AulaCabeamento
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CABEAMENTO LARGURA DE BANDA ou BANDWIDTH Capacidade de transmissão de um computador ou canal de comunicações, definida em MHz, para os sinais analógicos. Para os sinais digitais a definição é em megabits por segundo (Mbps), variando de acordo com o padrão de rede utilizado. A utilização da Largura de banda ou BandWidth matematicamente pode ser definida como a razão de números de bits transmitidos durante um específico período de tempo pelo número total de bits que puderam ser transmitidos durante tal período, normalmente expressa em porcentagem. LARGURA DE BANDA ou BANDWIDTH Token-ring 4/16 Mbps, Ethernet 10 Mbps, FDDI 100 Mbps, ATM 45/100/155/622 Mbps e 1.2 Gbps, Fast-Ethernet 100 Mbps e GigaBit Ethernet a 1000 Mbps. LARGURA DE BANDA COMPARTILHADA shared Bandwidth: Configuração convencional, onde todas as estações estão “atachadas” a um HUB e compartilham 10 ou 100 Mbps de “largura de banda”. Somente uma estação por vez pode efetuar a transmissão. LARGURA DE BANDA COMUTADA switched Bandwidth: Configuração suportada por um HUB com capacidade de efetuar bridging ou switching, provendo para cada port 10 ou 100 Mbps de largura de banda. Transmissões separadas podem ocorrer, filtrando-se inclusive tráfego baseado em endereço MAC. O meio de transmissão constitui o canal por onde fluem as informações (dados, arquivos, programas etc.). Existem basicamente quatro tipos de meios de transmissão atualmente considerados para ambientes em rede: O CABO COAXIAL - Relativa facilidade de instalação, baixo custo e boa imunidade a ruídos elétricos; - Pode ser utilizado tanto em redes departamentais, como em ambientes industriais; - Dificuldade de remanejamento físico (layout) e baixo nível de segurança; - Complexidade de manutenção, quando o número de nós for grande. O CABO PAR TRANÇADO - Custo por metro atraente, instalação simples e eficiente; - Ótimo gerenciamento de manutenção; - Velocidades de até 1000Mbps – com padrão GigaBIT Ethernet; - Grande flexibilidade de Layout; - Baixa imunidade a ruídos elétricos, com limitações de distância (100 m); - Aplicação em ambientes internos (Redes Departamentais). A FIBRA ÓPTICA - Não conduz eletricidade (dielétrico), totalmente à prova de campos eletromagnéticos; - Baixa atenuação, não necessitando de elementos amplificadores; - Requer mão-de-obra especializada para conectorização e instalação; - Custa o dobro do investimento realizado com as soluções anteriores; - Teme ambientes úmidos, exigindo tipos especiais de Fibra. O WIRELESS (transmissão sem fios) - Ideal para instalações onde a cabeação normal passa a ser um fator crítico; - A rede fica livre de interferências físicas dentro do espaço da empresa; - Delicada relação custo/velocidade de transmissão; - Tecnologias por LUZ ou RADIO FREQÜÊNCIA. O Hardware de conexão implementado determina o PADRÃO de REDE, sendo constituído por interfaces de Rede e cabeamento de conexão; elementos que estão relacionados porque as placas de rede realizam o interfaceamento do micro com o cabeamento, determinando assim o tipo de cabo a ser utilizado. Sistemas Operacionais de Rede podem trabalhar com qualquer padrão de rede existente, desde que sejam satisfeitas as condições de hardware e software em relação às placas de rede (drivers). ETHERNET: Capacidade de transmissão de até 10 Mbps em implementações 10base-2, 10 base-5, 10 base-T e 10 base FL. Esses termos designam a velocidade(10), o tipo de sinalização utilizada (BandaBase) e o cabeamento utilizado. FAST-ETHERNET: Capacidade de transmissão de até 100 Mbps. As três opções de implementação são 100BASETX, para UTP nível 5 (dois pares) ou STP tipo 1; 100BASE-T4 para UTP nível 5 (quatro pares) e 100BASEFX, para fibra óptica multimodo( MM ). FDDI/FDDI II: Capacidade de 100 Mbps (FDDI) e 200 Mbps (FDDI II) com cabos de fibra óptica ou cobre CDDI. GIGABIT ETHERNET: Capacidade de transmissão de até 1000 Mbps. Como opções de cabeamento temos o cabo UTP (cat. 5 e 4 pares), fibra óptica monomodo e multimodo. ASYNCRONOUS TRANSFER MODE (ATM): Capacidade de transmissão em 25/45/100/155/622 Mbps e 1.2 Gbps. Cabeamento em cabos UTP (cat. 5 em dois pares até 155 Mbps, quatro pares para 622 Mbps e 1.2 Gbps) e Fibras monomodo (SM) e multimodo (MM). O Padrão ETHERNET (10 Mbps) Desenvolvido pela XEROX, DEC e INTEL em meados de 1972 com uma BANDWIDTH de 1Mbps, sendo posteriormente padronizado a 10 Mbps pelo Institute of Electrical e Electronic Engineers (IEEE) sob a normatização IEEE 802.3 e inicialmente introduzido na topologia em Barramento. Utiliza como método de acesso ao meio físico o protocolo CSMA-CD e sinalização DIGITAL “Manchester-encoded Digital Baseband”. Os meios físicos possíveis são: COAXIAL = 10 BASE-2 conector BNC, para um máximo de 30 nós e 185 m por segmento; COAXIAL = 10 BASE-5 conector AUI, para um máximo de 100 nós e 500m por segmento; PAR-TRANÇADO = 10 BASE-T conector RJ-45, para um máximo de 100m por segmento; FIBRA ÓPTICA = 10 BASE-FL conector SMA / ST, máximo de 2000 m por segmento. O Padrão FAST-ETHERNET (100 Mbps) O padrão FAST-ETHERNET atende ao crescente número e gênero de aplicações, solicitando cada vez mais BANDWIDTH ou LARGURA de BANDA. Dentre várias tecnologias de alta velocidade existentes, esse padrão preserva os investimentos realizados em LANs 10 BASET. Utiliza o mesmo método de sinalização do ETHERNET a 10 Mbps (CSMA-CD), com opções em 100 Mbps em FULL-DUPLEX. Sua largura de Banda pode ser “compartilhada”/“shared” ou “comutada” ou “switched”. Como opções de cabeamento temos: 100 BASE - TX = 2 pares UTP ( cat5 ) ou STP/100 BASE-T4 = 4 pares UTP (cat. 3, 4 ou 5). Para Fibras Ópticas 100 BASE - FX (2 fibras ópticas). Auto-sensing 10/100 – A opção conhecida como auto-sensing permite ao port do adaptador de rede, HUB ou SWITCH transmitir em 10 BASE-T ou 100 BASE-T, permitindo a mais rápida condição de comunicação disponível na outra extremidade. A NIC comunica sua capacidade de transmissão 10/100 por meio de um trem de pulsos chamado de Fast Link Pulse (FLP), gerado automaticamente durante o power-up. Esses pulsos recebidos pelo port do concentrador são detectados e posteriormente o mesmo enviará novos (FLPs) que por algoritmos matemáticos efetivará a conexão da NIC/HUB em 100 Mbps. Regras de Topologias: 100 m do HUB até a Estação / 200 m para um Repetidor classe I (100 – R – 100); 205 m para até dois Repetidores classe 2 (100 – R – 5 – R – 100); 412 m do HUB até a Estação em Fibras Ópticas 62,5 / 125 multimodo; 272 m entre um Repetidor CLASSE 1 (somente um repetidor por segmento – 136 R 136); 320 m entre um Repetidor CLASSE 2 (somente um repetidor por segmento – 160 R 160); 228 m entre dois Repetidores CLASSE 2 (dois repetidores por segmento – 111 R 6 R 111 ). O Padrão GIGABIT ETHERNET (1000Mbps) Em desenvolvimento desde 1995 e quase totalmente padronizada, a tecnologia GIGABIT ETHERNET ou o ETHERNET a 1000 Mbps baseia-se em NICs GIGABIT, SWITCHES conectando segmentos Ethernet de 100Mbps e 1Gbps, SWITCHES ethernet GIGABIT, repetidores ethernet GIGABIT e ROTEADORES GIGABIT. A proposta desse padrão prende-se em soluções para aplicações em alta performance com baixo custo de implantação. A tecnologia GIGABIT serve a segmentos de rede que necessitam de grande largura de banda, como BACKBONES de campus ou edifícios. Como principais características temos: • BandWidth de 1000 Mbps; • Reconhecido pelo IEEE 802.3z; • Pacotes (frames) compatíveis com o Ethernet; • Método de acesso CSMA-CD; • Estações Multimídia e CAD/CAM; • Conexões entre Servers, Switchs e implementação de Backbones; • Largura de banda “compartilhada” e “comutada”; • Topologia em “estrela”; Como principais características temos: • Fibra Óptica Multimodo (62,5/125 micrômetros) – 1000 base LX (janela 1300 nm = 550 m; • Fibra Óptica Multimodo (62,5/125 micrômetros) – 1000 base SX (janela 850 nm) = 220-275 m (depende do tipo do emissor Led emissor de superfície e de borda); • Fibra Óptica Monomodo (9/125 micrômetros) – 1000 base LX = 5000 m; • Cabo UTP (cat. 5) a 4 pares = 1000 base X = 100 m. O Padrão ATM O padrão Asynchronous Transfer Mode (ATM) ou Cell Rellay, foi desenvolvido pelo Telecommunications Standarization Sector da International Telecommunication Union (ITU), sendo um padrão de comunicação em alta velocidade para LANs, MANs e WANs que processem aplicações de grande largura de banda simultaneamente, como vídeo, voz e dados. O ATM pode alcançar velocidades como 44,7Mbps, 100Mbps, 155,5Mbps, 622Mbps e 1.2Gbps (não totalmente padronizada), tornando-se uma excelente opção para a integração de redes espalhadas geograficamente, com as aplicações atuais. O Padrão ATM As informações (dados, voz e imagem) são divididas em pacotes (células) de 53 bytes (tamanho fixo), cinco com função de Header e 48 para os Dados. As “células” podem carregar informações de voz, dados ou imagem, digitalizadas. Quando as “células” atingem seu destino, a estação receptora decodifica-os no formato original. A movimentação das informações contidas nas “células” é realizada por meio de SWITCHES ATM (equipamentos que fazem o roteamento dos dados, encapsulados em células, dentro da rede ATM). As informações são enviadas conforme a maior necessidade dos transmissores. O Padrão ATM Assim opera o ATM, priorizando determinadas células (imagem, por exemplo), as quais não devem sofrer retardos por serem transmissões em tempo real (real time). Esse recurso promove uma alocação dinâmica de banda, ou seja, se em determinado instante houver um volume grande de VOZ a ser transmitido, a banda ou canal de transmissão terá uma faixa maior reservada para essa transmissão, dando maior throughput para as células de VOZ. Finalmente, podemos afirmar que se trata de uma excelente opção, inclusive para sistemas em rede local, porém o custo do hardware envolvido é altíssimo, se comparado às tecnologias já existentes como o padrão FDDI, Fast-Ethernet etc. Como principais características temos: • Largura de banda comutada e topologia em estrela; • Cabo UTP cat. 5 em dois pares 155Mbps até 100 m; • Cabeamento em fibra Óptica MultiModo – 155 Mbps = 1000m / 2000 m; • Cabeamento em fibra óptica MonoModo – 155 Mbps = 15000 m; • Cabeamento em fibra óptica Multimodo – 622 Mbps = 300m / 500m; • Cabeamento em fibra óptica Monomodo – 622 Mbps = 15000m. A definição da escolha de uma padronização de Rede é uma tarefa delicada, uma vez que devem ser levados em consideração vários tópicos. Os mais importantes atualmente considerados são: • Largura de Banda ou BandWidth; • Aplicação em LANs / MANs e WANs; • Estudo do tráfego (unicast ou multicast); • Número de NÓS (por aplicação/por segmento); • Suporte a REAL-TIME VÍDEO e MULTIMÍDIA; • Distâncias e condições de instalação, custo de instalação e migração; • Tendências futuras e suporte a novas tecnologias, proteção do investimento e migração. O Cabeamento – Principais NORMAS técnicas American National Standards Institute (ANSI) Electronic Industries Association (EIA) Telecommunications Industry Association (TIA) O Cabeamento – Principais NORMAS técnicas ANSI EIA/TIA 568-A – Commercial Building Wiring Padronização Americana para sistemas de cabeação estruturada que objetivam a implementação de cabeação para telecomunicações como tipo de mídia, topologias de rede, comprimentos máximos do cabeamento, determinação de parâmetros elétricos, configuração de conectores, codificação de cores e classificação de categorias de cabos e elementos de conexão de acordo com bandas de freqüência e os respectivos requisitos de desempenho. O Cabeamento – Principais NORMAS técnicas ANSI EIA/TIA 569-A – Pathways & Spaces Estabelece projeto específico e práticas de construção dentro e entre edifícios comerciais que irão suportar meios físicos e equipamentos de telecomunicações. Especificação de infra-estrutura para lançamento de cabos, distâncias, interferências de ordem eletromagnética, estrutural etc. ANSI EIA/TIA 606 – Administração física / ANSI EIA/TIA 607 – Aterramento ANSI EIA/TIA 568-A-5 – Cat. 5E cabling / ANSI EIA/TIA 568-B.3 Optical Fiber Cabling ANSI EIA/TIA 570-A – Residential Cabling ABNT 14565 – Norma Brasileira para cabeamento Estruturado CAT. 6 Cabling / CAT. 7 Cabling Padronizações do hardware de conexão O Cabeamento – Principais NORMAS técnicas ISO/IEC 11801 Padronização mundial desenvolvida na Europa que trata de um sistema de cabeamento genérico, independente da aplicação e que suporte aplicação em mercado aberto. As especificações contidas nessas normas foram definidas para instalações comerciais que suportam serviços como voz, dados e vídeo em geral. A ISO/IEC 11801 especifica estruturas e configurações mínimas para um sistema de cabeamento genérico, requisitos de implementação, requisitos de desempenho para o cabeamento e verificação técnica do sistema implementado. Essa norma em questão ainda trata de instalações de infra-estrutura de sistemas de telecomunicações que na norma Americana é realizada pela ANSI EIA/TIA 569-A. NBR 14565: 2007 O Brasil, também com intuito de padronizar o cabeamento de redes, publicou sua própria norma, que foi a ABNT 14565: 2000. Esta norma foi substituída pela ABNT 14565: 2007 por ter ficado desatualizada. Esta norma foi baseada na ISO/IEC 11801. A ABNT NBR 14565 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03) pela Comissão de Estudo de Cabeamento de Telecomunicações (CE-03:046.05). Apesar de ter uma norma própria, o conjunto de normas usado no Brasil é, em sua maioria, o Americano ANSI/TIA, devido aos fabricantes terem escolhido esse padrão. Cabo Par Trançado UTP (Unshielded Twisted Pair) Cabo Par Trançado Sem Blindagem STP (Shielded Twisted Pair) Cabo Par Trançado Com Blindagem Malha em volta do cabo protegendo-o contra interferências eletromagnéticas. Cabo Par Trançado UTP (Unshielded Twisted Pair) Cabo Par Trançado Sem Blindagem Cabo Par Trançado STP (Shielded Twisted Pair) Cabo Par Trançado Com Blindagem Cabo Par Trançado Conector RJ-45 Cabo Par Trançado Possui ótima proteção contra ruídos, usando uma técnica chamada cancelamento e não através de uma blindagem. Através desta técnica, as informações circulam repetidas em dois fios, sendo que no segundo fio a informação possui a sua polaridade invertida. Cabo Par Trançado EIA/TIA (Eletronic Industries Alliance Telecommunications Industry Association) Órgão norte-americano responsável pela padronização. Norma 568 Os cabos são classificados em categorias, de 1 a 7. Cabo Par Trançado Cabo categoria 1: cabo de fios trançados, com capacidade de transmissão de dados até 1Mbps. Cabo categoria 2: cabo de pares trançados para voz e dados até 4Mbps. Cabo categoria 3: cabo de pares trançados para voz e dados até 10Mbps, utilizado em redes Ethernet. Cabo categoria 4: cabo de pares trançados voz e dados até 20Mbps utilizados em redes Token-ring. Cabo categoria 5: cabo de pares trançados voz e dados até 100Mbps. Substituídos pelos cabos categoria 5e que podem ser usados em redes Gigabit ou 1000Mbps. Cabo Par Trançado Cabo categoria 6: cabo de pares trançados para voz e dados para utilização em redes Gigabit Ethernet a velocidades de 1Gbps (1000Mbps). Cabo categoria 7 CAT7: tem o objetivo de atender velocidades de 10 Gbps. Instalação e lançamento de cabos UTP Os cabos UTP Cat. 5 devem ser lançados mediante o auxílio de cabos-guia, obedecendo-se os seguintes procedimentos: Instalação e lançamento de cabos UTP Obs.: Não se recomenda utilizar tubulações com diâmetro inferior a ½”. O projeto deve prever entre 40% e 60% (ABNT 5410) de ocupação dos dutos e calhas até 90%. Altura mínima de 38 cm em relação ao piso. Instalação e lançamento de cabos UTP • Os cabos UTP devem ser lançados obedecendo-se o raio de curvatura mínimo do cabo que é de quatro vezes o diâmetro do cabo Multi-Lan, ou seja, 21,2 mm. • Os cabos UTP devem ser lançados obedecendo-se a carga de tracionamento máximo que não deverá ultrapassar o valor de 11,3 Kgf, pois tracionamentos excessivos poderão alongar os condutores, podendo alterar suas características elétricas e construtivas originais. • Os cabos UTP não devem ser estrangulados, torcidos ou prensados. • No caso de haver grandes sobras de cabos, os mesmos deverão ser armazenados preferencialmente em bobinas, evitando-se o bobinamento manual, que pode provocar torções no cabo. Instalação e lançamento de cabos UTP • Cada lance de cabo UTP não deverá, em nenhuma hipótese, ultrapassar o comprimento máximo de 90 m permitido por norma. • Não utilize produtos químicos para facilitar o lançamento dos cabos UTP no interior de dutos, pois esses produtos podem atacar a capa de proteção dos cabos UTP, reduzindo a vida útil dos mesmos. • Não lance cabos UTP no interior de dutos que contenham umidade excessiva, permitindo que os cabos UTP fiquem expostos a intempéries. • Evite que os cabos sejam lançados próximos a fontes de calor, pois a temperatura máxima de operação permissível ao cabo é de 60ºC. • Não realize EMENDAS nos cabos UTP, com o risco de provocar um ponto de oxidação e ATENUAÇÃO no cabo e, com isso, provocar falhas na comunicação. • Evite instalar cabos UTP em mesma infraestrutura com cabos de energia e/ou aterramento, e em infraestruturas metálicas que não estejam em concordância com as normas de instalações elétricas. Instalação de cabos UTP junto à infraestrutura elétrica Quando a infraestrutura não for composta de materiais metálicos, nunca instale os cabos Multi-Lan próximos a fontes de energia eletromagnética como condutores elétricos, transformadores, motores elétricos, reatores de lâmpadas fluorescentes, estabilizadores de tensão, no-breaks etc. É aconselhável que se deixe a distância mínima de 127 mm para cargas de até 2 KVA, acima dessa carga deverão ser obedecidos os valores descritos na tabela a seguir. Em todo caso, em ambientes que apresentem altos níveis de ruídos eletromagnéticos, por exemplo, interior de indústrias, recomenda-se que seja utilizada infraestrutura metálica e totalmente aterrada para reduzir os riscos de interferências indesejáveis, ou então, a solução mais adequada seria a utilização de fibras ópticas que se apresentam totalmente imunes às interferências eletromagnéticas. Instalação de cabos UTP junto à infraestrutura elétrica OBSERVAR SOBRE EIA / TIA 569-A = 240V / 20A Acomodação Após o lançamento, os cabos UTP devem ser acomodados adequadamente de modo que os mesmos possam receber acabamentos, isto é, amarrações e conectorizações. A acomodação deverá obedecer os seguintes cuidados: • Os cabos UTP devem ser agrupados em forma de “chicotes”, evitando-se trançamentos, estrangulamentos e nós. Posteriormente devem ser amarrados com abraçadeiras plásticas para que possam permanecer fixos. Contudo, não se deve apertar excessivamente os cabos. Mantenha os cuidados tomados quando do lançamento, como os raios de mínimos de curvatura, torções, prensamento e estrangulamento. OBSERVAR SOBRE EIA / TIA 569-A = 240V / 20A • Nas caixas de passagem deve ser deixado pelo menos uma volta de cabo Multi-Lan contornando as laterais da caixa de passagem, para ser utilizado como uma folga estratégica para uma eventual manutenção do cabo. Nos pontos de conectorização devem ser deixadas folgas nos cabos Multi-Lan, nas seguintes situações: Tomadas: Deve ser deixado folga de, no mínimo, 50 cm para conectorização e manobra do cabo. No momento de qualquer conectorização ou qualquer outra situação, os pares trançados dos condutores não deverão ser destrançados mais que a medida de 13 mm. OBSERVAR SOBRE EIA / TIA 569-A = 240V / 20A • Dependendo do caso, os cabos devem ser destrançados e decapados o mínimo possível. • No momento da conectorização, atente para o padrão de pinagem (EIA/TIA -568 A ou B) dos conectores RJ-45 e patch panels. • Após a conectorização, tome o máximo cuidado para que o cabo não seja prensado, torcido ou estrangulado. CRIMPAGEM CABO DE REDE Existem dois padrões mais utilizados: eles são conhecidos como EIA/TIA 568A e EIA/TIA 568B. CRIMPAGEM CABO DE REDE Cabo Direto ou Patch Cable Utilizado para conexão entre uma placa de rede e um Hub. Ponta 01 Ponta 02 CRIMPAGEM CABO DE REDE Cabo Direto ou Patch Cable Utilizado para conexão entre uma placa de rede e um Hub. Ponta 01 Ponta 02 CRIMPAGEM CABO DE REDE Crossover = cruzado Caso você precise interligar apenas dois computadores, você pode utilizar um cabo do tipo crossover, o qual dispensa o uso de HUB/Switch. Os cabos crossover também devem ser utilizados para ligar um HUB/Switch a outro. CRIMPAGEM CABO DE REDE Crossover = cruzado Ponta 01 Ponta 02 FIBRA ÓPTICA Transmite informações através de sinais luminosos, em vez de sinais elétricos. A ideia é simples: luz transmitida indica um valor “1” e luz não transmitida, um valor “0”. A fibra ótica foi inventada pelo físico indiano Narinder Singh Kapany em 1952. Princípio de funcionamento das Fibras Ópticas Princípio de funcionamento das Fibras Ópticas O princípio pelo qual a luz se propaga no interior de uma fibra óptica é fundamentado na reflexão total da luz, ou seja, quando um raio de luz se propaga em um meio cujo índice de refração é η1 (núcleo) e atinge a superfície de um outro meio com índice de refração η2 (casca), onde η1>η2 e, desde que o ângulo de incidência (em relação à normal) seja maior ou igual ao ângulo crítico, ocorrerá o que se denomina reflexão total, resultando no retorno do raio de luz ao meio com índice de refração η1. Princípio de funcionamento das Fibras Ópticas Com base nesse princípio, a luz é injetada em uma das extremidades da fibra óptica sob um cone de aceitação, onde este determina o ângulo pelo qual o feixe de luz deverá ser injetado para que o mesmo possa se propagar ao longo da fibra óptica. As fibras ópticas são constituídas, basicamente, de materiais dielétricos que possuem uma estrutura cilíndrica, composta de uma região central, denominada núcleo, por onde trafega a luz, e uma região periférica, denominada casca, que envolve completamente o núcleo. Princípio de funcionamento das Fibras Ópticas As dimensões variam conforme os tipos de fibras ópticas, em que o núcleo pode variar de 8 μm até 200 μm e a casca de 125 μm até 240 μm. No entanto, entre as fibras ópticas mais utilizadas no mercado atualmente, as dimensões mais comuns são de 8 e 62,5 μm para o núcleo e 125 μm para a casca. As fibras ópticas de outras dimensões foram bastante utilizadas no passado, todavia, por uma questão de padronização de mercado, essas dimensões caíram em desuso. Princípio de funcionamento das Fibras Ópticas Um micrometro ou mícron, é uma unidade de comprimento do Sistema Internacional de Unidades. Está definido como um milionésimo de metro (1 × 10-6 m). Equivale à milésima parte do milímetro, e sua abreviatura é µm. A letra µ é a letra grega miu. O plural de micrômetro é micra. O uso do termo mícron tem vindo a ser de certo modo posto em causa, mas ainda é bastante utilizado, em especial em astronomia. Por vezes, erroneamente, também se utiliza o símbolo solitário µ. Sistemas de comunicação por fibras ópticas Sistemas de comunicação por fibras ópticas Um sistema de comunicação que utiliza fibras ópticas é composto basicamente por três blocos distintos: o bloco transmissor, o bloco receptor e o bloco do meio físico que, nesse caso, são as fibras ópticas. Nesse sistema, o bloco transmissor possui a função de transformar o sinal elétrico em óptico, sendo constituído de dois componentes básicos, o circuito driver e o circuito emissor de luz. O circuito driver possui a função de controle de polarização elétrica e emissão da potência óptica. FIBRA ÓPTICA VANTAGENS: • Interferências eletromagnéticas não ocorrem no tráfego da luz; logo, a fibra óptica é totalmente imune a ruídos. • O sinal sofre menos do efeito da atenuação; logo, conseguimos ter um cabo de fibra óptica muito mais longo sem a necessidade do uso de repetidores. • A distância máxima de um segmento do tipo fibra óptica mais usado é de 2 Km. FIBRA ÓPTICA VANTAGENS: • A fibra não conduz corrente elétrica e, com isso, você nunca terá problemas com raios nem qualquer outro problema envolvendo eletricidade, como problemas de diferença de potencial elétrico ou problemas caso um fio de tensão encoste na fibra óptica. FIBRA ÓPTICA Dica: Você não pode olhar diretamente para uma fibra óptica. Como ela transmite luz concentrada, olhar para uma fibra óptica irá queimar a sua retina, deixando-o cego (literalmente). Note que a luz transmitida na fibra óptica possui um comprimento de onda invisível ao olho humano, logo, você não verá a fibra óptica se “acender” e poderá pensar que a luz não está sendo transmitida. FIBRA ÓPTICA Existem dois tipos de fibras ópticas: • Multimodo (MMF, Multiple Mode Fiber) • Monomodo (SMF, Single Mode Fiber) FIBRA ÓPTICA Fibra Óptica Multimodo FIBRA ÓPTICA As fibras ópticas multimodo são mais grossas do que as fibras ópticas monomodo. Como efeito, a luz reflete mais de uma vez nas paredes da fibra e, com isso, a mesma informação chega várias vezes ao destino, defasada da informação original. O receptor possui o trabalho de detectar a informação correta e eliminar os sinais de luz duplicados. Quanto maior o comprimento do cabo, maior esse problema. FIBRA ÓPTICA As fibras multimodo são fibras que possuem vários modos de propagação, ou seja, os raios de luz podem percorrer o interior da fibra óptica por diversos caminhos. Essas fibras, dependendo da variação do índice de refração do núcleo em relação à casca, classificam-se em índice degrau ou índice gradual. As fibras multimodo com índice degrau são as fibras de fabricação mais simples, porém, apresentam características muito inferiores aos outros tipos de fibras. A banda passante, por ser bastante estreita, é uma de suas deficiências. Isso restringe em muito a capacidade de transmissão da fibra óptica. FIBRA ÓPTICA A atenuação é relativamente alta quando as comparamos com as fibras monomodo. Portanto, as aplicações com as fibras multimodo ficam um tanto restritas em relação à distância e à capacidade de transmissão. As dimensões são de 62,5 μm e 125 μm para o núcleo e para a casca, respectivamente. As fibras multimodo com índice gradual são fibras bem mais utilizadas que as com índice degrau, porém, sua fabricação é mais complexa, pois o índice de refração gradual do núcleo somente é conseguido através de dopagens diferenciadas, e isso faz com que o índice de refração diminua gradualmente do centro do núcleo até a casca. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Fibras Monomodo As fibras monomodo são fibras que possuem um único modo de propagação, ou seja, diferentemente das fibras multimodo, os raios de luz percorrem o interior da fibra óptica por um só caminho. Como as fibras multimodo, as fibras monomodo também diferenciam-se pela variação do índice de refração do núcleo em relação à casca, e classificam-se em índice degrau ou dispersão deslocada (dispersion shifted). FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Fibras Monomodo As fibras monomodo com índice degrau são fibras cuja a fabricação é mais complexa que as fibras multímodo, pois as suas dimensões são muito reduzidas e a tecnologia envolvida é mais avançada. Contudo, as características das fibras monomodo são muito superiores às multimodo, principalmente no que diz respeito à banda passante, que é mais larga, o que aumenta a capacidade de transmissão. Além disso, apresentam atenuações mais baixas que as fibras multimodo, o que prolonga a distância das transmissões sem o uso de repetidores. FIBRA ÓPTICA Fibras Monomodo As distâncias envolvidas geralmente ultrapassam 50 Km, dependendo da qualidade da fibra. A desvantagem desta fibra em relação às fibras multimodo está relacionada ao manuseio que é bem mais complexo, exigindo cuidados maiores. As dimensões variam, sendo que o núcleo pode variar de 8 μm à 10 μm e a casca em torno de 125 μm. FIBRA ÓPTICA Cabos de Fibras Ópticas A reunião de várias fibras ópticas revestidas de materiais que proporcionam resistências mecânicas e proteção contra intempéries denomina-se cabo óptico. Em nenhuma aplicação as fibras ópticas podem ser utilizadas sem uma proteção adequada, ou seja, os cabos ópticos estão presentes em todas as aplicações. Além disso, ele facilitam a instalação, eliminandoo risco de danificar as fibras. Existem vários tipos de cabos ópticos voltados para várias aplicações. Descreveremos a seguir, os tipos, suas características principais e onde são mais utilizados. FIBRA ÓPTICA Cabos Loose Os cabos ópticos que possuem essa configuração presentam as fibras ópticas soltas acondicionadas no interior de um tubo plástico, que proporciona a primeira proteção às fibras ópticas. No interior desses tubos plásticos, geralmente é acrescentado uma espécie de geléia sintética de petróleo, que proporciona um melhor preenchimento do tubo e, principalmente, uma grande proteção das fibras ópticas contra umidade e choques mecânicos. Além desse tubo, normalmente é introduzido um elemento de tração que, juntamente com o tubo, recebe o revestimento final. Esse tipo de cabo é bastante utilizado FIBRA ÓPTICA Cabos Loose Além desse tubo, normalmente é introduzido um elemento de tração que, juntamente com o tubo, recebe o revestimento final. Esse tipo de cabo é bastante utilizado em instalações externas aéreas e subterrâneas e, principalmente, em sistemas de comunicação de longa distância. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Cabos TIGHT Nos cabos ópticos do tipo tight as fibras ópticas recebem um revestimento primário de plástico e, depois deste, outro revestimento de material plástico que irá proporcionar uma proteção maior para as fibras. Cada fibra óptica com revestimento primário é denominada elemento óptico. Os elementos ópticos são reunidos em torno de um elemento de tração e recebem o revestimento final, resultando no cabo óptico tight. Esse cabo foi um dos primeiros a serem utilizados nas redes de telefonia, contudo, atualmente a utilização desses cabos limita-se a poucas aplicações, onde as suas características demonstram ser bastante favoráveis, como instalações internas de curtas distâncias e onde se faz necessário a conectorização. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Cabos Groove Neste tipo de configuração as fibras ópticas são depositadas soltas nas ranhuras que possuem um formato em “V” de um corpo com estrutura estrelar que proporciona uma acomodação para as fibras ópticas. Geralmente, esse corpo estrelar apresenta um elemento tensor no seu centro que proporciona uma resistência mecânica maior ao cabo. Esse cabo é bastante utilizado em aplicações onde é necessário um número grande de fibras ópticas. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Cabos RIBBON Esta configuração é utilizada em aplicações onde é necessário um número muito grande de fibras ópticas (4000 fibras). As fibras são envolvidas por uma camada plástica plana com formato de fita, e essas camadas são “empilhadas”, formando um bloco compacto. Esses blocos são alojados nas ranhuras das estruturas estrelares dos cabos do tipo groove. Desse modo, essa configuração é uma derivação do cabo estrelado, combinado as fitas de fibras. Essa configuração proporciona uma concentração muito grande de fibras ópticas. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Terminações Ópticas As terminações ópticas são constituídas basicamente de conectores. Estes possuem a função de conectar as fibras ópticas e os equipamentos que podem ser uma fonte de luz, detector de luz ou mesmo equipamentos de medição. FIBRA ÓPTICA Características Os conectores ópticos são acessórios compostos de um ferrolho, onde encontra-se a terminação da fibra óptica e de uma parte que é responsável pela fixação dessas fibras. Na extremidade do ferrolho é realizado um polimento para que sejam minimizados problemas relacionados com a reflexão da luz. Além disso, assim como nas emendas, os conectores também aumentam a atenuação que, basicamente, é de dois tipos: perda de inserção e perda de retorno. FIBRA ÓPTICA A perda de inserção ou, mais comumente chamada de atenuação, consiste na perda de potência luminosa que ocorre na passagem da luz nas conexões. Existem vários fatores que contribuem para que surja essa perda, sendo que as principais causas estão relacionadas com irregularidades no alinhamento dos conectores e irregularidade intrínsecas às fibras ópticas. Na prática, é a perda de inserção que contribui para a soma total da atenuação ou perda de potência óptica de todo o lance de cabos. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA A perda de retorno, conhecida também por refletância, consiste na quantidade de potência óptica refletida na conexão, sendo que essa luz refletida retorna até a fonte luminosa. A causa principal está na face dos ferrolhos dos conectores, que refletem parte da luz que não entra no interior da fibra óptica do conector do lado oposto. Essa perda não influi diretamente na atenuação total, contudo, o retorno da luz à fonte pode degradar o funcionamento da fonte luminosa e, com isso, prejudicar a comunicação. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA A conectorização requer cuidados para sua realização, com: • • • • Ambiente limpo; Temperatura controlada; Baixo nível de umidade; Polimento mecanizado. FIBRA ÓPTICA Essas condições proporcionam conectorizações de boa qualidade e baixos níveis de atenuação, além de garantir uma uniformidade de conectorização. A conectorização também pode ser feita em campo, mas esse processo é desaconselhável pois normalmente as condições são precárias, além de o processo ser totalmente manual, dependendo exclusivamente da habilidade de quem estiver trabalhando. Portanto, a conectorização em campo pode acarretar conectores com atenuações altas e pouco uniformes. Dependendo da característica do link (distância X largura de banda), as tolerâncias nessas terminações podem ter valores críticos, e qualquer diferença (atenuação) fora de considerações de projeto pode bloquear o sistema. FIBRA ÓPTICA Aplicação das terminações Basicamente, os conectores ópticos são utilizados na conexão das fibras ópticas através das seguintes formas: • Extensões ópticas ou pig-tail: o conector é aplicado em uma das extremidades da fibra óptica e a outra extremidade será utilizada para emenda por fusão ou emenda mecânica. • Cordão óptico: o conector é aplicado nas duas extremidades da fibra óptica. • Cabo multicordão: conector é aplicado em um cabo com várias fibras tight. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Tipos Existem vários tipos de conectores ópticos no mercado, cada um voltado a uma aplicação. Basicamente, os conectores são constituídos de um ferrolho com uma face polida, onde é feito o alinhamento da fibra e de uma carcaça provida de um capa plástica. Os tipos existentes de conectores variam nos formatos e na forma de fixação (encaixe, rosca). Os conectores são todos machos, ou seja, os ferrolhos são estruturas cilíndricas ou cônicas, dependendo do tipo de conector, que são inseridas em adaptadores ópticos. FIBRA ÓPTICA FIBRA ÓPTICA Conector Optico ST FIBRA ÓPTICA Conector Optico SC FIBRA ÓPTICA Conversor Optico ST FIBRA ÓPTICA Conversor Optico SC FIBRA ÓPTICA Placa de rede SC FIBRA ÓPTICA Placa de rede ST