Project Activity III.2.1

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Project Activity III.2.1
PLANO ESTRATÉGICO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO
Climate Change, Adaptation Capacity and Risk Governance in the
Transboundary Purus River Sub-basin
Dra. Nirvia Ravena
Project Activity
III.2.1
OTCA-GEF-PNUMA
Belém, novembro de 2012
PRODUTO I – PLANO ESTRATÉGICO DE IMPLEMENTAÇÃO DO
PROJETO
Climate Change, Adaptation Capacity and Risk Governance in the
Transboundary Purus River Sub-basin
SUMÁRIO
1. Introdução.........................................................................................
5
2. Estratégia Metodológica I - Formação de equipe ......................... 7
2.1. Seleção dos profissionais com habilidades interdisciplinares para a 7
montagem do modelo de Governança de Risco........................................
2.2. Seminário de nivelamento Teórico Metodológico, incluindo a 7
abordagem Cross Scale Interplay...............................................................
3. Estratégia Metodológica II - Medidas de mudança climáticas, 9
ambientais, dados econômicos, institucionais e políticos da subbacia do rio Purus consolidados......................................................
3.1. Revisão da literatura acerca de mudanças climáticas, ambientais, 9
dados socioeconômicos, institucionais e políticos na sub-bacia do rio
Purus para compor o quadro de abordagens existentes da avaliação
de risco na Amazônia..................................................................................
3.2. Elaboração de Base de Dados relativos à infraestrutura local, uso do 9
solo, dados socioeconômicos para a composição da base de dados que
alimentará o modelo de Governança de Risco baseado na abordagem
Cross Scale Interplay....................................................................................
3.3. Elaboração da Base de Dados de Capacidade Institucional com base 10
nas estruturas governamentais existentes nos níveis federativos de
cada país da Bacia para a composição da base de dados que
alimentará o modelo de Governança de Risco baseado na abordagem
Cross Scale Interplay....................................................................................
3.4. Elaboração preliminar da Base de Dados acerca de eventos extremos 11
a partir de dados de Mudança Climática e Medidas de Adaptação
para a composição da base de dados que alimentará o modelo de
Governança de Risco baseado na abordagem Cross Scale
Interplay........................................................................................................
4. Estratégia Metodológica III - Análise documental dos impactos 14
das mudanças climáticas sobre a Governança de Risco das
comunidades na bacia do rio Purus incluindo a dimensão
transfronteiriça da Bacia.................................................................
4.1. Construção conjunta framework teórico a ser utilizado para a análise 14
documentada acerca de Medidas de mudança climáticas, ambientais,
dados econômicos, institucionais e políticos no na sub-bacia do rio
Purus.............................................................................................................
4.2. Análise da Base de Dados relativos a infra estrutura local, uso do solo, 16
dados socioeconômicos com base no framework teórico baseado na
abordagem Cross Scale Interplay...............................................................
4.3. Análise da Base de Dados de Capacidade Institucional com base no 17
framework teórico baseado na abordagem Cross Scale
Interplay........................................................................................................
4.4. Análise da Base de Dados acerca de eventos extremos a partir de 18
dados de Mudança Climática e Medidas de Adaptação analisados com
base no framework teórico baseado na abordagem Cross Scale
Interplay........................................................................................................
4.5. Divulgação dos resultados da Análise Documentada acerca das 19
mudanças climáticas, ambientais, dados econômicos, institucionais e
políticos na sub-bacia do rio Purus para os stakeholders da
Bacia..............................................................................................................
5. Estratégia Metodológica IV- Modelo Operacional de 22
Governança de Risco na Bacia do Rio Purus integrando dados
de Mudança Climática, Medidas de Adaptação e Resposta
Humana
com
base
na
Abordagem
Cross
Scale
Interplay.............................................................................................
5.1. Definição das variáveis de entrada e saída do modelo.............................
23
5.2. Definição dos conjuntos fuzzy e suas respectivas partições para cada 24
uma das variáveis de entrada e saída........................................................
5.3. Definição dos grupos de variáveis que respondam a um contexto 24
específico da representação da governança de risco................................
5.4. Criação da base de regras para a máquina de inferência fuzzy, 24
criando desta forma uma modelo parcial para cada conjunto de
variáveis........................................................................................................
5.5. Concluir o modelo de Governança de Risco baseado em medidas de 24
mudança climática, capacidade de adaptação e resposta humana para
a sub-bacia do Rio Purus, utilizando uma abordagem Cross Scale
Interplay...................................................................................
6. Índice do Relatório Final.................................................................
27
7. Cronograma....................................................................................... 30
8. Referências....................................................................................
33
1
Introdução
A Amazônia, enquanto território, adentrou o imaginário ocidental desde o século
XVIII como uma área de fronteira 1 marcada pela ideia de espaço vazio. Tal
compreensão permanece até os dias atuais, tanto nas concepções dos indivíduos que
migram para esse território quanto para os tomadores de decisão que operam nas
políticas públicas. (HEBETTE & MARIN, 1989; OLIVEIRA FILHO, 1999; LIMA &
POZZOBON, 2005; CASTRO, 2012). Ao mesmo tempo a região amazônica
caracteriza-se como uma das áreas do globo com maior diversidade e disponibilidade de
recursos naturais. Contudo, a qualidade desses recursos está ameaçada. As
externalidades espaciais provenientes da degradação do meio ambiente, que ocorrem em
diversas escalas, estabelecem interfaces com áreas menos urbanizadas criando uma
interdependência que demanda desenhos institucionais capazes de contemplar as
especificidades da região, de sua cultura política e de seu bioma. A Governança de
Risco nessa região é um fator importante para os stakeholders que ocupam a bacia.
Estratégias de adaptabilidade às mudanças climáticas são elemento fundamental nesse
contexto, e portanto, a Governança de Risco se constitui em um mecanismo essencial
para essa adaptabilidade.
Mesmo que em um cenário de realidades diferenciadas, a Amazônia ainda
continua sendo tratada de forma monolítica pelas políticas públicas dos governos dos
países que integram essa região. No entanto, essa área precisa ser vista e pensada a
partir de suas especificidades e, considerando o conjunto de interesses e diferenças
políticas e administrativas que envolvem áreas de fronteira internacional, as bacias
transfronteiriças demandam uma abordagem diferenciada, pois apresentam em caráter
mais intenso de contextos particulares. A calha do rio Purus pode ser tomada como uma
dessas áreas peculiares. Sua população, detentora de um saber específico para o trato da
natureza em um bioma peculiar, pode ser vista como uma população tradicional 2
vulnerável às mudanças climáticas.
1
A categoria fronteira é usada aqui em sua perspectiva clássica, ou seja, ocupação de áreas pouco
povoadas e que têm nesse processo de ocupação uma dinâmica social própria marcada pela ausência do
Estado e das regras institucionalizadas que normalmente orientam as ações dos atores sociais ( HÉBETTE
& MARIN , 1989).
2
Usa-se aqui a definição de Arruda (1997) para população tradicional ou sociedade tradicional, como
define o autor, esta refere-se “a grupos humanos culturalmente diferenciados que historicamente
reproduzem seu modo de vida, de forma mais ou menos isolada, com base em modos de cooperação
social e formas específicas de relações com a natureza, caracterizados tradicionalmente pelo manejo
Neste projeto, o conceito de Governança de Risco inclui a totalidade dos atores,
regras,
convenções,
processos e mecanismos envolvidos
nos processos de
adaptabilidade às mudanças climáticas e à resposta à eventos extremos. Nessa
abordagem, a comunicação é um fator de extrema importância. A relevância da
informação de risco na fase da coleta dos dados, na análise dos dados e na forma como
são comunicados e como as decisões de gestão são tomadas (IRGC, 2005; RENN, 2008;
VAN ALST et al., 2010) são elementos centrais no estabelecimento da Governança de
Risco.
Assim, a proposta aqui apresentada busca inserir no contexto de adaptabilidade
humana às mudanças climáticas, um modelo de Governança de Risco em áreas remotas
da Bacia Amazônica, no caso em tela, na Bacia do Rio Purus, apresentada na figura a
seguir.
Figura 1 - Localização da Sub-Bacia do Rio Purus, na região transfronteiriça Brasil, Bolívia e Peru.
Fonte: IBGE e MCA, modificado pelo autor.
sustentado do meio ambiente. Essa noção se refere tanto a povos indígenas quanto a segmentos da
população nacional que desenvolveram modos particulares de existência, adaptados a nichos ecológicos
específicos (p. 15).
2
2.1
Estratégia Metodológica I - Formação de Equipe
Seleção dos profissionais com habilidades interdisciplinares para a
montagem do modelo de Governança de Risco
A formação da equipe atenderá as exigências interdisciplinares do projeto. Serão
selecionados candidatos através de TdRs elaborados a partir das necessidades de cada
um do produtos que irão compor o modelo de Governança de Risco baseado na
abordagem Cross Scale Interplay. Os profissionais pertencentes à equipe e responsáveis
pela execução do projeto também participarão de uma oficina para o nivelamento de
todos os participantes nas abordagens Cross Scale Interplay e Risk Governance. Este
nivelamento terá como objetivo a incorporação das premissas teórico-metodológicas
perfiladas no projeto aos produtos que irão compor o relatório final produzidos por
esses profissionais. Enquanto estratégia para a formação da equipe, serão selecionados
profissionais das áreas das ciências exatas e naturais (georreferenciamento, hidrologia,
clima, inteligência computacional) e da área das humanidades (antropologia, sociologia,
ciência política e comunicação).
Na seleção, em função da área de drenagem da Bacia do Purus serão
necessariamente selecionados profissionais dos dois países que compõem a área de
drenagem dessa bacia, a saber: Peru e Bolívia.
2.2
Seminário de nivelamento teórico
A abordagem Cross Scale Interplay parte do pressuposto de que a
interdependência caracteriza os sistemas ecológicos, institucionais e interpreta os
problemas circunscritos a esses sistemas como problemas de ação coletiva de dimensões
globais. Os estudos sobre a interação homem/meio ambiente têm sido instrumentais
para a discussão relativa à Governança de Risco e buscam promover entre os Estados
Nacionais novos arranjos institucionais como saída para os dilemas presentes nesse tipo
de interação (YOUN, 2000; SMITH & THOMÉ, 2005; RENN, 2005, 2008).
As formas por meio das quais as externalidades promovem movimentos de
coletivização de problemas oriundos da ação humana, são relevantes nas discussões
acerca de Governança de Risco (Klink & Renn, 2002; Renn 2005, 2008; Berkes, 2009),
assim a adoção da Cross Scale Interplay como metodologia integradora para a
elaboração do modelo de Governança de Risco se faz fundamental. As dificuldades que
se apresentam nos estudos acerca da interdependência que caracteriza os recursos
naturais e as instituições são exatamente o que Oran Young define como Cross Scale
Interplay (YOUNG, 2000 e 2002, WANCZURA et al., 2006). Quando a coletivização
de problemas relacionados a riscos passa a ter dimensões globais, a arena política para
definir as políticas para esse recurso é dada pela interação de diversas escalas: tanto as
que se originam e se definem no nível local e regional como aquelas que passam a
interagir com a arena internacional. Além dessa interação, deve ser considerada a
interface entre as características físicas dos fenômenos que interferem ou que fazem
parte do evento de risco propriamente dito.
Assim, as especialidades dos profissionais que irão desenvolver os produtos na
perspectiva interdisciplinar deste projeto, voltado à análise da influência das mudanças
climáticas num modelo de Governança de Risco, requer que os mesmos, que
representam disciplinarmente as diversas escalas que compõem a abordagem Cross
Scale Interplay (as escalas físicas, humana e institucional), tenham como ferramenta
interdisciplinar o treinamento nessa abordagem.
Quadro sinóptico da Estratégia Metodológica 1
Ação
Indicadores
Quantitativos
Qualitativos
TdrS em
2.1 Elaboração dos
Descrição
georreferenciamento,
TdRs para cada
dos produtos
hidrologia,
clima,
especialidade
de cada um
inteligência
referente à cada
dos
computacional
e
TdR’s
escala do modelo de
especialistas
Governança de Risco m antropologia,
de forma
sociologia, ciência
detalhada
política, comunicação
2.2 Seminário interno Framework inicial
Descrição de
para nivelamento dos para abordagem e
todas as
expertises de cada
montagem do modelo categorias
área(escala) do
pertencentes
modelo
ao
framework
Estratégia
Indicar nos TdRs de cada
especialidade a necessidade
de treinamento na abordagem
Cross Scale Interplay como
mecanismo de seleção do
perfil profissional da equipe

Realizar Reuniões
preparativas para o seminário
principal
 Realizar o Seminário de
nivelamento na Abordagem
Cross Scale InterPaly e Risk
Governance

3
3.1
Estratégia Metodológica II- Medidas de mudança climáticas,
ambientais, dados econômicos, institucionais e políticos da subbacia do rio Purus consolidados
Revisão da literatura acerca de mudanças climáticas, ambientais, dados
econômicos, institucionais e políticos na sub-bacia do rio Purus para compor
o quadro de abordagens existentes da avaliação de risco na Amazônia
Esta revisão não se constitui em uma etapa trivial, principalmente no que tange a
mudanças climáticas e adaptação na Amazônia, sobre essa temática a região em apreço
carece de maior número de produção organizada e sistematizada. Não existem muitas
evidências no conjunto de dados acerca de ações de adaptação que contemplem as
populações vulneráveis, incluindo populações indígenas e tradicionais no conjunto da
produção literária acerca da adaptação às mudanças climáticas. Além disso, poucos
estudos descrevem o desenvolvimento de planos de adaptação específicos para
representar riscos significativos fora dos atualmente experimentados, o que será
necessário em regiões, como a Amazônia, onde há expectativas de alterações nas
condições climáticas. (FUSSEL, 2007; FORD JD,2011; BERRANG-FORD L, 2011). A
seleção dos artigos para a adoção dos dados e das abordagens será feita a partir do
modelo de revisão de literatura proposto por Berrang-Ford L (2011).
3.2
Elaboração de Base de Dados relativos a infra estrutura local, uso do
solo,dados socioeconômicos para a composição da base de dados que
alimentará o modelo de Governança de Risco baseado na abordagem Cross
Scale Interplay
A coleta desses dados se realizará através de bases de dados como os Censos do
IBGE, nas Associações de Municípios dos Estados, nas Instituições que produzem
Dados Ambientais (como algumas ONG’s) e de Regulação Ambiental. No Peru e na
Bolívia, além das Agências Reguladoras das questões ambientais dos países que
integram a Bacia do Purus, serão levantados dados também em viagem de campo que
contemplarão a dimensão transfronteiriça da Bacia do Purus. Assim, para o
levantamento de dados acerca da infraestrutura local serão realizadas duas viagens de
campo que obedecerão a dinâmica de enchente e vazante do rio e também as condições
climáticas da região. Nesse sentido, parte dessa viagem será realizada na área de várzea
da Bacia, no trecho entre as cidades de Beruri (AM) e Lábrea (AM) e outra parte que
compreende o trecho não navegável por embarcações de médio calado, entre os
municípios de Pauini (AM) e Santa Rosa do Purus (AC). Para este último trecho será
usada uma logística que associa o uso de uma aeronave monomotor que faz o percurso
de uma cidade a outra cidade somada a barcos de pequeno calado, como canoas
operadas com motor de popa denominadas voadeiras, para visita dos arredores das sedes
dos municípios.
Acre e Amazonas detêm em suas áreas os nove municípios que, em território
brasileiro, compõem a calha do rio Purus. Dessa forma, em uma embarcação de médio
calado a equipe de pesquisa subirá e descerá por duas vezes o rio no percurso Lábrea
(AM)/Beruri(AM) o que totalizará mais de um mês de pesquisa de campo para
identificação tanto da infra-estrutura como também para a coleta de dados
socioeconômicos. À embarcação principal serão agregadas mais quatro embarcações
menores, conhecidas localmente como voadeiras, que permitirão à equipe entrar nos
lagos e igapós que se formam entre os períodos de enchente e a vazante do rio. Para o
percurso ente os municípios de Pauini (AM)/Santa Rosa do Purus (AC) a equipe fará a
coleta de dados em uma aeronave monomotor, visitando os municípios que compõem a
calha do rio Purus na área onde a navegação encontra-se limitada pela profundidade do
rio. Nesse último percurso, após os trabalhos nas sedes municipais a equipe se deslocará
em voadeiras até as comunidades mais próximas para a continuidade da coleta de dados
quantitativos que permitirão a construção de um quadro aproximado sobre a dinâmica
do rio e a ação antrópica nele encontrada.
Nas áreas transfronteiriças com Peru e Bolívia, a dinâmica de viagem de campo
será semelhante à realizada em território brasileiro, onde o bioma de várzea alagada não
é predominante demandando, assim, a mesma lógica das viagens de campo realizadas
onde o rio não comporta a navegação de médio calado.
Como descrito, a dinâmica da viagem de campo mostra-se complexa, mas está
planejada de forma a proporcionar também a aproximação com os stakeholders da
Bacia. Tanto a viagem de campo para verificar as formas de acesso e uso da terra pelas
populações que estão situadas na calha do rio Purus, quanto as informações da imagem
de satélite permitirão a montagem da base de dados com as informações necessárias
para a montagem do modelo de Governança de Risco.
3.3
Elaboração da Base de Dados de Capacidade Institucional com base nas
estruturas governamentais existentes nos níveis federativos de cada país da
Bacia para a composição da base de dados que alimentará o modelo de
Governança de Risco baseado na abordagem Cross Scale Interplay
A coleta dos dados, relativos à capacidade institucional dos municípios para a
composição de elementos geradores da base de dados para a construção do modelo de
Governança de Risco baseado na abordagem Cross Scale Interplay, será realizada
levando em consideração o modelo desenvolvido por Ravena-Cañete et al. (2010) e
Ravena et al (2011). No modelo em questão a capacidade institucional é interpretada a
partir da Lógica Fuzzy que permite classificar os municípios a partir da sua capacidade
de implementar e gerir políticas públicas. A Capacidade Institucional entrará como
input do modelo de Governança de Risco. A viagem de campo descrita no item 3.3 será
também a base para a coleta de dados dos municípios que estão incluídos na área de
drenagem da Bacia do Purus, inclusive na dimensão transfronteiriça. Com a viagem de
campo será possível realizar grupos focais com os tomadores de decisão que operam no
nível local. A técnica de grupo focal como estratégia metodológica para maximização e
consolidação das informações relativas à administração local é eficiente e permite
também que sejam construídos os mecanismos para o envolvimento dos stakeholders
nos processos de Governança de Risco. Nas sedes municipais o grupo focal reunirá
técnicos da gestão dos municípios, ao mesmo tempo em que entrevistas com lideranças
locais e representantes de movimentos sindicais serão realizadas.
3.4
Elaboração preliminar da Base de Dados acerca de eventos extremos a partir
de dados de Mudança Climática e Medidas de Adaptação para a composição
da base de dados que alimentará o modelo de Governança de Risco baseado
na abordagem Cross Scale Interplay
A natureza e a gravidade dos impactos da mudança climática dependem não só
de eventos extremos, mas também da exposição e da vulnerabilidade das populações a
esses eventos. Na Amazônia, a ocorrência desses eventos se associa agora à velocidade
das Mudanças Climáticas de escala global, que impõem o planejamento para a
Governança de Risco. Na literatura acerca de Mudanças Climáticas a mitigação tem
maior destaque em relação à adaptação e ao planejamento desta (FUSSEL, 2007).
Coleta de dados acerca de eventos extremos e sua associação a estados de
calamidade pública e de situação de emergência em bases de dados da defesa civil
estadual e nacional, associados a dados de cobertura vegetal, de clima e extremos
climáticos provocados por El Niño e La Niña na região da Bacia do Purus coletados no
INPE e no PBMC (Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas) alimentarão a base de
dados relativos a mudança climática para o modelo de Governança de Riscos. A coleta
de dados acerca da Mudança Climática se associará aos demais bancos de dados no
modelo operacional baseado na abordagem Cross Scale Interplay que modelará os
dados de diversas escalas utilizando a Lógica Fuzzy. Daí porque eventos extremos irão
se associar com a avaliação da capacidade institucional dos municípios da Bacia do
Purus para lidar com estes eventos. O quadro abaixo permite visualizar de forma ampla
a proposta aqui apresentada.
Quadro Sinóptico da Estratégia Metodológica II
Ação
Indicadores
Quantitativos
Qualitativos
3.1-Revisão da
Número de estudos
Quadro de
literatura acerca de
acerca de Risco
abordagens
Medidas de mudanças realizados na
existentes da
climáticas,
Amazônia
avaliação de
ambientais, dados
risco na
econômicos,
Amazônia
institucionais e
políticos no na subbacia do rio Purus
3.2-Elaboração de
Base de dados da
Descrição da
Base de Dados
infraestrutura local,
infraestrutur
relativos à
uso do solo e dados
a, do uso do
infraestrutura local,
socioeconômicos
solo e das
uso do solo, dados
atividades
socioeconômicos
econômicas
3.3-Elaboração da
Base de Dados com
Stakeholders
Base de Dados de
número de habitantes, identificados
Capacidade
e instituições na Bacia, através de
Institucional com
por nível federativo
descrição de
dados relativos à
cada um dos
capacidade
atores que
institucional dos
estão
municípios para a
presentes na
governança de riscos.
bacia nos
Identificação de
níveis
stakeholders
federativos
de todos os
países.(Brasi
l, Bolívia e
Peru)
3.4-Elaboração da
Base de dados de
Quadro
Base de Dados acerca eventos extremos, com informativo
de eventos extremos a dados acerca da
da área
partir de dados de
frequência, localização
Mudança Climática e e impactos
Medidas de
Estratégia
Acessar dados secundários
em banco de Dados das
Instituições Governamentais,
de Pesquisa e de Ensino

Treinamento para a coleta
de dados que ocorrerá
simultânea à viagem de
campo para identificação de
infraestrutura que não consta
nas fontes secundárias
 Contatar as comunidades
em viagem de campo em toda
a extensão da Bacia do Rio
Purus
 Definir estratégias de
participação
 Estreitar contatos com
instituições no nível local



Treinamento de equipe
Coleta de dados
Adaptação com coleta
de dados acerca de
estados de
calamidade pública e
de situação de
emergência em Bases
de dados da defesa
civil estadual e
nacional, INPE,
PBMC
4
Estratégia Metodológica III - Análise documental dos impactos das
mudanças climáticas sobre a Governança de Riscos das
comunidades na bacia do rio Purus incluindo a dimensão
transfronteiriça da Bacia
A análise das bases de dados produzidos na Estratégia Metodológica II será
realizada a partir de duas formas complementares: a visão do especialista da área
associada à abordagem Cross Scale Interplay. Assim, é necessário avaliar questões que
vão desde a relação entre mudança climática, condições climáticas extremas e
"extremos climáticos" para compreender as implicações desses eventos para as
comunidades locais e para o desenvolvimento sustentável, até o que essas implicações
significam nas escalas nacional, regional e local dos países que integram a área de
drenagem da Bacia do Rio Purus. A avaliação deve integrar fatores climáticos,
ambientais e humanos que podem levar a impactos e desastres e não somente descrever
a natureza dos dados. Articulada ao ítem 3.1 da Estratégia Metodológica II, a análise
documentada irá proporcionar ao Modelo Integrado de Governança de Risco, apoiado
na abordagem Cross Scale Interplay, os insumos para sua construção.
4.1
Construção conjunta framework teórico a ser utilizado para a análise
documentada acerca de Medidas de mudança climáticas, ambientais, dados
econômicos, institucionais e políticos no na sub-bacia do rio Purus
Cabe aqui uma explanação da abordagem Cross Scale Interplay. Essa
abordagem se inicia ainda na discussão acerca de Commom Poll Resources, que foi
inaugurada por Elinor Ostrom nos anos de 1990, ganhando ao final dessa década
consistência teórica. Esses estudos baseavam-se na ocorrência da interdependência que
caracteriza os sistemas ecológicos e interpretavam os problemas circunscritos a esses
recursos como problemas de ação coletiva de dimensões globais e apontavam novos
arranjos institucionais como saída para os dilemas presentes nesse tipo de interação
(KEOHANE & OSTROM, 1995; YOUNG, 1999, 2000).
As questões de escala e de interdependência são apontadas como elementos de
coletivização de adversidades mesmo antes da emergência da teoria de Common Pool
Resources se consolidar.
Ainda em 1988, Abraham De Swaan, na interpretação das externalidades e da
interdependência e sua conexão com as questões ambientais apresentou um caminho
teórico interessante para entender os arranjos institucionais atuais que buscam
implementar desenhos voltados à articulação entre o global e o local. Em sua análise, a
interpretação acerca da coletivização das externalidades é o ponto central que permite a
extensão dessa abordagem à discussão da Governança Ambiental.
Para De Swaan (1988), a existência de externalidades ou adversidades, difíceis
de ser solucionadas por meio de uma estratégia de exclusão dos atores que as
promovem, finda por promover a coletivização do problema. Dessa forma, a
coletivização é um mecanismo ex-post. Diferentemente da clássica abordagem de
(OLSON, 1965), a ação coletiva surge dos efeitos de um fenômeno e não da busca de
constituição de um bem público.
Na abordagem de De Swaan (1988) que toma a ação coletiva como um
mecanismo ex-post, a questão que se coloca está relacionada a problemas de escala. A
incerteza quanto à dimensão e aos efeitos das externalidades que ocorrem em larga
escala pode ser controlada de forma mais efetiva, nas grandes entidades coletivas3.
O que parece distinto na sua arguição é a natureza e a solução para dilemas de
ação coletiva inseridos no contexto apresentado. De Swaan (1988) aponta a coerção
mútua - ou a confiança mútua - como o elemento central na capacidade de solucionar
dilemas próprios de grandes grupos. Ora, aqui se coloca uma questão-chave da teoria da
ação coletiva (OLSON, 1965): confiança mútua é um resultado da interação que ocorre
em pequenos grupos, principalmente por meio das evidências de comportamento
(noticeable). Mas a interpretação proposta por De Swaan (1988) é bastante clara: o
processo de urbanização e suas externalidades iniciaram um movimento de
coletivização das adversidades em que o tratamento destas, era operacionalizado de
forma mais eficaz nos grandes corpos coletivos.
De certa forma, De Swaan acredita que a ampliação da rede social,
necessariamente, incorporou à interação social uma lógica individual na qual o medo
funciona como elemento catalisador da coletivização das externalidades. Contudo, a
questão relativa à ocorrência de grandes corpos coletivos para o controle das
adversidades persiste na sua argumentação. Para o autor, determinadas conjunturas que
envolvem níveis de organização política mais ampla necessitam do estabelecimento de
regras que incluam todos os envolvidos. A contaminação de recursos hídricos ou do ar,
3
Conforme aponta De Swaan: Uncertainty of moment and magnitude and uncertainty of of effect may be
managed more effectively in large-scale, collective entities. (DE SWAAN, 1988, p. 7). Esta observação
se insere na discussão que o autor faz acerca do processo de coletivização das adversidades e
externalidades oriundas de epidemias na Europa.
eventos extremos como secas ou enchentes, por exemplo, num determinado local, se
externalizam espacialmente transferindo custos de uma área para outra e os problemas
de ação coletiva redimensionam-se passando do nível local, regional e nacional de
organização política para o nível internacional.
No entanto, a cunhagem do termo Cross Scale Interplay para essa abordagem é
realizada por Oran Young (1990, 2000).
Para Young, as externalidades promovem movimentos de coletivização de
problemas oriundos da ação humana e de eventos extremos que muitas vezes
independem dessa ação.( BERKES et al 2000). As dificuldades que se apresentam nos
estudos acerca da interdependência que caracteriza os eventos tanto da ação humana
sobre recursos naturais ou mesmo da dinâmica intrínseca a fenômenos naturais são
exatamente o que Oran Young define como Cross Scalling Interplay (YOUNG, 2000 e
2002), ou seja, quando a coletivização de problemas oriundos de eventos decorrentes da
utilização de determinados recursos naturais ou decorrentes de eventos extremos atinge
indiscriminadamente escalas espaciais diversas como a global, regional e local. Assim,
também a arena política para definir as políticas para esse recurso é dada pela interação
de diversas escalas: tanto as que se originam e se definem no nível local, regional e
nacional como aquelas que passam a interagir com a arena internacional. Além dessa
interação, deve ser considerada a interface entre as características físicas dos recursos e
dos eventos que interferem ou que fazem parte do recurso ou fenômeno natural
propriamente dito.
Esta abordagem será discutida, de forma sistemática e integrada, pela equipe de
expertises de cada área do conhecimento recrutada e após as sessões de trabalho
realizadas em um seminário conjunto para a elaboração do framework, este produto se
constituirá na abordagem para que sejam realizadas as análises documentadas dos
bancos de dados já elaborados.
4.2
Análise Base de Dados relativos a infra estrutura local, uso do solo, dados
socioeconômicos com base no framework teórico baseado na abordagem
Cross Scale Interplay
A discussão acerca da relação entre Risco e Infra Estrutura já está presente nas
preocupações acerca do manejo de risco. A dependência das populações mais pobres da
infra-estrutura governamental é tomada como pressuposto para análise da inportância da
adptação dessa população a alterações que ocorrem na infra-estrutura após a ocorrência
de eventos extremos (FREEMAN & WARNER, 2001; BICKNELL, 2009). Já a
adaptação à eventos extremos, em países em desenvovlimento, compete com outras
questões, principalmente aquelas ligadas ao desenvolvimento como, por exemplo, o
aumento do PIB, a distribuição de renda, a sáude e a eduação. Na Amazônia, essas
questões não são triviais, ao menoss no atual cenário de estratégias desenvolvimentistas
lideradas pelo Brasil. O país tem atuado como Global Player no cenário mundial e como
indutor de estratégias de desenvolvimento e integração na América Latina. Peru e
Bolívia são países que se associam à esses paradigmas de desenvovlimento.
É, portanto, fundamental identificar a diversidade de usos do solo na Bacia do
Purus enquanto estratégia para compreender em que medida esta é uma variável
determinante no modelo de Governança de Risco proposto por este projeto. Uma vez
considerada a característica da população que se encontra na Bacia, que em estudos
anteriores já se apresenta fortemente próxima ao paradigma de população tradicional
(RAVENA et al., 2011) é importante mapear e compreender o uso do solo por estas
populações e saber de que forma a adaptação a eventos extremos resultantes da
mudança climática devem ser adotados no modelo tendo em conta essa característica da
população. Os modelos de análise de uso do solo na Amazônia apontam como
importante fato de análise as formas específicas como as populações amazônicas
acessam e usam o solo (MORAN, 1991; LIMA & POZZOBON, 2005). Juntamente a
análise de uso do solo, os dados socioeconômicos irão possibilitar que esta base de
dados, então analisada, forneça subsídios para o modelo de Governança de Risco.
4.3
Análise da Base de Dados de Capacidade Institucional com base no
framework teórico baseado na abordagem Cross Scale Interplay
AlphO conceito de capacidade institucional foi elaborado a partir de duas
perspectivas teóricas complementares: a capacidade do Estado e da análise institucional.
De acordo com Skocpol (1990), a capacidade do Estado é a forma como as unidades
federativas apresentam capacidade para implementar as metas oficiais, mesmo em
contextos de contenda com grupos sociais opositores, ou em face de circunstâncias
econômicas difíceis. Numa perspectiva realista, Skocpol pontua que a Capacidade
Institucional permite aos Estados, e aos grupos dirigentes, realizar sua própria vontade
contra os grupos dissidentes e / ou interesses especiais. Numa abordagem mais voltada à
perspectiva cooperativa e gerencial, Howitt (1977), chama de "capacidade de gestão" a
maneira pela qual um governo local demonstra sua capacidade de identificar problemas,
desenvolver e avaliar alternativas de políticas, e operar programas de governo. A
capacidade institucional é a capacidade de realizar determinadas funções. Quanto à
capacidade institucional na abordagem voltada aos governos locais e sua autonomia, a
capacidade de gerir localmente seus problemas de forma autônoma é um fator
importante (LINDLEY, 1975). De acordo com Lindley, capacidade institucional coloca
a intencionalidade e a vontade de agir como elementos fundamentais na forma através
da qual um governo local implementa os objetivos. Assim, o elemento norteador do
conceito de capacidade institucional aponta: o fim (ns) a seguir, a intenção de agir, e
capacidade de agir.
Evans (1995) destaca que envolver os atores sociais na implementação de
estratégias de desenvolvimento guiadas pela ação do Estado é crucial para compreender
e acessar informações sobre os objetivos dos atores envolvidos. Evans discute a questão
da co-produção das capacidades do Estado nas políticas de desenvolvimento revelando
os resultados subótimos dos investimentos do Estado quando este implementa
estratégias de desenvolvimento baseadas na não co-produção. Evans utiliza as
abordagens de Elinor Ostrom (1990) acerca da necessidade de que os dos modelos de
desenvolvimento sejam desenhados a partir da co-produção pelos atores interessados.
Essa perspectiva é bastante eficaz para a compreensão do papel das instituições em um
modelo de Governança de Risco e instrumental na análise da base de dados.
4.4
Análise da Base de Dados acerca de eventos extremos a partir de dados de
Mudança Climática e Medidas de Adaptação analisados com base no
framework teórico baseado na abordagem Cross Scale Interplay
A literatura que trata das opções para gerenciar os riscos de impactos e
catástrofes, e do papel importante que fatores não climáticos desempenham na
determinação de impactos é profícua e há uma necessidade de que se utilize modelos de
análise mais consistentes (FORD et al 2011). A adaptação às mudanças climáticas
também deve abordar mudanças graduais comumente experimentadas, como as que
ocorrem em decorrência dos eventos extremos. Os impactos das mudanças climáticas no
aumento das secas e inundações, furacões mais fortes e inundações claramente
representam níveis mais elevados de risco de desastres. Esta questão envolve um
cenário permeado por incertezas. No entanto, há necessariamente de haver um
planejamento para a adaptação planejada para a mudança climática. Assim a
Governança de Riscos enquanto modelo de adaptação denota ações empreendidas para
reduzir os riscos associados às mudanças climáticas globais. A diversidade de contextos
de adaptação implica em que não há uma única abordagem para a avaliação,
planejamento e implementação de medidas de adaptação. Avaliações de adaptação
devem ter flexibilidade e aplicar diferentes abordagens metodológicas para produzir um
conhecimento que é relevante em uma determinada decisão em um contexto específico.
(ARNELL, 2010; TOMPKINS et al., 2010; BERRANG-FORD et al., 2011). As
ligações entre adaptação e desenvolvimento, para países em desenvolvimento, são
discutidas por Smith et al (2003) e Agrawala (2005) e para ambos, a vulnerabilidade
está diretamente associada à propensão a riscos. No caso de desastres naturais, há uma
intensificação da vulnerabilidade das população nos países em desenvolvimento
(HANDMER, 2005) e nesse sentido, a mudança climática tem tido pouca importância
nestes contextos.
A análise dos dados acerca de mudança climática, com foco em eventos
extremos na Bacia do Purus, será realizada levando em conta a abordagem Cross Scale
Interplay numa perspectiva de compreensão desses dados como alimentadores do
modelo de Governança de Risco.
4.5
Divulgação dos resultados da Análise Documentada acerca mudança
climáticas, ambientais, dados econômicos, institucionais e políticos na subbacia do rio Purus para os stakeholders da Bacia.
A questão da divulgação dos dados iniciais da pesquisa atende o que tem sido
apontado na literatura acerca de Mudanças Climáticas e Riscos como essencial para a
Governança de Riscos: o compromisso dos stakeholders a partir do conhecimento e
aceitação da existência das Mudanças Climáticas e a ação no planejamento de medidas
de adaptação (BERKES et al., 2000; HULME, 2007).
O envolvimento dos stakeholders e a utilização de grupo focal como estratégia
simultânea de divulgação de conhecimento acerca das Mudanças Climáticas e
estabelecimento de compromissos com a Governança de Riscos é um recurso
estratégico para delinear a governança em bases locais na Bacia do Rio Purus. É
importante destacar, ainda, que a associação entre conhecimento científico e respostas
para a Governança de Risco nem sempre ocorre quando há uma deficiência no fluxo
informacional acerca da ocorrência de Eventos Extremos originados pela Mudança
Climática. (LORENZONNI et al., 2007; RENN, 2008). A divulgação dos dados, em
escala nacional e transfronteiriça, acompanhada das escalas regional e local, será feita a
partir da utilização de grupo focal, nas diversas cidades que se localizam na Bacia do
Purus. Esta técnica, entre outras vantagens, permite o preenchimento de lacunas acerca
do conhecimento necessário à Governaça de Risco.
Assim, as viagens de campo suprem as necessidades de divulgação com os
stakeholders localizados na Bacia. No nível regional e nacional serão realizados
seminários para a divulgação dos dados em instituições governamentais dos demais
níveis federativos. O quadro a seguir permite uma visualização geral sobre o exposto.
Quadro Sinóptico da Estratégia Metodológica III
Ação
Indicadores
Quantitativos
Qualitativos
4.1 Construção
Framework construído Descrição do
conjunta do
para equipe utilizar
Framework e
framework teórico a junto a cada uma das de cada uma
ser utilizado para a
especialidades para a das
análise documentada análise para a
especialidades
acerca de medidas de composição da
para a análise
mudanças climáticas, Governança de Risco.
ambientais, dados
econômicos,
institucionais e
políticos no na subbacia do rio Purus
4.2 Análise da Base Análise documentada Quadro com as
de Dados relativos a da infraestrutura local, atividades
infra estrutura local, do uso do solo e dos
econômicas
uso do solo,dados
dados
relevantes da
socioeconômicos com socioeconômicos
Bacia do Purus
base no framework
teórico baseado na
abordagem Cross
Scale Interplay
4.3 Análise da Base
Análise documentada Estruturas
de Dados de
da capacidade
governamentais
Capacidade
Institucional dos
para a
Institucional com
municípios e outras
implementação
base no framework
estruturas locais da
da Governança
teórico baseado na
Bacia do Rio Purus
de Risco
abordagem Cross
presentes na
Scale Interplay
bacia nos níveis
federativos de
todos os países.
4.4 Análise da Base
de Dados acerca de
Dados acerca de
desastres, Mudança
Quadro com a
frequência,
Estratégia
Realizar sessões de
trabalho conjuntas para
estabelecer as interfaces
entre cada especialidade
relativa aos Bancos de
Dados Consolidados e a
abordagem Cross Scale
Interplay

Utilização do
framework teórico baseado
na abordagem Cross Scale
Interplay na análise em
conjunto com a literatura
de cada uma das áreas
científicas que
alimentaram esta base de
dados.
 Utilização do
framework teórico baseado
na abordagem Cross Scale
Interplay na análise, em
conjunto com a literatura
acerca da capacidade
institucional e políticas
públicas, que caracterizou
a coleta de dados que
alimentaram esta base de
dados.
 Utilização do
framework teórico baseado

eventos extremos a
partir de dados de
Mudança Climática e
Medidas de
Adaptação analisados
com base no
framework teórico
baseado na
abordagem Cross
Scale Interplay
4.5 Divulgação dos
resultados da análise
documentada acerca
mudança climáticas,
ambientais, dados
econômicos,
institucionais e
políticos na subbacia do rio Purus
para os stakeholders
da Bacia.
Climática e Medidas
de Adaptação, dos
eventos de calamidade
pública e de situação
de emergência
analisados
localização e
impactos
identificados na
coleta para a
base de dados.
na abordagem Cross Scale
Interplay na análise, em
conjunto com a literatura
acerca d e Avaliação de
Eventos Extremos,
Mudança Climática,
Medida de Adaptação,
Risco e Governança de
Risco que caracterizou a
coleta de dados que
alimentaram esta base de
dados
Contatar
Mobilização
 Aplicar a técnica de
aproximadamente
das
grupo focal como
todas as comunidades comunidades da estratégia metodológica
da calha do Rio Purus, área do projeto para maximização e
os tomadores de
para
consolidação das
decisão nos níveis
Governança de informações relativas à
regional e local da
Risco
análise documentada dos
Bacia
dados de mudança
climáticas, ambientais,
dados econômicos,
institucionais e políticos
 Realizar seminário para
legitimação dos resultados
e envolvimento das
comunidades contempladas
com o modelo de
Governança de Riscos
 Estabelecer graus de
aproximação junto aos
stakeholders para
comprometimento com o
Modelo de Governança.
5
Estratégia Metodológica IV- Modelo Operacional de Governança
de Risco na Bacia do Rio Purus integrando dados de Mudança
Climática, Medidas de Adaptação e Resposta Humana com base na
Abordagem Cross Scale Interplay
Nos últimos anos as pesquisas em Governança de Risco têm crescido muito.
Entretanto, o desafio da maioria dos estudos é identificar em que medida as dinâmicas
sociais são incorporadas nos modelos de avaliação e como estes
estudos são
incorporados em um processo social destinado a garantir a Governança de Risco. A
maioria das pesquisas tem se concentrado apenas em avaliações de medidas físicas da
mudança climática e nas medidas de adaptação. Questões como comunicação e
capacidade isntitucional para implementação da Governança de Risco tem sido pouco
exploradas
nas
abordagens
acerca
da
adaptação
às
mudanças
climáticas
(CUTTER,1996; RENN, 2008, VAN AALST et al., 2010). O modelo operacional aqui
proposto tem um caráter pragmático e opera um modelo de Governança de Risco a
partir da complexidade existente na confluência de escalas. A comunicação, nesse
contexto, é fundamental. Nesse sentido, ela se apresenta como o primeiro passo para
que a cognição acerca do risco se instale como mecanismo de aderência dos
stakeholders a implementação de um modelo de Governança de Risco. (GROTHMANN
&PATT, 2005; VAN AALST et al., 2008; RENN, 2008).
Assim, é importante compreender qua a área de estudo deste projeto se enquadra
dentro da realidade das desigualdades regionais que marcam o federalismo brasileiro e
das que atingem também Peru e Bolívia. Na área da bacia do Purus pertencente ao
Brasil e na região transfronteiriça com o Peru, estudos preliminares (RAVENA et al.,
2010; RAVENA-CAÑETE et al., 2011) identificaram uma região caracterizada por
baixos níveis de desenvolvimento econômico e social, baixos níveis de tecnologia,
informação deficiente, infra-estrutura precária e instituições com baixo grau de
autonomia de gestão. Essa característica torna a população que ocupa essa bacia
altamente vulnerável a desastres originados pela mudança climática, como aponta a
literatura que caracteriza adaptabilidade a mudanças climáticas e Governança de Risco
(SMIT & PILIFOSOVA, 2001; VAN AALST et al., 2008; CARDONA, 2012).
As propostas para uma Governança de Risco que possa minimamente ser levada
a cabo no nível regional e local, devem ter em conta que o nível mais propício ao
levantamento de informações acerca das características dos impactos de eventos
extremos, é a comunidade (SMIT & PILIFOSOVA, 2001; VAN AALST et al., 2008;
CARDONA, 2012). É nesse nível também que podem ser realizadas as alianças mais
estreitas e eficazes com os interessados na adaptação e na prevenção de riscos com a
ocorrência de eventos extremos (VAN AALST et al., 2008).
O modelo operacional de Governança de Risco para sub-bacia do Rio Purus será
desenvolvido utilizando a técnica de inteligência computacional denominada de lógica
fuzzy (nebulosa) (ZADEH, 1965; RUSSEL & NORVIG, 1995; WANG, 1997; LUGER,
2004).
A lógica fuzzy estende a representação do raciocínio bi-valorado para um
raciocínio multi-valorado, diferenciando-se da lógica clássica. Assim, permite o
tratamento do conhecimento incerto, utilizando métodos e princípios do raciocínio
humano, onde a busca pelo significado da informação, não requer a nitidez
proporcionada, e nem sempre disponível, da lógica formal. (LUGER, 2004; WANG,
1997; RUSSEL e NORVIG, 1995; RAGIN,1983,2008). Assim, esta ferramenta
permitirá que as diversas escalas envolvidas no modelo de Governança de Risco a ser
construído compartilhem uma linguagem comum.
Associado a Lógica Fuzzy, será utilizado o framework de Governança de Risco
baseado na abordagem Cross Scale Interplay resultante da ação 4.1.
O framework de Governança de Risco do IRGC(2005), também apoiará a
construção do modelo integrado de Governança de Risco para a Bacia do Purus. O
IRGC(2005), fornece um direcionamento para o desenvolvimento de estratégias de
gestão e avaliação, abrangentes para tratar riscos. Apesar desse modelo apresentar um
enfoque global, será realizado, no modelo integrado de Governança de Risco para a
Bacia do Purus, uma adequação para uma escala local que atenda as peculiaridades da
região de drenagem dessa sub-bacia. Um dos aspectos importantes do framework do
IRGC não é apenas a integração de aspectos científicos, econômicos, social e cultural,
que ele possibilita, mas também sua capacidade em desenvolver o comprometimento
dos stakeholders, que é um dos aspectos fundamentais para o estabelecimento da
Governança de Risco.
5.1
Definição das variáveis de entrada e saída do modelo
Como um dos procedimentos para a construção do modelo de Governança de
Risco, a equipe fará a definição das variáveis de entrada e saída. Essas variáveis são
definidas pelos especialistas de cada área incorporando no processo de escolha o que
aponta o framework de Governança de Risco baseado na abordagem Cross Scale
Interplay criado pela equipe. A escolha das variáveis obedecerá o que foi estabelecido
inicialmente na ação 2.2 da Estratégia Metodológica I articulada à ação 4.1
da
Estratégia Metodológica III.
Estas ações foram definidas para que o treinamento da equipe na abordagem
Cross Scale Interplay e a construção conjunta do framework teórico,
tenha uma
aplicação em todas as fases de construção do modelo, principalmente na fase de seleção
de variáveis. Este procedimento possibilitou a análise das bases de dados e também será
utilizado na seleção das variáveis para a construção do modelo fuzzy.
5.2
Definição dos conjuntos fuzzy e suas respectivas partições para cada uma
das variáveis de entrada e saída
A definição dos conjuntos fuzzy permite definir as partições de cada uma das
variáveis de entrada e saída do modelo, através da utilização de termos lingüísticos que
descrevem o domínio da variável. Para cada termo lingüístico é definido os intervalos
de grau de pertinência, caracterizando a representatividade de cada termo lingüístico
dentro da variável. Esta fase é fundamental para a construção da base de regras do
modelo
5.3
Definição dos grupos de variáveis que respondam a um contexto específico da
representação da Governança de Risco
Após a etapa de definição das variáveis e de seus respectivos conjuntos fuzzy,
inicia-se uma análise de como estas variáveis estão associadas entre si dentro de um
mesmo contexto. Isto possibilita organizar o modelo de forma mais estruturada,
permitindo que modelos parciais sejam construídos e incorporados ao modelo final de
forma gradativa. Este procedimento metodológico possibilita uma maior confiabilidade
ao modelo final. Porém, que bases de regras sejam criadas para cada modelo parcial.
5.4
Criação da base de regras para a máquina de inferência fuzzy e construção
de modelos parciais para cada conjuntos de variáveis
A definição da base de regras de inferência é um passo fundamental na
construção de um modelo fuzzy. As regras representam o conhecimento dos
especialistas no relacionando entre as variáveis de entrada e saída do modelo.
Como o modelo será construído de forma particionada, para cada modelo parcial
será criada uma base de regras específica. Nela constarão apenas as variáveis de um
mesmo contexto. Cada modelo parcial será testado separadamente.
5.5
Concluir o modelo de Governança de Risco baseado em medidas de mudança
climática, capacidade de adaptação e resposta humana para a sub-bacia do
Rio Purus, utilizando uma abordagem Cross-Scale Interplay
Esta é a fase final de elaboração do modelo integrado. Com a conclusão da
construção dos modelos parciais, estes modelos serão incorporados entre si, de forma
gradativa. A cada integração, os modelos parciais serão testados.
Concluída a integração de todos os modelos parciais, será iniciada a utilização
das bases de dados integradas, para a validação do modelo.
Quadro Sinóptico da Estratégia Metodológica IV
Ação
Quantitativos
Indicadores
Qualitativos
Estratégia
5.1 Definição das
variáveis de entrada
e saída do modelo
Número de
Descrição das
variáveis definido variáveis

Reunião com os
especialistas para que sejam
definidas as variáveis.
5.2 Definição dos
conjuntos Fuzzy e
suas respectivas
partições para cada
uma das variáveis de
entrada e saída;
Número de
conjuntos Fuzzy
utilizados no
modelo
Características
dos Conjuntos
Fuzzy detalhadas

5.3 Definição dos
grupos de variáveis
que respondam a um
contexto específico
da representação da
governança de risco
Número de grupos
de variáveis
associadas à
Governança de
Risco definido
Descrição do
grupo de
variáveis
associadas à
Governança de
Risco

5.4 Criação da base
de regras para a
máquina de
inferência fuzzy, para
cada grupo de
variáveis de mesmo
contexto, para
conclusão dos
Modelo parcial
para cada
conjuntos de
variáveis a partir
da base de regras
criada
Descrição geral
das bases de
regras para cada
conjuntos de
variáveis a partir
da base de regras
criada

Encontro com os
especialistas para a definição
dos conjuntos Fuzzy.
Reunião com os
especialistas para que sejam
definidas as variáveis
associadas à Governança de
Risco
Interconectar todos os
modelos parciais em um
modelo integrado;
modelos parciais.
5.5 Concluir o
modelo de
Governança de Risco
baseado em medidas
de mudança
climática, capacidade
de adaptação e
resposta humana para
a sub-bacia do Rio
Purus, utilizando uma
abordagem Cross
Scale Interplay
Um modelo
Modelo validado
integrado, que
e calibrado com
será composto por dados reais.
modelos parciais.
A quantidade de
modelos parciais
será definida na
construção do
projeto conceitual
do modelo.
Testar o modelo integrado
com dados de teste;
 Validar e calibrar o
modelo integrado com dados
reais.

6
Índice do Relatório Final
O relatório final apresentará todas as etapas descritas neste projeto e também os
produtos resultantes dessas etapas. Assim, segue um sumário preliminar do relatório.
INTRODUÇÃO
1
Mudanças Climáticas e Governança de Risco: uma abordagem a partir
da Interação de Escalas
1.1 A abordagem Cross Scale Interplay e as questões climáticas
1.2 Pressupostos teóricos da abordagem Cross Scale Interplay
1.3 Aplicabilidade da abordagem Cross Scale Interplay na Governança de Risco
2
Características Socioambientais da Bacia do Purus: Capacidade
Institucional, Uso do Solo e Dados Socioeconômicos
2.1 Diagnóstico Socioambiental da Bacia do Purus: Metodologia
2.2 Dados Socioeconômicos Bacia do Purus
2.3 Uso do Solo na Bacia do Purus
2.4 A capacidade Institucional dos municípios da Bacia do Purus
2.5 Gestão das Águas na Bacia do Purus
3
Uma análise a partir da abordagem Cross Scale Interplay das
Características Sócio-Ambientais da Bacia do Purus: Dados SócioEconômicos, Uso do Solo e Capacidade Institucional -
3.1 A abordagem Cross Scale Interplay como orientação teórica para a análise dos
dados
3.2 A incorporação dos Dados Socioeconômicos Bacia do Purus, de Uso do Solo, da
capacidade Institucional dos municípios e da Gestão das Águas na Bacia do Purus
numa análise integrada.
3.3 Caracterização Socioambiental da Bacia do Purus a partir da abordagem Cross
Scale Interplay
4
As especificidades da Bacia do Purus frente às mudanças Climáticas:
Vulnerabilidades e Adaptação
4.1 Fatores de Risco dos municípios da Bacia do Purus
4.2 Vulnerabilidades das populações que ocupam a Bacia do Purus
4.3 Adaptação a Eventos Extremos na Bacia do Purus
5
Governança de Risco como Estratégia de Adaptação às Mudanças
Climáticas na Bacia do Purus
5.1 Governança de Risco e Mudanças Climáticas
5.2 Conceito de Governança de Risco
5.3 Governança de Risco e sua aplicabilidade às especificidades da Bacia do Purus
6
Modelo Integrado de Governança de Risco: Utilização da Lógica Fuzzy
como elemento integrador das variáveis Empowerment
6.1 Definição e conceitos de Lógica Fuzzy
6.2 Descrição do Modelo de Governança de Risco
6.2.1 Estrutura conceitual do modelo integrado de análise do cenário
socioambiental para governança de risco
6.2.2 Descrição das Variáveis e Conjuntos Fuzzy que compõem o modelo
integrado de análise do cenário socioambiental para governança de risco
6.3 Descrição da Simulação de Cenários para a Implementação de Governança de
Risco e Gestão dos Recursos Hídricos
7
Estratégias para a Governança de Risco na Bacia do Purus
7.1 Envolvimento dos stakeholders na formulação do framework de Governança de
Risco
7.2 Estabelecimento de agenda programática para a Governança de Risco junto aos
stakeholders
7.3 Empowerment de mecanismos de Comunicação na Governança de Risco
7.4 Desenvolvimento de ferramentas comunicacionais para a Governança de Risco
na Bacia do Purus
ANEXO
a) Descrição das bases de dados do projeto
b) Documentação do Modelo Integrado e Governança de Risco
7
Cronograma
A seguir consta o cronograma das ações elencadas no plano estratégico. O prazo
de execução está previsto para o período de dezoitos meses, considerando-se no
primeiro mês a elaboração do plano estratégico.
O cronograma tem sua data de início, novembro de 2012, conforme previsto no
contrato.
Ano / Mês
Ações
2012 2013
1
1
1
2
2.1
2.2
3
3.1
3.2
3.3
Planejamento Estratégico
(Output 1)
Formação da Equipe:
Seleção
dos
profissionais
com
habilidades interdisciplinares para a
montagem do modelo de Governança
de Risco
Seminário de nivelamento Teórico
Metodológico, incluindo a abordagem
Cross Scale Interplay
Consolidação dos dados
(Output 2)
Revisão da literatura acerca de
mudança climáticas, ambientais, dados
sócio- econômicos, institucionais e
políticos na sub-bacia do rio Purus
para compor o quadro de abordagens
existentes da avaliação de risco na
Amazônia.
Elaboração de Base de Dados relativos
a infra estrutura local, uso do
solo,dados sócio-econômicos para a
composição da base de dados que
alimentará o modelo de Governança de
Risco baseado na abordagem Cross
Scale Interplay.
Elaboração da Base de Dados de
Capacidade Institucional com base nas
estruturas governamentais existentes
nos níveis federativos de cada país da
Bacia para a composição da base de
dados que alimentará o modelo de
Governança de Risco baseado na
1
2
0 0
1 2
2014
0
3
0
4
0
5
0
6
0
7
0
8
0
9
1
0
1
1
1
2
0
1
0
2
0
3
0
4
3.4
4
4.1
4.2
4.3
4.4
4.5
5
5.1
abordagem Cross Scale Interplay.
Elaboração da Base de Dados acerca de
eventos extremos a partir de dados de
Mudança Climática e Medidas de
Adaptação para a composição da base
de dados que alimentará o modelo de
Governança de Risco baseado na
abordagem Cross Scale Interplay.
Análise Documentada
(Output 3)
Construção conjunta do framework
teórico a ser utilizado para a análise
documentada acerca de Medidas de
mudança climáticas, ambientais, dados
econômicos, institucionais e políticos
no na sub-bacia do rio Purus.
Análise Base de Dados relativos a
infra estrutura local, uso do solo,dados
sócio-econômicos com base no
framework
teórico
baseado
na
abordagem Cross Scale Interplay
Análise da Base de Dados de
Capacidade Institucional com base no
framework
teórico
baseado
na
abordagem Cross Scale Interplay
Análise da Base de Dados acerca de
eventos extremos a partir de dados de
Mudança Climática e Medidas de
Adaptação analisados com base no
framework
teórico
baseado
na
abordagem Cross Scale Interplay
Divulgação dos resultados da Análise
Documentada
acerca
mudança
climáticas,
ambientais,
dados
econômicos, institucionais e políticos
na sub-bacia do rio Purus para os
stakeholders da Bacia.
Modelo Operacional
(Output 4)
Definição das variáveis de entrada e
saída do modelo
Definição dos conjuntos fuzzy e suas
5.2 respectivas partições para cada uma das
variáveis de entrada e saída
Definição dos grupos de variáveis que
respondam a um contexto específico
5.3
da representação da governança de
risco
Criação da base de regras para a
máquina de inferência fuzzy, para cada
5.4
grupo de variáveis de mesmo contexto,
para conclusão dos modelos parciais.
Construção de um modelo de
Governança de Risco baseado em
medidas de mudança climática,
5.5 capacidade de adaptação e resposta
humana para a sub-bacia do Rio Purus,
utilizando uma abordagem Cross Scale
Interplay
Relatório Final
6
(Output 5)
8
Referências
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