surgical approach. Freitas V.F., Bastos, J.L.A.

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surgical approach. Freitas V.F., Bastos, J.L.A.
NEOPLASIA AVANÇADA DE VESÍCULA
BILIAR: ABORDAGEM CIRÚRGICA
Bastos, J.L.A1; Carvalho, W.S.F2; Tavares, L.P.3; Ferracini, I.C.F4; Freitas V.F.5; Matos, R.M.6
1Departamento
Liga Acadêmica de Cirurgia
Universidade Federal da Bahia
LACIR
de Anestesiologia e Cirurgia, Orientador da Liga Acadêmica de Cirurgia,
Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil
2Estudante de Medicina,Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil
3Estudante de Medicina, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública., Salvador, Brasil
4Estudante de Medicina, Faculdade de Tecnologia e Ciências, Salvador, Brasil
5Estudante de Medicina, Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil
6Estudante de Medicina, Faculdade de Medicina da Bahia-UFBA, Salvador, Brasil
• INTRODUÇÃO: Neoplasia das vias biliares e vesícula é considerada rara, é a neoplasia maligna mais
comum da árvore biliar e o quinto carcinoma mais frequente do trato gastrintestinal, o tipo mais
comum é o adenocarcinoma, que apresenta comportamento biológico agressivo. Os sinais e sintomas
geralmente se expressam no estagio tardio da doença, sendo os mais comuns: dor abdominal,
principalmente em hipocôndrio direito, náusea, vômito e icterícia. Dentre os fatores de risco,
destaca-se a litíase biliar. O diagnóstico precoce e ressecção completa do tumor, com ressecção
ampla do tecido neoplásico com margens livres além do não comprometimento de linfonodos e
órgãos adjacentes, representam a principal expectativa de cura.
• OBJETIVOS: Relatar casos de adenocarcinoma da vesícula biliar estágios III e IV, destacando
semelhanças e diferenças nas suas apresentações clínica e histopatológica.
• MÉTODOS: Análise retrospectiva através de estudo dos prontuários em um hospital particular e um
hospital público de Salvador, BA com diagnóstico no período de junho de 2010 a maio de 2015 . Foram
inclusos no estudo apenas casos de adenocarcinoma de vesícula biliar e vias biliares em estado
avançado confirmados por anatomia patológica, nos quais os prontuários estavam devidamente
preenchidos e o tratamento envolveu abordagem cirúrgica. Sexo e idade não foram
considerados critérios de exclusão.
• RESULTADOS: Foram encontrados oito casos, dois do sexo masculino e seis do sexo feminino, com
faixa etária de 46 a 78 anos.
Tabela 1 – Sumário dos dados recolhidos dos pacientes com Neoplasia Avançada da Vesícula Biliar
• RESULTADOS: Segundo a literatura, a ressecção com intenção curativa
ocorre em 20 a 40% dos casos 6,7,9,11. Em nosso presente estudo os 8 casos
foram tratados cirurgicamente com ressecção da vesícula biliar. Com
exceção dos pacientes 3 e 5, nos demais foram realizados também a
ressecção de segmentos lesionados do fígado. Metade dos casos de
neoplasia avançada de nossa amostra revelou presença de colelitíase,
entrando em concordância com os vários estudos que relatam a colelitíase
sendo fator de risco primário para a neoplasia.
A
A média do segmento dos pacientes foi de dois anos, variando de um a três,
excluindo o paciente 2 que foi diagnosticado em maio de 2015. Dentre os
pacientes incluídos em nosso estudo, somente dois vieram a óbito.
Ocorreram três recorrências: um caso de neoplasia isolada em segmento I
do figado e dois casos de tumoração em hilo hepático. Ocorreu uma
intercorrência de fístula bíleo cutânea de parênquima hepático e dois
óbitos foram relatados: um por complicações de ACVi e outro por
complicações da recorrência com tumoração em hilo hepático.
PACIENTE 7: Tumoração em
vesícula biliar, comprometendo
segmento IVb. V e VI do fígado.
Discreto aumento de linfonodos
de hilo hepático
• CONCLUSÃO: Em ambos os sexos o adenocarcinoma de vesícula biliar apresentou-se clinicamente de
diversas formas e com diferentes graus de comprometimento. O prognóstico do câncer de vesícula
biliar é limitado devido a alta proporção do tumor em estágio avançado no momento do
diagnóstico14. Pawlik et al afirmam que o prognóstico da cirurgia para adenocarcinoma pode variar
drásticamente, com taxas em torno de 10% a 90% de sobrevida em 5 anos. Devido ao diagnóstico
recente, nossos pacientes ainda estão em acompanhamento, não nos permitindo comparar com os
resultados de sobrevida presentes na literatura. O adenocarcinoma da vesícula biliar pode
apresentar diferentes padrões e grau de comprometimento tornando-se necessário um tratamento
individualizado ao paciente.
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Autor a ser contatado: Bastos, J.L.A.
Nome: Jorge Luiz Andrade Bastos
E-mail: [email protected]