MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL

Transcrição

MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL
MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE
2014 - 2017
Prefeito Municipal de Santa Cruz do Sul
Telmo José Kirst
Vice-Prefeita
Helena Hermany
Secretário Municipal de Saúde
Carlos Eduardo Behm
Diretor Geral Saúde
Dr. Paulo Juarez Martins de Almeida
Coordenação Departamento de Saúde Pública
Enfª Léa Regina Machado Vargas
Coordenação Departamento de Vigilância em Saúde
Hermes Souza
Coordenação Departamento de Recursos Humanos
Isabel Cristina Michels Etges
Conselho Municipal de Saúde
Darci Benke
Comissão Responsável Elaboração Plano Municipal
Coordenadora Departamento Saúde Pública
Enfermeira Léa Regina Machado Vargas
Coordenadora Departamento Recursos Humanos
Assessora Administrativa Isabel Etges
Chefe Divisão das Unidades Básicas de Saúde
Enfermeira Vanda Beatriz Hermes
2
Enfermeiro Assistencial Centro Materno Infantil
Enfermeiro Geovane Rigue
Departamento Jurídico
Assessora Administrativa Karin Suzane Goettert
Setor Administrativo
Assessor Administrativo Cleonir Kleinert
Departamento de Saúde Pública
Agente Administrativo Marlise Jost
Conselho Municipal de Saúde
Representado pelo Assessor Administrativo Secretário Conselho João Carlos da
Rosa Corrêa
3
Apresentação
São inegáveis os avanços alcançados pelo SUS, os quais repercutiram
de forma muito importante sobre a saúde da população. A expansão da atenção
primária, a eliminação e controle de doenças de grande impacto sobre a saúde
da população e a redução da mortalidade infantil são exemplos que atestam as
conquistas já registradas. Há, todavia, enormes desafios que requerem medidas
estruturantes, capazes de assegurar a continuidade das conquistas e permitir o
enfrentamento de desafios urgentes, de que são exemplos o envelhecimento
populacional e as causas externas de morbidade e mortalidade, como os
acidentes – sobretudo de trânsito – e a violência interpessoal (Plano Nacional de
Saúde – PNS, 2012-2015).
O Plano Municipal de Saúde tem por finalidade apresentar o
planejamento da Secretaria Municipal de Saúde para o quadriênio 2014-2017,
sendo o instrumento norteador das ações a serem realizadas neste período. O
principal objetivo é a qualificação permanente do Sistema Único de Saúde.
O Plano Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul será elaborado pela
gestão da saúde do município em conjunto com o Controle Social, orientará os
caminhos a serem seguidos pelo município no que se referente a todas as
políticas pública municipais de saúde, determinantes na vida e na qualidade de
vida de toda população.
Para o
sucesso
na formatação
do referido
plano,
inicialmente
realizaremos uma análise situacional minuciosa da saúde pública, servindo
como referência para adequadas e eficientes decisões.
Nesta análise estão as descrições das políticas de saúde e serviços de
saúde, apresenta pareceres, avaliações qualitativas e quantitativas, servirão de
parâmetros técnicos para gestão planejar as metas para os próximos quatro
anos.
4
Para facilitação do entendimento de todos os processos de saúde, o
diagnóstico foi subdividido em capítulos, de acordo com as áreas e setores
específicos.
5
Sumário
ANÁLISE SITUACIONAL DE SAÚDE........................................................................................................9
CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO ..............................................................................................9
Parte I ..............................................................................................................................................................9
Curva de crescimento do Município................................................................................................................9
Parte II ...........................................................................................................................................................10
Doenças e Agravos de Notificação Compulsória de Importância Epidemiológica.......................................10
Diagnóstico Epidemiológico do Município de Santa Cruz do Sul.................................................................10
Parte III ..........................................................................................................................................................13
Morbidade e Principais Causas de Internações Hospitalares.........................................................................13
Mortalidade e Suas Causas.............................................................................................................................17
CAPÍTULO II ...............................................................................................................................................22
SISTEMA LOCAL DE SAÚDE....................................................................................................................22
Parte I.............................................................................................................................................................22
Rede de Atenção Básica...............................................................................................................................22
Unidades Básicas de Saúde............................................................................................................................22
Unidades de Estratégia de Saúde da Família – ESF.......................................................................................24
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS.................................................................................26
Saúde Bucal....................................................................................................................................................27
Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso / Posto Central.....................................................................28
Parte II............................................................................................................................................................30
Rede de Atenção em Saúde Mental ...............................................................................................................30
Centro de Atendimentos Psicossocial Para Álcool e Drogas - CAPS- AD...................................................31
Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência-CAPSIA...............................................31
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II............................................................................................33
Parte III...........................................................................................................................................................35
Rede de Atendimento de Urgência e Emergência..........................................................................................35
Centro Materno Infantil – CEMAI.................................................................................................................35
Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM.................................................................................................36
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU .................................................................................37
Pronto Atendimento - PA .............................................................................................................................39
Rede de Saúde do Trabalhador.......................................................................................................................40
Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador - UMREST ...................................................40
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST............................................................41
Parte V...........................................................................................................................................................44
Atenção às DST / AIDS.................................................................................................................................44
CEMAS/ SAE / CTA- Centro Municipal De Atendimento A Sorologia(CEMAS) /Serviço de Assistência
Especializada(Sae)/Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)..............................................................44
Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência .............................................................................................47
Triagem e Reabilitação Visual ......................................................................................................................49
Triagem e Reabilitação Auditiva....................................................................................................................49
Parte VI...........................................................................................................................................................50
Rede de Suporte da Saúde..............................................................................................................................50
Bem Me Quer................................................................................................................................................50
Programa Primeira Infância Melhor – PIM....................................................................................................53
Programa de Prevenção da Violência ............................................................................................................56
Saúde em Sua Casa.........................................................................................................................................58
Serviço de Nutrição........................................................................................................................................59
Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT...........................................................................................61
Saúde Prisional...............................................................................................................................................63
Planejamento Familiar....................................................................................................................................64
PROJETOS PARCERIA UNISC PRO-SAÚDE E PET – SAÚDE...............................................................65
Operacionalização, gestão e acompanhamento das atividades dos projetos PET – Saúde na UNISC..........65
CAPÍTULO III...............................................................................................................................................67
VIGILÂNCIA EM SAÚDE..........................................................................................................................67
Unidade de Vigilância e Ações em Saúde......................................................................................................67
Parte I............................................................................................................................................................68
Núcleo de Vigilância Sanitária.......................................................................................................................68
Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunizações....................................................................................69
Epidemiologia................................................................................................................................................69
Imunizações....................................................................................................................................................70
Parte II............................................................................................................................................................70
Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde...................................................................................................70
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano ...........................................................................70
6
Combate a Dengue ........................................................................................................................................71
Controle da Febre Amarela ..........................................................................................................................72
Programa de Controle da Doença de Chagas ................................................................................................72
Controle de Roedores....................................................................................................................................72
Controle de Zoonoses e População Animal...................................................................................................73
Programa Municipal de Combate ao simulídeo (borrachudo).......................................................................73
Análise............................................................................................................................................................74
CAPÍTULO IV..............................................................................................................................................75
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ............................................................................................................75
Assistência farmacêutica................................................................................................................................75
Atenção Especializada ...................................................................................................................................76
Auditoria ........................................................................................................................................................79
Ouvidoria........................................................................................................................................................80
Compras..........................................................................................................................................................82
Transporte.......................................................................................................................................................83
CAPÍTULO V................................................................................................................................................84
REDE HOSPITALAR E DEMAIS SERVIÇOS CONTRATUALIZADOS................................................84
Parte I.............................................................................................................................................................84
Rede Hospitalar ...........................................................................................................................................84
Parte II............................................................................................................................................................86
Laboratórios....................................................................................................................................................86
Parte III ..........................................................................................................................................................86
Centros de Reabilitação, Centros e Associações ...........................................................................................86
Comunidade Terapêutica Recomeçar.............................................................................................................86
Centro de Reabilitação Social e Beneficente Evangélico - SOS VIDA.........................................................86
UNI-RIM – Clínica de Doenças Renais Ldta.................................................................................................87
APESC / UNISC............................................................................................................................................87
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE..............................................................................87
Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Pardo - CISVALE.......................................................87
CAPÍTULO VI..............................................................................................................................................87
INDICADORES DE SAÚDE RELATÓRIO DE GESTÃO.........................................................................87
Parte I.............................................................................................................................................................87
CAPÍTULO VII.............................................................................................................................................89
RECURSOS FINANCEIROS........................................................................................................................89
CAPÍTULO VIII............................................................................................................................................92
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE CMS............................................................................................92
CAPÍTULO IX...............................................................................................................................................93
AÇÕES E METAS DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SANTA CRUZ DO SUL........................93
Parte I.............................................................................................................................................................93
Doenças e Agravos de Notificação Compulsória Importância Epidemiológica............................................93
Gripe A H1N1 ...............................................................................................................................................93
Varicela..........................................................................................................................................................93
Enfrentamento de doenças infecciosas com frequências elevadas: hepatites virais, tuberculose, leptospirose
e Aids..............................................................................................................................................................94
Sífilis Congênita............................................................................................................................................94
Parte II............................................................................................................................................................95
Rede da Atenção Básica.................................................................................................................................95
Aumento de cobertura por equipe de Atenção Básica...................................................................................95
Fortalecimento e Ampliação das Ações de Prevenção na Atenção Básica....................................................95
Metas Gerais da Atenção Básica....................................................................................................................96
Metas Específicas das Unidades Básicas de Saúde........................................................................................97
EACS – Estratégia Agentes Comunitários de Saúde.....................................................................................98
Metas .............................................................................................................................................................98
Divisão de Saúde Bucal..................................................................................................................................99
Metas .............................................................................................................................................................99
Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso............................................................................................102
Metas............................................................................................................................................................102
Saúde Mental................................................................................................................................................104
Metas............................................................................................................................................................104
Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência - CAPSIA...........................................104
Centro de Atendimento Psicossocial para Álcool e Drogas – CAPS AD III...............................................105
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II..........................................................................................106
Parte III.........................................................................................................................................................107
Rede de Atendimento de Urgência Emergência..........................................................................................107
Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM................................................................................................108
7
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU................................................................................110
Rede de Saúde do Trabalhador ....................................................................................................................111
Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador – UMREST ................................................111
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST..........................................................111
Metas Gerais.................................................................................................................................................111
Metas específicas .........................................................................................................................................112
Parte V..........................................................................................................................................................113
Atenção às DST/ AIDS................................................................................................................................113
CEMAS/SAE/CTA – Centro Municipal de Atendimento à sorologia (CEMAS/ Serviço de Assistência
Especializada (Sae)/ Centro de testagem e Aconselhamento (CTA)...........................................................113
Parte VI.........................................................................................................................................................116
Rede de Suporte da Saúde...........................................................................................................................116
Bem Me Quer...............................................................................................................................................116
Gestantes de risco.........................................................................................................................................117
Metas bebês de risco ....................................................................................................................................118
Programa Primeira Infância Melhor – PIM..................................................................................................119
Quadro de Metas e Ações.............................................................................................................................119
Programa de Prevenção da Violência – PPV...............................................................................................120
Programa Saúde na Escola – PSE ...............................................................................................................122
Saúde em Sua Casa.......................................................................................................................................122
Serviço de Nutrição......................................................................................................................................123
Planejamento Familiar .................................................................................................................................124
Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT .........................................................................................125
Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde ................................................................................................126
Metas programa de controle do simulídeo (borrachudo) (2014/2015/2016)...............................................126
Metas do Programa de Controle da Dengue (2014/2015/2016)...................................................................127
Canil Municipal............................................................................................................................................128
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................................................129
8
ANÁLISE SITUACIONAL DE SAÚDE
CONDIÇÕES DE SAÚDE DA POPULAÇÃO
Panorama Demográfico
Nos últimos anos, o Brasil vem apresentando um novo padrão
demográfico que se caracteriza pela redução da taxa de crescimento
populacional e por transformações profundas na composição de sua estrutura
etária, com um significativo aumento do contingente de idosos. A queda
acelerada das taxas de
fecundidade e da mortalidade registradas no país provoca mudanças rápidas no
ritmo de crescimento da população. De acordo com Censo Populacional do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 a população do Rio
Grande do Sul (RS) é de 10.695.531 habitantes, em Santa Cruz do Sul dados
Sargsus estima-se de que a população é 119.997habitantes.
Parte I
Curva de crescimento do Município
Fonte: Relatório SARGSUS - Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão 2012.
9
Fonte: Relatório SARGSUS - Sistema de Apoio ao Relatório de Gestão 2012.
Parte II
Doenças e Agravos
Epidemiológica
de
Notificação
Compulsória
de
Importância
Diagnóstico Epidemiológico do Município de Santa Cruz do Sul
Doenças e agravos de notificação compulsória somente casos confirmados:
Doença / Ano
2009
2010 2011 2012
Ac. Animais peç.
32
123
109
62
Ac. Trab. Grave
-
04
35
47
de serviços, a gestAc. c/ Mat Biológico
-
-
1
At. Anti-Rábico
335
602
356
357
AIDS
36
87
43
41
Coqueluche
-
-
2
4
Caxumba
17
-
-
-
Dengue
-
-
-
2
Doeça Exant.
(Rubéola)
-
-
-
-
Febre Amarela
6
-
-
-
Gest. HIV
16
12
8
12
Hanseníase
6
1
1
2
Hantavirus
2
-
3
-
Hepatites
45
18
21
33
Int. Exógena
5
14
14
9
Leptospirose
24
24
29
20
LER DORT
11
26
34
1
Malária
-
-
-
1
10
2013
2014 2015 2016 2017 2018 2019
Meningites
38
13
17
6
Sífilis em Gestantes
8
6
9
24
Sífilis Congênita
4
5
4
10
Sífilis não espec.
-
-
10
6
SRAG por Influenza
13
-
24
3
Tétano Acidental
1
1
-
-
Toxoplasmose
7
21
5
4
Tuberculose
60
65
62
56
Varicela
1102
177
148
322
Violência
-
-
150
658
OBS: Os casos de Malária e Dengue são importados.
Fonte: Informação SINAN
Ao analisar os indicadores citados acima, será realizada uma analise
critica, citando a problemática epidemiológica, além de citar indicadores
epidemiológicos positivos.
Podemos citar o grande número de notificações por Atendimentos
Antirrábico, sendo realizado em todos os acidentes envolvendo animais
domésticos e silvestres, sendo, porém que a maioria dos acidentes são
provocados por caninos. Estes acidentes em alguns casos ocorrem em via
pública, o que sugere falta de cuidado adequado dos proprietários destes
animais e/ou falta de um controle de natalidade destes, resultando em uma
grande quantidade de animais livres pelas ruas, refletindo também em potencias
problemas resultantes de zoonoses.
A varicela continua mantendo alta incidência nos últimos anos, com a
introdução da vacina em 2013, possivelmente diminuirá sua frequência
juntamente com suas consequências.
Também podemos citar os acidentes com animais peçonhentos mantém
uma frequência elevada no município, ocorrendo tanto em áreas rurais e
urbanas. Todavia, é importante salientar as frequências elevadas mantidas
pelas hepatites virais, tuberculose, leptospirose e AIDS, sugerindo dificuldade no
enfrentamento destes importantes e impactantes agravos.
11
Ao analisar os indicadores referentes a saúde do trabalhador,verificou-se
que a partir de 2010 as notificações de acidentes de trabalho grave estão
aumentando porém verifica-se diminuição de notificação no ano de 2012 dos
casos de LER/DORT.
Outro indicador que houve um aumento considerável, foi a sífilis em
gestantes, e sífilis congênita no ano de 2012. Estas notificações são
provenientes dos exames específicos protocolados no pré-natal que identificam
a doença, e o aumento da incidência da doença poderá estar relacionada a
falta de cuidados de saúde como a não utilização de preservativos nas relações
sexuais, a resistência ao tratamento por parte dos homens, culminando com a
reinfestação da gestante,também poderão as gestantes estarem com dificuldade
na realização do tratamento, quanto a isto já está se tomando medidas para
facilitação do acesso das mesmas ao tratamento nas unidades de saúde.
Nos anos de 2011 e 2012 iniciou-se as notificações de SRAG P/
Influenza H1N1 , tendo uma frequência elevada em 2011 e também em 2013
(sendo que ainda não temos os números finais até setembro 2013 já haviam 35
casos notificados), este agravo tem representado um grande desafio para saúde
pública municipal, ocorre uma grande preocupação da comunidade em relação
as consequências do agravo, uma busca elevada por atendimento médico nas
unidades básicas e plantões, um verdadeiro inchaço e prolapso de serviços, a
gestão
vem
buscando
alternativas
de
horários
para
atendimentos
reorganizando planos de trabalho para enfrentar o problema.
e
Apesar deste
esforço, o agravo impacta muitos casos de morbidade hospitalar, agravamento
de casos como necessidade de terapia intensiva, e até evolução para óbitos. Os
desafios deste agravo já se iniciam com a vacinação, principal ferramenta de
proteção, pois esta não tem atingido os grupos de risco com efetividade, faz se
necessário, portanto um plano de ação específico para melhorar aspecto.
Ao analisar o indicador de violência, verificou-se que houve um
significativo aumento do número de notificações de violência no ano de 2012,
deve-se ao fato pelo o qual o setor de epidemiologia realizou busca ativa de
casos junto a Departamento de Polícia.
12
Parte III
Morbidade e Principais Causas de Internações Hospitalares
Serão apresentadas a seguir as tabelas da morbidade hospitalar por
grupos causas e faixa etária para posterior análise:
Morbidade Hospitalar por grupos de causas, faixa etária e por residência
Internações por
Capítulo CID-10
Faixa Etária
Meno 1 a
r1
4
Capítulo I Algumas
doenças infecciosas e
parasitárias
Capítulo II Neoplasias
(tumores)
Capítulo III Doenças
sangue órgãos hemat
e transt imunitár
Capítulo IV Doenças
endócrinas nutricionais
e metabólicas
Capítulo V Transtornos
mentais e
comportamentais
Capítulo VI Doenças
do sistema nervoso
Capítulo VII Doenças
do olho e anexos
Capítulo VIII Doenças
do ouvido e da apófise
mastóide
Capítulo IX Doenças
do aparelho circulatório
Capítulo X Doenças do
aparelho respiratório
Capítulo XI Doenças
do aparelho digestivo
Capítulo XII Doenças
da pele e do tecido
subcutâneo
Capítulo XIII Doenças
sist osteomuscular e
tec conjuntivo
Capítulo XIV Doenças
do aparelho
geniturinário
Capítulo XV Gravidez
parto e puerpério
Capítulo XVI Algumas
afec originadas no
período perinatal
Capítulo XVII Malf
cong deformid e
anomalias
5a9
10 a 15 a
14
19
20 a
29
30 a
39
40 a 50 a
49 59
60 a
69
70 a
79
80 e
Total
mais
54
45
28
434
35
35 27
17
9
28
50
56
0
2
2
28
16
51
46
125 197
185
143
50
845
3
5
4
4
3
4
7
5
14
17
13
17
96
1
6
4
2
5
8
5
9
16
34
29
26
145
0
1
0
15
63
169
106
62
36
9
0
0
461
12
29 28
15
4
9
7
18
19
14
11
1
167
2
2
0
1
0
0
2
2
4
7
2
0
22
3
5
2
0
0
0
0
0
1
1
1
0
13
0
3
2
6
4
22
47
106 238
245
294
194 1.161
257
215 72
44
11
38
39
95
162
219
267
169 1.588
26
35 36
33
40
107
120
154 169
144
98
50
1.012
9
10 2
2
6
16
21
15
14
7
22
5
129
4
6
4
6
9
16
16
27
28
32
26
6
180
4
4
12
14
22
63
72
110 107
105
70
61
644
0
0
0
5
204 734
401
41
0
0
0
0
1.385
124
1
0
0
0
2
3
0
0
0
0
0
130
17
14 7
9
1
2
2
2
0
1
0
0
55
13
50
cromossômicas
Capítulo XVIII Sint
sinais e achad anorm
ex clín e laborat
Capítulo XIX Lesões
enven e alg out conseq
causas externas
Capítulo XX Causas
externas de morbidade
e mortalidade
Capítulo XXI Contatos
com serviços de saúde
TOTAL
11
9
11
5
3
3
9
13
17
10
16
12
10
118
46 60
52
37
134
110
77
77
64
58
44
770
1
2
0
0
0
0
1
0
0
0
0
0
4
0
0
0
1
3
6
7
10
4
5
1
0
37
520
430 267 257 440 1.418 1.075 931 1.146 1.159 1.092 661 9.396
Fonte: Portal DATASUS Tabnet/SIH - Jan a Dez - 2011
No
ano
de
2011
as
maiores
frequências
estão
relacionadas
principalmente aos seguintes itens:
1. Doenças do aparelho respiratório
2. Internações relacionadas a gravidez, parto e puerpério,
3. Doenças do aparelho circulatório;
4. Doenças do aparelho digestivo;
5. Neoplasias;
6. Lesões por causas externas.
Morbidade Hospitalar por grupos de causas, faixa etária e por residência
Internações por Capítulo
CID-10
Capitulo I Algumas doenças
infecciosas e parasitarias
Capitulo II Neoplasias
[tumores]
Capitulo III Doenças do
sangue e dos órgãos
hematopoéticos e alguns
transtornos imunitários
Capitulo IV Doenças
endócrinas, nutricionais e
metabólicas
Capitulo V Transtornos
mentais e comportamentais
Capitulo VI Doenças do
sistema nervoso
Capitulo VII Doenças do
olho e anexos
Capitulo VIII Doenças do
ouvido e da apófise
mastoide
Capitulo IX Doenças do
aparelho circulatório
Capitulo X Doenças do
aparelho respiratório
Faixa Etária
Menor 1
1a
4
5a
9
10 a 15 a 20 a
14
19
29
30 a
39
40 a
49
50 a
59
60 a
69
70 a
79
80 e
Total
mais
39
53
22
18
9
27
37
44
42
44
54
38
427
6
19
1
15
57
27
62
145
181
216
152
56
937
1
5
7
0
2
4
2
4
10
16
15
11
77
1
0
2
4
0
1
4
14
22
25
29
14
116
0
0
0
20
87
140
106
99
47
16
14
6
535
12
25
20
12
0
5
13
15
15
11
12
7
147
0
0
1
1
0
1
2
1
3
8
0
0
17
3
9
4
1
2
0
2
0
0
2
0
1
24
1
1
7
2
2
16
44
117
229
258
278
175
1.130
170
187 96
31
19
61
40
78
146
229
241
164
1.462
14
Capitulo XI Doenças do
aparelho digestivo
Capitulo XII Doenças da
pele e do tecido
subcutâneo
Capitulo XIII Doenças do
sistema osteo muscular e
do tecido conjuntivo
Capitulo XIV Doenças do
aparelho geniturinário
Capitulo XV Gravidez, parto
e puerpério
Capitulo XVI Algumas
afecções originadas no
período perinatal
Capitulo XVII Malformações
congênitas, deformidades e
anomalias cromossômicas
Capitulo XVIII Sintomas,
sinais e achados anormais
de exames clínicos e de
laboratório, não
classificados em outra parte
Capitulo XIX Lesões,
envenenamento e algumas
outras consequências de
causas externas
Capitulo XX Causas
externas de morbidade e de
mortalidade
Capitulo XXI Fatores que
influenciam o estado de
saúde e o contato com os
serviços de saúde
Total
16
51
50
26
53
111
148
191
201
160
136
66
1.209
1
9
7
2
8
9
15
4
8
13
14
14
104
1
2
5
7
9
19
27
30
57
30
22
7
216
5
11
15
17
27
69
88
101
116
110
91
92
742
0
0
0
9
235 794
442
57
0
0
0
0
1.537
123
0
0
0
0
2
1
0
0
0
0
0
126
19
6
10
5
2
4
0
1
3
2
2
0
54
7
10
8
9
6
17
19
27
29
33
39
19
223
10
38
51
38
46
150
126
85
89
74
57
45
809
1
0
0
1
0
3
3
1
1
0
0
0
10
0
1
4
4
1
8
15
11
6
11
8
7
76
416
427 310 222
565 1.468 1.196 1.025 1.205 1.258 1.164 722
9.978
Fonte: Portal DATASUS Tabnet/SIH - Jan a Dez – 2012.
No
ano de 2012 as maiores frequências de internações estão
relacionadas:
1. Internação relacionada à gravidez parto e puerpério,
2. Doenças do aparelho respiratório,
3. Doenças do aparelho digestivo,
4. Doenças do aparelho circulatório,
5. Neoplasias,
6. Lesões por causas externas.
Tabela de Movimento de AIH- Autorização de internação hospitalar
Frequência de Internações: Tratamentos / Procedimentos
Tabela de maiores frequências de internações ou procedimentos nos
anos de 2011 e 2012.
15
2011
2012
Total
Parto cesária
476
538
1014
Outros procedimentos com cirurgias sequenciais
374
631
1005
Tratamento de pneumonias ou influenza (gripe)
574
391
965
Tratamento com doenças crônicas das vias aéreas
inferiores
468
451
919
Parto normal
447
470
917
Diagnóstico e/ou atendimento de urgência em clínica 250
médica
616
866
Tratamento de intercorrências clínicas na gravidez
288
345
633
Tratamento de pielonefrite
243
212
455
Tratamento de intercorrências clínicas de paciente
oncológico
146
254
400
Tratamento de insuficiência cardíaca
239
169
408
Tratamento de AVC (isquêmico ou hemorrágico)
152
172
324
Analisando as tabelas de internações dos últimos anos as principais
causas de internações hospitalares seguiram uma tendência com algumas
variações de frequência, as maiores incidências estão relacionadas as doenças
respiratórias, doenças circulatórias, internações relacionadas a gravidez parto e
puerpério, neoplasias, doenças do aparelho digestivo e causas externas.
A internação hospitalar continua sendo a principal alternativa para a
recuperação dos casos graves de doenças em consequência o pleno
restabelecimento da saúde, é imprescindível, para gestão um suporte hospitalar
eficaz.
Neste sentido estamos em constante comunicação com os três hospitais,
acompanhando, avaliando e auditando as internações. Um grande problema
enfrentado atualmente é a falta de leitos para pacientes adultos, o que acarreta
uma longa espera por leito de internação, levando ao agravamento das
patologias por falta diagnóstico preciso.
As internações hospitalares em muitos casos poderiam ser evitadas
principalmente se os pacientes mantivessem um bom vínculo com sua unidade
de saúde, assim como se seguissem os tratamentos e condutas recomendadas
pelos profissionais de saúde que constantemente orientam a promoção e
prevenção em saúde.
16
Ao analisar este indicador, é importante citar que culturalmente a
população busca atendimento junto aos plantões de urgência e emergência,
fazendo com que pacientes repitam prescrições, agravem situações e mesmo
internem sem necessidade, pois o médico plantonista não conhece o paciente e
sua patologia, que em muitos casos já é de natureza crônica, isso ocorre
também pela falta informações sobre história pregressa do usuário,pois
atualmente não existe um sistema de informação com os dados dos usuários do
SUS do município de Santa Cruz do Sul.
Verificamos também que as questões sociais influenciam negativamente
para o aumento das internações, pois a falta de cuidadores informados e
comprometidos,
reflete
em
más
condições
de
higiene,
tratamentos
descontinuados e falta de acompanhamento ambulatorial regular.
Mortalidade e Suas Causas
A seguir serão apresentadas as tabelas de mortalidade geral do município
por causa básica (C.B) e faixa etária (F.E) de uma série histórica dos últimos
anos, com posterior análise.
MORTALIDADE POR C.B. E FAIXA ETÁRIA ANO 2009
Causas
Circulatório Neoplasia Respiratório Externa
Mal
definida
Outras
Total
Idade/ Sexo
F
F
F
M
F
M
6
4
8
5
1
1
1
M
F
M
F
< 01 ano
1 a 4 anos
M
F
1
2
M
M
1
1
5 a 9 anos
1
10 a 14 a
15 a 19
1
20 a 29
1
30 a 39
2
2
40 a 49
3
8
50 a 59
15
60 a69
1
1
2
2
2
3
3
11
3
1
7
14
3
1
3
7
7
9
12
22
8
9
1
1
6
4
5
15
29
15
23
19
6
9
1
7
16
45
67
10
23
12
35
4
8
14
19
41
87
70 a 79
38
40
17
32
13
17
2
3
26
18
96
111
> 80
73
42
17
15
21
11
2
1
1
36
21
150
90
TOTAL
141
132
79
115
44
48
14
41
2
96
94
376
432
Total Geral
273
194
2
92
55
17
1
1
1
4
2
190
808
MORTALIDADE POR C.B. E FAIXA ETÁRIA ANO 2010
Causas
Circulatório Neoplasia Respiratório Externa
Mal definida Outras
Total
Idade
/Sexo
F
F
M
F
M
F
M
F
M
M
1
< 01 ano
1 a 4 anos
F
M
F
M
1
3
2
3
1
1
5 a 9 anos
10 a 14 a
1
1
1
15 a 19
20 a 29
1
2
1
1
5
2
4
15
2
1
1
3
2
2
6
1
1
6
19
6
4
10
12
18
30 a 39
2
2
4
40 a 49
6
7
8
5
1
3
2
5
7
9
24
29
50 a 59
8
22
13
21
2
1
3
13
8
19
34
76
60 a69
16
27
24
40
4
7
3
4
10
15
57
93
70 a 79
37
31
26
34
6
12
6
24
18
93
101
> 80
81
55
15
18
26
16
4
4
62
14
188
107
TOTAL
150 144
92
121 40
39
19 59
0
120 90
421
455
78
2
210
876
Total Geral 294
213
79
2
MORTALIDADE POR C.B. E FAIXA ETÁRIA ANO 2011
Causas
Circulatório
Neoplasia
Respiratório Externa
Mal definida
Outras
Total
Idade / Sexo
F
F
F
F
F
M
F
M
< 01 ano
1
9
5
11
5
M
M
M
F
M
1
M
1 a 4 anos
3
3
5 a 9 anos
2
2
10 a 14 a
1
15 a 19
1
3
1
4
2
1
7
1
7
2
16
20 a 29
2
1
3
1
13
3
15
5
33
30 a 39
1
2
2
1
9
7
18
10
30
2
4
8
8
18
31
39
10
35
40
99
18
21
78
90
2
25
15
100 105
39
17
177 101
1
12
159
455 527
1
279
40 a 49
6
4
12
7
50 a 59
9
29
16
20
2
3
3
12
60 a69
23
24
25
31
7
5
4
9
70 a 79
43
45
25
29
7
14
> 80
93
45
14
13
27
25
4
1
TOTAL
175 150
97
107 44
49
18
62
Total Geral
325
204
93
80
1
Conforme os dados acima, foi analisado a frequência de
982
óbitos nos
últimos anos, observou-se que respectivamente 808 óbitos em 2009, 876 em
2010 e 982 em 2011. Pode se observar as seguintes considerações:
18
O índice de mortalidade por causa circulatória predomina na faixa
•
etária acima dos 50 anos aumentando gradativamente com a idade,
percebe-se também maior prevalência no sexo feminino;
As neoplasias já apresentam índices elevados a partir dos 40
•
anos,com predomínio do sexo masculino;
A partir dos 50 anos também ocorre predomínio dos óbitos por causa
•
respiratória, com equilíbrio entre ambos os sexo;
Os óbitos por causas externas já aparecem com frequência nas faixas
•
etárias a partir dos 15 anos e são principalmente causadas por
acidentes de trânsito e outros acidentes, suicídio e homicídio, a maioria
acomete a população masculina;
Observamos frequências de óbitos causados por neoplasias em faixas
•
etárias acima de 10 anos.
Neste período a causa básica de mortalidade tem seguido uma sequência
padrão onde predominam as causas de origem circulatória, seguidas
respectivamente por causas de origem neoplásicas, respiratórias e causa
externa. Verifica-se também esta sequência no padrão nacional das causas de
óbitos.
Óbitos Maternos
ANO
NÚMERO
DE
ÓBITOS
IDADE
Nº
GESTAÇÕES
CONSULTAS
de
PRE-NATAL
Óbito Trimestre ou
1º
2009
2
2010
1
2011
0
2012
0
2º
3º
CAUSA
DO
ÓBITO
Pós Parto
Imediato
28 Anos
04
07
X
CIVD
30 Anos
02
01
X
CIVD
33 Anos
02
07
X
CIVD
Nos óbitos maternos podemos constatar que a causa principal do óbito foi
a Síndrome de HELP(CIVD) complicação no pós parto imediato, também
verifica-se:
•
Nos três casos as pacientes já tinham tido gestações anteriores;
•
Os óbitos ocorreram em mulheres moderadamente jovens;
19
•
Em
dois
casos
as
pacientes
realizaram
as
sete
consultas
preconizadas no pré-natal;
•
Em um dos casos a paciente realizou somente uma consulta de prénatal.
Ao avaliarmos os indicadores, verificamos nos últimos dois anos não
ocorreram óbitos maternos, todavia, avalia-se como positivo, poderá estar
relacionado ao fato de que o município atingiu metas de consultas de pré-natal e
consultas puerperais.
Óbitos Infantis
ANO
Mort. Neo.
Precoce
Mort. Neonatal
Tardia
Mortalidade
Infantil
Tardia
Mortalidade
Infantil
Coeficiente de
Mortalidade
Infantil
2009
03
03
07
13
9,42
2010
03
01
01
05
3,50
2011
05
01
10
16
10,86
2012
09
04
13
8,40
Os 13 óbitos infantis ocorridos no ano de 2009 no município de Santa
Cruz do Sul, ocorreram 06 óbitos neonatal (até 28 dias) e 07 pós-neonatal (de
28 dias até um ano), pode-se destacar que dentre as causas de mortalidade
infantil prevaleceu a prematuridade extrema com cinco óbitos, enterocolite
necrotizante com dois óbitos, insuficiência respiratória com dois óbitos, acidose
metabólica grave com um óbito, síndrome da morte súbita do lactente com um
óbito, microcefalia com um óbito e bronquite aguda não especificada com um
óbito. Em relação à idade materna, uma gestante com idade menor que 20
anos, 07 gestantes com idades entre 21 e 29 anos, 02 gestantes com idades
entre 30 e 35 anos e uma gestante com idade mais de 36 anos.
Em relação aos bairros: três óbitos infantis no Bairro Senai, dois óbitos no
Bairro Arroio Grande, dois óbitos no Bairro Glória, um óbito no Bairro Faxinal,
um óbito no Bairro Schultz, um óbito no Bairro Pedreira, um óbito no Bairro
Várzea, um óbito no Bairro Centro e um óbito no Bairro Esmeralda.
20
Em 2010, dos cinco óbitos infantis, sendo 04 óbito neonatal e 01 pósneonatal as principais causas de morte foram prematuridade extrema com dois
óbitos, insuficiência respiratória com dois óbitos, e Síndrome de Eduards com
um óbito. Quanto à idade materna, duas gestantes com idade menor de 20
anos, uma gestante com idade entre 21 e 29 anos, e duas gestantes com idade
acima de 35 anos. Em relação aos bairros: um óbito infantil no Bairro Verena,
um óbito no Bairro Holand, um óbito no Bairro Arroio Grande, um óbito no Bairro
Glória e um óbito no Bairro Centro.
Em 2011 foram dezesseis óbitos, sendo 06 óbitos neonatais e 10 pósneonatais. Em relação às causas de morte: prematuridade extrema com oito
óbitos, sepse com três óbitos, insuficiência respiratória com dois óbitos,
Síndrome de Patau com um óbito, cardiopatia não especificada com um óbito,
insuficiência renal com um óbito. Em relação à idade materna: cinco gestantes
com idade menor que 20 anos, oito gestantes com idade entre 21 e 29 anos e
duas gestantes com idade entre 30 e 35 anos e uma gestante com idade maior
que 40 anos. Em relação aos bairros: dois óbitos no Bairro Renascença, dois
óbitos no Bairro Rauber, um óbito no Bairro Bom Jesus, um óbito no Bairro
Carlota, um óbito no Bairro Holand, dois óbitos no Bairro Ohland, um óbito no
Bairro Centro, um óbito no Bairro Santo Antônio do Sul, um óbito no Bairro
Belvedere, um óbito no Bairro Distrito Industrial, um óbito no Bairro Berçário
Mãe de Deus, um óbito no Bairro Glória, um óbito no Bairro Aliança, um óbito no
Bairro Interior.
Em 2012 foram treze óbitos, sendo 09 óbitos neonatais e 04 pósneonatal. Em relação às causas de morte: prematuridade extrema com cinco
óbitos, insuficiência respiratória com um óbito, Síndrome de Down com um
óbito, Tetralogia de Fallot + Sínd de Dandy-Walker com um óbito, síndrome do
coração esquerdo hipoplásico, sepse neonatal grave precoce com um óbito,
sepse tardia grave com um óbito e má formação crânio facial com um óbito,
doença da membrana hialina +mãe sem pré-natal com um óbito. Em relação aos
Bairros: dois óbitos no Bairro Arroio Grande, dois óbitos no Bairro Centro, um
óbito no Bairro Progresso, um óbito no Bairro Renascença, um óbito no Bairro
Bom Fim, dois óbitos no Bairro Faxinal, um óbito no Bairro Ohland, um óbito no
Bairro Esmeralda, um óbito no Bairro Mãe de Deus e um óbito no Bairro Bom
Jesus.
21
CAPÍTULO II
SISTEMA LOCAL DE SAÚDE
O Sistema Único de Saúde do Município de Santa Cruz do Sul é formado
por uma rede de serviços que busca atender a todo cidadão em sua
integralidade, todos os serviços estão organizados com o propósito de acolher,
atender, orientar, encaminhar a todos os usuários que necessitarem deste
importante direito, a saúde.
Parte I
Rede de Atenção Básica
A Atenção Básica de Saúde é constituída por políticas de ação integral,
atende a população em todos os ciclos vitais (criança, adolescentes, adulto e
idoso). É o primeiro nível de atenção em saúde, realiza ações individuais e
coletivas, abrange
diagnóstico,
promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos,
tratamento e reabilitação enfim a manutenção do equilíbrio da
saúde.
A Atenção Básica deverá ser a principal porta de entrada do usuário junto
ao sistema de saúde, além de ser o centro de comunicação com toda rede,
neste contexto faz-se imprescindível que ela se oriente pelos princípios da
universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da continuidade do cuidado, da
integralidade da atenção, da responsabilidade e da humanização nos cuidados.
Este trabalho é executado pelos Agentes Comunitários de Saúde, pelas
Unidades Básicas de Saúde, pelas Unidades de Estratégia de Saúde, Unidades
de Saúde Bucal e outros Programas de saúde que serão relacionadas a seguir:
Unidades Básicas de Saúde
Atualmente contamos com 12 UBS, sendo sete na zona urbana nos
Bairros Arroio Grande, Belvedere, Avenida, Schultz, Aliança, Esmeralda,
22
Verena; e cinco na zona rural em Alto Paredão, Boa Vista, Linha Santa Cruz,
Pinheiral e, Monte Alverne.
As UBS atendem de forma descentralizada, próxima e/ou inseridas nas
comunidades, trata- se portanto da principal porta de entrada do sistema de
saúde, formando uma rede de referência e contra referência no sistema.
Atualmente as unidades trabalham com o sistema de agendamento de
atendimentos, mas realiza-se também a distribuição de consultas médicas e
odontológicas diariamente nas unidades, é na própria unidade que se autoriza a
execução de alguns exames de menor complexidade e o agendamento de
especialistas, quando necessário, de acordo com as ofertas disponibilizadas
conforme a população atendida na região de cobertura.
Nessas unidades são
realizados atendimento de enfermagem em geral, atendimento médico de clínica
geral, gineco-obstetrícia, pediatria e atendimento odontológico.
Os serviços também estão atentos as necessidades da comunidade em
parceria principalmente com os ACS, realizando-se acolhimento de todas as
pessoas,
fornecendo
informações e realizando
encaminhamentos, nestas
unidades, também é realizado a educação em saúde , seja nos grupos de
atendimentos, pré-natal, puericultura, atendimento a pacientes crônicos, além da
integração entre a saúde a educação e o serviço social do Município.
Observa-se que em muitas unidades tem-se a necessidade de ampliação
de horários de atendimentos dos profissionais, para isso faz-se necessário o
aumento do número de profissionais, principalmente médico para que os
usuários possam ter acesso a atendimentos fora de seu horários de trabalho.
Com esta conduta evitaria o aumento da procura por atendimento nos plantões
de urgência, e naquelas unidades que já possuem horário estendido.
Esta
realidade
disponibilizados
dificulta
o
acesso
da
população
consequência reflete em dificuldade de
aos
serviços
vínculo com os
pacientes, descaracterizando assim um atendimento básico, fazendo com que
unidades de urgência e emergência atendam muitos casos de baixa
complexidade, neste sentido faz-se necessário uma reformulação dos
processos de trabalho dos servidores.
23
Verifica-se também que muitas unidades não apresenta estruturas físicas
que comportem a demanda da comunidade, e atenda os padrões de qualidade
exigidos atualmente, com isso dificultando o trabalho da equipe e provocando
transtornos para
o adequado atendimento, sendo portanto necessário
ampliação, readequação e até mesmo a completa substituição/construção de
algumas unidades.
Unidades de Estratégia de Saúde da Família – ESF
Atualmente o Município conta com 11 equipes de ESF, sendo dez na
zona urbana nos
Bairro Bom Jesus (duas equipes) , Bairro SENAI, Bairro
Margarida Aurora, Bairro Menino Deus, Bairro Faxinal, Bairro Cristal Harmonia,
Bairro Santa Vitória, Bairro Pedreira e Bairro Rauber;
uma na zona rural no
Distrito de Rio Pardinho. Atualmente em oito ESF também tem equipe de saúde
bucal.
As Equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF) visam a
reorganização do sistema de saúde, de acordo com os preceitos do SUS, e é
tida como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção
básica. Também favorece a reorientação dos processo de trabalho com maior
potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção
básica com potencial de ampliar a resolutividade e impacto na situação de
saúde das pessoas e coletividade, além de propiciar uma importante relação
custo efetividade.
O processo de trabalho das equipes se caracteriza por definição de
território de atuação e implementação das atividades de acordo com as
necessidades daquela população, com a priorização de intervenções clínicas e
sanitárias nos problemas da saúde segundo critérios de frequência, risco,
vulnerabilidade e resiliência.
No planejamento e organização dos serviços as ESF priorizam os grupos
e fatores de risco clínico comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a
finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos
24
evitáveis, realizam o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco,
análise de vulnerabilidade visando a assistência resolutiva á demanda
espontânea e o primeiro atendimento às urgências, realizam também atenção a
saúde no domicílio, assim como salões comunitários, escolas, creches, praças
entre outros. Além de realizarem muitas ações educativas que interferem no
processo de saúde doença da comunidade, desenvolvendo a autonomia
individual e coletiva na busca por qualidade de vida do usuário.
Nas ESF atuam Médicos,
Enfermeiros, odontólogos,Técnicos de
Enfermagem, Auxiliar de Consultório Dentário, Agentes Comunitários de Saúde
entre outros, a equipe torna-se também um campo de formação / educação em
saúde para estudantes das mais variadas áreas.
As
equipes
atualmente
possuem
10.258
famílias
cadastradas/
acompanhadas totalizando 33.092 pessoas.
No processo de avaliação do trabalho das ESF, faz-se necessário
algumas considerações importantes, que tem reflexo na efetividade das ações e
consequentemente prejuízo nos resultados, como por exemplo o trabalho estar
focado no atendimento das pessoas com doenças já estabelecidas, não
dispondo de tempo hábil para aplicação de trabalho na prevenção e na
promoção da saúde. Entende
haver a preocupação com a cura mas deve
sobretudo haver a busca por melhor qualidade de vida, trabalhando a prevenção
de agravos e promovendo mais ações de busca por hábitos de vida saudáveis
para população como: divulgar, sensibilizar e mobilizar para promoção da
saúde, alimentação saudável, prática corporal e atividade física, prevenção e
controle de tabagismo, redução da morbi-mortalidade em decorrência de uso
abusivo de álcool e outras drogas, redução da morbi-mortalidade por acidentes
de trânsito e prevenção da violência e estimulo à cultura da paz.
Outro fator importante que identificamos é a realização de poucas visitas
domiciliares pelas equipes técnicas (médicos, enfermeiros, dentistas e técnicos
de enfermagem)
as
visitas são muito importantes pois propiciam maior
aproximação da população com a equipe, auxiliam
também para melhor
conhecimento da realidade da população, sua situação de saneamento básico,
25
suas condições de moradia que interferem diretamente na condição da saúde
local.
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS
A Estratégia de Agentes comunitários de saúde iniciou no município no
ano de 1997, direcionando sua proposta à prevenção e promoção da saúde
principalmente nas comunidades de maior vulnerabilidade social.
A equipe atualmente conta com 60 Agentes Comunitários de Saúde e
dois Enfermeiros, as áreas de atuação são na Zona Rural: Alto Chaves e Linha
Chaves, parte da localidade Cerro Alegre Alto e Cerro Alegre Baixo, Quarta
Linha Nova Baixa, Quarta Linha Nova Alta e Linha Nova, parte do Distrito de
Boa Vista e Alto Boa Vista, parte do Distrito de Monte Alverne, Distrito de Alto
Paredão, Capela dos Cunha, Distrito de São Martinho, Linha Saraiva,Distrito
Pinheral,São José da Reserva, Reserva dos Kroth, Capão da Cruz, Linha João
Alves, Linha Antão.
Zona Urbana: Parte do bairro Belvedere, bairro Renascença, Progressol,
parte do bairro Verena, bairro Aliança, bairro Liberdade, parte da Vila Nova,
parte do bairro Dona Carlota, parte do bairro São João e Ohland, parte do bairro
Arroio Grande, parte do bairro Avenida, Vila Schultz, parte do bairro Cohab e
Universitário , parte do bairro Bom Fim, parte do bairro Santo Inácio, parte do
bairro Várzea e Navegantes, Nova Morada ,Linha Santa Cruz .
Atualmente na zona urbana tem 13.975 pessoas cadastradas e 9.296
pessoas na zona rural. Conforme as normas e diretrizes do programa o agente
deve ser morador da área acompanhada, sendo o elo de ligação dos serviços
de saúde e comunidade, trabalha como vigilante em saúde, faz orientações,
encaminhamentos e monitoramento, tendo sempre o suporte de enfermeiros
instrutores e supervisores para lhe orientar nas condutas a serem seguidas.
Apesar dos agentes comunitários já atuarem a vários anos no sistema
local de saúde verificamos ainda dificuldade de entendimento por parcela
importante da população e mesmo instituições, sobre a função do mesmo,
26
muitos consideram que a função é especificamente seja de assistencialista,
citando alguns exemplos: agendar atendimentos, acompanhar pacientes, buscar
medicamentos e outros encaminhamentos.
O agente tem como função principal a educação em saúde, promovendo
com suas ações / orientações uma melhor qualidade de vida as populações
atendidas.
Também avaliamos que o baixo grau de escolaridade exigidos nos
processos de seleção dos agentes, fazem com que limite sua capacidade de
entendimento, necessária para o desenvolvimento de todas as ações
dificultando assim um qualificado processo de trabalho.
Saúde Bucal
A equipe de Saúde Bucal é formada por Cirurgiões Dentistas, Auxiliares
de Saúde Bucal,
Agente Administrativo,
Recepcionista,
Motorista e uma
Auxiliar de Higienização.
A Saúde bucal é uma rede descentralizada de atendimento com 12
consultórios odontológicos em Unidades Básicas de Saúde, 8 consultórios em
Estratégias de Saúde da Família,
1 consultório odontológico no Presídio
Regional, uma Unidade Móvel de Saúde para atender o interior e escolas
municipais e um Central odontológica.
O trabalho de atenção em odontologia inclui os seguintes procedimentos:
Clínico Ambulatorial: exames, profilaxias, aplicação tópica de flúor gel, aplicação
de cariostático, aplicação de selantes, controle de placa bacteriana, curativos,
restaurações, extrações dentárias, pulpotomia, raspagens, atendimentos de
urgência, escovação e orientação de higiene bucal;
•
Atendimento especializado: endodontias menores de 15 anos,
radiografias periapicais para a população em geral;
•
Programa de Prevenção clínico até 15 anos;
•
Projeto de atenção a Bebês;
27
•
Projeto de atenção a pacientes especiais com visitas semestrais na
APAE;
•
Procedimentos
coletivos
em
escolas
e
emeis:
levantamento
epidemiológico, higiene bucal supervisionada, aplicação de fluoretos
com escova dental e palestras educativas. Fornecemos escovas e
creme dental para as escolas;
•
Participação em Feiras de Saúde e Eventos.
Apesar de a Saúde Bucal estar descentralizada, formada por uma rede
bem estruturada, o sistema ainda não atende todas as especialidades
odontológicas, uma grande parcela da população que necessita de atendimento
especializado em áreas específicas necessita realizar seus tratamentos em
redes privadas, estes muitas vezes onerosos e demorados, é fundamental a
implantação de um Centro de Especialidades odontológica para atendimento
desta significante demanda.
Também é importante salientar que a estrutura física de algumas
unidades necessitam melhorias, assim como melhoria na qualidade de móveis e
equipamentos odontológicos.
Outras questões que merecera atenção especial, é a falta de um serviço
de urgência odontológica para nossa população nas 24hs, assim como é de
grande importância dispormos de um serviço clínico hospitalar a pacientes
portadores de necessidades especiais. Outro ponto importante é a retomada ao
atendimento aos alunos do interior do 1º ao 5º ano via Unidade Móvel.
Nota-se também a necessidade crescente de implantação de novas
equipes de saúde bucal tanto nas Equipes de Estratégia de Saúde da Família,
como em unidades básicas que ainda não contam com este serviço.
Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso / Posto Central
O Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso, inaugurado em
novembro de 2009, tem como objetivo realizar a prevenção, o diagnóstico e o
tratamento da Hipertensão Arterial (HAS) e do Diabetes Mellitus (DM). Todavia,
28
busca diminuir a incidência de complicações relativas a doenças crônicodegenerativas e doenças comuns aos idosos através de um sistema de
atendimento integralizado, assegurando melhor qualidade de vida.
Os atendimentos são direcionados a hipertensos, diabéticos e idosos que
residem no centro da cidade e no interior do Município, que não tenham unidade
de saúde de referência.
O
serviço
disponibiliza
atendimento
Médico,
de
Enfermagem,
Nutricionista, Psicólogo e Assistente Social.
No Brasil, o ritmo de crescimento da população idosa tem sido
sistemático e consistente. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios - PNAD 2009, o País contava com uma população de cerca de 21
milhões de pessoas de 60 anos ou mais de idade. Em sua maioria, com baixo
nível socioeconômico e educacional e com alta prevalência de doenças crônicas
e causadoras de limitações funcionais e de incapacidades. Até 2025, a partir de
dados da OMS, o Brasil será o sexto país do mundo em número de idosos. Com
9,3% da população com 65 anos ou mais, o Rio Grande do Sul já apresenta um
padrão etário que o país como um todo só atingirá em 2020, conforme projeções
preliminares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), - Censo
2010.
Em Santa Cruz do Sul, temos uma população de 15551 idosos- censo
2010. Destes, 6246 são do sexo masculino e 9305 são do sexo feminino. Diante
desse quadro que foi exposto acima, o Ambulatório vem desenvolvendo
importantes ações tanto nível preventivo educativo, cadastros de hipertensos e
diabéticos assim como tratamento e condutas.
Apesar da área física do ambulatório não ser ideal, foi readaptada para
esta unidade e conjuntamente funcionam outros serviços, este vem garantindo
para muitos idosos e doentes crônicos um bom acompanhamento de saúde, tão
necessário para evitar os danos crônico degenerativo causados pelas referidas
doenças e ou pela idade avançada da população.
29
O Posto Central funciona junto ao ambulatório, de segunda a sexta-feira,
no horário das 07h30min às 11h45min e das 13h às 19h, e oferece atendimento
médico e de Enfermagem, também oferece atendimento direcionado aos
moradores da área central e do interior onde não há postos de saúde, aos quais
sejam vinculados. Todavia, é expressivo o número de acolhimento, nos quais
são prestados os primeiros e mais urgentes procedimentos que os pacientes
necessitam, para então, encaminhá-los aos postos de origem. Também, são
acolhidos em número significativos, pacientes encaminhados por outros postos,
para procedimentos considerados mais complexos.
Parte II
Rede de Atenção em Saúde Mental
A rede de Atenção em Saúde Mental do município é formada pelos três
CAPS, sendo que o
o CAPS AD disponibiliza ações voltadas à saúde dos
portadores de problemas relacionados ao diversos tipos de uso de substâncias
psicoativas, seja ele recreativo, abusivo, nocivo ou dependência, a maiores de
18 anos de idade, bem como à sua família.
O CAPSIA constitui-se em um serviço de atenção diária destinado ao
atendimento de crianças e adolescentes (até 18 anos) usuários de substâncias
psicoativas (SPA) e/ou com transtornos mentais graves/severos e persistentes.
Inclui-se nesta última categoria os portadores de autismo, psicoses, neuroses
graves e transtornos que, por sua condição psíquica, estão levando a
dificuldades na manutenção ou estabelecimento de laços sociais.
O CAPS II funciona no município desde 1997, acompanhando diretrizes
da reforma psiquiátrica, tem como proposta dar atenção a pessoas portadoras
de sofrimento psíquico grave e severo maiores de 18 anos.
A rede de saúde mental do município trabalha integrada aos demais serviços de
saúde e interage com outras instituições das mais variadas áreas, assim sendo
busca a reintegração e manutenção
do indivíduo com a família, escola,
trabalho, comunidade.
30
Centro de Atendimentos Psicossocial Para Álcool e Drogas - CAPS- AD
O serviço conta atualmente com um quadro funcional composto por
médicos
psiquiatras,
médico
clínico
geral,
enfermeira,
técnicos
de
enfermagem,psicólogos, assistente social e terapeuta ocupacional, uma auxiliar
de serviços gerais e motorista.
A proposta do serviço norteia-se na política de saúde mental e tem como
base o modelo e os pressupostos da Legislação Federal do SUS (Lei nº. 10216,
de 06/04/2001). A equipe tem como comprometimento o trabalho em prol da
redução de danos, prevenção, tratamento e recuperação de familiares e
usuários de substâncias psicoativas. É muito importante a perspectiva de
integração social e produção de autonomia do sujeito, a partir das ofertas
terapêuticas, educativas e promotoras de saúde oferecidas pelos profissionais
corresponsáveis pelos caminhos a serem construídos para a vida deste
pacientes e familiares. Devido a crescente demanda de atendimento, verifica-se
a necessidade de ampliação dos horários de funcionamento e a criação de um
serviço de CAPS III, com funcionamento 24 horas. Também verifica-se a
necessidade da adequação dos espaços físicos para comportar o aumento da
carga horária de trabalho da equipe multiprofissional.
Outra questão importante que o serviço encontra dificuldade é em
conseguir internações para desintoxicação,sendo necessário o serviço dispor
viatura própria para busca ativa de pacientes faltosos que apresentem risco para
si próprio e para outros.
Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência-CAPSIA
O serviço conta atualmente com equipe multiprofissional composta por
Psicólogas, Fonoaudióloga, Psiquiatras,Terapeuta Ocupacional, Enfermeira,
Técnica de Enfermagem e Assistente Social já a equipe de apoio é composta
de Secretária Estagiária, Servnte Vigilante e Motorista.
As atividades desenvolvidas no CAPSIA são: atendimentos individuais
(psiquiátrico,
clínico,
psicoterapêutico,
31
fonoaudiológico
e
terapêutico
ocupacional), avaliação social, atendimento grupal, atendimento familiar, visitas
domiciliares, atividades de inserção social, oficinas terapêuticas, atividades
externas, atividades de orientação a atenção básica, escola e instituições.
O serviço conta com instituições hospitalares de referência para
internações como o Hospital dos Passos em Rio Pardo (unidade de
dependência química masculina), Hospital de Candelária (leitos femininos para
desintoxicação), além do Hospital Santa Cruz, Hospital de Rio Grande e
Hospital Espírita de Pelotas, os dois últimos referência para internação
psiquiátrica em unidade fechada. Através da Central de Leitos do Estado, o
serviço tem acessado outras instituições para internação para desintoxicação,
não havendo disponibilidade de leitos nas unidades de referência.
Há ainda a Comunidade Terapêutica SOS Vida, em Santo Ângelo, com a
qual a Prefeitura de Santa Cruz do Sul estabeleceu um convênio para
tratamento prolongado (9 meses) de usuários de substâncias psicoativas (SPA),
além da Comunidade Terapêutica Recomeçar, em Santa Cruz do Sul
(tratamento de 3 meses), ambos com leitos para o sexo masculino. Para o
público feminino, ainda se procura uma referência adequada de atendimento.
A demanda burocrática e de atendimento tem crescido, sendo que
atualmente são atendidos mensalmente uma média de 340 pacientes, gerando
uma média que ultrapassa os 800 atendimentos por mês. Em 2013 foi alterada a
ferramenta de registro para financiamento dos CAPS, sendo implantado o
programa RAAS, aumentando e burocratizando a necessidade de registros.
Avaliando o Plano Municipal realizado para execução entre 2010 e 2013, que
foi focado em ações, foi traçadas diversas metas para o serviço dentre as
quais observamos muitas conquistas como:
•
Prestar atendimento a crianças e adolescentes com transtornos
mentais graves, promovendo ações intersetoriais; a rede tem se
articulado cada vez mais, promovendo ações conjuntas;
•
Ampliação da atenção aos usuários de SPA, através de maior número
de visitas domiciliares e inserção em oficinas terapêuticas, bem como
encaminhamento para tratamento prolongado em Comunidade
Terapêutica, através de convênios firmados pela Prefeitura;
32
•
Foram ampliadas as atividades de orientação e sensibilização, sendo
realizadas visitas programadas aos ESFs em 2011 e reuniões e
atividades em escolas em 2012, mantendo-se o contato conforme
solicitação e necessidade destes e do CAPSIA;
•
Fortalecimento da rede de atenção à criança e adolescente, através
de reuniões mensais, realizadas no Fórum, promovidas pelo Juizado
da Infância e Juventude;
•
Ampliação da participação em reuniões do COMAD e COMDICA;
•
Participação ativa no Fórum Permanente Regional de Saúde Mental;
•
Manutenção e ampliação das vagas de estágio, através de convênio
com a UFSM e início de estágio de estudante do Serviço Social da
UNISC.
O último Plano Municipal de Saúde foi focado em ações, não foram
traçadas metas específicas em relação à compra de materiais e equipamentos,
no entanto, essas aquisições foram planejadas anualmente, sendo adquiridos
móveis (balcões, prateleiras, sofás), aparelhos e utensílios de cozinha e
equipamentos eletrônicos (TV, som, DVD, telefones). Mesmo assim, percebemse ainda diversas deficiências nesse sentido.
Em relação à equipe técnica, também não constou no plano a
necessidade de ampliação da mesma, embora tenha havido um investimento na
ampliação do atendimento médico, o qual passou de 09 horas semanais no ano
2010, para 30 horas semanais em 2013. Quanto à equipe de apoio, houve um
aumento da cobertura de vigilância no serviço, passando de 20 horas semanais
em 2010, para 44 semanais em 2013, perfazendo a carga horária completa de
atendimento do serviço, assim como ampliação da disposição de funcionário na
recepção: o serviço contava com 01 estagiário CIEE 30 horas, passando a
contar com 02 estagiários CIEE em alguns momentos, havendo, porém, uma
dificuldade de se efetivar essa disponibilidade.
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II
Atualmente conta com uma equipe multidisciplinar composta por
Psiquiatras, Psicólogas,Assistente social, Terapeuta Ocupacional, Enfermeira e
33
Técnicas de Enfermagem a equipe de apoio conta com telefonista recepcionista,
auxiliar de serviços administrativo, servente, estagiárias CIEE, motorista e um
vigilante.
O CAPS II presta atendimento na área da saúde mental, oferecendo
atendimentos individuais, grupos, oficinas terapêuticas e atendimento a crise
diurno, onde o usuário passa o dia conosco recebendo a atenção necessária
como também as refeições diárias. Os registros devem ser feitos através da
RAAS (relatório de ações ambulatoriais em saúde) para recebimento de verba
específica do ministério da saúde. O serviço conta com mais de nove mil
prontuários registrados e presta uma média de 1.800 atendimentos ao mês. São
oferecidas oficinas de artesanato, criatividade, cestaria, atividade física, música,
bijuterias, jardinagem,beleza, informação, oficina de rádio onde grava-se um
programa na rádio comunitária quinzenalmente. Os grupos são de acolhimento,
terapêutico, medicação, familiares, autocuidado, acompanhamento e retriagem,
além de visitas domiciliares.
O trabalho não se resume somente aos atendimentos, mas também a
construção e manutenção da rede de saúde com o CAPSII, através de reuniões
e visitas aos Postos de Saúde e ESF (s) para fomentar e fortalecer a rede de
saúde, sendo esta essencial ao bom funcionamento do serviço. O CAPS II
participa ativamente do Fórum de Saúde Mental com intuito de fortalecer a
saúde mental da região, bem como discutir questões pertinentes ao tema, como
também da Comissão Municipal de Saúde Mental. O CAPS II oferece estágio
curricular de psicologia, serviço social e educador físico.
A demanda do CAPS II aumenta a cada ano, temos uma média de dois
pacientes novos por dia, totalizando 40 triagens novas por mês. O serviço ainda
precisa avançar
no trabalho com rede básica de saúde, trabalho com os
hospitais que são a referência de internação, buscar maior integração com os
serviços de saúde mental, construir plano mais efetivo de prevenção ao suicídio,
criar oficinas de geração de renda e outros que precisamos planejar, para então
poder executar sem descuidarmos do que já realizamos.
34
Parte III
Rede de Atendimento de Urgência e Emergência
A rede de atendimento as urgências e emergências
é composta por
serviços próprios do Município que são: CEMAI (Centro Materno Infantil) atende
crianças menores de 13 anos, CSIIM (Casa de Saúde Ignez Irene Morais) que
atende urgências em adultos, Também faz parte da rede o SAMU, Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência, que funciona em parceria com a Secretaria
Estadual de Saúde / Ministério da Saúde, responsável pela regulação dos
atendimentos de urgências, atendimento móvel de urgência e transferências de
pacientes graves. O Município também contrata o serviço do Pronto
Atendimento do Hospital Santa Cruz para o atendimento de pacientes com mais
de 13 anos.
Centro Materno Infantil – CEMAI
O serviço está situado na Travessa Vereador Walter Kern nº 125, possui
equipe técnica formada por Médicos clínicos Gerais, Pediatras, Pneumologista,
cirurgião
pediátricos,
Gineco-bstétricos,
Enfermeiros,
Nutricionista,
Fonoaudiólogo e Técnicos de Enfermagem mais equipe de apoio com
serventes, vigilante recepcionistas. O serviço oferece atendimento de urgência
em pediatria nas 24 horas, mas também oferece outros importantes serviços de
suporte para atenção básica, tanto na política saúde da criança,
como o
ambulatório de risco e para pacientes egressos de UTI ou encaminhados por
apresentarem outros relevantes fatores de risco, atendimento de pneumologia
para pacientes portadores de disfunções respiratórias, avaliação cirúrgica de
pediatria, puericultura para crianças do centro e do interior e também oferece
teste da orelhinha a nível regional. Na saúde da mulher atende consultas de
rotina, urgências em gineco-obstetrícia, oferece pré-natal de alto risco sendo a
referência municipal, ainda é referência em colposcopia e biópsia para
municípios da 13ª CRS.
Embora o serviços desenvolva todas estas atividades, um grande
problema enfrentado é as condições físicas do prédio, que já é bastante antigo,
não suporta mais a implantação de outros serviços, pois falta área física,
35
também as instalações
apresentam frequentemente problemas estruturais,
elétricos e hidráulicos, já sofreram inúmeras reformas para readequação da
estrutura,os quais continuam apresentar problemas, em conseqüência traz
prejuízos ao atendimento e gastos elevados.
Outro ponto que trás dificuldade no atendimento pediátrico, á falta de
profissionais pediatra, são poucos no mercado, não consideram a remuneração
atraente pelo volume de atendimentos, para tanto é necessário que outros
profissionais médicos para atendam a pediatria.
Outro ponto que gera dificuldades para o serviço é o grande número de
pacientes de municípios da região que buscam atendimento no CEMAI, em
situações que deveriam ser atendidas em seus municípios.
Observamos um grande avanço para o serviço a informatização no
CEMAI, facilitando o trabalho e gerando informações, porém ainda é necessário
a informatização completa do serviço,faltando apenas impressão da receita
médica.
Outra questão importante que prejudica muito a dinâmica de trabalho, é a
elevada procura por atendimentos pediátrico comuns, descaracterizando a
urgência e causando transtornos para o processo de trabalho, aumentando
muito tempo de espera por atendimento e gerando desconforto por parte de
familiares, estes por sua vez informam que não possuem outro atendimento em
horários compatíveis com seu trabalho ou em
sua localidade não dispõe
atendimento pediátrico. Neste sentido é necessário a implantação de protocolo
de Acolhimento de Manchester, com objetivo de qualificar a triagem e
consequente priorizar adequadamente os atendimentos.
Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM
Também conhecida como “Hospitalzinho”, localiza-se na Rua João
Rabuske, nº 12, Bairro Santa Vitória, às margens da BR é um serviço de saúde
que funciona durante 24 horas diárias, atendendo urgências na Atenção Básica,
bem como consultas em geral, atendimento de enfermagem e atendimentos
36
odontológicos, assim contribuindo para a redução do fluxo do atendimento para
o PA HSC.
A
equipe
é
composta
por
médicos,
Enfermeiros,
Técnicos
de
Enfermagem, Dentistas e Auxiliar de Consultório dentário, e equipe de apoio
conta como Auxiliares de Higienização, recepcionistas e vigilantes.
O serviço também oferece consulta pediátricas, tendo como referência o
CEMAI em caso de necessidade de observação.
O serviço está em processo de informatização, o que contribuirá para
agilização de todo o processo de trabalho. Devido a localização da unidade,
distante do centro da cidade, considerada área de risco devido a conflitos,
percebemos resistência por parcela da população em buscar atendimento no
local, preferindo o pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU
O serviço tem sua base localizada na rua Ernesto Alves de Oliveira, 858,
Centro. Faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender,
dentro da região de abrangência, todo enfermo, ferido ou parturiente em
situação de urgência ou emergência, e transportá-los com segurança e
acompanhamento de profissionais da saúde até o nível hospitalar do sistema.
No Município, o SAMU iniciou suas atividades em 2008, contando com duas
ambulâncias, sendo uma de Suporte Básico (Técnico de Enfermagem e
Condutor) e outra de Suporte Avançado (Enfermeiro, Médico e Condutor)
com equipe formada por sete Médicos, sete Enfermeiros, seis Técnicos de
Enfermagem, oito condutores.
Em março de 2012, iniciou as atividades da Motolância, conduzido por
um
Técnico
em
Enfermagem/Condutor,
devidamente
capacitado
e
especializado. Tal veículo serve para o primeiro atendimento, devido ao seu
tempo resposta menor. Trata-se de uma solução para as condições de tráfego
intenso e das áreas de difícil acesso em regiões remotas.
37
A utilização da Motolância se dá tanto para atendimento rápido às
ocorrências clínicas quanto às traumáticas, a fim de reduzir o tempo resposta
principalmente nas patologias cuja magnitude das sequelas é tempo
dependente.
O serviço é acionado através do telefone 192, sendo a Regulação R S
(Porto Alegre), responsável pela avaliação e liberação do atendimento básico ou
avançado no município.
Muitos profissionais que atuam na área da saúde pública ou privada e
população em geral, necessitam um melhor entendimento do serviço, pois não
aceitam as determinações da regulação estadual, gerando questionamentos e
cobranças indevidas ao serviço.
Segundo a Secretaria Estadual de saúde o SAMU tem como objetivos:
Assegurar a escuta médica permanente para as urgências, através da
Central de Regulação Médica das Urgências;
Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de saúde,
•
no que concerne às urgências, equilibrando a distribuição da
demanda de urgência e proporcionando resposta adequada e
adaptada às necessidades do cidadão, através de orientação ou
pelo envio de equipes;
Realizar a coordenação, a regulação e a supervisão médica, direta
•
ou à distância, de todos os atendimentos pré-hospitalares;
•
Realizar o atendimento médico pré-hospitalar de urgência, tanto
em casos de traumas como em situações clínicas, prestando os
cuidados médicos de urgência apropriados ao estado de saúde do
cidadão e, quando se fizer necessário, transportá-lo com segurança
e com o acompanhamento de profissionais do sistema até o
ambulatório ou hospital;
•
Promover a união dos meios médicos próprios do SAMU ao dos
serviços de salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da
Polícia Militar, da Polícia Rodoviária, da Defesa Civil ou das Forças
Armadas quando se fizer necessário;
•
Regular
e
organizar
as
transferências
inter-hospitalares
de
pacientes graves internados pelo Sistema Único de Saúde - SUS no
38
âmbito macrorregional e estadual;
•
Participar dos planos de organização de socorros em caso de
desastres ou eventos com múltiplas vítimas, tipo acidente aéreo,
ferroviário,
inundações,
terremotos,
explosões,
intoxicações
coletivas, acidentes químicos ou de radiações ionizantes, e demais
situações de catástrofes;
•
Manter, diariamente, informação atualizada dos recursos disponíveis
para o atendimento às urgências;
•
Realizar relatórios mensais e anuais sobre os atendimentos de
urgência, transferências inter-hospitalares de pacientes graves e
recursos disponíveis na rede de saúde para o atendimento às
urgências;
•
Servir de fonte de pesquisa e extensão a instituições de ensino;
•
Identificar, através do banco de dados da Central de Regulação,
ações que precisam ser desencadeadas dentro da própria área da
saúde e de outros setores, como trânsito, planejamento urbano,
educação dentre outros.
Pronto Atendimento - PA
O serviço localizado na Rua Fernando Abott, 174 - Centro, Santa Cruz
do Sul, junto ao Hospital Santa Cruz, é um serviço contratualizado do Município
para o atendimento das Urgências Emergências em pessoas maiores de 13
anos,conta
com
pessoal
técnico
(médicos,
enfermeiros
infraestrutura para atendimentos destas demandas. O serviço
e
outros)
e
nos últimos
anos vem atendendo uma média diária elevada de pacientes girando em torno
de 200 pacientes dia, o que aumenta em períodos sazonais como no inverno,
onde a população apresenta elevado número de problemas respiratórios. Estas
elevadas demandas, em muitos casos descaracterizado o caráter de urgência,
traduz-se em inchaço do serviço, dificuldade para as equipes, e evidentemente
demora para atendimentos de menor complexidade. O serviço trabalha com o
protocolo Manchester priorizando a gravidade das situações. Percebe-se,que
nos últimos anos um aumento dos casos graves (vermelho) o que demanda
muito esforço e dedicação da equipe, um outro problema relevante que dificulta
a dinâmica de trabalho do PA é a falta de leitos SUS, gerando transtorno ao
serviço,com isso dificultando o processo saúde / doença.
39
A gestão vem reunindo-se frequentemente com administração do HSC,
buscando alternativas que possam reverter este cenário de excesso de
demanda de consultas da atenção básica.
Parte IV
Rede de Saúde do Trabalhador
O Município possui sua própria unidade de atendimento em saúde do
trabalhador,
UMRST (Unidade de Saúde do trabalhador), a mesma realiza
ações de vigilância em saúde em todos os níveis de complexidade.
Já o Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador da Região
dos Vales, atua como retaguarda técnica para os 68 municípios da macrorregião
de abrangência (2º,8º,13º e 16 CRS), conforme legislação vigente (Portaria
3120/1998, Portaria 1339/1999, Decreto Estadual 40222/2000, Portaria Estadual
70/2003, Portaria 2728/2009, Portaria104/2011, Portaria 1378/2013).
Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador - UMREST
Este serviço é a referência municipal em saúde do trabalhador, onde
desenvolve ações de Vigilância em Saúde (prevenção e reabilitação) em todos
os níveis de complexidade. Funciona na Av. Independência nº100, Centro. A
área física possui três consultórios, sala de grupo e recepção, e atuam
Assistente Social, Enfermeiro, Médico, Psicólogo e Técnico de Enfermagem.
A assistência á saúde do trabalhador na rede municipal está organizada
em um sistema de referência e contra referência, de forma hierarquizada e
descentralizada, tendo a UMREST como retaguarda as ações da rede de saúde.
Os usuários na rede de saúde devem receber avaliação diagnóstica,
indicação e seguimento terapêutico, encaminhamentos para reabilitação,
fornecimento de receitas, atestados para afastamento do trabalho e/ou para
40
perícia médica. Poderá também obter o preenchimento da Comunicação de
Acidente de Trabalho, assim como o preenchimento de Relatório Individual de
Notificação de Agravo - RINA. A unidade municipal presta assistência aos
trabalhadores, nos casos de média e alta complexidade.
Entre as ações desenvolvidas no serviço estão: atendimento médico de
Enfermagem,
Serviço Social, psicológico- Grupo Informativo, Preventivo e
Terapêutico, além de realizar
visitas domiciliares, realiza notificações de
agravos relacionados ao trabalho (RINA e CAT), Investigação de óbitos
relacionados ao trabalho, faz a vigilância aos ambientes e processos de
trabalho, fornece dados epidemiológicos para o SIST (Sistema de Informação
em Saúde do Trabalhador), sendo Unidade Sentinela de LER/DORT, além de
notificar os casos no SINAN (Sistema d Informação de Agravos de Notificação),
laboração do Informe Epidemiológico anual, e Boletim Informativo mensal,
elabora de materiais informativos, funciona como campo de estágio,
faz a
elaboração de projetos relacionados à saúde do trabalhador participa de feiras
de saúde, tem participação nas reuniões da CIST (Comissão Interinstitucional
em Saúde do Trabalhador) e Conselho Gestor.
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST
A Política de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador compreende
ações de vigilância, assistência e reabilitação, cabendo ao CEREST atuação
complementar às equipes municipais.
Observou-se muitos avanços em relação ao proposto no Plano Municipal de
Saúde de 2008 como:
•
Aumento do número de notificações no Sistema de Informações em
Saúde do Trabalhador (SIST/RS) pelos municípios da macrorregião;
•
aumento do número de municípios da macrorregião notificando no
SIST/RS;
•
Aumento do número de notificações no Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN) pelo CEREST/Vales;
•
Efetivação das notificações no SINAN pelo Hospital Bruno Born, de
Lajeado enquanto Unidade Sentinela para acidentes de trabalho
graves, fatais e com material biológico;
41
•
Estabelecimento
de
fluxo
de
notificações
no
SINAN
pelo
CEREST/Vales com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria
Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul;
•
Estabelecimento
de
rotina
de
vigilância
epidemiológica
no
CEREST/Vales;
•
Implementação das notificações de agravos relacionados ao trabalho
no Hospital Santa Cruz;
•
Elaboração e produção de materiais técnicos e informativos;
•
Publicação
de
site
oficial
do
CEREST/Vales
(www.cerestvales.com.br);
•
Organização da equipe técnica por núcleos temáticos (Vigilância
Epidemiológica,
•
Vigilância aos Ambientes e Processos de Trabalho, Vigilância ao
Trabalho
Infantil,
Grupo
de
Discussão
Permanente
sobre
Agrotóxicos);
•
Estabelecimento de rotina de vigilância aos ambientes e processos
de trabalho;
•
Desenvolvimento de ferramentas de vigilância aos ambientes e
processos de trabalho;
•
Aumento do número de vigilâncias aos ambientes e processos de
trabalho;
•
Fortalecimento de parcerias para vigilância em saúde do trabalhador:
Ministério Público do Trabalho (MPT), Organização Internacional do
Trabalho (OIT), Escritório de Extensão Rural (ASCAR-EMATER),
Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA);
•
Aproximação com Ministério do Trabalho e Emprego (MTE);
•
Fortalecimento da atuação conjunta com equipes de vigilância em
saúde dos municípios da macrorregião de abrangência, exceto do
município sede;
•
Implementação de ações de vigilância da exposição ocupacional a
solventes em postos de combustíveis, a partir da adesão ao Projeto
Nacional do Benzeno;
•
Descentralização das vigilâncias em postos de combustíveis, na
perspectiva da integralidade da atenção (ação conjunta CEREST,
vigilância em saúde municipal, atenção básica, LACEN);
42
•
Aumento do número de investigações e notificações de óbitos
relacionados ao trabalho;
•
Estabelecimento de parceria com a Universidade de Santa Cruz do
Sul (UNISC) na implementação do Programa Ensino pelo Trabalho
(PET Vigilância II – Saúde do Trabalhador);
•
Ampliação do CEREST/Vales como campo de estágio (ciências
sociais e técnico de segurança do trabalho;
•
Aproximação com Núcleo de Apoio à Saúde da Família de Santa
Cruz do Sul (NASF);
•
Promoção de quatro eduções do Curso de Qualificação em Ações de
Vigilância em Saúde do Trabalhador para a macrorregião de
abrangência;
•
Efetivação do Projeto de Assistência Farmacêutica para usuários do
CEREST/Vales;
•
Efetivação parcial do Projeto de Exames Complementares para
usuários do CEREST/Vales;
•
Efetivação de suporte tecnológico e de infraestrutura (cedência de
equipamentos de informática e fonoaudiologia, mobiliário e veículos)
para serviços municipais e regionais de saúde do trabalhador
(Cachoeira do Sul, Lajeado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, 8a CRS,
13ª CRS e 16ª CRS);
•
Ampliação das discussão de casos com equipes municipais da
região de abrangência;
Observa-se também algumas dificuldades para execução de todas as
propostas do serviço:
•
Implementação do Núcleo de Informação e Documentação em Saúde
(NIDS);
•
Manutenção da equipe multiprofissional (não substituição de
profissionais que compunham a equipe);
•
Ampliação da equipe multiprofissional (engenheiro de segurança do
trabalho,
técnico
de
segurança
do
trabalho,
comunicador
social/jornalista, advogado, motorista, psicólogo, fisioterapeuta);
•
Reforma
e
manutenção
do
CEREST/Vales;
43
prédio
e
equipamentos
do
•
Realização de pesquisas científicas (trabalho infantil, agrotóxicos,
doença da folha verde do tabaco);
•
Realização de Curso de Especialização em Saúde do Trabalhador;
•
Compreensão da Política de Atenção Integral à Saúde do
Trabalhador pelos gestores;
•
Estabelecimento de fluxo administrativo-financeiro efetivo para
custeio
das
ações
do
CEREST/Vales
na
macrorregião
de
abrangência;
•
Melhora da qualidade de informações nos sistemas de notificação
compulsória (SIST e SINAN);
•
Ampliação do número de unidades sentinela de agravos notificáveis
pelo SINAN;
•
Atuação conjunta com vigilância em saúde (saúde do trabalhador,
sanitária, ambiental) de Santa Cruz do Sul;
•
Desestruturação das Unidades Municipais de Referência em Saúde
do Trabalhador de Santa Cruz do Sul e Rio Pardo;
•
Ampliação e efetiva participação de membros representantes da 16a
CRS no Conselho Gestor;
•
Aquisição de materiais e equipamentos para estruturação de núcleos
municipais de saúde do trabalhador.
Parte V
Atenção às DST / AIDS
CEMAS/ SAE / CTACentro Municipal De Atendimento A
Sorologia(CEMAS) /Serviço de Assistência Especializada(Sae)/Centro de
Testagem e Aconselhamento (CTA)
CEMAS foi instituído em 1995 com o intuito de atender a população do
Município em questões relativas a Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS
e, também como Centro de Referência para acompanhamento de pacientes
HIV/AIDS aos municípios da 13ª CRS.
O Setor também tem a parceria com o Estado e Ministério da Saúde
através da Coordenção Estadual de DST/AIDS que fornece os medicamentos
ARV e aqueles pactuados na CIB, preservativos e treinamento de pessoal, bem
como apoio técnico necessário.
44
O serviço está localizado na rua Thomaz Flores, nº 806 e conta com uma
estrutura composta de 02 setores com áreas físicas definidas: SAE e CTA.
O SAE , no primeiro piso é composto de 4 consultórios, 1 sala de coleta
para CD4 e Carga Viral, 2 recepções, sala de dispensação de medicamentos,
sala de recepção lúdica para crianças , sala interdisciplinar e 2 banheiros.
O CTA, no andar inferior, está instalada 1 sala de palestra, 1 sala de
coordenação, 1 sala de coleta de anti-HIV, VDRL e marcadores de Hepatites, 1
consultório, 1 gabinete odontológico, garagem para 2 carros e dois banheiros.
A equipe é composta de médico infectologista, médico gineco-obstetra,
clínico geral especialista em atendimento a AIDS, cirurgiã-dentista, assistente
social,
psicóloga,
Enfermeiro,
Auxiliares
de
Enfermagem,
Coletadora,
Farmacêutica, Nutricionista, Auxiliar de Serviços Gerais, Motorista.
No
ano
de
2008
foi
implantado
o
Centro
de
testagem
e
Aconselhamento(CTA), com o intuito de informatizar os dados coletados dos
usuários que procuram o setor para a testagem e gerar um instrumento
estatístico utilizado como norteador nas ações de prevenção. É atendida toda a
demanda espontânea para testagem de HIV/VDRL e Hepatites, que é orientada
sobre situação de risco e auto-cuidado. É feita, também, a distribuição de
preservativos às unidades de Atenção Básica, ESFs e EACS.
O SAE oferece atendimento interdisciplinar (assistência social, tratamento
médico, odontológico, de enfermagem, psicológico e nutricionista) aos mais de
900 pacientes portadores do vírus HIV e pacientes portadores de alguma outra
DST, atingindo uma produtividade média de 3000 atendimentos mensais.
É centralizado no setor ainda as atividades nas escolas (Programa
Adolescente Saudável), palestras e atividades preventivas em empresas do
Município e campanhas de prevenção (Carnaval, Dia da Mulher, Dia dos
Namorados, Oktoberfest e Dia Nacional de Combate a AIDS), a gestão
municipal do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) e Programa de
Saúde na Escola (PSE). Como parte da área de prevenção também é
45
desenvolvido o Projeto Flores da Noite envolvendo a prevenção, através de
visitas a campo, nos bares, boates e zonas de prostituição, onde são realizadas
oficinas com insumos de prevenção e agendamento de exames e consultas de
DSTs.
Em 2012 foi criada a Coordenação Municipal de DST/AIDS que se
envolve com as demandas de prevenção e faz a regulação da execução
financeira atrelados a Programação de Ações e Metas em HIV/AIDS e Hepatites
Virais (PAM).
São realizadas atividades de grupos de adesão com crianças e seus
responsáveis e oficinas específicas para adultos. Estas são consideradas
modelo de atendimento no Estado e no País para a aderência do usuário ao
tratamento para AIDS, devido a dedicação da equipe
para o sucesso das
mesmas.
Levando em consideração a incidência de HIV na região de abrangência
do CEMAS entre os anos de 2010 e 2013, observou-se que no total de 919
pessoas atendidas pelo setor com HIV, 35% dos casos novos do total foram
registrados
neste período, sendo 61% do Município de Santa Cruz do Sul.
Notou-se um aumento de casos , em relação a outros períodos , em maiores de
50 anos. Cabe ressaltar que o Município de Santa Cruz do Sul ocupa o 41º lugar
entre os municípios brasileiros com maior incidência de AIDS.
Como fato relevante , os casos novos de diagnóstico de HIV tem sido
encaminhado, principalmente dos hospitais da região e são pacientes já
apresentando doenças oportunistas , o que representa aumento de notificação
de AIDS. Este dado nos remete a evidência de diagnóstico tardio devido a
resistência ou a falta de informação da população em realizar a testagem para
HIV e a falha de comportamentos voltado a prevenção. Faz-se necessário ,
então,intensificar as ações de prevenção e conscientização da população e
dos serviços de saúde em relação a necessidade de testagem nas situações de
vulnerabilidade para contaminação. Junto a esses dados se observou um
aumento nos casos de Sífilis, principalmente congênita, no Município e ,
consequentemente um aumento de atendimento a doenças sexualmente
transmissíveis no setor , o que nos revela a dificuldade desses casos serem
46
absorvidos, notificados e atendidos pela Atenção Básica. Espera-se que a
implantação do protocolo de sífilis e a implantação dos testes rápidos para HIV e
Sífilis na Atenção Básica minimize esta realidade atual.
Em relação ao público adolescente e jovem ampliou-se as ações de
prevenção entre pares , através da realização de capacitações de alunos a
partir do 6º ano, trabalhando em parceria
com as escolas um trabalho
continuado sobre o tema de autocuidado em relação a sua saúde. Este novo
enfoque aumenta a abrangência e a qualidade de informação entre os jovens,
levando-os ao compromisso maior em repassar informações adequadas e
mudar seu comportamento em relação à prevenção.
Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em seu
preâmbulo reafirma a universalidade, a interdependência, a indivisibilidade e a
inter-relação dos direitos humanos, assim como a necessidade de que as
pessoas com deficiência tenham a garantia de poder usufruí-los sem
discriminação.
Harmonicamente é ressaltada a importância do reconhecimento da
acessibilidade aos meios físico, social, econômico e cultural, à educação, à
saúde, à informação e comunicação, visando o pleno desfrute de todos os
direitos humanos e liberdades fundamentais das pessoas com deficiência.
A lei Complementar n° 681, no artigo 51-G, I e II 20, define deficiência
como a perda ou anormalidade de uma estrutura fisiológica, anatômica e
psicológica que gere incapacidade temporária ou permanente para o
desempenho de uma atividade dentro do padrão considerado como normal. A
OMS estima que cerca de 15% da população mundial vivam com alguma
deficiência. A Pesquisa Mundial de Saúde indica uma prevalência de 2,2% dos
indivíduos com 15 anos ou mais enfrentam dificuldades funcionais significativas.
A Rede de Atenção em Saúde das Pessoas com Deficiência, conforme
Portaria Ministerial 793, é composta pelos seguintes componentes: Atenção
Básica, Atenção Especializada em Reabilitação Auditiva, Física, Intelectual,
47
Visual, Ostomias e em Múltiplas Deficiência, e Atenção Hospitalar e de Urgência
e Emergência.
A porta de entrada da pessoa com deficiência, no Sistema Único de
Saúde, é a atenção básica. A principal estratégia de saúde na atenção básica é
a Saúde da Família. A Saúde da Família veio para reorientar as práticas e ações
de saúde de forma integral e contínua.
O atendimento é prestado pelos profissionais das Equipes de Saúde da
Família (médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários
de saúde, dentistas e auxiliares de consultório dentário) na unidade de saúde ou
nos domicílios. A atenção à família da pessoa com deficiência configura medida
essencial para um atendimento completo e eficaz.
O Serviço de Reabilitação Física em Santa Cruz Sul (SUS) é realizado
junto ao serviço de reabilitação de nível intermediário junto a Universidade de
Santa Cruz (UNISC) parceria município e universidade contando com a
participação de um Médico e uma Terapeuta Ocupacional. O serviço oferece
para a comunidade local e para 64 municípios da Região dos Vales (Rio
Pardo/Taquari e Jacuí) a dispensação de órteses e próteses além da
reabilitação físico funcional. Após a solicitação de um profissional da saúde o
usuário encaminha a Secretaria Municipal de seu município tal pedido, o qual via
sua coordenadoria de saúde encaminha ao DAHA (departamento de assistência
hospitalar e ambulatorial) e este compõe a agenda única destinada a UNISC
para ingressarem na rede de assistência e de concessão, conforme suas
necessidades. O serviço possui quatro setores administrativos: setor da triagem
(primeira consulta do usuário na UNISC), setor da Ortopedia (realizado medidas
e ajustes das órteses e próteses), setor de atendimento (onde o usuário recebe
a atenção e cuidados das áreas envolvidas no serviço) e o setor de entregas
(recebimento dos dispositivos). Ainda é referenciado aos serviços de suas
cidades, para continuidade e/ou aprimoramento de seu processo reabilitacional.
Nos casos das órteses personalizadas e das próteses é agendado um horário
para que o paciente venha fazer as medidas, provas e ajustes dos dispositivos,
com a ortopedia Correto (Porto Alegre).Também são concedidas outras órteses,
como cadeiras de rodas, muletas, andadores, coletes e bengalas, as quais são
depois de verificadas as medidas necessárias para cada usuário.
48
Triagem e Reabilitação Visual
Referência Sistema Regulação AGHOS
Triagem e Reabilitação Auditiva
Atualmente a reabilitação auditiva,na nossa região possui em torno 400
pacientes em fila de espera e 640 já protetizados dentro dos 03 anos dos
encaminhamentos realizados para os serviços de referência. O serviço de
Referência FUNDEF Lajeado- RS
O Município não possui serviço de reabilitação intelectual habilitado ou
contratualizado. Não se conhece a exata dimensão das necessidades para
reabilitação intelectual, estima-se que cerca de 1,6% da população brasileira
apresente deficiência mental.
Atualmente
os
atendimentos
são
realizados nas
redes atenção
psicossocial, e APAES que atualmente atende em torno de 350 usúarios,além
de ter uma fila de espera em torno de mais 100 pacientes. O serviço
psicossocial do município atende uma demanda em torno 1000 procedimentos
mensais,com uma dificuldade de encaminhar para os serviços de referência em
reabilitação. É evidente a necessidade de habilitação de pelo menos um
componente de reabilitação intelectual no território do município.
O acesso aos serviços (Serviços de Reabilitação Física, Visual ou
Auditiva) é mediante encaminhamento de especialista, que após solicitar o
procedimento o paciente realiza o agendamento junto a central de marcação
,que fará o encaminhamento ao serviço de referência. A solicitação de sessões
de
fisioterapia pode ocorrer através de encaminhamento direto da Atenção
Primária de Saúde, a central de marcação de consultas do município que
atualmente disponibiliza em torno de 5.000 sessões de fisioterapia para os
usuários do SUS.
49
Parte VI
Rede de Suporte da Saúde
Devido as muitas demandas específicas do SUS faz-se necessário, além
da estrutura já caracterizada neste diagnóstico,
o desenvolvimento de uma
série de outras ações específicas de suporte para todas as fases da vida das
pessoas. Neste sentido o apoio de programas específicos para atenção básica
é indispensável, desde a saúde da criança até a saúde do idoso.
Bem Me Quer
O Programa Bem me Quer é um serviço municipal de atenção básica do
Sistema Único de Saúde, para atender mulheres gestantes e aos recémnascidos até completarem um ano de idade, consideradas de alto risco clínico,
nutricional e social, oriundas de famílias que vivem em situação de
vulnerabilidade.
Este serviço foi Implantado no ano de 2004, pela Secretaria Municipal de
Saúde em parceria com o Comitê da Mortalidade Infantil, resultado de estudos e
investigações que identificaram oscilações anuais na taxa de Mortalidade Infantil
no Município.
Funciona junto a SMS, Rua Ernesto Alves de Oliveira, nº 858, Centro no
2º andar, seu quadro técnico conta com Assistente Social, Enfermeira,Técnica
de Enfermagem, Nutricionista, Agente Administrativo e Estagiário.
Tem como objetivo prestar assistência de enfermagem, nutrição e
assistência social para gestante e bebês de risco, em áreas sem cobertura por
equipes de ESF / UBS, e os encaminhados pelos hospitais e pela rede básica,
visando a promoção da qualidade de vida da população e a diminuição da
Mortalidade Infantil e Fetal.
Portanto o público alvo são as Gestantes,
puérperas e crianças, menores de um ano de vida; com risco clínico, nutricional
e social.
50
O foco das ações está na importância das consultas de Pré-Natal, vínculo
mãe-bebê na gestação, nutrição, direitos sociais e no pós nascimento do bebê
o
vínculo mãe-bebê, cuidados básicos com bebê, Aleitamento materno,
Consultas de puericultura, Atualização do Calendário Vacinal, Realização da
Triagem Neonatal (Teste do Olhinho; Teste da Orelhinha e Teste do Pezinho).
As principais atividades desenvolvidas são:
•
Acolhimento, assistência e acompanhamento a gestantes e crianças
em situação de risco encaminhadas pelos padrões da *Resolução nº
146/2003-CIB/RS, além de encaminhamentos da rede básica de
saúde, Ambulatório de Risco, emergência obstétrica, hospitais e
Conselhos do município;
•
Banco de dados cadastrais das gestantes e bebês de risco;
•
Consultas e visitas domiciliares de enfermagem, nutrição e de serviço
social;
•
Busca ativa de gestantes em risco social;
•
Identificar e acompanhar as crianças em risco nutricional e social;
•
Concessão de alimentos para gestantes em risco nutricional;
•
Concessão de algumas fórmulas infantis para as crianças que
necessitarem;
•
Acompanhamento do puerpério as gestantes de risco, junto ao
programa de parto humanizado, incentivo ao aleitamento materno;
•
Controle e acompanhamento das internações hospitalares de
crianças com menos de 1 ano de idade;
•
Retaguarda técnica social para equipes do ESF, UBS, Nasf e Cemai;
•
Garantia da atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços
de saúde;
•
Encaminhamentos de casos e parceria para rede de atendimento e
inclusão nas áreas de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social,
Habitação, Apae, Copame, Conselho Tutelar, Previdência Social,
Ministério Público, Promotoria Pública, Juizado da infância e
Adolescência, entre outros;
•
Participação em audiências em processos de natureza: Destituição
do Poder Familiar, conforme notificação do Juizado da infância e
Juventude;
•
Banco de dados cadastrais dos óbitos infantis e fetais;
51
•
Investigação de óbitos infantis e fetais e discussão dos casos no
Comitê da mortalidade Infantil e Fetal;
•
Banco de dados do teste do pezinho do município:
•
Captação semanal das coletas do teste do pezinho, registros,
encaminhamento
das coletas para o Serviço de Referência Neo
Natal em Porto Alegre, distribuição dos resultados para unidades de
saúde, e acompanhamento das crianças com as doenças nele
detectadas;
•
Parceria rede de atendimento com as Instituições Públicas e
Privadas afins;
•
Assistente Social – membro titular do Conselho Municipal de
Assistência Social e membro do Comitê da Mortalidade Infantil e
Fetal;
•
Nutricionista – membro titular do Conselho Municipal de Segurança
Alimentar e Nutricional Sustentável, membro suplente do Conselho
Municipal das Pessoas com Deficiência – COMPED;
•
Membro do Comitê da Mortalidade Infantil e Fetal;
•
Enfermeira – membro do Comitê da Mortalidade Infantil e Fetal;
•
A atenção à saúde materno infantil Bem me quer desenvolve trabalho
em conjunto com a rede básica, sistematizando a referência e contra
referência.
O
serviço
observa
critérios
pré-estabelecidos,
para
priorizar
os
atendimentos e classificar as crianção de risco, são eles:
*Resolução nº 146/2003-CIB/RS
Critérios Isolados:
Critérios Associados:
Idade gestacional <36 semanas
Idade Materna < 19 anos
Parto Domiciliar ou outro lugar
Grau de Instrução < de 7 anos
Baixo Peso (<ou=2.500Kg)
Filhos Nascidos Mortos (2 ou mais)
Apgar < 7 no 5º minuto
Filhos Nascidos Vivos (3 ou mais)
Ações educativas realizadas pelo Programa:
•
Participação em reuniões para dar visibilidade sobre as ações do
Programa Bem Me Quer para outros serviços da rede;
52
•
Orientações para inclusão das famílias no Cadastro Único -CadÚnico
- do Ministério de Desenvolvimento Social e CadSUS – Cartão
Nacional de Saúde;
•
Orientações para inserção da criança nas Emeis municipais após 4º
mês de vida e da mãe no mercado de trabalho;
•
Intervenção para promoção da maternidade respeitadas condições
evolutivas, potencialidades, planejamento familiar, emancipação da
mãe chefe de família;
•
Promoção, prevenção de saúde integral da gestante e bebê;
•
Desenvolver atividades com outras políticas públicas do binômio
mãe/bebê;
•
Veicular informações que visam à prevenção, a minimização dos
riscos e a proteção à vulnerabilidade, buscando a produção do auto
cuidado;
•
Promover, proteger e apoiar o aleitamento materno;
•
Trabalhar conjuntamente com a rede de saúde pública, social,
habitacional do Município.
Avaliamos O Programa Bem Me Quer com importante desempenho
para integração de ações de proteção à saúde da criança, atentos aos novos
cenários,a exemplo a drogadição, que acomete gestantes usúarios de drogas.
Programa Primeira Infância Melhor – PIM
Também um importante apoio para saúde da criança é o PIM Programa
Primeira Infância Melhor, uma parceria entre Estado e Município, que tem como
objetivo principal, a promoção e o desenvolvimento integral da primeira infância,
nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social. O trabalho é realizado com
gestantes e famílias com crianças de 0 a 6 anos, tendo o propósito de orientar
os pais a estimular as capacidades e potencialidades de seus bebês e crianças.
As atividades tem como foco, quatro dimensões do desenvolvimento:
Linguagem, Motricidade, Sócio-afetiva e Cognitiva.
Este programa envolve ações de três secretarias que compõem o Grupo
Técnico Municipal (GTM): Educação, Saúde e Desenvolvimento Social, e que
53
trabalham de forma conjunta, atendendo um dos eixos estruturantes do PIM,
que é a intersetorialidade. Este grupo, é responsável pelo mapeamento das
famílias beneficiadas, além de fazer a interlocução entre as secretarias, bem
como a articulação com a rede de serviços e sensibilização de segmentos da
sociedade. Visa também, a solução de problemas sociais complexos que
necessitam ser vistos em sua totalidade.
Atualmente, a equipe de profissionais do programa é composta por uma
coordenação, responsável pelo planejamento das ações e do processo de
integração das diferentes atividades desenvolvidas e supervisão de casos
complexos, uma monitora, encarregada pelo acompanhamento do planejamento
das atividades das visitadoras, um digitador, responsável pelos registros dos
cadastros e de avaliações dos ganhos computados pelo município, e que devem
ser encaminhados via sistema informação, e ainda, dez visitadoras domiciliares,
provenientes dos cursos de pedagogia, psicologia, serviço social, educação
física e enfermagem com carga horária de 30 horas semanais.
As comunidades atendidas pelo programa são os bairros Bom Jesus,
Santa Vitória, Menino Deus/Faxinal e Loteamento Beckenkamp, acompanhando
em média, 150 famílias semanalmente. A coordenação do Programa está
localizada junto a Central de Marcação do SUS, à Av. Independência, nº 100, na
área central do Município.
As visitadoras organizam e planejam suas atividades conforme a faixa
etária e as necessidades das crianças, em modo de atenção individual,
compreendendo crianças de 0 a 3 anos e gestantes e que são realizadas nas
próprias residências das famílias, com horário pré-estabelecidos, uma vez por
semana.
Número de Visitas domiciliares
realizadas nas famílias com
crianças de 0 a 3 anos em 2012
Número de Visitas domiciliares a
famílias com gestantes em 2012
Número total de visitas
domiciliares realizadas em 2012
1788
1216
3004
Além disso, o PIM desenvolve atividades com gestantes na modalidade
grupal, através do Projeto "Esperando bebê", os quais acontecem nos espaços
das Estratégias de saúde da Família. O PIM tem proporcionado às gestantes a
54
visita à Maternidade, Dia de Bem estar e também tem realizado no município,
ações na Semana Estadual do bebê.
Desenvolve
também
outro
projeto
com
grande
aceitação
nas
comunidades, batizado com o nome de "PIM Canguru, levando aprendizagem
com Carinho", sensibilizando mais de duzentas famílias para a importância dos
primeiros anos de vida, em sua formação como cidadão. O projeto atende
crianças até 06 anos e utiliza livros apropriados para a faixa etária,
disponibilizando-os em três unidades de saúde atendidas pelo Programa.
O Programa tem encontrado algumas dificuldades, entre elas, a
necessidade de um monitor com formação pedagógica, com carga horária
maior, pois é preconizado um monitor de 40 horas para até 8 visitadores e
atualmente contando com um monitor de 20 horas para 10 visitadores
domiciliares, outro dificuldade é a disponibilização de um veículo para o
transporte de materiais lúdico pedagógicos, utilizados nas atividades grupais
realizadas com crianças, visto que os locais onde acontecem os grupos são
todos afastados da sede do Programa. Além disso, nos grupos com gestantes,
realiza-se atividades onde são confeccionadas manufaturas para serem
utilizadas pela mãe e seu bebê. Em sua maioria, as confecções demandam um
grande volume de material e este fica estocado na sede do programa, sendo
deslocado conforme a necessidade de cada bairro. Outro fator a ser
considerado na questão do transporte, são os atendimentos/visitas com o intuito
de acompanhar casos de maior complexidade e supervisionar o trabalho das
visitadoras nos bairros pelo GTM (Grupo Técnico Municipal).
Outro fator identificado, é a permanência ainda, da desarticulação de
programas e setores, acarretando fragmentação na atenção à saúde. Neste
sentido, há também, a necessidade de uma abordagem às famílias de forma
articulada entre os serviços, existe também a necessidade de um espaço mais
delimitado para as visitadoras do PIM realizarem suas ações nas unidades de
saúde, como grupo de gestantes, projeto PIM Canguru e para a destinação de
material lúdico para as crianças e famílias
acondicionados
e que necessitam ser
na própria unidade, facilitando inclusive, a
materiais lúdico pedagógicos para as unidades de saúde.
55
destinação de
A ampliação do Programa para os demais bairros, também tem sido alvo
de diversas solicitações, assim aumentando o número de participantes
beneficiários do programa, mas será possível com a contratação de monitores
para o Programa.
Programa de Prevenção da Violência
Outro importante apoio para saúde, que contempla todas as fases da
vida das pessoas é o PPV, que tem
por finalidade unir esforços da sociedade
civil e governo para a promoção de ações que reduzam os índices de violência.
Atualmente a violência tem se traduzido
em um dos maiores problemas
enfrentados pela gestão de saúde para todas as esferas de governo, o reflexo
dessa violência é uma grande parcela da população vitimada / saquelada por
eventos diversos relacionados a acidentes de trânsito, Acidentes por arma de
fogo arma branca, brigas diversas . O PPV Foi instituído através do Decreto
Estadual 44.907, de 27 de fevereiro de 2007, que também criou a Câmara
Setorial de Segurança e Prevenção da Violência.
A cidade de Santa Cruz do Sul foi escolhida para ser um dos cinco
municípios a iniciar o programa, a partir da análise de indicadores e da
avaliação sobre a sua capacidade de articulação social-comunitária para
responder às questões de violência.
Inicialmente, contemplou o Bairro Bom Jesus, e, posteriormente, o Bairro
Glória. A partir de então, foram criados o Comitê Municipal de Prevenção da
Violência regulamentado através de decreto nº 7.570, de 14 de outubro de 2008,
o
qual
reúne
representantes
de
entidades
governamentais
e
não-
governamentais e têm como objetivo executar as ações do Programa. No seu
período de implementação, foram realizadas diversas reuniões e encontros
visando à capacitação dos componentes do Comitê e GTGM e a sensibilização
da comunidade local relativa às suas ações.
Atualmente a equipe de profissionais é composta de assistente social,
Enfermeira e Monitora Social. A mesa diretora (Art. 6º. Do Regimento Interno)
tem na sua composição presidente e vice-presidente, O PPV mantém reuniões
mensais nas áreas de atendimento com:
56
•
Reunião de Lideranças na área de abrangência do CRAS Beatriz;
•
Reunião de Lideranças do Bairro Bom Jesus
•
Reunião de Lideranças na EMEF Menino Deus e
•
Reunião do Comitê Municipal.
As atividades desenvolvidas pelo Programa consistem na construção
coletiva do Plano de Ação do Centro de Convivência Santa Vitória; reuniões de
sensibilização para a implantação do SINAN – Sistema de Informação de
Agravos de Notificação: Portaria nº. 104, de 25 de janeiro de 2011, estabelece a
notificação compulsória, no território nacional dos casos de violência.
Também
o programa desenvolve projetos
que foram solicitados e
aprovados pela comunidade e aprovadas pelo Comitê Municipal são eles:
Gasparzinhos da Saúde
ESF Gaspar Bartolomay
(em desenvolvimento)
Artesanato p/ Adolescentes
Crianças de 05 a
12 anos
ESF Glória
20 adolescentes
EMEF Bom Jesus
30 adolescentes
ESF Menino Deus
Grupo de Idosos
ESF Bom Jesus
12 pessoas
Comitê Adolescente PPV
Bairro Bom Jesus
12 adolescentes
(em desenvolvimento)
Rap da Paz
EMEF Harmonia
12 adolescentes
(em desenvolvimento)
Projeto para Criação do slogan
Escolas Municipais
Construção da
para a Semana PPV
Escolas Estaduais
Cartilha
Projeto Dançando
Escolas Particulares
Cras-Beatriz
Adultos e
(em processo p/iniciar)
Construção Capela Mortuária
Bairro Menino Deus
adolescntes
Comunidade em
(processo p/ recomeçar)
Oficina Cultural B Jesus
(processo p/recomeçar)
Oficina Horta Comunitária
(em desenvolvimento)
Oficina Terapêutica
(processo p/recomeçar)
(em processo p/iniciar)
geral
57
Na avaliação do programa verificamos algumas questões relevantes
como a necessidade de formar uma equipe de coordenação multidisciplinar com
a participação de outros técnicos para
o acompanhamento, supervisão e
execução das ações de prevenção da violência, também a necessário a
ampliação de número de entidades que compõem o Comitê Municipal de
Prevenção da Violência; a comunidade também precisa participar mais
ativamente do controle e execução das ações do programa, especialmente de
sua população beneficiária;
O programa também necessita aumentar sua participação em espaços
sociais de discussão das políticas de prevenção à violência (Fórum Permanente
da Não-Violência, Fóruns Temáticos da Saúde e do Esporte do projeto Santa
Cruz Novos Rumos, Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária e Reciclagem
do Lixo, Fórum Regional de Saúde Mental, Conselhos Municipais da Saúde,
Educação, Assistência Social, COMAD, COMDICA, Comitê Adolescer, etc.); fazse necessário também fortalecer a articulação e integração intersetorial da rede
de prevenção da violência (saúde, educação, desenvolvimento social,
segurança, cultura, esportes e lazer, etc); muito importante também a ampliação
da abrangência do programa para outros bairros que tenham equipes de ESF,
até alcançar cobertura de 100%;
Saúde em Sua Casa
Uma importante estratégia de ação, que atinge principalmente a
população adulta e idosa, que contribui sensivelmente para redução de
internações hospitalares e capacita cuidadores, para melhor atender seus
familiares é o programa Saúde em sua casa, este iniciou suas atividades no ano
de 2003, pela Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a APESC –
Associação Pró-Ensino de Santa Cruz – Hospital Santa Cruz até agosto de
2012. No momento é mantido somente pela Secretaria de Saúde e está sediado
no Rua Ernesto Alves de Oliveira,898, térreo. O serviço conta com Médico
Clínico geral, nutricionista, Enfermeiras, Técnica de Enfermagem, Assistente
Social e motorista, dispõe também
materiais e medicamentos que são
disponibilizados pela secretaria.
58
Este serviço tem por objetivo prestar assistência médica, de enfermagem,
nutricional e de assistência social à domicílio para pacientes da comunidade,
que estejam acamados por patologias crônicas-degenerativas, neurológicas,
que apresentem lesões importantes e pós cirúrgicos especiais. São atendidos
pacientes moradores de zona rural e urbana do município, com exceção dos
moradores de abrangência da Estratégia de Saúde da Família.
Os pacientes são encaminhados pelos hospitais da cidade, postos de
saúde, agentes comunitários de saúde, outros serviços da rede de apoio,
secretarias e da comunidade em geral.
Neste momento o programa possui 130 pacientes cadastrados, sendo
possível acompanhar mensalmente por meio de agendamento prévio, em torno
de 100 pacientes, os quais recebem junto com seus familiares e/ou cuidadores
orientações e assistência para realizar com segurança o cuidado domiciliar, no
que tange aspectos preventivos, curativos e de reabilitação em suas casas. E
ainda, contando com os serviços de apoio que a Secretaria de Saúde oferece,
encaminhando em caso de necessidade para atendimentos na rede.
As visitas domiciliares são feitas diariamente no turno da tarde, sendo
que no turno inverso realiza serviços administrativos e visitas a pedido
(problemas com sondas).
Avaliamos muito positivamente as ações de saúde domiciliares realizadas
pelo programa, a equidade necessária a estes casos específicos, beneficia toda
rede de saúde, tanto rede básica, como a média complexidade, porém o
melhor resultado e impacto é no bem estar do usuário, que é atendido no seu
domicílio junto a seus familiares.
Serviço de Nutrição
A adequada alimentação e nutrição é cada vez mais impactante para
todos os ciclos de vida das pessoas, sendo assim o SUS vem intensificando
ações nesta
área para atender
adequadamente a comunidade em suas
demandas e necessidades. O serviço está inserido na rede de saúde pública,
59
seja através dos sistemas de acompanhamento nutricional da população (
SISVAN, BOLSA FAMÍLIA), dos atendimentos individuais, dos grupos de
educação em saúde e dos programas do município. O serviço está localizado
no 3º andar da secretaria municipal de saúde, porém sua inserção se dá na
atenção básica do município.
O
serviço conta com duas nutricionistas
concursadas, e trabalho conjunto com nutricionista do NASF ( Núcleo de Apoio
a Saúde da Família).
Atividades desenvolvidas:
•
Realizar atividades de grande complexidade, envolvendo a execução
de trabalhos relacionados com a educação alimentar, nutrição e
dietética, bem como participar de programas voltados para a saúde
pública;
•
Atendimento individual com consulta em unidades básicas de saúde,
serviços de atendimento especializado, estratégias de saúde da
família, verificação de prontuário de paciente, orientação e avaliação
nutricional , com prescrição dietética;
•
Realização de ações de intervenção nutricional nas populações
identificadas com risco nutricional;
•
Participação, organização, coordenação de grupos de educação em
saúde, para todos os ciclos de vida e de diferentes patologias/
comorbidades;
•
Visita domiciliar, com vistas a orientação alimentar, visando melhora
nutricional
a
pacientes
com
dificuldade
de
locomoção
e/ou
vulnerabilidade social, a usuários do SUS;
•
Coordenação de programas relacionados a alimentação e nutrição,
como Programa Bolsa Família, SISVAN, Estratégia Nacional para
Alimentação
Complementar
Saudável,Programa
Nacional
de
Suplementação de Ferro e afins;
•
Participação em conselhos municipais, tais como Conselho de
Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável e Conselho Municipal
de Pessoas com Deficiência;
•
Participação Comitê de combate a mortalidade infantil,Comitê Bolsa
Família, Grupo Condutor Rede Cegonha;
•
Formulação de políticas relacionadas a alimentação e nutrição.
60
•
Trabalho
em
conjunto
com
secretarias
de
Educação
e
Desenvolvimento Social- implantação e implementação do SISVAN
nas respectivas secretarias;
O serviço de alimentação e nutrição já fez em torno de 1550
atendimentos individuais com as profissionais nutricionistas, 96 grupos de
educação em saúde com média de 25 a 30 participantes por grupo realizados
no Ambulatório , 13498 acompanhamentos através do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN), sendo também acompanhadas, em média,
3410 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família.(ano referência 2012).
Em Santa Cruz do Sul, seguindo a tendência mundial, percebe-se que a
obesidade vem aumentando, e pode ser compreendida como uma pandemia,
um agravo multifatorial. A evolução nutricional segue contrastando, a parcela da
população que encontra-se na faixa da eutrofia ( peso normal) vem diminuindo,
enquanto que de um lado a população ainda sofre de desnutrição, do outro, boa
parcela da população encontra-se cada vez mais com excesso de peso.
Juntamente com a obesidade, vemos também um aumento das doenças
crônicas não transmissíveis, doenças cardiovasculares, diabetes, entre outras,
decorrentes de forma geral, de fatores de risco em comum, além da própria
obesidade, como tabagismo, inatividade física, maus hábitos alimentares,
consumo de álcool.
O investimento em prevenção e promoção de saúde deve ser constante,
contando com a ampliação do serviço de nutrição, mais profissionais
nutricionistas atuando, devem ser estimulados grupos de educação em saúde,
educação continuada com os profissionais da atenção básica, ampliação dos
atendimentos individuais e visitas domiciliares a pacientes impossibilitados de
locomoção, sempre pensando em melhorar a saúde da nossa população.
Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT
Conforme já referido anteriormente na avaliação dos agravos de
notificação compulsória a tuberculose continua com uma freqüência elevada
nos últimos anos no município, sendo um desafio para gestão. A TB representa
61
um importante problema de saúde mundialmente, exigindo o desenvolvimento
de estratégias para o seu controle considerando aspectos humanitários,
econômicos e de saúde pública. Continua a merecer especial atenção dos
profissionais de saúde e da sociedade como um todo. Ainda obedece a todos os
critérios de priorização de um agravo em saúde pública, ou seja, grande
magnitude, transcendência e vulnerabilidade.
É importante destacar que anualmente no país ainda morrem 4.500
pessoas por tuberculose, doença curável e evitável. Em sua maioria, os óbitos
ocorrem nas regiões metropolitanas e em unidades hospitalares. Em 2008 a TB
foi a 4ª causa de morte por doenças infecciosas e a 1ª causa de morte dos
pacientes com AIDS.
Face às informações supracitadas, o Ministério da Saúde elaborou o
Plano Nacional de Controle da Tuberculose que concentra as ações de controle
prioritariamente em 315 municípios onde ocorrem cerca de 80% dos casos para,
num esforço conjunto das três esferas de governo (federal, estadual e
municipal), modificar esta grave situação.
Nesse sentido, enfatiza a necessidade de intensificar a busca do paciente
sintomático respiratório para diagnosticar a fonte de infecção na comunidade
pela baciloscopia (70% dos casos estimados), de ampliar o exame dos contatos
dos pacientes, principalmente dos bacilíferos e de melhorar as taxas de cura
(mais de 85% dos casos descobertos), especialmente através da adoção do
tratamento supervisionado, com a observação das tomadas de medicação, pelo
menos, três vezes por semana, nos dois primeiros meses, e duas vezes por
semana, até o final do tratamento.
Isto implica investir na qualificação dos serviços de saúde e na
capacitação dos profissionais de saúde para as ações de controle da
tuberculose, além da integração com a rede de Atenção Básica (UBS), incluindo
o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o Programa de Saúde
da Família (PSF), para, assim, garantir a efetiva ampliação do acesso da
população ao diagnóstico e tratamento. Também se considera fundamental o
envolvimento e a participação da sociedade civil organizada.
62
SANTA CRUZ DO SUL é um dos 15 municípios prioritários
para o
controle da TB no Rio Grande do Sul por ter mais de 100.000 mil habitantes e
devido
elevada incidência, alta taxa de co-infecção TB/HIV entre outras
variáveis.
O Plano Municipal de Controle da Tuberculose implantado em janeiro de
2013, com aprovação no Conselho Municipal de Saúde, tem por finalidade
principal aumentar, de forma sistemática e organizada, a rede de diagnóstico e
de tratamento da tuberculose para acompanhar o crescimento geo-demográfico
da cidade, observando-se critérios epidemiológicos e de saúde pública para
reduzir o problema da tuberculose na população.
O Programa Municipal de Tuberculose é composto por médico
Infectologista,enfermeira ,técnico de enfermagem que gerencia e executa de
forma contínua e organizada todos atendimentos referenciados pela rede de
assistência à saúde do município, o programa tem a parceria do estado e do
MS, que encaminha normatizações protocolos e insumos . O atendimento
médico é realizado por infectologista, tendo como local o ambulatório de
Medicina do Hospital Santa Cruz. A partir de agosto de 2013, iniciou-se o
processo de descentralização dos atendimentos, tratamento e acompanhamento
da Tuberculose, para as ESFs – Estratégias de Saúde da Família, sob
supervisão do infectologista responsável. Já a Hanseníase, encontra-se
controlada no município apenas identificando e tratando poucos casos,
juntamente no ambulatório referido.
O programa atende de segunda à sexta das 07:45 às 11:45 e das 13:00
às 17:00hs, com orientações, informações e suporte para toda rede de saúde.
Saúde Prisional
A penitenciária Regional de Santa Cruz do Sul, tem em média uma
população carcerária de 500 apenados (incluíndo algumas mulheres- 5% em
média). Verifica-se que esta população está exposta a fatores de risco pela sua
condição de confinamento e a falta de acesso às políticas públicas de saúde.
Fica evidenciado a alta prevalência e agravamento de muitas das patologias
63
existentes no Sistema prisional, e cabe ressaltar o direito à saúde assegurada
pela Constituição Federal, Sistema único de Saúde. Neste sentido através de
legislação foi implantado na instituição uma Unidade de saúde na Atenção
Básica que também visa a garantia do acesso dessa população aos demais
níveis da atenção e atendimento constituídas a nível Municipal.
Essa UBS foi implantada em Abril de 2012, e tem como objetivo geral
oferecer ao indivíduo um sistema de atendimento estruturado, visando diminuir a
incidência de complicações e agravos, bem como a redução das internações
hospitalares. Também como proposta de reorganização da atenção em saúde
no presídio, a equipe propõe-se a trabalhar com a prevenção e promovendo a
reinserção social digna e que contemple as necessidades de seus apenados e
familiares. A UBS saúde prisional trabalha integrado com a rede Municipal de
Saúde, com enfoques em todos os níveis de atenção, monitorando e avaliando
os resultados alcançados com as ações planejadas. A equipe é composta por
médico clínico geral, enfermeiro , técnicas de enfermagem, dentista e auxiliar
de saúde bucal. Na atenção especializada temos 01 psiquiatra e 01
ginecologista que atendem 1 vez ao mês naquele local, dando apoio e suporte à
equipe de atenção Básica. Também participam desse processo de atendimento
na atenção à saúde Prisional, 01 assistente Social e 01 Psicóloga da SUSEPE,
que
integradas na equipe atendem de forma humanizada toda população
carcerária. Salientamos também que esta UBS também é um campo de estágio
para alunos do PET – Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde. Os
horários de atendimento na UBS é das 7:45 às 11:45 e das 13 às 17hs.
Planejamento Familiar
O planejamento familiar tem como objetivo atender as pessoas em seus
ciclos de vida (adolescentes idade adulta) fornecendo assistência integral em
saúde. Realiza ações individuais e coletivas para instrumentalizar os usuário
sobre métodos de planejamento familiar.
Conta
com
Médico
Clínico
Geral,
Urologista
,
Ginecologista,
Enfermeiros, Psicólogo, Técnicos de Enfermagem e Agentes Comunitários de
Saúde. O programa é executado por vários serviços da SMS, como UBS, ESF,
64
CEMAI, Posto
Central e outros, e conta também com importantes
colaboradores como a equipe do programa Bem Me Quer, equipe do CAPS,
equipe do CEMAS / SAE, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e
Educação.
São realizadas consultas com Médicos, Enfermeiros, Psicólogos também
é feito reuniões educativas, cadastro de pacientes para distribuição de insumos
(Medicamentos
anticoncepcionais
e
preservativos)
encaminhamentos
e
realização de procedimentos cirúrgico nos casos de decisão por métodos
definitivos de planejamento familiar.
Avaliamos muito positivamente os resultados do planejamento familiar no
município pois vem proporcionando a muitas pessoas / famílias o direito a
decidirem de forma correta e adequada em ter ou não ter filhos, a satisfação
das pessoas que participam do programa é evidente. Para isto, o município tem
se esforçado em disponibilizar insumos de forma contínua, para garantir a
efetividade do programa. Apesar da disponibilidade dos principais métodos de
planejamento familiar a Laqueadura (método cirúrgico, para mulheres) tubária
não esta sendo feita neste momento por problemas operacionais, porém a atual
gestão está empenhada em retomar estas cirurgias o mais breve possível.
PROJETOS PARCERIA UNISC PRO-SAÚDE E PET – SAÚDE
Operacionalização, gestão e acompanhamento das atividades dos projetos
PET – Saúde na UNISC
A Comissão de Gestão e Acompanhamento Local (CGAL), constituída
para acompanhamento do Pro-saúde I teve sua constituição alterada para
contemplar os novos cursos e municípios incorporados nos Pró-Saúde II e PróSaúde III e, desde a aprovação do PET-Redes de Atenção passou a ter a
função de instância de planejamento, pactuação, acompanhamento e avaliação
dos PET-Saúde na Unisc. Devido à amplitude de sua composição e às
dificuldades de agenda dos gestores municipais que a integram, a CGAL
estabeleceu seu funcionamento com base em reuniões semestrais e deixou as
atribuições de acompanhamento para o Fórum da Saúde da Unisc, que reúnese mensalmente, onde fazem parte deste fórum representantes dos cursos de
65
graduação, da gestão superior da IES, gestão municipal, discentes e controle
social. Neste fórum o PROSAÚDE e o PET-Saúde constituem ponto de pauta
permanente. As decisões operacionais são de responsabilidade da Comissão
Coordenadora
do
PROPET-Saúde,composta
por
coordenador
e
subcoordenador do Pró-Saúde, coordenadores e tutores de todos os PETSaúde em desenvolvimento na instituição e coordenadora da CIESS- Unisc.
A operacionalização das ações dos projetos PET e Pro-Saúde com vista à
reorientação da formação e à integração ensino-serviço teve como eixo o
processo de regionalização da saúde tomado como oportunidade e desafio para
a avaliação e reorientação das ações e serviços desenvolvidos nas redes de
atenção à saúde. Isso exige um conhecimento detalhado das condições de vida
e trabalho das pessoas que residem no território municipal, bem como das
formas de organização e de atuação dos diversos órgãos e agências
governamentais e não-governamentais que atuam na área da saúde, para o que
se faz necessária a organização, atualização e análise de dados e informações
além da elaboração de mapas temáticos sobre as condições de saúde no
município e região, de modo a permitir estratégias comunicativas, preventivas e
educativas em saúde.
Viabilizando inovações no processo de aprendizagem, tanto no âmbito do
ensino quanto do serviço, especialmente por meio de ações desenvolvidas por
equipes multiprofissionais, os projetos Pro-Saúde e PET-Saúde tem afirmado a
integração ensino-serviço como estratégia de mudanças na formação de
graduação e na produção do cuidado em saúde.
Dificuldades encontradas ao longo do processo:
•
Falta de conhecimento sobre o que é a interdisciplinaridade;
•
Compartimentalização da formação em profissões isoladas;
•
Incompatibilidade curricular ente os cursos;
•
Falta de flexibilidade curricular;
•
Rigidez na organização de grade de horários dificultando os encontros
tutoriais;
•
Fragmentação da cultura acadêmica em disciplinas isoladas;
•
Pouca integração teoria-prática;
66
•
Pouca ênfase no trabalho em equipe;
•
Amadorismo dos gestores e/ou partidarização da gestão da saúde;
•
Dificuldades de negociação com o poder político local;
•
Falta de estrutura em algumas unidades de saúde para receber os
alunos dos grupos tutoriais;
•
Pequeno número de bolsas para preceptores, impedindo que mais
unidades possam ser cobertas e mais estudantes possam ser
beneficiados mesmo sem bolsa;
•
Pequeno número de bolsas para tutores, visto que a tarefa de tutoria
de um grupo de 24 estudantes e 6 preceptores é intensa demandando
um grande número de horas de dedicadas ao acompanhamento das
atividades do projeto;
•
Dificuldade de deslocamentos mais frequentes dos preceptores para
participação em reuniões de grupo.
CAPÍTULO III
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Unidade de Vigilância e Ações em Saúde
Atualmente composta pelos Núcleos de Vigilância Sanitária, Vigilância
Epidemiológica e Imunizações e Vigilância Ambiental em Saúde, este último
subdividido em Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano,
Controle de Roedores, Controle de vetores (Dengue, febre amarela e doença
de Chagas,) e Controle de Zoonoses ( Raiva, Leptospirose e Leishmaniose) e
controle da população animal. Além destas atividades, mantém o Programa de
Combate ao Simulídeo (Borrachudo),considerado como um agravo à saúde
humana.
A Unidade de Vigilância e Ações em Saúde tem como foco a prevenção,
proteção e promoção da saúde, por meio de ações individuais e coletivas,
incluindo aquelas de caráter educativo.
67
A atual equipe de Recursos Humanos conta com profissionais lotados na
Unidade, sendo composta por Médico Veterinário, Químico, Farmacêutico,
Enfermeiros, atuando, entre outras atribuições como fiscais sanitários,
Coordenador de Departamento, Médico, um Agente Administrativo, Técnicos de
Enfermagem, três Motoristas, quatro Operários, um Auxiliar de Higienização, um
Estagiário e um servidor estatutário cedido pela Secretaria Estadual de Saúde
(Agente Administrativo).
A unidade conta com setor que desempenha atividades administrativas
como: compras, encaminhamentos para licitações e controle orçamentário do
setor.
Parte I
Núcleo de Vigilância Sanitária
Dentre as ações desenvolvidas pelo Núcleo, estão àquelas relativas às
atividades gerais de Fiscalização, tendo impacto direto na saúde da totalidade
da população municipal, contemplando todo estabelecimento de pessoa física
ou jurídica que produza, fabrique, manipule, fracione, comercialize, distribua,
armazene, transporte, venda e entregue produtos e serviços de interesse à
saúde, que deva requerer o Alvará Sanitário junto ao Protocolo Central da
Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul, obedecendo ao disposto na
legislação
vigente. Para tanto, por meio dos servidores responsáveis pela
fiscalização, realiza vistorias objetivando a emissão de Alvarás iniciais ou
renovações, além das vistorias de rotina, realiza averiguação de denúncias,
instauração de Processos Administrativos Sanitários, retirada do mercado de
produtos irregulares, emissão de relatórios diversos,
e pareceres técnicos,
atendendo a necessidade dos estabelecimentos e as demandas oriundas do
Ministério da Saúde. Em conjunto com o Setor de Epidemiologia, pertencente ao
Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunizações, a Vigilância Sanitária
investiga surtos que ocorram através da ingestão de alimentos contaminados. O
núcleo de vigilância Sanitária dispõe de um setor de protocolo, que recebe do
Departamento de Administração Tributária da Secretaria da Fazenda e da
CEFEX (Central de Fiscalização Externa) protocolos que necessitem Inspeção
68
Sanitária nas áreas: hospitalar, farmacêutica, centros de RX, consultórios
médicos, odontológicos, de psicologia, instituições de longa permanência de
idosos, escolas de ensino fundamental, escolas de educação infantil, clínicas
veterinárias e estabelecimentos agropecuários, conferindo, classificando e
distribuindo os mesmos aos profissionais responsáveis pelas fiscalizações para
que as mesmas sejam efetivadas. Ainda, informa dados estatísticos, recebe e
distribui documentos, realiza a impressão de alvarás de saúde e faz atendimento
ao público.
Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Imunizações
Epidemiologia
O Serviço de Vigilância Epidemiológica tem como propósito, fornecer
orientação técnica permanente sobre a execução de ações de controle de
doenças e agravos. Tornando disponíveis para este fim informações atualizadas
sobre a ocorrência destas doenças, bem como dos seus fatores condicionantes.
O núcleo de epidemiologia acompanha a ocorrência das distribuições das
doenças e outros agravos na população e dos fatores que as determinam.
Também tem como objetivo:
•
encaminhar informações atualizadas ao Ministério da Saúde, através
dos programas: SINAN (Sistema de Informação Nacional de Agravos
e Notificações), SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) e
SINASC (Sistema de Informação de Nascimentos);
•
Realiza capacitação dos profissionais da rede básica de saúde,
através de treinamentos, cursos e protocolos periódicos;
•
Elabora informativos direcionados ao esclarecimento da população
sobre as mais diversas doenças, assim como ministra palestras
educativas e distribui folders explicativos;
•
Realiza cálculos de indicadores de atenção básica;
•
Elabora relatórios estatísticos mensais, trimestrais e anuais referente
à situação epidemiológica do Município.
69
Imunizações
O programa de Imunizações de Santa Cruz do Sul segue as normas
estabelecidas pelo Ministério da Saúde, tendo como atribuições, entre outras, o
recebimento mensal e a distribuição semanal de imunobiológicos, capacitação
de vacinadores, supervisão em sala de vacinas, investigação de eventos
adversos, encaminhamento de solicitação de vacinas especiais, digitação do
arquivo municipal de imunizações, acompanhamento e retroalimentação das
produções de vacinas das Unidades Básicas de Saúde no site do DATASUS,
implantação e supervisão do novo programa de informações SI-PNI (Sistema de
informações do Programa Nacional de Imunizações). A rede municipal conta
com vinte e cinco pontos de vacinação.
Parte II
Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde
Setor que desenvolve ações voltadas à Vigilância Ambiental em Saúde
relacionada a riscos não biológicos, abrangendo as atividades voltadas à
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano, e à riscos biológicos,
abrangendo as atividades voltadas ao combate à Dengue, Febre Amarela,
Leishmaniose e Triatomíneos, além do combate ao simulídeo (borrachudo).
Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano
Compreende as atividades de coleta de amostras de água, para fins de
monitoramento, seguindo diretrizes do Plano Nacional de Amostragem para
Vigilância da qualidade da água para consumo humano, contemplando os
parâmetros de coliformes totais, turbidez, flúor (íon fluoreto) e cloro residual
livre, recebimento dos controles de qualidade dos prestadores de serviço,
cadastro das diferentes modalidades de abastecimento e alimentação do
Sistema de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano –
70
SISAGUA do Ministério da Saúde, com geração de relatórios semestrais e
anuais. Com base nos dados obtidos aciona os prestadores de serviços, entre
os quais a CORSAN, a Prefeitura e os responsáveis por Sociedades Hídricas
para adequação de inconformidades, detectadas tanto no monitoramento
mensal realizado quanto nos relatórios de controle de qualidade recebidos,
incluindo aí os encaminhamentos para implantação de tratamento em locais
servidos por rede de distribuição de água in natura. Para fins do monitoramento
descrito acima, utiliza o Laboratório Regional da 13ª Coordenadoria Regional de
Saúde (13ª CRS), integrante da rede pertencente ao Laboratório Central de
Saúde Pública do estado do Rio Grande do Sul. Ainda, em parceria com os
Agentes Comunitários de Saúde realiza coletas de água em propriedades da
Zona Rural, com abastecimento unifamiliar, com distribuição de hipoclorito de
sódio para tratamento da água. Englobam também as atividades educativas
pertinentes à área, com distribuição de materiais informativos, participação em
encontros e atendimento ao público, entre outros.
Combate a Dengue
Compreende as etapas de coleta de larvas, realizada em 140 armadilhas
e 147 pontos estratégicos (PE's), distribuídos em 36 bairros além dos distritos
de Monte Alverne e Boa Vista, encaminhamento ao laboratório de Entomologia
da 13ª CRS para análise (larvas e insetos adultos), além de vistorias em locais
diversos (residências, terrenos baldios, piscinas, etc.), de acordo com denúncias
recebidas. Alimenta, diariamente o Sistema de Informação de Febre Amarela e
Dengue – SISFAD, com informações sobre coletas, denúncias e atividades em
geral de combate à Dengue. Mantém ainda ações educativas permanentes,
mediante a realização de palestras em escolas e empresas, além da realização
do Dia Nacional de Combate à Dengue, que ocorre sempre no penúltimo sábado
de novembro, com exposição na Praça Getúlio Vargas e distribuição de
materiais informativos (panfletos).
71
Controle da Febre Amarela
É realizado pela equipe do núcleo de vigilância Ambiental em Saúde
através do acompanhamento de óbitos de primatas não humanos nas áreas
silvestres, visto que esses mamíferos, servem de controle para a ocorrência do
vírus da febre amarela. No pós-mortem é coletado
material biológico para
análise em laboratório oficial visando confirmar a presença do vírus. Também
são realizadas capturas dos vetores (mosquitos transmissores – Haemagogus
e Sabethes) nas áreas silvestres e enviadas amostras para laboratório oficial.
Convém ressaltar que na área urbana, o vetor da Dengue ( Aedes aegypti) é
potencial transmissor do vírus da Febre Amarela. Dessa forma, o combate à
transmissão da Dengue e Febre Amarela são efetuadas conjuntamente.
Programa de Controle da Doença de Chagas
É realizado por meio de visitas quinzenais aos Postos de Informação de
Triatomíneos -PIT's dispostos em locais pré determinados, geralmente escolas e
postos de saúde, com recolhimento de exemplares de barbeiros para análise
laboratorial (Laboratório de Entomologia da 13ª CRS). Contempla 14
localidades: Alto Paredão, Alto São Martinho, Arroio do Couto, Boa Vista, Linha
Araçá, Linha Boa Vista, Linha João Alves, Linha Pinheiral, Linha Santa Cruz
(Aeroporto), Linha Saraiva, Monte Alverne, Ponte Linha Nova, Rio Pardinho e
Sede Municipal.
Controle de Roedores
Trata-se de uma atividade com foco principal nas medidas educativas,
através da orientação à população sobre o manejo integrado de controle de
roedores, bem como informações referentes às doenças associadas a esses
animais.
72
Controle de Zoonoses e População Animal
O centro de controle de zoonoses tem por objetivo retirar do convívio com
os
seres humanos,
os
animais
errantes e
àqueles
potencialmente
transmissores de doenças zoonóticas.
Os animais suspeitos de raiva, leishmaniose, leptospirose, escabioses ou
mordedores viciosos são recolhidos ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses),
onde passam por avaliação clínica veterinária, a fim de dar a destinação
adequada ao animal. Também são recolhidos ao CCZ os animais atropelados
ou em sofrimento, quando não são encontrados seus proprietários. Nesses
casos, o poder público assume a custódia destes animais. Todos os animais
recolhidos ao CCZ, uma vez saudáveis, são esterilizados e posteriormente
entram para o programa de adoção.
A equipe do Centro de Controle de Zoonoses também tem como função,
recolher equinos errantes quando encontrados no perímetro urbano. Os
mesmos são encaminhados ao CCZ e devolvidos aos proprietários em tempo
pré determinado após pagamento de multa. Quando na falta destes, os animais
serão encaminhados à adoção.
Programa Municipal de Combate ao simulídeo (borrachudo)
Tem como objetivo principal a redução dos agravos à saúde ocasionados
pelo ataque destes insetos. O município de Santa cruz do Sul, naturalmente, é
propício ao desenvolvimento do borrachudo em praticamente todo o seu
território, sendo que em alguns locais, especialmente na Zona Rural, os ataques
ocorrem de forma intensa. O trabalho consiste na aplicação de um larvicida
biológico (Bacillus thuringiensis variedade israelensis – B.t.i.), em média a cada
15 dias, perfazendo o total de três aplicações em pontos de água corrente de
arroios e córregos em geral, interrompendo o ciclo reprodutivo do inseto. As
doses e as distâncias de aplicação (pontos) são determinadas de acordo com as
Normas Técnicas e Operacionais do estado do Rio Grande do Sul. Os trabalhos
se concentram, normalmente, entre os meses de novembro e março de cada
ano. O produto (B.t.i.) é adquirido com recursos próprios do município.
73
Atualmente dois servidores do Núcleo, supervisionados pelo servidor Químico,
fazem as aplicações nos arroios pertencentes à sede municipal enquanto que
um trabalho em parceria com os Agentes Comunitários de Saúde e executado
por moradores de cada localidade, devidamente treinados, possibilitam ao
combate ao simulídeo na Zona Rural.
Análise
A Vigilância em saúde, através de seus programas específicos já
referidos, atinge e executa ações para 100% da população, vem gradativamente
tornando-se um fundamental instrumento de defesa, proteção e promoção da
saúde para o SUS.
Apesar da crescente demanda de trabalho, a vigilância vem conseguindo
atender todas as demandas adequadamente em tempo hábil.
Mesmo com este cenário positivo, as equipes de vigilância em saúde
necessitam frequentemente de mais servidores para fazerem frente a todas as
especificidades,
e deve-se considerar
ainda:
o aumento gradativo
da
população, o aparecimento de novas epidemias ( Gripe A o risco eminente da
dengue e outras), novas demandas
sanitárias em todos os níveis de
complexidade.
O envolvimento da vigilância em saúde, em questões relevantes, exige
cada vez mais um processo qualificado de trabalho, que execute as ações
seguindo as legislações vigentes de forma responsável e eficiente. Assim sendo
a gestão da saúde está empenhada em garantir todas as condições e recursos
necessários para garantir eficientes respostas em vigilância em saúde a toda
população.
74
CAPÍTULO IV
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Parte I
Assistência farmacêutica
A Farmácia Municipal de Santa Cruz do Sul composta por uma equipe
técnica que compreende por uma chefia de divião, farmacêuticos, agentes
administrativos, almoxarife,estagiários, servente.
Tem como base para sua lista de medicamentos a Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME), uma lista de medicamentos que deve
atender às necessidades de saúde prioritárias da população brasileira, e sobre a
qual é elaborada a REMUME (Relação de Medicamentos Essencias do
Município). Deve ser um instrumento mestre para as ações de assistência
farmacêutica no SUS. Para medicamentos sujeitos a controle especial, utiliza-se
a portaria 344/98.
A dispensação é feita com a apresentação da receita e cartão SUS do
município, retenção da segunda via e em caso de controlados a receita original
fica retida. Medicamentos de uso contínuo são dispensados para sessenta dias,
sendo que a receita tem validade de cento e oitenta dias,medicamentos
controlados são dispensados para trinta dias e a validade da receita é de trinta
dias a contar da data da prescrição. A Farmácia Municipal aceita receituários da
rede SUS do município, do CISVALE, APESC, Pronto Atendimentos, Hospitais
de Porto Alegre e Santa Cruz do Sul desde que os mesmos estejam com
carimbo de paciente SUS, Sindicato da Alimentação, Sindicato Rural, e
Sindicato dos Metalúrgicos e APAE.
Na Farmácia Municipal de Santa Cruz do Sul cerca de quinhentos
pacientes são atendidos diariamente, uma média de dez mil atendimentos
mensais. Também são encaminhados pela Farmácia Municipal através da 13º
Coordenadoria Regional de Saúde, processos administrativos para que o
paciente receba medicamentos especiais e excepcionais que são de custo
elevado, utilizados para tratamento de doenças crônicas, raras ou graves. O
75
fornecimento destes medicamentos é realizado em sala específica, no prédio da
farmácia, pelos mesmos funcionários que atuam no setor, as dispensações são
feitas por um sistema online, vinculado a Secretaria Estadual da Saúde, sendo
necessário que o paciente apresente documento de identificação. Uma média
de setenta novos processos são cadastrados por mês, e estima-se que em torno
de mil e oitocentos pacientes retirem medicamentos por mês.
Observamos que devido aos processos exigidos para compras (licitação,
prazos de entrega, falta de medicamentos no mercado e outros ) ocorrem
eventualmente falta de
alguns medicamentos e insumos, acarretando
descontinuidade de tratamentos e reclamações dos usuários. Observa-se
também a falta de importantes medicamentos especiais fornecidos pelo estado,
acarretando muito transtorno ao serviço.
Atenção Especializada
Faz-se necessário que os recursos aplicados no SUS garantam a todos
os usuários acesso a todas as tecnologias que auxiliem na promoção de uma
melhor qualidade de vida.
Assim sendo a gestão está empenhada em
implementar seu processo de regulação em seus
níveis complexidade,
garantindo assim eficiência, organização e controle na distribuição dos seus
serviços.
A regulação na saúde se inicia com o cadastro dos usuários junto ao
cartão SUS, efetuado junto a Central de Marcação localizada na Av.
Independência nº 100, Centro. Um avanço considerável foi a informatização do
setor, facilitando o agendamento, e a visualização das ofertas dos respectivos
serviços / procedimentos.
Neste local também está a regulação das autorizações de exames de
baixa, média e alta complexidade bem como as autorizações para consultas
com especialistas.
Os exames de média e alta complexidade são avaliados por médicos
autorizadores. Já as consultas,exames e tratamentos de média e alta
76
complexidade,que não possuem oferta no município de Santa Cruz do Sul,são
agendadas para Porto Alegre, através da regulação do Sistema AGHOS.
Desde o dia 1º de outubro 2013 o sistema SISREG, foi implantado para
regular as consultas , exames de média e alta complexidade em cardiologia e
vascular, para próxima etapa também será implantado o SISREG
para a
traumatologia para as macro-regiões da 8º e 13º CRS.
A gestão está empenhada em fazer cumprir os protocolos instituídos para
as consultas de especialistas e exames complementares, principalmente na
média e alta complexidade,com objetivo de regulamentar de maneira uniforme
todos os encaminhamentos do sistema.
Para
organizar
os
fluxos
de
agendamento
de
consultas
com
especialistas,a gestão instituiu o calendário de marcação com dias específicos
para cada especialidade.
A gestão tem em seu quadro funcional vários Médicos especialistas,e
contrata também serviços do Consórcio CISVALE, onde também tem
encontrado dificuldade em contratar serviços de urologistas, reumatologistas,
hematologistas e proctologista.
A regulação de leitos hospitalares se faz através da comunicação entre
hospitais e secretaria de saúde,está informações são transmitidas via e-mail,
telefone, além do censo diário, e relatórios. Ainda não existe um sistema de
informação específico instalado,com o objetivo de regular este processo.
Avaliamos muito positivamente todos os avanços que a regulação vem
apresentando, porém é uma preocupação constante da gestão melhorar cada
vez mais os fluxos de atendimentos nesta área, as necessidades de exames e
especialistas é cada vez maior. Observamos que a oferta de consultas médicas
nas clínicas básicas estão dentro dos padrões recomendados (relatório de
gestão), assim sendo gestão está preocupada em melhorar cada vez mais a
qualidade dos atendimentos, que tenham alto nível de resolutividade, diminuindo
os encaminhamentos desnecessários (Utilização efetiva dos protocolos) e
agilizando os processos de trabalho.
77
78
Auditoria
A auditoria avalia a qualidade da atenção com base na observação direta,
registros e história clínica do cliente. As atividades concentram-se nos
processos
e
resultados
da
prestação
de
serviços
e
pressupõem
o
desenvolvimento de um modelo de atenção adequado em relação às normas de
acesso, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
A Lei 8.080/90, em seu artigo 18, I, diz que compete a direção municipal
do SUS “planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde e
gerir e executar os serviços públicos de saúde”.
Este trabalho é norteado pelo Departamento Nacional e Auditoria do SUS
(DENASUS), e objetiva garantir a equidade e a universalidade do acesso
qualificado às consultas, exames e internações clínicas e cirúrgicas. O serviço
de Auditoria inspeciona as relações acordadas e formalizadas entre os gestores
municipais e os prestadores de serviços de saúde, bem como a execução dos
serviços contratados a fim de garantir o atendimento eficaz da população em
geral, controlando e avaliando o grau de atenção efetivamente prestada pelo
sistema.
Constituem objeto de exame da auditoria, entre outros:
•
Contratos firmados com a rede complementar para prestação de
serviço;
•
A prestação de serviços de saúde na área ambulatorial e hospitalar;
•
As denúncias quanto a supostas irregularidades na prestação dos
serviços pelos profissionais e/ou unidades de saúde;
•
A aplicação dos recursos orçamentário-financeiro.
Avaliamos que a auditoria no SUS tem auxiliado a gestão a oferecer cada
vez mais serviços de qualidade que contemple a totalidade dos acordos
firmados.
A equipe atualmente é composta por 01 médico,01enfermeiro. A gestão
entende necessária a ampliação da equipe,em virtude da crescente demanda e
organização das atividades propostas pelo serviço de auditoria.
79
Ouvidoria
A Ouvidoria em Saúde, funciona no prédio da SMS, constitui-se num
espaço estratégico e democrático de comunicação entre o cidadão e o gestor do
Sistema Único de Saúde, relativos ao serviços prestados. A Ouvidoria, como
componente da Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa, visa
fortalecer os mecanismos de participação social e qualificar a gestão
participativa no SUS.
É fundamental para a consolidação do SUS que o cidadão tenha um
espaço par solicitar informações sobre os serviços de saúde ou registrar uma
sugestão, elogio,reclamação e denúncia com resposta ágil e resolutiva à sua
manifestação, visando a melhoria do atendimento prestado.
A Ouvidoria SUS, tem como objetivos principais:
•
Ampliar a participação dos usuários na gestão do SUS;
•
Possibilitar à instituição a avaliação contínua da qualidade das ações
e dos serviços;
•
Subsidiar a gestão nas tomadas de decisões e na formulação de
políticas públicas de saúde.
A Política Participa SUS, propõe-se a trabalhar 4 eixos:
•
Auditoria;
•
Ouvidoria do SUS;
•
Monitoramento e Avaliação de Gestão do SUS;
•
Gestão Participativa e Controle Social do SUS.
A ouvidoria de Santa Cruz do Sul vem atuando desde 2010, os recursos
são oriundos da
Política do Participa SUS (Política Nacional de Gestão
Estratégica e Participativa do SUS), onde um dos eixos é a Ouvidoria. Em
2011 iniciou operar o Sistema Ouvidor SUS (nível I e nível II) , e também
começou a divulgação para a população, através de material impresso, na forma
de cartazes e folders explicativos sobre o funcionamento da Ouvidoria, com
também,
na impressa escrita e boletins informativos internos.em janeiro de
80
2012, foi aprovada a lei municipal nº 531 e nº 6.451, criando o setor Ouvidoria
da Saúde e cargo de Ouvidor.
Poderá ser acessa por vários meios como telefone, e-mail, carta ou
pessoalmente, 136 do MS. ,WEB, na pagina da prefeitura de Santa Cruz do Sul
Ministério da Saúde.
O cidadão será atendido, por um profissional capacitado e treinado para o
acolhimento de sua manifestação. Toda a demanda terá um número de
protocolo que poderá ser utilizado para consulta na página Prefeitura Municipal
como no sita o Ministério da Saúde.
O prazo de conclusão das demandas são estipulados pelo próprio
sistema de acordo com a urgência da demanda registrada na ouvidoria. Os
prazos são de 15 dias a 90 dias.
Diagnóstico Situacional
REGISTRO DAS DEMANDAS:
Baixa procura pelo serviço da Ouvidoria, devido a vários fatores:
•
Falta de divulgação sistemática nos meios de comunicação;
•
Culturalmente a população tem a necessidade do contato direto com
o gestor municipal de saúde;
•
Temores do cidadão, que ao registrar e identificar-se o seu próximo
atendimento será pior;
•
Retornos demorados e alguns inexistentes da rede;
•
Falta de conhecimento da finalidade principal da ouvidoria, criando
resistência, pelo todo da secretaria de saúde e população.
Departamento Jurídico
O Departamento Jurídico tem o objetivo de atuar na análise da legalidade
das ações e decisões desta SMS. Deve buscar, com isso, a efetivação do SUS
na esfera municipal por meio da garantia do esclarecimento ao gestor municipal
sobre as suas possibilidades legais de ação junto à esfera federal e estadual de
saúde, aos prestadores de serviços e outras relações que possam se constituir
81
por meio de acordos legais. É também responsável por todas as orientações e
encaminhamentos com necessidade de cumprimento de critérios legais.
O Departamento jurídico atua basicamente em análise e elaboração de
documentos diversos, aquisição de medicamentos emergênciais, providências
para cumprimento de ordens judiciais, e respostas às determinações do
Ministério Público.
A atuação é tanto preventiva, na análise de contratos e avaliação jurídica
das ações a serem desenvolvidas, quanto direta, com atuação junto ao
Ministério Público, Tribunal de Contas, Delegacias de Polícia, Conselhos
Tutelares e outros.
Enfrenta desafios relacionados à sua estrutura, e gestão no que tange ao
aumento da demanda. Relacionam-se à quantidade crescente de processos que
ingressam no setor e que está diretamente relacionada à amplitude de atuação
desta SMS no setor saúde dentro e fora do município. Além disso, o fenômeno
que hoje se constitui a “judicialização da saúde”, ou seja, a via direta entre os
usuários e o sistema de saúde público por meio de processos judiciais, aponta
para a necessidade de se estabelecer parceria para estudo de casos.
Vislumbra-se, com essa medida, ampliar as possibilidades de acordo e agilizar
os processos.
Compras
O setor de compras gerencia todas as compras e pagamentos da
Secretaria de Saúde. Possui ligação diária com todos os setores, pois atende
solicitações de serviços e compras conforme suas necessidades. Funciona junto
a Secretaria de Saúde.
O setor
realiza todos os pagamentos de contas mensais (água, luz,
telefone, internet, aluguéis), também de terceirizados, tratamento de reabilitação
de dependentes químicos, transporte de pacientes, prevenção e manutenção de
equipamentos odontológicos, recolhimento de lixo séptico, corte de grama,
locação de concentradores de oxigênio, serviços de postagens, cópias
82
xerográficas, abastecimento de combustível, adiantamento para viagens dentro
e fora do estado, compra de materiais e equipamentos e mobiliários (material de
expediente,
material
gráfico,
materiais/equipamentos
veículos, materiais elétrico/hidráulico, alimentos,
médico
hospitalar,
compra de medicamentos,
encaminhamentos de solicitações de contratos e licitações para compras de
praticamente todos os materiais usados pelos setores e para todos os serviços
que ultrapassem o limite máximo da dispensa de licitação (serviços
elétrico/hidráulico, conserto de veículos, construções, reformas e ampliações de
unidades), solicitações de serviços á outras secretarias do município: limpeza de
pátio,
elétrico/hidráulico,
consertos
e
pequenos
reparos,
controle
de
almoxarifado: recebimento, armazenamento e dispensação dos materiais,
atendimento á fornecedores, e realiza serviços de entrega e busca.
Fluxo de compras
Todas as compras e serviços são solicitados pelo coordenador de cada
setor e autorizados pelo Secretário de Saúde, Diretor de Planejamento e Gestão
da Saúde. Após são repassados ao setor de compras, onde através de um
pedido de compra, faz a solicitação de compra/pagamento à Secretaria de
Fazenda, seguindo os seus tramites internos até a emissão da nota de
empenho. Em posse do empenho, o setor passa ao fornecedor que tem prazo
para a entrega da mercadoria ou serviço (prazos variam conforme o tipo de
contrato ou serviço prestado.). Todas as compras de materiais ou contratação
de serviços que não tenham um contrato ou licitação, só podem ser realizadas
após a pesquisa de preços, e em posse de três orçamentos feitos de forma
aleatória e imparcial, para isso é necessário a abertura de um processo
encaminhado para procuradoria do município para aprovação de todos os
passos do processo,e documentos necessários para contratação do prestador
de serviço.
Transporte
O setor de transporte,
tem
objetivo de realizar as remoções de
pacientes que fazem consultas, exames, tratamento médico nas mais diversas
especialidades nos Municípios de Porto Alegre, Rio Grande, Pelotas, Santa
83
Maria, Giruá, Cachoeira do Sul, Lajeado, Três de Maio, entre outros. Ainda
auxilia no transporte de servidores (médicos, enfermeiros, técnicos de
enfermagem) para que os mesmos possam atender em Unidades de Saúde
(avançada e domiciliar), translado de pacientes de uma Instituição Hospitalar
para outra, transporte de medicamentos da Farmácia Municipal para as
Unidades de Saúde, materiais biológicos, além de pacientes portadores de
doenças crônicas, internações, consultas e exames.
Também auxilia o setor administrativo da Secretaria Municipal de Saúde
com o encaminhamento de documentos e materiais no Almoxarifado Central.
Está localizado na Rua Ernesto Alves nº 858, Centro e é composto por
vinte e cinco motoristas,dispõe de três ambulâncias e vinte e dois veículos
leves, um ônibus e uma Van Boxer.
Devido ao trabalho diário e contínuo o desgaste das viaturas é intenso, a
gestão está empenhada em manter manutenção preventiva das viaturas,sendo
também necessária a renovação da frota , visto as necessidades crescentes do
SUS.
CAPÍTULO V
REDE HOSPITALAR E DEMAIS SERVIÇOS CONTRATUALIZADOS
Parte I
Rede Hospitalar
O Município de Santa Cruz do Sul contratualizou os três hospitais do
Município, Hospital Santa Cruz, Hospital Ana Nery e o Hospital Monte Alverne.
Na contratualização, os hospitais passam a ter um orçamento global
misto, recebendo um montante fixo por mês destinado ao custeio de ações de
média complexidade e um outro orçamento, baseado na produção de serviços,
para custear as ações de alta complexidade.
84
LEITOS – 2013
ESPECIALIDADE
Clínicos
Cirúrgicos
Obstétricos
Pediátricos
Uti adulto
Uti infantil
Uti neonatal
Unidade
Intermediária
Neonatal
Psiquiatria
Hospital Dia
Crônicos
Pneumologia
Sanitária
TOTAL
HOSPITAL
HOSPITAL ANA
HOSPITAL
SANTA CRUZ
NERY
MONTE ALVERNE
Existentes - SUS Existentes - SUS Existentes - SUS
40 - 22
46 - 28
21 - 15
39 - 27
25 - 15
3-2
28 - 18
1-0
4-3
51 - 27
1-1
4-3
10 - 8
7-4
0-0
4-4
0-0
0-0
4-4
0-0
0-0
0-0
0-0
6-4
4-2
5-3
0-0
0-0
191 - 119
0-0
1-1
0-0
0-0
1-1
0-0
1-1
1-1
81 - 49
35 - 26
Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES 2013
Observamos que mesmo com aumento da população com o passar dos
anos, a oferta de leitos SUS manteve-se praticamente igual comparando com os
dados do último PMS, ( 191 leitos em 2008 e 194 em 2013), assim sendo abaixo
do recomendado pelo MS que seria em torno de 2,07 a 3,38 / 1000 habitantes
(PORTARIA 1101 MS), portanto deveriam haver pelo no mínimo 246 leitos SUS.
A falta de leitos adulto, na prática, representa para gestão municipal um
dos maiores desafios, os transtornos são enormes, a crescente demanda para
cirurgias, internações para diagnóstico, e internações clinicas, se da pelo o
aumento na demografia populacional, não havendo possibilidade de expansão
dos serviços suficientes pela crescente demanda , além de problemas
relacionados as estruturas físicas das edificações existentes.
85
Parte II
Laboratórios
Os laboratórios contratados, que prestam serviços ao SUS atualmente são :
ANÁLISES CLÍNICAS
ANATOMOPATOLOGIA
CITOPATOLOGIA
Laboratório Celula
-
-
Laboratório Hemolab
-
-
Laboratório Santa Cruz
-
Laboratório Santa
Cruz
Laboratório Ethica
-
Laboratório Ethica
Laboratório Enzilab
Laboratório Rocha &
Gonzatti
Laboratório Rocha &
Gonzatti
-
Laboratório Objetiva
-
Os referidos laboratórios tem atendido as demandas em tempo hábil, tem
plantões tanto para os hospitais como para outros serviços da rede em tempo
integral, imprescindível ao apoio diagnóstico de todas as especificidades e
complexidades.
Parte III
Centros de Reabilitação, Centros e Associações
Comunidade Terapêutica Recomeçar
Serviço contratado com o objetivo de oferecer tratamento para
dependentes de substâncias psicoativas. Público alvo: adultos que já passaram
por processo de desintoxicação.
Centro de Reabilitação Social e Beneficente Evangélico - SOS VIDA
Serviço contratado com o objetivo de oferecer tratamento e programa
educacional para dependentes de substâncias psicoativas. Público alvo:
crianças e adolescentes.
Trata-se de uma fazenda terapêutica, localizada no município de Santo
Ângelo – RS.
86
UNI-RIM – Clínica de Doenças Renais Ldta
Os tratamento de hemodiálise é realizado pela Uni Rim - Clínica de
Doenças Renais, prestador contratado para as ações de alta complexidade em
nefrologia. É um serviço de referência regional.
APESC / UNISC
Este contrato com a APESC/UNISC tem por objeto a execução de
serviços de reabilitação física – nível intermediário – para os procedimentos de
reabilitação, dispensação de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção,
compondo a rede estadual de atenção aos portadores de deficiência física.
A APESC também é mantenedora do Hospital santa Cruz.
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE
Serviço
contratado
tendo
por
objeto
consultas
neurológicas
e
acompanhamento de pacientes com deficiência mental ou autismo, ou que
necessitem estimulação neuros sensorial.
Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Pardo - CISVALE
O Município mantém convênio com CISVALE com a finalidade de obter
serviços de saúde não disponíveis na rede pública como : Médicos
Especialistas, exames de Diagnósticos por Imagem como tomografia; ecografia;
mamografia; ecografia com doppler; endoscopias; RX e ressonância magnética;
Pequenas cirurgias; Fonoaudiologia; Fisioterapia.
CAPÍTULO VI
INDICADORES DE SAÚDE RELATÓRIO DE GESTÃO
Parte I
A Secretaria Municipal de Saúde vem acompanhando e avaliando os
87
indicadores de desempenho das diversas áreas e políticas da saúde.
Verificamos que os indicadores de saúde, como base o último relatório de
gestão do ano de 2012, apresentaram desempenho positivo sendo atingido em
sua maioria as metas pactuadas.
Porém alguns indicadores ainda necessitam melhorar seu desempenho
para termos melhores padrões de qualidade. Para isso faz- se necessário além
do monitoramento constante deste desempenho a implementação de ações
específicas, algumas questões estão
relacionadas a processos de trabalho
outras são questões multifatoriais.
Na análise dos indicadores verificamos:
•
Diretriz 1 – Garantia do acesso da população a serviços de qualidade
e
em
tempo
adequado
somente
o
indicador
cobertura
de
acompanhamento das condicionalidades de saúde do Programa bolsa
família ficaram abaixo do pactuado, porém as famílias receberam
atendimento somente a alimentação de dados que não foi em tempo
hábil no sistema de informações, todos os demais indicadores estão
em acordo com pactuado.
•
Diretriz 2 – Aprimoramento da redes de Atenção as Urgências a meta
foi atingida, as unidades apresentaram notificações de situações de
violência.
•
Diretriz 3 – Promoção da Atenção integral à saúde da mulher e da
criança e implantação da rede cegonha, metade dos indicadores
atingiram suas metas porém ainda estão abaixo o rastreamento
precoce de câncer de colo de útero e também o baixo a proporção de
partos normais.
•
Diretriz 4 – Fortalecimento da rede de saúde mental, avaliação
positiva do indicador com boa cobertura de população
•
Diretriz 5 – Garantia de Atenção integral a saúde de pessoa idosa,
percebe-se aumento do número de fraturas de fêmur,
•
Diretriz 7 –
Redução de riscos e agravos a saúde por meio de
promoção e vigilância em saúde, a maioria destes indicadores foram
alcançados, porém a proporção de cura de casos novos de
tuberculose ficou abaixo do esperado.
88
CAPÍTULO VII
RECURSOS FINANCEIROS
FONTE: Relatório SARGSUS
89
Fonte: Relatório SARGSUS.
Fonte: Relatório SARGSUS.
90
Fonte: Relatório SARGSUS.
Fonte: Relatório SARGSUS.
91
CAPÍTULO VIII
CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE CMS
MESA DIRETORA: Formada por Presidente, Vice-Presidente, Secretário, e
Segundo Secretário.
COMPOSIÇÃO DO CMS: 03 representantes da gestão; 02 representantes dos
prestadores de serviço na saúde; 05 representantes dos profissionais de saúde
e 10 representantes dos usuários dos serviços de saúde.
Sala do Conselho: R. Ernesto Alves, 858 – Fones (51) 2109-9326 CEP 96810010 – Santa Cruz do Sul /RS – Email: [email protected]
Reuniões Ordinárias: 2ªs terças-feiras de cada mês e 4ªs terças-feiras de cada
mês
Local: geralmente na Câmara Municipal de Vereadores
Horário: 18 horas
Reunião de Discussão de Pauta: quintas-feiras anteriores às reuniões – 14
horas na Sala do Conselho.
LEGISLAÇÃO:
LEI Nº 3.217, DE 10 DE JULHO DE 1998 - Institui o Conselho Municipal de
Saúde e dá outras providências.
LEI Nº 5.470, DE 08 DE JULHO DE 2008 - Altera a redação do artigo 3º, da Lei
nº 3.217, de 10 de julho de 1998, que institui o Conselho Municipal de Saúde e
dá outras providências.
DECRETO Nº 7.732, DE 06 DE ABRIL DE 2009 - INSTITUI O REGIMENTO
INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE.
O CMS de Santa Cruz do Sul vem desempenhando efetivamente seu
papel no controle social da saúde. Firmou-se como uma dos principais avanços
do SUS,
e no Município, sempre que o necessário atendendo todas os
chamamentos, participando com seus representantes de todas as decisões nas
políticas de saúde.
92
CAPÍTULO IX
AÇÕES E METAS DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SANTA CRUZ DO SUL
Parte I
Doenças
e
Agravos
de
Notificação
Compulsória
Importância
Epidemiológica.
Faz-se necessário diversas ações e metas para minimizar os problemas,
já relacionados no diagnóstico, parte I deste Plano, entre eles destacamos:
Grande número de cães abandonados, muitos acidentes antirrábicos.
Ações:
•
Construção do novo centro de controle de zoonoses;
•
Implantação de programa de castrações nos animais de famílias
carentes;
•
Trabalhar no modelo de cartilha, visando a conscientização das
crianças da rede pública de ensino no tocante à educação contra
maus tratos de animais no Município;
•
Incrementar as campanhas de adoção de animais.
Gripe A H1N1
É necessária a elaboração de um plano de contigência, priorizando a
busca ativa através das Equipes de Agentes de Saúde, com auxílio dos meios
de comunicação, às pessoas pertencentes aos grupos de risco da doença,
visando atingir através da vacinação a meta de 80% da população. No caso de
epidemias da doença readequaremos horários de unidades de saúde (locais
estratégicos), os processos internos de trabalho priorizando o atendimento
destes casos.
Varicela
Pretende-se reduzir em 10 % ao ano o número de notificações deste agravo
com o inicio da vacinação que recentemente foi introduzida no calendário básico
de vacinação.
93
Enfrentamento de doenças infecciosas com
hepatites virais, tuberculose, leptospirose e Aids
frequências elevadas:
Observou no diagnóstico deste plano a dificuldade do Município para o
enfrentamento destes importantes e impactantes agravos, tanto a nível de
morbidade como mortalidade, assim sendo pretende-se inicialmente realizar
uma serie de capacitações sistemáticas sobre estes agravos iniciando-se no
primeiro trimestre de 2014 e sucessivamente até o último, abordando um agravo
por reunião, com isso pretendemos melhorar as condutas destes pacientes
como: diagnóstico, encaminhamento e tratamento.
Ainda temos como metas:
•
Aumentar a proporção de cura de
casos novos de tuberculose
pulmonar bacilífera para 85% em 2014, conforme o pactuado nos
indicadores de saúde do município, esta meta será alcançada
mediante um esforço de todas as equipes tanto da equipe do
Programa de Tuberculose quanto das equipes aos quais os pacientes
estão vinculados. Deverão realizar busca ativa aos
faltosos e
acompanhar efetivamente a aderência ao tratamento;
•
Também teremos como meta aumentar a proporção de exames ANTIHIV entre os casos novos de tuberculose chegando em 2014 a 85%,
conforme pactuado nos indicadores de saúde do Município.
•
Será disponibilizado o teste rápido ANTI-HIV nas unidades de saúde,
aproximando-se das comunidades
proporcionando uma maior
precocidade no diagnóstico e melhores prognósticos.
Sífilis Congênita
O aumento considerável de casos de sífilis Congênita demanda uma serie
de ações para reversão deste cenário, a primeira providência será a aplicação
dos medicamentos injetáveis de forma descentralizada nas unidades de saúde
facilitando o tratamento aos usuários, esta ação já está se iniciando em 2013.
As equipes de saúde tanto do CEMAS como das unidades as quais os
pacientes estão vinculados realizarão um acompanhamento rigoroso dos casos,
realizarão busca ativa de faltosos e acompanharão efetivamente a aderência ao
94
tratamento. Ainda teremos como meta aumentar gradativamente a oferta de
testes de sífilis em gestantes sucessivamente 1,5 em 2014 e 2,0 em 2015.
Parte II
Rede da Atenção Básica
Aumento de cobertura por equipe de Atenção Básica
Inicialmente pretende-se ampliar as coberturas populacionais pelas
equipes de atenção básica, serão criados novas unidades e equipes, com isso
acredita-se no aumento da cobertura em 5 % ao ano. Atualmente
2013 a
cobertura é de 67,68% para 2014 a meta é alcançar 71% e para 2015 alcançar
76% conforme o pactuado nos indicadores de saúde do Município. Também
pactuado de 5% ao ano as coberturas populacionais pelas equipes de saúde
bucal atualmente 2013 é de 40,9% para 2014 42,94 %, e para 2015 45,09 %.
Fortalecimento e Ampliação das Ações de Prevenção na Atenção Básica
Com ampliação de novas unidades haverá uma maior oferta de serviços
em consequência uma melhora em indicadores importantes de saúde, a
exemplo os indicadores da saúde materna e infantil.
Foi pactuado as seguintes metas junto aos indicadores de saúde do município:
•
Aumento de 2% ao ano na cobertura de exames citopatológicos de
colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos atualmente em 2013, a
cobertura é de 0,57 % sucessivamente ampliando para 0,59 % em
2014 e 0,61% em 2015;
•
Também pretende-se ampliar os exames de mamografias de
rastreamento realizado em mulheres de 50 a 69 anos em 5 % ao ano,
atualmente a cobertura é de 0,33 % para 2014 0,35 % e 2015 0,36
%.
•
Pretende-se ainda como meta aumentar em 5 % ao ano a proporção
de nascidos vivos de mães com 07 ou mais consultas de pré-natal
atualmente são 78 % para 2014, a meta pactuada é de 81,15 % para
2015 a meta é 86,25 %;
95
•
Com uma maior cobertura das equipes de atenção básica e com os
diversos serviço de atendimento e proteção a criança pretende-se
reduzir em pelo menos 1 % ao ano a mortalidade infantil mantendo
abaixo de dois dígitos (10) em 2012 a taxa ficou em 8,25 / 1000, para
2014 a meta será 8,16 / 1000, e para 2015 a meta será 8,08 / 1000
nascidos vivos.
•
Com relação as condições de saúde do idoso e de portadores de
doenças crônicas pretende-se com a ampliação de serviços reduzir a
taxa de mortalidade prematura (menores de 70 anos) pelo conjunto
de 04 principais DCNT (doenças do aparelho circulatório, câncer,
diabetes e doenças respiratórias crônicas). Atualmente a taxa é de
393 /100.000 óbitos pretende-se reduzir em 2 % ao ano para 2014
pactuou-se 385 / 100.000 para 2015 pactuou-se 377 / 100.000 óbitos.
Os serviços de atenção básica também possuem metas gerais e
específicas que serão relacionadas a seguir:
Metas Gerais da Atenção Básica
•
Pactuar com os demais serviços e programas da rede de atenção,
ações e estratégias que melhor atendam as necessidades da
população e do próprio serviço, qualificando a assistência prestada
por toda a rede;
•
Concluir o processo de Informatização,bem como o Tele-Saúde em
todas as Unidades de Atenção Básica;
•
Implementar normas e rotinas médicas e de enfermagem;
•
Implementar Calendário de Educação Permanente para todos os
profissionais;
•
Melhorar os indicadores de saúde das metas pactuadas;
•
Promover maior entendimento da rede de atenção para as equipes de
Atenção Básica favorecendo que todos tenham conhecimento dos
serviços e para onde devem encaminhar os usuários, otimizando os
encaminhamentos para especialistas e demais serviços da rede.
•
Dispor e manter os equipamentos médicos hospitalares com número
adequado e com qualidade de uso;
96
•
Consolidar o Acolhimento no atendimento ao usuário;
•
Promover a capacitação de todos os profissionais de enfermagem em
aplicação de Vacinas;
•
Promover a capacitação dos enfermeiros em teste rápido Sífilis e HIV;
Metas específicas ESF
•
Aumentar cobertura de ESF – Projeto de Ampliação da Atenção
Básica;
•
Manter as áreas de ESF cobertas 100% com ACS;
•
Realizar Educação Permanente com os ACS;
•
Aumentar o número de Equipes de ESF com Saúde Bucal;
•
Consolidar o trabalho do NASF junto às equipes de ESF, fortalecendo
o vínculo e o apoio matricial;
•
Iniciar o atendimento em saúde mental pelas equipes de ESF com
consultas de enfermagem e médica direcionada a doença mental,
estreitando os laços com os CAPS para melhor qualidade do
atendimento prestado.
•
Ampliar o número de visitas domiciliares realizadas pelas equipes de
ESF, com o intuito de favorecer a prevenção e promoção de saúde,
diminuindo o número de consultas por doença instalada;
•
Melhorar os Indicadores e a Avaliação utilizando os parâmetros do
PMAQ e AMAQ.
Metas Específicas das Unidades Básicas de Saúde
•
Realização de dimensionamento pessoal, contratando enfermeiros
para todas as Unidades,bem como técnicos de enfermagem;
•
Aumentar o número de profissionais médicos 40 horas, com o
objetivo de realizar prevenção e promoção a saúde,além de forma
um vínculo com a comunidade;
•
Implementar um ambulatório de feridas.
97
EACS – Estratégia Agentes Comunitários de Saúde
EQUIPE : 53 ACS / 01 enfermeiro
Metas
•
Ampliar cobertura da EACS através do mapeamento de novas micro
áreas;
•
Intensificar as ações de promoção e educação para saúde através da
análise dos indicadores do SIAB;
•
Divulgar as atividades/ações realizadas pelo ACS através de um
boletim informativo;
•
Intensificar as visitas domiciliares pelo enfermeiro supervisor nas
áreas de cobertura pelos ACS.
Ação:
•
Produzir material informativo (folders) e banner.
•
Constituir um grupo de teatro dos ACS.
** Aumentar para 95% o número de recém-nascidos com peso acima de 2.500g;
Ação :
•
Incentivar as gestantes a realizar o pré-natal adequadamente;
•
Orientar as gestantes sobre alimentação saudável e procurar
conscientizar às fumantes sobre a influência do tabaco no
desenvolvimento da criança.
** Aumentar para 80% o número de crianças menores de 4 meses com
aleitamento exclusivo;
Ação:
• Incentivar as amamentação,mantendo a exclusivade aleitamento
materno através de trabalhos de orientação como – oficinas,
Campanhas,
• Distribuir material informativo sobre o assunto nas visitas domiciliares.
** Aumentar para 95% número das crianças menores de 2 anos com vacinas
em dia;
Ação:
•
Busca ativa através de VD observando o cartão sombra.
98
** Reduzir para 7% o número de gestantes menores de 20 anos;
Ação:
•
Trabalhar em parcerias ,com as escolas e centros ocupacionais,
oficinas sobre sexualidade e planejamento familiar voltado para
adolescentes;
•
Divulgar os serviços de saúde que desenvolvem trabalhos para esta
faixa etária.
** Aumentar para 97% o número de gestantes que realizam o pré-natal a partir
do 1ºtrimestre;
** Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes diabéticos.
** Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes hipertensos.
Ação:
•
Realizar mensalmente visitas domiciliares ao portadores de doenças
crônicas degenerativas (HAS/DIA) reforçando as orientações de
saúde.
Divisão de Saúde Bucal
Metas
•
Melhoria da qualidade de móveis e equipamentos odontológicos de
alguns consultórios;
•
Implantar um Centro de Especialidade Odontológica (CEO);
•
Implantar um Serviço de Prótese Dentária;
•
Implantar um serviço de urgência odontológica;
•
Desenvolver um serviço de assistência odontológica clínica hospitalar
aos Pacientes com Necessidades Especiais;
•
Retomar o atendimento das escolas do interior, atendendo alunos do
1º ao 5º ano através da Unidade Móvel;
•
Implantar novas equipes de saúde bucal no Programa Estratégia em
Saúde da Família;
99
•
Dar continuidade ao Projeto Escolar que engloba Escolas Municipais,
algumas Estaduais e as Emeis, mediante fornecimento de escovas
dentais, creme dental, fio dental e realização de palestras;
•
Dar continuidade a capacitações continuadas em Saúde Bucal.
Melhoria da qualidade de móveis e equipamentos odontológicos de
alguns consultórios:
Os consultórios devem ser adaptados conforme as atuais exigências das
Normas de Biossegurança, segundo a vistoria realizada pela Vigilância
Sanitária. Várias são as melhorias a serem realizadas, tais como: troca de
equipamentos odontológicos muito antigos, falta e troca de móveis em alguns
lugares, equipamentos periféricos, lugar específico para lixo séptico, fiação e
encanamento embutidos, etc.
Implantar um Centro de Especialidade Odontológica (CEO):
A implantação do CEO significa uma atenção em Saúde Bucal mais
voltada à integralidade da atenção através da ampliação da oferta de serviços
de média complexidade em Odontologia. Atualmente os serviços especializados
de Endodontia, Cirurgia Oral Menor e Periodontia não são executados na rede
básica, sendo referenciados ou para a rede privada ou para a Universidade.
Também teremos a oportunidade de ampliar o atendimento ao Portador de
Necessidades Especiais.
O CEO será referência ao município, abrangendo uma população de 118.374
habitantes, com encaminhamento de toda a rede, priorizando-se as UBS – ESF
com ESB.
Implantar um serviço de Prótese Dentária:
A Política Nacional de Saúde Bucal – tem promovido a ampliação e
qualificação do acesso aos serviços de Atenção Especializada em Saúde Bucal,
através da implantação dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD),
pautando-se nos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os LRPD visam suprir uma grande necessidade da população brasileira, que é a
reabilitação protética.
Implantar um serviço de urgência odontológica:
Não existe no município um lugar específico para atendimento de
urgências odontológicas. Atualmente todas as UBS/USF atendem urgências e
100
como não podemos prever este tipo de atendimento, em todos os locais temos
um determinado tempo destinado a este tipo de serviço, o número de pacientes
atendidos por turno foi diminuído em todas as Unidades. Implantando um
plantão de urgência o número de atendimentos aumentaria em média 25% nas
UBS/USF.
Desenvolver
um
serviço
de
assistência
odontológica
clínica
hospitalar aos Pacientes com Necessidades Especiais:
Atualmente os pacientes especiais que não permitem atendimento clínico
em consultório são encaminhados a Porto Alegre para a realização do
tratamento, o que muitas vezes gera demora e transtorno. O Município possui
profissionais capacitados para este tipo de atendimento, e, conforme a Portaria
Nº 1.032/GM de 05/05/2010 em que os hospitais e profissionais que prestam
serviço para o SUS passam a receber repasse financeiro para realizar
procedimentos odontológicos de atenção primária e atenção secundária em
ambiente hospitalar, poderemos tornar os Hospitais da região referência para o
Município, dando maior resolutividade ao atendimento destes pacientes.
Retomar o atendimento das escolas do interior, atendendo alunos do
1º ao 5º ano através de Unidade Móvel:
A dificuldade de acesso das crianças do interior ao atendimento clínico é
uma realidade no nosso Município. Se quisermos ter no futuro uma população
com um número menor de necessidades odontológicas temos que começar a
trabalhar com estas crianças o mais cedo possível. Para isso temos que ir de
encontro a elas e nada melhor do que oferecer, além da Prevenção,
atendimento clínico odontológico na Escola, através de Unidade Móvel.
Implantar novas equipes de saúde bucal no Programa Estratégia em
Saúde da Família:
Sendo que a meta da Secretaria da Saúde é ampliar o número de
Unidades de Saúde da Família no Município, o ideal seria que cada ESF tenha
profissionais de Saúde Bucal, aumentando assim a cobertura no Município e
contribuindo para que o trabalho realizado pelas equipes vá ao encontro dos
princípios da universalidade, equidade e integralidade da atenção.
101
Dar
continuidade
ao
Projeto
Escolar
que
engloba
Escolas
Municipais, algumas Estaduais e as Emeis, mediante fornecimento de
escovas dentais, creme dental, fio dental e realização de palestras:
Além de ser um trabalho de pequeno custo e grande alcance no que diz
respeito a prevenção as doenças bucais, este serviço deve ser fortalecido e
ampliado pois está vinculado ao número de Procedimentos Coletivos que devem
ser informados ao Ministério da Saúde anualmente.
Dar continuidade a capacitações continuadas em Saúde Bucal:
Os profissionais devem estar sempre atualizados quanto as técnicas e
novos materiais lançados no mercado, para isso devemos dar continuidade as
capacitações específicas, procurando realizá-las de duas a três vezes por ano.
O tema geralmente é decidido entre os profissionais nas reuniões bimensais de
equipe, conforme a necessidade sentida dentro dos serviços realizados.. Os
profissionais também devem participar do Programa de Educação Continuada
da Secretaria Municipal da Saúde.
Ambulatório do Idoso, Diabético e Hipertenso
Metas
•
Ampliar
a
equipe
de
atendimento,
agregando
os
seguintes
profissionais: endocrinologista, geriatra, fisioterapeuta, terapeuta
ocupacional;
•
Adquirir um espaço físico próprio para o Ambulatório do Idoso,
Diabético e Hipertenso;
•
Oferecer grupos educativos voltados a pessoa idosa, abordando os
diversos aspectos relacionados ao envelhecimento;
•
Aumentar o número de visitas domiciliares aos pacientes do
Ambulatório;
•
Dar continuidade aos grupos de diabéticos já realizados;
•
Reduzir as internações hospitalares oriundas dos danos causados
pela HAS e DM ;
•
Realizar avaliações do tratamento e autocuidados dos pacientes
atendidos nos grupos de diabéticos e acompanhamento dos mesmos;
102
•
Divulgar o serviço e o fluxo de atendimento para órgãos Municipais e
comunidade;
•
Aumentar a parceria do Serviço com as Rede de Atenção Básica;
•
Aquisição de materiais permanentes, para melhor desenvolver as
atividades do Ambulatório;
•
Abordar em atividades educativas temas de saúde relacionados às
principais causas de óbitos no Município: influenza em grupos de
riscos (idosos, doentes crônicos) e DST´s/AIDS;
•
Proporcionar à equipe capacitações permanentes, principalmente,
relacionados aos temas doenças crônicas e envelhecimento;
•
Visando prevenir surgimento de doenças crônicas não transmissíveis
como Hipertensão e Diabetes Mellitus, criar grupos de educação em
saúde para crianças e adolescentes com sobrepeso/obesidade;
•
Prevenir, diagnosticar e tratar a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e
Diabetes Mellitus (DM);
•
Prevenir e tratar doenças decorrentes do envelhecimento, com acesso
facilitado do idoso ao serviço;
•
Realização de grupos educativos voltados ao pacientes diabéticos
e/ou hipertensos, estimulando a participação do paciente e familiares;
•
Reconhecer os danos causados pela HAS e DM, oferecendo um
aporte de tratamento multidisciplinar ao paciente/família;
•
Incentivar hábitos de vida saudável para o controle do tratamento da
HAS e DM, estimulando também que o paciente mantenham o
autocuidado e, com isso, evitar as complicações das doenças
crônicas;
•
Atuar em parceria com outras(os) departamentos/secretarias da
Prefeitura para promover atividades de previnam complicações de
agravos de doenças decorrentes do envelhecimento , de prática de
hábitos não saudáveis, e de DM e HAS;
•
Oportunizar a capacitação continuada da equipe técnica do Serviço e
das equipes da rede básica de saúde;
•
Promover ações que melhorem a autoestima do idoso, viabilizando
uma mudança de hábitos e valores com relação à vida e, desta forma,
promovendo o envelhecimento digno e sustentável e que contemple
as necessidades do grupo etário;
103
•
Administrar os cadastros de Hipertenso e diabéticos (HIPERDIA) do
Município.
Saúde Mental
Metas
Fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial:
•
Implantação de 03 oficinas terapêuticas no ESF Bom Jesus;
•
Implantação de uma oficina terapêutica em cada ESF (11), e uma no
Posto Saúde Prisíonal de Santa Cruz do Sul;
•
02 composições de redutores de danos (4 redutores) ;
•
01 Unidade de Acolhimento Adulto;
•
01 Unidade de Acolhimento Infanto Juvenil;
•
02 Residenciais Terapêuticos;
•
01 Programa geração de renda;
•
01 Cooperativa Social;
•
03 Supervisões Clínicas Institucionais , uma em cada CAPS;
•
Estímulo ao cuidado do trabalhador de saúde mental (cuidar do
cuidador);
Centro de Atendimento Psicossocial para Infância e Adolescência CAPSIA
•
Participar
e
fomentar
atividades
de
orientação,
prevenção,
sensibilização e detecção precoce de sinais e sintomas de transtornos
mentais graves e/ou uso de drogas, em crianças e adolescentes,
inseridos na Rede básica de saúde, Escolas, Abrigo Municipal e outras
instituições de acolhimento, COPAME;
•
Manter e ampliar o vínculo e fortalecer o trabalho em rede (ESFs,
UBSs, CREAS, CRAS, Equipe Multiprofissional da Secretaria
Municipal de Educação, Abrigo Municipal, COPAME e outras
instituições de acolhimento, Conselho Tutelar, Escolas Municipais e
Estaduais, Juizado e Promotoria), através de reuniões periódicas
programadas;
104
•
Participar de capacitações e sensibilizações para as equipes técnicas
de saúde de instituições com as quais o CAPSIA interage;
•
Ampliar contato e participação nas reuniões do Conselho Municipal da
Criança e do Adolescente, bem como de Álcool e Drogas (COMDICA e
COMAD), participando das reuniões mensais destes conselhos e
inscrevendo-se nos editais de captação de verbas;
•
Manter e ampliar parcerias com universidades, abrindo novos campos
de estágio (educação física, serviço social, enfermagem), participando
ainda de fóruns e demais eventos relativos a transtornos mentais e uso
de drogas, promovidos com e pela universidade;
•
Retomar processo de Supervisão Institucional com encontros mensais;
•
Estabelecer um fluxo de visitas domiciliares programadas aos
pacientes usuários de SPA, tendo em vista baixa adesão e frequência
de exposição a risco.
Centro de Atendimento Psicossocial para Álcool e Drogas – CAPS AD III
•
Ampliar horário de atendimento, transformando o serviço em um
CAPS III com funcionamento 24 horas;
•
Adequar a equipe multiprofissional de forma a comportar o aumento
da carga horária do serviço;
•
Adquirir veículo para transporte dos profissionais e pacientes, bem
como a busca ativa de pacientes faltosos que apresentem riscos para
si e para outrem;
•
Capacitar a equipe permitindo ações que possibilitem o combate ao
avanço da epidemia do crack;
•
Fomentar ações de prevenção ao uso de álcool e outras drogas junto
a comunidade;
•
Trabalhar em rede com os demais serviços de atendimento do
município e da região.
105
Centro de Atendimento Psicossocial – CAPS II
Atender a demanda em saúde mental dos munícipes de Santa cruz do
•
Sul de forma integral, de acordo com a reforma psiquiátrica dentro
dos princípios do SUS e da Política de Humanização.
•
Trabalhar a prevenção ao suicídio, sensibilizando e capacitando os
agentes de saúde e rede básica de saúde para detectar e acolher esta
clientela, diminuindo assim os índices em nossa cidade.
•
Ampliar e diversificar as oficinas terapêuticas.
•
Aproximar munícipes do interior e CAPS para que estes possam se
beneficiar da atenção em Saúde Mental.
•
Fortalecer a rede de atenção, trabalhando o acolhimento e o cuidado
compartilhado ao portador de sofrimento psíquico junto aos hospitais,
serviços especializados, Estratégias de Saúde da Família e Unidades
Básica de saúde.
•
Proporcionar a equipe recursos para aprimoramento de conhecimento,
motivação e cuidados.
•
Confeccionar folders próprio para divulgação e esclarecimento do
serviço à população.
Além dos itens para funcionamento do CAPS no seu cotidiano,não
citados aqui, destacamos alguns itens que se fazem importante e essenciais:
•
Aquisição de um carro com nove lugares (tipo Kombi);
•
Construção de uma edificação para sede própria;
•
Manutenção da atual sede (pintura, consertos);
•
Melhoramento da rede de informática e telefonia;
•
Material para oficinas (artesanato, esportes, etc);
•
Participação em Congresso na área de atuação de cada
profissional;
•
Capacitação para equipe de enfermagem na área de saúde mental;
•
Curso de capacitação na área de artesanato;
•
Capacitação para aplicação do GAM;
•
Supervisão clínica institucional;
106
•
Participação no Fórum Anual com a participação de usuário,
necessitando dois ônibus;
•
Realização dos Jogos de Integração geralmente realizado no mês
de Outubro com usuários, familiares e servidores do CAPS II,
contratação de ônibus e alimentação;
•
Elaboração de projetos e implantação de nossos serviços
(matriciamento, ampliação de oficinas);
•
Visita a outros serviços em Saúde Mental fora do Município Hospital São Pedro - Porto Alegre. Oficina Geração de Renda –
Porto Alegre/Caxias e outros;
•
•
Estratégias para prevenção do Suicídio;
Projeto e incentivo para criar/implantar a oficina de geração de
renda para usuário do CAPS;
•
Garantir a participação dos profissionais nas Reuniões de Fórum
permanente da Saúde Mental.
•
Garantir a participação da equipe em Congresso/seminário ou
curso na área da Saúde Mental para qualificação (mínimo 1
congresso/seminário ou curso por semestre).
•
Estabelecer novas parcerias no sentido de elaborações de novos
projetos que digam respeito à Saúde Mental, tais como: Unisc,
Hospitais, ESFS, PA, Postos, Cemai, Cras, Cas, Hospitalzinho,
etc..
•
Capacitação e participações em cursos em Saúde Mental.
•
Eventos Festivos, como Aniversario do CAPS, festa Junina e Natal
Parte III
Rede de Atendimento de Urgência Emergência
Centro Materno Infantil – CEMAI
Metas
•
Buscar junto a Secretaria de Saúde, projeto que possibilite a
construção e reforma de uma nova estrutura física;
•
Implantar o sistema de Acolhimento por classificação de risco,com o
objetivo de qualificar e diminuir o número de atendimentos;
107
•
Criar grupo de mães com objetivo de orientar no cuidado com a
criança,envolvendo profissionais como psicólogo e pediatra;
•
Informatizar todo o serviço,inclusive com impressão da receita médica;
•
Intensificar na saúde da mulher o planejamento familiar para mulheres
com vulnerabilidade social,através do implanon(contraceptivo);
•
Implementar orientações em sala de espera
para gestantes e
mulheres;
•
Implantar a consulta dos familiares da gestante, com consultas
pediatricas, em torno do sétimo mês de gestação, para reforço para a
amamentação e cuidados gerais com a criança;
Casa de Saúde Ignez Irene Morais – CSIIM
Metas
•
Buscar clareza da missão institucional, ou seja, a expressão da razão
de ser da organização o que a legitima perante os seus usuários e
seus funcionários com uma visão clara sobre o futuro, seus usuários e
serviços que presta, de modo que a gestão se concentre no essencial;
quem somos?
•
Fortalecer liderança dos seus dirigentes, estimulando mudanças de
comportamentos, mentalidade, atitudes e rotinas de trabalho com
quebra de paradigma;
•
Alocação
de
recursos adequada, vinculando-se
a
prioridades
estratégicas e à definição de metas explícitas e verificáveis através de
indicadores de desempenho;
•
Incentivar os seus colaboradores ao engajamento no trabalho e com
uma visão de futuro;
•
Estrutura Organizacional, que enfatiza a importância dos papeis de
cada um dentro da organização com vista a agregar valor ao serviço
prestado;
•
Prestar serviços de qualidade e orientados ao usuário;
•
Utilizar sistemas e processos de trabalho, orientados para a
permanente otimização dos recursos disponíveis;
•
Equipar sala de observação: destinada à observação do usuário em
situação de urgência e emergência atendidos na CSIIM,
108
sob
supervisão médica e de enfermagem, para fins de estabilização do
usuário até sua remoção ao PA;
•
Implantar Monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços
prestados por meio de indicadores de desempenho que garantam a
resolutividade da atenção;
•
Buscar
garantia
da
manutenção
preventiva
e
corretiva
de
equipamentos;
•
Implantar e implementar o acolhimento e protocolo de classificação de
risco garantindo acesso com equidade, transparência, compromisso,
responsabilidade, ética e solidariedade, induzindo uma atenção à
saúde com maior qualidade e efetividade, permitindo que o critério de
priorização da atenção seja o agravo à saúde e/ou o grau de
sofrimento e não a ordem cronológica de chegada;
•
Os profissionais da CSIIM deverão participar de Programas de
Educação Permanente em saúde, que poderão ser realizados pela
equipe de enfermeiros, em parceria com os gestores, instituições de
ensino e outras organizações com esta finalidade, a partir das
necessidades de formação de cada categoria profissional;
•
Investimento para readequação da área física e tecnológica da sala de
urgência e informatização da sala de observação;
•
Fortalecer as referencias e contra- referencias com da Atenção
Básica;
•
Manter farmácia com estoque monitorado, com farmacêutico presente;
•
Resgatar o comprometimento e ética dos profissionais, trabalhar com
a motivação e importância do trabalho em equipe;
•
Criar ambiente Saudável, onde as conversas não sofram distorções,
gerando possíveis mal estar entre os pares;
•
Proporcionar ao usuário educação em saúde; por meio da sala de
espera a enfermagem tem a oportunidade de contribuir para a
promoção da saúde, prevenção de doenças, bem como, para a
recuperação da saúde;
•
Padronizar normas, rotinas e procedimentos de enfermagem, de modo
a assegurar a qualidade na prestação da assistência em todos os
horários;
•
Estimular e participar de iniciativas de humanização do processo
assistencial desencadeados ou coordenados pela Coordenação;
109
•
Instrumentalizar os profissionais de enfermagem para atuar em
conformidade aos princípios (universalidade, integralidade, equidade)
e diretrizes (descentralização e municipalização) do Sistema único de
Saúde;
•
Organizar o serviço de modo que todos atendimentos sejam
informatizados, sensibilizar os profissionais quanto a importância do
registro no sistema para facilitar o serviço e manter registro para
acompanhamento desse cliente.
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU
Metas
•
Sensibilizar os profissionais que atuam na área de saúde pública e
privada para um melhor entendimento do serviço de atendimento
móvel de urgência;
•
Manter as capacitações da equipe do SAMU atualizadas com o
objetivo de mantermos o repasse de verbas vinculadas a este;
•
Intensificar os treinamentos a fim de divulgarmos o funcionamento do
serviço e capacitar os usuários em geral;
•
Implantar a segunda unidade de Suporte Básico para atendimento no
Município.
•
Participar das reuniões de coordenação bem como das reuniões de
equipes para divulgação do serviço e esclarecimento de dúvidas.
•
Elaborar um cronograma de cursos necessários para a atualização da
equipe;
•
Implantar um programa de treinamentos, iniciando pela nossa rede
Básica, bem como os plantões 24 horas.
•
Buscar junto ao Estado o envio de mais uma Ambulância Básica.
110
Rede de Saúde do Trabalhador
Unidade Municipal de Referência em Saúde do Trabalhador – UMREST
Metas
•
Fortalecer os grupos terapêuticos e de reabilitação de pessoas
acometidas por doenças ocupacionais.
•
Reafirmar a importância da notificação individual de agravo em saúde
do
trabalhador
junto
a
rede
básica
para
melhor
controle
epidemiológico;
•
Participar e fortalecer as discussões sobre a criação de uma política
municipal de vigilância em saúde do trabalhador;
•
Ratificar o sistema de referência e contra-referência na assistência em
saúde do trabalhador;
•
Fomentar e participar em feiras de saúde e movimento de divulgação
da UMREST;
•
Elaborar informe epidemiológico anual.
Centro de Referência em Saúde do Trabalhador / Vales - CEREST
Metas Gerais
•
Retaguarda técnica aos 68 municípios da macro abrangência do
CEREST/Vales para a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e
da Trabalhadora (PNST-SUS);
•
Organização de ações de atenção integral à saúde do trabalhador,
compreendendo
promoção,
prevenção,
pesquisa,
vigilância
e
reabilitação dos trabalhadores acometidos por agravos relacionados
ao trabalho;
•
Inserção das ações em saúde do trabalhador nas redes de atenção à
saúde, em todos os níveis;
•
Qualificação em Saúde do Trabalhador, incluindo diretrizes de
formação, para representantes do controle social, tais como:
representantes de Conselhos de Saúde, Comissões Intersetoriais de
Saúde do Trabalhador (CIST), Sindicatos de trabalhadores e outros;
•
Qualificação em Saúde do Trabalhador, na perspectiva da Educação
Permanente, para trabalhadores de saúde;
111
•
Promoção da Saúde do Trabalhador por meio de articulação intra e
intersetorial;
•
Manter equipe multiprofissional do CEREST/Vales.
Metas específicas
•
Auxiliar na estruturação e fortalecimento dos Núcleos Municipais de
Vigilância em Saúde do Trabalhador;
•
Capacitar/sensibilizar as equipes municipais de saúde para as ações
em Saúde do Trabalhador;
•
Manter a equipe do CEREST/Vales com pelo menos os seguintes
cargos:
Agente
Engenheiro
Administrativo,
de
Segurança
Assistente
do
Social,
Trabalho,
Enfermeiro,
Fonoaudiólogo,
Fisioterapeuta, Médico do Trabalho, Médico Pediatra, Motorista,
Psicólogo, Servente, dois Técnicos de Enfermagem, Técnico de
Segurança do Trabalho e Terapeuta Ocupacional;
•
Ampliar a equipe, com a inserção de profissionais de outras áreas de
conhecimento;
•
Manter campo de estágio no CEREST/Vales, remunerado (CIEE) e
não remunerado (técnico ou acadêmico, disciplinar e curricular);
•
Realizar e oferecer retaguarda técnica para eventos, atividades
educativas/informativas descentralizadas sobre saúde do trabalhador;
•
Fomentar a notificação de agravos relacionados ao trabalho, através
do SIST, em todos os municípios da área de macro abrangência;
•
Estimular e fomentar a ampliação das unidades sentinelas na área da
macro abrangência;
•
Investigar 100% dos óbitos relacionados ao trabalho, enquanto
retaguarda técnica aos 68 municípios;
•
Fortalecer as ações do Controle Social;Realizar e colaborar em
pesquisas científicas relacionadas à Saúde do Trabalhador;
•
Oferecer
Especialização
em
Saúde
do
Trabalhador
para
os
Saúde
do
profissionais que atuam na área;
•
Oferecer
educação
permanente
e
continuada
em
Trabalhador, para os profissionais que atuam na Saúde do
Trabalhador e Controle Social;
112
•
Implementar modelo de matriciamento para atenção integral à saúde
do trabalhador na macrorregião de abrangência;
•
Produção de material técnico informativo.
Parte V
Atenção às DST/ AIDS
CEMAS/SAE/CTA – Centro Municipal de Atendimento à sorologia (CEMAS/
Serviço de Assistência Especializada (Sae)/ Centro de testagem e
Aconselhamento (CTA)
Levando em consideração o diagnóstico realizado no setor, foi
estabelecido as seguintes metas a compor o Plano Plurianual:
Área de atuação: prevenção
•
Disponibilizar 100% dos preservativos, conforme pactuação da CIB e
planilhas de necessidade, para população em geral do município de
Santa Cruz do Sul.
•
Realizar seis campanhas temáticas de prevenção de DST/HIV/AIDS
por ano para a população em geral no Município de Santa Cruz do
Sul.
•
Estimular 100% das ações previstas pelo SPE (Saúde e Prevenção na
Escola), envolvendo a temática de DST/HIV/AIDS e sexualidade, junto
a adolescentes do Município .
•
Estimular práticas sexuais seguras a 100% da população vulnerável
ao HIV e outras DSTs (gays, travestis, profissionais do sexo, usuários
de drogas injetáveis e
•
outras drogas) acessados pelos serviços de saúde no Município de
Santa Cruz do Sul.
•
Realizar campanhas específicas para estimular o decréscimo de casos
de Sífilis Congênita
Área de atuação: diagnóstico, tratamento e assistência
•
Desenvolver
100%
das
ações
necessárias
para
atender
qualificadamente, as PVHA (Pessoas vivendo com HIV/AIDS)
113
atendidas no município de Santa Cruz do Sul, através de grupos de
autoajuda com oficinas e concessão de cestas básicas mensais,
aquisição de medicamentos para I.O.(Infecções oportunistas),melhoria
da infraestrutura do setor.
•
Realizar o atendimento do pré e pós-natal de 100% das gestantes
HIV+ acessadas pela rede de atenção básica no Município de Santa
Cruz do Sul , realizando oficinas quinzenais com concessão de cestas
básicas mensais e distribuição de forma láctea para crianças de 12 a
18 meses.
•
Ofertar testagem rápida de anti-HIV e VDRL a 100% das gestantes
que realizam pré-natal na Atenção Básica do Município de Santa Cruz
do Sul .
•
Capacitar a rede de Atenção Básica em: testagem rápida para HIV e
VDRL, atendimento às gestantes e portadores de HIV
dentro do
protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde,
•
Aumentar em 50% a oferta de diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites B
e C para a população geral no Município de Santa Cruz do Sul.
•
Reduzir em 20% a proporção de pacientes HIV+ com 1º CD4 inferior a
350cel/mm3, no município de Santa Cruz do Sul.
•
Desenvolver
100%
das
ações
necessárias
para
atender
qualificadamente, as crianças e jovens com HIV/AIDSPVHA, através
de grupos de adesão com familiares e pacientes e concessão de
cestas básicas mensais.
Área de atuação: Gestão e Desenvolvimento Humano e Institucional
•
Apoiar 100% dos profissionais do CEMAS/SAE do Município de Santa
Cruz do Sul a participar dos congressos e cursos referentes a
temática da AIDS para seu crescimento profissional, sua atualização e
busca de novas possibilidades de atendimento a população.
•
Realizar capacitações e acompanhamento com a rede básica de
saúde com o intuito de instrumentar a mesma para reduzir a
subnotificação de DST no município de Santa Cruz do Sul .
•
80% dos profissionais da rede de atenção básica
e serviços de
referência treinados para o atendimento de abordagem sindrômica em
114
DST e atendimento de acidente de trabalho e violência sexual no
Município de Santa Cruz do Sul.
Área de atuação:
•
Realizar
encontros para a aproximação de diferentes grupos de
ONGs/AIDS no Município de Santa Cruz do Sul.
•
Realizar Seminários anuais com a RNP+ Brasil com confecção de
cartilhas específicas para orientação de portadores de HIV.
Atenção à Saúde das Pessoas com Deficiência
Observando a grande
os vários segmentos da sociedade estão
discutindo alternativas, na busca de soluções efetivas, para as instituições
prestadoras de serviço à saúde e aos usuários que necessitam das mesmas.
O município tem a necessidade de reorganizar a atenção a saúde das
pessoas com deficiência com construção de um centro especializado Santa
Cruz na modalidades, da deficiência auditiva e intelectual, hoje é notória a
dificuldade de encaminhamentos para os serviços,habilitados como referências
em reabilitação. Todavia,é necessária as ações de prevenção nas deficiências.
Ações de prevenção deficiências
Prevenção compreende ações e medidas orientadas a evitar as causas
das deficiências que possam ocasionar incapacidade e as destinadas a evitar
sua progressão ou derivação em outras incapacidades.
A prevenção pode incluir muitos e diferentes tipos de ações como:
•
Cuidados primários da saúde;
•
Puericultura, pré-natal e pós-natal;
•
Educação em matéria de nutrição;
•
Campanhas de vacinação contra doenças transmissíveis,medidas
contra doenças endêmicas, normas e programas de segurança para
evitar deficiências e doenças profissionais, e a prevenção das
115
deficiências resultantes da combinação do meio ambiente ou causada
por conflitos armados.
Dados revelam que 40% dos casos graves de deficiência mental e 60%
das deficiências visuais podem ser evitados por medidas preventivas. As ações
de prevenção estão vinculadas diretamente ao trabalho das Equipes de saúde
da Família.
•
Levantamento das situações que requerem ações de promoção da
saúde e prevenção de deficiências e das necessidades em
reabilitação;
•
Desenvolvimento
de ações visando ao acompanhamento e ao
desenvolvimento infantil nos aspectos motor, cognitivo, sensorial e
emocional;
•
Acolhimento
dos usuários que requerem cuidados de reabilitação,
realizando visitas domiciliares para orientações e acompanhamentos;
•
Mobilização da família e da comunidade para contribuírem na atenção
à saúde de indivíduos com deficiência, disponibilizando espaços e
outros recursos disponíveis;
•
Encaminhamento das pessoas para unidades de saúde mais
complexas,a
exemplo de ambulatório, visando ao acesso à
assistência e à reabilitação.
Parte VI
Rede de Suporte da Saúde
Bem Me Quer
Ações
Q
Quem?
Reforçar junto a rede o papel do Programa FBEM ME QUER
Bem Me Quer.
Realizar reuniões de equipe quinzenal para JBEM ME QUER
discussão de caso.
Realizar reunião mensal com participação JBEM
ME QUER, MÉDICA
da médica do ambulatório de risco para AMBULATÓRIO DE RISCO
discussão de caso.
Contribuir com ações na rede relacionada a JBEM
ME
Sífilis.
CEGONHA
116
QUER,REDE
Gestantes de risco
Ações
Q
Quem?
Redução da mortalidade infantil no município.
2
REDE
Estabelecer fluxo objetivando saber 100 % das J
gestantes com risco do clínico .
CEMAI
GINECOLOGIA,AMB.UNISC;
Estabelecer fluxo objetivando saber 100 % das J
CEMAI, ESF;UBS,EACS
gestantes com risco social.
Acompanhar as gestantes solicitadas pela J
rede.
CEMAI
GINECOLOGIA,AMB.UNISC;
Realizar busca ativa das gestantes de risco
faltosas a partir da solicitação da rede.
Realizar
avaliação
social
das
gestantes F
BEM ME QUER
(FAMÍLIAS) que ingressarem no ambulatório
de risco.
Ampliar e intensificar ações nas áreas da M
BEM ME QUER
saúde da mulher como: direitos sociais, prénatal,
puericultura
e
puerpério;
(PARA
PREVENÇÃO DA MORTALIDADE)
Criar, em conjunto com CEMAI grupo de M
CEMAI
GINECOLOGIA,AMB.UNISC;
gestantes de risco no CEMAI; (auto cuidadoaleitamento materno, direitos sociais cuidados
com o RN).
Ampliar o trabalho em rede relacionado as J
REDE
políticas públicas.
Continuar acompanhamento das gestantes J
BEM ME QUER
dependentes químicas juntamente ao CAPS
AD e PET Gestantes Dependentes Químicas.
Diminuir
o
fornecimento
de
fórmulas M
REDE
(desnecessários) a partir da articulação com a
rede para incentivo intenso ao aleitamento
materno. (Mobilização maior mídia)
Implantar cadastro (formulário e no sistema F Informática, Bem Me Quer
municipal do BEM ME QUER) para gestantes
de
risco
(exemplo
do
cadastro
bebê),
atualmente temos para mães e bebês.
117
Metas bebês de risco
Ações
Q
Quem
Redução da mortalidade infantil no município.
2
REDE
Estabelecer fluxo objetivando saber 100 % dos J
BEM ME QUER
bebês com risco clínico.
Estabelecer fluxo objetivando saber 100 % dos a
BEM ME QUER
bebês com risco clínico.
Realizar busca ativa das crianças de risco J BEM ME QUER ,ESF UBS E
EACS.
faltosas.
Realizar
avaliação
social
das
mães F
BEM ME QUER
(FAMÍLIAS) que ingressarem com seus filhos
no ambulatório de risco.
Pactuar
cotas
para
agendamento
de J REGULAÇÃO, GESTÃO E
BEM ME QUER
consultas de bebês de risco, inclusive com
autorização(todos especialistas necessários)
Acompanhar os bebês solicitadas pela rede.
J
BEM ME QUER
Auxiliar, como exceção, a rede básica de J
BEM ME QUER
saúde,
quando
solicitarem
avaliação
e
acompanhamento de crianças fora da faixa
etária de 0 a 1 ano;
Ampliar e intensificar ações nas áreas da M
saúde
da
da
criança
sociais,alimentação
como:
direitos
saudável
…
ESF,UBS,NASF
(PREVENÇÃO DA MORTALIDADE)
Acompanhar de forma sistemática, as crianças J BEM ME QUER ,ESF UBS E
EACS.
identificadas de risco, fora das áreas de
Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde
– EACS e Estratégia de Saúde da Família
ESF
até
retaguarda
um
ano
de
vida,
oferecendo
multiprofissional
quando
necessário aos demais serviços da rede;
(Construir plano de acompanhamento para
crianças de alto risco mais graves)
Acompanhar as ações do Ambulatório de J
Risco,
auxiliando
nos
encaminhamentos
realizados pela pediatra.
118
BEM ME QUER
Criar com o CEMAI Ambulatório de Risco M
grupo de pais de risco no CEMAI; (auto
BEM ME QUER,
AMBULATÓRIO DE RISCO
cuidado-aleitamento materno, direitos sociais
cuidados com o RN)
Ampliar o trabalho em rede relacionado as J
REDE
políticas públicas.
Reavaliar a necessidade de acompanhamento J BEM ME QUER ,AMBULAT
´RIO DE RISCO
de todas as crianças internadas até um ano.
PUÉRPERA
Acompanhar e encaminhar as puérperas (se 2
BEM ME QUER
necessário) a partir do ingresso do bebê de
risco.
Programa Primeira Infância Melhor – PIM
Quadro de Metas e Ações
Problemas
Identificados
Metas
Ações
Meta 1 - Ampliar
Acompanhamento do em
50%,
os
monitor pedagógico acompanhamentos
insuficiente.
do monitor.
•
Contratação de um monitor
com 20 horas semanais.
Melhorar o
acompanhamento às Meta 1 - Aumentar
famílias de risco.
em
80%
o
acompanhamento
de famílias de risco
cadastradas
no
programa através
das
visitas
domiciliares
de
técnicos do PIM
e/ou de programas
da rede.
•
Manter o Grupo Técnico
Municipal
completo, em
funcionamento permanente.
Trabalhar
de
forma
integrada com o Bem-mequer, NASF, CRAS e
SMEC
Dispor de um veículo, em 6
turnos, semanalmente. Nas
terças e quartas de manhã
e nas segundas, terças,
quartas e quintas à tarde.
Discussão de casos em
conjunto com os demais
programas.
Estabelecer em conjunto
com as demais secretarias
um Comitê
da Primeira
Infãncia.
Elaborar o Plano Municipal
•
•
•
Meta 2 - Fortalecer
o trabalho em
conjunto com as
ESFs, CEMAI, Bem
Me Quer, NASF
•
•
119
da Primeira Infância.
Meta 3- Articular a
rede de atenção à
primeira infância
Aumentar o número
de gestantes nas
atividades do
Programa
Meta 1 - Aumentar
em
40%
a
participação
de
gestantes
adolescentes
no
Programa.
•
•
•
•
•
•
Meta 1 - Capacitar
os gestores das
Necessidade de
secretarias
ampliar o Programa municipais
de
para os demais
educação, saúde e
bairros do Município. social
sobre
a
primeria infãncia.
Meta 2 - Ampliar
em 100% (N=5), os
ESFs
atendidos
pelo Programa.
•
•
•
Sensibilizar as gestantes
para
participar
do
Programa,
através
de
visitas domiciliares.
Realizar
um
grupo
específico semanal na sede
do
Programa
para
gestantes adolescentes até
16 anos.
Disponibilizar um veículo
para realizar buscas ativas.
Participar
do
grupo
condutor da Rede cegonha.
Sensibilizar setores não
governamentais sobre a
importância da primeira
infância.
Organizar
capacitação
para os gestores e demais
serviços da rede, sobre a
importância da primeira
infância.
Contratar um monitor de
40hs.
Integrar
estudantes
de
forma
articulada
e
supervisionada.
Ampliar em 100% (n=10), o
número de visitadores.
Programa de Prevenção da Violência – PPV
•
Formar equipe de coordenação multidisciplinar (Psicólogo, Assistente
Social, Enfermeiro, Pedagogo) para o acompanhamento, supervisão e
execução das ações de prevenção da violência;
•
Ampliar o número de entidades que compõem o Comitê Municipal de
Prevenção da Violência;
120
•
Ampliar a participação comunitária no planejamento, controle e
execução das ações do programa, especialmente de sua população
beneficiária;
•
Aumentar a participação em espaços sociais de discussão das
políticas de prevenção à violência (Fórum Permanente da NãoViolência, Fóruns Temáticos da Saúde e do Esporte do projeto Santa
Cruz Novos Rumos, Fórum de Ação pela Coleta Seletiva Solidária e
Reciclagem do Lixo, Fórum Regional de Saúde Mental, Conselhos
Municipais da Saúde, Educação, Assistência Social, COMAD,
COMDICA, Comitê Adolescer, etc.);
•
Fortalecer a articulação e integração intersetorial da rede de
prevenção da violência (saúde, educação, desenvolvimento social,
segurança, cultura, esportes e lazer, etc);
•
Ampliar a abrangência do programa para outros bairros que tenham
equipes de ESF, até alcançar cobertura de 100%;
•
Fortalecer a rede social, com capacitações sobre a temática da
prevenção da violência;
•
Ampliar ações na comunidade com o intuito de reduzir os índices de
violência;
•
Disponibilizar profissionais para compor uma equipe multiprofissional
de coordenação do programa;
•
Intensificar a divulgação do trabalho e as ações realizadas pelo
programa nos meios de comunicação social;
•
Conclamar as entidades e a população a participar das reuniões do
Comitê Municipal de Prevenção da Violência e a acompanhar as suas
ações;
•
Buscar junto à coordenação estadual do PPV a ampliação dos
incentivos para a ampliação da abrangência do Programa;
•
Promover palestras, oficinas, seminários, capacitações e outros
eventos sobre o tema da prevenção à violência.
121
Programa Saúde na Escola – PSE
•
Acompanhar as equipes,onde já houve a adesão ao PSE, na
implementação das ações essenciais e optativas junto às escolas,
segundo os parâmetros do guia de implantação do Programa;
•
Ampliar a adesão de outras escolas e outras Unidades de Saúde ao
Programa Municipal;
•
Adequar o programa a realidade de cada Unidade Básica;
•
Promover encontros e capacitações para troca de experiências entre
os núcleos locais(escolas e postos de saúde) de aplicação do
Programa;
•
Capacitar o GTM(Grupo
de Trabalho Municipal) para atender as
demandas dos núcleos locais;
•
Capacitar as Unidades Básicas para as formas de registros do
Programa;
•
Participar dos eventos e capacitações, respeitando a sua abrangência,
oferecidos pelas instâncias estaduais e federais;
•
Gerir os recursos financeiros advindos do Programa;
•
Atender as ações do Componente
III do Programa, fomentando
capacitações nos diversos níveis;
•
Divulgar as experiências do Município em eventos estaduais e
nacionais a respeito do tema.
Saúde em Sua Casa
•
Realizar a adesão ao Programa Melhor em Casa, proporcionando
assim a qualificação do programa já existente no Município;
•
Fortalecer através do recurso disponibilizado pelo programa as ações
de tratamento de doenças e reabilitação prestadas nos domicílios,
garantindo a continuidade dos cuidados e integração à rede de
atenção à saúde;
•
Possibilitar a redução do tempo de permanência do usuário no
ambiente hospitalar, garantindo através da desinstitucionalização, a
humanização da atenção e favorecimento da autonomia do usuário;
122
•
Ampliar a cobertura de atendimentos, atingindo 100% da população
do município, em parceria com os hospitais,e redes de atenção.
Serviço de Nutrição
Com o aumento de doenças como Obesidade em todos os ciclos de vida,
Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Melittus, Cânceres, torna-se cada vez
mais necessário fortalecer o atendimento nutricional à população, sendo
necessário:
•
Implantar/ fortalecer os grupos de educação em saúde;
•
Ampliar a cobertura do SISVAN (sistema de vigilância alimentar e
nutricional), através do fortalecimento da atenção básica;
•
Ampliar a cobertura do setor saúde no Programa Bolsa Família, bem
como as ações a serem desenvolvidas com os beneficiários;
•
Ampliar o atendimento para crianças e adolescentes em situação de
risco nutricional, seja por desnutrição ou por sobrepeso, tanto
individual como em grupo;
•
Ampliar o atendimento nutricional a nível domiciliar, para recuperação
mais rápida destes pacientes;
•
Fortalecer o Programa Nacional de Suplementação de Ferro, visando
diminuir o índice de anemia em menores de 2 anos, gestantes e
puérperas;
•
Fortalecer o incentivo ao aleitamento materno, seja através de
atendimentos individuais ou grupos, dentro dos preceitos do Rede
Cegonha e Rede Amamenta/Alimenta.
Recursos necessários:
•
Aumentar recursos humanos: contratar mais nutricionistas, agentes
administrativos:
•
Recursos físicos: computador, impressora, material didático, material
impresso, balanças, antropômetros, aparelhos de bioimpedância.
123
Planejamento Familiar
•
Acompanhar todas as famílias cadastradas no programa através das
visitas domiciliares mensais;
•
Realizar ações de educação para saúde nos
grupos organizados
existentes nas comunidades;
•
Oportunizar a criação de grupos de convivência, com a comunidade,
para trabalhar saúde preventiva;
•
Participar de feiras de saúde e outros eventos nas comunidades;
•
Aumentar para 95% o número de recém-nascidos com peso acima de
2.500g;
•
Aumentar para 80% o número de crianças menores de 4 meses com
aleitamento exclusivo;
•
Aumentar para 95%
número das crianças menores de 2 anos c/
vacinas em dia;
•
Reduzir para 7% o número de gestantes menores de 20 anos;
•
Aumentar para 97% o número de gestantes que realizam o pré-natal a
partir do 1º trimestre;
•
Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes diabéticos;
•
Acompanhar mensalmente 90% dos pacientes hipertensos;
•
Produzir material informativo (folders ) e banner;
•
Constituir um grupo de teatro dos ACS;
•
Incentivar as gestantes a realizar o pré-natal adequadamente;
•
Orientar as gestantes sobre alimentação saudável e procurar
conscientizar às
fumantes sobre a influência do tabaco no
desenvolvimento da criança;
•
Incentivar as mães a amamentar
as
crianças somente com
aleitamento materno através de trabalhos de orientação como –
oficinas, enquanto gestantes, sobre o tema;
•
Distribuir material informativo sobre o assunto nas visitas domiciliares;
•
Busca ativa através de VD observando o cartão sombra;
•
Trabalhar em parcerias, com as escolas e centros ocupacionais,
oficinas sobre sexualidade e planejamento familiar voltado para
adolescentes;
•
Divulgar os serviços de saúde que desenvolvem trabalhos para
esta faixa etária;
124
•
realizar mensalmente visitas domiciliares ao portadores de doenças
crônicas degenerativas (HAS/DIA) reforçando as orientações de
saúde.
Controle da Tuberculose e Hanseníase – PMCT
OBJETIVO
ESTRATÉGIAS
METAS
Realizar o diagnóstico
precoce dos casos de
tuberculose pulmonar
bacilífera na
comunidade.
Aumentar a busca de
sintomáticos
respiratórios,
especialmente entre a
população de maior
risco sanitário
Examinar, anualmente, através
do exame microscópico direto
do escarro, 1.183( 1% da
população do município)
sintomáticos respiratórios
(tosse com expectoração por 3
semanas ou mais), com ou
sem outros sinais ou sintomas
de tuberculose associados,
para descobrir 47 casos
bacilíferos.
Assegurar credibilidade
da microscopia direta
do escarro como
principal método
diagnóstico e de
controle da
tuberculose.
Disponibilizar os
resultados da
baciloscopia do
escarro em tempo
oportuno e com
qualidade
comprovada.
Fornecer os resultados da
baciloscopia do escarro no
prazo máximo de 48 horas e
manter falsos resultados
positivos ou negativos
próximos a zero.
Anular as fontes de
infecção da
tuberculose na
comunidade.
Tratar de forma
correta e oportuna,
prioritariamente, os
casos novos de
Proteger grupos de
sadios da
população,da infecção
pelo bacilo da
tuberculose e grupos
de risco, do
adoecimento.
A)Vacinar com BCG,
de preferência recém
nascidos na
maternidade, ou
conforme o calendário
de vacinação do PNI.
Atingir a proporção de altas por
cura acima de 85%, de
abandonos de tratamento
abaixo de 5% e a taxa de
tuberculose pulmonar falência abaixo de 2%, até o
ano 2015.
bacilíferos
descobertos.
B)Realizar
quimioprofilaxia dos
infectados de maior
risco de adoecer em
125
A) Manter a cobertura da
vacinação com BCG de
menores de UM ano no mínimo
em 95%.
B) Tratar com isoniazida (H)
100% dos pacientes HIV+ com
infecção latente (mantoux
reator), de acordo com o
recomendado pela Norma
especial os pacientes Técnica.
HIV+.
Monitorar o
cumprimento das
metas pactuadas no
Programa Municipal de
Controle da
Tuberculose.
Exercer vigilância
operacional e
epidemiológica
continuada sobre o
desenvolvimento das
ações de proteção,
diagnóstico e
tratamento da doença
e adotar as medidas
de correção
necessárias
Realizar revisões e análises
semanais, mensais, trimestrais
e anuais, de acordo com as
características da ação
desenvolvida
Núcleo de Vigilância Ambiental em Saúde
Metas programa de controle do simulídeo (borrachudo) (2014/2015/2016)
•
Manter aplicações de rotina do larvicida biológico (Bacillus thuringiensis
variedade israelensis – B.t.i.) em todos os arroios com incidência do
inseto no território municipal;
•
Montar equipe específica para as tarefas pertinentes ao programa, com
atuação ao longo dos doze meses do ano , composta por um
coordenador, aplicadores (idealmente 8 servidores), motorista, além de
recursos materiais, tais como veículo(s), regadores, dosadores, EPI's e
produto, B.t.i., em quantidade suficiente à demanda;
•
Realizar levantamento/mapeamento completo dos arroios;
•
Consertar as calhas fixas medidoras de vazão (tipo Parshall modificado)
existentes em alguns arroios e ampliar as atividades de correlação de
vazão entre estes cursos d'água com aqueles não possuidores de tais
dispositivos, obtendo assim dados que serão utilizados para realizar as
dosagens do produto da forma mais precisa possível;
•
Implantar uma rotina para aplicação da ficha epidemiológica do agravo
nas localidades atingidas, bem como as fichas de aplicação de larvicida e
de diagnóstico socioeconômico, tendo um maior controle sobre a
problemática do ataque destes insetos que atinge, praticamente, todo o
território municipal;
126
•
Aderir ao Programa Estadual de Controle do Simulídeo, com o objetivo de
obter recursos do governo do estado para utilização no programa
municipal.
Metas do Programa de Controle da Dengue (2014/2015/2016)
Pontos Estratégicos:
Ampliação de 25 PE(s) assim distribuídos nos distritos: Rio Pardinho 05,
São Martinho 05, Saraiva 05, Paredão 05, São José da Reserva 05, passando
dos atuais 147 para 172.
Como são 24 Ciclos anuais de PE(s) serão realizadas 4.300 visitas
(24x147=4.300)
Armadilhas:
Manutenção das visitas nas 140 armadilhas:
Como são 52 semanas epidemiológicas serão realizadas 7.280 visitas
(52x140=7.280)
Realização do LI (Levantamento de Índice de Infestação). É feito por meio
de pesquisa larvária, para conhecer o grau de infestação, dispersão e densidade
do Aedes aegypti. O LI deverá ser feito quadrimestral.
O percentual de visitas é de 10%. Total de Imóveis em Santa Cruz do Sul
53.585 x 10% = 5.358 residências a serem visitadas em um quadrimestre, por
tanto serão realizadas 16.074 no ano de 2014.
RESUMO:
Visitas a PE(s) = 4.300
Visitas a Armadilhas = 7.280
Visitas de LI = 16.074
Total de visitas 27.654
Outras Atividades:
• Denúncias a serem inspecionadas = 80 (aproximadamente);
127
• Lançamento diário de dados no sistema informatizado SISPNCD
(Programa do Governo Federal);
• Distribuição de Panfletos a Comunidade pelos Agentes de Campo e
Agentes de Saúde;
• Realização de Palestras em Escolas, Industriais etc.;
• Realização do Dia Nacional de Combate a Dengue (geralmente no 2º
final de semana de Novembro);
Canil Municipal
•
Construção do novo centro de controle de zoonoses;
•
Implantar o programa de castrações nos animais de famílias carentes;
•
Trabalhar no modelo de cartilha, visando a conscientização das
crianças da rede pública de ensino no tocante à educação contra
maus tratos de animais no município;
•
Incrementar as campanhas de adoção de animais;
128
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