Interclube poderá reluzir na galeria da “polícia”

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Interclube poderá reluzir na galeria da “polícia”
Interclube poderá reluzir na galeria da “polícia”
(Quinta, 18 Janeiro 2007) - Contribuido por António Félix (Texto) António Pedro (Fotos) - Última actualização (Segunda, 08 Outubro 2007)
Taça Mandela. “Foi sob a batuta de Oliveira Gonçalves, ambicioso e ganhador técnico angolano, que, em 2002, o
Interclube igualou os feitos anteriormente conquistados pelos compatriotas do 1º de Maio de Benguela, Petro de Luanda
e 1º de Agosto, que inscreveram o nome de Angola na final das provas africanas de clubes”. O Interclube de
Angola, fundado em 1976, com sede em Luanda, onde tem um moderno estádio de futebol inaugurado no dia 22 de
Junho de 2005, com capacidade para 7.800 espectadores, está a acolher a Taça Nelson Mandela.
A taça é disputada sob a égide da Confederação Africana de Futebol, uma participação que praticamente ofusca o
brilharete que teve neste mesmo torneio no ano de 2001. Naquele ano, ao arrebatar o ceptro de 2000 referente à Taça
de Angola, habilitou-se a entrar na Taça Nelson Mandela, onde viria a estar em grande e a chegar muito longe na
competição. Atingiu a final da Taça de África dos Clubes Vencedores das Taças com a equipa do Kaizer Chiefs da África do
Sul, a quem não foi capaz de “vergar” nos jogos das duas mãos, quando o país se preparava para festejar
o seu primeiro troféu africano de clubes graças à turma da polícia, numa altura em que a Nação rejubilava com o título
africano de Sub-20, obtido pela selecção nessa categoria na Etiópia. O Inter Clube de Angola, estamos recordados,
qualificara-se para aquela final da Taça dos Vencedores das Taças Africanas de Futebol – era assim que antes se
denominava a agora Taça Nelson Mandela – ao vencer o Kumbo Strickers dos Camarões, por 1-0, no jogo da
segunda mão das meias-finais e tornou-se então na quarta equipa angolana a chegar a uma final africana, com o
agregado de 4-0, no somatório dos dois jogos. Foi sob a batuta de Oliveira Gonçalves, ambicioso e ganhador técnico
angolano, que em 2001 o Interclube igualou os feitos anteriormente conquistados pelos compatriotas do 1º de Maio de
Benguela, Petro de Luanda e 1º de Agosto, que inscreveram o nome de Angola na final das provas africanas de clubes.
Estamos recordados que o actual treinador dos Palancas alinhara para o Interclube uma equipa de “luxo”
integrada por Papy; Miranda, Zequinha, Gito e Joãozinho; Nelsinho, Miloy, Patrick (Abó) e Mimoso (Potché); Mussumari
(Guedes) e Pathy. “Na fase preliminar, já depois do alemão Georges Tripp ter sido chicoteado, passando as
rédeas do conjunto ao técnico português Romeu Silva, a equipa entrou com o pé direito na fase preliminar no
torneio” No ano passado, por ter sido finalista vencido da Taça de Angola, o Interclube então treinado pelo
treinador alemão Georges Tripp logra o estatuto de embaixador de Angola na Taça Nelson Mandela, sorte que coube
igualmente ao Petro de Luanda. Em função do que protagonizara na “campanha” competitiva de 2001, a
direcção do clube dirigido pelo dinâmico presidente Alves Simões, os sócios, adeptos e, no geral, os amantes do futebol
auguravam este ano a repetição do feito, desiderato esse que nesta altura do campeonato parece fora de hipótese. É que
até à altura em que escrevíamos estas linhas, tinham sido já disputadas três jornadas da fase de grupos da Taça Nelson
Mandela sem que o Interclube anotasse uma vitória, esfumando praticamente a oportunidade de vencer o Grupo A e
jogar na final. Depois de três jornadas disputadas, o Interclube averbara derrotas com o Petro de Luanda (1-0),
Khourigbga de Marrocos (1-0) e o Far Rabat, também de Marrocos (2-0). Sobrando pela frente jogos da segunda mão
com estas mesmas formações, matematicamente falando, aos representantes da polícia não obteriam poucos pontos para
chegar à final.
E dissemos que, de um modo geral, a “nação futebolística” esperava por uma prestação mais brilhante; uma
prestação mais cor-de-rosa, porque, no início, a equipa deixou transparecer essa confiança, inspirou esse sonho. Senão
vejamos: Na fase preliminar, já depois do alemão Georges Tripp ter sido chicoteado, passando as rédeas do conjunto
ao técnico português Romeu Silva, a equipa entrou com o pé direito na fase preliminar no torneio. No dia 18 de
Fevereiro venceu em Libreville (Gabão) a formação do Sogea por 1-0, num desafio da primeira-mão e quinze dias depois
em Luanda, quando já estava no mês de Abril, elevou a “dose” para 2-0 em desafio pontuável para a
segunda mão. Passou para os dezasseis avos de final, deixando para atrás equipas de peso de outros países como
Amal Saad O. Chlef (Argélia), Douanes (Senegal), AS Douanes (Senegal), Séwé S. de sane Pedro (Cote dáveis),
Hussein-Dey (Argélia, Olympic de Khouribga (Morrocos), Lobi Stars, (Nigéria), Astres de Douala (Camarões), Union
Alexandria SC (Egipto), Revenue Authority (Uganda), citando alguns. Depois vieram os oitavos de final e o Inter, como
soe dizer, continuou sempre a subir, empatou com o Township Rollers (Botswana) fora e em Luanda venceu por 1-0. Na
fase seguinte, o sorteio colocou-o frente ao Uscafoot de Madagáscar que, para os polícias, não foi um “osso duro
de roer”. Empate da primeira-mão por 1-1 e vitória na segunda por 1-0 em Luanda. O Interclube qualificava-se
assim para fase de grupos da taça da confederação Africana de futebol e, consequentemente, desenhava-se o anseio de
ver esse mesmo Interclube superar a sua melhor classificação, concretamente atingir a final deste torneio que é a nova
“versão” da extinta Taça dos Vencedores das Taças, em 2001, em que, como se disse “ut
supra” acabou derrotado pelos sul-africanos do Kaizer Chiefs. Quando neste ano de 2006, o Interclube viajou
para o Gabão para jogar como FC Sogea, dizia o técnico-adjunto José Luís Borgess que intenção da direcção do clube era
ver a equipa a ganhar até à final e não ficar de forma inglória a meio da prova, evitando o “desaire” do ano
anterior, quando fora afastado Futebol Clube 105 de Libreville. Naquela altura a equipa atravessava um bom momento
no Girabola, e esperava-se que os bons resultados fossem extensivos à Taça da Confederação Africana.... até à final! A
verdade é que, transcorridos vários meses, e quando menos se esperava, o treinador português Romeu Silva
anunciou a meio do mês de Setembro o seu afastamento da equipa do Interclube, equipa que dirigia desde Março,
altura em que teve início o Girabola de 2006. O técnico, que não especificou os motivos para a sua saída do clube, onde
foi substituído pelo angolano Raul Quinanga, que desempenha(va) as funções de adjunto, não disse os motivos, mas
deixou escapar o seguinte à imprensa desportiva: “tenho de agradecer ao Interclube pelo facto de me ter dado a
oportunidade de desempenhar o meu papel de treinador, mas o organismo não tem nada a ver com a atitude das
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pessoas. Estou grato ao Interclube. Sinto-me feliz por ter estado a trabalhar nove meses na equipa”. O curioso,
porém, é que o afastamento ocorreu poucos dias depois do Interclube ter sofrido a terceira derrota consecutiva na Taça
CAF (Confederação Africana de Futebol), na qual ocupava última posição do Grupo A, sem qualquer ponto conquistado, e
praticamente afastada a possibilidade de se apurar para a fase seguinte. Algumas fontes do clube
“confidenciaram”, por sua vez, que o mesmo foi afastado do comando técnico da equipa principal de
futebol do Interclube, devido aos maus resultados na Taça Nelson Mandela da Confederação Africana de Futebol (CAF) e
no Campeonato nacional da primeira divisão, Girabola-2007. Como nota de reportagem, vale ainda sublinhar que
Romeu Silva é, nos últimos cinco anos, o quinto treinador que passa pelo Interclube, a contar de Itamar Amorim
(brasileiro), Oliveira Gonçalves (angolano), Zoran Pesic (sérvio) e Zoran Pesic (sérvio). Fazendo história, vale recordar
que a equipa afecta ao Ministério do Interior não está na alta-roda do futebol africano pela primeira vez. Estará
equivocado quem assim pensar. Conseguiu, pela primeira vez, a posição de embaixadora de Angola da Taça dos
Vencedores das Taças em 1986, quando, treinada na altura pelo professor Joca Santinho, defrontou o Nkana Red Devils
da Zâmbia, por ter sido a formação que naquele ano venceu, a nível doméstico, a Taça de Angola, proeza repetida nas
edições de 1986, 2000 e 2003. Nos dois primeiros anos (1986 e 2000) levou a melhor sobre o 1º de Maio de Benguela por
1-0 e o Sagrada Esperança da Lunda Norte por igual “score” (1-0). Noutros anos – 1985, 1989, 2000
e 2005 – passou ao largo da qualificação à prova africana por ter sido finalista vencido, tendo como carrasco o
Atlético Sport Aviação (ASA). Mas seja como for, e por tudo quanto relatamos nesta peça, não estamos, pois, errados se
dissermos que a turma da polícia já pode ser considerada como um “cliente” assíduo por ter participado
nela cinco vezes, de modo alternado. Pode, tardar, mas um dia verá na sua galeria de troféus o brilho da Taça
Confederação – também denominada Taça Nelson Mandela – é a “sucessora” da Taça CAF,
no qual o Interclube já pode ser considerado como um “cliente” assíduo por ter participado nela em cinco
ocasiões, de modo alternado.
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