QUANTA LiteTM dsDNA
Transcrição
QUANTA LiteTM dsDNA
QUANTA LiteTM GPA (Gastric Parietal Cell Antibody) ELISA 708765 Para utilização em diagnóstico In Vitro Complexidade CLIA: Elevada Aplicação Diagnóstica O QUANTA LiteTM GPA (Anticorpos Células Parietais Gástricas) é um ensaio imunoenzimático (ELISA) para a detecção semi-quantitativa de anticorpos da classe IgG anti células parietais gástricas (H+/K+) ATPase no soro humano. A presença de anticorpos anti células parietais gástricas (H+/K+) ATPase pode ser utilizada em conjunto com as conclusões clínicas e outros testes de laboratório para ajudar no diagnóstico de situações com níveis elevados de anticorpos anti células parietais gástricas (H+/K+) ATPase, incluindo a anemia perniciosa. Resumo e Explicação do teste A anemia perniciosa é uma doença crónica e é a fase final da gastrite atrófica crónica tipo A (auto-imune). A gastrite atrófica crónica tipo A afecta a parte inferior e o corpo do estômago, enquanto a tipo B (não imune) afecta o antro assim como a parte inferior e o corpo. A tipo A está associada à anemia perniciosa e a tipo B à infecção H. pylori 1-3. Durante a progressão de gastrite atrófica crónica tipo A para atrofia gástrica, as células parietais gástricas que produzem o factor intrínseco e o HCI são destruídas e a produção do factor intrínseco e do HCI é eliminada. O factor intrínseco é essencial para a absorção da vitamina B12 no intestino e esta ausência conduz à carência de vitamina B12 e à anemia megaloblástica. O começo da anemia perniciosa, normalmente, é lento com a progressão de gastrite atrófica crónica para atrofia gástrica e anemia clínica levando cerca de 20-30 anos. A idade média no diagnóstico é de 60 anos. Embora a doença não seja muitas vezes identificada até que a anemia ou outros sintomas se tornem mais significativos, as lesões gástricas subjacentes podem ser identificadas anos antes do desenvolvimento da anemia3,4. Uma frequência aumentada de doenças autoimunes incluindo a tiróidite autoimune (tiróidite de Hashimoto), a diabetes tipo 1, a doença de Addison, a doença de Grave e a miastenia grave é observada em doentes com anemia perniciosa. Foi relatado que os doentes com anemia perniciosa têm um risco 3x superior para o carcinoma gástrico e 13x superior para o carcinóide gástrico5. Os autoanticorpos anti células parietais gástricas foram encontrados em aproximadamente 90% dos doentes com anemia perniciosa e em cerca de 30% dos familiares em primeiro grau dos doentes com anemia perniciosa 1-3. Os anticorpos anti células parietais gástricas (GPA) são, normalmente, detectados por imunofluorescência (IFA) utilizando secções de tecido de mucosa gástrica de rato2. Os anticorpos anti células parietais gástricas são direccionados para o antigénio revestido na membrana do canalículo secretor e das vesículas tubulares das células parietais gástricas 6. O antigénio alvo do GPA foi identificado como a H+/K+ ATPase gástrica (bomba protão gástrica) que é responsável pela acidificação do lúmen do estômago 7-11 . Os GPA ligam-se a ambas a subunidades α e β da H+/K+ ATPase 9. A prevalência de GPA aumenta com a idade e está presente em 2,5% de uma população normal com 30-39 anos e em 9,6% de uma população com 80 anos 3. Um estudo recente relata uma prevalência elevada de GAP e doença gástrica autoimune associada, presente na diabetes tipo 1, e sugere fortemente que os doentes diabéticos com anemia e/ou sintomas gastrointestinais devem ser testados para GPA 12. Foram encontrados níveis elevados de GPA em doentes com a doença da tiróide, anemia por deficiência de ferro, alopécia areata e vitíligo 13,14. A detecção de GPA por IFA é um trabalho intensivo, requer interpretações subjectivas dos resultados feitas por pessoal experiente e depende da variabilidade da qualidade e da reprodutibilidade das secções de tecido utilizadas na produção das lâminas IFA. Ao identificar as subunidades gástricas H+/K+ ATPase α e β como sendo os maiores alvos moleculares dos autoanticorpos anti células parietais gástricas, foram construídos testes ELISA sensíveis e específicos para a detecção de anticorpos GPA5. A utilização dos testes ELISA permite a obtenção de resultados para GPA, padronizados, reprodutíveis e objectivos. Princípio do método O antigénio H+/K+ ATPase purificado, isolado da mucosa gástrica de porco, é ligado aos poços da placa de micropoços de poliestireno sob condições que vão preservar o antigénio no seu estado nativo. Os controlos pré-diluídos e o soro diluído dos doentes são adicionados aos diferentes poços, permitindo que quaisquer anticorpos H+/K+ ATPase presentes se liguem ao antigénio imobilizado. A amostra não ligada é lavada e adiciona-se um conjugado IgG anti-humano marcado a cada poço. Uma segunda incubação permite ao conjugado enzimático ligar-se a quaisquer anticorpos de doentes que tenham ficado agarrados aos micropoços. Depois da segunda lavagem para retirar o excesso de conjugado, a restante actividade das enzimas é medida adicionando um substrato cromogénico e medindo a intensidade da cor que se desenvolve. O ensaio pode ser avaliado por espectrometria, medindo e comparando a intensidade da cor desenvolvida nos poços do doente com a cor dos poços de controlo. Reagentes 1. 2. 3. 4. 5. Placa ELISA de micropoços de poliestireno revestidos com antigénios purificados de H+/K+ ATPase (12-1 x 8 poços), com suporte em embalagem de protecção com dessecantes Controlo Negativo ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservante e soro humano sem anticorpos humanos anti H+/K+ ATPase, pré-diluído, 1,2 ml Positivo Baixo GPA ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano com anticorpos anti H+/K+ ATPase, pré-diluído, 1,2 ml Positivo Alto GPA ELISA, 1 frasco de solução tampão com conservantes e soro humano com anticorpos anti H+/K+ ATPase, pré-diluído, 1,2 ml Diluente da amostra HRP, 1 frasco cor-de-rosa, contém solução tampão salina Tris, Tween 20, 1 6. 7. 8. 9. estabilizadores proteicos e conservante, 50 ml Solução de lavagem HRP, 1 frasco 40x concentrado, de cor vermelha com solução tampão salina Tris e Tween 20, 25 ml. As instruções de diluição encontram-se na Secção Método. Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana, 1 frasco – de cor azul com solução tampão, estabilizadores proteicos e conservante, 10 ml Cromogénio TMB, 1 frasco com estabilizadores, 10 ml Solução de Paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M, 1 frasco – incolor, 10 ml Advertências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. ADVERTÊNCIA: Este produto contém um químico (0,02% cloranfenicol) no diluente da amostra, nos controlos e no conjugado, considerado como cancerígeno no Estado da Califórnia. Todo o material de origem humana utilizado na preparação dos controlos deste produto foi testado e deu resultados negativos para métodos aprovados pela FDA para anticorpos anti HIV, HBsAg e HCV. Contudo, nenhum teste pode garantir com certeza absoluta a ausência de HIV, HBV, HCV ou outros agentes infecciosos. Assim, o Positivo Baixo GPA ELISA, o Positivo Alto GPA ELISA e o Controlo Negativo devem ser manipulados como se fossem material potencialmente infeccioso.16 A azida de sódio é utilizada como conservante. Este produto é venenoso e pode ser tóxico se for ingerido ou absorvido pela pele ou pelos olhos. A azida de sódio pode reagir com componentes de chumbo ou cobre das canalizações formando azidas metálicas explosivas. Por esta razão, ao deitar fora os restos de reagentes é necessário deixar correr água em quantidade abundante para evitar a formação destas substâncias. O Conjugado HRP contém um químico diluído venenoso/corrosivo, que pode ser tóxico quando ingerido em grandes quantidades. Evitar o contacto com a pele e os olhos para prevenir a ocorrência de queimaduras químicas. O Cromogénio TMB contém um produto irritante, que pode ser prejudicial quando inalado, ingerido ou absorvido pela pele. Evitar inalar, ingerir ou o contacto com a pele e os olhos para evitar lesões. A Solução de paragem HRP consiste numa solução de ácido sulfúrico diluído. Evitar a exposição a bases, metais ou outros componentes que possam reagir com ácidos. O ácido sulfúrico é venenoso e corrosivo e pode ser tóxico se ingerido. Evitar o contacto com a pele ou os olhos para prevenir a ocorrência de queimaduras químicas. Usar equipamento de protecção apropriado para trabalhar com os reagentes. Os salpicos de reagentes devem ser limpos imediatamente. Observar todas as regulamentações ambientais nacionais e locais relativas à eliminação de resíduos. Precauções 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Utilizar somente para diagnóstico In Vitro. A substituição de componentes do dispositivo por outros que não pertençam a este sistema pode originar resultados inconsistentes. Uma lavagem incompleta ou inadequada e a aspiração insuficiente dos líquidos dos poços ELISA pode dar origem a imprecisão e/ou a uma elevada interferência de fundo. A adaptação, total ou parcial, deste teste para processadores automatizados e outros aparelhos de processamento de líquidos pode dar origem a diferenças nos resultados obtidos nos testes por técnica manual. É da responsabilidade de cada laboratório garantir que o seu procedimento automático dá origem a resultados dentro dos limites aceitáveis. Uma grande variedade de factores influencia a qualidade dos resultados obtidos. Entre eles devemos considerar a temperatura inicial dos reagentes, a temperatura ambiente, a precisão e a reprodutibilidade da técnica de pipetagem, a eficácia da lavagem e aspiração dos poços ELISA, o fotómetro utilizado na leitura dos resultados e a duração das incubações dos testes durante o ensaio. Deve ser dada atenção especial à consistência, necessária para obter resultados precisos e reprodutíveis. O protocolo deve ser criteriosamente respeitado. Uma selagem inadequada da saqueta com tiras de micropoços e dessecantes pode provocar a degradação do antigénio e baixa precisão dos resultados. Absorvâncias demasiado baixas podem ser observadas depois de duas ou mais utilizações do mesmo frasco de Conjugado HRP num determinado período de tempo. É importante cumprir todas as recomendações de preparação e manipulação do Conjugado HRP para evitar estas ocorrências. A contaminação química do Conjugado HRP pode surgir por limpeza insuficiente dos equipamentos e instrumentos utilizados. Resíduos dos agentes químicos comuns em laboratórios, tais como a formalina, lixívia, etanol ou detergentes provocam a degradação do Conjugado HRP. Lavar bem todo o equipamento ou instrumentos após o uso de detergentes/desinfectantes químicos. Precauções particulares de conservação 1. 2. 3. Conservar todos os reagentes a 2-8º C. Não congelar. Os reagentes permanecem estáveis até à data de validade indicada, quando armazenados e manipulados conforme descrito no protocolo. As tiras dos micropoços revestidas com antigénios que não forem logo utilizadas, devem ser seladas na embalagem protectora original com dessecantes e conservadas a 2-8º C. O tampão de lavagem depois de diluído é estável durante uma semana a 2-8º C. Colheita da amostra Este procedimento deve ser efectuado com uma amostra de soro. A adição de azida ou de outros conservantes às amostras do teste pode interferir negativamente nos resultados. As amostras de soro com contaminação bacteriana, que sofreram tratamento térmico ou contendo partículas visíveis não devem ser 2 utilizadas. Amostras ou soro muito hemolizados ou lipémicos devem ser evitados. Após a colheita, o soro deve ser separado do coágulo. O documento H18-A2 da NCCLS recomenda as seguintes condições de armazenamento para as amostras: 1) Não armazenar as amostras à temperatura ambiente durante mais de 8 horas. 2) Se o teste não for concluído num prazo de 8 horas, guardar a amostra a 2-8º C. 3) Se o teste não for concluído num prazo de 48 horas, ou se houver transporte da amostra, congelar a –20º C ou a uma temperatura inferior. As amostras congeladas devem ser bem agitadas depois de descongelarem e antes de serem testadas. Procedimento Material fornecido 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Placa de micropoços GPA ELISA (12-1 x 8 poços), com suporte 1,2 ml Controlo Negativo ELISA, pré-diluído 1,2 ml Positivo Baixo GPA ELISA, pré-diluído 1,2 ml Positivo Alto GPA ELISA, pré-diluído 50 ml Diluente da amostra HRP 25 ml Solução de lavagem HRP, 40x concentrado 10 ml Conjugado HRP IgG, (de cabra), IgG anti-humana 10 ml Cromogénio TMB 10 ml Solução de paragem HRP, ácido sulfúrico 0,344 M Material adicional necessário mas não fornecido Micropipetas de 5, 100, 200-300 e 500 µl Pontas descartáveis para as micropipetas Tubos de teste para diluições de amostras de doentes, volume de 4 ml Água destilada ou desionizada Recipiente de 1 L para Solução de lavagem HRP diluída Fotómetro para leitura da placa de micropoços, com capacidade de medição da densidade óptica de 450 nm (e 620 nm para leituras duplas de comprimento de onda) Método Antes de iniciar 1. 2. 3. 4. Todos os reagentes e amostras devem encontrar-se à temperatura ambiente (20-26 ºC) e ser bem misturados. Diluir a Solução de lavagem HRP 1:40, adicionando o conteúdo do frasco de Solução de lavagem HRP a 975 ml de água destilada ou desionizada. Se não for utilizada a placa toda durante este período, podem ser preparadas quantidades inferiores, adicionando 2,0 ml de concentrado a 78 ml de água destilada ou desionizada por cada 16 poços utilizados. A solução tampão diluída mantémse estável durante uma semana a 2-8º C. Preparar uma diluição de 1:101 de cada amostra de doente, adicionando 5 µl de amostra a 500 µl de Diluente da amostra HRP. As amostras diluídas devem ser usadas num prazo de 8 horas após a sua preparação. NÃO DILUIR o Positivo Baixo GPA ELISA, o Positivo Alto GPA ELISA e o Controlo Negativo ELISA. A determinação da presença ou ausência de anticorpos H+/K+ ATPase utilizando unidades arbitrárias requer o uso de dois poços para cada um dos três controlos, e um ou dois poços para cada amostra. Recomenda-se que as amostras sejam testadas em duplicado. Técnica 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. ANTES DE INICIAR O TESTE, TODOS OS COMPONENTES DEVEM ENCONTRAR-SE À TEMPERATURA AMBIENTE (20-26º C). Coloque o número de tiras/micropoços necessários no suporte. Guarde imediatamente as tiras que não foram utilizadas na saqueta com dessecante, selando-a para minimizar a exposição ao vapor de água. Adicione 100 µl de Positivo Baixo GPA ELISA, de Positivo Alto GPA ELISA, de Controlo Negativo ELISA pré-diluídos e das amostras diluídas dos doentes aos poços. Tape os poços e efectue, numa superfície nivelada, a incubação durante 30 minutos à temperatura ambiente. A incubação inicia-se após a adição da última amostra. Lavagem: Aspire bem o conteúdo de cada poço. Adicione 200-300 µl de Solução de lavagem HRP diluída a todos os poços e, em seguida, aspire. Repita esta sequência mais duas vezes num total de três lavagens. Depois da última lavagem, inverta a placa e coloque-a sobre papel absorvente para retirar qualquer líquido residual. É imprescindível esvaziar completamente os poços após cada passo do procedimento de lavagem. Mantenha a mesma sequência para a aspiração como aplicada na adição das amostras. Adicione 100 μl do Conjugado HRP IgG a cada poço. O conjugado deve ser removido dos frascos, usando condições padrão assépticas e boas práticas de laboratório. Retire do frasco apenas a quantidade necessária para o ensaio. PARA EVITAR UMA POTENCIAL CONTAMINAÇÃO MICROBIANA E/OU QUÍMICA, NUNCA DEVE VOLTAR A COLOCAR O CONJUGADO NÃO USADO NO FRASCO. Faça a incubação dos poços durante 30 minutos, como descrito no passo 2. Lavagem: Repita o passo 3. Adicione 100 µl do Cromogénio TMB a cada poço e faça a incubação durante 30 min., no escuro e à temperatura ambiente. Adicione 100 µl de Solução de paragem HRP a cada poço. Mantenha a mesma sequência e contagem de tempo na adição da Solução de paragem HRP, tal como efectuado para o Cromogénio 3 8. TMB. Bata suavemente na placa para obter uma mistura homogénea nos poços. Determine a densidade óptica (DO) de cada poço a 450 nm num prazo de 1 hora após a paragem da reacção. Se desejar uma leitura bicromática, pode usar como referência um comprimento de onda de 620 nm. Controlo de qualidade 1. 2. 3. 4. O Positivo Baixo GPA ELISA, o Positivo Alto GPA ELISA e o Controlo Negativo ELISA devem ser processados com todos os lotes de amostras para garantir que todos os reagentes e procedimentos actuam correctamente. Uma vez que o Positivo Baixo GPA ELISA, o Positivo Alto GPA ELISA e o Controlo Negativo ELISA se encontram pré-diluídos, estes não controlam o procedimento associado à diluição das amostras. Outros controlos podem ser testados de acordo com as directivas ou requerimentos locais e/ou nacionais ou de acordo com as disposições de organizações acreditadas. Outros controlos adequados podem ser preparados efectuando alíquotas de amostras de soro humano e conservando a < -20°C. Para que os resultados dos testes possam ser considerados válidos, devem ser cumpridos todos os critérios a seguir definidos. Se algum não for cumprido, o teste deve ser considerado inválido e o ensaio repetido. a. A absorvância do Positivo Alto GPA ELISA pré-diluído deve ser superior à absorvância do Positivo Baixo GPA ELISA pré-diluído, que deve ser superior à absorvância do Controlo Negativo ELISA pré-diluído. b. O Positivo Alto GPA ELISA pré-diluído deve ter uma absorvância superior a 1,0, enquanto que a absorvância do Controlo Negativo ELISA pré-diluído não pode ser superior a 0,2. c. A absorvância do Positivo Baixo GPA ELISA deve ser mais do dobro da absorvância do Controlo Negativo ELISA ou superior a 0,25. d. O Controlo Negativo ELISA e o Positivo Alto GPA ELISA servem para monitorizar falhas substanciais dos reagentes. O Positivo Alto GPA ELISA não consegue assegurar a precisão no ponto de decisão do ensaio. e. O utilizador deve recorrer ao documento C24-A da NCCLS para obter instruções suplementares sobre as práticas do Controlo de Qualidade apropriadas.17 Cálculo dos resultados Em primeiro lugar é determinada a densidade óptica média (DO) para cada conjunto de duplicados. A reactividade de cada amostra pode ser calculada dividindo a DO média da amostra pela DO média do Positivo Baixo GPA ELISA. O resultado é multiplicado pelo número de unidades do Positivo Baixo GPA ELISA que se encontram no rótulo. Densidade óptica da amostra Valor da amostra = ———————————————————— (unidades) DO do Positivo Baixo GPA ELISA x Positivo Baixo GPA ELISA (unidades) A relação entre a reactividade e a quantidade de anticorpos presentes é não linear. Apesar de o aumento ou a diminuição das concentrações de anticorpos no doente se reflectirem num correspondente aumento ou diminuição da reactividade, a alteração não é proporcional (ou seja, a duplicação da concentração de anticorpos não duplica a reactividade). Se for necessária uma quantificação mais exacta dos anticorpos do doente, será necessário efectuar diluições em série das amostras do doente, e a última diluição com resultado positivo no ensaio deve ser reportada como sendo o título de anticorpos do doente. Interpretação dos resultados O teste ELISA é muito sensível à técnica aplicada e é capaz de detectar até pequenas diferenças nas populações de doentes. Os valores abaixo indicados são apenas valores sugeridos. Cada laboratório deve estabelecer os seus próprios valores de referência, com base nas suas técnicas, controlos, equipamentos e população de doentes e em função dos seus próprios procedimentos estabelecidos. A amostra pode ser classificada como negativa, ambígua ou positiva (detectados anticorpos IgG anti H+/K+ ATPase) conforme indicado na tabela em baixo. Negativa Ambígua Positiva 1. 2. 3. 4. Unidades 0,0 - 20,0 20,1 – 24,9 > 25 Um resultado positivo indica a presença de anticorpos H+/K+ ATPase e sugere a possibilidade de anemia perniciosa ou doenças relacionadas. Um resultado negativo indica a ausência de anticorpos H+/K+ ATPase ou níveis abaixo do ponto de decisão do ensaio. Uma amostra com níveis ambíguos de GPA não pode servir para avaliar os níveis de anticorpos. Se o resultado permanecer ambíguo depois de repetido o teste, o resultado deve ser apresentado como ambíguo e/ou deve ser colhida nova amostra. Sugere-se que os resultados apresentados pelo laboratório devem incluir a declaração: “Os seguintes resultados foram obtidos com o dispositivo INOVA QUANTA LiteTM GPA ELISA. Valores GPA obtidos através de métodos de ensaio de outros fabricantes não podem ser comparados. A magnitude dos níveis de IgG descritos não pode ser correlacionada com um título final”. 4 Limitações do método 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. A presença de imunocomplexos ou de outros agregados de imunoglobulinas na amostra do doente pode causar um aumento do nível de ligação não-específica e produzir resultados falsos positivos neste ensaio. Um resultado negativo para anticorpos anti células parietais gástricas não exclui a presença de anemia perniciosa. Um resultado negativo GPA não exclui a presença de GPA porque a concentração de anticorpos pode estar abaixo do limite de detecção do ensaio. Um resultado positivo do teste indica apenas a presença do anticorpo H+/K+ ATPase e não indica, necessariamente, a presença de doenças autoimunes ou outras. O desempenho do ensaio não foi estabelecido para doentes pediátricos. Os resultados deste ensaio devem ser utilizados em conjunto com as conclusões clínicas e outros testes serológicos. As características de desempenho do ensaio não foram determinadas para outras matrizes além do soro. Valores esperados A capacidade do QUANTA LiteTM GPA ELISA em detectar anticorpos H+/K+ ATPase foi avaliada através da comparação com um teste H+/K+ ATPase ELISA disponível no mercado. Também foi efectuada uma comparação dos resultados obtidos com o QUANTA LiteTM GPA ELISA e com um teste de imunofluorescência indirecta utilizando secções de tecido de rim/estômago de rato. A prevalência de GPA em populações saudáveis normais aumenta com a idade, de aproximadamente 2,5% aos 30 anos a 9,6% com 80 anos. A frequência de GPA é, normalmente, superior nas mulheres do que nos homens. Nos homens com menos de 55 anos, 5,5% deram resultados positivos GPA comparado com 14,7% das mulheres. Nos indivíduos com mais de 55 anos, 9,2% dos homens e 22,3% das mulheres tinham GPA.4 Intervalo de valores normais Um painel de 210 amostras de indivíduos saudáveis, assintomáticos, foi testado com o dispositivo QUANTA LiteTM GPA ELISA. As idades variaram entre os 17-77 anos (média 32). Das 210 amostras, 154 (73,3%) eram de indivíduos masculinos e 56 (26,7%) de indivíduos femininos. O valor médio foi de 7,3 unidades com um intervalo de 1,3 a 84,1 unidades. Duas das 7 amostras GPA positivas deram resultados GPA positivos por IFA. Excluindo 4 resultados ambíguos, obtiveram uma especificidade de 96,6% (199/206). Sensibilidade e Especificidade Relativa Os resultados dos testes de 20 amostras de doentes com anemia perniciosa obtidos pelo QUANTA LiteTM GPA ELISA e outro dispositivo GPA ELISA encontram-se na Tabela 1. A comparação dos resultados obtidos por IFA utilizando lâminas de rim/estômago de rato deste painel encontra-se na Tabela 2. A Tabela 3 apresenta os resultados comparativos do QUANTA LiteTM GPA ELISA e os resultados do dispositivo GPA ELISA num painel de 41 amostras. Tabela 1: Resultados do QUANTA LiteTM GPA (anticorpos parietais gástricos) e de outro GPA ELISA no painel de doentes com anemia perniciosa Resultados do QUANTA LiteTM GPA ELISA GPA ELISA N=20 Pos (15) Amb. (0) Neg (5) Positivo Pos (14) 14 0 0 Ambíguo Amb. (5) 1 0 4 Negativo Neg (1) 0 0 1 Concordância (resultados ambíguos excluídos): 100% (15/15) Tabela 2: Resultados do QUANTA LiteTM GPA ELISA e do ANA (rim/estômago de rato) IFA no painel de doentes com anemia perniciosa Resultados do QUANTA LiteTM GPA ELISA GPA IFA N= 20 Pos (15) Amb. (0) Neg (5) Positivo Pos (15) 15 0 0 Ambíguo Amb. (0) 0 0 0 Negativo Neg (5) 0 0 5 Concordância: 100% (20/20) Tabela 3: Resultados do QUANTA LiteTM GPA (anticorpos parietais gástricos) e do GPA ELISA nas amostras submetidas ao teste GPA Resultados do QUANTA LiteTM GPA ELISA GPA ELISA N=41 Pos (19) Amb. (2) Neg (20) Positivo Pos (22) 17 2 3 Ambíguo Amb. (0) 0 0 0 Negativo Neg (19) 2 0 17 Concordância (resultados ambíguos excluídos): 89,7% (35/39) Estudo de reactividade cruzada Os soros de doentes, com anticorpos de doenças infecciosas ou autoimunes ou com diferentes situações clínicas, incluindo a H. pylori (7), tiroide peroxidase (5), tiróide-M (5), tiróide-T (4), beta-2 glicoproteína (5), LKM-1 (5), hepatite autoimune, tipo 1 (14), mitocôndria M2 (4), foram testado para a reactividade cruzada 5 com o QUANTA LiteTM GPA ELISA. Uma amostra H. pylori e duas TPO deram resultados positivos com o QUANTA LiteTM GPA ELISA. Estas três amostras também deram resultados positivos para GPA por IFA. Precisão e Reprodutibilidade O desempenho do intra-ensaio QUANTA LiteTM GPA ELISA foi avaliado ao testar 6 amostras num total de 9 vezes cada. Os resultados, resumidos na Tabela 4, mostram a precisão do intra-ensaio. Tabela 4: Desempenho do intra-ensaio QUANTA LiteTM GPA ELISA Espec. A Espec. B Espec. C Espec. D Espec. E Unidades 40,7 93,4 35,4 58,3 47,0 médias DP 2,3 5,7 3,2 5,4 5,1 CV % 5,6 6,1 9,0 9,2 10,8 Espec. F 10,5 0,7 6,9 O desempenho do inter-ensaio foi determinado ao testar, em duplicado, um painel de 5 amostras duas vezes ao dia durante 3 dias. Tabela 5: Desempenho do inter-ensaio QUANTA LiteTM GPA ELISA Espec. 1 Espec. 2 Espec. 3 Espec. 4 Espec. 5 Unidades 32,7 95,2 11,4 32,9 5,9 médias DP 1,61 2,25 0,37 1,77 0,42 CV % 4,9 2,4 3,2 5,4 7,1 6 Referências 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. Gleeson PA and B-H Toh. Molecular Targets in Pernicious Anemia. Immunology Today 12(7): 233238, 1991. Gleeson PA, Van Driel IR and B-H Toh. Parietal Cell Antibodies. In: Autoantibodies. Peter JB and Y Shoenfeld, eds., Elsevier Science B.V. pp 600- 606, 1996. Toh B-H, Van Driel IR and PA Gleeson. Pernicious Anemia. N. Eng. J. Med. 37(20): 1441-1448, 1997. Lee GR. Pernicious Anemia and other causes of vitamin B12 (cobalamin) deficiency. In: Wintrobe’s Clinical Hematology, 10th ed, Williams & Wilkins, pp 941-964, 1999. Hsing AW, Hansson L-E, McLaughlin JK, et al. Pernicious anemia and subsequent cancer: a population-based cohort study. Cancer 71:745-750, 1993. Hoedemaeker PJ and S Ito. Ultrastructural localization of gastric parietal cell antigen with peroxidasecoupled antibody. Lab. Invest. 22:184-188, 1970. Burman P, Mardh S, Norberg L and FA Karlsson. Parietal cell antibodies in pernicious anemia inhibit H+/K+ -adenosine triphosphatase, the proton pump of the stomach. Gastroenterol. 96:14341438,1989. Toh B-H, Gleeson PA, Simpson RJ, et al. The 60- to 90 kDa parietal cell autoantigen associated with autoimmune gastritis is a β subunit of the gastric H+/K+ ATPase (proton pump). PNAS 87:64186422, 1990. Callagham JM, Khan MA, Alderuccio F, Van Driel IR, Gleeson PA and B-H Toh. α and β subunits of the gastric H+/K+ ATPase are concordantly targeted by parietal cell autoantibodies associated with autoimmune gastritis. Autoimmun. 16:289-295, 1993. Ma JY, Borch K and S Mardh. Human gastric H,K-adenosine triphosphatase β-subunit is a major autoantigen in atrophic corpus gastritis. Expression of the recombinant human glycoprotein in insect cells. Scand. J. Gastroenterol. 29:790-794, 1994. Claeys D, Galler G, Appelmelk BJ, Negrini R and T Kirchner. The gastric H+/K+-ATPase is a major autoantigen in chronic Helicobacter pylori gastritis with body mucosa atrophy. Gastroenterol. 115:340-347, 1998. DeBlock CRM, DeLeeuw IH, Van Gaal LF and the Belgian Diabetes Registry. High prevalence of manifestations of gastric autoimmunity in parietal cell antibody-positive type 1 (insulin-dependent) diabetic patients. J. Clin. Endocrin. Metab. 84(1):4062-4067, 1999. Mandry, RC, Ortiz LJ, Lugo-Somolinos A and JL Sanchez. Organ-specific autoantibodies in Vitiligo patients and their relatives. Int. J. Dermatol. 35(1): 118-121, 1996. Kumar B, Sharma VK and S Sehgal. Anti-smooth muscle and anti-parietal cell antibodies in Indians with alopecia areata. Int. J. Dermatol. 34(8): 542-545, 1995. Chuang JS, Callagham JM, Gleeson PA and B-H Toh. Diagnostic ELISA for parietal cell autoantibody using tomato lectin-purified gastric H+/K+-ATPase (proton pump). Autoimmun. 12:1-7, 1992. Biosafety in Microbiological and Biomedical Laboratories. Center for Disease Control/National Institute of Health, 1999, Fourth Edition, (HHS Pub. # (CDC) 93-8395). National Committee for Clinical Laboratory Standards,1991. Internal Quality Control: Principles and Definitions; Approved Guideline, NCCLS Document C24-A, Vol 11(6). Fabricado por: INOVA Diagnostics, Inc. 9900 Old Grove Road San Diego, CA 92131 United States of America Representante Autorizado: Medical Technology Promedt Consulting GmbH Altenhofstrasse 80 D-66386 St. Ingbert, Germany Tel.: +49-6894-581020 Fax.: +49-6894-581021 www.mt-procons.com Technical Service 628765 888-545-9495 June 2005 Revision PRT3 7