Mini Curso – Aspectos Gerais da Gemologia – Antonio Gandini
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Mini Curso – Aspectos Gerais da Gemologia – Antonio Gandini
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MINAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA GEMOLOGIA 13 a 16 de abril de 2015 Prof. Dr. Antonio Luciano Gandini Gill J. O. 1982. Gemological literature in the english language. In: Eash D. M. editor. 1982. International Gemological Symposium. Gemogical Institute of America, Santa Monica, California. 293-304. ISBN 0-87311-011-0, 568pp http://www.amazon.com http://www.geology-books.com/servlet/the-396/Gemology-dsh-Mineralogy-Book-byThomas/Detail Bibliografia antiga 2011 http://www.vialibri.net/552displ ay_i/year_1672_100_0.html Boyle R. 1672. An essay about the origine & virtue of gems. Wherein are propos’d and historically illustrated some conjectures about the consistence of the matter of precious stones and the subjects wherein their chiefest virtues reside. William Godbid, London, 184 pp. INTRODUÇÃO À GEMOLOGIA A gemologia é um ramo da mineralogia que se refere à pesquisa dos materiais gemológicos, sejam naturais ou produzidos pelo homem. Dentre esse estudo, podemos relacionar as propriedades físicas e químicas das gemas, técnicas utilizadas para sínteses delas, métodos aplicados em sua identificação por meio de instrumentos gemológicos e avaliação, além da lapidação e polimento. Definições Gema: materiais que por suas propriedades físicas (cor, brilho, dureza, etc.), são usados como enfeite pessoal ou ornamento. Atualmente, não se deve usar os termos pedra preciosa e semipreciosa e sim gema. Mineral-gema: Gemas coradas: Amostras de coleção: Nomenclatura das gemas (1o Simpósio Internacional de Gemologia em Idar-Oberstein - 10/82) topázio Rio Grande = ametista queimada (citrino Rio Grande) YAG = granada de óxido de ítrio e alumínio - Y3Al5O12 GGG = granada de gadolínio e gálio - Gd3Ga5O12 zircônia cúbica = óx. de zircônio de estrutura cúbica - ZrO2 “zircônia” natural, momoclínica, baddeleyita (rara) fabulita = óxido de estrôncio e titânio - SrTiO3 moissanita = carbeto de silício - SiC Sinônimos para diamante sintético: diagem (fabulita); diakon; dialite; diamanite; diamite; diamogem; di'Yag, diamonique e diamonair (YAG); diamonaire; diamonaura; diamon-brite; diamone; diamonesque, fianite e djevalite (ZC); diamonette; diamonflame; diamonite; diamonte; diamontina; diamondite; diamothyst; diarita; diemlite; gemolite; blue river; burmalite; libonat; galliant (GGG); KTN. ISBN 0-87311-011-0 GEMA Para um material ser gemológico deve possuir 5 atributos: beleza (cor, transparência, brilho, dispersão - brilhância ou fogo); durabilidade (dureza 7); raridade (magnesiotaaffeíta - Mg3Al8BeO16, violeta-avermelhada, D = 8); moda (misticismo - gema de baixo valor) e portabilidade (instabilidade econômica e período de guerra). MAGNESIOTAAFFEÍTA - Mg3Al8BeO16 5,5 x 4,4 x 3,6 (mm) preço da gema: US$ 499.00 4,9 x 4,02 x 2,9 (mm) preço da gema: US$ 239.00 12,5 x 9,7 x 6,0 (mm) preço da gema: US$ 2,657.00 5,8 x 4,7 x 2,3 (mm) preço da gema: US$ 341.00 (cotação em 03.09.03) ASPECTOS HISTÓRICOS ↔ IMPORTÂNCIA âmbar – 1ª gema do homem ? (Schumann 2002); pintura em tumbas egípcias = lapidação de malaquita e lápis-lazúli - técnica rudimentar (5.000 a.C.) - 4.700 a.C. - vidro - 4.000 a.C. - 1ª feira de gemas na Babilônia - 2.000 a.C. - esmeralda - 1.922 achado o túmulo do Faraó Tutancâmon ágata - tingimento a.C. (método mais primitivo de tratamento de gema) Caverna em Blombos, África do Sul Pequenas conchas (Nassarius kraussianus) comum na região entre a África do Sul e Moçambique, perfuradas há cerca de 75.000 anos para formar um colar. A descoberta de conchas perfuradas, Nassarius gibbosulus, na Caverna dos Pigeons, em Taforalt, leste do Marrocos, 40km do mar. Datado de 82 000 anos http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia /ult306u14757.shtml Nassarius http://www2.cnrs.fr/en/917.htm?debut=24 &theme1=8 http://clickeaprenda.uol.com.br/portal/mos trarConteudo.php?idPagina=20629 AS JOIAS MAIS ANTIGAS DA HUMANIDADE Skhul, em Israel Caverna nas encostas do Monte Carmelo, situa-se a 20km ao sul de Haifa e a 3km do Mar Mediterrâneo, e Oued Djebbana, Argélia, 200km do mar. As conchas, todas da espécie Nassarius gibbosulus, com cerca de 100.000 anos, usadas em colar. 16mm Nassarius gibbosulus http://www.nhm.ac.u k/aboutus/news/2007/june/n ews_11808.html http://www.idscaro.net/sci/04_med/class/fam3/species/nassar_gibbosulus1.htm 8mm Nassarius kraussianus http://www.nmr-pics.nl/Nassariidae_new/album/slides/Nassarius%20kraussianus.html http://www.conchsoc.org/interests/shell-decorations.php litoterapia: cura pela presença; colocada na parte doente; pulverizada e ingerida; (Cleópatra = pérola moída). astrologia = signos do zodíaco; investimento: sobrevive a instabilidade política e econômica. As gema podem ser classificadas em duas categorias: materiais amorfos (materiais orgânicos, vidros e plásticos) e materiais cristalinos (minerais e as substâncias sintéticas). ou naturais (orgânicas e inorgânicos) e sintéticas (amorfas e cristalinas). Alguns tipos de gemas: quanto a natureza da gema berilo, coríndon, diamante 1 - mineral 2 - rocha exemplos naturais lápis-lazúli, obsidiana 3 - orgânicas pérola, coral, marfim, âmbar 4 - gemas sintéticas rubi, safira, esmeralda, espinélio 5 - imitação água-marinha / topázio azul; (substitutos ou simulantes): zircônia cúbica / diamante 6 - gemas reconstituídas turquesa; coral 7 - gemas revestidas esmeralda, rubi quanto a natureza da gema exemplos 8 - gemas tratadas termicamente ametista, água-marinha difusão safira tingimento ágatas (+90% são tingidas) impregnação esmeralda com óleo ou epoxi (quartzo - verde esmeralda) raio laser inclusões sólidas resina métodos combinados topázio azul irradiação (raios ) + térmico 9 - gemas compostas doublets e triplets 10 - gemas falsas ou artificiais vidros, plásticos, fabulita, YAG http://www.bwsmigel.info /Lesson3/images.wl.3/hs w.gem.in.jpg vidros plásticos pobre condutor de calor, é fria ao toque n entre 1,44 e 1,90 n entre 1,45 e 1,66 presença de bolhas de gás e d entre 2,3 e 4,5 d entre 1,3 e 1,8 redemoinhos D entre 5 e 6 D2 UNIDADES GEMOLÓGICAS Unidades de peso utilizados em gemologia: quilate (ct ≠ K) 1ct = 199mg ≈ 200mg = 0,2g - peso de gemas (gemas de baixo valor ou em bruta = g) K = qualidade (ouro 24K = 1000; 18K = 750Au + 250Cu) ponto: diamante pequeno 1ponto = 0,01ct grão: pérola 1grão = 0,25ct = 0,05g (1momme = 3,75g ou 18,75ct) 1ct = 100pontos = 0,2g = 4grão Ligas variadas de ouro cores do ouro 18K Au (%) Cd (%) Al (%) Zn (%) Co (%) Ni (%) Fe ou aço (%) ? ? ? ? ? ? ? 16,66 ? ? ? ? ? ? ? Cu (%) Ag (%) Pl (%) 75 12,5 12,5 75 8,33 http://heartjoia.com amarelo http://www.infojoia.com.br amarelo 14K 58,33 13,89 27,78 ? ? ? ? ? ? ? amarelo 12K 50 25 25 ? ? ? ? ? ? ? amarelo-rosado branco 75 15 10 ? ? ? ? ? ? ? 75 ? ? 25 ? ? ? ? ? ? 75 ? ? ? ? ? 12,5 ? 12,5 ? vermelho 75 25 ? ? ? ? ? ? ? ? rosa 75 22,25 2,75 ? ? ? ? ? ? ? rosa- claro 75 20 5 ? ? ? ? ? ? ? verde 75 ? 25 ? ? ? ? ? ? ? esverdeado 75 6 15 ? 4 ? ? ? ? ? violeta 75 ? ? 25 ? ? ? ? ? ? roxo 80 ? ? ? ? 20 ? ? ? ? azul 75 ? 12,5 ? ? ? 12,5 ? ? ? 75 ? ? ? ? ? ? 25 ? ? 75 ? 12,5 ? ? ? ? ? ? 12,5 negro http://www.falandoemjoias.com A qualidade das gemas se baseia em três fatores: cor (50%); pureza (30%) e lapidação e acabamento (20%). LAPIDAÇÃO DE GEMAS A lapidação serve para destacar algumas propriedades como a cor e brilho. A classificação da lapidação segue os seguintes termos: extra, boa, média e fraca. A sequência na lapidação das gemas é: serrar, formar, talhar ou facetar e polir. No caso do diamante lapidado na forma brilhante a sequência é outra: serra, tornear, talhar e polir, sendo que nas duas últimas etapas são executadas simultaneamente. www.bwsmigel.info/Lesson 7/DEGem.Fashioning.html www.bwsmigel.info/Lesson 7/DEGem.Fashioning.html www.bwsmigel.info/Lesson 7/DEGem.Fashioning.html http://www.lapidart.com.br/ portugues/imagens/Lapida rt_html_76a2d466.jpg Direções de dureza na diferentes faces cristalinas v v v v diamante: v v quanto < a seta, v v v v v v v v v v v v v v > a D de lapidação v v nessa direção v v v v v v v v v v diferença de dureza 4 - 4,5 v v v 6-7 na cianita v v Schumann W. 2002 Gemas do Mundo TRIBOLOGIA abrasivo + lubrificante v Para que uma lapidação seja perfeita devemos tomar certos cuidados, tais como: cada tipo de gema possui o seu ângulo próprio de lapidação; cuidado com a clivagem; numa lapidação correta intensifica a cor; escolher a melhor direção em gemas pleocroicas; posicionar estrategicamente manchas ou zoneamentos de cor. CLIVAGEM E TIPOS DE LAPIDAÇÕES c mesa coroa cintura o 10 o 80 pavilhão culaça quebra da gema devido à clivagem Plano de clivagem // 001 cabochão redondo oval vista de topo oval lágrima navete retangular esmeralda brilhante vista de perfil posicionamento estratégico de manchas ou zoneamentos de cor http://www.theimage.com/faceting/facet10a.htm Lapidação com efeito especial http://www.gemasdaterra.com.br http://produto.mercadolivre.com.br http://www.gemasdaterra.com.br http://www.joiabr.com.br http://www.farfetch.com.br moisanita sintética (19cm de diâmetro) http://www.pinterest.com/pin/136022851217410068/ G & G 2012 48(3): 231 http://www.pinterest.com/pin/136022851217410068/ Lapidação com efeito especial Lapidação com efeito especial http://www.palagems.com/inclusions.htm Quartzo com inclusão de turmalina preta (mesa – culaça), com efeito de um caleidoscópio. SISTEMAS CRISTALINOS HALITA - NaCl http://crv.educacao.mg.gov.br/ sistema_crv/index.asp http://www.iupui.edu/~g107cwt/assets/6_min erals_and_rocks/halitecrystal_03_09.jpg Z c α β a X γ b Y CELAS UNITÁRIAS 1 mm da aresta da fluorita = 1.831.501,83 celas unitários alinhadas (1 cela = 0,546 nm) 1 mm = 1.000 μm (micrômetro) = 1.000.000 nm (nanômetro) = 10.000.000 Å (angstrom) http://dc373.4shared.com/d oc/BrccsYqJ/preview.html escalenoedro ditrigonal diamante, granadas, fluorita escapolita, zircão, rutilo berilo, apatita quartzo, coríndon, turmalinas topázio, crisoberilo, andaluzita malaquita, kunzita, euclásio, ortoclásio, espodumênio turquesa, cianita, microclínio, rodonita, albita CLASSES MINERALÓGICAS ELEMENTOS NATIVOS diamante SULFETOS esfalerita, pirita HALÓIDES fluorita ÓXIDOS crisoberilo, hematita, anatásio, zincita, rutilo, coríndon, espinélio CARBONATOS calcita, aragonita, azurita, smithsonita, rodocrosita, malaquita FOSFATOS turquesa, apatita, variscita, brasilianita, ambligonita, berilonita BORATOS sinhalita SULFATOS gipsita, barita TUNGSTATOS scheelita SILICATOS fenaquita, willemita, olivina, euclásio, cianita, topázio, “granadas”, datolita, zircão, estaurolita, jadeíta (jade), prehnita, crisocola, opala, thomsonita, damburyta, titanita, benitoíta, zoisita, epidoto, berilo, vesuvianita, axinita, quartzo, cordierita, “turmalinas”, sillimanita, dioptásio, sodalita, petalita, “feldspatos”, escapolita, enstatitahiperstênio, talco, serpentina, espodumênio, lazurita, rodonita, diopsídio, tremolita-actinolita (nefrita-jade) HÁBITO CRISTALINO É o modo ou combinação das faces comuns e características em que o mineral se cristaliza, incluindo as suas irregularidades de crescimento. Forma, em cristalografia, é o conjunto de todas as faces de um cristal, simétricas entre si. Estas podem ser abertas ou fechadas. Fotografia - José Ricardo Cortesia - ITAFOTO elbaíta, quartzo, muscovita e grossulária MACLA ou GEMINAÇÃO granadas http://www.tulane.edu/~sanelson/eens211/twinning.htm agrupamento desordenado agregado agrupamento paralelo berilo http://www.pinterest.com/pi n/136022851217410068/ agrupamento simétrico http://www.ytmc.org http://ww w.barites pecimenl ocalities. org quartzo http://www.minerals.net http://cienciasdavidaedaterra25.blogsp ot.com.br barita http://en.m.wikipedia.org cruz de Santo André estaurolita cassiterita crisoberilo Exemplos de leis comuns de macla: lei do espinélio: espinélio, fluorita espinélio http://www.irocks.c om/db_pics/pics/m /tt13c.jpg http://www.museumstyl ebases.com/rocks/spin eltwin.jpg cruz de Santo André da estaurolita http://www.luizmenezes. com.br/blog/wpcontent/uploads/estauroli ta-11.jpg http://hiero.ru/pict/ 856/2081689.jpg http://hammerron.com/minerals/s taurolite.jpg rutilo maclado http://www.metafysica .nl/kourimsky_189.jpg Lei do Brasil http://www.quartzpa ge.de/cr/twin_domai ns_brazil_ps.jpg Lei do Japão 84º30” http://www.mindat.org/min-3337.html http://nevada-outbackgems.com/mineral_informatio n/quartz_japan_law.jpg MACLA OU GEMINAÇÃO calcita REFLEXÃO E REFRAÇÃO REFLEXÃO R I i r N ar (-d) cristal (+d) i = ângulo de incidência r = ângulo de reflexão i = r, I, R e N - são coplanares r = 90o reflexão total ângulo crítico ou limite REFRAÇÃO I i ar (-d) cristal (+d) γ i = ângulo de incidência γ = ângulo de refração i > γ (-d → +d) http://www.rocksinmyhea dtoo.com/Pearl.jpg O raio de luz ao atravessar uma substância anisótropa sofre uma alteração da velocidade da luz e da direção. Caso a gema seja colorida, isto acarreta uma mudança de cor. Lapidação com ângulos corretos www.bwsmigel.info/Lesson7 /DEGem.Fashioning.html Diamonds 2002 pedra alta pedra baixa lapidação ideal Cor - espessura adequada ÍNDICE DE REFRAÇÃO O índice de refração é expresso pela relação entre a velocidade da luz no ar e a velocidade da luz no cristal (n = Vluz ar/Vluz cristal). Mais de 95% das gemas podem ser identificadas pelo índice de refração. n = Vluz ar = sen i → n1 = V1 Vluz cristal sen γ n2 V2 nar → relativo nvácuo → absoluto Ex: no diamante (isótropo) [2,417 a 2,419 - teórico; valor alto para um mineral transparente] a) i b) n = Var = 300.000km/s = 2,42 Vcrist 124.120km/s γ a) sen60o = 0,8660 = 2,42 sen21o 0,3583 b) sen30o = 0,5000 = 2,42 sen11o 0,2066 O índice de refração varia com o comprimento de onda (λ) da luz utilizada. Segundo Schumann (2007), o n do diamante pode ser: nvermelho.(687nm) = 2,407, namarelo (589nm) = 2,417, nverde (527nm) = 2,427 e nvioleta (397nm) = 2,465. DUPLA REFRAÇÃO (BIRREFRINGÊNCIA) Quando um raio luminoso, ao atravessar uma substância anisótropa, minerais uni e biaxiais, desdobra-se em dois raios, de cada um com uma velocidade e um índice de refração característico, dizemos que ocorre a dupla refração. Ex: calcita, variedade espato da Islândia http://www.manchestermi nerals.co.uk/acatalog/Flu orOctahedGreen.jpg http://photonics.usask.ca/photos/images/ Chapter%207/(7-06)Halite&Calcite.jpg halita, calcita DISPERSÃO DA LUZ BRANCA A luz branca que atravessa um cristal é refratada e também se decompõem nas cores do arco-íris. Esta decomposição é designada de dispersão. anteparo dispersãoda luz branca ca ran zb lu prisma vermelho - λ = 686,7nm (>v) laranja amarelo verde azul violeta - λ = 430,8nm (<v) infravermelho - IV faixa de luz visível ultravioleta - UV O valor da dispersão é obtido pela fórmula Δn = nvioleta nvermelho. A dispersão pode ser classificada em fraca, moderada e forte. Para a maioria das gemas o fenômeno da dispersão é chamado de brilhância e para o diamante recebe o nome de fogo. Como exemplo de dispersão podemos citar no diamante que é 0,044 (forte), da fluorita que é 0,007 (fraca) e da zircônia cúbica que é 0,060 (forte). O rutilo sintético possui uma dispersão seis vezes à do diamante (0,264). http://www.quarter-sawnflooring.com OLHO DE GATO (ACATASSOLAMENTO − CHATOYANCE) É um fenômeno produzido pela reflexão da luz em minerais de estrutura fibrosa, ou que contém inúmeras inclusões aciculares. O efeito é um brilho sedoso ondulante, em que a luz se concentra em estreitas faixas, observada sob luz refletida. OLHO DE GATO quartzo crisoberilo - alexandrita Esmeraldas de Belmont (16,75-29,14ct) turmalina crisoberilo G & G 2012 48(1): 56 berilo quartzo OLHO DE GATO Ex.: olho de falcão (quartzo com inclusões de crosidolita*) * Na2(Fe,Mg)5Si8O22(OH)2 - var. fibrosa da riebeckita (hornblenda) olho de tigre (quartzo com inclusões de crosidolita alterada) Paquistão * http://www.tumblr.com ‘inclinado’ ‘descentrado’ FALSO Feira de Mineralogia de Munique - 2010 Munich Mineral Show 2010 Coleção de cabochões de turmalinas olho de gato do lapidário Paul Wild http://www.mindat.org/article.php/1036/Munich+Mineral+Show+2010 ASTERISMO O efeito do asterismo é decorrente da reflexão da luz em inclusões cristalinas, fluidas ou em cavidades aciculares orientadas segundo determinadas direções cristalográficas da amostra. coríndon estrela no cabochão seção basal safira astérica inclusões aciculares muito finas Diferenças entre coríndon tratados e não tratados Rubi do Sri Lanka, não tratado termicamente. Rutilo de aspecto sedoso exsolvido em uma safira (Birmânia), visto paralelamente ao eixo c. As formas das agulhas de rutilo indicam que a Reabsorção parcial do rutilo pelo cristal hospedeiro, indicando amostra não foi submetida as altas temperaturas tratamento do tratamento térmico. temperatura elevada da gema. térmico a uma http://www.ruby-sapphire.com/r-s-bk-ch5.htm ASTERISMO Minerais do sistema monoclínico (diopsídio): Minerais do sistema trigonal (coríndon, quartzo): quartzo estrias espelho cobertura eixo c inclinado em relção às inclusões minerais sintéticos (rubi/safira) 11 pontas imitação ASTERISMO adulária c c -a β Sistema monoclínico b -b b a a -c http://www.gemselect.com “pedra da lua” diopsídio com inclusões acicular de magnetita c (resfriamento de atividade ígnea) b γ a c c a α b http://www.lifeistooshorttodowithout.com a β b ASTERISMO rubi quartzo http://www.ajsgem.com http://www.auegems.com safiras ASTERISMO 1 1 10 2 11 2 10 3 4 9 3 4 9 8 8 5 5 7 sinhalita sintética 6 7 MgAl(BO4) FALSO ametista com goethita G & G 2012 48(1): 69 11 6 geikielita com rutilo (2,21ct) sintética http://www.gemmo.eu MgTiO3 EPITAXIA crescimento orientado http://www.blogblux.com.br/2014/07/os-32-minerais-maisincrivelmente-belos.html?m=1 rutilo na hematita http://www.pinterest.com/pin/136022851217410068/ argilominerais no quartzo G & G 2012 48(3): 228 inclusões de rutilo verde (Raman) no quartzo - 11,31ct EMPREGO DE EQUIPAMENTOS GEMOLÓGICOS NA INVESTIGAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS GEMAS (MAIS DE 30 EQUIPAMENTOS) PINÇA http://www.anatomic.co m.br/logo.php?id=339 http://img.ibiubi.com.br/%2 F200907%2F30%2Fprodu tos%2F25%2F793567%2 F3ts1hwhn.w5g.jpg http://www.cactusdobrasil.com.br/Imagens /Produtos/%7B707FCCEE-7695-4F97B846-6779871EA359%7D_750034.JPG http://www.malagaestetica.com.br/lo ja/images/PincaInoxAnatomica.jpg http://gemlab.com.br/im g/pages/cms/b/18.jpg http://galopim.com/Gem%20Blog/LABGEM%20%20Informacao%20Gemologica%20em%20Port ugues/Formacao/A7D48FDE-8117-4D33-A60F9884306C0057_files/Bt_1,80_J_VVS.jpg LUPA De uma ou duas lentes, a de 10X de aumento é suficiente para uso gemológico. Ela deve ser acromática e aplanética (inclusões, defeitos de lapidação e se é composta doublet ou triplet). http://gemlab.com.br/im g/pages/cms/b/18.jpg http://www.cactusdobrasil.com.br/I magens/Produtos/%7B330FA8BD -E2CE-46AD-9BC93D6F1B1D9676%7D_LUPA%20D E%20PALA%20OPTVISOR.jpg http://www.portalsupplychain.com.br/i magens/2007/principal/foto-lupa.gif http://www.depedirsales.c om.br/img/Lupa_Nova.gif https://zecodex.wor dpress.com LUPA DE BOLSO http://www.gia.edu/gia-about rubi doublet safira doublet http://www.cigem.ca/inclusion/505.jpg 2 partes de espilélio incolor com cola verde / bromofórmio https://tienda.acens.com/WebRoot/acens/Shops/ige_org/49DB/7 BA7/A0CE/B863/6642/0A01/00CB/0F95/inmersionoscopio.jpg DICROSCÓPIO OU PLEOCROSCÓPIO Consiste de um tubo metálico, uma lente e dois polarizadores. O de calcita é semelhante. Este instrumento é utilizado para observar as cores ou tons de pleocroismo. Para as substâncias anisótropas e não incolores podemos ter dois tipos de pleocroismo: https://tienda.acens.com/WebRoot/acens/ Shops/ige_org/49DB/7BA7/A0CE/B863/66 42/0A01/00CB/0F95/inmersionoscopio.jpg turmalina http://www.joiabr.com.br/gem/0707a.jp g&imgrefurl=http://www.joiabr.com.br/ gem/0707.html tanzanita PLEOCROISMO turmalina (sistema trigonal – minerais dicroicos) preto transmissão da luz verde verde http://micro.magnet.fsu.edu/primer/techniques/polarized/biologicalpartone.html sem pleocroismo pleocroismo máximo eixo óptico mineral tricoico https://tienda.acens.com/WebRoot/acens/ Shops/ige_org/49DB/7BA7/A0CE/B863/66 42/0A01/00CB/0F95/inmersionoscopio.jpg http://hitchhikershedge.wordpress.com /2010/08/15/pleochroism/ PLEOCROISMO dicróicos n tricróicos n turmalina verde (trigonal) nω = verde forte nε = verde claro cordierita (ortorômbico) nα = amarelo nβ = azul claro nγ = violeta escuro rubi (trigonal) nω = vermelho forte nε = vermelho amarelado andaluzita (ortorômbico) nα = vermelho escuro nβ = verde claro nγ = cor de oliva safira (trigonal) nω = azul forte nε = azul amarelado kunzita (monoclínico) nα = incolor nβ = rosa pálido nγ = cor de ametista PLEOCROISMO É uma absorção seletiva da luz nas diferentes direções cristalográficas do mineral, mudando a cor ou a tonalidade deste. Dependendo do sistema cristalino que a gema pertencer, com exceção do cúbico, esta poderá ser dicroica ou tricroica. Esta propriedade não ocorre em minerais incolores. MODELOS DE DICROSCÓPIOS com placas de polaroide (dicroscópio de filtro) de calcita safira http://www.indiamart.com http://www.prettyrock.com G & G 2012 48(2): 104 Minerais com pleocroismo http://gemresources.com http://gemsnewdirections.com http://www.mineralminers.com http://www.gemstonebliss.com https://kaelindesign.com http://mountaincatgeology.wordpress.com/ http://www.palagems.com cordierita andaluzita POLARISCÓPIO E CONOSCÓPIO O polariscópio consiste de uma fonte luminosa (lâmpada comum), e dois filtros de polarização, o inferior é um polarizador e o superior é um analisador. Este instrumento é utilizado para separar diversos tipos de gemas. Uma gema examinada no polariscópio entre filtro de polarização cruzada, numa rotação completa de 360o, pode exibir os seguintes fenômenos: http://gold.br.inter.net/gem/refrato.gif http://gemologyproject.com/wiki/index.php?title=Polariscope POLARISCÓPIO E CONOSCÓPIO escura em todas as posições ISÓTROPA; 4 vezes clara e 4 vezes escura ANISÓTROPA; manchas e estrias clara e escura em “movimento” ISÓTROPA COM BIRREFRINGÊNCIA ANÔMALA e clara em todas as posições AGREGADO MICROCRISTALINO https://tienda.acens.com/WebRoot/acens/Shops/ige_org/49DB/7BA7/ A0CE/B863/6642/0A01/00CB/0F95/birrefringencia_anomala_vidrio.jpg CONOSCÓPIO: caráter óptico + figura de interferência O conoscópio é constituído por uma lente condensadora e é colocado entre os filtros de polarização do polariscópio. Essa peça, juntamente com o polariscópio, serve para identificar as figuras de interferência de minerais uni e biaxiais. grupo do berilo: melátopo pezzottaita isógera ±4cm de largura isócronas Cs(Be2Li)Al2Si6O18 http://gemologyproject.com/wik i/index.php?title=Polariscope http://zoe.geol.lsu.edu/www .GEOL2082/calciteW.jpg http://www.gemresearch.ch/news/Application-IMA.htm REFRATÔMETRO Funciona com uma fonte monocromática, que pode ser uma lâmpada comum mais um filtro monocromático ou, comumente uma lâmpada de sódio ( = 589nm). O índice de refração varia com o comprimento de onda () da luz utilizada. O princípio de funcionamento baseia-se na reflexão total (ângulo crítico). Este equipamento serve para determinar: índice(s) de refração (1,300 – 1,810); caráter óptico: isótropo ou anisótropo (uniaxial e biaxial); sinal óptico: - ou + e birrefringência ou dupla refração. MODELOS DE REFRATÔMETROS GEMOLÓGICOS http://mural.uv.es/joruten/im ages/refractometro.jpg http://gold.br.inter.net/gem/refrato.gif índices de refração de 1,30 a 1,81 com filtro polarizador e luz monocromática de sódio Esquema de um refratômetro gemológico. O princípio de funcionamento, baseado no ângulo crítico de reflexão total, é ilustrado nas seções (a) e (b). Os raios A e B, menores que o do ângulo crítico (AC), atravessam a gema, enquanto os maiores que AC, são totalmente refletidos através da semiesfera de vidro. Finalmente, o esquema (c) ilustra a imagem da escala onde se lê os valores 1,685(nX) e 1,720(nZ). O valor de 1,81 é o do líquido de contato que é uma mistura de iodeto de metileno + enxofre + tetraiodometileno. fora do ângulo crítico, a luz é totalmente refletida internamente http://ist-socrates.berkeley.edu/~eps2/wisc/jpeg/l5s1.jpeg International School of Gemology 27.03.10 Colored Gemstone Identification Course Lesson 8: The Refractometer http://www.schoolofgemology.com/ISG%20Color%20Gem%20ID%20Lesson%208%20-%20The%20Refractometer.htm Gema Uniaxial n = índice de refração do raio ordinário n = índice de refração do raio extraordinário Gema Biaxial nα = índice de refração do raio menor nβ = índice de refração do raio intermediário nγ = índice de refração do raio maior ÍNDICES DE REFRAÇÃO DE DIVERSAS GEMAS, OBTIDOS EM REFRATÔMETRO PARA SÓLIDOS vidro ametista esmeralda topázio cordierita i 1P 1N 2P 2N n< 1,520 1,520 1,520 1,520 1,520 n> n = 1,520 n< 1,544 1,544 1,544 1,544 1,544 n> 1,550 1,551 1,553 1,552 1,551 n< 1,578 1,577 1,580 1,579 1,578 n> 1,583 1,583 1,583 1,583 1,583 n< 1,618 1,618 1,617 1,617 1,618 1,619 1,619 1,618 1,615 1,616 n> 1,624 1,625 1,625 1,623 1,624 1,625 1,623 1,622 1,622 1,622 n = 1,544 n = 1,583 n = 1,553 n = 1,577 n = 1,615(3) n = 1,618 n = 1,625(7) B = 0,009 B = 0,006 B = 0,010 n< 1,542 1,542 1,544 1,546 1,545 1,546 1,546 1,544 1,544 1,542 n> 1,549 1,549 1,550 1,551 1,549 1,548 1,550 1,549 1,549 1,549 n = 1,542(5) n = 1,547 n = 1,551(4) B = 0,009 EQUIPAMENTOS GEMOLÓGICOS http://www.quimis.com.br/pr odutos/imagens/prod205.jpg http://gemlab.com.br/img/pages/cms/b/18.jpg http://mural.uv.es/joruten/images/refractometro.jpg https://tienda.acens.com/WebRoot/acens/S hops/ige_org/49DB/7BA7/A0CE/B863/6642/ 0A01/00CB/0F95/inmersionoscopio.jpg http://www.poligemas.com.br/userupload/1185/Image/Livro%2520G emas%2520do%2520Mundo.jpgc ESCALA DE AÇO INOX espectroscópio Filtro de chelsea http://www.poligemas.com.b r/userupload/1185/Image/Li vro%2520Gemas%2520do %2520Mundo.jpgc http://www.bradanovic.cl/diamantes.jpg Espectro de absorção do espilélio vermelho e do rubi http://gemlab.com.br/img/pages/cms/b/18.jpg PAQUIMETRO DIGITAL http://www.joiabr.com.br/gem/0807d.jpg http://www.degeo.ufop.br/la boratorios/gemologia.jpg Laboratório de Gemologia http://gemlab.com.br/img/pages/cms/b/16.jpg http://gemlab.co m.br/img/pages/c ms/b/18.jpg LUPA DE BOLSO http://www.joiabr.com.br/gem/0807d.jpg http://viewer.zmags.com Instrumentos Fonte de iluminação de fibra óptica Condutor térmico para identificação de diamante e seus substitutos http://www.agta.org/gtc/images/ newsletter-images/20050719fiber-optic/fiber-optic-light.jpg Conjunto de líquidos densos entre 2,57 e 3,32 http://img.alibaba.com/photo/20 0983456/Diamond_Tester_Sel ector_II_tool.summ.jpg Fonte de luz ultravioleta (ondas curtas e longas) www.bwsmigel.info/Lesson3/images.wl.3/hsw.gem.in.jpg http://www.joiabr.com.br/gem/1008a.jpg http://www.djminerals.com/hs%252 0catalog_files/ElemHE20.JPG líquidos densos fórmula salmoura bromofórmio iodeto de metileno solução de Clerici NaCl + H2O CHBr3 CH2I2 [ Tl(CHO2) + Tl(C3H3O4) +H2O ] (50% de formiato + 50% de malonato de Ta em H2O) diluente d 1,12 – 1,14 2,90 – 2,95 3,31 (3,324) 4,25 (4,20 - 4,322) acetona acetona ou éter água Determinação da densidade relativa com líquidos pesados. Gemas mais leves flutuarão na supefície, mais pesadas afundarão. Gemas com a mesma densidade do líquido ficam suspensas nele. moissanita: 3,21; diamante: 3,50 - 3,55; YAG: 4,55; zircônia cúbica: 5,67 - 5,90; GGG: 7,02 CH2I2: d = 3,33 http://www.scotgem.co.uk/alan24.html http://www.bwsmigel.info/Lesson3/images.wl.3/hsw.gem.in.jpg Instrumentos Fonte de luz branca artificial padronizada para graduação de cor de diamante (Diamondlite) Balança eletrônica de precisão com conjunto hidrostático para determinação da densidade http://www.aroundhawaii.com/assets/articles/200 7/01/507/images/200701_itosfadiamond002.jpg Balança eletrônica de bolso http://gemlab.com.br/im g/pages/cms/b/15.jpg Micrômetro http://www.joiabr.co m.br/gem/0206a.jpg Calibre de mesa http://i.s8.com.br/images/tool/c over/img8/1584138_4.jpg Paquimetro de aço e digital http://www.poligemas.com.br/useruplo ad/1185/Image/Livro%2520Gemas%2 520do%2520Mundo.jpgc http://www.esslinger.com/di gitalcaliper100mm4-2.aspx gem lab kit http://www.jewelryloupe.com/Ge mmologicalInstruments.html FICHA DE DESCRIÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE GEMAS Nome: __________________________________________________________ Data: / / DESCRIÇÃO DA GEMA no da caixa cor pedra bruta: forma de lapidação: peso em ct PROPRIEDADES: DIAFANEIDADE: transparente translúcida opaca POLARISCÓPIO: Observação entre polaróides cruzados num giro de 360o: escura em todas as posições: manchas e estrias em movimento: 4x clara e 4x escura: clara em todas as posições: gema isótropa gema isótropa com birrefringência anômala gema anisótropa agregado microcristalino CONOSCÓPIO: Observação com a lente condensadora (figura de interferência): se visível: gema uniaxial gema biaxial DICROSCÓPIO: não apresenta Tipo de pleocroismo dicróica tricóica intensidade forte médio fraco cores do pleocroismo REFRATÔMETRO: no / L n1 (<) n2 (>) isótropa n= uniaxial n = 1 2 3 n = 4 5 biaxial n = 6 n = n + n n = 7 2x L n = birrefringência B= 8 9 10 11 sinal óptico: 12 RESULTADO: positivo negativo DIAFANEIDADE Esta propriedade descreve a capacidade do mineral de transmitir a luz. Os diversos graus dessa propriedade podem ser descritas como: transparente; semitransparente; translúcido; semitranslúcido e opaco. Na mineralogia, a análise é feita em lâmina delgada de até 30μm, enquanto na gemologia a análise é feita macroscopicamente. BIBLIOGRAFIA 2006 1993 2008 2008 2009 MUITO OBRIGADO! Antonio Luciano Gandini [email protected] 31 3559-1600 DEGEO/EM/UFOP