu tempo...
Nerd, sim.
E muito feliz!
No São Judas, Maithê sempre tirava 10,
se divertia e aprendia a viver
S
into um carinho especial pelo
São Judas, pois ali vivi bons
momentos e aprendi a cultivar as amizades e a ser ética
na minha vida pessoal e profissional.
Ingressei na 1ª série, com 7 anos.
Como morava pertinho, da janela do
meu quarto era possível ouvir o sinal
da escola. Que saudade!
Daquela época, ainda tenho quatro grandes amigos e, vez ou outra,
encontro alguns professores, como a
Cleide, de Ciências, e o Ribeiro, de
Química. Ele era como um pai, em
quem eu confiava e com quem podia
falar sobre família, religião e valores. Minha mãe, Maria Therezinha
Pimentel Tomarchio, é professora
de piano do Colégio e também me
conta as novidades por lá.
Eu amava as aulas de Língua Portuguesa, com o Dagô, e as de Matemática, com o Levi. A verdade é que
eu era uma nerd! Tirava 10 em tudo
e achava o máximo. Meu pai vivia
dizendo para eu parar um pouco de
estudar. Mas eu não vivia só entre livros. Fazia esporte, viajava e ia para
a balada. Já no Ensino Médio, sabia
que queria ser médica e, por isso,
optei pelo curso regular.
Passei em duas universidades que
ficavam fora de São Paulo e não me
matriculei, pois não queria ficar longe da família. Fiz um ano de cursinho e ingressei na Irmandade da
Santa Casa de Misericórdia de Santos. Seis anos depois, passei numa
prova federal e me tornei médica da
Aeronáutica. Depois de formada, fiz
três especializações. Hoje, tenho dez
empregos. Calma! Minha vida é corrida, mas sobra tempo para viajar e
passear bastante. •
aithê Pimentel
Tomarchio tem 30
anos. É médica e 1ª
tenente da Aeronáutica. Ao concluir medicina, especializou-se em clínica
médica, UTI (medicina intensiva)
e endocrinologia. Atua em hospitais da capital paulista, em uma
academia de ginástica, em uma
clínica particular e em seu consultório. Também é preceptora de
clínica médica, ou seja, leciona
para médicos recém-contratados
do Sistema Único de Saúde (SUS),
na prefeitura. É solteira e não tem
filhos. Mora com a mãe e ama
viajar. Estudou no Colégio São
Judas Tadeu entre 1986 e 1997
(da 1ª série ao Ensino Médio).
Contato: [email protected]
Fotos: arquivo pessoal
fique por dentro
Geração São Judas | dez.09
11
escola cheia de vida
Você já comeu no Dito?
O dono da famosa barraca de cachorro-quente instalada nos arredores
do São Judas enfatiza seu respeito e gratidão pela escola
V
anderlei Benedito Pavão tem 61 anos e está instalado nos arredores do Colégio São Judas Tadeu
há 32 anos. Para quem ainda não o conhece, ele
é o dono da famosa barraca Dito Dog, procurada por alunos e funcionários da escola que querem um
caprichado lanche. Até mesmo ex-alunos aparecem para
relembrar o sabor do cachorro-quente preparado por ele
e sua mulher, Maria Aparecida Gerônimo Pavão, de 60
anos. De tão famoso, o hot dog ganhou uma comunidade
no site de relacionamento Orkut chamada “Eu Já Comi
no Dito”, que tem 620 integrantes.
O segredo de tanto sucesso, segundo o proprietário do
negócio, é a alta qualidade. “Os produtos são de primeira linha”, conta. “Além disso, minha esposa acorda às 4
horas da manhã para preparar todos os molhos e fazer
a maionese.” O vendedor também aposta no bom rela-
cionamento com os clientes. “Sou honesto e amigo de
todos”, revela. Em seu pequeno comércio, não há bebida
alcoólica, cigarro e bagunça.
Dito lembra que o início não foi fácil. Em agosto de
1977, aos 28 anos, ele encostou seu carrinho de cachorroquente em frente a um lava-rápido, nas redondezas. Dois
anos depois, precisou procurar outro ponto. A troca foi
boa, pois conseguiu um lugar mais perto de sua clientela,
bem ao lado da escola. Mais dois anos e o comerciante
pôde investir na compra de uma barraca e oferecer mais
opções de alimentação, como os lanches de carne louca,
os crepes e as minipizzas. Em 1987, a fama do Dito Dog já
era grande e isso encorajou seu criador a expandir ainda
mais os serviços. Com a ajuda da família, Dito montou
um pequeno buffet. “Devo ao Colégio São Judas Tadeu
tudo o que tenho”, completa. •